Momento de Inercia FIGURAS PLANAS

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Capítulo 9 Momentos de inércia das guras planas 9. 1 Introdão Denições: eixo de simetria: rect a, q ue se e xistir , div ide a gu ra e m du as p artes tais que estejam uma para a outra como um objecto para a sua imagem no espelho. centro de simetria  ponto de cruzamento de dois eixos de simetria. Uma gura plana só poder ter um centro de simetria. O momento estático da 1 a ordem de área  A  de uma gura em relação a um pólo O  (Capítulo 7) é:  S O  =  A r dA  (9.1) onde dA é a ár ea el emen ta r e r rep resenta o ve cto r pos içã o da áre a ele menta r ao ponto O. Os momentos estáticos em relação aos eixos de simetria são sempre nulos. x G y G r y x dA o G y x o

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  • Captulo 9

    Momentos de inrcia das figurasplanas

    9.1 IntroduoDefinies:

    eixo de simetria: recta, que se existir, divide a figura em duas partes tais queestejam uma para a outra como um objecto para a sua imagem no espelho.centro de simetria ponto de cruzamento de dois eixos de simetria. Umafigura plana s poder ter um centro de simetria.

    O

    momento esttico da 1a ordem de rea A de uma figura em relao a umplo O (Captulo 7) :

    ~SO =

    A

    ~r dA (9.1)onde dA a rea elementar e ~r representa o vector posio da rea elementarao ponto O.Os momentos estticos em relao aos eixos de simetria so sempre nulos.

    xG

    yG

    r

    y

    x

    dA

    o

    Gy

    xo

  • 28 Momentos de inrcia das figuras planas

    centro de gravidade, centride, centro de massa de uma figura o pontode coordenadas (xG , yG) do plano da figura dado por:

    xG =

    x dA

    A; yG =

    y dA

    A.

    eixos centrais passam pelo centro de gravidade. O centro de gravidadecoincide com o centro de simetria, se este existir. O centro de gravidadeexiste sempre, podendo estar fora da figura.

    momento da 2a ordem ( momento de inrcia geomtrica) de rea A deuma figura em relao a um eixo e, co-planar com ela dado por:

    Iee =

    A

    r2 dA (9.2)

    onde r a distncia ao eixo da rea elementar dA.Em relao a dos eixos coordenados x e y:

    Ixx =

    A

    y2 dA ; Iyy =

    A

    x2 dA . (9.3)

    x

    y

    y

    xo

    r

    dA

    O momento de inrcia esta relacionado com o efeito dos sistemas de forasdistribudas numa rea (volume).momento polar de inrcia de rea A de uma figura em relao ao eixo zou um plo (ponto O origem dos eixos coordenados) dado por:

    Ip =

    A

    r2 dA =

    A

    (x2 + y2) dA = Ixx + Iyy . (9.4)

    produto de inrcia de rea A de uma figura em relao a dois eixo co-planares com ela, eixos coordenados x e y, dado por:

    Ixy =

    A

    xy dA . (9.5)

    O produto de inrcia relevante sempre que se trata de uma seco semeixo de simetria ou no caso da rotao dos eixos.

  • 9.2 Clculo dos momentos de inrcia por integrais 29

    tensor de inrcia Os momentos (Ixx, Iyy) e o produto (Ixy) de inrcia deuma figura plana referida a um sistema de eixos ortogonais (x , y), formamum tensor de 2a ordem simtrico:

    I =

    [Ixx IxyIyx Iyy

    ]

    raio de girao de rea A de uma figura em relativamente aos eixos coor-denados, dado por:

    kx =

    IxxA

    ; ky =

    IyyA

    (9.6)

    O raio de girao polar dado por:

    kp =

    IpA

    =

    k2x + k2y (9.7)

    O raio de girao mede a distribuio da rea a partir do eixo. A unidade SI[m].

    Observaes

    O momento de inrcia momento do momento esttico.

    O momento de inrcia e o momento polar inrcia so sempre positivos.

    O produto de inrcia pode tomar valores positivo, negativo ou nulo.

