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1. INTRODUÇÃO
1.1TÍTULO
A importância de saber os detalhamentos das transações ocorridas
em um fluxo de caixa gerencial.
1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA
Relato detalhado dos itens contidos em um fluxo de caixa gerencial.
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo Geral
Obter o conhecimento específico dos itens que fazem parte da
Elaboração do Fluxo de Caixa Gerencial.
1.3.2 Objetivos Específicos
Pesquisar na literatura, ou em meios alternativos de informação,
de modo a aprofundar-se no escopo da pesquisa;
Detalhar os itens para que os gestores saibam a utilidade de
cada conta presente no Fluxo de Caixa.
1.4 JUSTIFICATIVA
A importância da monografia para o acadêmico justifica-se pela
oportunidade de aprofundar conhecimentos científicos e o aperfeiçoamento da
prática profissional.
O fluxo de caixa é o instrumento que permite ao administrador
financeiro: planejar, organizar, coordenar, dirigir e controlar os recursos financeiros
de sua empresa para um determinado período, por isso acho é de suma importância
detalhar esses conceitos, os quais estão apresentados no fluxo de caixa abaixo,
para que os gestores ou administradores financeiros possam utilizar da melhor
forma esta ferramenta em suas tomadas de decisão.
ElementosMês1- Entradas de CaixaRecebimento de vendas a vistaRecebimento de vendas com cartão de créditoRecebimento pelo crediárioOperação de créditoResgate de aplicações financeirasJuros de aplicações financeirasOutras entradas1.1- Total das entradas2- Saídas de caixaFornecedoresHonoráriosFolha de pagamentoEncargos sociaisImpostosPró-laborePagamento de Operação de CréditoDespesas bancáriasDespesas combustíveisPagamento de aluguelÁgua, luz, telefoneMaterial de Limpeza e Escritório2.1 – Total de saídas3. Diferença dos Períodos4. Saldo Inicial de Caixa5. Saldo Final de Banco6- Fluxo de Caixa Acumulado7- Saldo Final de Caixa8. Saldo Final de Banco
Marconi e Lakatos (2002, p. 103) orientam que: “a justificativa
consiste numa exposição sucinta, porém completa, das razões de ordem teórica e
dos motivos de ordem prática que tornam importante a realização da pesquisa”.
E para melhor compreensão, é necessário conceituar as transações
contidas em um fluxo de caixa para conhecer as demonstrações de origens e
aplicações de recursos ocorridas no mesmo.
1.5 REVISÃO DA LITERATURA
O processo de planejamento do Fluxo de Caixa segundo Zdanowicz
(2004, p. 23) consiste em “implantar uma estrutura de informações útil, prática e
econômica, dispondo de um mecanismo seguro para estimar os futuros ingressos e
desembolsos de caixa na empresa”.
O fluxo de Caixa é o instrumento que permite ao administrador
financeiro planejar, organizar, coordenar, dirigir e controlar os recursos financeiros
de sua empresa para determinado período.
Segundo Zdanowicz (2004, pág. 28) o fluxo de caixa é o instrumento
mais importante para o administrador financeiro pois, através dele, planeja as
necessidades ou não de recursos financeiros a serem capacitados pela empresa.
Para Santos (2001, p. 57) “o Fluxo de Caixa é o instrumento capaz
de traduzir em valores e datas os diversos dados gerados pelos demais sistemas de
informação da empresa”.
Em síntese, para um fluxo de caixa ser bem elaborado é necessário
o conhecimento do gestor sobre todos os itens contidos no mesmo.
1.6 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
Se um gestor financeiro desconhecer as informações obtidas através
de um detalhamento de fluxo de caixa, como poderá ter suas tomadas de decisão
através da análise do mesmo?
1.7 HIPÓTESES
Hoje em dia quando se refere ao departamento financeiro, temos
em nossa frente grandes desafios, onde temos que planejar, selecionar e utilizar
adequadamente nossas ferramentas perante as necessidades da empresa, por isso
o gestor tem que ter total domínio na utilização do fluxo de caixa sabendo o conceito
e a utilidade de cada conta incluída nele.
Segundo Zdanowicz (2004, pág. 17) “a correta elaboração de um
fluxo de caixa, proporciona redução das necessidades de capital de giro e aumento
de lucros”, neste sentido, o gestor deverá estar preparado para saber planejar e
elaborar da melhor forma sua ferramenta de apóio nas tomadas de decisão.
