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Créditos

MATERIAIS EDUCATIVOS DVDTECA ARTE NA ESCOLAOrganização: Instituto Arte na Escola

Coordenação: Mirian Celeste Martins Gisa Picosque

Projeto gráfico e direção de arte: Oliva Teles Comunicação

MAPA RIZOMÁTICO

Copyright: Instituto Arte na Escola

Concepção: Mirian Celeste Martins Gisa Picosque

Concepção gráfica: Bia Fioretti

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Shirlene Vila Arruda - Bibliotecária)

INSTITUTO ARTE NA ESCOLA

Modernismo: os anos 20 / Instituto Arte na Escola ; autoria de Elaine Schmidlin ; coordenação de Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque. – São Paulo : Instituto Arte na Escola, 2010.

(DVDteca Arte na Escola – Material educativo para professor-propositor ; 153)

Foco: CT-B-23/2010 Conexões TransdisciplinaresContém: 1 DVD ; Biografias; Glossário ; BibliografiaISBN 978-85-7762-056-2

1. Artes - Estudo e ensino 2. Arte moderna 3. Modernismo - Brasil 4. Década de 1920 5. História do Brasil 6. Arte e história I. Schmidlin, Elaine II. Martins, Mirian Celeste III. Picosque, Gisa IV. Título V. Série

CDD-700.7

MODERNISMO: OS ANOS 20 Copyright: Instituto Arte na Escola

Autor deste material: Elaine Schmidlin

Assessoria em História: Claudio Moreno Domingues

Revisão de textos: Nelson Luis Barbosa

Padronização bibliográfica: Shirlene Vila Arruda

Diagramação e arte final: Jorge Monge

Autorização de imagens: Cesar Millan de Brito

Fotolito, impressão e acabamento: Indusplan Express

Tiragem: 200 exemplares

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DVDMODERNISMO: OS ANOS 20

Ficha técnicaGênero: Documentário sobre aspectos históricos e culturais da formação do modernismo brasileiro.

Palavras-chave: Modernismo brasileiro; antropofagia; pintura; escultura; arquitetura; literatura; cinema; cor; história do Brasil; cidades; política; industrialização.

Foco: Conexões Transdisciplinares

Tema: O modernismo e suas propostas apresentadas nas pri-meiras décadas do século XX.

Personalidades abordadas: Anita Malfatti, Lasar Segall, Mário de Andrade, Menotti Del Picchia, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, entre outros.

Indicação: A partir do 6º ano do Ensino Fundamental.

Nº da categoria: CT-B-23

Direção: Roberto Moreira.

Realização/Produção: Instituto Itaú Cultural, São Paulo.

Ano de produção: 1992.

Duração: 19’.

Coleção/Série: Panorama histórico brasileiro.

SinopseConflitos entre as ideias tradicionais e as novas concepções de mundo marcam o início do século XX. Paris é centro irradiador do pensamento moderno. No Brasil, Anita Malfatti expõe suas pinturas e provoca reações, em meio a manifestações anarquistas, assinala o surgimento do modernismo, marco na história da arte brasileira. Os modernistas pedem mais velocidade, originalidade, brasilidade. A vida cada vez mais urbana pede uma arquitetura funcionalista e a linguagem do cinema promete revolucionar a cultura mundial.

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Trama inventivaPonto de contato, conexão, enlaçado em Os olhos da Arte com um outro território provocando novas zonas de contágio e reflexão. Abertura para atravessar e ultrapassar saberes: olhar transdisciplinar. A arte se põe a dialogar, a fazer contato, a contaminar temáticas, fatos e conteúdos. Nessa intersecção, arte e outros saberes se alimentam mutuamente, ora se com-plementando, ora se tensionando, ora acrescentando, uns aos outros, novas significações. A arte, ao abordar e abraçar, com imagens visionárias, questões tão diversas como a ecologia, a política, a ciência, a tecnologia, a geometria, a mídia, o incons-ciente coletivo, a sexualidade, as relações sociais, a ética, entre tantas outras, permite que na cartografia proposta se desloque o documentário para o território das Conexões Transdisciplinares. Que sejam estas então: livres, inúmeras e arriscadas.

