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1 Colégio ALUB Material de Aula de Literatura – Terceirão 2011 Professor Fernando Medeiros Temas: 1. Vanguarda 2. Pré-Modernismo 3. Modernismo Brasileiro – 1ª geração 4. 1ª geração – autores 5. Modernismo Português 6. Modernismo Brasileiro – 2ª geração Poesia Prosa 7. Modernismo Brasileiro – 3ª geração Prosa Poesia Vanguarda Expressionismo : ~1870: Edward Münch Reprodução da deformação do ser humano a partir de sua expressão. Cubismo : 1904: André Breton e Pablo Picasso Reprodução do ser humano a partir da superposição de formas geométricas. Futurismo : 1910: Marinetti Supervalorização crítica do futuro. Preocupação com as invenções, tecnologia e velocidade. Dadaísmo : 1914: Tristan Tzara Representação do mundo e das coisas por meio do nada. Nada. Surrealismo : 1924: Salvador Dalí Tentativa de representação dos sonhos. Fluxo de consciência. Obs.1: O século XX e sua manifestação artística nasceram sob o ‘domínio’ da vanguarda européia. Obs.2: A arte brasileira do século XX influenciou-se diretamente da vanguarda européia e sua principal representação são Tarsila do Amaral e Anita Malfatti. Exercícios rápidos sobre Vanguarda: Pensando na Vanguarda Européia (Expressionismo, Cubismo, Futurismo, Dadaísmo e Surrealismo), identifique a que vanguarda se refere os trechos abaixo: a) Os poetas e os artistas determinam e concertam a imagem de sua época e docilmente o futuro se amolda ao seu gosto. b) Estes artistas pretendiam representar o objeto como se ele fosse visto de diferentes ângulos ao mesmo tempo. Tal atitude golpeia diretamente a perspectiva tradicional. c) Automatismo psíquico pelo qual alguém se propõe a exprimir, seja verbalmente, seja por escrito, seja de qualquer outra maneira, o funcionamento real do pensamento. d) Uma das maiores inovações desta vanguarda foi a grande importância atribuída ao poder expressivo das cores, formas, pinceladas, texturas, tamanho e escala desproporcional. e) A negação total da cultura, a defesa do absurdo, da incoerência, da desordem, do caos são as atitudes dos artistas presos a esta vanguarda:

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Colégio ALUB Material de Aula de Literatura – Terceirão 2011 Professor Fernando Medeiros

Temas: 1. Vanguarda 2. Pré-Modernismo 3. Modernismo Brasileiro – 1ª geração 4. 1ª geração – autores 5. Modernismo Português 6. Modernismo Brasileiro – 2ª geração

Poesia Prosa

7. Modernismo Brasileiro – 3ª geração Prosa Poesia

Vanguarda Expressionismo: ~1870: Edward Münch Reprodução da deformação do ser humano a partir de sua expressão. Cubismo: 1904: André Breton e Pablo Picasso Reprodução do ser humano a partir da superposição de formas geométricas. Futurismo: 1910: Marinetti Supervalorização crítica do futuro. Preocupação com as invenções, tecnologia e velocidade. Dadaísmo: 1914: Tristan Tzara Representação do mundo e das coisas por meio do nada. Nada. Surrealismo: 1924: Salvador Dalí Tentativa de representação dos sonhos. Fluxo de consciência. Obs.1: O século XX e sua manifestação artística nasceram sob o ‘domínio’ da vanguarda européia.

Obs.2: A arte brasileira do século XX influenciou-se diretamente da vanguarda européia e sua principal representação são Tarsila do Amaral e Anita Malfatti. Exercícios rápidos sobre Vanguarda: Pensando na Vanguarda Européia (Expressionismo, Cubismo, Futurismo, Dadaísmo e Surrealismo), identifique a que vanguarda se refere os trechos abaixo: a) Os poetas e os artistas determinam e concertam a imagem de sua época e docilmente o futuro se amolda ao seu gosto. b) Estes artistas pretendiam representar o objeto como se ele fosse visto de diferentes ângulos ao mesmo tempo. Tal atitude golpeia diretamente a perspectiva tradicional. c) Automatismo psíquico pelo qual alguém se propõe a exprimir, seja verbalmente, seja por escrito, seja de qualquer outra maneira, o funcionamento real do pensamento. d) Uma das maiores inovações desta vanguarda foi a grande importância atribuída ao poder expressivo das cores, formas, pinceladas, texturas, tamanho e escala desproporcional. e) A negação total da cultura, a defesa do absurdo, da incoerência, da desordem, do caos são as atitudes dos artistas presos a esta vanguarda:

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Pré-Modernismo (aula no quadro) .Tendências Pré-Modernistas: 1. Preocupação crítica com a realidade brasileira; 2. Regionalismo: valorização de tipos brasileiros marginalizados e 3. Anúncio de alguns aspectos temático-formais do Modernismo – linguagem.