1.8 METODOLOGIA
No desenvolvimento deste, emprega-se a pesquisa bibliográfica, que
Marconi e Lakatos (2002, p. 85) consideram que este tipo de pesquisa tem por
finalidade, especialmente quando se trata de pesquisa bibliográfica, proporcionar
maiores informações sobre determinado assunto; facilitar a delimitação de uma
temática de estudo; definir os objetivos ou formular as hipóteses de uma pesquisa
ou, ainda, descobrir um novo enfoque para o estudo que se pretende realizar.
Aplica-se ainda a pesquisa exploratória que Marconi e Lakatos
(2002, p. 85) definem como:
investigações de pesquisa empírica cujo objetivo é a formulação de
questões ou de um problema, com tripla finalidade: desenvolver hipóteses, aumentar
a familiaridade do pesquisador com um ambiente, fato ou fenômeno para realização
de uma pesquisa futura mais precisa ou modificar e clarificar conceitos.
Com base no emprego desses variados tipos e métodos de
pesquisa, pretende-se detalhar as transações do Fluxo de Caixa para maiores
entendimentos dos gestores.
2. REVISÃO DA LITERATURA
2.1 DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA – CONCEITOS, FINALIDADES E
DEFINIÇÕES.
Neste capítulo, abordam-se os aspectos normativos, conceituais e
estruturais da Demonstração do Fluxo de Caixa. Trata-se de um instrumento de
planejamento muito utilizado pelas empresas de todos os portes no mundo inteiro,
servindo de apoio nas decisões dentro da área financeira.
2.2 CONCEITOS E UTILIDADES DO FLUXO DE CAIXA
O Fluxo de Caixa é um relatório que tem por finalidade apoiar a
gerência financeira da empresa especialmente no planejamento de curto prazo,
sendo que nas palavras de Palhares e Rodrigues (1992, p.247) “o fluxo de caixa é
um controle de entradas e saídas financeiras de uma empresa”. Por isso, o
controlador de fluxo de caixa necessita de uma visão geral sobre todas as funções
da empresa. E é exatamente a técnica do fluxo de caixa que dá base para a
estruturação de um instrumento indispensável para tomar decisões para todos os
tipos de empresa, de modos que esta demonstração vai muito mais longe que a
simples apuração de resultado no período (receita recebida, menos despesa paga),
considerando os investimentos, amortizações de financiamentos e dividendos.
De acordo com Marion (2002, p. 380) “o fluxo de caixa de forma
condensada indica a origem de todo o dinheiro que entrou no caixa, bem como a
aplicação de todo o dinheiro que saiu do caixa em determinado período”. Portanto, é
uma demonstração, do início do período e outra no final do período, podendo
esclarecer situações controvertidas na empresa no sentido da obtenção de lucros e
de outros investimentos, incluindo compromissos liquidados ou adquiridos e conduz
ao gerente financeiro, conforme o caso rever o planejamento financeiro, pois
conforme alerta Gramms e Lotz (2004, p.33) “só através do passado se poderá fazer
uma boa projeção do fluxo de caixa para o futuro”, considerando as variações
registradas.
Segundo Fávero (1997, p. 372) a importância do fluxo de caixa
acentua-se na medida em que a preocupação da área financeira já não se atém aos
resultados obtidos por políticas isoladas de vendas, compras e produção, mas
abrange um planejamento global (orçamento) no qual as perspectivas da empresa
para um determinado período (ano, semestre, trimestre) são previamente
estabelecidas, e a execução do orçamento de caixa é um dos fatores de equilíbrio
nesse contexto.
Pelo exposto acima é que se percebe a importância do fluxo de
caixa aliada a um bom planejamento financeiro, pois são instrumentos que
possibilitam o entendimento de situações e auxiliam a empresa na tomada de
decisões.
Segundo Sá (1994, p.201) “o fluxo de caixa é a ação que no tempo
traça o confronto entre recursos de recebimentos e os desembolsos por
pagamentos”, ou seja, uma forma dinâmica de conhecer o comportamento da
liquidez ou capacidade de dispor de dinheiro para fazer frente às necessidades
financeiras.