O passeio da câmeraO documentário introduz uma síntese política e social da década de 1920. Cenas de filmes de época em preto-e-branco e de cineastas com direção musical de Livio Tragtenberg enaltecem os acontecimentos narrados por Imara Reis ao longo do docu-mentário. Cartazes parisienses e cenas urbanas ressaltam a narrativa sobre a industrialização e a transformação acelerada dos modos de vida após a Primeira Guerra Mundial. Imagens de obras de arte abstratas e cubistas salientam Paris como centro irradiador do modernismo. Cenas de trabalhadores introduzem a narração sobre a crise da democracia liberal e o surgimento de movimentos totalitários como o fascismo e o nazismo. A música brasileira e imagens urbanas destacam os comentários sobre industrialização, imigração e expansão das cidades no Brasil. Cenas políticas ambientam a narração do contexto político brasileiro com o movimento anarquista, a rebelião tenentista e as oligarquias cafeeiras. A obra Tropical de Anita Malfatti introduz o modernismo brasileiro. O cartaz da Semana de Arte Moderna de 22 inicia a narrativa sobre os impactos do modernismo na

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arte e na literatura ressaltados por atuações teatrais e música de Villa-Lobos. Imagens de obras de Segall pontuam a narração sobre a contribuição dos artistas imigrantes na pintura e na arquitetura seguindo com os desdobramentos do movimento modernista. Imagens de obras de Tarsila salientam a narrativa do Grupo Pau-Brasil e o Manifesto Antropófago de Oswald de Andrade. A narrativa segue comentando sobre as características do modernismo, salientando outras obras significativas na arte, na literatura e no cinema brasileiros. Cenas de época da cidade de São Paulo reportam à queda da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929, ocasionando a crise da produção cafeeira no Brasil e a divisão das oligarquias, finalizando com a Revolução de 30 e a condução de Getulio Vargas ao poder.

Esses aspectos podem ser ampliados nas Conexões Transdisci-plinares. O modernismo brasileiro, a Semana de Arte Moderna e a Antropofagia podem ser explorados no território de Saberes Estéticos e Culturais. Os rompimentos e a renovação estética podem ser experimentados nos focos Linguagens Artísticas e Forma-Conteúdo.

Os olhos da ArteNo Brasil do pós-guerra, a cidade de São Paulo estava a caminho da industrialização. Durante os anos de 1912 a 1930, predominou a oligarquia cafeeira, e São Paulo era uma cidade em formação por fábricas e operários, recebendo um grande contingente de imigrantes e sendo o centro da agitação política de 1917. Esses fatos provocaram a transformação de São Paulo em centro cul-tural do país, abrigando intelectuais e artistas ávidos de novas experiências, uma vez que o Rio de Janeiro, por ser a sede do governo, tinha tendências mais conservadoras, sendo maiores as resistências a um pensamento mais moderno.

Nesse contexto, emerge o modernismo brasileiro. Movimento estético inaugurado pela exposição expressionista de Anita Mal-fatti em 1917, que escandalizou o público e recebeu na época uma crítica contundente de Monteiro Lobato. Essa exposição

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Lasar Segall - Menino com lagartixas, 1924óleo sobre tela, 98 x 61 cmColeção Museu Lasar Segall – IBRAM/MinC, São Paulo/SP

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impulsiona os artistas para o movimento da modernização na arte brasileira culminando com A Semana de Arte Moderna de 22, ocorrida nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo, organizada por um grupo de intelectuais e artistas por ocasião do Centenário da Independência.

A Semana de Arte Moderna declara a ruptura com a ordem acadêmica, o abandono do colonialismo cultural, a invenção de uma nova cultura brasileira, rejeitando as correntes literá-rias e artísticas anteriores: o parnasianismo, o simbolismo e a arte acadêmica. Anita Malfatti e Di Cavalcanti na pintura; Heitor Villa-Lobos na música; Mário de Andrade e Oswald de Andrade na literatura; Victor Brecheret na escultura, esses foram alguns dos participantes da Semana. As proposições modernistas buscaram o rompimento com a norma acadêmica, o lirismo e o poder de comunicação da arte popular, além da atualização da arte em relação às vanguardas europeias.

Lasar Segall, em 1912, e Anita Malfatti (veja na DVDteca Arte na Escola, documentários sobre esses artistas) foram os precur-sores nas artes plásticas; na escultura, Brecheret trazia a pureza da forma; e na arquitetura, Gregori Warchavchik deixava visível nas edificações modernas do período a apropriação de elemen-tos estéticos do design da Bauhaus. No cinema despontavam diversos ciclos regionais buscando o aprimoramento estético e uma linguagem nacional; na literatura rejeitam-se a rima, o verso metrificado e as palavras raras. As revistas Estética, Klaxon e Antropofagia foram meios de comunicação entre os artistas e a sociedade. Do movimento modernista surge o Grupo dos Cinco, formado por Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Menotti Del Picchia e Anita Malfatti. O grupo buscou concretizar os ideais da Semana de Arte Moderna e desdobrou-se em diversas tendências. O Verde-Amarelismo de Menotti Del Picchia e o Grupo Anta propunham um nacionalismo ufanista, enquanto o Movimento Pau-Brasil de Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade propunha o percurso para a brasilidade da descoberta do popular e do primitivo assimilando as formas de linguagem das vanguardas europeias.

