Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

83
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO CURSO DE TECNOLOGIA EM CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS Erik Renan Soares Fernandes ESTUDO DE CASO EM UMA EDIFICAÇÃO DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE PINDARÉ-MIRIM MA: SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO POR MEIO DE EXTINTORES PORTÁTEIS. Santa Inês MA 2014

Transcript of Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

Page 1: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO

MARANHÃO

CURSO DE TECNOLOGIA EM CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS

Erik Renan Soares Fernandes

ESTUDO DE CASO EM UMA EDIFICAÇÃO DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE

PINDARÉ-MIRIM – MA: SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO POR

MEIO DE EXTINTORES PORTÁTEIS.

Santa Inês – MA

2014

Page 2: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

Erik Renan Soares Fernandes

ESTUDO DE CASO EM UMA EDIFICAÇÃO DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE

PINDARÉ-MIRIM – MA: SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO POR

MEIO DE EXTINTORES PORTÁTEIS.

Monografia apresentada ao Departamento de

Ensino Superior e Tecnologia – DESTEC do

Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia

do Maranhão, Campus Santa Inês, como parte dos

requisitos para obtenção do título: Tecnólogo em

Construção de Edifícios.

Orientador: Prof.º Esp. Darcílius Marcus de Sousa

Santa Inês – MA

2014

Page 3: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

Fernandes, Erik Renan Soares

Estudo de caso em uma edificação de saúde do município de Pindaré-Mirim - MA: sistema de proteção contra incêndio por meio de extintores portáteis / Erik Renan Soares Fernandes. – Santa Inês, 2013.

80 f.

Orientador: Prof. Esp. Darcilius Marcus

Monografia (Tecnologia de Construção de Edifícios)-Instituto Federal do Maranhão, Curso de Construção de Edifícios, 2013. 1. Incêndio - Extintores. 2. Incêndio - Risco. 3. Extintores portáteis. 4. Edificações. I. Título.

CDU 624:614.84(812.1)

Catalogação na Fonte.

Page 4: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

Erik Renan Soares Fernandes

ESTUDO DE CASO EM UMA EDIFICAÇÃO DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE

PINDARÉ-MIRIM – MA: SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO POR

MEIO DE EXTINTORES PORTÁTEIS.

Monografia apresentada ao Departamento de

Ensino Superior e Tecnologia – DESTEC do

Instituto Federal de Educação Ciência e

Tecnologia do Maranhão, Campus Santa Inês,

como parte dos requisitos para obtenção do

título: Tecnólogo em Construção de Edifícios.

Aprovada em: / /

BANCA EXAMINADORA

Orientador: Darcílius Marcus de Sousa

Bacharel em Engenharia Civil – UEMA

Especialista em Segurança do Trabalho - UEMA

1° Lindemberg Alex Trindade Pereira

Bacharel em Engenharia Mecânica - UEMA

Especialista em Segurança do Trabalho – UEMA

2° Jefferson Heitor Oliveira Rocha

Bacharel em Arquitetura e Urbanismo - UEMA

Especialista em Arquitetura Construção e Gestão de Construções Sustentáveis –

AVM – Faculdade Integrada

Page 5: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

DEDICATÓRIA

A Deus e a todos os meus amigos e familiares.

Page 6: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por me proporcionar esta oportunidade e

estar sempre ao meu lado em todos os momentos da minha vida.

A minha mãe Silvia Letícia Soares Fernandes e a minha irmã Lana Helen

Soares Viana, as quais em muito contribuíram durante esta longa caminhada.

Ao Prof.º Esp. Darcílius Marcus de Sousa, pela orientação e principalmente

pelo incentivo, apoio, confiança e grande amizade, ingredientes estes que

possibilitaram a realização desta tarefa.

Ao Prof.º Esp. Lindemberg Alex Trindade Pereira, pelas contribuições e

orientações para a realização deste estudo.

Ao Prof.º MS. Paulo Câmara, pela sua grande contribuição em conhecimentos

e pela grande pessoa que este é.

A Prof.º MSc. Loraine Lauris dos Santos, pelo grande trabalho desenvolvido

para a realização deste curso.

Ao Sr. Jeconias de Oliveira Barbosa, pela sua enorme parcela de contribuição

durante toda esta caminhada.

A todos os professores do Curso de Tecnologia em Construção de Edifícios,

em especial: Etiane Oliveira, José Domingos, Loraine Lauris, Rafael Ciarlini, Edson

Lira, Paulo Borges, Maria Aparecida, Francílio, Jadson Pessoa, José Pessoa,

Jeferson Heitor, Lindemberg Trindade, Darcílius Marcus, onde transmitiram seus

conhecimentos.

A todos os colegas, em especial aos do curso: Alex Kilmer, Jeconias Barbosa,

José Aglailton, Gilvan Serra, Maurício Rodrigues, Marcos Figueredo, Valéria

Carvalho, Dayana Paula, Vanderson Santos, Roniele Araújo, Cleuma Araújo, Kássio

Emanuel, Ludmila Ferreira, Yulian Morais, que ajudaram em muito, os quais se

tornaram grandes amigos.

A todas as pessoas e instituições que direta ou indiretamente foram de

extrema importância para a realização deste trabalho, e a elas expresso os meus

sinceros agradecimentos.

Page 7: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

RESUMO

Sabendo-se que o risco de incêndio encontra-se presente nos mais variados tipos de ambiente, podendo gerar além dos danos materiais os imateriais, como por exemplo, o risco de morte, indubitavelmente há a necessidade de implantação de um programa de prevenção, proteção e combate a incêndios nas edificações, pois quanto mais eficiente se tornar a prevenção menores serão as probabilidades de ocorrer um incêndio e, por conseguinte, serão eliminadas as oportunidades de o fogo causar danos às pessoas e ao patrimônio. Considerando-se essas evidências, este trabalho trata da prevenção e combate a incêndios por intermédio de extintores portáteis em uma edificação de saúde do munícipio de Pindaré Mirim – MA. Os objetivos deste estudo são identificar os riscos de incêndio da edificação, verificar se os extintores portáteis localizados no prédio estão dimensionados de maneira correta, bem como pesquisar o nível de conhecimento dos colaboradores da entidade com relação a este assunto. Estes objetivos foram alcançados mediante a utilização das seguintes estratégias metodológicas: pesquisa bibliográfica junto a ABNT/NBRs e Instruções Técnicas em vigor, aplicação de um questionário semiestruturado direcionado aos servidores, como também a realização de visitas in loco acompanhadas da observação direta. Os resultados obtidos demostram que não há um sistema eficiente de proteção contra incêndios por meios de extintores portáteis na edificação em análise, portanto, este estudo é de extrema importância no âmbito de gerar aos dirigentes da edificação informações sobre o tema, além de servir aos órgãos fiscalizadores como uma alerta para que estes adotem as providências cabíveis e tomem as medidas necessárias no propósito de preservar as condições de segurança dos cidadãos.

PALAVRAS - CHAVE: Fogo, Incêndio, Extintores Portáteis, Risco de Incêndio, Edificações, Pindaré – Mirim.

Page 8: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

ABSTRACT

Knowing that the fire hazard is present in various types of environment and

can create damage beyond the intangible, such as the risk of death, there is

undoubtedly a need to implement a program of prevention, protection and fire fighting

in buildings, as the more efficient prevention become smaller the probability of a fire

and therefore be eliminated opportunities for fire damage to people and property.

Considering these evidences, this work deals with the prevention and firefighting

through fire extinguishers in a building of the municipality of health Pindaré Mirim -

MA. The objectives of this study are to identify fire hazards in the building, check the

fire extinguishers located in the building are sized correctly, and search the

knowledge level of the employees of the entity with respect to this matter. These

objectives were achieved by using the following methodological strategies: literature

along ABNT / NBRS and Technical Instructions in force, applying a semi-structured

questionnaire directed to the servers, as well as conducting site visits accompanied

by direct observation. The results demonstrate that there is an efficient fire protection

by means of portable fire extinguishers in the building in question, therefore, this

study is extremely important within the building managers to generate information on

the subject, in addition to serving agencies oversight as a warning so that they take

the necessary steps and take the necessary measures in order to preserve the safety

conditions of citizens.

KEY - WORDS: Fire, Fire Extinguishers Portable, Fire Risk, Buildings, Pindaré -

Mirim.

Page 9: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

LISTA DE FIGURAS

Figura 01 - Localização do objeto de estudo..............................................................

Figura 02 - Fachada frontal da edificação..................................................................

Figura 03 - Planta baixa do objeto de estudo.............................................................

Figura 04 - Ambiente interno da edificação................................................................

Figura 05 - Triângulo do fogo.....................................................................................

Figura 06 - Materiais combustíveis.............................................................................

Figura 07 - Tetraedros do fogo...................................................................................

Figura 08 - Classe de incêndio A................................................................................

Figura 09 - Classe de incêndio B ...............................................................................

Figura 10 - Classe de incêndio C ..............................................................................

Figura 11 - Classe de incêndio D...............................................................................

Figura 12 - Método do isolamento..............................................................................

Figura 13 - Método do resfriamento...........................................................................

Figura 14 - Método do abafamento............................................................................

Figura 15 - Jatos d’água.............................................................................................

Figura 16 - Agente extintor conforme a classe de incêndio........................................

Figura 17 - Componentes básicos de um extintor......................................................

Figura 18 - Teste de capacidade extintora para a classe A.......................................

Figura 19 - Teste de capacidade extintora para a classe B”......................................

Figura 20 - Extintor de água pressurizada..................................................................

Figura 21 - Extintor de água a gás.............................................................................

Figura 22 - Extintor de gás carbônico.........................................................................

Figura 23 - Extintor de espuma química.....................................................................

Figura 24 - Extintor de espuma mecânica..................................................................

Figura 25 - Extintor de PQS a pressurizar..................................................................

20

21

22

24

26

27

28

28

29

29

29

32

33

33

34

36

38

39

1 39

42

42

43

44

44

43

Page 10: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

Figura 26 - Extintor de PQS pressurizado..................................................................

Figura 27 - Detalhes de fixação e sinalização de um extintor portátil........................

Figura 28 - Procedimentos necessários para utilização de um extintor.....................

Figura 29 - Materiais combustíveis encontrados na edificação..................................

Figura 30 - Extintor de água localizado na edificação………………………….……...

Figura 31 - Unidades extintoras representadas na planta baixa................................

Figura 32 - Extintores de Pó BC.................................................................................

Figura 33 - Capacidade extintora dos aparelhos localizados……………………...….

Figura 34 - Sinalização dos equipamentos……………………………………………..

45

48

50

54

57

58

57

58

59

Page 11: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 - Classificação da edificação quanto a ocupação.......................................

Tabela 02 - Classificação da edificação quanto a altura..............................................

Tabela 03 - Classificação da edificação quanto as características construtivas.........

Tabela 04 - Diferentes porcentagens do oxigênio.......................................................

Tabela 05 - Exemplos de combustíveis sólidos, líquidos e gasosos...........................

Tabela 06 - Carga nominal dos extintores portáteis....................................................

Tabela 07 - Capacidade extintora mínima dos extintores portáteis.............................

Tabela 08 - Critérios para dimensionamento dos extintores portáteis.........................

Tabela 09 - Número de extintores que compõem uma unidade extintora...................

Tabela 10 - Ficha de controle de inspeção dos extintores...........................................

Tabela 11 - Exigências mínimas de segurança contra incêndio para o objeto de

estudo.....................................................................................................

Tabela 12 - Classificação da edificação quanto a carga de incêndio específica por

ocupação.................................................................................................

Tabela 13 - Classificação da edificação quanto ao risco de incêndio.........................

Tabela 14 - Classificação da edificação quanto a dimensão em planta......................

Tabela 15 - Determinação da unidade extintora mínima para fogo da classe

A..............................................................................................................

Tabela 16 - Determinação da unidade extintora mínima para fogo das classes B e

C..............................................................................................................

Tabela 17 - Determinação da unidade extintora mínima para fogo das classes A,

B e C.......................................................................................................

Tabela 18 - Distância máxima a percorrer conforme o risco........................................

23

23

23

26

27

37

41

46

46

48

52

53

53

55

55

55

56

51

Page 12: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01 - Percentual de servidores que sabem ou não definir o que são extintores

portáteis...................................................................................................

Gráfico 02 - Definição de extintores portáteis segundo a concepção dos 68% dos

servidores que optaram pela resposta positiva na questão

anterior....................................................................................................

Gráfico 03 - Verificando o nível de importância que os extintores portáteis em boas

condições de uso representam para a

edificação................................................................................................

Gráfico 04 - Aferindo o percentual de funcionários que já manusearam um extintor

portátil.....................................................................................................

Gráfico 05 - Analisando a situação dos servidores quanto aos procedimentos de

manuseio de um extintor

portátil.....................................................................................................

Gráfico 06 - Avaliando se os 52% dos servidores que assinalam positivamente na

questão anterior de fato conhecem as técnicas de manuseio dos

extintores................................................................................................

Gráfico 07 - Averiguando o percentual de servidores que saberiam ou não escolher

um extintor para combater um incêndio da classe

C......................................................................................................................

Gráfico 08 - Verificando se o total de 56% do gráfico anterior realmente saberia

identificar o extintor correto para combater um incêndio proveniente da

classe C…...............................................................................................

Gráfico 09 - Analisando se os servidores conhecem o sistema fixo de prevenção e

combate a incêndio da

edificação................................................................................................

Gráfico 10 - Opiniões dos 28% do gráfico anterior quanto ao sistema fixo de

prevenção e combate a incêndio da

edificação..............................................................................................

61

62

63

64

65

66

67

68

70

70

Page 13: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT

AG

AP

CBM

CBMMA

CBMRJ

CBPMSP

DML

EG

EP

GLP

IBGE

INMETRO

IT

MA

NBR

NR

PQS

PSF

S.D

T.S.I.B

Associação Brasileira de Normas Técnicas

Água a Gás

Água Pressurizada

Comando de Bombeiros Metropolitanos

Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão

Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro

Corpo de Bombeiros da Polícia Militar de São Paulo

Depósito de Material de Limpeza

Espuma a Gás

Espuma Pressurizada

Gás Liquefeito de Petróleo

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial

Instrução Técnica

Maranhão

Norma Brasileira Regulamentadora

Norma Regulamentadora

Pó Químico Seco

Programa de Saúde da Família

Sem Data

Tarifa Seguro Incêndio do Brasil

Page 14: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

LISTA DE SÍMBOLOS

CO2 Gás Carbônico

J Joule

Kg Quilograma

Kgf Quilograma Força

Km Quilômetro

m Metro

m² Metro Quadrado

MJ Mega Joule

N Newton

Page 15: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................