Estudo Dirigido sobre Pré-Modernismo

1. Se o Pré-Modernismo não é escola literária, então o que é? 2. Por que não é escola literária? 3. O período Pré-Modernismo reflete que condição social do Brasil. Por quê? 4. Por não ser escola literária, o Pré-Modernismo não apresenta características, mas tendências. Quais são elas? 5. Dentre tais tendências, existe uma que se aproxima com o Realismo. O que diferencia a visão realista da pré-modernista? P r é - M o d e r n i s m o – P r o d u ç ã o L i t e r á r i a :

1. Prosa:

a) Euclides da Cunha: - Tema: Guerra de Canudos – Bahia - Linguagem: Rebuscada, erudita. - Obra: “Os Sertões”, 1902. Três partes: 1ª. A Terra: Obs: 2ª. O Homem: Obs: 3ª. A Luta: Obs: Obs final: # Obra de caráter científico #

Lista de Exercícios selecionados da UnB: Os Sertões

01. (UnB – 2005.2, adapt.) No início do século XX, ainda vigorava, na literatura brasileira, a visão determinista da realidade, de que o texto de Os Sertões é exemplo. 02. (UnB – 2005.2) A última fase do massacre de Canudos é narrada em Os Sertões. Entretanto, não se verifica, nessa obra, a denúncia dos abusos da política dominante e da atuação do exército nesse episódio da história do Brasil. 03. (UnB – 2005.2) Os Sertões dão testemunho, em forma literária apurada, da desigualdade social a qual promoveu, no Brasil, não a fusão entre as raças, mas uma contradição severa não só entre as culturas envolvidas na formação nacional como também entre o progresso das áreas urbanizadas e o atraso que marginalizava as populações isoladas. 04. (UnB – 2005.2) Em Os Sertões, pelo estilo elegante e preciso do autor, o público letrado da época pôde tomar consciência de um problema da formação do país: o choque de culturas, que se expressava violentamente em Canudos e que a classe média, concentrada em zonas urbanas e, portanto, distante dos acontecimentos da guerra, ainda ignorava. 05. (UnB – 2005.2, adapt.) Na distribuição de elementos formadores da etnia brasileira apresentada por Euclides da Cunha em Os Sertões, índios, brancos e negros convivem no litoral e o sertão é desprezado, porque permanecia completamente inabitado. 06. (UnB – 2004.1, adapt.) Em Os Sertões, evidenciam-se as características científico-naturalistas provenientes da formação técnica e profissional do autor. 07. (UnB – 2004.1) Conclui-se em Os Sertões que Antônio Conselheiro utilizava a religião como instrumento de agregação que levara à submissão dos habitantes de Canudos. 08. (UnB – 2004.1) Fundamentalmente uma obra de documentação da realidade, Os Sertões fazem parte da Literatura Brasileira por causa de elementos da função poética presentes nesta obra.

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09. (UnB – 2004.1) Como todo fenômeno histórico, há múltiplas formas de compreensão do episódio de Canudos, ocorrido nos primeiros tempos da república. Há clareza, contudo, de que o movimento conduzido por Antônio Conselheiro expressava, prioritariamente, uma bem organizada reação ideológica ao golpe que derrubou o Império. 10. A obra Os Sertões, dividida em quatro partes – A Terra, O Homem, A Luta, As Conseqüências – traz notícia da Guerra de Canudos e da vitória de Antônio Conselheiro e seus seguidores.

Reflexão: 1. Dois olhares para o mesmo conflito: I. Euclides da Cunha, no final de Os Sertões, registrava:

“Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda história, resistiu até ao esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, [...] caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados.”

II. Já Olavo Bilac, escrevendo sobre o mesmo episódio, comemorava:

“Enfim, arrasada a cidadela maldita! Enfim, dominado o antro negro, cravado no centro do adusto sertão, onde o Profeta das longas barbas sujas concentrava sua força diabólica, feita de fé e de patifaria, alimentada pela superstição e pela rapinagem!”

a. Que visão cada trecho manifesta sobre o episódio? b. O que pode explicar duas visões tão diferentes a respeito de um mesmo acontecimento? c. Essas visões diferentes refletem a visão da época? Por quê?

Continuação – autores...

b) Monteiro Lobato: - Tema: plantio e crise do café – regionalista – São Paulo (Vale do Paraíba) - Linguagem: ora rebuscada (narrador) ora popular (personagens) - Obra – contos: 1. Infantil: “Sítio do Pica Pau Amarelo” 2. Adulta: . Modelo realista . Crítica à obediência estrangeira . Crítica ao nacionalismo cego • “Urupês” – 1918 – Obs: • “Cidades Mortas” – 1919

c) Lima Barreto: - Tema: Revolta da Armada – Preconceito – Subúrbio carioca – RJ - Linguagem: Popular - Obra: “Triste Fim de Policarpo Quaresma” “Clara dos Anjos” “Recordações do Escrivão Isaías Caminha”

d) Graça Aranha: - Tema: Imigração alemã – ES - Linguagem: ora rebuscada (narrador) ora popular (personagens) - Obra: Canaã, 1902