O processo de planejamento do Fluxo de Caixa segundo Zdanowicz
(2004, p. 23) consiste em “implantar uma estrutura de informações útil, prática e
econômica, dispondo de um mecanismo seguro para estimar os futuros ingressos e
desembolsos de caixa na empresa”
O fluxo de Caixa é o instrumento que permite ao administrador
financeiro planejar, organizar, coordenar, dirigir e controlar os recursos financeiros
de sua empresa para determinado período.
Segundo Zdanowicz (2004, p. 28) “o fluxo de caixa é o instrumento
mais importante para o administrador financeiro” pois, através dele, planeja as
necessidades ou não de recursos financeiros a serem capacitados pela empresa. A
análise de um fluxo de caixa pode comportar reestruturações formais em relação à
elaboração apenas, mais tais procedimentos, não devem modificar os conceitos.
Em síntese, para um fluxo de caixa ser bem elaborado é necessário
o conhecimento do gestor sobre todos os itens contidos no mesmo.
Segundo Gitman (2000, p. 75), o Fluxo de Caixa pode ser definido
como:
“o instrumento utilizado pelo administrador financeiro com o objetivo
de apurar os somatórios de ingressos e somatórios financeiros da empresa,
prognosticando assim se haverá excedente ou escassez de caixa, em função do
nível desejado de caixa pela empresa”.
O Fluxo de Caixa é a ferramenta adequada de controle que vem
ganhando destaque como instrumento de apoio nas decisões da área financeira.
Para Fávero (1997, p. 371) “a Demonstração de Fluxo de Caixa
(DFC) evidencia o comportamento das entradas e saídas de recursos, de modo a
proporcionar análises importantes sobre o comportamento da entidade”.
O Fluxo de Caixa sendo um instrumento capaz de traduzir em
valores e datas os dados gerados pela empresa, torna-se uma ferramenta
importante para as decisões do dia-a-dia. Iudícibus e Marion (2000, p. 218),
observam que: “a Demonstrativo de Fluxo de Caixa demonstra a origem e a
aplicação de todo o dinheiro que transitou pelo caixa em um determinado período e
o resultado desse fluxo”.
Segundo Zdanowicz (2004, p. 23) “o Fluxo de Caixa pode ser
conceituado como instrumento utilizado pelo administrador financeiro com o objetivo
de apurar os somatórios de ingressos e desembolsos financeiros da empresa em
determinado momento”, é fundamental que o administrador financeiro saiba gerir
corretamente os recursos financeiros alocados na massa patrimonial ativa da
empresa.
Para Santos (2001, p. 57) “o Fluxo de Caixa é o instrumento capaz
de traduzir em valores e datas os diversos dados gerados pelos demais sistemas de
informação da empresa”. Em síntese, para uma empresa ser bem estruturada, uma
adequada gestão do Fluxo de Caixa é de fundamental importância.
2.3 OBJETIVOS DO FLUXO DE CAIXA
Um dos objetivos do Fluxo de Caixa é apurar o saldo disponível para
tomar a decisão de se captar os recursos que eventualmente sejam necessários, ou
aplicar os recursos que possam estar disponíveis. (www.portalbrasil.eti.br).
Segundo o SEBRAE (2000, p. 109), o objetivo do fluxo de caixa é
“controlar o equilíbrio entre as entradas e saídas do caixa para garantir a
sobrevivência e o crescimento da empresa”.
Já Pedroso e Conceição (2002, p. 22), destacam entre os mais
importantes objetivos do Fluxo de Caixa, os seguintes:
a) facilitar a análise e o cálculo na seleção das linhas de crédito a
serem obtidas junto às instituições financeiras; b) programar os ingressos e os
desembolsos de caixa, de forma criteriosa, permitindo determinar o período em que
deverá ocorrer carências de recursos e o montante, havendo tempo suficiente para
as medidas necessárias; c) permitir o planejamento dos desembolsos de acordo
com as disponibilidades de caixa, evitando-se o acúmulo de compromissos
vultuosos em época de pouco encaixe; d) determinar quanto de recursos próprios a
empresa dispõe em dado período, e aplica-los de forma mais rentável possível, bem
como analisar os recursos de terceiros que satisfaça as necessidades da empresa;
e) proporcionar o intercâmbio dos diversos departamentos da empresa com a área
financeira; f) desenvolver o uso eficiente e racional do disponível; g) financiar as
necessidades sazonais ou cíclicas da empresa; h) providenciar recursos para
atender aos projetos de implantação, expansão, modernização ou relocalização
industrial e/ou comercial; i) fixar o nível de caixa em capital de giro; j) auxiliar na
análise dos valores a receber e estoques, para que se possa julgar a conveniência
em aplicar nesses itens ou não; l) verificar a possibilidade de aplicar possíveis
excedentes de caixa; m) estudar um programa saudável de empréstimos ou
financiamentos; n) projetar um plano efetivo de resgate de débitos; o) analisar a
conveniência de serem comprometidos os recursos pela empresa e p) participar e
integrar todas as atividades da empresa, facilitando assim os controles financeiros.