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Tarsila, em sua fase Pau-Brasil, traz em suas obras o imaginário popular e os movimentos do cubismo e do surrealismo como fontes de referência. Ela agrega em suas pinturas signos como a máquina, a eletricidade, a velocidade coabitando com o cabo-clo, as festas populares, os bichos da fazenda e os mitos. Seu quadro Abaporu, isto é, “o homem que come”, em linguagem indígena, inspirou o Manifesto Antropófago de Oswald de Andrade, que valorizava a rebelião ocorrida no meio artístico rejeitando as teorias e os sistemas, porém a única lei possível é a do antropófago. Sua pintura impulsiona a literatura com uma estrutura de linguagem apoiada no surrealismo. O movimento da antropofagia propunha devorar o estranho, o europeu, o negro e o índio, assimilando-os e fazendo-os seu. A temática dos mo-dernistas é a brasilidade afirmando a singularidade regional sem abandonar a universalidade da linguagem que exigia uma forma nova a partir do confronto com o outro de nossa cultura.

Assim, pelas frestas dos primeiros feitos da modernidade paulistana, adentra um sentimento vanguardista que faz soprar na linguagem da arte uma nova linguagem artística, seja na pintura, na escultura, seja no desenho. A vontade de ruptura funda um novo modo de fazer e pensar a arte.

O passeio dos olhos do professorO documentário aborda acontecimentos históricos, políticos e artísticos da década de 20 no Brasil do século XX. Esses aspectos podem impulsionar o seu processo pedagógico com enfoque na experimentação, na pesquisa e no aprofundamento de conceitos relativos ao período. Seria interessante registrar as impressões em um diário de bordo antes do seu planejamento pedagógico. Para tanto, sugerimos uma pauta do olhar.

Como as imagens do documentário remetem à década de 1920?

Como a Semana de Arte Moderna é abordada no documen-tário?

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Paris é o centro irradiador do modernismo. Como o docu-mentário aponta a influência das vanguardas europeias no modernismo brasileiro?

A poesia, o cinema, a arquitetura, as artes plásticas e a litera-tura são fontes de referência apontadas pelo documentário. Como você destacaria essas diferentes linguagens?

Atuações teatrais são apresentadas no documentário. Como essas cenas tocam você?

Como as cenas da história e da política brasileira são apre-sentadas no documentário?

Que relações entre modernismo brasileiro e modernidade você encontrou no documentário?

Que relações entre a cena artística brasileira e as questões políticas e sociais da década de 1920 você destacaria?

Quais experimentações poéticas modernistas são desper-tadas pelo documentário?

Após apreciação e registro de suas impressões sobre o docu-mentário em seu diário de bordo, amplie seus focos revendo suas anotações e proponha uma pauta do olhar para os seus alunos.

Percursos com desafios estéticos

O passeio dos olhos dos alunosAntes da exibição do documentário, você pode, como propo-sição pedagógica, impulsionar o olhar dos seus alunos para o documentário com propostas de experimentações a partir de suas anotações no diário de bordo e das sugestões do mapa potencial. A brasilidade é o tema da Semana de 22 com o foco em diferentes linguagens artísticas. As propostas sugeridas podem ser ampliadas ou mesmo reinventadas por todos.

A máquina, a feira, as festas populares são temas recorren-tes nas obras de Tarsila do Amaral no período Pau-Brasil.

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Uma incursão por essas questões em sua cidade poderia desencadear experimentações com a linguagem da pintura retratando cenas cotidianas e festas populares de sua região. Experimentem cores e formas em feiras de frutas e legumes provocando os sentidos para a apreciação do documentário.

A poesia é forma poética importante na Semana de 22. A rejeição à rima, ao verso metrificado e às palavras raras foi questão importante para os modernistas na literatura. Que tal potencializar o olhar ao documentário promovendo um recital de poesias, tendo como referencial o ideal moder-nista de rompimento com a norma acadêmica. Importante também seria uma conversa com poetas de sua região sobre a influência modernista brasileira na poesia contemporânea. Pesquisar sobre poesia e literatura na Semana de 22 pode ajudar nessa proposição.

Outro modo de preparação do olhar dos alunos para o docu-mentário é a apresentação de obras de arte brasileira por meio da construção de uma curadoria educativa. O agrupamento pode conter algumas obras dos séculos XIX, XX e XXI, dentre elas alguns ícones do modernismo. Quais obras os alunos conhecem? Eles identificam as obras modernistas? O que sabem sobre os artistas e as próprias obras?