P r é - M o d e r n i s m o – P r o d u ç ã o L i t e r á r i a – P a r t e 3 :

2. Poesia:

a) Augusto dos Anjos – O Poeta do Mau Gosto:

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- Tema: pessimismo, niilismo, angústias humanas, descrença na vida/ coisas. - Linguagem: Rebuscada, científica. - Obra: “Eu” – 1912

Influenciado por todas as escolas literárias: Barroco: Arcadismo: Romantismo: Realismo – Naturalismo: Parnasianismo: Simbolismo:

EXERCÍCIOS DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

# Leia os textos abaixo de Augusto dos Anjos:

BUDISMO MODERNO Tome, Dr., esta tesoura, e... corte

Minha singularíssima pessoa. Que importa a mim que a bicharia roa

Todo o meu coração, depois da morte?!

Ah! Um urubu pousou na minha sorte! Também, das diatomáceas da lagoa

A criptógama cápsula se esbroa Ao contato de bronca destra forte!

Dissolva-se, portanto, minha vida Igualmente a uma célula caída

Na aberração de um óvulo infecundo;

Mas o agregado abstrato das saudades Fique batendo nas perpétuas grades

Do último verso que eu fizer no mundo! *

VERSOS ÍNTIMOS Vês! Ninguém assistiu ao formidável

Enterro de tua última quimera. Somente a Ingratidão – esta pantera –

Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera! O Homem, que, nesta terra miserável,

Mora, entre feras, sente inevitável Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro! O beijo, amigo, é a véspera do escarro,

A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se alguém causa inda pena a tua chaga, Apedreja essa mão vil que te afaga,

Escarra nessa boca que te beija! *

PSICOLOGIA DE UM VENCIDO

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Eu, filho do carbono e do amoníaco, Monstro de escuridão e rutilância,

Sofro, desde a epigênese da infância, A influência má dos signos do zodíaco.

Profundissimamente hipocondríaco, Este ambiente me causa repugnância...

Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia Que se escapa da boca de um cardíaco.

Já o verme – este operário das ruínas – Que o sangue podre das carnificinas

Come, e à vida em geral declara guerra,

Anda a espreitar meus olhos para roê-los, E há de deixar-me apenas os cabelos,

Na frialdade inorgânica da terra!

# EXERCÍCIOS:

1. Os três textos indicam claramente a visão de mundo do poeta e o destino a que está sujeita toda a humanidade. a. Explique essa visão de mundo. b. Qual o destino que o poeta traça para si e para o ser humano? 2. A poesia de Augusto dos Anjos apresenta um caráter cientificista/ naturalista. De que forma essa afirmação fica evidente nos textos? Exemplifique. 3. Destaque dos textos as características peculiares à poesia de Augusto dos Anjos.

# Questionário sobre autores pré-modernistas:

1. Dentre todos os autores da prosa pré-modernista, comente a questão da linguagem apresentada em suas obras. (Euclides da Cunha, Lima Barreto, Monteiro Lobato e Graça Aranha). 2. Comente a mudança apresentada do ponto de vista de análise das questões sociais/ literárias das obras pré-modernistas. 3. Percebendo a visão da época, uma visão determinista de mundo, comente a questão do preconceito na obra de Euclides da Cunha e de Monteiro Lobato e faça um paralelo com o preconceito na obra de Lima Barreto. 4. Cite o livro mais importante de Euclides da Cunha, suas partes e seu assunto. 5. A obra de Euclides da Cunha constitui um marco literário e social. Narra, com zelo de cientista as campanhas militares contra os seguidores de Antônio Conselheiro. O que há aí de literário? 6. Comente sobre o Jeca Tatu. 7. A personagem Jeca Tatu de Monteiro Lobato nega ou confirma o tratamento romântico dado ao homem rural? 8. Quais os autores pré-modernistas abordam o determinismo cientifico em suas obras e como isso aparece? 9. Comente a visão de mundo de Augusto dos Anjos. 10. Associe Augusto dos Anjos, essa sua visão de mundo e sua obra a uma vanguarda européia e explique.

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MODERNISMO – 1922

Belle Epoque 1870 – 1914

Expressionismo Futurismo Cubismo Dadaísmo

Surrealismo Lazar Segall Tarsila do Amaral

Anita Malfatti

1922 # S e m a n a d e A r t e M o d e r n a #

Onde? Quando?

1. 2. 3. 4. 5.

# 1924:

Manifesto...

# 1926: Manifesto...

# 1928: Manifesto...

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PRIMEIRA GERAÇÃO ou

GERAÇÃO DE 22 ou MODERNISMO HERÓICO Características Básicas:

1. 2. 3.

P a l a v r a d e O r d e m: L I B E R D A D E C R I A D O R A !

