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1 201 Módulo 1 Atividades adicionais Português (PUC) Texto para as questões de 1 a 3. Essas meninas As alegres meninas que passam na rua, com suas pastas escolares, às vezes com seus namorados. As alegres meninas que estão sempre rindo, comentan- do o besouro que entrou na classe e pousou no vestido da professora; essas meninas; essas coisas sem impor- tância. O uniforme as despersonaliza, mas o riso de cada uma as diferencia. Riem alto, riem musical, riem desa- finado, riem sem motivo; riem. Hoje de manhã estavam sérias, era como se nunca mais voltassem a rir e falar coisas sem importância. Faltava uma delas. O jornal dera notícia do crime. O corpo da menina encontrado naquelas condições, em lugar ermo. A selvageria de um tempo que não deixa mais rir. As alegres meninas, agora sérias, tornaram-se adultas de uma hora para outra; essas mulheres. C. Drummond de Andrade, in: Contos plausíveis. Rio de Janeiro, José Olímpio, 1985, pág. 76. 1. A intenção do narrador de apontar a transformação do indivíduo provocada pelo sofrimento fica eviden- te pela afirmação dada por: a) “As alegres meninas que passam na rua, com suas pastas escolares, às vezes com seus namorados.” b) “A selvageria de um tempo que não deixa mais rir.” c) “O jornal dera notícia do crime”. d) “As alegres meninas, agora sérias, tornaram-se adultas de uma hora para outra; essas mulheres.” e) “O uniforme as despersonaliza, mas o riso de cada uma as diferencia.” 2. No texto em questão, o narrador afirma que o fato de as meninas usarem uniforme faz com que elas te- nham a mesma aparência: “O uniforme as desperso- naliza”. No entanto, por meio de um recurso linguís- tico de oposição, afirma que: a) as pastas escolares das meninas as diferenciam. b) a maneira de ser de cada uma das meninas, revela- da pelo riso, as torna diferentes. c) os namorados que acompanham as meninas são conhecidos e por isso as diferenciam. d) as meninas são repletas de afetividade em relação à professora e riem para ela de maneira diferente: alto, musical, desafinado... e) as meninas tornaram-se adultas e isso as diferencia. 3. Ainda sobre o texto, podemos afirmar que o autor utiliza as formas verbais: passam, estão rindo, desper- sonaliza, diferencia e riem como recurso linguístico, denotando uma declaração que: a) se verifica ou se prolonga até o momento em que se fala. b) acontece habitualmente, em qualquer tempo (o “passado contínuo”). c) representa uma verdade universal (o “presente eterno”). d) repete um fato consumado. e) exprime incerteza ou ideia aproximada, simples possibilidade ou asseveração modesta. (FUVEST) Texto para as questões 4 e 5. A explosão dos computadores pessoais, as ‘infovias’, as grandes redes – a Internet e a World Wide Web – atropelaram o mundo. Tornaram as leis antiquadas, reformularam a economia, reordenaram prioridades, redefiniram os locais de trabalho, desafiaram constitui- ções, mudaram o conceito de realidade e obrigaram as pessoas a ficar sentadas, durante longos períodos de tempo, diante de telas de computadores, enquanto o CD-Rom trabalha. Não há dúvida de que vivemos a re- volução da informação e, diz o professor do MIT, Nicholas Negroponte, revoluções não são sutis. Jornal do Brasil, 13.02.1996. 4. A expressão “revoluções não são sutis” indica: a) a natureza efêmera das revoluções. b) a negação dos benefícios decorrentes das revolu- ções. c) a natureza precária das revoluções. d) o caráter radical das revoluções. e) o traço progressista das revoluções.

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Módulo 1

Atividades adicionais Português

(PUC) Texto para as questões de 1 a 3.

Essas meninasAs alegres meninas que passam na rua, com suas

pastas escolares, às vezes com seus namorados. As alegres meninas que estão sempre rindo, comentan-do o besouro que entrou na classe e pousou no vestido da professora; essas meninas; essas coisas sem impor-tância.

O uniforme as despersonaliza, mas o riso de cada uma as diferencia. Riem alto, riem musical, riem desa-finado, riem sem motivo; riem.

Hoje de manhã estavam sérias, era como se nunca mais voltassem a rir e falar coisas sem importância. Faltava uma delas. O jornal dera notícia do crime. O corpo da menina encontrado naquelas condições, em lugar ermo. A selvageria de um tempo que não deixa mais rir.

As alegres meninas, agora sérias, tornaram-se adultas de uma hora para outra; essas mulheres.

C. Drummond de Andrade, in: Contos plausíveis.

Rio de Janeiro, José Olímpio, 1985, pág. 76.

1. A intenção do narrador de apontar a transformação do indivíduo provocada pelo sofrimento fica eviden-te pela afirmação dada por:

a) “As alegres meninas que passam na rua, com suas pastas escolares, às vezes com seus namorados.”

b) “A selvageria de um tempo que não deixa mais rir.”c) “O jornal dera notícia do crime”.d) “As alegres meninas, agora sérias, tornaram-se

adultas de uma hora para outra; essas mulheres.”e) “O uniforme as despersonaliza, mas o riso de cada

uma as diferencia.”

2. No texto em questão, o narrador afirma que o fato de as meninas usarem uniforme faz com que elas te-nham a mesma aparência: “O uniforme as desperso-naliza”. No entanto, por meio de um recurso linguís-tico de oposição, afirma que:

a) as pastas escolares das meninas as diferenciam.b) a maneira de ser de cada uma das meninas, revela-

da pelo riso, as torna diferentes.

c) os namorados que acompanham as meninas são conhecidos e por isso as diferenciam.

d) as meninas são repletas de afetividade em relação à professora e riem para ela de maneira diferente: alto, musical, desafinado...

e) as meninas tornaram-se adultas e isso as diferencia.

3. Ainda sobre o texto, podemos afirmar que o autor utiliza as formas verbais: passam, estão rindo, desper-sonaliza, diferencia e riem como recurso linguístico, denotando uma declaração que:

a) se verifica ou se prolonga até o momento em que se fala.

b) acontece habitualmente, em qualquer tempo (o “passado contínuo”).

c) representa uma verdade universal (o “presente eterno”).

d) repete um fato consumado.e) exprime incerteza ou ideia aproximada, simples

possibilidade ou asseveração modesta.

(FUVEST) Texto para as questões 4 e 5.

A explosão dos computadores pessoais, as ‘infovias’, as grandes redes – a Internet e a World Wide Web – atropelaram o mundo. Tornaram as leis antiquadas, reformularam a economia, reordenaram prioridades, redefiniram os locais de trabalho, desafiaram constitui-ções, mudaram o conceito de realidade e obrigaram as pessoas a ficar sentadas, durante longos períodos de tempo, diante de telas de computadores, enquanto o CD-Rom trabalha. Não há dúvida de que vivemos a re-volução da informação e, diz o professor do MIT, Nicholas Negroponte, revoluções não são sutis.

Jornal do Brasil, 13.02.1996.

4. A expressão “revoluções não são sutis” indica:

a) a natureza efêmera das revoluções.b) a negação dos benefícios decorrentes das revolu-

ções.c) a natureza precária das revoluções.d) o caráter radical das revoluções.e) o traço progressista das revoluções.

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5. As aspas foram usadas em “infovias” pela mesma ra-zão por que foram usadas em:

a) Mesmo quando a punição foi confirmada, o “Ale-mão”, seu apelido no Grêmio, não esmoreceu.

b) ... fica fácil entender por que há cada vez mais pes-soas preconizando a “fujimorização” do Brasil.

c) O Paralamas, que normalmente sai “carregado” de prêmios, só venceu em edição.

d) A renda média “per capita” da América Latina bai-xou para 25% em 1995.

e) A torcida gritava “olé” a cada toque de seus joga-dores.

6. Linguagem coloquial é a que utiliza vocabulário e sintaxe próximos da linguagem falada ou cotidiana.

Substitua as expressões coloquiais por linguagem culta.

Dos conflitos de geraçãoFilho – Mamãe, me dá aí umas boas pratas prum

sanduíche no Bob’s?

Mãe – Como assim? “Me dá uma pratas aí”, sem aviso nem nada? Que pratas são essas? Não dou. Chega! Toda hora dinheiro, dinheiro, dinheiro. Você pensa que eu sou o ministro da Fazenda? Eu tenho cara de Delfim, tenho? Não dou nada!

Filho – Ué, essa daí quer ter as alegrias da materni-dade sem gastar um tostão.

Millôr Fernandes

7. Aponte no texto a seguir:

a) O trecho em que o autor apresenta as personagens.b) Com três palavras, caracterize as personagens.c) Descreva o cenário em que se desenrola a ação.d) Reconstrua o drama apresentado.e) Em que medida a técnica utilizada pelo autor é se-

melhante à do cinema.f) O gerúndio é uma das formas nominais do verbo.

É formado acrescentando a terminação -ndo ao in-finito do verbo – r. Assim, vender – vendendo, amar – amando, etc. Grife no texto os gerúndios empregados e, posteriormente, identifique possí-veis razões para empregá-los.

Domingo no parqueO rei da brincadeira – é José O rei da confusão – é João Um trabalhava na feira – é José Outro na construção – é João

A semana passada, no fim da semana,João resolveu não brigar.

No domingo de tarde saiu apressado E não foi pra Ribeira jogar Capoeira.Não foi pra lá, pra Ribeira Foi namorar.

O José, como sempre, no fim da semana Guardou a barraca e sumiu.Foi fazer, no domingo, um passeio no parque, Lá perto da boca do rio. Foi no parque que ele avistou Juliana,Foi que ele viu Juliana na roda com João,Uma rosa e um sorvete na mão.Juliana, seu sonho, uma ilusão. Juliana e o amigo João.

O espinho da rosa feriu Zé E o sorvete gelou seu coração.O sorvete e a rosa – é José A rosa e o sorvete – é José Oi dançando no peito – é José Do José brincalhão – é José O sorvete e a rosa – é José A rosa e o sorvete – é José Oi girando na mente – é José Do José brincalhão – é, José Juliana girando – oi girando Oi na roda-gigante – oi girando Oi na roda-gigante – oi girando O amigo João – oi João O sorvete é morango – é vermelho Oi girando e a rosa – é vermelha Oi girando, girando – é vermelha Oi girando, girando – olha a faca! Olha o sangue na mão – é José Juliana no chão – é José Outro corpo caído – é José Seu amigo João – é JoséAmanhã não tem feira – é JoséNão tem mais construção – é JoãoNão tem mais brincadeira – é JoséNão tem mais confusão – é João.