    9.2 Clculo dos momentos de inrcia por integraisRectnguloOs momentos de inrcia em relao aos eixos x e y.

    dIxx = y2dA = y2 bdy Ixx =

    A

    dIxx ==

    h0

    y2bdy =bh3

    3

    dIyy = x2dA = x2 bdx Iyy =

    A

    dIyy ==

    b0

    x2hdx =hb3

    3

    x

    y

    Gx

    y

    G

    xb

    y

    o

    h

    dA=hdx

    xb

    y

    o

    hdA=bdy

  • 30 Momentos de inrcia das figuras planas

    Os momentos de inrcia em relao aos eixos centrais x e y.

    dIxx = dI

    xx = y2dA = y2 bdy I xx =

    A

    dI xx ==

    h/2h/2

    y2bdy =bh3

    12

    dIyy = dI

    yy = x2dA = x2 bdx I yy =

    A

    dI yy ==

    b/2b/2

    x2hdx =hb3

    12

    O produto de inrcia em relao aos eixos centrais x e y nulo sendo eixo desimetria. O produto de inrcia em relao aos eixos x e y :

    dIxy = x ydA Ixy = b

    0

    h0

    x ydxdy =h2b2

    4

    CrculoO momento polar de inrcia do crculo de raio R em relao ao plo O origemdos eixos centrais x e y :

    y

    x

    dA=2 rdr

    Or

    R

    pi

    dIp = r2dA ; dA = 2 pi rdr Ip =

    A

    dIp =

    R0

    2 pi r3dr =piR4

    2

    Tendo em conta que qualquer eixo que passa pelo ponto O eixo de simetriaIxx = Iyy e utilizando a relao 9.5:

    Ip = Ixx + Iyy Ixx = Iyy = Ip2

    =piR4

    4

    Os raios de girao so:

    kp =

    IpA

    =

    piR4/4

    2piR2=

    R

    2; kx = ky =

    R

    2

    4

    9.3 Variao dos momentos de inrcia em relao aotranslao dos eixos

    O momento de inrcia em relao a eixos do referencial (x , y) paralelos aoseixos do referencial (x , y) situado a uma distncia d (dx, dy), pode ser expressoem funo dos momentos de inrcia calculados em relao aos eixos x , y e adistncia d, sendo os momentos de inrcia duma rea elementar dA:

  • 9.4 Variao dos momentos de inrcia em relao ao rotao dos eixos 31

    dx

    dy

    y

    x

    x

    y

    O

    O

    dAx

    y

    dIxx = dI

    xx = y2 dA = (y + dy)

    2dA = y2 dA + 2 ydy dA + d2y dA

    I xx =

    A

    y2 dA + 2 dy

    A

    y dA + d2y

    A

    dA = Ixx + 2 dySx + d2y A

    Analogamente para o Iy :

    Iy = Iy + 2 dxSy + d2x A

    e para o produto de inrcia:

    Ixy = I

    xy =

    A

    (y + dy)(x + dx)dA = Ixy + dySx + dxSy + dydx A

    onde Sx e Sy so os momentos estticos da rea A em relao ao eixos x e y.Se o referencial (x , y) for central (O G), os momentos estticos Sx e Syanulam-se e fica:

    Ixx = IxG + d2y A (9.8)

    Iyy = IyG + d2x A (9.9)

    Ixy = IxyG + dydx A (9.10)

    Este resultado constitui o teorema de Steiner ou teorema de transmisso de mo-mentos ou dos eixos paralelos.O momento de inrcia polar resulta:

    Ip = IO = Ixx + Iyy = IG + (d2x + d

    2y) A

    9.4 Variao dos momentos de inrcia em relao aorotao dos eixos

    Para determinar os momentos e o produto de inrcia de uma figura plana relativa-mente a um referencial qualquer (x , y) que se obtm de (x , y) atravs de uma

  • 32 Momentos de inrcia das figuras planas

    rotao com ngulo , escrevem-se as coordenadas do centride da rea elementarno novo referencial (x , y) nos antigos (x , y).

    y

    x

    x

    y dAx

    y

    x

    y

    OO

    x = x cos + y sin y = y cos x sin

    e substituindo nas equaes (9.3) e (9.5) se obtm:

    I xx = Ixx cos2 + Iyy sin

    2 Ixy sin 2I yy = Ixx sin

    2 + Iyy cos2 + Ixy sin 2

    I xy = I

    yx =Ixx Iyy

    2sin 2 + Ixy cos 2

    9.4.1 Transformao ortogonal do tensor da inrciaOs momentos e o produto de inrcia relativamente a um referencial qualquer(x , y) que se obtm de (x , y) atravs de uma rotao com ngulo , podemser obtidos por uma transformao ortogonal do tensor I , com a matriz da trans-formao T :

    x1

    x1

    ~e1

    ~e2

    ~e2

    ~e1

    x2

    x2

    T =

    [T11 T12T21 T22

    ];

    Tij = cos(~e

    i, ~ej);