Questionário

1. Explique o impacto das vanguardas sobre o pensamento modernista. 2. Explique a atitude de Monteiro Lobato, contrária a Anita Malfatti, como positiva à Semana de Arte Moderna. 3. Qual o motivo de se esperar o ano de 1922 para a realização da Semana? 4. Explique como e por que a Semana de Arte Moderna foi um fracasso a curto prazo e um sucesso a longo prazo. 5. Quais foram as artes expostas na Semana e quais foram as mais e menos importantes? Por quê? 6. Explique a intenção dos manifestos de 1924, 1926 e 1928 e aponte seus líderes. 7. As características básicas do 1º grupo do Modernismo apontam para uma atitude transgressora. Quais são essas características e por que se pode considerá-las assim? 8. Relacione Romantismo e Modernismo, apontando semelhanças e diferenças. Modernismo – Autores: 1ª Geração ou Geração de 22 ou Modernismo Heróico: 1) Mário de Andrade # Poesia: - Há Uma Gota de Sangue Em Cada Poema – 1917 - Paulicéia Desvairada – 1922 Obs. 1: Obs. 2: # Prosa: - Amar, Verbo Intransitivo – 1926 Obs. 1: - Macunaíma o herói sem nenhum caráter – 1928 Obs. 1: Obs. 2: Obs. 3: Exercícios (UnB – Cespe - 2007) Macunaíma – quem é esse brasileiro?

Foi nos mitos e lendas coligidos na Amazônia por um naturalista alemão que Mário de Andrade conheceu o deus Makunaima, figura intrigante do folclore brasileiro, astuto, zombeteiro e alegre. Ele criou vida própria em 1928 na rapsódia modernista do autor. Nasceu da mistura de três etnias: negro, índio e branco. Nasceu da mistura dos textos do folclore brasileiro. Nasceu dos mitos e lendas do Brasil. Vive na multiplicidade de se tornar vários seres, em todos os tempos, o tempo todo, em todos os lugares. Como mote no caminhar de suas

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aventuras, não havia a salvação de uma dama ou de um ideal, mas a busca de um amuleto: muiraquitã. Como companheiros fiéis e inseparáveis, seus irmãos Maanape e Jiguê. Como amores, todas as mulheres, deusas, semideusas, simples mortais. Transpôs obstáculos para reaver sua muiraquitã. Encontrou-a às margens do Tietê, na cidade de São Paulo. Lutou contra o vilão Venceslau Pietro Pietra. Terminou seus dias sem a consagração que merece todo herói, mas narrando suas glórias a um papagaio. Virou estrela. Uma das grandes estrelas da Literatura Brasileira. Ler Macunaíma é subversivo, é divertido, é gostoso.

Internet: <www.mec.gov.br> (com adaptações).

Considerando as estruturas do texto e o contexto histórico brasileiro nos anos 20 do século passado, julgue os itens subseqüentes. 1 Sabendo-se que se denomina diáspora a “dispersão de um povo em conseqüência de preconceito ou por perseguição política, religiosa ou étnica”, conclui-se que a busca de Macunaíma e seus irmãos mencionada no texto exemplifica a diáspora que está subjacente à formação étnica brasileira. 2 Sabendo-se que Sérgio Buarque de Holanda, em Raízes do Brasil, mencionou que “somos ainda hoje uns desterrados em nossa terra”, é possível estabelecer analogia entre essa citação e a rapsódia Macunaíma, de Mário de Andrade. 3 Classifica-se Macunaíma como rapsódia devido à musicalidade das passagens cantadas pelas personagens. 4 A muiraquitã, objeto de desejo do protagonista da obra Macunaíma, de Mário de Andrade, era uma pedra que simbolizava o amor entre as raças branca e índia. 5 Macunaíma é considerado “herói sem nenhum caráter” porque não se deixou corromper pela sociedade. 6 Em Macunaíma, elementos que caracterizam o progresso, simbolizando dureza — pedra, cimento, ferro — e volatilidade — fogo, energia – são hostis ao protagonista e ao homem simples. 7 “Ler Macunaíma é subversivo” (R.19-20) porque, entre outras razões, essa obra rompe com estereótipos, como, por exemplo, o de que o êxodo rural assegura vida superior, em qualidade, à vida campestre. 8 O modernismo, de que Mário de Andrade foi expoente, marca a cultura brasileira dos anos 20 do século passado, contexto histórico de sucessivas crises políticas, inclusive com apelo às armas, que deságuam na revolução de 1930, ponto final da denominada República Velha.

Exercícios DESCOBRIMENTO Mário de Andrade

Abancado à escrivaninha em São Paulo Na minha casa da Rua Lopes Chaves De sopetão senti um friúme por dentro Fiquei trêmulo, muito comovido Com o livro palerma olhando pra mim.

Não vê que me lembrei que lá no norte, Meu Deus! muito longe de mim, Na escuridão ativa da noite que caiu, Um homem, pálido, magro, de cabelos escorrendo nos olhos Depois de fazer uma pele com a borracha do dia Faz pouco se deitou, está dormindo.

