módulo 3556 anatomia aplicada à epilação depilação

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1 3556- Anatomia / fisiologia aplicada aos cuidados de epilação/depilação Carga horária: 50 horas Formador: Miguel Ângelo Barroso

Transcript of módulo 3556 anatomia aplicada à epilação depilação

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    3556- Anatomia / fisiologia aplicada aos

    cuidados de epilao/depilao

    Carga horria: 50 horas

    Formador: Miguel ngelo Barroso

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    INDICE

    Conceitos de biologia humana cuidados de epilao/depilao

    Conceitos de biologia humana e funes de relao do corpo

    Matria e energia - elementos que constituem os seres vivos, tomo, molcula

    Constituio da matria viva do tomo ao Homem

    Molcula, elementos primrios, orgnicos e inorgnicos

    Substncias

    Tecidos

    Conceitos da atividade celular

    A clula

    Teoria celular

    . Membrana celular; Ncleo; Citoplasma

    Funes celulares

    . Nutrio; Relao; Reproduo

    Tecidos

    Epitelial; Conjuntivo; Adiposo; Cartilagneo; sseo

    Sistemas

    Nervoso; Muscular; Circulatrio; Hormonal; Respiratrio; Digestivo; Reprodutivo

    Conceitos e funes/alteraes da pele

    Conceitos bsicos

    Microestrutura da pele; Irrigao sangunea da pele; Enervao da pele; Msculos da pele;

    Propriedades da pele

    Funes da pele

    Melanina; Vitamina D; Regulao trmica; Composio da superfcie cutnea

    Tipos de alteraes da pele

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    Fatores externos

    Fatores internos

    Impermeabilidade da pele

    Barreira eletrofisiolgica de Rhein; Vias transepidrmica e transanexial; Graus de penetrao

    Origem e estrutura do canal pilossebceo

    Formao do canal pilossebceo

    Estrutura microscpica

    Bulbo

    Composio do infundbulo

    Recetores andrginos

    Vascularizao e pigmentao do pelo

    Implantao do canal pilossebceo e o seu pelo

    Atividade cclica do pelo

    Identificao das fases

    Anagnea

    Catagnea

    Teogonia

    Nmero de folculos e de pelos por folculo

    Anomalias do pelo

    Distrbios de pigmentao

    Causas e efeitos de quantidade

    Alopecia

    Hipertricose

    Hirsutismo

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    Introduo

    No mbito da formao profissional na rea de cuidados pessoais, surgiu a

    necessidade da elaborao deste manual de apoio a UFCD 3556.

    Destina-se a futuros tcnicos (as) da rea com o cdigo 815 do Catlogo

    Nacional de Qualificaes, como suporte de consulta, para um melhor

    desempenho das suas funes, como tambm, servir de suporte integral

    UFCD que ser ministrada.

    Os seus principais objetivos sero:

    a) Descrever os conceitos bsicos de biologia humana (anatomia/fisiologia)

    associados ao corpo

    b) Identificar a origem e estrutura do canal pilossebceo e descrever as

    diversas anomalias foliculares

    c) Descrever a importncia da atividade cclica do pelo

    d) Explicar a importncia das anomalias do pelo

    Considera-se ainda como um instrumento de apoio e auxlio aos formandos no

    decorrer das sesses inerentes ao mdulo para aquisio de conhecimentos e

    competncias enunciados nos objetivos, como tambm como guia de consulta

    a posteriori pelos destinatrios do mesmo.

    O presente manual de formao foi elaborado pelo formador Miguel ngelo

    Barroso, que assume integral responsabilidade pelos contedos e textos

    devidamente citados o mesmo no poder ser reproduzido sem autorizao do

    mesmo.

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    Na composio qumica dos seres vivos predominam quatro elementos:

    o carbono, o oxignio, o hidrognio e o nitrognio. De todos eles, o bio

    elemento caracterstico da matria viva o carbono.

    A matria que forma os seres vivos

    A matria que constitu os seres vivos chamada matria viva. Os elementos qumicos que se encontram na matria viva so denominados bio elementos, e as molculas que formam a matria viva recebem o nome de biomolculas.

    Os bio elementos

    Nos seres vivos h cerca de vinte elementos qumicos entre os mais de cem que hoje conhecemos. Os mais abundantes so: oxignio (O), hidrognio (H), carbono (C), nitrognio (N), clcio (Ca), fsforo (P), enxofre (S), magnsio (Mg), cloro (Cl), potssio (K) e sdio (Na), sendo os quatro primeiros os que se encontram em maior quantidade na matria viva.

    A vida est baseada no tomo de carbono. O carbono tem a propriedade de poder se combinar de maneira muito estvel com outros tomos para formar uma grande variedade de molculas, algumas delas bastante complexas (como as protenas).

    As biomolculas

    As biomolculas podem ser inorgnicas ou orgnicas. A gua e os sais minerais so biomolculas inorgnicas.

    As biomolculas orgnicas so os glcidos (acares), os lipdios (gorduras), as protenas e os cidos nucleicos (DNA e RNA).

    As biomolculas inorgnicas so comuns a toda a matria, tanto viva como inerte, ao passo que as orgnicas so mais abundantes na matria viva. Nas biomolculas orgnicas, muito frequente a polimerizao, isto , o fato de determinadas molculas se unirem entre si, formando uma macromolcula. As unidades so chamadas monmeros e a molcula resultante, polmero. As macromolculas biolgicas so realmente grandes se comparadas s molculas inorgnicas.

    Os organelos celulares so estruturas supramoleculares, ou seja, formadas pela associao de diferentes macromolculas.

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    Biomolculas Inorgnicas:

    GUA

    Sem gua, no h vida. Em mdia, ela constitui 70% da massa corprea dos seres vivos, ainda que alguns tenham mais (96% nas medusas) e outros tenham menos (20% nas sementes. A gua utilizada como meio para as reaes qumicas (nela esto dissolvidas muitas substncias), transporta substncias, d forma s clulas, amortece articulaes e regula a temperatura do corpo.

    SAIS MINERAIS

    Formam as partes duras dos seres vivos: as conchas dos moluscos (carbonato de clcio) e os esqueletos dos vertebrados (fosfato de clcio). Outros intervm em reaes qumicas, mantm a salinidade do organismo (cloreto de sdio e potssio), interferem na transmisso do impulso nervoso ou formam parte de molculas importantes, como a hemoglobina do sangue.

    Biomolculas Orgnicas:

    GLICDOS

    So biomolculas compostas de carbono, hidrognio e oxignio, com funo energtica, como "combustveis" para os seres vivos, e estrutural, formando partes dos seres vivos. Os mais conhecidos so a glicose (acar do mel) e a sacarose (acar da cana), que so energticos; o amido, que serve como reserva de energia nas plantas; e a celulose, que forma as paredes das clulas vegetais.

    LIPDOS

    So formados por carbono, hidrognio, oxignio e outros elementos, como o fsforo. Sua funo energtica e estrutural. So muito diversificados e desempenham vrias funes no organismo. As gorduras servem como reserva de energia. Os fosfolpidos e o colesterol formam partes das membranas celulares. Algumas vitaminas, como A e D, so lpidos.

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    PROTENAS

    Formadas por carbono, hidrognio, oxignio, nitrognio e outros elementos, so polmeros de biomolculas menores, os aminocidos. As suas funes so muito variadas: o colagnio da pele tem funo estrutural, a hemoglobina do sangue transporta oxignio, os anticorpos intervm na defesa contra infees e as enzimas regulam as reaes qumicas nas clulas.

    CIDOS NUCLEICOS

    Formados por carbono, hidrognio, oxignio, nitrognio e fsforo, so biomolculas constitudas por longas cadeias de molculas menores, chamadas nucletidos. H dois tipos de cidos nucleicos: o cido desoxirribonucleico (DNA) e o cido ribonucleico (RNA). O DNA contm a informao gentica que tem codificadas vrias das caractersticas de um ser vivo.

    Cito Paulo Magno da Costa Torres.

    DO TOMO AO HOMEM

    O tomo a menor partcula que ainda caracteriza um elemento

    qumico, ou seja so considerados a menor poro da

    matria. Fazem parte da sua constituio o proto, que

    tem carga positiva; o eletro, com carga negativa; e o

    neutro, com carga neutra. O proto e o neutro formam o

    ncleo atmico e o eletro circunda esse ncleo, sendo o

    responsvel pelos campos magnticos e eltricos.

    Uma molcula uma entidade eletricamente

    neutra, ou seja um conjunto de tomos ligados

    quimicamente entre si. As molculas podem ser

    constitudas por tomos do mesmo elemento, ou

    por tomos de elementos diferentes. Por

    exemplo, duas molculas de hidrognio podem combinar-se com uma molcula

    de oxignio para dar origem a duas molculas de gua (H2O). A dimenso das

    molculas vria consideravelmente com a natureza da substncia.