Desvelando a poética pessoalAs diversas manifestações artísticas da Semana de 22 e suas referências conceituais são focos importantes no documentário. A brasilidade, a rejeição à norma acadêmica e ao colonialismo cultural são temas recorrentes. As problemáticas formais da Semana de 22 podem ser geradoras de experimentações de processos de criação reveladores de poéticas pessoais.

A forma poética na Semana deriva de uma série de incursões pela poesia, pela literatura, pelo cinema e pelas artes plásticas. A experimentação com a linguagem da pintura pode desvelar poéticas singulares. Experimentações com as cores e as formas orgânicas de Tarsila podem ser propostas em uma

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investigação formal. A brasilidade de seu tema em uma série de trabalhos artísticos realizados por seus alunos pode ser organizada a partir de um portfólio que agregue também a lin-guagem da poesia associada aos trabalhos desenvolvidos.

O expressionismo, o futurismo, o cubismo e o surrealismo foram movimentos de vanguarda europeia que influenciaram os artistas da Semana de 22. Pesquisar e experimentar es-sas formas de linguagem em uma série de trabalhos pode desencadear processos poéticos que poderão ser revisitados após apreciação do documentário. A partir dessa constru-ção poética pode ser solicitado um texto poético sobre as experimentações e pesquisas realizadas por seus alunos.

Ampliando o olhar Navegar na internet à procura de artistas modernistas pode

ser o começo de uma ampliação sobre a Semana de Arte Moderna de 22. A Escola da Bauhaus é fonte referencial para a arquitetura moderna. A funcionalidade era questão funda-mental para uma construção arquitetônica lógica e racional. Uma pesquisa visual pelo contexto de sua cidade pode ajudar nessa proposição, como a arquitetura do prédio do Museu de Arte de São Paulo (Masp), por exemplo. A visualidade da vanguarda modernista na cidade pode desencadear uma investigação mais aprofundada da Escola da Bauhaus e dos princípios que a fundamentaram. Essa proposição pode ser ampliada relacionando-a ao momento da industrialização e da modernidade brasileira nas duas primeiras décadas do século XX. As construções da Estação da Luz, do Viaduto Santa Ifigênia e o Liceu de Artes e Ofícios, em São Paulo, também são expressões socioestéticas desse surto industrializante.

A linguagem do cinema da década de 1920 pode ser ampliada em uma incursão pela internet e também por publicações com enfoque na linguagem do cinema. No documentário aparece o ciclo regional do cinema nacional com imagens dos filmes Brasa dormida (Humberto Mauro, 1928), Aitaré da praia

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arquitetura

linguagensconvergentes

cinema

Zarpando

Forma - Conteúdo

elementos da visualidade

SaberesEstéticos eCulturais

história da arte

Linguagens Artísticas

meiostradicionais

artesvisuais

cor, superfície

Modernismo brasileiro, Semana de Arte Moderna, antropofagia

ConexõesTransdisciplinares

arte e ciênciashumanas

história do Brasil, cidades,política, industrialização

pintura, escultura, literatura, cinema

literatura

qual FOCO?

qual CONTEÚDO?

o que PESQUISAR?

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(Gentil Roiz, 1925) e Fragmentos da vida (José Medina, 1929) além de trechos do filme Outubro do cineasta russo (Serguei Eisenstein, 1927) logo no início de documentário. A pesquisa sobre as temáticas regionais e a estética moderna no cinema pode provocar o olhar sensível aos filmes da época de 1920 que influenciaram uma geração de cineastas, entre eles Glauber Rocha. Uma incursão ao cinema e ao video-clipe também pode ser experimentada como via de acesso cotidiano a linguagem do cinema e do vídeo.

A obra de Anita Malfatti pode impulsionar a compreensão do movimento da Semana de 22. Uma pesquisa visual poderia ser sugerida focalizando a forma da linguagem expressiva de Anita, suas figuras grotescas quase caricaturais que se contrapunham ao ideal acadêmico da época. O movimento expressionista pode ser ampliado com uma pesquisa, assim como a crítica contundente de Monteiro Lobato sobre a exposição de Anita Malfatti de 1917. Questionamentos so-bre a poética de Malfatti e sobre a crítica de Lobato podem provocar o olhar para o documentário.

Conhecendo pela pesquisa O mundo urbano das máquinas como a ferrovia, a aviação e

o automóvel formou a modernidade na época pós-Primeira Guerra Mundial. A industrialização pode ser o tema de uma pesquisa envolvendo a implicação dessa questão na sociedade e na política das oligarquias cafeeiras da década de 1920. Em 1917 surge o maior movimento grevista do período liderado pelos anarquistas em um projeto de agitação popular contra o alto custo de vida e as más condições de trabalho. Problematizar as conexões entre modelos sociais e a industrialização seria o foco dessa proposição.

