Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio
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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO
MARANHÃO
CURSO DE TECNOLOGIA EM CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS
Erik Renan Soares Fernandes
ESTUDO DE CASO EM UMA EDIFICAÇÃO DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE
PINDARÉ-MIRIM – MA: SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO POR
MEIO DE EXTINTORES PORTÁTEIS.
Santa Inês – MA
2014
Erik Renan Soares Fernandes
ESTUDO DE CASO EM UMA EDIFICAÇÃO DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE
PINDARÉ-MIRIM – MA: SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO POR
MEIO DE EXTINTORES PORTÁTEIS.
Monografia apresentada ao Departamento de
Ensino Superior e Tecnologia – DESTEC do
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia
do Maranhão, Campus Santa Inês, como parte dos
requisitos para obtenção do título: Tecnólogo em
Construção de Edifícios.
Orientador: Prof.º Esp. Darcílius Marcus de Sousa
Santa Inês – MA
2014
Fernandes, Erik Renan Soares
Estudo de caso em uma edificação de saúde do município de Pindaré-Mirim - MA: sistema de proteção contra incêndio por meio de extintores portáteis / Erik Renan Soares Fernandes. – Santa Inês, 2013.
80 f.
Orientador: Prof. Esp. Darcilius Marcus
Monografia (Tecnologia de Construção de Edifícios)-Instituto Federal do Maranhão, Curso de Construção de Edifícios, 2013. 1. Incêndio - Extintores. 2. Incêndio - Risco. 3. Extintores portáteis. 4. Edificações. I. Título.
CDU 624:614.84(812.1)
Catalogação na Fonte.
Erik Renan Soares Fernandes
ESTUDO DE CASO EM UMA EDIFICAÇÃO DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE
PINDARÉ-MIRIM – MA: SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO POR
MEIO DE EXTINTORES PORTÁTEIS.
Monografia apresentada ao Departamento de
Ensino Superior e Tecnologia – DESTEC do
Instituto Federal de Educação Ciência e
Tecnologia do Maranhão, Campus Santa Inês,
como parte dos requisitos para obtenção do
título: Tecnólogo em Construção de Edifícios.
Aprovada em: / /
BANCA EXAMINADORA
Orientador: Darcílius Marcus de Sousa
Bacharel em Engenharia Civil – UEMA
Especialista em Segurança do Trabalho - UEMA
1° Lindemberg Alex Trindade Pereira
Bacharel em Engenharia Mecânica - UEMA
Especialista em Segurança do Trabalho – UEMA
2° Jefferson Heitor Oliveira Rocha
Bacharel em Arquitetura e Urbanismo - UEMA
Especialista em Arquitetura Construção e Gestão de Construções Sustentáveis –
AVM – Faculdade Integrada
DEDICATÓRIA
A Deus e a todos os meus amigos e familiares.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por me proporcionar esta oportunidade e
estar sempre ao meu lado em todos os momentos da minha vida.
A minha mãe Silvia Letícia Soares Fernandes e a minha irmã Lana Helen
Soares Viana, as quais em muito contribuíram durante esta longa caminhada.
Ao Prof.º Esp. Darcílius Marcus de Sousa, pela orientação e principalmente
pelo incentivo, apoio, confiança e grande amizade, ingredientes estes que
possibilitaram a realização desta tarefa.
Ao Prof.º Esp. Lindemberg Alex Trindade Pereira, pelas contribuições e
orientações para a realização deste estudo.
Ao Prof.º MS. Paulo Câmara, pela sua grande contribuição em conhecimentos
e pela grande pessoa que este é.
A Prof.º MSc. Loraine Lauris dos Santos, pelo grande trabalho desenvolvido
para a realização deste curso.
Ao Sr. Jeconias de Oliveira Barbosa, pela sua enorme parcela de contribuição
durante toda esta caminhada.
A todos os professores do Curso de Tecnologia em Construção de Edifícios,
em especial: Etiane Oliveira, José Domingos, Loraine Lauris, Rafael Ciarlini, Edson
Lira, Paulo Borges, Maria Aparecida, Francílio, Jadson Pessoa, José Pessoa,
Jeferson Heitor, Lindemberg Trindade, Darcílius Marcus, onde transmitiram seus
conhecimentos.
A todos os colegas, em especial aos do curso: Alex Kilmer, Jeconias Barbosa,
José Aglailton, Gilvan Serra, Maurício Rodrigues, Marcos Figueredo, Valéria
Carvalho, Dayana Paula, Vanderson Santos, Roniele Araújo, Cleuma Araújo, Kássio
Emanuel, Ludmila Ferreira, Yulian Morais, que ajudaram em muito, os quais se
tornaram grandes amigos.
A todas as pessoas e instituições que direta ou indiretamente foram de
extrema importância para a realização deste trabalho, e a elas expresso os meus
sinceros agradecimentos.
RESUMO
Sabendo-se que o risco de incêndio encontra-se presente nos mais variados tipos de ambiente, podendo gerar além dos danos materiais os imateriais, como por exemplo, o risco de morte, indubitavelmente há a necessidade de implantação de um programa de prevenção, proteção e combate a incêndios nas edificações, pois quanto mais eficiente se tornar a prevenção menores serão as probabilidades de ocorrer um incêndio e, por conseguinte, serão eliminadas as oportunidades de o fogo causar danos às pessoas e ao patrimônio. Considerando-se essas evidências, este trabalho trata da prevenção e combate a incêndios por intermédio de extintores portáteis em uma edificação de saúde do munícipio de Pindaré Mirim – MA. Os objetivos deste estudo são identificar os riscos de incêndio da edificação, verificar se os extintores portáteis localizados no prédio estão dimensionados de maneira correta, bem como pesquisar o nível de conhecimento dos colaboradores da entidade com relação a este assunto. Estes objetivos foram alcançados mediante a utilização das seguintes estratégias metodológicas: pesquisa bibliográfica junto a ABNT/NBRs e Instruções Técnicas em vigor, aplicação de um questionário semiestruturado direcionado aos servidores, como também a realização de visitas in loco acompanhadas da observação direta. Os resultados obtidos demostram que não há um sistema eficiente de proteção contra incêndios por meios de extintores portáteis na edificação em análise, portanto, este estudo é de extrema importância no âmbito de gerar aos dirigentes da edificação informações sobre o tema, além de servir aos órgãos fiscalizadores como uma alerta para que estes adotem as providências cabíveis e tomem as medidas necessárias no propósito de preservar as condições de segurança dos cidadãos.
PALAVRAS - CHAVE: Fogo, Incêndio, Extintores Portáteis, Risco de Incêndio, Edificações, Pindaré – Mirim.
ABSTRACT
Knowing that the fire hazard is present in various types of environment and
can create damage beyond the intangible, such as the risk of death, there is
undoubtedly a need to implement a program of prevention, protection and fire fighting
in buildings, as the more efficient prevention become smaller the probability of a fire
and therefore be eliminated opportunities for fire damage to people and property.
Considering these evidences, this work deals with the prevention and firefighting
through fire extinguishers in a building of the municipality of health Pindaré Mirim -
MA. The objectives of this study are to identify fire hazards in the building, check the
fire extinguishers located in the building are sized correctly, and search the
knowledge level of the employees of the entity with respect to this matter. These
objectives were achieved by using the following methodological strategies: literature
along ABNT / NBRS and Technical Instructions in force, applying a semi-structured
questionnaire directed to the servers, as well as conducting site visits accompanied
by direct observation. The results demonstrate that there is an efficient fire protection
by means of portable fire extinguishers in the building in question, therefore, this
study is extremely important within the building managers to generate information on
the subject, in addition to serving agencies oversight as a warning so that they take
the necessary steps and take the necessary measures in order to preserve the safety
conditions of citizens.
KEY - WORDS: Fire, Fire Extinguishers Portable, Fire Risk, Buildings, Pindaré -
Mirim.
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 - Localização do objeto de estudo..............................................................
Figura 02 - Fachada frontal da edificação..................................................................
Figura 03 - Planta baixa do objeto de estudo.............................................................
Figura 04 - Ambiente interno da edificação................................................................
Figura 05 - Triângulo do fogo.....................................................................................
Figura 06 - Materiais combustíveis.............................................................................
Figura 07 - Tetraedros do fogo...................................................................................
Figura 08 - Classe de incêndio A................................................................................
Figura 09 - Classe de incêndio B ...............................................................................
Figura 10 - Classe de incêndio C ..............................................................................
Figura 11 - Classe de incêndio D...............................................................................
Figura 12 - Método do isolamento..............................................................................
Figura 13 - Método do resfriamento...........................................................................
Figura 14 - Método do abafamento............................................................................
Figura 15 - Jatos d’água.............................................................................................
Figura 16 - Agente extintor conforme a classe de incêndio........................................
Figura 17 - Componentes básicos de um extintor......................................................
Figura 18 - Teste de capacidade extintora para a classe A.......................................
Figura 19 - Teste de capacidade extintora para a classe B”......................................
Figura 20 - Extintor de água pressurizada..................................................................
Figura 21 - Extintor de água a gás.............................................................................
Figura 22 - Extintor de gás carbônico.........................................................................
Figura 23 - Extintor de espuma química.....................................................................
Figura 24 - Extintor de espuma mecânica..................................................................
Figura 25 - Extintor de PQS a pressurizar..................................................................
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Figura 26 - Extintor de PQS pressurizado..................................................................
Figura 27 - Detalhes de fixação e sinalização de um extintor portátil........................
Figura 28 - Procedimentos necessários para utilização de um extintor.....................
Figura 29 - Materiais combustíveis encontrados na edificação..................................
Figura 30 - Extintor de água localizado na edificação………………………….……...
Figura 31 - Unidades extintoras representadas na planta baixa................................
Figura 32 - Extintores de Pó BC.................................................................................
Figura 33 - Capacidade extintora dos aparelhos localizados……………………...….
Figura 34 - Sinalização dos equipamentos……………………………………………..
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LISTA DE TABELAS
Tabela 01 - Classificação da edificação quanto a ocupação.......................................
Tabela 02 - Classificação da edificação quanto a altura..............................................
Tabela 03 - Classificação da edificação quanto as características construtivas.........
Tabela 04 - Diferentes porcentagens do oxigênio.......................................................
Tabela 05 - Exemplos de combustíveis sólidos, líquidos e gasosos...........................
Tabela 06 - Carga nominal dos extintores portáteis....................................................
Tabela 07 - Capacidade extintora mínima dos extintores portáteis.............................
Tabela 08 - Critérios para dimensionamento dos extintores portáteis.........................
Tabela 09 - Número de extintores que compõem uma unidade extintora...................
Tabela 10 - Ficha de controle de inspeção dos extintores...........................................
Tabela 11 - Exigências mínimas de segurança contra incêndio para o objeto de
estudo.....................................................................................................
Tabela 12 - Classificação da edificação quanto a carga de incêndio específica por
ocupação.................................................................................................
Tabela 13 - Classificação da edificação quanto ao risco de incêndio.........................
Tabela 14 - Classificação da edificação quanto a dimensão em planta......................
Tabela 15 - Determinação da unidade extintora mínima para fogo da classe
A..............................................................................................................
Tabela 16 - Determinação da unidade extintora mínima para fogo das classes B e
C..............................................................................................................
Tabela 17 - Determinação da unidade extintora mínima para fogo das classes A,
B e C.......................................................................................................
Tabela 18 - Distância máxima a percorrer conforme o risco........................................
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LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 01 - Percentual de servidores que sabem ou não definir o que são extintores
portáteis...................................................................................................
Gráfico 02 - Definição de extintores portáteis segundo a concepção dos 68% dos
servidores que optaram pela resposta positiva na questão
anterior....................................................................................................
Gráfico 03 - Verificando o nível de importância que os extintores portáteis em boas
condições de uso representam para a
edificação................................................................................................
Gráfico 04 - Aferindo o percentual de funcionários que já manusearam um extintor
portátil.....................................................................................................
Gráfico 05 - Analisando a situação dos servidores quanto aos procedimentos de
manuseio de um extintor
portátil.....................................................................................................
Gráfico 06 - Avaliando se os 52% dos servidores que assinalam positivamente na
questão anterior de fato conhecem as técnicas de manuseio dos
extintores................................................................................................
Gráfico 07 - Averiguando o percentual de servidores que saberiam ou não escolher
um extintor para combater um incêndio da classe
C......................................................................................................................
Gráfico 08 - Verificando se o total de 56% do gráfico anterior realmente saberia
identificar o extintor correto para combater um incêndio proveniente da
classe C…...............................................................................................
Gráfico 09 - Analisando se os servidores conhecem o sistema fixo de prevenção e
combate a incêndio da
edificação................................................................................................
Gráfico 10 - Opiniões dos 28% do gráfico anterior quanto ao sistema fixo de
prevenção e combate a incêndio da
edificação..............................................................................................
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT
AG
AP
CBM
CBMMA
CBMRJ
CBPMSP
DML
EG
EP
GLP
IBGE
INMETRO
IT
MA
NBR
NR
PQS
PSF
S.D
T.S.I.B
Associação Brasileira de Normas Técnicas
Água a Gás
Água Pressurizada
Comando de Bombeiros Metropolitanos
Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão
Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro
Corpo de Bombeiros da Polícia Militar de São Paulo
Depósito de Material de Limpeza
Espuma a Gás
Espuma Pressurizada
Gás Liquefeito de Petróleo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
Instrução Técnica
Maranhão
Norma Brasileira Regulamentadora
Norma Regulamentadora
Pó Químico Seco
Programa de Saúde da Família
Sem Data
Tarifa Seguro Incêndio do Brasil
LISTA DE SÍMBOLOS
CO2 Gás Carbônico
J Joule
Kg Quilograma
Kgf Quilograma Força
Km Quilômetro
m Metro
m² Metro Quadrado
MJ Mega Joule
N Newton
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................
2 DESCRIÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO..............................................................