Gilberto Gil

8. (ITA) Leia o texto a seguir:

Você entra no bate-papo, conversa, troca e-mail, faz amizade. Passa horas navegando com um bando de estranhos. E nunca sabe ao certo com quem está fa-lando. O anonimato pode ser uma das vantagens da rede, mas também uma armadilha.

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Para tentar evitar possíveis decepções na hora da verdade, a Internet vai sofisticando recursos, unindo psicologia, tecnologia e diversão e tentando melhorar o que podemos chamar de relacionamento em rede.

As novidades são boas para quem aposta no virtual como alternativa na hora de conhecer novas pessoas e para quem não quer levar para a vida real um gato no lugar de uma lebre, com o devido respeito aos bichi-nhos. (...)

Viviane Zandonadi. Você sabe quem está falando?Folha de S. Paulo, Caderno Informática, 4/8/1999.

a) Escreva duas palavras ou expressões do texto que ganharam novos sentidos na área da informática.

b) Em se tratando de relacionamentos amorosos, le-var “gato” (ou “gata”) no lugar de “lebre” poderá ser um bom negócio. Explique por que é possível essa interpretação.

9. (ITA) A psicologia evolucionista aprontou mais uma: ‘descobriu’ que mulheres preferem homens mais más-culos quando estão na fase fértil do ciclo menstrual.A pesquisa foi realizada pela Escola de Psicologia da Universidade de Saint Andrews, na Escócia (Reino Unido). É um gênero de investigação que anda na moda e acende polêmicas onde aparece. Os adeptos da psico-logia evolucionista acham que escolhas e comporta-mentos humanos são ditados pelos genes, antes de mais nada.Dito de outro modo: as pessoas agiriam, ainda hoje, de acordo com o que foi mais vantajoso para a espécie no passado remoto, ou para a sobrevivência dos indivíduos. Entre outras coisas, esses darwinistas extremados acre-ditam que machos têm razões biológicas para ser mais promíscuos. (...)

Marcelo Leite, Ciclo menstrual pode alterar escolha sexual, Folha de S. Paulo, Caderno Ciência, 24/6/1999.

Pode-se afirmar que o texto traz uma posição:

a) favorável aos princípios da psicologia evolucionista.b) favorável aos princípios da psicologia evolucionis-

ta, mas não favorável aos cientistas evolucionistas extremados.

c) de descrença nos princípios da psicologia evolu-cionista.

d) de desqualificação apenas dos seguidores extre-mados dos princípios darwinistas.

e) favorável aos princípios evolucionistas, mas de desqualificação dos seguidores dos princípios da-rwinistas.

10.

a) Para dar “humor” à tira, o tradutor deveria modi-ficar qual ou quais dos quadros do Schulz?

b) Reescreva-o(s).

11. (MACK) “Sábias são as pessoas que fazem suas pró-prias leis, quando sabem que estão com a razão.”

De acordo com o texto:

a) as regras estabelecidas devem ser respeitadas.b) as regras estabelecidas nunca devem ser respei-

tadas.c) a sabedoria consiste em viver de acordo com as

normas.d) a sabedoria e a razão tornam as pessoas felizes.e) a sabedoria consiste no bom senso e na liberdade.

12. “Nunca duvide da capacidade de um pequeno gru-po de dedicados cidadãos para mudar os rumos do planeta. Na verdade, eles são a única esperança de que isso possa ocorrer.”

Considere as seguintes afirmações:

I. As mudanças do mundo independem da ação de toda a humanidade.

II. Mais importante do que o número de pessoas que desejam mudanças é a dedicação empenha-da para que elas ocorram.

III. Dentre as esperanças de que ocorram mudanças no mundo, está a ação de um pequeno grupo de cidadãos dedicados.

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Assinale:

a) se todas estão corretas.b) se apenas I está correta.c) se apenas III está correta.d) se todas estão incorretas.e) se apenas III está incorreta.

(FUVEST) Texto para as questões de 13 a 18.

Um pé de milhoSou um ignorante, um pobre homem da cidade.

Mas eu tinha razão. Ele cresceu, está com dois me-tros, lança as suas folhas além do muro – e é um es-plêndido pé de milho. Já viu o leitor um pé de milho? Eu nunca tinha visto. Tinha visto centenas de milha-rais – mas é diferente. Um pé de milho sozinho, em um canteiro, e espremido, junto do portão, numa es-quina de rua – não é um número numa lavoura, é um ser vivo e independente. Suas raízes roxas se agar-ram no chão e suas folhas longas e verdes nunca estão imóveis. Detesto comparações surrealistas – mas na glória de seu crescimento, tal como o vi em uma noite de luar, o pé de milho parecia um cavalo empinado, as crinas ao vento – e em outra madrugada parecia um galo cantando.

Anteontem aconteceu o que era inevitável, mas que nos encantou como se fosse inesperado: meu pé de milho pendoou. Há muitas flores belas no mundo, e a flor de milho não será a mais linda. Mas aquele pendão firme, vertical, beijado pelo vento do mar, veio enriquecer nosso canteirinho vulgar com uma força e uma alegria que fazem bem. É alguma coisa de vivo que se afirma com ímpeto e certeza. Meu pé de milho é um belo gesto da terra. E eu não sou mais um medíocre homem que vive atrás de uma chata máquina de escrever: sou um rico lavrador da Rua Júlio de Castilhos.

Rubem Braga, dez./1945.

13. O cronista afirma que nunca tinha visto um pé de milho; no entanto, vira centenas de milharais.Há contradição em suas palavras? Esclareça o pro-blema.

14. “... aconteceu o que era inevitável...”

a) Diga que evento é classificado como “inevitável”.b) Por que o cronista o considera como tal?

15. No início do texto, o cronista se diz “pobre”; no final, afirma-se “rico”.Confronte as duas asserções e interprete as ideias trazidas ao texto por esses adjetivos.

16. a) Interprete a importância que o pé de milho ad-quire na vida do cronista.

b) Transcreva do texto uma frase que justifique sua resposta.

17. “... como o vi em uma noite de luar...”

a) Reescreva, na voz passiva, a oração anteriormen-ter transcrita, sem desprezar nenhum dos com-ponentes sintáticos que lhe dão forma.

b) Indique a função sintática do pronome de 3a pes-soa na frase original e na transformada.

18. “... e a flor de milho não será a mais linda.” (2o pagá-grafo)

a) Explique o valor do futuro do presente nessa frase. Reescreva-a substituindo a forma verbal por uma expressão equivalente.

b) Lembre dois outros empregos do futuro do pre-sente. Dê exemplos e esclareça o valor de cada um deles.

19. (UFBA)

Escreva um parágrafo inspirado na reflexão da per-sonagem Mafalda.

20. (FUVEST)

E não há melhor resposta que o espetáculo da vida:vê-la desfiar seu fio,que também se chama vida,

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ver a fábrica que ela mesma,teimosamente, se fabrica,vê-la brotar como há poucoem nova vida explodida;mesmo quando é assim pequenaa explosão, como a ocorrida;mesmo quando é uma explosãocomo a de há pouco, franzina;mesmo quando é a explosãode uma vida severina.

João Cabral de Melo Neto, Morte e vida severina.

a) A fim de obter um efeito expressivo, o poeta uti-liza, em “a fábrica” e “se fabrica”, um substantivo e um verbo que têm o mesmo radical. Cite da es-trofe outro exemplo desse mesmo recurso ex-pressivo.

b) A expressividade dos seis últimos versos decorre, em parte, do jogo de oposições entre palavras. Cite desse trecho um exemplo em que a oposi-ção entre as palavras seja de natureza semântica.

21. (MACK) Os grandes acontecimentos da vida muitas ve-zes nos deixam intactos; escapam do nosso consciente e, quando pensamos neles, parecem irreais. Até mesmo as flores rubras da paixão parecem crescer no mesmo prado que as papoulas do esquecimento. Rejeitamos o peso de sua lembrança e encontramos paliativos para eles. Mas as pequenas coisas, as coisas de um momento, ficam conosco. Em alguma pequena cela de marfim, o cérebro arquiva as mais delicadas, as mais fugazes impressões.

Oscar Wilde

Assinale a única alternativa que não está de acordo com o texto.

a) O ser humano desenvolve mecanismos de defe-sa contra acontecimentos marcantes de sua vida, cuja lembrança possa causar sofrimento.

b) O autor diz que alguns pequenos acontecimen-tos da vida do homem se escondem em uma cela de marfim, referindo-se metaforicamente à deli-cadeza dos mesmos.

c) Quando o ser humano tenta recordar certos gran-des acontecimentos de sua vida, estes parecem ter sido menos importantes.

d) Alguns fatos, que parecerem insignificantes no momento de sua ocorrência, mantém-se indelé-veis em nossa memória.

e) Para o homem, as grandes paixões não são dig-nas de memória.

22. (UFBA) “Uma mulher tecia uma rede ou trançava um cesto com a perfeição de que era capaz, pelo gosto de expressar-se em sua obra, como um fruto maduro de sua ingente vontade de beleza.”

Há equivalência, na estruturação e no sentido, en-tre o período anterior e:

a) pelo gosto de expressar-se em sua obra, uma mulher, com a perfeição de que era capaz, tecia uma rede ou trançava um cesto, como fruto ma-duro de sua ingente vontade de beleza.

b) Como fruto maduro de sua ingente vontade de beleza, com a perfeição de que era capaz e pelo gosto de expressar-se em sua obra, uma mulher tecia uma rede ou trançava um cesto.

c) Pelo gosto de que era capaz e com a perfeição expressando-se em sua obra, uma mulher tecia uma rede ou trançava um cesto, para ser fruto maduro de sua ingente vontade de beleza.

d) Para expressar-se em sua obra com a perfeição de que era capaz, uma mulher, com o fruto ma-duro de sua ingente vontade de beleza, tecia uma rede ou trançava um cesto.

e) Tecendo uma rede ou trançado um cesto com o fruto maduro de sua ingente vontade de beleza, uma mulher expressava-se em sua obra com o gosto de que era capza.

f) Com a perfeição de que era capaz e pelo gosto de expressar-se em sua obra, uma mulher tecia uma rede ou trançava um cesto, como fruto ma-duro de sua ingente vontade de beleza.

g) O gosto de expressar-se em sua obra com a per-feição de que era capaz era o fruto maduro da ingente vontade de beleza da mulher que tecia uma rede ou trançava um cesto.