Em 1922 ocorre a Revolta do Forte de Copacabana no Rio de Janeiro, em 1924 tivemos a Revolução Paulista, e no Rio Grande do Sul o início da Coluna Prestes, que duraria até 1927. Esses acontecimentos estão associados ao

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Movimento Tenentista, de caráter político-militar, em sua maioria composto por jovens oficiais, tenentes descontentes com a situação política do período. As pesquisas podem ser aprofundadas em conexões com as áreas de História e Geografia. Rever o documentário acentuando esse aspecto histórico pode ajudar na compreensão da proposição. Veja na Bibliografia publicações e sites para consulta.

Mário de Andrade foi um dos integrantes da Semana de Arte Moderna de 22. A poesia Ode ao burguês é uma síntese do ideal modernista. “A nossa estética é de reação. Como tal, é guerreira”, assim inicia Menotti Del Picchia em seu discurso abrindo a segunda noite da Semana de 22. Oswald de Andrade escreve o Manifesto da Poesia Pau-Brasil e o Manifesto Antropófago, tendências abertas pela Semana de 22. Pesquisar as passagens textuais dos manifestos pode ajudar na compreensão do modernismo brasileiro. Conexões com a literatura poderá ampliar o repertório sobre Mário de Andrade, autor de Macunaíma, e Oswald de Andrade, entre outros que participaram da Semana.

Monteiro Lobato fez uma crítica ao trabalho de Anita Malfatti em 1917, fato que marcou por muitos anos a vida da pintora. O texto publicado no jornal O Estado de S. Paulo em 20 de dezembro de 1917, intitulado inicialmente “A propósito da exposição Malfatti”, foi incluído na coletânea de textos do autor (Ideias do Jeca Tatu) com o título “Paranóia ou mistificação? – a propósito da exposição Malfatti”. Monteiro Lobato busca uma autenticidade nacional em suas publica-ções, também voltadas ao público infantil, como A menina do Narizinho Arrebitado e que se desdobrou em várias histórias e personagens consagradas nas histórias do Sítio do Pica Pau Amarelo. O que os alunos conhecem desse autor?

A obra Abaporu de 1928 foi fonte de inspiração para Oswald de Andrade iniciar o movimento antropofágico. A figura do Abaporu, algo bem brasileiro, idealizava o processo da deglutição da antropofagia. Uma pesquisa sobre a forma orgânica quase surrealista presente na fase antropofágica

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de Tarsila, relacionada com o Manifesto Antropófago de Oswald de Andrade, pode aprofundar as diferenças formais e ideológicas presentes nas outras tendências modernistas após a Semana de 22. Os desdobramentos da pesquisa podem ser explorados visualmente na produção de Tarsila do Amaral na fase Pau-Brasil. Veja na Bibliografia publicações e sites para consulta.

Amarrações de sentidos: portfólioAs proposições pedagógicas oferecem experimentação, ampliação e aprofundamento de conhecimentos em vários territórios de arte, história e cultura. Os desdobramentos das vivências podem ser iniciados por meio de uma conversa com seus alunos sobre as poéticas experimentadas com as linguagens da pintura e do cinema. A organização do processo pode estar em um portfólio junto com os textos literários produzidos por seus alunos. As conexões com outras áreas curriculares, bem como pesquisas e ampliação de conhecimentos podem ser retomadas e surgir na forma de mani-festos. As experimentações artísticas podem também conectar-se com os manifestos. A criação de uma revista pode igualmente ser experimentada. Os recortes para as notícias podem vir dos textos literários, dos manifestos, das pesquisas e das experimentações artísticas. Organizar uma semana de arte com declamações de poesia, leitura dos manifestos inventados, apresentação dos trabalhos artísticos poderia ser uma forma de potencializar o estu-do sobre o sentido da modernidade e do movimento modernista brasileiro na década de 1920 apontado pelo documentário.

Valorizando a processualidadeO processo vivenciado com os textos literários, a linguagem da pintura, a brasilidade da temática da modernidade pode desen-cadear reflexões sobre o conhecimento apropriado por você. Questionar em grande grupo sobre os momentos significativos dessa experiência pode revelar o que os alunos aprenderam nos trajetos pedagógicos percorridos com o documentário. Perceber

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os avanços no conhecimento sobre a relação entre o período da industrialização e a Semana de 22 é fator a ser destacado nesse processo. Houve nas conversas, avanços sobre as re-lações contextuais e a produção artística? A experimentação com a linguagem da pintura em formas que ressaltam as cenas cotidianas e urbanas em superfícies de cor é uma proposição que pode promover as aproximações do sentido dos seus alunos com a pintura de Tarsila do Amaral. Como vocês percebem essa relação de formas e cores em seus trabalhos artísticos? A escrita dos manifestos do modernismo marcou os ideais e rompimentos com a estética e a norma acadêmica. Como vocês perceberam esses aspectos em sua pesquisa? Como reorganizaram esses ideais em seus manifestos? O diário de bordo do professor pode contribuir com outras questões para essa avaliação. Outros possíveis percursos pedagógicos podem vir a aparecer nas conversas de vocês e serem reinventados em novas proposi-ções. Destacar os sentidos adquiridos ao longo do processo vivenciado e perceber o que os alunos aprenderam nos trajetos percorridos são questões importantes nessa avaliação.