2.1 Aspectos Gerais.............................................................................................
2.2 Características Construtivas da Edificação................................................
2.2.1 Classificação da edificação quanto ao tipo de ocupação.......................
2.2.2 Classificação da edificação quanto a altura............................................
2.2.3 Classificação da edificação quanto aos materiais de execução.............
3 PRINCÍPIOS GERAIS DE INCÊNDIO E EXTINTORES PORTÁTEIS...................
3.1 Histórico do Fogo..........................................................................................
3.2 Definição de Fogo e Incêndio.......................................................................
3.3 Processo Químico do Fogo..........................................................................
3.3.1 Triângulo do fogo....................................................................................
3.3.1.1 Comburente.........................................................................................
3.3.1.2 Combustível.........................................................................................
3.3.1.3 Calor....................................................................................................
3.3.2 Tetraedro do fogo...................................................................................
3.4 Classes de Incêndio......................................................................................
3.4.1 Incêndio classe A.................................................................................
3.4.2 Incêndio classe B ................................................................................
3.4.3 Incêndio classe C.................................................................................
3.4.4 Incêndio classe D.................................................................................
3.5 Causas de Incêndio.......................................................................................
3.5.1 Causas naturais......................................................................................
3.5.2 Causas artificiais.....................................................................................
3.5.2.1 Acidentais............................................................................................
3.5.2.2 Propositais...........................................................................................
3.6 Fases de um Incêndio...................................................................................
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3.6.1 Fase inicial..............................................................................................
3.6.2 Fase de queima livre...............................................................................
3.6.3 Fase de queima lenta..............................................................................
3.7 Proporções de um Incêndio..........................................................................
3.7.1 Incêndio incipiente..................................................................................
3.7.2 Pequeno incêndio...................................................................................
3.7.3 Médio incêndio........................................................................................
3.7.4 Grande incêndio......................................................................................
3.7.5 Incêndio extraordinário...........................................................................
3.8 Métodos de Extinção do Fogo.....................................................................
3.8.1 Extinção por retirada do material combustível – isolamento..................
3.8.2 Extinção por retirada do calor - resfriamento.........................................
3.8.3 Extinção por retirada do comburente - abafamento...............................
3.8.4 Extinção por evitar a reação química em cadeia....................................
3.9 Agentes Extintores de Incêndio...................................................................
3.9.1 Água........................................................................................................
3.9.2 Espuma...................................................................................................
3.9.2.1 Espuma química..................................................................................
3.9.2.2 Espuma mecânica...............................................................................
3.9.3 Pó químico seco (PQS) .........................................................................
3.9.3.1 Pó ABC ...............................................................................................
3.9.3.2 Pó BC..................................................................................................
3.9.3.3 Pó D....................................................................................................
3.9.4 Gás carbônico (CO2) .............................................................................
3.9.5 Compostos halogenados.......................................................................
3.10 Extintores Portáteis.....................................................................................
3.11 Capacidade Extintora..................................................................................
3.12 Tipos de Extintores Portáteis.....................................................................
3.12.1 Extintor de água..................................................................................
3.12.1.1 Extintor de água pressurizada – AP................................................
3.12.1.2 Extintor de água a gás – AG...........................................................
3.12.2 Extintor de Gás carbônico (CO2) .......................................................
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3.12.3 Extintor de Espuma Química..............................................................
3.12.4 Extintor de Espuma Mecânica a Gás – EG........................................
3.12.5 Extintor de Espuma Mecânica Pressurizada –
EP..............................................................................................
3.12.6 Extintor de Pó químico a pressurizar..................................................
3.12.7 Extintor de Pó químico pressurizado..................................................
3.12.8 Extintor de Pó químico – ABC............................................................
3.12.9 Extintor de Pó Químico especial (classe D).......................................
3.12.10 Extintor de compostos halogenados................................................
3.13 Quantidade de Extintores Portáteis..........................................................
3.14 Localização e Sinalização de Extintores..................................................
3.15 Inspeção dos Extintores Portáteis............................................................
3.16 Manutenção dos Extintores Portáteis.......................................................
3.16.1 Manutenção de primeiro nível............................................................
3.16.2 Manutenção de segundo nível...........................................................
3.16.3 Manutenção de terceiro nível.............................................................
3.17 Recarga dos Extintores Portáteis..............................................................
3.18 Utilização dos Extintores Portáteis............................................................
4 ESTUDO DE CASO EM UMA EDIFICAÇÃO DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE
PINDARÉ-MIRIM – MA: SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO POR
MEIO DE EXTINTORES PORTÁTEIS........................................................................
4.1 Exigências Mínimas de Segurança Contra Incêndio para a Edificação
em Análise.....................................................................................,,.........
4.2 Proteção por Extintores Portáteis Conforme a ABNT/NBR 12693
(1993).............………………………………………………………………….…
4.2.1 A classe de risco a ser protegida e respectiva área............................
4.2.2 Natureza do fogo a ser extinto.............................................................
4.2.3 Agente extintor a ser utilizado.............................................................
4.2.4 Capacidade extintora...........................................................................
4.2.5 Distância máxima a ser percorrida......................................................
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4.3 Extintores Portáteis Encontrados na Edificação……………………........
4.3.1 Capacidade extintora dos aparelhos encontrados na edificação…..
4.3.2 Distância máxima a percorrer……………………………………………
4.3.3 Sinalização dos aparelhos extintores…………………………………..
4.4 Avaliando o Nível de Conhecimento dos Servidores da Instituição com
Relação aos Extintores Portáteis..............................................................
4.4.1 Discussão dos resultados obtidos mediante a análise dos
gráficos...............................................................................................
5 SUGESTÃO DE MELHORIAS………………………………………………………..
5.1 Implantação de Extintores Portáteis na Edificação………………………
5.2 Planta de Localização dos Extintores …………………………………...….
5.3 Capacitação de Pessoal para Manuseio dos Extintores……………...….
6 CONCLUSÃO………………………………………………………………………….
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS…………………………………………………..…
APÊNDICE A – PLANTA BAIXA DA EDIFICAÇÃO…………………………………...
APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO SEMIESTRUTURADO……………………….…..
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1 INTRODUÇÃO
No objetivo de desenvolver um trabalho de utilidade para a vida cotidiana, foi
necessário realizar uma busca minuciosa por um tema de grande relevância e de
interesse social, logo, a primeira etapa para a realização desta pesquisa destinou-se
a delimitar o assunto a ser abordado. Após a análise de alguns itens foi definido que
este estudo teria atuação na área de prevenção e combate a incêndio por meio de
extintores portáteis, possuindo como objeto de pesquisa para o seu
desenvolvimento, a maior e mais complexa unidade de saúde do município de
Pindaré-Mirim - MA.
Salienta-se que o complexo de saúde analisado, atende não só a área do
município, bem como ainda o perímetro de outras comunidades, e por oferecer um
serviço de saúde para uma grande demanda de cidadãos que necessitam de
atendimentos emergenciais, intervenções cirúrgicas e laboratoriais, dentre outros, é
essencial que tanto visitantes, pacientes, acompanhantes, profissionais e
comunidade circunvizinha, estejam devidamente protegidas contra efeitos
catastróficos de um incêndio, de média ou grande proporção.
De acordo com a Instrução Técnica – IT n° 02 do Corpo de Bombeiros da
Polícia Militar do Estado de São Paulo – CBPM/SP (2011) a prevenção contra
incêndio é um dos tópicos abordados mais importantes na avaliação e planejamento
da proteção de uma coletividade. O termo prevenção de incêndio expressa tanto a
educação pública como as medidas de proteção contra incêndio em um edifício.
Uma excelência em um projeto básico de uma edificação de saúde como é o
caso do objeto de estudo, deve atender além da concepção arquitetônica, estrutural,
elétrica, hidrossanitária, central de gases, conforto ambiental e outros, o projeto de
prevenção e combate a incêndio.
Um dos métodos de controle técnico preventivo de sinistro é a aplicabilidade do
sistema de extintores portáteis e em casos especiais, sobre rodas, dependendo da
área e do risco a proteger. Em contrapartida, tratando-se do controle administrativo,
emprega-se o treinamento do capital humano, para a eficiência e eficácia do
combate a incêndio quando este ainda estiver em sua fase inicial.
Os aspectos abordados neste trabalho têm como objetivo identificar os riscos
de incêndio da edificação, verificar se os extintores portáteis instalados na edificação
estão dimensionados conforme o risco a proteger e pesquisar o nível de
conhecimento dos colaboradores da entidade com relação ao assunto.
Para a realização deste trabalho, foi adotada a metodologia da revisão
bibliográfica junto a ABNT/NBRs e Instruções Técnicas em vigor, aplicação de um
questionário com perguntas abertas e fechadas (APÊNDICE B), como também a
estratégia da observação direta, realizando-se uma inspeção quantitativa e
qualitativa dos extintores portáteis instalados na edificação.
Este trabalho divide-se em 06 capítulos, começando pela introdução que traz a
apresentação do tema, os objetivos a serem alcançados e seus respectivos
aspectos metodológicos. O capítulo seguinte trata da descrição e caracterização do
objeto de estudo, abordando as principais características da edificação. Em seguida
temos um capítulo destinado a formação do arcabouço epistemológico, isto é,
embasamento teórico sobre os principais elementos do estudo (fogo e extintores
portáteis). O quarto capítulo consiste em discutir a pesquisa realizada na edificação
de saúde, expondo de forma ordenada e pormenorizada os resultados alcançados.
O penúltimo capítulo advém com a proposta da sugestão de melhorias para o objeto
de estudo. Finalizando este trabalho temos as considerações finais, onde são
apresentadas as principais conclusões desta pesquisa.
Espera-se que os resultados desse estudo possam de fato proporcionar aos
dirigentes da edificação, esclarecimentos essenciais sobre o tema, afim de que
estes adotem as medidas necessárias no intuito de evitar danos ao patrimônio, e
preservar a integridade física dos cidadãos.
2 DESCRIÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO
2.1 Aspectos Gerais
O município de Pindaré-Mirim - MA, pertencente à Região Vale do Pindaré,
está situado a 3° 36` 25.83``de latitude Sul, e a 45° 20` 28.92`` de longitude Oeste, e
encontra-se distante da capital, São Luís, aproximadamente 260 km. Apresenta
segundo os dados quantitativos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE, 2013) uma população estimada de 31.866 habitantes (BRASIL, 2013a). Este
munícipio é beneficiado por uma rede de saúde, composta por um hospital de médio
porte e várias unidades menores de suporte básico denominados de Programa de
Saúde da Família - PSF.
A edificação em análise, conforme mostra a Figura 01, está localizada no
centro da cidade do munícipio de Pindaré Mirim - MA, limitando-se a Rua do Fio
(parte frontal), Praça Guajajara (lateral esquerda), edificações residenciais (lateral
direita) e Rua do Feijão (Fundo).
Figura 01: Localização do objeto de estudo
Fonte: Adaptado do Google Earth 2011
Fundado na década de 1940, mas precisamente no ano de 1947, esta
edificação possui aproximadamente setenta anos de pleno funcionamento, durante
todo esse período sofreu inúmeras alterações em sua estrutura física, dadas em
virtude de reformas e ampliações, sendo a última e mais importante delas no
período correspondente aos anos de 2007-2008, na gestão do Prefeito Henrique
Caldeira Salgado, aumentando sua área construída de 800m² para 1568m².
Atualmente esta unidade de saúde comporta 35 leitos de internação, distribuídos
entre: clínica médica, pediatria e observação.
Figura 02: Fachada frontal da edificação
Fonte: Acervo do autor
Esta edificação encontra-se dividida em 77 cômodos, dos quais são 21
banheiros, 09 enfermarias, 08 vestíbulos, 04 consultórios, 04 utilidades D.M.L., 03
repousos, 03 salas de espera, 02 postos de enfermagem, 02 salas de guarda de
equipamentos, 02 salas de arquivo, 02 salas de cirurgia, 01 sala da diretoria, 01 sala
de raio-x, 01 sala de pré-parto, 01 sala de parto, 01 sala de curativo, 01 sala de pós-
anestésico, 01 laboratório, 01 almoxarifado, 01 farmácia, 01 sala de esterilização, 01
dispensa, 01 depósito de resíduos sólidos, 01 depósito de resíduos recicláveis, 01
sala de material esterilizado 01 copa/cozinha, 01 refeitório, 01 lavanderia, além de
uma área livre aonde estão localizados os reservatórios de água inferior e superior,
bem como as bombas que alimentam o sistema fixo de prevenção e combate a
incêndio da edificação (sistema de hidrantes).
Para melhor representar a área da edificação, foi elaborada mediante a
utilização do sistema AutoCAD a planta baixa deste ambiente (APÊNDICE A),
conforme mostra a Figura 03.
Figura 03: Planta baixa do objeto de estudo. Esc. 1/50
Fonte: Acervo do autor
Atualmente este complexo de saúde conta com um quadro de 190 funcionários,
dentre médicos, enfermeiros, técnicos, psicólogos, zeladores, vigias, cozinheiros e
demais, funcionando 24h por dia, sempre pronto para atender a demanda de
cidadãos que porventura necessitarem de atendimentos médicos em geral.
2.2 Características Construtivas da Edificação
Para que os extintores portáteis sejam dimensionados e instalados de forma
correta em um determinado ambiente, é indispensável que se tenha conhecimento
sobre as características do local que receberão tais equipamentos, como por
exemplo: ocupação (escritório, residencial, indústria, etc.) altura, dimensão da área,
características construtivas, risco a proteger, dentre outros.
Baseando-se na inspeção in loco e na pesquisa bibliográfica, com ênfase para
a NBR 9077 (2001) foram adaptadas tabelas que trazem as principais características
construtivas pertinentes a edificação.
2.2.1 Classificação da edificação quanto ao tipo de ocupação
Através da revisão bibliográfica foi constatado que quanto à ocupação, o objeto
de estudo encontra-se classificado na categoria dos Serviços de Saúde e
Institucionais (hospitais, casas de saúde e assemelhados.). Conforme mostra a
Tabela 01.
