Módulo 5 - Completo (Aulas)

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A qualidade da uva determina o vinho e o solo tem grande influência na

qualidade da uva. As condições ideais para o cultivo da uva exige clima seco

com temperatura em torno de 22ºC, adaptando-se bem a diversos tipos de

solo, exceto solos húmidos e mal drenados.

Porém o solo deve ser rico em matéria orgânica. 

A videira tem necessidades nutritivas baixas dado que é compatível com solos

de fertilidade baixa. Tal como outras plantas, necessita principalmente de três

elementos: azoto, potássio e fósforo em quantidades baixas ou moderadas e

quantidades residuais de magnésio, manganês (ou manganésio), ferro, zinco,

cobre e boro...

As suas necessidades em água são também diminutas e é comum referir-se que

em termos de qualidade máxima um moderado stress hídrico é aconselhável na

fase de maturação.

Quando o solo dá à videira a quantidade certa de água e nutrientes, a planta

desenvolverá um crescimento vegetativo com folhas de tamanho médio ou

pequeno e frutos bem expostos e arejados de bago pequeno com uma relação

alta entre película e polpa.

Caso a videira disponha de muito alimento, em particular de azoto ou potássio,

num solo mal drenado ou com dotações altas de rega, irá então desenvolver um

vigor vegetativo exuberante com frutos de bago gordo mal expostos e mais

sujeitos ao ataque de fungos e bactérias. O vinho produzido será de fraca ou

apenas aceitável qualidade.

Características para um solo adequado à produção de uvas para o Características para um solo adequado à produção de uvas para o

fabrico do vinho de qualidade.fabrico do vinho de qualidade.

• Solo moderadamente profundo ou profundo ou sobre um extracto de rocha -

mãe “podre” que permita o avanço das raízes e o seu abastecimento moderado

em água.

• De textura fina de preferência com calhaus numerosos tanto no perfil como à

superfície.

• Com drenagem natural e fácil.

• Com suficiente matéria orgânica que satisfaça as necessidades básicas da

planta e promova uma intensa e saudável fauna subterrânea.

• Em regra um solo pouco fértil que forneça apenas os minerais suficientes para

um crescimento saudável e pouco vigoroso da videira.

Principais Ciclos da videira:Principais Ciclos da videira:  

Período de repouso (Maio a Julho) 

 

Ocorre a hibernação da videira. Perde as folhas, entrando em latência. Nessa época, faz-se a

poda seca, que consiste no corte de galhos e o resto dos ramos são amarrados. 

Período de Crescimento (Agosto a Dezembro) 

Faz-se a poda verde, que consiste na retirada de folhas em excesso que impedem que a

luminosidade penetre na vinha. Ocorre o brotamento das folhas, floração e produção de

seiva. Nesta época são realizados tratamentos Fitossanitários para combater pragas e

fungos favorecidos pelo alto teor de humidade. 

Período de elaboração (Dezembro a Março)  

Ocorre o amadurecimento dos frutos, seguido da queda das folhas. É a época da vindima.  

Espécie de uva- A espécie de uva utilizada é o fator principal para a definição do sabor do

vinho.

- Quanto menor o tamanho da fruta, mais ela concentra o sabor.

- A casca concentra a maior parte do aroma e sabor, a identificar a espécie

de uva.

- A estrutura e tamanho são fundamentais. Uvas de casca fina são

predestinadas ao fino apodrecimento e por isso servem à produção de vinhos

doces. 

Uva de casca dura e grossa dá origem a vinho de cor intensiva.

A quantidade de frutose determina o teor alcoólico do vinho e a

quantidade de resíduo de açúcar.

O equilíbrio do vinho depende da acidez e do açúcar nele contido.

Localização

A localização da vinha é determinante para responder a dúvida

quanto às condições climáticas.

A maioria das vinhas no mundo está localizada entre o 30° e o 50°

de latitude.

A temperatura média fica entre 10˚C e 20˚C.

Os melhores vinhos do mundo originam-se da costa oeste. onde

Florestas e montanhas protegem as vinhas do vento e da chuva.

Ainda na localização ideal, alguns fatores são responsáveis por

efeitos negativos e outros por positivos, como a humidade que pode

gerar o apodrecimento da uva e tornar-se o fator de excelência para

a produção do vinho.

Clima e Tempo

- O clima e o tempo são os fatores mais importantes para o

crescimento das parreiras.

- As condições do clima são dadas pela localização

geográfica, já o tempo é o resultado concreto dessas

condições.

- Para crescer, as plantas necessitam de calor, sol, chuva e

frio. Sol

A luz do sol é necessária para a fotossíntese. Cerca de 1300 horas de sol por

período de vegetação é o mínimo para o crescimento das vinhas.

Chuva

Uma parreira precisa de cerca de 680mm de chuva por ano, sendo que as

estações ideais são a primavera e o inverno. Chuvas no verão são

geralmente desvantajosas se comparadas com as chuvas em períodos de

temperaturas baixas. Chuvas fortes estragam as uvas e tornam a planta

propícia para a formação de fungos.

Frio

Talvez seja surpreendente, mas as temperaturas negativas de inverno são

positivas, pois a madeira endurece durante a geada e torna-se forte em

relação às pragas.

Topografia

A área das vinhas depende da altura, nível, hemisfério, direção e

inclinação da montanha.

-Em regiões quentes, as vinhas concentram-se no norte.

-A inclinação é importante porque permite maior incidência do sol, além

da vantagem de contar com o curso natural da água para as vinhas.

-Quanto maior a altura, menor a temperatura média, que baixa cerca de

1˚C a cada 100m. Isso aumenta o período de amadurecimento e a

acidez.

-Rios e lagos refletem a luz do sol, concentram calor e temperam as

variações de temperatura.

Solo

O solo ideal para a viticultura possui uma superfície relativamente fina e um

subsolo macio, que absorve bem a água. Solos quentes como os de cascalho,

areia e barro aumentam o amadurecimento. Solos frios como os argilosos

retardam o amadurecimento. O Hidrogénio e oxigénio presentes na água,

nitrogénio, potássio, ferro e cálcio são os elementos importantes para o solo.

Safra

Uma boa colheita depende do clima. Condições climáticas concretas e rápidas

podem causar a perda da colheita ou  originar um vinho perfeito.

Viticultor e Produtor

Diferentes produtores podem utilizar o mesmo procedimento e, a partir da

mesma safra e produzir vinhos diferentes.