Personalidades abordadas Anita Malfatti (São Paulo/SP, 1889 – Diadema/SP, 1964) – Pintora, dese-nhista, ilustradora e professora. Considerada a precursora do modernismo brasileiro trazendo de seus estudos na Alemanha e Nova York a forma plástica da linguagem expressionista. Participou da mostra ocorrida na Semana de Arte Moderna de 1922. Hoje Malfatti é reconhecida como uma das maiores pintoras brasileiras.

Gregori Warchavchik (Odessa/Ucrânia, 1896 - São Paulo/SP, 1972) – Um dos principais nomes da primeira geração de arquitetos modernistas do Brasil. Projetou e construiu aquela que foi considerada a primeira residência moderna do país, hoje tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat). Em 1925, escreveu o primeiro manifesto da arquitetura modernista no Brasil publicado no jornal Correio da Manhã em 1º de novembro, intitulado “Acerca da architetura moderna”.

Humberto Mauro (Volta Grande/MG, 1897 - 1983) – Foi um dos pioneiros do cinema brasileiro. Cineasta de inúmeros títulos em longa-metragem e curta-metragem sempre com temas brasileiros realizados entre 1925 a 1974.

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Mário de Andrade (São Paulo/SP, 1893 - 1945) – Poeta, escritor, crítico literário. Um dos grandes líderes do movimento modernista, construindo o caráter regionalista e revolucionário na literatura brasileira iniciado pela publicação de Paulicéia desvairada. Pesquisador do folclore e das raízes culturais do Brasil publicou o romance Macunaíma, considerada uma das obras capitais da narrativa brasileira no século XX. Autor de inúmeras publicações.

Menotti Del Picchia (São Paulo/SP, 1892 - 1988) – Jornalista, escritor, ensaísta, pioneiro da indústria cinematográfica brasileira. Uma das maiores expressões da cultura paulista com destacada atuação na Semana de Arte Moderna de 22. Foi autor de inúmeros romances e ensaios, deputado federal por São Paulo e membro da Academia Brasileira de Letras.

Monteiro Lobato (Taubaté/SP, 1882 - São Paulo/SP, 1948) – Um dos mais influentes escritores brasileiros do século XX, precursor da literatura infantil no Brasil. Conhecido pelo conjunto educativo de suas obras infantis e autor de inúmeros contos sobre temas brasileiros.

Oswald de Andrade (São Paulo/SP, 1890 - 1954) – Escritor, ensaísta e dramaturgo brasileiro. Foi um dos promotores da Semana de 22 e um dos in-trodutores do modernismo no Brasil. Autor do Manifesto da Poesia Pau-Brasil em que defendia a poética espontânea e original e do Manifesto Antropófago que defendia a antropofagia como única possível para a constituição de algo genuinamente brasileiro. Autor de inúmeras poesias e romances.

Tarsila do Amaral (Capivari/SP, 1886 – São Paulo/SP, 1973) – Pintora, desenhista. Tarsila foi responsável pela criação de uma nova linguagem para a pintura brasileira em cores e formas com temas acentuadamente brasileiros. Estudou na Europa e integrou-se ao grupo modernista, embora não tenha participado da Semana de 22. Casou-se com Oswald de Andrade e sua tela Abaporu inspirou o movimento antropofágico.

Glossário Arte acadêmica – Orientação estética voltada ao realismo acadêmico, com influência neoclássica, desenvolvido entre os séculos XVII e XIX, tendo como características o rigor, as regras e os cânones formais, estéticos e técni-cos seguindo os pressupostos das academias de arte. Fonte: PEVSNER, Nikolaus. Academias de arte: passado e presente. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

Cubismo – Como movimento, retoma um dos problemas fundamentais da pintura: a representação do volume numa superfície plana, procurando soluções e gerando uma linguagem plástica que rompe com o ilusionismo praticado desde a Renascença. É considerado uma revolução estética e técnica (colagem de papéis, areia, vidro, jornal, pano etc.). Sua origem é

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marcada pela obra Les demoiselles d’Avignon, de Picasso em 1907, com forte influência da arte africana. Além dele, Braque, Juan Gris e Léger, acompanhados em paralelo por Matisse e Derain, participaram desse movi-mento. Distinguem-se três fases: cubismo cézanniano (1907-1909); analítico (decomposição crescente da forma, 1910-1912), e sintético (ampliação dos planos e das cores, 1913-1914), mas sua influência ultrapassa o seu tempo, com amplas transformações e repercussões. Fonte: DICIONÁRIO da pintura moderna. Trad. Jacy Monteiro. São Paulo: Hemus, 1981. 

