Modelos de Redes Complexas Ricardo Prudêncio. Como as redes se formam?

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Modelos de Redes Complexas Ricardo Prudêncio

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Modelos de Redes Complexas

Ricardo Prudêncio

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Como as redes se formam?

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Redes AleatóriasErdõs e Rényi (50-60)

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Redes Aleatórias

• Erdõs e Rényi - Random Graph Model• Conjunto fixo de n nós• links se formam de maneira puramente aleatória

• G(N,p)

Número de nós do grafo

Probabilidade de ocorrência de uma aresta entre dois nós

Suposição básica: Arestas são criadas de forma aleatória com igual probabilidade independente dos nós

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Redes Aleatórias• G(N,p) tem propriedades que pode ser

definidas de forma analítica

• Tamanho médio <L>

• Grau médio

L LP(L)pN(N 1)2L0

N(N 1)2

k 2L /N p(N 1)

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Redes Aleatórias

• G(N,p) não define uma única rede – i.e., Pode levar a diferentes realizações (conjunto

de redes possíveis com diferentes probabilidades)

N=10 p=1/6

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O que fazer com esse modelo?!

Simulações!!!

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Redes Aleatórias - Evolução

• Redes complexas evoluem a partir da conexão de nós inicialmente isolados

• Qual o tamanho esperado do maior componente da rede???

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Redes Aleatórias - Evolução

• Na maioria das redes, é crucial existir um componente gigante com alta fração dos nós– E.g., Estruturas de comunicação não são úteis sem um

componente gigante

– E.g., Em redes sociais, um componente gigante é condição para observar uma divulgação

• Quando a rede emerge a partir de um conjunto desordenado de indivíduos pouco conectados?

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Redes Aleatórias - Evolução

• Tamanho médio do componente gigante sobre diferentes realizações do modelo aleatório

Grau médio <k>

Componente Gigante (Fração em relação a N - %)

1

100%

Transição de fase

Transição de fase = tamanho do componente gigante começa a crescer exponencialmente

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Redes Aleatórias - Evolução

• A medida que a rede cresce:– Um componente gigante emerge quando o grau

médio ultrapassar um limiar (baixo)– O restante dos nós compõem um número de

componentes pequenos sem conexão

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Redes Aleatórias

• Outras características importantes– Distância entre nós– Distribuição do grau dos nós– Transitividade (coeficiente de clustering)

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Redes Aleatórias – Distância dos Nós

• Distância entre nós é pequena (fenômeno de mundo pequeno)

• Distância cresce apenas de forma logaritmica com o tamanho da rede

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Redes Aleatórias – Grau do Nós

• Distribuição do Grau

Seleciona k nós de N-1

Probabilidade de ter k arestas

Probabilidade de não observar N-1-k arestas

P(k) N 1k

pk (1 p)(N 1) k

Crítica- Existe uma quantidade razoável de nós com grau próximo à média- Existe uma quantidade pequena de nós cujo grau difere muito da médiaIsso não acontece comumente em redes reais

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Redes Aleatórias - Transitividade

• Coeficiente de Clustering – Qual a probabilidade de dois nós com um vizinho

em comum serem conectados?

– Em um modelo G(N,p), temos simplesmente:

?

A B

C

1

N

kpC

Transitividade

Crítica: - C tende a zero para N grande e um

grau médio fixoIsso também não ocorre com frequência em redes reais

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Redes Aleatórias

• Crítica: modelo inadequado para descrição de fenômenos reais– E.g. coeficiente de clustering e distribuição de grau não

refletem o que se observa em redes reais

• Entretanto: – (1) bastante usado para simulações e comparações com

redes reais– (2) fácil de analisar fenômenos que ocorrem no mundo

real• E.g. evolução para redes altamente conectadas

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Redes de Mundo PequenoWatts and Strogatz, Nature, (1998).