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    A clula um conjunto organizado de

    molculas. Ela representa a menor poro de

    matria viva dotada da capacidade de se duplicar

    independente. So as unidades estruturais e

    funcionais dos organismos vivos. Podem ser

    comparadas aos tijolos de uma casa. Cada tijolo

    seria como uma clula. Alguns organismos, tais

    como as bactrias, so unicelulares (consistem

    em uma nica clula). Outros organismos, tais como os seres humanos, so

    pluricelulares. Os seres humanos possuem aproximadamente 100 trilies de

    clulas.

    Um tecido um conjunto de clulas especializadas, iguais ou diferentes entre si, separadas ou no por lquidos e substncias intercelulares, que realizam determinada funo num organismo multicelular. Os tecidos biolgicos podem dividir-se em: tecidos animais e tecidos vegetais. Um exemplo de tecido animal o epitlio que um tecido formado por clulas justapostas, ou seja, intimamente unidas entre si. A sua principal funo revestir a superfcie externa do corpo, os rgos e as cavidades corporais internas. A perfeita unio entre as clulas epiteliais faz com que os epitlios sejam eficientes barreiras

    contra a entrada de agentes invasores e a perda de lquidos corporais.

    Um rgo um grupo de tecidos que

    executam uma funo especfica ou grupo de

    funes. Usualmente existem tecidos principais e

    espordicos. O tecido principal aquele que nico

    para um rgo especfico. Por exemplo, o tecido

    principal no corao o miocrdio, enquanto os

    espordicos so os nervos, sangue, tecido

    conjuntivo.

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    rgos do ser humano por regio.

    Cabea e pescoo: crebro, orelhas, olhos, boca, lngua, dentes,

    lbios, nariz, couro cabeludo, laringe, faringe, glndulas salivares,

    meninge, tiroide, glndula paratiroide, pele.

    Costas: vrtebra, espinha dorsal, costela.

    Trax: corao, pulmo, timo, glndula mamria.

    Abdmen: estmago, duodeno, intestino, clon, fgado, bao,

    pncreas, rim, glndula suprarrenal, apndice, pele, vescula biliar,

    bexiga.

    Plvis e pernio: plvis, osso sacro, cccix, ovrios, trompas de falpio,

    tero, vulva, cltoris, pernio, bexiga, testculo, reto, pnis.

    Membros Inferiores e Superiores: msculo, nervo, mo, punho,

    cotovelo, ombro, joelho, calcanhar, p.

    Um sistema ou sistema orgnico um grupo de rgos que

    juntos executam uma determinada

    tarefa/funo. O ser humano possui uma

    variedade de sistemas devido

    complexidade do organismo da espcie.

    Deste modo um ser humano tem os

    seguintes sistemas: o sistema digestivo,

    responsvel pela transformao da comida

    em nutrientes para o organismo; o sistema

    respiratrio; o sistema circulatrio,

    responsvel pelo transporte do sangue

    pelo corpo; o sistema nervoso; o sistema

    linftico; o sistema urinrio (excretor); o

    sistema reprodutor; o sistema endcrino; e

    o sistema sseo.

  • 10

    Um organismo um ser vivo. Caractersticas

    comuns a muitos organismos incluem: movimento;

    alimentao; respirao; crescimento; reproduo; e

    sensao (sensibilidade a estmulos externos). No

    entanto, estes no so universais. Muitos organismos

    so incapazes de movimento independente, e no

    respondem diretamente ao seu ambiente. Os

    microrganismos, como as bactrias, podem no ter

    respirao, usando, em vez disso, processos qumicos

    alternativos. Um dos parmetros bsicos de um

    organismo o seu tempo de vida. Alguns animais tm

    vidas to curtas como um dia, enquanto que algumas

    plantas podem viver milhares de anos. O

    envelhecimento importante para determinar o tempo

    de vida da maioria dos organismos, bactrias, vrus.

    CONCEITOS DA ATIVIDADE CELULAR

    A CLULA

    As Clulas Constituem os Seres Vivos

    Os seres vivos diferem da matria bruta ou inerte porque so constitudos por

    clulas. Os vrus so seres que no possuem clulas, mas so capazes de se

    reproduzir e sofrer alteraes no seu material gentico. Esse um dos motivos

    pelos quais ainda se discute se eles so ou no seres vivos.

    A clula a menor constituinte dos seres vivos com forma e funo definidas.

    Por essa razo, afirmamos que a clula a unidade estrutural dos seres vivos.

    A clula - isolada ou junto com outras clulas - forma todo o ser vivo ou parte

    dele. Alm disso, ela tem todo o "material" necessrio para realizar as funes

    de um ser vivo, como nutrio, produo de energia e reproduo.

    Cada clula do nosso corpo tem uma funo especfica. Mas todas

    desempenham uma atividade "comunitria", trabalhando de maneira integrada

    com as restantes clulas do corpo. como se o nosso organismo fosse uma

    imensa sociedade de clulas, que cooperam umas com as outras, dividindo o

    trabalho entre si. Juntas, elas garantem a execuo das inmeras tarefas

    responsveis pela manuteno da vida.

  • 11

    Teoria Celular:

    - Todos os seres vivos, animais e vegetais, so formados por

    clulas

    - A clula a unidade de reproduo, de desenvolvimento e de

    hereditariedade de todos os seres vivos

    - Todas as clulas provm de clulas preexistentes

    1. Unidade estrutural e funcional

    Clulas Procariticas No possuem ncleo definido/individualizado (fig.1)

    Clulas Eucariticas Possuem ncleo definido/individualizado (fig.2)

    Fig.1 Clula Procaritica Fig.2 Clula Eucaritica

    A clula eucaritica vegetal constituda por:

    - Parede celular

    - Membrana Celular, membrana plasmtica, membrana citoplasmtica ou

    plasmalema

    - Citoplasma:

    . hialoplasma

    . organitos

    - Ncleo:

    . nucleoplasma

  • 12

    . DNA

    . nuclolo

    - Mitocndrias

    - Cloroplastos

    - Aparelho ou Complexo de Golgi

    - Vacolos

    - Retculo endoplasmtico rugoso e liso

    A clula eucaritica animal constituda por:

    - Membrana Celular, membrana plasmtica, membrana citoplasmtica ou

    plasmalema

    - Citoplasma:

    . hialoplasma

    . organitos

    - Ncleo:

    . nucleoplasma

    . DNA

    . nuclolo

    - Mitocndrias

    - Centrolos

    - Aparelho ou Complexo de Golgi

    - Retculo endoplasmtico rugoso e liso

    As clulas que formam o organismo da maioria dos seres vivos apresentam

    uma membrana que envolve o seu ncleo, por isso, so chamadas de clulas

    eucariotas. A clula eucariota constituda por membrana celular, citoplasma e

    ncleo.

  • 13

    Nestas figuras podemos comparar uma clula humana (animal) com uma

    clula vegetal. A clula vegetal possui parede celular e pode conter

    cloroplastos, duas estruturas que a clula animal no tem. Por outro lado, a

    clula vegetal no possui centrolos e geralmente no possui lisossomas, duas

    estruturas existentes numa clula animal.

  • 14

    A membrana plasmtica

    A membrana plasmtica uma pelcula muito fina, delicada e elstica, que

    envolve o contedo da clula. Mais do que um simples pelcula, essa

    membrana tem uma participao marcante na vida celular, pois regula a

    passagem e a troca de substancias entre a clula e o meio em que ela se

    encontra.

    Muitas substncias entram e

    saem das clulas de forma

    passiva. Isso significa que tais

    substncias se deslocam

    livremente, sem que a clula

    precise gastar energia. o caso

    do oxignio e do dixido de

    carbono, por exemplo.

    Outras substncias entram e

    saem das clulas de forma ativa.

    Nesse caso, a clula gasta

    energia para promover o

    transporte delas atravs da

    membrana plasmtica. Nesse

    transporte h participao de

    substncias especiais, chamadas

    enzimas transportadoras. Nossas

    clulas nervosas, por exemplo,

    absorvem ies de potssio e

    eliminam ies de sdio por

    transporte ativo.

    A membrana plasmtica formada por duas camadas de lpidos e por

    protenas de formas diferentes entre as duas camadas de lpidos.

    Dizemos, assim, que a membrana plasmtica tem permeabilidade seletiva, isto

    , capacidade de selecionar as substncias que entram ou saem de acordo

    com as necessidades da clula.

