Monografia Dalvacy Alves

406
CIEPH – Centro Integrado de Estudos e Pesquisas do Homem ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SANTA CLARA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ACUPUNTURA ACUPUNTURA DALVACY ALVES DE SOUSA Florianópolis (SC), Junho de 2005

Transcript of Monografia Dalvacy Alves

Page 1: Monografia Dalvacy Alves

CIEPH – Centro Integrado de Estudos e Pesquisas do Homem

ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SANTA CLARA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ACUPUNTURA

ACUPUNTURA

DALVACY ALVES DE SOUSA

Florianópolis (SC), Junho de 2005

Page 2: Monografia Dalvacy Alves

DALVACY ALVES DE SOUSA

ACUPUNTURA

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao curso de especialização em Acupuntura como requisito parcial para obtenção do grau de Especialista em Acupuntura.

CIEPH – Centro Integrado de Estudos e Pesquisas do Homem

ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SANTA CLARA

Professor Orientador: Marcelo Fabian Oliva

Florianópolis (SC), Junho de 2005

Page 3: Monografia Dalvacy Alves

DEDICATÓRIA

Aos meus familiares, amigos e a todos que

contribuíram direta ou indireta para a

construção e a execução deste trabalho.

Page 4: Monografia Dalvacy Alves

AGRADECIMENTOS

A Deus, pelo milagre da vida. A minha mãe, por ter sido minha cuidadora, por ter me dado seu exemplo de determinação, por estimular-me a lutar por meus anseios pessoais e profissionais. A meu esposo José Bueno, pelo amor e apoio a mim dedicado. A Marcelo Fabian Oliva, pela excelente orientação, incentivo e amizade. Ao Prof. Donizete, pelas excelentes contribuições dadas para este trabalho e pelo carinho de sempre. Aos meus colegas de turma, pela amizade oferecida, especialmente ao Benitis, Henrique e Luis. A Marcelo Fabian Oliva, e a equipe do CIEPH compreensão e apoio durante o transcurso das aulas e em minha licença maternidade. A Ana pela colaboração dada na digitação e formatação desse trabalho. As pessoas que receberam meu atendimento, pela confiança a mim depositado. A todos que de alguma forma, direta ou indiretamente, contribuíram na realização deste tabalho.

Page 5: Monografia Dalvacy Alves

RESUMO

Este estudo, do tipo revisão bibliográfica, foi realizado no decorrer do curso de especialização em acupuntura, como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em acupuntura.

Page 6: Monografia Dalvacy Alves

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 7

1 HISTÓRICO DA MEDICINA CHINESA ....................................................................... 8

2 ORIGEM E DESENVOLVIMENTO DA ACUPUNTURA ........................................ 136

3 AS TEORIAS BÁSICAS DA MEDICINA CHINESA................................................. 148

4 OS PONTOS DE DIAGNÓSTICO E OS TRATAMENTOS DA

MEDICINA CHINESA.................................................................................................... 165

5 MERIDIANOS ORDINÁRIOS .................................................................................... 189

6 MERIDIANOS EXTRAORDINÁRIOS ....................................................................... 301

7 PONTOS EXTRAORDINÁRIOS ................................................................................ 326

8 PONTOS ONDE NÃO SE DEVEM APLICAR AGULHAS OU MOXIBUSTÃO .... 358

Page 7: Monografia Dalvacy Alves

9 AURICULOTERAPIA ................................................................................................. 360

10 APLICAÇÕES ATRAVÉS DA ACUPUNTURA....................................................... 378

11 PRINCÍPIOS DE TRATAMENTO ............................................................................ 394

REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 407

Page 8: Monografia Dalvacy Alves

7

INTRODUÇÃO

O método da acupuntura consiste em identificar os micromeridianos e os pontos

de reação localizados no corpo humano e que correspondem aos órgãos internos, aplicando

neles agulhas. Pode-se estimulá-los através de moxabustão, radiação eletromagnética, imã

para tratar as doenças dos órgãos internos. Trata-se de uma terapia eficaz, fácil de ser

aprendida, simples de ser aplicada, totalmente segura, e que não oferece efeitos adversos, e o

mais importante de rápidos resultados. Quando se tem uma doença, os pontos correspondentes

a órgão adoentado apresentam reações aos estímulos diversos, provocando reflexos no órgão

interno correspondente. Através dos micromeridianos e pontos reativos pode-se diagnosticar e

induzir o funcionamento dos chamados “6 órgãos e vísceras” do organismo, fazendo com que

a disfunção do órgão/víscera correspondente seja recuperada. O princípio do tratamento por

meio da acupuntura é possível de ser explicado cientificamente e verificado por experimento

sistemáticos. Como métodos de diagnósticos, pode-se citar o método de prognóstico de

constituição, leitura de pulso Yin-Yan, Ryodoraku, entre outros.

A gama de doenças tratáveis com a acupuntura é bem ampla, podem-se esperar

excelentes resultados para doenças que não sejam incuráveis ou fatais, doenças contagiosas,

câncer, doenças crônicas malignas, doenças que requeiram cirurgias e doenças de difícil

reversão pela grande área de tecidos danificados.

Page 9: Monografia Dalvacy Alves

8

1 HISTÓRICO DA MEDICINA CHINESA

Resumo realizado no transcurso das aulas teóricas:

Primeiro módulo:

Histórico da Medicina Chinesa. Dinastia Shang e outras dinastias.

Glossário de palavras chinesa

Zang Fu - sistemas de órgãos e vísceras M.T.C.

Zang - sistemas de órgãos yin

Fu - sistemas de vísceras yang

Jing Luo - sistemas de canais e colaterais

Xue Mai - sistemas de canais e colaterais que carregam

predominantemente o sangue

Ming Men - portão da vida

Matérias:

Qi - energia

Xue - sangue

Jing - essência

Shen - espírito

Page 10: Monografia Dalvacy Alves

9

Jing ye - líquidos orgânicos

Tipos de Qi

Yuan Qi - Qi original ou energia fonte

Gu Qi - Qi dos grãos ou essência dos alimentos

Zhong Qi - Qi do tórax

Zheng Qi - Qi verdadeiro

Yong Qi - Qi nutritivo ou energia da nutrição

Wei Qi - Qi defensivo ou energia de defesa

Zang Fu -órgãos e vísceras

Palavra chinesa aproximação portuguesa abreviação

Shen Rins R

Pi baço/pâncreas BP

Gan Fígado F

Xin Coração C

Fu Pulmão P

Xin bao Pericárdio CS

Pang Guang Bexiga B

Wei Estômago E

Dan Vesícula biliar VB

Xiao Chang Intestino delgado ID

Da Chang Intestino grosso IG

San Jiao Triplo Aquecedor TA

Page 11: Monografia Dalvacy Alves

10

Referências bibliográfias

1. Tratado de Medicina Chinesa

Ed. Roca

2. Acupuntura Tradicional

A arte de inserir

Ed. Roca

3. Acupuntura. Um texto compreensível

Ed. Roca

Ysão Yamamura ← supervisão de: Ysão Yamamura

03 – 05 horas ↑ [ ] de energia

Os números indicam as horas de maior concentração de energia, seria a melhor

hora para sedar, e o horário seguinte para tonificar.

Astrologia hinesa

- A flecha lançada e a palavra dita não volta.

Yang Yin

___ _ _

Os 64 hexagramas ou as 64 possibilidades do destino.

Page 12: Monografia Dalvacy Alves

11

- A pessoa que tem equilíbrio yin yang, possui uma vida tranqüila. Não preocupa-

se com a fama ou riqueza. Sua mente é clara, despreocupada. Tem poucos desejos e vive sem

emoções excessivas. Se tiver sucesso, permanece humilde. Tem boa capacidade

administrativa. Conversa racionalmente com as pessoas é admirada pelos demais.

Perda do equilíbrio entre yin e yang

O desequilíbrio entre yin e yang é uma alteração patológica.

Classificação yin - yang

1. Yin - yang equilibrados Yin - Xiu é necessário tonificar

2. Excesso de yin Yang - Shi é necessário sedar

3. Excesso de yang

4. Insuficiência yin

5. Insuficiência yang

- O equilíbrio yin - yang resolve muitos problemas de saúde. Tudo que está em

excesso sedamos, tudo que está em deficiência nós tonificamos.

Deve-se deixar a cabeça fria e os pés quentes.

Deve-se deixar a cabeça fria e os pés quentes.

Teoria yin e yang

Onde o sol nasce e onde ele chega é yang, onde o sol chega acarretando a sombra

é Yin. Órgãos são Yin porque se movimentam menos. Vísceras são Yang porque se

movimentam mais.

As propriedades do yin e do yang são:

Page 13: Monografia Dalvacy Alves

12

a) Oposição - essa propriedade que mais salta ao olho de um observador

qualquer. Existem sempre dois pólos dentre os quais o sistema oscila, tais

pólos são diametralmente opostos em termos qualitativos, cada pólo se

identificando com o aspecto yin ou yang, ex: um sistema térmico oscila entre

frio e calor.

b) Interdependência - nenhum dos dois aspectos pode existir sozinho num

sistema. Eles estão sempre ligados entre si e o que varia é sua concentração

relativa. Portanto a existência de um depende absolutamente da existência do

outro. É óbvio pois são polares e não se pode estabelecer um pólo sem que

necessariamente haja outro pólo de referência para que a oposição seja

estabelecida.

c) Interconsumo - significa que um aspecto yin ou yang pode consumir o

outro.Ex: num sistema qualquer o crescimento relativo de um aspecto vai

significar o enfraquecimento do outro.Ex: inverno, nas primeiras horas da

manhã aumenta a claridade (maior irradiação do sol) e a noite é o inverso.Um

aspecto seja yin ou yang está sempre ganhando terreno em relação a um outro.

d) Intertransformação - ambos aspectos opostos podem mutar entre si, isso

acontece quando o sistema chega a um extremo. Em primeiro lugar existe a

interdependência, ou seja, um aspecto não existe sem o outro. Ao chegarmos a

um extremo, um dos aspectos fica quase inexistente, porque vai comprometer

a existência do aspecto predominante, sua tendência vai se enfraquecer. Por

outro lado não existe mais “onde ir”, pois chegamos ao extremo daquele

sistema, a única possibilidade é o caminho de volta, portanto o próximo passo

é o nascimento do aspecto oposto dentro do predominante e então o sistema

parte na direção oposta.

Page 14: Monografia Dalvacy Alves

13

ESCOLA DOS CINCO ELEMENTOS

Dizem que foi Cheng Nong (2838 a.C.) o fundador da escola dos cinco elementos

ou movimentos. Supõe-se que ele ao observar a natureza, encontrou o número 5 relacionado

assim:

A. Temos 5 pontos de referências: norte, sul, leste,oeste e centro.

B. Predominam 5 cores na natureza: verde, vermelho, amarelo, branco e preto.

C. Há 5 sabores: azedo, amargo, picante, doce e salgado.

D. Ouvimos 5 sons: grito, gargalhada, canto, choro e gemido.

E. Temos 5 sentidos; 5 órgãos; 5 vísceras.

Relação criativa Relação restrita

fogo

madeira terra

água metal

100

verão

fogo

50 200

primavera veranico de maio

madeira terra

50 100

inverno outono

água metal

Hipoativo: Hiperativo:

Coração intestino delgado

terra

metal água

madeira

fogo

Page 15: Monografia Dalvacy Alves

14

Vesícula estômago

Fígado baço pancreas biliar

Rim pulmão bexiga intestino grosso

- Tonifica a mãe primeira geração

- Tonificando-se a mãe primeira geração, tonifica-se o filho; segunda seração e

seda-se a terceira geração.

- Sedando-se a mãe, primeira geração, seda-se o filho; segunda geração e tonifica-

se a terceira geração.

- Seda-se o filho, sedamos a mãe.

- Tonifica a mãe primeira geração

- Tonifica o filho segunda geração

- Seda-se avô terceira geração

pericardio triplo aquecedor

fígado baço pancreas vesícula biliar estômago

rim pulmão bexiga intestino grosso

- Quando o filho está em deficiência tonifica-se a mãe

- Sempre tonifica rim

- Sempre seda-se fígado.

Teoria do Qi (energia vital) Xue (sangue)

Jing ye (fluídos corporais) e Jing (essência)

Qi(ar) energia vital

De acordo com o seu tipo de manifestação e função o Qí pode ser substituído.

A. Qí ou energia essencial é o quantum geral, o somatório de todas as energias

corporais. É a energia que nos mantém vivos e se esgota com a morte.

Page 16: Monografia Dalvacy Alves

15

B. Yin Qí ou Qí nutritivo (energia nutridora) ela é sintetizada a partir da parte

“pura” dos alimentos. Efetuada pelo baço-pâncreas, somada a energia Qí do ar segundo

M.T.C. O baço pâncreas ascende o Qí dos alimentos até o pulmão, onde eles se juntam ao Qí

do ar, sendo então distribuído pelo organismo pelos canais e colaterais. Sua função é nutrir

órgãos, vísceras e tecidos, promover o funcionamento corporal e aquecer o organismo.

C. Wei Qí ou Qí defensivo (energia de defesa) como o nome indica esta é a

energia que protege o organismo do ataque por fatores patogênicos. Ela é produzida

inicialmente no baço-pâncreas, a partir da parte impura dos alimentos. Ela se junta ao jiao

inferior com a energia ancestral (que veremos adiante) recebendo uma parte desta última em

seguida ascende até o diafragma, de onde é distribuída pelo corpo. A energia de defesa circula

preferencialmente nos canais mais superficiais do corpo chamados fendinomusculares e

distintos. Circula também sob a pele, no sangue e nos chamados canais extraordinários.

As funções da energia de defesa ou Wei Qí são defender o corpo contra agressões

externas, nutrir e regular os poros e aquecer as extremidades.

D. Yuan Qí, Qí ancestral ou energia ancestral é energia herdada dos pais. Guarda

estreita relação com os nossos conceitos de hereditariedade, sendo relacionada pois ao DMA.

Segundo a MTC a origem da energia ancestral são os rins. Da energia ancestral são os rins,

com a função dos gametas forma-se a essência,ou seja, a energia ancestral em sua forma

material. A essência da célula ovo é chamada de essência do céu anterior ela se dinamiza no

embrião formando a chamada energia ancestral que vai penetrar nos vasos maravilhosos

promovendo o desenvolvimento embrionário. Após o nascimento, a essência passa a ser

chamada de essência do céu posterior. Com o fim do desenvolvimento embrionário ou

embriológico a essência fica estocada no rim, onde é nutrida energia do ar e dos alimentos. O

Qí do ar dinamiza a essência em Qí ancestral que circula nos vasos maravilhosos ou canais

extraordinários e no sangue. As funções do Qí ancestral são promover o desenvolvimento

Page 17: Monografia Dalvacy Alves

16

embriológico, crescimento e maturação sexual, nutrir a essência de órgãos e vísceras, auxiliar

o Qí defensivo a proteger o corpo, suprir deficiências, promover a fertilidade e a reprodução

vasos maravilhosos ou canais extraordinários são sinônimos.

E. Zong Qí ou energia do tórax. Segundo a MTC o tórax possui duas influências

básicas: a expansão do movimento fogo e a contração do movimento metal. Isto faz com que

os órgãos que habitam o seu interior sejam pulsateis, se distendendo e se encolhendo

indefinidamente. Este movimento pulsátil é o responsável pelas funções básicas do tórax.

primeiro concentrar energia e sangue e depois distribuí-los pelo corpo.

OUTROS TIPOS DE QÍ

A. Jing QÍ ou Qí dos alimentos, os alimentos ao serem transformados pelo baço-

pâncreas, tornam-se algo material. Mas com capacidade de formar essência. Que vai compor

o Qí nutritivo. Por isto, chama-se jing Qí. Cuja tradução é Qí formador de essência. A

essência adquirida, isto é, os componentes materiais do corpo, são formados a partir do jing

Qí ou do Qí dos alimentos.

B. QING Qí OU Qí do ar, o ar ao ser respirado pelos pulmões fica retido no jiao

superior para combinar-se com o Qí dos alimentos, formando o Qí nutritivo. Ao ar, em forma

de Qí, que fica retido no jiao superior, chamado Qing Qí.

C. Da Qí ou energia cósmica, compreende as energias do céu, incluindo o Qí do ar

e a energia dos raios solares e cósmicos. Na concepção da MTC a energia cósmica penetra

pelos dedos das mãos e pela cabeça nos canais yang.

D. SHUIGUZI Qí ou energia telúrica, compreendendo os alimentos e a energia

que entram nos pés, através dos canais yin dos membros inferiores. A tradução ao pé da letra

é Qí do solo, grãos e água.

E. ZHUO QÍ, a parte impura dos alimentos, que vai compor a formação do Qí

defensivo parte mais densa dos alimentos.

Page 18: Monografia Dalvacy Alves

17

F. ZA QÍ, Qí patogênico ou influências nocivas da natureza sobre o homem,

percurso normal, assumindo uma direção ou sentidos patológicos, o Qí é chamado de Qí

pervertido.

FUNÇÕES DO QÍ

Transformação (Qí do baço), transporte, sustentação e consolidação, proteção,

aquecimento.

A. Qí do baço transforma:

Qí dos rins transforma o Qí fluído

Qí do pulmão transforma o Qí do ar, isto significa que o Qí dos órgãos transforma

tanto energia quanto matéria. Como atividade de cada órgão Zhang está relacionada a um

movimento e o resultado é um círculo de mutações, esta função é evidente.

B. Quando se muda a função do Qí, isto é, transporte:

Qí do baço transporta alimentos.

Qí do pulmão transporta líquidos para baixo.

Qí do rim transporta líquidos para cima.

Qí move o sangue.

São afirmações tradicionais, e mostra que o Qí com suas características yang dá

movimento, transportando os constituintes corporais

C Sustentação e consolidação:

Qí do baço sustenta órgãos e o sangue.

Qí do rim retém essência e os líquidos.

Qí dos pulmões retém suor.

Page 19: Monografia Dalvacy Alves

18

Qí dos órgãos como demonstra os enunciados pode atuar contendo substâncias

fundamentais ao corpo. Assim como mantendo os órgãos em suas posições.

D. Proteção:

O wei Qí ou Qí defensivo protege o corpo das agressões exteriores.

E. Aquecimento:

O Qí amorna os canais e a periferia do corpo.

XUE OU SANGUE

1. DEFINIÇÃO: xue ou sangue, na MTC, apesar de guardar algumas semelhanças

com o conceito ocidental, tem muitas diferenças.

Como semelhanças temos que o sangue:

Xue é um fluído viscoso, de coloração vermelha, que circula nos vasos sangüíneos

e sua formação depende da medula óssea.

Como diferenças temos:

O sangue (xue) circula também nos canais e colaterais.

O sangue (xue) contém Qí e depende do Qí para circular.

O sangue (xue) é considerado uma forma densa de Qí.

O sangue (xue) além de nutrir, umedece os tecidos.

2. FONTES DO SANGUE: o sangue na MTC, tem uma formação complexa; ele

depende do Qí nutritivo, do líquido corporal, da essência da medula óssea e do Qí defensivo.

O Qí defensivo fornece parte da capacidade nutridora do sangue, permitindo ao sangue nutrir

órgãos, vísceras e tecidos. O Qí defensivo dá ao sangue capacidade de defesa quando os

níveis profundos do corpo são invadidos por um fator patogênico. O líquido corporal

possibilita ao sangue que umedeça os tecidos e órgãos. A essência reforça a capacidade

Page 20: Monografia Dalvacy Alves

19

nutridora do sangue, fornecendo também matriz de natureza in para formar a consistência de

líquido viscoso. A formação do sangue depende do baço-pâncreas para o líquido corporal, do

baço-pâncreas e do pulmão para Qí nutritivo e defensivo e do rim para essência.

3. FISIOLOGIA DO SANGUE: o sangue é formado da seguinte maneira; Seus

quatro constituintes (Qí nutritivo, Qí defensivo, líquido corporal e essência) ascendem ao

aquecedor superior e concentram-se no coração, que então o sintetiza, o sangue (xue) é então

distribuído pelo corpo, pelos seus vasos sanguíneos, pelos canais e colaterais. Parte do sangue

é estocado no fígado e pode ser recolocado na circulação caso necessário. Nas mulheres o

fígado oferece sangue ao útero e ao feto, para promover a fertilidade.

4. MANIFESTAÇÕES DO SANGUE: o sangue é apenas uma manifestação na

MTC contudo sua manifestação em cada órgão é diferente, por esse motivo existe na MTC as

denominações sangue do coração, sangue do fígado, sangue do baço-pâncreas.

Sangue do coração significa que o Qí do coração, sua capacidade de sintetizar e

distribuir o sangue pelo corpo,de nutrir o organismo.

Sangue do fígado refere-se a parte yin do fígado, sua capacidade de manter fluxo

menstrual e fertilidade na mulher.

Sangue do baço-pâncreas refere-se a capacidade do baçço-pâncreas de manter o

sangue nos vasos e conseqüentemente para circulação adequada do sangue.

5. FUNÇÕES DO SANGUE: nutrição, umedecimento, promoção do crescimento,

controle do Qí defesa.

A. Nutrição, o sangue possui uma capacidade nutridora mais poderosa que o Qí,

além de nutrir órgãos, vísceras e tecidos o sangue nutre e reforça o Qí.

B. Umedecimento, alguns órgãos e tecidos são sensíveis ao ressecamento. O

sangue umedece estes tecidos e órgãos mantendo-os saudáveis.

Page 21: Monografia Dalvacy Alves

20

C. Promoção do crescimento, as propriedades tônicas do sangue faz com que ele

promova o crescimento de massa muscular.

D. Controle do Qí, o sangue possui características yin sendo mais matérias e mais

viscoso que o Qí. Portanto ele faz que o movimento exagerado do Qí seja controlado, os

textos antigos afirmam para haver saúde o Qí e o sangue devem estar em equilíbrio nos canais

colaterais.

E. Defesa, o sangue também contém o wei Qí e em geral atua defendendo o corpo

quando os fatores patogênicos o atacam em níveis profundos.

LÍQUIDO ORGÂNICO OU JIN YE

1. Líquido orgânico na MTC é o líquido que banha os tecidos, os órgãos, ocupa as

cavidades do corpo, e se exterioriza. Sua definição se aproxima bastante do conhecimento

ocidental, com a diferença que os constituintes corporais guardam relações íntimas de

interdependência diferente do conceito material definido para líquido extra celular, liquor

(líquido sinovial) etc...

2. Tipos de líquido orgânico:

Jing mais fluído e se exterioriza na forma de lágrima e saliva que preenche as

cavidades aturais e banha os órgãos yang fu. Além destes existe os chamados líquidos túrbido

ou fluído impuro, ou seja, a medida que o líquido corporal circula no corpo vai perdendo suas

características fisiológicas se transformando num líquido de má qualidade, chamado de

líquido túrbido. Esse líquido túrbido é então separado pelo rim e pelo baço-pâncreas e

excretado na forma de urina.

3. Formação do líquido corporal e/ou orgânico.

O líquido corporal é formado segundo a MTC, que transformam e transportam a

água e os alimentos. A água então absorvida e modificada no interior do corpo forma-se o

Page 22: Monografia Dalvacy Alves

21

líquido corporal, em seguida o líquido corporal ascende pelo pulmão de onde será distribuído

pelo corpo. Parte do líquido corporal entra na formação de sangue, outra parte é distribuída

nos três aquecedores através do triplo aquecedor que é um órgão constituído por uma rede de

canalículos que interconectam órgãos e vísceras. A esse nível o líquido corporal também entra

nos canais e colaterais e circula na periferia, por fim o fluído corporal que chega ao rim (ou

que está nos membros inferiores e ascende mobilizado pelos rins) sofre a separação do fluído

túrbido e do fluído límpido. O primeiro é excretado através da bexiga enquanto o segundo

ascende de volta ao pulmão para ser redistribuído.

4. FUNÇÕES DO LÍQUIDO CORPORAL

Umedecimento, preenchimento, resfriamento, excreção da turbidez.

A. Umedecimento, assim como o sangue o líquido corporal tem função importante

junto aos órgãos, vísceras e tecidos. Particularmente naqueles sensíveis ao ressecamento. Ao

umedecê-los o líquido corporal os protege da secura e mantém sua vitalidade.

B. Preenchimento das cavidades naturais, as cavidades naturais precisam de

proteção e lubrificação que é feita pelo líquido corporal.

C. Resfriamento, o corpo humano operam órgãos de natureza yang, o líquido

orgânico é de natureza yin para que não seja excessivo. Quando o calor se acumula em

excesso o líquido orgânico absorve o calor, excretando-o sob forma de urina amarelada ou

suor.

D. Excreção da turbidez, o Qí se acumula gerando turbidez. A essência lesada

degenera em turbidez. O sangue consumido ou estagnado degenera gerando turbidez. Os

fatores patogênicos agridem o organismo causando turbidez. A turbidez é absorvida pelo

líquido corporal, que então é excretada sob forma de líquido túrbido.

Page 23: Monografia Dalvacy Alves

22

CANAL TRIPLO AQUECEDOR-FOGO

São 23 pontos bilaterais, polaridade yang, energia mão em direção cabeça, horário

de maior concentração energética 21 as 23 hs.

Função são 03: digestiva, cardiorespiratória e genitourinária.

A. Função digestiva de captação e transformação dos alimentos, que corresponde

ao aquecedor médio.

B. Função cardiorespiratória que regula circulação do sangue rico em Oxigênio, é

energia yang, que corresponde aquecedor superior (pulmão e coração)

C. Função genitourinária que embora tenha função delimitação encarrega da

função sexual propriamente dita.

O triplo aquecedor tem muito peso entre os meridianos, trabalha-se com o ponto

03 (tonificação).

Relacionado com os seguintes meridianos: acoplado pericárdio, pericárdio e

vesícula biliar na grande circulação, baço-pâncreas pela via meio dia meia noite (opostos 12

horas) vesícula biliar madeira que seria terra... ... na seqüência dos cinco elementos. Bexiga é

água, intestino grosso é metal.

Relação na pulsologia

Marido Esposa

Mão esquerda Mão direita

Coração Pulmão

Fígado Baço-pâncreas

Rim Circulação sexo

coração/pericardio

triplo aquecedor/intestino delgado

Page 24: Monografia Dalvacy Alves

23

fígado

vesícula baço-pancreas

estômago

rim

bexiga pulmão/intestino grosso

Yin são órgãos Yang são vísceras

Vasos secundários faz conexão com triplo aquecedor com os seguintes

meridianos:

O ponto triplo aquecedor 17 recebe vaso secundário da vesícula biliar.

O ponto triplo aquecedor 20 faz conexão com vesícula biliar e intestino grosso.

O ponto triplo aquecedor 23 faz conexão com vesícula biliar, intestino delgado e

vaso concepção.

O ponto triplo aquecedor 05 faz conexão com pericárdio 07 e ponto triplo

aquecedor pericárdio 06.

Sintomas de insuficiência energética: qualquer patologia relacionada a patologia

do cúbito.

Sintomas: excitação do sistema nervoso central (SNC)

Trajeto: inicia-se na cutícula externa do dedo anular, percorre face yang dos

membros superiores, não tem trajeto retilíneo, liga-se a Dumay 14, onde faz relação direta

com todos os meridianos do pé e da mão, a parte mais alta do corpo são as mãos. Percorre a

parte superior da escapula, energia vai para fossa supraclavicular onde possui um ramo

interno que vai ao pericárdio e se liga aos 03 níveis do triplo aquecedor. Outro ramo sai

Dumay 14 vai em direção cabeça faz um arco posterior, pavilhão auricular, até canto superior

Page 25: Monografia Dalvacy Alves

24

frontal da cabeça um pouco atrás da raiz do cabelo, forma outro arco até chegar a borda do

zigomático, a partir da parte cervical, há um ramo que entra no ouvido interno sai e termina na

borda lateral do olho.

Meridianos

O ponto triplo aquecedor 01 normalmente utiliza-o para sangria, ansiedade,

irritabilidade.

É energia que vai das mãos a cabeça. Reanima o estado de inconsciência, dispersa

o vento e o vento calor.

Profundidade agulha de sangria.

Funções

TA2. Regula audição, dispersa o vento e dispersa calor perverso do triplo

aquecedor, harmoniza as funções de um modo geral.

TA3. Zhong Zhu, 0,3mm a 0,5mm, localiza-se na depressão natural entre 4 e 5

metacarpos. Ponto de tonificação triplo aquecedor. Funções energéticas tradicionais,

harmoniza Qí do ouvido, dispersa o vento e o vento calor. Deficiência imunológica é o triplo

aquecedor fraco.

TA4. Yang chí, indicação principalmente dores locais, diabetes, relaxa os tendões

e dispersa o vento, funções energéticas tradicionais.

TA5. Wai guan, barreira externa, indicações quanto mais preciso o diagnóstico,

mais rápido será a atuação de acupuntura. Órgãos são yin e vísceras são yang. O perverso

mais difícil de se tratar é o vento.

Libera para o exterior energias perversas, relaxa e fortalece os tendões, facilita

liberação e circulação de Qí nos canais de energia.

Quando meridiano for yin membro esquerdo no sentido horário.

Page 26: Monografia Dalvacy Alves

25

Quando meridiano for yang membro direito no sentido anti-horário.

A acupuntura é rainha da energética.

TA6. Zhi ou 1.0mm a 1.5mm, funções energéticas tradicionais, labirintite,

harmoniza triplo aquecedor, faz circular o Qí das vísceras, harmoniza o Qí e difunde o Qí,

dispersa o vento calor e a mucosidade, remove as obstruções de Qí dos canais de energia.

Ciatalgia a dor é aliviada com chá de melissa e erva cidreira.

TA7. Hui zong,

TA8. San yang luo, ponto de concentração energética muito forte. Funções

remove obstruções de Qí dos canais de energia, abre os orifícios sensoriais e dispersa o vento.

Dores em ambas arcadas dentárias. para utilizá-lo é necessário muita atenção, se utilizá-lo

inadequadamente pode aumentar o yang.

TA9. Si Du, harmoniza circulação de Qí, harmoniza audição.

TA10. Tian jing, acalma shen e clareia a mente, redireciona o Qí contra corrente,

dissolve estagnação de umidade e calor, dispersa o vento.

Indicações dores nos ombros e braços.

TA12.

TA13. para ambos não temos funções energéticas tradicionais.

TA14. Agulha é inserida em direção ao centro da axila, remove as obstruções de

Qí dos canais de energia, fortalece o Qí e o sangue, dispersa o vento e a umidade.

TA15.Tian Liao

TA16. Tian you.

TA17. Harmoniza e fortalece o Qí do triplo aquecedor, fortalece o Qí da audição e

visão. Dispersa o vento e o vento calor perverso, relaxa os músculos e tendões.

TA 20. Qualquer desequilíbrio entre os meridianos no ID VB e TA, com energia

yang se faz sangri neste ponto.

Page 27: Monografia Dalvacy Alves

26

TA18. Qí Mai pode ser sangrado em casos de hipertensão. acalma o shen e

dispersa o vento e calor perverso. Clareia a mente.

TA19. Clareia a mente, fortalece audição, dispersa calor e mucosidade.

TA21. Er Meu, fortalece TA, dispersa calor e o vento.

TA22. Er He.

TA23. Clareia a visão, faz limpeza do calor e da face, dispersa o vento e o calor.

Pode-se usar este ponto para sangria.

Cefaléia geralmente faz-se sangria

Queda palpebral denomina-se pitose.

Paralisia facial usa-se os seguintes pontos: TA23, B2, E2, E4 e/ou E6 e E45

VESÍCULA BILIAR

Total de pontos 44 bilaterais (=88) energia cabeça aos pés. Horário a 23hs a 01hs

maior concentração de energia. Horário indicado para sedação e as demais horas tonifica-se.

Função: Comanda função biliar total intra e extra hepática, incluindo as vias

biliares.

Está relacionado com os seguintes meridianos:F, TA ambos na seqüência da

grande circulação. Coração pela via meio dia, meia noite opostos 12 horas.

Bexiga, água, ID, fogo na seqüência generativa dos 5 elementos. IG que é metal,

estômago que é terra de acordo com a lei de dominância dos 5 elementos.

Através dos vasos secundários o meridiano da VB faz conexão com os seguintes

meridianos.

Pontos mais importantes:VB3, VB4, VB5, VB14 fazem conexão com TA, IG, E.

VB7, VB15, fazem conexão com: TA, ID, B.

VB24 faz conexão com BP

Page 28: Monografia Dalvacy Alves

27

VB37 faz conexão com F3

VB40 faz conexão com F5

Sintomas de insuficiência de energia no meridiano VB.

Debilidade nas pernas, insônia: visão turva, timidez e suspiro, dores abaixo das

costelas, plenitude torácica, pele seca, cefaléia frontal.

Nós devemos pensar acupuntura como prevenção, para manter a saúde e

conseqüentemente não chegar a patologias. É eficaz em casos de dor.

A partir do TA23 desce pela borda externa do olho, com ramo interno iniciando

canal VB vai até região pré-auricular passa para região temporal, desce posteriormente a

orelha para região frontal, segue em direção a região cervical, liga-se Dumay 14, a partir de

Dumay 14 sai um ramo externo que vai para fossa supra-clavicular e se divide em dois ramos

01 interno e outro externo.

O ramo interno segue pela região intercostal ligando-se ao fígado e VB e também

aos órgãos genitais. Só existe no lado direito. O ramo externo percorre a face lateral do tronco

e MIs e termina na cutícula interna do 4 arterecho.

Já VB41 surge ramo interno, vai direção grande circulação que liga-se ao

meridiano do fígado.

VB1. funções energéticas tradicionais, faz circular o Qí, clareia a visão, dispersa o

vento e o calor perverso.

VB2. Ativa circulação sanguínea, remove obstrução do Qí dos canais de energia,

fortalece a audição, dispersa a umidade do fígado e VB, dispersa o vento e o calor perverso. O

paciente deverá estar com boca aberta para localizar a depressão.

VB3. Fortalece a audição, dispersa o vento e o calor perverso.

/VB4. Clareia a mente, dispersa mucosidade, elimina o calor e o vento perverso.

VB5.

Page 29: Monografia Dalvacy Alves

28

VB8. Harmoniza o Qí do aquecedor médio (BP e E) dispersa o vento e calor

perverso. Agulha horizontal.

VB9. Dispersa umidade calor, e o vento calor, acalma os ataques epiléticos.

VB12. Acalma o shen, dispersa umidade calor, vento frio, acalma as convulsões.

VB13. Acalma convulsões, dispersa umidade calor, vento frio.

VB14. Clareia a visão, aumenta a circulação e Qí nos canais de energia, dispersa o

vento e o calor perverso. Agulha para baixo em direção aorta ocular.

VB15. Acalma as convulsões, dispersa umidade,calor e o vento. Pode ser usado

sangria.

Vb19. Acalma o shen, dispersa umidade e calor, dispersa o vento.

VB20. É muito importante e muito usado.

Quem tem problemas de vesícula sofre mais com o vento da primavera. Clareia a

visão, nutre o cérebro,l harmoniza o excesso de yang Qí, melhora as funções das articulações,

ativa a circulação sanguínea, remove as obstruções de Qí dos canais de energia, relaxa os

músculos e tendões, dispersa o vento frio, vento calor e o próprio calor. A direção da agulha

deverá ser em direção ao nariz, este provoca uma sensação de maior sensibilidade, podendo

causar tontura, enjôo e desmaio.

VB21. É abortivo. Faz circular o Qí do fígado e o próprio Qí, extingue o vento do

fígado, dispersa o vento e o frio perverso.

VB22. Não tem funções energéticas tradicionais.

VB23. Não tem funções energéticas tradicionais.

VB24. Claridade ou luz. Funções energéticas,harmoniza o Qí do fígado, vesícula

biliar e estomago.Fortalece o Qí do aquecedor médio, redireciona o Qí contra a corrente e

dispersa a umidade e calor.

Page 30: Monografia Dalvacy Alves

29

VB25. Tonifica e aquece o Qí dos rins, harmoniza via das águas. Relaxa os

tendões e os músculos, redireciona via do

VB26. Harmoniza energia do Qí da nutrição, e o canal de energia Dumay, tonifica

o Qí do fígado e dos rins, harmoniza o Qí do aquecedor e elimina a umidade do aquecedor

inferior. É muito importante para leucorreia.

VB32. Não tem funções energéticas tradicionais.

VB33. Funções energéticas tradicionais, fortalece os joelhos, dispersa o vento e o

frio e afasta a umidade.

VB34. Serve para qualquer dor no corpo. Promove circulação do Qí do fígado e

da vesícula biliar, ativa a circulação do sangue nos canais de energia. Regula a mobilidade das

articulações, relaxa e fortalece os tendões e músculos, fortalece ossos e joelhos, dispersa o

calor do fígado e vesícula biliar, dispersa vento, calor e umidade M.Is.

VB35. Relaxa os tendões e os músculos, dispersa o vento perverso.

VB.36. Harmoniza o Qí da vesícula biliar, relaxa tendões músculos, dispersa

umidade e calor do fígado e vesícula biliar.

Vb37. Harmoniza e tonifica o Qí da vesícula biliar e do sangue,clareia a visão,

dispersa o vento, o calor e a umidade.

VB38. Harmoniza o Qí da vesícula biliar, dispersa o vento a umidade e o calor.

VB39. É importante, harmoniza a vesícula biliar, fortalece o Qí dos ossos,

redireciona o Qí em tumulto contra a corrente, dispersa o calor do cérebro e da medula,

dispersa o yang excessivo da vesícula biliar, dissipa o vento e a umidade calor. Aumenta

energia no mar da medula.

VB40. Funções energéticas tradicionais, harmoniza o Qí do fígado e vesícula

biliar e do sangue, faz circular o Qí do fígado, dispersa o Qí perverso alojado na superfície e

na profundidade, dispersa umidade e calor, redireciona o Qí tumultuado contra a corrente.

Page 31: Monografia Dalvacy Alves

30

VB41. Abre energia de um meridiano, harmoniza o Qí da vesícula biliar e Dumay,

circula o Qí do fígado e vesícula biliar, Dumay. Clareia a visão e aumenta a audição,çç

dispersa o yang excessivo do fígado e transforma umidade e calor.

VB42.

VB43. Harmoniza o Qí da vesícula biliar, é ponto de tonificação vesícula biliar,

dissipa o yang excessivo do fígado, dispersa o calor do corpo e dispersa o vento perverso.

VB44. Yang extremo, sangria para pessoa que transpira muito. Harmoniza o Qí da

vesícula biliar, dissipa o yang excessivo do fígado, faz limpeza do fígado e vesícula biliar,

desobstrui a energia perversa do fígado e vesícula biliar ,clareia orifícios sensoriais e afasta o

vento calor.

FÍGADO

Polaridade yin. Horário de maior concentração de energia 01hs a 03hs. Sentido

pés tronco. Comanda as múltiplas funções do fígado, relacionado com metabolismo,

sexualidade, músculo, acuidade visual, sua expressão emocional é a cólera. Está relacionado

com a visão. Este meridiano está relacionado com vesícula biliar seu acoplado, vesícula biliar

e pulmão na seqüência da grande circulação. Intestino delgado pela via meio dia meia noite

opostos doze horas.

Rim é água

Coração é fogo na seqüência generativa dos 5 elementos.

Pulmão é metal

Baço-pâncreas é terra de acordo com a lei de dominância dos 5 elementos.

Através dos vasos secundários o meridiano do fígado, faz conexão com os

seguintes meridianos:

Pulmão F13 conexão com

F5 faz conexão com VB40

Page 32: Monografia Dalvacy Alves

31

F3 faz conexão com VB37

Existem ainda vasos secundários que liga este meridiano com os seguintes pontos

BP6, B33, P1, Vc2 e 3.

Sintomas de insuficiência de energia: visão diminuída, convulsão paralisia, unhas

quebradiças e angústia.

Sintomas de excesso de energia: pernas inchadas, tensão e dores torácicas,

diarréia, tosse, cãimbras MSs e MIs, dor e rigidez da coluna.

Trajeto sai do Halux passa pela face média interna da perna, pelo BP6, passando

pelos órgãos genitais e une-se ao meridiano ging mai 3 e 4 segue em direção ao fígado, onde

estabelece ligação com vesícula biliar e sobe lateralmente a fossa clavicular para chegar ao do

olho segue um ramo interno que contorna a boca e do fígado sai um ramo interno.

F1. Harmoniza e tonifica o Qí do fígado e do sangue, faz circular o Qí da energia

do fígado. Clareia o shen e a visão, harmoniza a circulação de sangue, reduz yang excessivo

do fígado, harmoniza o Qí do canal da energia. Prolapso do útero --F1, BP6, R6, Dumay 20

Qualquer dor relacionado com órgãos genitais faz-se sangria.

F2. Harmoniza o Qí e o sangue, dissipa o calor do sangue, clareia o Qí do

aquecedor inferior, faz circular o Qí estagante, acalma o shen, dissipa umidade e calor.

Tratamento para insônia F2, Dumay 20, P6, C7

F3. Funções energéticas tradicionais.Harmoniza e tonifica o Qí do sangue,

harmoniza o Qí do fígado e o Qí da vesícula biliar, redireciona o Qí em tumulto contra a

corrente, dispersa umidade e calor, faz a limpeza do Qí do fígado e calor, refresca o sangue e

relaxa os tendões e os músculos.

F2 e F3 são pontos de reforço.

F4. Funções energéticas tradicionais. Harmoniza o Qí do fígado e faz sua difusão,

faz circular no canal energia do fígado, dissipa umidade e calor do fígado.

Page 33: Monografia Dalvacy Alves

32

F5. Funções energéticas tradicionais. Harmoniza e tonifica o Qí do sangue,

remove obstruções de Qí dos canais de energia.

F6. Funções energéticas tradicionais. Circula o Qí do fígado, dissipa umidade e

calor.

F8. Funções energéticas tradicionais. Harmoniza e tonifica o Qí do fígado e

sangue, fortalece o Qí do joelho, dissipa o yang excessivo o fígado e do canal de energia do

fígado, tonifica e circula o Qí da bexiga, circula o Qí do aquecedor inferior, relaxa os tendões

e músculos, dissipa a umidade e o calor. tonifica o fígado.

Priaprismo- F8, Dumay 20, R6, BP6.

F9. Não há funções energéticas tradicionais.

F10. Não há funções energéticas tradicionais.

F11. Não há funções energéticas tradicionais.

F12. Funções energéticas tradicionais. Harmoniza as funções energéticas do

fígado, elimina umidade e calor.

F13. Não há funções energéticas tradicionais. Estão ligados as atividades mentais

(F13 ou P6)

F14. Funções energéticas tradicionais. Harmoniza o Qí do fígado e vesícula biliar,

promove a difusão do Qí do fígado, remove as estagnações de sangue provocada pelo frio

perverso e dissipa o calor perverso e a mucosidade do fígado. Esse ponto é mais sensível que

os demais.

01 Shon Tai Yin Fei Jing P 02 Shon Yang Ming Da Chang IG 03 Zu Yang Ming Wei Jing E 04 Zu Tai Yin Pi Jing BP 05 Shon Shiao Yin Xin Jing C 06 Shon Tai Yang Xiao Chang ID 07 Zu Tai Yang Pang Huang B 08 Zu Shiao Yin Shen Jing R

Page 34: Monografia Dalvacy Alves

33

09 Shon Jue Yin Xin Jing Cs 10 Shon Shiao Yang San Jing TA 11 Zu Shao Yang Dai Jing VB 12 Zu Jye Yin Gan Jing F

ESSÊNCIA OU JING

1. Definição: a essência representa a constituição material do corpo humano, ao

mesmo tempo que relaciona-se com a hereditariedade. Não há nada nos conceitos médicos

ocidentais. A essência é origem da vida, é ela que precede a criação do corpo. Assim a

essência é também a base do corpo. Ela representa nossa herança hereditária e a constituição

material do corpo, com suas características, qualidades e limitações.

2 Tipos de essência.

2.1. Essência pré-natal ou essência do céu anterior: É a essência em sua

manifestação antes do nascimento, nesta fase segundo MTC, a essência não teve contato com

o exterior e alimenta-se basicamente do seu estoque que localiza-se no órgão zang (rim). Por

isso é também conhecida como essência original.

2.2. Essência pós-nata ou essência do céu posterior: É essência em sua

manifestação após o nascimento. Nesta fase a essência é nutrida pelo baço-pâncreas e

pulmões (Qí do ar, Qí dos alimentos e sangue). Por isto é chamada também de essência

adquirida e pode ser alterada pelos hábitos da pessoa (alimentação e ar). A essência pré-natal

relaciona-se mais com o código genético registrado no DNA, enquanto a essência pós-natal

relaciona-se mais com arcabouço protéico e conteúdo enzimático corporais.

2.3. Energia ancestral (yuan Qí). A essência pode-se dinamizar, segundo MTC,

assumindo características mais imateriais e fluídas e então circula nos canais. Durante a vida

intra-uterina a energia ancestral circula nos canais extraordinários ou vasos maravilhosos,

quando vai promover o desenvolvimento embriológico. Na vida extra-uterina o Qí ancestral

Page 35: Monografia Dalvacy Alves

34

circula principalmente nos canais extraordinários, mas pode estar no sangue ou nos canais e

colaterais. Na vida extra-uterina a essência dos rins se transforma em Qí ancestral e vai nutrir

a essência de outros órgãos.

2.4. Fisiologia e fontes de essência: A essência pré-natal flui do encontro/união

dos gametas e vai residir no rim, de onde promove o desenvolvimento embriológico. Após o

nascimento o Qí nutritivo e o sangue vai nutrir a essência dos rins. Esta então é dinamizada

pelo Qí do ar, sob forma de energia ancestral, vai nutrir a essência dos órgãos e tecidos. Parte

da essência vai formar a medula óssea, espinhal e o cérebro. Sob o ponto de vista a energia

ancestral como os mecanismos de mediação química e outros pelos quais o genoma contido

no DNA regula o desenvolvimento embriológico eliminando células que estão defeituosas.

2.5. Funções da essência ou jing

A. Estocar o princípio vital: essência e o princípio vital são praticamente

sinônimos. Princípio vital refere-se ao fator que trás hereditariedade dentro de si, que é

simbolizado pelos gametas e pela célula ovo.

B. Fornecer o yin e yang originais, a sede de todo yin e de todo yangé o rim que

estoca a essência, por esta razão o rim é responsável pelo balanço dos dois aspectos no corpo.

C. Nutrir a essência dos órgãos e vísceras, promover o desenvolvimento

embriológico, crescimento e maturação sexual.Aqui as funções da essência e o Qí ancestral se

confundem, vistos que são aspectos diferentes da mesma coisa, este ponto foi abordado com

detalhes nas funções de Qí.

D. Nutrir as medulas e o cérebro. Na visão da MTC essência é o material

fundamental da formação das medulas, compreendem a medula óssea ou formadora de

sangue e a medula espinhal. As medulas são chamadas mar da essência. O cérebro é formado

pela medula espinhal e depende dela para sua nutrição.

Page 36: Monografia Dalvacy Alves

35

RELAÇÃO DOS CONSTITUINTES CORPORAIS ENTRE SI

1. Definição: Os constituintes corporais se relacionam em sua fisiologia e se

combinam na formação dos órgãos, vísceras e tecidos. Essa interrelação é importante de ser

compreendida, pois faz parte da fisiopatologia de várias doenças.

2. Qí e sangue (xue). “O sangue nutre o Qí, e o Qí circula o sangue”. O sangue é

comandante do ar, e o ar é mãe do sangue. O Qí e o xue simboliza o yang e o yin

respectivamente, quando predomina um sobre o outro vai ocorrer um desequilíbrio do yin e

do yang.

O Qí é mais yang O xue é mais yin

O Qí é mais i material O xue é mais material

O Qí faz xue circular O xue nutre o Qí

O Qí aquece e movimenta O xue nutre e umedece

O Qí tendência a rebelião O xue tendência a estagnação

O Qí mais exterior O xue mais interior

Sangue nutre o Qí-->relaciona-se com a necessidade do último de ser ajudado a

circular, o sangue é mais material, mais viscoso, mais yin por isso circula com dificuldade. O

Qí é mais fluído e caracteriza pelo movimento, além de aquecer e dilatar os canais facilitando

a circulação, por isso o Qí faz circular o sangue, quando existe estagnação de Qí com o passar

do tempo pode ocorrer estagnação de sangue também.

3. Qí e os líquidos corporais--> O líquido corporal jing ye é caracteristicamente

yin, portanto tende a imobilidade. É o Qí portanto que o ascende ao aquecedor superior para

ser distribuído. Quando existe deficiência do Qí (particularmente do fígado e baço) os

líquidos corporais se acumulam na parte baixa do corpo causando edema pois, o yin tende a

descer e o yang tende a subir. Quando os líquidos corporais falham em ascender o yang se

Page 37: Monografia Dalvacy Alves

36

acumula no alto do corpo gerando sintomas de calor no alto e frio em baixo, ou seja, a

separação yin do yang isto pode ocorrer quando tanto o Qí, quanto os líquidos estão

deficientes e existe pouco líquido corporal e o existente não é impulsionado pelo Qí. Os textos

antigos afirmam “o Qí ascende os líquidos e os líquidos refrescam o calor”.

4. O Qí e a essência:O Qí do ar nutre a essência e a mobiliza em Qí ancestral, por

sua vez vai nutrir a essência dos órgãos. Quando o Qí está deficiente principalmente o Qí do

pulmão o Qí não descende adequadamente, o Qí do rim e a essência dos órgãos vai

enfraquecendo gerando uma constituição débil. A essência é quem gera constituição material

dos órgãos e permite que eles produzam Qí e sangue. Quando a essência está enfraquecida a

essência dos órgãos fica debilitada e a produção de Qí é deficiente, o Qí é de natureza yang e

a essência é de natureza yin. Quando o Qí está estagnado, em excesso pode gerar calor

causando dano a essência e lesão aos órgãos.

Qí é ar pulmão

Essência é rim.

5. Sangue e líquidos corporais: O sangue e o líquido umedecem os órgãos e a

periferia, quando o sangue e os líquidos estão deficientes vão predominar os sintomas de

secura, pele seca, lábios secos e rachados, sede... ... o líquido corporal forma o sangue, quando

o líquido corporal está deficiente pois não será formado adequadamente.

6. Sangue e essência:A essência nutre as medulas que vão formar o sangue,

quando a essência está deficiente vai formar a medula, pouco sangue é formado, o sangue por

sua vez junto com o Qí é que nutre a essência para formar a essência pós-natal ou essência

adquirida. Quando o sangue está deficiente a essência dos órgãos fica enfraquecida, gerando

debilidade no organismo, a essência é o elemento primordial do sangue quando a essência é

lesada vai formar em sangue de características estagnantes, gerando estagnação do sangue.

Page 38: Monografia Dalvacy Alves

37

7. Essência e os líquidos corporais: O líquido corporal em essência pertencem ao

yin, quando os dois aspectos ficam em deficiência o yin fica enfraquecido, gerando excesso

de calor relativo ao yang.

A TEORIA DOS ÓRGÃOS ZANG FU

1. Introdução

Zang > órgãos

Xin > coração

Zhú > vasos sanguíneos

A.Governa as atividades mentais,une todas as funções do organismo pelos vasos

sanguíneos, o huá do coração está no rosto, o coração abre tchao na língua, a expressão

emocional é a alegria, o corpo do coração é o sangue, dos cinco elementos é o fogo, o líquido

do coração é o suor, é yin, abriga shen.

Órgão tesouro (da escola francesa) são órgãos sólidos os mais importantes na

fisiologia corporal, sua função na MTC é produzir e estocar as substâncias vitais, ou seja,

energia (Qí) sangue (xue) essência (jing) e líquido corporal (jing ye). Os órgãos zang são em

número de seis e cada um está ligado a um meridiano ou a um canal principal. A análise do

ideograma zang mostra que ele é composto por duas partes, a primeira significa “carne”, e a

segunda estocar, mostrando a relação do yang com as substâncias vitais.

B. Vísceras fu órgãos (ateliê da escola francesa). São as vísceras ocas e de menos

importância que os órgãos zang, sua função na MTC é separar nos elementos o túrbido,

excretando do límpido que deve ser absorvido, as vísceras fu são em número de seis a cada

uma está ligada a um canal ou meridiano. A análise do ideograma fu mostra que o primeiro

componente é o mesmo para zang que significa carne e o segundo significa assento (=cadeira)

governamental, isto porque na China era o governo que distribuía a comida, isto porque as

vísceras separam da comida o Qí límpido que é encaminhado aos órgãos zang.

Page 39: Monografia Dalvacy Alves

38

C. Órgãos extraordinários: São assim chamados porque tem características tanto

de órgãos zang como de vísceras fu. Como os órgãos zang eles tem em comum o fato de

armazenarem material de natureza yin, como as vísceras fu sua semelhança é o fato de que os

órgãos extraordinários são em número de seis: cérebro, útero, ossos, vasos, vesícula biliar e

medula espinhal. Dos órgãos extraordinários dois são mais importantes, relacionam com os

canais extraordinários: cérebro e útero também podem ser chamados de palácio eterno

extraordinário do corpo.Cérebro função da alma energia do corpo, trata-se no meridiano do

coração.

Útero: Tchan Qui (órbita da energia ou corpo que já está formado) cria a vida

função de ligar, sincronizar circular,energias yin e yang.

Yin mulher útero: tem função de regular os seis órgãos e seis vísceras a vaso

concepção.

Yang homem rim: tem função de regular os meridianos vaso governador

2. Pulmão (Fei) é de natureza yin

Zhú do ar e da respiração.O pulmão distribui, vaporiza ou gasifica o ar,

aquecendo-o fazendo com que o mesmo suba. O pulmão retém o alimento pois o ar desce.O

pulmão reajusta reorganiza os canais do líquido orgânico (jin ye). O pulmão une todas as

energias Qí do nosso corpo, e distribui para todo o corpo.O huá do pulmão é a pele e pêlos.

Abre o tchao do nariz. A expressão emocional é a tristeza.O corpo do pulmão é a pele.Dos

cinco elementos é o metal. O líquido do pulmão é a coriza.

3. Fígado (gan) é de natureza yin

Zhú do sangue. Função de eliminar, liberar, filtrar, selecionar sangue. O fígado faz

o sangue subir e o pulmão faz o sangue descer.O huá do fígado são as unhas. O fígado abre

Page 40: Monografia Dalvacy Alves

39

tchao nos olhos. A expressão emocional é a raiva. O corpo do fígado são os tendões,

ligamentos. Dos cinco elementos é a madeira. O líquido do fígado é a lágrima.

4. Rim. Shen. É de natureza yin.

Zhú da áua (líquido do corpo).Rim suga ar e consolida ar (faz a retenção de ar

dentro do corpo). O huá do rim é o cabelo e os dois yin (órgãos genitais externos). O rim abre

tchao na orelha. A expressão emocional é o medo. O corpo do rim são os ossos se

articulações. Dos cinco elementos é a água. O líquido do rim é a saliva. O rim armazena

essências genitais (esperma e óvulo).

Hereditárias (céu anterior), dentro do ventre materno

Essências genitais --->

Adquirida (céu posterior), através da alimentação, após o nascimento.

5. Baço (pi) é de natureza yin

Zhú transportar, transformar sangue, transportar energia vital, alimentos em

nutrientes. Baço que controla a velocidade do sangue nos vasos do corpo tem função de

controlar e solidificar o sangue para que o mesmo não saia fora dos caminhos, vasos

sanguíneos. O huá do baço está nos lábios.O baço abre tchao na boca. A expressão emocional

é a preocupação. O corpo do baço é a carne e músculos. Dos cinco elementos é a terra. O

líquido do baço e a sialorreia.

VÍSCERAS

VESÍCULA BILIAR: Pertence ao órgão eterno extraordinário. Função faz

secreção de bilis (bilis transforma alimento em energia) auxiliando no metabolismo, manter a

circulação, controla e regulariza várias partes do sistema digestivo e fígado.

Page 41: Monografia Dalvacy Alves

40

ESTÔMAGO

Depósito recipiente de sólidos e líquidos.

INTESTINO DELGADO: Recebe o alimento que vem do estômago e transforma

alimento em energia nutritiva, através do sistema digestivo, faz a classificação dos alimentos

separando os límpidos dos turvos. Os turvos são mandados para o intestino grosso.

INTESTINO GROSSO: Recebe alimento do intestino delgado, faz a última

classificação e o que não serve é eliminado através das fezes.

BEXIGA: Recipiente da urina, a bexiga gaseifica, vaporiza para que o vapor suba

e umedeça os rins.

TRIPLO AQUECEDOR:

Aquecedor superior - coração e pulmão

Aquecedor medial - estômago e baço

Aquecedor inferior - fígado e rim

Governar e administrar o organismo e função de Qí. Os canais onde o líquido

orgânico circula devem estar limpos, e livres, quem os mantém limpos e livres é o triplo

aquecedor.

Sistema simpático, dilata os canais

Na MTC -->

Sistema parasimpático, contrai os canais

O meridiano do triplo aquecedor administra o corpo inteiro e dentro do nosso

corpo existe calor e é o triplo aquecedor que dilata os canais.

Page 42: Monografia Dalvacy Alves

41

RELAÇÃO CORAÇÃO E PULMÃO

Residem no tchao superior e interdependem para distribuir Qí e xue. Relação ciclo

movimento. Fogo domina metal. Metal controla fogo.

RELAÇÃO FÍGADO E CORAÇÃO

Dependem de sangue para sua nutrição. yin da madeira gera o yin do fogo. São

órgão uang da madeira, gera yang do fogo. Coração e baço dependem da nutrição pelo

sangue, o yin do fogo nutre o yin da terra.

O rim domina o yin e yang do coração.

RELAÇÃO CINCO MOVIMENTOS

O yin da água domina o yang do fogo, e o yang da água domina o yin do fogo. A

essência do rim domina a essência do coração.

Yin sempre vai ser essência

Yang sempre vai ser função

O fígado mantém o livre fluxo de Qí e ajuda a descida do Qí do pulmão, ou seja,

metal domina madeira e as vezes madeira contra domina metal.

Zang fu

Fígado domina o livre fluxo digestivo, madeira domina terra, rim gera essência do

fígado.

Zang fu e cinco elementos:

Água gera madeira ou yin da água gera essência. Fígado que domina o livre fluxo

digestivo. Cinco movimentos,madeira domina terra.

Órgãos - yin são em número de seis, baço-pâncreas, pulmão,pericárdio, fígado,

rim.

Page 43: Monografia Dalvacy Alves

42

Vísceras-yang intestino grosso, intestino delgado.

PULMÃO -Taim, polaridade yin, horário 3-5hs este meridiano encontra-se com a

máxima energia, o horário seguinte é recomendado para tonificá-lo. Este meridiano comanda

o aparelho respiratório incluindo as vias aéreas (fossas nasais e brônquios, laringe) e a pele

sua expressão emocional é a tristeza.

O meridiano do pulmão está relacionado com intestino grosso seu acoplado,

fígado e intestino grosso na seqüência da grande circulação de energia, bexiga pela via meio

dia meia noite opostos 12hs, baço pâncreas e rim na seqüência generativa dos cinco

elementos, coração e circulação de acordo com a lei de dominância dos cinco elementos.

VASOS SECUNDÁRIOS, através dos vasos secundários o meridiano do pulmão

faz conexão com: P1 com F14 relação pulmão e fígado; IG4 e P9 com IG6.

Sintomas de insuficiência de energia: Dor e frio em toda região cervical, temor ao

frio, tosse, insônia, alteração da cor da pele, língua vermelha, dor subclavicular, perda das

forças, tristeza, angústia, desassossego.

Sintomas de excesso de energia: transtornos congestivos, dores no ombro,tosse

bocejos, agitação e excesso de auto-estima.

TRAJETO:

Inicia-se no triplo aquecedor medial, liga-se ao intestino grosso, dá uma volta no

intestino grosso subindo pela cárdia e diafragma, entra no pulmão sob e sai entre a clavícula e

axila desce pelo bíceps na frente do meridiano do coração, chega na dobra interna do cotovelo

segue internamente pelo braço, passa pelo pulso e chega ao nível da unha do polegar, pertence

a energia yin, vai de baixo para cima, percorre a parte interna do braço e tem 11 pontos.

Os pontos de maior importância terapêutica são:

Ponto de tonificação: a energia aumenta no meridiano correspondente.

Page 44: Monografia Dalvacy Alves

43

Ponto de sedação: a estimulação tem o propósito de sedar a energia.

Ponto fonte: fortalece o ponto de sedação e dispersão e regularizando as funções

de dispersão.

Ponto de reunião :sua função se estende a um grupo de meridianos e funções.

Ponto Luo: permite ação sobre o meridiano acoplado equilibrando sua energia.

Ponto de assentamento: encontra-se no meridiano da bexiga correspondendo a um

determinado órgão ou víscera, sua estimulação permite uma ação de regularização

complementar aquela dada no ponto principal.

Ponto de alarme: é aquele quando posicionado existe dor, significa que o

meridiano está desequilibrado.

Ponto de tonificação do pulmão P9

Ponto de sedação do pulmão P5

Ponto fonte do pulmão P9

Ponto Luo do pulmão P7

Ponto de alarme do pulmão P1

Ponto de assentamento B13

P1--> ponto de alarme -Zhong fu indicação regula o Qí do pulmão.

ZANG FU

RELAÇÕES:

A. Pulmão-coração

1. Qí e xue: o pulmão domina a distribuição de Qí e o coração a de xue, Qí circula

xue e xue nutre Qí, se o Qí do coração está fraco xue está mal distribuído enfraquecendo o Qí.

Se o Qí do pulmão está fraco o Qí será deficiente e circulará pouco levando xue a estagnação.

Page 45: Monografia Dalvacy Alves

44

2. Zhong Qí: é pulsátil e depende do pulmão e do coração se o Qí de um dos dois

órgãos está enfraquecido, o zhong Qí fica enfraquecido causando taquicardia, voz fraca e

memória ruim.

3. Pulmão e coração residem no jiao superior: por pertencer ao mesmo aquecedor

a doença pode migrar de um órgão para outro, isto é, particularmente observado nas doenças

por calor, causando fleuma como os ataques externos por calor umidade ou ascensão do vento

do fígado. Conclusão é comum notar que o Qí do coração se altere em patologias respiratórias

e vice-versa. Ex: asma (deficiência do Qí do pulmão geralmente vem acompanhada de

palidez, taquicardia e palpitações, angina pectoris que é estagnação doo Qí do coração) vem

acompanhada de dispnéia e taquipnéia.

B. Coração e fígado

1. Fisiologia do sangue: o coração distribui o sangue e o fígado o estoca, duas

atividades tem que estar coordenadas para o funcionamento adequado do sangue. Se o Qí do

coração está deficiente o fígado não será nutrido com o sangue e o sangue nos dois órgãos

ficará deficiente, causando sintomas como palpitações, nervosismo, insônia e irritabilidade.

Se o sangue do fígado está deficiente entra não supre as necessidades corporais causando

amenorréia, fadiga etc... ...

2. Harmoniza shen: O coração abriga shen, o fígado é responsável pelo livre fluxo

das emoções (livre fluxo de Qí). Quando o livre fluxo de Qí está alterado isto pode alterar

shen causando: nervosismo, agitação, irritabilidade, loquacidade (loucura) etc... ... no sentido

inverso emoções intensas e respectivas afetam o shen e o livre fluxo das emoções levando o

Qí a estagnar com sintomas como; irritabilidade,náuseas etc...

3. Coração fígado como órgão yang: Coração movimenta fogo e o fígado

movimenta madeira, são mais yang e podem produzir yang. O yang caracteriza-se por subir.

Por isso que se observa o yang do fígado provocar uma hiperatividade do coração por outro

Page 46: Monografia Dalvacy Alves

45

lado o sangue é yin e nutre o yin de ambos órgãos, quando o sangue está deficiente o yang

relativo pode ficar aparente. Conclusão as patologias que envolvem fígado e coração são em

geral de natureza yang e envolvem shen causando muitos sintomas na esfera emocional.

C. Coração e baço

1. Fisiologia do sangue: O coração sintetiza o sangue e o baço produz a maior

parte dos componentes do sangue (Qí dos alimentos, fluído corporal, Qí defensivo e ainda

nutre a essência das medulas) quando o Qí do baço está deficiente não vai produzir

eficientemente os constituintes do sangue e o sangue no coração vai ficar deficiente causando

memória fraca, queda de cabelo e fadiga. O coração domina os vasos e o baço mantém o

sangue em seu interior , se o Qí do baço e do sangue está enfraquecido o sangue pode

extravasar.

2. O baço é um dos principais órgãos em Qí nutritivo; o coração sintetiza e

distribui o sangue, o Qí circula sangue e o sangue nutre entre o Qí, se o baço e o coração estão

deficientes haverá deficiência de Qí e sangue e ao fim de algum tempo pode surgir

estagnação. Conclusão as patologias do baço e coração em geral com deficiência de Qí e

sangue pode apresentar sangramento ou um nível mais avançado de estagnação.

D. Coração e o rim

1. Segundo MTC o coração distribui yang de cima para baixo amornando tecidos

e órgãos enquanto o rim ascende o yin nutrindo o yin dos órgãos e tecidos. Isso é chamado na

MTC de assistência mútua do fogo e da água quando o yang está comprometido o yang do

corpo todo fica comprometido frio no corpo, principalmente nas extremidades, palidez.

Quando o yin do rim fica comprometido o yin do corpo fica comprometido e surge sintomas

como calor no corpo, calor nas mãos e pés.

Page 47: Monografia Dalvacy Alves

46

2. Yang do rim e do coração: O yang do coração se distribui pelo corpo mas o

yang do rim é a fonte do yang do coração (rim domina coração) pois rim é a sede da essência

e do Ming Men portanto se o Yang do coração vai ser também afetado, assim apareceram

sintomas como diminuição da libido, impotência, frio nos joelhos e região lombar, junto com

os sintomas de deficiência de yang no corpo.

3. O yang do rim e do coração: O rim estoca essência e o coração domina o

sangue, o sangue nutre a essência e vice versa, a essência do rim ou sangue do coração

enfraquece surge um ciclo vicioso no qual ambos vão ficando progressivamente deficientes e

pode culminar a morte porque acaba a assistência mútua.

3. A essência e o sangue: O coração abriga o espírito e o rim estoca essência. A

essência é a fonte do corpo e do espírito, no Nei Jing o livro questões simples afirma: “a

essência é a raiz do Qí Chang Shen” quando a essência enfraquece o shen fica enfraquecido

levando ao desinteresse, perda de memória, insegurança, raciocínio lento,instabilidade

emocional. Conclusão o rim e o coração são os principais envolvidos no equilíbrio do corpo.

O processo de envelhecimento compromete a essência o sangue e a mente, culmina com a

morte e relaciona-se com esses dois órgãos.

E. FÍGADO E PULMÕES

1. Movimento do Qí: O fígado ascende e mantém o fluxo do Qí, o pulmão

descende e domina a distribuição do Qí quando o pulmão está com o Qí deficiente ele não

descende e não distribui adequadamente, o Qí nutritivo fica enfraquecido e tende a estagnar, o

Qí deficiente e estagnado gera dispnéia, parestesias, nervosismo ,irritabilidade, quando o Qí

do fígado está muito estagnado pode dificultar a descida do Qí do pulmão, os sintomas serão

de plenitude nos hipocôndrios. Quando a estagnação do Qí se transforma em calor pode

ascender para Chiao superior lesando o yin dos pulmões principal sintoma será dor toráxica

(lesão de yin dos pulmões é o quadro clássico do abcesso pulmonar).

Page 48: Monografia Dalvacy Alves

47

2. O Qíe xue: O pulmão domina a distribuição de Qí e o fígado estoca xue, o Qí

movimenta xue e xue nutre Qí. Quando o Qí do pulmão é deficiente e o Qí do fígado

estagnado xue tende a se estagnar gerando hepatoesplenomegalia e coágulos nos ciclos

menstruais. Conclusão: os desequilíbrios envolvendo fígado e pulmão relacionam-se do Qí

que ascende em excesso ou não descende adequadamente, síndromes muito crônicas de

estagnação de Qí vão resultar em estagnação de sangue.

F. FÍGADO E BAÇO:

1. O Qí do fígado e baço: O livre fluxo de Qí é fundamental para o processo de

transporte e transformação do baço. Quando o Qí está estagnado o baço não transforma e não

transporta os alimentos e nem pode acendê-los ao aquecedor superior, os sintomas são;

nervosismo, irritabilidade, digestão difícil, dor e plenitude abdominal e diarréia.

2. O Qí do fígado e o fluído corporal: O baço forma o fluído corporal, o fluído

corporal é a base dos processos corporais, quando o baço produz um fluído estagnante ele se

transforma em fleuma, a fleuma dificulta o livre fluxo de Qí, afetando o fígado. Os sintomas

são; náuseas, apetite fraca, diarréia, irritabilidade e plenitude nos hipocôndrios, plenitude

abdominal.

3. O Qí do baço e o xue do fígado: Baço produz os constituintes do sangue (Qí

dos alimentos, fluído corporal, nutre a essência e o Qí defensivo). Quando o Qí do baço está

deficiente, o xue pode ficar deficiente e não vai ser estocado pelo fígado. Os sintomas são:

amenorréia, nervosismo, palidez, cansaço, síndrome pré-menstrual. Por outro lado o fígado

regula o fluxo menstrual e o baço mantém o sangue nos vasos, se o Qí do baço não mantém o

sangue nos vasos , vai gerar hipermenorréia comprometendo o sangue do fígado. Se o sangue

já estiver deficiente ocorrerá o desrregramento menstrual.

Page 49: Monografia Dalvacy Alves

48

4. Fígado e baço no aquecedor médio: Classicamente o fígado habita o aquecedor

inferior, contudo os textos clássicos hora se referem ao fígado no aquecedor inferior, hora no

aquecedor médio. O excedente do Qí do fígado sob forma de bile ajuda o baço e o estomago a

transformar os alimentos. Portanto pode-se considerar parte do fígado como pertencente ao

aquecedor médio, esta convivência próxima com baço faz com que as funções de um afetem

muito as funções do outro. Isto faz surgir uma síndrome chamada desarmonia entre o fígado e

o baço, onde mais de uma das relações descritas está envolvidas, os sintomas são invasão por

calor e umidade do aquecedor médio (hepatite e colangites). Conclusão as funções do fígado e

baço atua principalmente nos processos digestivos (transporte e transformação) do aquecedor

médio. No tocante a ação dos dois órgãos sobre o xue a principal repercussão é sobre os ciclos

menstruais.

G. FÍGADO E RIM

1. A essência do rim e do fígado: Os textos antigos afirmam: “o fígado e o rim”

tem a mesma fonte, isto significa que a essência do rim nutre do fígado e o yin do fígado

pertence a essência. Quando a essência fica comprometida a essência do rim e fígado fica

comprometida gerando sintomas como: emagrecimento, diminuição da visão, perda dos

dentes, amenorréia, hipoacusia (diminuição da audição).

2. Yin do rim e yin do fígado: a essência do rim nutre o fígado e esta essência

pertence ao yin, quando yin do rim está deficiente o yin do fígado também pode enfraquecer

ocasionando aumento relativo do yang. Os sintomas são: cefaléia pulsátil, irritabilidade,

aumento pressão arterial, insônia etc... ...