    A matriz T contm as componentes dos versores dos novos eixos (x , y) nosantigos (x , y). A matriz dos cosenos directores dos novos eixos nos antigos:

    T =

    [cos(~x1, ~x1) cos(~x

    1, ~x2)cos(~x2, ~x1) cos(~x

    2, ~x2)

    ]=

    [cos sin sin cos

    ]

    A matriz T ortogonal T 1 = T .Os tensor da inrcia no novo referencial I calcula-se pela relao da transfor-mao ortogonal do tensor I:

    I = TIT T =

    [cos sin sin cos

    ] [Ixx IxyIyx Iyy

    ] [cos sin sin cos

    ]

    I xx = Ixx cos2 + Iyy sin

    2 2Ixy sin cos (9.11)I yy = Ixx sin

    2 + Iyy cos2 + 2Ixy sin cos (9.12)

    I xy = I

    yx = (Ixx Iyy) sin cos + Ixy(cos2 sin2 ) (9.13)

  • 9.5 Momentos principais de inrcia 33

    I =

    [I xx I xyI yx I yy

    ]

    9.5 Momentos principais de inrciaPara qualquer ponto O existe um determinados par de eixos (xI , xII) ortogonaispara qual o produto de inrcia anula-se e o momento de inrcia I xx tem valormximo. Estes eixos chamam-se eixos principais ou direces principais deinrcia e os momentos de inrcia chamam-se momentos principais de inrcia.A partir da equao (9.11) temos:

    dI xxd

    |=0 = 2Ixy cos 2 (Ixx Iyy) sin 2|=0 = 0

    tan 20 =Ixy

    Ixx Iyy2

    direces principais (0)

    Os momentos principais de inrcia (sempre II > III):

    II =Ixx + Iyy

    2+

    (Ixx Iyy

    2

    )2+ I2xy

    III =Ixx + Iyy

    2(

    Ixx Iyy2

    )2+ I2xy

    Os momentos principais de inrcia representam os valores mximo e mnimo queos momentos de inrcia da rea da figura pode tomar em relao aos eixos or-togonais com origem no ponto O qualquer. Se o ponto O G for o centro degravidade da figura o referencial (xI , xII ) que diagonaliza o tensor da inrciachama-se referencial principal central de inrcia.

    Utilizando a transformao ortogonal para os tensores bidimensionais

    Interesse agora a transformao de referencial (x , y) para (xI , xII) - referencialprincipal - em relao a qual o tensor de inrcia diagonal. As componentes destetensor chamam-se momentos principais de inrcia.

    I =

    [Ixx IxyIyx Iyy

    ] I =

    [II 00 III

    ]

    I = T I T T

  • 34 Momentos de inrcia das figuras planas

    Utilizando a circunferncia de Mohr (tensores bidimensionais)Em alternativa pode-se recorrer ao circunferncia de Mohr, o que uma represen-tao grfica da lei de transformao do tensor I.

    I =

    [Ixx IxyIyx Iyy

    ]Os par (Ixx, Ixy) e (Iyx, Iyy) representam as componentes do tensor associ-adas direco x e y, respectivamente.

    Marquem-se na circunferncia, as componentes do tensor no referencial ro-dado, (x, y):

    I =

    [OC + R cos 2 R sin 2R sin 2 OC R cos 2

    ]=

    [Ixx IxyIyx Iyy

    ]

    I nn

    III

    2

    OCRcos2

    Rsin

    2

    Rsin

    2

    I nt

    I ICO

    1

    2

    OC+Rcos2

    OC =II + III

    2

    R =II III

    2

    Conveno: a componente Iyx marca-se na circunferncia de Mohr comsinal trocado. (Os pontos 1 e 2 tem as coordenadas 1(Ixx ,Ixy) e2(Ixx , Iyx))

    Frmulas:

    OC =Ixx + Iyy

    2R =

    (Ixx Iyy

    2

    )2+ I2xy

    tan 2 =|Ixy|

    Ixx Iyy2

    direces principais

    II = OC + R III = OC R

    Nota-se que a rotao real dos eixos coordenados no sentido contrariocom metade do ngulo rotao na circunferncia de Mohr.Nota:

    OC =Ixx + Iyy

    2=

    II + III2

    ( invariante)

  • 9.6 Momentos de inrcia das figuras compostas 35

    Cada ponto da circunferncia representa as componentes do tensor associ-adas a uma das direces, a qual roda com um ngulo duplo e em sentidocontrrio (2) ao dos respectivos eixos coordenados ().