Expressionismo – Movimento do século XX iniciado na França e na Ale-manha. A distorção exagerada da forma, a aplicação da tinta de maneira intuitiva quase espontânea e uma expressão emocional são algumas das características estéticas. Cabe citar o grupo artístico alemão Die Brücke (A Ponte) e Edvard Munch como expoentes do expressionismo. Fonte: BEHR, Shulamith. Expressionismo. São Paulo: Cosac & Naify, 2000.

Futurismo – A partir do manifesto publicado por Marinetti em 1909, o futu-rismo italiano pode ser considerado o primeiro movimento de vanguarda, em que se nega todo o passado adotando-se uma ousada experimentação quanto a estilo e técnica investindo um interesse ideológico na arte. Caracteriza-se pelo dinamismo plástico e sintético. Na experimentação são estudadas as vibrações luminosas, a representação sintética do movimento, e os ritmos dinâmicos cósmicos que independem do objeto em movimento. Os futuristas se dizem antirromânticos e pregam uma arte que expresse “estados de alma”, bastante emotiva, e exaltam a ciência e a técnica, desde que sejam poéticas e líricas. Dizem-se socialistas, mas não se interessam pelas lutas operárias. Marinetti, Boccioni, Balla e Carrà são artistas que, entre outros, integram esse movimento. Fonte: ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna: do iluminismo aos movimentos contemporâneos. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

Parnasianismo – Escola ou movimento literário essencialmente poético, contemporâneo do realismo-naturalismo. Privilegiava a destreza verbal, a métrica quase didática de fácil memorização, a erudição e a forma fixa. Fonte: FISCHER, Luís Augusto. Parnasianismo brasileiro: entre a ressonância e dissonância. Porto Alegre: Edipucrs, 2003.

Simbolismo – Escola literária surgida na França do século XIX como oposição ao realismo e ao naturalismo. Visão subjetiva transcendental, com temas místicos e espirituais. Charles Baudelaire com o livro As flores do mal, de 1857, foi o precursor do simbolismo. Fonte: MOISÉS, Massaud. História da literatura brasileira: realismo e simbolismo. São Paulo: Cultrix, 2001.

Surrealismo – No manifesto inaugural de 1924, André Breton define o sur-realismo como a “ausência do controle exercido pela razão, com exclusão de toda preocupação estética e moral”, na associação desinteressada entre sonho e pensamento. Segundo ele, a “função da arte, é desarrumar o

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cotidiano, propor o insólito contra a rotina, retificar a lei e a ordem”. Artistas mais destacados: Salvador Dalí, René Magritte, Max Ernst, Tanguy, Miró, Paul Klee, Marc Chagall. Fonte: MORAIS, Frederico. Panorama das artes plásticas séculos XIX e XX. 2.ed. rev. São Paulo: Instituto Cultural Itaú, 1991.

BibliografiaALAMBERT, Francisco. A Semana de 22: a aventura modernista no Brasil. São Paulo: Scipione, 1992.

ALMEIDA, Paulo Mendes de. De Anita ao museu. São Paulo: Perspectiva, 1976.

AMARAL, Aracy. Artes plásticas na Semana de 22. São Paulo: Ed. 34, 2001.

BERCITO, Sonia de Deus Rodrigues. Nos tempos de Getulio Vargas: da Revolução de 30 ao fim do Estado Novo. São Paulo: Atual, 1990.

BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1997.

CAMARGOS, Márcia. Villa Kyrial: crônica da Belle Époque paulistana. São Paulo: Ed. Senac, 2001.

CASTELLO, José Aderaldo. A literatura brasileira: origens e unidade (1500-1960). São Paulo: Edusp, 1999. v.2.

DECCA, Maria Auxiliadora Guzzo. Indústria, trabalho e cotidiano: Brasil 1880 a 1930. São Paulo: Atual, 1991.

GARCEZ, Lucilia. Explicando a arte brasileira. 2.ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.

GONÇALVES, Lisbeth Rebollo. Arte brasileira no século XX. São Paulo: ABCA; Imprensa Oficial do Estado, 2007.

GOTLIB, Nádia Battella. Tarsila do Amaral: a modernista. São Paulo: Ed. Senac, 2003.