3. A essência e o xue: A essência estocada no rim nutre o sangue e promove a

fertilidade. O xue do fígado nutre a essência e o útero e promove os ciclos menstruais, quando

a essência do rim está deficiente e o sangue estocado no fígado não é nutrido e ambos não

Page 50: Monografia Dalvacy Alves

49

promove a fertilidade e as regras causando esterilidade. É o que ocorre na síndrome da

menopausa. As relações entre rim e fígado concerne o yin e a essência e conseqüentemente a

fertilidade principalmente a feminina.

H. PULMÃO E RIM

1. Recebimento e descida de Qí: pulmão recebe o Qí do ar, o rim recebe o Qí dos

pulmões quando o rim não é capaz de descender o Qí do ar dos pulmões, fica comprometido

gerando sintomas como cansaço e fraqueza na coluna lombar se por um lado o pulmão é

atividade, a essência do rim vai ficar comprometida gerando cansaço, lombalgia, constituição

fraca... ...

2. Circulação do líquido corporal: o pulmão abre as passagens de água e descende

o líquido corporal, o rim separa o límpido e o túrbido e ascende o líquido corporal pode-se

acumular abaixo no corpo causando edema. Como o líquido corporal não ascende há

deficiências de líquidos do pulmão. Os sintomas são: edema e frio em MIs com o calor

revertido, lábios ressecados, sede intensa, sensação febril. Se tanto o yang dos rins como o

yang dos pulmões estiver deficiente o líquido corporal se acumula e tem dificuldade tanto em

ascender como em descender. O edema é maior e, durante o dia é embaixo MIs, a noite

quando o paciente se deita os líquidos se movem com a gravidade e vão ao tchao superior

onde o pulmão não consegue descender “o acumulo de líquido apaga o fogo do coração

causando palpitação e mal estar pré-cordial é o quadro clássico de icc (insuficiência cardíaca

congestiva).

3. O líquido corporal e o yin do rim: o rim nutre o yin do corpo, o rim ascende o

líquido corporal para o pulmão, quando o rim está em deficiência leva a deficiência do líquido

corporal que pertence ao yin, com isso o rim não ascende o líquido corporal, vão surgir

sintomas como boca seca, sede lombalgias, lábios ressecados... ... as relações do rim e pulmão

Page 51: Monografia Dalvacy Alves

50

tangem a respiração (recebimento do Qí do ar) e a fisiologia do Qí corporal, circulação e o

líquido como parte do yin do corpo).

I. BAÇO E PULMÃO

1. Circula o líquido corporal: O baço produz o líquido corporal e ascende ao

pulmão, o pulmão abre as passagens de água e distribui o líquido corporal. É estagnado ou o

pulmão não distribui pelos aquecedores vai se acumular nos aquecedores médios superiores e

torna-se mais espesso sob a forma de fleuma. Sintomas de plenitude abdominal e torácica,

náusea, tosse com expectoração e pouco apetite.

2. Circula o Qí corporal: O baço produz o Qí puro dos alimentos, o pulmão

produz o Qí puro do ar e junta os dois para sintetizar o yin Qí. Quando o baço não produz

suficiente Qí dos alimentos e o pulmão não recebe adequadamente o Qí do ar a produção de

Qí nutritivo fica comprometida gerando deficiência. Sintomas cansaço, anorexia palidez...

...conclusão as relações do baço e pulmão refere-se a produção de Qí nutritivo e metabolismo

do líquido corporal. Quando os dois órgãos estão envolvidos, estão em desarmonia em geral o

Qí é deficiente, e o líquido corporal pode ficar comprometido.

J. RIM E BAÇO

1. O Qí adquirido e o Qí pré-natal: O baço transforma os alimentos produzindo o

Qí límpido dos alimentos que nutre a essência. A essência pré-natal estocada no rim através

do Qí ancestral reforça a essência dos órgãos. Se o baço não produz suficiente Qí dos

alimentos, o Qí não nutre a essência do rim e esta fica deficiente, se a essência do rim não

reforça a essência do baço através do Qí ancestral o Qí do baço fica enfraquecido e não

promove o transporte e a transformação dos alimentos, os sintomas são diarréia, fraqueza e

atrofia muscular.

Page 52: Monografia Dalvacy Alves

51

2. Yang do baço e yang do rim: O yang do rim nutre o yang do corpo todo, o yang

do baço é quem manda nos processos ativos de transporte e transformação de alimentos.

Quando o yang do rim não amorna baço surgem sintomas como diarréia, frio no abdomem,

lombalgia, frio na coluna lombar e quatro membros, hipertensão ... ...

3. O rim e o baço como órgão de base:O rim é a sede da essência pré-natal, o baço

é onde produz a essência adquirida através dos alimentos, quando a essência pré-natal e a

essência adquirida não estão plenas não vão nutrir a base gerando sintomas como fraqueza e

atrofia dos MIs e MSs, dificultando a coordenação da marcha.

4. O rim , baço e o fluído corporal: baço transforma os líquidos e sintetiza os

fluídos corporais, o rim separa o túrbido e o límpido e ascende o fluído corporal se o baço não

transforma adequadamente os fluídos e o rim não os ascende, eles podem se acumular sobre a

forma de edema na parte baixa do corpo. Conclusão as relações do rim e baço são as de

produzir a essência básica para construir a base material do corpo. Para tanto o aço necessita

do yang do rim para morná-lo por outro lado a deficiência da essência básica vai afetar

principalmente a base do corpo e os fluídos podem também acumular.

VÍSCERAS

A. Estomago e vísceras da digestão: o estômago comanda a descida do Qí túrbido

e a ser absorvida no tubo digestivo, quando algo ocorre impedindo o funcionamento adequado

da digestão, o Qí do estômago fica alterado e o processo digestivo é paralisado. Os sintomas

são náuseas, distensão abdominal, vômitos, se por outro lado o Qí do estômago está

diminuído todo processo digestivo fica diminuído.

B. Estômago e intestino grosso: o estômago é uma câmara de fluídos e o intestino

grosso absolve os fluídos separados no tubo digestivo, as duas vísceras são sensíveis ao

ressecamento (deficiência de fluídos) as duas vísceras estão no mesmo nível energético

Page 53: Monografia Dalvacy Alves

52

quando considerados como canais nível yang Ming.

C. Bexiga e intestino delgado: o intestino delgado separa os líquidos e o Qí

túrbido. Parte do Qí túrbido é secretado com as fezes a outra parte é conduzida a bexiga e

eliminada com a urina. Síndromes do intestino delgado pode causar oligúria, hematúria e

disúria como ambas as vísceras em termos de canal são consideradas do mesmo nível

energético. Tai yan da mão.

Síndromes yang Ming: lábios ressecados, sede intensa, boca seca, constipação ou

fezes ressecadas.

D. Triplo aquecedor e bexiga: triplo aquecedor auxilia a bexiga a separar o

límpido do túrbido e a excretar o Qí túrbido. É através dos canais do triplo aquecedor que o

fluído túrbido separado pelo intestino delgado chega a bexiga. O triplo aquecedor também

atua drenando líquido corporal para o aquecedor inferior para sofrer a separação do límpido e

túrbido. Por isso os pontos que atuam no triplo aquecedor são utilizados para drenar os

edemas.

ACUPUNTURA CLÍNICA

Em pontos bilaterais deve-se:lado direito do corpo tonificar, agulha em sentido

horário.Lado esquerdo do corpo sedar, agulha em sentido anti-horário.

Se a agulha fixar na pele:colocar gelo na ponta da agulha e/ou colocar agulhas em

volta da agulha aderida a pele.

Tai yang intestino delgado bexiga frio.------------------>

Shao yang triplo aquecedor vesícula biliar calor---->nos três casos utiliza-se

ventosa, fitoterapia, sangria,

Yang Ming intestino grosso estômago sequidão ---> moxabustão, acupuntura.

Page 54: Monografia Dalvacy Alves

53

Tai yin pulmão baço-pâncreas umidade--->

Jue yin fígado e circulação sexo vento----->nos três casos utiliza-se fitoterapia,

moxabustão, acupuntura.

Shao yin rim coração fogo -------------->

Frio perverso B67 sangria

Calor vesícula biliar B44 sangria

Sequidão estômago E45 sangria

Umidade baço-pâncreas BP1 sangria

Vento fígado F1 sangria

Fogo rim R1 moxabustão

ASCENÇÃO E DESCIDA DE QÍ

Com o objetivo de proporcionar um tratamento por acupuntura é essencial que se

tenha conhecimento do movimento ascendente e descendente do Qí nos meridianos internos.

Vários quadros patológicos são provenientes de um desarranjo na direção do movimento do

Qí. O movimento do Qí de determinados órgãos desce, enquanto de outros naturalmente sobe.

Os órgãos nos quais apresentam movimento descendente são: estômago, pulmão, coração,

rim. O único órgão onde o Qí possui movimento ascendente é o baço-pâncreas, o fígado é

diferente na medida que se o Qí difunde em todas as direções.

Qí yin: (ar energia movimento) significa que circula fora da sua órbita.

Os sentidos do Qí yin são os seguintes:

Estômago-> soluços,eructações, náuseas, vômito, regurgitação ácida, VC13,

VC10, E34, E44, E45, IG4,estes pontos regularizam a energia.

Pulmão--> tosse, asma, dispnéia, P7, P5, P1

Coração-->palpitações, ansiedade, salivação com sabor amargo dispnéia C5, C8,

VC15

Page 55: Monografia Dalvacy Alves

54

Rim-->asma, retenção urinária, R7,R1, VC4

Baço-pâncreas-->fezes soltas, diarréia, prolapso, VC12, VC6, VG20, B20

Fígado--> cefaléia, tontura, zumbido, irritabilidade, sabor amargo, cansaço, crise

nostálgica, dor hipocôndrio, dor abdominal, distensão dor hipogástrica, F3, F2, F1.

Receita para dor ciática-->ID3, ID4

E36 qualquer patologia abdomem

B40 qualquer patologia coluna sangria

P7 qualquer patologia cabeça e coluna

IG4 qualquer patologia boca e face

Cs6-pericárdio qualquer patologia tórax e coração

BP6 qualquer patologia abdomem inferior

Dumay 26 qualquer patologia epilepsia e primeiros socorros.

BIOTIPO

1. Shao yang: pessoa que gesticula muito, vasos sanguíneos aparentes, marcha

rebolante, temperamento emotivo, colérico,pretensioso, atividade mental intenso, brigas por

ideais político e/ou religioso, tendência ao adultério, bem humorado, franco e objetivo. Os

meridianos são vesícula biliar e triplo aquecedor 123.

2. Jue yin: bochechas salientes avermelhadas, olhos grandes, articulações

pronunciadas, magreza,tendência a varizes nas pernas. Temperamento raiva, cólera, confusão,

perda de memória, frustração por bobagens, fobias, envergonhado, irritabilidade emocional.

Os meridianos são fígado e Cs-pericárdio.

3. Yang Ming: pescoço largo, peitoral desenvolvido, tórax largo, abdomem

musculoso, face avermelhada, nariz fino e comprido, barba abundante (se for homem).

Temperamento moralista, educado, rígido, irônico, impacivo, paciente, alegre, generoso. Os

meridianos são estômago e intestino grosso.

Page 56: Monografia Dalvacy Alves

55

4. Tai yin: mãos e pés pequenos, tendência a obesidade localizada, pouca presença

de pêlos, tórax estreito. Temperamento indiferença, educado, desinteressado, flexível,

disperso, tolerante, contraditório, detalhista, preguiçoso. Os meridianos são baço-pâncreas e

pulmão.

5. Tai yang: sobrancelhas grossas, face grande, barba cerrada (se for homem),

narinas largas, costas largas com pernas finas, cabeça alta, vermelhidão no pescoço, mãos

grandes. Temperamento ambicioso, renúncia, motivação, herói, conflituado, sacrifício,

determinado. Os meridianos são bexiga e intestino delgado.

Dumay 20 é excelente para sedar intestino grosso.

6. Shao yin: constituição fraca, olheiras, ombros pequenos, face avermelhada,

pouca altura, pés e face enegrecida, rim e coração é preto. Temperamento lamentações, choro

freqüente, tendência ao suicídio, medo timidez, fuga de desafios.

ID7 ponto a trabalhar em casos de sede excessiva (sintoma de diabete).

DIFERENCIAÇÃO ENTRE ÓRGÃOS E VÍSCERAS

1. Coração e intestino delgado: coração xin, deficiência da energia do coração (xin

Qí xin). Sintomas taquicardia, palpitações, corpo cansado e pesado, sudorese, sem energia,

preguiça, pulso fino e fraco, língua pálida com muco branco.

Xin yang xin: deficiência do yang do coração, sintomas membros frios, respiração

fraca, mente fraca (incertezas), tontura e desmaio, sudorese profusa, pulso fraco e sensação

que está terminando, língua inchada, pálida de coloração azulada mais para tonalidade lilás.

Etiologia:

Xin Qí xue: queda da energia do coração, o sangue não possui energia suficiente,

não consolida, portanto não circula.

Causas: deficiência do yang do coração, a função do órgão está deficiente.

Page 57: Monografia Dalvacy Alves

56

Sintomas: mente cansada, doença crônica, pessoa cada vez mais fraca, doença

aguda, acidente fratura, pulso fino e fraco.

Deficiência do sangue do coração:sintomas taquicardia, muita insônia, rosto e

lábios pálidos, sem presença de huá, estocomas, tontura, língua pálida, pulso fino e sem força.

Deficiência do yin (líquido do coração) Jue yin xue. Sintomas boca seca,

ansiedade, sudorese (maçã do rosto vermelha e sintoma de fraqueza).

Retenção e estagnação do sangue do coração:

Causas: cansaço, trabalho excessivo (horário, qualidade e quantidade, bebidas

alcoólicas em excesso e gorduras em geral), constituição herdada fraca, doenças crônicas e

agulhas, desequilíbrio emocional.

Sintomas: taquicardia, dor no coração esta dor irradia até ombros e braços, mulher

presença de coágulo na menstruação, rosto e língua lilás, membros frios, presença de

sudorese, quanto mais escuro a língua maior a concentração de sangue no coração, pulso

áspero.

Hipertrofia do fogo do coração

Sintomas: impaciência, ansiedade, insônia, boca seca, urina avermelhada,

sensação de dor áspera ao urinar, língua vermelha, pulso rápido.

Etiologia: retenção emocional, perversos exterior, comida com temperos fortes,

cigarros, bebidas alcoólicas, gorduras.

Ps-> o fogo do coração sobe para o cérebro fazendo com que a pessoa fique

nervosa, agitada, nervosa, com rosto e língua e olhos avermelhados. A língua é o tchao do

coração. Com o calor forte a circulação torna-se rápida.

Desordem mental: o fogo queima o líquido orgânico fazendo com que este

bloqueie a circulação da energia.

Sintomas: pessoa conversa assuntos impróprios para o momento, desmaio, infarto,

Page 58: Monografia Dalvacy Alves

57

tontura, a noite a pessoa ronca, música do catarro, língua branca e gordura, pulso liso e

escorregadio.

Fogo de catarro: o fogo do catarro perturba o coração.

Sintomas: pessoa nervosa, insônia, rosto vermelho de estagnação de energia, urina

avermelhada, constipação, loucura, língua amarela e gordurosa, pulso forte e rápido e

escorregadio, presença de dor ar do intestino delgado (gases).

Qí xiao Chang: existe presença de dor aguda no estômago inferior, o abdomem

incha e o intestino tem presença de borboringos, o intestino cai havendo inflamação e dor com

sensação de peso, sendo que esta dor irradia para região lombar, língua saburra branca, pulso

profundo e incógnito.

Causas: alimentação irregular (rápida), alimentos fora do horário, choque térmico

e estagnação do ar e do sangue.

PULMÃO E INTESTINO GROSSO

Perverso do vento (feng), o vento frio invade, ataca, prejudica, perturba o pulmão,

faz com que as energias nutritivas caem.

Sintomas: tosse, catarro fino e branco,, sem presença de sede, nariz obstruído com

presença de coriza, aversão ao frio, febre com presença de suor, cefaléia (sensação de calor

interior). Vento quente invade, ataca e prejudica o pulmão, sensação de sede e cefaléia

(sensação de flutuação).

Etiologia: o vento quente ou frio penetra no corpo através dos poros, respiração e

alimentos.

Retenção de catarro úmido no pulmão: quando existir retenção sempre existirá

presença de catarro úmido na língua e esta será de duas formas: existe retenção e a energia

não chega devido a acumulação de líquido, a retenção porém já está mais forte prejudicando o

coração.

Page 59: Monografia Dalvacy Alves

58

O intestino grosso e reto já estão com maior acúmulo de gordura, a retenção de

catarro também prejudica o baço, devido ao calor úmido, devido a própria retenção fazendo

com que o Qí do pulmão não desça prejudicando o baço.

Sintomas: tosse, catarro, peito sensação de estufado, respiração curta, dificuldade

de dormir com abdomem voltado para cima, asma música do catarro, pulso liso, língua branca

e gordurosa.

Perverso de frio: o ar frio provoca retenção e a doença torna-se crônica, o catarro

bloqueia a circulação de ar, ou seja, o ar não circula nos meridianos.

Sintomas: tosse, presença de catarro, peito estufado, abafado e inchado.

Acumulação do calor do catarro no estômago: normalmente é provocado pelo

vento quente do calor ou do wei Qí (luta interna) o calor acumula e prejudica a circulação de

ar no pulmão. O pulmão trabalha com o ar fresco e quando o ar quente invade o pulmão este

perde a capacidade de filtrar, armazenar pois o mesmo fica abafado.

Sintomas: tosse, dor no peito, asma, catarro amarelo e grosso, urina amarela.

Deficiência de Qí no pulmão (fei Qí xiu ruo):

Etiologia: o ar do pulmão está em deficiência, a energia do corpo em geral está

baixa, órgãos e vísceras não conseguem repor energia, prejudicando o ar do pulmão, a

tendência desse quadro é de doença crônica.

Sintomas: tosse crônica, coqueluche, falta de ar, asma, bronquite, corpo possui

frio e tem aparência de frio, cansaço, sudorese, a pessoa fala pouco com voz baixa e trêmula,

língua pálida e saburra branca, pulso fino e fraco.

Deficiência do yin do pulmão (fei yin xin)

Etiologia: cansaço principalmente devido ao excesso de trabalho perverso de

secura prejudicando o yin do pulmão, pode-se afirmar que é calor falso do pulmão, pois os

sintomas são de calor.

Page 60: Monografia Dalvacy Alves

59

Sintomas: pouco catarro, boca e garganta seca, tosse com presença de sangue,

sintomas como se fora tuberculose, pneumonia e calor nos cinco corações, língua vermelha,

pulso fino e rápido.

Calor úmido e intestino grosso: perverso do calor ataca o estômago devido má

alimentação e/ou alimentação irregular (quantidade e qualidade do alimento, alimentos crus e

frios são difíceis de digerir, prejudicam o estômago e o baço, formando calor úmido no

intestino grosso prejudicando as funções do órgão.

Sintomas: dor de estômago, diarréia com sangue ou amarelada, queimação no

reto, boca seca, febre, o calor prejudica o yin, língua vermelha, gordura amarela, pulso fofo e

rápido.

PULSOLOGIA

PULSO ESQUERDO PULSO DIREITO

Profundo médio superficial profundo médio superficial

- C ID - P IG

- F VB BP BP E

R (excretar) R (filtrar) B Resistência Sist. TA

endócrino

Céu superficial esposo esposa

homem médio ID IG

terra profundo VB E

B TA

C P

F BP

R Cs

C.Cs.

F BP

R P

Pulsologia: uma vez posicionado o dedo médio, o dedo indicador deverá ser

Page 61: Monografia Dalvacy Alves

60

colocado distalmente ao dedo médio, ou seja, deverá apalpar a mesma artéria, só que a nível

da prega do punho, ao mesmo tempo que o dedo anelar deve tomar uma posição proximal ao

dedo médio. Após todos os dedos estarem posicionados, estes devem estar bem alinhados,

pois os três dedos deverão, durante o diagnóstico, exercer uma pressão homogênea, não

podendo haver variação de força entre um dedo e outro.

O pulso palpado pelo dedo médio, tanto pelo lado direito ou pelo lado esquerdo é

denominado de pulso guan.

O pulso palpado pelo dedo anelar, tanto pelo lado direito ou pelo lado esquerdo, é

denominado de pulso Qí.

As distâncias entre os pulsos, cún, guan, e Qí, não são distâncias fixas e sim

variam conforme o comprimento do antebraço do paciente, razão pela qual sempre deve-se

iniciar pelo pulso referente ao dedo médio (pulso guan).

Cada pulso revela a situação de excesso ou insuficiência de energia do respectivo

meridiano. Para cada ciclo respiratório (um ciclo respiratório corresponde ao início da

inspiração e ao término da expiração), ocorre normalmente 04 batimentos cardíacos (05

batimentos no máximo).

Para gestantes e crianças o batimento é de 6 a 7 por ciclo respiratório.

Os vasos sanguíneos possuem xue e Qí.

O ideal para se possuir qualidade e para melhor obtenção do pulso é ter 50% de Qí

e 50% de xue.

O pulso é dividido em três níveis de profundidade:

Céu superficial

Humano médio

Terra profundo

Page 62: Monografia Dalvacy Alves

61

São considerados pulsos regulares os que representam intensidade e velocidade

moderada, características não muito fortes e nem muito fracas e podem variar de acordo com

a faixa etária e conforme alterações climáticas.

O pulso pode ser classificado de acordo com:

Nível superficial e profundo

Velocidade lenta e rápida

Intensidade forte e fraco

Ritmo rítmico e arrítmico

Características ondulatórias: grande, fino e escorregadio (áspero).

1. Pulso flutuante/superficial Fú Mai

Pulso flutuante superficial-doença externa-síndrome superficial.

Sintomas patológicos de superfície, a doença está iniciando, quando existe

palpação mais profunda não existe a sensibilidade do pulso, ou essa sensibilidade é menos

presente. Os seis perversos estão começando a prejudicar a saúde, penetrando no corpo. São

dois tipos de pulso flutuantes: pulso forte (como forma de defesa e superficial).Pulso fraco

(sem força para doenças crônicas, o corpo está gestando Qí e xue, yang em excesso porém

não tem força).

Ex: a sensação de palpação do pulso superficial pode ser comparada como se

estivéssemos apalpando a parte verde da cebolinha, ou seja, trata-se de substância fofa, oca e

vazia, uma outra sensação pode ser comparada a madeira roliça que cede a pressão quando

pressionada.

2. Pulso profundo- Cheng Mai

Pulso profundo: síndrome profunda, na circulação energética. Palpando na

Page 63: Monografia Dalvacy Alves

62

primeira e segunda camadas não sente pulsação, começamos a sentir a pulsação quando

palpamos forte e profundo, ao diagnosticar este pulso, visualizamos sintomas de doença em

seu interior. Os perversos externos já atingiram órgãos e vísceras (zang Fu) o sangue e o ar Qí

e xue já possuem dificuldade de circular. Primeiro, o pulso tem força mas não está circulando

está preso. Segundo, o pulso é fraco pois existe deficiência de xue e Qí, não tem força para

circular. Terceiro, pulso lento tem síndrome do frio e deficiência energética é o pulso que

apresenta menos de quatro respirações em menos de 60bpm/min. O pulso indica sintoma de

frio que faz comprimir causando estagnação e retenção das energias.

A. Pode-se palpar o pulso lento porém com força é indicativo que o frio estagnou,

deixa o sangue menos ativo, razão pela qual o pulso é lento, mas se locomove com força pois

possui energia.

B. Pode-se palpar o pulso lento e fraco.Sintoma de deficiência principalmente de

Qí (yang) sendo considerado uma doença mais grave, pois consome energia provocado por

esgotamento, trabalho excessivo, má alimentação... ...

3. Pulso rápido -Sú mai

Pulso rápido síndrome do calor, presença de febre. É um pulso que apresenta o

equivalente a 90bpm/min é sintoma de calor, quando o pulso é forte é indicativo de perverso

de calor dentro do corpo, causando aquecimento e estimulando a circulação sangüínea.

A. O calor verdadeiro é original, não está fraco, causando pulso rápido e forte.

B. Quando o pulso é fraco não tem força devido a uma doença crônica (yang

falso) doença crônica por perda ou falta de sangue, vão levar síndrome de calor e presença de

febre.

Page 64: Monografia Dalvacy Alves

63

4. Pulso deficiente, Xue Mai

Pulso fraco, tonto,síndrome de deficiência de energia yang -pulso yin. Tanto

superficial quando profundo não existe força no pulso, o Qí não é suficiente para bombear o

sangue por isso o sangue não chega até o pulso, devemos dar preferência a moxabustão, o

tratamento deve basear-se em tonificar.

5. Pulso em excesso - Shí Mai

Pulso cheio, síndrome de excesso energético, pulso muito yang. Possui força tanto

no superficial quanto no profundo pois os perversos estão lutando com elemento vital yin

(ocasionando excesso de energia) muito uniformemente.O pulso sendo yang deve-se fazer

tratamento que baseia na sedação.

6. Pulso grande - Hong mai

Pulso cheio como uma enchente, pode ser comparado as forças da água do mar. O

pulso é cheio e forte. Máximo sintoma de calor (calor forte) interno, dilatando os vasos

sanguíneos, facilitando a circulação de sangue.

7. Pulso pequeno - Xi Mai

Pulso fino como um fio, síndrome de deficiência energética, indica deficiência de

sangue e ar (Qí) por cansaço e doenças crônicas, deficiências energéticas e geralmente está

associado ao pulso superficial ou profundo: Ex: pulso pequeno e rápido indica presença de

calor, somente o difere do pulso grande por sua proporção ser bem menos.

8. Pulso escorregadio - Huá Mai

Pulso liso, síndrome do excesso de secreção, abundância de expectoração,

presença de edema, intolerância alimentar, gravidez, pulso yang. É superficial, liso como

bandeja de aço e bolinhas de gude rolando sobre a bandeja. O fluxo é fácil, sintomas de calor

Page 65: Monografia Dalvacy Alves

64

verdadeiro, possui retenção de alimentos e líquidos, o calor encontra-se dentro dos vasos

sanguíneos, o dilata e causa ressecamento do Qí e xue. O fluxo é harmonizado todo tempo.

Sua circulação é fácil dentro das artérias, devido a isso é considerado o huá da gravidez.

9. Pulso áspero - She Mai

Pulso como faca afiada passando sob uma barra de ferro com dificuldade ao

deslizar. Este pulso é oposto ou liso e escorregadio, o sangue em si portando energia yin, ou

seja, é de natureza passiva, isto quer dizer que ele não é capaz de circular por si mesmo, razão

pela qual precisa de uma bomba que apresente características ativas, portanto que seja de

natureza yang e é justamente a bomba de Qí que é energia responsável que fornece a força

capaz de fazer que o sangue circule corretamente irrigando todas as partes do organismo.

Sintomas: estagnação de ar, retenção de sangue (quando existe retenção de sangue

significa dificuldade na circulação devido a isso o pulso não tem força), perda das energias

genitais e deficiência de sangue (deficiência de xue significa menos Qí e menos energia

ocorrendo pulso che mai porém fraco.

10. Pulso em corda - Xuán Mai

(ex: corda de violino tensionada) doenças do fígado, hipersecreções e algias,

sintomas como se fora malária.

Sintomas: dor, a energia está estagnada, retenção jing ye, problemas hepáticos

(existe fogo dentro dos vasos sanguíneos), devido a isso que os mesmos ficam tensionados e

fortes. Este tipo de pulso pode também indicar um quadro de resfriado além de um dia de

evolução.

Fazes:

Primeiro dia: o resfriado sendo causado por um fator de perverso externo

inicialmente atinge a parte mais superficial do organismo, razão pela qual esta doença em sua

Page 66: Monografia Dalvacy Alves

65

primeira fase pode ser considerada uma doença pertencendo ao meridiano do pulmão

(lembrando que este órgão rege pele e pêlos) quando este paciente ainda se encontra neste

estágio de desenvolvimento de resfriado seu pulso assumirá características de superficial isto

indica que o perverso externo ainda se encontra na superfície do organismo.

Tratamento sangria em IG1 e P11.

Segundo dia: Se o resfriado em fase inicial não foi tratado, ocorrerá uma segunda

fase de desenvolvimento, esta fase assume característica referente ao meridiano do estomago,

nessa fase o perverso externo que se encontrava somente na superfície do organismo agora já

atingiu os níveis mais internos do corpo, por isso fica evidenciado que o perverso fica ao nível

do estômago, nesta fase o pulso do paciente assume características de um pulso grande, ou

seja, o pulso está tentando demonstrar que na grande maioria dos resfriados, isso pode ser

exemplificado pela presença de febre quando a pessoa está com resfriado e geralmente este

calor interno pode ser tão intenso que gera secura e conseqüentemente a constipação. No caso

de haver constipação é necessário tratá-la em primeiro lugar para que possa haver melhora do

quadro total do paciente.

Terceiro dia; se ainda assim o resfriado não foi tratado este evoluirá para a terceira

fase da doença, onde a doença passa a ser considerada de natureza do meridiano da vesícula

biliar, neste estágio o paciente já apresenta características de um pulso incógnito isso indica

que o perverso atingiu o meridiano do fígado e vesícula biliar. O tratamento neste estágio já

será diferenciado.

11. Pulso apertado - Jing Mai

Jing tenso, síndrome da dor (excesso de frio), se apresenta em sintomas de frio e

dor, é causado por estagnação de alimentos no estômago.

---->ponto extra libera alimentos aderidos a parede do estômago.

Page 67: Monografia Dalvacy Alves

66

12. Pulso mole -Chú Mai

Pulso rápido, síndrome de excesso de energia yang, excesso de calor, má

circulação sanguínea e energética. Assume como característica específica a freqüência dos

batimentos cardíacos, possui uma velocidade irregular porém rápida, ex: sintomas de

hipertensão ou retenção de alimentos e líquidos orgânicos, pois ele está diminuindo o yin, é o

yang verdadeiro.

13. Pulso em nó - Jie Mai.

Jie - nó, Mai - lento,devagar, não possui ritmo. Excesso de energia yin, excesso de

frio, estagnação sanguínea. Caracteriza-se como pulso irregular porém lento, indica excesso

de energia yin, além de indicar estagnação sanguínea e excesso de frio, esse é o yin

verdadeiro.

14. Pulso substituto - Dai Mai.

Distúrbios dos órgãos, distúrbios emocionais, síndrome da dor. O pulso é fraco

porém possui batimentos irregulares, sendo que sua velocidade é normal, nem rápido nem

lento e a freqüência de batimento irregular, este pulso apresenta distúrbios dos órgãos e está

presente na síndrome de vento, dor, distúrbios emocionais e de fratura. A deficiência do Qí e

de xue, causa deficiência da circulação sanguínea.

Rim

Bexiga

Fígado Estômago Fígado

VB BP VB

Pulmão

Coração

Page 68: Monografia Dalvacy Alves

67

Diagnóstico por meio de observação da língua:

A observação da língua está baseado em: cor, forma, saburra e umidade.

Locais específicos da língua reflete o estado dos sistemas internos.

A cor normal da língua deve ser vermelho pálida, a cor indica as condições dos

sistemas internos: língua pálida equivale a sintoma de frio, não possui calor, deficiência do ar

e do sangue (xin=insuficiência) temos que tonificá-lo.

Língua vermelha sintomas de fogo (Shí=excesso)

Língua bordaux

Língua lilás sintoma de retenção de sangue, derivações desse lilás língua seca,

sem brilho indicativo de calor, lilás pálido e úmida indicativo de frio, lilás com manchas

significa retenção de sangue.

Pálida, úmida, edemaciada significa deficiência do yang.

Pálida e seca deficiência de sangue.

Pálida e alaranjada nas laterais deficiência do sangue e do fígado.

Vermelha com saburra calor cheio pleno.

Vermelha sem saburra calor vazio.

Vermelha só na ponta, fogo ou calor vazio no coração

Vermelho nas laterais fogo no fígado ou calor na VB.

Vermelho no centro calor no estômago.

Vermelho na raiz calor no jiao inferior

A forma denota o estado de xue e Qí:

Fina e pálida deficiência de sangue.

Fina e vermelha ou áspera deficiência do yin.

Edemaciada e pálida deficiência do yang

Page 69: Monografia Dalvacy Alves

68

Edemaciada e vermelha ou normal retenção da umidade calor.

Rígida ou ainda desviada vento interior.

Flácida deficiência dos fluídos corporais.

Longa tendência para calor, calor do coração.

Curta, pálida, fria e úmida.

Curta vermelha e áspera deficiência extrema de yin.

Rachadura horizontal curta do yin do estômago.

Rachadura vertical longa do meio até a ponta, patologias relacionadas ao coração.

Rachadura superficial do meio que não atinge a ponta deficiência do yin do

estômago.

Rachadura curta e transversal nas laterais deficiência crônica da energia do baço

pâncreas.

A língua normal deve ter uma saburra pouco espessa e branca, a saburra indica o

estado dos sistemas internos yang em particular o estômago.

A saburra espessa sempre indica a presença de um fator patogênico esse fator

patogênico pode ser interior ou exterior.

Ausência de saburra deficiência do yin do estômago ou do rim.

Vermelha com ausência de saburra deficiência do yin do rim.

Saburra espessa e branca - frio

Saburra amarela - calor pleno

Saburra cinza ou preta úmida - frio intenso

Saburra cinza ou preta seca - calor intenso.

A umidade reflete o estado dos fluídos corpóreos - Jing ye. A língua normal deve

ser levemente úmida, indicando que os fluídos corpóreos estão intactos e estão sendo

adequadamente sendo transformados e transportados.

Page 70: Monografia Dalvacy Alves

69

Seca - calor pleno ou calor vazio

Língua muito úmida - retenção de umidade

Língua pegajosa ou escorregadia.

Aula extra: Korea Suji-Tim

Vc12 ---> estômago ponto de alarme

ID

IG

VB

Vc12 e BP15 são dois pontos de alta resolução, fazem milagres.

B

BP15

Vc9 é ponto de metabolismo de líquido.

Quando atingir o Vc5 esta energia vai auxiliar energia renal.

Quando atingir o Vc4 se uma pessoa tiver problemas cardíacos ela vai sorrir,

ficará com mais energia porque vai transportar plasma.

É preciso saber da importância do estômago e baço-pâncreas.

No elemento terra existe uma fonte de raiz no qual existe sintomas. Quem tem

terra tem longevidade, vitalidade, vida longa.

O baço-pâncreas é a sede dos traumas e preocupações. O estômago é a fonte de

calor do nosso corpo.

Vc6 é o ponto onde está o chip da circulação.

Obesidade Vc4, Vc8 ou Vc8 observar elemento terra.

Vc trata as seguintes patologias: genito urinárias, problemas hormonais, Vc8

varizes.

Page 71: Monografia Dalvacy Alves

70

Quando tem problemas no coração é porque há problemas no umbigo, Vc8 região

da grande circulação.

Vc10 úlcera duodenal.

Vc12 úlcera gastrointestinal.

Vc15 esofago, quando sente pontada debaixo do externo são gases

VG20 todos os distúrbios psíquicos faz-se sangria e pode-se fazer sangria em

bochim. VG 20 auxilia no mal de Parkson, Alzeimer.

No homem utiliza-se mão esquerda.Na mulher utiliza-se mão direita.

VG15 glândula hipófise, responsável pela menstruação.

VG em casos de rinite, sinusite, doenças do nariz, doenças hormonal.

VG15 em problemas da tireóide, mas deve-se trabalhar todo o VG.

BP15 IG6 Vc12 trabalhar em casos de obesidade.

Pode-se fazer sangria em qualquer parte da mão, em casos de dor em qualquer

parte do corpo faz-se sangria.

Do Vc1 ao Vc8 são pontos viagra.

Do Vc1 ao Vc8 fazer sangria em casos de cólicos uterinos. Trabalhar BP e

estômago é sempre o primeiro e melhor caminho.

Ansiedade afeta glândulas adrenais que estão acopladas ao rim.

E22 E25 são coringas e bilaterais.

B50 ou B67 para tratar a visão. Patologias da visão: cataratas, miopia,

estigmatismo. É um ponto calmante, trata dores ciáticas, problemas oftalmológicos, todas as

doenças nervosas, esquizofrenia, neurológicos, dores dorsais (cervicalgias, intercostais,

lombalgias, cãimbras, diminui hipertensão arterial com sangria em 01 minuto, doenças

venéreas, doenças ginecológicas.

Vc18 VG25 BP15 são pontos indicados para doenças respiratórias.

Page 72: Monografia Dalvacy Alves

71

Causas de menopausa:fraqueza dos rins; utiliza-se os seguintes pontos R16 e R7

estes pontos tonificam e conseqüentemente fortalecem os rins. Ansiedade VG6. Todo e

qualquer diagnóstico inicia-se pelo VG6 utiliza-se apong 5 pontas. Psoríase a pessoa

apresenta quadro clínico de diminuição de cálcio, selênio P9 BP15 Vc12 VG6.

Hipertireoidismo e hipotireoidismo VG6 VG15 colocar apong de 5 pontas por 4 a 5 dias, ou a

fita se não houver apong, caso não haja calor de fundo emocional aplicar moxabustão.

Hipotireoidismo ou hipertireoidismo pode ser de causa emocional e/ou fraqueza renal utilizar

R7 e R16.

Gripe R3 ou entre IG1 e IG2,esperar 10 minutos, se demorar para passar sangria

VG19, indicado para casos de dengue, meningite.

O pulmão estoca líquido e secreções mas quem produz é o BP.

R3 e B50 quando faz-se sangria retira-se dores em casos de cálculos renais,

lombalgias crônicas, hérnia de disco. Para tratar hérnia de disco deve-se iniciar pelo IG para

retirar a febre.

Aplicar moxabustão nos ossos longos para aumentar vascularização óssea,

aumentar Hg e é excelente tratamento para leucemia, anemia.

Todo tipo de dor, insônia, vício e nervosismo aplicar ponto E7. Em casos de Shen

Men, cardiopatias, endorfinas, endócrino, glândulas supra renais aplicar E7.

Apalpar onde houver mais dor, deve ser aí que se coloca a agulha.

Emagrecimento: primeiro verificar se há úlcera, gastrite... ... E36, A8 para

estômago mais ervas medicinais (espinheira santa) chá wei ping shan é indicado para

estômago. BP6, Cs6, R3 mais moxabustão na mão (a mini moxa) aproximadamente 15

moxabustão, observar se evacua diariamente, se não trabalhar pontos F2, B5 BP3, IG4. Os

casos clínicos de tireoidismo necessita aproximadamente 6 meses de tratamento 3x semana.

Gravidez não pode usar os pontos IG4, E36.

Page 73: Monografia Dalvacy Alves

72

Apong de alumínio é excelente porque ele suga energia e devolve a mesma

energia.

Cansaço e/ou estresse (quando há reação exagerada) a indicação é moxabustão

abdominal nos 3 pontos periumbilicais.

Manipular a agulha em sentido anti-horário seda.

Manipular a agulha em sentido horário tonifica.

OS MERIDIANOS

PULMÃO:

P1: funções energéticas tradicional regula o Qí do pulmão fazendo a

harmonização e sua circulação, difunde o Qí do pulmão, tonifica o Qí ancestral,

descongestiona o Qí do aquecedor superior, elimina o calor perverso.

P2: não tem função energética tradicional.

P3: não tem função energética tradicional, regula o Qí do pulmão.

P4: elimina o calor perverso do sangue.

P5: funções energéticas tradicionais, dissipa e elimina o calor e o vento do

pulmão, regula a via das águas, dissipa o calor do aquecedor superior, promove a dispersão do

uang Qí excessivo do pulmão, alivia a plenitude de Qí do tórax.

- triplo aquecedor ele relaxa e limpa os canais.

P6: funções energéticas tradicionais, harmoniza o Qí do pulmão e restabelece a

circulação de Qí dos canais de energia, dissipa o calor do pulmão e do sangue, promove a

circulação de sangue, dissipa o Qí em tumulto.

P7: funções energéticas tradicionais, harmoniza o Qí do pulmão, promove a

circulação de Qí do pulmão, promove peristaltismo do intestino, regula o Qí do Rem May,

dispersa o vento perverso, promove a dispersão do Yang excessivo do pulmão.

Page 74: Monografia Dalvacy Alves

73

P9: há risco de lesar a artéria é melhor não utilizá-lo. Regula e harmoniza o Qí do

pulmão,promove ligação do aquecedor superior com o Qí do pulmão, aumenta circulação de

sangue do pulmão, dissipa o calor perverso, transforma a mucosidade e a umidade e calor,

dispersa a estagnação de Qí alojado no canal da energia, descongestiona o tórax, harmoniza o

Qí em tumulto.

P10: funções energéticas tradicionais, regula o Qí do pulmão, faz circular o Qí no

canal do pulmão, harmoniza o Qí contra corrente nos doze canais de energia, faz circular o Qí

da garganta, refresca o calor do pulmão e do sangue, dispersa o vento calor, dissipa o yang

excessivo dos canais de energia principais.

P11: indicado para sangria. Faz circular o Qí do pulmão e estômago, faz aumentar

o yang Qí, acalma o shen, dissipa o calor do sangue, refresca o calor do pulmão,

descongestiona o Qí estagnado da garganta, reanima o estado de inconsciência.

INTESTINO GROSSO (yang Ming da mão)

Horário de máxima concentração de energia 5-7hs. Pulmão e estômago na

seqüência da grande circulação.

Relaciona-se com os seguintes meridianos: pulmão seu acoplado, cuja função é de

absorção dos alimentos e eliminação de resíduos. Rim pela via meio dia meia noite opostos

doze horas, estômago terra, bexiga água na seqüência generativa dos 5 elementos, intestino

delgado e triplo aquecedor fogo, vesícula biliar madeira de acordo com a lei de dominância

dos 5 elementos, vasos secundários IG6 liga com P9 IG4liga com P7, IG9 liga com E. Outros

vasos secundários ligam-se com os seguintes pontos ID12, VB3, VB4, VB5, VB14, VC24,

Dumay26.

Sintomas de excesso de energia: calor, constipação, abdomem dolorido, palavras

incorretas, odontalgia, acne.

Page 75: Monografia Dalvacy Alves

74

Sintoma de insuficiência de energia: temor ao frio, prolapso do reto, diarréia,

difícil aquecimento.

IG1. Funções energéticas tradicionais, faz a difusão do Qí do pulmão, dissipa o

calor da superfície e o calor perverso, dissipa e limpa o calor do pulmão, seda e dissipa o calor

perverso do intestino grosso, fortalece o Qí da garganta e reanima o estado de inconsciência.

IG2. Funções energéticas tradicionais, fortalece o Qí da garganta, faz circular o Qí

do intestino grosso, dispersa o calor e o vento calor do intestino grosso, dispersa o calor da

garganta.

IG3. Funções energéticas tradicionais, harmoniza o Qí do intestino

grosso,dispersa o calor do intestino grosso, descongestiona o Qí estagnado da garganta e

transforma umidade em calor.

IG4. Funções energéticas tradicionais, facilita o trânsito-fluxo e a descida dos

alimentos e intestinos, libera o calor perverso interno para a superfície do corpo, dispersa o

vento calor e o vento frio , dispersa o excesso de Qí do coração, promove a desobstrução de

Qí estagnado dos canais de energia, ativa a circulação de Qí e sangue dos vasos sanguíneos,

clareia a visão, reanima estado de inconsciência, tonifica wei Qí, transforma mucosidade e

umidade calor.

IG5. Funções energéticas tradicionais, acalma shen, dispersa o vento calor, dissipa

o calor e o vento perverso situado no intestino grosso, transforma umidade calor.

IG6. Funções energéticas tradicionais, harmoniza via das águas, faz circular o Qí

nos canais de energia, limpa o Qí do pulmão das energias turvas, dissipa o calor e o vento

perverso, descongestiona o Qí estagnado da garganta.

IF7. Funções energéticas tradicionais, acalma shen, harmoniza o Qí do intestino

grosso, fortalece o Qí do intestino grosso e estômago, transforma umidade, umedece a

garganta e fortalece a língua.

Page 76: Monografia Dalvacy Alves

75

IG8. Não tem funções energéticas tradicionais.

IG9. Provoca a sensação de formigamento nos braços.

IG10. Funções energéticas tradicionais, harmoniza o Qí do estômago e intestino

grosso, regula e harmoniza o Qí do aquecedor médio, dispersa o vento perverso, promove

desobstrução da estagnação de Qí nos canais de energia, faz transitar o Qí nos canais de

energia.

IG11. Funções energéticas tradicionais, regula circulação de Qí e de sangue nos

canais de energia, harmoniza a energia essencial, fortalece o sangue e articulações, elimina o

vento perverso e umidade, elimina o calor perverso, refresca o calor, reduz a febre, transforma

umidade-calor, regula e umedece o intestino grosso, regula o Qí do pulmão.

IG15. Funções energéticas tradicionais, ativa a circulação de sangue,relaxa e

fortalece o Qí dos tendões, dispersa e afasta o vento e a umidade, dispersa o calor, afasta as

energias perversas.

IG20. Funções energéticas tradicionais, circula o Qí do nariz, dissipa o vento e o

vento-calor, dissipa o calor perverso e remove a estagnação do Qí do nariz.

Coração, pericárdio

Intestino delgado, triplo aquecedor

Fogo

Fígado

Vesícula biliar madeira Baço-pâncreas

Estômago terra

Rim

Bexiga água Pulmão

Intestino grosso metal.

Page 77: Monografia Dalvacy Alves

76

CANAIS DE ENERGIA EXTRAORDINÁRIOS

Os canais de energia extra ou maravilhosos tem a finalidade de levar o Qí ou xue

para os espaços situados entre os canais de energia principais , assim como promover as

diversas ligações entre zang-fu. Sua fisiologia difere da dos canais principais não possuindo

pontos de acupuntura próprios, excetuando-se os de Rem may e Dumay. Utiliza-se dos pontos

de acupuntura comuns situados nos canais de energia principais para promover suas ações e

suas funções. Os canais de energia curiosos são em número de 08, cuja nomenclatura indica

suas características principais:

1. ReMay: vaso concepção ou mar da energia yin.

2. Dumay: vaso governador, ou mar da energia yang.

3. Dai Mai:canal de energia da cintura.

4. Chong Mai: canal de energia penetrante.

5. Vin Qiao Mai: canal de energia equilibrador do yin.

6. Yang Qiao Mai:canal de energia equilibrador yang.

7. Yin wei: canal de energia de ligação yin.

8. Yang wei: canal de energia de ligação yang.

A. Dumay

É vaso governador.Não se deve inserir agulha nos pontos da coluna vertebral.

DM1. Funções energéticas tradicionais, harmoniza e abre os canais de energia do

Dumay e Remay, harmoniza o Qí dos intestinos, fortalece a região lombar, acalma shen,

mantém o Qí dos orifícios inferiores, é o ponto mais específico para hemorróidas. A agulha é

inserida entre o coccix e o ânus.Aplicação da agulha 0.5 a 1.0.

DM2. Funções energéticas tradicionais, aquece o Qí do aquecedor superior,

aumenta a circulação do sangue nos vasos sanguíneos, fortalece a coluna lombar, afasta o

vento úmido.

Page 78: Monografia Dalvacy Alves

77

DM3. Harmoniza e mantém o Qí dos rins, aquece o Qí do intestino grosso, sangue

e Qí dos genitais, fortalece coluna lombar e os joelhos, dispersa o frio úmido do aquecedor

inferior.

DM4. Tonifica e nutre a energia essencial , tonifica o yang.Tonifica e nutre a

energia essencial, tonifica yang Qí, fortalece o Qí da procriação, harmoniza o Qí do sangue e

a via das águas, tonifica a essência e aquece o yang Qí, facilita a circulação de Qí nos canais

de energia, dispersa a umidade e a umidade frio.

DM5. Harmoniza o Qí do baço-pâncreas e estômago.

DM6. Tonifica e aquece o Qí do baço-pâncreas e rins, dissipa o vento.

DM7. Harmoniza o Qí do baço-pâncreas e estômago.

DM8. Acalma a palpitação e o vento perverso.

DM9. Harmoniza as funções do Qí, fígado, vesícula biliar, faz circular o Qí do

fígado, faz expandir o tórax e o diafragma, dissolve a umidade e calor do fígado e vesícula

biliar, faz limpeza do fogo do fígado e calor.

DM10. Não tem funções energéticas tradicionais.

DM11. Harmoniza e tranqüiliza o Qí do coração, acalma shen, elimina o vento e a

mucosidade.

DM12. Harmoniza e difunde o Qí do pulmão, acalma o shenm faz limpeza do

fogo do coração, mantém a auto-estima, dispersa o Qí perverso do yang Qí, relaxa tendões e

os músculos.

DM13. Fortalece e difunde o Qí do pulmão e o wei Qí, acalma shen, faz transitar

o Qí perfeito superficial ou Qí verdadeiro para o exterior, faz a limpeza do calor do coração,

repõe as perdas de Qí por esforços e perda da energia interna, refresca as perdas de Qí por

esforços e perda da energia interna, refresca o calor.

Page 79: Monografia Dalvacy Alves

78

DM14. Exterioriza o calor, faz transitar as energias perversas dos três canais yang

do corpo, fortalece o wei Qí, acalma shen, clareia a mente, dispersa o vento, faz limpeza do

fogo e calor perverso.

DM15. Fortalece as funções energéticas do Dumay, acalma shen e clareia a a

mente.

DM16. Circula o Qí perverso dos 3 canais yang, circula o yang Qí do corpo,

harmoniza o Qí dos pulmões, clareia a mente, guarda shen no coração ,dispersa o vento frio e

o vento calor.

DM17. Clareia a mente, induz a reanimação, dispersa o vento e a umidade calor.

DM18. Idem Dumay17.

DM19. Idem Dm17.

DM20. Mantém o yang Qí do corpo, remove e dispersa o excesso, estabiliza a

subida de yang para canais de energia yang acalma o shen e as emoções, clareia a mente,

reanima a inconsciência, circula o Qí do fígado e dispersa o yang Qí excessivo do fígado,

dispersa o vento interno do fígado e o vento perverso, relaxa os tendões e os músculos,

aumenta a auto-estima.

DM21. Clareia a mente, elimina mucosidade e dispersa o vento perverso, induz a

reanimação.

DM22. Não tem funções energéticas tradicionais.

DM23. Clareia a mente, elimina mucosidade e dispersa o vento perverso, induz a

reanimação.

DM24. Clareia a mente, elimina mucosidade e dispersa o vento perverso, induz a

reanimação, fortalece yang Qí, restaura o Qí, clareia a mente e as emoções, elimina calor

perverso.

Page 80: Monografia Dalvacy Alves

79

DM26. Harmoniza o Qí de Dumay, revigoriza o Qí e o yang Qí, reanima o estado

de inconsciência, acalma shen e clareia a a mente, fortalece a coluna lombar, dissipa as

obstruções de Qí do envoltório do coração, dispersa o vento, e o vento mucosidade e a

mucosidade.

DM27. Situa-se no tubérculo, harmoniza o Qí contra a corrente do yin e do yang,

acalma shen, resguarda a ansiedade,apaga o calor interno e dispersa o calor perverso.

DM28. Não tem funções energéticas tradicionais.

REMAY

RM1. Harmoniza o Qí do Remay, harmoniza e tonifica o Qí, mantém a

essência e o Qí dos orifícios inferiores, acalma e clareia a mente. Proibido para gestantes pois

é abortivo.

RM2. Funções energéticas tradicionais, supre a falta de Qí dos rins, fortalece o

yang Qí , mantém a essência , harmoniza o Qí da bexiga , aquece o frio, fortalece o

aquecedor médio.

RM3. Fortalece o yang Qí, harmoniza o aquecedor inferior, harmoniza Qí do

útero, facilita as funções do Qí, tonifica as funções do Qí dos rins, harmoniza o Qí da bexiga e

as vias das águas, refresca o calor do sangue, dispersa a umidade e o calor.

RM4. Funções energéticas tradicionais, tonifica o Qí dos rins e o Huan Qí que é

energia ancestral, tonifica o Qí e o sangue, aumenta a energia ancestral, harmoniza e aquece o

Qí do útero, harmoniza o aquecedor inferior e fortalece o aquecedor médio, fortalece o yin Qí

e aquece o frio, dispersa a umidade frio e o calor, harmoniza o Qí de Shong May e Remay.

Agulha vertical ou diagonal para baixo.

RM5. Funções energéticas tradicionais, tonifica o yang Qí , aquece o yang qí e o

frio, harmoniza o Qí do aquecedor inferior, fortalece o Qí ancestral, faz retornar a energia

Page 81: Monografia Dalvacy Alves

80

ancestral, harmoniza e aquece o Qí do útero e da próstata, faz aumentar o wei Qi e o Qí

defensivo, dispersa a umidade e umidade-frio. Em mulheres pode causar esterelidade.

Pontos localizados abaixo da cicatriz umbilical faz-se moxabustão.

RM6. Aumenta o Qí de todo o corpo, proibido aplicá-lo em gestantes, tonifica o

Qí dos rins e o Yong Qí, harmoniza e aquece o aquecedor inferior e o Remay, harmoniza a via

das águas, tonifica o Qí do sangue e o Yong Qí, fortalece a energia ancestral essencial, supre a

deficiência geral do Qí, restaura o colapso do yin Qí, dispersa a umidade e a umidade calor,

refresca o calor do sangue.

RM7. Tonifica a energia essencial, harmoniza e fortalece o yang Qí tonifica o Qí

dos rins, fortalece o aquecedor inferior, dispersa umidade, umidade frio.

RM8. Tonifica e fortalece o Qí do baço-pâncreas e estômago, tonifica o Qí dos

rins, harmoniza os intestinos, aquece e estabiliza o yang Qí, harmoniza a via das águas,

dispersa a umidade e a umidade-frio. É indicado usar moxabustão, é contra indicado usar

agulhar neste ponto.

RM11, RM12, RM13. Quando há debilidade do sistema digestivo pode-se usar

estes pontos.

RM14. Funções energéticas tradicionais, harmoniza o Qí do coração, acalma shen,

redireciona o Qí em tumulto contra a corrente, fortalece o Qí do aquecedor médio e

diafragma, dispersa mucosidade do tórax e diafragma, dispersa umidade do aquecedor médio,

faz limpeza do coração . Agulha 0.5 a 0.8.

RM15. Harmoniza o Qí do coração, acalma shen, redireciona o Qí em tumulto

contra a corrente, dispersa umidade e o calor, vento, harmoniza o Qí aquecedor médio.

A energia deste ponto de acupuntura não deve ser dispersada para que não se

interrompa o circuito da energia do coração é melhor evitar usar este ponto.

RM16. Não tem funções energéticas tradicionais.

Page 82: Monografia Dalvacy Alves

81

RM17. Localiza-se entre os seios, pode-se usar pulmão P7 em lugar do RM17,

harmoniza a circulação de Qí, harmoniza o Qí do pulmão e do aquecedor superior , harmoniza

e aquece e tonifica o Qí, desbloqueia a plenitude de Qí do tórax, redireciona o Qí em tumulto

contra a corrente, faz a limpeza da mucosidade do tórax, dispersa a mucosidade, umidade, frio

e umidade calor. Agulha 0.3 a 0.8 em sentido paralelo em caso de dor direciona a agulha ao

local da dor.

RM18, RM19, RM20. Não tem funções energéticas tradicionais.

RM21. Funções energéticas tradicionais, harmoniza o Qí do tórax, harmoniza o Qí

contra a corrente.

RM22. Funções energéticas tradicionais, harmoniza e difunde o Qí do pulmão,

umedece e aquece a garganta e clareia a voz, suprime o Qí em tumulto e redireciona o Qí

contra a corrente, descongestiona a estagnação da mucosidade. Aplica-se digipressão.

RM23. Restabelece as funções da língua, refresca e umedece a garganta,

descongestiona a estagnação da mucosidade, faz limpeza do fogo e do calor perverso. Pode

ser aplicado digipressão.

RM24. Pode ser usado sangria. É o ponto de união com Dumay, aumenta

circulação do Qí no canal de energia, relaxa os tendões e os músculos e as articulações,

dispersa o vento e o frio perverso, dissipa a umidade e a mucosidade, faz a limpeza do fogo

contra a corrente.

ID1. Shiao Ze dissipa o calor do coração, dissipa o calor e o vento perverso e

reanima o estado de inconsciência.

E45. Li Dui harmoniza o Qí do estômago, ID e IG acalma o shen e reanima o

estado de inconsciência.

Page 83: Monografia Dalvacy Alves

82

VB44 Zo Quiao yin harmoniza o Qí da vesícula biliar dissipa o yang excessivo do

fígado, aconselhável para sangria.

B67 Zhi yin harmoniza o Qí do sangue, fortalece o Qí do aquecedor inferior.

RONG

P10. Yu ji regula o Qí do pulmão, faz circular o canal de energia do pulmão.

Cs8. Lao Gong harmoniza o shen, harmoniza o Qí do coração, acalma o Qí do

estômago.

BP2. Da Du harmoniza o Qí do baço-pâncreas e estômago e dissolve a estagnação

do tubo digestivo.

F2.Xi Jian Harmoniza o Qí e o sangue e dissipa o yang excessivo do fígado.

R2. Ran Gu tonifica o yang Qí dos rins e a essência.

P11. Shiao Shang faz circular o Qí do pulmão e estômago, acalma shen e dissipa o

calor do sangue.

Cs9 Zhong Chong harmoniza o Qí do coração e restaura o colapso do yang Qí.

C9 Shiao Chong harmoniza o Qí do coração e promove a circulação de Qí e de

sangue, além de reanimar o estado de inconsciência.

BP1. Yin Bai harmoniza e tonifica o Qí do baço-pânncreas, aumenta e aquece o

Qí do baço-pâncreas e harmoniza shen.

F1. Da Don harmoniza e tonifica o Qí do sangue e do fígado.

R1. Yang yong tonifica o Qí dos rins e a essência, fortalece o yin Qí e restaura o

colapso do yin Qí. É um ponto importante pois é ponto de sedação dos rins.

IG1. Shang yang faz a difusão do Qí do pulmão, dissipa o calor da superfície e o

vento perverso, reanima o estado de inconsciência.

TA1 Guang Chong reanima o estado de inconsciência, dispersa o vento e o vento

calor, pode ser usado sangria.

Page 84: Monografia Dalvacy Alves

83

MERIDIANO DO ESTÔMAGO

São 45 pontos bilaterais.

Sentido da cabeça aos pés, é o sentido da energia.Horário de máxima

concentração de energia 07 as 09hs.

Função de comando do estômago e duodeno, as funções digestivas e

transformadora de alimento. Neste meridiano há elaboração de energia (Qí digestivo), o que o

torna um dos mais importantes meridianos. Sua expressão emocional é obsessão além de

controlar a retidão de idéias e a concentração.

Relações: está relacionado com os seguintes meridianos, baço-pâncreas seu

acoplado, intestino grosso e baço-pâncreas na seqüência da grande circulação, circulação da

sexualidade pela via 12hs e meia noite opostos 12hs, intestino delgado triplo aquecedor é

fogo, intestino grosso é metal na seqüência generativa dos cinco elementos, vesícula biliar é

madeira, bexiga é água de acordo com a lei de dominância dos cinco elementos.

Sintomas de insuficiência de Qí: tórax e abdomem frios, com ou sem presença de

dor, digestão lenta, diarréia.

Sintomas de excesso de Qí: calor no tórax e abdomem, digestão rápida, fome e

sede, abdomem dolorido, urina escura língua com saburra amarela e constipação.

Trajeto: É de natureza yang, recebe energia do meridiano intestino grosso e

transmite ao baço-pâncreas.

E1. Fica abaixo da órbita ocular, melhor não utilizá-lo, funções energéticas

tradicionais ativa a circulação do sangue nos canais de energia, clareia a visão, dispersa o

vento perverso e o calor. Agulha a 0.5 a 1.5mm.

E2. Funções energéticas tradicionais, clareia a visão, fortalece o Qí da vesícula

biliar, elimina o vento perverso e o frio, relaxa o Qí dos músculos faciais, faz a limpeza do

calor, é melhor não usar este ponto. Fica 0.3mm abaixo de E1.

Page 85: Monografia Dalvacy Alves

84

E3. Funções energéticas tradicionais, ativa a circulação do sangue nos canais de

energia, dispersa o vento e o frio perverso. Agulha a 0.2 a 0.3mm.

E4. Funções energéticas tradicionais, regula e remove a obstrução de Qí, fortalece

as funções energéticas do estômago, relaxa o Qí da face, dispersa o vento e o frio. Indicação

em paralisia da boca. menos de 0.5 cun ao lado da boca. Agulha 0.2 a 0.3mm, inserir

obliquamente em direção ao lábio.

E5. Não há funções energéticas tradicionais. 3 cun ao canto da boca. Agulha 0.3 a

0.5mm.

E6. Harmoniza o Qí do estômago, melhora o Qí da articulação temporo-

mandibular, remove a obstrução de Qí, dispersa o vento perverso, relaxa o Qí do estômago,

odontalgia. Agulha a 00.2 a 0.3mm, 0.2 a 1.0mm se for oblíquo.

E7. Dispersa o vento perverso e o frio, melhora as funções do ouvido e articulação

temporo mandibular. Localiza-se numa depressão entre mandíbula superior e inferior, pede ao

cliente para abrir a boca, mordendo algum objeto.

E8. Meiocun da linha doo cabelo e 3 cun da linha do supercílio. Clareia a visão,

dispersa o vento e o calor perverso, tiques palpebrais, tira a retenção de calor no local. Agulha

subcutânea a 0.5 a 1.0mm.

E9. Regula o Qí e difunde o Qí do pulmão, fortalece e umedece a região da

garganta, a aplicação de agulhas deve ser extremamente cauteloso neste local.

E10, E11, E12. Não há funções energéticas tradicionais. Agulha a o.3 a 0.5mm.

R13

E13, E14, E15, E16, E17. Não há funções energéticas tradicionais. Agulha 0.3 a

0.5.

E18. Difunde o Qí do pulmão, facilita a lactação, expande e relaxa o tórax.

Agulha a 0.3 a o.5mm.

Page 86: Monografia Dalvacy Alves

85

E19, E20. Não funções energéticas tradicionais . Agulha a 0.2 a 0.4mm e 0.4 a

0.6mm respectivamente.

E21. Harmoniza e fortalece o Qí mediano, harmoniza o Qí do estômago e dos

intestinos, dissolve a estagnação alimentar, faz a limpeza do calor perverso do aquecedor

médio. Agulha a 0.5 a o.8mm, com cuidado pode-se usar este ponto.

E22. Não há funções energéticas tradicionais.

E23. Regula as funções energéticas do estômago e intestinos, regula o Qí dos

meridianos 0.5 a 0.8mm.

E24. Localiza-se a 2cun da cicatriz umbilical. Agulha a 0.5 a 0.8mm.

E25. É um ponto muito utilizado, regula a circulação de Qí, harmoniza o Qí do

estômago e intestinos, harmoniza o Qí da nutrição, dispersa umidade e umidade calor, a

maioria das renites se resolve resolvendo esses pontos, dispersa umidade e umidade frio,

aquece o frio, regula o frio, produz líquido orgânico, dispersa a estagnação de Qí e de

estômago, regula a menstruação. Localizado a 2 cun ao lado da cicatriz umbilical. Agulha a

1.0 a 1.5mm.

Basicamente existem 05 formas de se determinar o vaso maravilhoso que precisa

ser acionado.

MÉTODO 1.

Os vasos maravilhosos podem ser divididos em 4 grupos.

a. Captadores

b. Reguladores

c. Produtores

d. Distribuidores

Estas características básicas dizem respeito as necessidades energéticas. Muitas

Page 87: Monografia Dalvacy Alves

86

vezes precisamos captar energias externamente. Outras, precisamos regular as energias

internas. Outras vezes ainda é um problema de energia ou é um problema de distribuição

interna de energia.

a. Captadores:

Captar yin: Remay (P7-R6) não usar o ponto bilateral. Capta energia externa dos

alimentos yin, drena o excesso de yin e regula energia yin e excesso de yang, ou seja, vai

aumentar energia yin no organismo.

Captar yang: Dumay (ID3-B62) capta energia da respiração, drena excesso de

yang, regula energia yang em caso de excesso de yin inclusive age sobre a força física e

mental. Importante não ser usado bilateralmente.

b. Reguladores:

Regulador yin: Yin Qiao Mai (R6-P7) regula a intensidade de energia yindo

repouso, da inatividade do sono noturno.

Regulador yang: Yang Qiao May (B62-ID3) regula a intensidade de energia yang

que produz atividade, que deixa a pessoa desperta para atividade diurna.

c. Produtores:

Produtor yin: Yin Wei May (Cs6-BP4) produtor orgânico de energia, muito usado

para deficiência de sangue-anemia.

Produtor Yang: Yang Wei May (TA5-VB41) produtor orgânico de energia yang,

melhora a energia defensiva wei aumenta calor interno.

d. Distribuidores:

Distribuidor yin:distribuidor de energia nervosa e motriz (BP4 e Cs6) Chong Mai,

transfere energia yin da superfície a profundidade. Ex: febre.

Page 88: Monografia Dalvacy Alves

87

MÉTODO 2.

Diz respeito a mobilização energética. Há quatro formas de mobilização

energética. São feitas pelos captadores detrás para frente e vice-versa.

De trás para frente, ou vice-versa: são feitas pelos captadores, captador yin Ren

Mai igual a sua função que é transferir energia yang de trás para frente, transfere energia yin

frente para trás.

De um lado para outro: são feitos pelos reguladores yin Qiao May transfere a

energia yin de um lado para outro.

De cima para baixo, e vice-versa: são feitos pelos produtores yin, transfere a

energia yin da parte superior para a inferior e vice-versa.

Do interior para o exterior: são feitos pelos distribuidores, reguladores yin,

transfere energia yin da superfície par a profundidade.

MÉTODO 3.

Diz respeito a doença conhecida,ou sintomas que o paciente descreve.

Remay (P7-R6) comanda todos os meridianos yin, é o mar dos meridianos yin,

trata as funções genitourinárias, digestivas e cardiorespiratórias. Indicada para tratamento das

doenças das vias respiratórias, meningite, ondas de calor, sudorese noturna, problemas

menstruais, medo nas crianças, diabetes, intoxicações alimentares.

Dumay (ID3-B62) comanda todos os meridianos yang, também conhecido como

mar do yang, pelo seu trajeto no couro cabeludo age nos aspectos emocionais e mentais, é

muito utilizado para eliminar vícios, bruxismo, ansiedade e provocar efeito tranqüilizante,

também é usado para transtornos da laringe, faringe e ouvidos, tosse, pigarro, amigdalite,

problemas respiratórios, insônia, alergias, nevralgias, olhos vermelhos, contratura cervical e

maxilares, fortalece a coluna e tonifica o yang do rim.

Page 89: Monografia Dalvacy Alves

88

Yin Qiao May (B62-ID3) age no aspecto yin dos movimentos, a questão da

precisão dos movimentos. Corresponde ao sistema nervoso genital, e as funções nervosas das

mãos e pés incluindo a próstata. Quando yin Qiao May está em excesso prevalece energia yin

sobre durante o dia. O paciente sente piora dos sintomas até o meio dia, com melhora ao

findar do dia, o sono é tranqüilo. Quando yin Qiao Mai está deficiente prevalece yang, o

paciente sente piora dos sintomas a noite.

Outras indicações, espasmos da bexiga, urina espessa ou sanguinolenta, micção

freqüente, perda seminal, esgotamento, aborto espontâneo, dores no período das regras, dores

no ventre e pós-parto, frigidez impotência.

Yang Qiao May (B62-ID3) age no aspecto yang dos movimentos, força e

agilidade. É usado para excessos de yang, é um acelerador yang. Regula intensidade de

energia yang que produz atividade, que deixa a pessoa desperta, atividade diurna, quando

insuficiente causa fadiga, debilidade durante o dia, agravações durante o dia com melhora a

tarde. Quando está em excesso sono agitado, dores de cabeça durante a noite, agravações pela

caída da tarde e a noite. Outras indicações: específico para paralisia, é o vaso maravilhoso

mais importante para lombalgias e contraturas, ciático, vértebras.

Yin Wei May (Cs6-BP4) liga todos os meridianos yin entre si, tem íntima

afinidade com sistema nervoso, cérebro, cerebelo, mar da medula.Quando yin é afetado

normalmente o coração é afetado, quando está em excesso os pulsos profundos mais forte que

os pulsos superficiais. Deficiência de sangue acompanhada de sintomas emocionais: insônia,

ansiedade, agitação mental, amnésia, fuga de palavras, dores no peito, hipertensão arterial,

transtornos circulatórios.

PATOLOGIAS DE EXCESSOS INTERNOS: Hemorróidas, transtorno

cardiovascular, plenitude interna, risos nervosos, epilepsia, emotividade, angústia, enfim

Page 90: Monografia Dalvacy Alves

89

transtornos mentais, visto que o coração é quem controla as emoções.

Yang Wei May (TA5 VB41) liga todos os meridianos yang entre si. Excesso do

meridiano yang produz febre, cefaléia por calor, dores ou inchaço das articulações sobretudo

as da mão. Sua insuficiência ou vazio produz frio, falta de força, e a falta de força está

relacionado ao clima. Outras indicações menopausa, esgotamento, expectoração de sangue,

cefaléias, dores e doenças relacionadas a olhos e ouvido, abcesso na boca, artrite e artrose,

dores articulares, calorões graves.

Chong May (BP4 Cs6) mar dos doze meridianos principais. Indicado para

qualquer crise:nervos, dores, bronquite, circulação, excitação, histeria, qualquer crise

repentina de caráter yin ou yang.

Crise com manifestações de yang: contrações, espasmos, febre.

Crises com manifestações de excesso de yin: má digestão, menstruação rara ou

diminuída, crise de euforia, enxaqueca, todas as enfermidades intestinais, todas as dores na

região cardíaca, dismenorréia, amenorréia.

Estudo de caso clínico.

Excesso:

Yin M.I. R BP P F

Cs06

Deficiência: Yin M.S. CS C P

Deficiência: Yin M.I. BP F R

BP06

Excesso:

Yin M.S. Cs C P

Excesso:

Yang M.I. E B VB

TA08

Page 91: Monografia Dalvacy Alves

90

Deficiência:

Yang M.S. ID TA IG

Excesso:

Yang M.S. ID TA IG

VB39

Deficiência:

Yang M.I E VB B

Yin Qiao May (R6 P7) seu trajeto segue em cima, a partir do R2, R6, R8, E12, E9

e termina no ponto B1.

Yang Qiao Mai (B62 ID3) inicia-se, ID10, VB28, B1, B59, B62, VB29, IG15,

IG16, B61,E4, E6, E7.

Yin Wei May (Cs6 BP4) liga os meridianos yin entre si, forma-se com o seguinte

trajeto R9, BP13, BP15, BP16, F14, RM22, RM23. Entra em relação com o meridiano yin

wei mai através do Cs1, que se põe em relação com Vc17, cruzando vaso concepção no ponto

R23, também através do Vc17, outros vasos se ligam com Vc4, Vc12 e Vc13.