2 DESCRIÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO..............................................................

2.1 Aspectos Gerais.............................................................................................

2.2 Características Construtivas da Edificação................................................

2.2.1 Classificação da edificação quanto ao tipo de ocupação.......................

2.2.2 Classificação da edificação quanto a altura............................................

2.2.3 Classificação da edificação quanto aos materiais de execução.............

3 PRINCÍPIOS GERAIS DE INCÊNDIO E EXTINTORES PORTÁTEIS...................

3.1 Histórico do Fogo..........................................................................................

3.2 Definição de Fogo e Incêndio.......................................................................

3.3 Processo Químico do Fogo..........................................................................

3.3.1 Triângulo do fogo....................................................................................

3.3.1.1 Comburente.........................................................................................

3.3.1.2 Combustível.........................................................................................

3.3.1.3 Calor....................................................................................................

3.3.2 Tetraedro do fogo...................................................................................

3.4 Classes de Incêndio......................................................................................

3.4.1 Incêndio classe A.................................................................................

3.4.2 Incêndio classe B ................................................................................

3.4.3 Incêndio classe C.................................................................................

3.4.4 Incêndio classe D.................................................................................

3.5 Causas de Incêndio.......................................................................................

3.5.1 Causas naturais......................................................................................

3.5.2 Causas artificiais.....................................................................................

3.5.2.1 Acidentais............................................................................................

3.5.2.2 Propositais...........................................................................................

3.6 Fases de um Incêndio...................................................................................

18

20

20

22

22

23

23

25

25

25

26

26

26

26

27

27

28

28

29

29

29

30

30

30

30

30

30

Page 16: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

3.6.1 Fase inicial..............................................................................................

3.6.2 Fase de queima livre...............................................................................

3.6.3 Fase de queima lenta..............................................................................

3.7 Proporções de um Incêndio..........................................................................

3.7.1 Incêndio incipiente..................................................................................

3.7.2 Pequeno incêndio...................................................................................

3.7.3 Médio incêndio........................................................................................

3.7.4 Grande incêndio......................................................................................

3.7.5 Incêndio extraordinário...........................................................................

3.8 Métodos de Extinção do Fogo.....................................................................

3.8.1 Extinção por retirada do material combustível – isolamento..................

3.8.2 Extinção por retirada do calor - resfriamento.........................................

3.8.3 Extinção por retirada do comburente - abafamento...............................

3.8.4 Extinção por evitar a reação química em cadeia....................................

3.9 Agentes Extintores de Incêndio...................................................................

3.9.1 Água........................................................................................................

3.9.2 Espuma...................................................................................................

3.9.2.1 Espuma química..................................................................................

3.9.2.2 Espuma mecânica...............................................................................

3.9.3 Pó químico seco (PQS) .........................................................................

3.9.3.1 Pó ABC ...............................................................................................

3.9.3.2 Pó BC..................................................................................................

3.9.3.3 Pó D....................................................................................................

3.9.4 Gás carbônico (CO2) .............................................................................

3.9.5 Compostos halogenados.......................................................................

3.10 Extintores Portáteis.....................................................................................

3.11 Capacidade Extintora..................................................................................

3.12 Tipos de Extintores Portáteis.....................................................................

3.12.1 Extintor de água..................................................................................

3.12.1.1 Extintor de água pressurizada – AP................................................

3.12.1.2 Extintor de água a gás – AG...........................................................

3.12.2 Extintor de Gás carbônico (CO2) .......................................................

31

31

31

31

31

31

31

31

32

32

32

32

33

33

33

34

34

35

35

35

35

35

36

36

36

36

38

41

41

41

42

42

Page 17: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

3.12.3 Extintor de Espuma Química..............................................................

3.12.4 Extintor de Espuma Mecânica a Gás – EG........................................

3.12.5 Extintor de Espuma Mecânica Pressurizada –

EP..............................................................................................

3.12.6 Extintor de Pó químico a pressurizar..................................................

3.12.7 Extintor de Pó químico pressurizado..................................................

3.12.8 Extintor de Pó químico – ABC............................................................

3.12.9 Extintor de Pó Químico especial (classe D).......................................

3.12.10 Extintor de compostos halogenados................................................

3.13 Quantidade de Extintores Portáteis..........................................................

3.14 Localização e Sinalização de Extintores..................................................

3.15 Inspeção dos Extintores Portáteis............................................................

3.16 Manutenção dos Extintores Portáteis.......................................................

3.16.1 Manutenção de primeiro nível............................................................

3.16.2 Manutenção de segundo nível...........................................................

3.16.3 Manutenção de terceiro nível.............................................................

3.17 Recarga dos Extintores Portáteis..............................................................

3.18 Utilização dos Extintores Portáteis............................................................

4 ESTUDO DE CASO EM UMA EDIFICAÇÃO DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE

PINDARÉ-MIRIM – MA: SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO POR

MEIO DE EXTINTORES PORTÁTEIS........................................................................

4.1 Exigências Mínimas de Segurança Contra Incêndio para a Edificação

em Análise.....................................................................................,,.........

4.2 Proteção por Extintores Portáteis Conforme a ABNT/NBR 12693

(1993).............………………………………………………………………….…

4.2.1 A classe de risco a ser protegida e respectiva área............................

4.2.2 Natureza do fogo a ser extinto.............................................................

4.2.3 Agente extintor a ser utilizado.............................................................

4.2.4 Capacidade extintora...........................................................................

4.2.5 Distância máxima a ser percorrida......................................................

43

44

44

44

45

45

45

45

46

47

48

50

49

49

49

49

49

51

51

52

52

54

54

55

56

Page 18: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

4.3 Extintores Portáteis Encontrados na Edificação……………………........

4.3.1 Capacidade extintora dos aparelhos encontrados na edificação…..

4.3.2 Distância máxima a percorrer……………………………………………

4.3.3 Sinalização dos aparelhos extintores…………………………………..

4.4 Avaliando o Nível de Conhecimento dos Servidores da Instituição com

Relação aos Extintores Portáteis..............................................................

4.4.1 Discussão dos resultados obtidos mediante a análise dos

gráficos...............................................................................................

5 SUGESTÃO DE MELHORIAS………………………………………………………..

5.1 Implantação de Extintores Portáteis na Edificação………………………

5.2 Planta de Localização dos Extintores …………………………………...….

5.3 Capacitação de Pessoal para Manuseio dos Extintores……………...….

6 CONCLUSÃO………………………………………………………………………….

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS…………………………………………………..…

APÊNDICE A – PLANTA BAIXA DA EDIFICAÇÃO…………………………………...

APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO SEMIESTRUTURADO……………………….…..

56

60

60

58

59

59

72

72

72

72

73

74

77

78

Page 19: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

1 INTRODUÇÃO

No objetivo de desenvolver um trabalho de utilidade para a vida cotidiana, foi

necessário realizar uma busca minuciosa por um tema de grande relevância e de

interesse social, logo, a primeira etapa para a realização desta pesquisa destinou-se

a delimitar o assunto a ser abordado. Após a análise de alguns itens foi definido que

este estudo teria atuação na área de prevenção e combate a incêndio por meio de

extintores portáteis, possuindo como objeto de pesquisa para o seu

desenvolvimento, a maior e mais complexa unidade de saúde do município de

Pindaré-Mirim - MA.

Salienta-se que o complexo de saúde analisado, atende não só a área do

município, bem como ainda o perímetro de outras comunidades, e por oferecer um

serviço de saúde para uma grande demanda de cidadãos que necessitam de

atendimentos emergenciais, intervenções cirúrgicas e laboratoriais, dentre outros, é

essencial que tanto visitantes, pacientes, acompanhantes, profissionais e

comunidade circunvizinha, estejam devidamente protegidas contra efeitos

catastróficos de um incêndio, de média ou grande proporção.

De acordo com a Instrução Técnica – IT n° 02 do Corpo de Bombeiros da

Polícia Militar do Estado de São Paulo – CBPM/SP (2011) a prevenção contra

incêndio é um dos tópicos abordados mais importantes na avaliação e planejamento

da proteção de uma coletividade. O termo prevenção de incêndio expressa tanto a

educação pública como as medidas de proteção contra incêndio em um edifício.

Uma excelência em um projeto básico de uma edificação de saúde como é o

caso do objeto de estudo, deve atender além da concepção arquitetônica, estrutural,

elétrica, hidrossanitária, central de gases, conforto ambiental e outros, o projeto de

prevenção e combate a incêndio.

Um dos métodos de controle técnico preventivo de sinistro é a aplicabilidade do

sistema de extintores portáteis e em casos especiais, sobre rodas, dependendo da

área e do risco a proteger. Em contrapartida, tratando-se do controle administrativo,

emprega-se o treinamento do capital humano, para a eficiência e eficácia do

combate a incêndio quando este ainda estiver em sua fase inicial.

Os aspectos abordados neste trabalho têm como objetivo identificar os riscos

de incêndio da edificação, verificar se os extintores portáteis instalados na edificação

Page 20: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

estão dimensionados conforme o risco a proteger e pesquisar o nível de

conhecimento dos colaboradores da entidade com relação ao assunto.

Para a realização deste trabalho, foi adotada a metodologia da revisão

bibliográfica junto a ABNT/NBRs e Instruções Técnicas em vigor, aplicação de um

questionário com perguntas abertas e fechadas (APÊNDICE B), como também a

estratégia da observação direta, realizando-se uma inspeção quantitativa e

qualitativa dos extintores portáteis instalados na edificação.

Este trabalho divide-se em 06 capítulos, começando pela introdução que traz a

apresentação do tema, os objetivos a serem alcançados e seus respectivos

aspectos metodológicos. O capítulo seguinte trata da descrição e caracterização do

objeto de estudo, abordando as principais características da edificação. Em seguida

temos um capítulo destinado a formação do arcabouço epistemológico, isto é,

embasamento teórico sobre os principais elementos do estudo (fogo e extintores

portáteis). O quarto capítulo consiste em discutir a pesquisa realizada na edificação

de saúde, expondo de forma ordenada e pormenorizada os resultados alcançados.

O penúltimo capítulo advém com a proposta da sugestão de melhorias para o objeto

de estudo. Finalizando este trabalho temos as considerações finais, onde são

apresentadas as principais conclusões desta pesquisa.

Espera-se que os resultados desse estudo possam de fato proporcionar aos

dirigentes da edificação, esclarecimentos essenciais sobre o tema, afim de que

estes adotem as medidas necessárias no intuito de evitar danos ao patrimônio, e

preservar a integridade física dos cidadãos.

Page 21: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

2 DESCRIÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO

2.1 Aspectos Gerais

O município de Pindaré-Mirim - MA, pertencente à Região Vale do Pindaré,

está situado a 3° 36` 25.83``de latitude Sul, e a 45° 20` 28.92`` de longitude Oeste, e

encontra-se distante da capital, São Luís, aproximadamente 260 km. Apresenta

segundo os dados quantitativos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE, 2013) uma população estimada de 31.866 habitantes (BRASIL, 2013a). Este

munícipio é beneficiado por uma rede de saúde, composta por um hospital de médio

porte e várias unidades menores de suporte básico denominados de Programa de

Saúde da Família - PSF.

A edificação em análise, conforme mostra a Figura 01, está localizada no

centro da cidade do munícipio de Pindaré Mirim - MA, limitando-se a Rua do Fio

(parte frontal), Praça Guajajara (lateral esquerda), edificações residenciais (lateral

direita) e Rua do Feijão (Fundo).

Figura 01: Localização do objeto de estudo

Fonte: Adaptado do Google Earth 2011

Fundado na década de 1940, mas precisamente no ano de 1947, esta

edificação possui aproximadamente setenta anos de pleno funcionamento, durante

Page 22: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

todo esse período sofreu inúmeras alterações em sua estrutura física, dadas em

virtude de reformas e ampliações, sendo a última e mais importante delas no

período correspondente aos anos de 2007-2008, na gestão do Prefeito Henrique

Caldeira Salgado, aumentando sua área construída de 800m² para 1568m².

Atualmente esta unidade de saúde comporta 35 leitos de internação, distribuídos

entre: clínica médica, pediatria e observação.

Figura 02: Fachada frontal da edificação

Fonte: Acervo do autor

Esta edificação encontra-se dividida em 77 cômodos, dos quais são 21

banheiros, 09 enfermarias, 08 vestíbulos, 04 consultórios, 04 utilidades D.M.L., 03

repousos, 03 salas de espera, 02 postos de enfermagem, 02 salas de guarda de

equipamentos, 02 salas de arquivo, 02 salas de cirurgia, 01 sala da diretoria, 01 sala

de raio-x, 01 sala de pré-parto, 01 sala de parto, 01 sala de curativo, 01 sala de pós-

anestésico, 01 laboratório, 01 almoxarifado, 01 farmácia, 01 sala de esterilização, 01

dispensa, 01 depósito de resíduos sólidos, 01 depósito de resíduos recicláveis, 01

sala de material esterilizado 01 copa/cozinha, 01 refeitório, 01 lavanderia, além de

uma área livre aonde estão localizados os reservatórios de água inferior e superior,

bem como as bombas que alimentam o sistema fixo de prevenção e combate a

incêndio da edificação (sistema de hidrantes).

Para melhor representar a área da edificação, foi elaborada mediante a

utilização do sistema AutoCAD a planta baixa deste ambiente (APÊNDICE A),

conforme mostra a Figura 03.

Page 23: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

Figura 03: Planta baixa do objeto de estudo. Esc. 1/50

Fonte: Acervo do autor

Atualmente este complexo de saúde conta com um quadro de 190 funcionários,

dentre médicos, enfermeiros, técnicos, psicólogos, zeladores, vigias, cozinheiros e

demais, funcionando 24h por dia, sempre pronto para atender a demanda de

cidadãos que porventura necessitarem de atendimentos médicos em geral.