É de fundamental importância a utilização de um Fluxo de Caixa
adequado, pois dessa maneira atingem-se os resultados mais favoráveis com
menores desperdícios.
Conforme Zdanowicz (2004, p. 25) o Fluxo de Caixa tem como
objetivo básico:
“a projeção das entradas e das saídas de recursos financeiros para
determinado período, visando prognosticar a necessidade de captar empréstimos ou
aplicar excedentes de caixa nas operações mais rentáveis para a empresa”.
Assim, por meio do Fluxo de Caixa a empresa irá planejar e
controlar todas as suas atividades operacionais e não-operacionais futuras.
Calderelli (1997, p.354) afirma que: “o fluxo de caixa propicia ao gerente financeiro a
elaboração de melhor planejamento financeiro”, pois é através do planejamento
financeiro que o gerente saberá o montante certo em que contrairá empréstimos
para cobrir a falta (insuficiência) de fundos, bem como quando aplicar no mercado
financeiro o excesso de dinheiro, evitando, assim a corrosão inflacionária e
proporcionando maior rendimento à empresa. E assim, por meio do conhecimento
do passado (do que ocorreu) se poderá fazer uma boa projeção do Fluxo de Caixa.
2.4 PRINCIPAIS TRANSAÇÕES QUE AFETAM O FLUXO DE CAIXA
Nem todas os fatos contábeis que ocorrem no dia-a-dia das
atividades empresariais movimentam o caixa. O fluxo de caixa tem como uma das
finalidades principais evidenciar as entradas e saídas de dinheiro da empresa em
determinados períodos de tempo. Iudícibus e Marion (2000, p. 124 e 125), esboçam
um breve relato das principais transações que afetam o Caixa como transações que
aumentam o Caixa (Disponível)
a) Integralização do Capital pelos Sócios ou Acionistas. São os
investimentos realizados pelos proprietários. Se a integralização não for em dinheiro,
mas em bens permanentes, estoques, títulos, não afetará o caixa. b) Empréstimos
Bancários e Financiamentos. São os recursos financeiros oriundos das Instituições
Financeiras. Normalmente, os Empréstimos Bancários são utilizados como Capital
de Giro e os Financiamentos para aquisição de Ativo Permanente.
c) Vendas à Vista e Recebimento de Duplicatas a Receber.
Normalmente, a principal fonte de recursos do Caixa, sem dúvida, é aquela
resultante das vendas.
d) Outras Entradas. Juros recebidos, dividendos recebidos de outras
empresas, indenizações de seguros recebidas.
O mesmo autor acima aponta as transações que diminuem o Caixa (Disponível)
a) Pagamentos de Dividendos aos Acionistas. Se os investimentos
dos proprietários da empresa representam entrada de Caixa, os dividendos pagos,
em cada exercício, significam diminuição de Caixa.
b) Pagamento de Juros e Amortização da Dívida. O resgate das
obrigações junto às Instituições Financeiras bem como os encargos financeiros
(juros, comissão etc.) significam saída de dinheiro do Caixa.
c) Aquisição de item do Ativo Permanente. São as aquisições, à
vista, de imobilizado e de itens do subgrupo Investimentos (ações).
d) Compra à Vista e Pagamentos a Fornecedores. São aquelas
saídas de numerários referentes à matéria-prima e material secundário.
e) Pagamentos de Despesas/Custos, Contas a Pagar e Outros. São
os desembolsos com despesas administrativas de vendas, com itens de custo e
outros.
