Monteiro Lobato DOMUS país apientiae Um se faz homens come ... · uma galinha e pegá-la. Depois,...

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2018 Um se faz país homens livros. e com DOMUS Sapientiae ...uma homenagem a Monteiro Lobato! MONTEIRO LOBATO X PRÊMIO JOVEM ESCRITOR III

Transcript of Monteiro Lobato DOMUS país apientiae Um se faz homens come ... · uma galinha e pegá-la. Depois,...

2018

Um se faz país

homens livros.e

com

DOMUSSapientiae

...uma homenagem a Monteiro Lobato!

MONTEIRO LOBATO

X PRÊMIO JOVEM ESCRITORIII

APRESENTAÇÃO

Somos palavras...

Queridos alunos, sei que farão bom uso desta que é uma das dádivas com que fomos

abençoados: a capacidade de eternizar nossos pensamentos através de registros.

Sinto muito orgulho de nossa equipe de professores da área de Linguagens, Códigos

e suas Tecnologias pelo incentivo dado aos nossos alunos, levando-os a refletir sobre o

fascinante mundo das palavras, pois é por meio delas que fluem nossos pensamentos e

nos expressamos para o mundo.

Eis aqui o resultado de um trabalho da parceria educador-educando: uma obra

representativa do talento, dedicação e criatividade.

Palavra é sentimento.

Estamos em uma época em que a rapidez da informação e da comunicação

instantânea é incontestável e isso domina a rotina de nossos jovens.

NEUZA MARIA SCATTOLINIMantenedora e Diretora

SUMÁRIO

XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR

os6 Anos - Fundamental11

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O CASAMENTO DA MORTE - Julia F. Souza

COURO DE PIOLHO (FINAL ALTERNATIVO) - Ayisha Missipo

O CABELO MÁGICO - Luiza Niemeyer

CARTAS E DOCES - Nina Bosselmann

O PRÍNCIPE E A DONZELA - Gustavo Gigli

PALÁCIO DOS GUERREIROS - Arthur Seabra

ABD, O HERÓI - Pedro Baskerville Santos

A LÂMPADA DA MORTE - Anna Francesca Carrieri

ALICE E SEUS AMIGOS - Gabriela de Oliveira Lopes

O IDOSO MISTERIOSO - Rafael Pojar Herrero

HENRY E O REINO MARAVILHOSO - Milena Rossei

O COURO DE PIOLHO (FINAL ALTERNATIVO) - Isabella Monteiro

A NAÇÃO DO MAR - Lucca Saad

os7 Anos - Fundamental

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A MISSÃO - Andrés SolaA LENDA DO MAR - Bruno Rivas

PANTERUS CONTRA MANTÍCORA - Felipe Nóbrega

A ORIGEM DA AURORA BOREAL - Beina Cautela

A MENSAGEM (FINAL ALTERNATIVO DE HUGO CABRET) - Manuela Melgar

TOLERÂNCIA RELIGIOSA - Thomas TeixeiraA VIDA DE UMA PEQUENA ESTRELA NO AMOR - Sofia Gil

A GRANDE VIAGEM - Philippo Natel Batistussi

A ORIGEM DOS TERREMOTOS - Rodrigo Garcia

A CAPTURA INESPERADA - Eduardo Schroeder Dias

SUMÁRIO

XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR

os8 Anos - Fundamental33

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O HOMEM DO ROCHEDO - Nicolas Alvarez

O ROCHEDO - Ana Beatriz Jaess

NADA NOS SEPARA - Flávia Orii

PEQUENOS CONSUMIDORES - Larissa Ricci

O TRISTE HOMEM - Francisco Trunkl

O HOMEM DO ROCHEDO - Sofia Bezerra

CONSUMO INFANTIL - Laura Marques

O SEQUESTRO - Giovana Giudice

O TÚMULO ESTRANHO - Giovani Garcia

“MONSTRO” (Continuação do texto “Silêncio”, de Edgar Allan Poe) - Luiza Zelante

SILÊNCIO- NÃO BRINQUE COM A SOLIDÃO - Julia El Kadi

OS MORTOS VIAJAM RÁPIDO - Gabrielle Fernandes

os9 Anos - Fundamental

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46

45A TECNOLOGIA BENÉFICA - Yasmin Sayed

TECNOLOGIA EM ESCOLAS - Caroline Uzunian

CONEXÃO DA EDUCAÇÃO - Maria Fernanda A. Castanhola

TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO OU TECNOLOGIA EM EDUCAÇÃO? - Diogo Kenzo Orii