2.2 Características Construtivas da Edificação

Para que os extintores portáteis sejam dimensionados e instalados de forma

correta em um determinado ambiente, é indispensável que se tenha conhecimento

sobre as características do local que receberão tais equipamentos, como por

exemplo: ocupação (escritório, residencial, indústria, etc.) altura, dimensão da área,

características construtivas, risco a proteger, dentre outros.

Baseando-se na inspeção in loco e na pesquisa bibliográfica, com ênfase para

a NBR 9077 (2001) foram adaptadas tabelas que trazem as principais características

construtivas pertinentes a edificação.

2.2.1 Classificação da edificação quanto ao tipo de ocupação

Através da revisão bibliográfica foi constatado que quanto à ocupação, o objeto

de estudo encontra-se classificado na categoria dos Serviços de Saúde e

Institucionais (hospitais, casas de saúde e assemelhados.). Conforme mostra a

Tabela 01.

Page 24: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

Tabela 01

Classificação da edificação quanto a ocupação

Grupo Ocupação/Uso Divisão Descrição Exemplos

H Serviço de saúde

e institucional H-3

Hospital e

assemelhado

Hospitais, casa de

saúde, e outros.

Fonte: Adaptado da NBR 9077 (2001) – Saídas de emergência em edifícios

2.2.2 Classificação da edificação quanto a altura

Quanto à altura foi verificado mediante as observações diretas, que seu pé

direito mede apenas 3,00m, enquadrando-se como uma edificação baixa, conforme

mostra a Tabela 02, segundo a NBR 9077 (2001).

Tabela 02

Classificação da edificação quanto a altura

Código Denominação Altura

L Edificações baixas H ≤ 6,00 m

Fonte: Adaptado da NBR 9077 (2001) – Saídas de emergência em edifícios

2.2.3 Classificação da edificação quanto aos materiais de execução

Adotando-se o parâmetro das características construtivas, este ambiente

atende as recomendações das instruções técnicas, onde sugerem que os prédios

devem preferencialmente, serem projetados e executados conforme as instruções

do código Z, na qual os materiais construtivos possuem a função de retardarem a

propagação do fogo, conforme mostra a Tabela 03 e a Figura 04.

Tabela 03

Classificação da edificação quanto as características construtivas

Código Tipo Especificação Exemplos

Z

Edificação em qual

a propagação do

fogo é difícil

Prédios com

estrutura resistente

ao fogo

Prédio com

divisórias

incombustíveis,

executado em

concreto armado

Fonte: Adaptado da NBR 9077 (2001) – Saídas de emergência em edifícios

Page 25: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

Figura 04 - Ambiente interno da edificação: (a) enfermaria; (b) posto de enfermagem, (c, d) corredores

Fonte: Acervo do autor

Entretanto, é importante ressaltar que em alguns pontos isolados da edificação,

há a presença de divisórias leves, sendo estas constituídas de material PVC, que

por sua vez não apresenta característica tão resistente ao fogo, ao contrário do

restante da edificação, necessitando neste caso de um cuidado redobrado.

(c)

(a) (b)

(c) (d)

Page 26: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

3 PRINCÍPIOS GERAIS DE INCÊNDIO E EXTINTORES PORTÁTEIS

3.1 Histórico do Fogo

Segundo Coelho (2002 apud Barroso, 2009, p.06) o fogo existe desde o

princípio da terra, passando a coexistir com o homem desde o seu aparecimento. No

início, o fogo foi utilizado basicamente como fonte de iluminação, aquecimento das

cavernas e para cozimento de alimento do homem selvagem. Presume-se que os

primeiros contatos dos primitivos com o fogo ocorreram de forma natural, através

dos raios que atingiam a terra e provocavam incêndios florestais, mais adiante,

passou a ser obtido intencionalmente através do atrito entre as pedras.

Ressalta-se que são muitas as vantagens ofertadas por esta fonte de energia,

entretanto, não se pode omitir a preocupação que há com esse elemento em estado

descontrolado, transformando-se em um dos mais atrozes inimigos do ser humano.

Para Brentano (2007), alguns estudiosos ressaltaram a importância do fogo,

são exemplos relevantes: os estudos dos elementos naturais do planeta de

Arquimedes, e a descoberta das bases científicas do fogo, de Antoine Lawrence

Lavoisier. É graças a esses estudos imutáveis até os dias atuais, que foi possível o

surgimento de novas técnicas no campo da Prevenção e Combate a Incêndio.

3.2 Definição de Fogo e Incêndio

De acordo com Araújo (2008, p.08): “o fogo acontece de maneira controlada,

isto é, o homem possui plenamente o seu domínio, objetivando normalmente o seu

próprio benefício. Já o incêndio tem sua ocorrência fora do controle, podendo deixar

prejuízos materiais e humanos incalculáveis”.

Conforme Zarzuella (s.d apud PEREIRA, 2006, p. 24): “fogo é qualquer reação

química que envolve a presença de um combustível e de um comburente com

liberação de energia térmica e luminosa representada pelo fenômeno de

incandescência ou chama”.

Mas fogo e incêndio apresentam a mesma definição linguística sob o ponto de

vista químico: são definidos como uma reação química exotérmica que liberam

energia. Esta reação é denominada de combustão, e envolve a oxidação rápida de

um combustível resultando em subprodutos como a fumaça, os gases e o calor.

(ARAÚJO, 2008, p.08).

Page 27: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

3.3 Processo Químico do Fogo

3.3.1 Triângulo do fogo

Por esta definição são necessários três elementos para o surgimento da

chama: comburente, combustível e calor, conforme mostra a Figura 05.

Figura 05: Triângulo do fogo

Fonte: Araújo (2008)

3.3.1.1 Comburente

Segundo Pereira (2006) comburente é o elemento químico que se combina

com o combustível, possibilitando vida às chamas e intensidade a combustão. O

comburente mais comum é o oxigênio, cuja composição percentual no ar seco, é de

aproximadamente 20,99%. A quantidade de oxigênio determinará o ritmo da

combustão, sendo plena na concentração de 21% e não existindo inferior aos 4%.

Tabela 04

Diferentes porcentagens do oxigênio

Ar Atmosférico 21% Normal

Respiração do ser humano 21% Normal

16% Mínimo

Combustão 14% Mínimo para chamas

04% Mínimo para brasas

Fonte: Adaptado do Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro – CBM/RJ (2008)

3.3.1.2 Combustível

Para Araújo (2008) combustível é qualquer substância capaz de produzir calor

através da reação química, servindo como campo de propagação do fogo. Podem

ser sólidos, líquidos e gasosos, conforme mostra a Tabela 05 e a Figura 06.

Page 28: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

Tabela 05

Exemplos de combustíveis sólidos, líquidos e gasosos

Sólidos Ex: Madeira, Papel, Tecido, etc.

Líquidos Ex: Gasolina, Álcool Etílico, Acetona, etc.

Gasosos Ex: GLP, Hidrogênio, Acetileno, etc.

Fonte: Adaptado do Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro – CBM/RJ (2008)

Figura 06 - Materiais combustíveis: (a) madeira em combustão; (b) gasolina,

(c) gás de cozinha

Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro – CBM/RJ (2008)

3.3.1.3 Calor

De acordo com a IT n° 02 do CBPM/SP (2011) o calor é uma forma de energia,

denominada de energia térmica, que passa de um sistema para outro (condução,

convecção e irradiação) em decorrência de uma desigualdade de temperatura, até

que se atinja um equilíbrio térmico. É semelhante ao trabalho, pois se manifesta

apenas em processo de transformação. Causa efeitos químicos e físicos nos corpos

e reações fisiológicas nos seres vivos, como por exemplo: aumento/diminuição da

temperatura, mudança de estado e etc.

3.3.2 Tetraedro do fogo

Conforme Pereira (2006) as abordagens mais modernas tratam o fogo como

uma reação de oxidação, que ocorre no princípio do Tetraedro do Fogo, ou seja,

além dos três elementos citados acima, surge um quarto elemento denominado de

reação química em cadeia. Esta reação ocorre quando simultaneamente os três

primeiros elementos se encontram em condições favoráveis e misturados em

quantidades ideais, proporcionando assim a reação em cadeia e consequentemente

o surgimento do fogo, conforme mostra a Figura 07.

(a) (b) (c)

Page 29: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

A reação em cadeia torna a queima auto-sustentável. O calor irradiado das

chamas atinge o combustível e este passa a ser decomposto em partículas

menores, que se combina com o oxigênio e queimam, irradiando outra vez

calor para o combustível, formando um ciclo constante. (ARAÚJO, 2008,

p.09).

Figura 07: Tetraedros do fogo

Fonte: Corpo de Bombeiros da Polícia Militar de São Paulo – CBPM/SP (2011)

3.4 Classes de Incêndio

Segundo a NBR 12693 (1993), as classes de incêndio são consequências das

diversas composições químicas dos materiais combustíveis. Os materiais queimam

de acordo com suas características químicas, exigindo dessa forma diversos

métodos de extinção do fogo. No objetivo de facilitar a identificação do tipo de fogo a

combater, convencionou-se então dividir os incêndios em quatro classes, a saber:

classes A, B, C e D.

3.4.1 Incêndio classe A

É o incêndio que ocorre nos materiais combustíveis de características sólidas,

queimam tanto na superfície quanto em profundidade e geram resíduos. Conforme

ilustra a Figura 08, são exemplos dessa classe: madeira, papel, tecido e etc.

Figura 08: Classe de incêndio A e seus respectivos materiais combustíveis

Fonte: Araújo (2008)

Page 30: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

3.4.2 Incêndio classe B

Ocorre em materiais combustíveis de características líquidas e inflamáveis.

Não queimam em profundidade, apenas na superfície e, não deixam resíduos. De

acordo com a Figura 09, são exemplos: gasolina, álcool, graxa, querosene e etc.

Figura 09: Classe de incêndio B e seus respectivos materiais combustíveis

Fonte: Araújo (2008)

3.4.3 Incêndio classe C

É o fogo gerado em materiais elétricos energizados, isto é, conectados à

corrente elétrica. Conforme mostra a Figura 10, são exemplos dessa classe: fiação

elétrica, máquinas, transformadores, lâmpadas e outros.

Figura 10: Classe de incêndio C e seus respectivos materiais combustíveis

Fonte: Araújo (2008)

3.4.4 Incêndio classe D

É o incêndio desencadeado nos metais pirofóricos, também conhecidos de

ligas metálicas. De acordo com a Figura 11, são exemplos dessa classe: magnésio,

potássio, alumínio em pó, zinco e etc.

Figura 11: Classe de incêndio D e seus respectivos materiais combustíveis

Fonte: Araújo (2008)

Page 31: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

3.5 Causas de Incêndio

Para Seito (2001) é de extrema importância que se conheça as origens dos

incêndios, seja para fins legais, estatísticos ou de precaução. As causas existentes

podem ser de procedências naturais e artificiais, esta última dividi-se em acidental

ou proposital. Fogos de artifícios, brincadeiras de criança, pontas de cigarro,

instalações elétricas inadequadas, iluminação à chama aberta sobre imóveis, dentre

outros, são as principais causas para o surgimento de um foco de incêndio.

3.5.1 Causas naturais

Quando o incêndio ocorre mediante as interferências dos agentes naturais, ou

seja, os fenômenos da natureza provocam o surgimento das chamas através de

raios, neste caso não há intervenção humana.

3.5.2 Causas artificiais

Diferentemente da classe anterior, os incêndios artificiais são provocados a

partir das atitudes humanas, podendo ser do tipo acidental e proposital.

3.5.2.1 Acidentais

São aqueles que se desencadeiam de atitudes humanas, muito embora não

haja a intenção de provocá-lo.

3.5.2.2 Propositais

Quando o incêndio surge das ações criminosas de certos indivíduos, isto é,

pessoas praticam atitudes de má fé no intuito de provocarem tais sinistros.

3.6 Fases de um Incêndio

De acordo com Pereira (2006) a probabilidade de um princípio de incêndio

evoluir ou se extinguir, gira em torno de alguns aspectos determinantes:

Quanto aos materiais combustíveis: deve se observar a quantidade, volume e

espaçamento;

Quanto às características do local: deve-se atentar para, a velocidade e

direção do vento, tipo e dimensão do local (aberto, fechado, pé direito, dimensão,

materiais de acabamento e demais);

Nos edifícios ou construções contendo incêndio confinado, o fogo atravessará

três etapas distintas: fase inicial, fase de queima livre e fase de combustão lenta.

Page 32: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

3.6.1 Fase inicial

A fase inicial acontece quando é atingido o ponto de combustão inicial do

material combustível, apesar de não haver riscos grandes, é essencial uma ação

rápida e eficaz de combate para evitar a propagação do foco, salvo que,

dependendo do material em chama, podem surgir além da fumaça, gases nocivos,

sendo os primeiros minutos cruciais para o controle do sinistro.

3.6.2 Fase de queima livre

É a fase de grande extensão, consiste desde a fase inicial até a fase da queima

lenta, necessitando de combate por profissionais e, os prejuízos ocasionados podem

alcançar níveis catastróficos.

3.6.3 Fase de queima lenta

Nessa fase, a porcentagem de oxigênio no recinto encontra-se em quantidade

reduzida, a combustão por sua vez já não emite praticamente nenhuma chama.

3.7 Proporções de um Incêndio

Conforme o CBPM/SP (2011) com analogia à intensidade que um determinado

incêndio pode alcançar, temos os exemplos abaixo:

3.7.1 Incêndio incipiente

O princípio de incêndio expressa pouca magnitude, para sua extinção é

necessário apenas à utilização de um ou mais extintores portáteis.

3.7.2 Pequeno incêndio

O pequeno incêndio prevê para sua contenção o emprego de materiais

adequados e pessoal especializado. Se forem supridas essas necessidades haverá

facilidade em sua extinção.

3.7.3 Médio incêndio

A área atingida por um médio incêndio sofrerá alguns danos e, necessitará do

uso de meios e materiais equivalentes a um socorro básico de incêndio.

3.7.4 Grande incêndio

Neste evento há uma propagação bastante acelerada do fogo, carecendo da

ação efetiva de mais de um socorro básico para sua extinção.

Page 33: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

3.7.5 Incêndio extraordinário

São incêndios de alta complexidade, abrangendo em alguns casos quarteirões

inteiros, são oriundos de abalos sísmicos, vulcões e análogos. Sua extinção requer a

mobilização de vários grupos de bombeiros e, até mesmo de agentes da Defesa

Civil.