Tabela 01
Classificação da edificação quanto a ocupação
Grupo Ocupação/Uso Divisão Descrição Exemplos
H Serviço de saúde
e institucional H-3
Hospital e
assemelhado
Hospitais, casa de
saúde, e outros.
Fonte: Adaptado da NBR 9077 (2001) – Saídas de emergência em edifícios
2.2.2 Classificação da edificação quanto a altura
Quanto à altura foi verificado mediante as observações diretas, que seu pé
direito mede apenas 3,00m, enquadrando-se como uma edificação baixa, conforme
mostra a Tabela 02, segundo a NBR 9077 (2001).
Tabela 02
Classificação da edificação quanto a altura
Código Denominação Altura
L Edificações baixas H ≤ 6,00 m
Fonte: Adaptado da NBR 9077 (2001) – Saídas de emergência em edifícios
2.2.3 Classificação da edificação quanto aos materiais de execução
Adotando-se o parâmetro das características construtivas, este ambiente
atende as recomendações das instruções técnicas, onde sugerem que os prédios
devem preferencialmente, serem projetados e executados conforme as instruções
do código Z, na qual os materiais construtivos possuem a função de retardarem a
propagação do fogo, conforme mostra a Tabela 03 e a Figura 04.
Tabela 03
Classificação da edificação quanto as características construtivas
Código Tipo Especificação Exemplos
Z
Edificação em qual
a propagação do
fogo é difícil
Prédios com
estrutura resistente
ao fogo
Prédio com
divisórias
incombustíveis,
executado em
concreto armado
Fonte: Adaptado da NBR 9077 (2001) – Saídas de emergência em edifícios
Figura 04 - Ambiente interno da edificação: (a) enfermaria; (b) posto de enfermagem, (c, d) corredores
Fonte: Acervo do autor
Entretanto, é importante ressaltar que em alguns pontos isolados da edificação,
há a presença de divisórias leves, sendo estas constituídas de material PVC, que
por sua vez não apresenta característica tão resistente ao fogo, ao contrário do
restante da edificação, necessitando neste caso de um cuidado redobrado.
(c)
(a) (b)
(c) (d)
3 PRINCÍPIOS GERAIS DE INCÊNDIO E EXTINTORES PORTÁTEIS
3.1 Histórico do Fogo
Segundo Coelho (2002 apud Barroso, 2009, p.06) o fogo existe desde o
princípio da terra, passando a coexistir com o homem desde o seu aparecimento. No
início, o fogo foi utilizado basicamente como fonte de iluminação, aquecimento das
cavernas e para cozimento de alimento do homem selvagem. Presume-se que os
primeiros contatos dos primitivos com o fogo ocorreram de forma natural, através
dos raios que atingiam a terra e provocavam incêndios florestais, mais adiante,
passou a ser obtido intencionalmente através do atrito entre as pedras.
Ressalta-se que são muitas as vantagens ofertadas por esta fonte de energia,
entretanto, não se pode omitir a preocupação que há com esse elemento em estado
descontrolado, transformando-se em um dos mais atrozes inimigos do ser humano.
Para Brentano (2007), alguns estudiosos ressaltaram a importância do fogo,
são exemplos relevantes: os estudos dos elementos naturais do planeta de
Arquimedes, e a descoberta das bases científicas do fogo, de Antoine Lawrence
Lavoisier. É graças a esses estudos imutáveis até os dias atuais, que foi possível o
surgimento de novas técnicas no campo da Prevenção e Combate a Incêndio.
3.2 Definição de Fogo e Incêndio
De acordo com Araújo (2008, p.08): “o fogo acontece de maneira controlada,
isto é, o homem possui plenamente o seu domínio, objetivando normalmente o seu
próprio benefício. Já o incêndio tem sua ocorrência fora do controle, podendo deixar
prejuízos materiais e humanos incalculáveis”.
Conforme Zarzuella (s.d apud PEREIRA, 2006, p. 24): “fogo é qualquer reação
química que envolve a presença de um combustível e de um comburente com
liberação de energia térmica e luminosa representada pelo fenômeno de
incandescência ou chama”.
Mas fogo e incêndio apresentam a mesma definição linguística sob o ponto de
vista químico: são definidos como uma reação química exotérmica que liberam
energia. Esta reação é denominada de combustão, e envolve a oxidação rápida de
um combustível resultando em subprodutos como a fumaça, os gases e o calor.
(ARAÚJO, 2008, p.08).
3.3 Processo Químico do Fogo
3.3.1 Triângulo do fogo
Por esta definição são necessários três elementos para o surgimento da
chama: comburente, combustível e calor, conforme mostra a Figura 05.
Figura 05: Triângulo do fogo
Fonte: Araújo (2008)
3.3.1.1 Comburente
Segundo Pereira (2006) comburente é o elemento químico que se combina
com o combustível, possibilitando vida às chamas e intensidade a combustão. O
comburente mais comum é o oxigênio, cuja composição percentual no ar seco, é de
aproximadamente 20,99%. A quantidade de oxigênio determinará o ritmo da
combustão, sendo plena na concentração de 21% e não existindo inferior aos 4%.
Tabela 04
Diferentes porcentagens do oxigênio
Ar Atmosférico 21% Normal
Respiração do ser humano 21% Normal
16% Mínimo
Combustão 14% Mínimo para chamas
04% Mínimo para brasas
Fonte: Adaptado do Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro – CBM/RJ (2008)
3.3.1.2 Combustível
Para Araújo (2008) combustível é qualquer substância capaz de produzir calor
através da reação química, servindo como campo de propagação do fogo. Podem
ser sólidos, líquidos e gasosos, conforme mostra a Tabela 05 e a Figura 06.
Tabela 05
Exemplos de combustíveis sólidos, líquidos e gasosos
Sólidos Ex: Madeira, Papel, Tecido, etc.
Líquidos Ex: Gasolina, Álcool Etílico, Acetona, etc.
Gasosos Ex: GLP, Hidrogênio, Acetileno, etc.
Fonte: Adaptado do Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro – CBM/RJ (2008)
Figura 06 - Materiais combustíveis: (a) madeira em combustão; (b) gasolina,
(c) gás de cozinha
Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro – CBM/RJ (2008)
3.3.1.3 Calor
De acordo com a IT n° 02 do CBPM/SP (2011) o calor é uma forma de energia,
denominada de energia térmica, que passa de um sistema para outro (condução,
convecção e irradiação) em decorrência de uma desigualdade de temperatura, até
que se atinja um equilíbrio térmico. É semelhante ao trabalho, pois se manifesta
apenas em processo de transformação. Causa efeitos químicos e físicos nos corpos
e reações fisiológicas nos seres vivos, como por exemplo: aumento/diminuição da
temperatura, mudança de estado e etc.
3.3.2 Tetraedro do fogo
Conforme Pereira (2006) as abordagens mais modernas tratam o fogo como
uma reação de oxidação, que ocorre no princípio do Tetraedro do Fogo, ou seja,
além dos três elementos citados acima, surge um quarto elemento denominado de
reação química em cadeia. Esta reação ocorre quando simultaneamente os três
primeiros elementos se encontram em condições favoráveis e misturados em
quantidades ideais, proporcionando assim a reação em cadeia e consequentemente
o surgimento do fogo, conforme mostra a Figura 07.
(a) (b) (c)
A reação em cadeia torna a queima auto-sustentável. O calor irradiado das
chamas atinge o combustível e este passa a ser decomposto em partículas
menores, que se combina com o oxigênio e queimam, irradiando outra vez
calor para o combustível, formando um ciclo constante. (ARAÚJO, 2008,
p.09).
Figura 07: Tetraedros do fogo
Fonte: Corpo de Bombeiros da Polícia Militar de São Paulo – CBPM/SP (2011)
3.4 Classes de Incêndio
Segundo a NBR 12693 (1993), as classes de incêndio são consequências das
diversas composições químicas dos materiais combustíveis. Os materiais queimam
de acordo com suas características químicas, exigindo dessa forma diversos
métodos de extinção do fogo. No objetivo de facilitar a identificação do tipo de fogo a
combater, convencionou-se então dividir os incêndios em quatro classes, a saber:
classes A, B, C e D.
3.4.1 Incêndio classe A
É o incêndio que ocorre nos materiais combustíveis de características sólidas,
queimam tanto na superfície quanto em profundidade e geram resíduos. Conforme
ilustra a Figura 08, são exemplos dessa classe: madeira, papel, tecido e etc.
Figura 08: Classe de incêndio A e seus respectivos materiais combustíveis
Fonte: Araújo (2008)
3.4.2 Incêndio classe B
Ocorre em materiais combustíveis de características líquidas e inflamáveis.
Não queimam em profundidade, apenas na superfície e, não deixam resíduos. De
acordo com a Figura 09, são exemplos: gasolina, álcool, graxa, querosene e etc.
Figura 09: Classe de incêndio B e seus respectivos materiais combustíveis
Fonte: Araújo (2008)
3.4.3 Incêndio classe C
É o fogo gerado em materiais elétricos energizados, isto é, conectados à
corrente elétrica. Conforme mostra a Figura 10, são exemplos dessa classe: fiação
elétrica, máquinas, transformadores, lâmpadas e outros.
Figura 10: Classe de incêndio C e seus respectivos materiais combustíveis
Fonte: Araújo (2008)
3.4.4 Incêndio classe D
É o incêndio desencadeado nos metais pirofóricos, também conhecidos de
ligas metálicas. De acordo com a Figura 11, são exemplos dessa classe: magnésio,
potássio, alumínio em pó, zinco e etc.
Figura 11: Classe de incêndio D e seus respectivos materiais combustíveis
Fonte: Araújo (2008)
3.5 Causas de Incêndio
Para Seito (2001) é de extrema importância que se conheça as origens dos
incêndios, seja para fins legais, estatísticos ou de precaução. As causas existentes
podem ser de procedências naturais e artificiais, esta última dividi-se em acidental
ou proposital. Fogos de artifícios, brincadeiras de criança, pontas de cigarro,
instalações elétricas inadequadas, iluminação à chama aberta sobre imóveis, dentre
outros, são as principais causas para o surgimento de um foco de incêndio.
3.5.1 Causas naturais
Quando o incêndio ocorre mediante as interferências dos agentes naturais, ou
seja, os fenômenos da natureza provocam o surgimento das chamas através de
raios, neste caso não há intervenção humana.
3.5.2 Causas artificiais
Diferentemente da classe anterior, os incêndios artificiais são provocados a
partir das atitudes humanas, podendo ser do tipo acidental e proposital.
3.5.2.1 Acidentais
São aqueles que se desencadeiam de atitudes humanas, muito embora não
haja a intenção de provocá-lo.
3.5.2.2 Propositais
Quando o incêndio surge das ações criminosas de certos indivíduos, isto é,
pessoas praticam atitudes de má fé no intuito de provocarem tais sinistros.
3.6 Fases de um Incêndio
De acordo com Pereira (2006) a probabilidade de um princípio de incêndio
evoluir ou se extinguir, gira em torno de alguns aspectos determinantes:
Quanto aos materiais combustíveis: deve se observar a quantidade, volume e
espaçamento;
Quanto às características do local: deve-se atentar para, a velocidade e
direção do vento, tipo e dimensão do local (aberto, fechado, pé direito, dimensão,
materiais de acabamento e demais);
Nos edifícios ou construções contendo incêndio confinado, o fogo atravessará
três etapas distintas: fase inicial, fase de queima livre e fase de combustão lenta.
3.6.1 Fase inicial
A fase inicial acontece quando é atingido o ponto de combustão inicial do
material combustível, apesar de não haver riscos grandes, é essencial uma ação
rápida e eficaz de combate para evitar a propagação do foco, salvo que,
dependendo do material em chama, podem surgir além da fumaça, gases nocivos,
sendo os primeiros minutos cruciais para o controle do sinistro.
3.6.2 Fase de queima livre
É a fase de grande extensão, consiste desde a fase inicial até a fase da queima
lenta, necessitando de combate por profissionais e, os prejuízos ocasionados podem
alcançar níveis catastróficos.
3.6.3 Fase de queima lenta
Nessa fase, a porcentagem de oxigênio no recinto encontra-se em quantidade
reduzida, a combustão por sua vez já não emite praticamente nenhuma chama.
3.7 Proporções de um Incêndio
Conforme o CBPM/SP (2011) com analogia à intensidade que um determinado
incêndio pode alcançar, temos os exemplos abaixo:
3.7.1 Incêndio incipiente
O princípio de incêndio expressa pouca magnitude, para sua extinção é
necessário apenas à utilização de um ou mais extintores portáteis.
3.7.2 Pequeno incêndio
O pequeno incêndio prevê para sua contenção o emprego de materiais
adequados e pessoal especializado. Se forem supridas essas necessidades haverá
facilidade em sua extinção.
3.7.3 Médio incêndio
A área atingida por um médio incêndio sofrerá alguns danos e, necessitará do
uso de meios e materiais equivalentes a um socorro básico de incêndio.
3.7.4 Grande incêndio
Neste evento há uma propagação bastante acelerada do fogo, carecendo da
ação efetiva de mais de um socorro básico para sua extinção.
3.7.5 Incêndio extraordinário
São incêndios de alta complexidade, abrangendo em alguns casos quarteirões
inteiros, são oriundos de abalos sísmicos, vulcões e análogos. Sua extinção requer a
mobilização de vários grupos de bombeiros e, até mesmo de agentes da Defesa
Civil.
3.8 Métodos de Extinção do Fogo
Segundo Pereira (2006) e, analisando as definições expostas anteriormente
sobre o processo químico do fogo, sabe-se que a sua existência depende da união
dos elementos que o constituem (combustível, comburente, calor e reação em
cadeia) em proporções definidas. Tais conhecimentos nos remete a conclusão de
que para o extinguirmos é necessário eliminarmos um de seus componentes e,
consequentemente rompermos o tetraedro do fogo. Para isso, existem alguns
métodos básicos, a saber: Isolamento ou retirada do material, Resfriamento,
Abafamento e Extinção química.