Yang Wei mai (TA 5 VB410) forma-se com o seguinte trajeto B63, VB35, VB29,

VB21, ID10, TA15, VG15.ou Dumay 16, VB20, VB19, VB18, VB17, VB15, VB14, VB13,

Yang Wei may influência todos os meridianos yang, une todos os meridianos yang entre si:

meridiano ID e B pelos pontos B63, ID10 e TA, Tai yang e sho yang, TA15, une demais

pontos da VB e yang ming da mão IG e yang ming do pé que é o estômago pelo VB21, que é

ponto de união com estômago, Dumay é representado pelos pontos VG15 e VG16.

Page 92: Monografia Dalvacy Alves

91

Day Mai (VB41 TA5) utilizado para insuficiência energética em geral, fraqueza

muscular, LER, esgotamento, reumatismo articular agudo, febres reumáticas, artrite do

calcâneo, edema de pulsos, joelhos, maléolos, queimação ao urinar, frio nas pernas e pés,

debilidade nos músculos das pernas, dores na região do quadril, bursite, coluna, tremores e

contractura em membros superiores e inferiores.

MÉTODO 4.

Diz respeito dos vasos maravilhosos. Lembrar que os vasos maravilhosos, com

exceção do Remay e Dumay, não existem o tempo todo. Eles precisam ser ativados para

funcionarem. Sabendo os trajetos, podemos utilizá-los para patologias próximas deles. A esse

respeito (trajeto) ler o livro patogenia e patologia (Van Nghi).

Renmay (P7 R6) mar dos meridianos yin, inicia seu trajeto no rim, alcança o

aparelho genital, sobe pelo abdomem, tórax e termina seu trajeto no maxilar inferior.

Dividindo-se em dois ramos, conectando-se aos olhos através do ponto E4.

Dumay (ID3 B62) mar dos meridianos yang também inicia seu trajeto no rim,

alcança o aparelho genital da ponta do coccix, sobe pela coluna vertebral, continua pelo

crânio desce pelo nariz e termina entre gengivas do maxilar superior.

Chong May: tem sua origem nos rins, desce até os genitais e se ramifica em dois,

num dos ramos pela parte interna da coluna, o outro dirige-se a Vc4 seguindo pelo trajeto R11

até o R27 quando surge várias ramificações influenciam intestinos e estômagos. Em R11

também é outro ramo que se dirigem ao E30 descendo pelos membros inferiores terminando

no maléolo interno.

Dai May (VB41 TA5) o ponto vesícula biliar que deu nome a este meridiano, se

utiliza de 3 pontos bilaterais VB26, VB27, VB28 (os três pontos localizam-se abaixo da

cicatriz umbilical).

Page 93: Monografia Dalvacy Alves

92

Como Dai May rodeia os meridianos que passa pela cintura seu desequilíbrio nos

afeta influenciando as trocas de energia entre o alto e o baixo. É considerado principal

responsável pela saúde dos membros inferiores.

MÉTODO 5.

Este quinto procedimento diz respeito nos vasos maravilhosos da hora, vistos em

cosmologia, diz respeito aos aspectos cosmológicos da MTC. Segundo os conhecimentos da

tartaruga mística, os vasos maravilhosos, possuem uma ligação com os trigramas do I

Ching.Sempre que possível, agendar o paciente para horários específicos.

BA FA SHEN ZHEN: é o santo método das oito agulhas. Diagnóstico preciso,

escolha correta dos pontos a utilizar é o caminho para um tratamento eficaz.

Receita para ficar alerta, estudar e aprender: R7 VB39 E36 IG4 bilateral.

Problemas cardíacos, torácicos e gástricos: BP4, Cs6 são interligados: usa-se Cs6

de um lado e BP4 de outro, com objetivo de formar um campo energético, tratam qualquer

problema anterior.

ID3 B62 -->problemas posteriores

TA5 VB41 --> problemas laterais

P7 R6 --> problemas vias aéreas

PONTOS SHEN DE YIN E YANG.

Jing (madeira) poço: localiza-se nas extremidades dos membros quirodactilo e

pododactilo ou ainda na região da palma das mãos ou planta dos pés.

Tratamento: trata doenças como: febre ,calor, fogo. Os pontos Rong são usados

em geral para problemas cardíacos.

Page 94: Monografia Dalvacy Alves

93

Shú união de yin córrego: localiza-se no dorso atrás das articulações, tanto das

mãos como dos pés.

Tratamento: trata as doenças das articulações tanto das mãos como dos pés (trata

as articulações por onde corre o meridiano). Os pontos Shú são usados para problemas

esplênicos.

Jing ribeirão: localiza-se na região dos pontos e maléolos.

Tratamento: trata as doenças respiratórias em geral, asma, bronquite, tosse.

É união do ribeirão com o rio: localiza-se na região dos cotovelos e dos joelhos.

Tratamento: trata doenças do organismo em geral órgãos e vísceras. Os pontos He

são usados para problemas renais.

Crânio forte, rosto pálido, tontura e cansaço, língua pálida, ... branca. Pulso

profundo e fraco.

6. Deficiência do Yang do Rim e de BP –

Etiologia: retenção de líquido e o BP umedece o corpo através da gaseificação.

Sintomas: Abdomem inferior, lombar e joelhos frios, atravessa crônico e corpo

inchado.

7. Desarmonia entre o fígado e estômago.

Etiologia: o F possui retenção de energia e este fogo queima o estômago. Quando

a energia de C não desce provocando refluxo, devido ao fogo do F.

Sintomas: Dor e inchaço no E e nos flancos, arroto, asia, impaciência, a pessoa

altera emocional para raiva facilmente.

CLÍNICA GERAL

E36 – Doenças do abdomem.

Page 95: Monografia Dalvacy Alves

94

E 40 – Região das costas

P7 – Cabeça e cervical

IG4 – Boca e rosto

PC 6 – Peito e coração

BP6 – Abdomem interior

DM6 – Epilepsia, primeiros socorros

Princípios e regras de tratamento para ajustar e regularizar o Yin (sangue) e o

Yang (calor, ar, funções).

1. Quando Yin e Yang estão em excesso (sedar)

a) sedar o calor

D14, IG11, E25, E40 (importante para sedar calor dos intestinos e constipação).

b) sedar o vento:

VB20, JG4

c) promover o sangue: (retenção causando calor).

Sedar ptos

Pulmão Pii P10

Rim R1 R2

Fígado F1 F2

Coração C6 C8

Pericárdio CS4 CS5

Baço pâncreas BP1 BP2

d) sedar alimentos estagnados

Rm11, E36, extra Si Feng (na face palmar da mão, no ponto médio da prega

proximal do 2º, 3º, 4º e 5º quirodactilos).

Page 96: Monografia Dalvacy Alves

95

2. Deficiência de Yin e Yang (tonificar)

a) deficiência do rim (tonificar o rim)

B23, Rm4, R3.

b) tonificar o Qi (ar do BP e E)

Rm22, Rm6, E36

c) Tonificar o Qi e XVc

B20, B17, E36, BP6.

d) Tonificar o Uin do Rim

R3, R6, B52, função do rim.

3. Apoiar o Sheng Qio (ar verdadeiro) são as energias certas que dão força para o

wei Qi, deve-se sedar Xie Qi (ar patológico, perversos).

a) Tonificar: O Yin do corpo Zheng Qi, energias certas corretas.

DM 15, CS8, BP6

b) R1, R3, Rm12

c) VB3, E36, IG4

- Como fazer a seleção dos pontos:

- Local da doença

- Ponto vizinho ao local da doença, dor

- Pontos distantes.

Seleção de Pontos:

Cabeça E25

Estômago F13

Garganta Rm23, B10, P10, R6

Peito Rm17, P1, PC6, E40

Page 97: Monografia Dalvacy Alves

96

Dor no flanco F14, F13, VB34, Ta6

Vista B1, VB36, F3, ID6

Boca E4, E6, E41, ID18, IG4

Ânus (prolapsos, hemorróidas) DM1, B30, B57

Febre DM34, IG11, IG4

Desmaio Dm26, Extra Shi Zuan

Sudorese: ID3, C6

Trismo E6, E7, IG4

Tosse, bronquite, asma – Rm22, Ding chan (3/2, ao iodo de Rm34, E7)

Peito estufado – Rm17, PE6

Dor coração Oc6, PC5

Dor na região do abdomem – Rm6, EB6

Constipação TA6, R6

Constipação (sensação como pedra) R18

Cãimbras, espasmos, contração dos membros – IG4, F3

Epistache Dm23m IG4

Clínica geral

1. Doenças agudas causadas pelos perversos externos:

a) Derrame: Zhong, Feng (Zhong = Alvo, certo, Feng = vento)

Etiologia: Falta ou excesso de sangue, hemorragia cerebral, pessoas debilitadas.

Sintomas: desmaio, perda dos sentidos, hemiplagia, afônia, paralisia facial.

b) Deficiência de sangue, deficiência de ar.

Excesso superior, excesso inferior.

Excesso de relação sexual (excesso rim)

Page 98: Monografia Dalvacy Alves

97

Cansaço (excesso de trabalho)

Ventos fazem com que o Xue e o Qi circulem rápido, formando o catarro, fazendo

com que os líquidos orgânicos fiquem mais denso, pegajoso, e conseqüentemente fecha os 3

Jiaos. O líquido orgânico fecha os canais, fazendo com que as energias do corpo fique

deficiente. O Yang do fígado “A” hipertrofia do fígado transforma o vento (o calor sobe e

forma o vento quente que queima o calor do coração).

Derrame

1. Quando o líquido orgânico fecha os canais síncope. O Yang sobe causa vento,

fazendo com que o Xue e o Qi subam e fechem os Jianos repentinamente.

Tratamento: Pontos Dm20, Dm26, E40, R6, R1.

Pode-se ainda fazer sangria em todos os pontos do Jing.

P11, R1, F5, C9, BP1, IG1, B67, VB44, ID, E45.

Trismo

Tratamento – Pontos

E6, E7, IG4.

Língua dura Língua atrofiada

Tratamento Tratamento

Dm15, Rm23, C5. Deve-se ativar a circulação do Qi e do Xve devido ao

bloqueio.

- Dm26, Dm20 – pontos para regular a energia sangria serve para sedar o calor,

refresca o corpo e abre os Jiaos.

PROLAPSOS ENERGÉTICOS

Caimento da energia sincope.

Page 99: Monografia Dalvacy Alves

98

Sintomas: respiração fraca, mãos moles, incontinência, membros frios, rosto

vermelho.

Pulso: fino parando/flutuante

Pontos: Rm8, produz energia. Rm6, Rm4.

Meridianos afetados não estão restabelecidos: As funções das mãos não

restabelecem por completo pois o xve e o Qi estão fracos nas mãos por estes estarem ainda

bloqueados ou com retenção podendo causar derrame, novamente, porém os perversos

externos não afetaram os órgãos e as vísceras.

Sintomas: hemiplegia, dormência na pele, formigamento nos pés, nas mãos

(parestesia), dor de cabeça, tontura, exotomia, boca seca, garganta seca, impaciência.

Meridiano Yang Pontos:

- Dm20, Dm16, B7, +

- Braços: JG 11, IG15, TA5, IG4.

- Pernas: VB30, VB34, F3, E36, E41.

Pontos associados: hipotrofia do Yang do fígado: para sedar.

VB20, F3.

Para tonificar: R3, BP6.

Hipotrofia do fogo o coração/fígado

Para sedar: PC7, F2.

Para tonificar: R3, F3.

PARALISIA FACIAL:

E4, E6.

Tonturas, rosto pálido, membros frios.

Etiologia: cansaço, pessoa fraca, idosos, excesso de trabalho, tristeza e medo

(externos), hemorragias fortes (perda de xve e Qi).

Page 100: Monografia Dalvacy Alves

99

J – Deficiência xin (falta energia)

Sintomas: dormir de boca aberta.

Pontos: Dm20, Dm26, Rm6, E36, PC6.

Estes três pontos servem para tonificar cérebro, fazem com que a energia circule.

Os últimos servem para ten. o Yang.

2 – Excesso Shi (excesso de energia)

Sintomas: respiração forte e grossa, membros duros e trismo.

Pontos: Dm 26 (este ponto serve para acordar o cérebro), IG4, PC8, PC9, F3, R1.

Obs.: IG4 + F3 são utilizados para liberar, normalizar a circulação do xve e Qi.

Pc8 + PC9 + R1 sedam o Yang do coração.

Zhong Shu (doenças agudas do verão).

Etiologia: trabalhos excessivos em ambiente quente, trabalho, cansaço (wei Qi

fraco), permanecer no sol por muito tempo, calor penetra no corpo.

Perverso de Yang causa doença rapidamente e para transformar-se em outra

doença também é rápido.

Prejudica wan RC e o líquido corporal ataca diretamente o pericárdio e obstrui os

Jiaos.

Sintomas leves: Quando Yang está fraco: dor de cabeça, tontura, desmaio,

sudorese, pele com sensação de queimação, respiração forte, sede ao ponto de deixar a pessoa

agitada, língua e boca seca.

Pulso: superficial e forte (devido ao vento)

Sintomas: fortes: Yang forte: dor de cabeça, sede a ponto de ficar agitado,

respiração rápida, desmaio.

Pulso: profundo e fraco.

Page 101: Monografia Dalvacy Alves

100

Sintomas leves, tratamento: Dm54 (sedar calor), PC6 (proteger coração e eliminar

fogo) IG11 (sedar o calor), B40 (sedar calor).

Sintomas fortes, tratamento:

Dm26 (abre Jiaos), Dm20, PC3 (sangria para liberar calor), B40 (sangria),

Shixuan (sedar calor e abrir Jiaos).

Gripe, resfriados:

Etiologia: mudança de clima, vento frio ou vento quente.

A – Vento frio (penetra no corpo mais pela pele).

Sintomas: corpo sente frio, trêmulo, arrepio e frio, febres, sudorese, cefaléia, dor e

mal estar dos membros, nariz trancado, coriza fina, coceira na garganta, tosse, voz pesada,

catarro fino, água na boca.

Saliva: fina e branca

Pulso: flutuante e tenso.

Tratamento: Pontos:

VB20, controla a superfície do corpo a energia circula e o vento sai.

B12 - Tai Yang, elimina frio e febre.

Dm16 – liberar o vento pela pele.

P7 – desbloqueia os poros.

IG4 - dor de cabeça.

P7 – VB20 + IG4.

B – Vento quente penetra pela boca e nariz e vento quente (Yang) tendência de

movimento, dilata os vasos sangüíneos, abre os poros, provoca sudorese, o wei Qi luta e perde

energia enfraquecendo o corpo para combater o vento quente; com febre se perde mais

Page 102: Monografia Dalvacy Alves

101

energia ainda, o calor sobe, se tem tontura, esse calor queima o líquido orgânico formando

pigarro, a garganta fica seca e vermelha,

Tratamento:

Dm14 (libera calor, seda a febre mar do meridiano Yang)

IG11 (seda a febre, libera e faz circular o ar do pulmão, melhorando a respiração).

IG4 (seda a febre e tira o calor).

TR5 (seda a febre e tira o calor)

P10, P11 – seda o calor do pulmão.

Malária

Etiologia: a malária é transmitida a partir do mosquito, porém ode ser causada

pelo clima e por bactérias dos perversos externos o frio, calor do verão, vento e umidade são

os principais. Porém alimentação incorreta, irregular ou inadequada (quantidade e qualidade)

dependendo de cada região; também podem levar a pessoa a adquirir a mesma. Outro fator e

resistência de cada organismo, ou seja, pessoas com doenças crônicas, debilitadas são

possíveis candidatas a serem contagiadas pela mesma. Outro fator é o hábito de cada pessoa,

tanto no sono, exercícios, etc. Quando a pessoa possui Zheng Qi forte, normalmente, possuirá

o Wei Qi também forte e o contrário também é verdadeiro.

Sintomas: dor em diferentes partes do corpo sem causas prováveis, bocejos

repetitivos, febre alta seguida de frio (tremor no corpo), podendo este irradiar até o coração.

Obs.: esse frio e a febre possuem períodos curtos, ou seja, o frio é intenso e a

pessoa sente necessidade de agasalhar-se, até sentir calor, com sudorese excessiva, então a

febre sede e a temperatura baixa; porém retornará no ciclo seguinte. Quando o Yin máximo se

transforma em Yang novamente. Existe muita dor de cabeça. Peito e flancos ficam cheios,

estufados, boca seca e amarga, a sede deixa a pessoa agitada, língua vermelha com saburra

Page 103: Monografia Dalvacy Alves

102

amarela e gordurosa, rosto vermelho, pulso em corda e rápido.

Sintomas quando quadros e torna agudo:

Causa nódulos nos flancos pois os principais membros afetados são Md F e VB e

a doença causa bloqueio nos mesmos.

Tratamento:

Dm14 (todos membros Yang estão interligados nesse ponto, repele a febre e

dissipa o calor do corpo).

Dm13 (para equilibrar Yin e Yang do corpo).

TD3 – faz com que a energia do ID, expanda para Dv mais e eliminar as energias

perversas.

PC5 – ponto de ep para tratar malária.

TR2 – ponto Shu

VB41 – ponto Rong

TR2 e VB41 tem função normalizar a febre e o frio.

Tosse: os perversos invadiram o corpo e causaram problema no sistema

respiratório, o pulmão está em disfunção, tanto a respiração pulmonar como respiração da

pele (derme e epiderme). Quando o perverso do frio chega ele tranca a respiração, então o ar

não circula corretamente (Qi) do Pulmão desce), dentro do corpo fazendo com que o mesmo

suba.

J – Tosse causada pelo vento frio.

Sintomas: quando a pessoa tosse esta sente coceira e os catarros são finos e

brancos, o corpo sente frio e possui aversão ao frio, o vento frio causa febre devido ao ar frio

que penetra no pulmão, causando retenção do ar e este retém os caminhos, trajetos da

circulação do pulmão, e o mesmo não tem condições de vaporizar, gaseificar, pois não possui

Page 104: Monografia Dalvacy Alves

103

calor para subir, então os caminhos ficam estagnados, bloqueando, causando coceira. Devido

ao ar frio o corpo luta para baixar a febre, porem não consegue provocar a sudorese, causando

dor de cabeça, nariz trancado e coriza.

Língua pálida e saburra branca

Pulso: flutuante.

2 – Tosse causada pelo vento quente

Sintomas: tosse, catarro quanto mais calor, mais grosso o catarro se torna, dor na

garganta, o calor está prejudicando o líquido do pulmão), pois o calor consome os fluídos

corpóreos, boca seca e sede; corpo quente, calor, sudorese e aversão ao vento.

Língua: vermelha e saburra amarela.

Tratamento:

1 – vento frio:

P7, IH4, estes 2 pontos são utilizados para as funções e energias do pulmão, peles

e poros.

B13 – PT para que os ares circulem melhor.

* PTs associados para garganta inflamada.

P11, Dm14, Tas.

* Quando o Qi do BP não funciona, ela não consegue vaporizar os fluídos

corpóreos e então cria o catarro que atrapalha a circulação da energia no corpo, uma vez que a

energia do BOP sobe, o catarro fica retido no pulmão criando retenção no pulmão

prejudicando a função do pulmão.

Tratamento:

E40 (ponto do catarro e ponto Luo do E)

Page 105: Monografia Dalvacy Alves

104

E36 (ponto He do E) tira calor do E.

P5 (ponto He do P) tira calor do P.

Rm12 (ponto Me do E)

B13 (ton. o ponto do BP e E do MD da B para os úmidos circularem).

A tosse com presença de catarro branco e pegajoso é diferente de catarro fino,

macio e claro. Um é provocado pelo vento frio.

Sintomas: peitos e flancos estufados, angustiados e a pessoa não sente vontade

para nada, o apetite cai (devido existir retenção do BP os líquidos não circulam, ficam retidos

dento do E e não tem condições de receber alimentos retenção no aquecedor médio).

Fei Xin Xiu (Deficiência de líquidos do pulmão ou pulmão seco e com calor).

Sintomas: tosse seca, não existe catarro ou se existe é em pouca quantidade e é

difícil de expelir, nariz seco, garganta seca e com dor podendo possuir catarro com sangue e

tosse com sangue, a maçã do rosto é vermelha.

Língua: vermelha e a saburra é fina.

Pulso é fino e rápido (devido ao sangue e o líquido serem finos e o sangue estar

quente).

Tratamento: P1 (ponto Mu do P)

P7 (ponto Luo do P, este ponto ligar-se com Rm)

R6 (ponto Jião He Xue), limpa o P, tonifica o rim para o mesmo umedecer e

gaseificar.

P6 (Ponto Xi do Pi para doenças agudas do P, estanca, elimina o Xue).

B17 (Ponto do diafragma, ponto Bai Hui Xue, ponto da união do sangue, estanca

e elimina o Xue).

Page 106: Monografia Dalvacy Alves

105

Asma

Sintoma

1) Respiração forte, com dificuldade, boca aberta, ombro abre e fecha (asmático) e

não possui barulho na respiração.

2) Respiração forte e possui barulho na respiração

Perversos externos.

Shi (excessos)

Etiologia: excesso de vento frio (gripe forte que penetra nos P), os canais de

circulação bloqueiam os poros (os poros fecham arrepios, diminuindo a respiração do corpo,

poros também auxiliam na respiração, o frio não prejudica os fluídos corpóreos, mas

prejudicam o calor do corpo).

Sintomas: tosse, asma, catarro fino, respiração forçada rápida, com sensações de

frio e após vem a febre, corpo sente frio, frio na região da escápula, dor de cabeça, não possui

sede.

Língua: pálida e saburra branca.

Pulso: flutuante e tenso.

Tratamento: vento frio.

B13, B12 (elimina vento), Dm14, P7, IG9 (dispersar o frio, suaviza o vento para o

mesmo circular e não provocar retenção).

Etiologia: excesso de calor causa o catarro através da disfunção do BP, que

provoca a umidade do BP, devido a debilidade e alimentação irregular. O catarro não circula e

provocando o aquecimento aumentando o calor intenso que por sua vez aumenta ainda mais o

Page 107: Monografia Dalvacy Alves

106

catarro que bloqueia ainda mais os canais e queima os fluídos corpóreos.

Sintomas: respiração, rápida, forçada, com barulho, pessoa nervosa e irritada,

catarro grosso, e podendo ser amarelo e tendo tendência a fica cada vez mais grosso.

Tosse, boca seca, febre agitada.

Saburra grossa e gordurosa.

Pulso: Hua mé e rápido.

Tratamento: excesso de calor que produz catarro.

B13 (elimina o vento).

Ding chuan ponto extra,localiza-se a 1cm de Dm14 tem como função acalmar a

asma.

Rm22, P5, E40.

Xiu (deficiência)

1 – O vento frio (qualquer doença crônica desgasta energia então o ponto

enfraquece), prejudica o ponto, pois é o mesmo que ministra a respiração a tosse também

prejudica o pulmão não só anatomicamente, mais também a energia do mesmo.

Sintomas: corpo cansado, disfunção dos órgãos de vida a deficiência dos mesmos,

é ... e a respiração aromática é rápida.

Tratamento: Fei Xiu

B13 (moxa) To. Qi do pulmão.

P9, E36, BP3 (estes pontos para tonificar a mãe terra (cinco elementos).

Shen Xiu (qualquer doença prejudica o rim)

Sintomas: cansaço, quantidade de relações sexuais, doenças crônicas, qualquer

dano para Shen Qi, tosse, asma, bronquite crônica (Prejudica R e P), cansaço mental e físico

(físico é provocado por qualquer batida, ou lesão a região do rim), fraturas ósseas (causam as

Page 108: Monografia Dalvacy Alves

107

duas funções na circulação do ar pois o P é depósito de ar e o rim é o responsável pela

inspiração do ar e se o rim não inspirar não existirá ar para expirar).

Tratamento: Shen Xiu

R3, B23 (tonifica rim), B13 (tonifica P), Rm17 (união do ar)

Rm6 (Qi H...)

Pontos associados caso já exista bronquite (asma crônica)

Dm12, B43.

Pontos para tonificar o baço (PiXiu)

Rm12, B20, R3, B23.

Doenças na região, zona do estômago (para estas doenças relacionadas a região,

zona do E, usa-se nos escritos antigos, livros amigos, os termos Xi Tong ou seja dor do

coração).

Etiologia:

1 – Alimentação irregular (comidas cruas e frias), fome e não alimenta-se, excesso

de alimentos prejudicam o BP e E, remédios também prejudicam as funções e causam

desarmonia e no estômago.

2 – Emoções como preocupação, pensamentos pertencem ao BP, porém deve-se

considerar a emoção do fígado também a sua expressão emocional é a raiva pois o líquido do

fígado, E e BP são responsáveis pela digestão e pelo bom funcionamento do sistema

digestivo.

3 – Deficiência do baço e do E quando os mesmos recebem os perversos do frio

causando retenção do estômago.

Page 109: Monografia Dalvacy Alves

108

A – Quando a função do E está em desarmonia, o ar do mesmo não desce e sim

sobe. Ex.: arrotos, halitose (devido os alimentos estarem podres no estômago).

Sintomas: mal estar do E, estagnação de alimentos (sensação de estufado, da e

quando apalpada a região existe mais dor, arroto, eructação, halitose, sensação de dor ao

alimentar-se).

Pulso profundo e Hú mé

Saburra: grossa e gordurosa.

Tratamento:

Rm 11, PC6, E36, Pont extra Li .. Ting, lacto oposto do ponto E44, ponto para

tratamento de alimentos estagnados; Rm12.

B – O ar do fígado prejudica estômago.

Etiologia: O estado emocional ataca o ar do E, quando acontece a retenção do ar

do fígado prejudica a energia do estômago, provocando arrotos, sensação de estufamentos e

irradia para os flancos devido a md. da VB é o mais próximo.

Sintomas: dor intermitente, ataca a região dos flancos, arrotos excessivos, enjôo,

vômito do suco gástrico, região do E e abdome estufados, falta de apetite.

Saburra: branca e fina.

Pulso: profundo e em corda (devido a energia do F. estar circulando ao contrário

então o pulso fica em corda e tenso pois a energia não circula).

Tratamento:

F14, F12, para regularizar Qí do F, para tratar o Jião superior (P-C) e E36, para

regular E, F3 auxiliar o F para descer o ar do E.

B – Deficiência da energia do C causada pelo frio.

Etiologia: frio entrou no E.

Page 110: Monografia Dalvacy Alves

109

Sintomas: E com dor difusa (dor não é perceptível), cansaço nos membros,

vômitos de água (água fria e clara) ao apertar ou fazer pressão sobre o E a do alivia, bolsas,

toalhas.

Saburra fina e branca.

Pulso profundo e lento.

Tratamento:

Rm12 agulha com moxa para aquecer E, Rm6 (moxa com gengibre para eliminar

frio do E), E36 (moxa para agulha para aquecer E) B20 (moxa para eliminar frio), PC6,; BP4

para doentes do E.

Obs.: A moxa serve para eliminar o frio, tem o corpo em caso de corpos

debilitados, em caso de gastrite, úlceras, nervos estomacais contraídos, fígado, BP, pode

utilizar ventosa nos pontos Bei Shu bexiga, para liberar o frio, pois ativa a circulação que

aquece o corpo.

Enjôo e vômito

Etiologia: quando a energia do E está em desarmonia a mesma sobe, estando

harmoniosamente a energia do estômago desce.

1 – Retenção, estagnação de alimentos devido ao excesso de alimentos, alimentos

leves, frios e gordurosos os mesmos provocam retenção, não deixam o ar circular

normalmente, então o ar sobe provocando enjôo e vômito.

Sintomas: vômitos, enjôos, halitose, ácido estômago cheio, soluços, rouquidão,

falta de apetite, fezes ou soltas ou constipação.

Língua: saburra grossa e podre (estagnação)

Pulso: Hvá né

Page 111: Monografia Dalvacy Alves

110

2 – Qi do F prejudica o E

Etiologia: quando existe desarmonia dos órgãos o F cria disfunção Sheng Qi, cria

ar e este não fica parado: o mesmo circula, em sentido contrário, prejudicando o estômago e

fazendo com a circulação do mesmo não desça e sim suba.

Sintomas: sensação de abafada, desconforto, peito estufado, podendo sentir dor,

rouquidão, dor nos flancos.

3 – Deficiência do BP e E

Etiologia: trabalho excessivo, causa deficiência do BP (não transporta, não

transforma, não digere) causando disfunção e retenção.

Sintomas: rosto pálido, amarelo, pessoa fraca, não possui energia, quando

alimenta-se um pouco em excesso possui ânsia de vômito, corpo cansado, sem forças, quando

alimenta-se com doces não sente-se bem.

Língua: pálida e saburra branca, pulso, fino e fraco.

Tratamento:

Rm12 (harmonizar E), C36, PC6, BP4, os PL (3) são usados para Qi ni do E.

Associação para estagnação e retenção:

Rm10 (função sedar e normalizar E), F3 (controla o ar do F), B20 (tonifica o BP).

Se tiver vômitos seguidos: as 2 veias abaixo da língua (Jim –Jing, YuÝe), sangra.

Soluço:

Etiologia: retenção de alimentos, E e abdomem sensação de cheio, estufado.

Língua: saburra grossa e gordurosa. Pulso: Hvá mé.

Page 112: Monografia Dalvacy Alves

111

1 – Ar do aquecedor médio fica bloqueado. O E e BP não transportam e a energia

não desce, então sobe.

Sintomas: som bem alto.

2 – Retenção do ar, principalmente do F (retenção emocional, bloqueio

emocional), emocional o ar não circula, portanto a energia do F prejudica o E fazendo com

que o ar do E suba.

Sintomas: o soluço é seguido, peito cheio, flanco estufado, podendo existir dor,

pessoa agitada e ansiosa. Pulso em corda e forte.

3 – Frio do estômago

Com líquido e alimentos gelados piora.

Sintomas: possui solução porém não possui apetite.

Saburra branca com líquido claro.

Pulso lento, profundo, com força.

Tratamento:

B17 (ponto do diafragma), PC6 (nei guan para crianças), Rm 12, E36.

Associação para retenção de ar:

Rm 17, F3

Relacionado ao frio do E.

Rm13 (aplicar moxa).

Ventosa nos pts:

B17, B18.

Dor no abdomem

A dor pode ser causada por vários motivos. Ex.: diarréia, menstruação, cólica

Page 113: Monografia Dalvacy Alves

112

intestinal etc.

1 – Frio

Bebidas geladas, excesso de alimentos crus, trabalhar em ambientes frios, todo o

perverso de frio prejudica o Yang, o frio ele bloqueia os fluídos corpóreos (Jin Ye) os fluídos

corpóreos não gaseificam pois não existe Yang, a pessoa não sente sede.

Sintomas: dor forte e aguda na região do abdomem, frio e mal-estar nos 4

membros, as fezes são soltas, ausência de sede, urina fina e clara, a pessoa não tem

dificuldade de urinar.

Língua pálida e saburra branca.

Pulso profundo, lento e tenso.

Tratamento:

Rm8, Rm12 moxa

2 – Enfraquecimento do Yanf o BP e de todo o corpo.

Sintomas: a pessoa prefere o calor e não gosta de frio. Existe dor suave fraca todo

corpo, porém constante, cansaço, quanto mais debilitado, mais dor sentirá. Língua branca

saburra fina, pulso profundo e fino.

Tratamento:

Rm6, E36, Rm12, F13, B20, B21, Dm12.

3 – Estagnação e retenção de alimentos

Excesso de alimentos, alimentos com temperos fortes, tanto o excesso do tempero

forte provocam disfunção do E, fazendo com que o mesmo não consiga separar turvos de

límpidos.

Page 114: Monografia Dalvacy Alves

113

Sintomas:

Peito, E e abdomem estufados e com presença de dor, principalmente quando se

faz pressão sobre a região, rouquidão, halitose e acidez. Tem dificuldade de evacuar, muita

dor, porém depois que evacua a dor alivia.

Saburra gordurosa, pulso tenso.

Tratamento:

Rm12, Rm17m, Rm6, E25, E36, Li nei Ting.

Diarréia

Etiologia: Pode ser aguda e crônica.

Aguda: 1) causada pelo frio úmido.

Sintomas:

Sensação de frio no corpo e sensibilidade ao frio, pulso profundo e lento.

Tratamento:

E25, E36, frio úmido associar: Rm12, Rm13.

2 – Causada pelo calor úmido.

Sintomas: dor no abdomem, fezes com cheiro de podre, coloração amarela, ao

evacuar sensação de queimação no canal do reto. Urina curta, vermelha, sensação de calor no

corpo e de, língua amarela.

Tratamento: e saburra gordurosa, pulso Hva mé e rápido E44, BP9, E25, E36

(associar 2 primeiros).

Page 115: Monografia Dalvacy Alves

114

3 – Causada pela alimentação

Dor no estômago, borborinho, as fezes com cheiro de ovo podre, após evacuar a

sensação de bem estar. Abdomem estufado, soluços e artotos e falta de apetite. Língua saburra

com aparência de sujo, estragado. Pulso Hva mé rápido a profundo e em corda.

Tratamento:

E25, E36, Li nei Ting.

4 – Diarréia crônica

Deficiência de BP e E.

A energia do BP não sobe, prejudicando o sistema digestivo, fazendo com que não

separe límpidos de turvos.

Sintomas:

Falta de apetite, sensação de abdomem estufado, após as refeições rosto pálido e

amarelo, fraqueza, cansaço e desânimo.

Pulso fino, fraco e sem força.

Língua pálida, saburra branca.

Tratamento: B20, F13, BP3, Rm12, E36.

FORMAÇÃO EMBRIONÁRIA ENERGÉTICA

Homem – MMSS esquerdo.

MMII direito

Mulher – MMSS direito

MMII esquerdo

Page 116: Monografia Dalvacy Alves

115

PONTOS SHUS COMPARADOS A UM RIO

Os rios nascem em lugares altos, surgem de bicas (Ting), nos morros e serras. No

percurso morro abaixo (dependendo do relevo) muitos se transformam em corredeiras ou

cachoeiras (Iang), mais tarde transformam-se em riachos (Iv) e finalmente em rios (Iung) e o

trajeto normalmente é cheio de curvas e finalmente desembocam no mar (Ho).

Ponto E25

FET: Regula a circulação do Qí, harmoniza o Qí do estômago e intestinos,

harmoniza o Qí nutritivo e fortalece o BP e E, dispersa a umidade e a umidade calor, aquece o

frio, regula o Qí e o Xue do sangue, produz líquido orgânico, dispersa a estagnação de Qí e de

alimento do estômago e dos intestinos, regula a menstruação (R5 ajuda a regular a

menstruação).

Ponto E28

FET: Fortalece o Qí da bexiga, regula as vias das águas, dissipa o calor perverso

do TA, transforma a umidade calor do aquecedor inferior.

Ponto E30

FET: Harmoniza o Qí nutritivo e o Xue, regula as funções energéticas do útero,

harmoniza o Qí da bexiga, harmoniza o Qí dos tendões e músculos, dispersa e elimina a

estagnação do Qí do E, harmoniza o Qí contra-corrente do E. Recolhe a energia e reforça a

energia do abdome. Para qualquer desequilíbrio energético no abdome e baixo ventre usa-se

este ponto. Pode provocar um pouco de dor na região genital, pode também perder a

sensibilidade, formigamento.

Page 117: Monografia Dalvacy Alves

116

Ponto E31

FET: Promove a circulação de Qí e sangue, fortalece o Qí do quadril, dispersa o

vento e o frio perverso, transforma a umidade.

Ponto E33

Nome: Yin Shi (Mercado do Yin) (Cidade fria).

Localização: A3 cun acima da borda látero-superior da patela, na linha que a liga

à espinha ilíaca ântero-superior.

Indicações: Dor, parestesia, fraqueza e paralisia dos membros inferiores, frio nos

mmii, artrite ou artrose de joelho; impotência, cólicas menstruais e abdome estufado. Obs.:

E33 + VB33 = bom para aquecer os mmii, com agulha e moxa lã sobre a cabeça da agulha

(tem resposta mais rápida que E36).

Profundidade: 1,0 a 1,5 cun.

Ponto E34

FET: Fortalece e circula o Qí do estômago, harmoniza o Qi mediano do BP e E,

dispersa o vento perverso. Esse ponto é mais usado quando existe paralisia unilateral de mmii.

Ponto E35

FET: Fortalece o Qí do Joelho, dispersa o vento, vento calor perverso, faz a

limpeza do calor.

Ponto E36

FET: Regula, harmoniza e fortalece o Qí dos meridianos BP e E. Tonifica o Qí

nutritivo, o Qí e o sangue Xue, regula e umedece os intestinos. Harmoniza e tonifica o Qí dos

Page 118: Monografia Dalvacy Alves

117

pulmões, tonifica o Qí dos rins e o Huang Qí. Tonifica o Wei Qí, restaura Yang Qí e ainda

forma Jin Ye, faz circular o Qí e o Xue, aumenta a energia essencial, redireciona o Qí em

tumulto, transforma a umidade e a umidade calor, drena a umidade e a umidade frio, dispersa

o vento e o frio. A irradiação ocorre no dorso do pé como choque.

Ponto E37

FET: Regula o Qí do BP, harmoniza o Qí do E e dos intestinos, faz circular o Qí

dos intestinos e dos canais de energia do E e BP, dispersa a estagnação do Qí das vísceras,

transforma a umidade calor dos intestinos, elimina a estagnação e acumulo de alimento.

- E37 + E25 = qualquer problema intestinal.

Ponto E38

FET: Harmoniza e tonifica o Qí do meridiano BP e E, faz circular o Qí dos

intestinos, ativa a circulação do sangue, dispersa o vento e o frio.

Ponto E39

FET: Harmoniza o Qi do E e intestinos, dispersa mucosidade e transforma a

umidade calor, redireciona o Qí em tumulto para baixo.

Ponto E40

FET: harmoniza o Qi do E e fortalece o Qí de BP, acalma o Shen e transforma a

mucosidade do coração, faz a limpeza do calor do E, do calor perverso, transforma e dissolve

a umidade, a umidade calor e a mucosidade, também drena a umidade e a umidade do frio.

Page 119: Monografia Dalvacy Alves

118

Ponto E41

FET: Harmoniza as funções energéticas do E e dos intestinos, fortalece o Qí do

BP, acalma o Shen e clareia a mente, tonifica o Qí dos tendões e dos músculos, dispersa a

umidade e o vento, faz a limpeza do calor do E.

Ponto E42

FET: Fortalece o Qi do BP e W, acalma o Shen, harmoniza a circulação de Qi dos

canais de energia, dispersa a umidade e o vento perverso, faz a limpeza do calor do E e do

calor perverso.

Ponto E43

FET: Harmoniza o Qi do E, transforma umidade e dispersa o vento perverso.

Ponto E44

FET: Harmoniza o Qi do E e dos intestinos, faz circular o qi do E, transforma

umidade calor, dissipa o vento calor, faz a limpeza do calor do E, do calor perverso, refresca o

calor do canal do E.

Ponto E45

FET: Harmoniza o Qi do E e intestinos, acalma o Shen, elimina o calor e a

umidade, dispersa o calor perverso do meridiano do E, reanima o estado de inconsciência.

MERIDIANO DO BAÇO

Número de pontos: 21

Polaridade: Yin

Sentido da energia: dos pés ao tronco

Horário de maior concentração de energia: das 09 às 11

Page 120: Monografia Dalvacy Alves

119

Função: este meridiano comanda as funções combinadas dos órgãos; baço (em

suas funções reguladoras de hematopoiese) e pâncreas (em suas funções reguladoras sobre as

reservas de glicose), apresenta também importante função sobre o psiquismo (concentração) e

sobre o aparelho urogenital.

Expressão emocional: ansiedade

Relações:- E - seu acoplado

- E e C - na seqüência da grande circulação

- TA pela via meio-dia/meia-noite opostos 12 horas

- C e CS (fogo) e P (metal) - na seqüência geradora dos 5 elementos

- F(madeira) e R (água) de acordo com a lei da dominância dos 5

elementos.

Vasos secundários: - no ponto BP4 faz conexão com E42

- BP3 conexão com E40

- BP6 reúne com os meridianos do F e R, faz conexão com os pontos VC3 e VC4,

de onde decorre suas funções nos processos ginecológicos

- No ponto BP21 inúmeros vasos se ramificam por todo o tórax, distribuindo a

energia gerada no estômago

- Há ainda ligações com os pontos PI, VB24, F14, VC10, VC17

Sintomas de insuficiência de energia: tensão abdominal, anorexia, falta de sede,

digestão lenta, vômito, diarréia, dores abdominais, falta ou dificuldade de concentração.

Sintomas de excesso de energia: abdome doloroso, sensação de tensão no tórax e

abdome e angústia.

Trajeto: é de natureza Yin, recebe energia do meridiano do E e transmite ao

meridiano do C, a partir do ponto E42, sai um ramo interno que liga diretamente ao BPI, sobe

pelo pé entre o lado Yin e o Yang e segue pelo lado interno da perna e da coxa até a pelve,

Page 121: Monografia Dalvacy Alves

120

onde faz uma ligação com VC4 e VC5 por um ramo interno subindo pela lateral do tronco,

fazendo então ligação com o E e com o Baço, então ele volta a subir pelo flanco do tronco até

o pescoço, seguindo até o CI.

Ponto BP1

- FET: Harmoniza e tonifica o Qi do BP, aumenta e aquece o Qi do BP,

harmoniza e aquece o Qi do sangue, acalma o Shen e clareia a mente, coordena as idéias.

Ponto do BP2

- FET: Harmoniza o Qi do BP e dissolve a estagnação do tubo digestivo.

Ponto do BP3

- FET: Harmoniza e fortalece o Qí do BP, harmoniza o Qí do E e intestinos

harmoniza o Qí do aquecedor médio, transforma umidade e umidade calor.

Ponto do BP4

- FET: Harmoniza e fortalece o Qi do BP, harmoniza o Qí do E e dos aquecedores

médio e inferior, fortalece o Qí do sangue e harmoniza o mar do sangue, acalma Shen e

clareia a mente, harmoniza o Qí do Chong Mai e o ciclo menstrual, harmoniza a circulação do

Qí nos canais de energia, dissolve a umidade, a umidade calor do BP e E.

Ponto BP5

- FET: Fortalece o Qí do BP e do estômago, harmoniza o Qí do aquecedor médio,

transforma umidade calor, remove a umidade.

Page 122: Monografia Dalvacy Alves

121

Ponto BP6

- FET: Harmoniza, fortalece, tonifica o Qí do BP, tonifica o Qí dos R e a essência,

harmoniza o Qí do F, fortalece o Qí dos 3 Yin dos pés, harmoniza a circulação de Qí e de

sangue, harmoniza o Qí do E e dos aquecedores médio e inferior, tonifica o Qí e o sangue,

harmoniza a via das águas, harmoniza o Qí do útero e da próstata, dissolve a umidade e

umidade calor, drena a umidade e a umidade frio.

Ponto BP

- FET: Harmoniza e tonifica o Qí do BP e do sangue, fortalece o sangue e

promove sua circulação, harmoniza a menstruação e o Qí do útero.

Ponto BP

- FET: Harmoniza, tonifica e aquece o Qí do BP, harmoniza o Qí do E e do

aquecedor inferior, harmoniza o Qí da bexiga e da via das águas, dissolve a umidade idade

calor, remove a obstrução de Qí do TA.

Ponto BP1

- FET: Harmoniza e fortalece o Qí do sangue, harmoniza o Qí nutritivo, promove

a circulação do sangue e harmoniza o Qí do BP.

Ponto BP

- FET: Harmoniza a circulação de Qí e harmoniza a circulação do Qi em

contracorrente (ou seja, o Qí em tumulto).

Page 123: Monografia Dalvacy Alves

122

Ponto BP

FET: Harmoniza o Qí do BP, harmoniza e umedece os intestinos, transforma a

umidade calor dos intestinos.

Ponto BP21

- FET: Harmoniza o Qí e o sangue e promove sua circulação, comanda o Qí dos

canais de energia Lou, tonifica e controla o Qí dos tendões, músculos.

MERIDIANO DO CORAÇÃO

Número de pontos: 9

Polaridade: negativa

Sentido da energia: do tronco para as mãos.

Horário de maior concentração de energia: das 11 às 13 hs.

Função: o meridiano do coração comanda o órgão cardíaco e os vasos sanguíneos,

relaciona-se com a energia psíquica, com a consciência e a inteligência.

Expressão emocional: alegria e afetividade (Morada de Shen é o meridiano do C).

Relações: - ID - seu acoplado;

- BP e ID - na seqüência da grande circulação;

- VB pela via meio-dia/mela-noite opostos 12 horas;

- F(madeira) e BP (terra - na seqüência geradora dos 5 elementos;

- R (água) e P (metal) de acordo com a lei da dominância dos 5 elementos.

Sintomas de insuficiência de energia: pulso fraco, memória fraca, língua pálida,

insônia, palpitação, respiração acelerada, rosto pálido, medo, timidez, fobias, micção

freqüente com urina incolor, menstruação insuficiente (ciclo menstrual curto).

Page 124: Monografia Dalvacy Alves

123

Sintomas de excesso de energia: rosto vermelho, pulso acelerado, coragem,

audácia, voz sonora, indivíduo Yang, extrovertido, olhos brilhantes, riso fácil, super excitado,

menstruação abundante.

Trajeto: é de natureza Yin, recebe a energia do BP, transmitindo-a ao ID. A

energia do meridiano do C sal do coração pelo caminho do nervo autônomo do sistema

cardiovascular, desce e passa pelo diafragma e se liga ao ID. O ramo principal sai do coração

sobe pelo pulmão atingindo a axila, onde desce pelo lado interno do braço (Yin), passa pelo

pulso entre o 4º e o 5º metacarpo e chega ao lado interno da unha do dedo mínimo.

Ponto C1

FET: Ativa a circulação sanguínea, harmoniza o Qí do C, remove a obstrução de

Qí do canal de energia.

Ponto C2

- FET: Harmoniza o Ql e o sangue, relaxa o Qí dos tendões e dos músculos,

remove obstrução de Qí dos canais de energia, faz a limpeza do calor perverso.

Ponto C3

FET: Harmoniza o Qí do C, o Qí e o sangue, acalma o Shen e fortalece a mente,

favorece a circulação do Qí no canal do pericárdio, dispersa mucosidade, faz a limpeza do

calor dos vasos sanguíneos.

FET: Acalma o Shen e harmoniza o Qi do C.

FET: Acalma e tonifica o Qí do C, acalma o Shen e fortalece a mente, faz a

limpeza do calor do coração, dissipa o vento perverso.

Page 125: Monografia Dalvacy Alves

124

Ponto C6

FET Nutre o Yin Qí, acalma o Shen e clareia a mente, tonifica o Qí do C.

fortalece e circula o sangue e transforma mucosidade do C.

Ponto C7

FET: Harmoniza o Qí do C, harmoniza o Yong Qí, acalma o Shen, fortalece a

mente, transforma a mucosidade do coração, faz a limpeza de calor do coração, refresca o

calor do sangue, dispersa a mucosidade e o vento perverso.

Ponto C8

FET: Harmoniza e fortalece o Qí do C, acalma o Shen, faz a limpeza do calor e do

falso calor do C e do ID, dissolve a umidade e transforma a umidade calor.

Ponto C9

FET: Harmoniza o Qí do C, promove a circulação de Qí e de sangue, reanima o

estado de inconsciência, redireciona o Qí contracorrente.

MERIDIANO DO INTESTINO DELGADO

Número de pontos: 19.

Polaridade: Yang - positiva.

Sentido da energia: das mãos para a cabeça.

Horário de maior concentração de energia: das 13 às 15 hs.

Função: comanda o ID; função de absorção, síntese das proteínas, lança as toxinas

e dejetos sólidos ao IG, os líquidos à B e R, produtor da energia vital, ou seja, comanda a

produção dessa energia e tem ação muito grande sobre as grandes depressões.

Page 126: Monografia Dalvacy Alves

125

Expressão emocional: alegria.

Relações: - C - seu acoplado;

- C e B - na seqüência da grande circulação;

- F pela via meio-dia/meia-noite, opostos 12 horas;

- VB(madeira) e E (terra - na seqüência geradora dos 5 elementos;

- B (água) e IG(metal) de acordo com a lei da dominância dos 5 elementos.

Sintomas de insuficiência de energia: urina muito clara e dores no ventre e todo

baixo ventre, diarréia, debilidade, diminuição da resistência física, caráter fraco e choro fácil,

sensação de frio.

Sintomas de excesso de energia: cotovelo contraído, abdome dilatado com dores

que melhoram com expulsão de gases, dificuldade em urinar, excitação fácil.

Trajeto: através dos vasos secundários o meridiano do ID faz conexão com os

seguintes meridianos:

- no ponto ID13 há um ponto que se liga ao sistema nervoso;

- no ponto ID12 receber vasos secundários dos meridianos do IG, TA e VB;

- nos pontos ID17 e ID18 faz conexão com a VB e o TA;

- o ponto ID17 faz conexão com ponto C7;

- o ponto ID4 com C5.

Há ainda vasos secundários que o ligam a: B1, B11, B36, VC12, VC13 e VC17.

Ponto IDI

FET: Dispersa o calor do C, dispersa o calor e o vento perverso, promove a

produção de leite materno e reanima o estado de inconsciência.

Ponto ID2

FET: Umedece a garganta, melhora o Qí do ouvido e dispersa o vento calor.

Page 127: Monografia Dalvacy Alves

126

Ponto ID3

FET: Harmoniza a circulação do Qí dos canais principais, dispersa o calor do

coração e afasta o calor interno, tranqüiliza a mente, libera energia perversa do interior para o

exterior, harmoniza o Qí de Du Mai.

Ponto ID4

FET: Elimina o calor e o vento perverso, faz a limpeza da umidade calor contida

no canal de energia.

Ponto ID5

FET: Elimina o calor e o fogo perverso, dispersa umidade calor e dispersa o Qí

estagnado.

Ponto ID6

FET: Clareia a visão, remove a obstrução de Qí e de sangue dos canais de energia.

Ponto ID7

FET: Acalma o Shen e clareia a mente, nutre o Yin Qí (essência do Qí), dispersa o

calor e o vento perverso, relaxa os músculos e os tendões, faz circular as energias perversas.

Ponto ID8

FET: Dispersa energia perversa, relaxa músculos e tendões, tranqüiliza o Shen.

Ponto ID9

FET: Dispersa o vento perverso, ativa a circulação de sangue e remove obstrução

de Qí e de sangue dos canais de energia.

Page 128: Monografia Dalvacy Alves

127

Ponto ID10

FET: Promove a circulação do sangue, relaxa os tendões e os músculos, dispersa o

vento perverso.

Ponto ID11

FET: Promove a circulação do Qí, relaxa os músculos e os tendões, desfaz a

plenitude do tórax, redireciona o Qí contra-corrente, dispersa o vento perverso.

Ponto ID12

FET: Remove a obstrução de Qí e de sangue dos canais de energia, relaxa os

músculos e os tendões, dispersa o vento e o frio perverso.

Ponto ID13

FET: Faz a difusão do Qí do pulmão, faz a limpeza do canal perverso, transforma

a mucosidade e a umidade calor.

Ponto ID18

FET: Dispersa o vento e o frio perverso, faz a limpeza do calor perverso.

Ponto ID19

FET: Harmoniza o Qí da audição, remove obstrução de Qí e de sangue dos vasos

sangüíneos e acalma o Shen.

MERIDIANO DA BEXIGA

Número de pontos: 67

Polaridade: Yang - positivo

Sentido da energia: inicia na cabeça e vai até os pés.

Page 129: Monografia Dalvacy Alves

128

Horário de maior concentração de energia: das 15 às 17 hs.

Função: este meridiano comanda a bexiga, além de atuar decisivamente na função

reguladora dos rins. Este meridiano atua sobre o sistema nervoso simpático. Através de seus

pontos de assentamento é possível agir sobre as disfunções de praticamente todos os órgãos e

vísceras.

Expressão emocional: medo, fobia, pânico.

Relações: - R - seu acoplado;

- ID e R – na seqüência da grande circulação;

- P pela via meio-dia/mela-noite, opostos 12 horas;

- IG (metal) e VB (madeira) - na seqüência geradora dos 5 elementos;

- E (terra) e ID/TA (fogo) - de acordo com a lei da dominância dos 5 elementos.

Vasos secundários: através destes, o meridiano da B faz conexão com os seguintes

meridianos: - no ponto B1 recebe vasos secundários dos meridianos ID, E, TA, Pericárdio e

BP.

- no ponto B11 conecta os meridianos do sistema nervoso ID e TA, Pericárdio e

BP;

- no ponto B11 conecta os meridianos do sistema nervoso ID e TA.

- no ponto B32 faz conexão com o fígado e com a VB;

- no ponto B62 conecta R4 e

- no ponto B58 com R3.

Sintomas de insuficiência de energia: diminuição da audição, polaciúria com urina

clara. Sintomas de excesso de energia: obstrução nasal, dores na coluna vertebral, dificuldade

de micção e ardor ao urinar, insônia, furunculose crônica.

Trajeto: faz um arco que sai do crânio e se dirige para a região posterior do corpo,

onde a 1ª linha está a 1.5 cm da linha média e a 2ª linha a 3 cm da coluna. São duas linhas

Page 130: Monografia Dalvacy Alves

129

paralelas que descem pelo corpo. Enquanto seu trajeto está no crânio, ele alimenta o SNC e

quando desce pela coluna ele passa pelo rim. Quando houver “problemas” com o nervo

ciático, se a ciatalgia for exatamente central usaremos o meridiano da bexiga. Se for mais

lateral usaremos o meridiano da VB. Para qualquer dor lombar ou dorsal podemos usar o

ponto B40. Este meridiano pode tratar qualquer problema urinário. Depois de percorrer toda

parte posterior do corpo ele vai terminar na cutícula externa do 5º dedo do pé.

Ponto B1

FET: Nutre o Yin Qí (essência do meridiano), aumenta a energia água, clareia a

Visão. dispersa o vento e reduz o calor perverso do Tai Yang.

Ponto B2

FET: Clareia a visão.

Ponto B5

FET: Acalma o Shen, dispersa o vento perverso.

Ponto B7

FET: Acalma o Shen e a mente, dispersa o vento frio e o vento calor.

Ponto B8

FET: Acalma o Shen e a mente, dispersa o vento frio e o vento calor.

Ponto B9

FET: Acalma o Shen e a mente, dispersa o vento frio e o vento calor.

Page 131: Monografia Dalvacy Alves

130

Ponto B10

FET: Acalma e fortalece a mente acalma o Shen, dispersa o vento, o vento frio, o

vento calor, a mucosidade e o frio e fortalece os músculos e tendões.

Ponto B11

FET: Harmoniza o Qí dos vasos sangüíneos dos tendões e das articulações,

harmoniza e difunde o Qí do P harmoniza o Qí do tórax, fortalece o Qí dos ossos, libera o

calor superficial para o exterior, favorece a circulação de sangue, dispersa o vento, vento frio,

vento calor, e o frio perverso.

Ponto B12

FET: Harmoniza e difunde o Qí do P, harmoniza o Qí do tórax, faz circular o Qí

pelo canal de energia principal da B, superficializa e harmoniza o Qí, dispersa o vento, o

vento frio, o vento calor e o frio perverso e transforma umidade-calor.

Ponto B13

FET: Harmoniza, tonifica e difunde o Qi do pulmão, harmoniza o Qí do

aquecedor superior do tórax, harmoniza o Yang Qi, faz recuperar a perda de Qí provocada

pelos esforços, faz a limpeza do falso calor do pulmão, dispersa o vento, o vento frio, o vento

calor e o frio perverso.

Ponto B14

Nome: Jue Ying Shu (Buraco ao nível do fígado e pericárdio).

Localização: Situa-se a 1,5 cm lateral a margem inferior do processo espinhoso da

4ª vértebra torácica (1,5 cm da linha média abaixo da 4ª vértebra torácica).

Page 132: Monografia Dalvacy Alves

131

Indicações: Angina pectoris, arritmias, palpitações, doença cardíaca reumática,

tosse produtiva, epilepsia, nevralgia intercostal, esquizofrenia, insônia (trata tudo o que B113

trata e problemas cardíacos e dores torácicas).

Profundidade: 0,5 a 0,8 cun diagonal.

FET: Harmoniza e tonifica o Qí do C, harmoniza o Qí do corpo, ativa a circulação

do sangue, acalma o Shen e tranqüiliza o coração.

Ponto B15

FET: Harmoniza o Qí do sangue, harmoniza e tonifica o Qí do coração, ativa a

circulação de sangue e dos vasos sangüíneos, acalma o Shen, fortalece e clareia a mente.

Ponto B16

FET: Harmoniza o Qí do tórax, fortalece o diafragma, refresca o calor do sangue,

harmoniza o Qi do tórax, recupera e fortalece as diferenças do Qi do sangue, harmoniza o Qi

do E e do BP.

Ponto B18

FET: Harmoniza e tonifica o Qí do F e VB, harmoniza e faz ciruclar o Qi, clareia

e fortalece a visão, faz aumentar os nutrientes do sangue, harmoniza o sangue, afasta a

umidade e a umidade-calor do F e VB, refresca o calor do sangue.

Ponto B19

FET: Harmoniza o Qí do F e da VB, harmoniza a circulação do Qi e o Qi geral do

corpo, clareia a visão, relaxa o diafragma, refresca e faz a limpeza do fogo da VB e do F,

afasta a umidade e umidade-calor do corpo e harmoniza o Qi do estômago.

Page 133: Monografia Dalvacy Alves

132

Ponto B20

FET: Harmoniza o Qi do BP e do F, harmoniza o Qí do E e do aquecedor médio,

harmoniza o Qi do sangue e o Yong Qí (Qí nutritivo), drena a umidade e a água em excesso,

afasta a umidade e a umidade calor.

Ponto B21

FET: Harmoniza e fortalece o Qí do BP e tonifica o Qí mediano, fortalece o Qi do

E, tonifica o Qi do sangue, afasta a umidade, a unmidade-calor e a mucosidade, drena a

umidade e a umdiade-frio.

Ponto B22

FET: Harmoniza o TA e a via das águas, tonifica o Qi dos rins e afasta a umidade.

É o ponto do TA – associar ao VC5 – ponto Mo.

Ponto B23

FET: Tonifica o Qí dos R, a essência e o Yuan Qí (Qí original), aumenta a energia

da água dos rins, harmoniza a via das águas, fortalece o Qí do cérebro e o Qí da audição,

aquece o Yang Qí, o frio e o calor do coração.

Ponto do Rim. É um dos principais pontos para tonificar a região lombar. Pode ser

feito agulha com moxa, ou moxa direto. É o ponto Shu dorsal dos rins; pode ser associado ao

ponto Mo que é o VB25.

Ponto B24

FET: Harmoniza e umedece o Qí dos intestinos, aumenta o Qí da nutrição,

dissolve a estagnação do Qí dos intestinos, afasta a umidade calor do IG e drena a umidade-

frio do ID.

É o ponto do IG no Shu dorsal.

Page 134: Monografia Dalvacy Alves

133

2 ORIGEM E DESENVOLVIMENTO DA ACUPUNTURA

Conforme Sintan (1985), segundo o Hwang Ti Nei Jing, escrito há cerca de 700

anos a.C., os chineses da Idade da Pedra descobriram que o aquecimento do corpo com areia

ou pedra quente aliviava as dores abdominais e articulares. Essa foi a origem da moxa.

Em várias partes da China foram encontrados Zhem Shih - agulhas de pedra - que

datam da Idade da Pedra. Essas agulhas diferem das de costura e, por terem sido encontradas

juntamente com outros instrumentos de cura, presume-se que a Acupuntura já era conhecida e

praticada naquela época.

Não há documentos que indiquem precisamente como foi o desenvolvimento

inicial da Acupuntura, mas sabe-se que, desde tempos remotos, esta era uma arte muito

difundida entre os chineses.

A evolução da humanidade trouxe o aperfeiçoamento dessa técnica. No início,

como vimos, as agulhas eram de pedra; hoje são de ligas de prata, de ouro ou de aço

inoxidável. Paralelamente, houve também um desenvolvimento no uso da moxa, que da

utilização de plantas passou para o infravermelho, ultra-som, corrente elétrica e raio laser.

Concomitantemente, a teoria foi evoluindo do “ponto isolado” para a “teoria dos

meridianos” que liga os pontos aos órgãos. E esse processo continua atualmente com a

descoberta de novos pontos. Historicamente, houve também uma expansão geográfica da

Acupuntura que, da China, se a Dinastia Tang, 400 d.C., o mundo.

Page 135: Monografia Dalvacy Alves

134

Atualmente, com o auxílio da moderna tecnologia, estão sendo feitas muitas

pesquisas sobre a função e o mecanismo de ação da Acupuntura. Os novos conhecimentos

nessa área esclareceram dúvidas no campo a eletroneurofisiologia, estimulando futuras

pesquisas.

Documentos históricos

Com base nos estudos arqueológicos, é possível ter-se uma noção do

desenvolvimento desta ciência desde seus primórdios até nossa era.

I. Era do Imperador Amarelo (2704-2100 a.C.)

Pelos escritos preservados em cascos de tartaruga, chegamos à conclusão de que,

nessa época, a Acupuntura não só já possuía suas bases como apresentava também um certo

nível de desenvolvimento.

II. Dinastia Chia, Shang, Tsou (2100-1122 a.C) e período Chuen Chiou Zhan Kuo

(1122-221 a.C.)

a) Formulação do princípio do Yin-Yang, da teoria dos cinco elementos e dos

meridianos. No Hwang Ti Nei Jing encontramos:

1. A descrição minuciosa dos meridianos, síndromes e tratamento das doenças.

2. O número e o nome dos pontos dos meridianos.

3. O estabelecimento da unidade-padrão de medida da superfície do corpo e a

localização dos pontos.

4. A descrição da modalidade e maneira de usar os nove tipos de agulhas, sua

aplicação e os métodos de tonificação e dispersão.

5. A indicação dos pontos importantes para cada tipo de doença, além dos pontos

proibidos e fatais.

Page 136: Monografia Dalvacy Alves

135

O Nan Jing, escrito por Pien Chuch, veio preencher as lacunas e deficiências do

Hwang Ti Nei Jing. Outro livro, do qual se tem notícia, o Tsen Jing, foi perdido.

b) Evolução das agulhas.

c) O famoso médico Pien Chuch descreveu a ressuscitação de uma pessoa

considerada já morta, pela aplicação das agulhas.

III. Dinastias Chin, Han, Huei (221 a.C.-264 d.C.)

a) Tsan Kung (180 a.C.) deixou 25 relatórios médicos contendo descrições sobre o

uso das agulhas no tratamento das doenças. Além disso, deu nome a vários pontos dos

meridianos.

b) Final da Dinastia Han.

Chang Tsung Jing, livro que descreve o tratamento da malária pela Acupuntura,

dando também uma noção da aplicação da moxa, além de citar o uso concomitante de ervas e

de quimioterápicos.

c) Hua Tuo (141-203 d.C.), famoso cirurgião e acupunturista de sua época,

aconselhava o uso de poucos pontos, isto é, somente dos essenciais.

d) Pei Wong descreve a pulsologia na aplicação da Acupuntura.

IV. Dinastias Tsin e Tang (265-959 d.C.)

Difusão dos conhecimentos da Acupuntura para o exterior.

a) Início da Dinastia Tsin.

Huang Pu Yih escreveu o Jia Yih Jing que, firmando as bases da Acupuntura,

equipara-se em valor ao livro de Ling Shu.

h) Início da Dinastia Tang.

Sun Su Miao escreveu Chien Jin Fang e Chien Jin Yih Fang.

c) Dinastia Tsin.

Page 137: Monografia Dalvacy Alves

136

Kou Hung escreveu o Zhou Hou Beh Jib Fang que, contendo descrições de vários

métodos de aplicação de moxa, escreve também sobre a experiência adquirida através dos

tempos.

d) Hou Chuen.

e) Wang Chou.

V. Dinastia Sung (960-1279 d. C.)

O rei Sung Jen Tsung, ficando gravemente doente, foi curado através da

Acupuntura. Passou, então, a dar-lhe grande importância.Ordenou a Wang Wei Yi, um

médico famoso, que organizasse os escritos sobre esse assunto, avaliando seus valores,

criando mapas e diagramas dos meridianos presentes no corpo humano. E mandou

confeccionar estátuas de bronze com os pontos e trajetos dos meridianos.

a) Wang Wei escreveu Tong-Jen Sbu-Xue Zben Jiou Tu Jing. You Sun Jen

escreveu Tong-Jeng Zben Jiou Jing.

b) Shi Fang Zih escreveu Min Tang Jiou Jing, somente sobre experiências da

moxibustão. Sun Tseng Ho Kuan Sbu, Shen Zih Tsung Lu e Zhen Jiou Men explicam os

tratamentos de Acupuntura com várias técnicas para diversas doenças.

c) Wang Zhi Zhong escreveu Zben Jiou Tsi Shen Jing, um livro muito prático.

d) Sih Nien escreveu Pei Ji Jiou Fa falando sobre a utilização da moxa nas

doenças agudas e de emergência.

e) Sung Tou Chai escreveu o Pien Cbue Chin Sbu, reforçando a utilidade e os

efeitos da moxibustão.

VI. Dinastia King e Yuan (1279-1365 d.C.)

a) Hua Shou, também chamado Hua Po Jen, escreveu o Shi Sib Jing Fa Huei,

desenhou mapas dos meridianos e os pontos.

Page 138: Monografia Dalvacy Alves

137

b) Tou Han Chiu escreveu Zben Jiou Jib Nan, com poesias, explicando os

mecanismos e as técnicas de Acupuntura.

c) Lo Tien Yih escreveu Nei Shen Pao Jien, falando sobre os fluxos dos

meridianos relacionados com o tratamento das doenças.

d) Huang Kuo Ruti escreveu Pien Chue Shen Yin Zben Jiou Yu Lung Jing,

enfocando as experiências dos específicos tratamentos de Acupuntura.

e) Ho Juo Yu escreveu Zbe Wu Liou Zbu Zhen Jing, falando sobre seleção dos

pontos nas diversas horas.

f) Ma Tan Yang escreveu Tien Hsin Ski Ar Hsue, acentuando os efeitos dos doze

pontos mais importantes.

VII. Dinastia Ming (1366-1644 d.C.)

a) Lee Shih Jen escreveu Chib Jing Pa Mai Kao, notando as aplicações dos

meridianos extraordinários.

b) Liu Tsuen escreveu Yi Jing Xiao Hsue, em forma de poemas.

c) Kao Wu escreveu Zben Jiou Ta Chuan, fruto da observação de muitas

experiências, em poemas.

d) Lee Tin escreveu Yi Hsue Ju Men, advogando o uso do menor número possível

de agulhas (quatro no máximo).

e) Yang Jih Zhou escreveu Zben Jiou Ta Cheng, colecionando todas as teorias,

métodos e experiências.

VIII. Dinastia Chin (1649-1910 d.C)

a) Os médicos do Ministério da Saúde, na época do Imperador Quen Lung,

escreveram Yi Tsung Jing Jien, Chin Pien Ko Tieb e Yang Ku Tu Ming Wei etc., e

colecionaram muitas teorias e experiências; foram escritos em forma de poemas.

Page 139: Monografia Dalvacy Alves

138

b) Fan Pei Lan escreveu Tai Yib Shen Zhen, notando os tratamentos combinados

das ervas e moxibustão e selecionando pontos simples.

c) Lee Xueh Tsuan escreveu Zhen Jiou Fung Yuan, que é muito semelhante ao

Zhen Jiou Ta Cheng, mas apresenta uma organização muito melhor.

d) Os governantes dessa dinastia, que dominou a China por trezentos anos,

baniram a prática da Acupuntura.

IX. Era atual (após 1911 d.C.)

No nosso século, a Acupuntura, dotada de caráter experimental e científico, tem

atingido novos níveis de conhecimentos e técnicas além do reconhecimento mundial.

Vantagens e desvantagens da Acupuntura

A Acupuntura é uma prática que se tornou popular desde os tempos antigos na

China. Sua popularidade se conservou através dos tempos devido à simplicidade de sua teoria,

aplicação e aprendizagem.

Podemos citar os seguintes tópicos como sendo os mais indicativos no que se

refere à qualidade da Acupuntura:

1. Inúmeras possibilidades de aplicação.

É útil em qualquer doença, não importando sua localização, oferecendo auxílio de

uma maneira ou de outra em todas as faixas etárias e independentemente do sexo, podendo

ainda ser facilmente associada a outras modalidades terapêuticas. Mesmo em patologias

cirúrgicas, a Acupuntura pode ser usada para melhorar o estado imunológico do paciente e

apressar a recuperação no período pós-operatório.

2. Diminuição do uso de medicamentos.

Atualmente, o uso de drogas está se tornando abusivo, com freqüentes

intoxicações, sem que se consigam resultados terapêuticos ideais. A Acupuntura regula o

Page 140: Monografia Dalvacy Alves

139

equilíbrio do organismo, melhorando a circulação sangüínea, aumentando a resistência

corpórea e sendo capaz de mudar a constituição corporal; por isso, reduz ao mínimo a

necessidade de drogas e aumenta a eficácia terapêutica. Além disso, constitui-se num

tratamento mais econômico em relação ao tradicional método da alopatia.

3. Simplicidade da instrumentação necessária.

Muitos equipamentos médicos são hoje difíceis de transportar. A Acupuntura

utiliza materiais simples, de fácil transporte, principalmente em algumas emergências, como o

colapso, insolação ou angina pectoris. Num meio onde não há facilidades médicas é mais

evidente sua utilidade.

4. Segurança no tratamento.

A Acupuntura é uma prática extremamente segura, exigindo apenas uma eficiente

esterilização das agulhas e um bom nível técnico do terapeuta.

5. Complementa as lacunas da medicina moderna.

Apesar do constante progresso, a medicina moderna ainda não conseguiu resolver

muitos dos problemas que atingem o ser humano, por exemplo, doenças como as

espondiloses, as periartrites degenerativas, as colagenoses e outras auto-imunes. Em muitas

dessas patologias, a Acupuntura, isoladamente ou associada a drogas, obtém melhores

resultados.

6. É método auxiliar no diagnóstico.

Muitas doenças são difíceis de diagnosticar. A sensação proveniente da aplicação

das agulhas pode denotar alterações neurológicas. A localização do processo patológico pode

também ser indicada pela resposta à estimulação de determinados pontos, o que auxilia o

diagnóstico.

Page 141: Monografia Dalvacy Alves

140

Além do mais, se a doença é funcional, a Acupuntura, via de regra, traz melhoras

evidentes, o que não ocorre se já houve lesão orgânica; neste caso ela serve como prova

terapêutica.

7. Os aspectos desfavoráveis.

Podemos citar dois aspectos básicos, que consideramos desfavoráveis à

Acupuntura. Primeiro, o temor despertado pelas próprias agulhas. Por isso, muitos outros

métodos de estimulação têm sido desenvolvidos na esperança de substituir as agulhas, mas

infelizmente ainda não se conseguiram os mesmos efeitos que as agulhas oferecem.

Em segundo lugar, a Acupuntura exige um longo período de tratamento, de

perfeição e de maestria manual do terapeuta, o que requer longos anos de aprendizado.