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Fenômeno de Mundo Pequeno

• Distância entre nós de uma rede é tipicamente pequena

• Independente do tamanho da rede

• Experimento de Milgram (1960)– Seis graus de separação

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Modelo de Mundo Pequeno

• Meio termo entre redes regulares e redes aleatórias

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Modelo de Mundo Pequeno

• Distância típica pequena e transitividade alta

• Mas... distribuição de grau é uniforme assim como no modelo aleatório– I.e. nós são relativamente igualitários na rede

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Redes Sem EscalaR. Albert, H. Jeong, A-L Barabasi, Nature, 401 130 (1999).

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World Wide WebNodes: Documentos WWW Links: URLs

3 bilhões de documentos

ROBOT: coletava todas as URL’s em um documento e as seguia recursivamente

Modelo Aleatório

(Esperado)

P(k) ~ k-

Observado

R. Albert, H. Jeong, A-L Barabasi, Nature, 401 130 (1999).

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World Wide Web

• Distribuição dos nós não é igualitária como no modelo aleatório– Poucos nós com muitos links (Hubs)

• Existência de Hubs acontece em muitas redes complexas reais

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Distribuição – Lei de Potência

Malha Viária Malha Aérea

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Redes Sem Escala

• Redes cuja distribuição dos graus dos nós seguem uma lei de potência– Scale-free Networks =

• Diversas redes reais têm a característica básica de redes sem escala– E.g., Internet, redes de proteínas, redes de

colaboração, redes de citação,...

P(k) ~ k-

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Nós: usuários onlineLinks: contatos

ONLINE COMMUNITIES

Twitter:

Jake Hoffman, Yahoo, Alan Mislove, Measurement and Analysis of Online Social Networks

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Nós: atoresLinks: atuaram juntos

N = 212,250 actors k = 28.78P(k) ~k-

Days of Thunder (1990) Far and Away (1992) Eyes Wide Shut (1999)

=2.3

ACTOR NETWORK

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)exp()(~)( 00

k

kkkkkP

H. Jeong, S.P. Mason, A.-L. Barabasi, Z.N. Oltvai, Nature 411, 41-42 (2001)

Nós: proteínas Links: interações físicas (binding)

TOPOLOGY OF THE PROTEIN NETWORK

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( = 3)

(S. Redner, 1998)

P(k) ~k-1736 PRL papers (1988)

Network Science: Scale-Free Property February 7, 2011

SCIENCE CITATION INDEX

Nós: papersLinks: citações

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Redes Sem Escala - Formação

• Redes sem escala se forma seguindo o princípio da conexão preferencial

• Conexão preferencial = nós bem conectados tendem a receber mais links no futuro

– Plausível em muitos contextos (e.g. páginas Web)

• Princípio “Rich Get Richer” – Herbert Simon

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Redes Sem Escala - Formação

Simulação:(A)Crescimento: a cada momento adicione um

novo nó à rede

(B) Conexão Preferencial: conecte o novo nó a dois nós existentes. A probabilidade de escolha de um nó para ligação é proporcional ao grau do nó

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Redes Sem Escala - Formação

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Redes Sem Escala - Formação

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Redes Sem Escala - Implicações• Existência de um pequeno número hubs com papel estrutural de conectar a rede

– Em muitos casos, observa-se uma hierarquia de hubs – Alta resiliência a falhas aleatórias e baixa tolerância a ataques direcionados– Papel importante em processos de difusão

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Considerações Finais

• Vimos modelos de redes bastante conhecidos

• Entretanto existem outros modelos importantes–E.g., Hierarquical Random Graphs

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Considerações Finais

• Alguns contextos requerem modelos bem específicos

– E.g. Chains of Affection: Bearman et al. (2004)

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Material de Estudo• Networks: An Introduction (M. Newman)

• Linked: A Nova Ciência das Redes(A-L. Barabási)

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Material de Estudo

• Parte da aula gerada a partir dos slides de Barabási em:– http://barabasilab.neu.edu/courses/phys5116/