3.8.1 Extinção por retirada do material combustível – isolamento
O método do isolamento consiste em: retirar, diminuir ou cessar o material
combustível que ainda não foi absorvido pelo fogo, neste caso, o elemento a ser
excluído do tetraedro do fogo é o combustível, conforme mostra a Figura 12.
Figura 12: Método do isolamento: (a) retirando-se o material combustível, (b) rompendo o tetraedro do fogo
Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro – CBM/RJ (2008)
3.8.2 Extinção por retirada do calor - resfriamento
A técnica do resfriamento corresponde ao procedimento de extinção pela qual
se elimina da reação química o calor do material combustível, ou seja, redução da
temperatura, conforme nos mostra a Figura 13. Normalmente este método é
realizado com a presença da água como agente extintor e, empregado em incêndios
da classe “A”.
(a) (b)
Figura 13: Método do resfriamento: (a) retirada de calor, (b) rompendo o tetraedro do fogo
Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro – CBM/RJ (2008)
3.8.3 Extinção por retirada do comburente - abafamento
O abafamento gira em função da diminuição da porcentagem de comburente,
pois com a redução do oxigênio a níveis inferiores a 14%, condição mínima para que
haja chama, não haverá comburente em quantidade suficiente para reagir com o
combustível, logo não haverá fogo. De acordo com a Figura 14, o abafamento ocorre
através da cobertura total do corpo em chamas, isolamento total do recinto, ou
ainda, utilizando-se de substâncias não combustíveis (areia, pedra e etc.). Esta
prática destina-se principalmente para os incêndios de classe “B” e “C”.
Figura 14: Método do abafamento: (a) abafando o material, (b) rompendo do tetraedro do fogo
Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro – CBM/RJ (2008)
3.8.4 Extinção por evitar a reação química em cadeia
Consiste em determinados elementos químicos que lançados ao fogo cessam
a reação química em cadeia, pois suas moléculas se difundem pela ação do calor,
combinando-se com a mistura inflamável, formando outra mistura não inflamável.
3.9 Agentes Extintores de Incêndio
Para o CBPM/SP (2011) agentes extintores são as substâncias sólidas,
liquidas e gasosas empregadas na extinção de focos de incêndio, atuando em algum
dos componentes do tetraedro do fogo, através dos métodos de extinção
(isolamento, resfriamento, abafamento e extinção em cadeia) já citados neste
trabalho. Devem existir cuidados quanto à utilização desses agentes, os mesmos
(a) (b)
(a) (b)
devem ser aplicados criteriosamente conforme a classe de incêndio, caso contrário
poderá acontecer consequências graves. Os agentes extintores que serão
abordados a seguir são os mais comuns, utilizados em extintores portáteis.
3.9.1 Água
A água é o agente extintor em maior abundância na natureza, seu principal
método de extinção é o resfriamento, pois absorve grande quantidade de calor,
normalmente é aplicada nos incêndios classe A. Desempenha ainda a função de
abafamento, pois seu volume aumenta em 1700 vezes na mudança de estado
(liquida para vapor). Conforme mostra a Figura 15, os métodos de aplicação são:
jato neblinado, jato pleno, jato chuveiro e vapor de água.
Em razão de suas características químicas, não pode ser utilizada nos
incêndios do tipo classe C, pois é altamente condutora de corrente elétrica, podendo
ocasionar um risco muito mais elevado do que o próprio incêndio, que é o choque
elétrico. Na classe B não pode ser lançada sob a forma de jato pleno, podendo
transformar um pequeno foco de chama em um incêndio de grandes proporções,
neste caso só poderá ser aplicada sob a forma de neblina ou vapor.
Figura 15: Jatos d’água
Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro – CBM/RJ (2008)
3.9.2 Espuma
A espuma é uma solução aquosa de baixa densidade e de forma contínua,
constituída de um aglomerado de ar ou de gás inerte. Age principalmente por
abafamento, atuando também pelo resfriamento em face da presença de água em
sua composição. Esta substância não pode ser lançada nos incêndios provenientes
da classe C, em virtude do teor de água em sua composição, destinando-se
normalmente a combater o fogo da classe A e B.
3.9.2.1 Espuma química
Como o próprio nome já faz referência é obtido de uma reação química
envolvendo uma solução composta de água, bicarbonato de sódio, sulfato de
alumínio e um agente estabilizador da espuma. Obs.: Este agente está entrando em
extinção no mercado, em razão da existência de problemas técnicos.
3.9.2.2 Espuma mecânica
A espuma mecânica é adquirida por um processo de batimento que envolve a
presença de água, pequena taxa de agente espumante e entrada forçada de ar, em
seguida é submetida a uma turbulência que aumenta seu volume de 10 a 100 vezes
formando a espuma, que pode ser de baixa, média ou alta expansão.
3.9.3 Pó químico seco (PQS)
Os PQS são conteúdos compostos basicamente de bicarbonato de sódio,
bicarbonato de potássio ou cloreto de potássio, que pulverizados formam uma
nuvem de pó sobre o fogo, agindo pelo processo de quebra de reação em cadeia e
abafamento. Recebem tratamento anti-higroscópico para não se solidificar no interior
do aparelho extintor. Não conduzem eletricidade e nem são tóxicos, contudo, sua
inalação em excesso provoca asfixia. Os PQS tratados abaixo são denominados
mediante a classe de incêndio a que se destinam.
3.9.3.1 Pó ABC
É constituído de fosfato de amônio ou fosfatomoamônico, recebem a
denominação de polivalente ou triclássico, atuando nas três classes de incêndio (A,
B e C).
3.9.3.2 Pó BC
São constituídos de bicarbonato de sódio ou potássio, são utilizados para
incêndios B e C.
3.9.3.3 Pó D
Também denominados de Pós Químicos Especiais são empregado para o
combate a incêndios que envolvem metais pirofóricos, possuem uma composição
especial e variada, pois cada metal terá um agente específico. Basicamente são
formados por grafita, cloretos e carbonetos.
3.9.4 Gás carbônico (CO2)
O dióxido de carbono é um agente mais denso do que o ar, é um gás
incombustível, incolor e sem cheiro, não é tóxico, todavia, sua inalação em excesso
provoca asfixia. Não é condutor de corrente elétrica e se de dissipa rapidamente em
recintos abertos sem gerar resíduos. É destinado principalmente às classes B e C
pelo fato de atuar pelo princípio do abafamento, sendo assim, na classe A não é tão
efetivo em virtude de extinguir o fogo somente na superfície. Ressalta-se que
oferece risco ao operador, em virtude de atingir alta temperatura no ato de sua
liberação para a atmosfera.
3.9.5 Compostos halogenados
Os compostos halogenados extinguem o fogo pela quebra da reação em
cadeia e por abafamento. Idêntico ao dióxido de carbono dissipa-se ligeiramente em
ambientes abertos, entretanto, foram extintos do mercado, pois acarretam danos à
camada de ozônio, em virtude dos elementos que o compõe (flúor, cloro, bromo e
iodo).
Figura 16: Agente extintor conforme a classe de incêndio
Fonte: Ferreira (2010)
3.10 Extintores Portáteis
De acordo com NBR 12693 (1993) o extintor portátil é aquele que possui
massa total de até 245N, não podendo ultrapassar 20 kg. É um aparelho de
acionamento manual, constituído de recipiente e acessório contendo o agente
extintor destinado a princípios de incêndio, entretanto, sua eficácia só será
alcançada mediante ao cumprimento de algumas condicionantes necessárias, como
por exemplo: o fácil acesso, ótimo serviço de manutenção, fabricação de acordo
com as normas da ABNT, pessoal habilitado para manuseá-lo, dimensionamento de
acordo com o risco e etc.
Araújo (2008) afirma que esses equipamentos dispõem de uma grande
vantagem que é a facilidade de manuseio, podendo ser utilizados por homens e
mulheres, todavia, não se pode esquecer que apesar de serem fáceis de manusear,
é necessário um treinamento básico. Outra característica positiva desses
equipamentos é referente ao curto intervalo de tempo gasto nos preparativos para
sua utilização, não diminuindo dessa maneira sua eficácia em razão da propagação
do incêndio.
Quanto à nomenclatura esses equipamentos recebem o nome do agente
extintor que transportam. Ex: extintores de água, extintores de CO2, extintores de
espuma, entre outros.
Com analogia ao tamanho dos extintores portáteis, a NBR 12693 (1993)
menciona que os mesmos apresentam-se no mercado com diferentes tamanhos,
conforme mostra a Tabela 06.
Tabela 06
Carga nominal dos extintores portáteis
Agente extintor Carga
Água 10 L
Espuma química 10 L e 20 L
Espuma mecânica 9 L
Gás carbônico 4,0 kg e 6,0 kg
Pó químico 1,0 kg ; 2,0 kg ; 4,0 kg ; 6,0kg ; 8,0 kg e
12,0 kg
Fonte: Adaptado da NBR 12693 (1993) – Sistema de proteção por extintores de incêndio
Conforme a IT n° 02 do CBPM/SP (2011) todos os estabelecimentos mesmo
aqueles dotados de chuveiros automáticos e hidrantes, deverão dispor de extintores
portáteis a fim de combater o fogo em seu início, isto é, estes equipamentos não
podem ser considerados substitutos de sistemas mais complexos, e sim como
suporte a estes sistemas. No entanto, não se pode esquecer que em todos os
casos, os empreendimentos só devem utilizar os aparelhos extintores que atendam
as especificações do INMETRO.
Os extintores portáteis possuem um rótulo de acordo com o sistema
internacional de identificação, onde constarão todas as classes de fogo para as
quais é indicado, cada classe de incêndio contará com um ou mais extintores
apropriados.
Segundo nos mostra a Figura 17 os elementos básicos que fazem parte da
composição de um extintor portátil são:
Figura 17: Componentes básicos de um extintor
Fonte: Sousa (2005)
3.11 Capacidade Extintora
Para a NBR 12693 (1993) a capacidade extintora é a medida do poder de
extinção de fogo de um extintor, ou seja, define o tamanho do fogo e a classe de
incêndio que o extintor deve combater. Essa informação deve constar
obrigatoriamente no rótulo do próprio aparelho.
De acordo com a NBR 9443 (1992) os testes de capacidade extintora para a
classe A são realizados em engradados de madeira sob condições laboratoriais,
mediante as instruções da norma citada conforme ilustra a Figura 18.
Figura 18: Teste de capacidade extintora para classe A
Fonte: Sousa (2005)
Os testes de capacidade extintora para a classe B são realizados em cubas
quadradas, sob condições laboratoriais, contendo n-heptano, seguindo as
recomendações da NBR 9444 (2006), conforme mostra a Figura 19.
Figura 19: Teste de capacidade extintora para classe B: (a) 5B e 10B, (b) 20B e 40B, (c) 80B;
120B e 160B
(a)
(b)
(a)
Fonte: Sousa (2005)
(b)
(c)
Para melhor entender o siginificado de capacidade extintora, analisemos a
seguinte situação: quando se diz que um extintor de incêndio possui capacidade
extintora de 4-A:80-BC, significa afirmar que este aparelho é capaz de extinguir um
fogo da classe A, cujo tamanho é de 4A, um fogo da classe B, cujo tamanho é de
80B, além de ser adequado para fogo classe C.
A Tabela 07 traz a capacidade extintora mínima de cada tipo de extintor
portátil, para que se constitua uma unidade extintora:
Tabela 07
Capacidade extintora mínima dos extintores portáteis
Tipo de Extintor Capacidade Extintora
Mínima
Carga d’água 2-A
Dióxido de Carbono (CO2) 5-B:C
Espuma Mecânica 2-A : 10-B
Pó ABC 2-A : 20-B:C
Pó BC 20-B:C
Compostos Halogenados 5-B:C
Fonte: Adaptado da IT n° 021 – CBPM/SP (2011)
3.12 Tipos de Extintores Portáteis
3.12.1 Extintor de água
Conforme Araújo (2008) os extintores do tipo água, são empregados nos focos
de incêndio que envolve materiais combustíveis da classe A, não podendo ser
utilizados nos incêndios da classe C, pois pode acarretar choque elétrico e danos
aos equipamentos. Atuam por resfriamento, tornando a temperatura do material
incendiado inferior ao ponto de ignição, dispõe de um recipiente com capacidade
para 10 litros e se subdivide em: extintor de água pressurizada e água a gás.
3.12.1.1 Extintor de água pressurizada – AP
Este extintor contém em seu recipiente água pressurizada e gás mantidos sob
pressão o tempo inteiro, essa pressão que pode ser de ar comprimido ou dióxido de
carbono é controlada a partir de um manômetro. O aparelho é operado mediante a
retirada do pino de segurança e acionamento da válvula, sendo o jato guiado por
mangueira nele contida. Quando acionado o gatilho a água sob pressão é expelida
resfriando o material em combustão, tornando a temperatura inferior ao ponto de
ignição.
Figura 20: Extintor de água pressurizada: (a) dados técnicos, (b) imagem do aparelho
Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro – CBM/RJ (2008)
3.12.1.2 Extintor de água a gás – AG
Também conhecido como extintor de Água de Pressão Injetada ou de Extintor
de Água a Pressurizar. Possui um pequeno cilindro contendo um gás propelente,
que normalmente é o dióxido de carbono, cuja válvula deve ser aberta no ato de sua
utilização, no objetivo de pressurizar o recipiente que contém o agente extintor,
proporcionando o seu funcionamento.
Figura 21: Extintor de água a gás: (a) dados técnicos, (b) imagem do aparelho
Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro – CBM/RJ (2008)
3.12.2 Extintor de Gás carbônico (CO2)
O extintor de Gás carbônico é indicado principalmente para a classe C, porém,
pode ser usado na classe B. Seu vasilhame contém dióxido de carbono, que recobre
(a) (b)
(a) (b)
o fogo em forma de uma camada gasosa, isolando o oxigênio, atuando dessa forma
pelo método do abafamento. A cada 06 meses deverão ser verificados o peso do
gás, caso o peso tenha caído cerca de 10%, o aparelho deverá ser recarregado
imediatamente.