3.8 Métodos de Extinção do Fogo

Segundo Pereira (2006) e, analisando as definições expostas anteriormente

sobre o processo químico do fogo, sabe-se que a sua existência depende da união

dos elementos que o constituem (combustível, comburente, calor e reação em

cadeia) em proporções definidas. Tais conhecimentos nos remete a conclusão de

que para o extinguirmos é necessário eliminarmos um de seus componentes e,

consequentemente rompermos o tetraedro do fogo. Para isso, existem alguns

métodos básicos, a saber: Isolamento ou retirada do material, Resfriamento,

Abafamento e Extinção química.

3.8.1 Extinção por retirada do material combustível – isolamento

O método do isolamento consiste em: retirar, diminuir ou cessar o material

combustível que ainda não foi absorvido pelo fogo, neste caso, o elemento a ser

excluído do tetraedro do fogo é o combustível, conforme mostra a Figura 12.

Figura 12: Método do isolamento: (a) retirando-se o material combustível, (b) rompendo o tetraedro do fogo

Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro – CBM/RJ (2008)

3.8.2 Extinção por retirada do calor - resfriamento

A técnica do resfriamento corresponde ao procedimento de extinção pela qual

se elimina da reação química o calor do material combustível, ou seja, redução da

temperatura, conforme nos mostra a Figura 13. Normalmente este método é

realizado com a presença da água como agente extintor e, empregado em incêndios

da classe “A”.

(a) (b)

Page 34: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

Figura 13: Método do resfriamento: (a) retirada de calor, (b) rompendo o tetraedro do fogo

Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro – CBM/RJ (2008)

3.8.3 Extinção por retirada do comburente - abafamento

O abafamento gira em função da diminuição da porcentagem de comburente,

pois com a redução do oxigênio a níveis inferiores a 14%, condição mínima para que

haja chama, não haverá comburente em quantidade suficiente para reagir com o

combustível, logo não haverá fogo. De acordo com a Figura 14, o abafamento ocorre

através da cobertura total do corpo em chamas, isolamento total do recinto, ou

ainda, utilizando-se de substâncias não combustíveis (areia, pedra e etc.). Esta

prática destina-se principalmente para os incêndios de classe “B” e “C”.

Figura 14: Método do abafamento: (a) abafando o material, (b) rompendo do tetraedro do fogo

Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro – CBM/RJ (2008)

3.8.4 Extinção por evitar a reação química em cadeia

Consiste em determinados elementos químicos que lançados ao fogo cessam

a reação química em cadeia, pois suas moléculas se difundem pela ação do calor,

combinando-se com a mistura inflamável, formando outra mistura não inflamável.

3.9 Agentes Extintores de Incêndio

Para o CBPM/SP (2011) agentes extintores são as substâncias sólidas,

liquidas e gasosas empregadas na extinção de focos de incêndio, atuando em algum

dos componentes do tetraedro do fogo, através dos métodos de extinção

(isolamento, resfriamento, abafamento e extinção em cadeia) já citados neste

trabalho. Devem existir cuidados quanto à utilização desses agentes, os mesmos

(a) (b)

(a) (b)

Page 35: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

devem ser aplicados criteriosamente conforme a classe de incêndio, caso contrário

poderá acontecer consequências graves. Os agentes extintores que serão

abordados a seguir são os mais comuns, utilizados em extintores portáteis.

3.9.1 Água

A água é o agente extintor em maior abundância na natureza, seu principal

método de extinção é o resfriamento, pois absorve grande quantidade de calor,

normalmente é aplicada nos incêndios classe A. Desempenha ainda a função de

abafamento, pois seu volume aumenta em 1700 vezes na mudança de estado

(liquida para vapor). Conforme mostra a Figura 15, os métodos de aplicação são:

jato neblinado, jato pleno, jato chuveiro e vapor de água.

Em razão de suas características químicas, não pode ser utilizada nos

incêndios do tipo classe C, pois é altamente condutora de corrente elétrica, podendo

ocasionar um risco muito mais elevado do que o próprio incêndio, que é o choque

elétrico. Na classe B não pode ser lançada sob a forma de jato pleno, podendo

transformar um pequeno foco de chama em um incêndio de grandes proporções,

neste caso só poderá ser aplicada sob a forma de neblina ou vapor.

Figura 15: Jatos d’água

Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro – CBM/RJ (2008)

3.9.2 Espuma

A espuma é uma solução aquosa de baixa densidade e de forma contínua,

constituída de um aglomerado de ar ou de gás inerte. Age principalmente por

abafamento, atuando também pelo resfriamento em face da presença de água em

sua composição. Esta substância não pode ser lançada nos incêndios provenientes

da classe C, em virtude do teor de água em sua composição, destinando-se

normalmente a combater o fogo da classe A e B.

Page 36: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

3.9.2.1 Espuma química

Como o próprio nome já faz referência é obtido de uma reação química

envolvendo uma solução composta de água, bicarbonato de sódio, sulfato de

alumínio e um agente estabilizador da espuma. Obs.: Este agente está entrando em

extinção no mercado, em razão da existência de problemas técnicos.

3.9.2.2 Espuma mecânica

A espuma mecânica é adquirida por um processo de batimento que envolve a

presença de água, pequena taxa de agente espumante e entrada forçada de ar, em

seguida é submetida a uma turbulência que aumenta seu volume de 10 a 100 vezes

formando a espuma, que pode ser de baixa, média ou alta expansão.

3.9.3 Pó químico seco (PQS)

Os PQS são conteúdos compostos basicamente de bicarbonato de sódio,

bicarbonato de potássio ou cloreto de potássio, que pulverizados formam uma

nuvem de pó sobre o fogo, agindo pelo processo de quebra de reação em cadeia e

abafamento. Recebem tratamento anti-higroscópico para não se solidificar no interior

do aparelho extintor. Não conduzem eletricidade e nem são tóxicos, contudo, sua

inalação em excesso provoca asfixia. Os PQS tratados abaixo são denominados

mediante a classe de incêndio a que se destinam.

3.9.3.1 Pó ABC

É constituído de fosfato de amônio ou fosfatomoamônico, recebem a

denominação de polivalente ou triclássico, atuando nas três classes de incêndio (A,

B e C).

3.9.3.2 Pó BC

São constituídos de bicarbonato de sódio ou potássio, são utilizados para

incêndios B e C.

3.9.3.3 Pó D

Também denominados de Pós Químicos Especiais são empregado para o

combate a incêndios que envolvem metais pirofóricos, possuem uma composição

especial e variada, pois cada metal terá um agente específico. Basicamente são

formados por grafita, cloretos e carbonetos.

Page 37: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

3.9.4 Gás carbônico (CO2)

O dióxido de carbono é um agente mais denso do que o ar, é um gás

incombustível, incolor e sem cheiro, não é tóxico, todavia, sua inalação em excesso

provoca asfixia. Não é condutor de corrente elétrica e se de dissipa rapidamente em

recintos abertos sem gerar resíduos. É destinado principalmente às classes B e C

pelo fato de atuar pelo princípio do abafamento, sendo assim, na classe A não é tão

efetivo em virtude de extinguir o fogo somente na superfície. Ressalta-se que

oferece risco ao operador, em virtude de atingir alta temperatura no ato de sua

liberação para a atmosfera.

3.9.5 Compostos halogenados

Os compostos halogenados extinguem o fogo pela quebra da reação em

cadeia e por abafamento. Idêntico ao dióxido de carbono dissipa-se ligeiramente em

ambientes abertos, entretanto, foram extintos do mercado, pois acarretam danos à

camada de ozônio, em virtude dos elementos que o compõe (flúor, cloro, bromo e

iodo).

Figura 16: Agente extintor conforme a classe de incêndio

Fonte: Ferreira (2010)

3.10 Extintores Portáteis

De acordo com NBR 12693 (1993) o extintor portátil é aquele que possui

massa total de até 245N, não podendo ultrapassar 20 kg. É um aparelho de

Page 38: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

acionamento manual, constituído de recipiente e acessório contendo o agente

extintor destinado a princípios de incêndio, entretanto, sua eficácia só será

alcançada mediante ao cumprimento de algumas condicionantes necessárias, como

por exemplo: o fácil acesso, ótimo serviço de manutenção, fabricação de acordo

com as normas da ABNT, pessoal habilitado para manuseá-lo, dimensionamento de

acordo com o risco e etc.

Araújo (2008) afirma que esses equipamentos dispõem de uma grande

vantagem que é a facilidade de manuseio, podendo ser utilizados por homens e

mulheres, todavia, não se pode esquecer que apesar de serem fáceis de manusear,

é necessário um treinamento básico. Outra característica positiva desses

equipamentos é referente ao curto intervalo de tempo gasto nos preparativos para

sua utilização, não diminuindo dessa maneira sua eficácia em razão da propagação

do incêndio.

Quanto à nomenclatura esses equipamentos recebem o nome do agente

extintor que transportam. Ex: extintores de água, extintores de CO2, extintores de

espuma, entre outros.

Com analogia ao tamanho dos extintores portáteis, a NBR 12693 (1993)

menciona que os mesmos apresentam-se no mercado com diferentes tamanhos,

conforme mostra a Tabela 06.

Tabela 06

Carga nominal dos extintores portáteis

Agente extintor Carga

Água 10 L

Espuma química 10 L e 20 L

Espuma mecânica 9 L

Gás carbônico 4,0 kg e 6,0 kg

Pó químico 1,0 kg ; 2,0 kg ; 4,0 kg ; 6,0kg ; 8,0 kg e

12,0 kg

Fonte: Adaptado da NBR 12693 (1993) – Sistema de proteção por extintores de incêndio

Page 39: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

Conforme a IT n° 02 do CBPM/SP (2011) todos os estabelecimentos mesmo

aqueles dotados de chuveiros automáticos e hidrantes, deverão dispor de extintores

portáteis a fim de combater o fogo em seu início, isto é, estes equipamentos não

podem ser considerados substitutos de sistemas mais complexos, e sim como

suporte a estes sistemas. No entanto, não se pode esquecer que em todos os

casos, os empreendimentos só devem utilizar os aparelhos extintores que atendam

as especificações do INMETRO.

Os extintores portáteis possuem um rótulo de acordo com o sistema

internacional de identificação, onde constarão todas as classes de fogo para as

quais é indicado, cada classe de incêndio contará com um ou mais extintores

apropriados.

Segundo nos mostra a Figura 17 os elementos básicos que fazem parte da

composição de um extintor portátil são:

Figura 17: Componentes básicos de um extintor

Fonte: Sousa (2005)

3.11 Capacidade Extintora

Para a NBR 12693 (1993) a capacidade extintora é a medida do poder de

extinção de fogo de um extintor, ou seja, define o tamanho do fogo e a classe de

incêndio que o extintor deve combater. Essa informação deve constar

obrigatoriamente no rótulo do próprio aparelho.

De acordo com a NBR 9443 (1992) os testes de capacidade extintora para a

classe A são realizados em engradados de madeira sob condições laboratoriais,

mediante as instruções da norma citada conforme ilustra a Figura 18.

Page 40: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

Figura 18: Teste de capacidade extintora para classe A

Fonte: Sousa (2005)

Os testes de capacidade extintora para a classe B são realizados em cubas

quadradas, sob condições laboratoriais, contendo n-heptano, seguindo as

recomendações da NBR 9444 (2006), conforme mostra a Figura 19.

Figura 19: Teste de capacidade extintora para classe B: (a) 5B e 10B, (b) 20B e 40B, (c) 80B;

120B e 160B

(a)

(b)

(a)

Page 41: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

Fonte: Sousa (2005)

(b)

(c)

Page 42: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

Para melhor entender o siginificado de capacidade extintora, analisemos a

seguinte situação: quando se diz que um extintor de incêndio possui capacidade

extintora de 4-A:80-BC, significa afirmar que este aparelho é capaz de extinguir um

fogo da classe A, cujo tamanho é de 4A, um fogo da classe B, cujo tamanho é de

80B, além de ser adequado para fogo classe C.

A Tabela 07 traz a capacidade extintora mínima de cada tipo de extintor

portátil, para que se constitua uma unidade extintora:

Tabela 07

Capacidade extintora mínima dos extintores portáteis

Tipo de Extintor Capacidade Extintora

Mínima

Carga d’água 2-A

Dióxido de Carbono (CO2) 5-B:C

Espuma Mecânica 2-A : 10-B

Pó ABC 2-A : 20-B:C

Pó BC 20-B:C

Compostos Halogenados 5-B:C

Fonte: Adaptado da IT n° 021 – CBPM/SP (2011)

3.12 Tipos de Extintores Portáteis

3.12.1 Extintor de água

Conforme Araújo (2008) os extintores do tipo água, são empregados nos focos

de incêndio que envolve materiais combustíveis da classe A, não podendo ser

utilizados nos incêndios da classe C, pois pode acarretar choque elétrico e danos

aos equipamentos. Atuam por resfriamento, tornando a temperatura do material

incendiado inferior ao ponto de ignição, dispõe de um recipiente com capacidade

para 10 litros e se subdivide em: extintor de água pressurizada e água a gás.

3.12.1.1 Extintor de água pressurizada – AP

Este extintor contém em seu recipiente água pressurizada e gás mantidos sob

pressão o tempo inteiro, essa pressão que pode ser de ar comprimido ou dióxido de

carbono é controlada a partir de um manômetro. O aparelho é operado mediante a

retirada do pino de segurança e acionamento da válvula, sendo o jato guiado por

mangueira nele contida. Quando acionado o gatilho a água sob pressão é expelida

Page 43: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

resfriando o material em combustão, tornando a temperatura inferior ao ponto de

ignição.

Figura 20: Extintor de água pressurizada: (a) dados técnicos, (b) imagem do aparelho

Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro – CBM/RJ (2008)

3.12.1.2 Extintor de água a gás – AG

Também conhecido como extintor de Água de Pressão Injetada ou de Extintor

de Água a Pressurizar. Possui um pequeno cilindro contendo um gás propelente,

que normalmente é o dióxido de carbono, cuja válvula deve ser aberta no ato de sua

utilização, no objetivo de pressurizar o recipiente que contém o agente extintor,

proporcionando o seu funcionamento.