A NOVA GERAÇÃO HIGHTECH E O CONVÍVIO COM AS ESCOLAS - Aline Arissa Takano

TECNOLOGIAS EM COLÉGIOS - Danielle Cofino Serafini

UM JEITO DIFERENTE DE ENSINAR - Eric Almeida do Carmo

AS VANTAGENS DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO - Renato Xavier OliveiraESCOLAS APRENDENDO COM A TECNOLOGIA - Camila M. B. Braghee

USO DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO - Alberto N. dos Santos

O USO DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA - Ana Beatriz Marques Vitório

AULA TECH - Lucas B. de A. Leite

SUMÁRIO

XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR

a1 Série - Ensino Médio55

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62

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69

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a2 Série - Ensino Médio

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74

TODO LIXO É LIXO? - Rodrigo Cuencas e Ana Laura Rodrigues

TECNOLOGIAS ATUAIS PARA TECNOLOGIAS FUTURAS - Cinthia Beraldo Orneles

O DESCASO DO LIXO - Ana Beatriz de Morais Souza

LIXO NO BRASIL - Elisa Pires

NEM TODO LIXO É LIXO - Débora Galvão Heim

QUAL É O LIMITE? - Giovanna Almeida Caffaro

VANDALISMO OU ARTE? - Mariana Martins Gouveia

A “NOVA” ARTE NAS RUAS - Ana Luiza Saboia Campos

EDUCAÇÃO MODERNIZADA - Ana Carolina Caparroz

PARA ONDE VAI O LIXO? - Neemias Batist Pains

O NOSSO LIXO DE CADA DIA - Maria Júlia de Pádua

TECNOLOGIA NA DOSE CERTA - Pedro Ueda

O RIO DE JANEIRO CONTINUA LINDO - Ana Beatriz e Giovanna Torelli

PROTEÇÃO - Nicollas Tanaka e João Victor Castanhola

SONO PERDIDO - Guilia Rasoppi e Melissa Sunahara

GUERRA DE FAVELA - Carolina Parra e Victor Gouvêia

BALA PERDIDA - Lays Trentini e Lívia Affonso

CAOS DE CARNAVAL - Eduardo Garcia e Ian Yamin

TREINAMENTO DA SWAT - Matheus Zagari Guida e Pedro Almeida Gil

CICATRIZ - Ana Beatriz Bartoli e Luana Eissencra

DIGA NÃO À CORRUPÇÃO - Stella Maria Margarita La Regina

PALAVRA DURA, VERDADE PURA - Júlia Sarkisoff e Luísa Kyrillos

VIOLÊNCIA QUE NÃO ACABA MAIS - Alessandra Mesquita e Ana Luiza Garcia Jaess

TRATADO DE GUERRA - Ana Carolina, Gabriela da Cunha Sales e Júlia Machado

SUMÁRIO

XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR

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a3 Série - Ensino MédioIMEDIATISMO DO SÉCULO XXI - João Pedro Simões

IMEDIATISMOS E SEUS TRANSTORNOS - Isabella Cristina Fabozzi

A FRUSTAÇÃO DA ESPERA - João Pedro Herrero

A ARTE DE ESPERAR - Luca Maccioni Ferreira

UTOPIA TECNOLÓGICA - Guilia Moreti

ATAQUE DO PRESENTE - Sarah Birenbaim Santos

Fundamental6anosos Rafael

Luiza

Nina

Julia

Gabriela

Milena

Ayisha

Gustavo

Arthur

Pedro

Isabella

Anna

Fundamental6anosos

Professora Gabriela Fonseca

As várias propostas da aula de redação para os ingressantes do ciclo

fundamental II em 2018 procuraram desenvolver o universo narrativo do

alunado. Os contos maravilhosos, repertório do imaginário mundial já

bastante conhecido foi trabalhado. Após a leitura das diferentes versões de

“Cinderela”, recolhidas pelos fabulistas Charles Perrault e pelos irmãos

Grimm, os alunos foram convidados a inventar suas próprias histórias. A

escrita de um texto autoral instigou os alunos a compreenderem que a

história deveria conduzir o leitor a uma reflexão sobre a moral.

Os contos populares de Câmara Cascudo, como “Couro de Piolho”, e de

Patativa do Assaré também serviram de ponto de partida para as produções

que trabalharam principalmente a temática sertaneja e interiorana e as

variantes linguísticas. A canção “Conto de Areia”, de Clara Nunes, inspirou

textos em formato HQ sobre a deusa das águas Iemanjá. Parabéns!

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XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR

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A LÂMPADA DA MORTEAnna Francesca Carrieri

- Eu, José.