Por meio da indicação acima, procurou-se evidenciar os principais
encaixes (entrada de dinheiro no Caixa) e os principais desembolsos (saída de
dinheiro no Caixa), fatores que influem decisivamente na formação e manutenção
dos Fluxos de Caixa e respectivos saldos, podendo esse aumentar ou diminuir o seu
saldo.
2.5 FUNÇÃO SISTEMÁTICA DAS CONTAS EM UMA DEMONSTRAÇÃO DE
FLUXO DE CAIXA.
Apresenta-se a seguir um explicativo do uso adequado de cada uma das
contas constante em um Fluxo de Caixa Gerencial.
2.5.1 Elementos de Entradas de Caixa
As entradas de Caixa ocorrem para se obter o aumento dos recursos
do Ativo, ou seja, contas utilizadas para o registro de bens e direitos de qualquer
natureza representam o dinheiro em mãos da empresa, os depósitos bancários e as
aplicações de imediata conversibilidade em dinheiro.
A técnica da elaboração de fluxo de caixa segundo Sá (1997, p.201)
“assemelha-se às demais previsionais, mas tem como fatores concretos os já
incorporados ao Balanço da Empresa”. Desta forma, o fluxo de caixa pode ser
representado de várias formas, incluindo principalmente as entradas e as saídas.
2.5.1.1 Recebimento de vendas à vista
O Recebimento das vendas à vista ocorrem de duas formas, através
da venda paga diretamente no caixa, ou através da venda recebida pelo banco.
Segundo Ribeiro (1997, p. 68) “são contas utilizadas para o registro
de bens numerários de livre e imediata movimentação”. Sendo que vendas são
títulos de contas que se destina ao registro da receita técnica das empresas
comerciais e industriais.
2.5.1.2 Recebimento pelo crediário
A ação de recebimento significa a entrada de valores, ou seja dinheiro
que entra no caixa e quando é pelo crediário significa um sistema de venda de uma
empresa ou de forma de pagamento por parte do cliente ou consumidor. Segundo
Centa (2005, p.12) “crediário é um sistema de vendas a crédito de com pagamento
de prestações”. Isto é, a pessoa que possui cartão de crédito pode efetuar uma
compra e conforme o contrato que a mesma possui com a financiadora essa
repassa o valor à vista para a empresa ou loja, onde foi efetuada a compra e o
portador do cartão ou comprador paga em prestações.
2.5.1.3 Operação de crédito
Entende-se por operação a realização de um negócio ou de um
trabalho. No caso das operações de crédito, estas segundo Calderelli (1997, p.575)
“caracterizam-se pelo empréstimo de numerário ou cessão de bens, presente, contra
promessa de liquidação futura”. Desta forma, numa operação de crédito figuram
sempre o devedor e o credor, sendo para o credor uma operação ativa e para o
devedor passivo.
Seldon (1999, p.120) define crédito como “concessão de permissão
por uma entidade a outra para obter a pose de alguma coisa possuída pela
primeira”. Portanto a essência de uma transação de crédito é a promessa de pagar
em uma data futura. Tais promessas podem ser formais ou informais, hoje ainda em
uso o cheque pré-datado, a nota promissária e o cartão como símbolo da tecnologia
e evolução das operações de crédito.
2.5.2 Elementos de Saídas de Caixa
As saídas de caixa são obrigações da empresa, tais como, duplicatas
a pagar, pagamentos efetuados a terceiros, salários a pagar, outras despesas não
esperadas pela empresa e a aquisição de itens do Ativo Imobilizado.
2.5.2.1 Fornecedores
Fornecedores de acordo com Sá (1994, p.208) “título de conta que
representa os débitos por compras”. Ou seja, a denominação que se dá à conta que
figura no exigível a curto prazo dos patrimônios, somente utilizada para as compras
de bens de uso, aplicação ou venda.
2.5.2.2 Honorários
Os honorários representam o título de conta que registra
pagamentos por serviços de natureza qualificada. Segundo Calderelli (1997, p.401)
“honorários é a remuneração por serviços prestados em cargos efetivos, facultativos
ou honoríficos”. Entende-se que o termo honorário vem de horas prestadas em
atividade profissional, portanto os honorários são pagamentos destinados a
profissionais pelas suas horas dedicadas para a atividade que desempenhou.