(FEI) Texto para as questões 23 e 24.

Investimento sem riscoEm julho do ano passado, Exame encomendou

ao jornalista Stephen Hugh-Jones, editor da seção de assuntos internacionais da centenária revista inglesa The Economist, um artigo para a edição especial so-bre o primeiro ano do Plano Real. (...) Aqui, chocou-o profundamente a constatação de que quase um quinto da população brasileira com idade superior a 15 anos não sabia ler nem escrever. Em números ab-solutos, isso significa quase 20 milhões de pessoas materialmente incapacitadas, em função da igno-rância, para fruir do desenvolvimento ou colaborar com ele. Essa cifra triplica caso sejam incluídos os cha-mados analfabetos funcionais, isto é, aquelas pessoas

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que não completaram a 4a série do primário. (...) Não se trata, apenas, de uma questão elementar de justiça. O sistema educacional brasileiro simplesmente não faz sentido do ponto de vista econômico. As dezenas de milhões de brasileiros desprovidos de educação não têm (nem terão) chances reais de obter renda, não consomem mais do que produtos básicos, não pagam impostos, não produzem bens ou serviços com real valor econômico, não estão aptos a ser em-pregados num número crescente de atividades.

Exame, 17.07.1996.

23. Assinale a alternativa que interpreta corretamente as informações do texto.

a) As pessoas com mais de 15 anos que não concluí-ram a 4a série do primário podem ser considera-das completamente analfabetas.

b) Há no Brasil, aproximadamente, 60 milhões de ha-bitantes com mais de 15 anos que não concluíram a 4a série do primário.

c) O economista inglês Hugh-Jones acredita que o responsável pelo atraso educacional brasileiro é o Plano Real.

d) O autor do artigo não considera a educação como um problema de justiça social, mas apenas uma questão de política econômica.

e) N.d.a.

24. Considere o que o autor quis comunicar através do seu texto e escolha a alternativa que melhor justifi-que o título “Investimento sem risco”.

a) O investimento na área da educação contribui di-reta ou indiretamente para o crescimento econô-mico do país.

b) A revista inglesa The Economist é um excelente veículo de comunicação, o que faz com que to-das as informações dadas tenham uma boa re-percussão na sociedade.

c) O fato de os políticos não investirem na área da educação é consequência do medo que eles têm de perder o poder sobre o povo.

d) Investir em educação significa não investir no crescimento econômico do país.

e) Os investimentos na área da educação devem ser realizados para atender apenas a uma questão elementar de justiça.

25. (FUVEST) Quando eu estava na escola médica de Boston, tive a sorte de fazer parte de um pequeno grupo de estudantes que se reuniu informalmente com um célebre cardiologista, homem na casa dos

oitenta anos. Num dado momento, um dos estudantes comentou com certa apreensão que as doenças cardía-cas eram a causa número um de morte nos Estados Unidos. O velho professor pensou sobre isso por alguns instantes e depois replicou: “O que é que você preferia ter como causa número um de morte?”

David Ehrenfeld, “A Arrogância do Humanismo”.

A réplica do sutil professor ao estudante sugere que:

a) a especialização do saber aprimora a visão de conjunto.

b) o avanço tecnológico nem sempre implica hu-manização.

c) a fixação no poder da ciência faz esquecer seus limites.

d) a modernização apressada costuma obrigar a re-cuos.

e) a pesquisa perseverante contorna os maiores obstáculos.

26. (MACK) Votar é essencialmente um direito, não um dever. Ninguém deve ser obrigado a escolher repre-sentantes. A todo cidadão deve ser garantido o direito de se fazer representar nas instâncias executiva e le-gislativa. Quem não se vale desse direito está simples-mente abrindo mão de um valoroso instrumento para o exercício da cidadania. Deve, pois, arcar com os efei-tos dessa omissão.

Folha de São Paulo

Assinale a alternativa correta sobre o trecho anterior.

a) Está pressuposto que todas as pessoas, se pudes-sem, não votariam.

b) O voto tem de pertencer mais ao universo do de-ver, do que ao universo do querer e do saber.

c) Votar é circunstancialmente um direito, mas in-dubitavelmente um dever.

d) Está pressuposto que alguns só votam por obri-gação.

e) O cidadão que é alheio a seus próprios direitos deve permanecer isento de quaisquer ônus de-correntes dessa alienação.

27. (FUVEST) Se, como diz o ditado, ter um é pouco e dois é que seria o bom, quando se trata do Trio Beaux Arts, os três são demais. No melhor sentido da palavra.

O Estado de S. Paulo, 12.04.1996, pág. D4.

a) Qual é “o melhor sentido da palavra” a que o au-tor se refere?

b) Qual o contrassenso que ele evitou, ao acrescen-tar a ressalva “no melhor sentido da palavra”?

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28. (MACK) No silêncio das noites, soluçam as almas pelas torneiras das pias.

Mário Quintana, Da preguiça como método de trabalho.

Observando a frase anterior, assinale a alternativa correta.

a) O inusitado está na escolha lexical do último ad-junto adverbial.

b) O objeto direto as almas cria uma prosopopeia.c) O primeiro e último adjuntos adverbiais expres-

sam um espaço melancolicamente espiritual.d) Das noites e das pias, respectivamente, comple-

mentos nominais dos termos a que se referem, criam o tom parodístico.

e) O sujeito indeterminado reforça o mistério no-turno.

29. (UNICAMP) Alguém menos tolerante no que se refere a imprecisões de linguagem poderia dizer que a notí-cia a seguir (publicada no jornal Folha de S. Paulo de 26.05.2001) faz referência a alguma coisa impossível.

a) Que coisa é essa e por que é impossível?b) O que, provavelmente, a legenda da foto quer

dizer?

30. (CESGRANRIO) As nomeações dos deputados e sena-dores para a Assembleia Geral e dos membros dos Con-selhos Gerais das Províncias serão feitas por eleições indiretas, elegendo a massa dos cidadãos ativos em Assembleias Paroquiais os eleitores de Província, e estes os representantes da nação e Província.

Constituição política do Império do Brasil, art. 90.

A leitura do texto anterior permite afirmar que du-rante o Império:

I. todos os cidadãos brasileiros eram cidadãos ati-vos, participando assim das eleições primárias.

II. a Assembleia Geral era composta de duas câma-ras: a Câmara dos Deputados e o Senado.

III. as eleições para a Assembleia Geral e o Conselho Geral das províncias processavam-se em dois graus.

IV. alguns eleitores eram cidadãos ativos.

V. embora os deputados e senadores fossem re-presentantes da nação, eram eleitos de modo direto apenas pelos eleitores.

Assinale:

a) se somente as afirmativas I e V estão certas.b) se somente as afirmativas II, III e V estão certas.c) se somente as afirmativas I, II e V estão certas.d) se somente as afirmativas III e IV estão certas.e) se somente as afirmativas II e IV estão certas.

(VUNESP) Texto para as questões 31 a 34.

Filhos de estimaçãoLi em algum lugar que uma entidade protetora de

animais está oferecendo cães e gatos abandonados a pessoas de bom coração que queiram adotá-los. Os animais passaram por veterinários, estão ótimos de saúde, não oferecem perigo. Por que foram atira-dos à rua? Quem sabe porque pessoas enjoam dos bichos quando eles crescem. Ou porque bicho dá tra-balho. Não sei, porém, se vocês repararam que os cachorros e gatos vagabundos estão diminuindo nas ruas. Era comum antes topar com dezenas de vira--latas perambulando pelas calçadas, cheiriscando mu-ros e latas de lixo. Agora pouca gente usa lata para guardar lixo. O próprio lixo emagreceu, não tem mais a atração da fartura de desperdício de tempos atrás. Inflação, custo de vida, essas coisas. A captura municipal se aprimorou. A campanha de prevenção da raiva alertou os donos dos bichos. E os automó-veis não perdoam cachorro e gato distraído.

Para substituir esses animaizinhos desvalidos surgem novos bandos de crianças desgarradas em São Paulo. Se antes uma criança pedindo esmola chamava nossa atenção, hoje nós a olhamos com naturalidade e indiferença. Dar ou recusar uma nota, uma moeda, tornou-se um gesto maquinal.

Suponho que o destino desses guris está selado: eles acabarão na cadeia. Ou nos encostarão contra a parede a qualquer momento, o revólver em nosso peito.

É possível que amanhã, com outro governo, o Brasil não seja um grande exportador de armas, mas passe a ser conhecido no mundo como um país de

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brio que deu às crianças esquálidas e tristes não direi diploma de doutor, isso seria um enorme milagre inútil. Mas uma oportunidade de trabalho, ao menos isso, com um pagamento que lhes permita, depois de aprender uma profissão prática, ganhar a vida com o coração limpo e honestidade. Podemos sonhar acordados.

Lourenço Diaféria, Jornal da Tarde, 26.09.84.

31. O texto dado é um fragmento de uma crônica em que Lourenço Diaféria aponta um grave problema social de São Paulo e do Brasil. Sendo a estrutura desse fragmento muito bem delineada, após algu-mas leituras você estará em condições de:

a) indicar, para cada parágrafo, um tópico que resu-ma sua ideia central.

b) mostrar como se relaciona logicamente os qua-tro parágrafos com relação à mensagem que se quer transmitir.

32. É possível descobrir, pela leitura atenta do texto, uma atitude real do cronista disfarçada por uma ati-tude instrumental com que aponta o problema para o leitor. A base desta segunda atitude é uma figura de linguagem presente praticamente em todo o texto. De posse dessas informações:

a) indique o nome da figura de linguagem mencio-nada anteriormente e explique para que serve ela ao longo da crônica.

b) analise e interprete as montagens de elementos que o cronista opera no título “Filhos de estima-ção” e na seguinte passagem: ”Para substituir esses animaizinhos desvalidos, surgem novos bandos de crianças desgarradas em São Paulo.”