    O citoplasma

    O citoplasma , geralmente, a maior constituinte da clula. Compreende o

    material presente na regio entre a membrana plasmtica e o ncleo.

  • 15

    O citoplasma constitudo por um material

    semifluido, gelatinoso chamado hialoplasma. No

    hialoplasma ficam imersas os organelos celulares,

    estruturas que desempenham funes vitais

    diversas, como digesto, respirao, excreo e

    circulao. A substncia mais abundante no

    hialoplasma a gua.

    Vamos, ento, estudar algumas dos mais

    importantes organelos encontradas em nossas

    clulas: mitocndrias, ribossomas, retculo

    endoplasmtico, complexo de Golgi, lisos somos e

    centrolos.

    As mitocndrias e a produo de energia.

    As mitocndrias so organelos membranosas

    (envolvidas por membrana) e que tm a forma de

    basto. Elas so responsveis pela respirao

    celular, fenmeno que permite clula obter a

    energia qumica contida nos alimentos absorvidos.

    A energia assim obtida poder ento ser

    empregada no desempenho de atividades

    celulares diversas.

    Um dos "combustveis" mais comuns que as clulas utilizam na respirao

    celular o acar glicose. Aps a "queima" da glicose, com participao do

    oxignio, a clula obtm energia e produz resduos, representados pelo dixido

    de carbono e pela gua. O dixido de carbono passa para o sangue e

    eliminado para o meio externo.

    A equao abaixo resume o processo da respirao celular:

    glicose + oxignio ---> dixido de carbono + gua + energia

    Organelos Celulares

    Os ribossomas e a produo de protenas

    As clulas produzem diversas substncias necessrias ao organismo. Entre

    essas substncias destacam-se as protenas. Os ribossomas so organelos

    no membranosas, responsveis pela produo (sntese) de protenas nas

    clulas. Eles tanto aparecem isolados no citoplasma, como aderidos ao retculo

    endoplasmtico.

  • 16

    O retculo endoplasmtico e a distribuio de substncias

    Este organelo constitudo por um sistema de canais e bolsas achatadas.

    Apresenta vrias funes, dentre as quais facilitar o transporte e a distribuio

    de substncias no interior da clula.

    As membranas do retculo endoplasmtico podem ou no conter

    ribossomas aderidos em sua superfcie externa. A presena dos ribossomas

    confere membrana do retculo endoplasmtico uma aparncia granulosa; na

    ausncia dos ribossomas, a membrana exibe um aspeto liso ou no-

    granulosos.

    O complexo de golgi e o armazenamento das protenas

    o organelo celular que armazena parte das protenas produzidas numa

    clula, entre outras

    funes. Essas

    protenas podero

    ento ser usadas

    posteriormente pelo

    organismo.

  • 17

    Os lisossomas e a digesto celular

    So organelos que contm substncias necessrias digesto celular. Quando

    a clula engloba uma partcula alimentar que precisa ser digerida, os

    lisossomas se dirigem at ela e libertam o suco digestivo que contm.

    Fagocitose e pinocitose

    Imagine um glbulo branco do nosso corpo diante de uma bactria invasora

    que ele ir destruir. A bactria grande demais para simplesmente atravessar

    a membrana plasmtica do glbulo. Nesse caso, a membrana plasmtica emite

    expanses que vo envolvendo a bactria. Essas expanses acabam se

    fundindo e a bactria finalmente englobada e carregada para o interior da

    clula.

    A esse fenmeno de englobamento de partculas d-se o nome de fagocitose.

    Caso a clula englobe uma partcula lquida, o fenmeno chamado pinocitose

    e, nesse caso, no se forma as expanses tpicas da fagocitose.

  • 18

    Os centrolos e a diviso celular

    Os centrolos so estruturas cilndricas formadas por microtbulos (tubos

    microscpicos). Esses organelos participam na diviso celular, "orientando" o

    deslocamento dos cromossomos durante esse processo. Geralmente cada

    clula apresenta um par de centrolos dispostos perpendicularmente.

    O ncleo da clula

    O botnico escocs Robert Brown (1773 - 1858) verificou que as clulas

    possuam um corpsculo geralmente arredondado, que ele chamou de ncleo

    (do grego nux: 'semente'). Ele imaginou que o ncleo era uma espcie de

    "semente" da clula.

    O ncleo a maior estrutura da clula animal e abriga os cromossomas. Cada

    cromossoma contm vrios genes, o material gentico que comanda as

    atividades celulares. Por isso, dizemos que o ncleo o portador dos fatores

    hereditrios (transmitidos de pais para filhos) e o regulador das atividades

    metablicas da clula. o "centro vital" da clula.

    Membrana Nuclear - a membrana que envolve o contedo do ncleo, ela

    dotada de numerosos poros, que permitem a troca de substncias entre o

    ncleo e o citoplasma. De modo geral, quanto mais intensa a atividade celular,

    maior o nmero de poros na membrana nuclear.

    Nucleoplasma - o material gelatinoso que preenche o espao interno do

    ncleo.

    Nuclolo - Corpsculo arredondado e no membranoso que se encontra imerso

    no ncleo. Cada filamento contm inmeros genes. Numa clula em diviso, os

    longos e finos filamentos de cromatina tornam-se mais curtos e mais grossos:

    passam, ento, a ser chamados cromossomos.

  • 19

    Os cromossomos so responsveis pela transmisso dos caracteres

    hereditrios.

    A Diviso Celular

    Os cromossomos so responsveis pela transmisso dos caracteres

    hereditrios, ou seja, dos caracteres que so transmitidos de pais para filhos.

    Os tipos de cromossomos, assim como o nmero deles, variam de uma

    espcie para a outra. As clulas do corpo de um chimpanz, por exemplo,

    possuem 48 cromossomos, as do corpo humano, 46 cromossomos, as do

    co, 78 cromossomos e as do feijo 22.

    Note que no h relao entre esse nmero e o grau evolutivo das

    espcies.

  • 20

    Os 23 pares de cromossomos humanos.

    Os cromossomos so formados basicamente por dois tipos de substncias

    qumicas: protenas e cidos nucleicos. O cido nucleico encontrado nos

    cromossomas o cido desoxirribonucleico o DNA. O DNA a substncia

    qumica que forma o gene. Cada gene possui um cdigo especfico, uma

    espcie de instruo qumica que pode controlar determinada caracterstica

    do indivduo, como a cor da pele, o tipo de cabelo, a altura, etc.

    Cada cromossomo abriga inmeros genes, dispostos em ordem linear ao longo

    de filamentos. Atualmente estima-se que em cada clula humana existam de

    20 mil a 25 mil genes. Os cromossomos diferem entre si quanto forma, ao

    tamanho e ao nmero de genes que contm.

    Clulas haploides e diploides

    Para que as clulas exeram a sua funo no corpo dos animais, elas devem

    conter todos os cromossomos, isto dois cromossomos de cada tipo: so as

    clulas diploides. Com exceo das clulas de reproduo (gametas), todas as

    demais clulas do nosso corpo so diploides. Porm, algumas clulas possuem

    em seu ncleo apenas um cromossomo de cada tipo. So as clulas haploides.

    Os gametas humanos espermatozoides e vulos so haploides. Portanto

    os gametas so clulas que no exercem nenhuma funo at encontrarem o

    gameta do outro sexo e completarem a sua carga gentica.

    Nos seres humanos, tanto o espermatozoide como o vulo possuem 23 tipos

    diferentes de cromossomos, isto , apenas um cromossomo para cada tipo.

    Diz-se ento que nos gametas humanos n= 23 (n o nmero de cromossomos

    diferentes). As demais clulas humanas possuem dois cromossomos de cada

    tipo. Essas clulas possuem 46 cromossomos (23 pares) no ncleo e so

    representadas por 2n = 46.

    Nas clulas diploides do

    nosso corpo, os

    cromossomos podem, ento,

    ser agrupados dois a dois.

    Os dois cromossomos de

    cada par so do mesmo tipo,

    por possurem a mesma

    forma, o mesmo tamanho e

    o mesmo nmero de genes.

    Em cada par, um de

    origem materna e outro, de

    origem paterna.

  • 21

    Tipos de diviso celular

    As clulas so originadas a partir de outras

    clulas que se dividem. A diviso celular

    comandada pelo ncleo da clula.

    Ocorrem no nosso corpo dois tipos de diviso

    celular: a mitose e a meiose.

    Antes de uma clula se dividir, formando duas

    novas clulas, os cromossomos duplicam-se no

    ncleo. Formam-se dois novos ncleos cada um

    com 46 cromossomos. A clula ento divide o

    seu citoplasma em dois com cada parte

    contendo um ncleo com 46 cromossomos no

    ncleo. Esse tipo de diviso celular, em que uma

    clula origina duas clulas-filhas com o mesmo

    nmero de cromossomos existentes na clula

    me, chamado de mitose.

