Módulo iii sistemas de comunicações móveis

99
Copyright © 2002-2003, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil.

description

 

Transcript of Módulo iii sistemas de comunicações móveis

Page 1: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

Copyright © 2002-2003, ESAB - Escola Superior Aberta do Brasil.

Page 2: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

2

SISTEMAS DE COMUNICAÇÕES MÓVEIS

Professora Alcimar

Page 3: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

3

CITAÇÃO DE MARCAS NOTÓRIAS

Várias marcas registradas são citadas no

conteúdo deste módulo. Mais do que simplesmente

listar esses nomes e informar quem possui seus

direitos de exploração ou ainda imprimir logotipos, o

autor declara estar utilizando tais nomes apenas para

fins editoriais acadêmicos.

Declara ainda, que sua utilização têm como

objetivo, exclusivamente na aplicação didática,

beneficiando e divulgando a marca do detentor, sem a

intenção de infringir as regras básicas de autenticidade

de sua utilização e direitos autorais.

E por fim, declara estar utilizando parte de

alguns circuitos eletrônicos, os quais foram analisados

em pesquisas de laboratório e de literaturas já

editadas, que se encontram expostas ao comércio livre

editorial.

Page 4: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

4

Sumario: 1. SISTEMA DE COMUNICAÇÃO MOVEIS........................................... 6 1.1. PADRÃO DE COMUNICAÇÃO – ANALÓGICO, DIGITAL. .................. 6

1.1.1. Sistemas Analógicos.................................................................................. 6 1.1.2. Sistemas Digitais ........................................................................................ 7

2. TIPOS DE TRANSMISSÃO ........................................................... 8 2.1. Transmissão via cabo submarino ligando os continentes............... 8 3. COMUTAÇÃO........................................................................... 20 3.1. Comutação por circuitos ........................................................ 20 3.2. Comutação por pacotes ......................................................... 20 4. CAPACIDADE DO SISTEMA ....................................................... 22 5. PADRÕES SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO..................................... 24 5.1. Sistema TDMA...................................................................... 25 5.2. Sistema CDMA ..................................................................... 25 5.3. Sistema GSM ....................................................................... 25 5.4. Tecnologia 2.5G ................................................................... 25 5.5. Sistema 1XRTT..................................................................... 26 5.6. Sistema GPRS ...................................................................... 26 5.7. Sistema EDGE...................................................................... 26 5.8. Tecnologia 3G ...................................................................... 27 5.9. Sistema 1XEV (1X EVOLUTION) .............................................. 27 5.10. Sistema W-CDMA................................................................ 28 6. COMUNICAÇÃO DE DADOS E IMAGENS ...................................... 29 6.1. Acesso Remoto via Internet ................................................... 35 6.2. Conexões de Lans via Internet ............................................... 33 6.3. Conexões de Computadores numa Intranet .............................. 19 6.4. Autenticação de Usuários ....................................................... 20 6.5. Gerenciamento de Endereço .................................................. 20 6.6. Criptografia de Dados ........................................................... 20 6.7. Gerenciamento de Chaves ..................................................... 20 6.8. VPN .................................................................................... 21 6.8.1. Requisitos básicos ....................................................... 22 6.8.2. Suporte a Múltiplos Protocolos ...................................... 26 6.8.2.1 Protocolos de Tunelamento ......................................... 26 6.8.2.2 GRE (Generic Routing Protocol) ................................... 27 6.8.2.3. PPTP (Point-to-Point Tunneling Protocol), L2F (Layer-2 Forwarding) ,L2TP (Layer 2 Tunneling Protocol).............................. 28 6.8.2.4 Crescimento do sistema VPN ....................................... 31

Page 5: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

5

6.9. Taxas de Transmissão ........................................................... 32 7. WAP ...................................................................................... 47 7.1. Modelo de Segurança ...................................................................38 8. SMS ...................................................................................... 39 9. MMS...................................................................................... 53 10. SERVIÇOS MÓVEIS ................................................................ 56 10.1. Sistema Móvel Pessoal......................................................... 56 10.2. Estudos Técnicos ................................................................ 64 10.3. A Implantação de Infra-Estrutura de Telecomunicações............ 66 10.4. Prestadoras do Serviço Móvel .............................................. 69 10.5. Móvel Especial de Radiochamada .......................................... 70 10.6. Serviço Móvel Especializado...................................................71 10.7. Serviços Móvel Global por Satélite – SMGS ............................. 74

10.7.1. Móvel Aeronáutico ........................................................74 10.7.2. Móvel Marítimo..... .........................................................74

11. TENDÊNCIAS GERAIS... .......................................................... 79 GLOSSÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS...................... .........................83 BIBLIOGRAFIA............................................................................ 83

Page 6: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

6

1. SISTEMA DE COMUNICAÇÃO MOVEIS

No início de 1993, o primeiro terminal móvel entra em funcionamento no Brasil. Nesta época as empresas que eram prestadoras de serviços móveis eram públicas e faziam parte do Sistema Telebrás. A privatização do serviço móvel e fixo, ocorreu em 1998, abrindo assim, o mercado para a entrada de operadoras de telefonia móvel, tornando um cenário atraente e competitivo para as empresas interessadas em proporcionar o serviço de telefonia móvel. Novas tecnologias vão surgindo e inovando grande parte dos conceitos embutidos nos usuários de telefonia móvel.

1.1. PADRÃO DE COMUNICAÇÃO – ANALÓGICO, DIGITAL.

1.1.1. Sistemas Analógicos Consideramos a tecnologia 1G, como a primeira geração de

sistemas móveis. Em 1947 os laboratórios Bell, da AT&T, desenvolveram o conceito

de celular. Mas somente em 1970 a própria AT&T propôs a construção do primeiro sistema telefônico celular em alta capacidade, conhecido pela sigla AMPS, ou seja, Advanced Mobile Phone Service.

Os EUA entraram em operação comercial em 13 de outubro de 1983, na cidade de Chicago como primeiro Sistema Celular. No entanto, a NTT (Nippon Telephone & Telegraph), antecipou-se colocando um sistema semelhante ao AMPS em operação na cidade de Tóquio, no Japão.

Na Europa a primeira geração era composta por diversos sistemas:

• ONMT (Nordic Mobile Telecomunications), adotado por diversos outros países além dos nórdicos;

• OTACS (Total Access Comunications System), no Reino Unido, Itália, Áustria, Espanha e Irlanda;

• C-450 utilizado pela Alemanha e Portugal; • Radiocom 2000 utilizado pela França. Todos estes sistemas eram semelhantes, sendo que as suas

principais diferenças concentravam-se no uso do espectro de freqüência e no espaçamento de canais.

Page 7: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

7

O sistema AMPS opera na faixa de 869-894 MHZ para recepção e 824-849 MHZ para transmissão, oferecendo baixa qualidade, capacidade limitada de voz e dificuldade de extensão para áreas geográficas.

1.1.2. Sistemas Digitais Em função da pressão por demanda, particularmente nos EUA,

onde o sistema analógico havia atingido o limite de sua capacidade nas maiores áreas metropolitanas, foi necessário dar início ao desenvolvimento de sistemas digitais, que em princípio, além de maior capacidade, ofereciam vantagens sobre os analógicos como:

• técnicas de codificação digital mais poderosas; • maior velocidade na transmissão; • melhor qualidade de voz ; • facilidade na criptografia da informação transmitida. O desenvolvimento de técnicas de codificação de voz a baixas

taxas binárias e o continuo aumento na densidade nos dispositivos de circuitos integrados, isto é, na quantidade de transistores por unidade de área, tornaram possível o surgimento de sistemas de segunda geração totalmente digitais viáveis. A digitalização permite o uso de técnicas de múltiplo acesso.

Sistemas digitais podem suportar mais usuários por estação-base por MHz de espectro, permitindo aos operadores de sistemas móveis oferecerem serviço em áreas de alta densidade de forma mais econômica.

Page 8: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

8

2. TIPOS DE TRANSMISSÃO Abaixo, como é realizada a transmissão de voz ou dados a partir de

um terminal móvel:

Utiliza-se um terminal móvel (no caso aparelho celular) para

solicitar uma informação ou discar para um outro aparelho móvel. É gerado então um sinal chamado rádio freqüência (RF) entre este aparelho e a estação rádio base (ERB) mais próxima. Esta ERB então, comunica-se com outra ERB mais próxima a ela e assim sucessivamente, através de sinais, denominado microondas (MO). Esta comunicação ocorre até ser encontrada uma central de comutação e controle (CCC), que irá procurar, localizar e completar esta comunicação ao destino solicitado.

2.1 Transmissão via cabo submarino ligando os continentes.

Cabo submarino é um cabo telefônico especial, que recebe uma

proteção mecânica adicional, própria para instalação sob a água, por exemplo, em rios, baías e oceanos. Normalmente dispõe de alma de aço e de um isolamento e proteção mecânica especiais. Este tipo de

Figura1 -TRANSMISSÃO DE VOZ / DADOS

Page 9: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

9

cabo telefônico é utilizado principalmente em redes internacionais de telecomunicações, que interligam países e continentes. No Brasil, pelo seu tamanho continental, o cabo submarino é utilizado para interconectar toda a sua costa. Seu tipo pode ser metálico, coaxial ou óptico, sendo este último o mais utilizado atualmente.

Em 1893 a companhia inglesa South American Cables Ltd instalou um cabo submarino em Fernando de Noronha. Posteriormente, em 1914, a concessão deste cabo foi transferida para a França. Um segundo cabo submarino em Fernando de Noronha foi lançado pelos italianos da Italcable em 1925.

Principais Cabos Submarinos com presença no Brasil

AMERICAS II

O cabo submarino Américas II entrou em operação em setembro de 2000, interligando o Brasil (Fortaleza) aos Estados Unidos. Resultado de um consórcio formado por diversas operadoras internacionais (Embratel, WorldCom, Sprint, CANTV, entre outras), opera com a

Page 10: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

10

tecnologia SDH (hierarquia digital síncrona), que permite que o sinal seja transmitido e recebido com sincronização.

Com 9.000km de extensão, quatro pares de fibras óticas e capacidade de transmissão de 80 Gbps, o Américas II interliga o Brasil, a Guiana Francesa, Trinidad e Tobago, Venezuela, Curaçao, Martinica, Porto Rico e Estados Unidos. O Américas II tem a capacidade de transmitir 151.200 ligações simultâneas e possui 8 lambdas em cada par de fibra, com uma velocidade de 2,5 Gbps por lambda.

O Americas I segue o mesmo caminho do Americas II (Brasil, Trinidad & Tobago, Porto Rico e Estados Unidos). Foi inaugurado em setembro de 1994 e sai de Fortaleza rumo à Flórida.

ATLANTIS-2

Este cabo submarino pertence a um consórcio internacional

formado por 25 grandes empresas de telecomunicações e que representam as maiores operadoras de telecomunicações do mundo. Exigiu recursos da ordem de US$ 370 milhões. Setenta por cento do empreendimento foi feito pelas operadoras Embratel, Deutsche Telecom, Telecom Itália, STET-France Telecom, e Telefonica de Espanha.

Com cerca de 12 mil quilômetros de extensão e em operação desde o inicio de 2000, liga o Brasil (de Natal até o Rio de Janeiro) à Europa, África e América do Sul. O cabo possui dois pares de fibras óticas sendo um utilizado para serviço e o outro para restauração. É o único cabo submarino transatlântico que interliga diretamente a América do Sul à Europa. A capacidade atual deste cabo é de 20 Gbps, sendo a sua capacidade final prevista de 40 Gbps. Possui 8 lambdas no par de serviço, com uma velocidade de 2,5 Gbps por lambda.

Utilizando a infra-estrutura do Atlantis 2, a Embratel implantou ainda, para seu uso exclusivo, dois pares adicionais de fibras óticas com capacidade de 40 Gbps, entre Fortaleza e Rio de Janeiro.

Através do cabo submarino Atlantis 2, o Brasil participa da rede digital que conecta os cinco continentes e que será composta pela interligação de 73 sistemas de cabos de fibras óticas, totalizando uma extensão de 385 mil quilômetros. Esta rede irá formar a infra-estrutura global da sociedade da informação.

Page 11: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

11

EMERGIA – SAM 1

O cabo submarino SAM 1 da Emergia é um sistema construído

pela Telefónica S.A., que investiu US$ 1,6 bilhão na sua realização. Ele interliga as três Américas por meio de cabos que somam 25 mil quilômetros de extensão. Possui quatro pares de fibras óticas, 48 lambdas em cada par de fibras, com uma velocidade de 10 Gbps por lambda o que lhe garante uma capacidade de transmissão final igual a 1,92 Tbps.

Diferente dos outros cabos submarinos que tocam o Brasil, o SAM 1 é um anel óptico que circunda as Américas através dos oceanos Atlântico e Pacífico. Ele é auto-restaurável o que permite garantir maior qualidade, velocidade e segurança ao tráfego de voz e dados entre as principais cidades do continente. Devido ao emprego da tecnologia DWDM (Dense Wavelength Division Multiplexer), o circuito pode ser restabelecido caso haja interrupção em algum trecho do cabo submarino. Assim, a informação percorre o caminho inverso, já que o anel possui capacidade de auto-restauração para reagir a possíveis falhas em menos de 300 milissegundos, sem queda de transmissão.

A capacidade inicial do cabo da Emergia que entrou em operação em fevereiro de 2001 é de 40 Gbps, expansível até 1.92 Tbps. Os serviços de comunicações de banda larga permitem a conexão porta a porta, na América Latina, América Central e os Estados Unidos, atendendo ao Brasil, Argentina, Chile, Peru, Guatemala, Porto Rico e Estados Unidos.

No Brasil, o cabo interliga as cidades de Santos, Rio de Janeiro, Fortaleza e Salvador. Além disso, um dos centros de operação em rede mundial da Emergia (eNOC) localiza-se na cidade de Santos, Brasil.

GLOBAL CROSSING - SAC

Em operação comercial desde o início de 2001 o SAC da Global Crossing teve um custo estimado da ordem de US$ 2 bilhões. O cabo submarino tem 15 mil quilômetros e interliga os principais países da América do Sul, Central e Norte (Brasil, Argentina, Chile, Peru, Panamá e USA).

O SAC é um anel óptico auto-restaurável que circunda as Américas através dos oceanos Atlântico e Pacífico. Esta configuração garante ao

Page 12: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

12

sistema uma qualidade que permite o fornecimento de um serviço em alta velocidade com qualidade e segurança entre as principais cidades do continente.

Em sua configuração final, o SAC terá quatro pares de fibras ópticas, 32 lâmbdas em cada par de fibras, com uma velocidade de 10 Gbps por lambda o que lhe garantirá uma capacidade de transmissão final igual a 1,28 Tbps. A capacidade inicial do cabo SAC é de 40 Gbps.

GLOBENET/360 NETWORK

Recentemente adquirida pela Brasil Telecom, o cabo da Globenet

entrou em operação comercial no início de 2001. Diferente dos cabos da Emergia e da Global Crossing o da Globenet não circunda as Américas. Seu anel se fecha pelo próprio Atlântico interligando os Estados Unidos, as Ilhas Bermudas, a Venezuela e o Brasil. No Brasil os pontos de entrada são as cidades do Rio de Janeiro e de Fortaleza.

Com 22,5 km e 303 repetidores, o cabo da Globenet terá em sua configuração final 4 pares de fibras ópticas, 34 lâmbdas em cada par de fibras, com uma velocidade de 10 Gbps por lambda o que lhe garantirá uma capacidade de transmissão final igual a 1,36 Tbps. A capacidade inicial do cabo SAC é de 40 Gbps.

UNISUR

Inaugurado oficialmente em 1 de novembro de 1994, o sistema de

telecomunicações UNISUR interconecta os países do Mercosul, Argentina (La Plata), Brasil (Florianópolis) e Uruguai (Maldonado).

Resultado de um consórcio formado pelas operadoras

internacionais Embratel, Antel (Uruguai) e Telintar (Argentina), compõe-se de um cabo submarino de fibra ótica com 1.741 quilômetros de extensão, 10 repetidores e 15.120 canais. Permite o tráfego de todos os tipos de meios de comunicação, como televisão, telex, telefonia, dados, etc.

A principal característica dos sistemas de comunicações de cabos ópticos submarinos, além da sua alta capacidade de transmissão é a distância que se pode atingir, chegando a até 9.000 km sem necessidade de regeneração do sinal. Com isso se houver necessidade

Page 13: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

13

de uma operação a longa distancia a empresa pode utilizar primeiramente a transmissão por cabos e depois complementar com a móvel.

Nos sistemas que utilizam fibras ópticas de terceira geração (1300nm) consegue-se atingir espaçamentos de até 60km entre repetidores. Já nos sistemas que utilizam cabos com fibras óticas de quarta geração (1550nm), estes espaçamentos podem atingir até 100 Km.

Além disso, o cabo óptico, amplificadores e regeneradores utilizados em sistemas submarinos são projetados para resistirem a pressão de água de até 8.000m de profundidade (pressão igual a 800 atmosferas). A estrutura dos componentes, incluindo os componentes ópticos, é de altíssima confiabilidade, normalmente assegurando 25 anos de vida útil. Estrutura em anel

As redes que utilizam cabos submarinos são normalmente

construídas em anel o que permite que a mesma circunde um continente, um país, uma ilha, oferecendo conectividade em toda a sua extensão e garantindo redundância, através do uso de sistemas SDH padrão para proteção e auto-restauração de tráfico da rede em caso de falha. Através da característica de auto-fechamento e da bidirecionalidade do anel pode-se partir de qualquer ponto do anel e chegar-se a qualquer outro ponto, trafegando-se com os dados em qualquer direção.

A detecção de falhas é realizada através do equipamento de roteamento de tráfego. Ao detectar uma falha ele redireciona o tráfico automaticamente possibilitando uma reparação instantânea. O padrão ITU tem sido utilizado com sucesso nos principais sistemas submarinos do mundo inteiro, conferindo aos sistemas ópticos submarinos novos paradigmas de confiabilidade e disponibilidade.