- José, então é você quem devo punir!

- Quem ousa me tirar do meu sono!?

- O quê?!

Era uma vez, lá no sertão, um homem chamado José. Um dia, José foi retirar as

coisas da casa de sua avó recentemente falecida. Ela era uma colecionadora de

antiguidades. No meio das coisas de sua avó, havia uma lâmpada. José a esfregou

esperando sair um gênio, como nos contos. Mas ao invés disso, saiu a Morte. E ela

disse:

A primeira e a segunda prova foram fáceis, ele fazia isso todo dia em sua fazenda.

Mas, na terceira prova, ele decidiu enganar a Morte. Então pegou a galinha do

primeiro desafio e a goiaba do segundo desafio (ele descobriu que elas eram

mágicas). Deu a fruta para a galinha e fez um pedido. Ela se transformou em uma onça

com personalidade de galinha! Então a “onça” correu atrás de José e ele conseguiu

fugir com sua vida salva!

- Eu aceito.

- Não, por favor, eu faço tudo o que você quiser, só não me mate!

- Meu sono foi interrompido então sua vida também será!

- Tudo bem, mas você terá que passar por três provas. A primeira é correr atrás de

uma galinha e pegá-la. Depois, terá que escalar uma goiabeira e tirar dela todos os

frutos. E por fim, a que decidirá a continuidade de sua vida, ou o encerramento dela, a

terceira e última prova: você terá que fugir de uma onça. Se não conseguir, morrerá, e

se conseguir, sua morte será natural.

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O CASAMENTO DA MORTEJulia F. Souza

Diz que era uma vez um pescador bem caipira que fora pescar no rio São

Francisco. Chegou no rio e foi ajeitando tudo para a pescaria. Pegou a vara e sentou

em um banquinho de madeira. E de repente, ouviu um barulho estranho no mato, nas

margens do Velho Chico, como se diz no Nordeste. E disse espantado:

- Quê barulho foi esse?

E logo surgiu o Bicho-papa-sagu-de-milho! Ele era amarelo, usava roupas

retalhadas e um chapéu de palha. O monstrengo gritava desesperadamente:

- Qué que eu te ajude, sô?

- Mas quem é você? – Perguntou o caipira.

O pescador ficou confuso, e pensou: “ já ouvi esse nome em algum lugá.”

- Vá fazer o bolo do casamento! Quero ele preto-cemitério,

calda de lodo e aranhas mortas para a decoração. O corante você

compra e as aranhas você pega no porão e as tosta.

O salão estava empoeirado. Então na hora de voltar

para receber a terceira ordem, não conseguiu parar de

espirrar, o pobre pescador. E a Morte já começou a dar

sua terceira e cruel ordem:

E Papa-sagu disse:

- A Morte! É a Morte, ela qué qui eu prepare o casamento dela.

- Socorro! Socorro!

- Vá buscar o Diabo, já! A noiva não deve ficar

esperando.

O caipira comprou o corante, e depois foi até o porão

escuro e úmido. As aranhas o picaram! Cheio de picadas

esperou a outra ordem:

- Quem é ocê? Qui, qui conteceu?

E o pescador se aproximou morrendo de medo e perguntou:

E Papa- sagu- de –milho respondeu:

- Sabi que eu gosto de comer pescador? Vá e prepare o casamento da Morte ou eu

te como! Isso também vale se ela ficar insatisfeita.

- Agora limpe o salão e coloque a decoração preta,

coloque uns toques de vermelho, senão o diabo vai te

castigar.

- Eu, eu sô o Papa-sagu-de-milho. Mas pode me chamá só de Papa-sagu.

Então o pescador obedeceu, pois não queria ser engolido tão jovem, ele queria ter

filhos e netos. Chegando no casarão da Morte o caipira bateu e entrou. A Morte então

já começou dando as ordens:

- Sim!

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ALICE E SEUS AMIGOS

- Mãe, por que não posso brincar com João e Maria?

- Eu sei, mas como princesa, desejo brincar com eles!

Gabriela de Oliveira Lopes

Era uma vez uma princesa cujo o nome era Alice. Alice tinha dois amigos: João e

Maria, só que Alice não podia ficar com eles, pois seus pais não deixavam. Alice

perguntou para sua mãe:

- Porque você é uma princesa...

- Não! Você não vai!

O tempo passou, Alice e João se casaram e vieram felizes para sempre!

Muito tempo se passou e a bruxa estava abrindo as gaiolas para cozinhar Alice,

João e Maria; foi quando Alice puxou o nariz da bruxa e ela virou pó. Esse nariz era

mágico e descongelou o reino e a casa de doces e o buraco sumiu, pois foi a bruxa que

havia feito toda essa magia. Alice, João e Maria voltaram e os pais de Alice deixaram

eles brincarem juntos.