33. Entre as palavras do 2o, 3o e 4o parágrafos você encon-trará as que respondem as duas questões a seguir:

a) Sinônimos de: sujo, dignidade, sina, prodígio, au-tomático.

b) Antônimos de: interesse, perder, alegre, importa-dor, útil.

34. Releia com atenção o 1o parágrafo do texto e locali-ze nele:

a) três orações subordinadas substantivas desen-volvidas, indicando a função que exercem no pe-ríodo de que fazem parte.

b) uma oração adjetiva desenvolvida, indicando a função sintática que o pronome relativo nela exerce.

(FGV) Texto para as questões de 35 a 38.

... Os fenômenos da linguagem examinavam-se outrora apenas à luz da gramática e da lógica, e já era muito se a análise reconhecia como palavras ex-pletivas ou de realce os termos sobejantes unidos à oração ou nela encravados.

Hoje que a ciência da linguagem investiga os fa-tos sem deixar-se pear por antigos preconceitos, já não podemos levar essas expressões à conta de su-perfluidades nem ainda atribuir-lhes papel decorativo, o que seria contrassenso, uma vez que rareiam no discurso eloquente e retórico e se usam a cada ins-tante justamente no falar desataviado de todos os dias.

Uma coisa é dirigirmo-nos à coletividade, a pes-soas desconhecidas, de condições diversas, e que nos ouvem caladas; outra coisa é tratar com alguém de perto, falar e ouvir, e ajeitar a cada momento a lin-guagem em atenção a essa pessoa que está diante de nós, para que fique sempre bem impressionada com as nossas palavras.

Said Ali, Meios de expressão e alterações semânticas, Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas, 1971.

35. Conforme Said Ali:

a) a gramática e a lógica reconheciam a análise das partículas de realce.

b) a gramática e a lógica analisavam apenas os ter-mos sobejantes.

c) a linguagem era iluminada outrora apenas pela análise dos termos de realce.

d) as palavras excedentes encaixadas na oração já eram admitidas, pelo menos, como termos de realce.

e) as palavras expletivas e ilógicas sobejavam nas orações de realce, desde que fossem reconheci-das como fenômenos gramaticais.

36. Conforme o texto, para a ciência da linguagem, as expressões de realce são:

a) frequentes no falar cotidiano singelo.b) um raro contrassenso linguístico.c) supérfluas e decorativas.d) eloquentes no discurso retórico.e) típicas do falar irrefletido da coletividade.

37. Segundo o texto:

a) a coletividade é constituída de pessoas desco-nhecidas que nos ouvem em silêncio.

b) procuramos adaptar a linguagem ao ouvinte que está diante de nós.

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c) procuramos sempre impressionar a coletividade com as nossas palavras.

d) é necessário ouvir as pessoas que estão mais pró-ximas de nós.

e) só causamos boa impressão nas pessoas que es-tão diante de nós.

38. Para Said Ali:

a) nos tempos atuais, a ciência linguística apeou-se das superfluidades.

b) atualmente, a ciência linguística está entravada por preconceito.

c) os antigos preconceitos já não influem na inves-tigação linguística dos fatos.

d) a ciência da linguagem não se deixa enganar pela antiga lógica.

e) os antigos prejuízos preservaram a ciência da lin-guagem.

Texto para as questões 39 e 40.

Eu, que me apliquei inteiramente em ser um mate-mático, sofro se outros conhecem mais matemática do que eu; porém, estou satisfeito em permanecer na ignorância do idioma grego. Neste caso, as deficiên-cias não me fazem sentir humilhado. Tivesse eu pre-tensão de ser um linguista, então sim, aí sentiria as coisas ao contrário do que as sinto agora.

39. Conclui-se do texto que:

a) as ciências exatas são mais relevantes que as ciên-cias humanas.

b) a sensação de sucesso ou fracasso depende do nível de aspiração das pessoas.

c) a ninguém é dado ser sábio em mais que um campo do conhecimento.

d) o homem não se preocupa com suas deficiências, mas tão somente com suas virtudes.

e) o homem é motivado por seus sucessos e não por seus fracassos.

40. O texto:

a) descreve um indivíduo e narra uma ação.b) julga valores e narra um incidente.c) descreve as circunstâncias de uma ação.d) analisa um comportamento.e) disserta sobre um problema moral.

(FAAP) Texto para as questões de 41 a 43.

Barcos de PapelQuando a chuva cessava e um vento finofranzia a tarde tímida e lavada,eu saia a brincar pela calçada,nos meus tempos felizes de menino.

Fazia de papel toda uma armadae, estendendo meu braço pequenino,eu soltava os barquinhos, sem destino,ao longo das sarjetas, na enxurrada...

Fiquei moço. E hoje sei, pensando neles,que não são barcos de ouro os meus ideais:são feitos de papel, tal como aqueles,

perfeitamente, exatamente iguais...– que os meus barquinhos, lá se foram eles!foram-se embora e não voltaram mais!

Guilherme de Almeida

41. Na infância, o poeta brincava com barcos de papel, e os seus ideais eram:

a) também de papel.b) barcos de ouro.c) armada de papel.d) enxurrada das sarjetas.e) enxurrada na calçada.

42. Expressão que melhor reproduz o tema do poema:

a) Riqueza e felicidade.b) Horizonte feliz.c) Viver é renascer.d) A morte é o sinal de igual na equação da vida.e) Ilusões da vida.

43. Se o poema revela os autênticos sentimentos do autor, é possível inferir que a vida:

a) lhe foi agradável na mocidade.b) lhe foi pavorosa na infância.c) lhe revelou decepções.d) deu riqueza, mas não felicidade.e) deu felicidade, mas não riqueza.

44. (UNICAMP) Leia com atenção o texto a seguir, trans-crição integral de uma notícia da Folha de S. Paulo de 09.09.1996 (secção de esportes):

Juiz doa dinheiro após acordo com o jogadorO juiz Flávio de Carvalho deve doar, hoje, às 14 h,

uma quantia de R$ 5.000,00 ao Lar Espírita Ernesto Kuhl, de Limeira.

A quantia refere-se a um acordo feito com o meia Marcelinho Carioca, do Corinthians, originado por uma ação que Carvalho moveu contra o jogador.

No dia 6 de agosto, o juiz entrou com um processo contra Marcelinho, devido a um gesto do atleta duran-te uma partida contra o Santos, na Vila Belmiro, sinali-zando que Carvalho estava “roubando” no jogo.

A audiência de conciliação, tendo à frente o juiz Carlos Vieira von Adamek, da 13a Vara da Comarca de Limeira, aconteceu anteontem.

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As partes envolvidas resolveram colocar fim à ação, sendo que ficou determinado a Marcelinho pa-gar R$ 5.000,00.

O cheque nominal ao Lar Espírita, assinado por Emílson Antunes, advogado do jogador, foi entregue a Carvalho no ato.

a) Reconstitua a cronologia dos fatos narrados nessa notícia, atribuindo a cada um dos episódios um tí-tulo e, quando for possível, uma data. Coloque-os na ordem em que ocorreram.

b) Extraia do próprio texto um sinônimo para a ex-pressão “mover uma ação” e encontre o aconteci-mento a que se refere a expressão “no ato”.

c) Explique por que, nesse texto, tal como ele foi re-digido, a frase “o cheque (...) foi entregue a Carva-lho” não poderia ser substituída por “O cheque foi entregue ao juiz”.

45. (FGV) A seguir, temos os dois primeiros períodos de um texto dissertativo*. Os demais períodos estão alinhados sem ordem alguma. Organize-os em uma sequência lógica, de forma a completar o sentido dos primeiros. Na resposta, indique, por meio dos números, a ordem lógica em que devem dispor-se os períodos.

Primeiros períodos:

Os benefícios criados pelo Mercosul estão atin-gindo o Nordeste, o Norte e o Centro-Oeste mais rapidamente do que se previa.É verdade que a maior parte do comércio com os países do Mercosul ainda continua concentrada no Sudeste e no Sul.

1) É normal, costuma-se dizer, que as porcentagens de crescimento sejam altas, quando se parte de bases modestas, como é o caso da exportação cearense.

2) Mas, em termos percentuais, há exemplos dife-rentes: a exportação do Ceará para os países da área cresceu 339,3% entre 1992 e 1996, enquan-to a de São Paulo aumentou apenas 83,4%.

3) Estão facilitando, de certo modo, também a inte-gração do Brasil.

4) Em números absolutos, a Região Sudeste, por exemplo, exportou para o Mercosul, em 1996, pro-dutos avaliados em US$ 4,9 bilhões, enquanto a receita de todo o Nordeste correspondeu a cerca de um décimo desse valor – US$ 482,19 milhões.

5) Restringir a explicação a isso, porém, é tão fácil quanto insatisfatório.

6) Deve haver algo mais, portanto, a ser levado em conta.

7) As oportunidades abertas pelo Mercosul podem produzir, afinal, mais que a integração comercial de quatro países.

8) Esse algo mais é o dinamismo que se tem difun-dido pelo país, com a onda de investimentos fora dos velhos centros industriais e agrícolas.

(*) Adaptado do editorial do jornal O Estado de S. Paulo,10.05.1997, pág. A-3.

46. (MACK) Em 1996, o frango foi herói nacional e, apesar de ter, volta e meia, demonstrado que está a fim de botar as coxinhas de fora e subir de preço, continua como símbolo de um governo de retumbante, con-quanto enigmático, sucesso.

João Ubaldo Ribeiro

Segundo o texto:

a) o governo tem controlado com sucesso o preço dos alimentos.

b) o frango é um alimento de valor nutritivo indis-cutível e o governo não tem medido esforços para manter seu preço ao alcance das possibili-dades populares.

c) em 1996, os gêneros alimentícios não tiveram seus preços aumentados.

d) o sucesso do governo, quanto à estabilidade eco-nômica, embora muito divulgado pela mídia, ba-seia-se fragilmente na manutenção dos preços de alguns gêneros alimentícios.

e) o enigma do atual governo consiste na estabilida-de do preço do frango.