    9.6 Momentos de inrcia das figuras compostasUma figura pode ser dividida em figuras simples. Nestas condies, os mo-mentos de inrcia da figura composta a um eixo obtm-se por soma algbrica(soma/diferena) dos momentos de inrcia de cada figura componente em re-lao a esse eixo. Os momentos de inrcia das figuras geomtricas elementaresencontram-se nas tabelas.

    Ix =

    Ixi ; Iy =

    Iyi ; Ip =

    Ipi (9.14)

    O raio de girao de uma superfcie composta no igual soma dos raios degirao parcelares. Para calcular o raio de girao necessrio calcular o momentode inrcia da figura composta.

    Problema 9.9 Exemplo de clculo para um anel com raio R1 e R2:

    y

    x

    R2

    R1O Ip = I

    2p I1p =

    piR422

    piR41

    2=

    pi

    2(R42 R41)

    Contudo, antes de adicionar/(subtrair) os momentos de inrcia das reas parce-lares, poder ser necessrio utilizar o teorema dos eixos paralelos e/ou rodar oseixos para transferir cada momento de inrcia para o eixo desejado.

    Problema 9.10 Calcule os momentos de inrcia Ix e Iy para a figura composta.y

    x

    20

    20

    20 20

    O

    Ix = Iquadx + 2 I

    scx = I

    quadxG + 2(I

    scxG + A

    sc d2)

    IscxG =204pi

    8 20

    2pi

    2

    (80

    3pi

    )2= 17561.1mm4

    Ix =404

    12+2

    (17561.1 +

    pi202

    2

    (80

    3pi+ 20

    )2)= 1268318mm4

    Iy = Iquady + 2 I

    scircy = I

    quadyG + 2 I

    scxG

    Iy =404

    12+ 2

    pi204

    8= 338997mm4

  • 36 Momentos de inrcia das figuras planas

    Para facilitar os clculos usam-se as folhas de clculo (Tabela Problema 9.11).Divide-se a figura em reas simples, parcelares, com posio do centro de gravi-dade e momentos de inrcia centrais conhecidos. Escolha-se um referencial arbi-trrio (x , y).

    Comp. Ai xGi yGi Sxi Syi xG yG IxGi IyGi Ixi Iyi

    Ai - -

    Sxi

    Syi xG yG - -

    Ixi

    Iyi

    Definies:

    Ai - reas parcelares;

    xGi , yGi- distncias referencial (x , y) dos centros de gravidade das reasparcelares;

    Sxi = AiyGi , Syi = AixGi - momentos estticos das reas parcelares emrelao aos eixos do referencial (x, y);

    xG =

    SxiAi

    , yG =

    SyiAi

    - distncia do centro de gravidade figura com-

    posta no referencial (x, y);

    IxGi , IyGi - momentos de inrcia baricntricos das reas parcelares;

    Ixi = IxGi + Ai(yGi yG)2, Iyi = IyGi + Ai(xGi xG)2 - momentos deinrcia parcelares, em relao ao centro de gravidade da seco composta(Teorema de Steiner).

    Ixx =

    Ixi , Iyy =

    Iyi - momentos de inrcia da figura composta,em relao aos eixos centrais da seco.

    Tabela 9.1: Folha de clculo

    Problema 9.11 Determine os momentos principais de inrcia para a seguintefigura composta:

  • 9.6 Momentos de inrcia das figuras compostas 37

    0.5

    0.5

    3

    3

    3

    0.5

    [cm]

    Ai xGi yGi Sxi Syi IxGi IyGi Ixi Iyi1 2.5 0 0 0 0 5.208 0.052 5.208 0.0522 1.5 1.25 2.75 1.875 4.125 0.03125 1.125 11.375 4.6683 1.5 -1.25 -2.75 -1.875 -4.125 0.03125 1.125 11.375 4.668

    5.5 - - 0 0 - - 27.9583 6.99

    Ix1 =0.5 53

    12= 5.208 cm4 ; Iy1 =

    5 0.5312

    = 0.0520833 cm4

    IxG2 = IxG3 =3 0.53

    12= 0.03125 cm4; IxG2 = IyG3 =

    0.5 3312

    = 1.125 cm4

    Ix2 = Ix3 = 0.03125 + 1.5 2.752 = 11.375 cm4

    Iy2 = Iy3 = 1.125 + 1.5 1.252 = 3.46875 cm4

    Ixy = 0 + 2 3 0.5 1.25 2.75 = 10.31 cm4

    A matriz de inrcia :

    I =

    [27.9583 10.3110.31 6.99

    ]