Esse homem é brasileiro que nem eu...

Responda:

# Aspectos formais: 1. Quantas estrofes e quantos versos? 2. O poema apresenta forma fixa? Rimas? Métrica? (Resposta justificada) 3. A linguagem é de que tipo? Exemplifique. 4. Existe respeito à pontuação? A atitude do poeta é pertinente ao seu movimento? Por quê?

# Aspectos significativos: 5. Explique o título do texto.

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6. Em determinada altura do poema percebemos um espanto do eu lírico. Qual a razão dele? 7. O texto apresenta um contraste. Dentro das perspectivas estéticas da escola literária a que pertenceu Mário de Andrade, o contraste aludido é pertinente? 8. Este contraste pode acentuar diferenças de que tipo? Justifique. 9. Estas diferenças demonstram um país igualitário? Por quê? 10. Ainda hoje tal descoberta causa espanto? Justifique. 2. Oswald de Andrade a. Poesia “Pau-Brasil” – 1925. Obs.: Poemas Piada – b. Prosa “Memórias Sentimentais de João Miramar”. Obs.: c. Teatro “O Rei da Vela” – 1937 Obs. 1: Obs. 2: EXERCÍCIO – Oswald de Andrade Leia o texto e responda às questões propostas.

PRONOMINAIS Dê-me um cigarro Diz a gramática

Do professor e do aluno E do mulato sabido

Mas o bom negro e o bom branco Da Nação Brasileira Dizem todos os dias

Deixa disso camarada Me dá um cigarro

Pau-Brasil, 1925 1. Como se pode entender esse texto? 2. Que idéia está sendo defendida nele? 3. Você concorda com essa idéia? Justifique sua resposta e cite outros exemplos que te ajudem a sustentar o seu ponto de vista.

ERRO DE PORTUGUÊS Quando o português chegou Debaixo duma bruta chuva

Vestiu o índio Que pena! Fosse uma manhã de sol

O índio tinha despido O português

Pau-Brasil, 1925 1. Quais pontos de vista são detectáveis neste poema? 2. Que idéias podem estar sendo defendidas neles? 3. Explique a razão do título.

BRASIL O Zé Pereira chegou de caravela

E preguntou pro guarani da mata virgem — Sois cristão?

— Não. Sou bravo, sou forte, sou filho da Morte Teterê Tetê Quizá Quizá Quecê!

Lá longe a onça resmungava Uu! ua! uu!

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O negro zonzo saído da fornalha Tomou a palavra e respondeu

— Sim pela graça de Deus Canhém Babá Canhém Babá Cum Cum!

E fizeram o Carnaval. Pau-Brasil, 1925

1. Este poema tem por assunto duas peculiaridades ao Brasil. Quais? 2. O verso 4 faz referência a quê? 3. No poema há uma possível referência a uma trilogia. Qual? O que significa? 3. Manuel Bandeira: “A vida inteira que podia ter sido e que não foi” a. Poesia “Libertinagem”, “Carnaval”

Obra Conflituosa:

Infância X Vida Adulta Recife X Rio de Janeiro

Ingenuidade X Depressão Aparente Felicidade X Busca pelo passado – saudosismo

Texto

Vou-me embora pra Pasárgada Vou-me embora pra Pasárgada Lá sou amigo do rei Lá tenho a mulher que eu quero Na cama que escolherei Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada Aqui eu não sou feliz Lá a existência é uma aventura De tal modo inconseqüente Que Joana a Louca de Espanha Rainha e falsa demente Vem a ser contraparente Da nora que nunca tive

E como farei ginástica Andarei de bicicleta Montarei em burro brabo Subirei no pau-de-sebo Tomarei banhos de mar! E quando estiver cansado Deito na beira do rio Mando chamar a mãe-d’água

Pra me contar as histórias Que no tempo de eu menino Rosa vinha me contar Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo É outra civilização Tem um processo seguro De impedir a concepção Tem telefone automático Tem alcalóide à vontade Tem prostitutas bonitas Para a gente namorar E quando eu estiver mais triste Mas triste de não ter jeito Quando de noite me der Vontade de me matar

- Lá sou amigo do rei - Terei a mulher que eu quero Na cama que escolherei Vou-me embora pra Pasárgada

Bandeira a Vida Inteira. Editora Alumbramento – Rio de Janeiro, 1986, pág. 90.

EXERCÍCIOS – AUTORES DO MODERNISMO

1. Explique a nomenclatura “Modernismo Heróico” atribuída à Geração de 22. 2. Explique a importância atribuída ao Prefácio Interessantíssimo, de Mário de Andrade.

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3. Explique o subtítulo – o herói sem nenhum caráter – da obra Macunaíma. 4. Relacione Iracema e Macunaíma, considerando a miscigenação brasileira proposta nos dois romances. 5. Discorra (analise, examine, fale, estude) sobre a Antropofagia presente em Macunaíma. 6. Discorra sobre os poemas piadas da obra Pau-Brasil (1925). 7. Explique a dupla importância de O Rei da Vela de Oswald de Andrade. 8. Relacione, explicando, Manuel Bandeira com o Romantismo.