    Portanto, a mitose garante que cada uma das

    clulas-filhas receba um conjunto complementar

    de informaes genticas. A mitose permite o

    crescimento do indivduo, a substituio de

    clulas que morrem por outras novas e a

    regenerao de partes lesadas do organismo.

    Mas como se formam os espermatozoides e

    os vulos, que tm somente 23 cromossomos

    no ncleo, diferentemente das demais clulas

    do nosso corpo?

    Na formao de espermatozoides e de vulos ocorre outro tipo de diviso

    celular: a meiose.

    Nesse caso, os cromossomos tambm se duplicam no ncleo da clula-me

    (diploide), que vai se dividir e formar gametas (clulas-filhas, haploides). Mas,

    em vez de o ncleo se dividir uma s vez, possibilitando a formao de duas

    novas clulas-filhas, na meiose o ncleo se divide duas vezes. Na primeira

    diviso, originam-se dois novos ncleos; na segunda, cada um dos dois novos

    ncleos se divide, formando-se no total quatro novos ncleos. O processo

    resulta em quatro clulas-filhas, cada uma com 23 cromossomos.

  • 22

    Nveis de Organizao do Corpo Humano

    No nosso corpo, existem muitos tipos de clulas, com diferentes formas e

    funes. As clulas esto organizadas em grupos, que trabalhando de

    maneira integrada, desempenham, juntos, uma determinada funo. Esses

    grupos de clulas so os tecidos.

    Os tecidos do corpo humano podem ser classificados em quatro grupos

    principais: tecido epitelial, tecido conjuntivo, tecido muscular e tecido nervoso.

    Tecido epitelial

    As clulas do tecido epitelial ficam muito prximas umas das outras e quase

    no h substncias preenchendo espao entre elas. Esse tipo de tecido tem

    como principal funo revestir e proteger o corpo. Forma a epiderme, a camada

    mais externa da pele, e

    internamente, reveste

    rgos como a boca e o

    estmago.

    O tecido epitelial tambm

    forma as glndulas

    estruturas compostas de

    uma ou mais clulas que

    fabricam, no nosso

    corpo, certos tipos de

    substncias como

    hormnios, sucos

    digestivos, lgrima e

    suor.

    Tecido conjuntivo

    As clulas do tecido conjuntivo so afastadas umas das outras, e o espao

    entre elas preenchido pela substncia intercelular. A principal funo do

    tecido conjuntivo unir e sustentar os rgos do corpo.

    Esse tipo de tecido apresenta diversos grupos celulares que possuem

    caractersticas prprias. Por essa razo, ele subdividido em outros tipos de

    tecidos. So eles: tecido adiposo, tecido cartilaginoso, tecido sseo, tecido

    sanguneo.

  • 23

    O tecido adiposo formado por

    adipcitos, isto , clulas que armazenam

    gordura. Esse tecido encontra-se abaixo da

    pele, formando o panculo adiposo, e

    tambm est disposto em volta de alguns

    rgos. As funes desse tecido so:

    fornecer energia para o corpo; atuar como

    isolante trmico, diminuindo a perda de

    calor do corpo para o ambiente; oferecer

    proteo contra choques mecnicos

    (pancadas, por exemplo).

    Tecido conjuntivo

    Tecido cartilaginoso forma as cartilagens do

    nariz, da orelha, da traqueia e est presente nas

    articulaes da maioria dos ossos. um tecido

    resistente, mas

    flexvel.

    O tecido sseo forma os ossos. A sua

    rigidez (dureza) deve-se impregnao de sais

    de clcio na substncia intercelular.

    O esqueleto humano uma estrutura

    articulada, formada por 206 ossos. Apesar de

    os ossos serem rgidos, o esqueleto flexvel,

    permitindo amplos movimentos ao corpo

    graas a ao muscular.

  • 24

    O tecido sanguneo constitui o sangue, tecido lquido. formado por

    diferentes tipos de clulas como:

    os glbulos vermelhos ou hemcias, que transportam oxignio;

    os glbulos brancos ou leuccitos, que atuam na defesa do corpo

    contra microrganismos invasores;

    fragmentos (pedaos) de clulas, como o caso das plaquetas, que

    atuam na coagulao do sangue.

    A substncia intercelular do tecido sanguneo o plasma, constitudo

    principalmente por gua, responsvel pelo transporte de nutrientes e de outras

    substncias para todas as clulas.

  • 25

    Tecido muscular

    As clulas do tecido muscular so denominadas fibras musculares e possuem

    a capacidade de se contrair e alongar. A essa propriedade chamamos

    contratilidade. Essas clulas tm o formato alongado e promovem a contrao

    muscular, o que permite os diversos movimentos do corpo.

    O tecido muscular pode ser de trs tipos: tecido muscular liso, tecido

    muscular estriado esqueltico e tecido muscular estriado cardaco.

    Tipos de tecidos musculares. Os pontos roxos so os ncleos das clulas

    musculares.

    O tecido muscular liso apresenta uma contrao lenta e involuntria, ou seja,

    no depende da vontade do indivduo. Forma a musculatura dos rgos

    internos, como a bexiga, estmago, intestino e vasos sanguneos.

    O tecido muscular estriado esqueltico apresenta uma contrao rpida e

    voluntria. Est ligado aos ossos e atua na movimentao do corpo.

    Tecido nervoso

    As clulas do tecido nervoso so denominadas neurnios, que so capazes

    de receber estmulos e conduzir a informao para outras clulas atravs do

    impulso nervoso.

    Os neurnios tm forma estrelada e so clulas especializadas. Alm deles, o

    tecido nervoso tambm apresenta outros tipos de clulas, como as clulas da

    glia, cuja funo nutrir, sustentar e proteger os neurnios. O tecido

    encontrado nos rgos do sistema nervoso como o crebro e a medula

    espinhal.

  • 26

    Sistemas

    Vrios rgos interagem no corpo humano, desempenhando determinada

    funo no organismo. Esse conjunto de rgos associados forma um

    sistema.

    O sistema digestivo humano, por exemplo, atua no processo de

    aproveitamento dos alimentos ingeridos. Este sistema formado pela boca,

    faringe, esfago, estmago, intestino delgado e intestino grosso. Alm desses

    rgos, o sistema digestivo humano compreende glndulas anexas, como as

    glndulas salivares, o pncreas e o fgado. Os sistemas funcionam de maneira

    integrada, e essa integrao fundamental para manter a sade do organismo

    como um todo e, consequentemente, a vida.

  • 27

    Esquema do sistema respiratrio.

    Resumindo

    No nosso corpo possvel identificar diferentes nveis de organizao que

    atuam nos processos vitais. Podemos resumir essa organizao por meio do

    seguinte esquema:

    Clulas -------> tecidos -------> rgos -------> sistemas -------> organismo

    Sistemas do Corpo Humano

    Dentro do corpo humano existem sistemas capazes de regular as funes

    vitais do organismo. Eles interrelacionam-se e esto ligados realizao de

    diversas atividades do ser humano. Vrios processos qumicos acontecem no

    interior do corpo e, com eles, podemos nos prevenir e regular os sistemas dos

    riscos sade ou danos fsicos.

    Sistema Esqueltico: formado pelos ossos do esqueleto humano e

    responsvel por garantir a proteo, a sustentao e a locomoo do corpo,

    alm de produzir clulas sanguneas, acumular as clulas de gordura e realizar

    o armazenamento de sais minerais, ies e minerais.

  • 28

    Sistema Digestivo: formado pelo tubo digestrio composto pela boca,

    esfago, faringe, estmago, intestino grosso e intestino delgado. responsvel

    pela ingesto, digesto, absoro e evacuao dos alimentos.

    Sistema Respiratrio: formado principalmente pelo nariz, os pulmes, a

    laringe, a faringe, a traqueia e o diafragma. So responsveis pelo processo de

    respirao das clulas.

    Sistema Muscular: formado pelos msculos do corpo e responsvel por

    garantir a movimentao e contrao, ajudar no fluxo sanguneo e a manter a

    temperatura corporal.

    Sistema Circulatrio: formado pelo corao, o sangue e os vasos capilares

    e so responsveis por levar o oxignio e os nutrientes para o corpo.

    Sistema Urinrio: formado pelos rins, ureteres, pelves renais, bexiga e vias

    urinferas. A funo do sistema filtrar as substncias mais importantes para o

    organismo e fazer o equilbrio do volume de gua.

    Sistema Endcrino: so compostos por vrias glndulas e rgos do corpo e

    ajudam na produo de hormnios que afetam as funes do organismo e

    interagem com o sistema nervoso.