A pessoa é o fator principal a determinar a qualidade e o sabor do vinho.

Viticultura

Os diferentes métodos de cultivo do vinho influenciam na qualidade do

vinho.

Uma regra fundamental é que os brotos (rebentos) da parreira não toquem

no chão, senão nascerão deles novas mudas. 

As parreiras são mantidas em forma de pinha ou em cachos, que são

tratamentos diferenciados das vinhas em centenas de variações, os quais

possuem vantagens e desvantagens. 

Fermentação alcoólica

A fermentação alcoólica O principal processo que transforma o mosto em vinho é a fermentação alcoólica:

É a transformação de açúcares (glicose e frutose), o conteúdo das uvas em álcool etílico e dióxido de carbono.

Este processo também produz gás dióxido de carbono, fazendo com que o borbulhar de ebulição, e o

aroma característico da fermentação do mosto Cuba.

Quem faz esse processo? Fermentação Alcoólica

As leveduras e algumas bactérias fermentam açucares, produzindo álcool etílico e dióxido de carbona (CO2), processo denominado fermentação

alcoólica. 

Na fermentação alcoólica, as duas moléculas de ácido pirúvico produzidas são convertidas em álcool etílico (também chamado de etanol), com a

liberação de duas moléculas de CO2 e a formação de duas moléculas de ATP.

A fermentação alcoólica é um processo biológico pode ser realizado sem a presença de oxigénio é considerado um processo anaeróbico.

O que determina quais substâncias serão produzidas depende do tipo de 

micro-organismos e o meio onde vivem.

As leveduras de cervejaria e padaria e em todos os outros organismos que

promovem a fermentação alcoólica, incluindo algumas plantas, fermentam a

glicose em etanol e CO2, de forma que, neste processo, toda massa de glicose

está contida nos produtos e não é utilizada outra substância como "matéria prima"

(como oxigénio, nitrato, íons ferricos, etc).

Esse tipo de fermentação é realizado por diversos microorganismos,

destacando-se os chamados “fungos de cerveja”, da

espécie Saccharomyces cerevisiae.

O homem utiliza os dois produtos dessa fermentação: o álcool

etílico empregado há milénios na fabricação de bebidas alcoólicas (vinhos,

cervejas, cachaças etc.), e o dióxido de carbono importante na fabricação do

pão, um dos mais tradicionais alimentos da humanidade. Mais recentemente

tem-se utilizado esses fungos para a produção industrial de álcool

combustível.

Processos de Vinificação

Podemos identificar três diferentes processos de vinificação:

Curtimenta; Meia Curtimenta e Bica-aberta.

                                                    Curtimenta: quando o mosto e as partes sólidas de uva se mantem durante uma fermentação.Este processo produz vinhos corados, encorpados, ricos em extracto seco e taninosos.

Meia-curtimenta: quando as partes sólidas são retirados durante a fermentação. Por este processo obtêm-se vinhos leves e aromáticos.

Bica-aberta: um vinho é feito de bica-aberta quando se faz a separação das partes sólidas antes de iniciar a fermentação.

 Isto é se o vinho é produzido através do método de “bica aberta”, a fermentação é realizada com uvas sem pele e levemente esmagadas.

Assim são feitos os vinhos brancos e rosés.

O cacho de uvas 

Um cacho de uvas é constituído por duas partes:

- o engaço, que lhe confere a sua estrutura típica,

-os frutos, a que chamamos bagos.

Estes ligam-se à ramificação maior (a ráquis) do engaço por meio de

ramificações mais curtas, os pedicelos.

O formato do cacho depende da forma inicial da inflorescência e das

dimensões dos bagos, bem como do seu número.

Já a compacidade do cacho, ou seja, a sua densidade, depende da dimensão e

do número das diferentes ramificações, assim como da quantidade de bagos.

A Forma do Cacho  

O cacho de uvas pode ter várias formas, tais como: •piramidal,

•cónico, •cilíndrico ,

•Alado.

A forma do Bago 

A forma, a cor e o tamanho dos bagos são características que

dependem, essencialmente, da casta, embora a cor também dependa do

estado de maturação (inicialmente, são verdes).

A forma é variável, podendo ir do achatado ao arqueado, passando pelo

obovoide.

Época da poda

   A época depende de vários fatores, entre os quais o tamanho da vinha, topografia do terreno (riscos de geadas tardias), disponibilidade de mão-de-obra qualificada, concorrência com outras atividades na propriedade, humidade do solo e objetivos da produção (indústria, mesa).

   A poda é feita durante o período de repouso da videira, isto é, desde a queda das folhas até pouco antes do início da brotação

. As podas excessivamente precoces ou demasiadamente tardias são debilitantes para a videira e retardam a brotação.

Sistemas de poda

   Há grande variabilidade de sistemas de poda, em função do clima,

solo e porta-enxerto.

Mas, podem ser agrupados em;

poda curta (cordão esporonado);

mista (vara e esporão).

A poda é considerada curta quando o esporão tem até três gemas

francas, e mistas quando permanecem esporões e varas na mesma

planta.

A poda é uma operação que consiste no corte de

algumas varas da videira.

Existem dois tipos de poda: a de Inverno, realizada

quando a videira não tem folhas e a de Verão que

decorre quando a videira está em actividade.

A poda de Inverno é a principal forma de controlar a

produção da videira e a poda de Verão (ou em verde)

serve essencialmente para cortar as partes herbáceas

que encobrem os cachos da videira.  

A poda é essencial para que a varas não cresçam em

demasia e evitam que estas fiquem muito finas.

Sem a poda a produção da videira gerava cachos de bagos

pequenos, pouco sumarentos e que amadureciam de forma

irregular.

Deste modo, o principal objectivo da poda é permitir uma

produção regular e de qualidade, além de coordenar a

função vegetativa da videira (crescimento das varas) com

a função produtiva (produção de uvas).

Qualquer corte na videira deve ser bem rente, liso e

inclinado para facilitar o processo de cicatrização.

O diâmetro dos ramos cortados não deve ser muito alargado,

pois a cicatrização é mais rápida quanto menor for o diâmetro

do ramo cortado. 

Nas varas os cortes devem executar-se com uma tesoura de

poda e a um centímetro acima do gomo.

Os ramos mais grossos devem ser cortados com um serrote

e posteriormente alisados com uma navalha.

A poda de formação serve para alterar a forma da planta, para que esta se

adapte melhor ao sistema de condução.