Modernismo Maduro Ou Geração de 30: # Poesia # Contextualização:

Início: “Alguma Poesia” – 1930 Carlos Drummond de Andrade

Revistas: Revista Revista: 1925 – Minas – Drummond Revista Festa: 1927: Rio – Cecília Meireles

Características: . Não há mais poesia de choque, Geração de 22 já havia sido aceita . Consolidação da liberdade formal . Literatura engajada – social / crises . Poesia pessimista e angustiada – contexto brasileiro e mundial . Questões filosóficas e espirituais – existencialismo . Liberdade para voltar ao passado tradicional quando conveniente . Metalinguagem

Autores da Poesia de 30: 1. Carlos Drummond de Andrade 2. Cecília Meireles 3. Vinícius de Moraes 4. Jorge de Lima 5. Murilo Mendes

Modernismo Maduro Ou Geração de 30: # Prosa # Contextualização:

Manifesto Regionalista: 1926 – Recife: José Américo de Almeida (líder)

Início: “A Bagaceira” – 1928 de José Américo de Almeida

Características: . Literatura engajada – social . Literatura que reflete o contexto brasileiro e mundial . Questões nordestinas – SECA . Latifúndio e redistribuição da terra . Linguagem Nordestina

Objetivos: 1. Denúncia crítica da realidade nordestina “castigada” pela SECA 2. Atacar a propriedade de terra e a sua não-divisão, abordando:

a. O latifúndio e b. A reforma agrária

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3. Linguagem literária aproximada da coloquial do nordestino sertanejo 4. Literatura documental de pesquisa sobre a realidade brasileira/ nordestina

=> Síntese do Manifesto: COMBATE POLÍTICO <=

# Autores/ intelectuais participantes do Manifesto Regionalista de 1926: 1. José Américo de Almeida 2. Gilberto Freire 3. Graciliano Ramos 4. Raquel de Queiroz 5. José Lins do Rego 6. Jorge Amado

Modernismo Maduro Ou Geração de 30: # Poesia # AUTORES:

Dois Sub-Grupos

Filosóficos Espirituais Carlos Drummond de Andrade Vinícius de Moraes Jorge de Lima Cecília Meireles Murilo Mendes Jorge de Lima Murilo Mendes 1. Carlos Drummond de Andrade: (1902 – 1987) “Homem de seu tempo”

# Ano de estréia: 1930 – período Entre Guerras:

1ª Guerra Mundial: 1914 – 1918 DRUMMOND

2ª Guerra Mundial: 1939 – 1945

# Poesia de inspiração filosófica – existencial -- Questionamento do mundo e suas mazelas: 1930: “Alguma poesia”

# Caracter ís t ica:

1. Desajustamento do individuo no mundo 2. Monotonia / pessimismo 3. Nostalgia do futuro 4. Participação sócio-política 5. A própria poesia – metalinguagem 6. Falta de perspectiva para a humanidade 7. Ateísmo 8. Ironia 9. Fragmentação – do indivíduo, do pensamento, da sociedade, da vida – METONIMIA (parte pelo todo) 10. Contemporaneidade – “homem de seu tempo”

# Obs.:

2. Vinícius de Moraes (1913 – 1980) DUAS FASES:

1ª. Fase: Vinculada à sua formação religiosa

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a. Conotações místicas e religiosas b. Desejo de transcendência e busca pelo misterioso c. Linguagem formal e excessiva

2ª Fase: A partir de 1943 – vinculada à realidade imediata e circundante, ressaltando: a. O canto do amor concreto e da exaltação da mulher

- Rejeição do mito da eternidade dos sentimentos - Destruição dos complexos de culpa com relação ao sexo e ao corpo - Amor em várias concepções possíveis: saudade, carência, paixão, desejo...

b. A valorização do cotidiano e a abertura para o social - Tensões do período entre-guerras - Homem de seu tempo: Rosa de Hiroxima

c. A utilização da linguagem coloquial (Vínculo com a modernidade) - Vinícius, Música Popular, Bossa Nova e Literatura. - Musicais: Orfeu da Conceição – 1956 Pobre Menina Rica – 1962 (Com Carlos Lyra e cenários de Oscar Niemeyer)

3.Cecília Meireles

1. Vinculada à Revista Festa – a princípio anti-modernista: herança de tradição lírica: SIMBOLISMO - Musicalidade - Sugestão temática: Exemplo: O rumor de suas penas Era um rumor de fontes

Brancas em tardes morenas

- Repetições obsessivas: De palavras que simbolizam o efêmero (metaforizam aquilo que é passageiro – sentimento) Lua, vento, música, areia. De palavras que simbolizam o permanente (metaforizam aquilo que permanece – sofrimento) Mar

