Monteiro Lobato DOMUS país apientiae Um se faz homens come ... · uma galinha e pegá-la. Depois,...
-
Upload
vuonghuong -
Category
Documents
-
view
229 -
download
1
Transcript of Monteiro Lobato DOMUS país apientiae Um se faz homens come ... · uma galinha e pegá-la. Depois,...
2018
Um se faz país
homens livros.e
com
DOMUSSapientiae
...uma homenagem a Monteiro Lobato!
MONTEIRO LOBATO
X PRÊMIO JOVEM ESCRITORIII
APRESENTAÇÃO
Somos palavras...
Queridos alunos, sei que farão bom uso desta que é uma das dádivas com que fomos
abençoados: a capacidade de eternizar nossos pensamentos através de registros.
Sinto muito orgulho de nossa equipe de professores da área de Linguagens, Códigos
e suas Tecnologias pelo incentivo dado aos nossos alunos, levando-os a refletir sobre o
fascinante mundo das palavras, pois é por meio delas que fluem nossos pensamentos e
nos expressamos para o mundo.
Eis aqui o resultado de um trabalho da parceria educador-educando: uma obra
representativa do talento, dedicação e criatividade.
Palavra é sentimento.
Estamos em uma época em que a rapidez da informação e da comunicação
instantânea é incontestável e isso domina a rotina de nossos jovens.
NEUZA MARIA SCATTOLINIMantenedora e Diretora
SUMÁRIO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
os6 Anos - Fundamental11
13
14
16
18
19
18
17
15
14
12
20
O CASAMENTO DA MORTE - Julia F. Souza
COURO DE PIOLHO (FINAL ALTERNATIVO) - Ayisha Missipo
O CABELO MÁGICO - Luiza Niemeyer
CARTAS E DOCES - Nina Bosselmann
O PRÍNCIPE E A DONZELA - Gustavo Gigli
PALÁCIO DOS GUERREIROS - Arthur Seabra
ABD, O HERÓI - Pedro Baskerville Santos
A LÂMPADA DA MORTE - Anna Francesca Carrieri
ALICE E SEUS AMIGOS - Gabriela de Oliveira Lopes
O IDOSO MISTERIOSO - Rafael Pojar Herrero
HENRY E O REINO MARAVILHOSO - Milena Rossei
O COURO DE PIOLHO (FINAL ALTERNATIVO) - Isabella Monteiro
A NAÇÃO DO MAR - Lucca Saad
os7 Anos - Fundamental
24
25
26
28
29
28
30
27
26
24
23
A MISSÃO - Andrés SolaA LENDA DO MAR - Bruno Rivas
PANTERUS CONTRA MANTÍCORA - Felipe Nóbrega
A ORIGEM DA AURORA BOREAL - Beina Cautela
A MENSAGEM (FINAL ALTERNATIVO DE HUGO CABRET) - Manuela Melgar
TOLERÂNCIA RELIGIOSA - Thomas TeixeiraA VIDA DE UMA PEQUENA ESTRELA NO AMOR - Sofia Gil
A GRANDE VIAGEM - Philippo Natel Batistussi
A ORIGEM DOS TERREMOTOS - Rodrigo Garcia
A CAPTURA INESPERADA - Eduardo Schroeder Dias
SUMÁRIO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
os8 Anos - Fundamental33
34
37
38
40
40
39
38
36
34
41
42
O HOMEM DO ROCHEDO - Nicolas Alvarez
O ROCHEDO - Ana Beatriz Jaess
NADA NOS SEPARA - Flávia Orii
PEQUENOS CONSUMIDORES - Larissa Ricci
O TRISTE HOMEM - Francisco Trunkl
O HOMEM DO ROCHEDO - Sofia Bezerra
CONSUMO INFANTIL - Laura Marques
O SEQUESTRO - Giovana Giudice
O TÚMULO ESTRANHO - Giovani Garcia
“MONSTRO” (Continuação do texto “Silêncio”, de Edgar Allan Poe) - Luiza Zelante
SILÊNCIO- NÃO BRINQUE COM A SOLIDÃO - Julia El Kadi
OS MORTOS VIAJAM RÁPIDO - Gabrielle Fernandes
os9 Anos - Fundamental
45
46
48
49
50
52
51
50
48
47
46
45A TECNOLOGIA BENÉFICA - Yasmin Sayed
TECNOLOGIA EM ESCOLAS - Caroline Uzunian
CONEXÃO DA EDUCAÇÃO - Maria Fernanda A. Castanhola
TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO OU TECNOLOGIA EM EDUCAÇÃO? - Diogo Kenzo Orii
A NOVA GERAÇÃO HIGHTECH E O CONVÍVIO COM AS ESCOLAS - Aline Arissa Takano
TECNOLOGIAS EM COLÉGIOS - Danielle Cofino Serafini
UM JEITO DIFERENTE DE ENSINAR - Eric Almeida do Carmo
AS VANTAGENS DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO - Renato Xavier OliveiraESCOLAS APRENDENDO COM A TECNOLOGIA - Camila M. B. Braghee
USO DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO - Alberto N. dos Santos
O USO DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA - Ana Beatriz Marques Vitório
AULA TECH - Lucas B. de A. Leite
SUMÁRIO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
a1 Série - Ensino Médio55
57
59
58
56
63
64
62
60
62
61
60
69
68
67
70
a2 Série - Ensino Médio
67
68
69
70
71
73
72
74
TODO LIXO É LIXO? - Rodrigo Cuencas e Ana Laura Rodrigues
TECNOLOGIAS ATUAIS PARA TECNOLOGIAS FUTURAS - Cinthia Beraldo Orneles
O DESCASO DO LIXO - Ana Beatriz de Morais Souza
LIXO NO BRASIL - Elisa Pires
NEM TODO LIXO É LIXO - Débora Galvão Heim
QUAL É O LIMITE? - Giovanna Almeida Caffaro
VANDALISMO OU ARTE? - Mariana Martins Gouveia
A “NOVA” ARTE NAS RUAS - Ana Luiza Saboia Campos
EDUCAÇÃO MODERNIZADA - Ana Carolina Caparroz
PARA ONDE VAI O LIXO? - Neemias Batist Pains
O NOSSO LIXO DE CADA DIA - Maria Júlia de Pádua
TECNOLOGIA NA DOSE CERTA - Pedro Ueda
O RIO DE JANEIRO CONTINUA LINDO - Ana Beatriz e Giovanna Torelli
PROTEÇÃO - Nicollas Tanaka e João Victor Castanhola
SONO PERDIDO - Guilia Rasoppi e Melissa Sunahara
GUERRA DE FAVELA - Carolina Parra e Victor Gouvêia
BALA PERDIDA - Lays Trentini e Lívia Affonso
CAOS DE CARNAVAL - Eduardo Garcia e Ian Yamin
TREINAMENTO DA SWAT - Matheus Zagari Guida e Pedro Almeida Gil
CICATRIZ - Ana Beatriz Bartoli e Luana Eissencra
DIGA NÃO À CORRUPÇÃO - Stella Maria Margarita La Regina
PALAVRA DURA, VERDADE PURA - Júlia Sarkisoff e Luísa Kyrillos
VIOLÊNCIA QUE NÃO ACABA MAIS - Alessandra Mesquita e Ana Luiza Garcia Jaess
TRATADO DE GUERRA - Ana Carolina, Gabriela da Cunha Sales e Júlia Machado
SUMÁRIO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
77
79
81
82
80
78
a3 Série - Ensino MédioIMEDIATISMO DO SÉCULO XXI - João Pedro Simões
IMEDIATISMOS E SEUS TRANSTORNOS - Isabella Cristina Fabozzi
A FRUSTAÇÃO DA ESPERA - João Pedro Herrero
A ARTE DE ESPERAR - Luca Maccioni Ferreira
UTOPIA TECNOLÓGICA - Guilia Moreti
ATAQUE DO PRESENTE - Sarah Birenbaim Santos
Fundamental6anosos Rafael
Luiza
Nina
Julia
Gabriela
Milena
Ayisha
Gustavo
Arthur
Pedro
Isabella
Anna
Fundamental6anosos
Professora Gabriela Fonseca
As várias propostas da aula de redação para os ingressantes do ciclo
fundamental II em 2018 procuraram desenvolver o universo narrativo do
alunado. Os contos maravilhosos, repertório do imaginário mundial já
bastante conhecido foi trabalhado. Após a leitura das diferentes versões de
“Cinderela”, recolhidas pelos fabulistas Charles Perrault e pelos irmãos
Grimm, os alunos foram convidados a inventar suas próprias histórias. A
escrita de um texto autoral instigou os alunos a compreenderem que a
história deveria conduzir o leitor a uma reflexão sobre a moral.
Os contos populares de Câmara Cascudo, como “Couro de Piolho”, e de
Patativa do Assaré também serviram de ponto de partida para as produções
que trabalharam principalmente a temática sertaneja e interiorana e as
variantes linguísticas. A canção “Conto de Areia”, de Clara Nunes, inspirou
textos em formato HQ sobre a deusa das águas Iemanjá. Parabéns!
Colégio Domus Sapientiae
UM
A HOM
ENAGEM
A MO
NTEIRO
LOBATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
11
A LÂMPADA DA MORTEAnna Francesca Carrieri
- Eu, José.
- José, então é você quem devo punir!
- Quem ousa me tirar do meu sono!?
- O quê?!
Era uma vez, lá no sertão, um homem chamado José. Um dia, José foi retirar as
coisas da casa de sua avó recentemente falecida. Ela era uma colecionadora de
antiguidades. No meio das coisas de sua avó, havia uma lâmpada. José a esfregou
esperando sair um gênio, como nos contos. Mas ao invés disso, saiu a Morte. E ela
disse:
A primeira e a segunda prova foram fáceis, ele fazia isso todo dia em sua fazenda.
Mas, na terceira prova, ele decidiu enganar a Morte. Então pegou a galinha do
primeiro desafio e a goiaba do segundo desafio (ele descobriu que elas eram
mágicas). Deu a fruta para a galinha e fez um pedido. Ela se transformou em uma onça
com personalidade de galinha! Então a “onça” correu atrás de José e ele conseguiu
fugir com sua vida salva!
- Eu aceito.
- Não, por favor, eu faço tudo o que você quiser, só não me mate!
- Meu sono foi interrompido então sua vida também será!
- Tudo bem, mas você terá que passar por três provas. A primeira é correr atrás de
uma galinha e pegá-la. Depois, terá que escalar uma goiabeira e tirar dela todos os
frutos. E por fim, a que decidirá a continuidade de sua vida, ou o encerramento dela, a
terceira e última prova: você terá que fugir de uma onça. Se não conseguir, morrerá, e
se conseguir, sua morte será natural.
Colé
gio
Dom
us S
apie
ntia
eU
MA
HOM
ENAG
EM A
MO
NTE
IRO
LO
BATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
12
O CASAMENTO DA MORTEJulia F. Souza
Diz que era uma vez um pescador bem caipira que fora pescar no rio São
Francisco. Chegou no rio e foi ajeitando tudo para a pescaria. Pegou a vara e sentou
em um banquinho de madeira. E de repente, ouviu um barulho estranho no mato, nas
margens do Velho Chico, como se diz no Nordeste. E disse espantado:
- Quê barulho foi esse?
E logo surgiu o Bicho-papa-sagu-de-milho! Ele era amarelo, usava roupas
retalhadas e um chapéu de palha. O monstrengo gritava desesperadamente:
- Qué que eu te ajude, sô?
- Mas quem é você? – Perguntou o caipira.
O pescador ficou confuso, e pensou: “ já ouvi esse nome em algum lugá.”
- Vá fazer o bolo do casamento! Quero ele preto-cemitério,
calda de lodo e aranhas mortas para a decoração. O corante você
compra e as aranhas você pega no porão e as tosta.
O salão estava empoeirado. Então na hora de voltar
para receber a terceira ordem, não conseguiu parar de
espirrar, o pobre pescador. E a Morte já começou a dar
sua terceira e cruel ordem:
E Papa-sagu disse:
- A Morte! É a Morte, ela qué qui eu prepare o casamento dela.
- Socorro! Socorro!
- Vá buscar o Diabo, já! A noiva não deve ficar
esperando.
O caipira comprou o corante, e depois foi até o porão
escuro e úmido. As aranhas o picaram! Cheio de picadas
esperou a outra ordem:
- Quem é ocê? Qui, qui conteceu?
E o pescador se aproximou morrendo de medo e perguntou:
E Papa- sagu- de –milho respondeu:
- Sabi que eu gosto de comer pescador? Vá e prepare o casamento da Morte ou eu
te como! Isso também vale se ela ficar insatisfeita.
- Agora limpe o salão e coloque a decoração preta,
coloque uns toques de vermelho, senão o diabo vai te
castigar.
- Eu, eu sô o Papa-sagu-de-milho. Mas pode me chamá só de Papa-sagu.
Então o pescador obedeceu, pois não queria ser engolido tão jovem, ele queria ter
filhos e netos. Chegando no casarão da Morte o caipira bateu e entrou. A Morte então
já começou dando as ordens:
- Sim!
Colégio Domus Sapientiae
UM
A HOM
ENAGEM
A MO
NTEIRO
LOBATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
13
ALICE E SEUS AMIGOS
- Mãe, por que não posso brincar com João e Maria?
- Eu sei, mas como princesa, desejo brincar com eles!
Gabriela de Oliveira Lopes
Era uma vez uma princesa cujo o nome era Alice. Alice tinha dois amigos: João e
Maria, só que Alice não podia ficar com eles, pois seus pais não deixavam. Alice
perguntou para sua mãe:
- Porque você é uma princesa...
- Não! Você não vai!
O tempo passou, Alice e João se casaram e vieram felizes para sempre!
Muito tempo se passou e a bruxa estava abrindo as gaiolas para cozinhar Alice,
João e Maria; foi quando Alice puxou o nariz da bruxa e ela virou pó. Esse nariz era
mágico e descongelou o reino e a casa de doces e o buraco sumiu, pois foi a bruxa que
havia feito toda essa magia. Alice, João e Maria voltaram e os pais de Alice deixaram
eles brincarem juntos.
Então Alice saiu chorando e fugiu do castelo com seus amigos. Então eles caíram
em um buraco que levava a uma casa de doces e os três saíram correndo, porém tinha
uma bruxa lá que os prendeu em gaiolas. A bruxa usou magia e congelou o reino de
Alice. Ela viu a maldade e começou a chorar. Seus amigos a consolaram.
O caminho era longo então até chegar iria demorar. O caipira chegou e começou a
bater na porta. A porta abriu sozinha e o Diabo mandou carregá-lo até a casa da
Morte. Ele apareceu cheio de calos e a Morte o levou para descansar para sempre.
Colé
gio
Dom
us S
apie
ntia
eU
MA
HOM
ENAG
EM A
MO
NTE
IRO
LO
BATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
14
CARTAS E DOCESNina Bosselmann
Era uma vez três crianças que gostavam de doces. Elas foram brincar na floresta
quando viram um homem que contou uma história de uma casa de cartas e uma de
doces, onde moravam duas bruxas, que não gostavam de crianças. Então foram
procurar as casas. Quando acharam, quiseram entrar na casa de cartas, mas lá tinha
duas bruxas jogando baralho e foram para a casa de doces porque a porta estava
aberta. Quando entraram, viram um livro mágico que tinha as instruções de como
acabar com uma bruxa. Ouviram um barulho! Se esconderam e leram o livro que tinha
apenas duas páginas. Chegaram duas bruxas feias. O livro falava que, para acabar
com uma bruxa, era necessário pegar uma luz azul e ligar em cima dela. Então
pegaram um liquido azul e o puseram dentro da lâmpada, ligaram em um abajur e as
bruxas começaram a derreter, falando:
- Um dia eu pego vocês!
As crianças comeram um montão de doces, rindo das bruxas e viveram felizes
para sempre.
- Eu não aceito, quero outro desafio, quero que ele cozinhe uma sopa igual a que
estou pensando.
Ayisha Missipo
A princesa foi até o rei, e disse:
- Quero saber qual é a receita da sopa!
COURO DE PIOLHO (FINAL ALTERNATIVO)
- Quero outro desafio! Quero que ele consiga encantar
meu coração, só com uma flor!
Imediatamente veio uma ideia que era de calabresa. Assim,
ele cozinhou e acertou. A princesa irritada, disse:
Assim, o rei sem palavras, ordenou. O homem, muito esperto, pegou outro fio da
roupa e queimou-o, dizendo:
O homem pegou seu último fio da roupa e queimou-
o, dizendo:
- Quero uma flor que encante a princesa!
Imediatamente veio a ideia da flor do bosque. Então,
foi até o bosque e pegou a flor.
A princesa ficou tão encantada, que decidiu se
casar com o homem e viveram felizes para sempre!
Colégio Domus Sapientiae
UM
A HOM
ENAGEM
A MO
NTEIRO
LOBATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
15
O CABELO MÁGICOLuiza Niemeyer
Diz que era uma vez, na roça, um menino que andava por lá. Uma vez ele encontrou
uma velha sentada no chão, ela disse:
- Nossa, meu Deus! Que mulher mais estranha é essa?
- Pegue esse fio de cabelo porque você vai precisar. A velha disse isso e
desapareceu.
- O que você falou, peste?
Imediatamente a estranha disse:
Sem palavras, o moleque questionou:
- Ah eu, eu não falei nada, não senhora, mas aliás quem é você?
O menino não deu nenhuma bola e continuou andando sem rumo. Bom, chegou a
hora de dormir e o menino não tinha lugar para dormir. Andou mais um pouco e
começou a bocejar. Ele viu uma loja fechada, mas tinha lá um guarda-sol. Ele deitou no
chão mesmo e desmaiou. No dia seguinte ele acordou e deparou-se com uma mulher,
uma mulher meio estranha... Para si mesmo, bem baixinho, ele falou:
- Eu sou uma feiticeira e quero te propor desafios que você terá que cumprir. Vou
falar o primeiro: você deve encontrar o meu pai lá no interior. Segundo: pegar uma
bolsa de couro preta, que está junto com ele. Último: ganhar na luta com os meus
guardas.
O menino achou os dois primeiros fáceis, mas como ele era uma criança, não ia
conseguir lutar e muito menos ganhar. Mas ele falou para a feiticeira que topava.
Bom, ele conseguiu fazer os dois primeiros, mas estava nervoso para o terceiro. Foi
quando ele resolveu testar aquele cabelo da velha... e não é que deu certo? Tudo deu
certo e ele seguiu a vida sem rumo.
Colé
gio
Dom
us S
apie
ntia
eU
MA
HOM
ENAG
EM A
MO
NTE
IRO
LO
BATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
16
- Olá, tenho uma grande novidade! Vocês ganharam a
grande oportunidade de morar na cidade grande! O
menino retrucou por ele mesmo:
- Quem é!!!!?
- Oxe, mas por que agenti foi a essi lugá? Quem é ocê? Pur que me deu essa fruta!?
O IDOSO MISTERIOSORafael Pojar Herrero
Diz que era uma vez, um menino do interior que vivia muito sozinho e não tinha
muitos amigos. Ele era muito solitário e muito triste. A família dele era pobre e ele
morava num lugar onde não tinha escola. Ele só morava a 100 Km de uma cidade
grande, mas um dia a vida daquele rapaz mudou...Ele estava indo ao poço onde a
família e algumas pessoas sempre iam pegar água, mas chegou e teve uma surpresa.
- NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOOOOO!!!! NÃO
BEBAM! ESSA ÁGUA ESTÁ ENVENENADA!
Os pais ficaram loucos e acabaram não bebendo da água, pois
o menino percebeu. Eis que a campainha tocou e o menino
bravo disse:
Então um homem todo arrumado de terno e gravata
entrou na casa e disse:
O menino disse:
- Não aceitamos! Obrigado!
Os pais estavam loucos com a situação! Então o
homem falou:
- O- o- o senhor...o- o que ocê deseja...?
O menino não tinha visto aquele senhor em nenhum lugar! Não o conhecia, mas
acreditou que podia ajudar, então seguiu-o. Depois de algum tempo, chegaram ao
lugar, era uma ruína antiga. Assim o senhor disse com um sotaque do interior:
Então o menino estava cheio de perguntas e estava ficando louco! Para ver se
aquela fruta fazia efeito foi ao poço e viu uma água cristalina maravilhosa! Então
pegou os baldes e encheu tudo! Quando chegou na casa dele, contou aos pais e eles
não acreditaram e ficaram loucos pela maravilhosa água! Então, quando iam beber, o
menino retrucou:
- Eu sei o que você deseja: água! Siga-me!
O idoso respondeu com uma voz séria:
- Oxe...Cadê a água do poço?
- Ô, minino, te darei essa fruta e quando tu comê, ocê terá: água do poço, tua
família irá morar na cidade grande e ocê vai ficar rico!
- Então um idoso misterioso tocou nas costas dele. O menino gelou e disse:
Ele comeu, mas com uma certa desconfiança. Perguntou ao senhor:
Colégio Domus Sapientiae
UM
A HOM
ENAGEM
A MO
NTEIRO
LOBATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
17
- Você é um invasor! Vou te matar!
- Nós viemos nos vingar!
Era uma vez, um príncipe chamado Henry. Quando Henry tinha sete anos seus pais
morreram, e a única coisa que lhe sobrou de seus pais foi o anel de sua mãe. Henry
cresceu. Já tinha dezessete anos, precisava virar rei e se casar. Certo dia Henry ficou
com saudades de seus pais e foi ver o anel de sua mãe, mas quando ele tocou, um
portal se abriu para um reino maravilhoso. Quando ele entrou lá viu uma ponte e foi
atravessá-la. Quando deu o primeiro passo, apareceu um ogro que disse:
Assim Sara, jogou o balde nos ogros e eles viraram poeira.
HENRY E O REINO MARAVILHOSO Milena Rossetti
E Henry respondeu:
- Eu vim em paz, não me mate!
Mas Henry tinha água em seu cantil e água faz com que ogros virem poeira.
Depois de uma grande luta, Henry conseguiu derramar água no ogro e passar pela
ponte. Quando ele passou, encontrou uma vila e deu de cara com o amor da sua vida,
Sara. Ela era bonita, gentil e amável, mas quando Henry estava
falando com ela, a vila do ogros apareceu atrás dele, por vingança
de ter transformado o ogro da ponte, em poeira. Então os ogros
disseram:
Henry respondeu:
Mesmo assim os ogros não ouviram Henry, estavam
determinados a se vingar. Com isso aconteceu uma
grande luta na qual Henry estava perdendo. Foi quando
viu sua amada com um balde de água e gritou:
- Eu vim em paz! Minha intenção não era transformar
ele em poeira!
- Sara, minha amada, jogue este balde de água nos
ogros!
Henry e Sara se casaram e viveram felizes para sempre!
A mãe, louca da vida, aceitou, mas depois ela foi presa por uma gaiola e o homem
desapareceu. Então o menino e o pai ajudaram ela a se soltar da gaiola! E o menino foi
ao mesmo lugar onde ele havia comido a fruta...O senhor malvado apareceu atrás
dele e foi dar um tapa nele, mas o menino, com reflexos rápidos, segurou a mão do
senhor e disse:
- Opa, ok...Não tem problema...mas tenho uma outra proposta. Que tal um cheque
de um milhão de reais?
- Quem você pensa que é? - E deu um tapa na cara dele! E disse para nunca mais
tocar nele e em sua família!
Colé
gio
Dom
us S
apie
ntia
eU
MA
HOM
ENAG
EM A
MO
NTE
IRO
LO
BATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
18
João, confiante, foi até a floresta Amazônica procurar a onça. Mais tarde achou
uma arvore mágica, viu uma onça-pintada parecida com a que o rei tinha dito, porém
lembrou dos dois fios que tinha. Pegou um e sussurou:
Imediatamente apareceu a imagem! Era em cima da cabeça dele. Ele pegou a
faca, chegou de fininho e pôs no lugar onde tinha visto. Matou-a, pegou a carcaça e a
trouxe para o rei. Quando chegou no reino, o rei exclamou:
O COURO DE PIOLHO (final alternativo)Isabella Monteiro
O rei tinha prometido ao povo de se casar com quem acertasse do que era feito o
couro da cadeira dele, mas o rei fez questão de fazer mais duas provas. A primeira
prova era achar um animal brasileiro mas só poderia ser a carcaça da onça-pintada da
Amazônia. O rei, depois de apresentar a primeira prova , explicou:
- Meu caro homem, vai ter que trazer um bicho brasileiro, mas só pode ser a
carcaça da onça-pintada da Amazônia. Depois te falo a segunda prova. Vá e boa sorte!
- Quero que me mostre o lugar da onça sensivel.
- Quero vencer o cavaleiro facilmente.
- Meus parabéns! Você passou da prova um! A segunda é derrotar o melhor
cavaleiro do castelo!
João derrotou o cavaleiro e a princesa e o João viveram felizes para sempre!
João foi puxado para um lugar onde havia armas, mas falou para os guardas que
não precisava. Ele pegou o último fio e disse:
O PRÍNCIPE E A DONZELA
Era uma vez um reino onde todo mundo era igual, pois tinham um
rei bondoso, com um filho chamado James e uma esposa falecida.
Um dia o rei gritou para todos:
- O meu filho vai ser o melhor que esse reino já teve.
- Príncipe James, vou fazer um acordo: o reino pela
donzela.
E James era bom, ajudava a plantar, a proteger o reino
e pegar gatinhos nas árvores. Um dia uma linda donzela
passou do seu lado e ele se apaixonou. Do outro lado do
reino tinha um castelo negro com um lagarto enorme e
com uma bruxa maligna que viu os dois se apaixonando.
Ela raptou a donzela e fez um acordo com o príncipe:
G u s ta vo G ig li
- Eu nunca te entregarei o reino – disse o príncipe
todo confiante.
- E eu nunca te entregarei a donzela – gritou a bruxa
com veneno nos olhos.
Colégio Domus Sapientiae
UM
A HOM
ENAGEM
A MO
NTEIRO
LOBATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
19
- Bruxa, eu vou te pegar.
Quando chegou no topo viu a bruxa, e ele a derrotou com a força do amor, se casou
com a donzela, viraram rei e rainha e viveram felizes para sempre.
James pegou sua espada mágica e foi para o castelo negro. Quando chegou ficou
paralisado com o tamanho do lagarto. Mas seu amor pela donzela acordou ele na
hora. Ele pegou sua espada mágica, cortou a cabeça daquele monstro e gritou:
Era uma vez um humilde camponês chamado Abd que, certo dia, viu um homem
gritando na sua aldeia. Ele dizia:
— Perdoarei, aqui está a recompensa.
ABD, O HERÓI
Como Abd não era bobo foi logo dizendo:
— Me ajudem a salvar minha esposa! Quem o fizer, terá uma grande recompense
em ouro!
— Eu lhe ajudarei, pobre homem!
— Obrigado – disse o homem desesperado.
Pedro Baskerville Santos
— Minha esposa está naquela caverna presa pelo mais horroroso ogro do
reinado. Por isso, vou lhe dar esse anel de ouro mágico, porque brilho é sua fraqueza.
Porém tu deverás devolvê-lo e depois lhe darei a recompensa.
— Perdi na luta contra o ogro. Perdoe-me.
Quando Abd chegou na caverna, avistou a esposa presa e o ogro. Então o herói
usou o anel no ogro fazendo-o fugir. O herói, aproveitando o momento, guardou o anel
para ele. Depois de ter salvado a esposa do homem da aldeia, o homem perguntou:
— E o anel que lhe dei?
E todos viveram felizes para sempre!
Colé
gio
Dom
us S
apie
ntia
eU
MA
HOM
ENAG
EM A
MO
NTE
IRO
LO
BATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
20
PALÁCIO DOS GUERREIROS
Era uma vez, um rei chamado Arthur Seabra. Ele liderava o Palácio dos Guerreiros
que era na Inglaterra, país onde esse lindo, engraçado, bondoso e habilidoso rapaz
nasceu. Seu objeto favorito era o arco – flecha encantado que dava mais dor nas
vítimas, pois caso eles levassem flechada, queimariam por dentro. O reino de Arthur
tinha muitas belezas naturais, como lindas florestas, cachoeiras e muito grandes e
bonitas estátuas de guerreiros lendários do Palácio de Seabra.
Um dia horrível foi quando o amigo de Arthur (Reynolds, um dos melhores
guerreiros que o Universo já viu), avistou bruxas e bruxos levando crianças do reino
para a montanha Morte, montanha onde morreram muitos soldados e onde foram
avistados fantasmas. Arthur correu atrás das bruxas e seus maridos bruxos até
chegarem mais perto. Os inimigos estavam invocando um Ogro com as coitadas
crianças e depois de fazer esse monstro horrível, eles iriam comer as pequeninas.
Seabra não conseguiu evitar que o monstro de 10 metros nascesse, mas seus
soldados foram correndo matar as bruxas e bruxos. A mira ótima de Arthur ajudou na
matança com seu arco-flecha encantado. Infelizmente o monstro de 10 metros
matou vários soldados com apenas um soco, mas foi morto com espadadas na perna
e depois de cair no chão, os guerreiros cortaram sua cabeça.
A guerra acabou, o Palácio dos Guerreiros ficou muito forte com seus soldados
experientes e mesmo com a morte de muitos guerreiros, no final, todos viveram
felizes para sempre.
Arthur Seabra
Colé
gio
Dom
us S
apie
ntia
eU
MA
HOM
ENAG
EM A
MO
NTE
IRO
LO
BATO
Fundamental7anosos
Professora Gabriela Fonseca
A primeira proposta da aula de redação em 2018 convidou os alunos do 7º
ano a imaginarem uma história alternativa do mito grego “Labirinto de
Dédalo e a Viagem de Ícaro”. Em um segundo momento, a imaginação dos
alunos foi aguçada com a proposta da investigação de panteões de deuses os
mais variados, entre eles os egípcios, vikings, esquimós, chineses, indianos e
até japoneses para que pudessem inventar lendas autorais. A lenda
pressupõe que uma história atrelada à vinda de um deus original explique um
fenômeno da natureza. A experiência produziu resultados dos mais
clássicos aos mais inusitados.
Os alunos encontraram um espaço mais poético de criação a partir do
mote da filmografia de Hugo Cabret e a história do cinema. Finalmente o final
do semestre introduziu o texto argumentativo-reflexivo sobre tolerância e
religião. Parabéns 7º ano!
Colégio Domus Sapientiae
UM
A HOM
ENAGEM
A MO
NTEIRO
LOBATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
23
PANTERUS CONTRA MANTÍCORA
Na mitologia grega, a maioria dos eventos ocorria na Grécia, porém, Mantícora, a
besta com cauda de escorpião, cabeça de homem e corpo de leão havia fugido de
Grécia e ido a uma vila na atual Turquia. Todo dia, ele se escondia na floresta e cantava
com sua bela voz, atraindo as pessoas da vila e devorando-as. Um homem de lá
chamado Hilal começou a saber sobre os desaparecimentos e as pessoas diziam que
de tarde sempre ouviam um canto, e então alguma pessoa ia até a floresta e
desaparecia. Um dia, Hilal ficou ouvindo um canto e começou a observar uma mulher
que estava indo à floresta. Quando a mulher chegou no meio do mato, Hilal viu um
vulto que rapidamente pegou a mulher. Então correu de lá. De noite, naquele dia, ele
foi silenciosamente à floresta e viu uma fera dormindo e todas as pessoas
desaparecidas mortas. Então, quando voltou para casa, começou a falar com
Ártemis, a deusa dos animais:
A deusa o ouviu e respondeu:
- Olá, Hilal. A fera a qual você está se referindo é Mantícora, uma besta muito
perigosa que atrai as pessoas com seu canto pra devorá-las. E sobre seu pedido, irei
realizá-lo.
A deusa foi embora e um minuto depois Hilal foi fundido com uma pantera, se
transformando em Panterus, ganhando garras e uma boca de pantera. Na manhã do
dia seguinte, ele comprou uma lança e foi à floresta matar a fera. Quando chegou lá,
Mantícora já deu um salto em cima dele para devorá-lo, porém, Panterus foi rápido e
fincou sua lança na criatura. A besta logo se levantou e cortou o peito
dele com suas garras, atingindo seu pulmão. Enquanto ele se
recuperava do corte, ela mordeu sua mão e arrancou-a. Panterus,
com muita dor e enfurecido, começou a arranhar a besta e então,
pegou sua lança e cravou na boca de Mantícora, matando-a.
Mas mesmo a tendo matado, ele estava muito ferido,
com um corte no peito que havia atingido seu pulmão e
sua mão arrancada. Então, começou a dizer suas últimas
palavras:
Felipe Nóbrega
- Ártemis, agradeço por ter me dado essa chance de
matar uma fera e vingar meu povo, porém, não estou
aguentando esta dor, acho que irei falecer assim como
essa fera. Espero que ela vá morar ao lado de Hades.
Mas mesmo assim, obrigado.
- Deusa Ártemis, eu gostaria que de alguma forma me fizesse mais forte para
combater aquela fera e vingar todas as pessoas de minha vila.
Colé
gio
Dom
us S
apie
ntia
eU
MA
HOM
ENAG
EM A
MO
NTE
IRO
LO
BATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
24
A MENSAGEM (FINAL ALTERNATIVO DE HUGO CABRET)
- Vá até o relógio no dia 27 de setembro de 1931, à meia-noite senão...
As crianças estavam assustadas. Começaram a sair faíscas do relógio. Eram seus
últimos minutos de vida. Quando relógio ia explodir...
Manuela Melgar
- Senão... o relógio explodirá!
Hugo e Isabelle se olharam e lembraram que 27 de setembro era naquele dia e
faltavam 30 minutos para meia-noite. Os dois saíram correndo em direção ao relógio,
subiram muitas, muitas, muitas escadas. Quando estavam chegando, começaram as
12 badaladas da meia-noite. Eles ouviram e começaram a subir o mais rápido
possível. Ao chegarem no topo encontraram o restante do bilhete que dizia:
- CORTAA!!
Então o autômato começou a escrever. A cada movimento dava para ouvir
perfeitamente as engrenagens dentro da máquina. As mãos de Hugo e Isabelle
estavam tremendo de ansiedade, mal poderiam esperar para saber a mensagem.
Finalmente ela ficou pronta e os dois leram em voz alta:
Depois de quatro meses trabalhando, Nicolau, exausto, viu que tinha terminado,
mas faltava alguma coisa: ele precisava de um companheiro para não ir sozinho. Ele
decidiu chamar seu primo Carlos e perguntar se ele aceitaria a
missão. Carlos aceitou, então quando seu primo chegou, tiraram a
nave com uma máquina e entraram nela.
Depois de uns meses chegaram à lua. Saíram da nave e
começaram a caminhar. Mais adiante viram lindas
moças choramingando porque sua estrela não brilhava
mais. Carlos e Nicolau perguntaram se podiam ajudar,
mas as moças disseram que tinham que lutar com
Cleitos, o monstro que rouba os brilhos das estrelas.
A MISSÃO
Nicolau e Carlos foram atrás do monstro para as
estrelas das moças voltar a brilhar. Quando chegaram,
viram o monstro sentado no trono admirando as
estrelas brilhantes roubadas. Nicolau falou para
devolver o brilho da estrela das moças, mas Cleitos não
devolveu.
Andrés Sola
Um dia na Terra, Nicolau estava criando na sua oficina uma nave espacial para ir
para a lua, seu sonho desde sempre. Trabalhava de dia e de noite para ir o mais rápido
possível para lá.
Colégio Domus Sapientiae
UM
A HOM
ENAGEM
A MO
NTEIRO
LOBATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
25
Quando voltaram para a terra, Nicolau e seu primo nunca se esqueceram de sua
missão.
Enquanto Nicolau e o monstro brigavam, Carlos pegou uma vara que encontrou e
matou o monstro enfiando-a no seu coração. Depois de matar o monstro viram todos
os brilhos voltando para as estrelas. Eles chegaram nas lindas moças e viram a sua
pequena estrela brilhar. As moças falaram que não se importavam com o tamanho e o
brilho, a amavam mesmo assim.
A LENDA DO MAR
Talila, a deusa da natureza, era guardada por Gaelin, seu guardião, forte e
habilidoso com espadas. Ele levava duas espadas na mochila que carregava em suas
costas. O dever de Gaelin era proteger Talila do deus do Reino Sombrio, onde os
mortos descansavam para o resto da eternidade. Esse deus era apaixonado por
Talila, porém ela não gostava dele, por ser muito sombrio. Talila era apaixonada por
Gaelin, seu guardião. Porém, um dia, o deus do Reino Sombrio, Ragnak, desafiou
Gaelin, a um duelo de vida ou morte. Quem vivesse após o duelo, ficaria com Talila.
Gaelin, para manter sua honra, aceitou o desafio que aconteceria em duas semanas.
Nesse tempo, Ragnak, O Deus do Reino Sombrio, treinou muito sua habilidade com
seu martelo, que foi fundido no fundo de um lago de lava sagrado que ficava nas
profundezas do Reino Sombrio. Enquanto Raganak treinava muito, Gaelin,
convencido de que ganharia a luta, só descansou. Quando o dia da luta chegou,
Ragnak já tinha treinado muito e estava pronto para a batalha, enquanto Gaelin, nem
se deu ao trabalho.
Bruno Rivas
Então a luta começou!
Gaelin empunhou suas duas espadas e avançou, Ragnak
segurou seu martelo com as duas mãos. Então, Gaelin tentou um
golpe lateral. Raganak o defendeu com leveza. O som de tilintar
de metais se chocando fez com que as espadas de Gaelin
tremessem e o deixassem tonto. Gaelin, caído no chão,
por causa da defesa de Ragnak, foi surpreendido com
um golpe frontal. A força do golpe de Ragnak foi tanta
que, além de acabar com Gaelin, abriu uma cratera
imensa no chão. Talila muito triste com a morte de seu
amado, começou a chorar e não parou para o resto da
eternidade, enchendo a cratera com suas lágrimas
salgadas, assim criando o mar.
Colé
gio
Dom
us S
apie
ntia
eU
MA
HOM
ENAG
EM A
MO
NTE
IRO
LO
BATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
26
Havia uma pequena estrela que sonhava em ter um amor igual ao da Lua com o
Sol, mas ninguém estava a fim de querê-la como par. Então um belo dia, decidiu ir até
à Lua, para saber como poderia conquistar alguém. A estrelinha foi viajando e
viajando, só que quando estava chegando ao seu destino, começou uma chuva, com
raios e trovões, liderados por Zeus, que fez com que sua viagem ficasse cada vez
mais complicada. Foi quando a estrela teve a vontade de lutar contra tudo isto, para
que alguém ficasse admirado e se apaixonasse por ela. Mas nada deu certo! A
estrelinha foi ficando fraca e mais fraca, até desmaiar. Quando
acordou, já estava na Lua, mas nem ela sabia como isto havia
ocorrido, uma vez que estava guerreando com Zeus. Na hora em
que a estrelinha se levantou, deu de cara, com algo que havia
atingido a Lua e que a fazia chorar. Quando chegou mais
perto, percebeu que nada a havia atingido e logo
perguntou:
- Sua história me encantou, mas não consigo fazer
nada para ajudar-lhe em seu conflito amoroso!
A VIDA DE UMA PEQUENA ESTRELA NO AMOR
A estrelinha começou a choramingar, mas a Lua
com o coração apertado, falou:
- O que ocorreu, ó grande Lua?
Sofia Gil
- Eu consigo te deixar no topo, para que todos
lembrem de sua coragem e vontade de amar!
Ela respondeu:
Thomas Teixeira
Isso não só acontece no Brasil, mas também em outros países, como os Estados
Unidos onde o atual presidente Donald J. Trump baniu a entrada de muçulmanos nos
Estados Unidos, classificando-os como terroristas. E isso já aconteceu no passado
com o Hitler, ditador da Alemanha que matou milhões de Judeus em campos de
concentração. No Brasil, a minoria de muçulmanos também é discriminada, sendo
caracterizada como radical.
TOLERÂNCIA RELIGIOSA
A tolerância religiosa é o respeito a uma religião, isto é, aceitar um pensamento,
modo de vida e práticas de uma religião. No Brasil mesmo sendo um país
democrático ainda existem pessoas que sofrem o preconceito por sua religião.
Um jeito de combater a Intolerância religiosa é criar multas, penas de prisão etc.
Concluindo, eu sou a favor da Tolerância Religiosa e acho ela importante para as
pessoas não serem humilhadas.
Colégio Domus Sapientiae
UM
A HOM
ENAGEM
A MO
NTEIRO
LOBATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
27
E foi assim que a nossa pequena estrelinha, virou uma enorme estrela, mesmo
sem achar um companheiro para amar.
A ORIGEM DA AURORA BOREALBettina Cautela
- Se vocês quiserem recuperar as cores do céu, deverão quebrar o amuleto, mas
com a morte do medalhão, virá a morte da sua filha. Após pensarem, Momo
respondeu:
Há muito tempo, nasceu uma deusa, filha de Momo; a deusa da ironia e Pã, o deus
da floresta. Ela era linda, tinha olhos verdes como esmeralda, cabelos morenos, pele
clara e seu nome era Aurora. Porém, ao nascer foi amaldiçoada por Hades, o deus do
submundo. Ele aprisionou as cores do céu, em um medalhão, presenteou ao bebê, e
disse aos pais:
- O quê? – perguntou Hades indignado – Vocês irão pagar um preço muito caro por
causa disso!
- Seja qual for o preço, iremos pagar- respondeu Pã confiante!
- Nós iremos manter as cores do céu guardadas no amuleto.
- O tempo passou, e quando Aurora tinha se tornado criança, o deus da floresta foi
nadar no mar, mas foi morto pela Boreal, filha de Poseidon e de uma mulher polvo.
Boreal, por sua aparência feia, foi abandonada pelos pais e se tornou malvada. Foi só
naquele momento, que a deusa da ironia pagou o preço. Momo queria privar a sua
filha do sofrimento, mas quando Aurora completou quinze anos, sua mãe lhe contou
tudo, inclusive sobre o seu medalhão e ela jurou vingança. Ela foi para o mar da morte
de seu pai e chamou Boreal. Quando a mulher polvo chegou, Aurora
pegou sua lança e matou a Boreal. Quando a matou, ela sentiu
saudade de seu pai, raiva de ter sido enganada a vida inteira e com
a lança, quebrou seu medalhão, liberando as cores do céu. Todo o
Olimpo viu a explosão de cores, era lindo, porém Momo
sabia que isso significava a morte de sua filha.
Essa mistura de cores, atualmente se chama, Aurora
Boreal.
- Assim seja!
Colé
gio
Dom
us S
apie
ntia
eU
MA
HOM
ENAG
EM A
MO
NTE
IRO
LO
BATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
28
- Acho que é o polvo Matic.
Ao falar isso, pulou no barco um polvo gigante. Potro, vendo isso, pegou sua
espada pulou e cortou seus oito tentáculos que formaram todos os continentes.
Orus, corajoso, pulou no mar para salvar seu amigo Potro que estava se afogando.
Orus teve trabalho, mas conseguiu salvar Potro. Eles continuaram navegando por
dois dias. Foi quando viram uma luz muito forte na direção deles. Eis que surgiu o
dragão Xenlum. Orus com sua coragem, pulou dentro da boca do monstro, seguiu
dando socos em sua boca. Xenlum ficou perturbado, soltou uma bola de fogo que
queimou Orus, fazendo ele morrer. Desta batalha surgiu uma luz tão forte que
formou o Sol. Foi assim que foram criados os continentes e o Sol.
Philippo Natel Batistussi
Potro e seu amigo Orus moravam em uma vila muito distante que se chamava
Atlântica. Eles tinham um sonho de explorar o mundo e estavam prestes a fazer isso.
Eles iriam explorar a terra de “U” onde viviam. Potro é o deus da força e seu amigo
Orus, o deus da coragem. Potro gritou para Orus bem alto:
- Espere, Potro. Já estou indo. Foi assim que eles partiram em uma aventura muito
emocionante, mas eles sabiam que teriam que enfrentar dois monstro: o dragão
Xenlun e o polvo Matic. Logo navegaram pelo mar Mortomania, quando ouviram um
barulho: BUUUUMMM! Potro assustado falou:
A GRANDE VIAGEM
- Orus! Se arruma logo para sairmos, você enrola muito! Se chegarmos tarde vai
ter muitas feras. Orus respondeu:
- Que barulho é esse, Orus? Orus respondeu:
Filho de Ve, deus da criação e de Freya, deusa da fertilidade;
Caelum, não se sabe o porquê, era um gigante muito forte, com
braços de besouro rinoceronte, incríveis olhos de águia,
além de majestosas asas de lindas Phoenix. Por ser um
deus, crescia rápido e ao longo de sua vida, os mais
corrompidos, desde mortais a deuses, riam por conta de
sua putrefata aparência. Tais acontecimentos fizeram-
lhe viver recluso no majestoso templo de seu pai,
passando dia após dia cada vez mais aflito. Toda vez
que pensava em tudo aquilo que já haviam dito sobre
sua aparência, ficava ainda mais entristecido. Em um
determinado momento de um determinado dia, sua mãe
foi consolá-lo de seus infelizes períodos de reflexão:
- Filho... Por que estás tão desanimado? - perguntou a mãe.
Rodrigo Garcia
A ORIGEM DOS TERREMOTOS
Colégio Domus Sapientiae
UM
A HOM
ENAGEM
A MO
NTEIRO
LOBATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
29
- Fujam, rápido!
- Parabéns ! Vocês voltaram.
Eduardo Schroeder Dias
E os astronautas para sempre lembraram da
pequena estrela que os ajudou.
Os astronautas estavam se preparando para a viagem à Lua. Eles estavam muito
ansiosos para saber o que havia lá. Depois da construção do foguete, começou o
lançamento. Enquanto adentravam-no, perceberam que a Lua era pequena, mas
brilhante! Fecharam as portas e iniciaram o lançamento. Horas depois, aterrissaram
na lua. Cansados, iam dormir ali mesmo ao ar livre. Em cima de suas cabeças
apareceu uma pequena estrela, de pouca luz e muito sozinha. Se ela desaparecesse,
provavelmente ninguém perceberia. Quando acordaram, um astronauta disse:
A CAPTURA INESPERADA
- Olhem, uma caverna!
Pegaram um pedaço de ferro e começaram a matar os
aliens que chegavam perto. Conseguiram entrar no
foguete e voltaram para a Terra. Quando chegaram,
foram muito aplaudidos e recebidos com um grande:
Começaram a explorá-la. No fundo tinha um cogumelo diferente. Quando o
tocaram, dele saiu um alien! Ele atacou os astronautas e os prendeu
numa cela. Os astronautas foram carregados para fora da caverna
e, de repente, estavam rodeados por centenas de aliens. Eles
estavam em uma grande cidade de aliens. Depois de muito
tempo, quando os aliens estavam dormindo, perceberam
a pequena estrela tentando romper a cela, que se abriu,
pois estava enferrujada. E todos gritaram:
- Entendas... Também existem aqueles que sabem que cometem lapsos, e logo,
não se julgam serem mais poderosos a partir do desprezo que domina a maioria dos
seres pensantes.
- Por que vós rides de mim? Todos, a partir de uma raça qualquer, não devem
sentir-se superiores. Cada ser apresenta defeitos, com os quais devem aprender a
lidar. Este é o maior erro que vós cometeis - retrucou o filho.
Apesar dessa troca de palavras, Caelum não deu ouvidos a sua mãe e continuou
agindo da mesma forma como agia semanas antes. Pela pressão que sentia, por
conta de tudo ruim que ouvia, decidiu fugir para terras distantes no extremo leste do
mundo, num local batizado por ele mesmo de “Calegum”. Nestas, quando relembrava
os momentos de melancolia, batia com sua força descomunal no chão causando os
terremotos.
Colé
gio
Dom
us S
apie
ntia
eU
MA
HOM
ENAG
EM A
MO
NTE
IRO
LO
BATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
30
- Poseidon, você viu meu filho e onde?
Lucca Saad
Poseidon respondeu com sua voz grossa:
- Ei, calma! Eu estou gostando muito deste lugar, e eu até tenho poderes agora e
sou um deus!
- Calma aí, então você quer viver com ele em vez do seu pai que cuidou de você a
vida inteira?
Então Poseidon exclamou:
Dédalo respondeu:
Ícaro respondeu:
- E aí! As duas já se resolveram, porque se Dédalo não está
querendo ir embora, eu irei tirar seu oxigênio!
Dédalo não parava de gritar o nome de seu filho Ícaro, que caiu no mar. Ele
conseguiu chegar à areia da praia. Quase sem folêgo e resistência, Dédalo correu ao
mar para salvar seu filho que já devia estar no mínimo desmaiado. Chegando perto de
Ícaro, Dédalo estranhou, pois viu uma luz muito clara e envolta por rochas
gigantescas. Se aproximou e lá estava Poseidon, o deus da água. Dédalo, com os
olhos arregalados, perguntou a Poseidon beijando sua mão:
A NAÇÃO DO MAR
Então o levou a uma caverna aquática onde Poseidon deu poder de oxigênio a
Ícaro. Dédalo então pediu que o levasse até seu filho, então Poseidon o levou.
Chegando lá Dédalo viu seu filho super bem e alegre. Deram um abraço carinhoso e
então ele já queria levar Ícaro para casa. Mas ele não sabia que Poseidon o havia
tornado um dos deuses da água também dando-lhe o poder de respiração e controlar
a água. Então Ícaro falou ao pai:
E então Dédalo, sem ter o que fazer, deu um abraço forte em
Ícaro e Poseidon o levou à superfície. Dédalo com suas
habilidades de construção, fez ali à beira do mar, sua
linda casa e sempre quando podia, fazia uma visita a
Ícaro com a permissão de Poseidon.
- Claro que vi.
- Pai, eu tenho que ficar, sou um deus agora!
Fundamental8anosos
Gabrielle
Nicolas
Larissa
Luiza
Giovana
Laura Sofia
Francisco
Ana Beatriz
Flávia
Julia
Giovani
Fundamental8anosos
Professora Gabriela Fonseca
Com o intuito de continuarmos a investigação a respeito da construção
textual do texto de horror, os alunos foram convidados a continuar a história
“Os mortos viajam rápido” de Bram Stocker, “Silêncio” de Edgar Allan Poe. O
roteiro de cinema também foi objeto de estudo e escrita. Os alunos
transformaram seus textos de horror em roteiros que foram adaptados e
premiados no Projeto Oscar e produziram uma versão em stop-motion a
partir de personagens de massinha.
Finalmente o semestre foi concluído com um ciclo de debates sobre
Consumismo e Infância que culminou em um texto de opinião. Parabéns pelo
trabalho!
Os alunos do 8º ano se viram em meio a uma tarefa nada
fácil no início deste ano letivo: escrever um conto de horror
sobrenatural que fosse tenso. Trata-se de uma empreitada que requer o
desenvolvimento de habilidades valiosíssimas para a produção escrita: a
organização da coerência textual e a escolha vocabular. Por se tratar de um
texto complexo, os alunos tiveram que passar por um árduo processo de
revisão e reescrita textual. A repetição de vocábulos ou o uso de palavras
genéricas pode comprometer o resultado da narrativa
Colégio Domus Sapientiae
UM
A HOM
ENAGEM
A MO
NTEIRO
LOBATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
33
Junto ao seu lobo, levou-me por muitos cômodos até chegar em um quarto que
ficava no final de um grande corredor escuro. Dentro do quarto havia apenas uma
cama e uma lareira. Para não incomodar decidi sair mais cedo, por isso, dei boa noite a
ela e a agradeci. Porém, aquela noite foi diferente. Eu estava ouvindo muitos
barulhos estranhos vindos do corredor. Tranquei a porta com medo desses ruídos, e
prometi ficar acordado para evitar que algo acontecesse de pior,
pois quando entrei naquela “residência” sentia em seu ar de
estranheza, um mau pressentimento. No entanto, minha
promessa não “se cumpriu”, pois eu caí no sono.
- Olá, qual é o seu nome? Eu não o vi entrando.
O TÚMULO ESTRANHO
Tive a leve impressão de que ela estava atravessando a parede, mas quando
cheguei mais perto, vi que ela havia empurrado uma porta feita de tijolos que se
camuflava na parede. Corri mais rápido para alcançá-la, e comecei a chamá-la, até
que ela virou-se e ao olhar para mim deu um breve sorriso. Então introduziu-se na
conversa:
- Meu nome é James, e o seu?
- Anne Pyer.
- Eu preciso de ajuda para abrigar-me.
- Nesse caso, se você quiser, pode dormir aqui até acabar a tempestade.
Fechei os meus olhos, não acreditando no que acabara de ver. Diante dessa visão
estarrecedora, perdi o fôlego. “Afinal, o que uma mulher jovem como aquela estaria
fazendo sozinha com um belo e feroz lobo de pelagem branca, em um túmulo! ”. Ao
olhá-la de relance, percebi que estava se direcionando para mais ao fundo do túmulo.
Então, decidi segui-la, pois ela era a única que poderia me ajudar contra aquela
intempérie furiosa.
- Agradecido. Onde ficarei?
Giovani Garcia
Acordei com o lobo de Anne lambendo meu rosto, e uma
bandeja de frutas podres ao meu lado. Assustado,
joguei-as no chão e decidi fugir. Empurrei a porta do
quarto já “aberta” e corri. O clarão do dia quase me
cegou e me permitiu ver algo que não vi durante a noite,
uma placa no túmulo com a seguinte inscrição: “Aqui jaz
Anne Pyer (1789-1830)”.
Colé
gio
Dom
us S
apie
ntia
eU
MA
HOM
ENAG
EM A
MO
NTE
IRO
LO
BATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
34
Uma vez, quando eu era pequena, vi uma propaganda na tv enquanto assistia
desenhos. E lá estava: a Baby Alive que comia, falava, mexia os braços, fazia xixi, abria
os olhos, trocava de roupa...enfim, fiquei louca!
Fui logo pedir para minha mãe, e ela vivia dizendo “Isso é necessário? Você
precisa disso agora?” e eu dizia que era, mesmo não sendo. Consegui ganhar a
bonequinha depois de meses, porque tive que esperar até meu aniversário.
Neste texto, eu concordo com que o autor diz: hoje em dia infâncias estão sendo
corrompidas por motivações comerciais. Fazer, se vestir, comer, usar determinadas
coisas porque os outros usam também nos tornam “legalzão”.
Laura Marques
CONSUMO INFANTIL
Acredito que se não fosse a influência da minha mãe eu estaria pedindo a boneca
até hoje. Acredito também que os pais devem impor limites às crianças, como
perguntar se aquilo é realmente necessário ou dizer que ganharão em datas
especiais caso o produto for caro ou não for acessível naquele momento.
Muitas coisas estão interferindo nas crianças e uma dessas cabe citar: o
consumo infantil e motivações comerciais. Eu acredito que isso pode mudar, eu
acredito num futuro melhor, e você?
Luiza Zelante
Então, diante daquele rochedo, no cume do paraíso de Lúcifer, veio-me um bafo
ardente tal como uma pedra de gelo que petrificava, lenta e dolorosamente, cada
órgão de meu estômago. O Demônio, qual antes cariciava o lince indecifravelmente
pardo-azulado, inclinou a face medonha para o alto, erguendo o
focinho pontudo em direção às nuvens - os olhos de cobra, porém,
encontrados no meu rosto.
“MONSTRO” (Continuação do texto “Silêncio”, de Edgar Allan Poe)
Num ato repentino, sorrira seus dentes afiados de orelha a
orelha, tornando-se mais horroroso ao soltar um riso
contido - tal como se esperasse uma catástrofe surgir
em meio à bruma espessa. Logo, senti meu intestino se
revirar em nós, atados pelas entranhas, e meus ossos
pareciam se esticar. Eu parecia ficar cada vez mais
pesado, mais sonolento, mais cansado. Não havia
forças para eu respirar. Implorei por apuros com minha
voz mais rouca e adoentada, minha garganta
enrugando-se a cada ar que saía de meu corpo,
agonizado e sofrido nas cordas vocais.
Colégio Domus Sapientiae
UM
A HOM
ENAGEM
A MO
NTEIRO
LOBATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
35
Nesse mesmo momento, uma calorosa brisa me envolveu em braços calmantes,
convidando-me a fechar vagamente as pálpebras. Já não me doía mais nada, meu
estômago se desvirou. O gelo que crescera em minha barriga tornou-se uma chama
de calidez confortante, e a rouquidão de minha garganta diluiu-se em cantos não
mais agonizados.
Eu, todavia angustiado pelas chamas do inferno atiçadas dentro de mim, não
gritava nada - sequer me saía um suspiro infeliz. Apenas concordava
desgraçadamente com tais afirmações que a besta proferia. Contudo, descendo o
olhar a mim como quem encara um inseto, deixou pender a mão sobre minha cabeça,
tal quando fez ao narrar-me a história do homem romano.
Entretanto, os poucos segundos de doces devaneios foram destroçados quando
a mão do Demônio rudemente jogou minha cabeça ao chão, e um simples abrir de
olhos foi o suficiente para que percebesse os pés enormes e peludos, com afiadas
garras saindo das pontas dos dedos grossos e repugnantes. Tal vista horrenda foi se
padronizando nas pernas (que nem sabia eu se eram pernas), nos braços - enrugados
até os cotovelos - , no tronco de pelugem escura e definhada pela cor de terra morta.
Eu não sabia mais quem era, e seu meu “eu” ainda estaria em alguma parte de meu
consciente ainda não domado pela maldição; mas se eu soubesse de algo, seria
apenas naquele luar.
“És um ser tão minúsculo!” o Demônio riu - não gargalhou, porém, em resposta à
minha deplorável resistência. “Não sequer podes caber numa toga, pois tua figura
lamentável a escangalharia, e eu me teria escangalhado sobre tal cena!”
Então, diante daquele rochedo, no cume do paraíso de Lúcifer, a
Lua se ergueu sob as nuvens sangrentas e iluminou os caracteres
entalhados em um desgastado pedregulho. A névoa cegante foi,
aos poucos, diluindo-se por aquele negro e melancólico
demônio, onde meus olhos - não mais meus - leram,
desiludidos, a escritura clara e carmesim: “Monstro”.
Ele, então, suspirou - não tristemente, mas, por algum motivo, de forma alegre.
“Parece que tu estás pronto, formiguinha. Prepara-te para virar um ser de grandeza!
Nem gregos poderão com a tua forma, nem anjos te salvarão do cúmulo da nobreza!”
Colé
gio
Dom
us S
apie
ntia
eU
MA
HOM
ENAG
EM A
MO
NTE
IRO
LO
BATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
36
O HOMEM DO ROCHEDOSofia Bezerra
Lá estava eu nas margens do rio Zaire, observando os animais que passavam pela
região. Logo, reparei em um velho homem sentado nos rochedos. Ele parecia estar
doente, cansado, estava com a cara inteiramente pálida, estava magro, parecia que
não comia havia dias. Então resolvi me aproximar.
Quando estava chegando perto do rochedo onde ele se localizava, senti um
calafrio na barriga. Não conseguia ouvir mais nada, ficou tudo calmo. Não conseguia
ver os pássaros voando e nem ouvir os lobos uivando. Quando percebi, estava parado
perto do senhor. Ele movia lentamente sua cabeça em minha direção, como se eu
tivesse feito algo errado com ele. O velho senhor me olhava com seus olhos que se
dilatavam aos poucos. Lentamente fui me afastando. O velho continuou a me
observar. Acreditando que estava olhando para algo atrás de mim, me virei para
verificar, mas, quando virei novamente para vê-lo, ele não estava mais. Ele somente
tinha deixado um recado no rochedo, “PARE”.
Saí então em busca do velho na floresta, para ver se ele estava por lá, mas não
tinha ninguém, somente os animais da região. Fui então procurá-lo pelo resto da
floresta quando me dei conta que tinha um vasto caminho de sangue pelas matas.
Resolvi segui-lo na esperança de achá-lo. Depois de muito tempo de procura, os
rastros acabaram em uma caverna cujas paredes eram feitas de cristais que
refletiam a água ensanguentada do chão. Quando dei o primeiro passo na porta da
caverna, ouvi suavemente um grito. O grito ficava cada vez mais à medida que eu
dava passos. Em um certo momento os gritos pararam, mas como consequência, a
água que cobria o chão da caverna começou a tremer.
No fim da caverna apareceu uma luz vermelha iluminando algo. Me aproximei. Ao
chegar no fim da caverna, observei uma figura estranha, que
parecia um homem sem rosto. As luzes vermelhas começaram a
piscar, deixando somente a sombra daquela criatura estranha.
Ela fazia um barulho anormal, parecia uma porta rangendo
pelo chão ou um sapo coaxando. Quando piscava os
olhos, percebia que aquela criatura se aproximava cada
vez mais. Fechei então os meus olhos por um curto
tempo, quando os abri, percebi estava em outo lugar,
que era totalmente diferente de onde eu estava antes.
Era frio, escuro, não tinha nenhuma luz por perto.
Ouvia barulhos estranhos e agudos. Vi novamente o
ra s t r o d e s a n g u e e m d i r e ç ã o à c r i a t u ra , q u e
simplesmente estava na minha frente. Fiquei parado,
congelado, não sabia o que fazer. Então decidi correr,
mas não levou muito tempo para ele me pegar.
Colégio Domus Sapientiae
UM
A HOM
ENAGEM
A MO
NTEIRO
LOBATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
37
JULIA: Leo, você vai fazer a prova na sala do diretor, pois já passou cola duas
vezes! (exclama, aponta o dedo para a porta e Leo sai. A prova começa)
NADA NOS SEPARA
BIA, a certinha
ANA, a preguiçosa
BOB, o engraçado
DANILO, o diretor
Cena 1: Julia entra na sala de aula da escola Júpiter e mostra a prova para os alunos.
JULIA: Vou entregar a prova daqui a cinco minutos! (Julia estremece)
BIA: Sim, você estudou?
BIA: Professora, Ana está me pedindo cola! (Julia toma a prova de Ana, percebe
que Bia está sussurando para Bob)
JULIA: Você também? As duas pra diretoria! (aponta o dedo para porta e rosna)
JULIA, a professora
ANA: Hoje tinha prova?(olha para Bia)
Flávia Orii
Cena 2: Ana e Bia se batem e se xingam no corredor, se olham e choram.
ANA: Não, mas vou pedir cola pro Leo. Ele sempre passa cola para o Bob. (olha
para o Leo)
BIA: Me desculpa? (câmera se aproxima focando o rosto das duas)
ANA: Sim, você me desculpa?
BIA: Tudo bem. (se abraçam)
ANA: Saiba que nada vai nos separar, nem uma prova!
(sorri e as duas dão as mãos, andam em direção à
diretoria, câmera de costas pra elas)
LEO, o inteligente
ANA: Psiu! Biaa! (sussurando)
BIA: Mas você não fez nada pra mim... (cara de quem não entende
nada)
ANA: Eu que te denunciei! (olha para a Bia com cara de
culpada)
Colé
gio
Dom
us S
apie
ntia
eU
MA
HOM
ENAG
EM A
MO
NTE
IRO
LO
BATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
38
SILÊNCIO- NÃO BRINQUE COM A SOLIDÃO
Com um sinal feito pelo diabo, o lince me atacou. E assim, repôs a carne que lhe
faltava.
- Como ousas caçoar da solidão? - perguntou-me o diabo, não contendo sua
frustação.
- Óra! Se até os indivíduos mais horrendos que moram no meu reino, vivem em
conjunto, o que te levas a pensar que a solidão é algo engraçado?
O diabo levantou de seu trono de madeira escura, que estava do lado do lince e
seu túmulo. Caminhou até mim em passos lentos e pesados. Sua boca cheia de
dentes amarelos e pontudos, abriu um sorriso macabro, tanto quanto amedrontador.
Engoli em seco. Sabia que deveria responder, mas as palavras não saíam. Fiquei
gaguejando, preocupado com o que o temível senhor do inferno poderia fazer
comigo.
Julia El Kadi
- Nem mesmo fazes ideia - comentou, como se estivesse conversando com o
lince, que estava maltratado e sem carne. O animal era apenas pele esticada. Era
como estivesse se sustentando no ar.
- Eu vi graça na parte em que o homem foge, igual uma dama em apuros - respondi
com a voz trêmula.
- Será que agora o senhor gostaria de fugir igual uma dama em apuros?
Gabrielle Fernandes
OS MORTOS VIAJAM RÁPIDO
Olhando a nevasca de dentro da casa a moça me convidou a entrar. Aterrorizado
com o lobo que permanecia ao seu lado, questionei:
- Moça, antes o porquê de seu lobo?
Intrigada com a pergunta me respondeu que era apenas para
sua proteção. Me questionei novamente do que ela queria
proteção, mas ignorando esse pensamento raciocinei,
que se continuasse naquela nevasca passaria frio e me
machucaria. Sem escolha, entrei na tumba. O lugar me
parecia sombrio, uma sala com cruzes espalhadas,
o r a ç õ e s e s c r i t a s n a p a r e d e , a l g u n s m ó v e i s
empoeirados, uma cristaleira e uma escada dourada
que levava ao andar superior. Lá no fundo havia um
tenebroso quintal que era coberto por um gramado
cheio de pedras, com identificações escritas, como
nome e data de falecimento. Deduzi que aquilo era
praticamente um cemitério.
Colégio Domus Sapientiae
UM
A HOM
ENAGEM
A MO
NTEIRO
LOBATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
39
Educadamente a moça perguntou se eu gostaria de passar apenas aquela noite
lá, mas mal sabia eu que aquela não seria mais uma noite qualquer. Sentada naquele
sofá, vermelho aveludado, ela começou a fazer perguntas do tipo se eu era
comprometido, se pretendia ficar mais tempo naquele lugar e também falou que
estava à procura de um companheiro. Eu novamente apavorado disse que preferia ir
embora e que a nevasca já havia diminuído. Com tom de convencimento a me fazer
ficar, afirmou e prometeu que responderia e faria qualquer coisa. Pensando
perguntei quem eram todos aqueles mortos e aparentemente intimidada, me disse
que eram todos os homens que chegaram na tumba, porém não aceitaram a proposta
de permanecer com ela. Tentei correr imediatamente daquele lugar, mas as portas
de mármore fecharam e eu não consegui escapar, fui apenas mais um.
PEQUENOS CONSUMIDORESLarissa Ricci
Um exemplo é uma situação passada por mim quando eu tinha seis anos. Uma
colega da minha idade veio ao colégio espalhando para todas que já usava sutiã, que
tinha visto na tv, e nós ao ver que nossa amiga aparentava ser mais
madura e legal ultilizando essa peça de roupa, decidimos que
iriamos comprar um também. Então fomos ao shopping e
finalmente eu iria ser tão legal quanto minha amiga. Se passaram
meses e ao longo do tempo percebi que além de não
precisar eu não absorvi todas as qualidades que queria
não pareci mais velha nem mais descolada.
Por fim uma pergunta para refletir: será que minha
amiga ainda teria comprado o sutiã mesmo se houvesse
regulação e fiscalização do tipo de produto e da
maneira que é anunciado mais adequado de acordo
com a idade?
Atualmente as crianças têm sido treinadas para se tornarem adultos
materialistas inconscientes. Esse estilo de vida vendido por anunciantes que se
aproveitam de sua inocência e imaginação, prende elas a uma ilusão de felicidade
momentânea e ao desenvolvimento do preconceito em relação às pessoas que
possuem menos bens. Os anúncios sedutores impõem um padrão e introduzem uma
necessidade de se encaixar nesse padrão. Essa ideia além de ser aceita pelos pais
que não têm a capacidade de negar um desejo do filho é sustentada por amigos e
colegas geralmente da mesma idade.
Colé
gio
Dom
us S
apie
ntia
eU
MA
HOM
ENAG
EM A
MO
NTE
IRO
LO
BATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
40
- O que faz neste lugar tão triste e sem vida?
O demônio achou estranho e duvidoso e fez o homem pensar em coisas felizes.
Imediatamente aquele homem começou a se debater pedindo para ele parar. O
demônio não parou mas mudou o pensamento de bom para ruim. Naquele instante o
homem parou de se debater e sentou novamente na tumba. O demônio viu essa
alteração emocional e se aproveitou disso para escravizar aquele homem. Ele o levou
para as profundezas do submundo e nunca mais ouviu-se falar daquele homem.
Francisco Trunkl
- Fico observando este triste campo pois a tristeza me conforta.
O TRISTE HOMEM
Foi naquela noite, quando a chuva caía, quando tudo estava escuro e triste, que o
demônio subiu à superfície terrestre, para fazer uma breve passagem ao cemitério,
mas algo estranho aconteceu. Um homem com feições divinas que brilhavam
através da escuridão da noite, se sentou em uma tumba e ficou observando durante
um tempo, aquele vasto campo de túmulos. O demônio percebeu a presença daquele
homem e se dirigiu a ele com uma pergunta:
Escute. - disse o Demônio. - Vou contar uma história que aconteceu há muito
tempo atrás em Marrocos. Tudo era lindo, principalmente o lado cristalino como um
espelho luxuoso:
O ROCHEDO
- Espelho?
Tudo estava tão calmo. De cada lado do rio havia arbustos
enormes e bem verdes. Minutos depois o tempo mudou e tudo
ficou escuro como se fosse noite. Fiquei assustado. Ao meu lado
havia um rochedo com palavras e frases estranhas: silêncio,
maldição, está em suas mãos, escolha, e outras que não
davam para ler. Eu fiquei um pouco assustado, havia um
homem de preto vindo perto de mim e dizendo essas
palavras. Uma luz muito forte contornava seu corpo, seu
rosto era pálido e assustado de quem queria me dizer
algo. Em suas mãos havia papéis com gestos de
maldições da natureza. Enquanto ele fazia esses
gestos, ele gritava:
- Cuidado com a maldição que deixei em suas mãos!
Conte essa história para alguém que mereça ouvi-la, e
depois de sete dias, algo muito ruim escolhido por você
ocorrerá com essa pessoa.
Ana Beatriz Jaess
- Sim, mas isso não importa.
Colégio Domus Sapientiae
UM
A HOM
ENAGEM
A MO
NTEIRO
LOBATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
41
- Bom, acho que dormindo, mas não penso nessas coisas.
- Quê?! Só isso? E... Você já escolheu alguém?
- Adeus, meu escolhido. - E segundos depois os dois caíram no sono.
O ouvinte gelou, até que o Demônio o puxou e vomitou uma gosma preta bem na
sua boca liberando a maldição presente em suas mãos. E o Demônio disse:
- Como você quer morrer?
Ele sumiu e depois caí no sono, e só lembro-me do que ele me falou:
- Você foi o responsável pela morte de todos aqueles seres no
rio?
Eu ia me aproximando na espreita. A cada passo eu conseguia sentir a ira daquele
homem aumentando gradativamente. Eu olhava para o rio de sangue e via animais e
pessoas torturadas, usados como instrumentos para aliviar a sua raiva. Comecei a
escalar o rochedo para ir ao encontro da figura sombria. Ao chegar no topo do
rochedo caminhava lentamente até o homem. Passo a passo podia sentir que o
homem estava mais longe. Eu parei de andar. Num piscar de olhos vi a rocha, mas o
homem não estava mais lá. Virei minha cabeça e o homem estava ao meu lado
chorando o sangue de todos os seres que matara:
Nicolas Alvarez
O HOMEM DO ROCHEDO
Levantei minha cabeça e vi um homem de figura misteriosa e sombria. Ele se
destacava na noite tenebrosa sobre o precipício onde desabava uma cachoeira,
acabando num rio com águas cristalinas e deslumbrantes. O homem sentou-se e
encostou-se em uma rocha para observar a lua escarlate. Com uma expressão
solitária e raivosa em sua face, o homem começou a chorar. Chorava cada vez mais,
não conseguia conter a sua raiva. Ao som de seus gritos agonizantes, a água
cristalina transformava-se em sangue...
- Eu me arrependo. Disse ele com a voz trêmula...
- Sim, e eu me arrependo, eu estava sofrendo por eles,
eu consigo ouvi-los gritando e chorando, então acabei
com seu sofrimento...
Eu conseguia sentir aquele homem sofrendo por
dentro, eu conseguia sentir a ira e a solidão. Sendo
assim eu amaldiçoei-o. Nunca mais ele terá qualquer
sentimento, por nada nem ninguém...
Colé
gio
Dom
us S
apie
ntia
eU
MA
HOM
ENAG
EM A
MO
NTE
IRO
LO
BATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
42
SETE OLHOS, O PSICOPATA CIENTISTA
O SEQUESTROGiovana Giudice
DOG MONSTRINHO, O VIRA-LATA
NARIGUDO, O VIZINHO DE SETE OLHOS
DOG MONSTRINHO: Socorro! Au, au! Onde estou? Quem é você? (começa a
gritar).
SETE OLHOS: Em breve você saberá! (a porta da van se fecha e a mesma segue
viagem, câmera parada).
NARIGUDO: Não se preocupe, está tudo bem (pega
seu celular e faz uma ligação). Alô? Polícia? Tem um
crime acontecendo aqui na Rua Williams, número 28. Na
verdade já dei um jeito no ocorrido, mas tem mais um
prisioneiro para a coleção (edição de “fim”).
Cena 1 – Dog Monstrinho está em um beco escuro e sombrio, revirando as latas de
lixo em busca de alimento. Sete Olhos aparece e cobre a cabeça dele com um saco
(aproximação de câmera) enquanto o leva para uma van cinza e antiga.
SETE OLHOS: Fique tranquilo, não vai doer (diz falsamente, enquanto segura
uma faca).
Cena 4 – Narigudo ouve gritos estranhos ao passar em frente à casa de Sete Olhos.
Ao perceber a porta do vizinho aberta, se aproveita para entrar
discretamente e ver o que está acontecendo. Ao se deparar com a
situação, arranca a faca da mão do psicopata e a injeta em um de
seus olhos. Desamarra Dog Monstrinho, pega-o no colo e
tranquiliza-o.
Cena 3 – Dentro da casa, que mais se parece com um laboratório, Sete Olhos
prende sua vítima em uma maca a fim de assassiná-la para fazer experimentos
científicos. Descobre o rosto de Dog Monstrinho.
Cena 2 – A van estaciona em frente à casa de Sete Olhos, que sai do veículo
levando Dog Monstrinho consigo (câmera acompanha os passos dados por eles
até a entrada da moradia).
DOG MONSTRINHO: Socorro! Au, au! O que está acontecendo?
Fundamental9anosos
Caroline
Danielle
Aline
Renato
Eric
Ana Beatriz
Camila Yasmin
Diogo
Alberto
Maria Fernanda
Lucas
Fundamental9anosos
Professora Valéria Maceis
É bonito, é gratificante vê-los posicionando-se, pensando e procurando expor
suas opiniões (muitas vezes, ainda em formação...) sobre esse e muitos outros
temas. Parabéns a todos! Sigam por esse caminho: lendo muito, informando-se
sobre o mais variados assuntos, expondo o que pensam e - é claro - sempre ouvindo o
que o outro também tem a dizer sobre. Evolução da escrita, desenvolvimento do
senso crítico e respeito às divergências de posições estão entre os mais
importantes pilares de nosso trabalho.
Um dos assuntos discutidos em sala, o qual, depois, propiciou a produção de bons
textos dissertativos pelos nossos alunos do 9º ano, foi a questão o uso da tecnologia
em ambiente escolar. Conversando com os colegas sobre tal tema, foi possível que
as turmas refletissem acerca de todos os benefícios que, atualmente, os avanços
tecnológicos nos proporcionam. Porém, também se pensou sobre os prejuízos que
um uso desmedido pode causar no que tange à concentração, foco, fixação de
conteúdos e absorção real de conhecimentos.
Pensamento crítico, expressão de opinião, discussão de ideias,
debates, a importância de se ouvir o outro, o respeito pelas diferenças
de visão e de pensamento... Tudo isso se intensifica no 9º ano, série em que os alunos
passam a ter mais contato com textos dissertativos, nos quais apresentam seu
posicionamento sobre os mais diversos temas.
Confira, nas páginas seguintes, as produções selecionadas!
Colégio Domus Sapientiae
UM
A HOM
ENAGEM
A MO
NTEIRO
LOBATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
45
O uso da tecnologia nas escolas tem sitdo muito bem avaliado por professores,
que dizem estar gerando melhores notas e aprendizagem, porque o ensino com
tablets e notebooks é bem menos maçante e cansativo para os alunos do que o uso
de livros. Isso gera maior concentração e vontade de estudar e realizar tarefas.
A TECNOLOGIA BENÉFICA
A tecnologia, ao ser usada com responsabilidade, só gerará ganhos e logo estará
fazendo parte do ensino de todas as escolas do Brasil.
Em pleno século XXI, não é válido tentar proibir o uso de equipamentos
tecnológicos ou da internert no dia a dia. Hoje em dia, essas ferramentas são
essenciais para escritórios, fábricas, lazer e, agora, para os estudos.
Por outro lado, o uso da tecnologia pode ser irreponsável por parte do aluno. O
tablet/notebook pode conter jogos, e a criança, ao invés de realizar sua tarefa, pode
se distrair com jogos. Um argumento que explica a situação é o do professor de física
e coordenador de tecnologias, Rafael Corrêa, “A ideia é tentar falar a mesma
linguagem. Não adianta ser diferente em casa, trabalhamos o uso responsável.”
Yasmin Sayed
TECNOLOGIA EM ESCOLAS
Todos nós sabemos que o vício tecnológico não é
positivo e causa a dependência de “ter” além do
necessário. Dentre outras, também há o desvio de
atenção, que gera o desinteresse em aprender coisas
novas.
Caroline Uzunian
Hoje em dia, temos vários modos de comunicação por aparelhos tecnológicos,
como “tablets”, “smartphones” e “laptops”. As crianças que têm boas condições de
vida possuem pelo menos um desses três aparelhos para lazer e comunicação com
os pais. Se elas usarem diariamente nas escolas para trabalhos e conhecimentos
gerais, qual sería o resultado?
Com os avanços da tecnologia, temos todas as informações
necessárias em sites e blogs, facilitando as pesquisas para os
estudantes. As crianças, por outro lado, interessariam-se mais,
gerando bom rendimento em provas e testes. Porém,
consequências podem acontecer pelo uso dependente
destes.
Mesmo com as consequências, seria mais fácil o
ensino escolar, e os jovens já estariam sendo
preparados para o futuro, pois o uso da tecnologia
aumentará.
Colé
gio
Dom
us S
apie
ntia
eU
MA
HOM
ENAG
EM A
MO
NTE
IRO
LO
BATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
46
Para que esse fator muito importante aconteça em todas as escolas, o governo
precisa se conscientizar e dar essa oportunidade para os estudantes fornecendo o
material.
A consequência de todo esforço é a melhoria de ensino, com uma base mínima em
recursos tenológicos, além da praticidade que os alunos terão para estudar e o mais
importante: a evolução desse meio de estudo, pois cada geração terá mais
melhorias, fazendo com que se torne uma ferramenta fácil de acessar nas escolas e
até mesmo em casa.
CONEXÃO DA EDUCAÇÃOMaria Fernanda A. Castanhola
O ensino é muito importante principalmente nos dias de hoje. A qualidade da
educação é simplesmente a definição, a melhoria do futuro dos jovens. Esse fator da
educação com tecnologia na escola pode trazer muitos benefícios para o ensino.
Especialistas dizem que os recursos tecnológicos podem educar de uma forma
“perfeita”. Portanto, a tecnologia pode realmente melhorar muito o ensino hoje em
dia. A tecnologia é atualidade, faz com que o aluno se informe e tenha uma base dos
recursos tecnológicos.
TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO OU TECNOLOGIA EM EDUCAÇÃO?Diogo Kenzo Orii
Andando por São Paulo, é muito comum ver adultos e jovens com celulares e,
infelizmente, até motoristas usando enquanto dirigem. O que antigamente era um
objeto raro e valiosíssimo, hoje, é como se fosse algo natural do dia a dia. Isso não vale
só para celulares, a tecnologia em geral vem avançando
rapidamente. Seja em restaurantes, em lojas, seja escolas, vemos
o uso e a utilização de variados apretrechos tecnológicos. Mas
será que essas mudanças são realmente necessárias?
É inegável que “Estamos no século 21, não tem como dar
aula como se dava há dez anos” diz Glaucia Brito,
professora do Departamento de Comunicação Social
da Universidade Federal do Paraná e especialista em
tecnologia na educação. Temos que mudar, mas com
calma, pois existem sim vantagens com o uso da
tecnologia, como aulas mais interativas sem o desvio
da atenção dos alunos, além da possibilidade de fazer
pesquisas de modo mais rápido e prático, não adianta
querer transformar de vez um jeito de ensinar que por
muito tempo funcionou.
Colégio Domus Sapientiae
UM
A HOM
ENAGEM
A MO
NTEIRO
LOBATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
47
A NOVA GERAÇÃO HIGHTECH E O CONVÍVIO COM AS ESCOLAS
Todos sabem que a nova geração de estudantes, não somente do Ensino Médio,
estão conectados nas redes, e o que intriga é a não participação das escolas nesse
novo estilo de viver.
Tudo isso ajudará no desenvolvimento da criança e no melhor resultado
acadêmico no futuro.
A escolas devem, sim, adaptar-se aos estudantes da nova geração. Existe muito
mais conteúdo interessante na internet do que em um livro didático. Ao juntar os
dois, muito provavelmente os alunos estarão mais aptos a aprender.
Aline Arissa Takano
Já se sabe que até as crianças mais novas usam, por exemplo, o iPad como meio
de entretenimento, então por que não usar essa tecnologia a favor dos estudos?
Um dos benefícios que a entrada de elementos virtuais nas escolas proporciona
é a participação e o interesse mais ativo nos jovens durante as aulas.
A tecnologia está aqui para ser aliada do homem e para caminhar lado a lado com
ele, sem tanta pressa, passo por passo.
O futuro dos jovens, sem dúvida, é esse. Eles precisam aprender a fazer o uso da
tecnologia a favor deles. É imprescindível que jovens, no mercado de trabalho, sejam
autênticos e inovadores, e com a tecnologia em suas mãos isso será mais fácil.
A inovação pode trazer uma série de vantagens, mas, se incorporada de modo
errado, pode trazer muitos riscos, como dependência (vício), além de problemas de
visão etc.
Colé
gio
Dom
us S
apie
ntia
eU
MA
HOM
ENAG
EM A
MO
NTE
IRO
LO
BATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
48
Danielle Cofino Serafini
Com o avanço tecnológico, a educação escolar vem se beneficiando, trazendo
novas formas de estudo para os alunos.
Esses avanços trazem múltiplas vantagens para os alunos. Estes tendem a
compreender e ter mais aprendizado em relação ao meio da tecnologia, por conta do
maior contato com o mundo virtual. Isso facilita a aprendizagem e a busca para
ampliar seus conhecimentos, com a introdução de celulares e computadores nas
aulas. Os estudantes se interessarão mais pelo assunto, pois acreditam que é muito
mais trabalhoso pegar um livro e anotar as informações obtidas.
À medida que os adolescentes vão crescendo, eles vão desenvolvendo “preguiça”
e desafeto pelas informações escolares. Se o aluno, desde a primeira série, for
introduzido à tecnologia na escola, ele desenvolverá interesses pela matéria os
quais podem evoluir até sua adolescência. É claro que cabe aos pais controlarem o
uso desses produtos fora do colégio, a escola não deverá se responsabilizar pelo
possível “vício” desenvolvido pelo aluno.
TECNOLOGIAS EM COLÉGIOS
A tecnologia, nas escolas, é de grande importância para o conhecimento
estudantil, que é ampliado pelo uso de produtos tecnológicos, e reduz a falta de
“preguiça” , o que ajudará o estudante em seu futuro, possibilitando sua entrada em
faculdades de alto rendimento.
UM JEITO DIFERENTE DE ENSINAREric Almeida do Carmo
Todos sabemos que o mundo está mudando e se transformando todos os dias.
Isso não dá para esconder, e as crianças não estão mais
conseguindo se moldar com o seu mundo, então talvez esteja na
hora de o mundo se moldar às crianças.
Alunos e professores em harmonia usando seus
tablet s e des envolven do uma capac idade de
aprendizado muito mais rápida que o normal, isso seria
uma “virada de jogo”, pois ajudaria muitas escolas na
formação de seus alunos em diversas áreas que
estudam.
Os menores de hoje em dia estão cada vez mais aptos a se
desenvolver e a evoluir por causa da tecnologia e devido
à facilidade que ela nos fornece ao longo de sua vida de
estudos. É claro que há desvantagens com tantas telas
ao nosso redor, mas, se soubermos usar corretamente,
podemos aplicar a tecnologia em todo lugar que
quisermos, por exemplo, nas escolas.
Colégio Domus Sapientiae
UM
A HOM
ENAGEM
A MO
NTEIRO
LOBATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
49
Essa geração já nasceu conectada ao mundo virtual. Então, por que não juntar o
útil ao agradável, com a utilização de recursos tecnológicos em escolas?
O segundo e mais importante aspecto positivo da tecnologia em ambiente
escolar é a possibilidade de um estudo interativo, tornando o conteúdo muito mais
atraente e fácil de ser absorvido pelo alunos, pois eles ficarão mais interessados na
aula, que deixará de ser totalmente vista como “obrigação', algo “conta a vontade”,
aumentando significativamente o desempenho do estudante.
Em suma, a tecnologia na educação terá muitas vantagens, tanto para os alunos,
facilitando o aprendizado, quanto para os professores, facilitando o ensino, além de
transformar a escola em um ambiente mais agradável para ambos.
É de conhecimento geral que a tecnologia tem se tornado cada vez mais
importante em nossa vidas, seja fazendo pesquisas em computadores, seja
divertindo-se nas redes sociais, ou até mesmo assistindo a filmes em iPads.
Renato Xavier Oliveira
O primeiro aspecto positivo da implantação de tais recursos é o fim da ausência
de material de papel, já que a própria escola forneceria iPads com o conteúdos dos
livros baixados. Além disso, tornará a vida do estudante muito mais fácil, pois ele não
precisará carregar tanto peso em sua mochila.
AS VANTAGENS DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO
Esse novo modo de aprendizado ajudaria muitas crianças em seu aprendizado,
elas teriam mais interatividade e dinâmica para aprender. Ensinar não seria tão
divertido se a escola continuasse da mesma forma como ensina há tantos anos.
Por que não tentar?
Colé
gio
Dom
us S
apie
ntia
eU
MA
HOM
ENAG
EM A
MO
NTE
IRO
LO
BATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
50
A internet pode ser uma ferramenta eficaz, se usada corretamente. Pesquisas,
pontos de vista diferentes, jogos educativos são apenas alguns benefícios que ela
oferece ao estudo. Nas salas de aula, os professores devem sugerir jogos, sites ou
até vídeo-aulas. Consequentemente, o aprendizado será algo mais dinâmico e
moderno para os alunos
Camila M. B. Braghette
Por conta das novas tecnologias serem usadas nas salas, os alunos, em
consequência, sentem-se mais confortáveis em armazenar e compartilhar
informações, melhorando o ensino.
As causas por que muitos estudantes não se sentem estimulados a estudar são
as “escolas atrasadas”, como define a especialista em Tecnologia na Educação,
Glaucia Brito. Como consequência, os alunos não sentem prazer em participar das
aulas, debatendo e respondendo a perguntas. Ficam nos cantos conversando
aleatoriamente ou utilizando seus celulares em momentos inadequados.
ESCOLAS APRENDENDO COM A TECNOLOGIA
A tecnologia realmente dominou o mundo atual. Ela está por toda a parte,
principalmente no dia a dia dos jovens. A nova geração nasceu em um mundo em que
o wi-fi e o “3g” dominam. Justamente por isso, as escolas devem se modernizar.
O uso da tecnologia nos sistemas de ensino pode facilitar a
compreensão e a integração do aluno com a aula e com o
professor, sendo que este entenderia melhor o assunto, já
que estaria utilizando aparelhos de seu conhecimento, a
fim de obter as informações propostas pela aula.
AULA TECH
A tecnologia está presente no cotidiano de muitas pessoas, não só no Brasil
como no mundo inteiro. É praticamente impossível evitá-la, sendo que esta pode ser
de imensa utilidade, tornando afazeres que antes demoravam muito e exigiam uma
maior “dedicação” mais fáceis e menos trabalhosos de se realizar, o
que já é do conhecimento de todos.
Por exemplo, se uma criança que já está acostumada
a brincar com algum jogo eletrônico diariamente fosse
apresentada ao mesmo dispositivo com o mesmo
“botões” e “controles”, só que em sala de aula, seu
interesse por isso aumentaria, e ela se concentraria
ainda mais nos estudos; ou até uma adolescente que
está em constante contato com um celular começasse a
usar um aparelho parecido para as classes, sem dúvida,
seu desempenho melhoraria.
Lucas B. de A. Leite
Colégio Domus Sapientiae
UM
A HOM
ENAGEM
A MO
NTEIRO
LOBATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
51
USO DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO
Nos dias atuais, a tecnologia já é algo bem comum na vida de muitos brasileiros.
Celulares, tablets, computadores já são utilizados a todo momento. Mas será que as
escolas melhorariam seu ensino com o uso moderado da tecnologia?
As escolas atuais têm o ensino muito semelhante ao de décadas atrás, algo que
deveria ser mudado. Algumas escolas já estão começando a introduzir a tecnologia
em seu ensino, pois estão tentanto acompanhar e se aproximarr dos estudantes,
assim os resultados são extremamente positivos. Seu uso proporciona inúmeras
vantagens, tais como: maior rapidez na comunicação, número grande de informação
e velocidade em aprendizado.
Em consequência de tais fatores, os alunos aprenderiam mais conteúdo e em
menor tempo, pois estariam mais focados porque é uma maneira mais legal de
aprender, mas também há algumas desvantagens como informação errada, falsa e
perda de concentração.
Isso, algum dia, vai se tornar realidade, mas quanto mais rápido, melhor. Deveria
ser colocada aos poucos para os alunos irem se acostumando e não
se distanciarem da educação.
Alberto N. dos Santos
Se esse sistema entrar em vigor na mairoria das escolas do país, o nível de ensino
e a qualidade da educação mudariam definitivamente. Além disso, haveria uma
melhora significativa nos índices de escolaridade e até mesmo na vontade dos
jovens de aprender. Se a escola oferece uma boa proposta envolvendo um sitema
com o qual o estudante já está acostumado, certamente ele se interessaria, e muito,
por tal proposta, dedicando-se ainda mais aos estudos e aumentando a satisfação
com o sistema de ensino.
Colé
gio
Dom
us S
apie
ntia
eU
MA
HOM
ENAG
EM A
MO
NTE
IRO
LO
BATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
52
A internet é algo insdiscutível nos dias de hoje, pois todos nós sabemos que é algo
presente em nossa rotina, mas já imaginou ela sendo utilizada na educação
brasileira?
O uso da tecnologia na educação brasileira traria muito mais facilidade. Alguns
aplicativos estão sendo utilizados em alguns colégios particulares como o Geekie,
Ed Modo e Photo Math. Tais materiais são ferramentas que auxiliam em sua lição de
casa. O uso da tecnologia pode ser proveitoso no uso interativo dos conteúdos,
fazendo com que o aluno adote uma postura mais participativa.
Ana Beatriz Marques Vitório
O USO DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
Nos EUA, estudantes do ensino fundamental criaram seu próprio anuário digital.
O uso dessa grande evolução tecnológica, em excesso, nem sempre é bom. Por parte
da educação, não seria utilizada em excesso.
Não restam dúvidas sobre a presença da tecnologia no dia a dia dos jovens, mas
os jovens são outros, e os professores e coordenadores precisam mudar para
acompanhar essa mudança.
Ensino Médio1sériea
Cinthia
Rodrigo
Ana Laura
Elisa
Maria Júlia
Pedro
Ana Carolina
Ana LuizaNeemias
Mariana
Giovanna
Débora
Ana Beatriz
Ensino Médio1sériea
Criar interesse e conscientizar soluções para melhorarmos a vida do
nosso planeta gerou produções incríveis. Esse é o nosso objetivo. Esse é o
nosso maior orgulho. Observar que nossos alunos estão atentos aos
problemas atuais. Parabéns a todos!
A proposta é direcionar nossos alunos a um olhar mais crítico dos
problemas do nosso mundo para entenderem que é preciso tomar algumas
atitudes coerentes. E, para agora.
Para produzir o gênero dissertativo-argumentativo procuramos
discutir e pesquisar temas atuais e tentamos achar soluções.
O despertar do pensamento e o vislumbrar das possíveis soluções é algo
encantador. Fazer parte e descobrir que todos somos parte desse planeta e
temos o dever de deixá-lo melhor para as futuras gerações é muito
importante.
Três temas foram muito importantes nesse começo de ensino médio: A
situação do lixo no Brasil, as pichações de rua e o uso da tecnologia aliada à
educação.
Professora Maria Cristina Peixoto
Colégio Domus Sapientiae
UM
A HOM
ENAGEM
A MO
NTEIRO
LOBATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
55
O lixo jogado de forma indevida nas cidades promove também um visual sujo e de
aparência desagradável.
O governo também terá que fazer sua parte, destinando por exemplo, uma
porcentagem dos impostos, que são pagos pelo cidadão, em usinas de reciclagem
mais modernas, gerando inclusive, mais empregos, alé de divulgação de campanhas
intensivas nas mídias, promulgação de disciplinas em escolas voltadas totalmente
para o meio ambiente e a implantação de caminhões em todo país para o
recolhimento de produtos seletivos.
O NOSSO LIXO DE CADA DIA
Com essas pequenas ações, todos os brasileiros seriam
beneficiados e a natureza seria mais limpa.
Maria Júlia de Pádua
Geralmente, o lixo doméstico, como garrafas plásticas e restos de alimentos, são
levados para aterros sanitários.
O Brasil produz cerca de 387 quilos, por ano, de lixo por habitante, número muito
parecido com outros países. Mas, no Brasil, 58% do que é coletado não é destinado
corretamente, gerando grandes problemas ao país e ao meio ambiente.
A consequência desse ato é extremamente perigosa, pois, com a fermentação da
matéria orgânica, juntamente com o plástico, produzem-se o chorume e o gás
metano, perigosamente poluidores para o meio ambiente.
Grande parte desse lixo produzido também vai parar nas ruas, o que levará ao
entupimento dos bueiros, que, por não poder escoar água em chuvas fortes,
ocasionam as enchentes, alagamentos dos rios e córregos, perigosamente
alastrando doenças para a população.
Uma das maneiras de resolver esse problemão seria educar a população sobre
como reutilizar o lixo doméstico, por exemplo, transformando restos orgânicos,
como casca de frutas e verduras e pó de café coado em adubos.
A visibilidade para o resto do mundo seria muito melhor,
criando exemplos para todo o planeta.
Colé
gio
Dom
us S
apie
ntia
eU
MA
HOM
ENAG
EM A
MO
NTE
IRO
LO
BATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
56
Em 1785, o químico Lavoisier disse a famosa frase: “nada se cria, nada se perde,
tudo se transforma”; e essa ideia é adquirida até os dias atuais.
O DESCASO DO LIXO
O homem modifica o ambiente no qual vive para passar a atender as SUAS
NECESSIDADES. Todavia, toda ação possui suas consequências, neste caso, o
problema é a grande quantidade de resíduos jogados na natureza.
A população brasileira cresceu cerca de 6% entre 2003 e 2014, porém o resíduo
gerado no mesmo período teve sua quantidade aumentada em cerca de 29%,
segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e
Resíduos Especiais (Abrelpe). O incentivo ao consumo, por parte da população,
aparece como o maior pretexto dessa diferença.
Assím, a vida ficaria mais sustentável e cada
cidadão brasileiro contribuiria para seu patrimônio
principal: o planeta Terra.
O lixo é um dos problemas enfrentados pela sociedade brasileira, já que esta
produz dejetos como país de primeiro mundo e os descarta como uma nação pobre.
Todos os dias, toneladas de lixo são descartadas em inúmeros lugares, mas nem
sempre isso ocorre de maneira correta, pois, muitas vezes, são descartadas em
lixões a céu aberto, por exemplo.
O descarte incorreto de resíduos gera efeitos fatais para o meio ambiente. Vários
indivíduos jogam todo tipo de lixo nas ruas, o que pode facilitar a proliferação de
insetos e ratos que, consequentemente, pode levar à leptospirose e a outros
problemas graves de saúde. Desse modo, métodos de melhora para essas
circunstâncias foram pensados, como as lixeiras próprias para cada tipo de resíduo
em alguns locais públicos, mas, como são encontradas em poucos locais, muitos até
desconhecem esse procedimento.
Com isso, é necessário que parta do governo iniciativas, como
aplicações de multas pesadas para quem jogar lixo nas ruas,
disciplinas obrigatórias sobre o meio ambiente nas escolas,
cursos técnicos de desenvolvimentos sustentáveis, incentivo à
produção de carros elétricos com custos mais baixos e
muita informação colocada nos meios sociais. Além
disso, cada estado poderia expandir um conhecimento
obrigatório para população, sobre o destino correto de
cada objeto descartado e sobre seu reuso.
Ana Beatriz de Morais Souza
Colégio Domus Sapientiae
UM
A HOM
ENAGEM
A MO
NTEIRO
LOBATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
57
PARA ONDE VAI O LIXO?
Essas iniciativas, no entanto, esbarram em hábitos culturais muito arraigados.
Todos vivem em uma civilização do consumismo e do desperdício, motivados por
propagandas com interesses econômicos das grandes indústrias.
Neemias Batist Pains
São grandes os problemas gerados pelo lixo que todos produzem diariamente. A
quantidade é imensa. Atualmente, costuma-se dizer que os resíduos podem ser
solucionados a partir da regra dos quatro R: reduzir, reutilizar, reciclar e repensar.
Ao mesmo tempo, a questão implica também a melhor utilização dos diversos
objetos que as pessoas usam diariamente, como casca de ovos, frutas e legumes.
Estes, quando triturados, são excelentes adubos para plantas em vasos e jardins.
Da mesma maneira, nunca se deve utilizar só um dos lados de uma folha de papel.
Um brinquedo velho pode ser doado para uma criança, além de roupas. Isso já
ajudaria a dar um pequeno passo para uma contribuição sustentável.
Reduzir e reutilizar são soluções que acontecem quase paralelamente. Trata-se
da redução da quantidade do lixo produzido, principalmente, evitando os produtos
descartáveis, como plásticos, isopores (grandes vilões que levam centenas de anos
para se decomporem) e dando preferência aos que podem ser reutilizados.
Na verdade, o marketing moderno começou a desenvolver até um conceito pouco
discutido, o de obsolescência programada, que significa justamente criar coisas que
rapidamente se tornem ultrapassadas e que precisem ser substituídas por modelos
mais recentes.
Cabe à população criar consciência de consumo e ver se algo é realmente
necessário e, então comprá-lo, ou não.
Hoje todos não podem se dar ao luxo de se comprometer
somente com o acúmulo do ter. Porém, hoje “o menos é mais”.
Colé
gio
Dom
us S
apie
ntia
eU
MA
HOM
ENAG
EM A
MO
NTE
IRO
LO
BATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
58
Elisa Pires
Cheiro, poluição, enchentes, pragas indesejadas... Essas são apenas algumas das
consequências provenientes do mau descarte do lixo.
No Japão, certas cidades possuem depósitos onde o lixo é separado em duas
partes: a orgânica e a reciclável. Na orgânica, eles são queimados; já na reciclável, os
materiais são separados manualmente, pois vêm limpos e secos. Os depósitos
recebem caminhões de toda parte, gerando um total de 400 toneladas por dia.
O importante seria conscientizar a população a apoiar essa
ideia e criar um hábito no seu dia a dia.
O que parece estranho é que, de acordo com a ONU, São Paulo é a 5ª maior cidade
do mundo, junto com as cidades de primeiro mundo, Tóquio e Nova York, com as quais
anda lado a lado em nível de produção de resíduos, porém fica bem abaixo na hora de
descartá-los.
LIXO NO BRASIL
Tudo isso afeta diariamente não só a vida urbana como também a rural. Na cidade
de São Paulo, a exemplo disso, o Rio Tietê vem se poluindo desde a década de 20, pois
foi submetido a receber esgoto de toda uma cidade e até hoje não se recuperou.
Já no Brasil, é extremamente raro encontrar as medidas mais simples: locais de
coleta seletiva. Aqueles que se preocupam com o meio ambiente acabam sendo
obrigados a procurar lixeiras próprias para descarte.
As pessoas bem intencionadas, muitas vezes, não percebem que, mesmo
reciclando seu lixo e deixando separado do lixo orgânico, ele é reunido novamente,
pois os caminhões de limpeza da cidade misturam tudo, deixando para os catadores
a função de recolher o lixo reutilizável.
Como não é possível que aconteça uma redução de produção de lixo do Brasil, a
melhor solução seria usar um método igual ao do Japão, com lixeira para a coleta
seletiva nas ruas.
Colégio Domus Sapientiae
UM
A HOM
ENAGEM
A MO
NTEIRO
LOBATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
59
Apesar das diversas campanhas, criadas para diminuir consideravelmente esse
tipo de problema, parece que o brasileiro ainda não se deu conta do que está
acontecendo com o planeta.
Pequenas más atitudes contribuem para esse panorama cruel que todos os
brasileiros vivenciam.
TODO LIXO É LIXO?
Realmente é assustador.
O consumo exagerado de qualquer produto, acompanhando, compulsivamente,
o mercado de eletroeletrônicos, está se tornando um grande problema na hora de
descartar o velho produto.
Se não houver uma postura diferente da população, a situação só tende a piorar.
Com pilhas de lixo a céu aberto, com a queima desses produtos e com a produção de
gases maléficos na atmosfera agravando o efeito estufa, estará cada vez mais
próxima a extinção de diversas espécies, além da intensificação de problemas
respiratórios nos seres humanos.
O problema só poderá ser resolvido por meio de uma educação
que aborde esse assunto para todos, com esclarecimento de
dúvidas e com investimento.
Porém, todos esses itens são perfeitamente reutilizáveis, se forem descartados
de maneira correta.
Rodrigo Cuencas e Ana Laura Rodrigues
Quando se trata do consumismo exagerado é inacreditável o seu alcance. E quem
paga a conta é o meio ambiente.
As pessoas sempre têm que ter em mente: não é apenas um saco de papel jogado
no lugar errado, mas sim o seu período de decomposição de até três meses. Uma
latinha de alumínio demora no mínimo cem anos para se decompor; a sacola plástica,
trinta a quarenta anos e o vidro, quatro mil anos.
Colé
gio
Dom
us S
apie
ntia
eU
MA
HOM
ENAG
EM A
MO
NTE
IRO
LO
BATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
60
É importante destacar que o vandalismo é um dano causado a
uma propriedade alheia, seja essa pública ou privada. Ainda
que nas ruas de uma cidade, grafites e pichações
ofereçam um clima modernista para chamar atenção
das pessoas, é considerado pela lei um crime.
VANDALISMO OU ARTE?Mariana Martins Gouveia
Um dos assuntos polêmicos discutidos, atualmente, é a pichação. Desenhos ou
escritas feitas em diversos lugares como muros, paredes, entre outros. Dependendo
do tipo de pichação, pode ser até mesmo considerada um crime. Mas, na realidade, é
uma forma de expressar emoções ou até mesmo indignações a
respeito de alguns assuntos pessoais ou sociais.
Muitas pessoas defendem que esse tipo de arte.
Quando bem intencionada, só traz benefícios ao local ou
à cidade, atraindo admiradores de toda a parte. As
cores sobrepõem ao cinza das grandes cidades e dão
graça. Alguns grafiteiros, inclusive, são chamados ou
pagos para fazerem seus desenhos criativos e dar
o u t r o s e n t i d o à c i d a d e , d e i xa n d o u m c e n á r i o
completamente mais atraente.
Mas, para que isso aconteça, de modo que aumente a concentração e o
conhecimento, é necessário a utilização consciente do que está sendo oferecido em
rede. O educador precisa ficar atento ao que passará aos alunos, pois, além das aulas
se tornarem mais dinâmicas, o estudo se torna algo interessante e motivador.
Novas tecnologias foram implantadas nas escolas nessa década e o resultado
tem sido muito positivo e juntamente com as aulas. Os aparelhos tecnológicos
tendem a atrair mais o aluno, estimulando sua capacidade visual, sonora e seu
raciocínio a uma situação proposta.
Pesquisas feitas por instituições americanas revelam que a sala de aula se
manteve igual por décadas, enquanto tudo evoluía ao seu redor. Logo, esta
precisava tirar o atraso e acompanhar tal evolução.
TECNOLOGIAS ATUAIS PARA TECNOLOGIAS FUTURASCinthia Beraldo Orneles
A tecnologia digital está presente na vida de uma criança do século XXI bem
como uma bola ou uma boneca que estava presente na vida de uma criança de
séculos atrás. O primeiro contato com aparelhos eletrônicos acontece enquanto se
é criança. E impressiona. Os dedinhos correm pela tela com muita facilidade; é
intuitivo. A tecnologia se faz muito presente no dia a dia das pessoas atualmente.
Colégio Domus Sapientiae
UM
A HOM
ENAGEM
A MO
NTEIRO
LOBATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
61
Com base nos argumentos apresentados, é possível concluir que nenhum dos
pontos de vista estão totalmente errados. O importante é saber balancear, escolher
o momento e o local apropriado para manifestar a sua arte.
E esse tipo de forma de expressão deve, sim, ser incentivado, mas em locais
legalmente permitidos. Dessa forma, só restarão benefícios e todos ganharão com
uma cidade mais alegre e colorida sem incomodar ninguém.
QUAL É O LIMITE?
Hoje, tal arte é considerada, por muitos, como forma de expressar sentimento.
Giovanna Almeida Caffaro
Forma de expressão, decoração, vandalismo. Atualmente, nas ruas de São Paulo,
o grafite pode ser considerado de muitas formas diferentes, dependendo do ponto
de vista.
Há quem defenda-o como forma de expressão, considerando a arte das ruas,
como contribuição para a arte contemporânea. “Os muros das cidades são
oportunidades para expressarem, protestarem, ou simplesmente comunicarem
algo. Eles são os fios condutores para aqueles silenciados pelo cinza da cidade”.
Assim, eles definem sua arte e seu ofício de grafiteiro, como o artista Jefferson
Juliano Gomes.
Esse é um assunto muito delicado porque, na maioria das vezes, ela é feita em
muros de propriedades privadas, o que pode não ser bem visto. Por isso, a lei
brasileira considera como “pichação” qualquer manifestação que
cause dano ou estrague o meio ambiente e o espaço urbano.
Concluindo, cada um enxerga a arte como vê o seu próprio
mundo. Pode ser vandalismo ou expressão.
Cultura ou desconhecimento.
São críticas contra o modo das pessoas atuarem na sociedade. Mas, muitas
vezes, essas formas de expressão não são sempre amistosas, gerando um grande
incômodo para a população.
Colé
gio
Dom
us S
apie
ntia
eU
MA
HOM
ENAG
EM A
MO
NTE
IRO
LO
BATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
62
O graffiti é considerado uma forma de arte contemporânea, visto geralmente nos
muros das ruas e em paredes nas cidades. Mas ainda é muito confundido com a
pichação, o que cria um esteriótipo a essa forma de expressão artística,
caracterizando-a como algo marginal.
Ana Luiza Saboia Campos
A arte de “grafitar” vem sendo cada vez mais reconhecida. Geralmente, as
pinturas possuem dimensões políticas, ou seja, fazem críticas e reflexões sociais.
Porém, existem artistas que prezam pelo prazer estético das obras. Essa forma de
expressão por meio da arte é mais comum nas grandes cidades e, em diversas
ocasiões, as pinturas são danificadas pelas pichações.
A “NOVA” ARTE NAS RUAS
O ato de “pichar”, segundo o dicionário, é o ato de escrever ou rabiscar sobre
muros, fachadas de edifícios, asfaltos ou monumentos. Pichação, assim como o
graffiti, é uma forma de protesto, entretanto, o que os difere é o fato de um ser legal,
(ou melhor, o proprietário do local concedeu a autorização) e o outro ser feito na
clandestinidade.
Com essas inúmeras informações, o graffiti vem ganhando olhares de
reconhecimento, mas que ainda reservam alguns preconceitos, confundindo com
artes que ainda poluem as cidades. Ele, com certeza, é uma nova forma de
manifestação que ganhará, sem dúvida, um lugar especial na história da humanidade.
Esse fato traz consequências muito adversas para
quem mora nos arredores dos lixões. Além de
contaminar a natureza, é um chamativo para ratos,
insetos e moscas.
NEM TODO LIXO É LIXODébora Galvão Heim
Sujeira, mal cheiro e poluição visual. Essas são apenas algumas das palavras que
poderiam ser usadas para descrever a situação do lixo no Brasil.
Muitas doenças estão direta ou indiretamente
ligadas ao lixo. Desde diarreias a leptospirose, não só
devido ao contato e ou ao cheiro, mas, principalmente,
quando acontecem enchentes.
O descarte feito para o lixo, infelizmente, é feito por meios
inadequados.
Segundo uma reportagem do canal G1, da rede Globo,
mesmo após a criação da lei que determina o fim dos
lixões a céu aberto no país, ainda são despejados mais
de 30 milhões de toneladas por ano dessa forma.
Colégio Domus Sapientiae
UM
A HOM
ENAGEM
A MO
NTEIRO
LOBATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
63
Atualmente, a tecnologia ocupa um grande papel dentro da sociedade.
Praticamente todos estão envolvidos com algum tipo de aparelho tecnológico,
desde o mais simples até o mais complexo. As crianças já nascem com celulares nas
mãos e, logo nos primeiros anos de vida, o dominam. Para conseguir conviver em
harmonia com a tecnologia, a sociedade deve fazer algumas mudanças dentro de si, a
começar pelo berço do saber, a escola.
Os alunos de hoje não são os mesmos que há dez anos. Logo, o jeito de ensinar não
pode ser igual ao da década passada. Ao invés de tentar combater as novas
tecnologias, professores e coordenadores deveriam agregá-la aos estudos,
tornando o ensino mais inovador. Isso deverá ocorrer logo que a criança entre na
escola, pois será uma ferramenta de estímulo e facilitadora. Por meio dela poderão
ser usados jogos que estimulem o raciocínio dos mais novos. Videoaulas,
apresentações de trabalhos, filmes e documentários e até
discussões interativas em tempo real com outras instituições ou
com autores serão de grande importância.
Ana Carolina Caparroz
EDUCAÇÃO MODERNIZADA
Por fim, pode se dizer que: a tecnologia incorporada às
escolas de forma correta e com supervisão será muito
vantajoso. Os profissionais da educação deverão saber
direcionar os programas, mantendo sempre ajuda de
um profissional da área tecnológica para serem
atualizados e, assim, juntamente com o conteúdo a ser
aprendido, as aulas serão bem mais produtivas e
motivadoras.
O importante é começar já. O planeta não pode esperar mais!
Para que realmente exista uma mudança de situação, é necessário que o governo
esteja engajado a produzir campanhas à população, para reduzir o volume do seu lixo
e para reutilizar o máximo possível sem desperdícios. Pode-se reutilizar cascas de
verduras e frutas para compostagem feitas nos próprios domicílios para servir de
adubo para plantas. Além disso, objetos pesados deverão ser recolhidos por
empresas da própria prefeitura para não serem jogados em qualquer lugar. Essas
atitudes não terão resultados imediatos, mas definitivamente melhorarão a vida das
futuras gerações.
Colé
gio
Dom
us S
apie
ntia
eU
MA
HOM
ENAG
EM A
MO
NTE
IRO
LO
BATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
64
TECNOLOGIA NA DOSE CERTAPedro Ueda
A tecnologia está presente no cotidiano de mais de sete bilhões de cidadãos de
todo o mundo e, muitas vezes, acaba facilitando situações que, há cinquenta anos,
seriam mais burocráticas de se resolver. Portanto, essa ferramenta é como um trem
abstrato que transporta mensagens, informações e vídeos em uma velocidade
surpreendente. Todavia, como se deve aplicá-la junto à educação?
É fato que ela tem influenciado os métodos de ensino que estão se
desenvolvendo à medida que esta vem evoluindo. Em algumas escolas brasileiras, já
existe o uso de projetores em salas de aula, bem como o uso de aparelhos eletrônicos
para realizar pesquisas e apresentar trabalhos. Isso tem sido de grande vantagem
para melhor intensificar o ensino, pois acaba dinamizando o processo de
aprendizado e aumenta a capacidade de assimilação de conteúdo por parte do aluno.
Porém, em algumas instituições de ensino ainda não há essa disponibilidade
tecnológica e muitos estudantes perdem essa oportunidade de aliá-la ao ensino.
Em suma, a tecnologia é uma ferramenta facilitadora em muitas situações
cotidianas, mas deve ser usada de maneira correta para acrescentar conhecimento.
Para isso, aulas de como usar essa ferramenta já é um bom começo. Também o
governo deverá proporcionar a todas as escolas da rede municipal, não só
computadores, mas também um sistema de rede eficiente.
A tecnologia é um auxílio que deverá ser usado com equilíbrio e ser uma parceira
constante da escola para alunos e professores, gerando um ensino mais motivador,
atual e atraente ao aluno.
Ensino Médio2sériea
Ana Beatriz
Stella Giovanna
Nicollas
João Victor
Guilia
Melissa
Carolina
Victor
Lays
Alessandra
Júlia
Ana Carolina
Eduardo
Luísa
Matheus
Ian
Pedro
Ana Beatriz
Júlia
Ana Luiza
Lívia
Luana
Ensino Médio2sériea
Professora Maria Cristina Peixoto
Orgulhosa de todos vocês! Que venham mais produções assim!
A ideia surgiu de uma notícia que abalou o Brasil inteiro: Intervenção
Militar no Rio de Janeiro. Logo, a música do autor Gabriel, O pensador veio à
tona. Debates, pesquisas e aprofundamento de todo um contexto histórico-
social do nosso país. Não deu outra: fazer um Rap com direito à apresentação
com musicalidade.
Através da música, aprendemos a nos conscientizar dos problemas
atuais e podemos refletir de maneira lúcida, sobre os fatos que contaminam
os noticiários do país e do mundo.
Foram produzidas composições críticas e muito interessantes. O nosso
aluno possui um olhar diferenciado e com muita propriedade em achar
soluções. Foi emocionante vê-los apresentarem suas ideias. Isso só mostra
que nossos jovens são criativos e sabem colocar toda essa criatividade
dentro de um gênero textual.
Colégio Domus Sapientiae
UM
A HOM
ENAGEM
A MO
NTEIRO
LOBATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
67
Aviso os entendidos que aqui
DIGA NÃO À CORRUPÇÃO
Quer conhecer o Rio de Janeiro?
é o melhor roteiro
E aí brasileiro, como vai você?
Boa comida e samba o ano inteiro.
Stella Maria Margarita La Regina
Os crimes aumentaram
Que deixou todo ele feio.
Mas nem sempre foi assim
E o Rio sai ganhando!
Com a dor do cidadão.
A pobreza também
E tudo virou pesadelo.
Violência nem se fala
Foi necessário os militares
É o que todos precisamos
Achou que todo dinheiro era só seu
Esse é o lado ruim
Agora muito tráfico e tiroteio
Muito disso aconteceu
Reputação foi pro além.
Respeito e educação
Diga não à corrupção
Intervirem com suas funções
Mas nunca acabarão
Por conta do governo
Pra família, cesta básica não vai rolar
Que paguei de janeiro a janeiro
Intervenção militar
Continua a lucrar
Se fazem de escudo
Júlia Sarkisoff e Luísa Kyrillos
PALAVRA DURA, VERDADE PURA
Veio pra acabar
Mas o tráfico na favela
Por onde ando, tiro escuto
As mães, pra protegerem seus filhos,
O dinheiro do imposto
Queria usar pra viajar
Um tal de Pezão
Do povo carioca
Decidiu fazer uma excursão
Na casa do povão
A decepção...
Mas um político veio pra roubar
Por toda Rocinha, Copacabana e Leblon.
Cadê a ação?
Enquanto isso,
Que não pensou na situação
Colé
gio
Dom
us S
apie
ntia
eU
MA
HOM
ENAG
EM A
MO
NTE
IRO
LO
BATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
68
TREINAMENTO DA SWATMatheus Zagari Guida e Pedro Almeida Gil
E isso não parece uma cidade
Aí você para pra pensar
Cadê o prefeito para nos ajudar?
O carnaval chegou e as
Escolas de samba não gostaram
O prefeito se mandou e a
Verba eles cortaram
A minha opinião continua diferente
Da violência e do vício
Pavão de ala confundindo bala
Tá mais parecendo um treinamento da SWAT
Com fogos de artifício
No Rio de Janeiro tá morrendo muita gente
Policial fazendo troca com bandido
Festa de carnaval
É isso que acontece num estado falido
Rio de Janeiro dominado por gangues
Lá só se escuta tiroteio, mortes e sangue!
Lays Trentini e Lívia Affonso
O carioca é povo alegre que tem brilho,
Mas o inimigo quer matar a nascente do teu rio
Tua beleza atrai turistas de todo o mundo
E o que vemos são meninos e meninas com AR-15
Na tua praia, na tua avenida
Há crianças que ainda morrem de balas perdidas
BALA PERDIDA
E agora exército armado
Uma população com olhares desesperados
Tráfego de drogas e muito samba ao tiroteio!
Angustiando um povo inteiro
Outra cova foi criada!
Na louca violência urbana, mães perdem seus filhos
Um estado confuso e desestruturado
Fazendo o rap mais uma vida foi tirada
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
69
SONO PERDIDO
a insegurança toma conta
É comum infelizmente
Está por um fio
Na cidade do Rio
“últimas notícias: balearam outro civil”
A violência amedronta
E a situação é fatal
Na cidade maravilhosa,
Desconhece a verdade
Ninguém dorme à noite
Da vida frustrante
Da história do Brasil
O Rio de janeiro carrega as sequelas
Guilia Rasoppi e Melissa Sunahara
Todo dia no jornal
Você viu que a capital
Uma história diferente,
Mas morte acidental
Tanta gente ignorante
Que vive a comunidade.
VIOLÊNCIA QUE NÃO ACABA MAISAlessandra Mesquita e Ana Luiza Garcia Jaess
E, nos bailes funks,
Filhos sem pais
“rola” pelas ruas
uma mancha de sangue
Matam crianças inocentes
E Deus onde está?
Pessoas de bem
Garotas quase nuas
Argumentos dos bandidos
Enquanto balas perdidas
Por isso é cada um por si
Há muitas vidas lá
que não apaga nunca mais
Vão ser o que mais tarde?
Mortas por um covarde
Não são convenientes
O tráfico de drogas
da criminalidade
Eu mando uma rima
A vida no Rio de Janeiro
Moradores não podem sair mais
A vida lá é dura
Meio improvisada
E assim, são respeitados
fortemente armados
Não é mole não!
Na favela e na cidade
E vim pra te conscientizar
Traficantes poderosos
Para eles é a forma
Sobre uma parada
Tudo por causa
Nem pra comprar pão.
puxam o “cão” sem pensar
mais simples e eficaz
Colégio Domus Sapientiae
UM
A HOM
ENAGEM
A MO
NTEIRO
LOBATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
70
Os gringos passavam no calçadão com um sorriso no rosto
Tudo se resume em tráfico, droga e morte!
Acabaram com a cidade, tudo virou revolta,
Antes tinha até luxo, tudo maravilhoso
Garota de Ipanema agora não existe
Agora só tem morte, tiro pra todo lado.
TRATADO DE GUERRA
Tai, meu parceiro, agora vó te falar
A cidade maravilhosa não é mais um lar.
E quem vai sustentar o turismo?
Até o Cristo Redentor tá fugindo disso
Até as forças armadas estão indo pra esse combate
Começaram uma guerra que o fim não se vê mais
O estado só roubando, aí não vai ter verba
O povo tá cansado dessa depravação, até o carnaval não tem folia e alegria
Como fica o povo no meio dessa tragédia?
Tá tudo diferente, agora ninguém tem paz
Como fica a renda? Se tudo agora se tornou briga e violência?
Ana Carolina, Gabriela da Cunha Sales e Júlia Machado
CICATRIZAna Beatriz Bartoli e Luana Eissencraft
Que nunca esquecerei.
E todo mundo culpa o PRB.
Que escorrem até o mar.
Finge que nada vê.
A família destruída
Carnaval não vai pular
O morro escuro,
Por onde caminhei
Deixou cicatrizes
Lágrimas de sangue
No tiro sob o luar.
O amor que acaba
O Marcelo Crivela
E a garota de Ipanema
Continua a chorar.
Colé
gio
Dom
us S
apie
ntia
eU
MA
HOM
ENAG
EM A
MO
NTE
IRO
LO
BATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
71
Agora, quem será o próximo eliminado?
As facções armadas que vem polícia militar.
População presa atrás da cela de canil
Só falta agora estourar nova guerra civil.
Onde arma é maior que todo tipo de crença.
No bloco de carnaval, geral mexendo o quadril.
CAOS DE CARNAVALEduardo Garcia e Ian Yamin
O prefeito cortou a verba e fugiu.
Data de folia e curtição no Rio,
No bloco de marginal, geral mexendo com o fuzil
O último bloco tá chegando pra estourar,
As cabeças daquela gente que só quer guerrear
Tem que ter garra e coragem pra viver e enfrenta
População, não se preocupe, passa na TV
A programação é normal, continuando o BBB.
Será a dona de casa ou o marido desempregado?
Data de guerra e desastre à terra do Rio,
Previsão: chuva de bala por todo o Brasil!
O medo desde cedo leva à violência,
Assassinato sinal de violência,
É o que salva para quem perdeu a consciência.
Arma de tráfego é de alta qualidade,
Arma de oficial já perdeu a funcionalidade.
Arma de tráfico é usada como esporte,
Mas arma de oficial julgada causa morte.
Ao final desse rap, o bandido fugiu
Mandando a justiça pra...bem longe. Partiu!Colégio Dom
us SapientiaeU
MA HO
MEN
AGEM A M
ON
TEIRO LO
BATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
72
PROTEÇÃONicollas Tanaka e João Victor Castanhola
Apenas o tempo saberá contar!
A violência só vai aumentar
Peço ao Cristo Redentor,
O número de mortes vai crescer
Depois de muito rezar,
E ainda com a intervenção
essa é a realidade infelizmente
Uma bala podemos levar
Isso não vai acabar rapidamente
Que nos proteja, por favor!
E mais inocentes vão morrer
Até quando isso irá durar?
Um lugar sem igual
Rio de Janeiro
Com o abandono
De seu governador
O Rio está dominado
Por muitos traficantes,
E agora tudo mudou
Muito bonito
Deviam ter pensado
Porém esse lugar
e evitado isso antes
O que o povo sente
Beleza sem igual
Foi dominado por bandidos
É só bala e dor
É medo e pavor
E agora, com o exército nas ruas,
Fica ligado, povo,
Pois o perigo é evidente
Porque vão bater de frente
Colé
gio
Dom
us S
apie
ntia
eU
MA
HOM
ENAG
EM A
MO
NTE
IRO
LO
BATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
Essa é uma guerra de favela
Enquanto o governo
Vidas inocentes são tiradas
Uns querem fugir sem ter
Vão nos enganar
Sensibilidade
Aonde ir
Enquanto o militar diz
Nessa guerra civil onde já se viu
Matar, matar é o que faz
Da Intervenção militar!
À cidade.
E mesmo sem lucrar, ainda
Para quando a poeira abaixar
Só podem atirar.
Outros querem cessar, mas
Não dará mais para voltar.
Aproveita para lucrar
Dois lados da mesma moeda
O militar.
E sendo inconscientes caem
Na cilada,
Criadas na miséria sem
Mal sabem que eles dão vida
“vagabundo tem que matar”
Famílias inteiras são postas a chorar
Viajando e ignorando está o governo do Rio.
Os dois lados viram moeda
Moeda essa que usam para
E, nessa guerra de favela,
Trocar,
Na maioria das vezes,
GUERRA DE FAVELACarolina Parra e Victor Gouvêia
Colégio Domus Sapientiae
UM
A HOM
ENAGEM
A MO
NTEIRO
LOBATO
73
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
Colé
gio
Dom
us S
apie
ntia
eU
MA
HOM
ENAG
EM A
MO
NTE
IRO
LO
BATO
74
É o fim do devaneio.
Assim como as balas, o país está perdido
Em meio ao tiroteio
Estudantes mortos por meliantes
Gente trabalhadora
Há inocentes civis
Que acorda muito cedo
Certeza que o Rio continua ainda lindo?
O RIO DE JANEIRO CONTINUA LINDO
Mas são impedidos por metralhadoras.
Ana Beatriz e Giovanna Torelli
Silenciados pelo medo
Ver um conhecido, caído no chão
Pessoas descontroladas por aqueles no topo do morro
Quem são os verdadeiros bandidos?
Culpa de um traficante com uma arma na mão.
Metidos cidadãos todos sem rumo, perdidos.
Os das favelas ou do planalto do distrito?
Intervenção acontecendo
Policiais se metendo
Os indefesos morrendo
E o inferno crescendo.
Ensino Médio3sériea
Professora Maria Cristina Peixoto
No final do Ensino Médio, as propostas de produção são voltadas ao
aspecto crítico de temas polêmicos da atualidade. O mundo gira em torno de
Enem, vestibulares e de novas mudanças na vida de cada um.
A postura argumentativa é explorada ao máximo nas produções. Um olhar
diferenciado à problematização de vários assuntos tratados em classe,
geraram construções linguísticas mais elaboradas e, consequentemente,
com um vocabulário mais preciso.
Das provocações filosóficas aliadas à contemporaneidade surgiram
produções muito bem feitas e objetivas. Nossos jovens estão preparados
para enfrentar um novo ciclo em suas vidas.
Os textos selecionados tiveram um olhar reflexivo muito expressivo ao
tema do Imediatismo.
Aproveitem a leitura, pois essa turma deixará saudades! Parabéns 3º Ano!
Estão prontos para voarem!
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
77
João Pedro Simões
Logo, pode-se afirmar que é necessária a contenção urgente do imediatismo,
evitando ao máximo alimentá-lo, para que assim seja possível
melhor preparo para as gerações futuras. Uma solução
interessante seria que os órgãos públicos oferecessem
palestras gratuitas para a população em escolas, teatros e
comunidades. Por meio da mídia televisiva e da internet,
poderia haver campanhas divulgando crianças sendo
felizes com o que têm. Essas campanhas sempre
deveriam ser orientadas por especialistas para debates
(pedagogas, psicólogas, psiquiatras). Estes mostrariam
situações que levariam ao público ideias de como fazer
com que essa nova geração seja menos vislumbrada
com o ter e mais com o ser.
As interações familiares mudaram drasticamente em meados do século XX e
início do XXI, em que pais mais restritos, que viam a frustação de seus filhos como
algo vital para o seu desenvolvimento, foram substituídos por pais que procuram
deixar seus filhos em sua zona de conforto, escondendo-os das coisas ruins (mas
naturais) da vida como ela é, privando-os de um amadurecimento adequado e
fazendo com que se tornem adultos desprovidos de paciência e incapazes de lidar
com as frustações. Isso, por sua vez, acarreta uma série de problemas graves,
levando-os à depressão, muitas vezes, na vida adulta.
IMEDIATISMO DO SÉCULO XXI
A sociedade do século XX foi marcada pela introdução de novas tecnologias que
resultaram em grandes mudanças nas relações sociais e na instituição familiar. Um
bom exemplo disso é o surgimento de um conceito capaz de expressá-las: o
imediatismo. Esse é um fenômeno muito presente no século XXI, que pode ser
elaborado por meio de duas coisas: a relação entre pais e filhos e a importância da
internet no cotidiano das crianças.
Além da família, a forte participação da internet no cotidiano da criança também
acaba alimentando a cultura do imediatismo. Isso acontece, pois, ao mesmo tempo
em que “tudo está a um clique de distância”, a criança se torna incapaz de esperar pelo
que ela quer. A tecnologia se torna, então, uma extensão do corpo do indivíduo e há
uma constante exposição deste à vida de outras pessoas, estas que possuem coisas
que acabam por passar de um a um, como uma epidemia, a qual resulta no imediato,
construindo-se assim, um dos novos pilares da sociedade moderna.
Colégio Domus Sapientiae
UM
A HOM
ENAGEM
A MO
NTEIRO
LOBATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
78
Outrossim, é importante que as escolas (estaduais, municipais e privadas)
invistam em profissionais qualificados para abordar esse problema generalizado.
Palestras, trabalhos e participação dos pais nas escolas seriam um bom começo.
Sempre dando continuidade nas universidades, proporcionando material ou cursos
para incentivo comunitários, convidando pessoas para refletirem sempre sobre
esse mal do “agora” e a importância do bom senso e equilíbrio para
qualquer situação vivida, pois todos precisam ter a consciência de
dar o valor exato para a palavra chave: tempo.
Sarah Birenbaim Santos
Em um mundo globalizado de hoje, a dependência tecnológica vem sendo um
problema preocupante para alguns estudiosos. O eterno “presenteísmo” vivido
atualmente criou um conceito anestésico do instante prolongado, onde não se pensa
no futuro e o passado é inexistente. Esse conceito, inserido profundamente na
sociedade, acarretou na chamada cultura do imediatismo.
ATAQUE DO PRESENTE
Primeiramente, vale ressaltar a influência da mídia digital no agravamento dessa
cultura. Com o excesso de informações, houve uma mudança de comportamento das
pessoas nos últimos anos. A paciência, junto com o aprendizado emocional, foi se
extinguindo. O resultado? Uma juventude que não sabe nem lidar com suas
frustações, nem planejar, mantendo, assim, relações sociais frágeis e superficiais,
produzindo uma massa de indivíduos com distúrbios de transtornos de ansiedade e
de pânico.
Portanto, conclui-se que para amenizar o problema, é necessário ter outra visão e
atitude por parte dos adultos.
Em segundo lugar, é importante também ressaltar a influência que essa
juventude irá passar a gerações futuras, tornando-as mimadas e sem nenhum
amadurecimento, incapazes de lidar com a vida e seus inúmeros desafios.
Colé
gio
Dom
us S
apie
ntia
eU
MA
HOM
ENAG
EM A
MO
NTE
IRO
LO
BATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
79
A FRUSTAÇÃO DA ESPERA
Sabendo que as novas gerações nascem muito impacientes a tudo, os pais
deverão entrar em ação logo no início de sua carreira paterna. Para não ter uma
criança cheias de vontades e querendo sempre algo “para ontem” a educação deverá
ter parâmetros nos limites. Impô-los, não é falta de amor, muito pelo contrário, é
preparação de um indivíduo para a vida e para saber como conquistar seus sonhos.
A grande causa da busca desenfreada por algo sem medir as consequências seria
a rapidez ao veloz acesso às informações que é proporcionado pela tecnologia e,
com isso, afetando diversas outras áreas da vida de uma pessoa, principalmente, nas
relações interpessoais.
Na atual sociedade, um dos grandes problemas vividos é o imediatismo. A
impaciência pela espera se torna algo incoerente e prejudicial à integridade mental
do indivíduo, causando frustações, estresse e muita ansiedade.
Portanto, desde criança, o indivíduo já é acostumado a ter tudo que quer e quando
quer. Apesar disso, as outras pessoas não têm nenhuma obrigação para com ele,
portanto, não necessariamente corresponderão às suas vontades.
Lidar com as frustações faz parte da vivência humana, e essa conquista gera
satisfação e o real o valor para as coisas.
O problema do imediatismo afeta a pessoa, a partir do momento em que ela é
introduzida na sociedade, e por ser algo tão enraizado na mentalidade dos outros, a
que os pais sentem-se obrigados, desde o nascimento de seus filhos, a providenciar
a satisfação de seus desejos o mais rápido possível.
João Pedro Herrero
Colégio Domus Sapientiae
UM
A HOM
ENAGEM
A MO
NTEIRO
LOBATO
Em decorrência do ritmo acelerado do dia a dia, a sociedade vem adquirindo, cada
vez mais, um caráter imediatista, cultivando relacionamentos superficiais e ideias
fluídas, rasas, obtidas sem muita reflexão e exageradamente, sujeitas a mudanças.
Isabella Cristina Fabozzi
É necessário o desenvolvimento da paciência e de maior consciência para lidar
com os problemas e com as decepções do mundo de hoje, a fim de evitar que esses
cenários se perpetuem. Para tanto, no Brasil, o Ministério da Saúde deve intervir com
campanhas políticas de conscientização e de incentivo ao ingresso das pessoas à
psicoterapia e também deve aderir a uma luta contra o estigma e contra a concepção
errada do que é e como é esse tratamento, para começar a combater esse problema.
Ele poderá fazê-lo com a distribuição de cartazes em pontos estratégicos, como
corredores do metrô, paradas de ônibus, galerias. Além disso, pode investir em
propagandas nas redes sociais, mostrando os lugares em postos de
saúde para um tratamento gratuito.
Ademais, colocar em pauta a discussão do tema nas escolas,
por meio de trabalhos feitos pelos alunos, abordagens em
mostras culturais, pois juntos com família e com a escola já
terão um grande passo para ter mais consciência do
consumo.
IMEDIATISMOS E SEUS TRANSTORNOS
Sem o exercício do pensar e com a falta de tranquilidade e de tempo, a sociedade
também tende a criar expectativas ilusórias, que se chocam com a realidade,
trazendo muita frustação e angústia. Os problemas e os acontecimentos
inesperados não são enfrentados, e a soma de todas as situações não resolvidas é
uma das principais causas de tantos casos de transtornos psicológicos que têm sido
constatados.
No mundo globalizado de hoje, as redes sociais, os padrões impostos pela mídia e
a imensa quantidade de informações disponível pela internet fazem-se muito
presentes no cotidiano das pessoas e exercem grande influência sobre elas,
tornando-as mais suscetíveis a desenvolver depressão, ansiedade, hiperatividade e
vários distúrbios psicológicos.
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
80
Colé
gio
Dom
us S
apie
ntia
eU
MA
HOM
ENAG
EM A
MO
NTE
IRO
LO
BATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
81
Esse já é um sério problema para as gerações atuais, pois não estão nada
preparadas para saber lidar com suas frustações. Não se dão conta de que a
capacidade de esperar é um aprendizado emocional muito importante.
Luca Maccioni Ferreira
Superar a cultura do imediatismo é desenvolver nas crianças habilidades de
consciência. É necessário também um exemplo vindo dos pais para que se espelhem.
A ARTE DE ESPERAR
Essas crianças não sabem receber um “não”, ganham tudo o que querem, a
qualquer hora. Quando crescerem, irão perceber que a vida não funciona assim, e se
tornarão adultos infelizes, frustrados, de mal com a vida e nunca saberão o valor de
vencer um desafio.
Essa cultura ao imediatismo envolve as pessoas de tal maneira que se quer as
pessoas se movem de seus lugares, ficando no sedentarismo da paciência e a
tolerância.
Antigamente, o exercício da paciência era praticado. A comunicação era
realizada com cartas e suas respostas demoravam a chegar. Havia tempo e sentido
para sua espera.
O “querer” imediato, na sociedade moderna, vem aumentando com o passar do
tempo. Com o avanço da tecnologia, as pessoas são condicionadas a serem
imediatistas, pois elas perderam o costume de esperar.
Hoje, as mensagens são enviadas de um lado ao outro do mundo, em questão de
segundos. Encontra-se de tudo na internet. Excessos de informações, opções de
lazer e compras virtuais são os motivadores de desejos da humanidade.
O indivíduo cresce por meio de condutas, criando em suas
mentes o saber esperar com o tempo.
Exercer a paciência, a tolerância ganhar algo por suas conquistas e valorizá-las
pelo esforço são praticas saudáveis e honrosas.
Colégio Domus Sapientiae
UM
A HOM
ENAGEM
A MO
NTEIRO
LOBATO
XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
82
UTOPIA TECNOLÓGICA
No decorrer dos últimos anos, a tecnologia evoluiu de uma forma quase
imensurável. Aparelhos foram criados e aprimorados com o intuito de otimizar e
facilitar a vida pessoal e pública. A área da comunicação foi uma das mais evoluídas e
por conseguinte, os dias que as cartas demoravam para serem entregues, por
exemplo, hoje, as mensagens são passadas em frações de segundos, possibilitando-
as fazer inúmeras atividades num mesmo período.
O excesso de estímulos proporcionou um ideal de ocupação de todo um tempo
útil visando à maior produção. Assim, aliada à tecnologia, surgiu a geração que não
sabe esperar por nada, pois o tempo é dinheiro perdido. Isso refletiu na família atual,
porque essa geração buscou a forma mais rápida e prática de criar suas proles sem
dar muitos problemas aos pais. Levam seu iPad para as crianças ficarem jogando em
um almoço de domingo, para que os pais possam conversar com outros adultos.
Guilia Moreti
Como isso é um problema atual e global, parece ser de difícil solução, mas é
dentro dele mesmo que se encontra um recurso viável. Pois, por meio da internet,
psicólogos especializados poderão contribuir com debates e com campanhas
espalhadas em pontos estratégicos, como em vias públicas, lojas, supermercados e
outros locais de maior circulação da população. Pode-se também realizar
campanhas que instruam os pais da melhor maneira possível como lidar com essa
situação. O governo destinaria uma parcela de recursos do Estado para cumprir o
seu papel. De maneira geral, os pais querem o melhor para seus filhos e precisam
apenas de um incentivo para perceber que algo precisa ser mudado em suas
relações. Ao educar propriamente esta geração, as próximas seguirão.
Colé
gio
Dom
us S
apie
ntia
eU
MA
HOM
ENAG
EM A
MO
NTE
IRO
LO
BATO
Sinceros agradecimentos da equipe de Português aos colegas das
demais áreas do conhecimento e à equipe técnico-pedagógica, pela
presença constante e incentivo diário.
Assistente de Direção - Márcia Gavino
Mantenedora e Diretora-geral - Neuza Maria Scattolini
EQUIPE TÉCNICO-PEDAGÓGICA
Coordenadora Pedagógica (Fundamental II e Médio) - Lucienne Maria Buscariolli
Orientadora Educacional (Fundamental II e Médio) - Valéria Furtado de Alcantara Gil
Professora Gabriela Fonseca
Professora Rejane Loli Ruiz
Professor Cassio Laranjeira Pignatari
Professora Valéria Maceis
EQUIPE DE LÍNGUA PORTUGUESA
Professora Maria Inez Ferreira de Jesus
PARA QUEM LEVA A EDUCAÇÃO A SÉRIO E FAZ DA VIDA UM ETERNO APRENDIZADO
www.colegiodomus.com.br / www.facebook.com/colegiodomusDOMUSSapientiae
DESIGNER GRÁFICO - Silvio da Matta