Conceito sobre os mecanismos da Acupuntura

O corpo humano é formado da união de células que dão origem aos tecidos ou

órgãos; estes se associam entre si e colaboram para preservar as funções de locomoção,

digestão, defesa, respiração etc. As conexões entre os diversos sistemas fazem-se, de modo

geral, pelo sistema nervoso, cujo centro é o cérebro, que controla e regula todas as funções.

Assim, o organismo responde como um todo às alterações do meio.

Por exemplo, no calor, há vasodilatação, com aumento da sudorese na tentativa de

diminuir a temperatura corpórea. No frio, ocorre o contrário, com vasoconstrição e economia

do calor corporal. Se o frio é excessivo, verificam-se tremores, que se destinam a gerar mais

calor e a manter a homestermia e as funções celulares normais.

Se a função do sistema nervoso é adequada, ela preserva a adaptação e a saúde do

organismo. Se o organismo sofre alguma lesão, o sistema nervoso pode responder, atuando

em vários níveis para contê-la. Por exemplo, se há invasão bacteriana com liberação de

Page 142: Monografia Dalvacy Alves

141

toxinas, o sistema nervoso, para prover meios de eliminar as bactérias e suas toxinas, reage

com hipertermias, leucocitose, aumento da secreção de muco, tosse, náuseas, vômito.

Sob a direção do sistema nervoso, o organismo é capaz de prover vários

mecanismos de compensação. Assim, se o coração está doente, há má circulação. O sistema

nervoso provê então alterações como a dilatação das coronárias, aumentando a pressão de O2

e a cardiomegalia. No caso dos rins, ocorre o mesmo: se um é deficiente, a outro se hipertrofia

para compensar a queda da função.

Por isso, um sistema nervoso em boas condições é capaz de reagir a lesões com

reações compensatórias capazes de devolver o estado de saúde ao organismo.

É claro que há outros fatores em jogo. O grau da lesão é importante. Além do

mais, o sistema nervoso sofre influência do corpo como um todo. Se o corpo estiver

enfraquecido, em estado depressivo, sofrendo ansiedades etc., isso se refletirá negativamente

sobre o sistema nervoso.

Às vezes, as próprias reações de adaptação, quando exacerbadas, podem piorar o

estado do doente. Por exemplo, na cólera, provocar a diarréia visa a eliminação dos

patógenos; mas, se o processo for excessivo, poderá matar o paciente por desidratação. Ainda

nas lesões articulares, se o espasmo muscular ao redor for demasiado, pode levar à isquemia e

a um círculo inflamatório vicioso.

Alguns fatores externos não têm importância em si, mas, ao provocarem respostas

inadequadas, podem provocar o desenvolvimento da doença. Por exemplo, em pessoas

alérgicas, graves crises podem ser desencadeadas por pequenas quantidades de antígenos

externos. Muitas vezes, em certas patologias, não se compreende o mecanismo de ação do

sistema nervoso. Isso se deve à carência de conhecimentos que a medicina demonstra acerca

da plenitude de ação das células nervosas; por isso, é comum admitir-se que as células sempre

são lesadas diretamente por agentes externos (químicos ou bacterianos). Essas noções são

Page 143: Monografia Dalvacy Alves

142

incompletas. A doença é o fruto da interação entre os agentes agressores e a resposta do

organismo, comandada pelo sistema nervoso central; às vezes, a lesão do próprio sistema

nervoso e seus mecanismos de reação podem piorar a doença. Com certa freqüência, quando a

lesão é suficientemente profunda, não se consegue o estado de equilíbrio e o paciente morre.

A Acupuntura não está voltada diretamente para os agentes agressores externos e,

por isso, seu tratamento não visa apenas a tratar o local comprometido no corpo, mas age

sobre todo o sistema nervoso, estimulando o mecanismo de compensação e equilíbrio em todo

o corpo, para com isso sanar a doença. Há muitas doenças que se originam a partir da má

absorção de vitaminas e cuja causa é o distúrbio do sistema nervoso. Nesses casos de

deficiência, pode-se obter bons resultados através da Acupuntura, dispensando-se o uso das

vitaminas. O mesmo ocorre com outras doenças endócrinas, ocasião em que se conseguem

muitos bons resultados com a Acupuntura sem o uso de hormônios exógenos.

Pesquisas recentes visam a entender o mecanismo de ação da Acupuntura:

1. A Acupuntura altera a circulação sangüínea. A partir da estimulação de certos

pontos, pode-se alterar a dinâmica da circulação regional proveniente de microdilatações.

Outros pontos promovem o relaxamento muscular, sanando o espasmo, diminuindo a

inflamação e a dor.

2. O estímulo de certos pontos promove a liberação de hormônios, como o cortisol

e as endorfinas, promovendo a analgesia.

3. A Acupuntura ajuda a aumentar a resistência do hospedeiro. Quando há

agressão externa, alguns sistemas orgânicos são prejudicados. Há uma regulação interna para

oferecer resistência à doença. A Acupuntura, exacerba estes mecanismos para que em menos

tempo o equilíbrio e a saúde sejam restabelecidos. Muitas pesquisas revelam ser possível o

estímulo do hipotálamo, da hipófise e de outras glândulas que atuam na recuperação.

Page 144: Monografia Dalvacy Alves

143

4. A Acupuntura regula e normatiza as funções orgânicas. As diversas funções no

homem são inter-relacionadas. Se há algum distúrbio alterando esse inter-relacionamento,

ocorre a manifestação de sintomas e a doença se estabelece. O estímulo pela Acupuntura pode

dinamizar e restabelecer os relacionamentos anteriores e apressar a recuperação.

5. A Acupuntura promove o metabolismo. O metabolismo é fundamental na

manutenção da vida. Em certas condições de doença, há alteração do metabolismo dos

diversos órgãos, com conseqüente prostração e deficiência do organismo. A Acupuntura

permite a recuperação desse metabolismo, importante no processo de cura.

Observações

Apesar de a Acupuntura produzir efeitos reais no tratamento de diversas doenças,

e de seus processos terem sido esclarecidos pela pesquisa atual, ela possui características

próprias que diferem, em muitos aspectos, da medicina moderna. A primeira observação a

este respeito refere-se à nomenclatura: as fórmulas e conceitos da Acupuntura, sobre as

doenças, são inteiramente diferentes dos conceitos da medicina moderna, pois resultam de

uma experiência milenar. Conseqüentemente, muitas pessoas acreditam que a Acupuntura não

satisfaz as condições exigidas pela prática científica, visto que seus processos terapêuticos não

são ainda totalmente compreendidos pela ciência atual. Esse fato tornou-a vítima da

incredulidade por parte de muitos profissionais que, assim, lhe negam uma atenção e pesquisa

mais profundas.

Em muitas sociedades, a falta de conhecimento sobre este assunto faz com que a

Acupuntura seja exercida por leigos que escapam ao controle e incorporação dos órgãos

oficiais das áreas de saúde. Por causa deste panorama, muitos médicos, por temerem ser

apontados como charlatães, sentem-se constrangidos em buscar um intercâmbio de

conhecimentos com os acupunturistas.

Page 145: Monografia Dalvacy Alves

144

Pesquisas efetuadas neste último ano e que estudaram a atuação da neuroatividade

do sistema nervoso na gênese das doenças, podem levar a uma melhor compreensão ou

mesmo a certas reformulações nas bases teóricas da medicina moderna. Assim, a Acupuntura

pode, no futuro, contribuir positivamente para a reestruturação de determinadas partes da

medicina moderna.

A Acupuntura é hoje amplamente aplicada em muitas enfermarias e tem-se

demonstrado que em muitas patologias seu efeito terapêutico supera o uso de drogas ou de

outras modalidades de terapias, enquanto em outras doenças seus efeitos têm-se mostrado

inferiores ao uso de drogas, à cirurgia e a outras formas de tratamento.

O princípio terapêutico consiste na escolha de um método eficaz, simples, que

seja capaz de restaurar a saúde do paciente.

A escolha da modalidade terapêutica dependerá da patologia em si e das

condições apresentadas pelo paciente.

Há muitos acupunturistas leigos que, por desconhecerem os métodos terapêuticos

da medicina moderna, ou por serem da opinião que a Acupuntura é capaz de tratar todos os

tipos de doenças, prejudicam o paciente, privando-o de receber um tratamento mais adequado

e específico.

Para que se possa tratar uma doença, é preciso saber chegar ao seu diagnóstico. O

esquema terapêutico deve então ser arquitetado por um profissional médico competente, que

localizará o controle e os cuidados durante o período do tratamento. Por exemplo, no caso de

doenças dolorosas, o tratamento implica não só o controle da dor em si, mas também a busca

e a cura de sua causa.

A Acupuntura é uma arte terapêutica que deve estar entre as primeiras indicações

na terapêutica de muitas patologias e deve ser exercida por médicos especializados ou pessoal

médico especialmente treinado.

Page 146: Monografia Dalvacy Alves

145

3 AS TEORIAS BÁSICAS DA MEDICINA CHINESA

Teoria do Yin-Yang

Os fenômenos científicos devem ser, de início, minuciosamente observados, para

que, mais tarde, seja possível desenvolver grandes teorias.

Estes processos constam comumente de cinco etapas. 1) observação; 2) análise; 3)

suposição; 4) comprovação e 5) conclusão.

A Teoria Yin-Yang também passou pelo mesmo processo. Na China antiga, as

primeiras observações efetuadas levaram à conclusão de que a estrutura básica do ser humano

era a mesma do universo. Então, todos os fenômenos da natureza foram classificados em dois

pólos opostos: o Yin (negativo) e o Yang (positivo). Aqueles que apresentam como

características força, calor, claridade, superfície, grandeza, dureza, peso etc. pertencem ao

Yang. Ao contrário, os que apresentam características opostas às mencionadas, pertencem ao

Yin.

O esquema abaixo nos dá uma idéia da visão do Yin e do Yang.

Natureza Corpo humano Características das doenças Yang Sol, dia, céu,

homem, verão, calor, sul, norte

Superfície (externa), região dorsal, porção supradiafragmática e vísceras energéticas

Agitada, forte, quente, seca, hiperfuncionante, aguda

Yin Lua, noite, terra, mulher, inverno, frio, leste, oeste

Região profunda (interna), região central, porção infradiafragmática, cinco órgãos, sistema sangüíneo

Calma, fraca, fria, úmida, hipofuncionante, crônica

Page 147: Monografia Dalvacy Alves

146

No corpo humano há órgãos de constituição mais fraca que necessitam da

proteção das vértebras e das costelas. São cinco órgãos: coração, pulmão, rins e baço-

pâncreas. Eles pertencem ao Yin e seus pontos reflexos estão localizados na região ventral do

corpo. Ao contrário, as vísceras menos protegidas e de constituição mais forte como

estômago, intestino delgado, intestino grosso, bexiga, vesícula biliar e útero, são de natureza

Yang.

Os.órgãos que apresentam hiperfuncionalidade são classificados como Yang; os

que apresentam hipofuncionalidade são classificados como Yin.

As conclusões a que os antigos chineses chegaram, através de estudos e

observações, são bastante significativas. Nos tratados da medicina chinesa a Teoria Yin-Yang

já era extensamente explicada.

A Teoria Yin-Yang abrange três itens:

a) Nos estados de tranqüilidade, o Yin e o Yang estarão em harmonia; nos de

agitação, o Yin e o Yang estarão em desequilíbrio. O mesmo princípio aplica-se aos

elementos; haverá harmonia quando apresentarem um equilíbrio entre Yin e Yang, e agitação

quando houver um conflito entre Yin e Yang.

b) Em nenhuma substância observar-se-á desenvolvimento e endurecimento se

houver predomínio de Yin ou Yang isoladamente.

c) Em certas circunstâncias favoráveis, o Yin poderá transformar-se em Yang e o

Yang em Yin. Quando o Yin está em excesso, o Yang estará em depleção. Ao contrário,

estando Yin fraco, o Yang encontrar-se-á forte.

A natureza Yin-Yang de um elemento é bastante relativa. Em certas

circunstâncias, esses pólos opostos podem modificar-se. Logo, sua natureza Yin-Yang

Page 148: Monografia Dalvacy Alves

147

também sofrerá alterações. E, como já foi dito anteriormente, em circunstâncias favoráveis, o

Yang poderá tornar-se Yin e vice-versa.

Os tecidos e os órgãos do organismo humano, podem ser tanto Yin como Yang,

de acordo com sua localização e função. Tomando o corpo humano como um todo, a cabeça,

a superfície do tronco e os quatro membros, que ficam do lado externo, são Yang, enquanto os

órgãos Zang-Fu, que correspondem aos órgãos e vísceras na medicina moderna, são Yin.

Analisando apenas a superfície corpórea e os quatro membros, o dorso destes é Yang; o

abdômen e o peito são Yin. A parte lateral de um membro é Ying, e seu lado mediar é Yin.

Analisando os órgãos Zang-Fu (vísceras), com sua principal função de condução e digestão de

alimentos, que são Yang, ao passo que os órgãos (Zang), cuja principal função é armazenar e

controlar a energia vital corpórea, são Yin. Os órgãos Zang-Fu podem ser, novamente,

divididos em Yin ou Yang como, por exemplo, o Yin e o Yang dos rins, o Yin e o Yang do

estômago etc. Em resumo, independentemente de seu grau de complexidade, os tecidos,

estruturas e funções do organismo humano sempre poderão ser generalizados e explicados

pela relação Yin-Yang.

A relação de interdependência de Yin e Yang significa que cada um deles existe

sob a dependência da presença do outro, sendo que nenhum deles pode existir isoladamente.

Não teríamos dia se não houvesse noite; não teríamos frio se não houvesse calor. Portanto,

podemos concluir que Yin e Yang estão ao mesmo tempo em oposição e em

interdependência.

Em atividades fisiológicas, a transformação de substâncias em função ou vice-

versa, está encerrada na teoria da interdependência da relação do Yin e do Yang. Substâncias

que são Yin têm função Yang, pois a matéria-prima é a base do produto, enquanto que o

produto é reflexo da existência da matéria-prima. Apenas quando há substratos nutritivos

amplos é que os órgãos Zang-Fu funcionarão bem. E, apenas quando temos um bom

Page 149: Monografia Dalvacy Alves

148

funcionamento dos órgãos Zang-Fu é que teremos o constante estímulo para a produção de

substratos nutritivos. A coordenação e o equilíbrio entre a substância e a função são as

garantias vitais das atividades fisiológicas.

A relação de influência e transformação entre Yin e Yang

Dentro de uma substância, os elementos Yin e Yang não são fixos, mas estão em

constante mutação. A perda ou ganho de um elemento terá uma repercussão direta e

complementar no outro.

Quando há um aumento no nível do Yin, comparativamente, o Yang estará em

depleção. Por exemplo, quando o Yin estiver em um nível mais baixo, o Yang estará mais

alto.

Para realizar suas atividades funcionais, o organismo tem necessidade de

consumir certas substâncias nutritivas. Haverá então um gasto de Yin e um aumento de Yang.

Por outro lado, o processo de formação e armazenamento de certas substâncias

nutritivas dependerá, obviamente, das atividades funcionais do organismo e de um aumento

de Yin, em detrimento de Yang. Em condições normais, há um relativo equilíbrio; porém, em

condições anormais, poderemos ter uma depleção ou um excesso dos elementos Yin ou Yang.

Surgirão distúrbios e enfermidades no organismo. Como exemplo, citaremos a Síndrome do

Frio. Neste caso, há Yin em excesso, que consumirá o Yang, ou então a fraqueza do Yang,

que induzirá um predomínio do Yin.

Na Síndrome do Calor, há um predomínio do Yang forte, que consumirá uma

parte do Yin.

Nas Síndromes do Calor ou do Frio, os fatores.preponderantes pertencem ao tipo

Shi (excesso), enquanto os fatores com perda da resistência geral pertencem ao tipo Xie

(redução); Xu (deficiência) e Shi (excesso) são dois princípios na diferenciação de síndromes.

Page 150: Monografia Dalvacy Alves

149

Xu (deficiência) implica baixa resistência do organismo, ou insuficiência de certos materiais.

Shi (excesso) indica uma condição patológica em que a etiologia exógena é violenta,

enquanto a resistência geral do organismo está apenas no mesmo nível. As Síndromes do

calor e do frio são diferentes em sua natureza; conseqüentemente, os princípios de tratamento

também o serão. Assim, para as síndromes do tipo Shi (excesso), utilizaremos o método de

redução (Xic), enquanto que para as de tipo Xu (deficiência), aplicaremos o método de

reforço (Bu).

Partindo-se do princípio de que as doenças são decorrentes do desequilíbrio entre

Yin e Yang, todos os métodos de tratamento devem visar à restauração do estado de equilíbrio

entre esses dois elementos.

Na Acupuntura, os pontos que se localizam no lado direito podem ser utilizados

no tratamento das doenças do lado esquerdo do corpo, e vice-versa. Os pontos da porção

baixa do corpo podem ser utilizados no tratamento de alguma doença na porção superior do

corpo, e vice-versa. Todos esses métodos baseiam-se em conceitos de que o corpo é um todo,

e o objetivo da Acupuntura é justamente o reajuste da relação Yin-Yang, promovendo assim

uma melhor circulação do Ql (energia) e do sangue.

Em certas circunstâncias, e em certos estágios do desenvolvimento, o Yin e o

Yang de uma substância poderão transformar-se em seus opostos (em Yang e em Yin,

respectivamente).

Essa intertransformação ocorrerá se houver condições favoráveis, tanto da

substância em questão como do meio externo que a envolve.

A intertransformação entre Yin e Yang segue a seguinte regra, de acordo com Nei

Jing. Deve existir quiescência após uma mudança abrupta, o Yang extremo transformar-se-á

em Yin. E: A geração de um elemento é justamente a transformação; e a degeneração de um

elemento é causada por transmutação. E isto é exatamente o pensamento do velho provérbio

Page 151: Monografia Dalvacy Alves

150

chinês: Uma vez atingido o limite certo, a mudança para o lado oposto é inevitável. E: A

mudança quantitativa implicará uma mudança qualitativa.

A intertransformação do Yin e do Yang é uma lei universal que governa o

processo de desenvolvimento e a mudança das substâncias em geral. A alteração das quatro

estações do ano é um bom exemplo. A primavera começa quando o gelado inverno atinge seu

auge; o frio outono chega quando o calor do verão atinge seu clímax. A mudança na natureza

das doenças é um outro exemplo. Um paciente que apresenta febre alta contínua, numa

doença febril aguda, pode sofrer uma repentina queda de temperatura, acompanhada de

palidez, extremidades frias e pulso fraco. Essas mudanças indicam que a natureza da doença

teria mudado de Yang para Yin, e o tratamento para esse paciente terá, obviamente, seu curso

mudado, de acordo com a evolução da doença.

O que foi acima exposto é apenas uma pequena introdução à Teoria do Yin-Yang,

com alguns exemplos para ilustrar sua aplicação na medicina chinesa tradicional.

Resumindo, as relações de interdependência, interconsumo e intertransformação

de Yin e Yang podem ser sumarizadas como as leis das unidades de oposição. Além do mais,

estas quatro relações entre Yin e Yang não são isoladas uma da outra, mas sim

interconectadas, uma influenciando as outras e cada uma delas sendo a causa dos efeitos das

demais.

Teoria dos cinco elementos

Originalmente, na China, designava-se os cinco elementos de Wu-Hsing; sendo

que Wu significa cinco e Hsing, andar. Os cinco elementos (a Madeira, o Fogo, a Terra, o

Metal e a Água) são, na realidade, os cinco elementos básicos que constituem a natureza.

Existe entre eles uma interdependência e uma interrestrição que determinam seus estados de

constante movimento e mutação.

Page 152: Monografia Dalvacy Alves

151

A Teoria dos Cinco Elementos ocupa um lugar importante na medicina chinesa,

porque todos os fenômenos dos tecidos e órgãos, da fisiologia e da patologia do corpo

humano, estão classificados e são interpretados pelas interrelações desses elementos. Essa

teoria é usada como guia na prática médica.

Distribuição das coisas para os cinco elementos

O organismo humano é regido pelo mesmo princípio da natureza. Assim sendo, os

fatores da natureza exercem certa influência nas atividades fisiológicas do ser humano. Este

fato se manifesta não só na dependência como na adaptação do homem ao seu meio ambiente.

A medicina chinesa tradicional constatou essa realidade e, de acordo com ela, fez

a correlação entre a fisiopatologia dos órgãos e tecidos e alguns fenômenos da natureza.

Observemos os seguintes esquemas:

Classificação dos cinco elementos na natureza

Cinco elementos

Direção Estação Fator clima Cor Gosto

Madeira Leste Primavera Vento Verde Azedo Fogo Sul Verão Calor Vermelho Amargo Terra Centro Início e fim

de verão Úmido Amarelo Doce

Metal Oeste Outono Seco Branco Apimentado Água Norte Inverno Frio Preto Salgado

Classificação dos cinco elementos no corpo humano

Cinco elementos

Órgãos Vísceras Órgãos Tecido Emoção Som

Madeira Fígado Vesícula biliar

Olhos Tendão Zanga Grito

Fogo Coração Intestino delgado

Língua Vascular Alegria Riso

Terra Baço-pâncreas

Estômago Boca Músculo Pensamento Canto

Metal Pulmão Intestino grosso

Nariz Pele e pêlos Preocupação Choro

Água Rins Bexiga Ouvidos Osso Medo Gemido

Page 153: Monografia Dalvacy Alves

152

As relações de geração e de inibição dos cinco elementos

A noção de geração envolve o processo de produzir, crescer e promover.

Seguindo essa ordem, a Madeira gera o Fogo, o Fogo gera a Terra, a Terra gera o Metal, o

Metal gera a Água e a Água gera a Madeira.

Com base nos conhecimentos gerais é fácil entender que a Madeira, por sua

combustão, é capaz de gerar o fogo, assim como promover sua intensidade.

Após a combustão da Madeira, restam as cinzas, que são incorporadas à Terra. Ao

longo dos anos, a Terra, sob o efeito de grandes pressões, produz os metais. E dos metais e

rochas brotam as fontes de Água. Por outro lado, a Água dá vida aos vegetais e, gerando a

Madeira, fecha o ciclo da natureza. A esse tipo de relacionamento, onde cada elemento gerado

dá existência a outro elemento, os antigos denominavam relação Mãe-Filho. Mãe é o

elemento que gera o elemento em questão, no caso Filho. Assim, a Água é Mãe da Madeira, e

esta é Filha da Água.

Outro relacionamento entre os cinco elementos é o da inibição que traz implícita a

idéia de combate, restrição e controle.

Page 154: Monografia Dalvacy Alves

153

A ordem dessa relação é que a Madeira inibe a Terra, a Terra inibe a Água, a

Água inibe o Fogo, o Fogo inibe o Metal e o Metal inibe a Madeira.

Na concepção antiga sobre a natureza, o Metal tem a capacidade de cortar a

Madeira, e, além disso, as rochas e metais no solo podem impedir o crescimento da raiz das

árvores (Madeira). A Madeira cresce absorvendo os nutrientes da Terra, empobrecendo-a, e as

raízes das árvores, quando muito longas, perfuram e racham a Terra.

A Terra, por seu lado, impede que a Água se espalhe, absorvendo-a. Que a Água

possa inibir o Fogo é muito compreensível. O Fogo inibe o Metal, pois o Metal é derretido

pelo Fogo.

No relacionamento de inibição há duas facetas que apresentam também um

aspecto direto e outro indireto. Por exemplo, a Madeira é inibida pelo metal, mas ele inibe a

Terra. Nesse relacionamento de inibição entre os cinco elementos, ainda existe inter-

relacionamento direto ou indireto entre eles. Assim, pode haver uma contra-inibição, na qual

o inibidor pode ser inibido.

Por exemplo, normalmente a Água é inibidora do Fofo, mas se este se apresentar

intenso e a Água em pouca quantidade, haverá uma inibição da Água. Todas essas relações só

se objetivarão sob certas condições. Desta maneira, para gerar, há necessidade de que o

elemento não se encontre em deficiência. Para inibir é necessário que esteja numa boa

condição energética.

Na medicina chinesa, a Teoria dos Cinco Elementos e suas inter-relações aplicam-

se à fisiopatologia das doenças.

A aplicação da Teoria dos Cinco Elementos nos vários sistemas do organismo

Os órgãos do corpo humano podem ser classificados conforme os Cinco

Elementos (observe a Fig. 2).

Page 155: Monografia Dalvacy Alves

154

Há mais de 2.600 anos já havia descrições precisas nesse sentido no livro do

imperador amarela (figura abaixo).

O conceito de órgão, de vísceras, assim como de seus inter-relacionamentos

segundo a Teoria dos Cinco Elementos, é um dado empírico da medicina chinesa.

O coração, por exemplo, é de Fogo; sua Mãe é o fígado (Madeira) e seu e o baço

(e pâncreas), que é de Terra. No caso de o coração estar enfraquecido, devemos fortalecê-lo

ou então tonificar o fígado, sua Mãe. Se o coração está excessivamente energético, devemos

diminuir a sua energia, ou a do baço-pâncreas, seu Filho. Esta classificação e conceito têm sua

lógica e razão de ser mesmo em nossos dias. Sabemos que, em muitas situações, o pulmão

pode ajudar a função dos rins; como no caso do controle do ácido básico do organismo.

O fígado, ao fornecer glicose, fornece também energia vital ao trabalho do

miocárdio. Os órgãos supra-renais atuam na conversão do glicogênio em glicose pelo fígado.

Assim, é possível entender que o coração inibe o pulmão, o pulmão inibe o fígado, o fígado

inibe o baço-pâncreas, porque o coração necessita de oxigênio do pulmão que, por sua vez,

necessita da energia gerada pelo fígado. Nessas situações, o volume sanguíneo necessário ao

fígado é fornecido, em parte, pelo baço.

Page 156: Monografia Dalvacy Alves

155

Desse modo, o desequilíbrio que atinge um determinado órgão pode ter sua causa

em outro órgão; da mesma forma, uma doença pode propagar-se ou mesmo transformar-se em

outro tipo de doença.

O estudo e a adoção da Teoria dos Cinco Elementos e das correlações entre as

doenças podem servir como guias seguros no tratamento e controle dos efeitos e propagação

de determinadas doenças para outras partes do corpo. Assim, o processo de tratamento é mais

rápido e a cura mais célere.

Teoria dos meridianos

Origem

Na medicina chinesa a mais antiga referência à Teoria dos Meridianos encontra-se

no livro Hwang Ti Nei Jing que contém descrições precisas sobre seus princípios. No entanto,

até hoje desconhece-se o modo como foi criada a Teoria dos Meridianos, sendo muito

provável que a Acupuntura e as Qi-Kung (artes marciais) tenham contribuído para sua

formação.

Ao estimular certos pontos de Acupuntura constata-se que a sensação de calor e

parestesias seguem direções predeterminadas. Os antigos já mencionavam uma sensação de

calor que percorria certas vias do corpo, durante a prática das Qi-Kung. Constatou-se também

que numa doença os sintomas podem manifestar-se em outros lugares, seguindo uma via

precisa de inter- relacionamento.

É possível que a Teoria dos Meridianos tenha sido formulada a partir das

observações acima.

Podemos pressupor que a Teoria dos Meridianos é o fruto da experiência e da

observação de muitos desde os primórdios da medicina chinesa.

Page 157: Monografia Dalvacy Alves

156

Conteúdo

Há no corpo humano muitos pontos cujos efeitos à aplicação da Acupuntura são

semelhantes, talvez por pertencerem a dermátomos iguais.

Ao se traçarem linhas conectando esses diversos pontos análogos, obtiveram-se

linhas ou trajetórias longitudinais que foram denominadas Tin (meridianos) e trajetórias

horizontais, denominadas Lo (comunicações).

A experiência clínica demonstrou que havia uma nítida relação entre os órgãos e

os meridianos do corpo. Assim, traçaram-se doze meridianos ordinários; esses tinham relação

direta com os órgãos e vísceras do corpo. Além deles, estabeleceram-se no oito meridianos

denominados extrameridianos, usados em patologias diversas.

Dos doze meridianos ordinários, nascem ramos que percorrem as cavidades do

tronco do corpo, denominados doze meridianos distintos. Há quinze meridianos que ligam

esses doze meridianos entre si denominados Lo-Mai (meridianos conexos).

Há ainda doze meridianos denominados tendinosos e doze chamados superficiais

que percorrem superficialmente o tronco e os membros.

A teoria do Yin e do Yang diz que o Yin visa a estar em equilíbrio com o Yang.

As vezes, no entanto, estabelecem-se diferenças de nível entre essas duas energias. Essa

diferença de nível pode ser dividida em três Yin e três Yang.

Daí nascem os três meridianos Yang da Mão, que vão até a cabeça, e da cabeça

nascem os três meridianos Yang da Perna, que descem até as extremidades dos membros

inferiores.

Relação superficial-profunda dos doze meridianos ordinários

Os doze meridianos ordinários se acoplam aos pares, sendo estes formados

sempre por um meridiano superficial e outro profundo.

Page 158: Monografia Dalvacy Alves

157

Suas relações são:

a) Os meridianos Yin pertencem aos órgãos e seu Lo às vísceras.

Os meridianos Yang pertencem às vísceras e seu Lo aos órgãos.

b) Existem conexões-Lo entre os meridianos superficiais.

c) Os meridianos superficiais e os profundos se conectam nas extremidades dos

dedos dos membros. Os meridianos superficiais e profundos, além de apresentarem essas

conexões, têm íntimas relações no tratamento das doenças, podendo ser utilizadas

associadamente.

Os doze meridianos ordinários guardam as seguintes relações com os cinco

elementos.

Meridianos Profundos Cinco Elementos Meridianos Superficiais

Pulmão Metal Intestino grosso

Rins Água Bexiga

Fígado Madeira Vesícula biliar

Coração Fogo Intestino delgado

Pericárdio Igual ao Fogo Triplo-aquecedor

Baço-pâncrea Terra Estômago

Função dos meridianos

Na época pré-científica não havia uma compreensão precisa sobre as diversas

manifestações das doenças. Assim, há muitos conceitos que, à luz da ciência, se

demonstraram errôneos. Conseqüentemente, ao estudarmos a Teoria dos Meridianos,

devemos ter o cuidado de separar o que é correto e útil do que é incorreto e dispensável.

Apresentamos, abaixo, de forma sucinta, a noção que os antigos tinham da função

dos meridianos.

Page 159: Monografia Dalvacy Alves

158

a) O meridiano é responsável pela boa circulação de quatro fatores trófico-

fisiológicos do corpo que são.

1. Qui - Energia

2. Hsue – Sangue

3. Ying - Nutrição (fator nutritivo intravascular)

4. Wei - Defesa (fator defensivo extravascular)

Quanto ao Yin, há o Tain-Yin(Yin maior), o Jue-Yin (Yin de transferência) e o

Shao-Yin (Yin menor).

Quanto ao Yang, temos o Tai-Yang (Yang maior), o Shao-Yang (Yang menor) e o

Yang-Ming (combinação de Yang).

Essas seis divisões do Yin e do Yang dividem os doze meridianos ordinários

conforme suas relações e efeitos, localizando-os também nos membros superiores e inferiores.

a) Nos membros

Três Yin da mão

a) Tai-Yin - o meridiano do pulmão

b) Jue-Yin - o meridiano do pericárdio

c) Shao-Yin - o meridiano do coração

Três Yang da mão

a) Yang-Ming - o meridiano do intestino grosso

b) Shao-Yang - o meridiano do triplo-aquecedor

c) Tai-Yang - o meridiano do intestino delgado

Três Yin da perna

a) Tai-Yin - o meridiano do baço-pâncreas

b) Jue-Yin - o meridiano do fígado

c) Shao-Yin - o meridiano dos rins

Page 160: Monografia Dalvacy Alves

159

Três Yang da perna

a) Yang-Ming - o meridiano do estômago

b) Shao-Yang - o meridiano da vesícula biliar

c) Tai-Yang - o meridiano da bexiga

Distribuição dos doze meridianos

a) Nos membros

Nos membros superiores, os três meridianos que percorrem a face palmar do

braço pertencem a Yin. São eles: o do pulmão, o do pericárdio e o do coração.

Os três meridianos do Yang, o do intestino grosso, o do triplo-aquecedor e o do

intestino delgado, percorrem a face dorsal (externa) do braço.

Nos membros inferiores, os meridianos Yin, o do baço-pâncreas, o do fígado e o

dos rins percorrem o lado medial dos ossos fêmur e tíbia. Os três meridianos do Yang o do

estômago, da vesícula biliar e o da bexiga distribuem-se pela borda lateral e dorsal da perna.

Observe o gráfico abaixo:

b) Na cabeça

Todos os meridianos Yang chegam à cabeça. Os meridianos Yang-Ming dos pés e

das mãos distribuem-se pela face. Os meridianos Shao-Yang da perna e da mão distribuem-se

Page 161: Monografia Dalvacy Alves

160

pelas regiões laterais da cabeça. Os meridianos Tai-Yang da mão chegam à região temporal

da cabeça, ao passo que os meridianos Tai-Yang da perna chegam à região parietal.

c) No tronco

a) Os meridianos Yang-Ming e Tai-Yang distribuem-se pela pane ventral do

tronco. Os meridianos Jue-Yin e Shao-Yang percorrem as áreas laterais do tronco. Os

meridianos Shao-Yin distribuem-se ao lado da linha central da parte ventral do tronco. Os

meridianos Tai-Yang distribuem-se pela região dorsal do tronco.

Os três meridianos Yin da perna sobem até o tronco, de onde vão até as

extremidades dos membros superiores.

Esses quatro fatores fisiológicos circulam em fluxos pelos meridianos, atingindo

os cinco órgãos, as seis vísceras e todas as estruturas do corpo, mantendo-o todo em

harmonia.

b) Os meridianos ligam-se profunda e superficialmente, tornando-se um sistema

completo e fechado.

c) Quando o organismo é agredido por algum agente externo, sua reação pode

manifestar-se na forma de exacerbação ou depressão através do meridiano atingido. Se a

agressão for passageira, o meridiano volta ao seu estado de equilíbrio. Mas se esta persiste, o

desequilíbrio do meridiano permanece e pode originar nos órgãos e sistemas muitas alterações

que se manifestam pelas diversas síndromes. Cada meridiano doente pode originar síndromes

diferentes. E isto pode servir como orientação para o diagnóstico do médico.

d) Se os meridianos conseguem retornar a seu estado de equilíbrio energético,

espera-se que os órgãos e sistemas com ele relacionados voltem à normalidade. Por isso,

estimulam-se determinados pontos que teriam a função de restaurar o equilíbrio e o fluxo

energético do meridiano comprometido. Assim, na Acupuntura, o meridiano fornece

orientação correta, sendo também o meio para se atingir resultados terapêuticos.

Page 162: Monografia Dalvacy Alves

161

Fluxo e conexões dos meridianos

Todos os meridianos se interligam complexamente entre si. Há um fluxo ordenado

entre os doze Meridianos Ordinários abaixo relacionados:

Fluxos e conexões dos meridianos

Todos os meridianos se interligam complexamente entre si. Há um fluxo ordenado

entre os doze Meridianos Ordinários abaixo relacionados:

Entre os próprios meridianos há muitas conexões e junções, que originam

inúmeros Meridianos de Junção. Entre estes, por sua vez, há cerca de cento e poucos

meridianos mais importantes e de freqüente uso na terapêutica.

Page 163: Monografia Dalvacy Alves

162

4 OS PONTOS DE DIAGNÓSTICO E OS TRATAMENTOS DA MEDICINA

CHINESA

Há conexões estabelecidas entre os órgãos e vísceras, entre os tecidos superficiais

e sensoriais do corpo (olho, nariz, língua, ouvido), de modo que qualquer distúrbio naqueles

originará sinais reflexos nestes. Esse processo cria, no organismo, um desequilíbrio que levará

à disfunção fisiológica.

Portanto, na diagnose e no tratamento de uma doença, a medicina chinesa observa

o corpo como um todo, com seus sinais e sintomas.

Na análise e classificação das doenças, levam-se em consideração os fatores

etiológicos, a intensidade da reação do organismo, a localização das alterações dos sintomas,

a alteração do pulso, a variação na morfologia da língua etc.

Em relação à diagnose e ao tratamento, há muitos conceitos e princípios na

medicina chinesa que são semelhantes aos da medicina moderna; outros, no entanto, são

muito diferentes. Abaixo citaremos alguns deles.

Para o que diz respeito à diagnose, há quatro procedimentos:

a) Inspecionar

b) Ouvir as queixas e sentir os odores apresentados pelo paciente

c) Questionar os dados

d) Examinar o físico e a pulsologia.

Na classificação das síndromes, há oito critérios:

Page 164: Monografia Dalvacy Alves

163

a) Externo (superficial) e interno (profundo)

b) Frio e calor

c) Deficiência e excesso

d) Yin (negativo) e Yang (positivo)

O diagnóstico diferencial é feito através de seis fatores etiológicos que são: vento,

frio, calor de verão, umidade, seco e calor de fogo. Estes fatores se relacionam às

sintomatologias decorrentes do desequilíbrio.

Os quatro procedimentos do diagnóstico

Inspeção

Envolve a observação do todo ou de partes específicas do corpo do paciente.

A. Quanto à observação do corpo como um todo temos de observar o ânimo, a

locomoção e o estado físico.

Na maioria dos casos em que o paciente apresenta olhar vivo, boa motricidade,

agitação, ansiedade, alucinações, loquacidade e não gosta de usar muita roupa, a síndrome

pertence ao Yang, ao calor e ao excesso de energia.

Inversamente, quando o paciente demonstra fraqueza, letargia, necessidade de se

agasalhar, sente frio nas extremidades, a síndrome pertence ao Yin, ao frio e à deficiência

energética.

Convencionou-se chamar de Síndrome do Vento a anomalia em que os membros

apresentam espasmos, convulsões, opistótono ou paralisia.

Quando há uma deficiência no sistema sanguíneo, os membros apresentarão

tremores.

B. Quanto à observação de uma parte específica do corpo, é preciso examinar a

cor e o estado dos órgãos dos sentidos.

Page 165: Monografia Dalvacy Alves

164

a) Cor - a cor do rosto é um fator importante para o diagnóstico.

Caso este se apresente brilhante, o estado de saúde do paciente será normal ou terá

tendência para algum leve desequilíbrio. Ao contrário, o fato de estar escura, opaca, indica

que a doença é crônica, profunda ou grave.

Se a coloração facial for azulada, trata-se geralmente da Síndrome do Vento. Se a

coloração facial estiver avermelhada, isso indica na maioria das vezes a Síndrome do Calor de

Fogo.

Se a cor estiver amarelada, é um sinal indicativo da Síndrome da Umidade.

Se a cor for pálida, estaremos lidando com a Síndrome da Deficiência e se for

escura, Síndrome do Frio.

b) Olhos - No caso da esclerótica se apresentar amarelada tratar-se-á,

possivelmente, da Síndrome da Icterícia. Se estiver congestionada, há uma deficiência de Yin

ou Síndrome do Calor de Fogo. Se o olho estiver dolorido, inchado e avermelhado,

caracteriza-se a Síndrome do Calor e do Vento do meridiano do fígado.

Caso a pálpebra esteja edemaciada, estaremos lidando com a Síndrome do Edema;

se houver midríase, isso indicará deficiência de energia no rim, ou então será um sinal de

morte.

c) Nariz - Coriza leve é, geralmente, de natureza alérgica e deve-se à friagem ou

ao vento.

Se a coriza for purulenta ou espessa, trata-se de problema mais profundo,

relacionado com a Síndrome do Calor e do Vento. Caso esteja num estado purulento mais

avançado, isso indicará deficiência de energia no pulmão.

d) Lábios - Se esbranquiçados, deficiência do sistema sangüíneo; se

avermelhados, Síndrome do Calor e Excesso Energético; se a cor é um vermelho tênue e

opaco, Síndrome do Frio e Deficiência Energética; se tendem a permanecer abertos, Síndrome

Page 166: Monografia Dalvacy Alves

165

de Deficiência Energética; se a tendência for permanecerem fechados, Síndrome de Excesso

Energético. Caso se apresentem secos e com fissuras, isso indica um distúrbio hídrico.

e) Dentes - Se as gengivas sangram, trata-se da Síndrome do Calor de Fogo do

estômago; se apenas doem, sem estarem vermelhas ou inchadas, é Síndrome do Calor de Fogo

do meridiano dos rins.

C. Quanto à morfologia da língua - Na medicina chinesa, o exame da língua é uma

parte importante da propedêutica. A metodologia e os pontos de importância deste tipo de

exame são: a língua deve ser exteriorizada de uma maneira ampla, com as bordas relaxadas,

de forma a apresentar uma superfície convexa. Se o exame for feito à noite, deve-se usar um

bom foco de luz.É importante que nada possa alterar a cor da língua, como alimentos muito

frios ou quentes, frutas corantes, enfim, nada que venha influenciar esta característica.

O exame da língua envolve dois aspectos: o do órgão em si e o voltado

especialmente à sua camada superficial.

a) O corpo da língua

Em relação a este órgão deve-se examinar: sua cor, morfologia e movimentação.

Cor

Normalmente ela é de um avermelhado tênue. Caso esteja esbranquiçada, isso

representa uma Síndrome do Frio e deficiência energética; se não apresentar a camada

esbranquiçada superficial, há uma depleção do sistema sanguíneo e energético.

Se estiver muito avermelhada ou mesmo arroxeada, geralmente trata-se de uma

Síndrome Interna do Calor e Excesso Energético.

Morfologia

Se tiver aspecto ressecado, tenso, duro, grosso e envelhecido, há uma Síndrome

do Calor. Por outro lado, se o aspecto é fino, edematoso, mole, tratar-se-á da Síndrome do

Frio e Deficiência Energética.

Page 167: Monografia Dalvacy Alves

166

É importante observar se há um aspecto edematoso; em caso positivo, haverá uma

Síndrome de Alergia e de Intoxicação. Dentro desse quadro, se a língua estiver levemente

esbranquiçada, haverá uma Síndrome de Deficiência do meridiano dos rins. Se o aspecto for

vermelho tênue, tratar-se-á de deficiência do meridiano do estômago e do baço-pâncreas.

É de grande importância também examinar o aspecto e a altura das papilas

linguais e se há linhas de separação. Caso existam tais linhas e as papilas estiverem altas, há

uma Síndrome do Calor, freqüentemente associada a doenças infecciosas. A ausência ou a

diminuição (em número ou tamanho) das papilas indica uma deficiência energética no

meridiano dos rins ou do organismo como um todo.

Movimentação

- Se há desvios unilaterais e sinais de paralisia nervosa.

- Se apresentar tremores, indica uma deficiência do sistema sanguíneo ou de,

Yang.

b) A camada superficial da língua

Utiliza-se a análise da qualidade e coloração dessa camada como indicadores do

tipo de relação entre a doença e a capacidade de defesa do organismo do paciente.

Qualidade da camada superficial da língua

É importante notar se ela é fina ou grossa, úmida ou seca, seu grau de aderência,

seu brilho ou opacidade.

- A espessura dessa camada indicará o nível de gravidade da doença. Assim, se ela

for fina, estará em seu padrão normal. A doença pode estar em seu início, ou então trata-se de

uma enfermidade de natureza superficial. Se a camada for grossa, a doença é grave.

Freqüentemente, a essa altura haverá também catarro grosso, obstipação e dispepsia, causas

comuns de engrossamento dessa camada superficial.

Page 168: Monografia Dalvacy Alves

167

- Quanto a ser úmida ou seca, a língua normalmente é semi-úmida. Se estiver mais

úmida ou lisa do que o normal, trata-se, geralmente, de uma Síndrome do Frio ou da

Umidade. Por outro lado, se estiver muito seca, até com fissuras, trata-se geralmente de

Síndrome do Calor (infecto-contagioso) ou há algum desequilíbrio hídrico ou ainda uma

grave deficiência energética no organismo.

- Quanto ao grau de aderência: quando se tem a impressão de que a língua adere

firmemente, observa-se distúrbios de secreção no organismo, muitas vezes com produção

exagerada de catarro e outras secreções.

- Quanto à quantidade de secreção: em condições normais sua quantidade é

reduzida. A ausência completa de secreção indica problemas de deficiência do sistema de

autodefesa ou então problemas gástricos. Neste caso, a língua se apresentará avermelhada e

lisa. O aumento de secreção poderá indicar um agravamento da doença, enquanto sua

diminuição indicará uma recuperação gradual.

Coloração da camada superficial da língua

- Branca: as pessoas em boas condições de saúde ou com doenças sem gravidade

apresentam uma fina camada de cor branca ou esbranquiçada.

- Amarelada: essa cor deve-se normalmente à Síndrome do Calor. Quanto mais

amarelada, mais intensa a Síndrome do Calor, que pode chegar mesmo à Síndrome do Fogo;

esta, quando muito intensa, poderá provocar a fissura e o ressecamento dessa camada da

língua.

- Acinzentada: a cor acinzentada revela um estágio mais adiantado da doença. Se,

além disso, a língua se apresentar úmida, haverá uma Síndrome do Frio e Deficiência

Energética. Se, porém, estiver seca, haverá uma Síndrome do Calor e Excesso Energético.

Page 169: Monografia Dalvacy Alves

168

- Negra, escura: demonstra que a doença se agravou. Além disso, quando a língua

estiver úmida, haverá uma deficiência de Yang e um excesso de Yin, que é a Síndrome do

Frio. Ao contrário, quando ela estiver seca, tratar-se-á de Yang e deficiência de Yin,

caracterizando a Síndrome do Calor.

c) Relação entre as alterações na língua e as alterações dos órgãos

- Alterações na ponta da língua se correlacionam com alterações do coração e do

pulmão e coração.

- A região central da língua se correlaciona com o estômago e o pâncreas.

- A base da língua se correlaciona com os rins

- As duas bordas laterais se correlacionam com o fígado e a vesícula biliar.

Ouvir as queixas e sentir os odores apresentados pelo paciente

Sentir o cheiro que o paciente apresenta envolve o próprio processo de anamnese.

A. Ouvir as queixas vai muito além do “ouvir” propriamente dito, pois envolve

ainda:

a) A percepção da voz: se a voz soar forte e enérgica, há uma Síndrome do

Excesso Energético; se for fraca, desanimada, há uma Síndrome de Deficiência Energética,

uma Síndrome do Frio; se for rouca, ruidosa, há uma Síndrome do Vento e da Umidade.

b) A percepção de ruído na respiração. Se esta for ruidosa é Síndrome do Calor.

Se for muito fraca, é Síndrome de Deficiência Energética.

Notar se a dispnéia ou taquipnéia são acompanhadas de voz grossa e ruidosa, pois

isso indicará uma Síndrome de Excesso. Se for fraca e rápida, haverá uma Síndrome de

Deficiência Energética.

c) Quanto à tosse, verificar a presença e a cor do catarro. Se estiver

esbranquiçado, indicará uma Síndrome do Vento e Frio. Se houver também rouquidão, trata-

Page 170: Monografia Dalvacy Alves

169

se de uma Síndrome de Excesso Energético. Por outro lado, se a tosse for crônica, sem catarro

e a voz rouca, tratar-se-á então de Síndrome de Deficiência Energética.

d) Quanto ao soluço, se for forte, ruidoso, haverá uma Síndrome de Excesso; se

for agudo e rápido, uma Síndrome do Calor; se for crônico e fraco, uma Síndrome de

Deficiência Energética.

e) Quanto ao arrotar, demonstra problemas dispépticos ou hiperacidez gástrica. A

ausência de acidez pode indicar um estômago com pouca mobilidade.

B. Sentir os odores inclui também:

A análise dos odores da boca do paciente, sua expectoração, a urina, o fluxo

menstrual e eventuais corrimentos.

a) Mau hálito: sua presença demonstra Síndrome do Calor no estômago.

Alimentos que lesam o estômago provocam acidez e mau cheiro. Problemas

bucodentários também se manifestam por mau hálito.

b) Quanto à expectoração: no caso de ser fétida, indica uma infecção pulmonar e

Síndrome do Calor no pulmão; se não apresentar mau cheiro e vier acompanhada de sangue,

indica Síndrome Profunda e deficiência energética.

c) Quanto às fezes e urina: se apresentarem mau cheiro, revelarão alterações do

organismo. No que diz respeito especificamente às fezes, se além de mau cheiro forem

também malformadas, indicarão excesso de energia nos intestinos. Quando o doente

apresentar sintomas de Síndrome do Frio e Deficiência energética, suas fezes não serão

malcheirosas, apesar de poderem ser malformadas. Quanto à urina, quando muito densa e

fétida, indicará Síndrome do Calor e Excesso Energético.

d) Quanto ao fluxo menstrual e corrimento vaginal: se o fluxo menstrual for muito

espesso e com odor forte, é sinal de Síndrome do Frio. Da mesma forma, se o corrimento for

espesso e malcheiroso, tratar-se-á de Síndrome do Calor.

Page 171: Monografia Dalvacy Alves

170

Questionar dados

Na medicina chinesa, além de haver questionamento a respeito de duração, local e

tipo de sintomas e sinais concomitantes, faz-se também uso dos seguintes recursos de

diagnóstico:

a) Frio e calor: os sintomas de frio ou calor podem, por sua duração e

características, classificar as doenças. Por exemplo, em doenças incipientes, a presença de

calafrios e febre indicará distúrbios infectocontagiosos e Síndromes superficiais. Se os sinais

de frio superarem os de calor, a Síndrome será do Vento e Frio. Se os sinais de calor

superarem os de frio e houver manifestação de sede, a Síndrome será do Vento e Calor. Se

houver apenas sinais de calor sem sinais de frio, tratar-se-á de problemas relacionados com os

órgãos e vísceras. Se acompanhados de sede, os sinais indicarão Síndrome do Calor. Se

houver apenas sinais de frio, pode tratar-se de doenças incipientes ou então crônicas já com

grande deficiência energética do organismo. O calor a que se refere a medicina chinesa não

diz respeito, necessariamente, à febre em si mas à sede, obstipação, sensação de calor pelo

corpo, urina muito amarelada, língua muito avermelhada, pulso rápido etc.

b) Suor: se, nas doenças infectocontagiosas, houver frio ou febre sem produção de

suor, a doença será superficial, indicando tão-somente um excesso energético. Se houver suor,

a doença será de calor interno e deficiência energética. No organismo fraco e leve a sudorese

mais abundante indicará que há deficiência de Yang. Se a sudorese ocorrer durante o sono,

trata-se de uma deficiência de Yin, mas freqüentemente há associação das duas. Nas doenças

graves, uma abundante produção de suor é um sinal perigoso, pois revela grande deficiência

na defesa do organismo.

c) Aspecto das fezes: se houver obstipação associada a dor e dissensão abdominal,

isso indica uma Síndrome de Excesso Energético. Se houver obstipação indolor e sem

dissensão, tratar-se-á de uma Síndrome de Deficiência Energética. Se houver diarréia com

Page 172: Monografia Dalvacy Alves

171

presença de muco ou tenesmo (colites), será por Síndrome do Calor e Excesso. Se'houver

diarréia, porém sem sinais de muco e tenesmo, devida a alimento mal-digerido, indicará

Síndrome do Frio e Deficiência Energética.

d) Urina: se estiver amarelada e em pequenas quantidades, será uma Síndrome do

Calor. Se for abundante e clara, indicará deficiência de Yang, caso haja polidipsia e poliúra

haverá algum problema no pâncreas ou na hipófise (A.D.H.). Se houver enurese noturna

(exceto em crianças), isso acontecerá por deficiência energética do meridiano dos rins.

e) Alimentos: se após a ingestão de pequena quantidade de alimentos houver

regurgitação, isso indicará a Síndrome do Frio no estômago. Se a fome persistir após a

alimentação, será indício de Síndrome do Calor. A dissensão após a refeição indica que há

deficiência no estômago e no baço-pâncreas. Boca amarga indica Síndrome do Calor na

vesícula biliar; boca azeda, Síndrome de calor no fígado; boca com sensação de sal indica

Síndrome do Calor nos rins; boca sem sabor ou sem gosto é Síndrome do Frio, deficiência do

estômago e do intestino.

Se a boca estiver adocicada e pegajosa, tratar-se-á da Síndrome de Excesso de

Calor do pâncreas. Se houver uma freqüente sensação de sede acompanhada de grande

vontade de ingerir líquidos gelados, a Síndrome será do Calor. Se não houver sede nem

vontade de beber líquido, tratar-se-á da Síndrome do Frio. Se, apesar da sede, houver uma

incapacidade de ingerir muito líquido, a Síndrome será do Calor úmido. Caso o paciente

aprecie bebidas quentes, isso indica uma Síndrome do Frio.

f) Sensação toraco-abdominal: a sensação de peito frio, mais salivação intensa é

sinal de Síndrome do Frio. A sensação de aperto no peito é Síndrome do Calor. A sensação de

plenitude no peito com discreta dor à palpação dos hipocôndrios indica Síndrome de Excesso

Energético. A sensação de plenitude no peito sem dor nos hipocôndrios refere-se à Síndrome

de Deficiência Energética.

Page 173: Monografia Dalvacy Alves

172

Necessidade de suspirar para aliviar a sensação de aperto no peito revela

congestão (excesso) de energia. A sensação de aperto no peito acompanhada da necessidade

de aspirar mais ar indica deficiência de energia. Dor abdominal com incômodo, palpitação e

obstipação indicam Síndrome de Excesso e Calor. Dor abdominal que melhora com

palpitação, e presença de fezes mal-formadas, indicam Síndrome do Frio e Deficiência

Energética.

Dor abdominal, borborigmos, calor no corpo, ansiedade, fezes amareladas e

diarréia indicam Síndrome do Calor, excesso dos órgãos gastrintestinais. Por outro lado, dor

abdominal rebelde com frio nas extremidades do corpo e fezes malformadas, indicará

Síndrome do Frio e deficiência energética.

g) Quanto à menstruação: se a cor do fluxo estiver muito viva e avermelhada,

tratar-se-á de Síndrome do Calor.

Irregularidade menstrual, alterações na quantidade, acompanhada de cólicas será

Síndrome de Excesso Energético.

Atrasos menstruais, fluxos de cor não muito intensa, com cólicas são indícios de

Síndrome do Frio (dismenorréia). Se os fluxos adiantarem, seu volume for pequeno, e forem

acompanhados de corrimento, dor nas costas e dores abdominais pós-menstruação, isso

indicará Síndrome de Deficiência Energética.

Exame físico e pulsologia

O exame físico é semelhante ao que se faz na medicina moderna. No entanto, a

pulsologia difere do exame físico convencional.

A. Métodos para avaliar o pulso - A mão do paciente deve estar com a palma

virada para cima em semi-extensão, em repouso, sobre a mão do examinador. O examinador

usará os três dedos (indicador, médio, anular) da mão direita para palmar (examinar) o pulso

Page 174: Monografia Dalvacy Alves

173

(radial) da mão esquerda do paciente, e usará os mesmos três dedos da mão esquerda para

examinar o pulso da mão direita do paciente. O dedo médio deve palpar a artéria radial na

linha da protuberância do processo estilóide. O dedo indicador deve ser colocado distalmente

ao dedo médio, apalpando a artéria ao nível da prega do punho, enquanto o dedo anular sente

a artéria proximalmente ao dedo médio, cerca de 1 a 2 cm acima, de forma que a distância

entre o dedo indicador e o anular seja aproximadamente 1,9 polegada (1 polegada é igual à

distância interfalangeana distal e medial do dedo médio do paciente). Quanto à nomenclatura,

a onda do pulso palpado sob o dedo indicador é a onda Tsuen. A onda do pulso sob o dedo

médio é o Quan e, sob o anular, é o Tshi (Fig. 3).

A força com que se apalpa o pulso poderá ter diferentes intensidades, isto é: leve,

forte ou intermediária. Cada uma delas revelará determinados detalhes sobre o estado dos

meridianos examinados, através das ondas de pulsação.

B. Relação entre a posição do pulso e os diferentes meridianos do organismo -

Baseados na observação milenar da medicina chinesa, sabemos que cada pulso tomado possui

características próprias e se relaciona com determinado meridiano.

Devido a divergências de opinião quanto à correlação pulso-meridiano, surgiram,

ao longo dos anos, diferentes teorias sobre esse assunto. No entanto, a maioria dos

especialistas em pulsologia concorda quanto às seguintes:

Localização (Pulso) Meridiano Esquerdo Direito

Tsuen Quan Tshi Tsuen Quan Tshi

Do Coração, do Pericárdio e do Intestino Delgado Do Fígado e da Vesícula Biliar Dos Rins e da Bexiga Do Pulmão e do Intestino Grosso Do Baço-pâncreas e do EstÔmago Dos Rins (Supra-renal)* e Min-Men** (Resistência)

* Supra-renal: corresponde ao sistema endócrino ** Min-Men: indica a resistência do organismo.

Page 175: Monografia Dalvacy Alves

174

C. As variações e os significados do pulso - O pulso forma-se pelo fluxo

sanguíneo ejetado a cada sístole ventricular do coração. Ele se produz quando esse fluxo passa

com velocidade no interior da artéria dilatando suas paredes. De acordo com velocidade,

ritmo, intensidade e características ondulatórias desses fluxos sangüíneos definem-se os

diferentes tipos de pulso.

São considerados pulsos regulares os que apresentam intensidade e velocidade

moderada, características nem muito duras nem muito moles, e podem variar conforme a faixa

etária e as alterações climáticas.

Em relação à velocidade, o pulso pode ser lento ou rápido. Quanto ao ritmo,

rítmico ou arrítmico. Os pulsos rítmicos podem ainda ser regulares ou alternantes. Quanto à

intensidade, fortes ou fracos. Quanto à amplitude, superficiais ou profundos. Quanto ao

aspecto ondulatório, largos ou finos, duros ou moles.

Com base no que foi acima exposto, podemos destacar dezesseis tipos de pulsos:

Page 176: Monografia Dalvacy Alves

175

Classe Tipo Aspecto ondulatório Significado

Superficial Palpando-se levemente o pulso já se evidencia com nitidez a onda, como se estivesse na pele.

Doença externa, Síndrome superficial.

Largo O pulso é cheio e forte, amplo, com início cheio, mas desaparece no fim.

Excesso de Yang e muito calor.

Suave É superficial e mole, suave e fino. Síndrome de deficiência e umidade.

Superficial

Corda Retilíneo e forte. A onda no pulso bate no dedo como uma corda de violão.

Doença do fígado, hipersecreção e algias, malária.

Profundo

Profundo Não se evidencia com o palpar superficial ou moderado, mas é nítido quando se palpa mais intensa e profundamente.

Síndrome profunda ou má circulação de energia.

Lento Se houver três pulsos ou menos durante um ciclo respiratório do examinador.

Síndrome do frio e deficiência energética.

Moderado Em torno de quatro pulsos numa respiração; intensidade e profundidade moderadas.

Normal ou Síndrome da Umidade.

Irregular É fino, lento e curto, como se o sangue tivesse dificuldade de passar pelo local.

Hipovolemia, exaustão, má circulação de energia ou congestão vascular.

Lento

Arrítmico Há ausência ou variações de pulso sem uma ordem fixa.

Excesso de Yin; má circulação de energia; distúrbios cardíacos.

Rápido Há entre seis a sete pulsos numa respiração.

Síndrome do Calor e febre.

Aquecido Pulso rápido, porém com ausência de pulso entre um e outro.

Excesso de Yang, úmido e quente, energia não circulante; dor local ou dispersa pós-prandial.

Rápido

Apertado Pulso forte, como uma corda tensa. Síndrome do Frio e dor. Fraco Palpando-se moderadamente ou com

força, sente-se ausência de força no pulso.

Síndrome de Deficiência de energia e de Yang.

Deficiência

Fino O pulso é fino como um fio. Síndrome de deficiência de Yin e do sistema sangüíneo.

Forte Sente-se o pulso forte e cheio em todos os tipos de palpação.

Síndrome de excesso energético. Forte

Liso O pulso é liso como se escorregasse. O fluxo também é maior.

Abundância de secreção, expectoração, edema, intolerância alimentar, gravidez.

Os oito critérios na classificação das síndromes

Com base na apresentação das doenças e nos quatro princípios de diagnóstico,

elaboraram-se oito critérios para a classificação das síndromes. São eles: externo-interno, frio-

calor, deficiência-excesso e Yin-Yang.

Page 177: Monografia Dalvacy Alves

176

Síndrome externa (superficial) e interna (profunda)

A noção de superficial ou profunda engloba a idéia da localização da doença,

assim como sua gravidade.

As síndromes superficiais geralmente têm suas origens em fatores externos que

atingem o organismo e se agravam à medida que se tornam mais profundos.

Embora estas síndromes se manifestem freqüentemente acompanhadas de febre e

calafrios, não costumam apresentar lesões ou deficiências funcionais dos órgãos. Como, por

exemplo, dissensão abdominal, vômitos, diarréias etc. Não é possível classificar as síndromes

superficiais ou profundas baseando-se somente na sintomatologia, pois é preciso levar em

conta também o estado geral do paciente.

Na síndrome profunda, por haver distúrbios dos órgãos internos com alteração de

suas funções fisiológicas, os sinais e sintomas, assim como o estado geral, são mais graves.

Síndrome do frio e do calor

Sua classificação baseia-se nos sinais e sintomas da doença. O mais importante é

notar a presença de sede, a característica das fezes, temperatura do corpo ou dos membros,

estado de ânimo, a cor da face, morfologia da língua e pulsologia.

a) Síndrome do Frio: não há sede, nem vontade de ingerir líquidos, há

hipersensibilidade ao frio, membros frios, desânimo, urina abundante e de cor clara, fezes

amolecidas ou malformadas, palidez facial, camada superficial da língua lisa e esbranquiçada

e pulso mais lento.

b) Síndrome do Calor: há sede, bebe-se muita água, principalmente gelada, corpo

quente, irritação com o calor, agitação, ansiedade, respiração quente, urina escassa e

amarelada em pequena quantidade, rubor facial, fezes ressecadas, língua amarelada e pulso

rápido.

Page 178: Monografia Dalvacy Alves

177

Na tabela 3 da página seguinte classificamos as Síndromes Superficial-Profunda e

do Frio-Calor com base no excesso ou na deficiência de energia. Este conceito relativo à

energia tem na Acupuntura a maior importância, pois implica diretamente a escolha dos

meridianos para a terapia.

Síndrome de deficiência e excesso

A Síndrome de Deficiência indica fraqueza do organismo e de seu sistema de

defesa ou desgaste, decorrente de doença prolongada.

A Síndrome de Excesso, por sua vez, indica que há reação vigorosa do organismo

no decorrer da doença. As Síndromes de Deficiência e Excesso também indicam o tempo da

doença, longa e curta, respectivamente. Por isso, é possível classificar as Síndromes de

Deficiência ou Excesso energético de acordo com o tempo de duração da doença, o estado

geral do corpo e o pulso forte ou fraco.

Diferencial energético entre as Síndromes Superficial-Profunda e de Frio-Calor.

Síndrome Deficiência energética Excesso energético Síndrome Superficial Síndrome profunda Síndrome do frio Síndrome do calor

Hipersensibilidade a frio e vento, sudorese, pulso lento, superficial, fraco, superfície da língua clara. Respiração fraca, sem vontade para falar, membros frios, falta de apetite, palpitação, fezes amolecidas ou malformadas, tontura, pulso fraco e profundo, fino, língua discretamente avermelhada e com camada superficial um pouco esbranquiçada. Hipersensibilidade ao frio, boca sem gosto, falta de sede, náuseas ou vômitos, dor abdominal, diarréia, membros mais frios, pulso lento; a camada superficial da língua é mais clara e esbranquiçada. Febre baixa e vespertina, boca seca, palmas das mãos e plantas dos pés quentes, sudoreses noturna, aperto no coração, fezes ressecadas, obstipação, urina escassa e amarelada, língua avermelhada, com reduzida camada superficial; pulso fino, rápido e fraco.

Sem sudorese, dores pelo corpo, pulso rápido, mais forte; a camada superficial da língua é mais esbranquiçada. Respiração forte, confusa, suor nos membros, peito e abdomem distendidos, irritabilidade, constipação, pulso mas forte; a língua tem aspecto rígido e sua camada superficial é seca e amarelada. Febre e frio, afaléia, dores pelo corpo, sudorese, pulso superficial e forte; a camada superficial da língua é fina e esbranquiçada. Febre alta e constante, sede, rubor facial, olhos hiperemiados, dor e distensão abdominal, dor de compressão do abdomem, confusão, coma, cosntipação, urina densa e escassa, pulso rápido e forte; língua avermelhada, com camada superficial mais grossa e amarelada.

Page 179: Monografia Dalvacy Alves

178

Síndromes de Excesso caracterizam o início da doença e seu meio, já as

Síndromes de Deficiência predominam nas doenças crônicas e em seu estágio final.

As Síndromes de Deficiência podem ainda ser subdivididas em quatro categorias:

1) Deficiência de Yin - Se há deficiência de Yin, há excesso de Yang; podemos

citar aqui a Síndrome do Calor e, por isso, essa Síndrome é muitas vezes chamada de

Síndrome de Deficiência-Calor.

Seus sinais e sintomas são: calor, rubor facial, boca seca, palmas das mãos e

plantas dos pés quentes, ansiedade, sudorese, obstipação, urina amarelada e escassa. A língua

se apresenta avermelhada, com uma camada superficial fina e às vezes com fissuras. O pulso

é fino, rápido e fraco.

2) Deficiência de Yang - Indica também excesso de Yin; é a Síndrome de

Deficiência-Frio. Além dos sinais de deficiência acima, há respiração fraca, pulso profundo e

fino.

3) Deficiência de Qui (respiração ou energia) - Há uma falta de energia, dispnéia

aos esforços com taquipnéia exercional, tontura, fraqueza até para falar (voz baixa), muito

suor, maior volume de urina, prolapso anal ou do útero. A língua tem cor tênue com pouca

camada superficial. O pulso é fraco.

4) Deficiência de Hsue (sangue) - Há tontura e visão turva, ansiedade, insônia,

sudorese noturna, obstipação, palidez facial ou com coloração amarelada, sem brilho. A boca

se apresenta esbranquiçada. Em mulheres, pode ocorrer oligo ou amenorréia e fluxo menstrual

de cor esmaecida e de pequena quantidade. A língua tem cor tênue; o pulso é fino e fraco, ou

fino e rápido; a pele ressecada, opaca e com perda de carnação.

As Síndromes de Excesso podem ser subdivididas em três categorias:

1) Síndrome de Excesso-Calor. Há febre, sudorese, boca seca, necessidade de

ingerir líquidos, ansiedade, má concentração, dissensão torácica e abdominal, obstipação,

Page 180: Monografia Dalvacy Alves

179

fezes ressecadas; camada superficial da língua grossa, amarelada e seca; pulso profundo e

forte, ou liso e rápido.

2) Síndrome de Excesso de Qui (energia). Há dissensão torácica, muito

expectoração, esforço respiratório, dissensão no epigástrio, dor abdominal, azia, regurgitação

de gases, obstipação ou diarréia.

3) Síndrome de Excesso de Hsue (sangue). Má-circulação, como em traumas,

edemas, dor abdominal com incômodo à compressão.

Síndrome de Yin-Yang

A Síndrome de Yin-Yang é a que incorpora em si todas as outras classificações.

Isso porque a Síndrome de Yin corresponde às Síndromes Profundas de deficiência e frio,

enquanto que a Síndrome de Yang compreende as Síndromes Superficiais de excesso e calor.

Por outro lado, baseados nos quatro princípios diagnósticos, também é possível

dividir as Síndromes em Yin e Yang, conforme exposto na tabela 4 da página seguinte.

Diferencial das síndromes dos seis fatores

Há seis fatores que, em determinadas circunstâncias, podem provocar ou

desencadear doenças. São eles: vento, frio, calor de verão, umidade, sequidão, calor de fogo.

O princípio terapêutica entre os mais importantes na medicina chinesa classifica as síndromes

de acordo com esses fatores, obtendo-se dessa maneira orientação para a seleção do

tratamento.

Page 181: Monografia Dalvacy Alves

180

Pontos diferenciais entre as Síndromes de Yin e Yang

Princípios prognósticos

Síndrome de Yin Síndrome de Yang

Inspeção O corpo parece lento e pesado; recurvado; há fraqueza, preguiça, ânimo abatido; a língua tensa, com cor tênue, sua camada superficial está úmida e lisa.

Há movimentação; prazer em dormir estendido; há ansiedade, inquietação; boca com fissuras, língua muito avermelhada, sua camada superficial está amarelada com fissuras ou enegrecida com formação de espéculas.

Ouvir e cheirar Voz baixa, falando pouco; respiração fraca e superficial.

Loquaz, voz vibrante; respiração ruidosa, com expectoração, desconcentração.

Questionar Fezes com odor forte; alimentação reduzida; anorexia, boca sem gosto, falta de sede ou vontade de bebidas quentes; urina abundante e clara.

Fezes secas, obstipação, anorexia, falta de fome, boca seca; vontade de beber; urina densa e amarelada.

Exame e pulso Dor abdominal, tendência a comprimir essa região; membros frios; pulso profundo, fino, irregular, lento e fraco.

Incômodo à compressão abdominal que piora a dor; apresenta febre e fraqueza nas pernas; pulso superficial, rápido, grosso, liso e forte.

É verdade que a terapia pela acupuntura se baseia fundamentalmente na Síndrome

dos Meridianos, com especial destaque para as Síndromes de Excesso de energia ou de

Deficiência energética; mas as Síndromes dos Seis Fatores têm também um papel importante

na orientação diagnostica e terapêutica.

A. Síndrome do Vento

O fator vento pertence ao Yang, e se associa, freqüentemente, aos fatores frio,

umidade e calor de fogo, causando doenças no ser humano.

Há sete tipos de Síndrome do Vento:

a) Friagem. Apresenta receio ao vento; há febre, sudorese, cefaléia, coriza,

espirro, obstrução nasal, tosse, rouquidão. A camada superficial da língua é fina e

esbranquiçada. O pulso é superficial e lento. Isso tudo se dá porque o fator Vento invade o

Meridiano do Pulmão.

b) Vento-frio. Também há temor ao vento; tremores, febre, cefaléia, mialgia,

pouca ou nenhuma sudorese, diurese abundante. A língua tem cor tênue e sua camada

Page 182: Monografia Dalvacy Alves

181

superficial é fina e esbranquiçada. O pulso é superficial e um pouco tenso. Trata-se de um

quadro um pouco mais grave que o anterior.

c) Vento-calor. É uma síndrome que se origina a partir da associação dos fatores

vento e calor. As alterações do corpo são mais acentuadas. Há febre mais alta, sede, pouca

cefaléia, sem haver temor ao vento; há sudorese, a urina é concentrada e amarelada. A língua

se apresenta avermelhada e o pulso é superficial e rápido.

d) Vento-fogo. É associação também do fator vento e fogo. Difere do vento-calor

pelo seguinte: há sinais de calor interior. Os sinais são de febre alta, dor e inflamação da

laringe, gengivas inflamadas, hiperemia conjuntival, urina amarelada e densa, obstipação,

mostrando maior reação dos órgãos e vísceras.

e) Vento-umidade. Deriva da associação do fator vento e umidade (vide a

Síndrome da Umidade).

f) Vento-interior. É decorrente da deficiência no sangue e hiperfunção da energia

de Yang do fígado; relaciona-se também com a deficiência energética de Yin dos rins. Causa

tontura, paresias, tremores nos membros, fibrilações musculares, fraqueza e paralisia nas

pernas. O pulso é do tipo corda, fino, fraco, porém rápido. Se há palpitação e palidez facial, há

deficiência de sangue. Quando houver manifestação de muita sede e a urina for densa, as

fezes ressecadas, haverá excesso de fogo e de calor. Se houver cefaléia acentuada, rubor

facial, boca amarga, insônia, língua avermelhada, pulso fino, rápido e denso, haverá excesso

de Yang no fígado. Caso haja dor lombar e nos membros inferiores, sudorese noturna,

sensação de calor no rosto e o pulso Tshi for fraco, é porque há deficiência de Yin nos rins.

g) Apoplexia. Geralmente tem suas causas no fator vento-interior, no aumento do

fator Fogo e na hipersecreção. Há paraplegia, paralisias faciais e oculares, quedas, confusão,

perda de linguagem, hemiplegia, expectoração abundante, perda de consciência.