47. (PUC) Ethos – ética em grego – designa a morada hu-mana. O ser humano separa uma parte do mundo para, moldando-a ao seu jeito, construir um abrigo protetor e permanente. A ética, como morada huma-na, não é algo pronto e construído de uma só vez. O ser humano está sempre tornando habitável a casa que construiu para si.Ético significa, portanto, tudo aquilo que ajuda a tor-nar melhor o ambiente para que seja uma morada saudável: materialmente sustentável, psicologica-mente integrada e espiritualmente fecunda.Na ética há o permanente e o mutável. O permanente é a necessidade do ser humano de ter uma moradia: uma maloca indígena, uma casa no campo e um apartamento na cidade. Todos estão envolvidos com a ética, porque todos buscam uma morada permanente.O mutável é o estilo com que cada grupo constrói sua morada. É sempre diferente: rústico, colonial,

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moderno, de palha, de pedra... Embora diferente e mutável, o estilo está a serviço do permanente: a ne-cessidade de ter casa. A casa, nos seus mais diferentes estilos, deverá ser habitável.

Leonardo Boff, A águia e a galinha, Petrópolis,Vozes, 1997, págs. 90-91.

Leia o texto e assinale a alternativa correta.

a) O autor afirma que o ser humano constrói a sua proteção na ética grega – morada humana.

b) O autor, objetivamente, constrói o seu jeito de tornar habitável a casa que construiu para si.

c) O permanente e o mutável são apenas estilos que, segundo o autor, referem-se à psiquê e ao espírito.

d) A permanência e a mutabilidade são característi-cas que o autor aponta como básicas para que o ser humano atinja ou uma maloca, ou uma casa ou um apartamento.

e) O autor revela que há permanência e mutabili-dade na ética que, como morada humana, é uma construção constante de um ambiente saudável.

Texto para as questões 48 e 49.Os observatórios situados no solo estão limitados ao

estudo da radiação que passa pelas ’janelas’ transparen-tes da atmosfera terrestre. As limitações da atmosfera só são evitadas pela observação fora dela, o que, no mo-mento, apresenta inconvenientes de ordem logística e econômica. Resta à astronomia no solo a escolha dos métodos e instrumentos adequados e dos locais mais fa-voráveis; daí surgiu a técnica de escolha de sítio.

48. De acordo com o texto:a) os observatórios terrestres devem ser providos

de janelas com vidros perfeitamente transparen-tes, que permitam a observação do que há na at-mosfera e além dela.

b) a escolha de um local adequado para a instalação de um observatório astronômico é fundamental para a observação do que existe além da atmosfera.

c) as radiações que passam pelas janelas transpa-rentes limitam a capacidade operacional dos la-boratórios astronômicos terrestres.

d) a atmosfera terrestre constitui uma faixa muito limitada para a pesquisa realizada em laborató-rios de astronomia.

e) a astronomia precisa substituir os métodos e ins-trumentos que utilizou até agora, por outros que sejam mais favoráveis e produtivos.

49. Infere-se do mesmo texto que:a) a camada atmosférica que envolve a Terra é um

empecilho à observação astronômica do que se passa além dela.

b) nos dias límpidos e transparentes, os astrônomos ficam mais expostos às radiações da atmosfera.

c) os limites logísticos e econômicos impõem cer-tos inconvenientes ao estudo do solo.

d) a astronomia tem dedicado esforços para o estudo das ‘janelas‘ transparentes.

e) a radiação atmosférica só pode ser evitada com métodos e instrumentos adequados.

50. (MACK) Toda sociedade se faz de um conceito de hon-ra pessoal, que, perdida, nada mais há, porque vale tudo. Ou, na linguagem apocalíptica de Dostoievski, se Deus não existe, tudo é permitido.

Paulo Francis

Segundo o texto:

a) Dostoievski foi um profeta do apocalipse.b) nas sociedades, o conceito de honra pessoal tem

pouca importância.c) nas sociedades, o conceito de honra pessoal é o

alicerce das relações entre os cidadãos.d) Dostoievski nega a existência de Deus.e) como, para Dostoievski, Deus não existe, cada

um pode fazer aquilo que bem entender.

51. (ITA) Para a presente questão, observar que:

1) acentuação gráfica foi eliminada.2) as sílabas tônicas propostas são representadas

por letras maiúsculas.

Ex.: ca TAS tro fe – (sílaba tônica proposta é TAS)Ao se escutar, então,

ru BRI ca pro TO tipoa VA ro gratu I to

verifica-se que:

a) apenas uma das palavras foi pronunciada corre-tamente.

b) apenas duas foram pronunciadas corretamente.c) três foram pronunciadas corretamente.d) todas foram pronunciadas corretamente.e) nenhuma foi pronunciada corretamente.

52. A palavra língua recebe acento por ser uma paroxí-tona terminada por ditongo oral. Assinale a alter-nativa em que as palavras são acentuadas pela mesma regra.

a) pusilânime, álbum, âncora.b) ângulo, retângulo, triângulo.c) árduo, anfíbio, repórter.d) mágico, pátio, aromático.e) míngua, história, precário.

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53. (FCC) Para saber o ....... exato dos líquidos, ...... em um ...... adequado.

a) peso – colocâmo-los – recepienteb) peso – colocamo-los – recipientec) pêso – colocamo-los – recepiented) pêso – colocâmo-los – recipientee) pêso – colocamo-los – recipiente

54. (FCC) Afinal, ....... quer ....... opiniões ....... .

a) ninguem – impor – estravagantesb) ninguém – impôr – extravagantesc) ninguém – impor – estravagantesd) ninguém – impor – extravagantese) ninguem – impôr – estravagantes

55. (FCC) O ........ comportou-se com um ........ verdadei-ramente ....... .

a) refem – altruísmo – imparb) refém – altruísmo – ímparc) réfem – altruísmo – ímpard) refém – altruismo – impare) réfem – altruismo – impar.

Texto para as questões 56 e 57.

César, imperador de Roma, tem seu assassinato des-crito da seguinte forma:

Vendo então punhais que se levantavam por toda a parte, envolveu a cabeça com a toga... Recebeu vinte e três facadas, somente na primeira deu um gemido, sem pronunciar qualquer palavra. Sem dúvida, alguns dizem que, tendo visto aproximar-se Marco Bruto, disse-lhe: ’Até tu, Bruto? ...‘. Os conjurados pretendiam arrastar seu cadáver até o Tibre, confiscar seus bens e anular seus atos; mas o temor que lhes infundiram o Cônsul Marco Antônio e Lépido, chefe da cavalaria, os fizeram desistir do seu intento.

56. Classifique as consoantes destacadas:vendo, lendo, tendo.

57. Destaque, do texto, seis vocábulos que apresen-tam:

a) consoantes nasais.b) consoantes vibrantes alveolares e/ou velares.c) fricativas alveolares sonoras e/ou surdas.

58. Como você sabe, fonema é a menor unidade sonora distintiva, enquanto letra é a sua representação grá-fica. Por isso, nem sempre coincide o número de fonemas com o de letras, num mesmo vocábulo.

Exemplo:

Charrete fonemas: 6

letras: 8

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Seguindo o exemplo, dê o número de fonemas e o de letras das palavras:

a) chimarrão

b) chimpanzé

c) axioma

d) guerrilhavam

e) tchau

f) cauim

59. Leia o texto a seguir e responda ao que se pede:

As imagens desse game chegam com mais realismo. Trata-se de uma nova versão em 3D do Prince of Persia, game que tem como motivo uma história passada na Pérsia do século XII. O rei Assan seques-trou a noiva do príncipe da Pérsia para tornar a bela jovem esposa de seu filho Rugnor, um ser sobrenatu-ral, mistura de homem e fera. O príncipe é aprisionado e o jogo gira em torno da luta pela liberdade e a busca da mulher amada. Para tanto, o príncipe da Pérsia deverá enfrentar temíveis vilões, manejar espadas com muita precisão e versatilidade, além, é claro, de correr, saltar, escalar paredes, entrar em cavernas horrorosas, atravessar palácios repletos de perigos, e... ufa! É a movimentação, a emoção e os cenários que fazem desse jogo um dos maiores sucessos entre os games.

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a) Que tipo de ditongo é encontrado nos vocábulos imagens, Persia, sequestrou?

b) Classifique o encontro vocálico de aprisionado, vilões, além.

c) Nas palavras claro, correr, entrar, repletos, enfrentar, 1 2 3 4 5 6tanto sobrenatural, príncipe, os números 7 8 9 10

são encontros consonantais e os são dígrafos.

60. No texto a seguir, encontramos erros de acentuação e grafia. Aponte-os e reescreva-os corretamente.

Estava um pouco embarassado, intimidado, pouco à vontade. Vestia casaca pela primeira vês em sua vida, e o conjunto do seu vestiário o inquietava. Sentia-o defeituoso em tudo: nas botas que não eram de vernis, mas no entanto bem finas, pois possuia a vaidade dos pés bem calçados; na camisa de quatro francos e cin-quenta, comprada àquela mesma manhã no Louvre, e cujo peitilho, muito fino, já estava amarrotado. Suas outras camisas, as de todos os dias, tinham estragos mais ou menos graves, não sendo possivel usar nem mesmo a menos ruím.

Suas calças, um pouco largas, dezenhavam mau a perna, pareciam enrolar-se em torno da barriga da perna, com a aparencia amarrotada que tomam as roupas alugadas, sobre os membros que por acaso recobrem. Somente a casaca não lhe ia mal, ajustan-do-se mais ou menos a seu corpo.

Subia lentamente as escadas, o coração baten-do ancioso, inquieto, sobretudo com o temor de ser ridículo. Subitamente, percebeu em sua frente um cavaleiro a rigor que o olhava. Achavam-se tão per-to um do outro que Duroy recuou, depois parou es-topefado: era ele mesmo, refletido em um espelho auto, que no patamar da escada dava uma longa

pespectiva do corredor. Um impeto de alegria o fez estremecer, tanto se achou elegante, como nunca o teria acreditado.

Guy de Maupassant, Bel ami.

61. (OSEC) Assinale a alternativa em que todos os vocá-bulos sejam exemplos de parassíntese.

a) envergonhar; entardecer; repugnar.b) repugnar; resolução; envaidecer.c) despedaçar; envergonhar; amanhecer.d) entardecer; desempregado; repugnância.e) subliminar; subemprego; envilecimento.