Figura 22: Extintor de gás carbônico: (a) dados técnicos, (b) imagem do aparelho
Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro – CBM/RJ (2008)
3.12.3 Extintor de espuma química
Segundo o CBM/RJ (2008) o extintor de espuma química possui um gás
propelente (CO2) resultante da reação química envolvendo soluções aquosas de
sulfato de alumínio e bicarbonato de sódio. Devem ser usados em princípios de
incêndio provenientes da classe A e B. Este aparelho começou a ficar em desuso
desde 1990.
Figura 23: Extintor de espuma química: (a) dados técnicos, (b) imagem do aparelho
Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro – CBM/RJ (2008)
(a) (b)
(a) (b)
3.12.4 Extintor de espuma mecânica a gás - EG
Também chamado de extintor de Espuma Mecânica a Pressurizar, possui as
mesmas características do Pressurizado, contudo, mantém uma ampola externa
para a pressurização no momento do uso.
3.12.5 Extintor de espuma mecânica pressurizada – EP
Para Brentano (2007) a espuma é gerada pelo batimento da água com o
líquido gerador de espuma e ar, essa mistura está sob pressão, sendo expelida ao
acionamento do gatilho, é aplicado nos incêndios das classes A e B.
Figura 24: Extintor de espuma mecânica: (a) dados técnicos, (b) imagem do aparelho
Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro – CBM/RJ (2008)
3.12.6 Extintor de Pó químico a pressurizar
Similar aos extintores de água a gás e espuma mecânica a gás, esses
extintores possuem uma ampola de gás para a pressurização no instante do uso.
Figura 25: Extintor de PQS a pressurizar: (a) dados técnicos, (b) imagem do aparelho
Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro – CBM/RJ (2008)
(a) (b)
(a) (b)
3.12.7 Extintor de Pó químico pressurizado
Nesse extintor o gás encontra-se pressurizado dentro do recipiente. Composto
de uma única peça, onde o pó é pressurizado com a presença de CO2 ou Nitrogênio,
possui um manômetro para controlar a pressão interna. Os procedimentos
necessários para sua operação são idênticos ao do extintor de água pressurizada.
Figura 26: Extintor de PQS pressurizado: (a) dados técnicos, (b) imagem do aparelho
Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro – CBM/RJ (2008)
3.12.8 Extintor de Pó químico – ABC
Este extintor é considerado o mais moderno no mercado, pois atende a três
classes de incêndio distintas. Com ele o operador não precisa identificar a classe de
incêndio antes de seu uso. É capaz de apagar chamas de 2m em combustíveis
sólidos e de até 4m em líquidos inflamáveis. O pó ABC não é nocivo à saúde, após a
sua utilização recomenda-se apenas ventilar o local e as áreas atingidas.
3.12.9 Extintor de Pó químico especial (classe D)
Os extintores de pó químico especial são recomendados para incêndios em
metais combustíveis (magnésio, alumínio, zinco, sódio e etc.). Sua operação é
semelhante à de um extintor de pó químico normal, pois a única diferença está na
composição química do agente extintor.
3.12.10 Extintor de compostos halogenados
De acordo com Araújo (2008) estes extintores já foram bastante utilizados,
principalmente em ambientes de informática, devido à alta eficiência de sua ação
extintora. Contudo, descobriu-se que possuem alto poder de destruição da camada
de ozônio, motivo pelo qual foram gradativamente extintos do mercado desde 1988.
(a) (b)
3.13 Quantidade de Extintores Portáteis
Conforme Pereira (2006) a quantidade e o tipo de extintores por
estabelecimento, conforme mostra a Tabela 08, devem ser dimensionados para
cada ocupação em função de alguns aspectos: área a ser protegida, distância a ser
percorrida para alcançar o extintor e os riscos a proteger. A quantidade de extintores
é determinada pelas condições estabelecidas para uma unidade extintora.1
Tabela 08
Critérios para dimensionamento dos extintores portáteis
Área Coberta para
Unidade de
Extintores
Risco de
Fogo
Classe de Ocupação
Seguro Tarifa de incêndio
do Brasil – IRB
Distância Máxima a
ser Percorrida
500m² Pequeno A – 01 e 02 25m
250m² Médio B – 02 a 06 20m
150m² Grande C – 07 a 13 15m
Fonte: Pereira (2006)
Analisando a tabela acima chega-se a conclusão de que para alcançar o
número de unidades extintoras necessárias, deve-se verificar o risco a proteger e,
dividir a área total a ser protegida pela área coberta de uma unidade extintora,
encontrando o número de unidades extintoras, utiliza-se a Tabela 09 para encontrar
a quantidade e a capacidade de cada aparelho extintor.
Tabela 09
Número de extintores que compõem uma unidade extintora
Fonte: Araújo (2008)
1 Unidade extintora se refere à capacidade mínima que deve conter os aparelhos para que possam
proteger determinada área. Conforme a hipótese, uma unidade extintora poderá ser composta de um ou mais aparelhos extintores. (PEREIRA, 2006, p.121)
Segundo a Instrução Técnica n° 21 – CBPM/SP (2011) deverão ser previstos
no mínimo duas unidades extintoras, sendo uma para incêndio da classe A e outra
para incêndio das classes B e C. É permitida a instalação de duas unidades
extintoras iguais de Pó ABC com capacidade extintora de no mínimo 2-A:20-B:C e, a
instalação de uma única unidade extintora de Pó ABC em edificações com área
construída inferior a 50m². Entretanto, para que fique de fato definida a quantidade
de aparelhos extintores que devem existir em cada estabelecimento, deve-se
verificar cada caso concreto.
3.14 Localização e Sinalização de Extintores
A localização e sinalização dos extintores portáteis devem atender aos
requisitos da NBR 13434-2 - Sinalização de segurança contra incêndio e pânico -
Parte 2: Símbolos e suas formas, dimensões e cores (2004) e Instrução Técnica n°
21- CBPM/SP (2011).
Para o CBPM/SP os extintores portáteis quando localizados em paredes,
devem ser instalados de tal maneira que sua parte superior não exceda 1,60m do
piso acabado e, que a parte inferior do extintor permaneça no mínimo a 0,10m deste
mesmo piso. Há permissão para a instalação de extintores sobre o piso acabado,
desde que estejam posicionados sobre suportes adequados e posicionados a uma
altura variando entre 0,10m e 0,20m. Os extintores que ficarem expostos a
intempéries deverão ficar guardados em armários ou cabines especiais.
Os extintores devem estar posicionados em locais de fácil visualização e fácil
acesso, onde exista baixa probabilidade do fogo bloquear seu acesso. Não devem
ser instalados nas paredes das escadas, devendo estar sempre desobstruído,
permanecer sinalizado de acordo com as normas e, localizados no máximo a 5m da
porta de acesso do ambiente.
De acordo com Pereira (2006) à sinalização dos locais que receberão os
extintores, deverá ser feita por círculos vermelhos ou seta em vermelho com bordas
amarelas, conforme mostra a Figura 27. Em baixo dos extintores deverá existir uma
larga área do piso, que possua no mínimo, 1m x 1m, pintada na cor vermelho, que
não poderá ser obstruída de maneira alguma, além de ser exigido pelo menos um
corredor de acesso livre. Quando posicionados em pilares deverá ser sinalizadas
todas as faces do pilar.
Figura 27: Detalhes da fixação e sinalização de um extintor portátil: (a) fixação, (b) sinalização
Fonte: Cartilha de Orientações Básicas - CBPM/SP (2011)
3.15 Inspeção dos Extintores Portáteis
Conforme Pereira (2006) é imprescindível a constante manutenção e inspeção
nos aparelhos extintores para que haja eficiência e eficácia no uso desses
equipamentos. As inspeções devem ser realizadas periodicamente e feitas por
pessoal plenamente capacitado. No ato da vistoria os equipamentos devem
apresentar condições favoráveis de uso, como por exemplo, lacre intacto, pressão
ideal e possuírem selo de conformidade concedida pelo Inmetro, onde constará a
última data de recarga, data prevista para a próxima e o número de identificação.
Tabela 10 Ficha de controle de inspeção dos extintores
Fonte: Ferreira (2010)
(a) (b)
3.16 Manutenção dos Extintores Portáteis
Araújo (2008) afirma que o procedimento de manutenção deve ser efetuado no
extintor de incêndio com a finalidade de manter as condições originais de uso, após
sua utilização ou por solicitação dos profissionais responsáveis pela inspeção. O
processo de manutenção envolve a verificação de diversos critérios, tais como:
descarga, desmontagem, reparos, substituições de peças danificadas, testes
hidrostáticos e etc. Basicamente existem três categorias de manutenção a saber:
3.16.1 Manutenção de primeiro nível
Esta manutenção ocorre em simultaneidade com a inspeção, portanto, não é
necessário remover o extintor para uma oficina especializada, apenas é feita uma
manutenção no próprio local de permanência do aparelho por uma equipe
especializada.
Segundo Brentano (2007) a frequência desse tipo de manutenção é de seis
meses, para os extintores com carga de gás carbônico e, de doze meses para os
demais extintores, entretanto, dependendo das condições do extintor, o usuário
poderá solicitar uma redução de tempo para a próxima manutenção.
3.16.2 Manutenção de segundo nível
A manutenção de segundo nível consiste na execução de serviços com a
presença de equipamentos sofisticados, local apropriado e pessoal habilitado.
3.16.3 Manutenção de terceiro nível
Também chamada de vistoria, a manutenção de terceiro nível é a mais
avançada dentre todas, pois é um processo de revisão total do extintor, nessa fase
são realizados os ensaios hidrostáticos.
3.17 Recarga dos Extintores Portáteis
Para o CBM/RJ (2008) os extintores devem ser recarregados mediante as
seguintes ocasiões: após o uso em princípios de incêndio, quando tiverem o lacre de
segurança rompido (mesmo que acidentalmente) ou ainda quando completarem um
ano da recarga anterior, mesmo que não tenham sido utilizados. Durante a recarga
não é permitida a substituição do agente extintor e nem alterações nas pressões e
quantidades estabelecidas pelo fabricante. O agente extintor usado em uma recarga
deve atender as certificações das normas existentes.
3.18 Utilização dos Extintores Portáteis
De acordo com o CBM/RJ (2008) os extintores possuem operações de manejo
semelhantes. Os procedimentos gerais em relação ao manuseio dos aparelhos
extintores são: identificar a classe de incêndio; retirar o extintor adequado de seu
suporte; romper o lacre e retirar o pino de segurança; testar o extintor acionando o
gatilho e deslocar-se para o local do sinistro; observar a direção do vento, uma vez
que o extintor deve ser usado a favor do vento e finalmente apontar o esguicho ou
difusor para o foco e acionar o gatilho, dirigindo o jato à base do fogo, considerando
a distância de aproximadamente 01 metro.
Figura 28: Procedimentos necessários para utilização de um extintor: (a) rompimento do lacre, (b) testando o extintor, (c) lançando o agente extintor sobre as chamas
Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro – CBM/RJ (2008)
(a) (b) (c)
4 ESTUDO DE CASO EM UMA EDIFICAÇÃO DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE
PINDARÉ-MIRIM – MA: SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO POR
MEIO DE EXTINTORES PORTÁTEIS
O emprego de extintores portáteis como suporte aos sistemas de prevenção e
combate a incêndio, é um conceito que há bastante tempo foi adotado pelos órgãos
competentes do Brasil, entretanto, o que se observa na realidade é uma constante
negligência de diversas partes, como por exemplo, dos próprios órgãos
responsáveis pela fiscalização deste setor, expondo dessa forma a integridade física
das pessoas, o meio ambiente e o patrimônio, a situações de risco.
4.1 Exigências Mínimas de Segurança Contra Incêndio para a Edificação em
Análise
Conforme já mencionado, o prédio público em análise foi fundado no ano de
1947. Considerando-se a época em que esta edificação foi executada, nos
deparamos com uma série de contradições, se compararmos as técnicas de
construção empregadas antigamente com as tecnologias emergidas nos últimos
anos. Para tanto, de acordo com o Decreto Paulista 46.076 (2001 apud PEREIRA,
2006, p. 34) foi elaborada uma tabela de exigências mínimas de segurança contra
incêndio para as edificações existentes anterior a data de 11-03-1983, conforme
mostra a Tabela 11.
Tabela 11
Exigências mínimas de segurança contra incêndio para o objeto de estudo
Período de Existência da Edificação Área Construída > 750m²
Anterior a 11-03-1983
Saída de Emergência; Alarme de
incêndio; Iluminação de emergência;
Extintores Portáteis e Sobre Rodas;
Sinalização e Hidrantes.
Fonte: Adaptado de Pereira (2006)
Analisando a tabela acima, observa-se que a data em que esta edificação foi
executada (1947) é antecedente a data estipulada pelo decreto, 11-03-1983, dessa
maneira, esta edificação necessita comprovadamente da instalação de extintores
portáteis em seu sistema de prevenção e combate a incêndio, bem como sua
perfeita sinalização.
4.2 Proteção por Extintores Portáteis Conforme a ABNT/NBR 12693 (1993)
Para averiguar se os extintores portáteis da edificação em questão encontram-
se em conformidade com as normas vigentes, utilizou-se a estratégia da revisão
bibliográfica e da observação direta.
Para a NBR 12693 (1993) um sistema de proteção por intermédio de extintores
portáteis deve ser projetado considerando-se os seguintes pontos:
4.2.1 A classe de risco a ser protegida e respectiva área
Com relação a este critério da NBR 12693 (1993), foi consultada a IT n° 014 –
CBPM/SP (2011), bem como a Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil – T.S.I.B. (1997),
e a NBR 9077 (2001), no objetivo de descrever a edificação quanto a estes dois
parâmetros.
Segundo a IT acima mencionada, a edificação de saúde em questão está
incluida no grupo das ocupações que apresentam carga de incêndio baixa, isto é,
300MJ/m², conforme mostra a Tabela 12.