Figura 21: Extintor de água a gás: (a) dados técnicos, (b) imagem do aparelho

Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro – CBM/RJ (2008)

3.12.2 Extintor de Gás carbônico (CO2)

O extintor de Gás carbônico é indicado principalmente para a classe C, porém,

pode ser usado na classe B. Seu vasilhame contém dióxido de carbono, que recobre

(a) (b)

(a) (b)

Page 44: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

o fogo em forma de uma camada gasosa, isolando o oxigênio, atuando dessa forma

pelo método do abafamento. A cada 06 meses deverão ser verificados o peso do

gás, caso o peso tenha caído cerca de 10%, o aparelho deverá ser recarregado

imediatamente.

Figura 22: Extintor de gás carbônico: (a) dados técnicos, (b) imagem do aparelho

Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro – CBM/RJ (2008)

3.12.3 Extintor de espuma química

Segundo o CBM/RJ (2008) o extintor de espuma química possui um gás

propelente (CO2) resultante da reação química envolvendo soluções aquosas de

sulfato de alumínio e bicarbonato de sódio. Devem ser usados em princípios de

incêndio provenientes da classe A e B. Este aparelho começou a ficar em desuso

desde 1990.

Figura 23: Extintor de espuma química: (a) dados técnicos, (b) imagem do aparelho

Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro – CBM/RJ (2008)

(a) (b)

(a) (b)

Page 45: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

3.12.4 Extintor de espuma mecânica a gás - EG

Também chamado de extintor de Espuma Mecânica a Pressurizar, possui as

mesmas características do Pressurizado, contudo, mantém uma ampola externa

para a pressurização no momento do uso.

3.12.5 Extintor de espuma mecânica pressurizada – EP

Para Brentano (2007) a espuma é gerada pelo batimento da água com o

líquido gerador de espuma e ar, essa mistura está sob pressão, sendo expelida ao

acionamento do gatilho, é aplicado nos incêndios das classes A e B.

Figura 24: Extintor de espuma mecânica: (a) dados técnicos, (b) imagem do aparelho

Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro – CBM/RJ (2008)

3.12.6 Extintor de Pó químico a pressurizar

Similar aos extintores de água a gás e espuma mecânica a gás, esses

extintores possuem uma ampola de gás para a pressurização no instante do uso.

Figura 25: Extintor de PQS a pressurizar: (a) dados técnicos, (b) imagem do aparelho

Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro – CBM/RJ (2008)

(a) (b)

(a) (b)

Page 46: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

3.12.7 Extintor de Pó químico pressurizado

Nesse extintor o gás encontra-se pressurizado dentro do recipiente. Composto

de uma única peça, onde o pó é pressurizado com a presença de CO2 ou Nitrogênio,

possui um manômetro para controlar a pressão interna. Os procedimentos

necessários para sua operação são idênticos ao do extintor de água pressurizada.

Figura 26: Extintor de PQS pressurizado: (a) dados técnicos, (b) imagem do aparelho

Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro – CBM/RJ (2008)

3.12.8 Extintor de Pó químico – ABC

Este extintor é considerado o mais moderno no mercado, pois atende a três

classes de incêndio distintas. Com ele o operador não precisa identificar a classe de

incêndio antes de seu uso. É capaz de apagar chamas de 2m em combustíveis

sólidos e de até 4m em líquidos inflamáveis. O pó ABC não é nocivo à saúde, após a

sua utilização recomenda-se apenas ventilar o local e as áreas atingidas.

3.12.9 Extintor de Pó químico especial (classe D)

Os extintores de pó químico especial são recomendados para incêndios em

metais combustíveis (magnésio, alumínio, zinco, sódio e etc.). Sua operação é

semelhante à de um extintor de pó químico normal, pois a única diferença está na

composição química do agente extintor.

3.12.10 Extintor de compostos halogenados

De acordo com Araújo (2008) estes extintores já foram bastante utilizados,

principalmente em ambientes de informática, devido à alta eficiência de sua ação

extintora. Contudo, descobriu-se que possuem alto poder de destruição da camada

de ozônio, motivo pelo qual foram gradativamente extintos do mercado desde 1988.

(a) (b)

Page 47: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

3.13 Quantidade de Extintores Portáteis

Conforme Pereira (2006) a quantidade e o tipo de extintores por

estabelecimento, conforme mostra a Tabela 08, devem ser dimensionados para

cada ocupação em função de alguns aspectos: área a ser protegida, distância a ser

percorrida para alcançar o extintor e os riscos a proteger. A quantidade de extintores

é determinada pelas condições estabelecidas para uma unidade extintora.1

Tabela 08

Critérios para dimensionamento dos extintores portáteis

Área Coberta para

Unidade de

Extintores

Risco de

Fogo

Classe de Ocupação

Seguro Tarifa de incêndio

do Brasil – IRB

Distância Máxima a

ser Percorrida

500m² Pequeno A – 01 e 02 25m

250m² Médio B – 02 a 06 20m

150m² Grande C – 07 a 13 15m

Fonte: Pereira (2006)

Analisando a tabela acima chega-se a conclusão de que para alcançar o

número de unidades extintoras necessárias, deve-se verificar o risco a proteger e,

dividir a área total a ser protegida pela área coberta de uma unidade extintora,

encontrando o número de unidades extintoras, utiliza-se a Tabela 09 para encontrar

a quantidade e a capacidade de cada aparelho extintor.

Tabela 09

Número de extintores que compõem uma unidade extintora

Fonte: Araújo (2008)

1 Unidade extintora se refere à capacidade mínima que deve conter os aparelhos para que possam

proteger determinada área. Conforme a hipótese, uma unidade extintora poderá ser composta de um ou mais aparelhos extintores. (PEREIRA, 2006, p.121)

Page 48: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

Segundo a Instrução Técnica n° 21 – CBPM/SP (2011) deverão ser previstos

no mínimo duas unidades extintoras, sendo uma para incêndio da classe A e outra

para incêndio das classes B e C. É permitida a instalação de duas unidades

extintoras iguais de Pó ABC com capacidade extintora de no mínimo 2-A:20-B:C e, a

instalação de uma única unidade extintora de Pó ABC em edificações com área

construída inferior a 50m². Entretanto, para que fique de fato definida a quantidade

de aparelhos extintores que devem existir em cada estabelecimento, deve-se

verificar cada caso concreto.

3.14 Localização e Sinalização de Extintores

A localização e sinalização dos extintores portáteis devem atender aos

requisitos da NBR 13434-2 - Sinalização de segurança contra incêndio e pânico -

Parte 2: Símbolos e suas formas, dimensões e cores (2004) e Instrução Técnica n°

21- CBPM/SP (2011).

Para o CBPM/SP os extintores portáteis quando localizados em paredes,

devem ser instalados de tal maneira que sua parte superior não exceda 1,60m do

piso acabado e, que a parte inferior do extintor permaneça no mínimo a 0,10m deste

mesmo piso. Há permissão para a instalação de extintores sobre o piso acabado,

desde que estejam posicionados sobre suportes adequados e posicionados a uma

altura variando entre 0,10m e 0,20m. Os extintores que ficarem expostos a

intempéries deverão ficar guardados em armários ou cabines especiais.

Os extintores devem estar posicionados em locais de fácil visualização e fácil

acesso, onde exista baixa probabilidade do fogo bloquear seu acesso. Não devem

ser instalados nas paredes das escadas, devendo estar sempre desobstruído,

permanecer sinalizado de acordo com as normas e, localizados no máximo a 5m da

porta de acesso do ambiente.

De acordo com Pereira (2006) à sinalização dos locais que receberão os

extintores, deverá ser feita por círculos vermelhos ou seta em vermelho com bordas

amarelas, conforme mostra a Figura 27. Em baixo dos extintores deverá existir uma

larga área do piso, que possua no mínimo, 1m x 1m, pintada na cor vermelho, que

não poderá ser obstruída de maneira alguma, além de ser exigido pelo menos um

corredor de acesso livre. Quando posicionados em pilares deverá ser sinalizadas

todas as faces do pilar.

Page 49: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

Figura 27: Detalhes da fixação e sinalização de um extintor portátil: (a) fixação, (b) sinalização

Fonte: Cartilha de Orientações Básicas - CBPM/SP (2011)

3.15 Inspeção dos Extintores Portáteis

Conforme Pereira (2006) é imprescindível a constante manutenção e inspeção

nos aparelhos extintores para que haja eficiência e eficácia no uso desses

equipamentos. As inspeções devem ser realizadas periodicamente e feitas por

pessoal plenamente capacitado. No ato da vistoria os equipamentos devem

apresentar condições favoráveis de uso, como por exemplo, lacre intacto, pressão

ideal e possuírem selo de conformidade concedida pelo Inmetro, onde constará a

última data de recarga, data prevista para a próxima e o número de identificação.

Tabela 10 Ficha de controle de inspeção dos extintores

Fonte: Ferreira (2010)

(a) (b)

Page 50: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

3.16 Manutenção dos Extintores Portáteis

Araújo (2008) afirma que o procedimento de manutenção deve ser efetuado no

extintor de incêndio com a finalidade de manter as condições originais de uso, após

sua utilização ou por solicitação dos profissionais responsáveis pela inspeção. O

processo de manutenção envolve a verificação de diversos critérios, tais como:

descarga, desmontagem, reparos, substituições de peças danificadas, testes

hidrostáticos e etc. Basicamente existem três categorias de manutenção a saber:

3.16.1 Manutenção de primeiro nível

Esta manutenção ocorre em simultaneidade com a inspeção, portanto, não é

necessário remover o extintor para uma oficina especializada, apenas é feita uma

manutenção no próprio local de permanência do aparelho por uma equipe

especializada.

Segundo Brentano (2007) a frequência desse tipo de manutenção é de seis

meses, para os extintores com carga de gás carbônico e, de doze meses para os

demais extintores, entretanto, dependendo das condições do extintor, o usuário

poderá solicitar uma redução de tempo para a próxima manutenção.

3.16.2 Manutenção de segundo nível

A manutenção de segundo nível consiste na execução de serviços com a

presença de equipamentos sofisticados, local apropriado e pessoal habilitado.

3.16.3 Manutenção de terceiro nível

Também chamada de vistoria, a manutenção de terceiro nível é a mais

avançada dentre todas, pois é um processo de revisão total do extintor, nessa fase

são realizados os ensaios hidrostáticos.

3.17 Recarga dos Extintores Portáteis

Para o CBM/RJ (2008) os extintores devem ser recarregados mediante as

seguintes ocasiões: após o uso em princípios de incêndio, quando tiverem o lacre de

segurança rompido (mesmo que acidentalmente) ou ainda quando completarem um

ano da recarga anterior, mesmo que não tenham sido utilizados. Durante a recarga

não é permitida a substituição do agente extintor e nem alterações nas pressões e

quantidades estabelecidas pelo fabricante. O agente extintor usado em uma recarga

deve atender as certificações das normas existentes.

Page 51: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

3.18 Utilização dos Extintores Portáteis

De acordo com o CBM/RJ (2008) os extintores possuem operações de manejo

semelhantes. Os procedimentos gerais em relação ao manuseio dos aparelhos

extintores são: identificar a classe de incêndio; retirar o extintor adequado de seu

suporte; romper o lacre e retirar o pino de segurança; testar o extintor acionando o

gatilho e deslocar-se para o local do sinistro; observar a direção do vento, uma vez

que o extintor deve ser usado a favor do vento e finalmente apontar o esguicho ou

difusor para o foco e acionar o gatilho, dirigindo o jato à base do fogo, considerando

a distância de aproximadamente 01 metro.

Figura 28: Procedimentos necessários para utilização de um extintor: (a) rompimento do lacre, (b) testando o extintor, (c) lançando o agente extintor sobre as chamas

Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro – CBM/RJ (2008)

(a) (b) (c)

Page 52: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

4 ESTUDO DE CASO EM UMA EDIFICAÇÃO DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE

PINDARÉ-MIRIM – MA: SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO POR

MEIO DE EXTINTORES PORTÁTEIS

O emprego de extintores portáteis como suporte aos sistemas de prevenção e

combate a incêndio, é um conceito que há bastante tempo foi adotado pelos órgãos

competentes do Brasil, entretanto, o que se observa na realidade é uma constante

negligência de diversas partes, como por exemplo, dos próprios órgãos

responsáveis pela fiscalização deste setor, expondo dessa forma a integridade física

das pessoas, o meio ambiente e o patrimônio, a situações de risco.

4.1 Exigências Mínimas de Segurança Contra Incêndio para a Edificação em

Análise

Conforme já mencionado, o prédio público em análise foi fundado no ano de

1947. Considerando-se a época em que esta edificação foi executada, nos

deparamos com uma série de contradições, se compararmos as técnicas de

construção empregadas antigamente com as tecnologias emergidas nos últimos

anos. Para tanto, de acordo com o Decreto Paulista 46.076 (2001 apud PEREIRA,

2006, p. 34) foi elaborada uma tabela de exigências mínimas de segurança contra

incêndio para as edificações existentes anterior a data de 11-03-1983, conforme

mostra a Tabela 11.

Tabela 11

Exigências mínimas de segurança contra incêndio para o objeto de estudo

Período de Existência da Edificação Área Construída > 750m²

Anterior a 11-03-1983

Saída de Emergência; Alarme de

incêndio; Iluminação de emergência;

Extintores Portáteis e Sobre Rodas;

Sinalização e Hidrantes.

Fonte: Adaptado de Pereira (2006)

Analisando a tabela acima, observa-se que a data em que esta edificação foi

executada (1947) é antecedente a data estipulada pelo decreto, 11-03-1983, dessa

maneira, esta edificação necessita comprovadamente da instalação de extintores

portáteis em seu sistema de prevenção e combate a incêndio, bem como sua

perfeita sinalização.

Page 53: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

4.2 Proteção por Extintores Portáteis Conforme a ABNT/NBR 12693 (1993)

Para averiguar se os extintores portáteis da edificação em questão encontram-

se em conformidade com as normas vigentes, utilizou-se a estratégia da revisão

bibliográfica e da observação direta.

Para a NBR 12693 (1993) um sistema de proteção por intermédio de extintores

portáteis deve ser projetado considerando-se os seguintes pontos:

4.2.1 A classe de risco a ser protegida e respectiva área

Com relação a este critério da NBR 12693 (1993), foi consultada a IT n° 014 –

CBPM/SP (2011), bem como a Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil – T.S.I.B. (1997),

e a NBR 9077 (2001), no objetivo de descrever a edificação quanto a estes dois

parâmetros.