2.5.2.3 Folha de Pagamento
A folha de pagamento é a relação mensal e detalhada de todos os
pagamentos feitos aos empregados de uma empresa. Esta conta é destinada ao
pagamento das remunerações dos funcionários.
Segundo Ribeiro nos relata (1997, p. 248)
“Compreendem os valores que os empregados têm a receber da
entidade como contraprestação dos serviços por eles prestados durante o mês.
Podem ser salários mensais, horas extras, comissões. O montante das
remunerações também pode ser denominado salário bruto ou valor bruto da folha de
pagamento”.
Desta forma, trata-se de um documento elaborado em razão dos
pagamentos ao pessoal, no qual constam, geralmente, os nomes dos funcionários, o
período de trabalho, a base salarial, os direitos do empregado a receber, os
descontos diversos de natureza compulsória ou legal.
De acordo com Sá (1994, p.205) “a folha de pagamento pode ser
classificada por centros de custos ou despesas”, porque junto das folhas são
emitidos comprovantes ao pessoal feitas conforme o sistema da empresa, as quais
na sua grande maioria são informatizadas.
Segundo Calderelli (197, p.355) uma folha de pagamento deve
conter: “salário ou ordenado bruto de cada funcionário, encargos sociais
descontados do funcionário e os de responsabilidades da empresa, imposto de
renda de fonte, quando devido pelo funcionário e salário líquido pago a cada um”.
Sendo assim, uma folha de pagamento é um relatório completo de tudo o que
envolve aquilo que o funcionário deve receber pelo seu salário e tudo aquilo que lhe
é descontado pela empresa ou órgãos públicos como INSS.
2.5.2.4 Encargos Sociais
Os encargos sociais são pagamentos contidos nas folhas de
pagamento dos funcionários. Eles representam as aplicações financeiras feitas por
uma empresa, no sentido de cobrir gastos realizados na obtenção de um serviço ou
bem destinado à aplicação no seu ciclo operacional. Segundo Ribeiro nos relata
(1997, p. 249):
“além das despesas com salários, que compõem o valor bruto da
Folha de Pagamento, as entidades têm outros encargos com pessoal, calculados
com base no valor Bruto da folha, que são eles: Contribuição da Previdência parte
patronal, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, Provisão para Férias e
Provisão para 13º salário”.
Os encargos sociais são fundamentados na legislação aplicável à
espécie e praticados em âmbito nacional, adotando-se a boa técnica contábil, com
aplicação do mês comercial na elaboração dos cálculos.
De acordo com Andrade (2006, p.162) os encargos sociais podem
ser classificados em quatro grupos: “A - custos previdenciários sobre a folha de
pagamento, B – provisionamentos, C – verbas indenizatórias, D – custos
previdenciários sobre a folha de pagamento”.
Diante desta classificação entende-se que o grupo A, envolve a
previdência social (INSS), a empresa custeia 20%, salário educação, seguro
acidente do trabalho. O grupo B envolve o 13º salário, férias, abono, auxílio-doença,
licença paternidade, faltas legais, aviso prévio e acidente de trabalho. O grupo C
envolve o aviso prévio indenizado, indenização adicional e multa FGTS e o grupo D
registra os custos previdenciários tais como o 13º salário, férias, auxílio-doença,
licença-paternidade, faltas legais e acidente do trabalho. Neste caso, vale ressaltar a
diferença entre previdenciários (conjunto de previdências públicas para proteger e
amparar o trabalhador e o funcionário e suas famílias, na velhice e nas
enfermidades, por meio de aposentadoria e assistência médica e hospitalar) e
provisionamentos (benefícios concedidos em alguns casos especiais e esporádicos,
tais como licença-paternidade).
2.5.2.5 Impostos
Representam os impostos e contribuições incidentes sobre as
compras e as vendas ocorridas na empresa. Segundo relata Favero (1997, p. 142)
“os impostos podem ser definidos como a contribuição monetária, direta ou indireta,
que os poderes públicos exigem de cada pessoa física ou jurídica”. Esta conta é
debitada quando ocorrem os pagamentos dos impostos incidentes sobre as compras
ou vendas da empresa.
De acordo com Costa e Aquaroli (1999, p.190) “imposto é uma
contribuição devida por toda pessoa física ou jurídica ao Estado para a formação da
receita necessária”. Portanto, um valor em dinheiro, a título de encargo permanente
e geral. No caso das empresas cada uma conforme o seu ramo de atividade tem
seus impostos a pagar ao Município, Estado e País, incluindo o internacional se a
empresa se dedica a esta ação, o que naturalmente recai sobre as saídas.