Tabela 12
Classificação da edificação quanto a carga de incêndio específica por ocupação
Ocupação/Uso Descrição Divisão Carga de incêndio (MJ/m²)
Serviços de saúde Hospitais em geral H-1/H-3 300
Fonte: Adaptado do Anexo A da IT n° 014 – CBPM/SP (2011)
Quanto ao risco de Incêndio, as edificações são classificadas mediante a sua
classe de ocupação. Segundo as definições da T.S.I.B. (1997), existem 13 classes
de ocupação, e de acordo com a classe de ocupação que a edificação ocupa, esta é
classificada quanto ao risco de incêndio:
Classe de ocupação 01 e 02 – Risco classe “A” (risco pequeno)
Classe de ocupação 03 a 06 – Risco classe “B” (risco médio)
Classe de ocupação 07 a 13 – Risco classe “C” (risco grande)
Um estabelecimento de saúde como é o caso do nosso estudo, está
enquadrado na classe de ocupação n° 01, e consequentemente apresentando risco
de incêndio classe A, ou seja, um pequeno risco conforme mostra a Tabela 13.
Tabela 13
Classificação da edificação quanto ao risco de incêndio
Ocupação Hospitais
Rubrica Hospitais
Código da rubrica 281
Ocupação de risco Hospitais
Ocupação 01
Risco de Incêndio A
Fonte: Adaptado da T.S.I.B (1997)
Interpretando a tabela acima, se torna evidente que ao avaliarmos apenas o
contexto geral, o objeto de estudo não apresenta um grande risco de incêndio,
contudo, em meio a essa ficticia situação confortável em que a edificação está
classificada com relação a este critério, é necessário ressaltar que analisando de
forma individual os diversos tipos de ambiente e seus respectivos materiais
localizados na parte interna do prédio, como por exemplo, farmácia, laboratório,
lavanderia, gerador de eletricidade, entre outros, logo se chega à conclusão de que
são locais e insumos que apresentam características de incêndio de classe média e
alta, tornando dessa maneira este recinto mais suscetível a um foco de incêndio.
Ainda com relação a classe de risco, o Corpo de Bombeiros Militar do
Maranhão - CBMMA (1997), considera que os hospitais são edificações cujo o risco
de incêndio é de intensidade média, com isso, trataremos a edificação apartir de
agora como sendo de médio risco de incêndio.
Com relação à área da edificação, este ambiente está no grupo das edificações
de grande porte, uma vez que possui dimensão em planta de 1568m², atendendo
assim, aos parâmetros dessa categoria, conforme ilustra a Tabela 14.
Tabela 14
Classificação da edificação quanto a dimensão em planta
Natureza do enfoque Código Classe da edificação Parâmetros de área
Quanto a área total
(St) (soma das áreas
da edificação)
V Edificações grandes 1500 m² ≤ St < 5000m²
Fonte: Adaptado da NBR 9077 (2001)
4.2.2 Natureza do fogo a ser extinto
O segundo critério considerado no dimensionamento dos extintores portáteis
segundo a NBR 12693 (1993), é a classe de incêndio que se deseja combater.
Mediante as definições no capítulo 03 deste trabalho sobre as classes de
incêndio, sabe-se que para cada classe de incêndio haverá um ou mais extintores
portáteis apropriados.
Vistoriando o objeto de estudo, constatou-se que os materiais combustíveis
pertencentes ao ambiente, são das classes A, B e C, conforme mostra a Figura 29.
Classe A – Papel, Espuma, Tecido e etc.
Classe B – Álcool, Gás de Cozinha e etc.
Classe C – Computadores, Lâmpadas, Quadro de Distribuição, Gerador e etc.
Figura 29: Materiais combustíveis: (a) espuma, (b) gás, (c) gerador de eletricidade
Fonte: Acervo do autor
4.2.3 Agente extintor a ser utilizado
A NBR 12693 (1993) afirma que é importante se conhecer o agente extintor a
ser utilizado nos aparelhos extintores, isto é, os tipos de extintores a serem
empregados. As informações já contidas neste trabalho sobre os agentes extintores
nos remetem a identificar o agente extintor mediante a classe de incêndio.
De acordo com as classes de incêndio encontradas na edificação A, B e C e
adotando os requisitos das normas, os aparelhos extintores a serem instalados na
edificação devem conter os seguintes agentes extintores:
Carga d’água: Para os materiais da classe A (espuma, papéis, tecidos e etc).
Gás Carbônico: Para os materiais das Classes B e C (álcool, gás de cozinha,
computadores, gerador de eletricidade, lâmpadas e etc).
Pó Químico ABC: Para as três classes de incêndio supracitadas.
(a) (b) (c)
©
4.2.4 Capacidade extintora
Com relação à capacidade extintora, esta deve ser dimensionada de acordo
com os riscos a proteger, ou seja, sabendo-se que a edificação apresenta risco
médio de incêndio e materiais combustíveis das classes A, B e C, o ideal é que este
ambiente disponha no mínimo de extintores portáteis com grau de capacidade
extintora suficiente para extinguir focos de incêndio dos tipos A, B e C, conforme
mostra os exemplos abaixo.
Extintor de Água: Para incêndio da classe A, com capacidade extintora
mínima de 2-A, conforme a Tabela 15.
Tabela 15
Determinação da unidade extintora mínima para fogo classe A
Capacidade
Extintora Mínima Tipo de Extintor
2-A Carga d’água
Fonte: Adaptado da Instrução Técnica n° 021 – CBPM/SP (2011)
Extintor de Gás Carbônico: Para incêndio das classes B e C, com capacidade
extintora mínima de 5-B:C, conforme a Tabela 16.
Tabela 16
Determinação da unidade extintora mínima para fogo das classes B e C
Capacidade
Extintora Mínima Tipo de Extintor
5-B:C CO2
Fonte: Adaptado da Instrução Técnica n° 021 – CBPM/SP (2011)
Extintor de Pó Químico ABC: Para incêndio das classes A, B e C, com
capacidade extintora mínima de 2-A : 20-B:C, conforme a Tabela 17.
Tabela 17
Determinação da unidade extintora mínima para fogo das classes A, B e C
Capacidade Extintora
Mínima Tipo de Extintor
2-A : 20-B:C Pó Químico ABC
Fonte: Adaptado da Instrução Técnica n° 021 – CBPM/SP (2011)
4.2.5 Distância máxima a ser percorrida
Sobre a distância máxima a ser percorrida, a Instrução Técnica n° 021 –
CBPM/SP (2011) define que este aspecto mantém relação direta com o risco a que
se deseja proteger, para cada um dos três graus de risco existentes haverá uma
distância máxima permitida, o intuito é fazer com que o operador se desloque o
mínimo possível para alcançar um aparelho extintor independentemente do local em
que se encontra dentro do ambiente, para que assim haja maior rapidez na extinção
do foco de incêndio.
Mediante as definições de risco de incêndio, já se sabe que a edificação de
saúde em questão apresenta risco médio, portanto, a distância máxima a ser
percorrida neste caso para alcançar um extintor de incêndio deverá ser de 20m,
conforme mostra a Tabela 18.
Tabela 18
Distância máxima a percorrer conforme o risco
A. Risco Baixo 25 m
B. Risco Médio 20 m
C. Risco Grande 15 m
Fonte: Adaptado da Instrução Técnica n° 021 – CBPM/SP (2011)
Após a aquisição do embasamento necessário sobre o correto sistema de
proteção por extintores portáteis, coube analisar através da estratégia da
observação direta, se os aparelhos extintores da edificação estão em conformidade
com todos os aspectos mencionados acima.
4.3 Extintores Portáteis Encontrados na Edificação
Sendo de conhecimento que os extintores portáteis a serem empregados na
edificação devem carregar em seu recipiente o agente extintor do tipo Água, Gás
carbônico ou Pó químico ABC, foi constatado que quanto a esse quesito o prédio em
análise não está em conformidade com as normas, visto que não foram localizados
todos os tipos de extintores, isto é, apenas duas unidades extintoras foram
encontradas, uma localizada próximo a entrada principal e outra situada próximo a
entrada da farmácia, ressalta-se que ambas possuem como agente extintor a água e
carga nominal de 10L cada, conforme mostra as Figuras 30 e 31.
Figura 30: Extintor de água localizado na edificação: (a) extintor posicionado na parede, (b) detalhes técnicos do aparelho
Fonte: Acervo do autor
Figura 31: Unidades extintoras representadas na planta baixa
Fonte: Acervo do autor
A Figura 31 não deixa dúvidas com relação ao posicionamento das unidades
extintoras, torna evidente que as mesmas situam-se em lados opostos da edificação.
Ressalta-se que duas unidades de Pó químico BC foram encontradas no local,
entretanto, estão sem condições de uso, não mostram sinais de manutenção e
possuem a recarga vencida desde maio de 2006, ou seja, apresentam evidentes
sinais de abandono conforme mostra a Figura 32.
(a) (b)
Unidade extintora
Figura 32: Extintores de Pó BC: (a) extintores abandonados no chão, (b) extintor com carga de
pó químico pressurizado, (c) capacidade extintora inadequada, (d) recarga vencida
Fonte: Acervo do autor
4.3.1 Capacidade extintora dos aparelhos encontrados na edificação
Após quantificar os extintores da edificação, coube analisar se suas
capacidades extintoras atendiam as especificações contidas nas normas. Verificou-
se que as duas unidades extintoras, possuem a capacidade extintora de 2-A, isto é,
atendem somente a capacidade mínima estipulada.
Figura 33: Capacidade extintora dos aparelhos localizados
Fonte: Acervo do autor
(a) (b)
(c) (d)
Ainda tratando - se da capacidade extintora, ficou comprovado que apesar de
os mesmos atenderem a capacidade mínima convencionada para que possa se
constituir uma unidade extintora, observa-se que estas capacidades não são
suficientes para suprirem toda a área que necessita de proteção, pois de acordo
com as definições da NBR 12693 (1993) a área máxima protegida por uma unidade
extintora para um ambiente que oferece médio risco de incêndio é somente 270m².
4.3.2 Distância máxima a percorrer
Com relação à distância máxima a percorrer que é de 20m para o caso em
análise, o local em hipótese alguma satisfaz essa exigência, visto que, as duas
únicas unidades extintoras encontradas no ambiente em condições favoráveis de
uso estão localizadas em pontos extremos do prédio, conforme nos mostrou a
Figura 31, dessa forma não atendem as especificações da Instrução Técnica n° 021
– CBPM/SP (2011), portanto, mais um critério não atendido pela edificação em
estudo.
4.3.3 Sinalização dos aparelhos extintores
Quanto a este item, observou-se um número menor de irregularidades. Na
parte superior dos extintores encontrados há a sinalização exigida pelas normas
técnicas, a única falha encontrada se diz respeito a sinalização da parte inferior dos
extintores, ou seja, da parte do piso localizada abaixo dos aparelhos, conforme
mostra a Figura 34.
Figura 34: Sinalização dos equipamentos: (a) sinalização do piso, (b) sinalização de parede
Fonte: Acervo do autor
(a)
9a
(b)
Observando-se a figura 34a, verifica-se que existem apenas a demarcação na
cor vermelha, ou seja, não há bordas amarelas com 0,15m de espessura, de acordo
com as exigências das intruções, portanto, esta falha se configura como o único
ponto negativo quanto a esse fator.
4.4 Avaliando o Nível de Conhecimento dos Servidores da Instituição com
Relação aos Extintores Portáteis
Além de verificar a atual situação dos extintores portáteis na edificação de
saúde e posteriormente realizar uma análise crítica sobre os resultados adquiridos,
este trabalho também possui a finalidade de avaliar como anda o nível de
conhecimento por parte dos servidores da instituição com relação a estes
equipamentos.
Este objetivo foi atingido mediante a aplicação de um questionário aos
servidores. Composto por dez perguntas entre abertas e fechadas, caracterizando
dessa maneira como um questionamento semi-estruturado, envolveu questões
básicas sobre os extintores portáteis, sendo aplicado a uma representativa taxa de
funcionários, mais precisamente a uma amostra de 30% do número total de
funcionários, aproximadamente 60 pessoas, se tornando fundamental para a
conclusão deste estudo.
Os dados adquiridos com a aplicação do questionário passaram primeiramente
por um processo de tabulação, em seguida foram transformados em gráficos, no
objetivo de apresentar de forma concisa e pormenorizados os resultados
alcançados.
Os gráficos que serão discutidos a seguir são de extrema relevância, pois a
abordagem de seus conteúdos nos levarão a conhecermos a real situação em que
se encontram os servidores da entidade com relação a conhecimentos necessarios
para a utilização de extintores portáteis.
4.4.1 Discussão dos resultados obtidos mediante análise dos gráficos
Os primeiros dados adquiridos com a aplicação do questionário citado,
buscaram avaliar se os servidores pesquisados sabem realmente definir o que é um
extintor portátil. Para tanto, foi necessário que os funcionários respondessem a
seguinte pergunta:
Você sabe o que é um extintor portátil?
Os resultados obtidos encontram-se no gráfico a seguir:
Gráfico 01: Percentual de servidores que sabem ou não definir o que são extintores portáteis
Fonte: Aplicação de questionário – Julho 2013
Fazendo a análise do Gráfico 01, verifica-se que grande parte dos funcionários
optaram por marcar nessa questão a alternativa positiva, isto é, o valor de 68% que
aparece em destaque no gráfico acima, representa os entrevistados que afirmaram
saber definir o que é um extintor portátil.
O restante dos entrevistados representados no gráfico pelo percentual de 32%,
disseram já ter ouvido falar sobre o termo, no entanto, desconhecem o que
realmente vem a ser um extintor dessa categoria, optando dessa maneira por
marcar a opção negativa.
Analisando os resultados até o momento, poderíamos concluir que os
indivíduos pesquisados apresentam um razoável conhecimento sobre a pergunta
realizada, pois 68% do total afirmaram conhecer as definições sobre os extintores
portáteis, todavia, caso não tivéssemos avaliado de maneira mais profunda os
entrevistados, este fato nos remeteria a uma falsa conclusão da realidade
diagnosticada.