Segundo a IT acima mencionada, a edificação de saúde em questão está

incluida no grupo das ocupações que apresentam carga de incêndio baixa, isto é,

300MJ/m², conforme mostra a Tabela 12.

Tabela 12

Classificação da edificação quanto a carga de incêndio específica por ocupação

Ocupação/Uso Descrição Divisão Carga de incêndio (MJ/m²)

Serviços de saúde Hospitais em geral H-1/H-3 300

Fonte: Adaptado do Anexo A da IT n° 014 – CBPM/SP (2011)

Quanto ao risco de Incêndio, as edificações são classificadas mediante a sua

classe de ocupação. Segundo as definições da T.S.I.B. (1997), existem 13 classes

de ocupação, e de acordo com a classe de ocupação que a edificação ocupa, esta é

classificada quanto ao risco de incêndio:

Classe de ocupação 01 e 02 – Risco classe “A” (risco pequeno)

Classe de ocupação 03 a 06 – Risco classe “B” (risco médio)

Classe de ocupação 07 a 13 – Risco classe “C” (risco grande)

Um estabelecimento de saúde como é o caso do nosso estudo, está

enquadrado na classe de ocupação n° 01, e consequentemente apresentando risco

de incêndio classe A, ou seja, um pequeno risco conforme mostra a Tabela 13.

Page 54: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

Tabela 13

Classificação da edificação quanto ao risco de incêndio

Ocupação Hospitais

Rubrica Hospitais

Código da rubrica 281

Ocupação de risco Hospitais

Ocupação 01

Risco de Incêndio A

Fonte: Adaptado da T.S.I.B (1997)

Interpretando a tabela acima, se torna evidente que ao avaliarmos apenas o

contexto geral, o objeto de estudo não apresenta um grande risco de incêndio,

contudo, em meio a essa ficticia situação confortável em que a edificação está

classificada com relação a este critério, é necessário ressaltar que analisando de

forma individual os diversos tipos de ambiente e seus respectivos materiais

localizados na parte interna do prédio, como por exemplo, farmácia, laboratório,

lavanderia, gerador de eletricidade, entre outros, logo se chega à conclusão de que

são locais e insumos que apresentam características de incêndio de classe média e

alta, tornando dessa maneira este recinto mais suscetível a um foco de incêndio.

Ainda com relação a classe de risco, o Corpo de Bombeiros Militar do

Maranhão - CBMMA (1997), considera que os hospitais são edificações cujo o risco

de incêndio é de intensidade média, com isso, trataremos a edificação apartir de

agora como sendo de médio risco de incêndio.

Com relação à área da edificação, este ambiente está no grupo das edificações

de grande porte, uma vez que possui dimensão em planta de 1568m², atendendo

assim, aos parâmetros dessa categoria, conforme ilustra a Tabela 14.

Tabela 14

Classificação da edificação quanto a dimensão em planta

Natureza do enfoque Código Classe da edificação Parâmetros de área

Quanto a área total

(St) (soma das áreas

da edificação)

V Edificações grandes 1500 m² ≤ St < 5000m²

Fonte: Adaptado da NBR 9077 (2001)

Page 55: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

4.2.2 Natureza do fogo a ser extinto

O segundo critério considerado no dimensionamento dos extintores portáteis

segundo a NBR 12693 (1993), é a classe de incêndio que se deseja combater.

Mediante as definições no capítulo 03 deste trabalho sobre as classes de

incêndio, sabe-se que para cada classe de incêndio haverá um ou mais extintores

portáteis apropriados.

Vistoriando o objeto de estudo, constatou-se que os materiais combustíveis

pertencentes ao ambiente, são das classes A, B e C, conforme mostra a Figura 29.

Classe A – Papel, Espuma, Tecido e etc.

Classe B – Álcool, Gás de Cozinha e etc.

Classe C – Computadores, Lâmpadas, Quadro de Distribuição, Gerador e etc.

Figura 29: Materiais combustíveis: (a) espuma, (b) gás, (c) gerador de eletricidade

Fonte: Acervo do autor

4.2.3 Agente extintor a ser utilizado

A NBR 12693 (1993) afirma que é importante se conhecer o agente extintor a

ser utilizado nos aparelhos extintores, isto é, os tipos de extintores a serem

empregados. As informações já contidas neste trabalho sobre os agentes extintores

nos remetem a identificar o agente extintor mediante a classe de incêndio.

De acordo com as classes de incêndio encontradas na edificação A, B e C e

adotando os requisitos das normas, os aparelhos extintores a serem instalados na

edificação devem conter os seguintes agentes extintores:

Carga d’água: Para os materiais da classe A (espuma, papéis, tecidos e etc).

Gás Carbônico: Para os materiais das Classes B e C (álcool, gás de cozinha,

computadores, gerador de eletricidade, lâmpadas e etc).

Pó Químico ABC: Para as três classes de incêndio supracitadas.

(a) (b) (c)

©

Page 56: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

4.2.4 Capacidade extintora

Com relação à capacidade extintora, esta deve ser dimensionada de acordo

com os riscos a proteger, ou seja, sabendo-se que a edificação apresenta risco

médio de incêndio e materiais combustíveis das classes A, B e C, o ideal é que este

ambiente disponha no mínimo de extintores portáteis com grau de capacidade

extintora suficiente para extinguir focos de incêndio dos tipos A, B e C, conforme

mostra os exemplos abaixo.

Extintor de Água: Para incêndio da classe A, com capacidade extintora

mínima de 2-A, conforme a Tabela 15.

Tabela 15

Determinação da unidade extintora mínima para fogo classe A

Capacidade

Extintora Mínima Tipo de Extintor

2-A Carga d’água

Fonte: Adaptado da Instrução Técnica n° 021 – CBPM/SP (2011)

Extintor de Gás Carbônico: Para incêndio das classes B e C, com capacidade

extintora mínima de 5-B:C, conforme a Tabela 16.

Tabela 16

Determinação da unidade extintora mínima para fogo das classes B e C

Capacidade

Extintora Mínima Tipo de Extintor

5-B:C CO2

Fonte: Adaptado da Instrução Técnica n° 021 – CBPM/SP (2011)

Extintor de Pó Químico ABC: Para incêndio das classes A, B e C, com

capacidade extintora mínima de 2-A : 20-B:C, conforme a Tabela 17.

Tabela 17

Determinação da unidade extintora mínima para fogo das classes A, B e C

Capacidade Extintora

Mínima Tipo de Extintor

2-A : 20-B:C Pó Químico ABC

Fonte: Adaptado da Instrução Técnica n° 021 – CBPM/SP (2011)

Page 57: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

4.2.5 Distância máxima a ser percorrida

Sobre a distância máxima a ser percorrida, a Instrução Técnica n° 021 –

CBPM/SP (2011) define que este aspecto mantém relação direta com o risco a que

se deseja proteger, para cada um dos três graus de risco existentes haverá uma

distância máxima permitida, o intuito é fazer com que o operador se desloque o

mínimo possível para alcançar um aparelho extintor independentemente do local em

que se encontra dentro do ambiente, para que assim haja maior rapidez na extinção

do foco de incêndio.

Mediante as definições de risco de incêndio, já se sabe que a edificação de

saúde em questão apresenta risco médio, portanto, a distância máxima a ser

percorrida neste caso para alcançar um extintor de incêndio deverá ser de 20m,

conforme mostra a Tabela 18.

Tabela 18

Distância máxima a percorrer conforme o risco

A. Risco Baixo 25 m

B. Risco Médio 20 m

C. Risco Grande 15 m

Fonte: Adaptado da Instrução Técnica n° 021 – CBPM/SP (2011)

Após a aquisição do embasamento necessário sobre o correto sistema de

proteção por extintores portáteis, coube analisar através da estratégia da

observação direta, se os aparelhos extintores da edificação estão em conformidade

com todos os aspectos mencionados acima.

4.3 Extintores Portáteis Encontrados na Edificação

Sendo de conhecimento que os extintores portáteis a serem empregados na

edificação devem carregar em seu recipiente o agente extintor do tipo Água, Gás

carbônico ou Pó químico ABC, foi constatado que quanto a esse quesito o prédio em

análise não está em conformidade com as normas, visto que não foram localizados

todos os tipos de extintores, isto é, apenas duas unidades extintoras foram

encontradas, uma localizada próximo a entrada principal e outra situada próximo a

entrada da farmácia, ressalta-se que ambas possuem como agente extintor a água e

carga nominal de 10L cada, conforme mostra as Figuras 30 e 31.

Page 58: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

Figura 30: Extintor de água localizado na edificação: (a) extintor posicionado na parede, (b) detalhes técnicos do aparelho

Fonte: Acervo do autor

Figura 31: Unidades extintoras representadas na planta baixa

Fonte: Acervo do autor

A Figura 31 não deixa dúvidas com relação ao posicionamento das unidades

extintoras, torna evidente que as mesmas situam-se em lados opostos da edificação.

Ressalta-se que duas unidades de Pó químico BC foram encontradas no local,

entretanto, estão sem condições de uso, não mostram sinais de manutenção e

possuem a recarga vencida desde maio de 2006, ou seja, apresentam evidentes

sinais de abandono conforme mostra a Figura 32.

(a) (b)

Unidade extintora

Page 59: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

Figura 32: Extintores de Pó BC: (a) extintores abandonados no chão, (b) extintor com carga de

pó químico pressurizado, (c) capacidade extintora inadequada, (d) recarga vencida

Fonte: Acervo do autor

4.3.1 Capacidade extintora dos aparelhos encontrados na edificação

Após quantificar os extintores da edificação, coube analisar se suas

capacidades extintoras atendiam as especificações contidas nas normas. Verificou-

se que as duas unidades extintoras, possuem a capacidade extintora de 2-A, isto é,

atendem somente a capacidade mínima estipulada.

Figura 33: Capacidade extintora dos aparelhos localizados

Fonte: Acervo do autor

(a) (b)

(c) (d)

Page 60: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

Ainda tratando - se da capacidade extintora, ficou comprovado que apesar de

os mesmos atenderem a capacidade mínima convencionada para que possa se

constituir uma unidade extintora, observa-se que estas capacidades não são

suficientes para suprirem toda a área que necessita de proteção, pois de acordo

com as definições da NBR 12693 (1993) a área máxima protegida por uma unidade

extintora para um ambiente que oferece médio risco de incêndio é somente 270m².

4.3.2 Distância máxima a percorrer

Com relação à distância máxima a percorrer que é de 20m para o caso em

análise, o local em hipótese alguma satisfaz essa exigência, visto que, as duas

únicas unidades extintoras encontradas no ambiente em condições favoráveis de

uso estão localizadas em pontos extremos do prédio, conforme nos mostrou a

Figura 31, dessa forma não atendem as especificações da Instrução Técnica n° 021

– CBPM/SP (2011), portanto, mais um critério não atendido pela edificação em

estudo.

4.3.3 Sinalização dos aparelhos extintores

Quanto a este item, observou-se um número menor de irregularidades. Na

parte superior dos extintores encontrados há a sinalização exigida pelas normas

técnicas, a única falha encontrada se diz respeito a sinalização da parte inferior dos

extintores, ou seja, da parte do piso localizada abaixo dos aparelhos, conforme

mostra a Figura 34.

Figura 34: Sinalização dos equipamentos: (a) sinalização do piso, (b) sinalização de parede

Fonte: Acervo do autor

(a)

9a

(b)

Page 61: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

Observando-se a figura 34a, verifica-se que existem apenas a demarcação na

cor vermelha, ou seja, não há bordas amarelas com 0,15m de espessura, de acordo

com as exigências das intruções, portanto, esta falha se configura como o único

ponto negativo quanto a esse fator.

4.4 Avaliando o Nível de Conhecimento dos Servidores da Instituição com

Relação aos Extintores Portáteis

Além de verificar a atual situação dos extintores portáteis na edificação de

saúde e posteriormente realizar uma análise crítica sobre os resultados adquiridos,

este trabalho também possui a finalidade de avaliar como anda o nível de

conhecimento por parte dos servidores da instituição com relação a estes

equipamentos.

Este objetivo foi atingido mediante a aplicação de um questionário aos

servidores. Composto por dez perguntas entre abertas e fechadas, caracterizando

dessa maneira como um questionamento semi-estruturado, envolveu questões

básicas sobre os extintores portáteis, sendo aplicado a uma representativa taxa de

funcionários, mais precisamente a uma amostra de 30% do número total de

funcionários, aproximadamente 60 pessoas, se tornando fundamental para a

conclusão deste estudo.

Os dados adquiridos com a aplicação do questionário passaram primeiramente

por um processo de tabulação, em seguida foram transformados em gráficos, no

objetivo de apresentar de forma concisa e pormenorizados os resultados

alcançados.

Os gráficos que serão discutidos a seguir são de extrema relevância, pois a

abordagem de seus conteúdos nos levarão a conhecermos a real situação em que

se encontram os servidores da entidade com relação a conhecimentos necessarios

para a utilização de extintores portáteis.

4.4.1 Discussão dos resultados obtidos mediante análise dos gráficos

Os primeiros dados adquiridos com a aplicação do questionário citado,

buscaram avaliar se os servidores pesquisados sabem realmente definir o que é um

extintor portátil. Para tanto, foi necessário que os funcionários respondessem a

seguinte pergunta:

Page 62: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

Você sabe o que é um extintor portátil?

Os resultados obtidos encontram-se no gráfico a seguir:

Gráfico 01: Percentual de servidores que sabem ou não definir o que são extintores portáteis

Fonte: Aplicação de questionário – Julho 2013

Fazendo a análise do Gráfico 01, verifica-se que grande parte dos funcionários

optaram por marcar nessa questão a alternativa positiva, isto é, o valor de 68% que

aparece em destaque no gráfico acima, representa os entrevistados que afirmaram

saber definir o que é um extintor portátil.

O restante dos entrevistados representados no gráfico pelo percentual de 32%,

disseram já ter ouvido falar sobre o termo, no entanto, desconhecem o que

realmente vem a ser um extintor dessa categoria, optando dessa maneira por

marcar a opção negativa.

Analisando os resultados até o momento, poderíamos concluir que os

indivíduos pesquisados apresentam um razoável conhecimento sobre a pergunta

realizada, pois 68% do total afirmaram conhecer as definições sobre os extintores

portáteis, todavia, caso não tivéssemos avaliado de maneira mais profunda os

entrevistados, este fato nos remeteria a uma falsa conclusão da realidade

diagnosticada.