Na poda do primeiro ano a planta fica com uma vara a dois olhos, a partir dos

quais nascerão duas varas vigorosas. Se as varas não tiverem vigor suficiente,

a vara deverá ser novamente podada a dois olhos.

A poda em cordão é uma das opções mais vantajosas em sistemas de

condução com arame.

Além disso, facilita os trabalhos e tratamentos da vinha.

A planta pode ser podada em cordão horizontal, ou seja, o tronco

encontra-se na vertical e partir dele o braço da videira dispõe-se na

horizontal. Esta poda designa-se de cordão unilateral, contudo existem

algumas variações: cordão bilateral (dois braços da videira que são

distribuídos em oposto) ou cordão sobrepostos (onde os braços são

distribuídos em várias “camadas” sobrepostas).

A poda em taça é mais comum em vinhas cultivadas em

regiões muito quentes e indicado para sistemas de poda

curta.

Este tipo de poda é caracterizado por apresentar braços da videira

divergentes e distribuídos regularmente de forma inclinada para fora,

originando uma abertura no interior da planta.

Para a formação da poda em taça é necessário uma nova cepa com dois

sarmentos que serão podados a dois talões de dois olhos cada um, de

onde surgirão quatro sarmentos que posteriormente serão podados a dois

olhos cada, eliminando algum que se desenvolva para o interior da taça.

Neste tipo de poda deixa-se um talão (segmento com dois olhos,

normalmente) e uma vara longa onde irão crescer os sarmentos

frutíferos.

Esta poda é importante para a fortificação e manutenção da planta, uma

vez que contribui para uma frutificação abundante na vara e fornece

outras varas vigorosas sem alterar o processo de desenvolvimento da

planta.

 O conceito Denominação de Origem é atribuído a vinhos que,

pelas suas características, estão intimamente associados a uma

determinada região:

têm origem e produção nessa região;

possuem qualidade ou características inerentes ao meio geográfico

(factores naturais e humanos).

estes vinhos são submetidos a um elevado controlo em todas as

etapas de elaboração.

As comissões vitivinícolas regionais examinam os processos de

elaboração e produção do vinho, de modo a preservar a qualidade e as

suas características únicas.

VQPRD significa Vinho de Qualidade Produzido em Região Determinada.

Existem também as terminologias VLQPRD (Vinho Licoroso de Qualidade

Produzido em Região Determinada),VEQPRD (Vinho Espumante de

Qualidade Produzido em Região Determinada) e VFQPRD (Vinho Frisante

de Qualidade Produzido em Região Determinada). A designação VQPRD

abrange os vinhos classificados como DOC e IPR.

DOC (Denominação de Origem Controlada): Vinhos provenientes das

regiões produtoras mais antigas e, por isso, sujeitos a legislação própria

(características dos solos, castas, vinificação, engarrafamento).

IPR (Indicação de Proveniência Regulamentada): Vinhos de regiões que,

dentro de um prazo mínimo de 5 anos, têm de cumprir as regras de

produção dos vinhos de qualidade, para serem classificadas como DOC.

Vinhos que possuem indicação geográfica.

Por vezes são produzidos em regiões DOC, mas

como não respeitam alguma regra de produção ou

elaboração não são catalogados como tal.

No vinho regional é admitido incluir 15% de vinho

proveniente de outras regiões, utilizar castas e tipos

de garrafas não autorizadas nos vinhos DOC ou

encurtar os tempos de estágio.

Para denominar os vinhos regionais utiliza-se a

região de onde estes provêm: “Minho”; “Trás-os-Montes” com a sub-região “Terras

Durienses”; “Beiras” com as sub-regiões “Beira Alta”, “Beira Litoral” e “Terras de Sicó”; “Tejo”;

“Estremadura” com a sub-região “Alta Estremadura” e "Estremadura", “Terras do Sado”, “Alentejano” e

“Algarve”. 

Vinhos elaborados a partir de selecções ou lotes (mistura de duas ou

mais castas) de vinhos de várias regiões.

Podem ter indicação geográfica, desde que não exista possibilidade

de confusão com um VQPRD (Vinho de Qualidade Produzido em

Região Determinada).

Vinho é um produto obtido a partir da fermentação alcoólica total

ou parcial de uvas frescas (pisadas ou não) ou do mosto de uvas

frescas. É obrigatório que a sua graduação alcoólica seja superior a

8,5%.

O vinho tranquilo é todo aquele que não contém gás, ao

contrário dos vinhos espumantes e frisantes (como

alguns Vinho Verdes) que possuem desprendimento de

gás. São normalmente tintos ou brancos, mas existe

também a versão rosé.

- Os vinhos brancos tranquilos são feitos a partir da

fermentação de uvas sem pele.

- Há alguns brancos que são elaborados a partir do

processo de maceração pelicular, ou seja, as peles das

uvas mantêm-se em contacto com o mosto antes da

fermentação para uma maior concentração aromática.

- As castas utilizadas não precisam de ser apenas

brancas: há vinhos brancos que utilizam castas tintas.

Estes vinhos têm aspecto límpido e cor amarela bastante

clara ou um pouco mais escura, a lembrar o amarelo da

palha. São bastante suaves e aromáticos (predominam

os odores a flores e frutos).

- Os vinhos tintos tranquilos são produzidos a partir

da fermentação de uvas tintas. A gama de cores

no vinho tinto vai desde o vermelho rubi até ao

vermelho mais escuro.

- Os tintos jovens são suaves, bastante aromáticos

e geralmente têm um sabor delicado.

- Os tintos mais envelhecidos têm um aroma muito

intenso e na boca apresentam uma textura macia

(diz-se que são aveludados) e um elevado teor

alcoólico (são encorpados).

- Os vinhos rosés são elaborados a partir de castas tintas

e através de um processo especial de fermentação. Após

um curto período de tempo retiram-se as peles das uvas,

pois já foi transferida alguma coloração rosada ao vinho.

Depois segue-se um processo de fermentação

semelhante ao do vinho branco (fermentação sem peles).

-Em Portugal é permitido fazer rosé a partir da mistura

de vinhos brancos e tintos.

-Os rosés podem adquirir diferentes tonalidades: desde o

rosa pálido ao vermelho claro.

-O seu sabor resulta do equilíbrio entre as

características do vinho branco (a leveza e suavidade)

e do vinho tinto (sobressaem aromas a frutos,

especialmente os vermelhos).