Cervi (2006, p.605) classifica os impostos como: “diretos e indiretos”.
A primeira classificação incide sobre a renda e a propriedade de pessoas físicas e
jurídicas, incluindo o cidadão e as empresas. A segunda classificação incide sobre a
produção e comercialização de bens e serviços.
O Imposto de acordo com o artigo primeiro do Código Tributário
Nacional está definido como o: “tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica do estado, relativa ao
contribuinte”. Portanto, o imposto também se classifica como saídas.
2.5.2.6 Pró-Labore
Pró-labore é uma expressão latina que significa "pelo trabalho";
remuneração do trabalho realizado por sócio, gerente ou profissional. São as
retiradas parciais dos lucros de uma firma por parte do proprietário ou proprietários.
Está conta é debitada quando ocorre a retirada do proprietário. Segundo Andrade
(2006, p.29) “pró-labore é a remuneração do trabalho do proprietário ou sócios que
gerenciam a empresa”. Ele é considerado como saída de caixa, uma espécie de
salário dos donos. É um custo fixo, esclarecendo que quando o sócio entra apenas
com o capital não recebe pró-labore, pois não exerce nenhuma função ocupacional
na empresa.
Segundo orientação do SEBRAE o pró-labore é:
Este é um instrumento desenvolvido para orientar quanto a inclusão
da remuneração dos sócios (pró-labore), nos custos. Existem duas formas de
remunerar os sócios de uma empresa: o pró-labore e a distribuição de lucros. O pró-
labore é a remuneração dos sócios que trabalham na empresa e corresponde ao
salário de um administrador contratado para isso. Assim, o valor do pró-labore deve
ser definido com base nos salários de mercado para este tipo de atividade. Não se
deve retirar mais recursos como pró-labore do que se pagaria a um empregado que
realizasse as tarefas que os sócios que trabalham na empresa realizam. Isto seria
anti-econômico.O pró-labore é considerado uma despesa administrativa e deve ser
apropriadamente custeado e pago, conforme as obrigações da empresa tenham
vencimento. O instrumento serve para orientar sobre os diversos aspectos da
inclusão da remuneração dos sócios (pró-labore), nos custos. O cálculo do pró-
labore faz-se necessário para se chegar ao pagamento justo do trabalho dos sócios
na empresa. O pró-labore é parte componente dos custos empresariais de como se
utiliza o instrumento é utilizado a partir de orientações, visando permitir um melhor
entendimento do assunto, além de fornecer uma forma adequada de lidar com a
questão.Veja como calcular o pró-labore: • Defina corretamente as atividades que os
sócios desempenham ou querem realizar na empresa;• Verifique no mercado quanto
custaria para contratar um profissional que realizasse tais atividades com a
qualidade esperada; • Defina o valor do pró-labore como se fosse o salário desse
profissional;• Contabilize o pró-labore como despesa administrativa na conta
Honorários da Diretoria ou Salários da Administração.
Sendo assim, o pró-labore não é só o pagamento dos sócios ou
acionistas, mas tem toda uma regulamentação a seguir além de constar como
retirada.
2.5.2.7 Pagamento de operações de crédito
O pagamento no seu sentido restrito da palavra significa uma
liquidação de uma obrigação ou dívida, geralmente em dinheiro. Crédito tem sentido
amplo, tanto no que se refere a contas a receber quanto a contas a pagar. Segundo
Centa (2005, p.15) “crédito é todo ato, vontade ou disposição de alguém de destacar
ou ceder, temporariamente, parte do seu patrimônio a um terceiro, com a
expectativa de que esta parcela volte a sua posse integralmente, após o tempo
estipulado”. Dessa forma, a empresa pode ceder uma parte de seus ativos para um
cliente que vai adquirir produtos e/ou serviços, porém, deve também ter a
preocupação de receber de seus fornecedores produtos e serviços. Portanto, o
pagamento de operações de crédito tem sentido amplo, tanto no que se refere a
contas a receber quanto a contas a pagar.