Com a finalidade de obter dados bem mais concretos sobre a questão, foi

solicitado a todos os servidores que optaram pela resposta positiva, que

assinalassem a alternativa correta da questão, no intuito de verificar se realmente

estes indivíduos detinham um conhecimento satisfatório. O Gráfico a seguir mostra

os resultados.

68%

32%

Sim

Não

Page 63: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

Gráfico 02: Definição de extintores portáteis segundo a concepção dos 68% dos servidores que optaram pela resposta positiva na questão anterior

Fonte: Aplicação de questionário – Julho 2013

Após a escolha entre as alternativas disponibilizadas para a questão, o gráfico

acima mostra que do percentual de 68% que assinalaram a resposta positiva no

gráfico anterior, somente 36% sabem de fato a correta definição sobre extintores

portáteis, optando por marcar a assertiva correta, na qual descrevia ser um extintor

de fácil manuseio.

Ressalta-se que 16% consideraram um extintor sobre rodas a opção

verdadeira, e o restante igualmente representado pelo percentual de 16%

escolheram a alternativa na qual afirmava ser um extintor próximo à janela, a

definição sobre estes equipamentos.

Mediante as interpretações do Gráfico 02, é que de fato podemos chegar a

correta conclusão, ficando comprovado o baixo percentual de funcionários que

realmente conhecem um extintor portátil, como também os 32% de entrevistados

que marcaram a opção de forma equivocada, em decorrência do baixo nível de

conhecimento sobre o assunto.

Prosseguindo na aplicação do questionário, partiu-se para a aquisição dos

dados pertinentes a pergunta seguinte, o objetivo desta vez a ser alcançado era

absorver dos servidores as respostas sobre o que eles pensam com relação ao nível

de importância que os extintores portáteis em boas condições de utilização

representariam para a edificação. Para tanto, os funcionários responderam a

seguinte indagação:

0

5

10

15

20

25

30

35

40

Extintor sobrerodas

Extintor de fácilmanuseio

Extintor próximo ajanela

16% 16%

36%

Page 64: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

Na sua concepção, qual o nível de importância que os extintores portáteis

representariam para esta edificação caso estivessem em boas condições de

uso?

Os resultados obtidos estão apresentados no gráfico a seguir:

Gráfico 03: Verificando o nível de importância que os extintores portáteis em boas condições de uso representam para a edificação

Fonte: Aplicação de Questionário, Julho 2013

De acordo com a análise do gráfico 03, observa-se que com analogia a este

critério, as pessoas entrevistadas apresentaram um desempenho satisfatório de

conhecimento sobre a necessidade de instalação dos extintores portáteis na

edificação. Como mostra o gráfico, cerca de 84% afirmaram considerar de extrema

importância o emprego desses equipamentos no local.

Na opinião de 12% dos entrevistados, a presença desse sistema de proteção

na edificação proporciona maior segurança aos indivíduos, todavia, a sua ausência

não chega a interferir de maneira determinante para a propagação de um foco de

incêndio no recinto, passando a considerar mediana a importância de sua

instalação.

O ponto relevante deste gráfico fica por conta dos 4% que afirmaram

considerar pequeno o nível de importância da implantação dos equipamentos no

local.

A interpretação que pode ser feita para a questão, é que grande parte dos

servidores sabem da necessidade de implantação do sistema de proteção por

extintores portáteis na edificação, contudo, ainda existe uma pequena taxa de 4%

4% 12%

84%

Pequeno

Médio

Grande

Page 65: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

que consideram não importante o uso desses equipamentos, dessa forma fica

evidente que esta parcela de servidores não dispõem de conhecimentos pertinentes

ao assunto.

A terceira pergunta que foi dirigida ao público alvo, adveio da necessidade de

identificar o percentual de pessoas locadas na edificação, que já manusearam um

extintor portátil em alguma ocasião, seja para fins reais de combate a princípios de

incêndio ou outra situação, como por exemplo, um treinamento. Para isso foi

aplicada a pergunta abaixo:

Manuseaste um extintor portátil em alguma ocasião?

O Gráfico 04 nos proporciona os resultados alcançados, possibilitando uma

análise concisa dos fatos.

Gráfico 04: Aferindo o percentual de funcionários que já manusearam um extintor portátil

Fonte: Aplicação de questionário – Julho 2013

Observando o Gráfico acima observa-se que há um índice muito baixo de

servidores na instituição que já manusearam um extintor de incêndio do tipo portátil.

Verifica-se que somente 28% dos entrevistados já fizeram uso desses

equipamentos.

O percentual de 72% indica que a grande a maioria dos servidores jamais

manuseou um extintor de incêndio, em virtude de ainda não terem se deparado com

uma situação que viesse a exigir a realização dessa prática. Os dados implicam que

essa enorme divergência entre os dois valores, acarreta a instituição uma situação

preocupante caso haja a necessidade de uma intervenção desses funcionários em

uma extinção de incêndio por meio de extintores portáteis.

28%

72%

Sim

Não

Page 66: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

Embora já seja de conhecimento que há um insignificante percentual de

entrevistados na instituição que já manusearam um extintor portátil, coube indagar

aos servidores sobre os processos básicos a serem realizados para utilização

desses equipamentos, caso se deparassem com uma situação inesperada de um

princípio de incêndio na edificação, para aplicada a pergunta abaixo:

Suponha que na ocorrência de um princípio de incêndio nesta edificação, há

extintores portáteis em boas condições de uso, você saberia quais os

procedimentos precedentes a serem executados para utilização desses

equipamentos?

Gráfico 05: Analisando a situação dos servidores quanto aos procedimentos de manuseio de um extintor portátil

Fonte: Aplicação de questionário – Julho 2013

Aferi-se do Gráfico 05 uma situação interessante e simultaneamente

contraditória quanto ao percentual que responderam positivamente com relação ao

domínio em manusear um extintor de incêndio. Verifica-se que apesar dos dados

mostrados no gráfico anterior comprovarem um baixo percentual de indivíduos com

experiência no campo de estudo, houve um resultado bastante equilibrado para esta

pergunta, pois uma taxa de 52% afirmaram saber proceder no manuseio de um

extintor portátil caso fossem solicitados.

O remanescente dos indivíduos que aparecem representados pela taxa de 48%

no gráfico acima, optoram por escolher a assertiva negativa da questão, pois

declararam não possuir preparo suficiente para manusear um extintor de incêndio

caso fosse necessário.

52%

48%

Sim

Não

Page 67: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

Ressalta-se que essa questão é semelhante a primeira pergunta do

questionário, assim como aquela, a presente indagação possui uma segunda

intenção para com os entrevistados que optaram pela alternativa positiva, que é

exatamente testar esses servidores sobre o domínio com relação às técnicas de

manuseio, para isso foram disponibilizadas três alternativas, entre elas a que

descrevia de maneira correta todos os procedimentos. O Gráfico abaixo mostra os

resultados.

Gráfico 06: Avaliando se os 52% dos servidores que assinalaram positivamente na questão anterior conhecem de fato às técnicas de manuseio dos extintores

Fonte: Aplicação de questionário – Julho 2013

De acordo com o gráfico acima, observa-se que o percentual de 52% que

afirmaram estar preparado para o manuseio de um extintor portátil caso fossem

solicitados, se transformou na realidade em apenas 16%, ou seja, um número

mínimo de funcionários optaram pela alternativa “a”, na qual descrevia todos os

procedimentos corretos e em sequência a serem executados na utilização de um

extintor portátil, conforme mostra o questionário constante no apêndice B deste

trabalho.

Cerca de 28% marcaram a opção “b” como alternativa correta, na qual além de

descrever as técnicas de manuseio em uma sequência errada, continha

procedimentos falsos para o manuseio desses equipamentos, como por exemplo,

pressionar o hidrante.

O ponto mais relevante deste quesito é com relação ao percentual de 8% dos

entrevistados que opinaram pela alternativa “c”, visto que esta opção detinha os

0

5

10

15

20

25

30

a b c

16%

28%

8%

Page 68: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

processos de manuseio mais incomuns, como por exemplo, direcionar o extintor

para a direção contrária ao sinistro.

As interpretações feitas desta pergunta, é que o pequeno número de servidores

que detém conhecimentos sobre as técnicas de manuseio dos extintores, é

diretamente proporcional ao baixo índice de funcionários que já manusearam estes

equipamentos, isto é, os resultados do Gráfico 06 não destoam da realidade

diagnosticada até aqui.

Sendo notória a ausência de pessoas adestradas na edificação em análise

para uso dos extintores portáteis, foi essencial incluir no questionário uma pergunta

capaz de mostrar o risco que os funcionários mal informados sobre o assunto

acarretam para a instituição, caso houvesse a necessidade deste pessoal realizar

um combate a um princípio de incêndio por intermédio destes aparelhos. Para isso

foi realizado o questionamento abaixo:

Suponha que um quadro de distribuição de energia esteja pegando fogo nesta

edificação. Você saberia qual o tipo de extintor a ser utilizado?

Os Gráficos 07 e 08 são fundamentais para que tenhamos conhecimento sobre

a precariedade que a edificação apresenta com relação ao elevado número de

capital humano despreparado para combater um princípio de incêndio.

Gráfico 07: Averiguando o percentual de servidores que saberiam ou não escolher o extintor ideal para combater um incêndio da classe C

Fonte: Aplicação de questionário – Julho 2013

Com relação aos resultados encontrados, o Gráfico 07 nos mostra que

semelhante ao que ocorreu com questionamentos anteriores, as interpretações

alcançadas seguiria um roteiro satisfatório caso avaliássemos apenas

superficialmente os entrevistados, pois um total de 56% destes afirmaram saber

56%

44%

Sim

Não

Page 69: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

identificar o agente extintor mediante a classe de incêndio, isto é, não teriam

dificuldades alguma em escolher o extintor a ser aplicado em um foco de incêndio

que porventura atingisse, por exemplo, um quadro de distribuição de energia.

Observa-se que 44% dos indivíduos reconhecem que não possuem

conhecimento satisfatório sobre o assunto, dessa maneira preferem não arriscar na

sugestão do tipo de extintor a ser utilizado, visto que podem transformar um

pequeno foco de incêndio em algo mais agravante, optando assim pela resposta

negativa.

Tomando como base duas perguntas anteriores desta pesquisa, nota-se a

necessidade de ir mais além com relação as respostas dos entrevistados, ou seja,

os servidores que responderam positivamente, se tornam sujeito a comprovar que

realmente estão aptos a identificarem a classe de incêndio e posteriormente o

agente extintor, dessa forma possuem a obrigação de escolher a alternativa correta

da questão.

O Gráfico 08 elucida os resultados obtidos.

Gráfico 08: Verificando se os 56% do gráfico anterior realmente saberiam identificar o extintor correto para combater um incêndio proveniente da classe C

Fonte: Aplicação de questionário – Julho 2013

Os indivíduos que asseguram saber identificar o extintor ideal para um incêndio

da classe C, que beirava o percentual de 60% no Gráfico 07, aparecem agora

representados no gráfico 08 por um valor percentual bem abaixo, apenas 36%

destes indivíduos assinalaram a resposta exata, na qual mencionava ser um extintor

portátil de gás carbônico o mais apropriado para um incêndio dessa categoria.

0

10

20

30

40

Extintor de Água Extintor de Gáscarbônico

Extintor de Soldacaustica

12% 8%

36%

Page 70: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

É interessante frisar sobre o valor de 12% que aparece no gráfico, esse

percentual representa uma parte dos servidores que se diziam aptos na escolha do

extintor correto, entretanto, na concepção destes a água seria o agente extintor mais

ideal a ser utilizado. A avaliação que pode ser gerada deste grupo de indivíduos, é

que os mesmos podem acarretar a eles e as outras pessoas que ali se fazem

presente um risco bem maior do que o próprio sinistro, que é o choque elétrico, pois

não é de hoje que se sabe que as características químicas da água tornam que essa

substância excelente condutora de eletricidade, não podendo de maneira alguma ser

utilizado para extinguir um incêndio da classe C.

Outro aspecto do gráfico que não poderá passar por despercebido se diz

respeito à taxa de 8% dos funcionários que optaram por uma opção que

simplesmente pode ser considerada a mais absurda dentre as alternativas, ou seja,

a assertiva tratava de um suposto extintor de solda cáustica para combate a

princípios de incêndio da classe C, sabe-se que esse tipo de aparelho não existe no

mercado, o fato chega a ser irrisório e extrapola o limite da falta de conhecimento

dos servidores com relação ao assunto.

Os dados dessa questão nos remete a concluir que um total de 20% dos

indivíduos que supostamente saberiam discernir na escolha de um extintor mediante

a classe de incêndio a se combater, mostraram que não estão tão hábeis como se

esperava, e pela ausência de informação sobre o assunto podem acarretar à

edificação um desastre bem maior caso venham a interferir na extinção de um foco

de incêndio.

O propósito da última pergunta do questionário era conseguir identificar se os

atuais servidores saberiam informar qual o nome do sistema de prevenção e

combate a incêndio que atualmente é usado na edificação, para tanto temos a

pergunta abaixo relacionada.

Você sabe qual o sistema de prevenção e combate a incêndio que atualmente é

utilizado nesta edificação?

Os resultados abordados no Gráfico 09, reforça ainda mais a defasada

situação em que se encontram os servidores da instituição com relação aos critérios

da segurança contra incêndios, seja por meio de extintores portáteis ou outro

modelo de instalação.

Page 71: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

Gráfico 09: Analisando se os servidores conhecem o sistema fixo de prevenção e combate a incêndio da edificação

Fonte: Aplicação de questionário – Julho 2013

Com relação ao sistema de combate a incêndio que atualmente vem sendo

utilizado na edificação, verifica-se a partir da análise do Gráfico 09 que 72% dos

servidores não sabem nada a respeito, ressalta-se que no momento da pergunta a

grande maioria dos funcionários se quer sabiam que a edificação possuía uma

instalação de proteção com essa finalidade.