A designação de vinho verde refere-se ao vinho

produzido especificamente na região vitivinícola dos

Vinhos Verdes, que engloba a zona tradicionalmente

conhecida por Entre Douro e Minho. O vinho maduro é

todo o que é produzido fora desta região.

Tecnicamente “vinho verde” é uma região e não um tipo

de vinho.

No fundo permite dar destaque à especificidade dos vinhos verdes face

a todos os outros: os verdes são vinhos mais leves, frescos e,

geralmente, menos alcoólicos.

Os vinhos generosos ou licorosos resultam da adição de álcool (álcool

puro, aguardente ou brandy) durante o processo de fermentação, de

modo a suspender o processo de transformação dos açúcares em

álcool.

Deste modo, o vinho fica mais doce e alcoólico do que qualquer vinho

de mesa.

Em Portugal, a produção de generosos corresponde ao Vinho do Porto,

Madeira e Moscatel.

No vinho do Porto há uma enorme variedade de cores, uma vez que este vinho é obtido a partir de castas brancas e tintas. Assim, as cores dos tintos podem variar entre o tinto escuro e claro e as cores dos brancos variam entre o

branco pálido e o dourado.

Ao nível da doçura, os vinhos do Porto podem classificar-se em:

-muito doce, -doce,

-meio seco, -extra seco

dependendo do momento em que se interrompe a fermentação

Segundo o tipo de envelhecimento podem ser:

-vintage (se forem provenientes de uma única colheita de qualidade reconhecida e engarrafados entre 24 e 36 meses após a vindima);

-tawny (envelhecimento em casco, por oxidação);-ruby (vinhos novos com pouca ou nenhuma oxidação).

O vinho da Madeira varia em grau de doçura e graduação alcoólica de acordo com a casta utilizada na sua produção:

os vinhos da casta Sercial são secos, perfumados e de cor clara.

a casta Verdelho origina um vinho meio seco, delicado e de cor dourada;

os vinhos da casta Boal têm cor dourada escura e uma textura mais suave;

a casta Malvasia produz a variante doce dos Madeira: um vinho com perfume intenso e de cor vermelha acastanhada.

O Moscatel mais famoso é o produzido na zona de Setúbal,

obtido a partir das castas Moscatel e Moscatel Roxo.

O vinho Moscatel tem cor dourada e a nível aromático distinguem-

se odores florais e frutados (laranja e tâmaras).

Na região do Douro, particularmente na região de Favaios e Alijó,

o Moscatel é produzido a partir da casta Moscatel Galego. 

Os vinhos espumantes distinguem-se pela presença de

dióxido de carbono proveniente da fermentação secundária, que lhes

atribui a típica “bolha” e espuma.

Normalmente os vinhos espumantes têm a sua fase final de fermentação

em garrafa (método clássico ou champanhês).

Existe ainda o método contínuo onde a fermentação se efectua através

da passagem do vinho por diferentes tanques (onde o vinho fermenta e

envelhece) e o método charmat onde a fermentação se realiza numa

cuba fechada.

Portugal produz espumante nas variantes branco, tinto e rosé.

Um passeio pelas Regiões

Vitivinícolas de Portugal`

Gerson Lopes

www.vinhoesexualidade.com.br

Classificação dosVinhos Portugueses

• Vinho de Mesa

• Vinho Regional

• VQPRD:

• I.P.R. (7)

• D.O.C. (26)

Vinho Regional

10 Regiões:• Minho• Trás-os-Montes• Beiras• Tejo• Lisboa• Alentejano• Península de Setúbal• Algarve• Madeira•Açores

7 Áreas:• Chaves• Valpaços• Planalto Mirandês• Lafões• Biscoitos• Pico• Graciosa

IPRIndicação de Proveniência Regulamentada

D.O.C.Denominação de Origem Controlada

26 Denominações:• Vinho Verde• Douro / Porto (desde 1756)• Bairrada• Dão• Óbidos• Alenquer• Bucelas• Tejo• Setúbal• Palmela• Alentejo• Madeira•DOC Madeirense,e outros...

Regiões:

• Minho – 14% da produção (Braga)• Trás- os – Montes – 28% (Vila Real)• Beiras (Bairrada/Dão 24%(Coimbra) • Tejo - 9% (Santarém)• Lisboa – 13% (Óbidos)• Terra do Sado – 4% (P. de Setúlbal)• Alentejo - 7% (Évora)• Algarve – 1% (Faro)

Origem ancestral das castas (variedades) autóctones portuguesas

FeníciosFeníciosGregosGregos

CartaginesesCartagineses

Romanos Romanos

FrancesesFranceses

ÁrabesÁrabes

AlvarinhoAlvarinhoAlvarinhoAlvarinho Arinto Arinto Arinto Arinto BicalBicalBicalBical EncruzadoEncruzadoEncruzadoEncruzadoFernão PiresFernão PiresFernão PiresFernão Pires

Castas brancas autóctones portuguesas (alguns exemplos)

Touriga Touriga NacionalNacionalTouriga Touriga NacionalNacional TrincadeiraTrincadeiraTrincadeiraTrincadeiraAragonezAragonezAragonezAragonez CastelãoCastelãoCastelãoCastelãoBagaBagaBagaBaga

Castas tintas autóctones portuguesas (alguns exemplos)

A Vinha

•Grande diversidade de castas existente em Portugal (> 400)

•Introdução de diferentes variedades através da bacia Mediterrânea

•Domesticação de vinhas selvagens

• Cruzamentos e selecção

A origem da castas portuguesas ainda é incerta

A Vinha O fluxo genético devido à introdução de plantas não foi suficiente para homogenizar geneticamente as castas cultivadas nas diferentes regiões.

A domesticação de vinhas selvagens locais e/ou cruzamentos entre estas com castas introduzidas predominaram sobre a adopção das variedades ntroduzidas.

Portugal é devido às suas condições edafo-climáticas um país vitícola por excelência

A VinhaA Vinha

Nos Açores a produção de vinha assume especial importância nas

ilhas Pico, Terceira e Graciosa.

ALCÁCER DO SAL N=22CASTELO BRANCO N=13GUADIANA N=16MONTEMOR-O-NOVO N=6VALVERDE N=3 P1

P2

VIDEIRAS CULTIVADAS: 94 denominações

VIDEIRAS SELVAGENS: 5 populações

A Vinha A Vinha

Com origem no latim, o nome "Casta" significa "pura isto é

sem mistura".