    Sistema Nervoso: seu principal rgo o crebro e ele responsvel por

    regular as atividades do corpo humano.

    Sistema Reprodutor: no homem, formado pelos testculos, pnis, uretra,

    canais deferentes, epiddimo; na mulher, formado pelo ovrio, tubas uterinas,

    tero, vulva e vagina. A principal funo desse sistema e garantir a reproduo

    da vida humana.

    Sistema Linftico: formado pelos vasos linfticos, a linfa e rgos como o

    bao, os ndulos linfticos, o timo e as amgdalas palatinas. Esse sistema

    trabalha na produo de clulas de imunidade, removem os fluidos produzidos

    pelos tecidos corporais e realizam a absoro dos cidos gordos, afim de lev-

    los para o sistema circulatrio.

  • 29

    Conceitos e Funes/alteraes da pele

    A pele o maior rgo do corpo humano

    A pele o rgo que envolve o corpo determinando seu limite com o meio

    externo. Corresponde a 16% do peso corporal e exerce diversas funes,

    como: regulao trmica, defesa orgnica, controle do fluxo sanguneo,

    proteo contra diversos agentes do meio ambiente e funes sensoriais

    (calor, frio, presso, dor e tato). A pele um rgo vital e, sem ela, a

    sobrevivncia seria impossvel.

    formada por trs camadas: epiderme, derme e hipoderme, da mais externa

    para a mais profunda, respetivamente.

    Epiderme

    A epiderme, camada mais externa da pele, constituda por clulas epiteliais

    (queratincitos) com disposio semelhante a uma "parede de tijolos". Estas

    clulas so produzidas na camada mais inferior da epiderme (camada basal ou

    germinativa) e em sua evoluo em direo superfcie sofrem processo de

    queratinizao ou cornificao, que d origem camada crnea, composta

    basicamente de queratina, uma protena responsvel pela impermeabilizao

    da pele. A renovao celular constante da epiderme faz com que as clulas da

    camada crnea sejam gradativamente eliminadas e substitudas por outras.

    Alm dos queratincitos encontram-se tambm na epiderme: os melancitos,

    que produzem o pigmento que d cor pele (melanina) e clulas de defesa

    imunolgica (clulas de Langerhans).

  • 30

    A epiderme d origem aos anexos cutneos: unhas, plos, glndulas

    sudorparas e glndulas sebceas. A abertura dos folculos pilossebceos (plo

    + glndula sebcea) e das glndulas sudorparas na pele formam os orifcios

    conhecidos como poros.

    As unhas so formadas por clulas cornificadas (queratina) que formam

    lminas de consistncia endurecida. Esta consistncia dura, confere

    proteo extremidade dos dedos das mos e ps.

    Os plos existem por quase toda a superfcie cutnea, exceto nas

    palmas das mos e plantas dos ps. Podem ser minsculos e finos

    (lanugos) ou grossos e fortes (terminais). No couro cabeludo, os

    cabelos so cerca de 100 a 150 mil fios e seguem um ciclo de

    renovao no qual aproximadamente 70 a 100 fios caem por dia para

    mais tarde darem origem a novos plos.

    Este ciclo de renovao apresenta 3 fases: angena (fase de

    crescimento) - dura cerca de 2 a 5 anos, catgena (fase de interrupo

    do crescimento) - dura cerca de 3 semanas e telgena (fase de queda) -

    dura cerca de 3 a 4 meses.

    As glndulas sudorparas produzem o suor e tm grande importncia

    na regulao da temperatura corporal. So de dois tipos: as crinas,

    que so mais numerosas, existindo por todo o corpo e produzem o suor

    eliminando-o diretamente na pele. E as apcrinas, existentes

    principalmente nas axilas, regies genitais e ao redor dos mamilos. So

    as responsveis pelo odor caracterstico do suor, quando a sua

    secreo sofre decomposio por bactrias.

    As glndulas sebceas produzem a oleosidade ou o sebo da pele.

    Mais numerosas e maiores na face, couro cabeludo e poro superior do

    tronco, no existem nas palmas das mos e plantas dos ps. Estas

    glndulas eliminam sua secreo no folculo pilossebceo.

    Derme

    A derme, camada localizada entre a epiderme e a hipoderme, responsvel

    pela resistncia e elasticidade da pele. constituda por tecido conjuntivo

    (fibras colgenas e elsticas envoltas por substncia fundamental), vasos

    sanguneos e linfticos, nervos e terminaes nervosas. Os folculos

    pilossebceos e glndulas sudorparas, originadas na epiderme, tambm

    localizam-se na derme.

    A faixa na qual a epiderme e a derme se unem chamada de juno dermo-

    epidrmica. Nesta rea, a epiderme se projeta em forma de dedos na direo

    da derme, formando as cristas epidrmicas. Estas aumentam a superfcie de

  • 31

    contato entre as 2 camadas, facilitando a nutrio das clulas epidrmicas

    pelos vasos sanguneos da derme.

    Hipoderme

    A hipoderme, tambm chamada de tecido celular subcutneo, a poro mais

    profunda da pele. composta por feixes de tecido conjuntivo que envolvem

    clulas gordurosas (adipcitos) e formam lobos de gordura. Sua estrutura

    fornece proteo contra traumas fsicos, alm de ser um depsito de calorias.

    A pele no apenas uma camada protectora. um sistema que regula a

    temperatura corporal, recebe os estmulos de dor e de prazer, no permite que

    determinadas substncias entrem no organismo e representa uma barreira

    protectora face aos efeitos prejudiciais do sol. A cor, a textura e as pregas da

    pele contribuem para a identificao dos indivduos. Qualquer alterao no

    funcionamento ou no aspeto da pele pode ter consequncias importantes para

    a sade fsica e mental.

    Cada estrato da pele desempenha uma tarefa especfica. A camada exterior, a

    epiderme, mais fina, na maior parte do corpo, que uma pelcula de plstico. A

    parte superior da epiderme, o estrato crneo, contm queratina, formada por

    resduos de clulas mortas e protege a pele das substncias nocivas. Na parte

    inferior da epiderme encontram-se os melancitos, clulas que produzem

    melanina (o pigmento escuro da pele).

    Sob a epiderme situa-se a derme, que contm recetores tcteis e da dor, cujas

    ramificaes chegam superfcie da pele e a diversas glndulas funcionais da

    mesma: as glndulas sudorparas, que segregam o suor; as glndulas

    sebceas, que segregam gordura, e os folculos pilosos, que do origem ao

    plo. Ainda no interior da derme, encontram-se vasos sanguneos que

    proporcionam nutrientes e calor pele, bem como nervos que se ramificam

    entre as diferentes camadas da mesma.

    Por baixo da derme encontra-se uma camada de gordura que ajuda a isolar o

    corpo, do calor e do frio.

    A espessura e a cor da pele variam nas diversas regies do corpo, bem como o

    nmero de glndulas sudorparas, de glndulas sebceas, de folculos pilosos

    e de nervos. A parte superior da cabea tem uma grande quantidade de

    folculos pilosos, enquanto as palmas das mos e as plantas dos ps no os

    tm. As camadas da epiderme e de queratina so mais grossas nas plantas

    dos ps e nas palmas das mos. As polpas dos dedos, tanto das mos como

    dos ps, so muito inervadas e so extremamente sensveis ao tacto.

  • 32

    A pele tem tendncia para sofrer alteraes ao longo da vida do indivduo. A

    pele de um beb tem uma camada mais grossa de gordura e uma muito mais

    fina de queratina protectora. medida que as pessoas envelhecem perdem a

    gordura do estrato subcutneo, a derme e a epiderme tornam-se mais finas, as

    fibras elsticas da derme fragmentam-se e a pele tende a enrugar-se. A

    irrigao sangunea da pele tambm diminui com a idade, pelo que as leses

    cutneas se curam mais lentamente nas pessoas mais velhas. As peles mais

    envelhecidas segregam menos gordura protectora e, por isso, a pele seca com

    maior facilidade.

    Inervao da pele

    A inervao da pele envolve terminaes livres e encapsuladas

    formando uma rede de recetores especializados em receber estmulos

    exteriores, descodifica-los e transferi-los ao sistema nervoso central por meio

    dos nervos sensitivos para que sejam interpretados e se traduzam em algum

    tipo de sensibilidade.

    Os recetores livres ocorrem em toda a pele, emergindo da derme

    e ramificando-se entre as clulas da epiderme, so responsveis pelo tato e

    sensibilidade trmica e dolorosa. Os meniscos tcteis de Merkel que aparecem

    enrolados na base dos folculos pilosos so exemplo de recetores livres.