62. (MACK) As palavras sapataria, desligar, jogar e esfa-relar são formadas, respectivamente, por:

a) sufixação, prefixação, sufixação e derivação pa-rassintética.

b) sufixação, sufixação, sufixação e sufixação.c) prefixação, prefixação, sufixação e derivação pa-

rassintética.d) prefixação, sufixação, sufixação e derivação pa-

rassintética.e) sufixação, derivação parassintética, sufixação e

sufixação.

63. (FEI) Em que alternativa todas as palavras são for-madas por derivação sufixal?

a) duradouro – inativo – paraquedas – preconcebido.b) cabecear – celeste – cooperar – objeto.c) movediço – mourisco – chuvinha – bebedeira.d) terreno – campal – injusto – conteúdo.e) hebreu – mineiro – doente – banana.

64. (MACK) Assinale a alternativa em que haja uma pala-vra formada pela processo de derivação imprópria.

a) Uma nuvem de pernilongos atacou ontem o cen-tro de Belém.

b) Aplacada a tempestade, a presença do arco-íris simbolizava um novo e saudável comportamento.

c) A cidade inteira se entristeceu com o sequestro do garoto.

d) O excesso de franqueza custou caro, pois não cheguei a acordo nenhum com você.

e) Naquela Faculdade de Sociologia, aprendemos apenas os golpes retumbantes da retórica dos grandes pensadores.

65. (MACK) Empregam-se os sufixos ez, eza na formação dos substantivos abstratos derivados de adjetivos. Assi-nale a alternativa que contém um vocábulo que não se enquadra nessa norma de orientação ortográfica.

a) surdez – beleza – certeza.b) realeza – embriaguez – reza.

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c) estupidez – insensatez – prestezad) agudez – esperteza – levezae) sordidez – sutileza – solidez

66. (UNIRIO) Assinale a alternativa que apresenta pala-vras formadas por derivação sufixal.

a) perseguido – cambianteb) vitalidade – crepúsculoc) púrpura – incertezad) sentimental – rigorosoe) vantagem – hipócrita

67. (MACK) Assinale a alternativa em que um dos subs-tantivos não corresponde ao verbo mediante o pro-cesso da nominalização.

a) agredir – agressão; prometer – promessa.b) compreender – compreensão; deter – detenção.c) divergir – divergência; submeter – submissão.d) discutir – discussão; exceder – exceção.e) repercutir – repercussão; manter – manutenção.

68. (FUVEST) Dos vocábulos da relação seguinte trans-creva a seguir apenas aqueles cujos prefixos indi-quem: privação, negação ou oposição.

indiciado – anarquia – aprimorar – península – amoral – antípoda – antediluviano – ateu – antigo – imberbe

69. (FUVEST) Da relação seguinte, transcreva aqueles que indiquem inferioridade ou posição inferior.

sotopor – retroceder – suprarrenal – sublingual – in-fravermelho – obstruir – hipodérmico – sobestar – hipertensão – périplo

(MAPOFEI) Questões de 70 a 72

Lista de significações:

água – horror longe – veralma – cura longe – vozalma – estudo mundo – origemamigo – sabedoria pequeno – verboa – nova povo – governocriança – conduzir sinal – portadorestrangeiro – horror tempo – medidaforça – medida terra – estudo

Escolha, na lista, o par de palavras que traduzam os radicais das palavras seguintes, conforme o modelo.Modelo: clorofila = verde – folha

70. a) cronômetrob) microscópio

71. a) democraciab) xenofobia

72. a) pedagogob) telefone

73. Classifique os processos de formação dos seguintes vocábulos:

a) geologicamenteb) encanecerc) pluviômetrod) boia-friae) borbulhar

74. Quanto à formação, classifique as palavras:

a) pão de formab) girassolc) quebrângulod) celtibero

75. Na expressão: “Pense Ford”, que processo de forma-ção ocorreu?

76. (MACK) “Em meados do século XIV, a poesia trova-doresca entra em decadência, surgindo, em seu lu-gar, uma nova forma de poesia, totalmente distan-ciada da música, apresentando amadurecimento técnico, com novos recursos estilísticos e novas for-mas poemáticas, como a trova, a esparsa e o vilan-cete.”

Assinale a alternativa em que há um trecho repre-sentativo de tal tendência.

a) “Non chegou, madre, o meu amigo,e oje est o prazo saido!

Ai, madre, moiro d’amor!”

b) “Êstes olhos nunca perderán,senhor, gran coita, mentr’eu vivo fôr;e direi-vos fremosa, mia senhor,dêstes meus olhos a coita que han:choran e cegan, quand’alguém non veen,e ora cegan por alguen que veen.”

c) “que meu desejo não ousadesejar nehua cousa.

Porque, se a desejasselogo a esperaria,e se eu a esperasse,sei que vós anojaria:mil vezes a morte chamoe meu desejo não ousadesejar-me outra cousa.”

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d) “Amigos, non poss’eu negara gran coita que d’amor hei,ca me vejo sandeu andar,e con sandece o direi:os olhos verdes que eu vime fazen or(a) andar assi.”

e) ”Ai! dona fea, foste-vos queixarpor (que) vos nunca louv’e meu cantar;mais ora quero fazer um cantar,em que vos loarei toda via;e vedes como vos quero loar.dona fea, velha e sandia!”

A cantiga transcrita a seguir é conhecida como “Cantiga da Ribeirinha” e é assinada por Paio Soares de Taveirós. Leia-a atentamente e responda as questões 77 e 78.

No mundo non me sei parelha,mentre me fôr como me vaica já moiro por vós – e ai!mia senhor branca e vermelha,queredes que vos retraiaquando vos eu vi en saia!Mau dia me levantei,que vós enton non vi fea!E, mia senhor, dês aquel dia, ai!me foi a mi mui mal,e vós, filha de don PaaiMoniz, e ben vos semelhad’haver eu por vós guarvaia,pois eu, mia senhor, d’alfaianunca de vós ouve nen heivalia d’ua correa.

Cancioneiro da Ajuda, ed. cit., vol. I, pág. 82, cantiga 38.

77. a) Quanto à estrofação, como pode ser analisada a composição?

b) Destaque um enjambement ou encadeamento presente nos versos anteriores.

78. A cantiga apresentada pode ter dupla classificação: lírico-amorosa e satírica, dependendo da interpre-tação. Vamos fazer uma transcrição para o portu-guês moderno.

No mundo não há ninguém igual a mimenquanto me acontecer o que me acontecepois já morro por vós e – ai!

Iminha senhora alva e rosadaquereis que vos descrevaquando vos vi na intimidade!

IIminha senhora alva e rosadaquereis que vos lembre de quejá vos vi na intimidade?

Mau dia aquele (em que vos vi “en saia”)pois vi que não sois feia!

E, minha senhora, desde aquele dia, ai!me foi para mim muito ruim,e enquanto vós, filha de Dom Paio Munis

Ijulgais forçoso que vos cubracom uma guarvaia

IIque eu lhe ofereça uma guarvaiapara que vós possais cobrir asbelas formas que entrevi quandoestavas sem manto

eu, minha senhora, de vós nunca recebicoisa alguma que tivesse valor.

a) Cite dois motivos para classificar “Cantiga da Ri-beirinha” um cantar de amor.

b) Quais seriam os argumentos para considerá-la uma cantiga satírica?

c) Que tipo de composição satírica seria?

Texto para as questões 79 a 85.

Tanto de meu estado me acho incerto,Que em vivo ardor tremendo estou de frio;Sem causa, juntamente choro e rio;O mundo todo abarco e nada aperto.

É tudo quanto sinto um desconcerto;Da alma um fogo me sai, da vista um rio;Agora espero, agora desconfio,Agora desvario, agora acerto.

Estando em terra, chego ao céu voando,Numa hora acho mil anos, e é de jeitoQue em mil anos não posso achar uma hora.

Se me pergunta alguém por que assim ando,Respondo que não sei; porém o suspeitoQue só porque vos vi, minha Senhora.

Luís Vaz de Camões

79. Identifique no texto características formais que pe-mitem incluí-lo no Classicismo.

80. Comente por que o texto é exemplo de “poesia lírica”.

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81. De certa forma, este poema lembra um outro tam-bém famoso de Camões: “Amor é fogo que arde sem se ver; / É ferida que dói e não se sente; / (...)”. Explique como o poeta concebe o amor, a partir das sensações que este produz naquele que ama.

82. Para expressar o seu estado, o eu poemático se vale de um recurso estilístico que, usado intensamente, acaba por organizar o próprio texto. Indique essa figura de linguagem (ou tropos) predominante no texto.

83. Retire do poema um exemplo de:

a) hipérboleb) zeugmac) paralelismo

84. Camões utiliza-se, neste soneto, do verso decassílabo. Suponha que alguém lhe provasse tal fato com a seguinte escansão:

Es | tan | do | em | te | rra, | che | go ao | céu | voan | do 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Você concordaria ou não? Por quê?

85. Camões tinha pelo cancioneiro medieval um gran-de apreço, como se pode observar em suas redon-dilhas. Mostre como, a seu ver, este soneto poderia ser associado às cantigas trovadorescas.

Texto para as questões de 86 a 89.

Isto suposto, quero hoje (...) voltar-me da terra ao mar, e já que os homens se não aproveitam, pregar aos peixes. O mar está tão perto que bem me ouvi-rão. Os demais podem deixar o sermão, pois não é para eles.

(...)Enfim, que havemos de pregar hoje aos peixes?

Nunca pior auditório. Ao menos têm os peixes duas boas qualidades de ouvintes: ouvem e não falam. Uma só coisa pudera desconsolar ao pregador, que é serem gente os peixes que se não há de converter. Mas esta dor é tão ordinária, que já pelo costume quase se não sente.

86. Esse excerto faz parte do famoso sermão de Vieira, pregado na cidade de S. Luís do Maranhão, no ano de 1654:

a) Sermão da Sexagésima.b) Sermão da Quarta-Feira de Cinzas.c) Sermão do bom ladrão.d) Sermão de Santo Antônio.e) Sermão XIV do Rosário.

87. Retire do texto um exemplo de antítese.

88. O sermão revela uma certa mágoa do pregador em relação aos fiéis, tanto que propõe pregar aos pei-xes e não aos homens. Transcreva uma passagem do excerto que indique tal mágoa.

89. “Que eu canto o peito ilustre lusitanoA quem Netuno e Marte obedeceram.”