2.5.2.8 Despesas bancárias
Despesa é um investimento de capital em elemento que direta ou
indiretamente irá produzir uma utilidade à empresa e as bancárias se referem às
ocorridas com as transações bancárias. Segundo Seldon (1999, p.59) “bancos são
instituições financeiras encarregadas de realizarem depósitos, empréstimos e outras
movimentações similares”. Portanto, estas instituições se envolvem num amplo ramo
de finalidades, principalmente para capital de giro.
2.5.2.9 Despesas de combustíveis
As despesas representam uma inversão de capital, no sentido de
cooperar na produção ou distribuição de riquezas. As despesas conforme coloca
Calderelli (1997, p.244) “são aplicações que não encontram como contra partida um
valor que se possa traduzir em moeda direta, mas sim, em valor material ou
imaterial, incorporado como custo de uma riqueza produzida”. Desta forma, as
despesas de uma empresa são divididas de acordo com suas utilizações dentro do
campo operacional. No caso das despesas com combustível são aquelas ocupadas
no transporte, considerando que combustível
2.5.2.10 Pagamento de aluguel
Aluguel se refere ao preço pago pela locação de bens, geralmente
acomodações residenciais ou comerciais. Segundo Calderelli (1997, p. 35) “aluguel
é o preço que se paga pelo uso de um bem de propriedade de outrem”. Portanto, é
feita por tempo determinado ou indeterminado, sendo regulamentado no Brasil pela
Lei do Inquilinato. O pagamento de aluguel é considerado saída de caixa, podendo
ser pelo prédio quando a empresa não o dispõe ou uma máquina, carro ou outro
objeto de uso na empresa.
2.5.2.11 Água, luz e telefone
A conta de água, luz e telefone são classificadas como taxa, a qual é
definida por Calderelli (1997, p.896) “preço fixado oficialmente para a venda de
certos produtos ou para a execução de certos serviços públicos. Sendo assim, só
paga por estes serviços, quem os utiliza. No caso de uma empresa conforme a
atividade que a mesma desempenha ela necessita utilizar alguns serviço o qual será
pago como taxa e adicionado como saída.
2.5.2.12 Material de limpeza e escritório
O material de limpeza e escritório representam as aquisições feitas
por uma empresa para ser utilizado como material de expediente. Calderelli (1997,
p.516) “essa conta é debitada pela entrada dos materiais e creditada como
improdutivo”. Sendo assim, a aquisição de material de limpeza e escritório
representa em seu saldo, o valor das existências.
Padoveze (2000, p. 60) atribui o material de limpeza e escritório
como: “consumo” e por não serem despesas imediatas, devem ser contabilizadas
diretamente nos estoques de materiais, podendo ser feita uma contabilização
adicional das compras no grupo de despesas, para auxiliar os relatórios e índices
posteriores.
3.CONCLUSÃO
Ao realizar uma pesquisa sobre a importância de saber os
detalhamentos das transações ocorridas em um fluxo de caixa gerencial sabe-se
que ele contém elementos de entradas e saídas do caixa, naturalmente. No entanto,
nem todos os itens que fazem compreendem um fluxo de caixa é único, porque cada
empresa calcula o seu fluxo de caixa de acordo com a sua realidade.
Nesta pesquisa, quando da empresa analisada a mesma apresentou
como entradas de caixa: recebimento de vendas à vista, recebimento pelo crediário
e operação de crédito e como saídas de caixa a mesma apresentou gastos com os
fornecedores, honorários, folha de pagamento, encargos sociais, impostos, pró-
labore, pagamento de operação de crédito, despesas bancárias, despesas com
combustíveis, pagamento de aluguel, água, luz, telefone e material de limpeza e
escritório.
Tendo citado apenas elementos tanto de entrada como de saída
procurou esclarecer o significado de cada um de forma particular e objetiva para
ficar claro quando no momento da empresa calcular o seu fluxo de caixa,
considerando a realidade da mesma.
Portanto, todas as operações de uma empresa tem implicações
econômico-financeiras, pois forçam a empresa a planejar e controlar as suas
atividades. As decisões empresariais passam, então, a ser tomadas à luz das
posições de caixa atual e projetada, o que é fundamental para o fator segurança das
mesmas. Assim, a empresa irá procurar executar aquilo para a qual apresentar o
suporte econômico-financeiro, iniciando talvez com um bom e preciso relatório de
fluxo de caixa.
REFERÊNCIAS