Com a finalidade de obter dados bem mais concretos sobre a questão, foi
solicitado a todos os servidores que optaram pela resposta positiva, que
assinalassem a alternativa correta da questão, no intuito de verificar se realmente
estes indivíduos detinham um conhecimento satisfatório. O Gráfico a seguir mostra
os resultados.
68%
32%
Sim
Não
Gráfico 02: Definição de extintores portáteis segundo a concepção dos 68% dos servidores que optaram pela resposta positiva na questão anterior
Fonte: Aplicação de questionário – Julho 2013
Após a escolha entre as alternativas disponibilizadas para a questão, o gráfico
acima mostra que do percentual de 68% que assinalaram a resposta positiva no
gráfico anterior, somente 36% sabem de fato a correta definição sobre extintores
portáteis, optando por marcar a assertiva correta, na qual descrevia ser um extintor
de fácil manuseio.
Ressalta-se que 16% consideraram um extintor sobre rodas a opção
verdadeira, e o restante igualmente representado pelo percentual de 16%
escolheram a alternativa na qual afirmava ser um extintor próximo à janela, a
definição sobre estes equipamentos.
Mediante as interpretações do Gráfico 02, é que de fato podemos chegar a
correta conclusão, ficando comprovado o baixo percentual de funcionários que
realmente conhecem um extintor portátil, como também os 32% de entrevistados
que marcaram a opção de forma equivocada, em decorrência do baixo nível de
conhecimento sobre o assunto.
Prosseguindo na aplicação do questionário, partiu-se para a aquisição dos
dados pertinentes a pergunta seguinte, o objetivo desta vez a ser alcançado era
absorver dos servidores as respostas sobre o que eles pensam com relação ao nível
de importância que os extintores portáteis em boas condições de utilização
representariam para a edificação. Para tanto, os funcionários responderam a
seguinte indagação:
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Extintor sobrerodas
Extintor de fácilmanuseio
Extintor próximo ajanela
16% 16%
36%
Na sua concepção, qual o nível de importância que os extintores portáteis
representariam para esta edificação caso estivessem em boas condições de
uso?
Os resultados obtidos estão apresentados no gráfico a seguir:
Gráfico 03: Verificando o nível de importância que os extintores portáteis em boas condições de uso representam para a edificação
Fonte: Aplicação de Questionário, Julho 2013
De acordo com a análise do gráfico 03, observa-se que com analogia a este
critério, as pessoas entrevistadas apresentaram um desempenho satisfatório de
conhecimento sobre a necessidade de instalação dos extintores portáteis na
edificação. Como mostra o gráfico, cerca de 84% afirmaram considerar de extrema
importância o emprego desses equipamentos no local.
Na opinião de 12% dos entrevistados, a presença desse sistema de proteção
na edificação proporciona maior segurança aos indivíduos, todavia, a sua ausência
não chega a interferir de maneira determinante para a propagação de um foco de
incêndio no recinto, passando a considerar mediana a importância de sua
instalação.
O ponto relevante deste gráfico fica por conta dos 4% que afirmaram
considerar pequeno o nível de importância da implantação dos equipamentos no
local.
A interpretação que pode ser feita para a questão, é que grande parte dos
servidores sabem da necessidade de implantação do sistema de proteção por
extintores portáteis na edificação, contudo, ainda existe uma pequena taxa de 4%
4% 12%
84%
Pequeno
Médio
Grande
que consideram não importante o uso desses equipamentos, dessa forma fica
evidente que esta parcela de servidores não dispõem de conhecimentos pertinentes
ao assunto.
A terceira pergunta que foi dirigida ao público alvo, adveio da necessidade de
identificar o percentual de pessoas locadas na edificação, que já manusearam um
extintor portátil em alguma ocasião, seja para fins reais de combate a princípios de
incêndio ou outra situação, como por exemplo, um treinamento. Para isso foi
aplicada a pergunta abaixo:
Manuseaste um extintor portátil em alguma ocasião?
O Gráfico 04 nos proporciona os resultados alcançados, possibilitando uma
análise concisa dos fatos.
Gráfico 04: Aferindo o percentual de funcionários que já manusearam um extintor portátil
Fonte: Aplicação de questionário – Julho 2013
Observando o Gráfico acima observa-se que há um índice muito baixo de
servidores na instituição que já manusearam um extintor de incêndio do tipo portátil.
Verifica-se que somente 28% dos entrevistados já fizeram uso desses
equipamentos.
O percentual de 72% indica que a grande a maioria dos servidores jamais
manuseou um extintor de incêndio, em virtude de ainda não terem se deparado com
uma situação que viesse a exigir a realização dessa prática. Os dados implicam que
essa enorme divergência entre os dois valores, acarreta a instituição uma situação
preocupante caso haja a necessidade de uma intervenção desses funcionários em
uma extinção de incêndio por meio de extintores portáteis.
28%
72%
Sim
Não
Embora já seja de conhecimento que há um insignificante percentual de
entrevistados na instituição que já manusearam um extintor portátil, coube indagar
aos servidores sobre os processos básicos a serem realizados para utilização
desses equipamentos, caso se deparassem com uma situação inesperada de um
princípio de incêndio na edificação, para aplicada a pergunta abaixo:
Suponha que na ocorrência de um princípio de incêndio nesta edificação, há
extintores portáteis em boas condições de uso, você saberia quais os
procedimentos precedentes a serem executados para utilização desses
equipamentos?
Gráfico 05: Analisando a situação dos servidores quanto aos procedimentos de manuseio de um extintor portátil
Fonte: Aplicação de questionário – Julho 2013
Aferi-se do Gráfico 05 uma situação interessante e simultaneamente
contraditória quanto ao percentual que responderam positivamente com relação ao
domínio em manusear um extintor de incêndio. Verifica-se que apesar dos dados
mostrados no gráfico anterior comprovarem um baixo percentual de indivíduos com
experiência no campo de estudo, houve um resultado bastante equilibrado para esta
pergunta, pois uma taxa de 52% afirmaram saber proceder no manuseio de um
extintor portátil caso fossem solicitados.
O remanescente dos indivíduos que aparecem representados pela taxa de 48%
no gráfico acima, optoram por escolher a assertiva negativa da questão, pois
declararam não possuir preparo suficiente para manusear um extintor de incêndio
caso fosse necessário.
52%
48%
Sim
Não
Ressalta-se que essa questão é semelhante a primeira pergunta do
questionário, assim como aquela, a presente indagação possui uma segunda
intenção para com os entrevistados que optaram pela alternativa positiva, que é
exatamente testar esses servidores sobre o domínio com relação às técnicas de
manuseio, para isso foram disponibilizadas três alternativas, entre elas a que
descrevia de maneira correta todos os procedimentos. O Gráfico abaixo mostra os
resultados.
Gráfico 06: Avaliando se os 52% dos servidores que assinalaram positivamente na questão anterior conhecem de fato às técnicas de manuseio dos extintores
Fonte: Aplicação de questionário – Julho 2013
De acordo com o gráfico acima, observa-se que o percentual de 52% que
afirmaram estar preparado para o manuseio de um extintor portátil caso fossem
solicitados, se transformou na realidade em apenas 16%, ou seja, um número
mínimo de funcionários optaram pela alternativa “a”, na qual descrevia todos os
procedimentos corretos e em sequência a serem executados na utilização de um
extintor portátil, conforme mostra o questionário constante no apêndice B deste
trabalho.
Cerca de 28% marcaram a opção “b” como alternativa correta, na qual além de
descrever as técnicas de manuseio em uma sequência errada, continha
procedimentos falsos para o manuseio desses equipamentos, como por exemplo,
pressionar o hidrante.
O ponto mais relevante deste quesito é com relação ao percentual de 8% dos
entrevistados que opinaram pela alternativa “c”, visto que esta opção detinha os
0
5
10
15
20
25
30
a b c
16%
28%
8%
processos de manuseio mais incomuns, como por exemplo, direcionar o extintor
para a direção contrária ao sinistro.
As interpretações feitas desta pergunta, é que o pequeno número de servidores
que detém conhecimentos sobre as técnicas de manuseio dos extintores, é
diretamente proporcional ao baixo índice de funcionários que já manusearam estes
equipamentos, isto é, os resultados do Gráfico 06 não destoam da realidade
diagnosticada até aqui.
Sendo notória a ausência de pessoas adestradas na edificação em análise
para uso dos extintores portáteis, foi essencial incluir no questionário uma pergunta
capaz de mostrar o risco que os funcionários mal informados sobre o assunto
acarretam para a instituição, caso houvesse a necessidade deste pessoal realizar
um combate a um princípio de incêndio por intermédio destes aparelhos. Para isso
foi realizado o questionamento abaixo:
Suponha que um quadro de distribuição de energia esteja pegando fogo nesta
edificação. Você saberia qual o tipo de extintor a ser utilizado?
Os Gráficos 07 e 08 são fundamentais para que tenhamos conhecimento sobre
a precariedade que a edificação apresenta com relação ao elevado número de
capital humano despreparado para combater um princípio de incêndio.
Gráfico 07: Averiguando o percentual de servidores que saberiam ou não escolher o extintor ideal para combater um incêndio da classe C
Fonte: Aplicação de questionário – Julho 2013
Com relação aos resultados encontrados, o Gráfico 07 nos mostra que
semelhante ao que ocorreu com questionamentos anteriores, as interpretações
alcançadas seguiria um roteiro satisfatório caso avaliássemos apenas
superficialmente os entrevistados, pois um total de 56% destes afirmaram saber
56%
44%
Sim
Não
identificar o agente extintor mediante a classe de incêndio, isto é, não teriam
dificuldades alguma em escolher o extintor a ser aplicado em um foco de incêndio
que porventura atingisse, por exemplo, um quadro de distribuição de energia.
Observa-se que 44% dos indivíduos reconhecem que não possuem
conhecimento satisfatório sobre o assunto, dessa maneira preferem não arriscar na
sugestão do tipo de extintor a ser utilizado, visto que podem transformar um
pequeno foco de incêndio em algo mais agravante, optando assim pela resposta
negativa.
Tomando como base duas perguntas anteriores desta pesquisa, nota-se a
necessidade de ir mais além com relação as respostas dos entrevistados, ou seja,
os servidores que responderam positivamente, se tornam sujeito a comprovar que
realmente estão aptos a identificarem a classe de incêndio e posteriormente o
agente extintor, dessa forma possuem a obrigação de escolher a alternativa correta
da questão.
O Gráfico 08 elucida os resultados obtidos.
Gráfico 08: Verificando se os 56% do gráfico anterior realmente saberiam identificar o extintor correto para combater um incêndio proveniente da classe C
Fonte: Aplicação de questionário – Julho 2013
Os indivíduos que asseguram saber identificar o extintor ideal para um incêndio
da classe C, que beirava o percentual de 60% no Gráfico 07, aparecem agora
representados no gráfico 08 por um valor percentual bem abaixo, apenas 36%
destes indivíduos assinalaram a resposta exata, na qual mencionava ser um extintor
portátil de gás carbônico o mais apropriado para um incêndio dessa categoria.
0
10
20
30
40
Extintor de Água Extintor de Gáscarbônico
Extintor de Soldacaustica
12% 8%
36%
É interessante frisar sobre o valor de 12% que aparece no gráfico, esse
percentual representa uma parte dos servidores que se diziam aptos na escolha do
extintor correto, entretanto, na concepção destes a água seria o agente extintor mais
ideal a ser utilizado. A avaliação que pode ser gerada deste grupo de indivíduos, é
que os mesmos podem acarretar a eles e as outras pessoas que ali se fazem
presente um risco bem maior do que o próprio sinistro, que é o choque elétrico, pois
não é de hoje que se sabe que as características químicas da água tornam que essa
substância excelente condutora de eletricidade, não podendo de maneira alguma ser
utilizado para extinguir um incêndio da classe C.
Outro aspecto do gráfico que não poderá passar por despercebido se diz
respeito à taxa de 8% dos funcionários que optaram por uma opção que
simplesmente pode ser considerada a mais absurda dentre as alternativas, ou seja,
a assertiva tratava de um suposto extintor de solda cáustica para combate a
princípios de incêndio da classe C, sabe-se que esse tipo de aparelho não existe no
mercado, o fato chega a ser irrisório e extrapola o limite da falta de conhecimento
dos servidores com relação ao assunto.
Os dados dessa questão nos remete a concluir que um total de 20% dos
indivíduos que supostamente saberiam discernir na escolha de um extintor mediante
a classe de incêndio a se combater, mostraram que não estão tão hábeis como se
esperava, e pela ausência de informação sobre o assunto podem acarretar à
edificação um desastre bem maior caso venham a interferir na extinção de um foco
de incêndio.
O propósito da última pergunta do questionário era conseguir identificar se os
atuais servidores saberiam informar qual o nome do sistema de prevenção e
combate a incêndio que atualmente é usado na edificação, para tanto temos a
pergunta abaixo relacionada.
Você sabe qual o sistema de prevenção e combate a incêndio que atualmente é
utilizado nesta edificação?
Os resultados abordados no Gráfico 09, reforça ainda mais a defasada
situação em que se encontram os servidores da instituição com relação aos critérios
da segurança contra incêndios, seja por meio de extintores portáteis ou outro
modelo de instalação.
Gráfico 09: Analisando se os servidores conhecem o sistema fixo de prevenção e combate a incêndio da edificação
Fonte: Aplicação de questionário – Julho 2013
Com relação ao sistema de combate a incêndio que atualmente vem sendo
utilizado na edificação, verifica-se a partir da análise do Gráfico 09 que 72% dos
servidores não sabem nada a respeito, ressalta-se que no momento da pergunta a
grande maioria dos funcionários se quer sabiam que a edificação possuía uma
instalação de proteção com essa finalidade.
Os dados mostram que a taxa de indivíduos que responderam de maneira
positiva quanto ao assunto, isto é, asseguram conhecer o sistema em uso na
edificação, é somente 28%. Todavia, se esse resultado já pode ser taxado como
preocupante, o que dirá das interpretações feitas mediante a análise e discussão do
Gráfico 10, que traz em seu conteúdo os resultados das escolhas dos servidores
que responderam positivo no gráfico anterior, com relação ao sistema em uso.