    Os recetores encapsulados so extremidades de fibras nervosas muito

    ramificadas, envoltas numa cpsula conjuntiva. Os mais importantes so:

    Corpsculos de Meissner

    localizam-se na pele espessa das mos e ps, so recetores de tato e

    presso.

    Corpsculos de Ruffini

    ocorrem na pele espessa de mos e ps e na pele pilosa do resto do corpo.

    So recetores de tato e presso.

    Corpsculos lamelados de Paccini

    so encontrados no tecido subcutneo das palmas das mos e plantas dos

    ps, membranas intersseas dos membros e articulaes, e peristeo. So

    responsveis pela sensibilidade vibratria.

  • 33

    Irrigao da pele

    Capilares sanguneos e linfticos: A funo dos vasos sanguneos de

    nutrio e regulao da temperatura da pele. Na pele, cada sistema (linftico e

    sanguneo) forma dois plexos, um mais profundo (localizado no nvel dermo-

    hipodrmico) e o plexo superficial (localizado na derme subpapilar). A

    termorregulao o resultado de uma contnua alternncia entre

    vasoconstrio e vasodilatao dos capilares em funo da situao ambiental,

    contribuindo para o controle da temperatura orgnica.

    Msculos da pele:

    A musculatura da pele lisa e compreende os msculos eretores dos

    plos, os dardos do escroto e a musculatura da arola mamria. Os msculos

    da pele so importantes para gerar calor.

    Estruturas nervosas:

    Nervos sensitivos responsveis pela sensibilidade da pele, assim como

    receber informaes necessrias para se adequar ao meio (tato, dor, calor, frio,

    presso).

    Folculos pilosos:

    So estruturas constitudas por clulas queratinizadas produzidas pelo

    folculo piloso. Existem dois tipos de plos: VELUS (plos tipo lanugem), e

    TERMINAL (mais espesso e pigmentado como cabelo, barba, pilosidade

    pubiana e axilar). Os plos compe-se de uma parte livre, a haste, e uma parte

    intradrmica, a raiz. (referido anteriormente)

    Unhas:

    So estruturas queratinizadas que protegem as extremidades das

    pontas dos dedos, reas com muita sensibilidade. As unhas tm quatro partes:

    raiz, lmina (aderente ao leito ungueal), dobras laterais e borda livre. A

    espessura das unhas varia de 0,5 a 0,75 mm e o crescimento de cerca de 0,1

  • 34

    mm por dia nas das mos, sendo mais lento na dos ps. Tm como funes:

    proteo, preenso, agresso e sensibilidade.

    Glndulas Sudorparas: (referido anteriormente)

    Liberta o suor que incolor, inodoro, composto de 99% de gua e

    solutos encontrados no plasma. O odor ftido do suor (bromidrose) causado

    por bactrias prprias das regies sudorparas. atravs do suor que a pele

    mantm a temperatura do corpo e tambm elimina substncias como ureia,

    cido lctico, etc.

    As glndulas sudorparas podem ser:

    - CRINAS, que esto dispersas por todo o corpo, existindo em maior

    quantidade nas regies palmo-plantares e axilas. As suas glndulas

    desembocam diretamente na superfcie da epiderme, cujo orifcio por onde

    eliminado o suor chama-se poro apresenta-se rodeado de queratina;

    - APCRINAS, que desembocam nos folculos pilossebceos e no

    diretamente na superfcie. Localizam-se na axila, rea perimamilar e regio

    anogenital, e, modificada, no conduto auditivo externo (cera), nas plpebras

    (glndulas de moll) e nas mamas (glndulas mamrias).

    Glndulas Sebceas: (referido anteriormente)

    Esto presentes em toda a pele, com exceo das regies palmares e

    plantares. Desembocam sempre no folculo pilossebceo com ou sem plo. O

    sebo evita a perda de gua, tem propriedades antimicrobianas e substncias

    precursoras de vitamina D.

    Alteraes da pele

    A pele tem tendncia para sofrer alteraes ao longo da vida do indivduo. A

    pele de um beb tem uma camada mais grossa de gordura e uma muito mais

    fina de queratina protectora. medida que as pessoas envelhecem perdem a

    gordura do estrato subcutneo, a derme e a epiderme tornam-se mais finas, as

    fibras elsticas da derme fragmentam-se e a pele tende a enrugar-se. A

  • 35

    irrigao sangunea da pele tambm diminui com a idade, pelo que as leses

    cutneas se curam mais lentamente nas pessoas mais velhas. As peles mais

    envelhecidas segregam menos gordura protectora e, por isso, a pele seca com

    maior facilidade. Os mdicos podem identificar muitas doenas da pele atravs

    de uma simples observao visual. As caractersticas reveladoras incluem o

    tamanho, a forma, a cor e a localizao da anomalia, alm da presena ou da

    ausncia de outros sinais ou sintomas

    Existem muitas causas que levam a alteraes de pele diferentes, alguns so

    naturais (tpico da idade ou estado do corpo) e outros fatores ligados a outros.

    Como exemplos podemos considerar:

    Cloasma:

    Tambm chamado de mscara da gravidez caracterizada por manchas

    escuras no rosto de algumas mulheres que esto esperando um beb.

    provvel devido ao aumento tpico de hormonas, que fazem produzir maior

    pigmentao na pele. Recomendamos o uso de filtro solar ou exposio ao

    sol para reduzir o efeito. De qualquer forma, desaparece aps o parto.

    Ceratoses actnicas e lentigos actnicas:

    Eles so manchas coloridas na pele causadas pela exposio excessiva ao sol.

    Pode levar ao cncer de pele, tais como clulas escamosas ou melanoma.

    Reaes alrgicas:

    Pode resultar de tomar certos medicamentos, especialmente se a pessoa

    exposta luz solar, causando fotossensibilidade, manifestada em erupes

    cutneas, urticria e prurido e alargar a reao a outras reas do corpo.

    Outras causas:

    Doenas autoimunes (lpus, esclerodermia).

    De picadas e mordidas (doena de Lyme).

    -Infees bacterianas (celulite, impetigo).

    Infees virais (varicela, herpes, herpes zoster).

    -Condies do fgado (hepatite, cirrose).

    Barreira epidrmica x Permeabilidade da superfcie cutnea

    A epiderme possui membrana carregada negativamente; essencialmente

    impermevel aos eletrlitos (penetrao de sais desprezvel). Cerca de 70%

    das substncias aplicadas na pele no ultrapassam nem o estrato crneo

    uma considerao importante ao desenvolver um cosmtico.

  • 36

    Via de penetrao

    1. Folculo pilossebceo (mais importante);

    2. Compostos lipossolveis possuem grande poder de penetrao.

    Tipos de permeabilidade cutnea

    1. Penetrao cutnea: apenas se infiltram entre as camadas da

    epiderme

    2. Embebio: simples penetrao nas estruturas epidrmicas

    superficiais;

    3. Absoro cutnea: substncia infiltra at a derme circulao

    sangunea e linftica h efeitos sistmicos.

    4. Adsoro deposio, com ou sem unio qumica, sobre a superfcie

    cutnea (poro mais superficial dos anexos).

    5. Reabsoro: captao de substncias por tecidos, vasos sanguneos,

    linfticos.

    Condies da superfcie da pele

    Quanto maior a espessura dificuldade penetrao

    Vias foliculares e glandulares permeabilidade

    Fatores que influenciam a absoro percutnea

    1. pH cutneo e tipo de pele

    2. Carga eltrica das substncias que compe a pele

    3. Natureza das substncias: Lipossolveis penetram atravs de canais

    pilo - sebceos e via intercelular. Hidrossolveis canal sudorparo

    pequeno dificuldade de penetrao. Via intercelular dificultada pela

    emulso epicutnea.

    4. Oxidao e reduo das substncias que atravessam a pele

    5. Tamanho e peso molecular

    6. Tipo de veculo que se emprega: Emulses se identificam com as

    emulses epicutneas.

    1. Emulses O/A

    2. Tensioativos

  • 37

    Tcnicas para aumentar a penetrao

    1. Desengorduramento superficial

    2. Massagem

    3. Calor

    4. Hidratao

    5. Esfoliao

    6. Eletrlitos h ies positivos penetram mais fcil

    7. Ionizao corrente galvnica introduzidas por iontoforese

    pilocarpina quando ionizada aumenta 10x a capacidade de penetrao.

    O pelo uma matria semiviva que recobre determinadas partes do corpo, em

    maior ou menor quantidade, com funo protetora. Quando um ser humano

    nasce, seu corpo revestido por cerca de cinco milhes de folculos pilosos.

    No so formados folculos adicionais aps o nascimento (CEDERJ, 2011).

    Estrutura do Pelo

    - Pelo

    - Superfcie da pele

    - Sebo

    - Folculo piloso

    - Glndula sebcea

    A funo principal dos

    pelos a de proteo.

    Os pelos presentes nas

    narinas, ouvidos, olhos,

    axilas, pbis e os

    cabelos, protegem a

    pele e o couro cabeludo

    contra a luz solar, o frio

    e o calor. Alm dessa

  • 38

    funo fisiolgica, no ser humano, pelos e cabelos exercem tambm importante

    funo esttica. Suas alteraes muitas vezes influenciam negativamente a

    qualidade de vida dos indivduos (Sampaio e Rivitti, 2001).

    Os pelos originam-se de uma invaginao da epiderme. Dessa

    invaginao surgem pequenas estruturas chamadas folculos pilosos. O folculo

    piloso no pelo em fase de crescimento apresenta uma dilatao terminal, que

    o bulbo piloso, e, na sua poro central, uma papila drmica, que induz o

    crescimento do pelo (CEDERJ, 2011).

    As clulas que recobrem a papila formam a raiz do pelo, que constituda por

    queratincitos e melancitos. medida que os queratincitos da raiz do pelo se

    diferenciam, eles vo sofrendo queratinizao, incorporando melanina e

    aflorando na superfcie da epiderme (CEDERJ, 2011).

    A forma dos pelos depende das fibrilas, que so substncias formadas por

    protenas, que do fora e resistncia aos pelos. Se as fibrilas so retas, os

    pelos so lisos, mas se as fibrilas tiverem a forma de anis, o pelo ser

    ondulado (Tonederm, 2011).

    Os pelos crescem em nveis diferentes em cada indivduo e essas alteraes

    esto relacionadas a diversos fatores: caractersticas genticas, idade, sexo,

    raa, estao do ano, peso corporal, metabolismo, equilbrio hormonal, uso de

    medicamentos, entre outros (Tonederm, 2011).

    Um pelo completo formado por trs regies com diferentes nveis de

    queratinizao (CEDERJ, 2011): medula, crtex e cutcula.

    O aparelho pilossebceo, localizado na derme, formado pelo folculo

    piloso e pelas glndulas sebceas a este anexadas. O folculo a estrutura

    que dar origem ao pelo; o seu desenvolvimento inicia-se em torno do terceiro

    ms de vida fetal, quando invaginaes da epiderme so enviadas

    subjacente derme transformando-se em folculos pilosos, propriamente ditos. O

    folculo originar o cabelo ou plo que, como vimos anteriormente, est

    constitudo por uma poro externa chamada haste e ,por uma interna,

  • 39

    conhecida como raiz, que termina com uma expanso forma de clava

    denominada bulbo.

    Estrutura do pelo

    O corpo do ser humano encontra-se revestido por uma grande

    diversidade de formaes pilosas: cabelos, plo do corpo, sobrancelhas,

    pestanas, clios, plo pbico, plo axilar, etc.

    Os plos so excrescncias filamentosas e flexveis que sobressaem da

    epiderme, que embora tenham uma estrutura bsica comum, podem

    apresentar espessura e consistncia variveis e um diferente comprimento de

    acordo com o seu tipo.

    Os pelos so compostos por dois tipos de elementos: a haste, a parte

    que sobressai da pele, e a raiz, a poro interna. Cada plo encontra-se numa

    depresso da pele correspondente a uma invaginao de tecido epidrmico na

    derme, denominado folculo piloso, onde so produzidos. De facto, a raiz do

    plo evidencia-se a partir de uma expanso arredondada do folculo

    denominada bulbo piloso, tendo na sua base uma concavidade, denominada

    papila folicular, qual chegam os vasos sanguneos que nutrem o folculo e

    tambm as fibras nervosas. A parte mais profunda do folculo piloso

    corresponde matriz germinativa, constituda por clulas epidrmicas cuja

    multiplicao origina as clulas que formam o prprio folculo e tambm as que

    formam o plo. Esta matriz germinativa igualmente composta por vrios

    melancitos encarregues da produo dos pigmentos, cujo nmero e grau de

    atividade, geneticamente condicionados, determinam a cor dos cabelos de

    cada pessoa.

    A formao do pelo, propriamente dita, realiza-se no centro das vrias

    camadas celulares concntricas do folculo piloso. O pelo em si formado por

    trs camadas diferentes, do exterior para o interior: a cutcula, a parte mais

    dura; o crtex, a mais espessa; e a medula, a estrutura do pelo.

    Crescimento do pelo

    O pelo cresce no folculo piloso a partir de clulas da matriz germinativa

    que vo, progressivamente, enchendo-se de queratina (a protena fibrosa que

    constitui a camada crnea da epiderme e que tambm a principal

    componente do plo) at morrerem, passando a constituir a haste do filamento

    que se desloca para o exterior e acaba por sobressair da pele. Este

    crescimento ocorre de forma cclica, o que proporciona a alternao de

    perodos de crescimento com outros de repouso ao longo da vida. A fase de

  • 40

    crescimento, ou anagnese, caracteriza-se por uma proliferao ativa das

    clulas da matriz generativa, durando aproximadamente cerca de trs anos,

    embora com variaes tanto individuais como relativas localizao do plo.

    Nessa poca possvel constatar um crescimento contnuo do plo, embora a

    uma velocidade diferente consoante as vrias pessoas e tambm as vrias

    zonas do corpo. Por exemplo, o cabelo cresce a uma velocidade que oscila

    entre os 0,1 e 0,5 mm por dia, enquanto que o plo da barba dos homens

    cresce, em mdia, cerca de 0,3 mm por dia, sempre com evidentes diferenas

    individuais.

    A fase de regresso, ou catagnese, sucessiva anterior, caracteriza-se

    por uma paragem da atividade folicular durante aproximadamente trs

    semanas. Nesta fase, as clulas da papila folicular atrofiam-se, o que provoca

    separao no imediata, j que ainda mantm a sua unio com as bainhas do

    folculo piloso, da base do plo com a papila, embora continue a deslocar-se

    at superfcie.

    A fase de repouso, ou telognese, que acontece de seguida, tem a

    durao de cerca de trs ou quatro meses. Nesta fase, a inatividade do folculo

    piloso total. Aps o referido perodo, o ciclo recomea, atravs da formao

    de uma nova matriz generativa, que proporciona o crescimento do plo, o que

    medida que o faz "empurra" para o exterior o plo que ocupa a parte mais

    superficial do folculo, at provocar a sua desunio e a emerso, pouco tempo

    depois, do novo pelo para a superfcie.

    A renovao pilosa no ocorre uniformemente em todo o corpo, j que o

    ritmo de atividade de cada folculo diferente. Por exemplo, possvel, a

    qualquer momento, constatar que entre os folculos do couro cabeludo existem

    cerca de 85% em plena fase de atividade, enquanto que 1% se encontra em

    fase de regresso e cerca de 14% em repouso, sendo por isso que

    absolutamente normal que caiam entre 100 a 150 cabelos por dia

    FASES DE CRESCIMENTO DOS PELOS (resumindo)

    O pelo humano apresenta trs fases cclicas de crescimento que ocorrem em

    fases diferentes para diferentes partes do corpo:

    Angena - fase de crescimento ativo. Dura de 2 a 3 anos, mas no couro

    cabeludo pode chegar at 8 anos.

    Catgena - fase de transio, os folculos sofrem regresso de at 1/3 de suas

    dimenses e dura em mdia 3 semanas.

  • 41

    Telgena - fase de repouso. Essa a fase de desprendimento do pelo e dura

    de 3 a 4 meses.

    Angena Catgena Telgena

    Elementos do plo

    O plo composto por dois elementos muito particulares: uma glndula

    sebcea e um msculo eretor. A glndula sebcea desagua diretamente no

    folculo piloso e arrasta para o seu interior matria gorda de modo a lubrificar a

    superfcie do plo. O msculo eretor formado por um conjunto de reduzidas

    fibras musculares que se encontram unidas zona mdia do folculo atravs de

    uma extremidade, estando ancoradas a um ponto prximo da derme atravs da

    outra extremidade. A contrao destas fibras, desencadeada, entre outros

    fatores, pelo frio e tambm por estmulos psicolgicos como o medo, origina

    um fenmeno denominado "horripilao" caracterizado por um arrepiar dos

    plos e uma depresso localizada da pele, que adota o tpico aspeto da "pele

    de galinha".

    Um folculo piloso uma estrutura drmica tegumentar que constituda por

    trs invlucros (ou bainhas) epiteliais e capaz de produzir um plo. As

    bainhas rodeiam a raiz do plo, na profundidade da pele.