Page 183: Monografia Dalvacy Alves

182

B. Síndrome do Frio

É mais grave durante o inverno e causa doenças mais complexas que podem

começar exteriormente e ir, gradualmente, se interiorizando no organismo, passando do frio

para o calor. Pode também associar-se a outros fatores determinando o surgimento de

desequilíbrios na saúde.

Existem quatro tipos de Síndrome do Frio:

a) Vento-frio (vide A-B).

b) Frio-umidade. Muitas vezes há diarréia, e isso se deve à lesão do baço-pâncreas

e estômago pelos fatores Frio-umidade. Há dor abdominal contínua acompanhada de fezes

malformadas, corpo cansado e pesado, tórax apertado, anorexia, falta de sede. A camada

superficial da língua é branca, viscosa e o pulso mole e lento.

c) Frio-externo. Há calor interno que se associa ao frio externo. Aversão ao frio;

cefaléia, febre, sede, ansiedade, rubor facial, boca seca, dor de garganta, urina amarelada e

densa, obstipação.

d) Frio-interno. Há deficiência de energia Yang, ou seja, a resistência do

organismo está debilitada. Seus sinais são: sensibilidade ao frio, membros frios, cansaço,

apatia, anorexia, aumento do número de evacuações, falta de sede, pulso profundo e fraco.

C. Síndrome do Calor de Verão

É um fator Yang de calor e ocorre geralmente no verão. É causado por gasto

excessivo de energia do organismo com lesão de estruturas do corpo. Freqüentemente se

associa aos fatores vento e umidade.

Temos três tipos de Síndrome do Calor de Verão:

a) Desidratação. Apatia, febre, suor, sede, tontura, náuseas, vômito, pulso fraco e

rápido. Se o fator umidade estiver presente, não haverá sede, sensação de corpo pesado e

Page 184: Monografia Dalvacy Alves

183

pouca diurese. A superfície da língua é branca e viscosa, ou um pouco amarelada. O pulso é

mole e levemente rápido.

b) Insolação. Desmaios, inconsciência, febre alta, sudorese, extremidades frias,

rubor facial, urina escassa e densa, além de outros sinais de distúrbios circulatórios.

c) Calor de verão. Hipertemias associadas ao fator calor desencadeiam a Síndrome

do Vento, com lesão do sistema nervoso central. Ex.: convulsões, opistótono, espasmos

musculares etc., fora os demais sinais próprios da Síndrome do Calor de Verão.

D. Síndrome da Umidade

É um fator de Yin. Há umidade externa e interna. A umidade externa tem mais

relação com os fatores climáticos, como a névoa e a chuva que agridem o organismo

desencadeando doenças.

A umidade interna relaciona-se com a função dos rins e do baço-pâncreas. Pode

associar-se aos fatores frio, calor de verão, calor de fogo e vento, para causar doenças. Cinco

são os tipos de Síndrome da Umidade:

a) Umidade externa. Difere do resfriado e do Vento-frio, porque não apresenta

sinais de distúrbios respiratórios, nem febre; sensação de dissensão da cabeça, peito oprimido,

artralgias, corpo pesado, anorexias, superfície da língua fina, branca e úmida. Pulso

superficial e mole.

b) Vento-umidade. junta-se aos fatores vento, frio e umidade, causando doenças.

Há artralgias, às vezes com artrite, dores generalizadas pelo corpo ou dores migratórias. É

também conhecida como Síndrome de “Pi”.

c) Umidade-calor. Sua sintomatologia é: dissensão da cabeça, opressão do peito,

corpo pesado; se houver lesão no fígado ou na vesícula biliar, há icterícia; se houver lesão no

estômago e nos intestinos, haverá dores abdominais e mudança do trânsito.

Page 185: Monografia Dalvacy Alves

184

d) Retenção. Há deficiência de Yang do baço-pâncreas levando ao surgimento do

fator umidade interna, com prejuízo da função do estômago e dos intestinos; congestão

cardiocirculatória, dissensão abdominal, anorexia, regurgitação de gases, fezes malformadas,

maior número de evacuações, pouca diurese, boca úmida, falta de sede, corpo cansado,

membros inferiores às vezes edemaciados, camada superficial da língua branca e

escorregadia; pulso mole e lento.

e) Edema. Relaciona-se com a função do coração e dos rins. Mostra-se com

edema facial corpóreo, edema de extremidades ou ascite; pulso lento, duro e tenso, ou muito

superficial e fino.

E. Síndrome da Sequidão

Também se divide em sequidão interna e externa.

a) Sequidão externa. É doença de origem externa, na maioria das vezes ocorre no

outono-inverno, desencadeada pela secura do meio ambiente que rouba água do organismo.

b) Sequidão interna. É deficiência de fluidos fissulares, na maioria das vezes

causada por febre, vômitos ou medicamentos incorretos, fumo ou alcoolismo. Seus sinais

variam conforme a lesão de um ou outro meridiano ou órgãos. A lesão do pulmão provoca

boca seca, tosse, catarro com laivos de sangue. A lesão do estômago produz sede, o que leva a

ingerir muita água; isso porém não elimina a sensação de secura permanente na boca. Na

lesão dos intestinos há obstipação assim como na do baço-pâncreas. Na deficiência do sangue

causada por esse fator sequidão, a pele torna-se seca; há perda de turgidez, caquexia e perda

da agilidade dos dedos.

F. Síndrome do Calor de Fogo

É um fator que, exacerbado, causa doenças. Divide-se em excesso e deficiência:

a) Calor de fogo com excesso energético. É uma síndrome de hiperfunção. Seus

sintomas dependem dos órgãos acometidos. Assim, no excesso de fogo no coração, há

Page 186: Monografia Dalvacy Alves

185

inquietação, boca seca, sensação de sede, dor na ponta da língua, estomatite, urina amarelada,

língua avermelhada, epistaxe, pulso rápido. Se o fígado for acometido, haverá cefaléia, dor

nos hipocôndrios, boca amarga, zumbido, dor e hiperemia ocular, lacrimejamento, rubor

facial, obstipação, diurese amarelada.

b) Calor de fogo com deficiência energética. Há um pouco de calor, febre baixa,

palmas das mãos e plantas dos pés quentes acompanhadas de sudorese noturna, dor de

garganta e de dentes, frio nos membros inferiores. O pulso é fino e rápido.

Acima demos uma idéia geral e fornecemos algumas particularidades das

síndromes, classificando-as segundo o critério dos Seis Fatores. Assim, elas servirão de

referência para a seleção dos meridianos e, conseqüentemente, para os diagnósticos em

medicina chinesa, visto que diferem na nomenclatura e nos conceitos da nossa medicina

moderna.

Page 187: Monografia Dalvacy Alves

186

5 MERIDIANOS ORDINÁRIOS

Os pontos da Acupuntura

Em Acupuntura, os pontos de aplicação são denominados Hsue, que em chinês

significa “buraco”.

Trata-se de pontos de depressão ou vias, por onde a agulha, principalmente ao ser

aplicada, encontra baixa resistência, e geralmente se localizam entre tecidos mais rígidos,

como ossos e tendões, ou ainda no meio de tecidos moles. Os pontos correntemente usados

em Acupuntura são quase dois mil. Dentre estes, 670 são denominados pontos de meridianos;

os demais são constituídos pelos pontos extrameridianos, pontos da orelha, pontos da cabeça,

pontos do nariz, pontos das mãos, pontos dos pés etc. Alguns destes pontos deixaram de ser

usados, enquanto outros passaram a sê-lo. Este fato é uma conseqüência da pesquisa e deve-se

à evolução dessa ciência.

A. Função dos pontos de Acupuntura

Esses pontos foram sendo descobertos no decorrer da prática milenária da

medicina chinesa. Cada um deles tem seus efeitos e indicações específicas, diferentes entre si.

No entanto, os pontos de um mesmo meridiano apresentam efeitos terapêuticos muito

semelhantes. De acordo com seus efeitos, podemos dividir esses pontos em três categorias:

a) Efeitos sistêmicos. Por exemplo, Hegu (IG4) e Fuliu (R7), pois sua aplicação

pode controlar a sudorese, ou ainda Dashu (B11) e Quchi (IG11), para controlar a febre.

Page 188: Monografia Dalvacy Alves

187

b) Efeitos locais. Pontos locais para tratamento da dor, ou ainda a aplicação de

pontos regionais para alívio de sintomas apresentados por algum órgão que se localiza em

determinada região.

c) Efeitos a distância. Por exemplo, fazer uma aplicação no Zusanli (E36),

localizado na perna, para tratar doenças do aparelho digestivo. Ou então Xuangzhong (VB39),

na perna, para o tratamento de dores de cabeça, na zona temporal.

B. Nomenclatura dos pontos-reflexos

Na China cada nome tem um significado figurado. Assim, para simplificar o uso e

o aprendizado, cada Hsue (ponto) tem um nome que, geralmente, traduz a idéia de sua

localização, forma ou efeitos.

Originariamente, as designações eram só em chinês. No entanto, com o passar do

tempo, países como a Coréia e o Japão traduziram essa nomenclatura para seus próprios

idiomas. Visando evitar uma generalização que traria resultados negativos, adotou-se uma

nomenclatura alfabética associada a uma numeração, fornecida pela Academia de Acupuntura

de Pequim. Isso para facilitar a memorização por parte dos que não conhecem a língua

chinesa. Por exemplo, Hegu é o quarto ponto do meridiano do intestino grosso; por isso é

conhecido como IG4; Zusanli é o 361 ponto do meridiano do estômago, por isso é o E36.

C. Localização dos pontos

O resultado terapêutico na Acupuntura depende muito da precisão da aplicação.

Assim, há várias maneiras de localizar com precisão os pontos. As mais utilizadas baseiam-se

em:

a) Medição com base nos dedos (as polegadas do corpo) do paciente. A unidade

de mensuração se baseia na distância interfalangiana média do paciente (polegada); mas esse

método não é muito prático. Há outros mais eficientes.

Page 189: Monografia Dalvacy Alves

188

b) Sistema de medição do terapeuta. Assim, em pessoas normolíneas, o

comprimento que vai da articulação interfalangiana média do dedo indicador ao dedo mínimo

tem mais ou menos 3 polegadas. O comprimento entre as articulações interfalangianas distais

do indicador ao dedo anular tem 2 polegadas e, entre o indicador e o dedo médio, 1,5

polegada; a articulação distal do dedo polegar mede 1 polegada. Esse método não é muito

preciso, podendo, no entanto, ser utilizado como um procedimento auxiliar.

Page 190: Monografia Dalvacy Alves

189

c) Divisão do corpo em partes proporcionais. Assim, o antebraço, por exemplo, é

dividido em doze partes (ou 12 polegadas). A distância entre os dois mamilos é dividida em

oito partes (ou 8 polegadas). Esse método é simples e preciso.

d) Estruturas anatômicas. É bastante prática e exata para localizar os pontos.

O meridiano do pulmão, Tai-Yin da mão

O meridiano do pulmão é de natureza Yin e apresenta-se acoplado ao meridiano

do intestino grosso que é Yang. Recebe a energia do meridiano, do fígado e a transmite ao

meridiano do intestino grosso.

Em relação aos cinco elementos, pertence ao elemento Metal de Yin, sendo sua

Mãe do elemento Terra (o meridiano do baço-pâncreas) e seu Filho de Água (o meridiano dos

rins).

Tem onze pontos de cada lado.

I. Trajetória

Nascendo no nível do centro do abdômen, atravessa o diafragma, entra nos

pulmões o alcança as axilas, onde se localiza o ponto Zhongfu. A partir desse ponto, o

primeiro dos nove pontos intermediários do meridiano do pulmão desce ao longo da face

radial e palmar do braço; segue pelo antebraço, para terminar ao nível dá unha polegar (leito

ungueal). Desse modo, o número total dos pontos desse meridiano principal dos pulmões é

onze.

As doenças pulmonares apresentam síndromes diferentes, que se manifestam à

medida que os pulmões estejam em repleção ou em depleção. Se os pulmões estiverem num

estado de repleção, será necessário dispersar a energia excedente. Se estiverem depletos, será

preciso tonificá-los.

Page 191: Monografia Dalvacy Alves

190

II. Sintomatologia

1. Sintomas principais

A. Respiratórios: mal-estar torácico; dispnéia; tosse com ou sem expectoração;

hemoptise; dor torácica; calafrios; febre; coriza.

B. Sintomas cutâneos: hiperidrose; sudorese noturna; urticária; dor cutânea.

C. Mental: medo; depressão; claustrofobia.

D. Membros superiores: dor ou parestesias ao longo da área do meridiano.

2. Sintomas de tonificação energética: respiração ruidosa; voz alta; dissensão

torácica; dor dorsal alta; dor nos ombros e braços; dor cutânea; hemoptise; tosse com chiado;

febre; calafrios; dor torácica; expectoração purulenta ou de odor fétido.

3. Sintomas de pulmão em depleção energética: taquipnéia com tosse; escarro

fluido; voz fraca ou baixa; chiado seco; sudorese noturna; medo; claustrofobia; depressão;

parestesias profundas e maldefinidas ao longo da área do meridiano.

Page 192: Monografia Dalvacy Alves

191

III. Os pontos dos meridianos dos pulmões

1. Zhongfu (P1)

Localização: no lado ântero-lateral do peito, abaixo do ponto Yunmen (P2) (fossa

entre a clavícula e o ombro), no espaço entre a primeira e a segunda costela, 6 polegadas do

lado da linha média do corpo.

Aplicação: agulhar, 0,3-0,5 polegada; moxa, 15-20 minutos.

Indicações: tosse; falta de ar; dispnéia; asma; bronquite; dor no ombro;

tuberculose; nevralgia intercostal.

2. Yunmen (P2)

Localização: no lado ântero-lateral do peito, na fossa triangular abaixo do

encontro da clavícula e do aerônio do ombro.

Aplicação: agulhar, 0,3-0,5 polegada; moxa, 15 minutos.

Indicações: tosse; asma; dor no peito e no ombro.

3. Tianfu (P3)

Localização: no lado medial do braço, 3 polegadas abaixo da linha axilar; no lado

radial do músculo bíceps do braço, 6 polegadas acima do cotovelo.

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada.

Page 193: Monografia Dalvacy Alves

192

Indicações: asma; epistaxe; dor no braço.

4. Yiapai (P4)

Localização: no lado mediar do braço, no lado radial do músculo bíceps do braço;

1 polegada abaixo do ponto Tianfu (P3).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-0,8 polegada; moxa, 15 minutos.

Indicações: tosse; falta de ar; nevralgia intercostal; taquicardia; dor no braço.

5. Chize (PS): ponto Ho, pertence ao elemento Água

Localização: na linha média do cúbito do lado medial do cotovelo. No lado do

tendão do músculo bíceps braquial.

Aplicação: agulhar, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: tosse; bronquite; amigdalite; pneumonia; pleurite; tuberculose

pulmonar; dor no ombro, braço e peito; dor no joelho.

6. Kongzui (P6): ponto Xi

Localização: no lado medial do antebraço, 7 polegadas acima do punho no lado

ulnar do músculo braquiorradial e acima do músculo pronador.

Page 194: Monografia Dalvacy Alves

193

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 20 minutos.

Indicações: tosse; dor de garganta; amigdalite; dor de cabeça (frontal); dor no

antebraço; voz rouca; tuberculose pulmonar; hemorróidas.

7. Lieque (P7): ponto Lo

Localização: no lado mediar do antebraço, 1,5 polegada acima da linha do punho

entre os tendões do músculo adutor longo do polegar e do músculo extensor longo carpo-

radial.

Aplicação: agulhar, obliquamente para cima ou perpendicularmente, 0,2-0,3

polegada; evitar a artéria; moxa, 10 minutos.

Indicações: dor de cabeça (frontal); rigidez da nunca; tosse; asma; paralisia facial;

dor no antebraço e mão; dor no peito.

8. Jingqu (PS): ponto Jing, pertence ao elemento Metal

Localização: no lado medial, uma polegada acima da linha do punho, no lado

medial do processo estilóideo-radial, no lado da artéria (Fig. 8).

Aplicação: agulhar, 0,1-0,2 polegada; evitar a artéria.

Indicações: tosse; dor no peito; dor de garganta; dor no punho.

9. Taiyuan (P9): ponto Shu, pertence ao elemento Terra

Localização: no lado medial e radial, no fim da linha do punho, entre os tendões

do músculo adutor longo do polegar, e músculo extensor largo carpo-radial (Fig. 8).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,1-0,3 polegada; evitar a artéria.

Indicações: asma; tosse; tuberculose pulmonar; dor no peito e mamas; amigdalite;

dor no braço.

10. Yuji (P10): ponto Ying, pertence ao elemento Fogo

Localização: no lado palmar, acima da junta do primeiro metacarpo digital, entre

as peles escura e clara (Fig. 8).

Page 195: Monografia Dalvacy Alves

194

Aplicação: agulhar, 0,3-0,7 polegada.

Indicações: tosse; asma; hemoptise; amigdalite; laringite; voz rouca; dor no peito;

dor no punho.

11. Shaoshang (P11): ponto Jin, pertence ao elemento Madeira

Localização: no lado radial da unha do polegar, 0,1 polegada acima do leito

ungueal (Fig. 8).

Aplicação: agulhar, para sangrar uma a duas gotas.

Indicações: amigdalite; coma; epistaxe; palotilite; diarréia crônica infantil.

O meridiano do Intestino grosso, Yang-Min do braço

Este meridiano é Yang, acoplado com o meridiano do pulmão, que é Yin. Recebe

energia do meridiano do pulmão, transmitindo-a ao meridiano do estômago.

Seu elemento é o Metal de Yang, sendo sua mãe do elemento Terra (o meridiano

do estômago) e seu filho de Água (o meridiano da bexiga).

Tem vinte pontos de cada lado.

I. Caminho do meridiano

O meridiano principal do intestino grosso tem seu início na ponta do dedo

indicador, sendo a continuação do fluxo energético do meridiano do pulmão (de uma ligação

de Lieque (P7), a Shangyang (IG1)).

O meridiano do intestino grosso sobe pelo dedo indicador dorso-radial da mão,

passando pelo músculo do primeiro interossal, depois pela face dorso-radial do antebraço,

entre os músculos extensores longo e curto do polegar; sobe até o dorso lateral do cotovelo, na

borda lateral do músculo bíceps e tríceps do braço, chegando ao ombro.

Do ombro, o meridiano caminha pela região superescapular, liga com Du-Mai no

ponto Dazhui (DM14), depois volta para a fossa supraclavicular, ligando-se ao ponto Quepen

(E12) do meridiano do estômago.

Page 196: Monografia Dalvacy Alves

195

Desse ponto, parte um ramal pelo espaço mediastínico que desce para o abdômen,

ligando-se com o intestino grosso.

Do espaço mediastinal sai uma conexão que se liga aos pulmões. Da fossa

supraclavicular, o meridiano sobe pela borda lateral do músculo externo-clidomastóideo do

pescoço até a região mandibular pelo lado da boca e caminha pelo lado oposto à asa do nariz,

cruzando na altura do lábio (Fig. 9).

II. Quadros clínicos

1. Sintomas principais. gengivite; odontalgias: caninos, pré-molares e molares

baixos.

A. Boca: laringite; amigdalite e boca seca.

B. Nariz: coriza; obstrução e epistaxe.

Page 197: Monografia Dalvacy Alves

196

C. Nuca e braços: dor no pescoço e inchação; algias no membro superior; arroto;

náuseas e vômito; dor epigástrica; indigestão; sensação de vazio gástrico; mau hálito;

constipação.

D. Condições gerais: fadiga; cansaço aparente; calafrios; tremor; bocejos

freqüentes; ulcerações da mucosa; febre (às vezes); sudorese (às vezes).

E. Face: paralisia ou espasmo facial; acne; obstrução nasal; coriza (sinusite

maxilar).

F. Mental: pouca sociabilidade; aversão ao fogo; busca de isolamento; P.M.D.

(psicose maníaco-depressiva).

G. Membros: dor; parestesia; frieiras; adormecimento ao longo do meridiano.

H. Sintomas do intestino grosso. dor abdominal; borborigmos; constipação ou

diarréia.

2. Sinais e sintomas de repleção energética do meridiano.

A. Fome freqüente; dor e dissensão epigástrica; secura e mau hálito; urina

amarelada; constipação; sensação de calor pelo corpo; inchaço do pescoço e dor de garganta;

espasmos faciais; dor nas pernas e nos joelhos (ao longo do meridiano); parestesias;

adormecimento no braço ao longo do caminho do meridiano do intestino grosso.

3. Sintomas e sinais de repleção energética: dor de garganta-, febre e epistaxe;

boca seca ou queimação; borborigmo; dor abdominal; constipação.

4. Sintomas e sinais de depleção energética: sensação de frio nas extremidades;

aumento do peristaltismo; diarréia.

III. Pontos do meridiano do intestino grosso

1. Shangyang (IG1): ponto Jin, pertence ao elemento Metal

Localização: no lado radial do dedo índex, 0,1 polegada posterior e radial no leito

ungueal (Fig. 10).

Page 198: Monografia Dalvacy Alves

197

Aplicação: agulhar, 0,1-0,2 polegada ou deixar sangrar uma a duas gotas.

Indicações: furunculose no rosto; amigdalite; dor de dentes; apoplexia; coma;

glaucoma; dor no ombro; dedos adormecidos.

2. Edjan (IG2): ponto Ying, pertence ao elemento Água; ponto de Filho

Localização. no lado radial do dedo índex, na depressão distal da junta metacarpo-falângica

(Fig. 10).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,1-0,3 polegada.

Indicações: epistaxe; dor de dentes; amigdalite; laringite; bursite de ombro; febre.

3. Sanjian (IG3)- ponto Shu, pertence ao elemento Madeira

Localização: no lado dorsal da mão, no lado radial do segundo metacarpo, na

depressão atrás da segunda junta metacarpo-falângica (Fig. 10).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,7 polegada.

Indicações: laringite; amigdalite; dor de dentes; trigeminalgia; dor no olho; bursite

de ombro; tendinite de cotovelo; boca seca; língua amarela; falta de apetite.

4. Hegu (IG4): ponto Yuan

Localização: no lado dorsal da mão, entre o primeiro e o segundo osso metacarpo

no meio do primeiro músculo interósseo dorsal; ao abrir o polegar e o dedo indicador, no

meio da linha entre a junção do primeiro e do segundo osso metacarpo, o ponto médio da

Page 199: Monografia Dalvacy Alves

198

borda da palma, ou quando fecha a mão, entre o primeiro e o segundo metacarpo, o ponto

mais alto em cima do músculo interásseo (Figs. 10 e 11).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5 - 1 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: dor de cabeça; dor de dentes; amigdalite; laringite; rinite; epistaxe;

asma; bronquite; paralisia facial; dor no braço e ombro; gripe; hipoidrose ou hiperidrose;

insônia; nervosismo; zumbido ou distúrbio do ouvido; escabiose. S. Yangxi (IGS): ponto Jing,

pertence ao elemento Fogo.

Localização: no lado dorso-radial do punho, um pouco distal do osso rádio, onde

há depressão entre os tendões do músculo extensor curto e longo do polegar, ao esticar e abrir

o polegar (Fig. 10).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: dor de cabeça; conjuntivite; zumbido; distúrbios do ouvido; dor de garganta;

amigdalite; dor de dentes; dor no punho e na mão.

6. Pienli (IG6): ponto Lo

Localização: 3 polegadas acima do Yangxi (IGS), no lado dorso-radial do

antebraço, do músculo adutor longo do polegar e tendão do músculo extensor curto do carpo-

radial (Fig. 10).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,7 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: amigdalite; zumbido; distúrbios do ouvido; epistaxe; dor de dentes; paralisia

facial; dor nos ombros e nos braços.

7. Wenlu (IG7): ponto Xi

Localização: 5 polegadas acima do punho, no lado dorso-radial do antebraço,

entre o músculo adutor longo do polegar e músculo extensor curto do carpo-radial (Fig. 10).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5 - 1 polegada; moxa, 1 O minutos.

Page 200: Monografia Dalvacy Alves

199

Indicações: dor de dentes; furunculose no rosto C braços; amigdalite; dor no

braço; estomatite; parotite; glossite; inchação no rosto.

8. Xialian (IGS)

Localização: 4 polegadas abaixo do cotovelo, no lado dorso-radial do antebraço,

entre o músculo extensor carpo-radial longo e o músculo extensor carpo-radial curto (Fig. 10).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: dor de cabeça; tontura; dor no antebraço; dor de barriga (ao redor do umbigo);

pleurite; mastite; hematúria (cistite).

9. Shanglian (IG9)

Localização: 3 polegadas abaixo do cotovelo, no lado dorso-radial do antebraço,

no meio do músculo extensor carpo-radial longo (Fig. 10).

Aplicação: agulhar, 0,5-1 polegada; moxa, 15 minutos.

Indicações: dor de cabeça; dor no ombro e no cotovelo; dor de estômago; dor no

intestino (borborigmo); membros adormecidos; hemiplegia.

10. Shousanli (IG10)

Localização: 2 polegadas abaixo do cotovelo, no lado dorso-radial do antebraço

entre o músculo extensor carpo-radial longo e o músculo braquiorradial (Fig. 10).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 15 minutos.

Page 201: Monografia Dalvacy Alves

200

Indicações: dor de dentes; parotidite; rinite; furunculose; carbunculose; mastite;

hemiplegia; dor no cotovelo, braço e ombro; tremor nos braços; dissensão abdominal;

diarréia.

11. Quchi (IG11): ponto Ho, pertence ao elemento Terra; ponto de Mãe

Localização: no lado radial do cotovelo, no músculo braquiorradial; ao dobrar o cotovelo, na

depressão radial no fim da linha cubital (Fig. 10).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1,2-1,5 polegada; moxa, 20 minutos.

Indicações: dor no cotovelo (tennis elbow); dor no ombro; dor no joelho; paralisia

no braço; hemiplegia; febre; hipertensão; amigdalite; pleurite; dermatite; eczema; gengivite;

tuberculose; pneumonia; conjuntivite; dismenorréia; reumatismo.

12. Zhouliao (IG12)

Localização: em cima do epicôndilo lateral do úmero, no lado do osso, 1 polegada

acima do Quchi (IG11) (Fig. 10).

Aplicação: agulhar, 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações. dor no cotovelo e no braço; sonolência.

13. Wuli (IG13)

Localização. no lado ântero-radial do úmero, 3 polegadas acima do cotovelo, no

ponto inicial do músculo braquiorradial, ao lado do músculo tríceps do braço (Fig. 10).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,7 polegada (evitar lesar a artéria e

os nervos); moxa, 10-20 minutos.

Indicações: dor no braço; dor no cotovelo; braquialgia.

Page 202: Monografia Dalvacy Alves

201

14. Binao (IG14)

Localização: abrange o lado lateral e um pouco do radial do braço, no ponto distal

do músculo deltóide, 3 polegadas abaixo do ponto Jianyu (IG15) (Fig. 12).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5 polegada; moxa, 15-20 minutos.

Indicações: dor no ombro e no braço; furunculose. 15. Jianyu (IG15)

Localização: em cima do ombro, na borda lateral do acrômio, há duas depressões;

este ponto fica na depressão anterior (Figs. 12 e 13).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1,5 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Indicações: bursite de ombro; hemiplegia; urticária; furunculose.

16. Jugu (IG16)

Localização: na depressão entre a borda superior e posterior da junta acrômio-

clavicular e a espinha da omoplata (Fig. 13).

Aplicação: agulhar, 1-1,2 polegada.

Indicações: tendinite; bursite de ombro.

17. Tianding (IG17)

Localização: 1 polegada abaixo do ponto Futu do pescoço (IG18). Na borda

posterior do músculo esterno-clidomastóideo (Fig. 14).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-20 minutos.

Page 203: Monografia Dalvacy Alves

202

Indicações: laringite; amigdalite; inflamação das cordas vocais (voz rouca).

18. Futu (IG18)

Localização: na linha da borda inferior da cartilagem da tiróide, a 3 polegadas da

linha central, no lado do músculo esterno-clidomastóideo (Fig. 14).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada.

Indicações: tosse, laringite, faringite, amigdalite.

19. Holiao (IG19)

Localização: 0,5 polegada no lado do ponto Renzhong (DM26)

Aplicação: agulhar, 0,3-0,5 polegada (Fig. 14).

Indicações: epistaxe, obstrução nasal, rinite, paralisia facial.

20. Yingxiang (IG20)

Localização: no ponto de encontro da linha inferior do nariz e da linha nasolabial

(Fig. 14).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada ou obliquamente para

cima (súpero-medial), 0,3-0,7 polegada.

Indicações: rinite, sinusite, paralisia facial, distúrbio olfativo, cólica biliar.

O meridiano do Estômago, Yang-Yin da perna

O meridiano do estômago recebe energia do meridiano do intestino grosso,

transmitindo-a ao meridiano do baço-pâncreas; É um meridiano de Yang acoplado com o

meridiano do baço-pâncreas, que é Yin.

Em relação aos cinco elementos, é de Terra, sendo sua Mãe de Fogo (o meridiano

do intestino delgado) e seu Filho de Metal (o meridiano do intestino grosso).

Possui 45 pontos de cada lado.

I. Trajetória

Page 204: Monografia Dalvacy Alves

203

O meridiano do estômago do Yang-Yin da perna tem sua origem nos dois lados

do nariz e, comunicando-se com o meridiano da bexiga na raiz do nariz, penetra pelo arco

dentário superior e sai pela pálpebra inferior do olho, descendo pelo ângulo da boca para a

mandíbula. A partir do ângulo mandibular, sobe pelo arco zigomático na frente do ouvido e

passa pela testa até a borda do cabelo.

O ramal principal do meridiano do estômago desce pela mandíbula no ponto

Dayin (ES), desce pelo lado ântero-lateral do pescoço ao longo do lado medial do músculo

esterno-clidomastóideo até a fossa supraclavicular onde se situa o ponto Quepen (E12).

A partir do ponto Quepen (E12), o meridiano do estômago divide-se em dois

ramos, sendo um profundo e outro superficial.

O ramo profundo desce ao longo do esôfago, passa pelo diafragma até a região do

estômago e tem um ramo que liga com os órgãos do baço-pâncreas.

O ramo superficial do meridiano do estômago desce pelo ponto Quepen (E12)

pela linha do mamilo; passa na borda costal; atravessa a lateral do músculo reto-abdominal até

a região inguinal na lateral do osso púbico; desce pela borda medial da artéria femural; depois

segue pelo lado ântero-lateral da coxa, na origem dos músculos sartório e tensor da fáscia lata,

descendo pela borda lateral do músculo reto-femural ao longo da rótula dos joelhos; atinge o

lado ântero-lateral da tíbia e o lado do músculo da tíbia anterior até o dorso do pé, passando

entre o segundo e o terceiro metatarsos até o segundo dedo do pé (Fig. 15).

II. Sintomatologia

1. Sintomas principais

A. Sintomas gastrintestinais: dissensão gástrica; arroto; náuseas e vômito; dor

epigástrica; indigestão; sensação de vazio gástrico; mau hálito; constipação.

B. Condições gerais: fadiga; cansaço aparente; calafrios; tremor; bocejos

freqüentes, ulcerações de mucosa; febre (às vezes); sudorese (às vezes).

Page 205: Monografia Dalvacy Alves

204

C. Face. paralisia ou espasmo facial, acne; obstrução nasal; coriza (sinusite

maxilar).

D. Mental. pouca sociabilidade; aversão ao fogo; busca de isolamento; P.M.D.

(psicose maníaco-depressiva).

E. Membros: dor; parestesia; frieiras; adormecimento ao longo do meridiano.

2. Sinais e sintomas de repleção energética do meridiano: fome freqüente; dor e

dissensão epigástrica; secura e mau hálito; urina amarelada; constipação; sensação de calor

pelo corpo; inchaço do pescoço e dor de garganta; espasmos faciais; dor nas pernas e joelhos

(ao longo do meridiano).

3. Sinais e sintomas de depleção energética do meridiano. calafrios; bocejos;

sensação de cansaço; suspiros; depressão; pessimismo; indisposição; ardência precordial;

perda de apetite; dissensão gástrica; eliminação de fezes malformadas; disenteria; urina clara;

paralisia facial.

Page 206: Monografia Dalvacy Alves

205

III. Os pontos do meridiano do estômago

1. Chengoi (EI)

Localização: na pálpebra inferior entre o globo ocular e a borda do osso infra-

orbital, na linha vertical da pupila (Fig. 16).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-1 polegada.

Indicações: conjuntivite; miopia; paralisia facial; hiperlacrimação.

2. Sibai (E2)

Localização: 0,7 polegada abaixo do Chengoi (EI), na depressão da forâmen infra-

orbital (Fig. 16).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,2-0,3 polegada.

Indicações: conjuntivite; pterígio; paralisia facial; espasmo facial; tique; dor de

cabeça; tontura; trigeminalgia.

3. Juliao (E3)

Localização: no ponto de encontro entre a linha vertical da pupila e a linha

horizontal da borda inferior do nariz, na fossa maxilar, abaixo do processo zigomático (Fig.

16).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada.

Indicações: paralisia facial; conjuntivite; hiperlacrimação; miopia; epistaxe; dor

de dentes; trigeminalgia; inchaço no rosto.

4. Ditsang (E4)

Localização: 0,4 polegada, no canto da boca (Fig. 16).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,2-0,3 polegada, ou horizontalmente na

direção do ponto Jiache (E6), 1-2 polegadas.

Indicações: paralisia facial; trigeminalgia; tique; hipersalivação. S. Daying (ES)

Page 207: Monografia Dalvacy Alves

206

Localização. na borda da fossa mandibular, em frente ao músculo masseter no

lado da artéria (Fig. 16).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,4 polegada, evitar a artéria.

Indicações: dor de dentes; inchaço do rosto; paralisia facial; parotidite.

6. Jiache (E6)

Localização: ângulo mandibular, no ponto inicial do músculo masseter (Fig. 16).

Aplicação. agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada, ou horizontalmente na

direção do ponto Ditsang (E4), 1-2 polegadas.

Indicações: dor de dentes; paralisia facial; parotidite; espasmo do músculo

masseter; trigeminalgia.

7. Xiaguan (E7)

Localização: na depressão baixa da borda do arco zigomático, no lado anterior do

processo condilóide e mandibular (Fig.16).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada.

Indicações: zumbido; dor de ouvido; dor de dentes; trigeminalgia; artrite do

têmporo-mandibular; paralisia facial.

8. Touwei (ES)

Localização: 0,5 polegada acima da linha do cabelo, no canto súpero-lateral da

linha do cabelo.

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-05 polegada.

Indicações: dor de cabeça (frontal e orbital); hiperlacrimação; paralisia facial.

9. Renying (E9)

Localização: lado ântero-lateral do pescoço, na linha horizontal do processo da

cartilagem da tiróide, na borda anterior do músculo esterno-clidomastóideo (Fig. 17).

Aplicação: agulhar, 0,3-0,5 polegada.

Page 208: Monografia Dalvacy Alves

207

Indicações: laringite; amigdalite; tosse, voz rouca; asma; hipertrofia da tiróide.

10. Shuitu (E10)

Localização: no meio da distância entre os pontos Renying(E9) e Qishe(E11),

abaixo do Renying (E9), no lado anterior do músculo esterno-clidomastóideo (Fig. 17).

Aplicação: agulhar, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos. Indicações: laringite;

amigdalite; tosse; asma.

11. Qishe (E11)

Localização: acima da clavícula na borda lateral do músculo esterno-

clidomastóideo (Fig.17).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações. amigdalite; laringite; tosse; falta de ar; furunculose; rigidez de nuca; asma.

12. Quepen (EI2)

Localização: fossa supraclavicular, na linha mamária acima da clavícula (Fig. 17).

Page 209: Monografia Dalvacy Alves

208

Aplicação. agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: asma; laringite; amigdalite; furunculose; bronquite; rigidez e dor na

nuca; braquialgia; pleurite.

13. Qihu (E13)

Localização: borda inferior da clavícula, na linha mamária (Fig. 17).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: asma; bronquite; falta de ar; braquialgia.

14. Kufang (E14)

Localização: uma costela abaixo do ponto Qihu (E13), entre o espaço da primeira

e da segunda costelas, na linha mamária (Fig. 17).

Aplicação. agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: bronquite; nevralgia intercostal.

15. Wuyi (E15)

Localização: segundo espaço intercostal, na linha mamária (Fig. 17).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada, ou obliquamente, 0,5-1

polegada; moxa, 10-20 minutos.

Indicações: bronquite; nevralgia intercostal; urticária; inchaço do corpo;

dermatite.

16. Yingchung (E16)

Localização: segundo espaço intercostal, na linha mamária (Fig. 17).

Aplicação: agulhar, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Indicações: asma; bronquite; nevralgia intercostal; dor na região mamária; cólica

intestinal.

17. Ruzhong (E17)

Localização: no centro do mamilo (Fig. 17).

Page 210: Monografia Dalvacy Alves

209

Aplicação: contra-indicação de agulha ou moxa.

18. Rugen (E18)

Localização: no espaço do quinto intercostal abaixo do mamilo, na linha mamária

(Fig. 17).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada, ou obliquamente para

o lado do corpo, 0,5-0,8 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: mastite; distúrbio da lactação; nevralgia intercostal.

19. Buron (E19)

Localização: 2 polegadas no lado do Jujue (RM14), na borda da costela, 6

polegadas acima da linha horizontal do umbigo (Fig. 17).

Aplicação. agulhar, obliquamente (para cima e para o lado), 0,5-0,8 polegada;

moxa, 10-15 minutos.

Indicações: dor de estômago; gastrectasia; náusea e vômito; nevralgia inter-costal.

20. Chenginan (E20)

Localização: 5 polegadas acima do umbigo e 2 polegadas ao lado da linha média

na linha lateral do músculo reto-abdominal (Fig. 17).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 15 minutos.

Indicações: gastrite; cólica intestinal; epigastralgia; dissensão abdominal;

dispepsia; cólica biliar; icterícia.

21. Liangmen (E21)

Localização: 4 polegadas acima do umbigo e 2 polegadas ao lado da linha medial

na linha lateral do músculo reto-abdominal (Fig. 17).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 15 minutos.

Indicações: gastralgia; úlcera gástrica ou duodenal; diarréia; cólica intestinal.

22. Guanmen (E22)

Page 211: Monografia Dalvacy Alves

210

Localização. 3 polegadas acima do umbigo e 2 polegadas ao lado da linha mediar

na linha lateral do músculo reto-abdominal (Fig. 17).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 15 minutos.

Indicações. dissensão abdominal; diarréia; borborigmo; anorexia.

23. Taiyi (E23)

Localização: 2 polegadas acima do umbigo, ao lado do músculo reto-abdominal

(Fig. 17).

Aplicação: igual ao do ponto Guanmen (E22).

Indicações: igual a Guanmen (E22).

24. Huaromen (E24)

Localização: 1 polegada acima do umbigo, ao lado do músculo reto-abdominal

(Fig. 17).

Aplicação: igual à do ponto Guanmen (E22).

Indicações: rigidez da língua; náuseas e vômito; distúrbio gastrointestinal;

comportamento maníaco; esterilidade; dismenorréia.

25. Tianshi (E25)

Localização: 2 polegadas ao lado do ponto Mu do intestino na linha lateral do

músculo reto-abdominal (Fig. 17).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1,5 polegada; moxa, 15-20 minutos.

Indicações: gastroenterite aguda ou crônica; disenteria; diarréia alérgica;

borborigmo; náuseas e vômito; dissensão abdominal; constipação; ascite; apendicite; anexite;

dismenorréia.

26. Wailing (E26)

Localização: 1 polegada abaixo do umbigo, 2 polegadas ao lado da linha medial,

na borda lateral do músculo reto-abdominal (Fig. 17).

Page 212: Monografia Dalvacy Alves

211

Aplicação. agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: cólica abdominal; dismenorréia.

27. Daju (E27)

Localização: 2 polegadas abaixo do umbigo e 2 polegadas ao lado da linha medial

na borda lateral do músculo reto-abdominal (Fig. 17).

Aplicação: igual à do ponto Wailing (E26).

Indicações: cólica intestinal; constipação; dissensão abdominal; cansaço e

preguiça do corpo; insônia; distúrbio de micção.

28. Shuidao (E28)

Localização: 3 polegadas abaixo do umbigo e 2 polegadas ao lado da linha média,

na borda lateral do músculo reto-abdominal (Fig. 17).

Aplicação: igual à do ponto Wailing (E26).

Indicações: nefrite; cistite; distúrbio urogenital; prolapso anal; dismenorréia;

anexite.

29. Guilai (E29)

Localização: 4 polegadas abaixo da linha horizontal do umbigo e 2 polegadas ao

lado da linha medial do corpo, na borda lateral do músculo reto-abdominal (Fig. 17).

Aplicação: igual à do ponto Wailing (E26).

Indicações: dismenorréia; amenorréia; menorragia; anexite; infecção urogenital;

hérnia; cólica abdominal ou urogenital; dor no pênis; esterilidade.

30. Qichong (E30)

Localização: na linha horizontal suprapúbica, 2 polegadas ao lado da linha mediar,

na borda lateral da região púbica (Fig. 17).

Aplicação: agulhar, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Page 213: Monografia Dalvacy Alves

212

Indicações: dor nos órgãos genitais; distúrbio urogenital; hérnia; dismenorréia;

esterilidade.

31. Biguan (E31)

Localização: no encontro das linhas da espinha ântero-superior ilíaca e

infrapúbica, entre o músculo tensor da fáscia lata e o músculo sartório (Fig. 18).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1,5 polegada; moxa, 10-20 minutos.

Indicações: tendinite da coxa; hemiplegia; paralisia da perna.

32. Futu (E32)

Localização: 6 polegadas acima da patela, no lado do músculo reto-femural (Fig.

18).

Aplicação: agulhar, 0,5-1 polegada.

Indicação: dor na coxa; fraqueza da perna; hemiplegia; urticária.

33. Yinshi (E33)

Localização: 3 polegadas acima da borda superior da patela, na lateral do tendão

do músculo quadríceps da coxa (Fig. 18).

Aplicação: agulhar, 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Indicações: dor no joelho e na perna; paralisia da perna; edema da perna.

34. Liangqiu (E34): ponto de Xi

Localização: 2 polegadas acima da borda superior da patela, na lateral do tendão

do músculo quadríceps da coxa (Fig. 18).

Aplicação: igual à do ponto Yinshi (E33); moxa, 10-20 minutos.

Indicações: artrite ou periartrite no joelho; dor na perna; mastite; gastrite; enterite;

apendicite.

35. Dubi (E35)

Localização: na fossa lateral do tendão da patela abaixo da rótula (Figs. 18 e 19).

Page 214: Monografia Dalvacy Alves

213

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: artrite; periartrite; tendinite no joelho; distúrbio de função do músculo

do esfíncter anal.

36. Zusanli (E36): ponto Ho, pertence ao elemento Terra

Localização: 3 polegadas abaixo da patela entre o músculo da tíbia anterior e o

músculo extensor longo dos dedos (Fig. 19).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Indicações: indigestão; dispepsia; gastrite; dor de estômago; disenteria; náuseas e

vômito; dissensão abdominal; constipação; enterite; paralisia na perna; paralisia facial;

epilepsia; rinite; laringite e para fortalecimento geral.

37. Shangjuxu (E37)

Localização: 3 polegadas abaixo de Zusanli (E36), no lado anterior lateral do

músculo da tíbia (Fig. 19).

Aplicação: agulhar, 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: dor de estômago; enterite; diarréia; dor no intestino grosso;

apendicite; edema nas pernas e nos joelhos; paralisia das pernas.

38. Tiaokou (E38)

Localização: 8 polegadas abaixo do joelho, 2 polegadas abaixo do ponto

Shangjuxu (E37), no lado do músculo anterior da tíbia (Fig. 19).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1,5 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações. paralisia das pernas; dor nas pernas; frieza nas pernas; epigastralgia;

cólica abdominal; diarréia; dor nos ombros; amigdalite.

Page 215: Monografia Dalvacy Alves

214

39. Xiajuxu (E39)

Localização: 1 polegada abaixo do ponto Tiaokou (E38) (Fig. 19).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: cólicas abdominal e epigástrica; disenteria; paralisia das pernas; dor

nos seios; dor no cotovelo.

40. Fenglong (E40): ponto Lo

Localização: 8 polegadas abaixo do joelho; 0,5 polegada ao lado do ponto

Tiaokou (E38), na borda lateral do músculo extensor longo dos dedos (Fig. 19).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Indicações: asma; tosse com muito catarro; tontura ou vertigem; constipação;

edema nas pernas; pernas adormecidas ou paralisadas; hemiplegia; dor de cabeça; amigdalite;

apoplexia e hipertensão.

41. Jiexi (E41): ponto Jing, pertence ao elemento Fogo; ponto de Mãe

Localização: no ponto médio dorsal do tornozelo acima do ligamento cruciato,

entre os tendões do músculo extensor haliux longo e o extensor longo dos dedos (Figs. 19 e

20).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.

Page 216: Monografia Dalvacy Alves

215

Indicações: dor de cabeça frontal; tontura; inchaço no rosto; dissensão abdominal;

constipação; diarréia; torção no tornozelo; perna e pé adormecidos.

42. Chongyang (E42): ponto Yuan

Localização: 1,5 polegada abaixo do ponto Jiexi (E41), no lado da artéria, onde

passa a artéria dorsal do pé (Fig. 20). Aplicação: moxa, 10-15 minutos.

Indicações: dor no pé; dor de dentes; gengivite; anorexia; epilepsia; inchaço no

rosto.

Page 217: Monografia Dalvacy Alves

216

43. Xiangu (E43). ponto Shu, pertence ao elemento Água

Localização: na depressão entre o segundo e o terceiro metatarso, próximo da

junta metatarso-falangeal, no lado do músculo interósseo dorsal (Fig. 20).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações. inchaço no rosto; conjuntivite; cólica abdominal; ascite; hiper-

transpiração noturna; dor no lado dorsal do pé; dor na palma da mão; amigdalite;

metatarsalgia; bocejo.

44. Neiting (E44): ponto Ying, pertence ao elemento Água

Localização: entre o segundo e o terceiro dedos do pé, na frente das juntas

metatarso-falangianas (Fig. 20).

Aplicação: agulhar, 0,3-0,5 polegada.

Indicações: dor de dentes; epistaxe; amigdalite; laringite; artrite da junta têmporo-

mandibular; dissensão abdominal; cólica do intestino; disenteria; dismenorréia; bocejo.

45. Lidui (E45): ponto Jin, pertence ao elemento Metal; ponto de Filho

Localização: 0,1 polegada no lado da esquina lateral do leito ungueal do segundo

dedo do pé (Fig. 20).

Aplicação: agulhar, para sangrar, ou obliquamente, 0,1-0,2 polegada.

Indicações: gengivite; amigdalite; hepatite; paralisia facial; epistaxe; rinite;

excesso de sonhos; comportamento maníaco.

O meridiano do baço-pâncreas, Tai-Yin da perna

Este meridiano é de natureza Yin e apresenta-se acoplado ao meridiano do

estômago, que é de natureza Yang. Recebe a energia do meridiano do estômago, e transmites

ao meridiano do coração.

Page 218: Monografia Dalvacy Alves

217

Pertence ao elemento Terra de Yin, enquanto sua Mãe é de Fogo, de Yin (o

meridiano do coração) e seu filho é de Metal, de Yin (o meridiano do pulmão).

Tem 21 pontos de cada lado.

I. Trajetória

Este meridiano começa no dedão do pé; sobe ao longo do lado medial do dedão,

primeiro metatarso ao maléolo medial. Continua ao longo da borda póstero-medial da tíbia;

passa pelo lado medial do joelho, e sobe pelo lado medial da coxa, atingindo a região da

virilha; daí, segue pela região ântero-lateral do abdômen e pelo lado lateral do peito até a

axila.

O ramal profundo parte da região inguinal; introduz-se na cavidade do abdômen;

liga-se ao meridiano do baço-pâncreas e ao do estômago; passando pelo diafragma; contorna

então o esôfago e atinge a raiz e o lado inferior da língua.

Este meridiano possui um outro ramal que sai do estômago, passa pelo diafragma

e liga-se ao coração (Fig. 21).

II. Sintomatologia

1. Sintomas principais

A. Gerais: desnutrição; palidez.

B. Gastrointestinais: epistralgia; dissensão abdominal; eructação; náuseas e

vômitos depois de comer; dispepsia; opressão no peito; diarréia; icterícia; dor na raiz da

língua; corpo desvitalizado e indolente; depressão; insônia; sonolência e tendência a sonhar.

C. Musculares: distrofia e fraqueza muscular.

D. Hematológicos: anemia; menorragia.

E. Psicológicos: dificuldade de concentração; preocupação; depressão.

2. Sintomas e sinais de excesso energético: dissensão abdominal; epigastralgia;

icterícia e febre; dor nas articulações; eructação; constipação.

Page 219: Monografia Dalvacy Alves

218

3. Sintomas e sinais de depleção energética: dissensão do intestino; borborigmo;

diarréia; indigestão; inapetência; náuseas e vômito; insônia (acorda facilmente); fraqueza e

distrofia dos membros; indolência; ascite.

III. Os pontos do meridiano do baço-pâncreas

1. Yinbai (BP1). ponto Jin, pertence ao elemento Madeira

Localização: no lado medial do dedão do pé; 0,1 polegada póstero-medial do leito

ungueal (Fig. 22).

Aplicação: agulhar, obliquamente, para cima, 0,1-0,2 polegada; para sangrar uma

a duas gotas.

Indicações: dissensão abdominal; diarréia; menstruação irregular; menorragia;

insônia; distúrbio mental; sonolência; tendência ao sonho.

Page 220: Monografia Dalvacy Alves

219

2. Dadu (BP2): ponto Ying, pertence ao elemento Fogo; ponto de Mãe

Localização: no lado medial do dedão do pé, ântero-inferior da articulação do

primeiro metatarso-falangeal, entre as peles escura e clara (Fig. 22).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: dissensão abdominal; cólica abdominal; lombalgia; gastroenterite;

indigestão; constipação; cansaço do corpo.

3. Taipai (BP3): ponto Shu, pertence ao elemento Terra

Localização: no lado medial do pé, póstero-inferior do joanete (na articulação do

primeiro metatarso-falangeal), na linha da junção da pele escura e clara (Fig. 22).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: gastralgia; dissensão abdominal; cólica do intestino; indigestão;

gastroenterite; disenteria; hemorróidas; artrite no pé; gota; lombalgia.

4. Gungsun (BP4): ponto Lo

Localização: no lado medial do pé; 1 polegada atrás da articulação metatarso-

falangeal, na junção da pele escura e clara (Fig. 22).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: gastralgia; dispepsia; inapetência; náuseas e vômito; diarréia;

dissensão do estômago e intestino; cólica abdominal; colite crônica; inchaço do rosto; gota;

metatarsalgia; epilepsia.

Page 221: Monografia Dalvacy Alves

220

5. Shangqiu (BPS): ponto Jing, pertence ao elemento Metal; ponto de Filho

Localização: na fossa ântero-inferior do maléolo medial do tornozelo, do ponto de

encontro das linhas das bordas anterior e inferior do maléolo medial (Fig. 22).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: dissensão abdominal; borborigmo; dispepsia; vômito; diarréia;

constipação; icterícia; hemorróidas; dor no tornozelo.

6. Sanyinjiao (BP6)

Localização: 3 polegadas acima do maléolo medial, na borda póstero-medial da

tíbia (Fig. 22).

Aplicação. agulhar, perpendicularmente, 0,3-1 polegada; moxa, 15-20 minutos.

Indicações. distúrbios de estômago e pâncreas; dissensão epigástrica; indigestão; falta de

apetite; borborigmo e diarréia; distúrbios dos órgãos genitais; menorragia; dismenorréia;

menstruação irregular; impotência; orquite; dor no pênis; aspermia; infecção urogenital; dor

ou artrite na perna; inchaço na perna.

7. Lougu (BP7): ponto Lo

Localização: 6 polegadas acima do maléolo medial, na borda posterior da tíbia

(Fig. 23).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-1 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: borborigmo; dissensão abdominal; magreza; enurese; hérnia inguinal;

dor ou adormecimento da perna; frio na perna ou no pé.

8. Diji (BPS): ponto Xi

Localização: no lado medial da perna, 5 polegadas abaixo do joelho, 3 polegadas

abaixo do ponto Yinlingquan (BP9), na borda posterior da tíbia (Fig. 23).

Aplicações: agulhar, perpendicularmente, 0,3-1 polegada; moxa, 10 minutos.

Page 222: Monografia Dalvacy Alves

221

Indicações: dissensão abdominal; falta de apetite; indigestão; diarréia;

dismenorréia; leucorréia; hérnia inguinal; aspermia; lombalgia.

9. Yinlingquan (BP9): ponto Ho, pertence ao elemento Água

Localização: no lado medial da cabeça da tíbia; na depressão da borda póstero-

inferior da tíbia; na linha inferior da tuberosidade da tíbia (Fig. 23).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada.

Indicações. dissensão abdominal; indigestão; cólica abdominal; diarréia;

disenteria; edema; oligúria; ascite; dor gênito-urinária; micção noturna; menstruação irregular;

dor na perna e joelho; furunculose na coxa mediar; dor no cotovelo.

Page 223: Monografia Dalvacy Alves

222

10. Xuehai (BP10)

Localização: 2 polegadas acima da borda superior da patela, no lado do músculo

vastus medial (Fig. 23).

Aplicação. agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-20 minutos.

Indicações: menstruação irregular; menorragia; oligúria ou menorréia; infecção

genital; urticária; furunculose na coxa mediar.

11. Jimen (BP11)

Localização: 6 polegadas acima do Xuehai (BP 1 0), no lado medial do músculo

sartório (Fig. 23).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; evitar a artéria; moxa, 10

minutos.

Indicações: dor no lado medial da coxa e inguinal; dor na pélvis; hemorróidas;

infecção genital; disúria; enurese; impotência; orquite.

12. Chongmen (BP12)

Localização: 6 polegadas do ponto medial da borda superior da sínfise púbica, no

lado lateral da artéria (Fig. 24).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,7 polegada; evitar a artéria.

Indicações: dor ou inflamação nos órgãos genitais; leucorréia; orquite;

endometriose; hérnia.

13. Fushe (BPI3): ponto Xi de Tai Ying

Localização: 0,7 polegada acima do Chongmen (BP12) e 4 polegadas no lado

lateral da linha média vertical do abdômen (Fig. 24).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,7-1 polegada; moxa, 15 minutos.

Indicações: cólica abdominal; diarréia; hérnia inguinal; apendicite; dissensão

abdominal.

Page 224: Monografia Dalvacy Alves

223

14. Fujie (BP14)

Localização: 1,3 polegada abaixo do ponto Daheng (BP15), 4 polegadas na borda

lateral da linha mediar do abdômen (Fig. 24).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,7-1 polegada; moxa, 15 minutos.

Indicações: dor de barriga periumbilical; hérnia; diarréia; apendicite.

15. Daheng (BP15)

Localização: na linha horizontal do umbigo, 4 polegadas na borda lateral do

umbigo (Fig. 24).

Aplicação: agulhar 0,7-1 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: diarréia; cólica crônica; prisão de ventre; dor abdominal; paralisia

intestinal; hiper-hidrose noturna.

16. Fuai (BP16)

Localização. 3 polegadas acima do ponto Daheng (BP15), 4 polegadas no lado da

linha medial (Fig. 24).

Aplicação: agulhar 0,7-1 polegada; moxa, 15 minutos.

Indicações: dor de barriga periumbilical; indigestão; constipação.

17. Shiduo (BP17)

Localização: no quinto espaço intercostal, 6 polegadas no lado da linha medial

(Fig. 24).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,8 polegada; moxa, 15 minutos.

Indicações: pneumonia; pleurite; nevralgia intercostal; hepatite; cirrose e ascite;

disenteria; indigestão.

18. Tianxi (BP18)

Localização: no quarto espaço intercostal, 6 polegadas no lado da linha mediar ou

2 polegadas no lado da linha do mamilo (Fig. 24).

Page 225: Monografia Dalvacy Alves

224

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,8 polegada; moxa, 15 minutos.

Indicações: nevralgia intercostal; dor no lado do peito; mastite; tosse; soluço.

19. Xiongxiang (BP19)

Localização: no terceiro espaço intercostal, 6 polegadas no lado da linha medial

(Fig. 24).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,8 polegada; moxa, 15 minutos.

Indicações: igual ao ponto Tianxi (BP18).

20. Zourong (BP20)

Localização: no segundo espaço intercostal, 6 polegadas no lado da linha medial

(Fig. 24).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,8 polegada; moxa 15 minutos.

Indicações: dor e dissensão no peito; nevralgia intercostal; tosse.

21. Dabao (BP21)

Localização: 3 polegadas abaixo da fossa axilar, na linha midaxilar no sexto

espaço intercostal (Fig. 24).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,8 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: asma; pneumonia; pleurite; dor intercostal; dor no lado do peito;

fraqueza e dor no corpo inteiro.

O meridiano do coração, Shao-Yin do mão

Este meridiano é de natureza Yin, apresenta-se acoplado ao meridiano do intestino

delgado, que é Yang. Recebe energia do meridiano do baço-pâncreas, transmitindo-a ao

meridiano do intestino delgado.

Em relação aos cinco elementos, pertence ao Fogo de Yin, sendo sua Mãe o

meridiano do fígado (Madeira) e seu Filho o meridiano do baço-pâncreas (Terra).

Page 226: Monografia Dalvacy Alves

225

Tem nove pontos de cada lado.

1. Trajetória

A energia deste meridiano sai do coração pelo caminho do nervo autônomo do

sistema cardiovascular; descendo, passa pelo diafragma, comunicando-se com o intestino

delgado.

O ramal principal sai do coração e sobe pelo pulmão, atingindo a axila. Passa

então ao longo do lado medial e ulnar do braço e desce pelo epicôndilo medial do cotovelo e

pelo lado medial dos músculos flexores ulnar carpal. Passa pelo pulso entre o quarto e quinto

metacarpos da mão e chega ao ponto do dedo mínimo.

O ramal colateral profundo sobe do coração ao longo do esôfago, da faringe e da

raiz da língua, passa atrás do nariz, por entre os olhos, comunicando-se com os seus tecidos

(Fig. 25).

II. Sintomatologia

1. Sintomas principais

A. Coração: falta de ar; aperto no coração; palpitação; dor no coração.

B. Vasculares: sensação de calor e rubor no rosto; calor na palma da mão; suor

noturno.

C. Boca e língua: boca seca e sede; rigidez na língua; língua avermelhada e

apresentando úlceras.

D. Braço: dor, adormecimento ou formigamento no braço, ao longo do meridiano.

E. Mental. nervosismo; insônia; falta de memória; muito sonho.

2. Sintomas e sinais de excesso de energia: boca seca e sede; dor no coração (pré-

cardial); dor no trajeto do meridiano; rosto avermelhado; ansiedade e insônia; língua rígida,

apresentando coloração avermelhada e úlceras; aumento da pulsação.

Page 227: Monografia Dalvacy Alves

226

3. Sintomas e sinais de depleção energética: dispnéia no esforço; aperto no peito;

palpitação; muito sonho; insônia; calor na palma da mão; hipertranspiração à noite; falta de

memória; membros frios.

III. Os pontos do meridiano do coração

1. Jiquan (Cl)

Localização: no centro da fossa axilar no lado mediar da artéria axilar (Fig. 26).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; evitar a artéria; moxa,

20 minutos.

Indicações: dor no braço, ombro e peito; dor no coração; nevralgia intercostal;

mau cheiro na axila.

2. Chingling (C2)

Localização: 3 polegadas acima do cotovelo, na borda medial do músculo bíceps

do braço (Fig. 26).

Page 228: Monografia Dalvacy Alves

227

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada, evitar a artéria; moxa,

10 minutos.

Indicações: dor de cabeça frontal; icterícia e frieza do corpo; nevralgia e espasmo

do braço.

3. Shaohai (C3): ponto Ho, pertence ao elemento Água; ponto de Mãe

Localização: no lado radial do epicôndilo mediar do úmero, acima do ponto inicial do

músculo pronador e do músculo flexor do antebraço (Fig. 26).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 5-10 minutos.

Indicações: dor de dentes; dor de cabeça; dor na nuca e antebraço; nevralgia

intercostal; torcicolo; zumbido; furunculose; tremor nos braços.

4. Lingdao (C4): ponto Jing, pertence ao elemento Metal

Localização: no lado ventral e medial do antebraço, no lado do músculo flexor

carpal e 1,5 polegada acima da linha do punho (Fig. 27).

Page 229: Monografia Dalvacy Alves

228

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: angina pectoris; dor nos braços no lado ulnar; histeria; edema ou paralisia das

cordas vocais.

5. Tungli (C5). ponto Lo

Localização: no lado ventral e ulnar do antebraço, no lado ulnar do tendão do

músculo flexor carpal ulnar; 1 polegada acima do punho (Fig. 27).

Aplicação: agulhar 0,3 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Indicações: dor de cabeça e tontura; palpitação; voz rouca; dor de garganta;

rigidez da língua; insônia ou sonolência; preguiça; dor no punho.

6. Yinxi (C6) ponto Xi

Localização: no lado ulnar do punho, no lado radial do tendão do músculo flexor

carpal ulnar; 0,5 polegada acima do ponto Shenmen (C7) (Fig. 27).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,2-0,4 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: tontura; palpitação; paroxismo da taquicardia; epistaxe; amigdalite;

dor de garganta; neurastenia; angina pectoris; soluço; transpiração à noite; histeria.

7. Shenmen (C7). ponto Shu, pertence ao elemento Terra; ponto de Filho

Localização: no lado ulnar do punho, no lado radial do tendão do músculo flexor

carpal ulnar, atrás do osso pisiforme (Fig. 27).

Aplicação agulhar, perpendicularmente, 0,1-0,3 polegada; moxa, 15 minutos.

Indicações: angina pectoris; neurastenia; psiconeurose; ansiedade; palpitação; dor

de cabeça e tontura; epilepsia; insônia; icterícia; dor na axila; dor na garganta; dor no punho.

8. Shaofu (CS): ponto Ying, pertence ao elemento Fogo

Localização: na palma, entre o quarto e o quinto metacarpos, atrás das juntas

metacarpo-falangianas (Fig. 27).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,2-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.

Page 230: Monografia Dalvacy Alves

229

Indicações. qualquer problema do coração; palpitação; angina pectoris; diurese;

enurese; dor no lado ulnar do antebraço.

9. Shaochong (C9): ponto Jin, pertence ao elemento Madeira

Localização: no lado radial do dedinho; 0,1 polegada no canto radial da unha (Fig.

27).

Aplicação: agulhar 0,1 polegada.

Indicações: palpitação; dor no peito; dor de garganta; apoplexia; coma.

O meridiano do intestino delgado, o Tai-Yang da mão

Este meridiano é de natureza Yang, e se apresenta acoplado ao meridiano do

coração, que é Yin. Recebe a energia do meridiano do coração, transmitindo-a ao meridiano

da bexiga.

Em relação aos cinco elementos, pertence ao elemento Fogo de Yang, sendo sua

Mãe o meridiano da vesícula biliar (Madeira) é seu Filho o meridiano do estômago (Terra).

Tem dezenove pontos de cada lado.

1. Trajetória

A energia do meridiano do intestino delgado começa no ponto do dedo mínimo

(quinto) da mão, sobe pelo lado ulnar da mão, passando pelo punho; a seguir corre ao longo

do lado ulnar dos músculos extensor carpo-ulnar do carpo e flexor carpo-ulnar; no cotovelo

passa pelo lado medial do olecrânio; depois sobe pelo lado ulnar do músculo tríceps braquial

até a borda posterior e lateral do ombro.

A partir do ombro, sobe, passando ao longo do osso omoplata e da fossa

supraclavicular por entre o tronco (pelo espaço mediastinal); liga-se ao coração, desce e,

atravessando o diafragma e o abdômen, atinge o intestino delgado.

Page 231: Monografia Dalvacy Alves

230

Um de seus ramais sobe da fossa supraclavicular ao longo do lado do pescoço (em

posição póstero-lateral) do músculo esterno-clidomastóideo ao lado do rosto até o ângulo

lateral do olho, dirigindo-se, então, para trás do ouvido.

O outro ramal desce lateralmente ao rosto passando pela parte inferior do olho até

seu ângulo medial (Fig. 28).

II. Sintomatologia

1. Sintomas principais

A. Cervical: dor; adormecimento ou formigamento na nuca; ombro e braço ao

longo do trajeto do meridiano.

B. Ouvidos: zumbido; surdez.

C. Garganta: dor; úlcera.

D. Intestino delgado: dor ao redor do umbigo; borborigmo; diarréia.

Page 232: Monografia Dalvacy Alves

231

2. Sintomas e sinais de excesso de energia: dor de garganta; dor e rigidez na nuca;

dor no ombro e braço; dor nos olhos.

3. Sintomas e sinais de depleção energética: borborigmo; diarréia; zumbido;

surdez; adormecimento ou formigamento do braço ao longo do trajeto do meridiano.

III. Os pontos do meridiano do intestino delgado

1. Shaoze (ID1): ponto Jin, pertence ao elemento Metal

Localização: no lado ulnar do dedinho da mão, 0,1 polegada ao lado ulnar do leito

ungueal (Fig. 29).

Aplicação: agulhar 0,1 polegada, ou por punção, para sangrar uma a duas gotas.

Indicações: dor de cabeça; rigidez e dor na nuca; dor de garganta; pterígio; surdez;

epistaxe; dor e paralisia do dedinho e antebraço; mastite; falta de leite pós-parto; apoplexia;

mania.

2. Quiangu (ID2): ponto Ying, pertence ao elemento Água

Localização: no lado ulnar do dedinho da mão, na frente da junta metacarpo-

falangeal, entre as peles clara e escura (Fig. 29).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,1-0,3 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: dor de cabeça; occipitalgia; dor na nuca; dor nos olhos; pterígio;

zumbido; epistaxe; sinusite; dor de garganta; dor no braço; epilepsia; mastite; falta de leite

pós-parto.

3. Houxi (ID3): ponto Shu, pertence ao elemento Madeira; ponto de Mãe

Localização: no lado ulnar da mão, atrás da junta metacarpo-falangeal do quinto

dedo, entro as peles clara e escura (Fig. 29).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,2-0,3 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Page 233: Monografia Dalvacy Alves

232

Indicações: conjuntivite; pterígio; epistaxe; rigidez e dor na nuca; occipitalgia; dor

nas costas; adormecimento no dedinho da mão; dor na perna; zumbido; surdez; epilepsia;

transpiração noturna; malária.

4. Wangu (mão) (ID4): ponto Xuan

Localização: no lado ulnar da borda da mão, na depressão entre os ossos quinto

metacarpo e triquetro (Fig. 29).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicação: artrite no braço, mão e dedos; dor de cabeça e nuca; rigidez na nuca;

zumbido; pterígio; febre e icterícia.

5. Yanggu (IDS): ponto Jing, pertence ao elemento Fogo

Localização: no lado ulnar do punho, na depressão entre o pisiforme e o processo

estilóide ulnar (Fig. 29).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: dor de dentes; dor de garganta; gengivite; estomatite; artrite no

têmporo-mandibular; zumbido; surdez; distúrbio mental.

6. Yanglao (ID6): ponto Xi

Localização: na fossa formada entre o dedão, o músculo carpo-ulnar e o processo

estilóide ulnar (Fig. 29).

Aplicação: agulhar, perpendicular ou obliquamente, 0,2-0,3 polegada; moxa, 15

minutos.

Page 234: Monografia Dalvacy Alves

233

Indicações: distúrbio da visão; paralisia no braço e mão; dor lombar; torsão no

tornozelo.

7. Zhizheng (ID7): ponto Lo

Localização: 5 polegadas acima do punho, no lado ulnar do músculo extensor

carpo-ulnar (Fig. 29).

Aplicação: agulhar 0,3-0,8 polegada; moxa, 15 minutos.

Indicações: rigidez na nuca; dor de cabeça; dor no braço e dedos; tontura;

distúrbio mental.

8. Xiaohai (ID8): ponto Ho, pertence ao elemento Terra; ponto de Filho

Localização: na fossa entre o olecrânio e o epicôndilo medial do úmero na borda

lateral do nervo radial (Figs. 29 e 30).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,2-0,3 polegada; moxa, 15 minutos.

Indicações: dor de cabeça; tontura; dor de dentes; gengivite; dor no ombro, braço,

antebraço e mão, no lado ulnar.

9. Jianzhen (ID9)

Localização: na região póstero-inferior da junta dos ombros, no lado póstero-

inferior do músculo teres maior; ao se colocar o braço perpendicularmente ao tronco, o ponto

fica no lado póstero-inferior do ombro, 1 polegada acima do ponto no fim da linha axilar (Fig.

30).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1,5 polegada; moxa, 15 minutos.

Indicações: bursite no ombro; dor no braço; zumbido; surdez; braquialgia.

10. Naoshu (ID10)

Localização: no lado posterior da junta do ombro, na borda do osso espinha-

escapular, em cima do músculo deltóide (Fig. 30).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 15 minutos.

Page 235: Monografia Dalvacy Alves

234

Indicações: bursite no ombro; braquialgia; hemiplegia; hipertensão.

11. Tianzong (ID11)

Localização: no centro da fossa infra-escapular entre o músculo infra-escapular,

com Naoshu (ID10) e Jianzhen (ID9) forma um triângulo equilátero (Fig. 30).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 15 minutos.

Indicações: braquialgia; dor no ombro, peito e costa; mastite; falta de leite pós-

parto; tosse.

12. Binfeng (ID12)

Localização: na fossa supra-escapular no ponto médio da linha entre os pontos

Quyuan (ID13) e Jugu (IG16), no lado superior do músculo supra-espinhoso (Fig. 30).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 15 minutos.

Indicações: tendinite; bursite do ombro; braquialgia.

13. Quyuan (ID13)

Localização: na borda superior da espinha-escapular onde há uma grande curva,

mais ou menos no ponto equidistante entre o ponto Binfeng (ID12) e a borda medial da

escapular dentro dos músculos supra-espinhoso e trapézio (Fig. 30).

Page 236: Monografia Dalvacy Alves

235

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 15 minutos.

Indicações: tendinite ou bursite no ombro; braquialgia.