Enologicamente podemos dizer que "Castas" é um conjunto de

videiras, cujas características morfológicas e qualidades

particulares transmitem ao vinho um carácter único, constituindo

assim uma variedade singular com componentes organolépticas

especificas.

            

A casta Alvarinho é uma das mais notáveis castas brancas portuguesas.

É uma casta muito antiga e de baixa produção que é sobretudo plantada

na zona de Monção e Melgaço (região dos Vinhos Verdes).

Pode adquirir duas formas distintas: cacho pequeno, pouco compacto e

bagos pequenos e dourados ou cacho médio e de bagos maiores que

permanecem esverdeados quando maduros.

Esta casta é responsável pelo sucesso dos primeiros vinhos portugueses

"monovarietais" (uma só casta), pois em Portugal os vinhos de lote (mistura

de várias castas) são mais comuns.

A casta Alvarinho produz vinhos bastante aromáticos e que atingem

graduações alcoólicas elevadas conservando uma acidez muito

equilibrada.

A casta Antão Vaz é umas das castas mais importantes da zona do

Alentejo.

É bastante resistente à seca e às doenças.

Apresenta cachos de tamanho médio com bagos pequenos e uniformes que

são de cor verde amarelada e que no fim da maturação passam a ser de cor

amarela.

Os vinhos produzidos por esta casta são bastante aromáticos (predominam

os aromas a frutos tropicais) e têm, geralmente, cor citrina.

ARINTO

    Sinonímias: Pedernã

A Arinto é uma casta muito versátil, por isso é cultivada em quase todas as regiões vinícolas. Na região dos Vinhos Verdes é conhecida por Pedernã.

O cacho da casta Arinto é grande, compacto e composto por bagos pequenos ou médios de cor amarelada. Esta casta é frequentemente utilizada na produção de vinhos de lote (mais do que uma casta) e também de vinho espumante.

Avesso

A casta Avesso é cultivada na região dos Vinhos Verdes, contudo a sua

plantação concentra-se próxima da região do Douro, especificamente nas

sub-regiões de Baião, Resende e Cinfães.

Encontram-se as condições favoráveis para se desenvolver, uma vez que

prefere solos mais secos e menos férteis do que aqueles que habitualmente

existem em outras zonas da região dos Vinhos Verdes.

Os cachos da casta Avesso são de tamanho médio e os seus bagos são

grandes e verde-amarelados.

Esta casta origina vinhos aromáticos, bastante saborosos e harmoniosos.

Azal

A casta Azal Branco é uma casta de qualidade cultivada na região dos

Vinhos Verdes, principalmente nas sub-regiões de Penafiel, Amarante e Basto.

Os cachos da Azal Branco são de tamanho médio e constituídos por bagos

grandes de disposição compacta.

É uma casta muito produtiva, de maturação tardia e os seus bagos

apresentam uma cor esverdeada mesmo no final de maturação. Os vinhos que

possuem a casta Azal Branco na sua composição apresentam aromas frutados

pouco intensos.

Bical

Sinonímias: Borrado das Moscas

A casta Bical é típica da região das Beiras,

nomeadamente da zona da Bairrada e do Dão (onde

se denomina "Borrado das Moscas", devido às

pequenas manchas castanhas que surgem nos bagos

maduros).

Cercial

Sinonímias: Cerceal; Sercial; Esgana Cão

A casta Cercial é cultivada em diferentes regiões vitícolas.

De acordo com a região pode adoptar diferentes grafias e apresentar

características ligeiramente diferentes.

Chardonnay

A casta Chardonnay encontra-se é vinificada em

praticamente todo o mundo vinícola.

Estas uvas de películas verdes são usadas para

produzir vinho branco.

O mosto resultante desta casta adquire muitas das

características do "terroir" onde é plantada e do tipo de

maturação a que é sujeito.

É também uma casta muito utilizada em vinhos

espumosos incluindo o Champagne.

É uma das castas mais plantadas a nível mundial.

Códega do Larinho

Casta de produtividade média, sensível ao míldio e pouco

sensível ao oídio.

Os cachos são grandes e compactos, com bago de tamanho

médio, arredondado, de cor amarelada, com película

medianamente espessa, polpa suculenta e de sabor particular.

É uma casta de maturação média, os mostos possuem um

potencial alcoólico médio e uma acidez baixa.

Produz vinhos de cor citrina com aromas bastante

complexos, frutado intenso (frutos tropicais) e floral.

Encruzado

O cultivo da casta Encruzado é praticamente exclusivo da

zona do Dão, sendo provavelmente a melhor casta branca

plantada na região.

A casta Encruzado tem uma boa produção e é bastante

equilibrada em açúcar e acidez.

É muito sensível à podridão e a condições climatéricas

desfavoráveis (chuva e vento).

Fernão Pires

Sinonímias: Maria Gomes

A Fernão Pires é uma das castas brancas mais

plantadas em Portugal. É mais cultivada nas zonas

do centro e sul, especialmente na zona da Bairrada

(onde é conhecida por Maria Gomes), Estremadura,

Ribatejo e Setúbal.

Gouveio

A casta Gouveio é cultivada na região do Douro, onde

é também conhecida por Verdelho, por isso é muitas

vezes confundida com a casta Verdelho cultivada nos

Açores e Madeira.

É uma casta com bom amadurecimento e de boa

produção.

Apresenta cachos médios e compactos que produzem

uvas pequenas de cor verde-amarelada.

Os vinhos produzidos com Gouveio apresentam um

excelente equilíbrio entre acidez e açúcar,

caracterizando-se pela sua elevada graduação, boa

estrutura e aromas intensos.

Loureiro

A casta Loureiro existe em quase toda a região dos

Vinhos Verdes, mas é originária do vale do rio Lima.

É uma casta muito produtiva e fértil, mas só

recentemente foi considerada uma casta nobre.

Os cachos são grandes e não muito compactos,

enquanto os bagos são médios e de cor amarelada ou

esverdeada.

A casta Loureiro produz vinhos de elevada acidez e

com aromas florais e frutados muito acentuados.

Malvasia Fina

Sinonímias: Arinto Galego; Assario Branco; Boal

A Malvasina Fina é essencialmente plantada no interior do norte de Portugal, na região do Douro e na sub-região

Távora-Varosa. Contudo, é também cultivada na zona de Portalegre (onde

se denomina Arinto Galego), Dão (onde é conhecida por Assario Branco) e na Madeira (onde adquire o nome de

Boal).Marsanne

Marsanne é uma variedade de uva branca, bastante produtiva e vigorosa.