A partir desses versos de Os Lusíadas, comente:

a) uma característica forma desse poema épico.b) o propósito da obra.c) duas características do Classicismo presentes nos

versos.

90. (FUVEST)

Ardor em firme coração nascido;pranto por belos olhos derramado;incêndio em mares de água disfarçado;rio de neve em fogo convertido:

tu, que em um peito abrasas escondido;tu, que em um rosto corres desatado;quando em fogo, em cristais aprisionado;quando cristal, em chamas derretido.

Se és fogo, como passas brandamente,se és neve, como queimas com porfia?Mas ai, que andou Amor em ti prudente!

Pois para temperar a tirania,como quis que aqui fosse a neve ardente,permitiu parecesse a chama fria.

a) A que movimento literário pertence o soneto?b) Justifique sua resposta, apoiando-se no texto.

O texto que você vai ler a seguir foi escrito por Cláu-dio Manuel da Costa à época da mineração e da In-confidência, movimento do qual participou. Delata-do, foi preso e acabou por se suicidar na prisão a 4 de julho de 1789.

Já me enfado de ouvir este alarido,Como que se engana o mundo em seu cuidado;Quero ver entre as peles, e o cajado,Se melhora a fortuna de partido.

Canse embora a lisonja ao que feridoDa enganosa esperança anda magoado;Que eu tenho de acolher-me sempre ao ladoDo velho desengano apercebido.

Aquele adore as roupas de alto preço,Um siga a ostentação, outro a vaidade;Todos se enganam com igual excesso.

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Não chamo a isto já felicidade:Ao campo me recolho, e reconheço,Que não há maior bem, que a soledade.

91. O poema faz explicitamente uma crítica à vida urba-na, ou aos valores que a chamada “civilização” im-põe ao homem. Transcreva uma passagem do texto em que essa crítica se torne evidente.

92. Indique o sentido que o substantivo “fortuna” ad-quire no quarto verso: “Se melhora a fortuna de par-tido”.

93. O texto faz a apologia de um determinado modo de vida, aliás muito valorizado pelos árcades.

a) Indique de que modo de vida se trata.b) Transcreva do texto passagens que justifiquem

sua resposta.

94. Comente como nesse poema Cláudio Manuel da Costa desenvolve temas típicos do Arcadismo, tais com os de fugere urbe, locus amoenus e aurea me-diocritas.

95. Assinale o fragmento que, embora pertencendo ao mesmo estilo de época de Camilo Castelo Branco, apresenta ponto de vista irônico sobre a aventura amorosa.

a) Eu te amo, Maria, eu te amo tanto / Que meu peito me dói como uma doença / E quanto mais me seja a dor intensa / Mais cresce na minha alma teu en-canto.

Vinicius de Moraes

b) O Amor enganoso, que fingia, / Mil vontades alheias enganando, / Me fazia zombar de quem o tinha.

Camões

c) E o eco ao longe murmurou – é ela! / E a vi – minha fada aérea e pura – / A minha lavadeira na janela!

Álvares de Azevedo

d) Cansei-me de tentar o teu segredo: / No teu olhar sem cor, – frio escalpelo –, / O meu olhar quebrei, a debatê-lo, / Como a onda na crista dum rochedo.

Camilo Pessanha

e) Ai! Se eu te visse, Madalena pura, / Sobre o veludo reclinada a meio, / Olhos cerrados na volúpia doce, / Os braços frouxos – palpitante o seio!...

Casimiro de Abreu

96. (MACK) Os seguintes versos

Debruçados do céu... a noite e os astrosSeguiam da peleja o incerto fado...Era a tocha – o fuzil avermelhado!Era o Circo de Roma – o vasto chão!Por palmas – o troar da artilharia!Por feras – os canhões negros rugiam!Por atletas – dois povos se batiam!Enorme anfiteatro – era a amplidão!

pertencem a um poema:

a) indianista d) clássicob) condoreiro e) modernistac) parnasiano

97. (ITA) “Além da poesia de caráter social, que reflete o momento histórico da época, integram a obra desse poeta poemas lírico-amorosos, com uma visão mais realista e sensual do amor e da mulher.”

Um dos excertos a seguir não pertence ao poeta a que se referem as informações anteriores. Assinale-o:

a) “Ó mar supremo, de fragrância crua, De pomposas e de ásperas realezas, Cantai, cantai os tédios e as tristezas Que erram nas frias solidões da Lua...”

b) “Presa nos elos de uma só cadeia, A multidão faminta cambaleia, E chora e dança ali!”

c) “Astros! Noites! Tempestades! Rolai das imensidades! Varrei os mares, tufão!...”

d) “Não posso da vida à campa Transportar uma saudade. Cerro meus olhos contente Sem um ai de saudade.”

e) “O seio virginal, que a mão recata. Embalde o prende a mão... cresce, flutua... Sonha a moça ao relento ... Além na rua Preludia um violão na serenata!... “

(MACK) Texto para as questões 98 e 99.

5

10

– Vocês mulheres têm isso de comum com as flores, que uma são filhas da sombra e abrem com a noite, e outras são filhas da luz e carecem do Sol. Aurélia é como estas; nasceu para a rique-za. Quando admirava a sua formosura naquela salinha térrea de Santa Teresa, parecia-me que ela vivia ali exilada. Faltava o diadema, o trono, as galas, a multidão submissa; mas a rainha ali estava em todo o seu esplendor. Deus a destinara à opulência.

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98. De acordo com o texto:

a) as mulheres feias são flores noturnas e as bonitas, flores diurnas.

b) a afirmação de caráter particular do primeiro pe-ríodo é generalizada na sequência do texto.

c) a “formosura” da personagem (linha 5) contras-ta com o espaço caracterizado como “salinha térrea” (linha 6).

d) para que Aurélia fosse bela “Faltava o diadema, o trono, as galas, a multidão submissa” (linhas 7 e 8).

e) a beleza e a riqueza são elementos contraditórios no perfil da mulher ideal.

99. Do texto depreende-se que:

a) romances românticos regionalistas, como Senhora, exaltam a beleza natural feminina.

b) os romances realistas de Aluísio Azevedo denun-ciam o artificialismo da beleza feminina.

c) as obras modernistas têm, entre outros, o objeti-vo de criticar a submissão da mulher à riqueza material.

d) a linguagem descrita dos escritores naturalistas caracteriza a sensualidade e a espiritualidade da mulher.

e) a personagem feminina foi caracterizada sob a perspectiva idealizadora típica dos autores ro-mânticos.

100. Velho Oh flor da mor formosura! Quem vos trouxe a este meu horto? Ai de mim! Porque, logo que vos vi, cegou minha alma, e a vida está tão fora de si que, partindo-vos daqui, é partida.

Moça Já perto sois de morrer. Donde nasce esta sandice que, quanto mais na velhice, amais os

velhos viver? E mais querida, quando estais mais de partida, é a vida que deixais?

Velho Tanto sois mais homicida, que, quando amo mais a vida, ma tirais. Porque meu tempo d‘agora vai vinte anos dos passados; pois os moços namo-rados a mocidade os escora. Mas um velho, em ida-de de conselho, de menina namorado... Oh minha alma e meu espelho!

Moça Oh miolo de coelho mal assado!

Velho Quanto for mais avisado quem de amor vive penando, terá menos siso amando, porque é mais namorado. Em conclusão: que amor não quer ra-zão, nem contrato, nem cautela, nem preito, nem condição, mas penar de coração sem querela.

Moça Onde há desses namorados? A terra está livre deles! Olho mau se meteu neles! Namora-dos de cruzados, isso si!...

Velho Senhora, eis-me eu aqui, que não sei senão amar. Oh meu rosto de alfeni! Que em horamá eu vos vi.

Moça Que velho tão sem sossego!

a) O texto acima pertence ao movimento literário denominado .

b) O autor da obra do excerto acima é o famoso dramaturgo português .

c) O texto acima é parte da peça:( ) Auto da Alma( ) A Farsa do Velho da Horta( ) A Farsa de Inês Pereira( ) Auto da Barca do Inferno( ) Auto da Lusitânia

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Respostas das Atividades adicionais

Português

1. d

2. b

3. a

4. d

5. b

6. Há mais de uma resposta possível:Dos conflitos de geraçãoFilho – Mamãe, você poderia me dar algum dinheiro para eu comprar um sanduíche no Bob‘s?Mãe – Como você chega repentinamente me perguntan-do se eu poderia lhe dar algum dinheiro? Que dinheiro é esse? Não. Basta! Você me pede dinheiro frequentemen-te. Pensa que eu sou o ministro da Fazenda? Me pareço com o Delfim? Não lhe darei nada!Filho – Não entendo. Ela quer ter a alegria de ser mãe sem gastar dinheiro.

7. a) As quatro primeiras linhas.b) Livre.c) Um parque de diversões: roda-gigante e atitude folgazã

dos personagens.d) O ciúme levando ao crime.e) Pelo corte da cena e o close de detalhes, no momento

em que se chega ao clímax da tragédia.f) No texto, o gerúndio é utilizado para tentar reproduzir

o movimento da câmera cinematográfica e da roda--gigante.

8. a) Rede, navegando, bate-papo, conversa.b) No ditado popular, “gato” tem sentido pejorativo, in-

dicando engano ou logro, enquanto no campo das relações amorosas assume um sentido positivo, na medida em que “gato” (ou “gata”) indica uma pessoa com atrativos físicos.

9. c

10. a) Grande Relutância permaneceu como “nome do ani-mal”. Para dar humor à tira seria necessário reescrever o 3o quadrinho.

b) ... estou deixando você com Grande Relutância.

11. e

12. e

13. Não há contradição em suas palavras, pois o autor está se referindo à individualidade de um pé de milho nascido em circunstâncias especiais, em contraste com a genera-lidade do milharal.

14. a) “... meu pé de milho pendoou.”b) Porque “É alguma coisa de vivo que se afirma com ím-

peto e certeza.”

15. No primeiro caso, o adjetivo “pobre” conota o lamento do homem urbano por se ver distanciado da natureza. Na oração final, “rico” conota a experiência de um homem que foi abençoado com uma dádiva natural em seu can-teiro citadino.