    A seco transversal do folculo piloso revela a existncia de 3 zonas

    concntricas, de dentro para fora: bainha radicular epitelial interior, bainha

    radicular epitelial exterior e bainha radicular drmica.

  • 42

    Quando nos referimos ao folculo piloso com uma glndula sebcea anexa, sua

    denominao passa a ser folculo pilossebceo.

    Unidade folicular

    Numa unidade folicular podem estar at quatro cabelos. Isto depende de

    pessoa para pessoa e tambm a menor ou maior idade pode causar esta

    diferenciao. Com o

    passar dos anos, sero

    cada vez mais as

    unidades foliculares

    com um e dois cabelos.

    Alopecia a reduo parcial ou total de pelos ou cabelos em uma determinada

    rea de pele. Ela apresenta vrias causas, podendo ter uma evoluo

    progressiva, resoluo espontnea ou controlada com tratamento mdico.

    Quando afeta todo os plos do corpo, chamada de alopecia universal

    Hipertricose (tambm conhecida como a sndrome do lobisomem um termo

    mdico usado para descrever uma doena extremamente rara que causa o

    excesso de plos no corpo humano.

    A hipertricose , caracterizada por um crescimento excessivo de plos. As

    pessoas acometidas por este distrbio apresentam a pele toda coberta de

    plos, exceto as palmas das mos e dos ps.

    A alopecia areata, conhecida vulgarmente como pelada, uma afeco

    crnica dos folculos pilosos e das unhas, de etiologia ainda no elucidada,

    tendo, provavelmente, diversos fatores envolvidos no seu aparecimento, com

    evidentes componentes auto-imunes e genticos.

  • 43

    Essa afeco acomete de 1% a 2% da populao mundial, de ambos os sexos,

    de todas as etnias, podendo surgir em qualquer idade. Normalmente, as reas

    de cabelos/plos que caem so bem delimitadas e espalhadas pelo couro

    cabeludo (alopecia areata); a doena tambm pode limitar-se barba (alopecia

    areata barbae). Todavia, pode evoluir para a queda total de cabelo e de plos

    do corpo. Surgem alteraes nas unhas em 10% a 50% dos casos.

    Os indivduos acometidos por essa afeco, normalmente relatam perda

    significativa de cabelos e presena abrupta de reas ou rea alopcicas. A

    leso que caracterizam essa doena uma placa alopcica lisa com colorao

    de pele normal acometendo o couro cabeludo ou qualquer regio pilosa do

    corpo. Nas fases agudas, as leses podem ser ligeiramente eritematosas e

    edematosas, surgindo no bordo das placas os plos peldicos ou plos em

    ponto de exclamao, que so afilados e menos pigmentados no ponto de

    emergncia do couro cabeludo.

    As placas de alopecia geralmente so assintomticas. Todavia, vrios

    indivduos acometidos por ela queixam-se de sensao parestsica com

    discreto prurido, dor e sensao de ardor local.

    Existem diversos tipos de alopecia areata. Dentre elas encontram-se as formas

    clssicas e as formas atpicas.

    Formas Clssicas

    Alopecia areata em placa nica ou unifocal: encontrada apenas uma

    placa alopcica redonda ou ovalada.

    Alopecia areata em placas mltiplas ou multifocal: nessa forma ocorrem

    mltiplas placas alopcicas tpicas, afetando apenas o couro cabeludo

    ou tambm outras reas pilosas.

    Alopecia areata ofisica: a perda dos cabelos acontece na linha de

    implantao temporoocipital, aparecendo regies alopcicas extensa,

    em faixas que atingem as bodas inferiores do couro cabeludo.

    Alopecia areata total: ocorre perda total dos plos terminais do couro

    cabeludo sem afetar os restantes dos plos corporais, podendo, nesse

    caso, haver acometimento ungueal.

    Alopecia areata universal: ocorre perda total dos plos do corpo,

    acometendo o couro cabeludo, os clios, os superclios, a barba, o

    bigode, as axilas e reas genitais. Normalmente, h a presena de

    leses ungueais variveis.

  • 44

    Formas Atpicas

    Alopecia areata tipo sisaifo (ofiasis inversa): a perda capilar atinge todo

    o couro cabeludo, exceto as margens inferiores, ao longo da linha de

    implantao temporoocipital

    Alopecia areta reticular: ocorrem vrias placas alopcicas separadas por

    finas faixas de cabelos preservados, conferindo um aspecto reticulado

    ao conjunto.

    Alopecia areata difusa: a perda de cabelo aguda e difusa. A maior

    parte desses casos evolui para alopecia areata total.

    O diagnstico geralmente clnico. No entanto, existe um teste simples que

    auxilia na identificao dos casos de alopecia areata e a diferenci-la de outros

    tipos de queda de cabelo: o teste consiste, basicamente, em puxar com

    delicadeza um tufo de cabelo (cerca de 60 fios) localizado nas margens das

    reas pelada. O teste positivo quando so arrancados, no mnimo, 6 fios pela

    raiz.

    O tratamento no obrigatrio, pois no previne novos episdios, uma vez que

    a condio benigna e tende a regredir espontneamente. No entanto,

    normalmente indicado pela sua capacidade de causar distrbios psicolgicos

    nos pacientes. Existem diversos tipos de tratamento para a alopecia areata e

    ele ir depender das caractersticas clnicas de cada caso. Os frmacos

    utilizados podem ser de uso sistmico ou local e a durao do tratamento ir

    depender da resposta de cada paciente.

    Define-se o hirsutismo (tambm chamado de frazonismo) como a presena

    de pelos terminais na mulher, em regies anatmicas consideradas

    caractersticas do sexo masculino.

    Habitualmente, os pelos recebem duas classificaes: velus ou terminais. O

    primeiro consiste em pelos mais finos e no pigmentados, enquanto que o

    segundo so definidos como pelos espessos e pigmentados, que podem ser

    hormnio-dependentes, encontrados no rosto, trax, regio suprapbica e raiz

    das coxas.

    Esta condio resulta da ao de hormnios andrgenos circulantes na

    corrente sangunea, levando a estimulao da unidade folculo-sebcea

    fazendo com que os pelos cresam pigmentados, bem como aumento da

    produo de cidos graxos saturados (sebo) e aumento do contedo de

    colgeno da pele, facilitando a proliferao de microorganismos cutneos.

  • 45

    O hirsutismo pode se dividido em trs categorias:

    Excesso de andrgenos sintetizados pelos ovrios e/ou adrenais, como

    o caso da sndrome do ovrio policstico, da hiperplasia adrenal

    congnita forma no clssica ou de incio tardio, da sndrome de

    Cushing e dos tumores produtores de andrgenos ovarianos ou

    adrenais.

    Aumento da sensibilidade cutnea aos andrgenos circulantes,

    correspondendo ao grupo do hirsutismo dito idioptico, caracterizado

    por hirsutismo isolado, apresentando ciclos menstruais regulares e

    ovulatrios.

    Situaes que englobam alteraes secundrias no transporte e/ou

    metabolismo de andrgenos, como, por exemplo, afeces da tireide,

    hiperprolactinemia e uso de certos frmacos (danazol, fenotiazinas,

    metirapona, entre outras).

    Para elucidao da causa do hirsutismo, deve ser realizada anamnese e

    exame fsico detalhados. Alguns exames laboratoriais tambm so teis na

    pesquisa da causa do hirsutismo, como o caso da dosagem de testosterona

    srica, andostenediona, deidroepiandrosterona (DHEA), sulfato de

    deidroepiandrosterona (DHEA-S), hormnio folculo estimulante (FSH),

    hormnio luteinizante (LH), prolactina e cortisol. Exames de imagem, como a

    ultra-sonografia e a tomografia computadorizada, tambm so teis quando h

    a necessidade da excluso de tumores.

    A resposta do tratamento ao hirsutismo demorada, uma vez que ela depende

    do ciclo de crescimento do pelo. Procedimentos cosmticos podem ser

    utilizados em associao com o tratamento hormonal, sendo que a terapia

    medicamentosa ir inibir o crescimento dos pelos, mas no far cair queles j

    existentes.

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    Bibliografia

    http://www.coladaweb.com/biologia/bioquimica/fundamento-quimico-das-celulas

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    http://www.dermatologia.net/novo/base/pelenormal.shtml

    http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/24473/estudo-da-unidade-pilos-

    sebacea#ixzz2rH3Pr2vx

    http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=454#sthash.kuM6cRPT.dp

    uf

    http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=454#3

    http://www.infoescola.com/doencas/hirsutismo/

    http://cabelo.arteblog.com.br/513755/O-que-e-foliculo-piloso-Quantos-foliculos-temos-

    Como-ele-e/