Produz vinhos de cor amarelo pálido quase esverdeado, com acidez moderada.

A sua mineralidade (quer no nariz quer na boca) e o seu baixo grau alcool, tornam-na numa casta de lote ideal.

Historicamente tem sido lotada com a casta Roussanne, baixando a viscosidade e acidez desta e imprimindo-lhe um

paladar mais complexo

Moscatel

A casta Moscatel é originária do Médio Oriente e terá sido introduzida em terras nacionais na época

do Império Romano. Sofreu muitas transformações ao longo dos

séculos e hoje, existem três variedades da casta Moscatel em Portugal.

A variedade Moscatel de Setúbal é a mais plantada em Portugal, e a sua produção concentra-

se na Península de Setúbal, cujo clima ameno permite a maturação ideal dos bagos.

Rabo de Ovelha

Sinonímias: Rabigato

A casta Rabo de Ovelha é cultivada na região do Douro, especialmente na zona do Douro

Superior. É plantada em pequenas quantidades na região

dos Vinhos Verdes sob o nome de Rabigato e nas zonas vitícolas do sul do país (Estremadura,

Ribatejo e Alentejo) onde é mais divulgada.

RoussanneEmbora niguém tenha a certeza absoluta da origem desta casta, o mais provavél é que seja nativa do vale do Rhône onde é usada tradicionalmente como uma casta

de lote.Roussanne é uma variedade de uva branca cultivada em França (Vale do

Rhône, Sabóia), na Itália, Austrália e na Califórnia. Produz vinhos de guarda muito

finos.

Sauvignon BlancDe película verde, a uva Sauvignon é originária da região de Bordeaux, em

França. É hoje plantada em muitas das regiões vinícolas mundiais, produzindo

vinhos monovarietais atrevidos e frescos. Esta casta é também muito utilizada em

vinhos de sobremesa como os Sauternes.Dependendo do clima, o sabor pode variar

de um vegetal agressivo a um tropical adocicad

SíriaSinonímias: Alvadurão; Côdega; Crato

Branco; RoupeiroA casta Síria é cultivada nas regiões do

interior de Portugal. Já foi a casta branca mais plantada na região alentejana, onde é denominada Roupeiro, contudo, verificou-

se que as temperaturas demasiado elevadas do Alentejo não eram benéficas

para esta casta: os vinhos não tinham frescura, boa acidez e perdiam os aromas

rapidamente.

TerrantezSinonímias: Folgasão; Donzelinho Branco

A casta Terrantez é originária do Dão, onde é conhecida como Folgasão. É

também cultivada nos Açores, nomeadamente na zona do Pico e

Biscoitos e na Madeira, onde é considerada uma casta nobre para a

produção de vinho generoso.

TrajaduraA casta Trajadura é oriunda da região dos Vinhos Verdes, particularmente da sub-região de Monção,

apesar de ter alguma expressão na Galiza (Espanha). Rapidamente foi difundida para as outras sub-regiões, sendo cultivada em quase toda a região dos Vinhos

Verdes. A casta Trajadura apresenta uma boa produção. Os seus cachos são muito compactos e de tamanho médio, compostos por bagos verde-amarelados de

grandes dimensões. Os vinhos produzidos com a casta Trajadura apresentam aromas pouco intensos e normalmente, são um pouco desequilibrados.

VerdelhoA casta Verdelho ficou famosa por ser uma das castas utilizadas na produção do vinho generoso da Madeira. Depois da época da filoxera, o seu cultivo decresceu na ilha, no entanto ainda hoje continua a ser utilizada

na produção de vinhos de mesa e generosos. A casta Verdelho é também

cultivada nos Açores. Ultimamente, a casta Verdelho tem sido utilizada na produção de vinhos Australianos. Os vinhos produzidos

com Verdelho são bastante aromáticos, equilibrados. Os vinhos da Madeira

elaborados a partir da casta Verdelho são meio secos e de aromas delicados.

Vinhas Velhas - BrancasPor norma utiliza-se o termo "Vinhas

Velhas" para designar um conjunto de castas com muitos anos de vida

(geralmente idades superiores a 60/70 anos).

Antigamente não era habitual utilizar a plantação separada por castas. As castas eram plantadas misturadas pois, uma vez que era raro uma doença atacar todas as estirpes ao mesmo tempo, protegia-se a produção desta forma. Era normal existir

mais de 35 variedades plantadas no mesmo lote de terreno.

ViosinhoA casta Viosinho é apenas cultivada nas regiões do Douro e de Trás-os-Montes,

onde já é utilizada desde o século XIX. É uma casta de boa qualidade e indicada para a produção de vinho tranquilo e de vinho do Porto, todavia apresenta uma

produção fraca e por isso é pouco cultivada. A Viosinho apresenta cachos e bagos pequenos de maturação precoce e bastante sensíveis à podridão. Esta casta

desenvolve-se melhor em solos pouco secos. A casta produz vinhos bem

estruturados, frescos e de aromas florais complexos.

Vitalsinonímias: Boal Bonifácio; Malvasia

Corada

Casta vigorosa, mostrando-se fértil mesmo podada em talão. Sensível à podridão, principalmente quando instalada em terrenos de aluvião. O bago tende a engelhar com a carência hídrica, não chegando, por vezes, a atingir a plena maturação. Produz vinhos com um teor

alcoólico relativamente elevado, equilibrados e harmoniosos

Tinta BarrocaA casta Tinta Barroca é plantada quase exclusivamente na região do Douro e

muito utilizada na produção de vinhos de lote. É uma das castas que compõe alguns

vinhos do Porto, contudo os seus vinhos monovarietais não são muito célebres.

Tinta CaiadaA casta Tinta Caiada encontra-se em

várias regiões vitícolas portuguesas e tem uma baixa qualidade vitícola e enológica,

por isso não tem sido uma aposta nos novos encepamentos. A Tinta Caiada

apresenta cachos e bagos de tamanho médio.

Tinta FranciscaA casta Tinta Francisca é uma casta sem grande implantação utilizada normalmente na produção de vinhos de lote e é plantada quase exclusivamente na região do Douro.Casta pouco produtiva de cacho pequeno

com bagos arredondados de tamanho médio e de cor negro-azul. É sensivel ao

oídio e à podridão.