2. Registro de estado de espírito vago: - abandono e solidão - melancolia - perda amorosa

3. Consciência da passagem do tempo – coisas fugidias, fugazes: - existencialismo - percepção de que o fluir do tempo dissolve aquilo que é passageiro

4. Vínculo com a modernidade: - falta de sentido da vida contemporânea - falta de comunicação com o mundo circundante - liberdade de formas e de temas

5. “Romanceiro da Inconfidência” (Conjunto de poemas curtos de caráter narrativo, destinados ao canto – herança ibérica). - Registra toda a civilização do ouro no século XVIII (85 ‘romances’) - Apresenta ritmo mais ou menos regular e refrão

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Exercícios Poesia – Geração de 30:

1. Trace um paralelo entre o Modernismo de 22 e o de 30, considerando sua nomenclatura, intenções, características, manifestos e revistas.

2. Explique Existencialismo e Metalinguagem, associando-os à obra de Drummond. 3. Cite as características gerais da obra de Drummond, relacionando-as com a expressão “Homem de seu

tempo”. 4. Explique a expressão atribuída à obra e à pessoa de Drummond: “Gauchismo”. 5. Que palavras repetidas na obra de C Meireles representam o sofrimento? E quais representam o

sentimento? Explique. 6. Cecília Meireles e Vinicius de Moraes apresentam ambos herança de tradição lírica. O que cada um

apresenta de tradicional? 7. E o que cada um apresenta de modernista? 8. Explique a visão do amor presente na obra de V de Moraes. 9. Cite as duas obras teatrais de V de Moraes e explique a intenção modernista de pelo menos uma delas. 10. Relacione poesia com música popular na obra de V de Moraes.

Modernismo Maduro Ou Geração de 30: # Prosa # AUTORES: 1. José Américo de Almeida: PB - Patriarcalismo - Obra A Bagaceira (1928) Dagoberto Marçal, Lucio e Soledade 2. Graciliano Ramos: AL - Desigualdades sociais: Campo - Trilogia da Seca:

a. Vidas Secas _ Fabiano, Sinhá Vitória, Baleia, Menino Grande e Menino Pequeno, Soldado Amarelo _ Zoomorfia Obs.:

b. São Bernardo _ Paulo Honório e Madalena _ Obs.:

c. Angústia 3. José Lins do Rego: PE

- Decadência da lavoura/ cultura canavieira - Obra biográfica

_ Menino de Engenho, Moleque Ricardo, Doidinho, Usina, Fogo Morto Obs.:

4. Raquel de Queirós: CE - Valorização do universo rural versus cidade - Ideologia modernizadora

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- Obra O Quinze _ Significa: _ Razão do nome: _ Articula-se em dois planos:

a. Social: efeito da seca sobre sertanejos b. Individual: experiências da protagonista – Conceição

- Obs.: 1977 5. Jorge Amado - Incorporação da região cacaueira do sul da Bahia à literatura - Radicalização política - Utilização de elementos do folclore e da religião africana Obra dividida em duas fases: # Primeira (romance proletário): Jubiabá, Cacau, Mar Morto, Suor. _ Esquema narrativo: ALIENAÇÃO – CONSCIENTIZAÇÃO – AÇÃO POLITICA # Segunda – a partir de 1958: Gabriela Cravo Canela, Tieta do Agreste, Dona Flor e Seus Dois Maridos, Tereza Batista. a. Atenção aos setores mais marginalizados pela sociedade – especialmente negros b. Valor documental e de finalidade comercial c. Obscenidade – não tem função erótica – protesto libertário contra falsos pudores

Obs.: Autores fora do Regionalismo

- Dionélio Machado - Érico Veríssimo

Exercícios 1: 1. Explique a nomenclatura “Modernismo Maduro” para a Geração de 30, principalmente para o romance

nordestino (prosa). 2. Relacione o Manifesto Regionalista de 1926 com o Pau-Brasil de 1924, o Verde-Amarelo de 1926 e o

Antropofágico de 1928, levando em consideração a intenção literária modernista no Brasil. 3. Qual a importância atribuída ao romance A Bagaceira (1928) de José Américo de Almeida? 4. Onde aconteceu o Manifesto Regionalista? Quais seus objetivos e sua principal crítica? Quais os

intelectuais participantes? 5. Quais os resultados obtidos pelo Manifesto e seus participantes? Você acha que foi ou são produtivas

iniciativas como esta? Por quê?

Exercícios 2: 1. Diferencie o aspecto literário sobre a seca, abordado por Graciliano Ramos e Raquel de Queiroz. 2. Da obra de Graciliano Ramos, Vidas Secas e São Bernardo recebem a crítica de livros mais importantes.

Quais os aspectos literários mais relevantes apresentados em tais obras. 3. Qual a importância atribuída à obra de José Lins do Rego? E qual o pano de fundo histórico abordado

por José Lins do Rego? 4. Qual a importância atribuída à obra de Jorge Amado? 5. Quais os 2 autores da geração de 30 que literariamente se encontram fora do regionalismo de 1926? 6. Estes 2 autores abordam que região do país? Qual dos dois aborda o aspecto histórico de seu estado?