16. a) O pé de milho veio trazer um novo sentido à vida do escritor, mostrando-lhe a importância do contato com a natureza.

b)• “... veio enriquecer nosso canteirinho vulgar comuma força e uma alegria que fazem bem.”

• “Eeunãosoumaisummedíocrehomemqueviveatrás de uma chata máquina de escrever: sou um rico lavrador da Rua Júlio de Castilhos.”

17. a) Como ele foi visto por mim em uma noite de luar.b) Como o vi: objeto direto.

como ele foi visto: sujeito da passiva.

18. a) O futuro do presente foi empregado no lugar do pre-sente do subjuntivo para expressar dúvida, incerteza, probabilidade:

... e a flor de milho talvez não seja a mais bela.b)•Nãomatarás(=Nãomates):usadocomforçadeim-

perativo;• Estudaráspara seraprovado:enunciaum fatoque

se há de realizar.

19. Há mais de uma resposta possível. Seu parágrafo deve ser inspirado na distinção que Mafalda faz entre “gente” e “pessoas” e nos possíveis significados de tal distinção.

20.a) •desafiar–verbo;fio–substantivo;• explodida–particípiodevaloradjetivo;explosão–

substantivo.b) O jogo de oposições é dado pela possível grandeza de

uma explosão e a pequenez da vida severina. Nesse sentido, poderiam ser citados: explosão/franzina; pe-quena/explosão.

21. e

22. a, b, f.

23. b

24. a

25. c

26. d

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27. a) Com a expressão “o melhor sentido da palavra” o au-tor quis dize que realmente o trio é bom, é muito bom.

b) O autor evitou cair no sentido tradicional do ditado: três é excesso (com valor pejorativo).

28. a

29. a) A legenda faz menção a escalar o Everest (montanha mais alta do mundo) em outros continentes, o que é impossível visto o Everest ser único.

b) Erik Weihenmayer quer escalar outros picos em outros continentes.

30. b

31. a) Parágrafo 1: animais abandonados, inflação e insensi-bilidade humana.Parágrafo 2: o menor abandonado.Parágrafo 3: a marginalização do menor abandonado.Parágrafo 4: a esperança de que o novo governo se preocupe com o problema do menor abandonado.

b) A relação está na imagem de animais abandonados (parágrafo 1) com a do menor abandonado (parágra-fos 2, 3 e 4). No parágrafo 2, mostra-se a substituição de animais amparados por uma sociedade protetora, por crianças pedintes nas ruas de São Paulo. No pará-grafo 3, delineia-se o futuro dessas crianças e, no últi-mo, faz-se um apelo a nossos governantes para que se preocupem com o problema.

32. a) Figura de ironia. As imagens irônicas são percebidas na relação de comparação entre os animais abando-nados, protegidos pelas sociedades protetoras de ani-mais, e os bandos de crianças pedintes que são vistos com indiferença pelo homem urbano. Após propor uma solução política para o problema, o autor termina com a frase irônica: “Podemos sonhar acordados.”

b) Estimação liga-se a animais; filhos a crianças abando-nadas. Enquanto os animais têm protetores, as crian-ças não. A passagem sugere que, enquanto os animais vão desaparecendo das ruas, as crianças abandonadas tomam os seus lugares.

33. a) sujo: esquálidodignidade: brio, honestidadesina: destinoprodígio: milagreautomático: maquinal

b) interesse: indiferençaperder: ganharalegre: tristeimportador: exportadorútil: inútil

34.a) • “...queumaentidadeprotetoradeanimaisestáofe-recendo cães e gatos abandonados a pessoas de bom coração...”

Oração subordinada substantiva objetiva direta.❒ “... se vocês repararam...”

Oração subordinada substantiva objetiva direta.❒ “... que os cachorros e gatos vagabundos estão di-minuindo nas ruas.”

Oração subordinada substantiva objetiva direta.

Obs.: alguns gramáticos condenam o uso de reparar como transitivo direto na acepção de notar, perceber. Segundo sua análise, haveria a elipse da preposição em, e a oração anterior seria objetiva indireta.

b)•“...quequeiramadotá-los.”O pronome relativo que substitui, na oração transcrita anteriormente, o termo antecedente pessoas de bom coração (pessoas de bom coração as quais queiram adotá-los), atuando como sujeito da oração subordina-da adjetiva restritiva.

35. d

36. a

37. b

38. c

39. b

40. d

41. a

42. e

43. c

44. a) 1) O Fato: Santos × Corinthians.Marcelinho Carioca sinalizou que o juiz Flávio de Carvalho estava “roubando”.

2) O Processo: 06/08. O juiz da partida entra com um processo contra Marcelinho.

3) O Acordo: 06/09. Audiência de conciliação, na qual as partes envolvidas resolvem colocar fim à ação, sendo que fica determinado que Marcelinho paga-rá R$ 5.000,00. Sabendo-se que o jornal sai nas ban-cas com a data do dia seguinte (09/09) em relação à redação, o termo anteontem refere-se ao dia da re-dação da notícia e não ao da sua publicação.

4) A Doação: 09/09. O juiz Flávio de Carvalho doa, às 14 h, os R$ 5.000,00 ao Lar Espírita Ernesto Kuhl, de Limeira (dia da publicação).

b)•”moverumaação”:“entrarcomumprocesso”;•”noato”:“audiênciadeconciliação”.

c) Por envolver uma ambiguidade: o termo juiz tanto po-deria referir-se ao juiz da 13a Vara, como ao juiz de fu-tebol.

45. 2 / 4 / 1 / 5 / 6 / 8 / 7 / 3

46. d

47. e

48. b

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49. a

50. c

51. c

52. e

53. b

54. d

55. b

56. v: fricativa labiodental sonora.d: oclusiva linguodental sonora.t: oclusiva linguodental surda.

57. a) m/n/nh: vendo, então, punhais...b) r/rr: parte, recebeu, três, primeira...c) z/t/s; c/s/ç: punhais, se, três, facadas, somente...

58. a) 7 fonemas e 9 letras.b) 6 fonemas e 9 letras.c) 7 fonemas e 6 letras.d) 9 fonemas e 12 letras.e) 4 fonemas e 5 letras.f) 4 fonemas e 5 letras.

59. a) imagens /ey/ – ditongo nasal decrescente.Pérsia /ia/ – ditongo oral crescente.sequestrou /ue/ – ditongo oral crescente; /ou/ ditongo oral decrescente.

b) aprisionado /io/ – ditongo oral crescente.vilões /õy/ – ditongo nasal decrescente.além /ey/ – ditongo nasal decrescente.

c) São encontros consonantais 1, 4, 5, 6, 8 e 9, e dígrafos, 2, 3, 7 e 10.

60. embaraçado; vez; vestuário; verniz; possuía; possível; ruim; desenhavam; mal; aparência; ansioso; cavalheiro; estupefato; alto; perspectiva; ímpeto.

61. c

62. a

63. c

64. d

65. b

66. d

67. d

68. anarquia, amoral, antípoda, ateu, imberbe.

69. sotopor, sublingual, infravermelho, hipodérmico, sobestar.

70. a) tempo – medidab) pequeno – ver

71. a) povo – governob) estrangeiro – horror

72. a) criança – conduzirb) longe – voz

73. a) Derivação por sufixação.b) Derivação parassintética.c) Hibridismo.d) Composição por justaposição.e) Onomatopeia.

74. a) justaposiçãob) idemc) aglutinaçãod) idem

75. Derivação imprópria.

76. c

77. a) Duas oitavas.b) “queredes que vos retraia / quando vos eu vi en saia!”

(enjambement: pausa do verso não coincide com o fi-nal da linha).

78.a) • Opoetapadeceporserecordardo“amor”recebidoe que guarda na lembrança;

• O sofrimento choroso do poeta, evidenciado nosprimeiros versos;

• Aexpressãodereverência“miasenhor”.b)• Despeitoportersidopreterido.Amulhersetorna“fa-

vorita do rei”, recebendo uma guarvaia (ou manto);• Elateriasedeixado“veremsaia”ounaintimidade

pelo trovador;• Amulher,agoraaserviçodorei,poderiaconceder-

-lhe alguns favores, o que não acontece;• Otrovadortorna-seindiscretoaorevelarquejáaviu

na intimidade.• Oempregodelinguagemsutiledúbiaqueaomes-

mo tempo disfarça e escarnece os conflitos senti-mentais do poeta.

c) Cantiga de escárnio ou maldizer.

79. É um soneto, com versos decassílabos.

80. Expressão dos sentimentos do “eu”.

81. Sentimento contraditório.

82. Paradoxo.

83. a) “O mundo todo abarco...”b) “Da alma um fogo me sai, da vista um rio;”c) “Agora espero, agora desconfio, / Agora desvario, ago-

ra acerto.”

84. Não, pois esta escansão apresenta erros que descaracte-rizam o verso decassílabo (nem heroico, nem sáfico, como empregados por Camões). Escansão correta:Es/tan/doem/ter/ra/che/goao/céu/vo/an(do)

85. O tratamento “minha Senhora”.

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86. d

87. terra/mar; peixes/homens.

88. “... serem gente os peixes que se não há de converter. Mas esta dor é tão ordinária, que já pelo costume quase se não sente.”

89. a) Decassílabo heroico.b) Exaltação dos feitos lusitanos.c) Uso da mitologia clássica (maravilhoso pagão); antro-

pocentrismo.

90. a) Barroco.b)• Ojogodecontrastes(antíteseeparadoxos)parade-

monstrar os sentimentos;• Expressão exagerada (hiperbólica): “incêndio em

mares de água...”, “rio de neve em fogo convertido”;• Preferência por imagens associadas a elementos

translúcidos ou efêmeros como fogo, cristais;• Utilizaçãodosonetocomoformapoética;• Versificaçãoclássica:ousodedecassílabos;• Metaforizaçãodoamor em fogo e água;• Repetiçãodotemapormetáforasdiferentes.

91. Versos 1 e 2 e de 9 a 11.

92. Destino, sorte.

93. a) Vida campestre.b) “Ao campo me recolho, e reconheço, / Que não há

maior bem, que a soledade”.

94. O texto repudia a vida urbana, concebe o campo como lugar ideal e exalta a simplicidade.

95. c

96. b

97. a/d

98. c

99. e

100. a) Humanismob) Gil Vicentec) A farsa do Velho da Horta.