Apresenta-se a seguir os principais componentes de um sistema de comunicação de longa distância utilizando cabos submarinos.

Page 14: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

14

Estação Terrena

Na Estação Terrena estão os equipamentos responsáveis pela

regeneração do sinal óptico e pela demultiplexação dos sinais separando-os em canais e posteriormente disponibilizado-os para a distribuição aos usuários finais. É na Estação Terrena que o cabo submarino chega quando entra no continente.

Além da Estação Terrena, os sistemas submarinos completam-se com os Pontos de Presença (POP). Normalmente as Estações Terrenas situam-se em pontos distantes dos centros consumidores dos serviços. Assim, para permitir que se tenha uma distribuição eficiente dos serviços, criam-se os POPs para onde são levados os sinais da Estação Terrena.

Tanto a Estação Terrena como os POPs são dotados de sistemas de energia e segurança com redundância de 100% incluindo a entrada de energia da concessionária, geradores, sistema ininterrupto de energia (no-break) e ar condicionado. Os sistemas de prevenção, proteção e combate a incêndio também são itens cuidadosamente estudados e implementados.

O centro de gerência do sistema (NOC – Network Operation Center) geralmente é construído em uma Estação Terrena ou POP. Através de alarmes e sistemas de monitoração, o NOC permite o controle de tráfego, a vigilância dos sinais, identificação de problemas e a manutenção do sistema, 24 horas por dia, 7 dias na semana.

Multiplexação por Divisão de Onda Densa (DWDM)

Page 15: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

15

Os sistemas submarinos atuais têm capacidade de transmitir

vários sinais ópticos independentes, cada um com um comprimento de onda característico (lambda). O método pelo qual vários sinais em diferentes comprimentos de onda são combinados numa única fibra é conhecido pelo nome de multiplexação por divisão de onda densa (DWDM). Os DWDM atualmente em funcionamento nos cabos submarinos trabalham com comprimentos de onda com velocidade de transmissão de 2,5Gbps e 10Gbps.

Os equipamentos de DWDM ficam nas Estações Terrenas. Seu projeto, normalmente, permite um crescimento gradual, desde um único comprimento de onda até múltiplos comprimentos, a medida que aumentem as necessidades de capacidade.

Equipamento SDH

O equipamento SDH oferece às redes ópticas funções de multiplexação e proteção. Todas as interfaces são de padronizadas de acordo com normas internacionais, permitindo a sua interligação com outras redes submarinas, terrestres e de satélite. Podem estar instalados tanto na Estação Terrena como no POP.

Amplificadores Ópticos

Os amplificadores ópticos compensam as perdas no cabo

submarino devidas à atenuação do sinal. Eles são conectados ao cabo a intervalos de distância apropriados e devolvem aos pulsos óticos a sua amplitude original, sem necessidade de ter que convertê-los à sua forma eletrônica nos repetidores submarinos. Eles não realizam a regeneração do sinal, que é feita na Estação Terrena.

Os amplificadores ópticos são projetados de modo a poder transportar a capacidade da fibra através dos vários milhares de quilômetros entre as Estações Terrenas.

A alimentação dos amplificadores ópticos de um sistema óptico submarino é feita remotamente a partir das Estações Terrenas. A voltagem necessária para a alimentação dos amplificadores gira em torno de 4.000V.

Page 16: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

16

Cabo Submarino Típico 1 – Uso no oceano

O cabo submarino acompanha a topografia do fundo do oceano e fica praticamente “estacionado” no leito submarino. Isto se deve ao próprio peso do cabo e ao peso dos amplificadores (em torno de 500 kg cada um). Assim, na parte oceânica o cabo submarino não necessita de uma maior proteção além da utilizada para resistir à pressão de água em grandes profundidades.

Pode-se utilizar vários tipos de cabo de acordo com as condições do leito oceânico e as funções da rede. O cabo tronco normalmente possui quatro pares de fibras e os ramais dois. Em águas profundas o tronco e ramais são leves, não havendo a necessidade de uma blindagem mais pesada. Perto da costa utilizam-se cabos blindados de vários tipos para minimizar as ameaças externas das âncoras das embarcações e barcos pesqueiros.

A fibra é desenvolvida especificamente para aplicações submarinas e produzida especialmente para transportar a capacidade da fibra através dos vários milhares de quilômetros entre as Estações Terrenas.

Proteção externa Cabos de aço galvanizado responsáveis pelaresistência do cabo Camada de cobre (condutor da energia daalimentação remota dos amplificadores) Fibras óticas

Cabo Submarino Típico 2 – Uso já na plataforma

Por estar mais exposto e sujeito a danos, ao chegar à plataforma continental o cabo submarino passa a ser enterrado a uma profundidade média de 1m. Para lhe conferir mais confiabilidade no sentido da

Page 17: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

17

proteção mecânica, o cabo submarino instalado na plataforma possui uma proteção extra.

Proteção externa. Cabos de aço galvanizado responsáveis pela a resistência docabo. Proteção interna. Segunda camada de aço galvanizado para a resistência docabo. Camada de cobre (condutor da energia da alimentação remotados amplificadores). Fibras ópticas

As fibras ópticas podem ser do tipo: monomodo (single mode),

dispersion shifted (dispersão alternada), non-zero dispersion shifted ou outra, dependendo do tipo de aplicação, distância entre os amplificadores e da eletrônica utilizada no sistema.

Por questões técnicas, num mesmo cabo óptico submarino pode-se ter diferentes tipos de fibras, ou seja, a dispersão das fibras pode variar em cada trecho do trajeto, dependendo da distância entre as estações terrenas e dos amplificadores.

Este tutorial apresentou a estrutura básica de sistemas de comunicação de longa distância utilizando cabos submarinos.

Nos últimos anos foram construídos vários cabos submarinos que interligam o Brasil às varias partes do mundo. A implantação de um cabo submarino é um projeto complexo. A estrutura para o lançamento de um sistema óptico submarino baseia-se em três pontos:

• fabricante/fornecedor do cabo óptico submarino/equipamentos; • companhia especializada no lançamento do cabo; • operadora de telecomunicações.

Page 18: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

18

A operadora de telecomunicações (consorciada a outras empresas ou não) geralmente é a responsável pela encomenda de um sistema de rede óptica submarina.

O fornecedor do cabo é o principal contratado, que recebe a incumbência de fabricar os cabos ópticos e os equipamentos de transmissão.

A terceira empresa envolvida nesta estrutura é a especializada no lançamento do cabo. Através de um navio especialmente desenvolvido e equipado para esta operação, realiza um minucioso estudo das características do leito oceânico como as suas zonas de profundidade, perfil topográfico e geológico, bem como as suas características físicas e químicas. A partir destes dados traça a rota mais segura para o lançamento e a instalação do cabo óptico submarino. Posteriormente, esta empresa também pode ser a responsável pela manutenção da rede.

Page 19: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

19

Page 20: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

20

3. COMUTAÇÃO

3.1. Comutação por circuitos Tradicionalmente, as redes de telefonia, tanto a nível público ou

privado tem se desenvolvido utilizando-se de comutação baseada em circuitos.

Estas redes são reconhecidas por Time Division Multiplexing (TDM)

devido ao método de multiplexação baseado na divisão do tempo. Através deste paradigma, um assinante A, presente em um ponto da rede de telefonia, ao se comunicar com um outro assinante B, estabelecendo um circuito exclusivo para garantir o canal de comunicação. Este circuito, de largura de banda determinada, normalmente 64 Kbps, é usado para o transporte de voz, entre o assinante A e o assinante B, e é multiplexado para a transmissão em um meio físico compartilhado.

Caso não haja comunicação entre os dois assinantes, como em

momentos de silêncio, o canal é desperdiçado.

Dizemos que a comutação é baseada em circuitos porque os elementos do sistema que garantem que a voz chegue ao destino são comutadores que estabelecem circuitos na fase de navegação de chamada e mantém estes circuitos até o término da mesma. Conforme a figura abaixo, podemos observar que um canal de comunicação é mantido durante todo o período de conservação entre os dois assinantes.

3.2. Comutação por pacotes Podemos transmitir a voz convertendo-a para pacotes que são

elementos mínimos em uma rede de comutação. O conceito de circuito não existe de forma que todos os pacotes compartilham o mesmo meio físico e lógico.

Os comutadores deste sistema analisam cada pacote que chega e

verifica qual o seu destino, antes de enviá-lo em sua rota. Desta forma, são mantidas rotas que são respeitadas e verificadas a cada pacote.

Um pacote representa um conjunto de bits seqüenciados e

agrupados, conforme demonstra a próxima ilustração.

Page 21: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

21

Figura2 - COMUTAÇÃO DE PACOTES

Page 22: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

22

4. CAPACIDADE DO SISTEMA Em vários campos da ciência, é notável a evolução tecnológica,

merecendo destaque os avanços em telecomunicações. A base de todas as tecnologias existentes é o AMPS (Sistema

Analógico), que foi o primeiro sistema de telefonia móvel. Sendo que a primeira evolução foi baseada nele.

Existem algumas diferenças na tecnologia 2G, que implicam em diversos padrões como o CDMA, TDMA, GSM e o PDC, todos operando entre 9,6 Kbps a 14,4 Kbps. De acordo com a próxima figura, podemos interpretar os padrões de evolução.

O sistema CDMA evoluiu para o sistema 1XRTT, cuja tecnologia considerada 2,5G. Devido as suas características, este sistema tende a migrar para o padrão 1XEV ou W-CDMA, ambos da tecnologia 3G.

Baseado na divisão do tempo de um canal, o sistema TDMA, só poderá migrar se reestruturar sua infra-estrutura para suportar os padrões 1XRTT ou GPRS, ambos da tecnologia 2.5G. Somente após esta reestruturação o TDMA poderá evoluir para a terceira geração, operando nos sistemas 1XEV ou W-CDMA.

Já o sistema GSM, migrará para a tecnologia 2.5G, através do padrão GPRS e para a Terceira Geração, podendo utilizar o padrão W-CDMA.

CDMACDMA(IS-95-A)(IS-95-A)

TDMATDMA(IS-136)(IS-136)

GSMGSM GPRSGPRS

1X 1X (IS-95C)(IS-95C) 1xEV1xEV

•14.4 kbps Circuito •144 kbps Pacotes • 2.4 Mbps

•9.6 kbps Circuito

•9.6 kbps Circuito

W-CDMAW-CDMA

• 115 kbps Pacote • 384kbps-2Mbps

PDCPDC

•9.6 kbps Pacotes

2G

* NTT DoCoMo

*CDMA: Sprint,Verizon, Telstra,China Unicore,operada coreanos,KDDI, Telesp Celular

*Caminho dasop. Coreanos

* Operadoreseuropeus

2,5G 3GE EE Es xs xp ip ie se sc tc tt et er nr no to t e e

E s p Ne oc vt or o

Figura3 - EVOLUÇÃO

Page 23: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

23

Apenas por curiosidade, mostramos também nesta figura, a migração do sistema PDC que é o único da tecnologia 2G que possui comutação por pacotes e que poderá migrar diretamente para o padrão W-CDMA da terceira geração.

Page 24: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

24

5. PADRÕES SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO.

Em função da pressão por demanda, particularmente nos EUA,

onde o sistema analógico havia atingido o limite de sua capacidade nas maiores áreas metropolitanas, foi necessário dar início ao desenvolvimento de sistemas digitais, que em princípio, além de maior capacidade, ofereciam vantagens sobre os analógicos como:

• técnicas de codificação digital mais poderosas; • maior velocidade na transmissão; • melhor qualidade de voz ; • facilidade na criptografia da informação transmitida. Na Europa, com a migração da Primeira Geração para a seguinte,

que é a Segunda Geração - 2G, surgiu o Sistema GSM (Global System for Mobile Comunications) conhecido em todo o mundo.

Dentre este, temos outros sistemas que são: • TDMA (Time Division Multiple Access); • CDMA (Cod Division Multiple Access) nos EUA; • PDC (Japanise Personal Digital Celular) no Japão. Todos os serviços de comunicações da 2G são baseados em

sistemas de auto desempenho, alguns com capacidade de no mínimo três vezes superior à dos sistemas da primeira geração.

Eles caracterizam-se em geral pela utilização do sistema digital para a transmissão tanto de voz quanto de sinalização. A velocidade desta transmissão pode variar de 9,6 Kbps a 14,4 Kbps, independente da tecnologia e serviço utilizados.

Figura 08 - EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DIGITAIS

• WCDMA/1XEV • Dados

» 384 ∏ 2Mbps

• Analógico

• Voz

• GSM/TDMA/CDMA • Maior Capacidade • Melhor Qualidade de Voz • Serviços

» »Ident. de Chamadas» Notificação de Correio de Voz » SMS

• Rede Inteligente • Dados

» Modo Circuito (9,6/14,4 Kbps) » WAP

• GPRS/EDGE/1XRTT • Dados

» Modo Pacote (64 ∏ 144 Kbps)

• Maior Capacidade » 1XRTT (~ 100x CDMA)

1G 2G 2,5G 3G

Figura4 – PADRÕES DE COMUNICAÇÃO

Page 25: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

25

5.1. Sistema TDMA O TDMA opera dividindo o tempo de um canal, que espera em

uma determinada freqüência, e um certo número de partes, designando cada uma das diversas conversações telefônicas para cada uma dessas partes.

O TDMA é um padrão móvel digital de sucesso, especialmente na América, onde é fornecido seu serviço, aproximadamente para 80 milhões de assinantes.

5.2. Sistema CDMA O CDMA é um sistema proprietário desenvolvido pela empresa

Qualcomm, baseada em San Diego, nos EUA. Este sistema utiliza a técnica de empalhamento espectral e foi

originalmente utilizado pelos militares para espelhar o sinal em uma faixa de espectro bastante larga, tornando as transmissões difíceis de interceptar ou mesmo interferir.

5.3. Sistema GSM O GSM, comunicação móvel para sistemas globais, foi adotado

como padrão europeu em meados dos anos 80 e introduzido comercialmente em 1992.

Ele operando na faixa de freqüência de 935-960 MHZ para recepção e 890-915 MHZ para transmissão. O GSM possui uma arquitetura aberta, o que permite a combinação de equipamentos de diferentes fabricantes, possibilitando assim a manutenção com baixo custo. O GSM é hoje o padrão mais popular utilizado mundialmente.

5.4. Tecnologia 2.5G O sistema de comunicação é feita por pacotes e não por circuitos,

como na tecnologia 2G. A atribuição de recursos não é dedicada, e sim ocorre conforme a necessidade dos clientes. A tecnologia 2.5G melhora a qualidade do Roaming Internacional.

Uma grande vantagem para os clientes corporativos é o acesso à rede interna da empresa pelos terminais móveis, facilitando e dinamizando o acesso as informações, em qualquer hora e em qualquer lugar através da evolução da rede sem fio Wireless.

Page 26: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

26

5.5. Sistema 1XRTT Este se designa uma nova tecnologia, um avanço da Segunda

Geração - 2G. Seu objetivo é melhorar a performance da Internet móvel, a qualidade de transmissão, recepção e segurança no tráfego de dados.

A nomenclatura 1XRTT, mais conhecida como simplesmente 1X traz muita comodidade para os usuários, contando que de um simples aparelho móvel, tanto celular como os designados PDA´S podem acessar a Internet rápida dentro da área de cobertura 1X, sem interrupção na chamada, com a velocidade de 144Kbps e conexão permanente.

5.6. Sistema GPRS E uma extensão da rede GSM. Sua transmissão é realizada por comutação de pacotes. A construção da sua infra-estrutura é rápida com custos efetivos e a taxa de dados de até 115 Kbps.

Este sistema é eficiente para apoiar muitos serviços de Comunicação Móvel, como por exemplo: enviar e receber e-mails do celular, realizar transações on-line e aplicações de telemática.

Um aspecto que pode ser destacado é o fato de que o usuário tem permissão de estarem sempre conectadas as Internet, onde estes podem enviar e receber recados e acessar sites instantaneamente.

O GPRS permite uma inovação na codificação de canal e técnicas de melhoria na qualidade do link de comunicação.

5.7. Sistema EDGE A EDGE são taxas de dados aumentados para a evolução mundial.

É uma tecnologia de rádio de 2.5G que aumenta a capacidade e o rendimento mediante um uso mais eficiente do espectro do rádio, nas bandas de freqüência existentes. Os operadores podem oferecer taxas de dados de usuário típico de 100-384 Kbps, dependendo da topologia.

A EDGE pode ser implementada dentro de uma licença do GSM existente, com o intuito de fornecer a capacidade de serviços de 2.5G, de maneira rápida, para uma rede baseada no GSM atual, sem que seja necessário um espectro adicional. Isto permite que as operadoras ganhem experiência comercial com os serviços de dados mundiais em pacotes e produzam ingressos adicionais a partir dos recursos existentes. Esta tecnologia pode ser acrescentada a uma rede GSM/ GPRS de maneira direta, com um investimento baixo e um risco pequeno.

Page 27: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

27

A EDGE possui a mesma estrutura do TDMA, o canal lógico e a largura de banda do transportador de 200 Khz, como as redes do GSM utilizado nos dias de hoje.

5.8. Tecnologia 3G A tecnologia 3G, denominada terceira geração, caracteriza-se por

serviços digitais de acesso a dados da Internet com velocidade muito elevada. As especificações 3G internacionais requerem três taxas diferentes de transmissão de dados Wireless: 144 Kbps em um ambiente móvel, 384 Kbps em uma velocidade baixa e mais de 2 Mbps em ambiente fixo.

O modo de transmissão por comutação de circuitos predominantes nas redes celulares atuais dará lugar ao modo de transmissão por comutação de pacotes, modo este compatível com a rede mundial e com seu protocolo IP.

A evolução de sistemas 2G para 3G, são identificados por caminhos de migração diferentes para cada sistemas: GSM, TDMA e CDMA. O objetivo é aumentar a eficiência espectral e a capacidade da rede.