Tinta Miúda 

Casta tinta mediterrânica de origem desconhecida, é cultivada em diversas

regiões do país, com especial destaque na área das diversas DOP abrangidas pela

IGP Lisboa.

TINTA NEGRA Sinonímias: Tinta Negra Mole; Negra Mole

A casta Tinta Negra ou apenas Negra Mole é a variedade tinta mais plantada na ilha da Madeira. Também é cultivada no Algarve, embora não atinja as qualidades daquela que é cultivada na Madeira, devido às condições climáticas.Os cachos da Tinta Negra Mole variam entre o tamanho médio e grande e são formados por bagos de coloração não uniforme (variam entre o negro-azulado a rosado). Esta casta produz um vinho tinto muito doce e foi muito utilizada para produzir vinho da Madeira. Contudo, os produtores chegaram à conclusão que independentemente da qualidade desta casta, os vinhos generosos elaborados com Tinta Negra seriam sempre inferiores àqueles elaborados a partir das castas Boal, Sercial e Malvasia.

TINTO CÃO

A casta Tinto Cão é cultivada na zona do Douro desde o século XVIII, contudo como

era pouco produtiva nunca foi muito apreciada pelos agricultores. Por volta dos

anos 80 descobriu-se que a Tinto Cão possui óptimas características para a

produção de vinho do Porto.O cultivo desta casta alargou-se a outras

regiões, como o Dão, Estremadura e Península de Setúbal, onde existe em

pequenas quantidades. A Tinto Cão possui cachos muito pequenos e de maturação tardia. É muito resistente a doenças e à podridão, além de suportar temperaturas

muito elevadas. A casta Tinto Cão é frequentemente lotada com as castas

Touriga Nacional, Aragonez, entre outras. Produz vinhos de carregados de cor e de

aromas delicados e florais

A Touriga Franca é uma das castas mais plantadas na zona do Douro e Trás-os-

Montes. É considerada umas das melhores castas para a produção de vinho do Porto

e do Douro, mas o seu cultivo já foi alargado para as regiões da Bairrada,

Ribatejo, Setúbal ou Estremadura.A Touriga Franca tem produções regulares ao longo do ano e é bastante resistente a doenças. Os seus cachos são médios ou

grandes com bagos médios e arredondados. Os vinhos produzidos por

esta casta têm uma cor intensa e são bastante frutados. No vinho do Porto, a Touriga Franca integra os lotes com a

Tinta Roriz e a Touriga Nacional.

TOURIGA NACIONAL

Sinonímias: Touriga

É uma casta nobre e muito apreciada em

Portugal. Inicialmente cultivada na região do

Dão, rapidamente foi expandida à zona do

Douro para ser utilizada na produção de

vinho do Porto.

Recentemente, os produtores descobriram o

valor da Touriga Nacional na produção de

vinhos de mesa tintos e o seu cultivo foi

alargado para outras regiões como o

Alentejo. É uma casta de pouca produção:

possui cachos abundantes, mas pequenos.

Os bagos têm uma elevada concentração de

açúcar, cor e aromas. Os vinhos produzidos

ou misturados com a casta Touriga Nacional

são bastante equilibrados, alcoólicos e com

boa capacidade de envelhecimento.

TRINCADEIRA Sinonímias: Tinta Amarela

A Trincadeira é uma casta especialmente cultivada nas regiões do Alentejo e do Douro (onde é designada por Tinta Amarela). É uma casta que apresenta cachos médios e compactos e bagos médios e arredondados.É sensível às doenças e à podridão (se os bagos apanharem chuva apodrecem facilmente), por isso desenvolve-se melhor em climas secos e muito quentes. Os vinhos produzidos são ricos em cor e aromas (especialmente frutados e vegetais), ligeiramente alcoólicos e com boas condições para o envelhecimento.

VINHÃO

Sinonímias: Sousão

A casta Vinhão é essencialmente apreciada pelas suas

qualidades corantes, pois origina vinhos de cor vermelha intensa

e opacos à luz. Pensa-se que será oriunda da zona do Minho e

terá sido levada para a região do Douro, onde é conhecida por

Sousão.

Esta casta apresenta cachos de tamanho médio compostos por

bagos médios e uniformes de cor negro-azulada. Na região dos

Vinhos Verdes, a Vinhão é a casta tinta mais cultivada da

região. Os vinhos produzidos com a casta Vinhão apresentam

também elevada acidez e por vezes, ficam muito acídulos. No

Douro esta casta é essencialmente utilizada para conferir boa

cor ao vinho, incluindo o vinho do Porto.

VINHAS VELHAS - TINTAS

Por norma utiliza-se o termo "Vinhas Velhas" para

designar um conjunto de castas com muitos anos de vida

(geralmente idades superiores a 60/70 anos).

Antigamente não era habitual utilizar a plantação

separada por castas. As castas eram plantadas

misturadas pois, uma vez que era raro uma doença atacar

todas as estirpes ao mesmo tempo, protegia-se a

produção desta forma. Era normal existir mais de 35

variedades plantadas no mesmo lote de terreno.

Com o passar dos anos certas castas foram deixando de

ser plantadas em detrimento de outras que, segundo o

critério de cada viticultor, tinham melhores atributos.

Hoje em dia muitas vezes não é possível identificar todas

as castas que compõem um talhão de "Vinhas Velhas",

mas todas as "Vinhas Velhas" têm em comum as baixas

produções por hectare e uma maior concentração de

todos os componentes na uva

Minho / DOC Vinho Verde

Região Colinas em série e montanhas;

pequenas parcelas – em média

abaixo de 1 ha;

paisagens muito verdes

Ca. 35.000 ha plantados

Clima Chuva frequente;

influência do Atlantico; neblina.

Solo Solo granítico; ocasionalmente xisto.

Principais Alvarinho, Trajadura,

Variedades Loureiro, Vinhão

Vinhos Brancos: Leves, vivos, acídulos e ligeiramente petillant,com aromas florais e frutados (maçãs, frutos citrinos) Tintos: cor intensa e aroma particular

Para guardar...• Região dos vinhos verdes

• Uvas que predominam –

Vinhão (tinta) 23%

Azal 9%

Loureiro 9%

Trajadura 3%

Alvarinho 2%

• Fermentado em barrica, mostra um volume, mas também acidez. Ganham em cremosidade, porém não perdem o caráter da alvarinho (cítricos).