JUSTINO, Maria José. O banquete canibal: a modernidade em Tarsila do Amaral (1886-1973). Curitiba: Ed. UFPR, 2002.

MORAES, José Geraldo Vinci de. Cidade e cultura urbana na Primeira República. 4.ed. São Paulo: Atual, 1994.

PROENÇA, Graça. História da arte. São Paulo: Ática, 2007.

REY, Marcos. Brasil: os fascinantes anos 20. São Paulo: Ática, 1995.

REZENDE, Antonio Paulo. Uma trama revolucionária?: do Tenentismo à Revolução de 30. 6.ed. São Paulo: Atual, 1990.

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SALVADORI, Maria Angela Borges. Cidades em tempos modernos: um mundo de novidades: São Paulo e Rio de Janeiro nos anos 20 e 30. São Paulo: Atual, 1995.

TELES, Gilberto Mendonça. Vanguarda européia e modernismo brasileiro: apresentação dos principais poemas, manifestos, prefácios e conferências vanguardistas, de 1857 a 1972. 13.ed. Petrópolis: Vozes, 1997.

Webgrafiaos sites a seguir foram acessados em 07 abr. 2009.

HISTÓRIA. Textos sobre história do Brasil. Historianet, a nossa história. Disponível em: <http://www.historianet.com.br>.

HISTÓRIA contemporânea do Brasil. Centro de Pesquisa e Documentação - Fundação Getulio Vargas - FGV/CPDOC. Disponível em: <http://www.cpdoc.fgv.br>.

MENOTTI Del Picchia. Disponível em: <http://www.casamenotti.com>.

MODERNISMO. A Semana de Arte Moderna de 22. Disponível em: <http://www.macvirtual.usp.br/mac/templates/projetos/seculoxx/modulo2/moder-nismo/semana/index.htm>.

SEMANA de Arte Moderna. Disponível em: <http://www.puccamp.br/cen-tros/clc/jornalismo/projetosweb/2003/Semanade22/oquefoi.htm>.

______. Disponível em: <http://almanaque.folha.uol.com.br/semana22.htm>.

SOBRE os anos 20 do século 20. Banco de Dados Folha. Acervo de Jor-nais. Textos de Brasil. Disponível em: <http://almanaque.folha.uol.com.br/brasil20lista.htm>.

TARSILA do Amaral. Disponível em: <http://www.tarsiladoamaral.com.br>.

VANGUARDAS européias. Disponível em: <http://www.pitoresco.com.br/art_data/vanguardas_euro/index.htm>.

FilmografiaANITA Malfatti: modernista por natureza. Dir. Cacá Vicalvi. São Paulo: Rede SescSenac de Televisão, 2001. 1 DVD (23 min.). (O mundo da arte). Acompanha material educativo para professor-propositor. DVDteca Arte na Escola.

A vida e a obra da pintora precursora do modernismo no Brasil.

DI CAVALCANTI - 100 anos. Dir. Malu de Martino. Rio de Janeiro: Petrobras, 1997. 1 DVD (16 min.). Acompanha material educativo para professor-propositor. DVDteca Arte na Escola.

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A vida e a obra do pintor modernista brasileiro, e sua busca pelas formas e cores da paisagem e da mulher brasileira.

ETERNAMENTE Pagú. Dir. Norma Bengell. S. l.: Flai Cinematográfica: Sky Light: Maksoud Plaza, 1988. 1 DVD (100 min.).

Nos anos 20 e 30 a jovem Patrícia Galvão (Pagú) escandaliza a elite paulista com sua postura liberal. Ela se une aos modernistas, milita no PC e é presa.

LASAR Segall: um modernista brasileiro. Dir. Maria Ester Rabello. São Paulo: Rede SescSenac de Televisão, 2000. 1 DVD (23 min.). (O mundo da arte). Acompanha material educativo para professor-propositor. DVDteca Arte na Escola.

A vida e a obra do pintor expressionista pioneiro da arte moderna no Brasil.

O PAÍS dos tenentes. Dir. João Batista de Andrade. S.l.: Raíz Produções Cinematográficas: Embrafilme, 1987. 1 DVD (85 min.).

Lembranças de um general sobre os movimentos tenentistas da década de 1920.

REVOLUÇÃO de 1930. Dir. Sylvio Back. S.l.: Sylvio Back Produções Cine-matográficas: CIC Vídeo, 1980. 1 VHS (35 mm. 118 min.): p&b.

Documentário com colagem de imagens de época.

UM SÓ Coração. Dir. Carlos Manga. 2004. 6 DVDs. Minissérie da Rede Globo de Televsião.

Narra a história e o desenvolvimento de São Paulo, entre 1922 e 1954. A Semana de Arte Moderna, as Revoluções de 1924 e 1932 e a Era Vargas.

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