14. Jianwaishu (ID14)

Localização: 3 polegadas laterais da linha central da vértebra; no nível horizontal

da borda inferior do processo espinhoso da primeira vértebra dorsal (Fig. 30).

Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 15 minutos.

Indicações: dor na nuca; torcicolo agudo ou crônico; dor nas costas e ombros;

braquialgia.

15. Jianzhongshu (ID15)

Localização: 2 polegadas para o lado da linha da espinha, ao nível da sétima

vértebra cervical, no lado do músculo levator escapular (Fig. 30).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 15 minutos.

Indicações: dor e rigidez na nuca, costa e ombro; torcicolo; bronquite; asma.

16. Tianchuang (ID16)

Localização: na borda posterior do músculo esterno-clidomastóideo, ao nível da

borda inferior da cartilagem tiróide (Fig. 31).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,6 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: torcicolo; dor e rigidez na nuca; dor de garganta; zumbido.

17. Tianrong (ID17)

Page 237: Monografia Dalvacy Alves

236

Localização: no lado anterior do músculo esterno-clidomastóideo, na borda

póstero-inferior do ângulo mandibular (Fig. 31).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,6 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: amigdalite; laringite; parotidite; voz rouca; dor na nuca; zumbido

surdez.

13. Quanliao (ID18)

Localização: na borda inferior do processo do osso zigomático maxilar no nível

inferior do nariz e na linha vertical da comissura lateral da pálpebra (Fig. 31).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: trigeminalgia; dor de dentes; paralisia facial.

19. Tinggong (ID19)

Localização: na frente do ouvido, na depressão logo atrás da junta mandibular

quando a boca está aberta (Fig. 31).

Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: zumbido; surdez; otite; voz rouca; afasia.

O meridiano da bexiga, Tai-Yang da perna

Este meridiano recebe a energia do meridiano do intestino delgado e a transmite

ao meridiano dos rins.

Sua natureza é Yang, apresentando-se acoplado ao meridiano dos rins que é Yin.

Pertence ao elemento Água; sua Mãe é do elemento Metal (o meridiano do intestino grosso) e

seu Filho é de Madeira (o meridiano da vesícula biliar).

Tem 67 pontos de cada lado.

I. Trajetória

Page 238: Monografia Dalvacy Alves

237

O meridiano da bexiga tem seu início no ângulo medial dos olhos, subindo pela

região frontal, parietal e occipital da cabeça. Tem um ramal que desce da região parietal para

o ouvido, retomando ao trajeto principal na fossa suboccipital.

Possui outro ramal que, saindo da parte mais alta e superficial da cabeça, se

introduz no cérebro, voltando ao trajeto principal na fossa suboccipital (no ponto Tianzhu

(B10)).

Da nuca, ao longo dos músculos paravertebrais, o trajeto principal desce pelas

costas até a região sacroílica, pela nádega, por trás da coxa, até a fossa poplítea. Há um ramal

nas costas que se liga aos rins e depois à bexiga, descendo pelo lado da virilha e por detrás da

coxa até o poplíteo.

Da nuca sai outro ramal, que, descendo pelo lado medial da omoplata e pelo lado

dos músculos ílio-costais até a nádega, liga-se com o meridiano da vesícula biliar no ponto

Huantiao (VB30); atrás da região trocanteriana, desce pelo lado do músculo bíceps femural

até o poplíteo.

Da fossa poplítea, o meridiano da bexiga desce entre os músculos atrás da perna

pelo lado do tendão de Aquiles e pela borda do maléolo lateral do pé, até a borda lateral do

quinto dedo do pé (Fig. 32).

II. Sintomatologia

1. Sintomas principais

A. Nuca e costas: lombalgia; dor nas costas; rigidez na nunca e costas; dor ciática;

dor na região ílio-sacra.

B. Dor de cabeça: frontal; parietal; occipital.

C. Nariz: obstrução nasal; coriza; distúrbio do olfato; epistaxe.

D. Olho: dor no olho; dor supra-orbital.

E. Sistema urinário: infecção; distúrbio da micção.

Page 239: Monografia Dalvacy Alves

238

2. Sintomas e sinais de excesso de energia: dor de cabeça; dor e rigidez na nuca;

dor aguda nas costas, lombar e na perna; febre; comportamento maníaco.

3. Sintomas e sinais de depleção energética-frio nas costas; dor nas costas com

irradiação para a perna; adormecimento ou formigamento da perna ao longo de seu trajeto.

III. Os pontos do meridiano da bexiga

1. Jingming (BI)

Localização: 0,1 polegada do lado médio superior do ângulo medial do olho.

Aplicação: agulhar, perpendicular ou obliquamente, 0,2-0,5 polegada, ao lado do

osso (Fig. 33).

Indicações: qualquer doença dos olhos, como conjuntivite, pterígio etc.

2. Zanzhu (B2)

Localização: na depressão medial do início da sobrancelha (Fig. 33).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,2-0,3 polegada ou obliquamente para

baixo ao longo da borda supra-orbital.

Indicações: dor de cabeça; tontura; doença dos olhos; paralisia fácial; sinusite e

rinite.

3. Meichong (B3)

Localização: em cima da linha vertical do ponto Zanzhu (B2); 0,5 polegada em

cima da linha do cabelo (Fig. 33).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada.

Indicações: dor de cabeça; tontura; obstrução nasal; distúrbio do olfato; excesso

de lacrimejamento; conjuntivite; problemas de visão; epilepsia; catarata.

4. Quchai (B4)

Localização: na linha vertical, 1,5 polegada lateral da linha central, 0,5 polegada

acima da linha do cabelo (Fig. 33).

Page 240: Monografia Dalvacy Alves

239

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada.

Indicações: dor de cabeça frontal; obstrução nasal; epistaxe; problemas de visão.

5. Wuchu (BS)

Localização: 0,5 polegada acima do Quchai (B4) (Fig. 33).

Aplicação: igual à do ponto Quchai (B4).

Indicações: dor de cabeça; perturbação da visão; epilepsia; tétano.

6. Chengguang (B6)

Localização: 1,5 polegada acima (ou atrás) do Wuchu (BS) (Fig. 33).

Aplicação: igual à do ponto Quchai (B4).

Page 241: Monografia Dalvacy Alves

240

Indicações: dor de cabeça; tontura; resfriado; distúrbio da visão; pterígio;

glaucoma; miopia.

7. Tungtian (B7)

Localização: 1,5 polegada posterior ao Chengguang (B6) (Fig. 33).

Aplicação: igual à do ponto Quchai (B4).

Indicações: dor de cabeça; sinusite; rinite; epistaxe; distúrbio do olfato; polipose

nasal; rigidez na nuca; tontura.

8. Luoque (B8)

Localização: 1,5 polegada atrás do Tungtian (B7) (Fig. 33).

Aplicação: igual à do ponto Tungtian (B7).

Indicações: dor de cabeça parietal; tontura ou vertigem; zumbidos; obstrução

nasal; paralisia facial; visão turva; glaucoma.

9. Yuzhcn (B9)

Localização: na lateral, 1,3 polegada da protuberância occipital (ao nível superior)

(Fig. 33).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada.

Indicações: cefaléia (occipital, parietal ou oftálmica); tontura; miopia; obstrução

nasal; distúrbio do olfato.

10. Tianzhu (B10)

Localização: no nível entre as espinhas da segunda e terceira vértebras, 1,3

polegada lateral da linha média dorsal, no lado da borda do músculo trapézio (Fig. 33).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada.

Indicações: dor de cabeça occipital; occipito-temporal; enxaqueca; dor na testa

(oftálmica); torcicolo; rigidez e dor na nuca; tonteira; vertigem; insônia; turvação da visão;

faringite; dor nas costas e ombros; obstrução nasal; distúrbio do olfato; rinite.

Page 242: Monografia Dalvacy Alves

241

11. Dashu (B11)

Localização: 1,5 polegada, na borda inferior da espinha, na primeira vértebra

dorsal (Fig. 34).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 15 minutos.

Indicações. gripe; resfriado; tosse; rigidez e dor na nuca; dor na costa, e ombros;

dor no joelho; dor de garganta.

12. Fengmen (B12)

Localização: 1,5 polegada, na borda inferior da espinha, na segunda vértebra

dorsal (Fig. 34).

Aplicação: igual à do ponto Dashu (B11).

Indicações: febre; cefaléia; tosse; rigidez na nuca; dor nas costas; pneumonia;

bronquite; urticária; sonolência.

13. Feisbu (B13)

Page 243: Monografia Dalvacy Alves

242

Localização: na linha vertical entre a linha central da espinha e a borda medial da

escápula, 1,5 polegada, no lado da linha central das costas, no nível da borda inferior do

processo espinhal da vértebra do terceiro dorsal (T3) (Fig. 34).

Aplicação: agulhar, 0,3-0,5 polegada; moxa, 15 minutos.

Indicações: tosse; pneumonia; bronquite; dispnéia; asma; tuberculose pulmonar;

dor nas costas; dermatite; prurido.

14. Jueyinsbu (B14)

Localização: na mesma linha do ponto Feishu (B13), no nível da borda inferior do

processo espinhal da vértebra (T4) (Fig. 34).

Aplicação: igual à do ponto Feishu (B13)

Indicações: dor no peito; nevralgia intercostal; dor de dentes; soluço; pericardite;

formigamento e frio na região distal dos membros.

15. Xinshu (B15)

Localização: no nível da borda inferior do processo espinhal da vértebra (T5) na

mesma linha vertical do ponto Feishu (B13) (Fig. 34).

Aplicação: igual a do ponto Feishu (B13).

Indicações: problemas do coração; náuseas e vômitos; dor no peito; ansiedade;

epilepsia; esquizofrenia; falta de memória.

16. Dushu (B16)

Localização: 1,5 polegada da linha central no nível da borda inferior processo

espinhal da vértebra (T6) (Fig. 34). Aplicação: igual à do ponto Feishu (B.13).

Indicações: endocardite; dor no peito (intercostalgia); dor no abdômem; soluço;

queda de cabelos; pruridos; borborigmo.

17. Geshu (B17)

Page 244: Monografia Dalvacy Alves

243

Localização: 1,5 polegada da linha central, no nível da borda inferior processo

espinhal da vértebra (T7) (Fig. 34).

Aplicação: igual à do ponto Feishu (B13).

Indicações: hemopatias (como problemas hemorrágicos, anemia); soluço; no

peito; dor de barriga; falta de apetite; náuseas; sonolência falta de ânimo; febre; suor noturno;

neurose; histeria; taquicardia; tuberculose pulmonar.

18. Ganshu (B18)

Localização: na mesma linha vertical do Geshu (B17), no nível da borda inferior

do processo espinhal da vértebra (T9) (Fig. 34).

Aplicação: igual à do ponto Feishu (B13).

Indicações: hepatite; hepatomegalia; cirrose; colecistite; problemas do tendão e

olho; dor nas costas; nevralgias; diabete; furunculose; linfoadenite; qualquer problema no

órgão genital; esquizofrenia.

19. Danshu (B19)

Localização: 1,5 polegada, no lado lateral da borda inferior do processo espinhal

da vértebra (T10) (Fig. 34).

Aplicação: igual à do ponto Ganshu (B18).

Indicações: hepatite; colecistite; dor nas costas; boca amarga; falta de apetite;

náuseas e vômito; tuberculose pulmonar.

20. Pishu (B20)

Localização: 1,5 polegada, lateral da linha central das costas, no nível da borda

inferior do processo espinhal da vértebra (T11) (Fig. 34).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 15-40 minutos.

Indicações: anorexia; dor no estômago; úlcera péptica; magreza; hepatite; cirrose;

dispepsia; regurgitamento; diarréia crônica; dissensão.

Page 245: Monografia Dalvacy Alves

244

21. Weishu (B21)

Localização: 1,5 polegada, lateral da borda inferior do processo espinhal da

vértebra (T12) (Fig. 34).

Aplicação: igual à do ponto Pishu (B20).

Indicações: gastralgia; úlcera péptica; dissensão gástrica; dispepsia; anorexia;

náuseas e vômito; regurgitação; borborigmo; magreza.

22. Sanjiaoshu (B22)

Localização: 1,5 polegada, lateral da borda inferior do processo espinhal da

vértebra (L1) (Fig. 34).

Aplicação: igual à do ponto Pishu (B20).

Indicações: diabete melito; anorexia; dispepsia; indigestão; diarréia; dissensão

abdominal; borborigmo; ascite; edema do corpo; oligúria; lombalgia.

23. Shenshu (B23)

Localização: 1,5 polegada, lateral da borda inferior do processo espinhal da

vértebra (L2) (Fig. 34).

Aplicação: agulhar, 0,5-1,5 polegada perpendicular ou obliquamente para o lado

lateral até o ponto Zhishi (BS1); moxa, 10-30 minutos.

Indicações: nefrite, infecção urogenital; enurese noturna; impotência; lombalgia;

edema; diabete melito; dismenorréia; neurastenia.

24. Quihaishu (B24)

Localização: 1,5 polegada, lateral da borda inferior do processo espinhal da

vértebra (L3) (Fig. 34).

Aplicação: igual à do ponto Shenshu (B23).

Indicações: lombalgia; hemorróida.

25. Dachangshu (B25)

Page 246: Monografia Dalvacy Alves

245

Localização: 1,5 polegada, lateral da borda inferior do processo espinhal da

vértebra (L4) (Fig. 34).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 15-30 minutos.

Indicações: lombalgia; dor de barriga; borborigmo; distensão abdominal; diarréia

ou constipação.

26. Guanyuansbu (B26)

Localização: 1,5 polegada, lateral da borda inferior do processo espinhal da

vértebra (L5) (Fig. 34).

Aplicação: igual à do ponto Dachangshu (B25).

Indicações: dissensão abdominal; diarréias; disúria; lombalgia. 27. Xiaochanshu

(B27)

Localização: 1,5 polegada, lateral da linha central das costas e no nível do

primeiro forame sacral posterior (Fig. 34).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 15-30 minutos.

Indicações: disenteria; hematúria; leucorréia; anexite; enurese; prostatite;

hemorróidas; dor nas juntas ílio-sacrais; lombalgia.

28. Pangguangshu (B28)

Localização: na borda lateral, 1,5 polegada do dorso (linha central das costas) no

nível do segundo forame posterior sacral (Fig. 34).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegáda; moxa, 30 minutos.

Indicações: qualquer problema da bexiga; enurese noturna; dor ou infecção do

órgão genital; disúria; dor lombar ou lombossacra; frieza dos membros; constipação.

29. Zunglushu (B29)

Localização: 1,5 polegada, lateral da linha central (Du-Mai), no nível do terceiro

forame posterior do sacro (Fig. 34).

Page 247: Monografia Dalvacy Alves

246

Aplicação: igual à do ponto Pangguangshu (B28).

Indicações: dor na região lombossacra e ciática; disenteria; hérnia.

30. Baihuanshu (B30)

Localização: 1,5 polegada, lateral da linha central (Du-Mai), no nível do quarto

forame posterior do sacro (Fig. 34).

Aplicação. igual à do ponto Pangguangshu (B28).

Indicações: dor na região sacroílica; dor ciática; disúria ou enurese; constipação;

leucorréia; menorragia; infecção urogenital.

31. Shangliao (B31)

Localização: no primeiro forame posterior do sacro; no meio das costas (Du-Mai)

e espinha posterior da região ilíaca (Fig. 34).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-1,5 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Indicações: distúrbio urogenital; distúrbio de micção e defecação; dor na região

lombossacra e joelho; dor ciática; leucorréia; dismenorréia; impotência.

32. Ciliao (B32)

Localização: no segundo forame posterior do sacro (Fig. 34).

Aplicação: igual à do ponto Shangliao (B31).

Indicações: iguais às do ponto Shangliao (B31).

B 40 =

Page 248: Monografia Dalvacy Alves

247

33. Zongliao (B33)

Localização: no terceiro forame posterior do sacro (Fig. 34). Aplicação: igual à do

ponto Shangliao (B31).

Indicações: iguais às do ponto Shangliao (B31).

34. Xialiao (B34)

Localização: no quarto forame posterior do sacro (Fig. 34).

Aplicação: igual à do ponto Shangliao (B31).

Indicações: iguais às do ponto Shangliao (B31).

35. Huiyang (B35)

Localização: 0,5 polegada lateral da linha central, no nível da borda inferior do

osso coccígeo (Fig. 34).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-1,5 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: dismenorréia e dor lombar; leucorréia; impotência; hemorróidas; dor

na perna.

36. Chengfu (B36)

Localização: no ponto médio da linha glútea; na borda inferior do músculo glúteo

máximo; na linha média vertical da coxa posterior (Figs. 34 e 35).

Aplicação: agulhar, 1-1,5 polegada, até a fáscia do músculo.

Indicações: dor ciática; hemorróidas; constipação; disúria; dor genital.

37. Yinmen (B37)

Localização: na linha média vertical da coxa posterior, entre os músculos bíceps

femural e semitendinoso, 6 polegadas acima da fossa poplítea (Fig. 35).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-2 polegadas.

Indicações: lombalgia e dor ciática; paralisia da perna; inchaço da perna.

38. Fuxi (B38)

Page 249: Monografia Dalvacy Alves

248

Localização: no lado mediar do músculo bíceps femural, 1 polegada acima do

Weiyang (B39) (Fig. 35).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada.

Indicações: cistite; disúria; constipação; dor na coxa, joelho e perna.

39. Weiyang (B39)

Localização: na fossa poplítea, na prega poplítea, no lado mediar do tendão do

músculo bíceps femural (Fig. 35).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-0,8 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: espasmo do músculo gastrocnêmio; dor lombar; prostatite ou

hipertrofia benigna da próstata; hemorróidas; inchaço na axila; comportamento maníaco.

40. Fufen (B40)

Localização: 3 polegadas, lateral da linha central (Du-Mai), no nível da borda

inferior na segunda espinha da vértebra (T2) (Fig. 34).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,8 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: dor e rigidez na nuca; braquialgia.

41. Pohu (B41)

Localização: 3 polegadas, lateral da linha central (Du-Mai), na linha vertical da

borda medial do osso escapular (omoplata), no nível da borda inferior da espinha da vértebra

(T3) (Fig. 34).

Aplicação: igual à do ponto Chengfu (B36).

Indicações: bronquite; asma; pleurite; dor e rigidez na nuca; dor nas costas e

ombro.

42. Gaohuangshu (B42)

Localização: 3 polegadas, lateral da linha central (Du-Mai), no nível da borda

inferior da espinha da vértebra (T4) (Fig. 34).

Page 250: Monografia Dalvacy Alves

249

Aplicação: obliquamente, 0,3-0,8 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Indicações: bronquite; tuberculose pulmonar; pleurite; nevralgia intercostal; dor

nas costas; fraqueza geral.

43. Shengtan (B43)

Localização: 3 polegadas, lateral da linha central (Du-Mai), no nível da borda

inferior da espinha da vértebra (TS) (Fig. 34).

Aplicação: igual à do ponto Chengfu (B36).

Indicações: tosse; asma; nevralgia intercostal; dor e rigidez nas costas.

44. Yixi (B44)

Localização: 3 polegadas, lateral da linha central, no nível da borda inferior da

espinha da vértebra (T6) (Fig. 34).

Aplicação: igual à do ponto Chengfu (B36).

Indicações: tosse; bronquite; dor nas costas e omoplatas; tontura; soluço;

pericardite.

45. Geguan (B45)

Localização: 3 polegadas, lateral da linha central, no nível da borda inferior da

espinha da vértebra (T7) (Fig. 34).

Aplicação: igual à do ponto Chengfu (B36).

Indicações. nevralgia intercostal; soluço; vômito; dor e rigidez nas costas; dor no

corpo; qualquer problema no sangue.

46. Hunmen (B46)

Localização: 3 polegadas, lateral da linha central, no nível da borda inferior da

espinha da vértebra (T9) (Fig. 34).

Aplicação: igual à do ponto Chengfu (B36).

Page 251: Monografia Dalvacy Alves

250

Indicações: moléstias do fígado; pleurite; endocardite; dispepsia; dor nas costas e

coração; dor de barriga e borborigmo; epigastralgia.

47. Yanggang (B47)

Localização: 3 polegadas, lateral da linha central, no nível da borda inferior da

espinha da vértebra (T10) (Fig. 34).

Aplicação: igual à do ponto Chengfu (B36).

Indicações: diarréia; dispepsia; icterícia; borborigmo; dor abdominal; cólica biliar.

48. Yishe (B48)

Localização: 3 polegadas, lateral da linha central, no nível da borda inferior da

espinha da vértebra (T11) (Fig. 34).

Aplicação: igual à do ponto Chengfu (B36).

Indicações: dissensão abdominal; dispepsia; hepatite; cólica biliar; diarréia; dor

nas costas; diabete melito; gastralgia.

49. Weitsang (B49)

Localização: 3 polegadas, lateral da linha central (Du-Mai), no nível da borda

inferior da espinha da vértebra (T12) (Fig. 34).

Aplicação. igual à do ponto Chengfu (B36).

Indicações: epigastralgia; vômitos; dissensão abdominal; constipação; dor lombar.

50. Huangmen (B50)

Localização: 3 polegadas, lateral da linha central (Du-Mai), no nível da borda

inferior da espinha da vértebra (L1) (Fig. 34).

Aplicação: igual à do ponto Chengfu (B36).

Indicações: epigastralgia (dor do estômago); constipação; mastite.

51. Zhishi (BS1)

Page 252: Monografia Dalvacy Alves

251

Localização: 3 polegadas, lateral da linha central (Du-Mai), no nível da borda

inferior da espinha da vértebra (L2) (Fig. 34).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-20 minutos.

Indicações: lombalgia; espermatorréia ou ejaculação precoce; impotência;

indigestão; edema do corpo; disúria; infecção na área genital.

52. Baohwang (B52)

Localização: 3 polegadas, lateral da linha central, no nível da segunda espinha do

sacro, na borda lateral da junta iliossacral (Fig. 34).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Indicações: dificuldade de evacuação e micção; paralisia da bexiga; inflamação

urogenital; lombalgia; dor ciática.

53. Zhibean (B53)

Localização: 3 polegadas, lateral da linha central (Du-Mai), no nível do quarto

forame posterior do sacro, na linha inferior da origem do músculo piriforme (Fig. 34).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-2 polegadas; moxa, 15-20 minutos.

Indicações: dor na região lombossacra; dor ciática; paralisia ou adormecimento da

perna; dor genital; paralisia da bexiga; cistite; disúria.

54. Weizhong (B54): ponto Ho, pertence ao elemento Terra; ponto de Mãe

Localização: no centro da fossa poplítea, na prega poplítea (Figs. 35 e 36).

Aplicação: agulhar 1-1,5 polegada; evitar moxibustão.

Indicações: dor ciática; lombalgia; paralisia da perna; dor no joelho; A.V.C;

hipertranspiração.

55. Heyang (B5): ponto Xi de sangue

Localização: 2 polegadas abaixo da prega poplítea (do ponto Weizhong (B54)),

entre a cabeça medial e lateral do músculo gastrocnêmio (Fig. 36).

Page 253: Monografia Dalvacy Alves

252

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Indicações: lombalgia; dor na perna; leucorréia; hérnia.

56. Chengjin (B56)

Localização: no meio entre os pontos Heyang (BSS) e Changshan (BS7); por

entre o músculo gastrocnêmio (Fig. 36).

Aplicação. agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Indicações: lombalgia; torção do músculo da perna; cãimbra; hemorróidas.

57. Chengshan (B57)

Localização: no meio entre os pontos Weizhong (BS4) e o calcanhar, 8 polegadas

abaixo do ponto Weizhong (B54) (Fig. 36).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Indicações: cãibra na perna; lombalgia; hemorróidas; torção da perna; anorexia.

58. Feiyang (B55): ponto Lo

Localização: 1 polegada abaixo do lado lateral do ponto Chengshan (BS7); 7

polegadas acima do calcanhar, no lado lateral do tendão do músculo gastrocnêmio (Fig. 36).

Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: lombalgia; dor na perna; epilepsias gota; oftalmalgia.

59. Fuyang (B59)

Localização: na borda lateral do tendão de Aquiles, 3 polegadas acima do maléolo

lateral do tornozelo (Fig. 36).

Page 254: Monografia Dalvacy Alves

253

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Indicações: dor na região lombossacra; cefaléia; torção ou artrite no tornozelo; dor

e fraqueza nas pernas.

60. Kunlun (B60): ponto Jing, pertence ao elemento Fogo

Localização: entre o tendão de Aquiles e a borda do maléolo lateral do tornozelo,

ao nível do ponto mais alto do maléolo (Fig. 36).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-0,8 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: dor de cabeça; rigidez na nuca; lombalgia; dor ciática; dor no cóccix;

dor e inchaço no tornozelo; distúrbio do parto.

61. Pushen (B61)

Localização: 1,5 polegada inferior e posterior do maléolo externo, abaixo do

ponto Kunlun (B60) (Fig. 36).

Aplicação. agulhar 0,3-0,5 polegada.

Indicações: dor no calcanhar; fraqueza ou paralisia da perna; lombalgia; epilepsia.

62. Shenmai (B62)

Localização: 0,5 polegada abaixo do maléolo externo, na depressão inferior do

maléolo (Fig. 36).

Aplicação. agulhar 0,3-0,5 polegada.

Page 255: Monografia Dalvacy Alves

254

Indicações: dor de cabeça; dor lombossacra; dor e inchaço no tornozelo; epilepsia;

tontura e vertigem.

63. Jinmen (B63): ponto Xi

Localização: no lado anterior e posterior do ponto (B62), na depressão posterior

da articulação calcâneo-cubóide (Fig. 36).

Aplicação: agulhar 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos. Indicações: epilepsia;

vertigem; surdez; dor no calcanhar.

64. Jinggu (B64): ponto Yuan

Localização: na borda posterior e inferior da tuberosidade do quinto metatarso

(Fig. 36).

Aplicação: igual à do ponto Shugu (B65).

Indicações: dor nas costas e pernas; tontura; vertigem; epilepsia; cefaléia; rigidez

e dor na nuca.

65. Shugu (B65): ponto Shu, pertence ao elemento Madeira

Localização: na borda póstero-inferior da articulação do quinto metatarso-

falangeal do pé, no limite das epidermes dorsal e plantar (Fig. 36).

Indicações: dor de cabeça e nuca; rigidez na nuca; dor lombar; dor na perna; dor

na região oftalmo-frontal; conjuntivite; hemorróidas; epilepsia.

66. Tonggu (B66): ponto Ying, pertence ao elemento Água

Localização: na depressão anterior e inferior da articulação do quinto metatarso-

falangeal do pé (Fig. 36).

Aplicação: agulhar 0,1-0,3 polegada.

Indicações: dor de cabeça; epistaxe; tontura; dispepsia.

67. Zhiyin (B67): ponto Jin, pertence ao elemento Metal

Page 256: Monografia Dalvacy Alves

255

Localização: 0,1 polegada na borda lateral e proximal do ângulo ungueal do

quinto dedo do pé (Fig. 36).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,1-0,2 polegada, ou agulhar para sangrar;

moxa, 10-20 minutos; não aplicar moxa em mulheres grávidas.

Indicações: má posição do feto; dificuldade de parto; alergia na pele ou urticária;

coceira na pele; cefaléia e dor na perna; comportamento maníaco.

O meridiano dos rins, o Chao-Yin da perna

Sendo Yin, este meridiano se apresenta acoplado ao meridiano da bexiga, Yang,

de quem recebe a energia que, posteriormente, transmite ao meridiano do pericárdio.

Em relação aos cinco elementos, é de Água; sua Mãe é o meridiano do pulmão

(Metal) e seu Filho o meridiano do fígado (Madeira).

Tem 27 pontos de cada lado.

1. Trajetória

O meridiano dos rins começa na planta do pé e ascende, pelo lado ínfero-medial

da cabeça do primeiro metatarso, seguindo pelo lado medial do osso cubóide, região póstero-

inferior do maléolo medial e ao longo da borda medial do músculo gastrocnêmio, na região

póstero-medial do joelho e, medialmente à coxa, ao longo dos músculos adutor e grácil, entre

a pélvis e ventralmente às vértebras até o rim.

O trajeto tem seu início no rim, desce pelo lado do músculo psoas até a pélvis e a

bexiga. Saindo da pélvis, corre ao longo do lado medial do músculo reto-abdominal (ao lado

da linha alba) e do externo até a frente do pescoço.

Há um ramal que sai do rim, sobe, passando pelo diafragma e segue paralelo ao

pulmão, ao longo da traquéia e da garganta, até a raiz da língua.

Page 257: Monografia Dalvacy Alves

256

Outro ramal sai do pulmão, une-se ao coração e, passando pelo peito, liga-se ao

pericárdio, de onde transmite energia ao meridiano do pericárdio (Fig. 37).

11. Sintomatologia

1. Sintomas principais

A. Resistência geral. cansaço; pouca resistência; queda do nível da ambição; boca

e garganta secas.

B. Adrenal e genital-impotência; esterilidade; distúrbio do crescimento; tendência

à velhice; hiperpigmentação.

C. Ossos e cérebro: distúrbio de desenvolvimento de dentes e ossos; instabilidade

dos dentes; retardamento mental; esquizofrenia.

D. Cabelo: queda ou ausência de cabelo; falta de brilho no cabelo.

E. Ouvido: zumbido; surdez; vertigem.

F. Distúrbios urogenitais: formação de cálculos; oligúria ou poliúria.

2. Sinais e sintomas de excesso de energia: sede e ardência na boca; dissensão

abdominal; diarréia.

3. Sinais e sintomas de depleção energética. espermatorréia; impotência;

lombalgia; frio nos ombros; queda de cabelos; enfraquecimento dos dentes; zumbido ou

dificuldade de audição; oligúria; edema e ascite; insônia; distúrbio mental.

III. Os pontos do meridiano dos rins

1. Yongguan (R1): ponto Jin, pertence ao elemento Madeira; ponto de Filho

Localização: na planta do pé, posteriormente às articulações metatarso-falangeais,

entre o segundo e o terceiro metatarsos (Fig. 38).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: cefaléia parietal; metatarsalgia; tontura; vertigem; coma; convulsão

infantil; comportamento maníaco (fobia); insônia; nefrite; uremia; diabete.

Page 258: Monografia Dalvacy Alves

257

2. Rangu (R2): ponto Ying, pertence ao elemento Fogo

Localização: na borda ântero-inferior do osso navicular do pé (Fig. 38).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada.

Page 259: Monografia Dalvacy Alves

258

Indicações: dor no pé; laringite; hipertranspiração noturna; prostatite; distúrbios

dos órgãos genitais; impotência; menstruação irregular; tétano de recém-nascido; cistite;

diabete melito.

3. Taixi (R3): ponto Shu, pertence à Terra

Localização: entre a borda posterior do maléolo medial e o tendão de Aquiles

(Fig. 3 8).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada, ou 0,3-0,5 polegada

obliquamente ao lado posterior do maléolo.

Indicações: dor de dentes; laringite; estomatite; mastite; impotência; dismenorréia;

dor na perna, tornozelo e pé; frio nos ombros; malária; nefrite; metatarsalgia.

4. Dazhong (R4): ponto Lo

Localização: 0,5 polegada abaixo do ponto Taixi (R3), na frente do tendão de

Aquiles (Fig. 38).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,2-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: estomatite; laringite; asma; hipertrofia prostática; lombalgia; dor no

calcanhar; constipação; sonolência e preguiça.

5. Shuiguan (RS): ponto Xi

Localização: na borda posterior do maléolo medial, 1 polegada abaixo do ponto

Taixi (R3), na depressão ântero-superior do lado medial do tubérculo do calcânco (Fig. 38).

Aplicação: igual à do ponto Dazhong (R4).

Indicações: Itucorréia; prolapso uterino; endometrite; menstruação irregular;

diurese; miopia.

6. Zhaohai (R6)

Localização: na depressão entre o maléolo medial e o osso tálus; 0,4 polegada

inferior da borda do maléolo medial (Fig. 38).

Page 260: Monografia Dalvacy Alves

259

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,2-0,5 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Indicações: menstruação irregular; prolapso uterino; amigdalite; constipação;

cólica abdominal; diarréia crônica de madrugada; insônia.

7. Fuliu (R7): ponto Jing, pertencente ao Metal; ponto de Mãe

Localização: 2 polegadas acima do Taixi (R3); na borda ântero-medial do

músculo sólium (Fig. 38).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 15-30 minutos.

Indicações: inchaço dos membros; edema; ascite; hipertranspiração noturna;

lombalgia; nefrite; orquite; uretrite.

8. Jiaoxin (RS): ponto Xi

Localização: 2 polegadas acima do Taixi (R3), 0,5 polegada na frente do Fuliu

(R7), na borda posterior da tíbia (Fig. 38).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente; 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Indicações: menstruação irregular; menorragia funcional; prolapso uterino;

disenteria; constipação; orquite; uretrite.

9. Zhubin (R9): ponto Xi

Localização: 5 polegadas acima do ponto Taixi (R3), na borda ântero-medial do

músculo sólium (Fig. 38).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: espasmo do músculo sólium e gastrocnêmio; comportamento

maníaco; epilepsia; desintoxicação.

10. Yingu (R10): ponto Ho, pertence ao elemento Água

Localização: no lado medial da prega poplítea, entre os músculos semitendinoso e

semimembranoso (Fig. 38).

Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Page 261: Monografia Dalvacy Alves

260

Indicações: dor no joelho; edema na perna; ascite; distúrbio urogenital; disúria;

hemorragia uterina; dor genital; comportamento maníaco.

11. Henggu (R11)

Localização: na borda superior do osso púbico; 0,5 polegada lateralmente à linha

central (Fig. 39).

Aplicação: moxa, 15 minutos; evitar a agulha.

Indicações: problemas nos órgãos genitais; disúria; conjuntivite; impotência

12. Dahe (R12)

Localização: 1 polegada acima do ponto Henggu (R11), 0,5 polegada no lado do

ponto Zhongji (RM3), na linha central (Fig. 39).

Aplicação: agulhar, 0,3 -0,5 polegada, até a fáscia do músculo reto-abdominal;

moxa, 10-15 minutos.

Indicações: dor nos órgãos genitais; disúria; uretrite; cistite; conjuntivite;

lombalgia; espermatorréia; impotência; hérnia direta.

13. Qixue (R13)

Localização: 2 polegadas acima da borda suprapúbica (3 polegadas abaixo do

nível umbilical) e 0,5 polegada no lado lateral da linha central do abdômen, na borda medial

do músculo reto-abdominal (Fig. 39).

Aplicação: igual à do ponto Dahe (R12).

Indicações: distúrbio dos órgãos genitais; menstruação irregular; esterilidade;

diarréia.

14. Siman (R14)

Localização: 1 polegada acima do ponto Qixue (R13); 0,5 polegada no lado do

ponto Shimen (RMS) (Fig. 39).

Aplicação: igual à do ponto Qixue (R13).

Page 262: Monografia Dalvacy Alves

261

Indicações: menorragia; dismenorréia; menstruação irregular; esterilidade;

uretrite; cistite; dor abdominal no umbigo; conjuntivite.

15. Zhongzhu (abdominal) (R15)

Localização: 1 polegada abaixo do nível do umbigo; 0,5 polegada no lado da linha

central (Fig. 39).

Aplicação: igual à do ponto Siman (R14)

Indicações: menstruação irregular; dor abdominal; constipação; conjuntivite.

16. Huangshu (R16)

Localização: 0,5 polegada na linha lateral do umbigo, na borda mediar do

músculo reto-abdominal (Fig. 39).

Aplicação: igual à do ponto Siman (R14)

Indicações: cólica periumbilical; constipação; hérnia.

17. Shanggu (R17)

Localização: 2 polegadas acima do Huangshu (R16) (Fig. 39).

Aplicação: igual à do ponto Siman (R14).

Indicações: cólica abdominal; constipação; dor no estômago; anorexia.

18. Shiguan (R18)

Localização: 3 polegadas acima do Huangshu (R16); 0,5 polegada no lado lateral

do Jianli (RM11) (Fig. 39).

Aplicação: igual à do ponto Huangshu (R16).

Indicações: dor no estômago; soluço; esterilidade; dor uterina pós-parto;

constipação.

19. Yindu (R19)

Localização: 4 polegadas acima do ponto Huangshu (R16); 0,5 polegada do lado

lateral do Zhongwan (RM12) (Fig. 39).

Page 263: Monografia Dalvacy Alves

262

Aplicação: igual à do ponto Huangshu (RM16).

Indicações: dor no estômago; soluço; esterilidade; dor uterina pós-parto;

constipação; dissensão abdominal; icterícia.

20. Tonggu (abdômen) (R20)

Localização: 5 polegadas acima do ponto Huangshu (R16); 0,5 polegada no lado

da linha central (Fig. 39).

Aplicação: igual à do ponto Huangshu (R16).

Indicações: dor no estômago; dissensão abdominal; vômito; dispepsia; preguiça.

21. Youmen (R21)

Page 264: Monografia Dalvacy Alves

263

Localização: 6 polegadas acima do Huangshu (R16); 0,5 polegada no lado lateral

do Juiue (RM14) (Fig. 39).

Aplicação: igual à do ponto Huangshu (R16).

Indicações: dor no estômago; dissensão abdominal; vômito; dispepsia; preguiça;

nevralgia intercostal; hepatite.

22. Bulang (R22)

Localização: no quinto espaço intercostal; 2 polegadas lateralmente à linha central

do corpo (Fig. 39).

Aplicação: Agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada até a fáscia do

músculo; moxa, 15 minutos.

Indicações: nevralgia intercostal; pleurite; bronquite; náusea; vômito.

23. Shenfeng (R23)

Localização: no quarto espaço intercostal; 2 polegadas lateralmente à linha

central, na borda do osso esterno (Fig. 39).

Aplicação. igual à do ponto Bulang (R22).

Indicações: iguais às do ponto Bulang (R22).

24. Lingxi (R24)

Localização: no terceiro espaço intercostal; 2 polegadas lateralmente à linha

central (Fig. 39).

Aplicação: igual à do ponto Bulang (R22).

Indicações: bronquite; tosse; dor intercostal; mastite; vômito; obstrução nasal

25. Shentsang (R25)

Localização: no segundo espaço intercostal entre a segunda e a terceira costelas; 2

polegadas lateralmente à linha central (Fig. 39).

Aplicação: igual à do ponto Bulang (R22).

Page 265: Monografia Dalvacy Alves

264

Indicações: tosse; asma; bronquite; pleurite; dor intercostal; dispnéia; pneumonia;

soluço; vômito.

26. Yuzhung (R26)

Localização: no primeiro espaço intercostal; 2 polegadas lateralmente à linha

central da borda lateral do esterno (Fig. 39).

Aplicação. igual à do ponto Bulang (R22).

Indicações: pneumonia; asma; bronquite; dor intercostal; pleurite.

27. Shufu (R27)

Localização: na depressão entre a clavícula e a primeira costela lateralmente à

cabeça do esterno (Fig. 39).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Indicações: pneumonia; bronquite; asma; pleurite; dor intercostal; braquialgia;

dispnéia; vômito.

O meridano do pericárdio, Jue-Yin do braço

O meridiano do pericárdio é Yin. Recebe energia do meridiano dos rins,

transmitindo-a ao meridiano do triplo-aquecedor Yang, ao qual está acoplado.

Em relação aos elementos, este meridiano é de Fogo, de Yin no período de outono

e inverno, e de Água durante a primavera e verão.

Tem nove pontos de cada lado.

1. Trajetória

A energia deste meridiano começa no peito; descendo, passa pelo diafragma e se

liga a todas as partes do triplo-aquecedor.

Um ramal sai do ponto central da axila e corre ao longo da borda medial do

músculo bíceps do braço, entre o meridiano do pulmão e do coração, até o lado medial do

Page 266: Monografia Dalvacy Alves

265

cotovelo. Desce, então, ao longo dos tendões do músculo longo da palma e do músculo flexor

carpo-radial da mão. Na mão, ele passa entre o terceiro e o quarto metacarpos, no terceiro

dedo.

Há um ramal da mão que liga ao quarto dedo (Fig. 40).

II. Sintomatologia

1. Sintomas principais

A. Circulatório (vascular): dor no coração; rubor e calor no rosto; calor na palma

da mão; aperto no peito; palpitação.

B. Psicossomático: dissensão abdominal; irritabilidade; ansiedade.

C. Mental: Riso incontrolável; desconcentração; deleção; retardamento.

D. Braços: dor e adormecimento no braço ao longo do trajeto do meridiano.

2. Sintomas e sinais de excesso de energia: calor e vermelhidão facial; opressão

no peito; dor na axila; convulsão infantil; ansiedade; riso incontrolável; dor no coração.

3. Sintomas e sinais de depleção energética: palpitação; vexação;

desconcentração; retardamento.

III. Os pontos do meridiano do pericárdio

1. Tianchi (PC1)

Localização: no quarto espaço intercostal; 1 polegada para o lado do mamilo, 3

polegadas abaixo da axila (Fig. 41).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Indicações. opressão no peito; asma; tosse; dor intercostal; mastite.

2. Tianquan (PC2)

Localização: no lado medial do braço, entre as-duas cabeças do músculo bíceps do

braço; 2 polegadas abaixo da dobra axilar (Fig. 41).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Page 267: Monografia Dalvacy Alves

266

Indicações: dor no peito; dor no coração; palpitação; soluço; dor no braço.

3. Quze (PC3): ponto Ho, pertence ao elemento Água

Localização: no meio da prega cubital do cotovelo, no lado ulnar do músculo.

bíceps (Figs. 41 e 42).

Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: angina pectoris; palpitação; tosse e vâmito; tremor nos braços; febre;

coma.

4. Ximen (PC4)

Localização: 5 polegadas acima da prega do punho, entre os tendões do músculo

palmar longo e do músculo flexor carpo-radial (Fig. 42).

Page 268: Monografia Dalvacy Alves

267

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; mõxa, 15 minutos.

Indicações: opressão no peito; dor no coração; náuseas e vômitos; pleurite;

mastite; furunculose; depressão e ansiedade; vexação; pericardite; amigdalite.

5. Jianshi (PCS): ponto Jing, pertence ao elemento Metal

Localização: 3 polegadas acima da prega do punho, entre os tendões dos músculos

palmar longo e flexor carpo-radial (Fig. 42).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Indicações: palpitação; angina pectoris; cpigastralgia; náusea e vômito; depressão

e ansiedade; dor na garganta; voz rouca; malária; escabiose; inchaço e rigidez no braço;

epilepsia; distúrbio mental.

6. Neiguan (PC6): ponto Lo

Localização: 1 polegada abaixo do ponto jianshi (PCS); 2 polegadas acima do

punho, entre os tendões dos músculos palmar longo e flexor carpo-radial (Fig. 42).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Indicações: dor no coração; pressão no peito; palpitação; ansiedade; histeria;

epilepsia; insônia; soluço; febre; icterícia; dor no braço.

7. Daling (PC7): ponto Shu, pertence ao elemento Madeira

Localização: no meio da prega do punho no lado palmar, entre os múscu palmar

longo e flexor carpo-radial (Fig. 42).

Aplicação: agulhar 0,2-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: insônia; ansiedade; depressão; opressão no peito; palpitação; no

coração; dermatite na palma; artrite no punho; halitose; hiperidrose palmar.

8. Laogong (PCS): ponto Xing, pertence ao elemento Fogo

Localização: na palma, na região próxima da articulação metacarpo-falangeal

entre o terceiro e o quarto metacarpos (Fig. 42).

Page 269: Monografia Dalvacy Alves

268

Aplicação: agulhar 0,2-0,5 polegada.

Indicações: dor no coração; sede e calor; estomatite, icterícia; anorexia; soluço;

ansiedade; depressão; preguiça e cansaço; dermatite palmar; prurido.

9. Zhongchong (PC9): ponto Jing

Localização: 0, 1 polegada acima do leito ungueal da terceira falange distal, no

lado ulnar (Fig. 42).

Aplicação: agulhar 0,1-0,2 polegada; ou pungir para sangrar uma a uma a duas

gotas.

Indicações: angina pectoris; febre; pericardite; apoplexia; coma; dor na língua.

O meridiano do triplo-aquecedor, Shao-Yang do braço

Este meridiano é de natureza Yang, e vem acoplado ao meridiano pericárdio de

Yin, que lhe fornece energia transmitindo-a ao meridiano vesícula biliar.

Em relação aos cinco elementos, é Fogo de Yang durante o outono e inverno, e

Água na primavera e verão.

Tem 23 pontos de cada lado.

I. Trajetória

Este meridiano começa no ponto do quarto dedo da mão, sobe pelo lado dorsal da

mão, entre o quarto e o quinto metacarpos, passa pelo punho meio do lado dorsal do punho e

do antebraço, entre os ossos rádio e ulnar.

Sobe, passa pelo olécrano (no lado radial) e lado radial do músculo tríceps no lado

posterior do ombro.

O trajeto passa atrás do ombro, sobe pela supra-escapular e atrás da nuca da região

auricular até a região lateral do supercílio, onde se liga meridiano da vesícula biliar.

Page 270: Monografia Dalvacy Alves

269

Há um ramal que sai da supraclavicular, entra no tronco do corpo, desce pelo

mediastino e se liga ao pericárdio e à pleura. Descendo, passa pelo diafragma indo até a

cavidade abdominal, ligando-se ao peritônio e à serosa intestinal, visceral e pélvica.

O ramal do pulmão (pleura) sobe pela nuca, ao longo da borda posterior da orelha

na região temporal, desce até a região maxilar, alcançando então a região infra-orbital (Fig.

43).

II. Sintomatologia

1. Sintomas principais

A. No ouvido: zumbido; vertigem; dor.

B. Relacionados com o pulmão e o coração (aquecedor superior): transpiração

espontânea; tosse; dor na faringe; língua rígida; membros frios; má disposição;

desconcentração.

C. Relacionados com o gastrointestino e baço-pâncreas (aquecedor médio): muito

calor e suor à tarde; anorexia; náusea; dissensão abdominal; desequilíbrio hídrico; alteração

mental.

D. Relacionados com o órgão urogenital: polidipsia; edema; oligúria; disúria;

frigidez; ascite; distúrbio genital.

2. Sintomas de excesso de energia: dor ao longo do meridiano; dor na faringe;

dissensão abdominal; disúria; surdez.

3. Sintoma de depleção energética: transpiração espontânea; vertigem; zumbido e

surdez; mãos frias e entorpecidas.

III. Os pontos do meridiano triplo-aquecedor

1. Guanchung (TA1): ponto Jin, pertence ao elemento Metal

Localização: no lado ulnar, 0, 1 polegada do ângulo ungueal do dedo anular

(quarto dedo da mão) (Fig. 44).

Page 271: Monografia Dalvacy Alves

270

Aplicação: agulhar 0,1 polegada; sangrar uma ou duas gotas.

Indicações: dor de cabeça; dor de garganta; febre; zumbido; pterígio; boca seca;

úlcera na língua; coma; apoplexia.

2. Yemen (TA2): ponto Ying, pertence ao elemento Água

Localização: entre os dedos quarto e quinto, à frente da articulação metacarpo-

falangeal, no limite da derme dorsal e palmar (Fig. 44).

Aplicação. agulhar, obliquamente, 0,2-0,5 polegada.

Indicações: cefaléia; pterígio; conjuntivite; zumbido; dor na garganta; gengivite;

malária; febre; ausência de sudorese.

3. Zongzhu (TA3): ponto Shu, pertence ao elemento Madeira; ponto de Mãe no

outono e no inverno, e ponto de Filho na primavera e no verão

Localização: no lado dorsal da mão, na fossa posterior metacarpo-falangeal entre

o quarto e quinto metacarpos (Fig. 44).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,2-0,5 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Indicações: zumbido; surdez; cefaléia; dor na garganta, parotidite, braquialgia; dor

nas costas; adormecimento na mão e nos dedos.

4. Yangchi (TA4): ponto Yuan

Localização: no lado dorsal do punho, na depressão no meio da dobra dorsal do

punho, entre os tendões dos músculos extensor digital comum e extensor digital do quinto

dedo (Fig. 44).

Page 272: Monografia Dalvacy Alves

271

Page 273: Monografia Dalvacy Alves

272

Aplicação: agulhar 0,3-0,5 polegada.

Indicações: dor no punho; excesso de pêlo na mulher; boca seca; diabete melito;

malária; vômito durante a gravidez.

5. Waiguan (TAS): ponto Lo

Localização: 2 polegadas acima da dobra dorsal do punho, entre os tendões do

músculo extensor digital comum e o músculo dígito quinto-próprio (Fig. 44).

Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Indicações: cefaléia; dor na nuca; dor no braço; adormecimento e paralisia dos

dedos; dor intercostal; zumbido; surdez.

6. Zhigou (TA6): ponto Jing, pertence ao elemento Fogo

Localização: 1 polegada acima do ponto Waiguan (TAS), entre os tendões do

músculo extensor digital comum e o músculo dígito quinto-próprio (Fig. 44).

Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Indicações: nevralgia intercostal; constipação; dor no ombro e braço; pericardite e

pleurite.

7. Huizong (TA7): ponto Xi

Localização: no lado ulnar do Zhigou (TA6), na borda radial do músculo extensor

carpo-ulnar (Fig. 44).

Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Indicações: dor no braço; surdez; epilepsia.

8. Sanyangluo (TAS)

Localização: 1 polegada acima do Zhigou (TA6), entre os músculos extensores

comuns dos dedos e o quinto-próprio do dedo (Fig. 44).

Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Indicações: dor no braço; laringite; rouquidão; surdez; gota.

Page 274: Monografia Dalvacy Alves

273

9. Sidu (TA9)

Localização: 5 polegadas distal do cotovelo, entre os músculos extensores comuns

dos dedos e extensor ulnar do carpo (Fig. 44).

Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: rouquidão; laringite; tendinite; dor no antebraço.

10. Tianjing (TA10): ponto Ho, pertence ao elemento Terra; ponto de Mãe

durante a primavera e verão, e ponto de Filho no outono e inverno

Localização: na depressão acima do olécrano, na borda do tendão tríceps braquial

(Fig. 45).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,7 polegada; moxa, 10-20 minutos.

Indicações: dor no cotovelo; furunculose no braço; linfadenite; dor de cabeça e na

nuca; surdez; dor de garganta.

11. Quinglengyuan (TA11)

Localização: 2 polegadas acima do olécrano, na borda do tendão tríceps braquial

(Fig. 45).

Aplicação: igual à do ponto Tianjing (TA10).

Indicações: dor no cotovelo, braço, ombro e olhos.

12. Xiaoluo (TA12)

Localização: no ponto médio entre os pontos Quinglengyuan (TA1 1) e Naohui

(TA13) (Fig. 45).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,7 polegada; moxa, 10-20 minutos.

Indicações: dor na cabeça; dor na nuca e no braço.

13. Naohui (TA13)

Localização: no lado póstero-lateral do ombro, na borda inferior do músculo

deitóide, 3 polegadas abaixo do Jianliao (TA14) (Fig. 45).

Page 275: Monografia Dalvacy Alves

274

Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Indicações: bursite ou periartrite no ombro; dor no braço.

14. Jianliao (TA14)

Localização: na depressão entre o acrômico e o tubérculo maior do húmero, na

borda do tendão infra-espinhal (Fig. 45).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 15 minutos.

Indicações: bursite; periartrite ou tendinite no ombro.

15. Tianliao (TA15)

Localização: na fossa supra-escapular, entre Quyuan (ID13) e jianjing (VB21)

(Fig. 46).

Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Indicações: braquialgia; dor e rigidez na nuca; dor no ombro.

16. Tianyou (TA16)

Localização: no lado posterior e inferior do processo mastóide na borda posterior

lateral do músculo esterno-elidomastóideo; entre Tianzhu (BlO) e Tianrong (ID17) (Fig. 46).

Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Indicações: cefaléia; edema facial; dor e rigidez na nuca; surdez; trigeminalgia.

17. Yifeng (TA17)

Page 276: Monografia Dalvacy Alves

275

Localização: na depressão póstero-inferior da orelha, entre a mandíbula e o

processo mastóide (Fig. 46).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1,5 polegada.

Indicações: surdez; zumbido; otite; paralisia facial; trigeminalgia; periartrite

têmporo-mandibular; parotidite.

18. Qimai (TA18)

Localização: atrás do lóbulo da orelha, no ponto proeminente do processo

mastóideo; onde há veia (Fig. 46).

Aplicação. agulhar para sangrar uma ou duas gotas.

Indiçações: zumbido; surdez; paralisia facial; dor de cabeça.

19. Luxi (TA19)

Localização: 1 polegada acima do Qimai (TA18) (Fig. 46).

Aplicação: agulhar para sangrar uma ou duas gotas.

Indicações: zumbido; surdez; paralisia facial; dor de cabeça.

20. Jiaosun (TA20)

Localização: o ponto encontra-se acima da borda superior do pavilhão auricular na

margem do cabelo, no ponto superior, dobrando a orelha em sentido anterior (Fig. 46).

Aplicação. agulhar, perpendicularmente, 0,1-0,2 polegada.

Indicações: orelha vermelha e inchada; gengivite; dor de dentes; pterígio.

21. Ermen (TA21)

Localização: ao abrir a boca, no centro da depressão, na frente do trago orelha

(Fig. 46).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada.

Indicações: surdez; zumbido; gtite média; gengivite; dor de dentes.

22. Holiao (TA22)

Page 277: Monografia Dalvacy Alves

276

Localização: na região anterior da orelha, no limite póstero-inferior cabelos (Fig.

46).

Aplicação: agulhar 0,1-0,3 polegada.

Indicações: cefaléia; zumbido; conjuntivite; coma; paralisia facial.

23. Sizhukong (TA23)

Localização: na depressão lateral e superior dos cílios, acima do fim c

sobrancelhas (Fig. 46).

Aplicação: agulhar 0,3-0,5 polegada.

Indicações: qualquer problema dos olhos; enxaqueca; otalgia.

O meridiano da vesícula biliar, o Chao-Yang das pernas

Este meridiano é de natureza Yang, acoplado ao meridiano do fígado que é de

Yin. Recebe energia do meridiano do triplo-aquecedor, transmitindo-o ao meridiano do

fígado.

Em relação aos cinco elementos, é Madeira de Yang, sendo sua Mãe o meridiano

da bexiga (Água) e seu Filho o meridiano do intestino delgado (Fogo).

Possui 44 pontos de cada lado.

1. Trajetória

O meridiano da vesícula biliar começa no ângulo lateral do olho, sobe para a

região temporal, desce por trás do ouvido, ao longo do lado da nuca pela frente do meridiano

triplo-aquecedor até a fossa supra-clavicular.

Há um ramal que passa por trás e entra no ouvido, saindo pela frente da orelha no

ângulo lateral do olho. Desse mesmo ponto, sai outro ramal que desce pelo lado medial da

mandíbula, atravessa a região maxilar inferior do olho, e desce pelo pescoço até atingir a fossa

supraclavicular. A seguir, acompanhado do outro ramal, desce pelo mediastino, passa pelo

Page 278: Monografia Dalvacy Alves

277

diafragma e liga-se com o fígado e a vesícula biliar. Saindo da vesícula biliar, desce pelo lado

lateral do abdômen e atinge a região inguinal e vira por trás, na região trocantérica.

O meridiano principal sai do ângulo lateral do olho, passa na frente da orelha pela

lateral da cabeça, e desce pela lateral do músculo trapézio na região supra-escapular. Segue

pela frente do ombro, ao lado do peito, desce pelo lado do tronco na região trocantérica,

ligando-se com o meridiano da bexiga na região da nádega. Desce pela borda lateral da coxa,

perna e pela parte ântero-lateral do tornozelo até o lado dorsal do pé, passando entre o quarto

e o quinto metatarsos no quarto dedo do pé.

Há outro ramal que se separa no lado dorsal do pé, passa entre o primeiro e o

segundo metatarsos até o lado dorsal do dedão do pé e liga-se com o meridiano do fígado

(Fig. 47).

II. Sintomatologia

1. Sintomas principais

A. Dor ao longo do trajeto do meridiano: enxaqueca (dor têmporo-oftálmica); dor

no ouvido; occipitalgia; dor na nuca; dor na axila, dor no quadril, coxa e perna.

B. No olho: perturbação da visão; conjuntivite.

C. No ouvido: vertigem; surdez.

D. Distúrbio do fígado e da vesícula biliar: icterícia; frio e febre; dor na reborda

costal; boca amarga.

E. Mental: insônia; ansiedade; irritabilidade; irascibilidade; fobia; suspiros

freqüentes.

2. Sintomas e sinais de excesso de energia: febre com sensação de frio; boca

amarga; dor na axila e margem costal; irritabilidade; icterícia; língua avermelhada;

enxaqueca.

Page 279: Monografia Dalvacy Alves

278

3. Sintomas e sinais de depleção energética: vertigem, tontura e vômito;

perturbação da visão; insônia e tendência ao sonho; zumbido e surdez; fobia.

III. Os pontos do meridiano da vesícula biliar

1. Tongziliao (VB1)

Localização: 0,5 polegada na borda lateral do ângulo externo do olho (Fig. 48).

Aplicação: agulhar, obliquamente para a borda lateral, 0,5-0,8 polegada; moxa, 10

minutos.

Indicações: qualquer problema nos olhos; dor de cabeça; paralisia facial.

2. Tinghui (VB2)

Localização: ao abrir a boca, na fossa anterior e inferior do trago da orelha, um

pouco abaixo do ponto Tinggong (ID19) (Fig. 48).

Page 280: Monografia Dalvacy Alves

279

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-1 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: zumbido; surdez; otite média; dor de dentes; luxação da junta

têmporo-mandibular; paralisia facial.

3. Shangguan (VB3)

Localização: na frente do ouvido, na borda superior do arco zigomático, acima do

ponto Xiaguan (E7) (Fig. 48).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,2-0,5 polegada; moxa, 3-5 minutos.

Indicações: zumbido; surdez; paralisia facial; dor de dentes.

4. Hanyan (VB4)

Localização: 1 polegada abaixo do ponto Touwei (ES), na borda do cabelo na

região temporal (Fig. 48).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 5-10 minutos.

Indicações: enxaqueca; tontura; zumbido; paralisia facial; rinite.

5. Xuanlu (VB5)

Localização: na linha entre os pontos Hanyan (VB4) e Qubin (VB7), um terço da

distância abaixo do Hanyan (VB4) (Fig. 48).

Page 281: Monografia Dalvacy Alves

280

Aplicação: agulhar 0,2-0,3 polegada.

Indicações: enxaqueca; dor têmporo-oftálmica; dor de dentes; rinite.

6. Xuanli (VB6)

Localização: na linha entre os pontos Hanyan (VB4) e Qubin (VB7), um terço de

distância acima do ponto Qubin (VB7) (Fig. 48).

Aplicação: agulhar 0,2-0,3 polegada.

Indicações: enxaqueca; dor oftálmica; dor de dentes.

7. Qubin (VB7)

Localização: ao dobrar a orelha para baixo, no lado ântero-superior, onde a orelha

encosta na borda do cabelo (Fig. 48).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,2-0,3 polegada; moxa, 10 minutos

Indicações: enxaqueca; dor nos olhos; dor de dentes; espasmo ou inflamação do

músculo temporal.

8. Shuaigu (VB8)

Localização: ao dobrar a orelha para baixo, fica 1,5 polegada acima dela, na borda

do cabelo, onde o ponto superior da orelha encosta (Fig. 48).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 5-10 minutos.

Indicações: dor de cabeça após beber álcool; enxaqueca; tontura; vômito.

9. Tianchong (VB9)

Localização: 0,5 polegada atrás do ponto Shuaigu (VBS), 2 polegadas acima da

borda do cabelo, acima e atrás da orelha (Fig. 48).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 5-10 minutos.

Indicações: dor de cabeça temporal; gengivite; epilepsia.

10. Fubai (VB10)

Page 282: Monografia Dalvacy Alves

281

Localização: 1 polegada abaixo e atrás do ponto Tianchong (VB9), atrás e acima

da orelha, na depressão, 1 polegada acima da borda do cabelo (Fig. 48).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: zumbido; surdez; dor de dentes; dor e rigidez na nuca; amigdalite

11. Qiaoyin (VB11)

Localização: 1 polegada abaixo do Fubai (VB10) no ponto quase central entre

Fubai (VB10) e Wangu (VB12) na depressão superior e posterior do proces mastóideo (Fig.

48).

Aplicação: igual à do ponto Fubai (VB10).

Indicações: dor de cabeça e na nuca; olitedemia; zumbido, surdez; trigeminalgia;

espasmo nos membros.

12. Wangu (cabeça) (VB12)

Localização: na depressão póstero-inferior do processo mastóideo, 0,7 polegada

abaixo do ponto Qiaoyin (VB11) (Fig. 48).

Aplicação: agulhar 0,3-0,5 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Indicações: dor de cabeça e na nuca; zumbido; dor de ouvido; dor de garganta;

amigdalite; dor de dentes; gengivite; paralisia facial; insônia; epilepsia.

13. Bensben (VB13)

Localização: acima da região frontal na borda do cabelo, 3 polegadas na lateral da

linha central (Fig. 48).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 5-10 minutos

Indicações: dor de cabeça; tontura; vertigem; vômito; epilepsia; psicose.

14. Yangbai (VB14)

Localização: 1 polegada acima da linha da sobrancelha, perpendicular à pupila

(Fig. 48).

Page 283: Monografia Dalvacy Alves

282

Aplicação: agulhar, perpendicular ou obliquamente, 0,2-0,5 polegada; moxa, 10

minutos.

Indicações: dor de cabeça frontal; dor nos olhos; enxaqueca; tontura; qualquer

problema nos olhos; trigeminalgia; paralisia facial.

15. Linqi (da cabeça) (VB15)

Localização: na linha vertical da pupila, 0,5 polegada acima da borda do cabelo,

no ponto médio entre Shengting (DM24) e Touwei (E8) (Fig. 48).

Aplicação: igual à do ponto Yangbai (VB14).

Indicações: tontura; zumbido; perturbação da visão; muita lacrimação; dor nos

olhos; obstrução nasal; coma; apoplexia; epilepsia.

16. Muebuang (VB16)

Localização: 1 polegada acima do ponto Linqi (VB15) (Fig. 48).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada.

Indicações: dor de cabeça; problemas nos olhos; rosto inchado; obstrução nasal.

17. Zhengying (VB17)

Localização: 1 polegada atrás do Muchuang (VB 16) (Fig. 48).

Aplicação: igual à do ponto Muchuang (VB16).

Indicações: dor de cabeça; tontura; dor de dentes; labirintite.

18. Chengling (VB18)

Localização: 1,5 polegada atrás do Zhengying (VB17) (Fig. 48).

Aplicação: igual à do ponto Zhengying (VB17).

Indicações: dor de cabeça; obstrução nasal, rinite; tosse; asma; dor nos olhos;

epistaxe.

19. Naokong (VB19)

Page 284: Monografia Dalvacy Alves

283

Localização: 1,5 polegada acima do Fengchi (VB20), na borda lateral da

protuberância occipital, atrás do ponto Chengling (VB18) (Fig. 48).

Aplicação: igual à do ponto Chengling (VB18).

Indicações: occipitalgia; vertigem; tontura; rigidez na nuca; asma; zumbido;

epistaxe.

20. Fengebi (VB20)

Localização: abaixo da borda occipital na depressão entre os músculos trapézio e

esterno-clidomastóideo, na margem do cabelo (Fig. 48).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Indicações: dor de cabeça; rigidez e dor na nuca; tontura; vertigem; zumbido;

resfriado; hipertensão; enxaqueca; insônia; apoplexia.

21. Jianjing (VB21)

Localização: no ponto eqüidistante entre o Dazhui (DM14) e o acrômio do ombro,

1 polegada acima do ponto Tianliao (TA15) (Fig. 49).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Indicações: tontura; dor e rigidez na nuca; braquialgia; mastite; paralisia no braço;

hipertiroidismo.

22. Yuanye (VB22)

Localização: 3 polegadas abaixo da borda da axila, na linha anterior da axila, no

quarto espaço intercostal (Fig. 49).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: dor intercostal; pleurite; linfadenite axilar.

Page 285: Monografia Dalvacy Alves

284

23. Zhejin (VB23)

Localização: 1 polegada anterior ao ponto Yuanye (VB22), no quarto espaço

intercostal (Fig. 49).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: opressão no peito; asma; vômito; acidez na boca; rigidez nos membros

e alalia ou dislalia; parkinsonismo.

24. Riyue (VB24)

Localização: na linha do mamilo, na borda inferior da costela, 4,5 polegadas

acima do umbigo (Fig. 49).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-1 polegada; moxa, 5-10 minutos.

Indicações: dor na margem da costela; epigastralgia; acidez e vômito; distensão

abdominal; hepatite; icterícia; soluço.

Page 286: Monografia Dalvacy Alves

285

25. Jingmen (VB25)

Localização: na linha posterior da axila, na borda anterior e inferior da ponta da

décima segunda costela, 0,5 polegada acima do umbigo (Fig. 49).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-1 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: qualquer problema dos rins; dor nas costas; dor na bacia e região

inguinal; cólica intestinal; dissensão abdominal; oligúria e edema.

26. Daimai (VB26)

Localização: ao nível do umbigo, abaixo do ponto Zhangmen (F13), na

extremidade da décima primeira costela, e em cima do músculo oblíquo abdominal (Fig. 49).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações. lombalgia; cistite; menstruação irregular.

27. Wushu (VB27)

Localização: 3 polegadas antes e abaixo do ponto Daimai (VB26), no nível da

Guanyuan (RM4) na frente da espinha ântero-superior da ilíaca (Fig. 49).

Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: lombalgia; cólica abdominal; constipação; cólica urogenital;

corrimento urogenital.

28. Weidao (VB28)

Localização: 0,5 polegada abaixo do ponto Wushu (VB27), no lado ínfero-

anterior da espinha ilíaca ântero-superior (Fig. 49).

Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: dor inguinal; dor lombar; enterite; ascite; apendicite.

29. Juliao (do fêmur) (VB29)

Localização: local equidistante entre o ponto mais proeminente do trocânter

femural e a espinha ilíaca ântero-superior, na borda do músculo tensor fáscia lata (Fig. 49).

Page 287: Monografia Dalvacy Alves

286

Aplicação: agulhar 1-2 polegadas; moxa, 10-20 minutos.

Indicações: dor no quadril; na coxa e na perna; paralisia ou fraqueza na perna.

30. Huantiao (VB30)

Localização: na nádega, na linha entre o hiato da sacra e o proeminente do

trocânter maior; um terço da distância lateral na borda inferior do músculo piriforme (Fig.

49).

30. Huantiao (VB30)

Localização: na nádega, na linha entre o hiato da sacra e o proeminente do

trocânter maior; um terço da distância lateral na borda inferior do múscul piriforme (Fig. 49).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-2,5 polegadas; moxa, 10-30 minutos.

Indicações: dor na perna; dor no quadril; dor ciática; paralisia na perna; dc lombar

e lombossacra; hemiplegia; urticária; coceira na pele; reumatismo na perna.

31. Fengshi (VB31)

Localização: deixando-se o braço e a mão caídos paralelamente à coxa, o ponto

fica correspondente ao dedo médio, isto é, na lateral da coxa, poolegadas acima do joelho na

borda posterior do músculo fáscia lata do fêmur (Fig. 50).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Page 288: Monografia Dalvacy Alves

287

Indicações: dor ciática; dor na coxa; fraqueza na perna; bemiplegia; dor e fraqueza

no joelho; coceira geral no corpo; adormecimento na perna.

32. Zbondu (do fêmur) (VB32)

Localização: 5 polegadas acima do joelho, na lateral da coxa, no tendão da fáscia

lata (Fig. 50).

Aplicação: igual à do ponto Fengshi (VB31).

Indicações: dor na coxa e no joelho; dor ciática.

33. Xiyangguan (VB33)

Localização: na borda lateral do joelho, 3 polegadas acima do ponto Yangling-

quan (VB34), na depressão superior do epicôndilo lateral do fêmur (Fig. 50).

Aplicação: agulhar 0,5-0,8 polegada (atenção para não penetrar a cápsula

articular); moxa, 10 minutos.

Indicação: dor no joelho.

34. Yanglingquan (VB34): ponto Ho, pertence ao elemento Terra

Localização: 1 polegada abaixo do joelho, na depressão anterior e inferior da

cabeça da fíbula, na fáscia do músculo perônco longo (Figs. 50 e 51).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1,5 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Page 289: Monografia Dalvacy Alves

288

Indicações: artrite ou periartrite no joelho; tendinite no joelho; dor na perna;

inchaço na perna; dor na axila; inchaço no rosto; boca amarga; vômito; vertigem; tontura;

hemiplegia; qualquer distúrbio dos tendões.

35. Yangjiao (VB35)

Localização: 7 polegadas acima do maléolo externo na borda anterior da fíbula

(Fig. 51).

Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 5-10 minutos.

Indicações: asma; dor de garganta; dor no peito; dor na borda lateral da perna;

espasmo do músculo gastrocnêmio; conjuntivite.

36. Waiqiu (VB36)

Localização. 1 polegada atrás e ao mesmo nível do ponto Yangjiao (VB35), na

borda posterior da fíbula (Fig. 51).

Aplicação: igual à do ponto Yangjiao (VB35).

Indicações: dor na borda lateral da perna; espasmo do músculo gastroenêmio.

37. Guangming (VB37): ponto Lo

Localização: 5 polegadas acima do ponto mais alto do maléolo externo, na borda

anterior da fíbula (Fig. 51).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 5-15 minutos.

Indicações: problema nos olhos; dor na perna.

38. Yangfu (VB38): ponto Jing, pertence ao elemento Fogo; ponto de Filho

Localização. 4 polegadas acima do ponto mais alto do maléolo externo, na borda

posterior da fíbula em cima da fáscia do músculo perônco longo (Fig. 5 1).

Aplicação: igual à do ponto Guangming (VB37).

Indicações: enxaqueca; espasmo muscular; sensação de frio na região lombar.

39. Xuangzhong (VB39): ponto do grande Lo de três meridianos de Yang

Page 290: Monografia Dalvacy Alves

289

Localização: 3 polegadas acima do ponto mais alto do maléolo externo, na

depressão entre a fíbula e os tendões perônco longo e curto (Fig. 51).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Indicações: enxaqueca; torcicolo; dor e rigidez na nuca; gota; qualquer tipo de

artrite; dor no pé; torção e inchaço no tornozelo e pé; hemorróidas; epistaxe; coriza.

40. Qiuxu (VB40): ponto Yuan

Localização: no lado ântero-inferior do maléolo externo, na depressão lateral do

tendão do músculo extensor digital longo (Fig. 51).

Aplicação: agulhar 0,2-0,5 polegada.

Indicações: dor e inchaço no tornozelo; dor ao longo do trajeto deste meridiano;

pterígio.

41. Linqi (do pé) (VB41): ponto Shu, pertence ao elemento Madeira

Localização: na depressão entre o quarto e o quinto metatarsos (Pag. 51).

Aplicação: agulhar 0,3-0,5 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: febre reumática; endocardite; mastite; conjuntivite; vertigem;

lombalgia; dor nas costas e no peito; zumbido.

42. Diwuhui (VB42)

Localização: entre o quarto e o quinto metatarsos atrás das articulações metatarso-

falangeais (Fig. 51).

Aplicação. igual à do ponto Linqi (VB41).