• Longevidade – V.Verdes (1 a 2 anos).

Alvarinho (5 a 6 anos).

Douro 1703 – Tratado de Methween

Região 1756 – 1ª região demarcada e regulamentada do mundo

Vinhas plantadas em terraços, com «muros»,

de pedra, nas colinas e nas margens do rio Douro

e seus afluentes; é uma das paisagens mais

selvagens do mundo.

Ca. 72.000 ha área de vinha plantada

(incl. castas para vinho do Porto)

dimensão média da propriedade - 1ha

Clima Muito quente no verão ,

Muito frio no inverno;

Baixa precipitação.

Solo Xisto. Pobre, solos rochosos. Baixa produção.

Castas Touriga Nacional, Tinta Roriz, Touriga Franca,

Tinta Amarela

Vinhos Tintos: cor intensa, opacos e encorpados

Para guardar...

• Dividido em Baixo Corgo (Régua),

Cima Corgo (Pinhão) e

Douro Superior (Foz Coa).

• Temperatura média anual/Pluviometria:

Porto (14,5/1200); Baixo Corgo (18/900);

Cima Corgo (19/650);

Douro Superior (21/450);

• É o mais masculino, tem uma certa rusticidade,

mas tem uma presença na boca incrível.

• Vinhedos antigos com uvas misturadas:

30 a 35 (Qta.do Crasto Reserva ou Crus), até

mais de 50 castas diferentes (Qta. do Vale D. Maria).

• Uvas: T. Franca (14%), T. Roriz (8%), T.Barroca (8%),

Síria (7%), Trincadeira (5%), Touriga Nacional (2%).

Beiras – DOC DãoRegião Colinas em série e pequenas parcelas

de terra; Floresta (pinheiros e

eucaliptos). Paisagens de montanha

por vezes agrestes noutras áreas.

Propriedade média,

abaixo de 1ha.

Clima Quente no verão,

Outonos e Invernos são longos e frescos;

Precipitação alta.

Solo Granito, ardósia, xisto. Terreno pouco fértil.

Castas Touriga Nacional, Jaen, Alfrocheiro.

Vinhos Frutados, com aromas térreos e vegetais.

Tintos com cor rubi, bom potential para envelhecimento.

Para guardar...

• Até pouco tempo atrás (1987) – Só cooperativas.

• Expressão maior da Touriga Nacional.

Quase nasceu no Dão. No Douro eram plantadas,

misturadas as outras no mesmo vinhedo, e nunca

proporcionalmente muito presente. Violeta na cor e

no aroma.

• Cheio de colinas e planalto (perto da Serra da Estrela).

• Clima mais frio, fazendo com que a acidez seja mais elevada e mais taninos.

• É muito comum no Dão o corte (uma das caracteristicas da região).

Beiras - DOC Bairrada

Região Montes baixos que oferecem variados

tipos de terreno.

Clima Quente no Verão,

Muita precipitação

Influência benéfica do Oceano Atlântico

Solo Argila rica em lima e argila calcárica

Castas Baga, Maria Gomes,(Fernão Pires)

Vinhos Tintos são taninosos, com cor granada e rubi,

Aromas complexos e frutados e

grande potential de envelhecimento.

Brancos: aromas citrinos

Espumantes: brancos e tintos

Para guardar...

• Baga é sua uva tinta que dá o emblema a região.

São raros os anos que ela amadurece por inteiro. Em

outubro é comum chover. Antes era 90%, hoje não mais.

• Faz um pouco de frio, dai ser um clima interessante para

Pinot Noir.

• Maria Gomes e Bical são duas uvas brancas de muito caráter.

• Beiras inclui Bairrada, Dão, Lafões e Pinhel. Sobrevive

em função das duas primeiras.

LisboaRegião Noroeste de Lisboa. Costa recortada.

Colinas em série no interior.

Paisagens muito verdes e bonitas,

Poucas áreas com árvores;

Clima Atlântico, fresco;

Precipitação alta;

Ventos frios e nevoeiros;

Solo Arenoso na costa,

Argila no interior

Castas Arinto, Bastardo, Trincadeira / castas internacionais

Vinhos Vinhos de Bucelas: Brancos frescos e vivos (Arinto)

Tintos frutados, com boa relação qualidade/preço.

Vinhos de Colares: alguma aspereza, vinhos de guarda

Vinhos de Carcavelos: brancos licorosos com

notas amendoadas

Para guardar...

• Região litorânea, saindo de Lisboa.

• D.Os e sub-regiões:

Alcobaça

Óbidos

Alenquer (Qta.Pancas e Monte D‘oiro).

Bucelas (Paraiso da Arinto).

Carcavelos (Era o grande rival dos Moscateis de Setúbal).

Colares (Não tem filoxera, uva Ramisco, tânico).

• Junto com Tejo é onde as castas internacionais estão mais se

desenvolvendo.

• Uvas: Malvasia Rei (Mais plantada ) a seguir vem a Castelão.

Entre as brancas Fernão Pires e depois Vital.

Tejo

Região Área plana situada nas

margens do Rio Tejo

Vastas áreas sem árvores.

Grandes explorações agrícolas

Criação de cavalos e touros

Clima Suave, precipitação normal

Solo Variado, fértil, de terras de aluvião.

Mecanização fácil.

Castas Fernão Pires, Camarate, Trincadeira.

Vinhos Vinhos jovens, vivos e equilibrados com

aromas frutados.

Boa combinação qualidade-preço.

Região Plano na costa, com montes a oeste.

A região é flanqueada pelo

rio Tejo a norte, Oceano Atlântico a Oeste

e Rio Sado a sul.

Clima Clima Atlântico com queda de chuva regular;

Verões quentes, Invernos suaves

Solo Solo arenoso e calcárico, rochoso.

Castas: Moscatel de Setúbal, Castelão, Fernão Pires.

Vinhos Vinhos Tintos com estágio em madeira, com

notas de frutas secas e especiados

Vinho com potencial de envelhecimento.

Moscatel de Setúbal – Vinho generoso

com mais tempo de estágio em barricas velhas.

Aromas de passas, laranja e mel.

Península de Setúbal

• É onde a Castelão se expressa melhor (69%). Solo muito

arenoso ideal para ela.

• Uvas:

Fernão Pires (8%)

Moscatel graúdo (7%)

Outras (16%).

• É daqui que sai o Moscatel de Setúbal.

• D.Os Setúbal e Palmela.

Para guardar...