Gráfico 10: Opiniões dos 28% do gráfico anterior quanto ao sistema fixo de prevenção e
combate a incêndio da edificação
Fonte: Aplicação de questionário – Julho 2013
28%
72%
Sim
Não
0
2
4
6
8
10
12
14
16
Hidrantes Extintores portáteis Chuveirosautomáticos
16%
8%
4%
Analisando o gráfico 10 constata - se que o total de servidores que
conseguiram discernir de forma correta sobre o atual método de proteção contra
incêndios na edificação, não ultrapassa a casa dos 20%, observa-se uma redução
de 12% no número de indivíduos que representavam os 28% do gráfico anterior, ou
seja, quase a metade destes servidores passará a compor o grupo dos 72% que
opinaram no início da questão não saber qual o atual sistema.
O gráfico mostra que o total de 12% foi dividido entre as opções “b” e “c”, que
tratavam de extintores portáteis e chuveiros automáticos respectivamente. Ressalta-
se que sendo estes informados que o sistema em uso no prédio é designado de
hidrantes, a reação da grande maioria foi meramente afirmar nunca ter ouvido falar
sobre tal dispositivo de proteção.
Os resultados da última pergunta nos mostra que a defasagem dos servidores
da instituição com relação aos critérios da segurança contra incêndios, não está
relacionada apenas ao sistema de extintores portáteis, se expandindo pelos outros
métodos de extinção do fogo, como por exemplo, o sistema de hidrantes. Isso
reforça a ausência de preocupação tanto dos servidores como também da parte
adminstrativa da entidade com relação a proteção contra incêndios, seja por meio de
extintores portáteis ou outro modelo de instalação como é o caso.
De um modo geral conclui-se que os servidores avaliados quanto ao uso de
extintores portáteis, encontram-se com um grau de informações bem abaixo do
esperado com relação a diversos aspectos, retratando dessa forma mais uma
fragilidade que instituição apresenta com relação a essas obrigações, que é a
ausência de capital humano capacitado para um eventual combate a princípio de
incêndio por intermédio de extintores portáteis.
5 SUGESTÃO DE MELHORIAS PARA O SISTEMA DE EXTINTORES PORTÁTEIS
DA EDIFICAÇÃO DE SAÚDE
Mediante os resultados encontrados e discutidos no decorrer deste trabalho,
tornou-se evidente que não são poucas as irregularidades a serem corrigidas com
relação ao sistema de extintores portáteis da edificação. Dessa maneira para que os
indivíduos que frequentam a instituição não estejam com sua integridade física
comprometida, convencionou-se elaborar algumas sugestões de melhorias a serem
executadas neste ambiente.
5.1 Implantação de Extintores Portáteis na Edificação
O correto dimensionamento dos extintores pórtáteis na edificação de sáude, é
o primeiro passo para a correção dos problemas identificados, devendo ser
elaborado um eficiente projeto de prevenção de combate a incêndio por pessoal
habilitado. É fundamental a aquisição de extintores novos e em maiores
quantidades, estes devem apresentar características técnicas que atendam as
necessidades do local, como: recarga atualizada, capacidade extintora adequada e
agente extintor para todas as classes de incêndio identificadas na edificação.
Satisfeita as exigências técnicas dos equipamentos, estes devem ser
distribuidos pelo ambiente de forma correta, isto é, devem ser posicionados em
pontos estratégicos, sempre respeitando a distância máxima de caminhamento para
o local, que é de 20m. As unidades extintoras devem estar perfeitamente
dimensionadas para a área que deverão proteger.
A correta sinalização destes equipamentos não pode ser ignorada, pois este
aspecto em muito contribui para um perfeito combate a incêndio caso necessário.
5.2 Planta de Localização dos Extintores
É ideal que mantenha em local de fácil visualização uma planta onde constem
todos os pontos de localização dos extintores na edificação, com seus respectivos
detalhes técnicos, essa prática irá facilitar no momento em que um determinado
indivíduo necessitar recorrer a algum desses aparelhos.
5.3 Capacitação de Pessoal para Manuseio dos Extintores
Realizada as etapas anteriores do processo de solução para o problema, é de
total responsabilidade dos indivíduos que compõem a parte administrativa da
instituição, capacitar pessoas para manuseio desses equipamentos, pois de nada
adianta possuir equipamentos em perfeito estado de utilização, se em contrapartida
o local não dispuser de capital humano preparado. Para isso é necessário que os
gestores da entidade disponibilizem aos seus servidores treinamentos de primeiros
socorros, noções de combate a incêndio e manuseio destes equipamentos.
6 CONCLUSÃO
Com base nos dados coletados e analisados do Hospital e Maternidade
Governador José Sarney, ficou comprovado que esta edificação encontra-se com
algumas irregularidades em seu sistema de prevenção e combate a incêndio. De
acordo com as normas da ABNT citadas no desenvolvimento do trabalho, as falhas
relevantes encontradas foram: ausência de extintores portáteis, falta de sinalização
adequada e capital humano despreparado.
Ausência dos extintores é um fator que põem em risco a segurança das
pessoas em casos emergenciais, pois de acordo com a NBR 12693 - Sistemas de
proteção por extintores de incêndio (1993) e a NR 23, estes equipamentos são
necessários para combater o fogo ainda em sua fase inicial.
Com relação a falta de sinalização, é notório que sua ausência dificulta a
orientação dos indivíduos em situações de emergência, dessa maneira deverá ser
incluído no sistema de prevenção um projeto de sinalização que atenda as
exigências impostas pela NBR 13434-2 (Sinalização de segurança contra incêndio e
pânico). Parte 2: símbolos e suas formas, dimensões e cores – ABR 2004).
A deficiência no quesito de pessoas adestradas no ambiente para manuseio
dos equipamentos, deve ser corrigida através de cursos de conhecimento sobre o
tema acompanhado de parte prática para fixação do conteúdo.
No contexto geral os hostipais são locais que disponibilizam serviços de
saúde para os cidadãos, portanto, são ambientes frequentados por uma enorme
parcela da sociedade, dessa forma, é imprescindível o estabelecimento de vários
aspectos ligados a segurança destas ocupações, entre elas está a de prevenção e
combate a incêndio. Mediante a apresentação desse estudo acredita-se que
algumas medidas sejam tomadas nesta área no intuito de corrigir as precariedades,
entretanto, é necessário que haja um empenho do órgão responsável pela gestão do
ambiente.
REFERÊNCIAS
ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9077: Saídas de emergência em edifícios. Rio de Janeiro, 2001. ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13434-2: Sinalização de segurança contra incêndio e pânico. Parte 2: símbolos e suas formas, dimensões e cores. Rio de Janeiro, 2004. ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13714: Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio. Rio de Janeiro, 2000. ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9443: Extintor de incêndio classe A – Ensaio de fogo em engradado de madeira. Rio de Janeiro, 1992. ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9444: Extintor de incêndio classe B – Ensaio de fogo em líquido inflamável. Rio de Janeiro, 2006. ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12693: Sistemas de proteção por extintores de incêndio. Rio de Janeiro, 2010. ARAÚJO, Flávio Amorim Gomes de. Apostila de Prevenção e Combate a Incêndio - PCI. CEETEPS. São Paulo, 2008. BARROSO, V. B. As Condições do Sistema de Prevenção e Combate a Incêndio em Edifício Público de Cuiabá. Cuiabá, 2009. Disponível em: < http:// eest.phza.net/index.php?option=com_docman&task=>. Acesso em: 12 de ago. 2013. BRASIL, Instituto Brasileiro Geográfico e Estatístico. Dados Estatísticos: cidades. Disponível em: < http://www.ibge.gov.br>. Acesso em: 10 abr. 2013 a. BRASIL, Ministério do Trabalho e Emprego. Legislação – normas regulamentadoras. NR 23: Proteção contra incêndios. Rio de Janeiro, 2011. Disponível em: < http://www.mte.gov.br>. Acesso em: 10 abr. 2013. BRENTANO, T. A Proteção Contra Incêndios no Projeto de Edificações. Porto Alegre: Gráfica Calábria, 2007.
CARTILHA de orientações básicas – noções de prevenção contra incêndios. Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo. São Pulo, 2011. Disponível em: <http://www.bombeirosemergencia.com.br>. Acesso em: 04 de jul. 2013. CORPO de bombeiros militar do Rio de Janeiro. Apostila do Estágio Probatório para Oficiais do Quadro de Saúde – EPOQS. Rio de Janeiro, 2008. CORPO de bombeiros de São Paulo. Segurança contra incêndios. Decreto Estadual. Instruções Técnicas. Disponível em: <http://www.bombeirosemergencia.com.br>. Acesso em: 12 de ago. 2013. FERREIRA, L.F.F.; MENEZES, T. M de. Inspeção de Segurança de Combate à Incêndio em um Posto de Líquidos, Combustíveis e Inflamáveis na Região Metropolitana de Belém. Belém, 2010. Disponível em: < http:// www.unama.br>. Acesso em: 12 de ago. 2013. INSTITUTO de resseguros do brasil – IRB. Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil – T.S.I.B. Publicação n° 49. Edição 25ª. Rio de Janeiro, 1997. INSTRUÇÃO Técnica n° 14 de 2010. Carga de Incêndio nas Edificações e Áreas de Risco. Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo. São Paulo, 2010. Disponível em: < http:// www.polmil.sp.gov.br/ccb>. Acesso em: 08 de jun. 2013. INSTRUÇÃO Técnica n° 21 de 2011. Sistema de Proteção por Extintores de Incêndio. Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo. São Paulo, 2011. Disponível em: < http:// www.polmil.sp.gov.br/ccb>. Acesso em: 10 de mai. 2013. PEREIRA, A.D. Tratado de Segurança e Saúde Ocupacional: aspectos técnicos e jurídicos, vol. VI: NR – 23 a NR – 28. Ed. LTDA. São Paulo, 2006. SEITO, A. I. Arquitetura e Segurança Contra Incêndio com Ênfase na Detecção de Incêndio. FAUUSP, 2001. SOUSA, G. de.; MAY, F.J.N. Estudo Crítico da Proteção Contra Incêndio por
Extintor no Setor de Manutenção das Empresas Rio Deserto. Criciúma, 2005
Disponível em: < http:// www.bib.unesc.ne>. 21 de out. 2013.
APÊNDICES
APÊNDICE A – PLANTA BAIXA DA EDIFICAÇÃO
APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO SEMIESTRUTURADO
Nome Fantasia: Hospital e Maternidade Governador José Sarney
Endereço: Rua do Fio – Centro
Município: Pindaré – Mirim UF: MA
Área Construída (m²): 1568,50 Área Total (m²): 1568,50
Carga de Incêndio (MJ / m²): 300 Risco: Classe B - Médio Altura (m): 3,00
Grupo: H Ocupação: Serviços de Saúde e Institucionais Divisão: H-3
1 – Você sabe o que é um extintor portátil?
( ) Sim ( ) Não
Se positivo responder o item abaixo:
( ) Extintor sobre rodas
( ) Extintor de fácil manuseio
( ) Extintor localizado próximo a uma janela
2 - Na sua concepção, qual o nível de importância que os extintores portáteis
representariam para esta edificação caso estivessem em boas condições de
uso?
( ) Pequeno ( ) Médio ( ) Grande
3 – Manuseaste um extintor portátil em alguma ocasião?
( ) Sim ( ) Não
4 – Suponha que na ocorrência de um princípio de incêndio nesta edificação,
há extintores portáteis em boas condições de uso, você saberia quais os
procedimentos precedentes a serem executados para utilização de um desses
equipamentos?
( ) Sim ( ) Não
Se positivo responder o item abaixo:
( ) a - Identifique a classe de incêndio; Pegue o extintor adequado, Rompa o lacre;
Retire o pino de segurança; Teste o extintor e se desloque para o local do sinistro.
( ) b - Teste o extintor; Rompa o lacre; Retire o pino de segurança; Identifique a
classe de Incêndio; Pressione o hidrante
( ) c - Desloque-se para o local do sinistro, Volte e apanhe um extintor; Retire o
pino de segurança; Identifique a classe de incêndio; Acione o gatilho; Aponte o
extintor na direção contrária ao fogo;
5 – Suponha que um quadro de distribuição de energia esteja pegando fogo
nesta edificação. Você saberia qual o tipo de extintor a ser utilizado?
( ) Sim ( ) Não
Se positivo responder o item abaixo:
( ) Extintor de água ( ) Extintor de Gás carbônico ( ) Extintor de solda caustica
6 – Você sabe em qual fase de um incêndio um extintor portátil representa
maior grau de eficiência?
( ) Sim ( ) Não
Se positivo responder o item abaixo:
( ) Fase Inicial ( ) Fase Intermediária ( ) Fase Final
7 – Você sabe por quais métodos de extinção do fogo os extintores portáteis
agem?
( ) Sim ( ) Não
Se positivo responder o item abaixo:
( ) Resfriamento, Abafamento e Extinção da Reação em Cadeia
( ) Abafamento, Resfriamento e Chuveiro automático
( ) Extintor de incêndio, Hidrante e Isolamento
8 – Você sabe a que altura máxima do piso deve está fixado um extintor
portátil?
( ) Sim ( ) Não
Se positivo responder o item abaixo:
( ) 1,60m ( ) 2,00m ( ) 2,10m
9 – Em sua opinião, há neste ambiente um sistema eficiente para a extinção do
fogo?
( ) Sim ( ) Não
10 – Você sabe qual o sistema de prevenção e combate a incêndio que
atualmente é utilizado nesta edificação?
( ) Sim ( ) Não
Se positivo responder o item abaixo:
( ) Hidrante ( ) Extintores Portáteis ( ) Chuveiros Automáticos
DADOS DO COLABORADOR
Idade: Estado Civil Sexo: F ( ) M ( )
Grau de Instrução:
Tempo de serviço: Mês ( ) Ano ( )
Horário de Trabalho: