Monopólio descriminador de preço

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1.Monopólio descriminador de preço. A prática de cobrar a consumidores diferentes preços diferentes pelo mesmo produto Designa-se de discriminação de preços. Exemplos: vales de desconto, cartões de pontos nas gasolineiras, cartão família no Hipermercado, promoções no take-away, saldos, descontos de quantidade, cabazes, Cartão jovem. As condições necessárias para que a discriminação de preços seja proveitosa para o Monopolista são: A empresa tem que ser price-maker; A empresa tem que ser capaz de identificar os diferentes consumidores; Os mercados devem ser separados, isto é, os consumidores não podem ter a possibilidade de arbitrar (os consumidores aos quais o produto é vendido a um preço mais baixo não podem ter a possibilidade de vender aos outros) e os Consumidores devem ser incapazes de se deslocarem para o mercado em que o preço é mais baixo. 1.1. 1º Grau (Perfeita) A discriminacao de precos de 1o grau (ou perfeita) consiste na venda de cada unidade de produto ao preço máximo que o consumidor está disposto a pagar por essa unidade (o seu preço de reserva). Com este tipo de discriminação é transaccionada a mesma quantidade que em concorrência perfeita (correspondente à 1

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1.Monopólio descriminador de preço.

A prática de cobrar a consumidores diferentes preços diferentes pelo mesmo produto Designa-se

de discriminação de preços. Exemplos: vales de desconto, cartões de pontos nas gasolineiras,

cartão família no Hipermercado, promoções no take-away, saldos, descontos de quantidade,

cabazes, Cartão jovem. As condições necessárias para que a discriminação de preços seja

proveitosa para o Monopolista são:

A empresa tem que ser price-maker;

A empresa tem que ser capaz de identificar os diferentes consumidores;

Os mercados devem ser separados, isto é, os consumidores não podem ter a possibilidade

de arbitrar (os consumidores aos quais o produto é vendido a um preço mais baixo não

podem ter a possibilidade de vender aos outros) e os Consumidores devem ser incapazes

de se deslocarem para o mercado em que o preço é mais baixo.

1.1. 1º Grau (Perfeita)

A discriminacao de precos de 1o grau (ou perfeita) consiste na venda de cada unidade

de produto ao preço máximo que o consumidor está disposto a pagar por essa unidade

(o seu preço de reserva).

Com este tipo de discriminação é transaccionada a mesma quantidade que em

concorrência perfeita (correspondente à igualdade entre preço e custo marginal), mas

o excedente do consumidor passa a ser zero.

P P

Excedente do consumidor Receita do produtor

p

Receita do produtor

Rmd Rmd

Q Q

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1.2. 2º Grau (Desconto de qualidade)

• A discriminação de preços de 2o grau consiste na venda de cada conjunto (ou lote) de

unidades a um preço específico. Assim, o preço depende do número de unidades adquiridas.

• No caso da figura, o monopolista vende Q1 unidades ao preço p1 e Q2 unidades ao preço p2. O

excedente do consumidor é reduzido em A (despesa adicional), que reverte a favor do

monopolista.

P Excedente do consumidor Excedente do consumidor

P2

P Receita do produtor p2 Receita do produtor

Q Q Q1 Q2 Q

1.2. Discriminação de preços de 3º grau

A empresa observa determinadas características dos consumidores que funcionam como um

indicador da disponibilidade para pagar. Consegue identificar diferentes grupos de

consumidores, com elasticidades preço da procura diferentes e cobrar-lhes preços diferentes. O

monopolista vai cobrar preços diferentes em mercados diferentes. Exemplos: Mercado externo e

mercado interna; bilhetes de teatro mais baratos para jovens e idosos.

1.3. Condição para a discriminação de preços de 3º grau:

Mercados separados; elasticidade preço da procura diferente em cada mercado. Considerando-se

um monopolista que vende produto em 2 mercados diferentes:

Mercado 1: P1(q1) P1, P2 = Preços de mercado nos mercados 1 e 2.

Mercado 2: P2 (q2) q1, q2 = Quantidades vendidas nos mercados 1 e 2 Q = q1 + q2 =

Quantidade total produzida pelo monopolista. C (Q) = C (q1 + q2) = Custo total de produção.

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2.Monopólio com 2 fábricas

As empresas podem possuir, ou ter interesse em possuir, mais do que uma instalação

fabril. Nesse caso, para cada valor do volume de produção, a empresa pretenderá saber

que quantidade deve produzir em cada uma das instalações fabris.