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PÓS-MODERNISMO ou 3ª FASE OU GERAÇÃO DE 45: # Prosa e Poesia - Contexto Histórico:

Brasil e Mundo Pós-Segunda Guerra Mundo Bipolarizado Era do Rádio – TV Tupi (Assis Chateaubriand) Cinema (chanchadas) e Cinema Novo (Glauber Rocha) Bossa Nova

1. Aspectos da Prosa de 45 – contraste cidade versus regionalismo: - Prosa Intimista: a. b. c. Nome: CLARICE LISPECTOR - Prosa Regionalista: a. b.

Nome: GUIMARÃES ROSA 2. Aspectos da Poesia de 45: - 1944: “Testamento de Uma Geração” – assunto comentado: Passadismo da Semana de 22

Propostas: 1. Contra os excessos dos poetas de 22:

Postura: Implica:

2. Contra o Regionalismo da 2ª fase: Postura: Implica:

1948 – 1953: “Panorama” – Somos um novo estado poético - Balanço/ Resultado: Nome: JOÃO CABRAL DE MELO NETO

AUTORES DA GERAÇÃO DE 45 # PROSA #

PROSA – ficção de temática URBANA:

1. Clarice Lispector (1920 – 1977) “Fiz da língua portuguesa minha vida interior, o meu pensamento mais íntimo”

Constantes:

_ Existencialismo / Metalinguagem _ Subversão da estrutura narrativa tradicional, quebrado a seqüência começo – meio – fim _ Fluxo de consciência _ Introspecção filosófica a. uma linha

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b. duas linhas _ Feminismo _ Universalismo Obra: Contos e romances: Água Viva A Hora da Estrela A Paixão Segundo GH (Outros) PROSA – ficção de temática RURAL: - Diferença do Romance de 30 (2ª fase): Romance não crítico, não real, mas fictício

(realismo mágico: eventos extraordinários e inverossímeis) 2.João Guimarães Rosa

Características: _ Revelação do Sertão Mineiro: a. Sertão como espaço físico b. Sertão como estrutura histórico-cultural: _ Problematização da existência // EXISTENCIALISMO: _Personagens questionadores, interrogando o mundo e a si próprios _ Invenção de uma linguagem: _ Obs.: _ Obs.: “Dia da gente desexistir é certo decreto” “O vento aeiouava...” Obra: “Sagarana” “Grande Sertão: Veredas” 1ª pessoa: narrativa psicológica Riobaldo, Diadorim, Joca Ramiro AUTORES DA GERAÇÃO DE 45 # POESIA #

Poesia de Interesse Estético

João Cabral de Melo Neto “É uma chatice essa história de mundo interior”

-- Poeta engenheiro ou poeta arquiteto: Neo-Parnasiano -- Poesia Metalingüística -- Língua/ linguagem como objeto -- Existencialismo disfarçado em coisas comuns e simples

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# “Morte e Vida Severina”

- Auto de Natal Pernambucano (subtítulo) - obra mais importante - intertextualidade com a história do nascimento de Cristo

- existencialismo: dificuldades da vida no sertão nordestino PRIMEIRO QUESTIONÁRIO – GERAÇÃO DE 45:

1. Discuta a problematização da nomenclatura “Pós-Modernismo”. 2. Em que revista/ manifesto/ obra é baseada a poesia desta Geração? 3. Qual o foco do assunto da Geração de 45 de uma maneira geral? 4. Quais os autores de romance da 3ª geração do modernismo? Quais suas características fundamentais? 5. Que obras são escolhidas como as principais dos autores da prosa? 6. Quem é o poeta mais importante desta mesma geração? Suas características? 7. Com relação ao poeta da questão anterior, que obra é apontada como a mais importante? Por quê? 8. Por que este mesmo poeta é considerado poeta engenheiro? E o que isso tem a ver com o

Parnasianismo? 9. Faça um paralelo do assunto abordado e das características das três gerações modernistas, afastando-as e

ou aproximando-as.

SEGUNDO QUESTIONÁRIO – GERAÇAO DE 45: Guimarães Rosa

1. Cite e explique as diferenças da prosa de temática rural existentes entre a Geração de 30 e a de 45. 2. Como e por que o sertão roseano (de Guimarães Rosa) é duplo? 3. Como funciona, sistematicamente (Literatura como ‘sistema’) a presença do Existencialismo na obra de

Guimarães Rosa (lembre-se das lacunas preenchidas)? 4. Explique a incorporação da fala arcaica dos sertanejos à sua obra e aos personagens. 5. Quais as características da linguagem roseana? Explique e cite exemplos. 6. Rosa disse: “Quando escrevo, repito o que já vivi antes. E para estas duas vidas, um léxico só não é

suficiente”. Comente!