5.9. Sistema 1XEV (1X EVOLUTION) A tecnologia 1XEV bem projetada chega a oferecer taxas de

download de dados, entre 300 Kbps e 1200 Kbps. As taxas de transmissão de dados chegam até 2,4 Mbps, utilizando somente um espectro de 1,25 Mhz, ou seja, um quarto do que seria necessário para uma rede W-CDMA.

Entre algumas características dessa tecnologia, o Sistema Adaptador de Modulação, tolera que nós de rádio otimizem as taxas de transmissão com base no retorno instantâneo recebidos dos terminais. Isso, aliado a codificação rápido, modulação por vários níveis, (como por exemplo, transmissão de voz, dados ou ambos, simultaneamente) permite que a velocidade chegue próxima do limite teórico do canal móvel sem fio que é de 2,4 Mbps.

Além disso, por ser baseado em IP (Internet Protocol), os nós de rádio executam o processamento da freqüência de rádio, modulação, demodulação e programação de pacotes.

A 1XEV é conhecida por duas nomenclaturas: • 1XEV-DO (Evolution-Data Only) • 1XEV-DV (Evolution-Data and Voice)

Page 28: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

28

5.10. Sistema W-CDMA O W-CDMA, wideband CDMA, é uma versão européia do CDMA,

uma etapa 3G evolucionária de planejamento para os sistemas globais de comunicações móveis.

O W-CDMA é a tecnologia de 3G, mais amplamente aceita e geograficamente completa no mundo. Será espalhada no mundo inteiro, inclusive nas Américas, China, Europa, Japão e Coréia. Está destinada para um desenvolvimento inicial na banda de freqüência de 2 Ghz, em que o novo espectro permitirá que os benefícios completos da tecnologia sejam explorados. Um transportador do W-CDMA de 5 Mhz só poderá administrar serviços mistos, sendo que a sua velocidade poderá ser de 8 Kbps até 2 Mbps, e os dispositivos do usuário poderão acessar de maneira simultânea vários serviços diferentes.

Page 29: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

29

6. COMUNICAÇÃO DE DADOS E IMAGENS Terminais móveis e seus aplicativos

Atualmente existe diversificadas opções de terminais móveis no mercado, todos eles com o principal objetivo que é atender a necessidade do seu usuário com mobilidade.

A conexão da Internet pode ser feita através de um celular, I-PAK, Notebook, etc.

Existem três tipos de conexão à Internet : • Conexão do próprio celular

O acesso da Internet poderá ser feito apenas com o celular, o qual disponibiliza diversos serviços como, por exemplo: consulta bancária, envio de e-mails, notícias, etc. Estes serviços operam na velocidade de acordo com a tecnologia do celular.

• Conexão pelo celular através de cabo de transmissão Esse tipo de conexão é utilizado por pessoas que possuem

notebooks ou equipamentos com entrada para cabo de transmissão. O cabo possui duas entradas: uma para o celular e outra para o

equipamento, permitindo que a conexão seja feita através da linha do celular, utilizando o aplicativo de conexão do próprio equipamento.

• Conexão através da placa PCMCIA Neste tipo de conexão, basta ter a placa e o equipamento, pois o

cartão substitui a função do modem e do celular por possuir uma antena de captação de sinal. É necessária a instalação de um software específico para configurar o cartão no equipamento.

A partir do ano de 1999 foram iniciadas técnicas de desenvolvimento de softwares aplicativos voltados para terminais móveis.

Com a evolução das novas tecnologias no segmento de Internet, as exigências em relação à software tornaram-se cada vez maior.

Grandes empresas, como a forte aliança entre a Intel e a Microsoft estão a todo vapor, buscando atender todas as exigências necessárias para os terminais móveis. Estão sendo lançados softwares com base no mesmo ambiente gráfico do Windows e que possuem toda facilidade para o usuário.

Estas duas empresas citadas acima estão em guerra declarada com outra aliança formada há pouco tempo, composta pelas empresas Nokia e Texas Instruments que já investiram milhões, no que diz respeito ao desenvolvimento de software voltados à terminais móveis e pretendem tomar a frente, lançando uma plataforma padrão de software para todos os terminais, incluindo nestes, os celulares.

Para a Intel e a Microsoft, o mercado de software para equipamentos já está aberto há muito tempo. A Intel chega a abastecer

Page 30: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

30

cerca de 60% do mercado de memórias flash para celular e agora visa à expansão para os microprocessadores de rede. O domínio do consumo de software para terminais móveis está em plena disputa a dois anos.

Já existem dois sistemas operacionais da Microsoft no mercado: • Windows CE - Voltado para PDA´S (Personal Digital

Assistants), onde a empresa Hewlet Packard - HP e a Compaq já aderiram a nova plataforma.

• Smart Phone 2002 - Vem equipando celulares inteligentes a serem lançados, onde as empresas Sendo e Samsung já se encontram em fase de comercialização dos novos aparelhos.

Para haver uma competição, a Nokia desenvolveu um sistema batizado de OMA (Open Mobile Architecture) para equipar celulares e PDA´S. Empresas já interessadas neste novo pacote, lançado em novembro de 2001, incluem-se: Ericsson, Siemens, Motorola e Nec e estas já estão lançando seus produtos baseados nesta tecnologia.

A tecnologia da comunicação móvel permite que você se conecte a rede particular de sua corporação em alta velocidade com mobilidade, acessando os recursos que a empresa necessita disponibilizar aos seus funcionários/ parceiros, entre eles aplicativos de negócios (ERP, CRM, etc), drivers, impressoras e outros.

Todos os aplicativos lançados inovam e trazem o recurso VPN

(Virtual Privaty Networking), oferecendo o melhor que existe no que se refere a segurança para o acesso remoto a dados privados de uma empresa.

Com a Tecnologia da Internet Móvel é possível acessar a todos os recursos do escritório de qualquer lugar.

Aparelhos de conexão Computadores Recursos da empresa

Cartão PCMCIA wireless

ou

Cabo + celular 2.5G

ou

Laptop

PDA/Palmtop

Diretórios, arquivos

Impressoras

E-mail da empresa/agenda (ex. Outlook,Notes)

Internet@

+ =

FIGURA 5 - RECURSOS DISPONÍVEIS

Page 31: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

31

A tecnologia 2.5G tem um grande impulso devido a diversos benefícios oferecidos:

Sua conexão não tem interrupção, ou seja, é permanente não havendo a queda de comunicação quando conectado.

A redução de custos é um fator muito importante para aquisição deste novo serviço, fazendo com que o cliente não necessite buscar outros tipos de conexões. A tecnologia VPN, disponível com o 2.5G está criando uma reviravolta no que se diz respeito à tecnologia de segurança no acesso a dados privados. Entre outros pontos fortes do VPN, destacam-se as flexibilidades, escalabilidade, rapidez nas aplicações corporativas e mobilidade.

As redes particulares podem ser acessadas de qualquer lugar. Assim, um executivo que esteja fora do país pode usar seu mobile

para acessar a base de dados de sua companhia e buscar as informações de que necessita com toda segurança. O sistema VPN cria tubos de comunicação dentro da Web. E, além disso, ele dispensa a contratação de links especiais, dedicados e reduz os custos com conexão a longas distâncias. Com essa conexão a empresa pode oferecer ao usuário corporativo o acesso a seus aplicativos, tais como: ERP, CRM, SAP, drivers, impressoras, etc.

Abaixo, são apresentadas as três aplicações ditas mais importantes para as VPNs.

6.1. ACESSO REMOTO VIA INTERNET

O acesso remoto a redes corporativas através da Internet pode ser viabilizado com a VPN através da ligação local a algum provedor de acesso (Internet Service Provider - ISP). A estação remota disca para o provedor de acesso, conectando-se à Internet e o software de VPN cria uma rede virtual privada entre o usuário remoto e o servidor de VPN corporativo através da Internet.

FIGURA 6 –ACESSO REMOTO

Page 32: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

32

6.2. CONEXÃO DE LANS VIA INTERNET

Uma solução que substitui as conexões entre lance através de circuitos dedicados de longa distância é a utilização de circuitos dedicados locais interligando-as à Internet. O software de VPN assegura esta interconexão formando a WAN corporativa.

A depender das aplicações também, pode-se optar pela utilização de circuitos discados em uma das pontas, devendo a LAN corporativa estar, preferencialmente, conectada à Internet via circuito dedicado local ficando disponível 24 horas por dia para eventuais tráfegos provenientes da VPN.

6.3. CONEXÃO DE COMPUTADORES NUMA INTRANET

Em algumas organizações, existem dados confidenciais cujo acesso é restrito a um pequeno grupo de usuários. Nestas situações, redes locais departamentais são implementadas fisicamente separadas da LAN corporativa. Esta solução, apesar de garantir a "confidencialidade" das informações, cria dificuldades de acesso a dados da rede corporativa por parte dos departamentos isolados.

As VPNs possibilitam a conexão física entre redes locais, restringindo acessos indesejados através da inserção de um servidor VPN entre elas. Observe que o servidor VPN não irá atuar como um roteador entre a rede departamental e o resto da rede corporativa uma vez que o roteador possibilitaria a conexão entre as duas redes permitindo o acesso de qualquer usuário à rede departamental sensitiva. Com o uso da VPN o administrador da rede pode definir quais usuários estarão credenciados a atravessar o servidor VPN e acessar os recursos da rede departamental restrita. Adicionalmente, toda comunicação ao longo da VPN pode ser criptografada assegurando a

FIGURA 7 – CONEXÃO LANS

Page 33: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

33

"confidencialidade" das informações. Os demais usuários não credenciados sequer enxergarão a rede departamental.

6.4. Autenticação de Usuários

Verificação da identidade do usuário, restringindo o acesso às pessoas autorizadas. Deve dispor de mecanismos de auditoria, provendo informações referentes aos acessos efetuados - quem acessou, o quê e quando foi acessado.

6.5. Gerenciamento de Endereço

O endereço do cliente na sua rede privada não deve ser divulgado, devendo-se adotar endereços fictícios para o tráfego externo.

6.6. Criptografia de Dados

Os dados devem trafegar na rede pública ou privada num formato cifrado e, caso sejam interceptados por usuários não autorizados, não deverão ser decodificados, garantindo a privacidade da informação. O reconhecimento do conteúdo das mensagens deve ser exclusivo dos usuários autorizados.

6.7. Gerenciamento de Chaves

O uso de chaves que garantem a segurança das mensagens criptografadas deve funcionar como um segredo compartilhado exclusivamente entre as partes envolvidas. O gerenciamento de chaves deve garantir a troca periódica das mesmas, visando manter a comunicação de forma segura.

FIGURA 8 – REDE CORPORATIVA

Page 34: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

34

6.8. VPN

VPNs (Virtual Private Networks) são redes que possibilitam um acesso privado de comunicação, utilizando-se redes públicas já existentes, como a Internet. O termo refere-se a combinação de tecnologias que asseguram a comunicação entre dois pontos, através de um "túnel" que simula uma comunicação ponto-a-ponto inacessível à "escutas clandestinas" e interferências.

As VPNs podem ser usadas de duas maneiras. No primeiro caso, existe uma conexão (sempre através de um tunelamento via Internet) entre duas redes privadas como por exemplo, entre a matriz de uma corporação, em um ponto, e um escritório remoto, em outro ponto, ou entre a rede da matriz e a rede de um parceiro. Neste tipo de conexão, a manutenção do túnel entre os dois pontos é mantida por um servidor VPN dedicado ou por existentes INTERNET FIREWALLS. Na verdade, para estes exemplos, as VPNs podem ser encaradas como funções firewalls melhoradas. Este tipo de VPN é chamada de extranet.

Outra forma de se usar uma VPN é conectando-se um computador remoto individual à uma rede privada, novamente através da Internet. Neste caso, a VPN é implementada através de um software dentro do computador remoto. Este computador poderá usar uma conexão dial-up local para conectar-se a Internet, possibilitando assim o alcance à rede privada. A figura 1 mostra estas duas abordagens de VPNs.

FIGURA 9 - EXTRANET

Page 35: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

35

As VPNs permitem portanto, "virtualizar" as comunicações de uma corporação, tornando-as "invisíveis" a observadores externos e aproveitando a infra-estrutura das comunicações existentes.

6.8.1. Requisitos básicos

Como visto anteriormente, as VPNs permitem estender as redes corporativas de uma empresa à pontos distantes da mesma, como outros escritórios, filiais, parceiros e até mesmo uma residência. Porém, ao invés de se utilizar de um grande número linhas dedicadas para a interconexão entre seus diversos pontos, o que onera muito o custo da rede (aluguel de linhas dedicadas, manutenção de diversos links para cada conexão, manutenção de equipamentos para diferentes conexões, uso de vários roteadores, monitoramento de tráfico nas portas de acesso remoto, grande número de portas, etc), uma VPN aproveita os serviços das redes IP espalhadas mundialmente, inclusive a Internet, ou até mesmo os provedores de serviços baseados em IP backbones privados, os quais apesar de limitados em alcance, poderão oferecer um uma melhor performance de serviço que a Internet, em detrimento do aumento de custos.

Fazendo-se então, uma mistura de serviços prestados pela Internet e serviços prestados por IPs backbones privados, uma corporação poderá tirar vantagens sobre a performance do serviço e a redução dos custos.

Outra grande vantagem das VPNs é que elas podem permitir acesso a qualquer lugar acessado pela Internet e, como a Internet está presente em praticamente todos os lugares do mundo, conexões potenciais de VPNs poderão ser facilmente estabelecidas. Assim, no lugar de chamadas à longa distância, os usuários desta rede poderão, por exemplo, fazer ligações via Internet local, cuja tarifação é bem menor.

Como as VPNs possuem plataformas independentes qualquer computador configurado para uma rede baseada em IP, pode ser incorporado à VPN sem que uma modificação seja necessária, a não ser a instalação de um software para acesso remoto.

Ao contrário das redes privadas tradicionais que necessitam de vários links dedicados E1 (2Mbps), os quais, como dito anteriormente, acarretam diversos custos mensais fixos, mesmos quando os links não

Page 36: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

36

estão sendo utilizados, as redes VPNs utilizam um único link com uma banda menor (512Kbps a 768Kbps), com custo variável de acordo com sua utilização. Este único link também permite a existência de somente um roteador do lado do cliente para reunir todos os serviços de Internet e WAN, o que também permitirá redução nos custos de suporte e manutenção.

Existe ainda o fato de redes VPNs serem facilmente escaláveis. Para se interconectar mais um escritório a rede, deve-se contatar o provedor de serviço para a instalação do link local e respectiva configuração dos poucos equipamentos nas premissas do cliente. Da mesma forma, no momento em que a utilização da rede esbarrar na banda disponível no link local alugado do provedor, basta requisitar um aumento desta banda para se determinar uma melhora considerável no desempenho da rede.

O gerenciamento da rede pode ser realizado pela própria empresa utilizadora da VPN, sendo que as alterações ocorridas na rede, como endereçamento, autenticação de usuários e determinação de privilégios de rede, são efetuadas de forma transparente ao provedor de serviço, levando a uma maior flexibilidade.

Figuras Comparativas:

FIGURA 10 – REDE VPN

Page 37: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

37

As VPNs permitem então:

• uma difusão da rede corporativa de uma empresa a custos mais baixos;

• acesso seguro e fácil de usuários remotos às redes corporativas; • comunicação segura ente usuários da rede; • escalabilidade , etc

Existe um aspecto primordial que deve ser levado em consideração para o desenvolvimento de VPNs sobre a estrutura da rede já existente: a segurança.

Os protocolos TCP/IP (Transmission Control Protocol /Internet Protocol) e a própria Internet, não foram originalmente projetados tendo a segurança como prioridade, porque o número de usuários e os tipos de aplicações não requeriam maiores esforços para a garantia da mesma. Mas, se as VPNs são substitutos confiáveis para as linhas dedicadas e outros links de WAN, tecnologias capazes de garantir segurança e performance tiveram que ser acrescentadas à Internet. Felizmente, os padrões para segurança de dados sobre redes IPs evoluíram de tal forma que permitiram a criação de VPNs

As tecnologias que possibilitaram a criação de um meio seguro de comunicação dentro da Internet asseguram que uma VPN seja capaz de:

• Proteger a comunicação de escutas clandestinas: a privacidade ou proteção dos dados é conseguida pela criptografia

FIGURA 11 – REDE PRIVADA CONVENCIONAL

Page 38: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

38

que, através de transformações matemáticas complexas, "codifica" os pacotes originais, para depois, decodificá-los no final do túnel. Esta codificação é o aspecto mais difícil e crítico em sistemas que implementam a criptografia.

• Proteger os dados de alterações: esta proteção é alcançada através de transformações matemáticas chamadas de "hashing functions", as quais criam "impressões digitais" utilizadas para reconhecer os pacotes alterados.

• Proteger a rede contra intrusos: a autentificação dos usuários previne a entrada de elementos não autorizados. Vários sistemas baseados em "passwords" ou "challenge response", como o protocolo CHAP (Challenge Handshake Authentication Protocol) e o RADIUS (Remote Dial-in Service Protocol), assim como tokens baseados em hardware e certificados digitais, podem ser usados para a autentificação de usuários e para controlar o acesso dentro da rede.

Primeiramente é feita a autentificação entre os dois pontos. Essa autenticação permite ao sistema enxergar se a origem dos dados faz parte da comunidade que pode exercer acesso a rede. Será o laptop de algum funcionário ou um roteador de um filial? Ou será alguém se passando por um usuário que faz parte da comunidade?

Em seguida, o servidor VPN verifica quais serviços que o usuário tem permissão para acessar, monitorando assim, o subseqüente tráfico de dados. Este passo é chamado de autorização e visa negar acesso a um usuário que não está autorizado a acessar a rede como um todo, ou simplesmente restringir o acesso de usuários.

Uma vez formado o túnel, seu ponto de partida adiciona cabeçalhos especiais aos pacotes que serão endereçados ao outro ponto do túnel, para em seguida, criptografar e encapsular toda a informação na forma de novos pacotes IPs. Os cabeçalhos internos permitirão então a autentificação da informação, e serão capazes de detectar qualquer alteração dos dados enviados.

6.8.2. Suporte a Múltiplos Protocolos Com a diversidade de protocolos existentes, torna-se bastante

desejável que uma VPN suporte protocolos padrão de fato usadas nas redes públicas, tais como IP (Internet Protocol), IPX (Internetwork Packet Exchange), etc

Page 39: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

39

6.8.2.1 Protocolos de Tunelamento

Tunelamento é o encapsulamento ponto-a-ponto das transmissões dentro de pacotes IP. O tunelamento permite:

• tráfico de dados de várias fontes para diversos destinos em uma mesma infra-estrutura;

• tráfico de diferentes protocolos em uma mesma infra-estrutura; • garantia de QoS (Quality of Service), direcionado e priorizando o

tráfico de dados para destinos específicos.

As VPNs são, geralmente redes dinâmicas ou seja, as conexões são formadas de acordo com as necessidades das corporações. Assim, ao contrário das linhas dedicadas utilizadas por uma estrutura de rede privada tradicional, as VPNs não mantém links permanentes entre dois pontos da rede da corporação, pelo contrário, quando uma conexão se faz necessária entre dois pontos desta corporação, ela é criada e quando a mesma não for mais necessária, ela será desativada, fazendo com que a banda esteja disponível para outros usuários.

Os túneis podem consistir de dois tipos de pontos finais: um computador individual ou uma LAN com um gateway seguro, que poderá ser um roteador ou um um firewall. Porém, somente duas combinações desse pontos finais, são consideradas nos projetos de VPNs. No primeiro caso, tunelamento LAN-to-LAN, um gateway seguro em cada ponto servirá de interface entre o túnel e a LAN privada. Desta forma, usuários de ambas as LANs poderão utilizar o túnel transparentemente para comunicarem entre si.

Um segundo caso, tunelamento Client-to-LAN, é aquele utilizado por usuários remotos que desejam acessar a LAN corporativa. O cliente, ou seja, o usuário remoto, inicia o tunelamento em seu ponto, para a troca de tráfico com a rede corporativa. A ferramenta para esta comunicação é um software instalado em seu computador, que permite transpor o gateway que protege a LAN de destino.

A figura abaixo é uma ilustração genérica do processo de tunelamento :

Page 40: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

40

Os principais protocolos de tunelamento são:

6.8.2.2 GRE (Generic Routing Protocol)

Túneis GRE são geralmente configurados entre roteadores fonte e roteadores destino (pacotes ponto-a-ponto). Os pacotes designados para serem enviados através do túnel (já encapsulados com um cabeçalho de um protocolo como, por exemplo, o IP) são encapsulados por um novo cabeçalho (cabeçalho GRE) e colocados no túnel com o endereço de destino do final do túnel . Ao chegar a este final, os pacotes são desencapsulados (retira-se o cabeçalho GRE) e continuarão seu caminho para o destino determinado pelo cabeçalho original.

Desvantagens:

FIGURA 12 – O TÚNEL SEGURO DA VPN

FIGURA 13 – PROTOCOLO GRE

Page 41: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

41

• Os túneis GRE são, geralmente, configurados manualmente, o que requer um esforço grande no gerenciamento e manutenção de acordo com a quantidade de túneis: toda vez que o final de um túnel mudar, ele deverá ser manualmente configurado.

• Embora a quantidade de processamento requerida para encapsular um pacote GRE pareça pequena, existe uma relação direta entre o número de túneis a serem configurados e o processamento requerido para o encapsulamento dos pacotes GRE: quanto maior a quantidade de túneis, maior será o processamento requerido para o encapsulamento

• Uma grande quantidade de túneis poderá afetar a eficiência da rede.

6.8.2.3. PPTP (Point-to-Point Tunneling Protocol), L2F (Layer-2 Forwarding) ,L2TP (Layer 2 Tunneling Protocol)

Ao contrário do GRE, estes protocolos são utilizados em VPDNs (Virtual Private Dial Network), redes que proporcionam acesso á rede corporativa por usuários remotos, através de uma linha discada (provedor de acesso).

• PPTP

O protocolo PPTP é um modelo "voluntário" de tunelamento, ou seja , permite que o próprio sistema do usuário final, por exemplo, um computador, configure e estabeleça conexões discretas ponto-a-ponto para um servidor PPTP, localizado arbitrariamente, sem a intermediação do provedor de acesso. Este protocolo constrói as funcionalidades do protocolo PPP (Point-to-Point Protocol - um dos protocolos mais utilizados na Internet para acesso remoto) para o tunelamento dos pacotes até seu destino final. Na verdade, o PPTP encapsula pacotes PPP utilizando-se de uma versão modificada do GRE, o que torna o PPTP capaz de lidar com outros tipos de pacotes além do IP, como o IPX (Internet Packet Exchange) e o NetBEUI (Network Basic Input/Output System Extended User Interface), pois é um protocolo baseado na camada 2 do modelo OSI (enlace).

Neste modelo, um usuário disca para o provedor de acesso á rede, mas a conexão PPP é encerrada no próprio servidor de acesso. Uma conexão PPTP é então estabelecida entre o sistema

Page 42: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

42

do usuário e qualquer outro servidor PPTP, o qual o usuário deseja conectar, desde que o mesmo seja alcançável por uma rota tradicional e que o usuário tenha privilégios apropriados no servidor PPTP.

• L2F

Foi um dos primeiros protocolos utilizado por VPNs. Como o PPTP, o L2F foi projetado como um protocolo de tunelamento entre usuários remotos e corporações. Uma grande diferença entre o PPTP e o L2F, é o fato do mesmo não depender de IP e, por isso, é capaz de trabalhar diretamente com outros meios como FRAME RELAY ou ATM.

Este protocolo utiliza conexões PPP para a autentificação de usuários remotos, mas também inclui suporte para TACACS+ e RADIUS para uma autentificação desde o inicio da conexão. Na verdade, a autentificação é feita em dois níveis: primeiro, quando a conexão é solicitada pelo usuário ao provedor de acesso; depois, quando o túnel se forma, o gateway da corporação também irá requerer uma autentificação.

A grande vantagem desse protocolo é que os túneis podem suportar mais de uma conexão, o que não é possível no protocolo PPTP. Além disso, o L2F também permite tratar de outros pacotes diferentes de IP, como o IPX e o NetBEUI por ser um protocolo baseado na camada 2 do modelo OSI.

• L2TP

Este protocolo foi criado pela IETF (Internet Engennering Task Force) para resolver as falhas do PPTP e do L2F. Na verdade, utiliza os mesmo conceitos do L2F e assim como este, foi desenvolvido para transportar pacotes por diferentes meios, como X.25, frame-relay e ATM e também é capaz de tratar de outros pacotes diferentes de IP, como o IPX e o NetBEUI (protocolo baseado na camada 2 do modelo OSI .

O L2TP é porém, um modelo de tunelamento "compulsório", ou seja, criado pelo provedor de acesso, não permitindo ao

Page 43: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

43

usuário qualquer participação na formação do túnel (o tunelamento é iniciado pelo provedor de acesso). Neste modelo, o usuário disca para o provedor de acesso á rede e, de acordo com o perfil configurado para o usuário e ainda, em caso de autentificação positiva, um túnel L2TP é estabelecido dinamicamente para um ponto pré-determinado, onde a conexão PPP é encerrada.

• PPTP x L2TP

Apesar de parecidos, ambos os protocolos, L2TP ou PPTP, diferenciam-se quanto suas aplicações, ou melhor, a escolha do protocolo a ser utilizado é baseado na determinação da posse do controle sobre o túnel: controlado pelo usuário ou pelo provedor de acesso.

No protocolo PPTP, o usuário remoto tem a possibilidade de escolher o final do túnel, destino dos pacotes. Uma grande vantagem desta característica é que, quando os destinos mudam com muita freqüência, nenhuma modificação (configuração) nos equipamentos por onde o túnel passa se torna necessária. Além disso, os túneis PPTP são transparentes aos provedores de acesso e nenhuma outra ação, além de prover serviço de acesso á rede, se faz necessária. Usuários com perfis diferenciados em relação aos locais de acesso – diferentes cidades, estados e países – se utilizam deste protocolo com mais freqüência pelo fato de se tornar desnecessária a intermediação do provedor no estabelecimento do túnel. Somente é necessário saber o número local para o acesso e o sistema do usuário, seu laptop, realizará o resto.

A desvantagem do protocolo L2TP é que, como o controle está na mão do provedor, o mesmo esta fornecendo um serviço extra que poderá ser cobrado.

6.8.2.4 Crescimento do sistema VPN

Conforme a figura abaixo, podemos observar o crescimento do

sistema VPN no âmbito mundial e no Brasil:

Page 44: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

44

6.9. Taxas de Transmissão.

Com a evolução da taxa de transmissão de dados do ano de 1970 até 2002, observamos o aumento da velocidade, a significativa melhora na performance e no desempenho do serviço, chegando em uma largura de banda de até 144 Kbps.

02040

6080

100120

140

2001 2005

122

10

VPN no Brasil (US$ Milhões)

0

5

10

15

20

25

2000 2001 2002 2003 2004 2005

5,2 9

21,3

13

1

17

Receita VPN no Mundo (US$ bilhões)

Fonte: IDC Brasil/RNT - 2000 Gráfico 01 - VPN NO MUNDO

Page 45: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

45

O acesso ao serviço possui diversidade e este pode ser feito em um laptop, haldhelp, palmtop ou até mesmo através de uma placa PCMCIA, de acordo com as figuras a seguir:

Gráfico 02 - EVOLUÇÃO DA TAXA DE DADOS

Page 46: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

46

Os serviços oferecidos são o envio e o recebimento de mensagens

multimídia, vídeo conferência, download de vídeo e monitoramento relacionados a serviços específicos.

Abaixo a tabela comparativa de valores com os serviços prestados por outras empresas de Internet rápida.

O aumento da capacidade de transmissão de dados e voz pelo aparelho móvel é de 1,8 vezes maior que a tecnologia existente, a

2G.

Linha Discada

RSDI (Multilink)

ADSL (Speedy) Cabo TDMA CDMA 2.5G 1X-EV

UMTS

256 Kbps 128 Kbps512 Kbps 256 Kbps2.00 Mbps 512 kbps

2.00 Mbps

Preço R$ 0,09 a R$

0,11 por pulso

R$ 174,00 por Mês

R$ 59,90 à R$ 662,11

R$ 49,90 à R$ 293,00

R$ 0,38 à R$1,40

p/minuto

R$ 0,34 à R$1,20

p/minuto

R$19,90 à R$ 400,00

p/mês ---------

Velocidade Até 128 KbpsAté 56 Kbps 9.6 Kbps 14.4 Kbps 144 Kbps 2,4 Mbytes

FIGURA 15 -COMPARAÇÃO DE PREÇOS

FIGURA 14 – CONEXÃO

Page 47: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

47

7. WAP

A mobilidade é hoje a ordem do dia e as redes móveis atuais não provêem a flexibilidade desejada quando um serviço a mais precisa ser acrescentado. Este cenário torna a implantação de um novo serviço um longo e exaustivo processo.

O WAP (Wireless Application Protocol – Protocolo para Aplicações Sem Fio) foi criado para resolver este problema, introduzindo conceitos de Internet como uma plataforma de serviços sem fio. A Internet provê uma maneira fácil e eficiente de entrega de serviços para milhões de usuários "plugados", por isso o seu modelo foi usado como base para o desenvolvimento do modelo WAP. Percebeu-se, porém, que o modelo da Internet não poderia ser aplicado puro e simplesmente, uma vez que os dispositivos sem fio, como telefones celulares, pagers e PDA (Personal Digital Assistant – Assistente Pessoal Digital), têm restrições que não existem em PC (Personal Computer – Computador Pessoal) e laptops, como memória e capacidade de processamento limitadas e fonte de energia de vida curta, além, é claro, de uma interface com o usuário mais simples.

Outro problema: os usuários destes terminais são diferentes dos usuários de desktops, visto que alguns deles nunca usaram um computador. Ocorria ainda o fato das redes sem fio terem restrições como baixa largura de banda, alta latência, disponibilidade instável e estabilidade duvidosa. Também, não devia ser esquecido que os altos investimentos feitos pelos fabricantes de hardware e software para Internet e o esforço dos programadores web não podiam ser simplesmente desperdiçados, devendo ser aproveitados na nova estrutura.

A especificação deveria garantir uma solução rápida e confiável. Deveria também ser segura, uma vez que o e-commerce é uma das grandes promessas da Internet. Além do mais, a nova especificação deveria possibilitar aos desenvolvedores usarem ferramentas já existentes para produzir aplicações sofisticadas e com uma interface intuitiva e amigável, permitindo aos seus usuários o acesso a várias informações relevantes para suas atividades cotidianas e de lazer na palma da mão, na hora e local que desejassem.

A fim de suprir todos estes anseios dos fabricantes, programadores e usuários, o WAP Fórum, consórcio que reúne mais de 90% dos fabricantes de dispositivos sem fio, publicou uma série de

Page 48: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

48

especificações baseadas em padrões existentes na Internet, como o XML (extensible Markup Language – Linguagem de Marcação Extensível) e o IP (Internet Protocol – Protocolo Internet), para todas as redes sem fio. Por ser esse novo protocolo uma grande promessa para o futuro, é de grande valia compreendê-lo e, em razão disso, foi escolhido como objeto de nosso estudo.

A comunicação entre clientes e servidores é constituída basicamente de troca de "solicitações". O WAP Gateway pode ser entendido como um "conversor de solicitações".

Vejamos o que acontece na WEB convencional:

1. O usuário inicializa seu browser e especifica uma URL (digita um endereço no campo apropriado);

2. O browser analisa o endereço e envia uma solicitação para o servidor usando o protocolo HTTP ( protocolo para Internet).

3. O servidor analisa a solicitação. Se for é uma página comum, estática, ela é localizada; se for uma aplicação dinâmica (por exemplo, uma consulta a um banco de dados) o programa correspondente é disparado e uma página-resposta é gerada (isto pode ocorrer no próprio servidor do provedor ou em qualquer outro da rede).

4. O servidor coloca um cabeçalho HTTP na página resposta e a envia de volta ao browser.

5. O browser analisa e exibe o resultado na tela do micro.

Na WAP WEB, evidentemente, as coisas são mais complicadas, mas só um pouco.

1. O usuário utiliza um celular WAP para solicitar o endereço (escolhendo um item em um menu, por exemplo).

2. O WAP browser do celular analisa e envia a solicitação ao servidor WAP (WAP Gateway). Neste trecho da transmissão é utilizado o protocolo WAP e não o HTTP.

3. O Wap Gateway analisa e "converte" o protocolo WAP em HTTP; a solicitação é então enviada a um servidor WEB comum e está na rede.

4. O servidor do destino faz o seu trabalho como visto anteriormente e envia a resposta ( com protocolo HTTP) ao WAP Gateway.

Page 49: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

49

5. O servidor WAP analisa o que recebeu, valida o código WML, remove o cabeçalho HTTP e acrescenta o cabeçalho WAP e envia ao celular WAP.

6. O WAP Browser analisa e exibe o resultado na sua mini-tela.

O modelo de programação WAP

Modelo de Programação WAP

O WAP define um conjunto de componentes padrões que permitem a comunicação entre terminais móveis e servidores de rede, incluindo:

• Modelo de Nomeação Padrão: o padrão WWW de URL é usado para identificar o conteúdo WAP nos servidores originais, enquanto o padrão WWW de URI (Universal Resource Identifier – Identificador Universal de Recursos) é usado para identificar recursos locais em um dispositivo.

• Tipificação de Conteúdo: todo o conteúdo WAP tem um tipo específico consistente com a tipificação da WWW, o que permite aos agentes-usuários WAP processarem corretamente um conteúdo baseado em seu tipo.

• Formatos de Conteúdo Padrões: todos os formatos de conteúdo WAP são baseados na tecnologia WWW e inclui marcação para display, informações de calendário, objetos de cartões de negócios eletrônicos, imagens e linguagem de script.

FIGURA 16 – MODELO PROGRAMAÇÃO WAP

Page 50: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

50

• Protocolos de Comunicação Padrões: o protocolo de comunicação WAP possibilita a comunicação das requisições do browser do terminal móvel com o servidor web.

Os tipos de conteúdo e protocolos WAP foram otimizados para dispositivos de mão sem fio. O WAP utiliza a tecnologia de proxy para conectar um domínio sem fio à Internet. O proxy WAP é tipicamente comprometido com a seguinte funcionalidade:

• Gateway de Protocolo: o gateway de protocolo traduz as requisições da pilha do protocolo WAP, a saber: WSP (Wireless Session Protocol - Protocolo de Sessão Sem Fio), WTP (Wireless Transaction Protocol - Protocolo de Transação Sem Fio), WTLS (Wireless Transport Layer Security - Camada de Segurança de Transporte Sem Fio) e WDP (Wireless Datagram Protocol - Protocolo de Datagrama Sem Fio), para a pilha do protocolo WWW, a saber: HTTP e TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol - Protocolo de Controle de Transmissão/Protocolo Internet).

• Codificadores e Decodificadores de Conteúdo: os codificadores de conteúdo traduzem o conteúdo WAP em um formato codificado compacto para reduzir o tamanho dos dados que trafegam pela rede. Os decodificadores traduzem o conteúdo codificado compacto para o conteúdo WAP.

A infra-estrutura assegura que os usuários de terminais móveis possam navegar por uma grande variedade de conteúdos e aplicações WAP . O proxy WAP permite que conteúdo e aplicações sejam hospedados em servidores WWW padrões e sejam desenvolvidos usando tecnologias WWW como, por exemplo, scripts CGI (Comam Gateway Interface - Interface Comum de Gateway).

FIGURA 17 – REDE WAP

Page 51: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

51

Exemplo de uma Rede WAP

Na Figura acima, o cliente WAP se comunica com dois servidores da rede sem fio. O proxy WAP traduz as requisições WAP para as WWW, permitindo, assim, que o cliente WAP possa enviá-las para o servidor web. O proxy também codifica as respostas do servidor web em um formato binário compacto, que é entendido pelo cliente. Se o servidor web provê conteúdo WAP, o proxy o recupera diretamente do servidor, caso contrário um filtro é usado para traduzir o conteúdo WWW para o WAP.

Por exemplo, este filtro traduziria todo conteúdo HTML para o WML. Já o servidor WTA (Wireless Telephony Application – Aplicação para Telefonia Sem Fio) é um exemplo de servidor de origem ou gateway que responde às requisições do cliente diretamente. O servidor WTA é usado para prover acesso WAP às capacidades da infra-estrutura de telecomunicações do provedor da rede sem fio.

7.1. Modelo de Segurança

O WAP disponibiliza uma infra-estrutura de segurança flexível que enfoca a provisão de segurança na conexão entre um cliente WAP e o servidor. O WAP pode prover segurança entre os pontos finais do protocolo WAP, mas tanto o navegador quanto o servidor de origem devem comunicar-se diretamente usando os protocolos WAP.

Page 52: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

52

8. SMS

SMS - Short Message Service - É o nome do serviço oferecido pelas operadoras que permite a troca de pequenas mensagens de texto usando o telefone celular. MO - Mobile Originated - As mensagens originadas no celular - aquelas que você digita no tecladinho do celular mesmo. MT - Mobile Terminated - As mensagens recebidas pelo celular - estas mensagens podem ter sido originadas por um outro celular ou por qualquer outra fonte (WEB por exemplo).Uma coisa legal é que justamente não precisa da Web para usar o MO, basta ter o telefone adequado.

Acredita-se que a primeira mensagem SMS foi enviada em Dezembro de 1992. Ela foi "originada" (enviada) em um microcomputador e "terminada" (recebida) em um celular. A rede utilizada foi à rede GSM da Vodafone na Inglaterra.

Uma coisa importante sobre o funcionamento do SMS é o seguinte: Uma mensagem NUNCA vai diretamente do originador para o seu destinatário. Existe um "cara" no meio chamado SMSC - Short Message Service Center. Quando uma mensagem é enviada por alguém (inclusive por uma aplicação), ela vai para o SMSC que se encarrega de encaminhá-la para o destinatário.

Outra coisa importante sobre o funcionamento do SMS é que não existe uma conexão chaveada por circuito (circuit switched) entre o originador e o destinatário. O funcionamento do SMS é similar ao de uma rede comutada por pacotes (packet switched). A forma de funcionamento resumida acima é denominada "store and foward". Um terceiro aspecto, que de certa forma também é conseqüência dos anteriores, é a confirmação de entrega da mensagem. No SMS, quem envia uma mensagem (originador) pode solicitar confirmação de entrega. Assim que a mensagem for entregue ao destinatário, o originador receberá uma notificação. Não precisa nem falar que este é um recurso fundamental para mensagens críticas. É interessante notar que os serviços de Pagina não possuem este recurso (pelo menos não possuíam).

Page 53: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

53

9. MMS

O Multimídia Messaging Center é o que podemos chamar de "evolução natural" para a plataforma SMSC. Enquanto o SMSC é responsável pelo tratamento de mensagens de texto (com comprimento limitado) a plataforma MMSC permite agregar valor ao tráfego de mensagens, possibilitando o uso de combinações de formatos de mídia, tais como: imagem, som e vídeo entre outros.

Definido pelo 3GPP com interações e contribuições do WAP Fórum, as conversas sobre a padronização iniciaram-se no final de 1998, com efetivos trabalhos no verão europeu de 1999. As conversas sobre padronização terminaram por definir um sub-conjunto de "standards", que foram nomeados iniciando por MM1, MM2...

Cada um destes "standards" é responsável por definir claramente um certo conjunto de especificações, de maneira, que ao final, somando-se estas individualidades o sistema seja capaz de trabalhar de forma transparente e como uma entidade única. Apenas como exemplo, a especificação "MM3" é responsável pelo tratamento de e-mails, enquanto que a especificação "MM4" fornece todas as regras para fins de inte-MMSC (para garantir a interoperabilidade entre diferentes plataformas MMSC de diferentes fabricantes). As diferenças com a plataforma SMSC não ficam apenas no tipo de conteúdo suportado, mas especialmente no modo de conexão aos elementos de rede e em conseqüência o modo como se dá o tráfego das mensagens multimídia, sejam elas trocadas entre dois telefones moveis (MO-MT) e/ou originadas/ terminadas por uma aplicação (AO-MT, MO-AT).

A característica que mais aproxima a plataforma MMSC de uma plataforma SMSC é o princípio de funcionamento de ambas: Store & Forward, ou seja, primeiramente as mensagens destinadas aos assinantes móveis são armazenadas em um banco de dados da plataforma (Store) e posteriormente, quando possível, as mensagens são efetivamente entregues aos assinantes (Forward).

A plataforma MMSC propriamente dita não possui conexão física aos elementos de uma rede celular, já que todo a comunicação é feita através de WSP (Wireless Session Protocol), o que incita o uso de um WAP Gateway.

Alguém pode perguntar: Mas então, o MMSC é a soma de uma plataforma SMSC com um WAP Gateway? Simplificadamente

Page 54: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

54

poderíamos afirmar que sim, mas não é tão simples assim… Até mesmo para o uso com sucesso da solução MMSC é necessário a existência de uma plataforma SMSC integrada a rede celular da operadora. Levando-se em conta o fato de a plataforma MMSC fazer uso de WSP, que por definição do WAP Fórum explora parte da pilha do protocolo TCP/IP, podemos imaginar que o MMSC também faz uso exaustivo de TCP/IP. Tanto isso é verdade, que não somente pelos procedimentos mais comuns decorrentes de uma sessão WAP (WAP Post, WAP Push e WAP Get), o MMSC executa muitas das operações comunicando-se por ambos, SMTP e HTTP. O SMTP (isso mesmo, o protocolo padrão para e-mail) tem destaque na interoperabilidade de plataformas, e também no manuseio de mensagens multimídia enviadas por terminais multimídia para caixas postais na Internet (MO-Email) e vice-versa, quando e-mails são enviados da Internet com destino a terminais multimídia.

Considerando o exemplo anterior, quando uma mensagem é trocada através de SMTP, certamente uma questão vem à cabeça do leitor atento: E como ficam os conteúdos e diferentes formatos? Pois para lidar com isso, como parte das normas de padronização foram criadas regras para adaptação de conteúdo. Em linhas gerais, a plataforma MMSC identifica as capacidades do terminal destinatário e então formata o conteúdo de maneira que este possa ser visualizado. Essa formatação inclui adaptação do tamanho da imagem (de acordo com o numero de linhas/ tamanho da tela do terminal), formatos de mídia suportados (gif, jpeg, etc...) e outros aspectos pertinentes às capacidades do terminal receptor.

Para fins de exemplificação, os seguintes passos são executados quando uma mensagem é enviada de um terminal A com destino ao terminal B. (Para fins didáticos, imaginemos que o terminal A é produzido pelo fabricante Nokia, modelo 7650 e o terminal B é produzido pelo fabricante Ericsson, modelo T68i):

1. A mensagem é enviada pelo assinante A, com destino ao assinante B;

2. Quando a mensagem chega na plataforma MMSC, ela é armazenada (como principio de funcionamento, primeiramente a mensagem é armazenada, pois o destinatário pode estar indisponível), e uma notificação é encaminhada ao terminal B (com capacidades ainda desconhecidas) informando que existe uma mensagem multimídia aguardando para ser carregada/ lida;

Page 55: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

55

3. O terminal B envia um ACK (acknowledgement, informando que tomou conhecimento de tal situação) para a plataforma MMSC, incluindo na mensagem ACK o seu "UA Header" (User Agent Header). Neste cabeçalho estarão incluídas informações sobre as capacidades do terminal, tais como: tamanho da tela, formatos suportados, etc. O ACK enviado pelo terminal em direção ao MMSC também é uma solicitação para receber a mensagem multimídia (WAP Get);

4. Com base nas informações recebidas do assinante B, a plataforma MMSC realiza uma consulta (possivelmente em seu banco de dados, variando de acordo com a implementação do fabricante) a fim de realizar a adaptação do conteúdo;

5. Finalmente, atendendo ao WAP Get recebido, a plataforma MMSC disponibiliza a mensagem multimídia no formato "legível" ao terminal B.

Abaixo, um exemplo de como se dá o envio de uma mensagem multimídia entre dois assinantes (MO-MT) sob a Ótica de uma sessão WSP (Wireless Session Protocol).

Mensagem multimídia MO-MT Tanto para o assinante que vai enviar a mensagem multimídia (MO, Mobile Originated), como para o assinante que vai receber a mensagem multimídia (MT, Mobile Terminated) o primeiro pré-requisito a ser considerado é a capacidade dos terminais de enviar/ receber conteúdo multimídia (de maneira análoga temos o mesmo cenário com o mundo SMS).

Com estes requisitos atendidos, o assinante que vai enviar a mensagem realiza o que chamamos de WAP Post, que corresponde ao envio da mensagem multimídia através de uma conexão usando o WAP gateway. A mensagem enviada será armazenada na plataforma MMSC, que usando as informações contidas sobre o destinatário irá disparar um processo, usando a plataforma SMSC já existente, para a entrega de uma short message que contém um link para o acesso a mensagem multimídia. Este processo é conhecido como WAP Push.

Por fim, o assinante que recebe o WAP Push (espécie de short message especial com o link para a mensagem multimídia) irá clicar sobre este link, realizando a parte final do processo, conhecida como WAP Get, quando, então, uma conexão WAP será realizada exibindo a mensagem multimídia enviada anteriormente por outro assinante.

Page 56: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

56

Possíveis Aplicações usando MMSC Se o MMS é o irmão mais velho do SMS, é fácil imaginar que as aplicações desenvolvidas para explorar a capacidade SMS podem/ serão adaptadas para explorar também as capacidades MMS. Trata-se do famoso AO-MT (Application Originated - Mobile Terminated). Embora o numero de assinantes com terminais MMS ainda seja muito pequeno (sempre comparando com o irmão mais novo, SMS) o numero de terminais com capacidade MMS disponibilizados pelos fabricantes é cada vez maior, mais atrativo, e com tendência de preços mais baixos. Isso certamente alavancará o uso desta tecnologia, uma vez que o apelo visual conta bastante. Alguns exemplos de serviços já explorados por operadoras/ prestadores de serviço são:

Envio de cartões postais; Envio de figuras/ ícones personalizados; Envio de clips de musicas/ eventos esportivos, etc;

Os exemplos acima estão longe de esgotar o potencial de uso/ exploração dos serviços/ conteúdos MMS. Mas e o que acontece com a grande massa (presente) de terminais não-MMS? Pensando nisso, diferentes fabricantes oferecem diferentes implementações, que visam em Última análise proporcionar uma maneira alternativa de visualizar as mensagens multimídia enviadas por algum assinante com terminal MMS ou mesmo vindo de uma aplicação e/ ou endereço de e-mail.

Tais soluções permitem que o assinante que não possui terminal MMS receba, por exemplo, uma SMS notificando que uma nova MMS chegou e está aguardando para ser visualizada no endereço http://.... ou ainda que a nova MMS foi direcionada para a caixa postal dele (configurada previamente como opção quando da chegada de uma MMS).

Medidas como essa, independente da implementação escolhida/ oferecida pelo fabricante da plataforma/ terminal MMS visam garantir em especial duas coisas:

TRANSPARÊNCIA, para o usuário final, que não precisa (não quer) se preocupar com termos técnicos, tampouco sabe a característica/ modelo/ fabricante do terminal do destinatário da mensagem multimídia;

Page 57: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

57

RECEITA, para a operadora, que visa oferecer variedade de serviços diversificando seu portfólio e garantindo competitividade/ diferencial no mercado de atuação.

Em março de 2002 houve a primeira demonstração do serviço de mensagem multimídia – MMS, em uma rede GSM/ GPRS real no Brasil.

O MMS (Multimídia Messagin Service / Serviço de Mensagens Multimídia) é a evolução do SMS (Short Message Service / Mensagens de Texto) sendo considerado, no mundo dos dispositivos móveis, uma evolução similar a do DOS para o Windows no mundo dos PCs. O MMS promete oferecer uma ambiente completo para aplicações multimídia, envolvendo imagens, texto, áudio, vídeo etc, podendo funcionar nas redes já instaladas. Enquanto nos serviços de e-mail atuais as diferentes mídias são recebidas como arquivos atachados, no MMS, as mensagens podem vir acompanhadas de informações sobre a sincronização e apresentação das diversas mídias enviadas. O MMS é uma tendência no mercado de comunicação móvel.

Os organismos internacionais de padronização responsáveis pelo MMS são o 3GPP e o WAP Fórum. Os documentos do 3GPP resumidos neste trabalho são: - 3GPP TS 22.140 MMS Stage 1 (Service Aspects) - 3GPP TS 23.140 MMS Functional description - 3GPP TS 26.233 Transparent end-to-end packet switched streaming service (PSS) / General description - 3GPP TS 26.234 Transparent end-to-end packet switched streaming service (PSS) / Protocols and codecs Os dois primeiros documentos estão diretamente relacionado ao MMS enquanto os últimos dois fornecem uma visão do PSS (Streaming).

Os documentos do WAP Fórum resumidos neste trabalho são:- WAP-205 MMS Architecture Overview - WAP-206 Client Transactions Specification

Page 58: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

58

10. Serviços Móveis. 10.1 Sistema de Móvel Pessoal. O Serviço Móvel Pessoal – SMP é o serviço de telecomunicações móvel terrestre de interesse coletivo que possibilita a comunicação entre Estações Móveis e de Estações Móveis para outras estações. O SMP é caracterizado por possibilitar a comunicação entre estações de uma mesma Área de Registro do SMP ou acesso a redes de telecomunicações de interesse coletivo. Todo sistema de comunicação segue regras para o seu funcionamento, com isso apresentamos algumas das informações sobre estas regras lembrando que a Anatel e responsável por regulamentar esta área. No que é pertinente á legislação segue algumas informações.

Número Data Data Dou Assunto

354

18/12/2003

22/12/2003

Dispõe sobre a oferta de chamadas a cobrar terminadas no SMP para os Planos Pré-pagos de Serviço - SMP

352

31/10/2003

3/11/2003

Dispõe sobre a prorrogação do convívio de dupla marcação, previsto no art. 3º da Resolução 339, de 22 de maio de 2003.

351

1/10/2003

3/10/2003

Aprova a Proposta de destinação da série de Código de Acesso de Usuário no formato 7N7N6N5+N4N3N2N1 para os serviços móveis de interesse coletivo. Retificação

339

22/5/2003

23/5/2003

Dispõe sobre os aspectos técnico-operacionais da implementação do Código de Seleção de Prestadora - CSP no Serviço Móvel Pessoal - SMP

335

17/4/2003

23/4/2003

Aprova o Regulamento de Indicadores de Qualidade do Serviço Móvel Pessoal

326

28/11/2002

29/11/2002

Altera a Norma Adaptação dos Instrumentos de Concessão e de Autorização do Serviço Móvel Celular

Page 59: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

59

SMC para o Serviço Móvel Pessoal - SMP

321 27/9/2002 1/10/2002 Plano Geral de Autorizações do Serviço Móvel Pessoal – PGA-SMP.

320

27/9/2002

1/10/2002

Regulamento sobre Critérios Tarifários para a Prestação do Serviço Telefônico Fixo Comutado destinado ao uso do público em geral – STFC, nas chamadas envolvendo usuários do Serviço Móvel Pessoal - SMP.

319

27/9/2002

1/10/2002

Norma Critérios de Remuneração pelo Uso de Redes de Prestadoras do Serviço Móvel Pessoal - SMP.

318

27/9/2002

1/10/2002

Norma Adaptação dos Instrumentos de Concessão e de Autorização do Serviço Móvel Celular SMC para o Serviço Móvel Pessoal – SMP.

Sempre que houver alguma dúvida sobre as resoluções ou portarias no que se refere a comunicação móvel basta consultar o site da Anatel.

Dados levantados site da Anatel – www.anatel.gov.br em 11/09/2004

Page 60: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

60

Dados sobre o crescimento. Continuando a falar sobre sistema móvel pessoal, segue

abaixo a tabela de evolução deste tipo se sistema em nosso país no período de 1999 a 2004 segundo dados da Anatel. Onde existe o crescimento por banda e o crescimento total.

Ano Banda A Cresc. (%) Banda B Cresc. (%) Banda D Cresc. (%) Banda E Cresc. (%) Banda A + B + D + E Cresc. Total (%) 1990 667 0 0 0 0 0 0 0 667 0 1991 6.700 904,5 0 0 0 0 0 0 6.700 904,5 1992 31.726 373,5 0 0 0 0 0 0 31.726 373,5 1993 191.402 503,3 0 0 0 0 0 0 191.402 503,3 1994 755.224 294,6 0 0 0 0 0 0 755.224 294,6 1995 1.416.500 87,6 0 0 0 0 0 0 1.416.500 87,6 1996 2.744.549 93,8 0 0 0 0 0 0 2.744.549 93,8 1997 4.534.491 65,2 15.684 0 0 0 0 0 4.550.175 65,8 1998 6.099.553 34,5 1.268.665 7.988,9 0 0 0 0 7.368.218 61,9 1999 10.756.771 76,4 4.275.927 237,0 0 0 0 0 15.032.698 104,0 2000 15.652.880 45,5 7.535.291 76,2 0 0 0 0 23.188.171 54,3 2001 19.277.861 23,2 9.467.908 25,6 0 0 0 0 28.745.769 24,0 2002 22.181.473 15,1 11.006.739 16,3 1.609.102 0 83.653 0 34.880.967 21,3 2003 26.448.765 19,2 13.501.057 22,6 5.673.703 252,6 749.741 796,2 46.373.266 32,9 2004 29.568.045 11,79 16.079.954 19,10 8.321.219 46,6 1.276.546 70,26 55.245.764 19,13

Termos de Autorização

Superintendência de Serviços Privados - SPV Gerência Geral de Comunicações Pessoais Terrestres - PVCP

Gerência de Autorização e Acompanhamento – PVCPA Controle de Estações Móveis do SMC e SMP

Crescimento das Comunicações Móveis (1999-2004)

Fonte: Anatel 11/09/2004

Page 61: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

61

Page 62: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

62

Fonte: Anatel 11/09/2004

Page 63: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

63

Operadoras dos Serviços Móvel Pessoal.

Fonte: Anatel 11/09/2004

Page 64: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

64

Clonagem de Telefone Celular.

Telefone celular clonado é um aparelho que foi reprogramado para

transmitir o código do aparelho e o código do assinante habilitado. Assim, o fraudador usa o aparelho clonado para fazer as ligações telefônicas e as mesmas são debitadas na conta do titular da linha.

Geralmente a fraude de clonagem acontece quando o usuário encontra-se fora da área de mobilidade de origem, ou seja, em "roaming", e operando em modo analógico.

Pessoas inescrupulosas obtém a combinação código do aparelho/código do assinante por meio de monitoração ilegal de telefone celular habilitado. Supostamente, cada telefone celular possui um único código.

Contudo, após a clonagem, existirão dois telefones celulares com a mesma combinação código do aparelho/código do assinante.

Nesta condição, a central da prestadora de serviço celular não consegue distinguir o aparelho clonado de um devidamente habilitado.

Atualmente existem várias soluções sofisticadas para a detecção e prevenção de fraudes de clonagem e, as prestadoras têm procurado dispor destes recursos como parte de suas operações.

Pode ser indícios de que existe um telefone celular clonado, quando o usuário perceber:

• dificuldades para completar chamadas originadas; • quedas freqüentes de ligação; • dificuldades para acessar a sua caixa de mensagem; • chamadas recebidas de números desconhecidos, nacional e

internacional; e débitos de prestação de serviços muito acima da média.

Percebido indícios de que existe fraude de clonagem ou em casos de extravio ou furto do aparelho, o usuário deve entrar imediatamente em contato com a prestadora e solicitar o bloqueio da linha.

Se a ocorrência for denunciada por telefone, o usuário deve anotar o nome completo do atendente, a data, a hora, o número do boletim gerado e no caso de denúncia direta, obter cópia impressa da reclamação.

O usuário deve procurar consertar seu telefone celular em representantes autorizados dos fabricantes ou em oficina de sua confiança.

Page 65: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

65

Fazer revisão mensal do documento de cobrança para verificar possíveis chamadas não efetuadas.

Quando estiver fora da área de atuação de sua prestadora, em modo conhecido como "roaming", as ligações são consideradas de longa distância, nacional ou internacional. Se ocorrer uma fraude nessa situação, estas não serão descobertas até que os registros de bilhetagem sejam trocados entre prestadoras, o que demandará algum tempo. Portanto, maior rigor no controle das chamadas quando estiver em viagens, além de cuidados nas passagens por aeroportos.

Ao adquirir um telefone celular, novo ou usado, exigir nota fiscal e verificar a procedência, a habilitação e conferir as informações da nota, incluído o número de série.

No caso de aparelho usado, certificar se o mesmo não é roubado consultando a prestadora para saber se o aparelho não consta do Cadastro Nacional de Estações Móveis Impedidas (CEMI).

Além da cobrança por chamadas efetuadas pelo usuário fraudulento a fraude de clonagem em sistemas móveis pode causar ao assinante, a perda temporária do serviço e, eventualmente, a necessidade de programar o telefone celular com um novo número.

O Regulamento do Serviço Móvel Pessoal, estabelece obrigações às prestadoras quanto à identificação e existência de fraudes, conforme dispõe seu artigo 69 a seguir transcrito: "A prestadora deve dispor de meios para identificar a existência de fraudes, em especial aquelas consistentes na utilização de Estação Móvel sem a regular Ativação utilizando Código de Acesso a outra Estação Móvel"

Portanto, uma vez comprovada a fraude de que o aparelho habilitado foi alvo de clonagem, a prestadora de serviços é obrigada por lei a cancelar a cobrança de chamadas não efetuadas pelo assinante.

Se a prestadora não resolver o problema, mesmo depois de ser comunicada, o usuário deve procurar a Anatel ou os órgãos de defesa do consumidor em sua cidade.

Informações adicionais sobre fraude de clonagem de telefone celular, ligue 0800.33.2001.

Page 66: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

66

10.2 Estudos Técnicos.

O desenvolvimento do setor de telecomunicações exige além da evolução tecnológica, econômica, inovação e qualidade, assim como a valorização do conhecimento, sobretudo, da pesquisa como elementos de busca de excelência.

Pensando assim, a Superintendência de Serviços Privados – SPV e a Gerência Geral de Comunicações Pessoais Terrestres – PVCP, através da Gerência de Regulamentação – PVCPR, estruturou este subsite, disponibilizando estudos e apresentações, fruto do acompanhamento e monitoramento das expectativas e tendências do mercado de telecomunicações.

Muito mais que um repositório virtual de informações, este subsite visa atender as demandas da comunidade por estudos e discussões geradas no ambiente de telecomunicações, em especial, sobre Serviço Móvel Pessoal, pela composição de cenários. A idéia é a de busca da qualidade com impacto na satisfação dos consumidores, bem como ampliação dos parâmetros de competição.

Visando cumprir a missão de órgão de Estado, a transparência, é que a partir de agora iremos publicar, resultados e análise de pesquisas, apresentações e artigos sobre serviços móveis, produzidos na gerência de regulamentação, que serão atualizados de acordo com geração de novos produtos. Instalação de Torres e Campos Eletromagnéticos

A instalação e operação de estações do serviço de telecomunicações móvel terrestre, além de ser disciplinada por regulamentos específicos, é regida pela Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997 - Lei Geral de Telecomunicações - LGT.

Os aspectos civis da instalação da estação de telecomunicações, com as correspondentes edificações, torres e antenas, bem como a instalação de linhas físicas em logradouros públicos, depende da legislação local referente à urbanização e obras.

Os Municípios detêm competência constitucional para legislar sobre assuntos de interesse local, para promover o adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano e para promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local.

O Estatuto da Cidade estabelece normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do

Page 67: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

67

bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental.

Para estimular a otimização de recursos, a redução de custos operacionais, além de outros benefícios aos usuários dos serviços prestados, atendendo a regulamentação específica do setor de telecomunicações, a Anatel aprovou, por meio da Resolução nº 274, de 5 de setembro de 2001, o Regulamento de Compartilhamento de Infra-Estrutura entre Prestadoras de Serviço de Telecomunicações.

No que se refere à exposição da população a campos eletromagnéticos associados à operação das estações de radiocomunicações, bem como à utilização dos equipamentos terminais portáteis, a Anatel aprovou, por meio da Resolução nº 303, de 02 de julho de 2002, o Regulamento sobre Limitação da Exposição a Campos Elétricos, Magnéticos e Eletromagnéticos na Faixa de Radiofreqüências entre 9kHz e 300GHz.

A mencionada regulamentação tem como base as diretrizes da Comissão Internacional para Proteção contra Radiações Não Ionizantes - ICNIRP, que constam da publicação "Guidelines for Limiting Exposure to Time-Varying Eletric, Magnetic, and Eletromagnetic Fields (up to 300GHz), Health Physics Vol. 74, Nº 4, pp 494-522, 1998". A versão para o Português destas diretrizes encontra-se disponível na página da Anatel.

A Anatel preparou para você as respostas para as dúvidas freqüentes sobre a exposição às ondas eletromagnéticas de radiofreqüências. Também disponibiliza alguns links relacionados com exposição a campos eletromagnéticos.

Na escolha do modelo e fabricante de aparelho celular, você deve observar a tecnologia e o sistema implementado pela prestadora de serviço de sua cidade. Observe também se o aparelho possui o certificado emitido ou reconhecido pela Anatel, pois somente poderão ser comercializados, no Brasil, e habilitados, pelas prestadoras, aparelhos que possuam tal certificação.

Mastro, monoposte e auto suportada, são os tipos de estruturas de suporte de antenas mais utilizadas. As empresas especializadas seguem exigências mínimas e padronizadas internacionalmente, na elaboração de projetos de montagem, acabamento, inspeção e manutenção de torres.

Page 68: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

68

10.3 A implantação de infra-estrutura de telecomunicações.

A competência para a organização inclui, entre outros aspectos, o disciplinamento e a fiscalização da execução, comercialização e uso dos serviços e da implantação e funcionamento de redes de telecomunicações, bem como da utilização dos recursos de órbita e espectro de radiofreqüências (Parágrafo único do artigo 1º da Lei Geral de Telecomunicações - LGT). Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997 - Lei Geral de Telecomunicações - LGT

a) Normas e Padrões sobre Prestação de Serviços de Telecomunicações.

Estabelece normas e padrões sobre prestação de serviços de telecomunicações no regime privado, que asseguram a compatiblidade, a operação integrada e a interconexão entre as redes, abrangendo inclusive os equipamentos terminais.

• Serviços de Telecomunicações • Serviço Móvel Celular • Serviço Móvel Pessoal • Serviço Móvel Especializado • Serviço Especial de Radiochamada

b) Regulamento sobre Exposição à Radiação

c) Estabelece limites de exposição da população a campos eletromagnéticos provenientes de estações transmissoras de serviços de telecomunicações. d) Regulamento Sobre Limitação da Exposição a Campos Elétricos, Magnéticos e Eletromagnéticos na Faixa de Radiofreqüência

e) Compartilhamento de Infra-Estrutura Disciplina o compartilhamento de infra-estrutura entre empresas

prestadoras de serviços de telecomunicações, conforme prevê o artigo 75, da LGT f) Leis de Parcelamento do Solo

Dispõe sobre loteamento e a venda de terrenos para pagamento em prestações

Decreto Lei nº 58, de 10/12/37 Lei 6766, de 19/12/79 Lei 9785, de 29/1/99

Page 69: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

69

www.estatutodacidade.org.br g) Condomínios e Incorporações

Dispõe sobre o condomínio em edificações e as incorporações imobiliárias. Lei 4.591, de 16/12/64

Medida Provisória 2221, de 4/9/2001 www.estatutodacidade.org.br

h) Legislação Municipal

www.estatutodacidade.org.br

Os aspectos urbanísticos de proteção ao patrimônio histórico, artístico e cultural, dos monumentos, paisagens, sítios arqueológicos, meio ambiente e poluição (artigos 23, III,VI e VII e 225) são de competência da União para edição de normas gerais (artigo 24, VI, VII e VIII e § 1º) e dos Estados e Distrito Federal a legislação suplementar (artigo 24, I e § 2º).

Da Organização a Proteção do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional trabalha, desde 1937, data de sua criação, com os bens culturais nacionais tombados, representativos de diversos segmentos da cultura brasileira, com base em legislação específica - Decreto-lei n° 25, que cria o instituto do tombamento, além de outras legislações, como a de arqueologia - Lei de Arqueologia 3924/61, as atribuições contidas na Constituição Federal - Art. 215 e 216 e o Decreto nº 3.551/2000 que institui o registro de bens culturais de natureza imaterial.

Além da legislação nacional específica, e de outros instrumentos legais, tais como a legislação ambiental, de arqueologia e de turismo cultural, a preservação de bens culturais é orientada por Cartas, Declarações e Tratados Nacionais e Internacionais.

Do Instituto do Tombamento que organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional

http://www.iepha.mg.gov.br/decretolei.htm.

A Lei de Arqueologia que dispõe sobre os monumentos arqueológicos e pré-hsitóricos http://www.iphan.gov.br/legislac/lei3924.htm?Cod=

Page 70: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

70

Áreas Especiais e de Locais de Intreresse Turístico que dispõe sobre a criação de áreas especiais e de locais de interesse turístico sobre o inventário com finalidades turísticas dos bens de valor cultural e natural http://www.pr.gov.br/colit/leif_6513.html.

Política Nacional do Meio Ambiente dispõe sobre a política nacional do meio ambiente http://www.mma.gov.br/port/conama/index.html?

Construção de torres metálicas auto suportadas para antenas

As construções de torres seguem exigências mínimas e padronizadas a serem obedecidas na elaboração de projetos, reforço estrutural, inspeção, montagem e acabamento.

Parâmetros para Projetos de Torres Metálicas Auto Suportadas Os principais parâmetros de especificação na construção e

montagem de torres metálicas auto suportadas são: a) Altura total b) Cargas previstas para as torres c) Fundações d) Estrutura e) Escada f) Esteira vertical e horizontal g) Plataformas h) Pára-raios i) Aterramento j) Iluminação de obstáculo l) Pintura

Normas e Padrões para Elaboração de Projetos de Torres Metálicas Auto Suportadas

Alguns fabricantes e instaladores de torres metálicas auto suportadas para fixação de antenas, seguem normas e padrões editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, Práticas Telebrás e algumas edições internacioanais, na elaboração de projeto, montagem e acabamento de torres metálica auto suportadas.

Page 71: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

71

10.4 Prestadoras do Serviço Móvel Americel www.americel.com.br ATL www.atl.com.br BCP www.bcp.com.br CTBC www.ctbccelular.com.br Global Telecom www.globaltelecom.com.br TIM Maxitel www.timmaxitel.com.br Nextel www.nextel.com.br Sercomtel Celular www.sercomtel.com.br TCO www.tco.com.br Telebahia Celular www.telebahiacelular.com.br Telefônica Celular www.telefonicacelular.com.br Telemig Celular www.telemigcelular.com.br Telergipe Celular www.telergipecelular.com.br Telesp Celular www.telespcelular.com.br Tess www.tess.com.br Tim Celular www.timcelular.com.br Tim Nordeste www.timnordeste.com.br

Page 72: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

72

10.5 Móvel Especial de Radiochamada

O Serviço Especial de Radiochamada - SER é um serviço de telecomunicações destinado a transmitir, por qualquer forma de telecomunicação, informações unidirecionais originadas em uma estação de base e endereçadas a receptores móveis, utilizando-se das faixas de freqüências de 929 MHz e 931 MHz

Os equipamentos a serem comercializados/utilizados no País devem ser certificados pela ANATEL, bem como atender a toda legislação pertinente.

A Norma 17/96 estabelece a canalização e condições de uso de frequências pelo Serviço Especial de Radochamada e pelo Serviço Limitado Privado de Radiochamada.

A utilização do sistema pretendido depende de prévia Autorização para execução do Serviço Limitado Privado de Radiochamada bem como pelo uso de radiofreqüência.

Informações adicionais poderão ser obtidas nos Escritórios Regionais da ANATEL no que diz respeito à documentação necessária, formulários padronizados etc.

Page 73: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

73

10.6 Serviço Móvel Especializado.

O SERVIÇO MÓVEL ESPECIALIZADO (SME) é o serviço de telecomunicações móvel terrestre de interesse coletivo que utiliza sistema de radiocomunicação, basicamente, para a realização de operações tipo despacho e outras formas de telecomunicações. Caracteriza-se pela mobilidade do usuário. O SME é prestado em regime privado, mediante autorização, conforme disposto na Lei n.º 9.472, de 16 de julho de 1997 e é destinado a pessoas jurídicas ou grupos de pessoas, naturais ou jurídicas, caracterizados pela realização de atividade specífica.

Conhecido também como "TRUNKING", "TRUNK" ou "SISTEMATRONCALIZADO"

O Serviço móvel especializado (SME), significa Altura da Antena

sobre o Nível Médio do Terreno (HNMT), ou seja, é a altura do centro de radiação da antena em relação ao nível médio do terreno.

Onde a área de Cobertura de uma Estação Rádio Base é a área geográfica definida por um Contorno de Proteção, em que uma estação móvel pode ser atendida por uma estação rádio base. A Área de Prestação de Serviço é a área geográfica definida pela Anatel, na qual a Autorizada explora o Serviço Móvel Especializado conforme condições previamente estabelecidas.

Para ser considerado Assinante do Serviço Móvel Especializado, a pessoa deve possuir vínculo contratual com a prestadora do Serviço Móvel Especializado para fruição do serviço.

Uma pessoa jurídica será considerada coligada a outra se detiver, a direta ou indiretamente, pelo menos 20% (vinte por cento) de participação no capital votante da outra, ou se o capital votante de ambas for detido, direta ou indiretamente, em pelo menos 20% (vinte por cento), por uma mesma pessoa natural ou jurídica. Para efeito do cômputo do percentual referido, caso haja participação de forma sucessiva em vária pessoas jurídicas, calcular-se-á o percentual final da participação por intermédio da composição das frações percentuais de participação em cada pessoa jurídica na linha de encadeamento. As frações de participação maiores que 50% (cinqüenta por cento) do capital votante ou controle, com qualquer participação no capital, corresponderão a um multiplicador de 100% (cem por cento) no cálculo da composição da participação secessiva.

Page 74: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

74

Algums esclarecimentos a respeito de serviço móvel especializa. Proteção.

É o limite da área de cobertura de uma estação rádio base. Corresponde a um valor de intensidade de campo elétrico para o qual é assegurada uma relação mínima de proteção. Co-canal.

No serviço móvel especializado temos o Co-canal que nada mais do que uma mesma freqüência utilizado em outra estação de base. Distância de Coordenação.

É a distância limite entre estação rádio base do Serviço Móvel Especializado, abaixo da qual as empresas autorizadas a explorar o serviço devem empreender negociações visando compatibilizar a operação entre estações rádio base pretendidas a estações rádio base existentes. Estação Móvel.

É a estação do Serviço Móvel Especializado que pode operar, quando em movimento ou estacionada em lugar não especificado, dentro da área de cobertura de uma estação rádio base. Estação Rádio Base (ERB).

É a estação fixa do Serviço Móvel Especializado usada para radiocomunicação com estações móveis. Intensidade de Campo.

É a intensidade de campo eletromagnético de uma onda de rádio, em um ponto particular do espaço, medida em microvolt por metro. Interconexão.

É a ligação entre redes de telecomunicações funcionalmente compatíveis, de modo que os usuários de serviços de uma das redes possam comunicar-se com usuários de serviço de outra, ou acessar serviços nelas disponíveis. Nível do Terreno.

É a medida aritmética dos níveis médios das elevações do solo em um raio de 10 Km, a partir da antena transmissora, obtidos em oito radiais igualmente espaçadas, partindo-se do Norte Verdadeiro, tomando no mínimo cinqüenta pontos por radial.

Page 75: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

75

Operação tipo despacho. É a comunicação entre estações fixas e estações móveis ou entre

duas ou mais estações móveis, na qual uma mensagem é transmitida simultaneamente a todas as estações ou a um grupo de estações e efetuada mediante compartilhamento automático de um pequeno número de canais, de forma a otimizar a utilização do espectro. Potência Efetivamente Radiada (ERP).

É a potência aplicada nos terminais de entrada de uma antena multiplicada pelo seu ganho, relativo a um dipolo de meia onda, numa dada direção.

Page 76: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

76

10.7 Serviços Móvel Global por Satélite – SMGS. O Serviço Móvel Global por Satélite - SMGS - é o serviço móvel por satélite que tem como principais características utilizar sistemas de satélites com área de cobertura abrangendo todo ou grande parte do globo terrestre e oferecer diversas aplicações de telecomunicações.

10.7.1 Móvel Aeronáutico

Categoria de serviço móvel em que as estações móveis (MA)

deslocam-se por via aérea e comunicam-se com estações terrestres do serviço móvel aeronáutico, denominadas Estações Aeronáuticas (FA). Os serviços de telecomunicações aeronáuticas são prestados em condições e em faixas de freqüência dos Serviços Fixo e Móvel Aeronáutico, de Radionavegação Aeronáutica e de Radiodeterminação, definidas no Regulamento de Radiocomunicações da União Internacional de Telecomunicações - UIT, no Plano de Atribuição, Destinação e Distribuição de Faixas de Freqüências no Brasil, no Anexo 10 da ICAO, no Código Brasileiro de Aeronáutica, na Lei Geral de Telecomunicações e em outros que venham a ser assim considerados pela Legislação Brasileira. 10.7.2 Móvel Marítimo

Serviço Móvel Marítimo (Estação de Navio)

É o serviço destinado às comunicações entre estações costeiras e estações de navio, entre estações de navio ou entre estações de comunicações a bordo associadas. Estações em embarcações ou dispositivos de salvamento e estações de emergência de radiobaliza indicadora de posição podem, também, participar deste serviço.

As estações costeiras, estações a bordo de navios e estações portuárias estão associadas ao Serviço Móvel Marítimo, e sua autorização é formalizada pela expedição da licença para funcionamento de estação.

Como solicitar a expedição de Licença de Estação de Navio?

Para solicitar Licença de Estação de Navio deve ser utilizado o Formulário de Requerimento Licença de Estação de Navio preenchido e assinado conforme orientação - Instruções para o Preenchimento do Formulário de Requerimento de Licença de Estação de Navio.

Page 77: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

77

Apresentar os documentos abaixo relacionados nas Unidades da Anatel, juntamente com o formulário e aguardar emissão da licença.

Endereços das Unidades da Anatel: http://www.anatel.gov.br/conheca_anatel/Escritorios/enderecos.asp

• Cópia autenticada do CNPJ válido (pessoa jurídica).

• Cópia autenticada do documento de identidade e CPF (pessoa física).

• Cópia autenticada da carteira de identidade de estrangeiro.

• Cópia autenticada do Título de Inscrição da Capitania dos Portos, ou Documento Provisório de Propriedade da Embarcação, ou Boletim de Inscrição Simplificada de Embarcação Miúda (BEM), ou Provisão de Registro da Propriedade Marítima (embarcação maior ou igual a 100 toneladas). Não é obrigatória a apresentação da declaração para os casos: cancelamento de estação, exclusão total da entidade, 2ª via de licença, e alteração de endereço de correspondência.

• Cópia autenticada do documento de investidura do poder de assinar do interessado (p. ex. ato de nomeação, contrato social, ata de eleição de síndico, etc.)

• Procuração da pessoa física legalmente aceita, original ou cópia autenticada, com firma reconhecida, e cópia autenticada de documento de identificação do procurador (quando for o caso).

• Licença de Estação de Navio anterior para os casos de: alteração, prorrogação, revogação de licença ou mudança de proprietário da embarcação. Excepcionalmente pode ser aceito o pedido sem a devolução da licença anterior, desde que o interessado justifique, por declaração no Formulário de Requerimento de Licença de Estação de Navio, a razão pela qual não está devolvendo a referida licença.

A expedição da Licença da Estação de Navio é onerosa? Sim, ela é onerosa. São os seguintes os valores a serem pagos por cada Licença de Estação de Navio:

• Preço pelo Direito de Uso de Radiofreqüência: R$100,00 (cem reais) por estação por um período máximo de 10 anos

Page 78: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

78

• Taxa de Fiscalização da Instalação/ TFI, por estação:

costeira - R$ 134,08

portuária - R$ 134,08

navio- R$ 26,83

• Taxa de Fiscalização de Funcionamento/TFF, por estação: 50% do valor da TFI

Qual é o instrumento de Autorização da Licença de Estação do Navio?

A Licença de Estação de Navio é formalizado pela expedição da Licença para Funcionamento de Estação.

O que é a Licença Para Funcionamento de Estação?

E o documento que autoriza a instalação e funcionamento de estação.

Qual é o prazo de validade da Licença para Funcionamento de Estação da Estação de navio do Serviço Móvel Marítimo?

O prazo de validade da Licença para Funcionamento de Estação é de no máximo 10 anos, prorrogável de forma onerosa.

Como cancelar minha da Licença para Funcionamento de Estação da Estação de navio do Serviço Móvel Marítimo?

A solicitação de cancelamento da Licença para Funcionamento de Estação do Serviço Móvel Marítimo deve ser formalizada por escrito. Para tanto deve-se utilizar:

a) Formulário de Requerimento Licença de Estação de Navio, devidamente preenchido e assinado pelo interessado ou pessoa por ele autorizada mediante procuração ; ou

b) Requerimento devidamente instruído e assinado pelo interessado ou pessoa por ele autorizada mediante procuração;

Deve ainda apresentar procuração da pessoa física ou jurídica, legalmente aceita e cópia autenticada de documento de identificação do procurador (quando for o caso).

Page 79: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

79

Como proceder para solicitar alterações na Licença de Estação de Navio já existente?

Deve ser preenchido o Formulário de Requerimento Licença de Estação de Navio assinalando-se a opção de 2ª VIA/OUTRAS ALT.

No formulário preencher somente os dados de identificação e os dados a serem alterados, e apresentar os documentos relacionados conforme o caso. Como proceder para solicitar a inclusão de um equipamento que tenha dispositivos do GMDSS, como Chamada Seletiva Digital, EPIRB e/ou INMARSAT?

Preencher o Formulário de Requerimento Licença de Estação de Navio assinalando-se a opção de 2ª VIA/OUTRAS ALT.

No formulário preencher somente os dados de identificação, Embarcação, Dados da Embarcação e Características Técnicas dos Equipamentos.

Como faço para receber o n.º do MMSI? No momento que for solicitado a licença de estação de Navio ou

alteração de uma licença já existente, deve ser informado no Formulário de Requerimento Licença de Estação de Navio no item "9", os Tipos de Equipamentos que o navio possui.

Por meio dessa informação a Anatel possui a informação suficiente para atribuir o MMSI, cujo número constará na Licença de Estação de Navio. Os produtos destinados ao Serviço Móvel Marítimo necessitam de certificação da Anatel?

Sim, todos os equipamentos utilizados para a operação do Serviço Móvel Marítimo devem ser certificados pela Anatel. Quais são os produtos atualmente certificados pela Anatel/Ministério da Comunicações para o Serviço Móvel Marítimo?

Para obter a lista dos produtos certificados para o Serviço Móvel Marítimo, consulte o seguinte endereço; www.anatel.gov.br - Certificação de Produtos - Pesquisa de Produtos Certificados.

Page 80: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

80

Como encaminhar reclamações e sugestões sobre o Serviço Móvel Marítimo?

Para reclamações ou sugestões sobre o Serviço Móvel Marítimo entre em contato com a Anatel por meio da Central de Atendimento Telefônico, número 0800 33 2001. A ligação é gratuita!

Page 81: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

81

11. TENDÊNCIAS GERAIS

A tecnologia 2,5G vem arrancando um grande investimento na implantação de uma nova infra-estrutura que só agora começam a funcionar no Brasil. Esta tecnologia tem como desafio corrigir alguns problemas encontrados no acesso discado ao protocolo WAP. Esses problemas são em relação a preços elevados, velocidades e qualidade dos recursos e aplicações inferiores.

Por mais que a tecnologia 2,5G seja uma novidade no mercado brasileiro já se tem analisado planos de negócios nas redes de 3ª Geração (3G), uma vez que esta permite a transmissão de texto, áudio, imagem e animação, através do aparelho móvel.

Tendo base em uma reportagem que foi publicada na revista Networking em maio de 2002, enquanto o Brasil tende a adotar o sistema 2.5G, outros países como o Japão já está começando a construir a Tecnologia 4G, trazendo a conexão com taxas de transmissão que podem chegar de 20Mbps à 100Mbps, sendo 260 vezes mais rápido do que a anterior, a tecnologia 3G. Em julho e agosto deste ano já será realizado os primeiros experimentos com a nova aparelhagem a qual tem previsão de estar atuando no mercado a partir do ano de 2010, conforme o gráfico.

0

200

400

600

800

1000

1200

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

3G

CDMA 1X/GPRS

DIGITAL (2G)

ANALÓGICO (1G)

Clientes (milhões)

Fonte: Ovum

Gráfico 3 - TENDÊNCIAS

Page 82: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

82

O mapa abaixo demonstra claramente a evolução histórica dos sistemas GSM, HSCDS, GPRS e WCDMA, de acordo com as taxas de dados de transmissão em Kbps.

Dados Estatísticos

Veja na figura abaixo, o explosivo crescimento de assinantes no

mundo e conseqüentemente o aumento da utilização da Internet e da telefonia móveis:

GRAFICO 4 - EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS SISTEMAS

020406080

100120140160180

199 201

Assinantes no mundo ( em milhões)

Aumento crescenteda Internet Móvel

Telefones Móveis

Telefones Fixos

Internet Móvel Internet Fixa

Crescente demanda da Telefonia móvel

GRAFICO 5 - ASSINANTES NO MUNDO

Page 83: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

83

GLOSSÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS

Acesso Múltiplo por Divisão de Código ("CDMA")

Técnica de transmissão digital utilizada em sistemas de radiocomunicações. Consiste na transmissão de sinais por espalhamento espectral em que os usuários utilizam a mesma faixa de freqüências durante todo o intervalo de tempo. No sistema telefônico móvel celular permite que um grande número de usuários acessem simultaneamente um único canal da Estação Radiobase sem interferências.

Acesso Múltiplo por Divisão de Tempo ("TDMA")

Técnica de transmissão digital utilizada em sistemas de radiocomunicações. Em um sistema telefônico móvel celular com padrão TDMA vários móveis se revezam, no tempo, na transmissão/recepção sob a mesma freqüência compartilhada.

Adicional por Chamada

Item de Plano de Serviço, correspondente ao valor devido pelo Assinante à Concessionária de SMC por chamada recebida ou originada fora dos limites da Área de Mobilidade definida no Plano de Serviço a que o Assinante está vinculado.

Aglomerado Celular ("Cluster")

Conjunto de Células, com números pré-determinados, onde é utilizado a totalidade dos canais de controle e voz designados ao Sistema de Telecomunicações Móvel Celular, sem que haja reuso desses canais.

Altura da Antena sobre o Nível Médio do Terreno (HNMT)

Altura do centro de radiação da antena em relação ao nível médio do terreno.

AMPS ("Advanced Mobile Phone Service")

Padrão de Telefonia Móvel Celular analógico, adotado pelo Brasil.

Page 84: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

84

Área de Abrangência

Área geográfica delimitada pela Agência Nacional de Telecomunicações, na qual a prestadora do SMC deve explorar o serviço, nos termos do Contrato de Concessão ou Termo de Autorização.

Área de Cobertura

Área geográfica em que uma Estação Móvel pode ser atendida pelo equipamento rádio de uma Estação Radiobase.

Área de Concessão

Área geográfica delimitada pela Agência Nacional de Telecomunicações, na qual a Concessionária de SMC deve explorar o serviço, nos termos do contrato de concessão, observando a regulamentação pertinente.

Área de Controle

Área geográfica em que o SMC é controlado por uma determinada Central de Comutação e Controle.

Área Local

Espaço geográfico fixado pela Concessionária de STP, em função de critérios técnicos, independente de divisão político-geográfica.

Área de Localização

Área na qual uma Estação Móvel pode movimentar-se sem ser necessária a atualização dos registros de localização, podendo conter uma ou várias áreas de cobertura.

Área de Mobilidade

Componente de Plano de Serviço, que:

a) corresponde a Área Geográfica que é considerada como referência para aplicação dos itens "Adicional por Chamada" e " Deslocamento" de Planos de Serviço;

b) é estabelecida de forma independente dos limites geográficos da Área de Concessão da Concessionária de SMC, podendo ser contínua ou não; e

Page 85: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

85

c) pode ser diferenciada entre os Planos de Serviço da Concessionária de SMC.

Área de Mobilidade (Plano de Serviço Pré-Pago)

Componente de Plano de Serviço Pré-Pago que:

a) corresponde à área geográfica, que é considerada como referência para aplicação dos itens "Adicional por Chamada" e "Deslocamento" de Plano de Serviço;

b) é estabelecida de forma independente dos limites geográficos da área de abrangência da prestadora do SMC, podendo ser contínua ou não;

c) pode ser diferenciada entre os Planos de Serviço Pré-Pagos da prestadora do SMC;

d) pode estar associada a uma Área de Tarifação quando da habilitação do terminal do usuário do Plano de Serviço Pré-Pago, e;

e) pode estar associada a uma Área de Registro.

Área de Numeração Fechada

Área de prestação de serviços públicos de telecomunicações em que todos os assinantes a ela pertencentes, podem se comunicar digitando apenas o Número de Assinante, excetuando-se o caso de chamada automática local a cobrar.

Área de Registro

Área de localização na qual uma Estação Móvel é registrada por ocasião de sua habilitação no SMC, parte integrante do Contrato de Tomada de Assinatura do Assinante do SMC, referência para o cálculo do valor das chamadas destinadas ao Assinante.

Área de Serviço

Conjunto de Áreas de Cobertura, podendo conter uma ou várias Áreas de Controle, em que Estações Móveis têm acesso ao SMC e na qual uma Estação Móvel pode ser acessada, sem conhecimento prévio de sua exata localização, inclusive por um usuário do Serviço Telefônico Público.

Page 86: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

86

Área de Sombra

Área dentro de uma área de serviço, onde a intensidade do sinal é significativamente reduzida, portanto degradando ou mesmo impossibilitando a comunicação.

Assinante Visitante

Assinante responsável pela Estação Móvel Visitante.

Assinatura

Item de Plano de Serviço, correspondente ao valor devido pelo Assinante à Concessionária de SMC, por ter ao seu dispor o SMC sob as condições previstas no Plano de Serviço ao qual, por opção, está vinculado.

Assinatura (Plano de Serviço Pré-Pago)

Item do Plano de Serviço Pré-Pago correspondente ao valor a ser cobrado opcionalmente ao usuário do Plano de Serviço Pré-Pago pela prestadora do SMC, pelo fato do mesmo ter a seu dispor o Serviço Pré-Pago no SMC sob as condições previstas no Plano de Serviço Pré-Pago ao qual, por opção, está vinculado. O usuário do Plano de Serviço Pré-Pago, ao ativar os seus primeiros créditos, estará automaticamente concordando com este item sem a necessária formalização por escrito.

Ativação

A ativação da Estação Móvel do Assinante habilita-lo-á ao imediato e pleno uso do SMC.

Canal

Par de freqüências utilizadas para as comunicações celulares – uma das freqüências é utilizada para a transmissão de Estação Radiobase para a Estação Móvel e a outra para a transmissão da Estação Móvel para a Estação Radiobase .

Canal Adjacente

Canal afastado de mais ou menos 30 kHz em relação ao canal considerado.

Page 87: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

87

Canal de Controle

Canal utilizado para a transmissão de informação de controle digital, da Estação Radiobase para a Estação Móvel e vice-versa.

Canal de Voz

Canal utilizado para a transmissão de conversação, além de outros sinais como supervisão, sinalização e dados, da Estação Radiobase para a Estação Móvel e vice-versa.

Célula

Região geográfica, dentro de uma área de localização, iluminada por uma Estação Radiobase.

Central de Comutação e Controle (CCC)

Conjunto de equipamentos destinados a controlar o sistema que executa o SMC e a interconectar o sistema que executa o SMC à rede pública de telecomunicações ou a qualquer outra rede de telecomunicações, na forma da regulamentação vigente.

Chamada Fixo-Móvel

Chamada originada por Assinante ou usuário do Serviço Telefônico Público destinada a Assinante do SMC.

Chamada Inter-Redes

Chamada, de âmbito interior ou internacional, entre assinantes do Serviço Móvel Celular, ou, entre Assinante do Serviço Móvel Celular e Assinante ou Usuário do Serviço Telefônico Público, envolvendo o uso de Redes de mais de uma Entidade.

Chamada Móvel-Fixo

Chamada originada por Assinante do SMC destinada a Assinante do Serviço Telefônico Público.

Chamada Móvel-Móvel

Chamada realizada entre Assinantes do SMC.

Page 88: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

88

Código de Central

A identificação de uma central local dentro de uma Área de Numeração Fechada cujo formato é [XYZ], no caso da numeração a 7 (sete) dígitos ou [XYZW], no caso da numeração a 8 (oito) dígitos.

Código Nacional

A identificação de uma Área de Numeração Fechada da rede pública de telecomunicações ou de um acesso a um serviço com abrangência nacional, cujo formato é [AB].

Coligada Uma pessoa jurídica será considerada coligada a outra se uma detiver, direta ou indiretamente, pelo menos vinte por cento de participação no capital votante da outra, ou se o capital votante de ambas for detido, direta ou indiretamente, em, pelo menos, vinte por cento por uma mesma pessoa natural ou jurídica. Caso haja participação de forma sucessiva em várias pessoas jurídicas, deve-se calcular o valor final da participação por intermédio da composição das frações percentuais de controle em cada pessoa jurídica da linha de encadeamento.

Concessionária de SMC

Entidade que explora o SMC em uma determinada Área de Concessão conforme os termos da regulamentação pertinente e do contrato de concessão.

Concessionária de STP

Entidade que explora o Serviço Telefônico Público (STP).

Deslocamento Item de Plano de Serviço, correspondente ao valor, por unidade de tempo, devido pelo Assinante à Concessionária de SMC, na chamada recebida fora dos limites da Área de Mobilidade, definida no Plano de Serviço a que o Assinante está vinculado.

DETRAF Documento de Declaração de Tráfego e de Prestação de Serviços.

Empresa Exploradora de Troncos Interestaduais e Internacionais Entidade autorizada a explorar industrialmente o serviço de transporte integrado de telecomunicações, constituído pela operação dos circuitos

Page 89: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

89

portadores comuns que interligam os centros principais de telecomunicações.

Entidade Nome genérico que designa uma Concessionária de STP, uma Concessionária de SMC, ou Empresa Exploradora de Troncos Interestaduais e Internacionais.

Entidade Credora

Entidade a qual é devido valor, pelo uso de sua Rede na realização de uma Chamada Inter-Redes.

Entidade Destino do DETRAF

Entidade para a qual, a Entidade Emissora do DETRAF, elabora o documento.

Entidade Devedora

Entidade que deve valor à Entidade Credora, pelo uso de Rede desta última, na realização de uma Chamada Inter-Redes.

Entidade Emissora do DETRAF

Entidade responsável pela emissão do DETRAF

Estação Móvel

Estação do Serviço Móvel Celular que pode operar quando em movimento ou estacionada em lugar não especificado.

Estação Móvel Local

Estação Móvel que se encontra em sua Área de Registro.

Estação Móvel Visitante

Estação Móvel que se encontra em Área de Registro distinta daquela a que pertence.

Estação Radiobase (ERB)

Estação fixa de SMC usada para radiocomunicação com estações móveis.

Page 90: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

90

Exploração Industrial de Linha Dedicada

Modalidade de exploração industrial de serviço de telecomunicações em que uma Concessionária de Serviço Telefônico Público ou a Empresa Exploradora de Troncos Interestaduais e Internacionais fornece a qualquer Exploradora de Serviço de Telecomunicações, mediante remuneração preestabelecida, Linha Dedicada com características técnicas definidas, para prestação, por esta última, de serviços a terceiros.

Exploração Industrial de Serviços de Telecomunicações

Forma particular de exploração em que uma entidade exploradora de serviços de telecomunicações fornece seus serviços a outra entidade exploradora. Mediante remuneração preestabelecida, para prestação, por esta última, de serviços a terceiros.

Habilitação

Item de Plano de Serviço, correspondente ao valor devido pelo Assinante à Concessionária de SMC no ato da ativação de sua Estação Móvel.

Habilitação (Plano de Serviço Pré-Pago)

Item do Plano de Serviço Pré-Pago correspondente ao valor a ser cobrado opcionalmente ao usuário do Plano de Serviço Pré-Pago pela prestadora do SMC no ato da ativação da sua estação móvel. O usuário do Plano de Serviço Pré-Pago ao ativar os seus primeiros créditos estará automaticamente habilitado sem a necessária formalização por escrito.

"Handoff"

Ação de transferir uma Estação Móvel de um canal de voz para outro.

Identificação de Sistema ("SID")

Identificação digital associada com um sistema celular.

Início de Operação Comercial do Serviço

Data (dia, mês e ano) em que as contas de serviço de Assinante começam a ser faturadas regularmente pela Concessionária.

Interconexão

Page 91: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

91

É a ligação entre redes de Concessionárias de SMC, de Concessionárias de STP e de Empresa Exploradora de Troncos Interestaduais e Internacionais com o fim de cursar o tráfego entre suas redes, para realizar a comunicação entre usuários.

Internet

Nome genérico que designa o conjunto de redes, os meios de transmissão e comutação, roteadores, equipamentos e protocolos necessários à comunicação entre computadores, bem como o "software" e os dados contidos nestes computadores.

Linha Dedicada

Circuito dedicado de telecomunicações com características técnicas apropriadas para o transporte de sinais analógicos, sinais de telegrafia ou sinais digitais.

Número de Assinante

O número formado pelo Código de Central seguido de uma combinação de algarismos [MCDU] que distingue um Assinante dos demais, dentro deste Código de Central.

Número Nacional

O número que identifica um dado Assinante na rede pública de telecomunicações, formado pelo Código Nacional da Área de Numeração Fechada à qual pertence o Assinante seguido pelo Número de Assinante.

"Paging"

Vide definição de Serviço Especial de Radiochamada e Serviço Limitado Privado de Radiochamada

Pessoa Jurídica Coligada

Uma pessoa jurídica será considerada coligada a outra se uma detiver, direta ou indiretamente, pelo menos, 20% (vinte por cento) de participação no capital votante da outra, ou se o capital votante de ambas for detido, direta ou indiretamente, em pelo menos 20% (vinte por cento) por uma mesma pessoa natural ou jurídica. Caso haja participação de forma sucessiva em várias pessoas jurídicas, deve-se calcular o valor final da participação por intermédio da composição das frações percentuais em cada pessoa jurídica da linha de encadeamento.

Page 92: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

92

Plano de Serviço

Conjunto articulado e estruturado de regras, que define os critérios e respectivas condições de aplicação, e fixa os valores para a prestação do serviço pela Concessionária de SMC.

Plano de Serviço Alternativo

Plano de Serviço, homologado pela Agência Nacional de Telecomunicações, disponível a todos os assinantes e interessados no serviço, opcional ao Plano de Serviço Básico, contendo valores e estrutura elaborados por Concessionária de SMC, em função de características técnicas ou de custos específicos, provenientes do atendimento aos distintos segmentos de usuários.

Plano de Serviço Básico

Plano de Serviço homologado pela Agência Nacional de Telecomunicações, disponível a todos os assinantes e interessados no serviço, sendo seus valores estabelecidos no contrato de concessão da Concessionária de SMC e sua estrutura definida em norma da Agência Nacional de Telecomunicações.

Plano de Serviço Pré-Pago no Serviço Móvel Celular

Plano de Serviço do SMC, homologado pela Agência Nacional de Telecomunicações, caracterizado pelo pagamento, por parte do usuário do Plano de Serviço Pré-Pago, previamente à utilização do serviço, por meio de cartões associados a valor, ou qualquer outra forma homologada pela Agência Nacional de Telecomunicações.

Ponto de Conexão

Local de uma entidade fornecedora no qual está disponível para uma entidade solicitante, com base em, disposições contratuais, determinada capacidade de transmissão de sinais mediante a utilização de Linha Dedicada.

Ponto de Interconexão à Internet

Ponto através do qual o Usuário ou Provedor de Serviços de Informação se conecta à Internet.

Page 93: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

93

Prefixo Nacional

O algarismo 0 (ZERO) que deve ser digitado antes do Número Nacional ao se efetuar uma chamada telefônica para uma outra Área de Numeração Fechada, outras redes ou serviços.

Provedor de Serviço de Conexão à Internet

Entidade que presta o Serviço de Conexão à Internet.

Provedor de Serviço de Informações

Entidade que possui informações de interesse e as dispõem na Internet, por intermédio do Serviço de Conexão à Internet.

Rede

Nome genérico que designa a Rede Local, Rede Interurbana, Rede Internacional ou Rede Móvel de uma Entidade.

Rede Interurbana

Conjunto de instalações, centros de comutação, e meios de telecomunicações e transmissão, da Concessionária de STP e da Empresa Exploradora de Troncos Interestaduais e Internacionais, suporte à prestação do Serviço Telefônico Público dessas Entidades, através da interligação das Redes Locais entre si.

Rede Local

Conjunto de instalações, centros de comutação, e meios de telecomunicações e transmissão da Concessionária de STP, suporte à prestação do Serviço Telefônico Público dessa Entidade em Áreas Locais.

Rede Móvel

Conjunto de instalações, centros de comutação, e meios de telecomunicações e transmissão da Concessionária de SMC, suporte à prestação do Serviço Móvel Celular dessa Entidade.

"Roaming"

Facilidade que permite a uma Estação Móvel Visitante acessar ou ser acessada pelo Serviço Móvel Celular, em um sistema visitado.

Page 94: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

94

Serviço Aberto à Correspondência Pública

Categoria de serviço de telecomunicações destinado à intercomunicação entre seus usuários e fornecido indiscriminadamente a qualquer pessoa por meio de equipamentos terminais de uso individual ou terminais de uso coletivo ou, ainda, postos de serviço livremente acessíveis.

Serviço de Conexão à Internet

Nome genérico que designa Serviço de Valor Adicionado que possibilita o acesso à Internet a Usuários e Provedores de Serviços de Informações.

Serviço de Valor Adicionado

Serviço que acrescenta a uma rede preexistente de um serviço de telecomunicações, meios ou recursos que criam novas utilidades específicas, ou novas atividades produtivas, relacionadas com o acesso, armazenamento, movimentação e recuperação de informações.

Serviço Móvel Celular (SMC)

Serviço de telecomunicações móvel terrestre, aberto à correspondência pública, que utiliza sistema de radiocomunicações com técnica celular, interconectado à rede pública de telecomunicações, e acessado por meio de terminais portáteis, transportáveis ou veiculares, de uso individual.

Sistema de Telecomunicações Móvel Celular

Sistema de telecomunicações composto de uma Central de Comutação e Controle, Estações Radiobase e Estações Móveis, que permite a comunicação entre Estações Móveis ou entre estas e a Rede Telefônica Pública Comutada.

Tarifa de Uso

Nome genérico que designa uma Tarifa de Uso de Rede Local, uma Tarifa de Uso de Rede Interurbana ou uma Tarifa de Uso de Rede Móvel.

Tarifa de Uso de Rede Interurbana (TU-RIU)

Valor que remunera uma dada Concessionária de STP, ou Empresa Exploradora de Troncos Interestaduais e Internacionais, por unidade de tempo, pelo uso de sua Rede Interurbana na realização de umaChamada Inter-Redes.

Page 95: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

95

Tarifa de Uso de Rede Local (TU-RL)

Valor que remunera uma dada Concessionária de STP, por unidade de tempo, pelo uso de sua Rede Local na realização de uma Chamada Inter-Redes.

Tarifa de Uso de Rede Móvel (TU-M)

Valor que remunera uma dada Concessionária de SMC, por unidade de tempo, pelo uso de sua Rede Móvel na realização de uma Chamada Inter-Redes.

Técnica Celular

Técnica que consiste em dividir uma área geográfica em sub-áreas, denominadas células, atribuindo-se a cada célula uma freqüência ou grupos de freqüências, permitindo-se a sua reutilização em outras células.

Termo de Compromisso

Documento, emitido pela prestadora do Serviço Móvel Celular, a ser entregue ao usuário do Plano de Serviço Pré-Pago, antes ou concomitantemente à sua habilitação, onde deverá constar a regulamentação do Plano de Serviço Pré-Pago, especificações e condições de uso do serviço, migração entre os diversos planos de serviço, habilitação, assinatura, possíveis limitações do Plano de Serviço Pré-Pago em relação ao Plano Básico do SMC e a aquiescência do usuário do Plano de Serviço Pré-Pago com os termos citados no documento a partir do início da utilização do Plano de Serviço Pré-Pago.

"Trunking"

Vide definição de Serviço Móvel Especializado e Serviço Móvel Privado.

Usuário do Plano de Serviço Pré-Pago

Qualquer pessoa que se utiliza do Serviço Móvel Celular através do Plano de Serviço Pré-Pago, independente de assinatura ou inscrição junto à prestadora de Serviço.

Page 96: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

96

Utilização (Utilização do Serviço)

Item de Plano de Serviço, por unidade de tempo, correspondente ao valor devido pelo Assinante à Concessionária de SMC pela efetiva utilização do SMC.

Utilização do Serviço (Plano de Serviço Pré-Pago) Item do Plano de Serviço Pré-Pago no SMC, por unidade de tempo, correspondente ao valor a ser debitado, após o completamento da chamada, do crédito do usuário do Plano de Serviço Pré-Pago, pela prestadora do SMC, pela efetiva utilização do serviço.

Page 97: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

97

BIBLIOGRAFIA. LIVROS Ojanperä, T. and Prasad, R., WCDMA: Towards IP Mobility and Mobile

Internet, Artech House Publishers, Boston, 2001. Yang, S. C., CDMA RF System Engineering, Artech House Publishers,

Boston, 1998. Mouly, M., and Pautet, M. B., The GSM System for Mobile

Communications, Cell and System, France, 1992. Harte, L.J., Smith, A. D., Jacobs, C. A., IS-136 TDMA Technology

Economics and Services, Artech House Publishers, Boston, 1998. HENNE, Ingar. THORVALDSEN Per. Planning of Line-of-Sight Radio Relay

Systems. USA: ABB Nera, 1994 Barradas, Ovídio. Você e as Telecomunicação. São Paulo: Ed.

Internciencia, 1998. Dantas, Mario. Tecnologia de Redes de Comunicação e Computação. Rio

de Janeiro: Ed. Axcel Books, 2000. Ferrari, Antônio Martins. Telecomunicações – Evolução e Revolução. São

Paulo: Ed. Erica, 1999. Yocoub, Michel Daoud e Wladman, Helio. Telecomunicação – Princípios e

Tendências. São Paulo: Ed. Erica, 2000. GOMES, Alcides Tadeu. Transmissão / Recepção. São Paulo : Ed. Erica,

2001. Nascimento, Juarez do. Telecomunicações. E.U.A. : Ed. Makron Books,

2000. Pallares, Alberto Campos. Redes e Sistemas de Telecomunicações. São

Paulo : Ed. Brasport, 2001. Wohless, Marcio. Informe anual 2000, Telecomunicações e Tecnologia.

Rio de Janeiro : Ed. Terra das Artes, 1999.

Revistas:

TELEBRASIL, Rio de Janeiro, ano 27, n.153, jan/fev 2002. RNT (Revista Nacional de Telecomunicações), São Paulo

Ano 23, n.264, dez 2001. Ano 23, n.268, dez 2001. Ano 23, n.269, jan 2002. Ano 23, n.271, mar 2002.

CELULAR News, São Paulo, ano 03, n.31, mar 2002.

TELETIME, ano 05, n.42, mar 2002.

Page 98: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

98

TELECOM, ano 13, n.164, mar 2002. T.COM - Soluções em Business, ano 01, n.01, dez 2001.

Documentos Eletrônicos:

Catramby, Gabriela Ferraz – site http://www.abusar.org/vpn/vpn2.htm - 01/07/2004 ORTIZ, E. Comunicados à Imprensa. 2004. Endereço eletrônico: http://www.nortelnetworks.com/corporate/news/newsreleases/2001a/03_20_0101204_brazil_1xrtt_pt.html - 03/02/2004.

AVELAR, L. Telesp Celular. 2004. Endereço eletrônico: http://www.telecom.pt/impulsos/telecompt/03_06.asp - 02/03/2004.

Duarte, G. PC’s em 1,9 GHZ. 2004. Endereço eletrônico: http://www.cdg.org/cdg/teams/Lat_Amer/files/PCS_portuguese.pdf - 02/03/2004.

OLIVEIRA, A. P. A hora difícil da escolha. WORLD Telecom, Ed. 38, 2004. Endereço eletrônico: http://worldtelecom.idg.com.br/wt/revista/38/0005 - 02/03/2004.

ROBERTO, J. ZAAAP. 2004. Endereço eletrônico: http://www.zaaap.com.br/faq2.shtml - 02/03/2004.

COIM BRA, J. R. A Interface TDMA no mercado brasileiro: Uma breve análise para 2002. 2004. Endereço eletrônico: http://www.ietec.com.br/publicacoes/tecnologia/ti_02_2002.html - 02/03/2004. QUEIROZ, P. Wireless - Toda a força para os novos aplicativos. 2004. Endereço eletrônico: http://www.compera.com.br/imprensa_view.asp?cat=2&id_noticia=163 - 02/04/2004 SABIDO, E. Como entender os diferentes sistemas de telefonia celular. 2004. Endereço eletrônico: http://www.sabido.com.br/artigo.asp?art=1743 - 02/03/2004.

Page 99: Módulo iii   sistemas de comunicações móveis

99

CALABREZ, E. C. Aplicações comerciais da internet sem fio. 2004. Endereço eletrônico: http://www.dcc.unicamp.br/~ra880643/mp205.doc - 02/03/2004.

CAMPBELL, F. Bonitos, pequenos e bastante eficientes. 2004. Endereço eletrônico: http://www2.correioweb.com.br/cw/EDICAO_20020326/sup_etu_260302 10.htm - 02/03/2004.