Indicações: zumbido; vertigem; dor na axila; mastite; metatarsalgia.

43. Xiaxi (VB43): ponto jing, pertence ao elemento Água; ponto de Mãe

Localização: à frente das articulações metatarso-falangeais entre o quarto e o

quinto dedos do pé (Fig. 51).

Aplicação: agulhar 0,2-0,3 polegada.

Page 291: Monografia Dalvacy Alves

290

Indicações: zumbido; vertigem; surdez; dor no peito; dor intercostal.

44. Qiaoyin (VB44): ponto Jin, pertence ao elemento Metal

Localização: 0, 1 polegada póstero-lateral do leito ungueal do quarto dedo do pé

(Fig. 5 1).

Aplicação: agulhar, até sangrar uma ou duas gotas.

Indicações: enxaqueca; vertigem; dor nos olhos; laringite; tendência ao sonho.

O merídiano do fígado, Jue-Yin da perna

Este meridiano é de natureza Yin, acoplado ao meridiano da vesícula biliar, que é

Yang. Recebe a energia do meridiano da vesícula biliar, e a transmite ao meridiano do

pulmão.

Em relação aos cinco elementos, é Madeira, de Yin; sua Mãe é de Água (o

meridiano dos rins) e seu Filho é de Fogo (o meridiano do coração). Possui quatorze pontos

de cada lado.

I. Trajetória

Este meridiano começa no dedão do pé, pelo lado do pé entre o primeiro e o

segundo metatarsos, passando no ponto Zhongfeng (F4), 1 polegada na frente do maléolo

medial.

Cruza com o meridiano do baço-pâncreas no ponto Sanyinjiao (BP6) acima do

maléolo medial, e sobe pelo lado ântero-medial da perna na borda medial da tíbia. Segue pelo

lado mediar do joelho e coxa para a região genital externa e suprapúbica, onde se junta com o

meridiano do Ren-Mo.

Continuando sua trajetória, sobe pelo lado do abdômen, até a reborda costal,

ligando-se ao fígado e à vesícula biliar.

Page 292: Monografia Dalvacy Alves

291

Este meridiano possui um ramal que sobe atravessando o diafragma pelo lado

posterior do tórax, esôfago, laringe; passa pela região naso-faringeal e liga-se aos olhos.

Desse ramal, sai dos olhos atingindo a região maxilar ao redor dos lábios.

O ramal do fígado passa pelo diafragma e pulmão ligando-se ao meridiano do

pulmão (Fig. 52).

II. Sintomatologia

1. Sintomas principais

A. No aparelho urogenital: dor no órgão genital externo; dor suprapúbica;

distúrbio de menstruação; doenças infecciosas nos órgãos da pélvis; ptose do útero; distúrbios

de micção.

B. No olho: conjuntivite; perturbação da visão.

C. No fígado: dor no fígado, na região da borda costal direita; hepatrofia ou

alargamento do fígado; febre; icterícia.

D. Nos tendões e fáscias: tendinite; periartrite; espondilite.

E. Na mente: irritabilidade, irascibilidade; emotividade; insônia; tendência ao

sonho; estado maníaco.

2. Sintomas e sinais de excesso de energia: dor no peito, reborda costal e

epigastral; dor nos órgãos genitais; convulsão; dor de cabeça; conjuntivite e olhos

lacrimejantes; insônia; boca amarga; irascibilidade e emotividade; dispepsia; náuseas e

vômito.

3. Sintomas e sinais de depleção energética: tontura; perturbação da visão;

zumbido; fraqueza nas costas e pernas; olhos secos.

Page 293: Monografia Dalvacy Alves

292

III. Os Pontos do meridiano do fígado

I. Dadun(F1): Ponto Jing pertence ao elemento Madeira

Localização: 0,1 polegada acima do ângulo lateral do leito ungueal do dedão do

pé (Fig. 53).

Aplicação: agulhar para sangrar duas gotas, ou obliquamente, 0,1-0,2 polegada;

moxa no lado dorsal próximo da articulação interfalangeal.

Indicações: hemorragia pós-parto; menorragia funcional; amenorreia; ptose do

útero; dor no pênis; hipertrofia da próstata; uretrite; enurese; hérnia.

2. Xingjian (F2): ponto Ying, pertence ao elemento Fogo; ponto de Filho

Localização: entre o primeiro e o segundo dedos do pé, na frente das articulações

metatarso-falangeais (Fig. 53).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada; moxa; 10 minutos.

Page 294: Monografia Dalvacy Alves

293

Localizações: entre o primeiro e o segundo dedo do pé, na frente das articulações

metataso-falangeais.

Indicações: menorréia, menstruação irregular; dor nos órgãos genitais externos;

uretrites; enurese; hipertrofia da próstata; dor na garganta; dor na margem costal; hipertensão;

conjuntivite; insônia; epilepsia; dor ciática.

3. Taichong (F3): ponto Shu, pertence ao elemento Terra

Localizações: entre o primeiro e o segundo inetatarsos, atrás das articulações

metatarso-falangeais (Fig. 53).

Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: dor de cabeça; tontura; dor na genitália externa; hipertrofia da

próstata; hérnia; dor e distenção na margem costal; distúrbio nos olhos; menorragia; mastite.

4. Zhongfeng (F4): ponto Jing, pertence ao elemento Metal

Localização: 1 polegada à frente do maléolo, na borda medial do tendão do

músculo tibial anterior acima da tuberosidade navicular (Figs. 53 e 54).

Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: dor no pênis; uretrite; prostatite; hérnia; lombalgia; hepatite; dor no

tornozelo.

Page 295: Monografia Dalvacy Alves

294

5. Ligou (F5): ponto Lo

Localização: 5 polegadas acima do maléolo medial; na b da tíbia (Fig. 54).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: menorragia; leucorréia; menstruação irregul espermatorréia;

impotência; dor na perna; lombalgia.

6. Zhongdu (F6): ponto Xi

Localização: 7 polegadas acima do maléolo medial, na borda póstero-medial da

tíbia (Fig. 54).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: menorragia; hemorragia pós-parto; dor abddominal suprapúbica;

hérnia; dor no joelho ou na perna.

7. Xiguan (F7)

Localização: no lado póstero-inferior do côndilo medial da tíbia, 1 polegada atrás

do Yinlingquan (BP9) (Fig. 54).

Page 296: Monografia Dalvacy Alves

295

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: dor no joelho; periartrite; dor de garganta.

8. Ququan (F8): ponto Ho, pertence ao elemento Água; ponto de Mãe

Localização: no fim do lado medial da prega poplítea, na borda ântero-medial dos

músculos semimembranoso e semitendinoso (Fig. 54)

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa; 10 minutos.

Indicações: infecções no urogenital; ptose do útero; coceira na área genital; dor

suprapúbica; dor na região inguinal;frigidez; periartrite no joelho.

9. Yinbao (F9)

Localização: 4 polegadas acima do epicôndilo medial do fêmur, entre os músculos

sartorius e vastus medial (Fig. 55).

Aplicação: agulhar 0,5-1,5 polegada; moxa; 10-15 minutos.

Indicações: menstruação irregular; enurese noturna; dor no cóccix e no abdômen

inferior.

10. Wuli (da coxa) (F10)

Localização: 3 polegadas abaixo da região inguinal, na borda ântero-medial do

músculo adutor longo (Fig. 55).

Aplicação: agulhar 0,5-1,5 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Indicações: distúrbio de micção; dermatite no escroto; sonolência.

11. Yinlian (F11)

Page 297: Monografia Dalvacy Alves

296

Localização: 1 polegada abaixo da inguinal; na borda ântero-medial do ponto

inicial do músculo adutor longo (Fig. 55).

Aplicação: agulhar 0,5-1,5 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: dor na coxa; menstruação irregular; esterilidade.

12. Jimai (F12)

Localização: no lado lateral e inferior do osso púbico, 2,5 polegadas lateral e 1

polegada inferior da borda superior da sínfise púbica (Fig. 55).

Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada.

Indicações: dor genital; dor no pênis; ptose do útero; hérnia; dor na coxa medial.

13. Zhangmen (F13). ponto Mu de baço-pâncreas; Ponto Hwei das vísceras

Localização: na borda inferior do ponto final da décima primeira costela, no lado

do abdômen (Fig. 56).

Aplicação: agulhar 0,5-0,8 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: inchação do baço; dissensão abdominal; cólica biliar; dor do

abdômen; borborigmo; indigestão; diarréia; magreza.

14. Quimen (F14): ponto Mu de fígado

Page 298: Monografia Dalvacy Alves

297

Localização: na linha mamilar diretamente abaixo do mamilo, no intercostal entre

a sexta e a sétima costelas (Fig. 56).

Aplicação: agulhar 0,5 polegada; moxa, 15 minutos.

Indicações: pleurite; hepatite; dor no peito; dor na margem hipocondrial; malária.

Page 299: Monografia Dalvacy Alves

298

6 MERIDIANOS EXTRAORDINÁRIOS

Além dos meridianos ordinários, cujos fluxos energéticos são mais perceptíveis,

há outros oito meridianos que surgem ocasionalmente. São eles: Du-Mai; Ren-Mai; Chong-

Mai; Dai-Mai; Yinchiao-Mai; Yangchiao-Mai; Yinwei-Mai; Yangwei-Mai.

Du-Mai (O merídiano do governador)

1. Trajetória

Este meridiano tem seu início no períneo, passa ao lado do ânus, chegando à

extremidade do cóccix. Sobe, então, ao longo da coluna sacral, lombar, dorsal, cervical até

atingir o crânio.

O ramal superficial sobe pela linha vertical parietal frontal até o nariz, descendo, a

seguir, pelo lado dorsal da boca.

O ramal mais profundo entra no cérebro pela nuca, saindo pelo nariz. Há ainda

outro ramal que sobe pelo períneo, passa por baixo do abdômen, ligando-se à bexiga e aos

rins (Fig. 57).

II. Sintomatologia

Du-Mai tem duas funções principais que são:

a) Governar e regular a energia de Yang do corpo;

b) Manter a resistência do corpo.

Page 300: Monografia Dalvacy Alves

299

Quando este meridiano apresenta algum problema, haverá espasmo e rigidez até

com opistótono. Os sintomas principais são: dor nas costas; dor de cabeça; convulsão;

epilepsia; comportamento maníaco; hemorróidas; hérnia; diurese; esterilidade.

III. Os pontos do Du-Mai

1. Changquiang (DM1)

Localização: no ponto médio entre o final do cóccix e o ânus (Fig. 58).

Aplicação: agulhar, para cima, obliquamente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-15

minutos.

Indicações: diarréia; hemorróidas; prolapso do ânus; melena; espermatorréia; dor

no cóccix.

2. Yaoshu (DM2)

Localização: na junção entre o osso sacro e o cóccix, no lado do hiato do sacro

(Fig. 59).

Aplicação: agulhar, para cima, obliquamente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-20

minutos.

Indicações: menstruação irregular; hemorróidas; dor no sacro e cóccix;

espermatorréia; impotência.

3. Yaoyangquan (DM3)

Page 301: Monografia Dalvacy Alves

300

Localização: na linha central da espinha da coluna; no espaço entre o espinhal dos

L4 e L5 (Fig. 59).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Indicações: lombalgia; impotência; espermatorréia; menstruação irregular

leucorréia; cólica intestinal; diarréia.

4. Mingmen (DM4)

Localização: na linha central da espinha da coluna; no espaço espinhas da segunda

e terceira vértebras lombares (Fig. 59).

Aplicação: igual ao ponto Yaoyangquan (DM3).

Indicações: dor de cabeça; zumbido; dor lombar; opistótono; espasmo das costas;

hemorróidas; diarréia crônica.

Page 302: Monografia Dalvacy Alves

301

5. Xuanshu (DMS)

Localização: na linha central da espinha no espaço entre a primeira e segunda

vértebras lombares (Fig. 59).

Aplicação: igual ao ponto Yaoyangquan (DM3).

Indicações: dor de barriga; diarréia; prolapso do ânus; dor lombar.

6. Jizhong (DM6)

Localização: na linha central da coluna; entre o décimo primeiro e décimo

segundo processo espinhoso das vértebras dorsais (Figs. 59 e 60).

Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada.

Indicações: hemorróidas; gripe; icterícia; dissensão abdominal; epilepsia

7. Zhongshu (DM7)

Localização: na linha central da coluna; entre o décimo e o décimo processo

espinhoso das vértebras dorsais (Fig. 60).

Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 5-10 minutos.

Indicações: lombalgia; icterícia; febre; perturbações da visão.

Page 303: Monografia Dalvacy Alves

302

8. Jinsuo (DMS)

Localização: na linha central da coluna; entre o nono e o décimo processo

espinhoso das vértebras dorsais (Fig. 60).

Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: tontura; afasia; dor nas costas; gastralgia; epilepsia.

9. Zhiyang (DM9)

Localização: na linha central da coluna; entre o sétimo e o oitavo processo

espinhoso das vértebras dorsais (Fig. 60).

Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada; moxa, 10 minutos.

Indicações: tosse; dispnéia; cpigastralgia; borborigmo; icterícia; dor nas costas;

fraqueza.

10. Lingtai (DM10)

Localização: na linha central da coluna; entre o sexto e o sétimo espinhoso das

vértebras dorsais (Fig. 60).

Aplicação: moxa, 10-15 minutos.

Indicações: gripe; tosse; asma; bronquite; dor nas costas; furunculose.

Page 304: Monografia Dalvacy Alves

303

11. Shendao (DM11)

Localização: na linha central da coluna; entre o quinto e o sexto processo

espinhoso das vértebras dorsais (Fig. 60).

Aplicação: mexa, 10-15 minutos.

Indicações: falta de memória; tosse; convulsão; dor e rigidez nas costas;

ansiedade.

12. Shenzhu (DM12)

Localização: na linha central da coluna; entre o terceiro e o quarto processo

espinhoso das vértebras dorsais (Fig. 60).

Aplicação: agulhar 0,3-1 polegada; mexa, 10-15 minutos.

Indicações: epilepsia; insônia; dor e rigidez nas costas; epistaxe; bronquite;

tuberculose.

13. Taodao (DM13)

Localização: na linha central da coluna; entre o primeiro e o segundo processo

espinhoso das vértebras dorsais (Fig. 60).

Aplicação: agulhar 0,3-1 polegada; mexa, 10-15 minutos.

Indicações: dor e rigidez nas costas; dor de cabeça; malária; tuberculose; febre;

epilepsia.

14. Dazhui (DM14)

Localização: no ponto médio entre os processos espinhosos; sétima vértebra

cervical e primeira vértebra dorsal (Fig. 60).

Aplicação: agulhar 0,3-1 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Indicações: febre; malária; tosse; dor e rigidez na nuca e costas; asma; gripe.

15. Yamen (DMIS)

Page 305: Monografia Dalvacy Alves

304

Localização: na linha central da nuca, no ligamento intra-espinhos da primeira e

segunda vértebras cervicais; na borda superior do processo espinhoso da segunda vértebra

cervical (Fig. 60).

Aplicação: agulhar, para baixo, obliquamente, 0,5 polegada; cuidado para penetrar

na coluna.

Indicações: dor de cabeça; dor e rigidez na nuca; dificuldade de falar; língua

rígida; convulsão e opistátono; esquizofrenia; comportamento maníaco; rose.

16. Fengchu (DM16)

Localização: na linha centro-vertical do oecipital, na fossa inferior da

protuberância occipital (Fig. 60).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-0,8 polegada.

Indicações: dor de cabeça; occipitalgia, rigidez na nuca; comportamento maníaco;

tontura; afasia; apoplexia.

17. Naohu (DM17)

Localização: 1,5 polegada acima do Fengchu (DM 16), na borda superior da

protuberância occipital (Fig. 60).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-0,8 polegada.

Indicações: dor e rigidez na nuca; occipitalgia; tontura; epilepsia; perturbação da

visão.

18. Qiangjian (DM18)

Localização: 1,5 polegada acima do Naohu (DM17), no ponto médio Naohu

(DM17) e Houding (DM19) (Fig. 60).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-0,8 polegada.

Indicações: dor e rigidez na nuca; occipitalgia; tontura; epilepsia; perturbação da

visão.

Page 306: Monografia Dalvacy Alves

305

19. Houding (DM19)

Localização: 1,5 polegada atrás do Baihui (DM20) (Figs. 60 e 61).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada.

Indicações: dor de cabeça (parietal); enxaqueca; rigidez na nuca; insônia;

esquizofrenia; epilepsia.

20. Baihui (DM20)

Localização: na linha centro-vertical da cabeça; 7 polegadas acima da borda

posterior do cabelo; 5 polegadas atrás da margem anterior do cabelo (Figs. 60 e 61).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada para trás.

Indicações: dor de cabeça (parietal); convulsão infantil; palpitação; A.V.C.; falta

de memória; hemorróidas; prolapso do ânus; prolapso do útero; esquizofrenia;

comportamento maníaco; epilepsia.

21. Chiending (DM21)

Localização: 1,5 polegada antes do Baihui (DM20), na linha central vertical da

cabeça (Fig. 61).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada para trás.

Indicações: dor de cabeça (parietal); tontura; coriza; entupimento nasal;

convulsão; epilepsia.

22. Xinhui (DM22)

Localização: 3 polegadas antes do Baihui (DM20) (Fig. 61).

Page 307: Monografia Dalvacy Alves

306

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada para trás.

Indicações: dor de cabeça; obstrução nasal; cpistaxe; convulsão infantil; epilepsia.

23. Shangxing (DM23)

Localização: na linha central vertical da cabeça; 1 polegada atrás da margem do

cabelo; 1 polegada na frente do Xinhui (DM22) (Fig. 61).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada para trás.

Indicações: dor de cabeça; tontura; polipose nasal; obstrução nasal; coriza;

epistaxe; problemas nos olhos.

24. Shengting (DM24)

Localização: 0,5 polegada na frente do Shangxing (DM23) (Fig. 61).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada para trás.

Indicações: dor de cabeça (frontal); tontura e vertigem; rinite; ansiedade; insônia;

palpitação; problemas nos olhos; epilepsia; opistótono.

25. Suliao (DM25)

Localização: na ponta do nariz (Fig. 61).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,1-0,3 polegada.

Indicações: rosácea de nariz; obstrução nasal; epistaxe; rinite.

26. Renzhong (DM26)

Localização: na linha centro-vertical, um terço da distância entre o lábio e o nariz

(Fig. 61).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,1-0,3 polegada.

Indicações: desmaios; coma; lombalgia; paralisia facial; distúrbio mental.

27. Duiduan (DM27)

Localização: no meio ponto do lábio superior, na junção entre a mucosa e a derme

(Fig. 61).

Page 308: Monografia Dalvacy Alves

307

Aplicação: agulhar 0,1-0,3 polegada para cima.

Indicações: gengivite; polipose nasal; cpistaxe; mau hálito.

28. Yinjiao (DM28)

Localização: no lado inferior do lábio superior; no meio ponto entre a mucosa do

lábio e a gengiva (Fig. 61).

Aplicação: agulhar para sangrar uma a duas gotas.

Indicações: gengivite; hemorróidas; comportamento maníaco.

Ren-Mai (O meridiano da vasoconcepção)

1. Trajetória

Este meridiano começa na cavidade da pélvis, sai pelo períneo, passa pelo órgão

genital externo, na altura da sínfese púbica. Corre ao longo da linha central do abdômen, tórax

e pescoço, continuando até atingir a regiao mandibular, ao redor da boca (lábios).

Possui um ramal que, subindo pelo lado da boca, liga-se aos olhos (Fig. 62).

II. Sintomatologia

Em chinês, “Ren” significa nascer e criar. Este meridiano liga-se a todos os

meridianos de Yin. Por isso, chama-se “O mar dos meridianos de Yin”. O desequilíbrio da

energia deste meridiano se evidenciará no homem sob forma de hérnia e cólicas abdominais, e

na mulher como problemas nos órgãos genitais, leucorréia e esterilidade. Além desses, há

ainda outros tipos de problemas tais como: distúrbios de menstruação; impotência; epilepsia;

espermatorréia; infecção na uretra; aborto.

Os pontos do Ren-Mai são usados para tratamentos gastrintestinais, pulmonares e

de garganta etc.

III. Os pontos Ren-Mai

1. Huiyin (RM1)

Page 309: Monografia Dalvacy Alves

308

Localização: na linha central do perínco; nos homens fica no meio ponto entre o

ânus e o escroto, enquanto que nas mulheres se localiza entre o ânus e a vagina.

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 5-10 minutos.

Indicações: hemorróidas; uretrite; distúrbios de menstruação; esperinatorréia;

coma.

2. Qugu (RM2)

Localização: na borda superior da sínfise púbica, na linha central do abdômen

(Fig. 63).

Aplicação: agulhar 0,6-2 polegadas; moxa, 10 minutos.

Indicações: impotência; espermatorréia; menstruação irregular; leucorréiá; cólica

de menstruação; inflamação dos órgãos da pélvis; distúrbios de micção; enurese noturna.

Page 310: Monografia Dalvacy Alves

309

3. Zhongji (RM3): ponto Mu da bexiga

Localização: na linha central do abdômen; 1 polegada (um quinto da distância

entre o umbigo e a sínfise púbica) do ponto Qugu (RM2) (Fig. 63).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1,5 polegada; acima da fáscia

abdominal.

Indicações: impotência; espermatorréia; menstruação irregular; amenorréia; cólica

de menstruação; inflamação dos órgãos da pélvis; distúrbios de micção; enurese noturna;

doenças da bexiga.

4. Guanyuan (RM4): ponto Mu do intestino delgado

Localização: 3 polegadas abaixo do umbigo, na linha central do abdômen (Fig.

63).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1,5 polegada acima da fáscia

abdominal.

Indicações: impotência; distúrbio de menstruação; espermatorréia; enurese

noturna; problemas dos órgãos da pélvis; problemas do intestino delgado; dor no abdômen;

diarréia.

Page 311: Monografia Dalvacy Alves

310

5. Shimen (RMS): ponto Mu do triplo-aquecedor

Localização: 2 polegadas abaixo do umbigo; na linha central do abdômen (Fig.

63).

Aplicação: igual à do ponto Guanyuan (RM4).

Indicações: distúrbios de menstruação; espermatorréia; problemas nos órgãos

genitais; hemorragia pós-parto; dispepsia; ascite; cólica abdominal; diurese.

6. Qihai (RM6)

Localização: 1,5 polegada abaixo do umbigo, na linha central do abdômen (Fig.

63).

Aplicação: igual à do ponto Guanyuan (RM4).

Indicações: dissensão abdominal; dor no abdômen; cólica ao redor do umbigo;

menstruação irregular; hemorragia do útero; espermatorréia; enurese; distúrbio urogenital;

lombalgia.

7. Yinjiao (do abdômen) (RM7)

Localização: 1 polegada abaixo do umbigo, na linha central do abdômen (Fig. 63).

Aplicação: igual à do ponto Guanyuan (RM4).

Indicações: qualquer problema dos órgãos genitais; menstruação irregular;

leucorréia; hemorragia pós-parto; cólica abdominal; hérnia.

8. Shenjue (RMS)

Localização: no centro do umbigo (Fig. 63).

Aplicação: colocar a moxa sobre sal ou gengibre, 10-20 minutos.

Indicações: diarréia; dor abdominal; apoplexia; prolapso anal.

9. Shuiefen (RM9)

Localização: 1 polegada acima do umbigo, na linha central do abdômen (Fig. 63).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-20 minutos.

Page 312: Monografia Dalvacy Alves

311

Indicações: dissensão e dor abdominal; borborigmo; diarréia; edema; ascite.

10. Xiawan (RM10)

Localização: 2 polegadas acima do umbigo, na linha central do abdômen (Fig.

63).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada; moxa, 10-20 minutos.

Indicações: gastrite; enterite; dispepsia; dissensão abdominal; borborigmo;

vômito.

11. Jianli (RM11)

Localização: 3 polegadas acima do umbigo, na linha central do abdômen (Fig.

63).

Aplicação: igual à do ponto Xiawan (RM10).

Indicações: dissensão abdominal; horborigmo; dispepsia; náuseas e vômito;

peritonite; edema.

12. Zhongwan (RM12): ponto Mu do estômago

Localização: 4 polegadas acima do umbigo, na linha central do abdômen; no meio

ponto entre o processo xifóide e o umbigo (Fig. 63).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, até na fáscia do abdômen 0,5-1,5

polegada; moxa, 10-20 minutos.

Indicações: epigastralgia; dissensão abdominal; borborigmo; dor intestinal;

diarréia; regurgitação de ácido; dispepsia; vômito; icterícia.

13. Shangwan (RM13)

Localização: 5 polegadas acima do umbigo, 1 polegada acima do Zhou (RM12),

na linha central do abdômen (Fig. 63).

Aplicação: igual à do ponto Zhongwan (RM12).

Page 313: Monografia Dalvacy Alves

312

Indicações: gastrite; úlcera péptica; dor abdominal; distensão abdominal; vômito;

diarréia; dor no coração.

14. Jujue (RM14): ponto Mu do coração

Localização: 2 polegadas acima do Zhongwan (RM12), na linha central do

abdômen (Fig. 63).

Aplicação: igual à do ponto Zhongwan (RM12).

Indicações: dor no coração; angina pectoris; acidez; vômito; dor de estômago;

distensão abdominal; palpitação; comportamento neurótico; falta de memória; hematêmese.

15. Jiuwei (RM15)

Localização: 3 polegadas acima do Zhongwan (RM12), na linha central do

abdômen (Fig. 63).

Aplicação: igual à do ponto Zhongwan (RM12).

Indicações: dor no coração; cpigastralgia; vômito; soluço; opressão no peito;

distensão abdominal; asma; hematêmese; comportamento neurótico epilepsia.

16. Zhongting (RM16)

Localização: na linha mediar do esterno, no nível do quinto espaço intercostal, 1,6

polegada abaixo do Shangzhong (RM17) (Fig. 63).

Aplicação, agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada.

Indicações: opressao no peito; dor na garganta; distensão do estômago; vômito;

regurgitação de ácido; tosse.

17. Shangzhong (RM17)

Localização: na linha medial do esterno no riível do mamilo (Fig. 63).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-1,5 polegada.

Indicações: dispnéia; asma; opressão no peito; soluço; dor no coração; tiroidite;

bronquite.

Page 314: Monografia Dalvacy Alves

313

18. Yutang (RM18)

Localização: na linha central do esterno, no nível do espaço da terceira intercostal

(Fig. 63).

Aplicação: igual à do ponto Shangzhong (RM17).

Indicações: bronquite; asma; tosse; dor no peito.

19. Zigong (do peito) (RM19)

Localização: na linha central do esterno, no nível do segundo espaço intercostal

(Fig. 63).

Aplicação: igual à do ponto Shangzhong (RM17).

Indicações: bronquite; asma; pleurite; hemoptise; tuberculose.

20. Huagai (RM20)

Localização: na linha central do esterno, no nível da junta entre manúbio esterno e

corpo esterno (Fig. 63).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-1,5 polegada.

Indicações: dor de garganta; tosse; asma; amigdalite; opressão no peito.

21. Xuanji (RM21)

Localização: na linha central do esterno, no nível da linha da borda inferior da

clavícula (Fig. 63).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada; moxa, 10-15 minutos.

Page 315: Monografia Dalvacy Alves

314

Indicações: dor de garganta; tosse; asma; amigdalite; opressão no peito.

22. Tiantu (RM22)

Localização: no ponto central, na fossa supra-esternal; 0,5 polegada acima da

borda da incisura jugular (Figs. 63 e 64).

Aplicação: agulhar, obliquamente, para baixo do manúbrio esterno, 0,5-1,5

polegada ou perpendicularmente 0,3 polegada; moxa, 10-20 minutos.

Indicações: asma; bronquite; laringite; distúrbio das cordas vocais; amigdalite;

soluço.

23. Lianquan (RM23)

Localização: na linha central do pescoço, no meio ponto entre a cartilagem tiróide

e a borda inferior do mandibular (Fig. 64).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada.

Indicações: laringite; laringite; estomatite; afasia; dificuldade em engolir.

24. Chengjiang (RM24)

Localização: na linha central do rosto, na depressão abaixo do lábio inferior (Fig.

64).

Aplicação: agulhar 0,3-0,5 polegada.

Indicações: paralisia facial; gengivite; inchaço no rosto; dor de dentes.

Chong-Mai (O meridiano da vitalidade)

I. Trajetória

Este meridiano tem sua origem na péivis, ligando-se, portanto, aos seus órgãos.

Seu ramal mais profundo sobe por trás da pélvis, passa pelo períneo lado das vértebras,

voltando ao peito.

Page 316: Monografia Dalvacy Alves

315

O ramal superficial sobe pela frente do abdômen, pelo mesmo trajeto do

meridiano dos rins até a garganta, passando ao redor dos lábios (Fig. 65).

II. Sintomatologia

É um meridiano muito importante por sua função; ele controla a energia das

vísceras, especialmente a dos órgãos da pélvis.

Os sintomas principais são: mal-estar; cólica abdominal; problemas

ginecológicos.

III. Os pontos do Chong-Mai

Huiyin (RM1); Qichong (E30); Henggu (R11); Dahe (R12); Qixue (R13) Siman

(R14); Zhongzhu (do abdômen) (R15); Huangshu (R16); Shangg (R17); Shiguan (R18);

Yindu (R19); Tonggu (do abdômen) (R20); Youme (R21) (Fig. 65).

Dai-Mai (O meridiano da cintura)

I. Trajetória

Este meridiano sai da região dorso-lombar, anda obliquamente para frente acima

da bacia e abaixo do umbigo, contornando o tronco como um cinto (Fig. 66).

II. Sintomatologia

Ele faz a ligação dos meridianos Yin e Yang no meio do tronco. Os sintomas

principais são: dissensão abdominal; lombalgia e fraqueza da região lombar e das pernas;

menstruação irregular; leucorréia.

III. Os pontos do Dai-Mai

Zhangmen (F13); Daimai (VB26); Wushu (VB27); Weidao (VB28) (Fig. 66).

Yinchiao-Mai (O meridiano da motilidade de Yin)

I. Trajetória

Page 317: Monografia Dalvacy Alves

316

Este meridiano começa atrás do osso navículo do pé, no lado inferior do maléolo

medial. Sobe pelo lado posterior do maléolo medial e pela borda póstero-medial da tíbia,

passando pelo joelho e lado medial da coxa até região genital externa.

Sobe pelo lado ântero-lateral do abdômen pelo peito; passa no supraclavicular, na

borda lateral da cartilagem tircóide, subindo pelo lado do rosto na borda do processo

zigomático e liga-se com Yangchiao-Mai (Fig. 67).

Page 318: Monografia Dalvacy Alves

317

Page 319: Monografia Dalvacy Alves

318

II. Sintomatologia

Os problemas do Yinchiao-Mai apresentam os seguintes sintomas: espasmo

muscular no lado medial da perna; epilepsia; convulsão; dor no olho, no ângulo mediar, e

conjuntivite; distúrbio motor nos membros; adormecimento nas pernas; cólica abdominal na

pélvis; dor no, quadril e genital externo; leucorréia.

III. Os pontos coalescentes

Zhaohai (R6); Jiaoxin (R8); Jingming (B1) (Fig. 67).

Yangchiao-Mai (O meridiano da motilidade de Yang)

1. Trajetória

Este meridiano começa no calcanhar, sobe pelo lado do maléolo lateral e posterior

da fíbula, massa na lateral do joelho, coxa e quadril. Sobe pelo lado do tronco do corpo até o

ombro, depois pelo lado do pescoço e rosto para o olho, liga-se com Yinchiao-Mai no ângulo

medial.

Depois sobe pelo caminho do meridiano da bexiga chegando atrás da nuca,

ligando-se com o meridiano da vesícula biliar no Fengchi (VB20) (Fig. 68).

II. Sintomatologia

Os sintomas principais deste meridiano são: espasmo muscular no lado da perna;

epilepsia; convulsão; dor nas costas e na região lombar; dor nos olhos; insônia;

adormecimento nas pernas.

III. Os pontos coalescentes

Shenmai (B62); Pushen (B61); Fuyang (BS9); Juliao (do fêmur) (VB29); Naoshu

(ID10); Jianyu (IG15); Jugu (IG16); Ditsang (E4); Juliao (E3); Chengoi (E1); Jingming (B1);

Fengchi (VB20) (Fig. 68).

Page 320: Monografia Dalvacy Alves

319

Yinwei-Mai (O meridiano regular de Yin)

1. Trajetória

Este meridiano começa no lado medial da perna, sobe ao longo da borda medial

do joelho, e da coxa até o abdômen. Reúne-se ao meridiano do baço-pâncreas; sobe pelo lado

do peito, seguindo para o pescoço onde se une ao Ren-Mai (Fig. 69).

II. Sintomatologia

Os sintomas principais são: dor no coração; dor epigástrica; opressão na axila; dor

lombar e dor no órgão genital externo.

III. Os pontos coalescentes

Zhubin (R9); Fushe (BP13); Daheng (BP15); Fuai (BP16); Quimen (F14); Tiantu

(RM22); Lianquan (RM23) (Fig. 69).

Page 321: Monografia Dalvacy Alves

320

Page 322: Monografia Dalvacy Alves

321

Yingwei-mai (O meridiano regular de Yin)

I. Trajetória

Este meridiano começa no calcanhar e sobe passando pelo lado do maléolo

externo; ao longo do trajeto do meridiano da vesícula passa pelo quadril, ao lado do corpo, da

parte posterior da axila e do ombro. Depois, sobe pelo supra-escapular, para o pescoço até

frontal e, mudando de direção, vira para trás, seguindo o caminho do meridiano da vesícula

biliar, para o lado posterior da nuca. Comunica-se então, com Du-Mai (Fig. 70).

Page 323: Monografia Dalvacy Alves

322

II. Sintomatologia: frio e febre.

III. Os pontos coalescentes

Jinmen (B63); Yiangjiao (VB35); Naoshu (ID10); Tianliao (TA15); (VB21);

Touwei (E8); Benshen (VB13); Yangbai (VB14); Linqi (da cabeça) (VB15); Muchuang

(VB16); Zhengying (VB17); Chengling (VB18); Naokong (VB19); Fengchi (VB20); Fengchu

(DM16); Yamen (DM15) (Fig. 70 ).

Page 324: Monografia Dalvacy Alves

323

7 PONTOS EXTRAMERIDIANOS

Com o decorrer do tempo, os pontos extrameridianos têm aumentado. Há 120

pontos selecionados a seguir, que são os mais utilizados na clínica.

Nas regiões da cabeça e nuca

1. Si-Shen-Tsung (Ext1)

Localização: 1 polegada na frente, atrás e nos lados do ponto Baihui (DM20) (Fig.

71).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,1-0,3 polegada.

Indicações: cefaléia; tontura; vertigem; convulsão; distúrbio mental.

2. Jia-Shang-Xing (Ext2)

Localização: 3 polegadas nos lados do ponto Shangxing (DM23) (Fig. 71).

Aplicação: Moxa, cerca de 30 minutos ou mais.

Indicações: Polipose nasal; rinite.

3. Dang-Yang (Ext3)

Localização: na linha vertical que passa pela pupila, 1 polegada acima da borda do

couro cabeludo (Fig. 72).

Page 325: Monografia Dalvacy Alves

324

Aplicação: agulhar 0,2-0,3 polegada; moxa, 1-3 minutos.

Indicações: enxaqueca; tontura; vertigem; resfriado; obstrução nasal; conjuntivite.

4. Er-Zhung (Ext4)

Localização: 1 polegada acima do ponto Yin-Tang (Ext5) (Fig. 72).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,1-0,2 polegada; moxa; 1-3 minutos.

Indicações: furunculose nas pálpebras; vômito; frontal; paralisia facial.

5. Yin-Tang (Ext5)

Localização: no meio da linha entre as sobrancelhas (Fig. 72).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,1-0,2 polegada; moxa; 1-2 minutos.

Indicações: cefaléia frontal; tontura; vertigem; problema do nariz e dos olhos;

insônia; hipertensão; convulsão infantil.

Page 326: Monografia Dalvacy Alves

325

6. Shan-Quen (Ext6)

Localização: No meio da linha que liga as comissuras internas dos olhos (Fig. 72).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,1-0,2 polegada.

Indicações: enxaqueca; tontura; visão perturbada.

7. Tou-Kuang-Min (Ext7)

Localização: na linha vertical que passa pela pupila, na borda superior da

sobrancelha (Fig. 72).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,1-0,3 polegada.

Indicações: miopia; inflamação nas pálpebras; paralisia dos músculos orbiculares;

enxaqueca.

8. Yu-Yao (Ext8)

Localização: na linha vertical que passa pela pupila, na depressão mediana da

sobrancelha (Fig. 72).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,1-0,3 polegada.

Indicações: pterígio; conjuntivite; furunculose nas pálpebras; paralisia facial;

paralisia dos músculos orbiculares.

9. Yu-Wei (Ext9)

Localização: no lado externo, 0,1 polegada das comissuras externas dos olhos

(Fig. 73).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,1-0,3 polegada.

Indicações: problema nos olhos; paralisia facial; enxaqueca.

Page 327: Monografia Dalvacy Alves

326

10. Chiu-Hou (Ext10)

Localização: na pálpebra inferior, abaixo dos olhos, na borda da margem infra-

orbital das comissuras externas, a 1/4 de distância das comissuras externas dos olhos (Fig.

73).

Aplicação: agulhar, pela borda infra-orbital, 0,5-1,5 polegada.

Indicação: qualquer problema nos olhos.

11. Jien-Min (Ext11)

Localização: 0,4 polegada abaixo do ponto Jingming (B1), na borda medial da

margem infra-orbital (Fig. 73).

Aplicação: ao longo da borda da margem infra-orbital; agulhar, na direção do lado

inferior e medial do olho, 0,5-1,5 polegada.

Indicações: catarata; atrofia do nervo ótico; rinite; estrabismo; inflamação da

glândula lacrimal.

12. Tai-Yang (Ext12)

Localização: na depressão, 1 polegada atrás do espaço entre a extremidade externa

da sobrancelha e as comissuras externas dos olhos (Figs. 72 e 74).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada, ou agulhar para sangrar uma a

duas gotas.

Indicações: cofaléia; doenças nos olhos.

13. Er-Jian (Ext13)

Localização: dobrando a orelha para a frente, o ponto fica na parte mais saliente

do pavilhão auricular (Fig. 74).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,1-0,2 polegada.

Indicações: enxaqueca; tracoma; pterígio.

Page 328: Monografia Dalvacy Alves

327

14. Lung-Xue (Ext14)

Localização: no meio do ponto da linha que liga o ponto Tinggong (ID19) ponto

Ermen (TA21) (Fig. 74).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,1-0,2 polegada.

Indicação: surdez.

15. Hou-Ting-Hwei (Ext15)

Localização: na depressão póstero-inferior do pavilhão auricular, 0,5 polegada

acima do ponto Yifeng (TA17) (Figs. 74 e 75).

Aplicação: agulhar, obliquamente, no sentido ântero-inferior, 1,5-2 polegada

Indicações: zumbido; surdez.

16. Yi-Ming (Ext16)

Localização: na borda inferior do processo mastóide, 1 polegada atrás ponto

Yifeng (TA17) (Figs. 74 e 75).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada.

Indicações: miopia; hipermetropia; catarata; insônia.

17. Shang-Ying-Hsiang (Ext17)

Localização: 0,5 polegada abaixo das comissuras internas dos olhos (Fig. 74).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada.

Page 329: Monografia Dalvacy Alves

328

Indicações: rinite alérgica, atrófica ou hipertrófica; sinusite; polipose nasal.

18. Jian-Bi (Ext18)

Localização: na zona de transição entre o osso e a cartilagem nasal (Fig. 74).

Aplicação: agulhar 0,2-0,3 polegada.

Indicações: rinite alérgica, atrófica; polipose nasal.

19. Bi-Tung (Ext19)

Localização: no lado do nariz, o ponto fica no ponto final superior da linha

nasolabial (Fig. 74).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,6 polegada, no sentido súpero-medial.

Indicações: rinite; obstrução nasal; ulceração do nariz.

20. San-Xiao (Ext20)

Localização: no lado inferior externo do ponto Yingxiang (IG20) (Fig. 74).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada.

Indicações: rinite; obstrução nasal; paralisia facial ou espasmo facial.

21. Ti-Hou (Ext21)

Localização: no plano sagital, o ponto mais saliente do queixo (Fig. 74).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,2-0,3 polegada.

Page 330: Monografia Dalvacy Alves

329

Indicações: dor nos dentes da arcada inferior; inchaço na face; paralisia facial.

22. Jinjing-Yuye (Ext22)

Localização. ao dobrar a língua para cima, em cima da veia na ponta lateral dos

feixes venosos. O ponto da direita chama-se Yuye e o da esquerda Jinjing (Fig. 76).

Aplicação: agulhar, para sangrar.

Indicações: ulceração na boca ou língua; estomatite; amigdalite; laringite; voz

rouca.

23. Shan-Lian-Chuan (Ext23)

Localização: 1 polegada acima do processo da cartilagem tiróide, acima do osso

hióide (Fig. 76).

Aplicação: agulhar, obliquamente, em direção à base da língua, 1-2 polegadas.

Indicações. excesso de salivação; laringite aguda ou crônica; afasia; mudez.

24. Wai-Jinjing-Yuye (Ext24)

Localização: com a cabeça esticada, fica a 1 polegada acima da cartilagem

cricóide e 0,3 polegada da linha central (Fig. 76).

Aplicação: agulhar, obliquamente, na direção da raiz da língua, 1-2 polegadas.

Indicações: excesso de salivação; estomatite; aploplexia e afasia; mudez.

25. Luo-Jing (Ext25)

Localização: na borda lateral do músculo esterno-clidomastóideo. Na oprção 1/3

superior (Fig. 76).

Page 331: Monografia Dalvacy Alves

330

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada.

Indicações: torcicolo; espondilite cervical.

26. Xing-Shi (Ext26)

Localização: 1,5 polegada lateralmente à linha mediana, no nível da borda inferior

do processo espinhoso do C3 (Fig. 77).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada.

Indicações: torcicolo; espondilose cervical; faringite; cefaléia; occipitalgia; dor na

região escapular.

27. Bai-Lao (Ext27)

Localização: no nível, 2 polegadas acima do ponto Dazhui (DM14), 1 polegada ao

lado da linha medial (Fig. 77).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada.

Indicações: tosse; torcicolo; dor e rigidez no pescoço; torção ou trauma na nuca;

calor pós-parto no corpo.

28. Tsung-Gu (Ext28)

Localização: abaixo do processo espinhoso do C6 (Fig. 77).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada; moxa; 5-10 minutos.

Indicações: resfriado; malária; dor no pescoço; tuberculose pulmonar; bronquite;

epilepsia; ânsia de vômito.

Page 332: Monografia Dalvacy Alves

331

29. Chian-Cheng (Ext29)

Localização: 0,5 polegada inferior e 1 polegada anterior do lóbulo auricular (Fig.

74).

Aplicação: agulhar, obliquamente, para a frente, 0,3-0,5 polegada.

Indicações: paralisia facial; estomatite.

30. An-Min-1 (Ext30)

Localização: no meio da linha que liga os pontos Yifeng (TA17) e Yi-Ming

(Ext16) (Fig. 75).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1,5 polegada.

Indicações: insônia; enxaqueca; esquizofrenia.

31. An-Min-2 (Ext31)

Localização: no meio da linha que liga os pontos Fengchi (VB20) e Yi-Ming (Ext

16) (Fig. 75).

Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada.

Indicações. insônia; ansiedade; intranqüilidade; palpitação; esquizofrenia.

32. Xing-Feng (Ext32)

Localização: na região súpero-posterior do processo mastóide, 0,5 polegada acima

do ponto An-Min-I (Ext30) (Fig. 75).

Page 333: Monografia Dalvacy Alves

332

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada.

Indicação: muito sono.

Na região tóraco-abdomínal

33. Chi-Xue (Ext33)

Localização: 1 polegada do ponto Xuanji (RM21) lateralmente (Fig. 78).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada.

Indicações: asma; tosse; pleurite; neuralgia intercostal.

34. Tan-Chuan (Ext34)

Localização: 1,8 polegada no lado lateral do ponto Yingchung (E16) (Fig. 78).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada.

Indicações: bronquite crônica; asma; enfisema.

35. Tsouyi e Youyi (Ext35)

Localização: 1 polegada lateralmente do ponto Rugen (E18); no lado esquerdo

chama-se Tsouyi, e no lado direito Youyi (Fig. 78).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada.

Indicações: mastite; pleurite; neuralgia intercostal.

Page 334: Monografia Dalvacy Alves

333

36. Mei-Hua (Ext36)

Localização. o ponto Zhongwan (RM12), 0,5 polegada acima e abaixo dos pontos

Yindu (R19), totalizando cinco pontos (Fig. 78).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-2 polegadas.

Indicações: gastrite; úlcera péptica; indigestão; dispepsia; falta de apetite.

37. Shi-Tsang (Ext37)

Localização: 3 polegadas do ponto Zhongwan (RM12), lateralmente (Fig. 78).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-2 polegadas.

Indicações: gastrite; úlcera; dispepsia; impotência; menorragia.

38. Shi-Kuan (Ext38)

Localização: 1 polegada lateralmente do ponto Jianli (RM11) (Fig. 78).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-2 polegadas.

Indicações: gastrite; indigestão; soluço; enterite.

39. Wai-Si-Man (Ext39)

Localização: 1 polegada do ponto Siman (R14), lateralmente (Fig. 78).

Aplicação: moxa, 5-20 minutos.

Indicação: distúrbios de menstruação.

40. Jue-Yun (Ext40)

Localização: 0,3 polegada abaixo do ponto Shimen (RM5) (Fig. 78).

Aplicação: moxa, 5-20 minutos.

Indicações: esterilidade; diarréia.

41. Yi-Jing (Ext41)

Localização: 1 polegada lateralmente do ponto Guanyuan (RM4) (Fig. 78).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-2 polegadas, em cima da fáscia do

músculo abdominal.

Page 335: Monografia Dalvacy Alves

334

Indicações: espermatorréia; ejaculação precoce; impotência; eczema ou dermatite

no escroto.

42. Wei-Bao (Ext42)

Localização: No lado ínfero-medial da espinha ântero-superior do ilíaco, 6

polegadas lateralmente do ponto Guanyuan (RM4) (Fig. 79).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 2-3 polegadas, ao longo da linha inguinal.

Indicação: prolapso uterino.

43. Chang-Yi (Ext43)

Localização: 2,5 polegadas do ponto Zhongji (RM3), lateralmente (Fig. 78).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-2 polegadas.

Indicação: constipação; leucorréia; irregularidade menstrual; orquite; dor no pênis.

44. Tsi-Kung (Ext44)

Localização: 3 polegadas do ponto Zhongji (RM3), lateralmente (Fig. 79).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-2 polegadas.

Indicações: prolapso uterino; distúrbio menstrual; endometriose; esterilidal.

45. Ti-Tuo (Ext45)

Localização: 4 polegadas do ponto Guanyuan (RM4), lateralmente (Fig. 9).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,8-1 polegada.

Page 336: Monografia Dalvacy Alves

335

Indicações: prolapso uterino; dor no baixo ventre; hérnia.

46. Tsung-jian (Ext46)

Localização: 3 polegadas do ponto Qugu (RM2), lateralmente (Fig. 78).

Aplicação. agulhar, perpendicularmente, 1-2 polegadas.

Indicação. prolapso uterino.

47. Heng-Wen (Ext47)

Localização: 0,5 polegada medialmente do ponto Daheng (BP15) (Fig. 78).

Aplicação: moxa, 5-20 minutos.

Indicações: excesso de transpiração; fraqueza nas pernas.

Na região dorso-lombar

48. Chuan-Xi (Ext48)

Localização: 1 polegada lateral do ponto Dazhui (DM14) (Fig. 80).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada.

Indicações: asma; alergia.

49. Ting-Chuan (Ext49)

Localização: 0,5 polegada lateral do ponto Dazhui (DM14) (Fig. 80).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1 polegada.

Page 337: Monografia Dalvacy Alves

336

Indicações: asma; bronquite; fraqueza nos membros superiores.

50. Wai-Ting-Chuan (Ext50)

Localização: 1,5 polegada lateral do ponto Dazhui (DM14) (Fig. 80).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada.

Indicações: asma; bronquite.

51. Ba-Hua (Ext51)

Localização: delimita-se 1/4 de distância intermamilar, descrevendo-se um

triângulo equilátero e colocando-se o ponto Dazhui (DM14) como ápice do triângulo, os

outros dois ângulos correspondem aos pontos; a seguir, coloca-se o ápice do triângulo no

ponto médio entre os dois primeiros pontos, e os dois ângulos corresponderão a dois outros

pontos; repete-se a seqüência mais duas vezes, até completar oito pontos (Fig. 81).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada.

Indicações: asma; bronquite; tuberculose pulmonar; fraqueza; suor noturno;

artralgia.

52. Zhu-Tse (Ext52)

Localização: 0,5 polegada lateralmente da linha mediana, no nível da borda

inferior do processo espinhoso do T3 (Fig. 80).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada.

Page 338: Monografia Dalvacy Alves

337

Indicações: pneumonia; bronquite; lombalgia; dor torácica e abdominal resistente

ao tratamento.

53. Ju-Jue-Shu (Ext53)

Localização: na depressão abaixo do processo espinhoso do T4 (Fig. 80).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada.

Indicações: bronquite; asma; cardiopatia; neurastenia; nevralgia intercostal.

54. Wei-Re-Xue (Ext54)

Localização: 0,5 polegada lateralmente da linha mediana, no nível da borda

inferior do processo espinhoso do T4 (Fig. 80).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada.

Indicações: doenças gástricas; dor de dentes.

55. Zhong-Chuan (Ext55)

Localização: 0,5 polegada lateralmente da linha mediana, no nível da borda

inferior do processo espinhoso do TS (Fig. 80).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada.

Indicações: asma; bronquite; dorsalgia; dor no peito.

56. Pi-Re-Xue (Ext56)

Localização: 0,5 polegada lateralmente da linha mediana, no nível da borda

inferior do processo espinhoso do T6 (Fig. 80).

Page 339: Monografia Dalvacy Alves

338

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada.

Indicações: indigestão; esplenomegalia; panercatite.

57. Shen-Re-Xue (Ext57)

Localização: 0,5 polegada lateralmente da linha mediana, no nível da borda

inferior do processo espinhoso do T7 (Fig. 80).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada.

Indicações: nefrite; infecção das vias urinarias.

58. Chi-Chuan (Ext58)

Localização: 2 polegadas lateralmente ao processo espinhoso do T7 (Fig. 80).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada.

Indicações: asma; bronquite; pleurite; palpitação.

59. Kuei-Yang-Xue (Ext59)

Localização: 6 polegadas lateralmente da linha mediana, no nível da borda

inferior do processo espinhoso do T12 (Figs. 80 e 82).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,3-0,5 polegada.

Indicações: úlcera gástrica; úlcera duodenal.

60. Pi-Gen (Ext60)

Localização: 3,5 polegadas lateralmente da linha mediana, no nível inferior do

processo espinhoso do L1 (Figs. 80 e 82).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-1,5 polegada.

Indicações: hepato-esplenomegalia; gastrite; enterite; lombalgia.

61. Xue-Chou (Ext61)

Localização: no processo espinhoso do L2, entre os pontos Xuanshu (DM5) e

Mingmen (DM4) (Fig. 82).

Aplicação: moxa, 5-10 minutos.

Page 340: Monografia Dalvacy Alves

339

Indicações: melena; hemoptise; hematêmese.

62. Ji-Ju-Pi-Kuai (Ext62)

Localização: 4 polegadas lateralmente da linha mediana, no nível da borda

inferior do processo espinhoso do L2 (Fig. 82).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-1,5 polegada.

Indicações: hepato-espienomegalia; edema dos ovários; enterite; indigestão.

63. Wei-Xu (Ext63)

Localização: na borda inferior da décima segunda costela dorsal, lateralmente ao

músculo cílio-espinhal no nível de L2 (Fig. 82).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-2,5 polegada.

Indicações: dor gástrica; espasmo gástrico.

64. Yao-Yi (Ext64)

Localização: 3 polegadas lateralmente da linha mediana, no nível inferior do

processo espinhoso do L4 (Fig. 82).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1,5-2 polegada.

Indicação: lombalgia.

65. Yao-Yian (Ext65)

Localização: 3,8 polegadas lateralmente da linha mediana, no nível da borda

inferior do processo espinhoso do L4 (Fig. 82).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1,5-2 polegadas.

Indicações: lombalgia; orquite; doenças ginecológicas.

66. Chong-Kung (Ext66)

Localização: 3,5 polegadas lateralmente da linha mediana, no nível da borda

inferior do processo espinhoso do LS (Fig. 82).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1,5-2 polegadas.

Page 341: Monografia Dalvacy Alves

340

Indicação: lombalgia.

67. Jiu-Ji (Ext67)

Localização: na depressão abaixo do processo espinhoso do S1 (Fig. 82).

Aplicação: moxa, 5-10 minutos.

Indicação: menorragia.

68. Tun-Zhung (Ext68)

Localização: traça-se uma linha ligando o trocânter maior ao tubérculo isquiático;

toma-se essa linha como base para um triângulo equilátero cujo ápice é o ponto (Fig. 82).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 2-3 polegadas.

Indicações: dor ciática; fraqueza dos membros inferiroes; seqüela de paralisia

infantil; alergia; frio nos pés.

69. Huan-Zhung (Ext69)

Localização: ponto médio entre a linha que liga os pontos Yaoshu (DM2) e

Huantiao (VB30) (Fig. 82).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 2-3 polegadas.

Page 342: Monografia Dalvacy Alves

341

Indicações: dor ciática; lombalgia; dor na perna.

70. Hua-Tuo-Jia-Ji-Xue (Ext 70)

Localização: 0,5 polegada lateralmente da linha mediana, no nível da borda

inferior do processo espinhoso do T1 e L5, totalizando dezessete pares de pontos (Fig. 83).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1 polegada; dependendo da patologia

pode-se aplicar em vários pontos ao mesmo tempo ou alternadamente.

Indicações: tuberculose pulmonar; asma; problemas nos sistemas intestinal,

vesículo-hepático, urinário e de reprodução; neurastenia; lombalgia; fraqueza.

71. Tsuo-Gu (Ext71)

Localização: 1 polegada abaixo do ponto médio da linha que liga o trocânter

maior à ponta do cóccix (Fig. 82).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 2-3 polegadas.

Indicação: dor ciática.

72. Shi-Chi-Zui-Xia (Ext72)

Localização: na linha mediana do processo espinhoso, entre as vértebras L5 e S1

(Fig. 82).

Page 343: Monografia Dalvacy Alves

342

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,7 polegada; moxa, 10-20 minutos.

Indicações: lombalgia; dor ciática; problemas dos órgãos péivicos.

Na região dos membros superiores

73. Shi-Xuan (Ext73)

Localização: na ponta dos dedos da mão com 0,1 polegada de distância da unha

(Fig. 84).

Aplicação: agulhar para sangrar.

Indicações: desmaio; insolação; convulsão infantil; histeria; ataque epilético.

74. Jiu-Tien-Feng (Ext74)

Localização: no ponto médio da prega distal do dedo médio da mão (Fig. 84).

Aplicação: moxa, 5-10 minutos.

Indicação: vitiligo.

75. Si-Fung (Ext75)

Localização: ponto médio da prega proximal do segundo, terceiro, quarto e quinto

quilodáctilos (Fig. 84).

Aplicação: agulhar, superficialmente; faz-se pequena compressão no orifício até a

saída de líquido amarelo e transparente.

Indicação: indigestivo infantil; tosse.

76. Shou-Zhong-Ping (Ext76)

Localização: no ponto médio da prega metacarpo falangeana do dedo médio da

mão (Fig. 84).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 2-3 polegadas.

Indicação: orofaringite.

77. Ya-Tung (Ext77)

Page 344: Monografia Dalvacy Alves

343

Localização: na face palmar, 1 polegada proximal da terceira e quarta pregas

metacarpo-falangeanas (Fig. 84).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5 polegada.

Indicação: dor de dentes.

78. Shang-Houxi (Ext78)

Localização: o ponto situa-se entre os pontos Houxi (ID3) e Wangu (ID4) (Fig.

84).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-1,5 polegada.

Indicações. mudez; hipoacusia.

79. Ta-Gu-Kung (Ext79)

Localização: na face dorsal da parte média da articulação interfalageal do polegar

(Fig. 84).

Aplicação: moxa, 5-10 minutos.

Indicação: doenças oculares.

80. Zhong-Kuei (Ext80)

Localização: na face dorsal do dedo médio, no meio da articulação

interfalangeana distal (Fig. 84).

Aplicação: moxa, 5-10 minutos.

Indicações: dor de dentes; soluço; inapetência; dor no estômago; vitiligo.

81. Ba-Xie (Ext81)

Localização: na face dorsal da mão, entre as cabeças dos metacarpos, quatro

pontos de cada lado (Fig. 84).

Aplicação: agulhar, obliquamente, 0,5-1 polegada; ou agulhar superficialmente

para sangrar.

Page 345: Monografia Dalvacy Alves

344

Indicações: artrite na mão; inchaço no dorso da mão; dormência; cefaléia; dor de

dentes; picadas de cobra.

82. Luo-Jen (Ext82)

Localização: no dorso da mão, 0,5 polegada proximal da articulação metacarpo-

falangeana do segundo e terceiro quilodáctilos (Fig. 84).

Aplicação: agulhar, oblíqua ou perpendicularmente 0,5-1 polegada.

Indicações: torcicolo; dor no ombro e braço; dor no estômago; dor na garganta.

83. Wai-Lao-Kung (Ext83)

Localização: no dorso e lado ulnar do terceiro metacarpo, no ponto médio da linha

que liga o meio da prega transversal do metacarpo (Fig. 84).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,3-0,5 polegada.

Indicações: formigamento na mão; paralisia do braço; edema; dor na face dorsal

da mão; indigestão.

84. Er-Bai (Ext84)

Localização: 4 polegadas proximais do ponto médio da prega do punho, em um

opnto situado entre os dois tendões; o outro ponto situa-se fora do tendão no seu lado radial

(Fig. 85).

Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada.

Indicações: hemorróidas; prolapso anal; dor no antebraço.

85. Tsun-Pin (Ext85)

Localização: 1 polegada proximal e radial do ponto médio da prega do punho

(Fig. 85).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada.

Indicações: estado de choque; fraqueza.

86. Neu-Shang-Xue (Ext86)

Page 346: Monografia Dalvacy Alves

345

Localização: com o cotovelo ligeiramente flexionado, a mão semifechada e com a

palma virada medialmente, o ponto de encontro entre ¼ e ¾ da linha que liga os pontos Quchi

(IG11) e Yangchi (TA4) (Fig. 85).

Aplicação: agulhar, 1,2 polegada, com estímulo forte; e simultaneamente pede-se

que o paciente mova a região lombar.

Indicação: torção aguda na região lombar.

87. Bei-Zhong (Ext87)

Localização. no ponto médio da linha que liga os opntos médios da prega do

punho e cotovelo, entre os dois ossos do antebraço (Fig. 85).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, transfixando todo o antebraço até o

tecido subcutâneo do outro lado.

Page 347: Monografia Dalvacy Alves

346

Indicações: fraqueza nos membros superiores; espasmo; dor no antebraço;

histeria.

88. Ze-Chian (Ext88)

Localização: 1 polegada abaixo do ponto P5 na direção do dedo médio da mão

(Fig. 85).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-1 polegada.

Indicações: hipertireoidismo; formigamento nos membros superiores; dor no

antebraço; contratura do braço.

89. Jian-San-Jen (Ext89)

Localização: são três pontos, o ponto Jianyu (IG15) e os pontos da face anterior

do ombro, 1 polegada acima do final da prega axilar, na face posterior, 1,5 polegada acima do

final da prega axilar.

Aplicação: agulhar, perpendicularmente ou transfixando os pontos anterior e

posterior, 1-2 polegadas.

Indicações: dor no ombro; fraqueza e dormência nos mebros superiores;

dificuldade para levantar o braço.

90. Jian-Shu (Ext90)

Localização: no ponto médio da linha que liga os pontos Yunmen (P2) e Jianyu

(IG15) (Fig. 85).

Aplicação: agulhar 1-1,5 polegada.

Indicações: dor nos ombros e braços.

91. Zhu-Pei (Ext91)

Localização: entre as fibras do músculo deitóide, 2 olegadas abaixo do ponto Tai-

Jian (Ext92) (Fig. 85).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1,5 olegada.

Page 348: Monografia Dalvacy Alves

347

Indicações: periartrite nos ombros; seqüela de paralisia infantil.

92. Tai-Jian (Ext92)

Localização: no lado ântero-lateral dos ombros, entre as fibras do músculo

deitóide, 1,5 polegada abaixo do processo acrômio.

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada.

Indicações: periartrite nos ombros; seqüela de paralisia infantil.

Na região dos membros inferiores

93. Chien-Hou-Yinju (Ext93)

Localização: na planta do pé, 0,5 polegada na frente e atrás do ponto Yongguan

(R1) (Fig. 86).

Aplicação: agulhar 0,3-0,5 polegada.

Indicações: furunculose na perna; espasmo no ombro inferior; dor na planta da

parte posterior do pé; palpitação; hipertensão arterial; convulsão infantil.

94. Tsu-Xin (Ext94)

Localização: 1 polegada atrás do ponto Yongguan (R1) (Fig. 86).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1 polegada.

Indicações: menorragia; cefaléia; espasmo do músculo gastrogênico.

95. Shih-Min (Ext95)

Localização: no ponto médio da planta do calcanhar (Fig. 86).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,2-0,3 polegada.

Page 349: Monografia Dalvacy Alves

348

Indicações: insônia; dor na planta do pé.

96. Ba-Feng (Ext96)

Localização: entre as cabeças dos metatarsos no lado dorsal do pé; quatro pontos

de cada lado (Fig. 87).

Aplicação: agulhar, oblíqua ou superficialmente, 0,5-1 polegada; deixar sangrar.

Indicações: cefaléia; dor de dentes; menstruação irregular; malária; edema no

dorso do pé; picadas de cobras.

97. Nui-Shi (Ext97)

Localização: na parte posterior do pé, no meio do calcânco (Fig. 87).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,2-0,3 polegada.

Indicações: gengivite; abscesso dentário.

98. Nao-Ching (Ext98)

Localização: dois dedos acima do ponto Jiexi (E41) na borda externa da tíbia (Fig.

8 9).

Aplicação: agulhar, pependicularmente, 0,5-0,8 polegada.

Indicações: sonolência; tontura; falta de memória; seqüela de paralisia infantil (pé

eqüino).

99. Jiu-Wai-Fan (Ext99)

Localização: 1 polegada medial do ponto Chengshai (B57) (Fig. 89).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,8-1,5 polegada.

Page 350: Monografia Dalvacy Alves

349

Indicação: seqüela de paralisia infantil com inversão do pé.

100. Jiu-Nei-Fan (Ext100)

Localização: 1 polegada lateral do ponto Chengshai (B57) (Fig. 89).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1,5 polegada.

Indicação: seqüela de poliomielite com inversão do pé.

101. Jing-Xia (Ext101)

Localização: 3 polegadas acima do ponto Jiexi (E41) e 1 polegada lateral da borda

externa da tíbia (Fig. 89).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,5-1,5 polegada.

Indicações: seqüela de poliomielite com pé eqüino; paralisia dos membros

inferiores.

102. Wan-Li (Ext102)

Localização: 0,5 polegada abaixo do ponto Zusanli (E36) (Fig. 90).

Aplicação: agulhar 0,2-0,3 polegada.

Indicação: doenças dos olhos.

103. Lau-Wei (Ext103)

Localização: 2 polegadas abaixo do ponto Zusanli (E36) (Fig. 90).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,2-0,3 polegada.

Indicações: apendicite aguda e crônica; falta de forçça para elevar a perna.

Page 351: Monografia Dalvacy Alves

350

104. Chi-Yen (Ext104)

Localização: nas fossas laterais do tendão da patela, abaixo da borda inferior da

patela (Fig. 90).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 0,7-1 polegada, ou agulhar até o ponto

do lado oposto.

Page 352: Monografia Dalvacy Alves

351

Indicações: tendinite ou artrite no joelho; tensdinite da patela (síndrome de

jumper’s knee).

105. Chi-Xia (Ext105)

Localização: no ponto médio acima do tendão da patela, abaixo da borda inferior

da patela (Fig. 90).

Aplicação: moxa, 5-10 minutos.

Indicações: dor lombar; dor na tíbia; espasmo do músculo gastrogênico.

106. Dan-Nang-Dien (Ext106)

Localização: 1 dedo abaixo do ponto Yangquan (VB34) (Fig. 89).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente5 2-3 polegada.

Indicações: colecistite aguda e crônica; litíase renal; vermes no ducto biliar.

107. Ling-Hou (Ext107)

Localização: na depressão atrás da cabeça da fíbula (Fig. 89).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 2-3 polegadas.

Indicações: paralisia dos membros inferiores; artrite do joelho.

108. Her-Ting (Ext108)

Localização: com o joelho flexionado, depressão da borda superior da patela (Fig.

90).

Aplicação: agulhar, perpendicular ou obliquamente, 0,5-1 polegada.

Indicações: dor na articulação do joelho; paralisia dos membros inferiores;

fraqueza nas pernas.

109. Ling-Xia (Ext109)

Localização: 2 polegadas abaixo do ponto Yanglingquan (VB34) (Fig. 89).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-2 polegadas.

Indicações: surdez; colecistite; vermes nas vias biliares.

Page 353: Monografia Dalvacy Alves

352

110. Chien-Feng-Shi (Ext110)

Localização: 2 polegadas antes do ponto Fengshi (VB31) (Fig. 89).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-3 polegadas.

Indicações: paralisia dos membros inferiores; sem força para elevar a perna.

111. Shang-Feng-Xi (Ext111)

Localização: 2 polegadas acima do ponto Fengshi (VB31) (Fig. 89).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1-2 polegadas.

Indicações: ciatalgia; seqüela de poliomielites.

112. Shen-Xi (Ext112)

Localização: 1 polegada abaixo do ponto Futu (E32) (Fig. 89).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 1,5-2 polegadas.

Indicação: diabetes.

113. Bai-Chong-Wo (Ext113)

Localização: 1 polegada acima do ponto Xuehai (BP10) (Fig. 89).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 2-3 polegadas.

Indicações: alergia; reumatismo.

114. Yin-Wei-1 (Ext114)

Localização: 1 polegada do ponto final; lateral da prega poplítea, no lado do

tendão bíceps femural (Fig. 89).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 3-4 polegadas.

Indicações: distúrbios mentais; histeria.

115. Yin-Wei-2 (Ext115)

Localização: 2 polegadas acima do ponto final; lateral da prega poplítea no lado

do músculo bíceps femural (Fig. 89).

Aplicação: igual à do ponto Yin-Wei-1 (Ext114)

Page 354: Monografia Dalvacy Alves

353

Indicações: iguais à do ponto Yin-Wei-1 (Ext114)

116. Yin-Wei-3 (Ext116)

Localização: 3 polegadas acima do ponto final; lateral da prega poplítea, no lado

do músculo bíceps femural (Fig. 89).

Aplicação: igual à do ponto Yin-Wei-1 (Ext114).

Indicações: iguais à do ponto Yin-Wei-1 (Ext114).

117. Si-Lien (Ext117)

Localização: 4 polegadas acima do ponto final; lateral da prega poplítea, no lado

do músculo bíceps femural (Fig. 89).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 3-4 polegadas.

Indicação: distúrbios mentais.

118. Wu-Ling (Ext118)

Localização: 5 polegadas acima do ponto final; lateral da prega poplítea, no lado

do músculo bíceps femural (Fig. 89).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 3-4 polegadas.

Indicação: distúrbios mentais.

119. Ling-Bao (Ext119)

Localização: 6 polegadas acima do ponto final; lateral da prega poplítea, no lado

do músculo bíceps femural (Fig. 89).

Aplicação: agulhar, perpendicularmente, 3-4 polegadas.

Page 355: Monografia Dalvacy Alves

354

Indicação: distúrbios mentais.

120. Xin-Jian (Ext120)

Localização: no meio da linha que liga o trocânter maior à espinha ilíaca ântero-

superior (Fig. 91).

Aplicação: agulhar 0,5-1 polegada.

Indicações: dor e paralisia das pernas.

Page 356: Monografia Dalvacy Alves

355

8 PONTOS ONDE NÃO SE DEVEM APLICAR AGULHAS OU MOXIBUSTÃO

Os antigos tratados sobre Acupuntura alertam-nos para a existência de

determinados pontos proibidos ao uso de agulhas ou moxa. Os estudos científicos modernos

confirmam estas afirmações, mas nem todos os mecanismos funcionais relacionados a esse

fato são conhecidos.

De maneira geral, a não-utilização de agulha ou moxa em determinados pontos

obedece aos seguintes critérios:

1. Quando, na região subjacente ao ponto, há órgãos ou vísceras que podem ser

lesados. Exemplos: Shangzhong (RM17); Fengchu (DM16); Yamen (DM15) são pontos

proibidos à aplicação profunda de agulhas. Xinhui (DM22), em crianças pequenas, não admite

o uso de agulhas.

2. Em pontos suscetíveis a inflamação. Exemplo: Shenjue (RM8) no umbigo.

3. Quando existem artérias no local do ponto não é recomendável o uso de agulha,

pois podem ocorrer lesões.

4. Não aplicar moxa nos pontos da face, pois pode deixar cicatrizes.

5. Não é recomendável o uso de moxibustão nos pontos localizados nas

articulações, pois a cicatriz deixada pela moxa pode interferir nos movimentos articulares.

Exemplos: Weishu (B21) no joelho, Chize (P5) no cotovelo.

Na realidade, o uso desses pontos vai depender diretamente da técnica de

aplicação e dos instrumentos utilizados. Atualmente, é comum o uso da agulha cilíndrica que,

Page 357: Monografia Dalvacy Alves

356

por ser muito fina, pode ser aplicada nos pontos proibidos. Também nos pontos vedados à

moxa usam-se técnicas que, não lesando a pele, permitem a aplicação do tratamento.

Os pontos onde não se deve aplicar agulhas ou moxibustão descritos pelos antigos

livros chineses são os seguintes:

1. Pontos proibidos para agulhar: Shangzhong (RM17) e Shenjue (RM8).

2. Pontos proibidos para agulhar profundamente: Fengchu (DM16); Yamen

(DM15); Tiantu (RM22); Jingming (B1); Jianjing (VB21); Jiuwei (RM15); Rugen (E18);

Xinhui (DM22).

3. Pontos proibidos para moxibustão: Fengchu (DM16); Yamen (DM15); Tianzhu

(B10); Jingming (B1); Zanzhu (B2); Ermen (TA21); Yingxiang (IG20); Holiao (IG19);

Jinjing-Yuye (Ext22); Touwei (E8); Tai-Yang (Ext12); Xiaguan (E7); Jianzhen (ID9); Xinsi

Zhongchong (PC9); Shaoze (ID1); Lieque (P7); Yuji (P10); Chize (P5); Yinbai (BP1);

Yinlingquan (BP9); Weizhong (B54); Chengfu (b36).