    Marcam-se no referencial (Inn, Int) os pontos (1) e (2) com as coordenadas(27.95 , 10.31) e (6.9 , 10.31), respectivamente.Calculam-se a posio do centro da circunferncia e o raio:

    OC =Ixx + Iyy

    2=

    27.95 + 6.99

    2= 17.47 mm4

    R =

    (Ixx OC)2 + I2xy =

    x2 + 10.312 = 14.70 mm4

  • 38 Momentos de inrcia das figuras planas

    Int

    I =27.95xx

    I = 6.9yy

    I = 10.3xy

    I = 10.3yx

    Ix

    IIx

    I = 2.77II

    I =21.17I

    Inn

    Ix

    IIx

    xG

    y

    C

    (2)

    (1)

    (I)(II) 2 x

    y

    GO

    = 22.25 = 22.25

    0.5

    0.5

    3

    3

    3

    [cm]

    0.5

    As momentos principais de inrcia obtm-se:

    II = OC + R = 17.47 + 14.70 = 21.17 mm4

    III = OC R = 17.47 14.70 = 2.77 mm4

    tan(2) =Ixy

    Ixx OC =10.31

    27.95 17.47

    =1

    2arctan

    10.31

    10.48 = 22.25

    Resulta que a direco principal xI obtm-se rodando o eixo x de = 22.25 nosentido horrio.

    9.7 Problemas propostos

  • Apndice A

    Circunferncia de Mohr paratensores bidimensionais de 2a ordem

    A circunferncia de Mohr, para tensores de 2a ordem simtricos, uma represen-tao grfica da lei de transformao.

    A.0.1 Tensores bidimensionaisSeja

    C =

    [CI 00 CII

    ]

    a matriz de um tensor de 2a ordem simtrico, reduzido forma cannica, e sejamxI e xII os eixos principais.

    x1

    x1

    ~e1

    ~e2

    ~e2

    ~e

    1

    x2

    x2 Considere-se a transformaode coordenadas (xI , xII) (x1, x2)

    A matriz de transformao T dada ento por:

    T =

    [cos(~e1, ~eI) cos(~e1, ~eII)cos(~e2, ~eI) cos(~e2, ~eII)

    ]=

    [cos sin sin cos

    ]

    O tensor C transforma-se de acordo com a lei C = T C T T , ou

    C =

    [C11 C12C21 C22

    ]=

    [cos sin sin cos

    ] [CI 00 CII

    ] [cos sin sin cos

    ]

    Efectuando os produtos matriciais, obtm-se:

    C =

    [CI cos

    2 + CII sin2 (CII CI) sin cos

    (CII CI) sin cos CI sin2 + CII cos2 ]

  • 40 Circunferncia de Mohr para tensores bidimensionais de 2a ordem

    C =

    CI + CII2

    +CI CII

    2cos 2 CI CII

    2sin 2

    CI CII2

    sin 2CI + CII

    2 CI CII

    2cos 2

    Fazendo a notao

    OC CI + CII2

    R =CI CII

    2

    o novo tensor C escreve-se

    C =

    [OC + R cos 2 R sin 2R sin 2 OC R cos 2

    ]

    Considerando a 1a (ou a 2a) linha da matriz e designando por Cnn a com-ponente de ndices iguais e por Cnt a outra componente,{

    Cnn = OC + R cos 2Cnt = R sin 2

    {Cnn OC = R cos 2Cnt = R sin 2

    Quadrando e somando obtm-se(Cnn OC)2 + C2nt = R2

    o que representa a equao de uma circunferncia num referencial(Cnn, Cnt), com o centro em (OC, 0) e de raio R.

    CO Cnn

    CICII

    Cnt

    OC =CI + CII

    2

    R =CI CII

    2

    Marquem-se na circunferncia, as componentes do tensor no referencial ro-dado, (x1, x2):

    C =

    [OC + R cos 2 R sin 2R sin 2 OC R cos 2

    ]=

    [C11 C12C21 C22

    ]

    Os par (C11, C12) e (C21, C22) representam as componentes do tensor as-sociadas direco x1 e x2, respectivamente.

  • 41

    Conveno: a componente C21 marca-se na circunferncia de Mohr comsinal trocado.

    Frmulas:

    OC =CI + CII

    2=

    C11 + C222

    ( invariante)

    CI = OC + R CII = OC R

    tan 2 =C12

    C11 C222

    Cada ponto da circunferncia representa as componentes do tensor associ-adas a uma das direces, a qual roda com um ngulo duplo e em sentidocontrrio (2) ao dos respectivos eixos coordenados ().