Os dados mostram que a taxa de indivíduos que responderam de maneira

positiva quanto ao assunto, isto é, asseguram conhecer o sistema em uso na

edificação, é somente 28%. Todavia, se esse resultado já pode ser taxado como

preocupante, o que dirá das interpretações feitas mediante a análise e discussão do

Gráfico 10, que traz em seu conteúdo os resultados das escolhas dos servidores

que responderam positivo no gráfico anterior, com relação ao sistema em uso.

Gráfico 10: Opiniões dos 28% do gráfico anterior quanto ao sistema fixo de prevenção e

combate a incêndio da edificação

Fonte: Aplicação de questionário – Julho 2013

28%

72%

Sim

Não

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Hidrantes Extintores portáteis Chuveirosautomáticos

16%

8%

4%

Page 72: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

Analisando o gráfico 10 constata - se que o total de servidores que

conseguiram discernir de forma correta sobre o atual método de proteção contra

incêndios na edificação, não ultrapassa a casa dos 20%, observa-se uma redução

de 12% no número de indivíduos que representavam os 28% do gráfico anterior, ou

seja, quase a metade destes servidores passará a compor o grupo dos 72% que

opinaram no início da questão não saber qual o atual sistema.

O gráfico mostra que o total de 12% foi dividido entre as opções “b” e “c”, que

tratavam de extintores portáteis e chuveiros automáticos respectivamente. Ressalta-

se que sendo estes informados que o sistema em uso no prédio é designado de

hidrantes, a reação da grande maioria foi meramente afirmar nunca ter ouvido falar

sobre tal dispositivo de proteção.

Os resultados da última pergunta nos mostra que a defasagem dos servidores

da instituição com relação aos critérios da segurança contra incêndios, não está

relacionada apenas ao sistema de extintores portáteis, se expandindo pelos outros

métodos de extinção do fogo, como por exemplo, o sistema de hidrantes. Isso

reforça a ausência de preocupação tanto dos servidores como também da parte

adminstrativa da entidade com relação a proteção contra incêndios, seja por meio de

extintores portáteis ou outro modelo de instalação como é o caso.

De um modo geral conclui-se que os servidores avaliados quanto ao uso de

extintores portáteis, encontram-se com um grau de informações bem abaixo do

esperado com relação a diversos aspectos, retratando dessa forma mais uma

fragilidade que instituição apresenta com relação a essas obrigações, que é a

ausência de capital humano capacitado para um eventual combate a princípio de

incêndio por intermédio de extintores portáteis.

Page 73: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

5 SUGESTÃO DE MELHORIAS PARA O SISTEMA DE EXTINTORES PORTÁTEIS

DA EDIFICAÇÃO DE SAÚDE

Mediante os resultados encontrados e discutidos no decorrer deste trabalho,

tornou-se evidente que não são poucas as irregularidades a serem corrigidas com

relação ao sistema de extintores portáteis da edificação. Dessa maneira para que os

indivíduos que frequentam a instituição não estejam com sua integridade física

comprometida, convencionou-se elaborar algumas sugestões de melhorias a serem

executadas neste ambiente.

5.1 Implantação de Extintores Portáteis na Edificação

O correto dimensionamento dos extintores pórtáteis na edificação de sáude, é

o primeiro passo para a correção dos problemas identificados, devendo ser

elaborado um eficiente projeto de prevenção de combate a incêndio por pessoal

habilitado. É fundamental a aquisição de extintores novos e em maiores

quantidades, estes devem apresentar características técnicas que atendam as

necessidades do local, como: recarga atualizada, capacidade extintora adequada e

agente extintor para todas as classes de incêndio identificadas na edificação.

Satisfeita as exigências técnicas dos equipamentos, estes devem ser

distribuidos pelo ambiente de forma correta, isto é, devem ser posicionados em

pontos estratégicos, sempre respeitando a distância máxima de caminhamento para

o local, que é de 20m. As unidades extintoras devem estar perfeitamente

dimensionadas para a área que deverão proteger.

A correta sinalização destes equipamentos não pode ser ignorada, pois este

aspecto em muito contribui para um perfeito combate a incêndio caso necessário.

5.2 Planta de Localização dos Extintores

É ideal que mantenha em local de fácil visualização uma planta onde constem

todos os pontos de localização dos extintores na edificação, com seus respectivos

detalhes técnicos, essa prática irá facilitar no momento em que um determinado

indivíduo necessitar recorrer a algum desses aparelhos.

5.3 Capacitação de Pessoal para Manuseio dos Extintores

Realizada as etapas anteriores do processo de solução para o problema, é de

total responsabilidade dos indivíduos que compõem a parte administrativa da

Page 74: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

instituição, capacitar pessoas para manuseio desses equipamentos, pois de nada

adianta possuir equipamentos em perfeito estado de utilização, se em contrapartida

o local não dispuser de capital humano preparado. Para isso é necessário que os

gestores da entidade disponibilizem aos seus servidores treinamentos de primeiros

socorros, noções de combate a incêndio e manuseio destes equipamentos.

Page 75: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

6 CONCLUSÃO

Com base nos dados coletados e analisados do Hospital e Maternidade

Governador José Sarney, ficou comprovado que esta edificação encontra-se com

algumas irregularidades em seu sistema de prevenção e combate a incêndio. De

acordo com as normas da ABNT citadas no desenvolvimento do trabalho, as falhas

relevantes encontradas foram: ausência de extintores portáteis, falta de sinalização

adequada e capital humano despreparado.

Ausência dos extintores é um fator que põem em risco a segurança das

pessoas em casos emergenciais, pois de acordo com a NBR 12693 - Sistemas de

proteção por extintores de incêndio (1993) e a NR 23, estes equipamentos são

necessários para combater o fogo ainda em sua fase inicial.

Com relação a falta de sinalização, é notório que sua ausência dificulta a

orientação dos indivíduos em situações de emergência, dessa maneira deverá ser

incluído no sistema de prevenção um projeto de sinalização que atenda as

exigências impostas pela NBR 13434-2 (Sinalização de segurança contra incêndio e

pânico). Parte 2: símbolos e suas formas, dimensões e cores – ABR 2004).

A deficiência no quesito de pessoas adestradas no ambiente para manuseio

dos equipamentos, deve ser corrigida através de cursos de conhecimento sobre o

tema acompanhado de parte prática para fixação do conteúdo.

No contexto geral os hostipais são locais que disponibilizam serviços de

saúde para os cidadãos, portanto, são ambientes frequentados por uma enorme

parcela da sociedade, dessa forma, é imprescindível o estabelecimento de vários

aspectos ligados a segurança destas ocupações, entre elas está a de prevenção e

combate a incêndio. Mediante a apresentação desse estudo acredita-se que

algumas medidas sejam tomadas nesta área no intuito de corrigir as precariedades,

entretanto, é necessário que haja um empenho do órgão responsável pela gestão do

ambiente.

Page 76: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

REFERÊNCIAS

ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9077: Saídas de emergência em edifícios. Rio de Janeiro, 2001. ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13434-2: Sinalização de segurança contra incêndio e pânico. Parte 2: símbolos e suas formas, dimensões e cores. Rio de Janeiro, 2004. ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13714: Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio. Rio de Janeiro, 2000. ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9443: Extintor de incêndio classe A – Ensaio de fogo em engradado de madeira. Rio de Janeiro, 1992. ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9444: Extintor de incêndio classe B – Ensaio de fogo em líquido inflamável. Rio de Janeiro, 2006. ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12693: Sistemas de proteção por extintores de incêndio. Rio de Janeiro, 2010. ARAÚJO, Flávio Amorim Gomes de. Apostila de Prevenção e Combate a Incêndio - PCI. CEETEPS. São Paulo, 2008. BARROSO, V. B. As Condições do Sistema de Prevenção e Combate a Incêndio em Edifício Público de Cuiabá. Cuiabá, 2009. Disponível em: < http:// eest.phza.net/index.php?option=com_docman&task=>. Acesso em: 12 de ago. 2013. BRASIL, Instituto Brasileiro Geográfico e Estatístico. Dados Estatísticos: cidades. Disponível em: < http://www.ibge.gov.br>. Acesso em: 10 abr. 2013 a. BRASIL, Ministério do Trabalho e Emprego. Legislação – normas regulamentadoras. NR 23: Proteção contra incêndios. Rio de Janeiro, 2011. Disponível em: < http://www.mte.gov.br>. Acesso em: 10 abr. 2013. BRENTANO, T. A Proteção Contra Incêndios no Projeto de Edificações. Porto Alegre: Gráfica Calábria, 2007.

Page 77: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

CARTILHA de orientações básicas – noções de prevenção contra incêndios. Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo. São Pulo, 2011. Disponível em: <http://www.bombeirosemergencia.com.br>. Acesso em: 04 de jul. 2013. CORPO de bombeiros militar do Rio de Janeiro. Apostila do Estágio Probatório para Oficiais do Quadro de Saúde – EPOQS. Rio de Janeiro, 2008. CORPO de bombeiros de São Paulo. Segurança contra incêndios. Decreto Estadual. Instruções Técnicas. Disponível em: <http://www.bombeirosemergencia.com.br>. Acesso em: 12 de ago. 2013. FERREIRA, L.F.F.; MENEZES, T. M de. Inspeção de Segurança de Combate à Incêndio em um Posto de Líquidos, Combustíveis e Inflamáveis na Região Metropolitana de Belém. Belém, 2010. Disponível em: < http:// www.unama.br>. Acesso em: 12 de ago. 2013. INSTITUTO de resseguros do brasil – IRB. Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil – T.S.I.B. Publicação n° 49. Edição 25ª. Rio de Janeiro, 1997. INSTRUÇÃO Técnica n° 14 de 2010. Carga de Incêndio nas Edificações e Áreas de Risco. Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo. São Paulo, 2010. Disponível em: < http:// www.polmil.sp.gov.br/ccb>. Acesso em: 08 de jun. 2013. INSTRUÇÃO Técnica n° 21 de 2011. Sistema de Proteção por Extintores de Incêndio. Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo. São Paulo, 2011. Disponível em: < http:// www.polmil.sp.gov.br/ccb>. Acesso em: 10 de mai. 2013. PEREIRA, A.D. Tratado de Segurança e Saúde Ocupacional: aspectos técnicos e jurídicos, vol. VI: NR – 23 a NR – 28. Ed. LTDA. São Paulo, 2006. SEITO, A. I. Arquitetura e Segurança Contra Incêndio com Ênfase na Detecção de Incêndio. FAUUSP, 2001. SOUSA, G. de.; MAY, F.J.N. Estudo Crítico da Proteção Contra Incêndio por

Extintor no Setor de Manutenção das Empresas Rio Deserto. Criciúma, 2005

Disponível em: < http:// www.bib.unesc.ne>. 21 de out. 2013.

Page 78: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

APÊNDICES

Page 79: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

APÊNDICE A – PLANTA BAIXA DA EDIFICAÇÃO

Page 80: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO SEMIESTRUTURADO

Nome Fantasia: Hospital e Maternidade Governador José Sarney

Endereço: Rua do Fio – Centro

Município: Pindaré – Mirim UF: MA

Área Construída (m²): 1568,50 Área Total (m²): 1568,50

Carga de Incêndio (MJ / m²): 300 Risco: Classe B - Médio Altura (m): 3,00

Grupo: H Ocupação: Serviços de Saúde e Institucionais Divisão: H-3

1 – Você sabe o que é um extintor portátil?

( ) Sim ( ) Não

Se positivo responder o item abaixo:

( ) Extintor sobre rodas

( ) Extintor de fácil manuseio

( ) Extintor localizado próximo a uma janela

2 - Na sua concepção, qual o nível de importância que os extintores portáteis

representariam para esta edificação caso estivessem em boas condições de

uso?

( ) Pequeno ( ) Médio ( ) Grande

3 – Manuseaste um extintor portátil em alguma ocasião?

( ) Sim ( ) Não

4 – Suponha que na ocorrência de um princípio de incêndio nesta edificação,

há extintores portáteis em boas condições de uso, você saberia quais os

procedimentos precedentes a serem executados para utilização de um desses

equipamentos?

( ) Sim ( ) Não

Se positivo responder o item abaixo:

( ) a - Identifique a classe de incêndio; Pegue o extintor adequado, Rompa o lacre;

Retire o pino de segurança; Teste o extintor e se desloque para o local do sinistro.

Page 81: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

( ) b - Teste o extintor; Rompa o lacre; Retire o pino de segurança; Identifique a

classe de Incêndio; Pressione o hidrante

( ) c - Desloque-se para o local do sinistro, Volte e apanhe um extintor; Retire o

pino de segurança; Identifique a classe de incêndio; Acione o gatilho; Aponte o

extintor na direção contrária ao fogo;

5 – Suponha que um quadro de distribuição de energia esteja pegando fogo

nesta edificação. Você saberia qual o tipo de extintor a ser utilizado?

( ) Sim ( ) Não

Se positivo responder o item abaixo:

( ) Extintor de água ( ) Extintor de Gás carbônico ( ) Extintor de solda caustica

6 – Você sabe em qual fase de um incêndio um extintor portátil representa

maior grau de eficiência?

( ) Sim ( ) Não

Se positivo responder o item abaixo:

( ) Fase Inicial ( ) Fase Intermediária ( ) Fase Final

7 – Você sabe por quais métodos de extinção do fogo os extintores portáteis

agem?

( ) Sim ( ) Não

Se positivo responder o item abaixo:

( ) Resfriamento, Abafamento e Extinção da Reação em Cadeia

( ) Abafamento, Resfriamento e Chuveiro automático

( ) Extintor de incêndio, Hidrante e Isolamento

8 – Você sabe a que altura máxima do piso deve está fixado um extintor

portátil?

( ) Sim ( ) Não

Se positivo responder o item abaixo:

( ) 1,60m ( ) 2,00m ( ) 2,10m

Page 82: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio

9 – Em sua opinião, há neste ambiente um sistema eficiente para a extinção do

fogo?

( ) Sim ( ) Não

10 – Você sabe qual o sistema de prevenção e combate a incêndio que

atualmente é utilizado nesta edificação?

( ) Sim ( ) Não

Se positivo responder o item abaixo:

( ) Hidrante ( ) Extintores Portáteis ( ) Chuveiros Automáticos

DADOS DO COLABORADOR

Idade: Estado Civil Sexo: F ( ) M ( )

Grau de Instrução:

Tempo de serviço: Mês ( ) Ano ( )

Horário de Trabalho:

Page 83: Monografia Completa Rennan .Combate a Incendio