Max {LT (q1, q2)} = Max {p (q1 + q2). (q1 + q2) – CT (q1) - CT (q2)}

As condições de primeira ordem do problema de maximização do lucro implicam que a

escolha de quantidades que tornem iguais os custos marginais de produção em cada

fábrica.

p(q1 +q2) . (q1 + q2) + p (q1+q2) – Cmg (q1) = 0 ↔ Rmg (q1 + q2) = Cmg (q1)

P (q1+q2). (q1+q2) +p (q1+q2) – Cmg (q2) = 0 ↔ Rmg (q1+q2) = Cmg (q2)

Em termos gráficos, podemos visualizar a solução intersectando a função rendimento

marginal com a função custo marginal agregado, que se calcula pela “soma horizontal”

dos custos marginais. No volume de produção óptimo, o rendimento marginal é igual ao

custo marginal agregado.

p

Cmg Cmg1

Q Q Q Q

P

p Cmg1 + Cmg1

Rmg D

Q Q

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3.Intervenção do Governo para regulação do Monopólio

No monopólio distinguimos três tipos de Imposto que são:

Soma fixa( lump sum): são independentes dos volumes de vendas. Como tal, diz-se que não distorcem a eficiência da economia.

Especifico ou (Unitario): implicam um custo por unidade transacionada. São proporcionais ao volume de vendas.

Sobre o valor (ad valorem): Incidem sobre o valor da transação, sendo normalmente uma percentagem fixa do valor, como IVA.

Um subsidio pode ser simplesmente como um imposto de valor negativo. Se virmos os impostos

pelo lado da oferta, ou seja como um aumento dos custos da empresa, este aumento é conforme o

quadro seguinte.

lum sum unitário Ad valoremCusto total CT(q) + T CT(q) + t + q CT(q) +p(q). q/t(1+t)Custo marginal CMg(q) CMg(q) + t CMg(q)+RMg(q).t/(1+t)Custo médio CMd(q) + T/q CMd(q) + t CMd(q) + p(q).t/(1+t)

3.1.Regulação

A regulação económica é o processo pelo qual o governo intervém no mercado com

objectivo de aumentar o bem-estar o que geralmente se consegue através do preço e

aumento da quantidade transacionada.

Alguns dos instrumentos de regulação mais utilizados são:

Definição de preços máximos (Price caps.)

Fixação de preços Ramsey (p=CMg, se a empresa auferir pelo menos o lucro normal;

caso contrario, p=CMd).

4.Condição de equilíbrio da concorrência monopolística

Sabemos que, em Monopólio existe apenas um produto que tem poder de mercado pois domina

totalmente o lado da oferta, não tendo qualquer concorrente. Logo, o monopolista fixa o preço do

mercado (Price-maker) ou quantidade.

Então, quanto mais elevado for o preço, menos será a quantidade que os consumidores estão

dispostos a adquirir.

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RT = P(Q) . Q

Rmg = P(Q)

Rmg = dRTdQ =

d (P (Q ) .Q)dQ

= P + dPdQQ

Isto é a RMg tem dois factos que-se verifica:

Preço (P) que é vendida a ultima unidade.

d/dQ que é negativa: Diminuição do preço que-se verifica em todas as unidades

anteriores. Logo o equilíbrio corresponde a situação em que o monopolista maximiza o

lucro.

MaxQ LT = RT – CT.

1ª Condição:

dLTdQ = 0 ↔ dRTdQ - dCTdQ = 0 ↔ Rmg = Cmg

2ª Condição:

dLTdQ ˂ 0 ↔ dRmgdQ ˂ dCmgdQ

Neste caso, o lucro do monopólio é maximizado quando o beneficio obtido com avenda da

ultima unidade produzida iguala o custo de produção dessa unidade adicional. Cmg ˃Rmg,

donde a produção de uma unidade adicional faz reduzir o lucro, pelo que se deve reduzir a

produção. Cmg ˂ Rmg.

P

Cmg

P*

Rmg

Q

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Rmg

BIOGRAFIA DO AUTOR

Nome: Sérgio Alfredo Macore

Formação: Gestão De Empresas e Finanças

Facebook: Helldriver Rapper ou Sergio Alfredo Macore

Nascido: 22 de Fevereiro de 1993

Província: Cabo Delgado – Pemba

Contacto: +258 846458829 ou +258 826677547

E-mail: [email protected] ou [email protected]

NB: Caso precisar de um trabalho, não hesite, não tenha vergonha. Me contacte logo, que eu

dou. ‘’Informação é para ser passada um do outro’’

OBRIGADO

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