4. Evitar excesso de moxibustão: Baihui (DM20) e pontos localizados na face.

5. Evitar agulhar profundamente os pontos localizados na região dorso-lombar, na

coluna vertebral e na região torácica.

Page 358: Monografia Dalvacy Alves

357

9 AURICULOTERAPIA

Existem relações fisiológicas entre o pavilhão auricular e diversas partes do corpo.

Quando um órgão, ou parte do corpo, apresenta algum problema patológico, surgirá uma

alteração de sensibilidade ou de eletrocondutibilidade em determinado ponto reflexo do

pavilhão auricular.

A Auriculoterapia é uma técnica terapêutica de estimulação no ponto reflexo no

pavilhão auricular para curar a doença.

A Auriculoterapia possui as vantagens de apresentar poucos efeitos colaterais,

além de ter aplicação ampla e manipulação simples.

Anatomia do pavilhão auiícular

O pavilhão auricular é composto principalmente por um tecido de cartilagem

elástica, alguns tecidos adiposos e linfáticos e é recoberto, externamente, pela cútis. Na região

da hipoderme há uma rede rica em nervos, vasos sanguíneos e linfáticos.

O centro do pavilhão denomina-se Hélice, e a parte da Hélice que entra na

depressão do pavilhão chama-se Cruz da Hélice. Na parte superior externa do pavilhão há

uma saliência chamada Tuberosidade da Hélice (ou tubérculo de Darwin); a parte que liga

com o lóbulo auricular denomina-se Cauda da Hélice.

A Anti-hélice é uma parte proeminente que se situa medial e paralelamente à

Hélice, na porção superior A Anti-hélice bifurca-se, originando dois ramais. O ramo superior

Page 359: Monografia Dalvacy Alves

358

da bifurcação chama-se pedículo superior da Anti-hélice, e o ramo inferior da bifurcação

chama-se pedículo inferior da Anti-hélice.

A região entre os dois ramais é chamada de Fossa Triangular, e a depressão

longitudinal que se situa entre a Hélice e a Anti-hélice denomina-se Escafa.

Na frente do orifício do Conduto Auditivo há uma saliência chamada Trago. A

depressão entre a parte superior do Trago e a Cruz da Hélice é denominada Estreito

Supratrágico. A porção saliente oposta ao Trago chama-se Antitrago, e a depressão entre o

Antitrago e a Hélice chama-se Estreito de Trago Hélice. A depressão entre o Trago e o

Antitrago denomina-se Incisura intertrago; a depressão no lado interno da Ani Cruz da Hélice

divide a Concha em duas partes: a superior e a inferior.

O orifício do conduto auditivo localiza-se na parte inferior.

Distribuição dos pontos na orelha

A distribuição dos pontos na orelha segue geral, o lóbulo auricular corresponde à

cabeça e a Escafa ao membro superior, a periferia da inferior, a parte superior da Concha ao

tórax, Fossa Triangular à pélvis, o Antitrago e a base endócrina. Essa divisão facilita a

localização dos pontos reflexos.

Os pontos descobertos mais recentemente nem sempre seguem esta ordem de

distribuição (Fig. 92).

A. Zona dos membros superiores

Os problemas dos membros superiores se refletem na área Escafa.

Dedos - na parte superior da Escafa.

Pulso - no nível da Tuberosidade da Hélice.

Cotovelo - no nível da borda superior da perna inferior da Anti-hélice.

Ombro - no nível do Estreito Supratrágico.

Page 360: Monografia Dalvacy Alves

359

Articulação do ombro - no nível da borda inferior da Cruz da Hélice.

Clavícula - no nível do conduto auditivo externo.

B. Zona dos membros inferiores

Os problemas dos membros inferiores se refletem no ramo superior e inferior da

Anti-hélice.

Dedos - na parte superior da perna superior da Anti-hélice.

Tornozelo - na parte inferior da perna superior da Anti-hélice, perto da Fossa

Triangular.

Joelho - na parte inferior da perna superior da Anti-hélice no nível da borda

superior da perna inferior da Anti-hélice.

Nádega - no meio da borda superior da perna inferior da Anti-hélice.

Nervo ciático - na parte anterior da perna inferior da Anti-hélice.

C. Zona do tronco

Os problemas da coluna vertebral, tórax e Abdomem se refletem na borda da

Anti-hélice.

Coluna lombossacral - no nível da borda inferior da perna inferior da Anti-hélice.

Coluna torácica - no nível da linha perpendicular da Anti-hélice.

Coluna cervical - na borda inferior da Anti-hélice.

Abdômen - na Anti-hélice, mais ou menos no nível da perna inferior da Anti-

hélice.

Tórax - na Anti-hélice, no nível do Estreito Suptratrágico.

Pescoço - na região de transição entre a Anti-hélice e a depressão do Antitrago.

DISTRIBUIÇÃO DOS PONTOS AURICULARES

1) Plato inferior

Page 361: Monografia Dalvacy Alves

360

2) Plato superior

3) Língua

4) Maxilar

5) Mandibular

6) Olho

7) Ouvido interno

9) Amígdala

9) Face e malar

10) Anestesia dentária

11) Parótida

12) Asma

13) Testículos

14) Cérebro

15) Occípito

16) Testa

17) TAI-YANG

18) Parietal

19) Dermo inferior

20) Ponto da excitação

21) Clavicular

22) Dedos da mão

23) Articulação da mão

24) Ombro

25) Cotovelo

26) Pulso

Page 362: Monografia Dalvacy Alves

361

27) Ponto de nefrite

28) Ponto de apêndice

29) Ponto de urticária

30) Vértebra cervical

31) Vértebra sacral

32) Vértebra torácica

33) Vértebra lombar

34) Nuca

35) Torácico

36) Abdômen

37) Abdômen externo

38) Ponto de calor

39) Tiróide

40) Glândula mamária

41) Apêndice

42) Ponto lombar

43) Dedos do pé

44) Calcanhar

45) Tornozelo

46) Joelho

47) Quadril

48) Joelho

49) Nádega

50) Nervo vegetativo

51) Nervo ciático

Page 363: Monografia Dalvacy Alves

362

52) Utero

53) SHEN-MEN

54) Pélvis

55) Ponto de baixar pressão

56) Ponto de asma

57) Coxa

58) Constipação

59) Hepatite

60) Boca

61) Estômago

62) Esôfago

63) Cárdia

64) Duodeno

65) Intestino delgado

66) Intestino grosso

67) Apêndice

68) Diafragma

69) Centro da orelha

70) Bexiga

71) Rins

72) Ureter

73) Próstata

74) Fígado

75) Pâncreas e vesícula

76) Panercatite

Page 364: Monografia Dalvacy Alves

363

77) Ascite

78) Dipsomania

79) Coração

80) Baço

81) Pulmão

82) Brônquios

83) Tubérculos

84) Bronquicetasia

85) Traquéia

86) Cirrose

87) Heparomegalia

88) Triplo-aquecedor

89) Área de hepatite

90) Ponto de novo olho

91) Nariz interno

92) Garganta

93) Supra-renal

94) Trago

95) Nariz externo

96) Ponto da sede

97) Ponto da fome

98) Hipertensão

99) Purificação

100) Endócrino

101) Ovário

Page 365: Monografia Dalvacy Alves

364

102) Olho 1

103) Olho 2

104) Hipotensão

105) Ouvido externo

106) Ponto cardíaco

107) Tronco cerebral

108) Palato mole

109) Ponto de dor de dentes

110) Genitália externa

111) Uretra

112) Recto inferior

113) Ânus

114) Ponto superior da orelha

115) Hemorróidas

116) Amígdala 1

117) Amígdala 2

118) Amígdala 3

119) YANG do Fígado(l)

120) YANG do Fígado(2)

121) Hélice 1

122) Hélice 2

123) Hélice 3

124) Hélice 4

125) Hélice 5

126) Hélice 6

Page 366: Monografia Dalvacy Alves

365

127) Tiróide

128) Costa superior

129) Costa média

130) Costa inferior

D. Zona da cabeça e face

Os problemas da face e dos órgãos dos sentidos se refletem no Lóbulo Auricular é

no Trago.

Na região Lóbulo Auficular

Olho - no meio do Lóbulo Auricular.

Maxilar, mandíbula, bochecha e testa - na parte externa do Lóbulo Auricular.

Page 367: Monografia Dalvacy Alves

366

Anestesia para extração dentária - parte ântero-superior do Lóbulo Auricular.

Olho 1 - ântero-inferior da Incisura Intertrago.

Olho 2 - póstero-inferior da Incisura Intertrago.

Na borda do Antitrago

Tronco cerebral - na transição entre Antitrago e Antélice, o ponto também é

chamado ponto de vertigem.

Ponto cerebral - no meio da parte externa da borda superior do Antitrago.

Ponto de asma - no meio da borda superior do Antitrago.

Frontal - na borda lateral, póstero-superior do Antitrago.

Tai-Yang - entre os pontos frontal e occipital, no lado externo do Trago.

Córtex - no lado interno do Antitrago.

No Trago

Aurícula externa - na depressão próxima à frente do Estreito Supratrágico.

Nariz - no meio da parte externa do Trago.

Faringe - parede interna do Trago em frente ao orifício do conduto auditivo

externo.

Nariz interno - parede interna do Trago abaixo do ponto da faringe.

E. Zona da cavidade torácica e abdominal

As doenças cardíacas e pulmonares se refletem, na maioria das vezes, na

Cavidade Conchada, e as do aparelho digestivo na Cruz da Hélice.

Os pontos dessa zona:

Coração - no fundo da depressão da parte superior da Concha.

Pulmão - parede anterior, superior e inferior da parte superior da Concha.

Boca - parede posterior do orifício do conduto auditivo externo.

Esôfago - no lado interno da porção inferior da Cruz da Hélice.

Page 368: Monografia Dalvacy Alves

367

Estômago - região em torno da porção terminal da Cruz da Hélice que possui

forma de ferradura.

Intestino delgado - no lado externo da porção superior da Cruz da Hélice.

Intestino grosso - no lado interno da porção superior da Cruz da Hélice.

Intestino reto e ânus - fica na Hélice no mesmo nível do ponto do intestino grosso.

Fígado - situa-se na parte posterior da zona do estômago; é uma área estreita e

comprida.

Baço - um meio inferior da região do fígado da orelha esquerda (só na esquerda).

Pâncreas e vesícula biliar – na parte inferior lateral da parte inferior da Concha,

sendo que na orelha esquerda reflete o pâncreas e na direita a vesícula biliar.

Rins - na parte média superior da parte inferior da Concha.

Bexiga - na parte superior interna da parte inferior da Concha.

Uretra - na Hélice, no mesmo nível da Bexiga.

F. Zona da cavidade pélvica

Os órgãos reprodutores situados na cavidade Fossa Triangular.

Os pontos são:

Pélvis - no ponto da bifurcação dos ramos da Anti-hélice.

Útero - na Fossa Triangular, no meio do lado da Hélice.

Simpático - na região de transição entre a borda superior da perna inferior da

Antélice e a borda interna da Hélice.

Genitália externa - na Hélice, no nível da perna inferior da Anti-hélice.

G. Zona do sistema endocrinológico

As doenças do sistema endocrinológico têm pontos reflexos na base da Incisura

Intertragos.

Hipófise - parede interna do Antitrago, face interna da zona do subcórtex.

Page 369: Monografia Dalvacy Alves

368

Tiróide ou Paratiróide - face interna da hipófise.

Ovários e Testículos - parede interna do Antitrago, perto da Incisura Intertrago.

Supra-renal - uma saliência abaixo do Trago.

Pin-Tien - uma saliência no Trago.

Funções dos pontos auxiculares

O conhecimento no campo da Auriculoterapia está se expandindo e enriquecendo

através da observação e experiências clíncias. Sabemos que os pontos da orelha são

semelhantes aos do corpo e, como estes, têm suas próprias funções.

Citaremos a seguir os pontos e suas funções:

Coração - Função tranqüilizante, é também usado nas afecções cardiovasculares.

“O coração governa a mente”, portanto, esse ponto é usado em casos de neurastenia; doenças

mentais; disfunção cardiovascular; elevação da pressão; estados de choque; glossite; faringite.

Utiliza-se em algumas doenças hematológicas.

Fígado - Melhora a função do fígado, vesícula biliar, estômago e visão. Esse

ponto trata principalmente da hepatite, aguda e crônica; colistite; inflamação dos olhos;

anemia; ferropriva; doenças dos sistemas digestivo e ginecológico.

Baço - Fortalece a energia do baço-pâncreas e trata especialmente das doenaçs do

sistema digestivo. “O baço governa o sangue”, portanto, este ponto é utilizado no caso de

hemorragia; anemia; doenças hematológicas. “O pâncreas governa os músculos”, por isso,

este ponto também é indicado para equilibrar a função muscular; prolapso retal; ptose dos

órgãos; diarréias crônicas.

Pulmão – Trata, principalmente, das doenças respiratórias. “O pulmão governa a

superfície do corpo.” Ponto indicado para o tratam,ento de resfriado; sudorese; doenças

dermatológicas. Usa-se também para anestesiar em incisão de pele.

Page 370: Monografia Dalvacy Alves

369

Rins - Tonifica a energia geral do corpo. Fortalece a coluna lombar e tonifica a

medula óssea. Melhora a visão e a audição. Trata, principalmente, de doenças do sistema

urinário e de reprodução. “Os rins governam os cabelos”, portanto, é um ponto indicado para

casos de calvície ou de alopecia.

Subcórtex - Controla a função do córtex cerebral, tendo um desempenho

analgésico, antiinflamatório e tranqüilizante. Trata de doenças causadas pelos distúrbios das

funções do córtex cerebral. É também usado nas vasculites, ptose gástrica e ptose uterina.

Occipital - Freqüentemente utilizado nas doenças do sistema nervoso e nas

irritações da meninge; estados de cheque; alergia; analgesia e hemostasia. Cérebro e hipófise -

Nanismo; acromegalia; incontinência urinária; hemorragia uterina disfuncional.

Endócrino - Doenças do sistema endócrino: alergias; reumatismo; disfunções

ginecológicas e obstétricas; casos de diabete e determinadas doenças dermatológicas.

Supra-renal - Controla os vasos sanguíneos; estado de choque; infecção;

reumatismo; alergia; hipotensão arterial; vasculite; hemorragia; tosse e asma; febre.

Simpático - Doenças provocadas por distúrbios do sistema nervoso autônomo;

analgesia dos órgãos e vísceras internas; dilatação vascular; angina pectoris; arritmia cardíaca;

extra-sístole; sudorese. Ponto importante na anestesia para cirurgias torácica e abdominal.

Shenmen - Tranqüilizante; Analgésico; antiinflamatório; indicado para doenças

neurológicas e mentais. É ponto para anestesia e analgesias.

Utero - Pelviperitonite; hemorragia disfuncional; distúrbio menstrual; leucorréia;

impotência sexual; orquite; para acelerar o trabalho de parto.

Sanjiao - Moderador das dores provocadas pela mucosa intestinal; peritônio e

pericárdio; tem também função diurética e antiinflamatória.

Pâncreas - Pancreatite; indigestão; diabetes e enxaqueca.

Page 371: Monografia Dalvacy Alves

370

Asma - Regula o centro respiratório; antialérgico; asma; opressão no peito;

coceira alérgica.

Novo olho - Problemas dos olhos e visão.

Medula 1 e 2 - Atrofia muscular; paralisia infantil e polineurite.

Nervo occipital menor - Ação tranqüilizante e analgésica; espasmo dos vasos

cerebrais; seqüela de trauma craniano; enxaqueca; tontura.

Ponto de tonificação - Muito sono; nicturia.

Ponto de orelha - Febre em caso de inflamação; analgésico; abaixa a pressão

arterial; hipertensivo; coma hepática.

Ponto de Trago - Agulhar ou sangrar o ponto; abaixa a febre; ação analgésica e

antiinflamatória.

Fígado Yang 1 e 2 - Hipertensão arterial; cefaléia; hepatite crônica.

Hélice 1 a 6 - Antiinflamatório; febre; antiedema; abaixa a hipertensão arterial; no

tratamento da amigdalite e da hipertensão arterial; sangrar o ponto.

Póstero-auricular superior e inferior - Analgesia; lombalgia; doenças

dermatológicas; reumatismo; ponto de anestesia na cirurgia torácica.

Ponto de labirinto - Tranqüilizante; analgesia; sudorese; taquicardia.

Raiz auricular superior e inferior - Analgesia; nicturia; diminuição de audição;

miopia.

Métodos de localização dos pontos na orelha

Para localizar o ponto reflexo na orelha, é preciso procurar com minúcia. Cada

pessoa tem um formato de orelha diferente. Assim o ponto reflexo varia de indivíduo para

indivíduo de acordo com o tipo de doença apresentado. Na área clínica, não é possível

localizar os pontos com base somente na consulta ao mapa de Auriculoterapia; deve-se aliar a

Page 372: Monografia Dalvacy Alves

371

estes outros procedimentos, como o exame dos pontos dolorosos à pressão digital ou o uso de

aparelhos eletrônicos. Os pontos dolorosos apresentam, geralmente, menor resistência e,

quando agulhados, dão bons resultados terapêutica.

1. Método de compressão

É o mais utilizado atualmente. Depois da anamnese, faz-se um exame em que se

usa este método. Consiste em se pressionar, com a ajuda de um bastão ou palito de fósforo,

regiões correspondentes. Ao se achar o ponto reflexo, o paciente sentirá dor.

Durante a manipulação, a força a ser aplicada deve ser leve, lenta e da mesma

intensidade. As vezes pode ocorrer formação de bolhas ou haver alteração da cor da

pigmentação no local do ponto reflexo. Em alguns pacientes não é possível localizar o ponto

reflexo. Nesse caso, pode-se massagear a orelha, recomeçando novamente o exame.

Se mesmo assim o ponto reflexo não for encontrado, deve-se aguardar um pouco e

recomeçar o exame. Se ainda assim não se achar o ponto relfexo, então, o melhor será

selecionar os pontos na região correspondente à doença.

2. Método de condutibilidade elétrica

Sabe-se que os pontos reflexos apresentam características de resistência elétrica

baixa ou de boa condutibilidade. Há um aparelho eletrônico, o tester, construído

especialmente para localizar os pontos reflexos. Sua utilização é vantajosa, pois é preciso e de

fácil manipulação. Durante o exame o paciente deve segurar um dos pólos, enquanto o outro,

em forma de bastão, é utilizado para a localização dos pontos reflexos.

3. Método de inspeção

Em muitos pacientes foram observadas alterações nos pontos reflexos da orelha,

tais como: mudança de coloração da pele; descamação; bolhas; ponto hipercrônico; hiperemia

etc. Essas mudanças observadas muitas vezes auxiliam no diagnóstico da doença e na

localização dos pontos reflexos.

Page 373: Monografia Dalvacy Alves

372

Comentaremos, a seguir, os fenômenos observados mais comumente:

A. Coloração esbranquiçada em forma de ponto ou placa, uma depressão ou

saliência, formação de vesícula esbranquiçada com brilho, são freqüentemente observadas nos

pacientes com inflamação crônica.

B. Coloração esbranquiçada, depressão, saliência ou vesícula esbranquiçada e sem

brilho, geralmente indicam distúrbio orgânico crônico.

C. Congestão ou eritema em ponto ou placa, vesícula avermelhada ou com halos

avermelhados e brilho, são observadas em pacientes com inflamações agudas.

D. Presença de nódulos ou coloração escura redondinha ou em placa é observada

em pacientes com tumor.

E. Descamações são observadas nas doenças dermatológicas e nos distúrbios

digestivos e metabólicos.

Às vezes, em indivíduos normais, observam-se esses fenômenos no pavilhão

auricular. No entanto, se pressionarmos esses pontos com o bastão e não houver reação

dolorosa ou hipersensibilidade, pode-se concluir que não se trata de pontos reflexos.

Técnica da aplicação

Após um diagnóstico minucioso, e escolhida a zona reflexa onde deverá ser feita a

aplicação, procede-se à assepsia com álcool. Usa-se, entao, uma agulha esterilizada de

número 30-34. Agulhar, perpendicularmente ou obliquamente, evitando-se transfixar a

cartilagem auricular, o que pode causar traumas e infecções desnecessárias. Depois de

agulhar, o paciente pode ter a sensação de dor, calor, compressão e formigamento.

A sensação comum é de dor, porém não muito forte. As agulhas permanecem na

orelha por 10-30 minutos. Nesse período de tempo, pode-se estimular os pontos girando as

agulhas, ou então utilizando um aparelho eletrônico especialmente projetado para essa

Page 374: Monografia Dalvacy Alves

373

finalidade. Ao mesmo tempo, o paciente pode movimentar o local afetado; isso tende a

proporcionar melhores resultados.

Em geral, quanto maior o tempo de permanência das agulhas, mais duradouro será

o efeito da aplicação; tudo isso depende da indicação patológica do paciente. Nas doenças

crônicas, o tempo de permanência das agulhas pode variar de uma a duas horas; existe a

possibilidade de se deixar uma agulha intradérmica no ponto.

Na Auriculoterapia é importante introduzir a agulha com certa rapidez, pois a

distribuição nervosa é abundante e nos pontos reflexos apresenta-se mais sensível. Além

disso, introduzindo a agulha rapidamente, evita-se ou diminui-se a dor e o medo do paciente.

O intervalo entre duas aplicações depende do tipo de doença; nas doenças agudas,

ou de excesso energético, pode-se fazer de uma a duas aplicações por dia; nas crônicas ou de

deficiência, é recomendável uma aplicação diária ou a cada dois dias.

O tratamento é feito em séries de aplicações, sendo que cada série corresponde de

cinco a dez aplicações. Após o término de uma série, recomenda-se um intervalo de uma

semana para observação, dependendo do resultado obtido.

Observações e cuidados

1. Tomar o máximo cuidado com a assepsia para se evitar uma possível infecção.

No caso de haver alguma ferida no local, recomenda-se evitar a aplicação.

2. Evitar toda e qualquer aplicação no período compreendido entre o segundo e o

sétimo mês de gestação, em gestantes com um histórico de abortos freqüentes; evitar,

especialmente, os pontos correspondentes ao útero, ovário, sistema endócrino, subcórtex, para

não correr riscos de aborto ou parto prematuro.

3. Durante a aplicação, se o paciente apresentar tontura, mal-estar, sudorese, frio

nos membros, deve-se interromper o tratamento.

Page 375: Monografia Dalvacy Alves

374

4. Se o paciente for nervoso e apresentar cansaço ou fraqueza, é conveniente fazer

as aplicações na posição deitada.

5. A Auriculoterapia também tem seus limites. Assim, às vezes, para se obter os

resulatdos desejados é necessário que o tratamento seja associado a outros métodos.

Page 376: Monografia Dalvacy Alves

375

10 APLICAÇÕES ATRAVÉS DA ACUPUNTURA

Aplicação de agulhas

Este método consiste, basicamente, na utilização e aplicação de agulhas especiais

(geralmente fabricadas com diferentes tipos de metais) em pontos específicos do corpo, com o

objetivo de, através de determinadas técnicas, estimulá-los e, assim, sensibilizar o plexo

nervoso, provocando várias respostas terapêuticas.

A. Tipos de agulhas

Na história antiga da Acupuntura chinesa já se conheciam e utilizavam cerca de

nove tipos diferentes de agulhas. Atualmente julgamos serem três os tipos mais importantes e

úteis para a prática médica.

1. Agulhas cilíndricas

Estas agulhas são bastante delgadas e apresentam a ponta arredondada. São

fabricadas em diversos tipos de metal: liga de aço e ouro (geralmente em torno de 14 ql), aço

e prata ou aço inoxidável. Seu diâmetro vem numerado, geralmente de 26 a 32, sendo que

quanto maior o número, maior o diâmetro e vice-versa. Seus comprimentos são variados (Fig.

93a).

2. Agulhas cortantes

Estas agulhas apresentam a ponta lanceolada semelhante à figura geométrica de

um losango. Via de regra, elas têm um diâmetro maior que os das agulhas cilíndricas mas,

como estas, apresentam comprimentos variáveis (Fig. 93b).

Page 377: Monografia Dalvacy Alves

376

3. Agulhas epidérmicas São subdivididas em:

- Agulhas em forma de flor de ameixa; com cinco pontas (Fig. 93d).

- Agulhas de sete estrelas; com sete pontas (Fig. 93d).

- Agulhas intradérmicas (Fig. 93c).

B. Posição do paciente

O paciente deve estar numa posição adequada, que lhe permita um bom e

prolongado relaxamento, para se evitar um possível lipotímio ou hipotensão, facilitando-se,

assim, a atuação do acupunturis maior precisão suas técnicas de aplicação; além para se obter

resultados satisfatórios.

Normalmente, utilizamos seis tipos de posições para o paciente:

a) decúbito dorsal;

b) decúbito lateral;

c) decúbito ventral;

d) posição sentada, com o tronco em semiflexão anterior e a fronte sobre um

apoio;

e) posição sentada, com o tronco ereto e o dorso apoiado sobre o encosto da

cadeira;

f) posição sentada, com o tronco ligeiramente inclinado paa trás sobre um apoio e

a nuca apoiada sobre um encosto.

Page 378: Monografia Dalvacy Alves

377

C. Direção da agulha

A direção e o posicionamento da agulha dependerão da localização do ponto das

diferentes patologias, como também do objetivo que se deseja atingir para se obter o êxito

terapêutica (Fig. 94).

As mais utilizadas são:

1. Perpendicularmente: fazendo ângulo de 90º com a superfície cutânea.

2. Obliquamente: fazendo ângulo de 30 a 60º com a superfície cutânea.

3. Horizontalmente: fazendo ângulo de 10 a 20º com a superfície cutânea.

D. Profundidade da aplicação

A profundidade da aplicação está na dependência de dievrsos fatores:

1. O nível de profundidade dos pontos varia em função da localização dos

diversos pontos.

2. Intensidade da sensibilização necessária.

3. Constituição física, isto é, em pacientes obesos deve-se aprofundar mais do que

em pacientes magros e vice-versa.

4. Fator idade, ou seja, em idosos e crianças a profundidade da aplicação deverá

ser mais superficial.

5. Fator sexo: no sexo masculino, em relação ao sexo feminino, o nível da

profundidade deverá ser maior.

Page 379: Monografia Dalvacy Alves

378

6. Estado geral do paciente: quanto melhor o estado geral do paciente, mais

profunda deverá ser a aplicação e vice-versa.

7. Tipo de síndrome. de acordo com a teoria da medicina chinesa, são divididas

em quatro critérios que são: Yin-Yang; Calor-Frio; Superficial-Profunda; Excesso-Deficiência

(de energia).

Doenças por depleção energética e Síndrome do Calor necessitam de menor

intensidade de estímulo, ao contrário das doenças por excesso energético ou Síndrome do

Frio, que necessitam de maior intensidade.

E. Técnicas de aplicação

Tradicionalmente, as técnicas de aplicação são divididas em vários tipos. Cada um

deles recebe nomes diferentes. Contudo, recentemente, com base nos resultados de vários

estudos e estatísticas científicas, foram simplificados em apenas cinco tipos de técnicas:

1. Após determinar a direção da agulha, realiza-se a aplicação introduzindo-a na

epiderme rapidamente num único movimento; ela deve ser aprofundada lentamente até atingir

o nível da profundidade adequada para se obter a estimulação necessária. A seguir, realizam-

se movimentos repetidos de vaivém, aprofundando e aliviando a profundidade da agulha, mas

sem retirá-la.

2. A segunda técnica consiste em realizar movimentos de rotação da agulha,

depois de se ter atingido o ponto.

3. A terceira consiste em realizar as duas técnicas anteriores concomitantemente;

assim, haverá movimentos de aprofundamento de diminuição da pressão da agulha,

associados a movimentos de rotação da mesma.

4. Depois de a agulha ter atingido o ponto, deve-se fixá-la com os dedos da mão

esquerda; com a outra mão, apóia-se o polegar sobre o terminal da agulha e faz-se

movimentos repetidos de raspagem com o indicador sobre sua haste.

Page 380: Monografia Dalvacy Alves

379

5. Eletroestimulação: essa técnica requer a utilização de vários tipos de correntes

elétricas; usa-se uma pinça especial conectada em uma das extremidades do fio, pinçando-o à

haste da agulha. Essa técnica recebe o nome de eletroacupuntura.

F. Técnicas para tonificação e dispersão energética

De acordo com a teoria da medicina chinesa, as doenças foram divididas em

diferentes síndromes e estas subdivididas em dois grupos:

a) por depleção energética;

b) por excesso energético.

De acordo com essa teoria, com base em estudos científicos, o princípio do

tratamento baseia-se na necessidade de dispersar ou tonificar determiando meridiano,

dependendo de ele estar apresentando excesso ou deficiência energética; com isso, consegue-

se manter o equilíbrio entre dois meridianos e, conseqüentemente, a cura da doença. A doença

é o resultado de um desequilíbrio energético entre os meridianos em questão.

As técnicas para a realização do tratamento dividem-se em vários tipos; porém,

com base em pesquisas recentes, estabeleceram-se quatro tipos de técnicas consideradas úteis

e importantes na prática médica:

1. Velocidade da aplicação

a) Aplicar e aprofundar a agulha rapidamente, em um ´nico movimento, com

posterior retirada lenta e suave. Essa técnica é usada para tonificação do meridiano.

b) Aplicar e aprofundar a agulha lentamente, com opsterior retirada rápida. Essa

técnica é usada para se conseguir a dispersão energética.

2. Intensidade da aplicação

a) Leve: utilizada para tonificar.

b) Moderada: quando se quer dispersar e tonificar levemente detemriando

meridiano.

Page 381: Monografia Dalvacy Alves

380

c) Forte: utilizada para dispersar.

3. Direção da agulha

De acordo com as teorias dos meridianos, todo meridiano possui o sentido de seu

fluxo energético. Assim sendo, se aplicamros, tonificando, a energia deste meridiano, e se

aplicarmos a agulha em sentido contrário a seu fluxo, estaremos provocando a dispersão

energética do meridiano.

4. Duração da permanência da agulha

Para tonificar o meridiano, a agulha deverá ser retirada logo após a estimulação do

ponto.

Para a dispersão energética do meridiano, a agulha deverá permanecer por um

período variável de tempo, sendo que, durante este período, devem-se realizar estimulações

periódicas.

G. Aplicação de agulhas cortantes

Estas agulhas têm a ponta em forma triangular ou losangular, com as bordas

cortantes, sendo que as mais usadas são as de nº 26-28.

Elas apresentam duas aplicações:

1. Perfuração única: consiste em provocar, com o uso da agulha, um ponto

sangrante superficial e deixar sair uma ou duas gotas de sangue. Essa aplicação deverá ser

feita em pontos específicos do meridiano localizado nas partes distais dos dedos. Esses pontos

são denominados pontos-poço do meridiano. São usados para o tratamento de amigdalite;

furuncutose; coma; insolação; A.V.C. etc.

2. Perfuração múltipla: nesse caso, a agulha deverá atingir o local patológico,

provocando vários pontos sangrantes ou orifícios para drenagem de secreções. Geralmente

usados para tratamento de erisipela etc.

H. Aplicação de agulhas aquecidas

Page 382: Monografia Dalvacy Alves

381

Apresentam duas modalidades:

1) Através do flambamento prévio do corpo e cabeça da agulha numa chama de

fogo, fazer aplicação sobre o ponto do meridiano próximo do local da sintomatologia.

Geralmente essas agulhas são usadas para tratamento de dores crônicas profundas (tendinite

ou periartrite).

2) Após a aplicação da agulha sobre o ponto determinado, aquecê-la com moxa

acesa, colocando-a sobre o terminal da agulha e deixando-a até que o paciente acuse calor

local.

Esse método é indicado para doenças crônicas, rebeldes aos tratamentos usuais,

como nos casos de paralisia; fraqueza e dor crônica.

São contra-indicadas em todos os casos em que a aplicação deve ser retirada

rapidamente após a estimulação do ponto, ou seja, em que aquela não deva permanecer no

local do ponto de aplicação, como nos casos de espasticidade; tremores e febres ete.

I. Aplicação de agulhas epidérmicas

Essas agulhas recebem também o nome de agulhas pediátricas e são comumente

usadas em crianças.

São apresentadas em vários modelos diferentes, porém os dois modelos mais

usados são aqueles denominados agulhas em flor de ameixa, apresentando forma semelhante a

um pequeno martelo e recebendo este nome por apresentar em sua cabeça cinco pontas de

agulhas.

O outro modelo apresenta em sua cabeça sete filetes, recebendo assim o nome de

agulha de sete estrelas (Fig. 95).

Page 383: Monografia Dalvacy Alves

382

1. Técnicas e locais de aplicação

a) Estimulação local: realiza estimulações sucessivas sobre a pele no local da

atologia até que sua superfície se apresente avermelhada.

b) Estimulações sucessivas do ponto próximo aos processos espinhosos das

vértebras (lateralmente ou entre eles), seguindo a teoria dos meridianos ou dos dermátomos.

c) Estimulação dos pontos reflexos (os pontos “Trigger”).

d) Estimulação dos pontos distais dos membros, ou seja, os pontos dos cinco

elementos.

2. Cuidados a serem tomados quanto à aplicação de agulhas epidérmicas

a) A agulha deverá estar rigorosamente esterilizada para evitar o perigo de

contaminação.

b) No ato da aplicação, a agulha deverá estar perpendicular em relação à

superfície da pele, realizando estimulações repetidas, evitando arranhar ou ferir a pele.

c) Evitar aplicações em locais infectados, apresentando úlceras ou queimaduras.

J. Aplicação de agulha intradérmíca

1. Diagnosticar primeiramente o desequilíbrio entre os meridianos, através de

testes de condutibilidade do meridiano ou teste de sensibilidade do ponto em relação ao calor.

2. De acordo com o resultado acima, selecionar pontos para aplicação após

realizar testes com o auxílio de um tester, para localizar o ponto mais sensível da pele.

3. Fazer aplicação com agulha intradérmica, fixá-la com um esparadrapo por um

período variável de alguns dias a uma semana.

K. Auxiculoterapia

Esse assunto já foi comentado em outros capítulos.

Aplicação da moxa

A. Definição

Page 384: Monografia Dalvacy Alves

383

É denominado moxa um material com folha de artemísia moída e preparado sob a

forma de bola de algodão; ela é utilizada para queimar sobre o ponto de aplicação. Visa-se

com isso provocar, através do calor, a estimulação do local. Esse método é denominado

moxibustão.

Além desse método de estimulação, há outros que atualmente também recebem o

nome de moxibustão. São processos que utilizam outras energias físicas tais como: raios

infravermelhos, energia elétrica, raio laser etc. que, através do calor, provocam o mesmo

efeito da moxa.

B. Preparação de folhas de artemísia (moxa)

A natureza das folhas de artemísia, de acordo com a descrição dos arquivos da

literatura chinesa, apresenta um sabor amargo e origina calor natural de Yang que, ao

desobstruir o fluxo energético dos meridianos, trata a Síndrome do Frio e Umidade, aquece o

útero, regula a menstruação e diminui o risco de abortos.

Antigamente, as folhas de artemísia eram colhidas no fim da primavera e

colocadas ao sol para secar. Posteriormente, eram moídas em minúsculos fragmentos

semelhantes a fios de algodão. Esse material deve ser conservado numa caixa em local seco,

pois sua qualidade aumenta à medida que o tempo passa.

C. Tipos de moxibustão

Desde a Antigüidade, a moxa tem sido aplicada em muitas experiências clínicas.

Intensidade do grau da queimadura:

1º grau: realizar queimaduras até que a pele do local se apresente com eritema. É a

moxibustão sem cicatriz.

2º grau: queimadura com formação de bolha, com posterior cicatrização e

permanência da mesma.

D. Cone de moxa

Page 385: Monografia Dalvacy Alves

384

É preparado numa superfície plana usando-se os dedos indicador, polegar e médio

para comprimir a moxa entre os dedos, fazendo-a tomar a forma de um cone.

Pode ser feito com base em três tamanhos diferentes: 2cm (grande), 1cm (médio)

e 0,5 cm (pequeno) sendo que os mais usados são o médio e o pequeno.

E. Material de contato com a pele

1. Cone de moxa: pode ser subdividido em moxibustão direta ou moxibustão

indireta.

Moxibustão direta: colocação do cone de moxa diretamente sobre a pele para

queimar (Fig. 96a).

Moxibustão indireta: usa-se uma fatia de gengibre, de alho, de cenoura, ou mesmo

uma pequena camada de sal entre a pele e o cone de moxa aceso. Esse é um dos métodos mais

usados (Fig. 96b).

2. Bastão de moxa: o bastão aceso é colocado diretamente sobre o opnto, mas sem

manter contato com a pele (Fig. 96c).

Page 386: Monografia Dalvacy Alves

385

3. Preparação do bastão de moxa: é usado em pedaços de papel com mais ou

menos 6 polegadas de largura, distribuindo certa quantisdade de moxa ao longo de uma das

extremidades do papel e enrola-se o mesmo até tomar a forma de bastão, com mais ou menos

1,5 cm de comprimento.

4. Moxa acesa: é colocada dentro de um tubo com fundo em forma de peneira e

deve-se aplicá-la levemente sobre o ponto, com o cuidado de não deixar que toque na pele,

como na figura acima (Fig. 97).

F. As síndromes de depleção energética e do frio requerem permanência da moxa

por um período mais longo, ao contrário da síndrome de excesso energético e da síndrome do

calor, que requerem um período mais curto.

Inverno: requer duração maior.

Verão: duração reduzida.

Clima frio: período de duração mais longo.

Clima quente: período de duração mais curto.

Geralmente usamos uma quantidade que varia de três a sete cones de moxas,

podendo atingir até dez.

Se utilizarmos o bastão de moxa, a distância entre este e a pele deverá ser mantida

de forma que o ponto sinta calor local suportável; pode-se manter essa situação por um

período de um a cinco, chegando mesmo a vinte minutos ou mais, dependendo de cada caso.

A duração da permanência da moxa vai depender da indicação das diferentes

patologias e de alguns fatores abaixo citados:

1. No dorso e abdômen, o período de duração deverá ser maior.

2. Nos membros e peito, o período deverá ser menor.

3. Na cabeça e pescoço, o período deverá ser menor ainda.

Page 387: Monografia Dalvacy Alves

386

4. Em adultos e jovens, o período deverá ser mais longo.

5. Em velhos e crianças, período de tempo menor.

Aplicação da ventosa

A. Definição

A ventosa é o método que utiliza a pressão negativa dentro de um recipiente que

suga a pele e provoca o fenômeno de hiperemia e hemorragia subcutânea; isso estimula o

tecido local ou as terminações nervosas para a cura da doença.

Há dois tipos de ventosa; ventosa de fogo e ventosa de água. A ventosa de fogo é

o método que, com auxílio do fogo, queima o interior do recipiente e provoca a pressão

negativa para sugar.

Há duas técnicas: por fogo e por passagem de fogo.

A ventosa de água atualmente é substituída pelo Si-Kuan (ventosa que suga com

aparelho de sucção).

B. Material

O instrumento mais usado na ventosa é o recipiente. Atualmente há três tipos de

recipientes mais usados:

1. Tsu-Tun-Huo-Kuan: feito de bambu (Fig. 98a).

2. Tau-Tsu-Huo-Kuan: feito de porcelana, com boca pequena e corpo largo.

3. Bo-Li-Huo-Kuan: feito de vidro. Atualmente é o mais usado (Fig. 98b).

Page 388: Monografia Dalvacy Alves

387

Além do recipiente os outros materiais utilizados na ventosa são: fósforo, algodão,

álcool etc. Na ventosa de água são também usados remédios ou aparelhos para fritar ou

cozinhar.

C. Técnicas de ventosa

1. Ventosa de fogo - To-Huo-Fa: colocar algodão embebido em álcool dentro do

recipiente e aplicar na região (Fig. 99a).

San-Huo-Fa: passar fogo dentro do recipiente e aplicar imediatamente no local

desejado (Fig. 99b).

2. Ventosa de sucção - Utiliza-se um aparelho de sucção produzindo pressão

negativa no recipiente.

D. Tipo de ventosa

1. San-Kuan. fazer aplicação na pele e retirar imediatamente o recipiente,

repetindo o processo até a pele ficar avermelhada.

2. Tsuo-Kuan: fazer a aplicação na pele mexendo o recipiente vagarosamente

(Fig. 100).

3. Chun-Hshei-Shin-Kuan: fazer a aplicação até a pele ficar com uma tonalidade

vermelha-congestionada.

4. Ui-Hshei-Shin-Kuan: fazer aplicação até formar equimose.

E. Duração da aplicação

Page 389: Monografia Dalvacy Alves

388

Geralmente a duração da aplicação é de cinco a dez minutos, mas pode variar

dependendo de outros fatores: sensibilidade local, intensidade da força de sucção, espessura

do músculo local e gravidade da doença.

Como regra geral, em caso de dor, a aplicação deve ter duração maior; em caso de

paralisia, a duração será menor. Para doenças de maior gravidade, a duração é maior e em

doenças de menor gravidade a duração também será menor.

F. Observação

Em determinadas condições, certos cuidados se fazem necessários:

1. Paciente com febre alta, convulsão, alergia, gestante, ou tendência a

sangramento.

2. Na ventosa, o fogo deve ser forte e de ação rápida.

3. É aconselhável usar recipiente de vidro para se observar a cor da pele.

G. A ventosa é mais usada em certas doenças como:

- Torção ou contusão aguda de tecido mole

- Inflamação crônica de tecido mole

- Atrofia muscular

- Paralisia de nervos

- Distúrbios de peristaltismo gastrintestinais

- Bronquite aguda e crônica

- Asma

H. Indicações e fórmulas mais usadas:

Page 390: Monografia Dalvacy Alves

389

1. Resfriado - Tai-Yang, In-Ian, 1G4, Chien-Ou e Tay-Yang, usando técnica de

“hiperemia”, DM14 e na região intramuscular, usando técnica de “equimose”.

2. Cefaléia - DM14 com técnica de “equimose”. Tay-Yang com técnica de

“hiperemia”.

3. Reumatismo – DM14, IG11, B40, DM4.

4. Asma – B11, DM12, Ren12, Ren6, mamilo, região dorsal e interescapular,

usando técnica de “hiperemia”.

5. Gastralgia - Ren12, E36, PC6, B20, B21.

6. Soluço – B11, B13, Ren12.

7. Disenteria - E25 do lado esquerdo e Ren3.

8. Vômito - E25, Ren6, Ren4, B20, BP6.

9. Dor abdominal - E25, Ren12, Ren6, e no local da dor usar técnica de

“hiperemia”.

10. Dor torácica - ponto local.

11. Lombalgia - B23, DM2, usar técnica de “hiperemia” e na região interescapular

usar técnica de “equimose”.

12. Ombro doloroso - DM14, DM12, B11, B13.

13. Dor no quadril - B23, UB30, BP10, nesses pontos usa-se técnica de

“hiperemia”. E do lado contralateral usa-se técnica de “equimose”.

14. Impotência funcional do braço – B11, IG11, IG15.

15. Dor na perna - B40, B57, BP6.

16. Dismenorréia - R6, R3, R4, E25, B23, F3.

17. Leucorréia - R4, R6, BP6.

18. Inchaço no olho, conjuntivite: Tay-Yang.

19. Dor articular - membro superior: IG15, IG11, TAS, IG4 e local de dor.

Page 391: Monografia Dalvacy Alves

390

Membros inferiores: B30, E36, VB39 e local de dor.

Lombalgia: DM14, B23, DM4, B40.

20. Torção articular - local da lesão.

Page 392: Monografia Dalvacy Alves

391

11 PRINCÍPIOS DE TRATAMENTO

Conceitos gerais

Neste capítulo, procuraremos colocar Em prática os conhecimentos já

apresentados. Sabemos que, ao iniciar um tratamento de Acupuntua, deve-se considerar

primeiramente o estado geral do paciente e o grau de gravidade de sua doença para se chegar

a um diagnóstico preciso. No entanto, antes de se começar as aplicações, há uma série de

dados importantes que devem ser levados em conta.

1. Inicia-se o tratamento usando o melhor, o mais eficiente e o mais prático de

todos os métodos já conhecidos no seio da medicina.

2. É aconselhável que o estado psíquico do paciente seja bom; para isso deve-se

tentar mantê-lo psicologicamente calmo. Em caso de extrema agitação do paciente, deve-se

observar seu estado geral, verificando o nível de pressão, a pulsação e temperatura etc. para

que se possa iniciar o tratamento.

Exceto em casos de extrema necessidade, evita-se o uso da Acupuntura em

pacientes que apresentem estado de agitação, embriaguez, excesso de fome, sede e sudorese.

3. Com exceção dos casos de emergência, não se deve utilizar muitos pontos na

mesma região (procurar não ultrapassar doze pontos).

4. As doenças crônicas são geralmente tratadas com aplicações em dias

consecutivos ou intercalados, isto é, com um dia de descanso entre duas aplicações. Depois de

Page 393: Monografia Dalvacy Alves

392

uma série de aplicações, faz-se um intervalo de três a cinco dias para se observar a evolução

da do fazer novas aplicações.

Princípio de seleção dos pontos

Conforme a gravidade e a evolução da doença, selecionamos determinados

pontos. Às vezes, eliminando diretamente os focos de origem da doença, chega-se a um

tratamento eficiente. Outras vezes, atinge-se esse mesmo fim cuidando-se primeiro dos

sintomas mais graves. No entanto, há tratamentos em que se busca atacar ao mesmo tempo as

causas e os efeitos das afecções.

Num paciente que apresente, concomitantemente, vários tipos de doenças, torna-

se difícil saber qual delas é a mais grave. Nesse caso, procura-se um tratamento de âmbito

geral, escolhendo pontos que tratem todas as afecções apresentadas.

Outro aspecto importante na escolha dos pontos é sua localização no corpo. Deve-

se escolher posições que não causem grande desconforto ao doente, principalmente nos que

apresentam certa dificuldade de movimentos.

Evitam-se regiões onde haja cicatrizes, tumores ou por onde corram grandes vasos

sanguíneos.

É muito importante haver uma rotatividade no uso dos pontos, visto que há uma

diminuição nos efeitos desejados em regiões utilizadas repetidamente.

Na primeira aplicação, deve-se escolher pontos menos dolorosos para se evitar um

efeito traumatizante, deixando-se a utilização dos pontos mais “fortes” para quando o doente

estiver mais acostumado às agulhas.

Page 394: Monografia Dalvacy Alves

393

Métodos de combinação dos pontos

Os antigos livros trazem inúmeros métodos de seleção e combinação de pontos.

Com novos conhecimentos na área da Acupuntura, mais as práticas adquiridas com o

tratamento de pacientes, chegamos aos seguintes métodos mais utilizados:

1. Pontos próximos à área da doença

Escolhemos os pontos próximos à área da doença (local de origem), além dos

pontos próximos a locais de manifestação da doença. Esse método é utilizado principalmente

nas afecções locomotoras.

A. Pontos locais: aplica-se diretamente nos pontos localizados na área das

afecções. Por exemplo: doenças dos olhos - Jingming B1, lombalgia - Shenshu (B23); artrite -

pontos ao redor da articulação.

B. Pontos ao redorda manifestação da doença: por exemplo, doenças dos olhos -

Sibai (E2), Yangbai (VB14); dor no peito - Zhongfu (P1), Jiuwei (RM15); cãibra na

panturrilha - Weizhong (B54), Kunlun (B60).

2. Pontos reflexos distantes localizados em diversas regiões.

A. Com base em experiências, conclui-se que todos os órgãos ou regiões possuem

pontos que lhes são extremamente sensíveis. (Observar o Esquema 1).

B. Para diversas doenças, há pontos específicos, sendo que estes pontos

localizam-se em porções distantes. (Observar o Esquema 2).

C. Escolha dos pontos através dos meridianos

De acordo com a Teoria dos Meridianos, os distúrbios de um meridiano devem ser

tratados usando-se seus próprios pontos. Assim, após o diagnóstico, verifica-se qual o

meridiano principal no quadro da doença e selecionam-se os pontos a serem utilizados.

Existem vários princípios, sendo que os mais usados são:

Page 395: Monografia Dalvacy Alves

394

Esquema 1

Os pontos selecionados pela área da doença

Área da doença Pontos locais ao redor Pontos distais

Testa Rosto e Bochecha Olhos Nariz Pescoço e Garganta Peito Abdômem superior Adômem inferior Região temporal Ouvidos Cost dorsal e Reborsa costal Região occipital e nuca Região dorso- lombar (D1/D7) Região dorso- Lombar D8/L2 Região dorso- Lombar L2/S4 Ânus Ombros Cotovelos Pulsos Quadril Joelhos Tornozelos

Yin-Tang (Ext5), Yangbai (VB14) Ditsang (E4), Jiache (E6) Jingming (B1), Chengoi (E1), Sibai (E2), Yangbai (VB14) Yingxiang (IG20), Zanzhu (B2) Lianquan (RM23) Tiantu (RM22) Shangzhong (RM17). Os pontos paraespinhosos D1/D7. Guanyuan (RM4). Os pontos paraespinhosos D9/D12. Guanyuan (RM4). Os pontos paraespinhosos L2/S4. Tai-Yang (Ext12) Shuaigu (VB8) Tinghui (VB2) Tinggong (ID19) Yifeng (TA17) Quimen (F14) Ganshu (B18) Fengchi (VB20) Tianzhu (B10) Pishu (B20), Fershu (B13) Ganshu (B18) Weishu (B21) Shenshu (B23) Dachangshu (B25) Changquiang (DM1), Baihuanshu (B30) Jianyu (IG15), Jianzhen (ID9) Quchi (IG11) Shousanli (IG10) Waiguan (TA5) Hegu (IG4), Houxi (ID3) Huantiao (VB30), pontos do lado dos (L4/L5) Dubi (E35), Yanglingquan (VB34) Jiexi (E41), Qiuxu (VB40) Taixi (R3)

Hegu (IG4) Hegu (IG4) Yanglao (ID6) Hegu (IG4) Lieque (P7) Kongzui (P6) Neiguan (PC6) Waiguan (TA5) Zongzhu (TA3) Zhigou (TA6) Houxi (ID3)

Neiting (E44) Guangming (VB37) Zusanli (E36) Zhaohai (R6) Fenglong (E40) Sanyinjiao BP6) Zusanli (E36) Linqi (do pé) (VB41) Xiaxi (VB43) Yanglingquan (VB34) Shugu (B65) Kunlun (B60) Weizhong (B54) Yinmen (B37) Chengshan (B57) Quchi (IG11) Yanglingquan (VB34)

Page 396: Monografia Dalvacy Alves

395

1) Aplicação dos pontos máximos e distais dos focos patológicos no memso

meridiano.

Os pontos do próprio meridiano que, afetado, pode ser selecionado para o

tratamento. Pela excelência clínica, constatou-se que os pontos do meridiano acoplado

também podem ser utilizados.

Os pontos próximos ao foco patológico são mais usados para os problemas

locomotores, superficiais ou agudos. E os distais são mais usados para doenças dos órgãos,

profundas ou crônicas. Também pode-se fazer um tratamento combinado onde são utilizados

todos os pontos específicos, próximos ou distais.

Esquema 2

Os pontos específicos para diversos sintomas

Doenças Os pontos Febre Choque Coma Sudorese Sudorese noturna Insônia Tendência ao sonho Rouquidão Disfagia Náusea e vômitos Distensão abdominal Dor na região axilar Prurido Dispepsia Incontinência urinária Câibra na panturrilha Obstipação Prolapso anal Palpitação arrítmica Precordialgia Tosse Fraqueza e caquexia Retenção urinária Impotência ou ejaculação precoce

Dazhui (DM14), Quchi (IG11), Hegu (IG4), Tai-Yang (Ext12), Shaoshang (P11). Baihui (DM20), Shangzhong (RM17), Guanyuan (RM4) (para fazer moxa), Zusanli (E36) (para agulhar) Renzhong (DM26), Shi-Chi-Zui-Xia (Ext72). Hegu (IG4), Fuliu (R7), Jingqu (P8). Houxi (ID3) Shenmen (C7), Sanyinjiao (BP6), Taixi (R3). Xinshu (B15), Shenmen (C7), Taichong (F3) Moxa, Dadun (F1) Shuitu (E10), Hegu (IG4), Jianshi (PC5) Tiantu (RM22), Neiguan (P6), Hegu (IG4) Neiguan (PC6), Hegu (IG4) Tianshi (E25), Qihai (RM6), Neiguan (PC6) Zusanli (E36) Zhigou (TA6) Quchi (IG11), Xuehai (BP10), Sanyinjiao (BP6) Zusanli (E36), Gongsun (BP4) Qugu (RM2), Sanuinjiao (BP6) Chengshan (B57) Tianshi (E25), Zhigou (TA6), Zhaohai (R6) Changquiang (DM1), Chengshan (B57), Baihui (DM20), para moxibustão. Neiguan (PC6), Ximen (PC4) Shangshong (RM17), Neiguan (PC6) Tiantu (RM22), Lieque (P7), Chize (P5) Guanyuan (RM4), para moxibustão Sanyinjiao (BP6), Yinlingquan (BP9) Guanyuan (RM4), Sanyinjiao (BP6)

Page 397: Monografia Dalvacy Alves

396

Por exemplo: na dor de estômago, usam-se os pontos do meridiano do estômago

na região epigástrica, Buron (E19), Liangmen (E21), ou os distais, Zusanli (E36), Jiexi (E41).

Também podem-se usar os pontos do meridiano do baço-pâncreas, Sanyinjiao (BP6) ou

Gungsun (BP4).

Esquema 3

Os pontos do meridiano conexo de ertas doenças

Doenças Meridiano a que pertence

Meridiano conexo Ponto específico

Dor de garganta Dor de dente Estomatite Tontura Insônia Dor de estôamgo Dor de int. grosso Distensão abdominal Dor no ombro (bursite) Dor no ombro (bursite) Dor no ombro (bursite Dor na perna Dor no joelho Dor na barriga da perna Dor no calcanhar Dor na coxa Lombalgia Dor na sola do pé/calcanhar Dor na axila

Pulmão Estômago Baço-pâncreas Fígado Coração Estômago Intestino grosso Baço-pâncreas Intestino grosso Intestino delgado Triplo-aquecedor Estômago Estômago Bexiga Bexiga Vesícula biliar Bexiga Rins Vesícula biliar

Intestino grosso Intestino grosso Coração Vesícula biliar Baço-pâncreas Baço-pâncreas Estômago Estômago Estômago Bexiga Vesícula biliar Intestino grosso Intestino grosso Intestino delgado Intestino delgado Triplo-aquecedor Intestino delgado Pericárdio Triplo-aquecedor

Hegu (IG4) Hegu (IG4) Tungli (C5) Yangfu (VB38) Sanyinjiao (BP6) Gungsun (BP4) Zusanli (E36) Zusanli (E36) Tiaokou (E38) Feiyang (B58) Yanglinquan (VB34) Wenlu (IG7) Shousanli (IG10) Zhizheng (ID7) Wangu (ID4) Waiguan (TA5) Houxi (ID3) Daling (PC7) Zhigou (TA6)

3) Aplicações dos meridianos da mesma natureza de Yin-Yang.

Baseando-se na Teoria dos Meridianos, os doze meridianos ordinários são

divididos em seis pares com natureza de Yin-Yang. Por exemplo, o meridiano do intestino

grosso é Yangmin da mão e tem relação com Yangmin da perna, o meridiano do estômago.

Assim, para se tratar um meridiano afetado, pode-se selecionar os pontos do meridiano

pertencente à mesma natureza Yin-Yang.

Page 398: Monografia Dalvacy Alves

397

D. Aplicação dos pontos dos cinco Shu

Os pontos dos cinco Shu são cinco pontos específicos para cada meridiano que se

situa distalmente dos cotovelos ou joelhos. São eles: Jin, Ying, Shu, Jing e Ho. Estes cinco

pontos sao comparados ao volume do fluxo da água. Assim, Jin em chinês significa poço,

Ying córrego, Shu ribeirão, Jing rio e Ho estuário. Esses conceitos são utilizados para se

comparar os vários níveis energéticos destes pontos. Conseqüentemente, suas funções

também serão diferentes.

De acordo com o livro Nan-Jing, o ponto Jin trata de doenças que apresentam

opressão epigástrica. O ponto Shu trata das dores ou sensação de peso nas articulações. O

ponto Jing trata de dispnéia, tosse, calafrios e febre; e o ponto Ho trata de diarréia. Abaixo

citaremos alguns exemplos:

- No caso de resfriados, as dores dos membros são devidas a alterações do

meridiano do pulmão. Para o tratamento, usa-se o ponto Shu do meridiano do pulmão, que é

Taiyuan (P9).

- As sensações de peso nos membros devidas à indigestão estão ligadas ao

meridiano do baço-pâncreas; usa-se então o ponto Taipai (BP3).

- Se o paciente apresentar diarréia por depleção energética do meridiano baço-

pâncreas, usa-se o ponto Shu, Yinlingquan (BP9).

- No caso de diarréia por colite aguda, usa-se o ponto Ho do meridiano do

intestino grosso, Quchi (IG11) e o ponto Ho inferior do mesmo meridiano, Shangjuxu (E37).

Pelas experiências clínicas da Acupuntura, os efeitos específicos dos pontos Shu

são:

- O ponto Ying é usado para tratar a face aguda das doenças que apresentam febre.

- O ponto Shu é usado para nevralgia intermitente ou para processos inflamatórios

crônicos.

Page 399: Monografia Dalvacy Alves

398

- O ponto Jing regulariza o desequilíbrio da função dos meridianos.

- O ponto Ho regulariza as funções fisiológicas dos órgãos ou vísceras.

E. Aplicação dos pontos dos cinco elementos

Os pontos dos cinco Shu nos meridianos em suas relações com a Natureza são

classificados segundo os cinco elementos. (Observar os Esquemas 4 e 5)

Clinicamente, existem vários métodos de aplicação dos pontos dos cinco

elementos. Os mais práticos são:

1) Aplicação nos pontos Mãe-Filho de um determinado meridiano.

Este método é mais usado no tratamento das doenças de disfunção dos órgãos,

mas também é aplicado para o desequilíbrio dos meridianos. Antes de se fazer a aplicação, é

oportuno certificar-se se o distúrbio é proveniente dos órgãos ou do local, a que meridiano

pertence a região afetada e qual a condição energética deste.

Se o caso for de excesso de energia, deve-se dispesá-la utilizando o ponto Filho do

meridiano. Já, em caso de depleção energética, a tonificação será efetuada pelo estímulo do

ponto Mãe.

Por exemplo: um problema no meridiano do pulmão. Se houver excesso de

energia, ela deverá ser dispersa através do ponto Filho Chize (P5); no caso de depleção de

energia, será preciso tonificar o medidiano pelo ponto Mãe Taiyan (P9).

Page 400: Monografia Dalvacy Alves

399

Esquema 4

Os pontos dos cinco elementos dos meridianos de Yin

Meridianos Jin Madeira

Yin Fogo

Shu Terra

Jing Metal

Ho Água

Pulmão Taiyin da mão Pericárdio Jueyin da mão Coração Shaoyin da mão Baço-pâncreas Taiyin da perna Fígado Jueyin da perna Rins Shaoyin da perna

Shaoshang (P11) Zhongchong (PC9) Shaochong (C9) Yinbai (PB1) Dadum (F1) Yongguan (R1)

Yuji (P10) Laogong (PC8) Shaofu (C8) Dadu (BP3) Xingjian (F2) Rangu (R3)

Taiyuan (P9) Daling (PC7) Shenmen (C7) Taipai BP3) Taichong F4) Aixi (R3)

Jingqu (P8) Jianshi (PC5) Lingdao (C4) Shangqiu (BP5) Zhongfen F4) Fuliu (R7)

Chize (P5) Quze (PC3) Shaohai (C3) Yinlingquan (BP9) Ququan (F8) Yingu (R10)

Esquema 5

Os pontos dos cinco elementos dos meridianos Yang

Meridianos Jin Metal

Ying Água

Shu Madeira

Jing Fogo

Ho Terra

Intestino grosso Yangmin da mão Triplo-aquecedor Shaoyang da mão Intestino delgado Taiyng da mão Estôamgo Yangmin da perna Vesícula biliar Shaoyang da perna Bexiga Taiyang da perna

Shabgyang (IG1) Guanchung (TA1) Shaoze (ID1) Lidui (E45) Qiaoyin (VB44) Zhiyin (B67)

Erjian (IG2) Yemen (TA2) Quiangu (ID2) Neiting (E44) Xiaxi (VB43) Tonggu (B66)

Sanjian (IG3) Zongzhu (TA3) Huxi (ID3) Xiangu (E43) Linqi (VB41) Shugu B65)

Yangxi (IG5) Zhigou (TA6) Yanggu (ID5) Jiexi (E41) Yangfu VB38)

Quchi (IG11) Tianjing (TA10) Xiaohai (ID8) Zusanli (E36) Yanglingquan (VB34) Weizhong (B54)

Neste tipo de tratamento, os pontos Mãe e Filho que se localizam no ponto Jin (ao

lado das unhas), devem ser substituídos por outros. Em seguida, para dispersar energia, usa-se

o ponto Yin e, para tonificar, o ponto Ho.

2) Aplicação nos pontos Mãe e Filho dos meridianos Mãe e Filho afetados.

O meridiano afetado pode ser regulado pela estimulação dos meridianos que têm

relação de Mãe-Filho. Ter-se-á, por exemplo, um determinado meridiano.

Page 401: Monografia Dalvacy Alves

400

Com base na teoria dos cinco elementos, estimula-se o ponto Mãe de seu

meridiano Mãe, quando se pretende tonificá-lo. Ao contrário, se a intenção for dispersar seu

excesso de energia, estimula-se o ponto Filho de seu meridiano Filho.

Por exemplo: no caso de um distúrbio no meridiano do pulmão (Metal), se este

apresentar um excesso de energia, ela deverá ser dispersada estimulando-se o ponto Filho do

meridiano dos rins (de natureza Água). Mas, se houver depicção de energia, será preciso

tonificá-lo através do estímulo do ponto Mãe do meridiano baço-pâncreas (de natureza Terra).

Geralmente usa-se esse método para auxiliar o processo de tratamento quando o

resultado desejado não foi atingido pelo método 1.

3) Aplicação dos métodos de alterações nos cinco elementos.

Este método foi citado pela primeira vez no livro Hwang Ti Nei Jing. Através

dele, pode-se regularizar um determinado meridiano usando-se os pontos de origem de dois

outros meridianos.

Por exemplo: em relação aos cinco elementos, a natureza do meridiano da

vesícula biliar é de Madeira. O ponto de origem do elemento Madeira é o Linqi (VB41). O

meridiano do baço-pâncreas é de natureza Terra e o ponto de origem do elemento Terra é o

ponto Taipai (BP3).

Com a estimulação desses dois pontos, obtém-se um efeito equivalente ao

estímulo dos meridianos do baço-pâncreas e do estômago, que são de natureza Terra. Este

método é usado para tonificar os meridianos do pulmão e do intestino grosso e para dispersar

o excesso de energia dos meridianos do coração e intestino delgado (que é de natureza Fogo).

(Observar o Esquema 6.)

Page 402: Monografia Dalvacy Alves

401

Esquema 6

O método das alterações nos cinco elementos

Pontos a serem tratados Os meridianos afetados Em excesso de energia Em depleção de energia

Fígado e vesícula biliar Coração e intestino delgado Baço-pâncreas e estômago Pulmão e intestino grosso Rins Bexiga

Zusanli (E36) Yingu (R10) Linqi(VB41) Taipai (BP3) Xingjian (F2) Erjian (IG2) Hegu(IG4) Jingqu (P8) Shaofu(C8) Tonggu(b66)

Hegu(IG4) Jingqu(P8) Shaofu(C8) Tonggu(B66) Zusanli(E36) Yingu(R10) Linqi(VB41) Taipai(BP3) Ququan(F8) Quchi(F8) Quchi(IG11)

F. Aplicação dos pontos entre os meridianos superficiais e profundos (os

meridianos que se acoplam).

Os meridianos que estão acoplados na relação superficial-profundo possuem a

seguinte característica: os pontos de um podem ser utilizados no tratamento das doenças do

outro. Há dois tipos de aplicação:

1) Quando um meridiano apresenta algum distúrbio de energia, esse problema

pode ser resolvido pela regularização do meridiano a ele acoplado, na relação superficial-

profundo. Por isso, os pontos Mãe-Filho podem ser igualmente eficientes quando aplicados

em meridianos que possuem a relação superficial-profundo.

Por exemplo: o meridiano dos rins e o da bexiga apresentam-se relacionados pelo

binômio superficial-profundo:

- No caso de excesso de energia no meridiano dos rins, pode-se estimular o ponto

Filho do meridiano da bexiga, Shugu (B65). No caso de depleção de energia do meridiano da

bexiga, pode-se estimular o ponto Mãe dos rins, Fuliu (R7).

2) Aplicação dos pontos Yuan e Lo.

Page 403: Monografia Dalvacy Alves

402

Na língua chinesa, Yuan significa origem e Lo, conexão. Os pontos Yuan e Lo

têm indicações específicas, podendo ser utilizados individualmente.

Os pontos Yuan são indicados para normalizar as funções fisiológicas dos órgãos,

servindo para melhorar-lhes o metabolismo. Por exemplo: quando os pulmões apresentam

algum problema, usa-se o ponto Yuan do pulmão, Taiyuan (P9). Já no caso de disfunção do

fígado, utiliza-se o ponto Yuan do meridiano do fígado Taichong (F3).

Os pontos Lo são pontos de conexão de dois meridianos, especialmente

acoplados. Assim, o estímulo desses pontos servirá para o tratamento de ambos os

meridianos. Por exemplo: estimulando o ponto Lo do baço-pâncreas, Gungsun(BP4),

podemos tratar os problemas do meridiano do baço-pâncreas, como também do meridiano do

estômago.

Além dos doze meridianos ordinários e dos meridianos Ren-Mai e Du-Mai, que

possuem cada um seu próprio ponto Lo, o meridiano do baço-pâncreas tem um ponto Lo

extra, o Grande Lo. Com, isso temos um total de quinze pontos Lo.

No tratamento de doenças crônicas ou nos estados de profundas alterações no

meridiano, utilizam-se concomitantemente os pontos Lo e Yuan dos meridianos acoplados, na

relação superficial-profundo. Nesse caso usa-se o ponto Yuan do meridiano que apresente

distúrbios e o ponto Lo a ele acoplado. (Observar o Esquema 7).

G. Aplicação dos pontos Shu e Mu

Os pontos Shu são os pontos específicos no dorso do corpo, relacionados com

diversos órgãos ou vísceras. Os pontos Mu são os pontos reflexos na região frontal do corpo.

Nos distúrbios de órgãos ou vísceras é muito indicada a aplicação de agulhas nestes pontos.

No entanto, recomenda-se extremo cuidado visto que estão localizados em zonas vitais do

corpo.

Page 404: Monografia Dalvacy Alves

403

De acordo com as experiências clínicas, os princípios que regem a seleção dos

pontos Shu ou Mu são:

- em doenças agudas, frequentemente acompanhadas por febre, usam-se os pontos

Shu.

Page 405: Monografia Dalvacy Alves

404

REFERÊNCIAS

ACUPUNTURA: um texto compreensível. Shanghai, College of Traditional Medicine. Revisão científica de Isao Yamamura. São Paulo: Roca, 1996. 713 p.

BASTOS, Sohaku R. C. Shiatsu tradicional: fundamentos, prática e clínica de shiatsuterapia. ed. rev. ampl. e atual. De O livro do Shiatsu. Rio de Janeiro: Shohaku-in, 2000. 504 p.

______. Tratado de eletroacupuntura: perspectivas científicas, teoria e prática. Rio de Janeiro: Numem, 1993. 493 p.

______. O livro do Shiatsu. São Paulo: Ground, 1982. 176 p.

BING, Wang. Imperador Amarelo: princípios de medicina interna do imperador amarelo. São Paulo: Ícone, 2001. 829 p.

CHAITOW, Leon. The acupuncture treatment of pain. Gret Britain: Thorson Publishers, 1976. 160 p.

CHEN, Eachou. Anatomia topográfica dos pontos de acupuntura. São Paulo: Roca, 1997. 272 p.

DING, Li. Acupuntura, teoria do meridiano e pontos de acupuntura. São Paulo: Roca, 1996. 461 p.

HE, YIN HUI, NE, Zhang Bai. Teoria básica da medicina tradicional chinesa. Trad. e adap. Dina Kaufman. São Paulo: Roca, 1999. 339 p.

JAHARA – PRADIPTO, Mario. Zen Shiatsu: equilíbrio energético e consciência do corpo. São Paulo: Summus, .... 182 p.

JAYASURIYA, Anton. Acupuntura clínica. Trad. J. M. Sanchez Perez; Sri Lanka: medicina alternativa. s.d. 276 p.

______. As bases científicas da acupuntura. Trad. Francisco A. O. Pereira. Rio de Janeiro: Sohaky-in, 1995.

Page 406: Monografia Dalvacy Alves

405

JUN, ZANG, JUNG, ZHENG. Fundamentos da acupuntura y moxibustion de China Beijing: ediciones en lenguas extranjeras, 1996. 461 p.

JUNYING, Geng; WENQUAND, Huang; YONGPING, Sun. Selecionando os pontos certos de acupuntura: um manual de acupuntura. São Paulo: Roca, 1996. 303 p.

KIM, Daniel Som; KOREA, Suji-tim. Nova terapia alternativa pela acupuntura e moxabustão através das mãos. São Paulo: Roca, ... 127 p.

LEE, En Von. Manual de acupuntura médica. São Paulo: Centro de Estudos de Medicina Oriental, s.d. 389 p.

MACIOCIA, Giovani. A prática da medicina chinesa: tratamento de doenças com acupuntura e ervas chinesas. São Paulo: Roca, 1996. 932 p.

______. Os fundamentos da medicina chinesa: um texto abrangente para acupunturistas e fitoterapeutas. São Paulo: Roca, 1996. 568 p.

MORANT, Soulié de. Acupuntura. Buenos Aires: Médica Panamericana, 1990. 936 p.

NAMIKOSHI, Toru. Shiatsu e alongamento. 3. ed. São Paulo: Summus, 1987. 142 p.

PEREIRA, Francisco A. O. Localização dos pontos de acupuntura: baseada no padrão chinês moderno. Rio de Janeiro: Sohaku-in, 2000. 104 p.

TRATADO DE MEDICINA CHINESA. Assessor médico para versão em português. Ysao Yamamura. São Paulo: Roca, 1993. 691 p.

WEN, Tom Sintan. Acupuntura clássica chinesa. São Paulo: Cultrix, 1995. 226 p.

XINNONG, Cheng. Acupuntura e moxibustão chinesa. São Paulo: Roca, 1999. 414 p.

YAMAMURA, Ysao. Acupuntura tradicional chinesa: a arte de inserir. São Paulo: Roca, 1993. 608 p.

YOUBANG, C.; LIANGYUE, D. Fundamentos das experiências clínicas dos acupunturistas chineses contemporâneos. São Paulo: Roca, 1998. 464 p.

IOO, Tae Woo. Terapia korpo soooji chin: acupuntura coreana da mão. São Paulo: Roca, 2003. 711 p.