Então Alice saiu chorando e fugiu do castelo com seus amigos. Então eles caíram

em um buraco que levava a uma casa de doces e os três saíram correndo, porém tinha

uma bruxa lá que os prendeu em gaiolas. A bruxa usou magia e congelou o reino de

Alice. Ela viu a maldade e começou a chorar. Seus amigos a consolaram.

O caminho era longo então até chegar iria demorar. O caipira chegou e começou a

bater na porta. A porta abriu sozinha e o Diabo mandou carregá-lo até a casa da

Morte. Ele apareceu cheio de calos e a Morte o levou para descansar para sempre.

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CARTAS E DOCESNina Bosselmann

Era uma vez três crianças que gostavam de doces. Elas foram brincar na floresta

quando viram um homem que contou uma história de uma casa de cartas e uma de

doces, onde moravam duas bruxas, que não gostavam de crianças. Então foram

procurar as casas. Quando acharam, quiseram entrar na casa de cartas, mas lá tinha

duas bruxas jogando baralho e foram para a casa de doces porque a porta estava

aberta. Quando entraram, viram um livro mágico que tinha as instruções de como

acabar com uma bruxa. Ouviram um barulho! Se esconderam e leram o livro que tinha

apenas duas páginas. Chegaram duas bruxas feias. O livro falava que, para acabar

com uma bruxa, era necessário pegar uma luz azul e ligar em cima dela. Então

pegaram um liquido azul e o puseram dentro da lâmpada, ligaram em um abajur e as

bruxas começaram a derreter, falando:

- Um dia eu pego vocês!

As crianças comeram um montão de doces, rindo das bruxas e viveram felizes

para sempre.

- Eu não aceito, quero outro desafio, quero que ele cozinhe uma sopa igual a que

estou pensando.

Ayisha Missipo

A princesa foi até o rei, e disse:

- Quero saber qual é a receita da sopa!

COURO DE PIOLHO (FINAL ALTERNATIVO)

- Quero outro desafio! Quero que ele consiga encantar

meu coração, só com uma flor!

Imediatamente veio uma ideia que era de calabresa. Assim,

ele cozinhou e acertou. A princesa irritada, disse:

Assim, o rei sem palavras, ordenou. O homem, muito esperto, pegou outro fio da

roupa e queimou-o, dizendo:

O homem pegou seu último fio da roupa e queimou-

o, dizendo:

- Quero uma flor que encante a princesa!

Imediatamente veio a ideia da flor do bosque. Então,

foi até o bosque e pegou a flor.

A princesa ficou tão encantada, que decidiu se

casar com o homem e viveram felizes para sempre!

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XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR

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O CABELO MÁGICOLuiza Niemeyer

Diz que era uma vez, na roça, um menino que andava por lá. Uma vez ele encontrou

uma velha sentada no chão, ela disse:

- Nossa, meu Deus! Que mulher mais estranha é essa?

- Pegue esse fio de cabelo porque você vai precisar. A velha disse isso e

desapareceu.

- O que você falou, peste?

Imediatamente a estranha disse:

Sem palavras, o moleque questionou:

- Ah eu, eu não falei nada, não senhora, mas aliás quem é você?

O menino não deu nenhuma bola e continuou andando sem rumo. Bom, chegou a

hora de dormir e o menino não tinha lugar para dormir. Andou mais um pouco e

começou a bocejar. Ele viu uma loja fechada, mas tinha lá um guarda-sol. Ele deitou no

chão mesmo e desmaiou. No dia seguinte ele acordou e deparou-se com uma mulher,

uma mulher meio estranha... Para si mesmo, bem baixinho, ele falou:

- Eu sou uma feiticeira e quero te propor desafios que você terá que cumprir. Vou

falar o primeiro: você deve encontrar o meu pai lá no interior. Segundo: pegar uma

bolsa de couro preta, que está junto com ele. Último: ganhar na luta com os meus

guardas.

O menino achou os dois primeiros fáceis, mas como ele era uma criança, não ia

conseguir lutar e muito menos ganhar. Mas ele falou para a feiticeira que topava.

Bom, ele conseguiu fazer os dois primeiros, mas estava nervoso para o terceiro. Foi

quando ele resolveu testar aquele cabelo da velha... e não é que deu certo? Tudo deu

certo e ele seguiu a vida sem rumo.

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- Olá, tenho uma grande novidade! Vocês ganharam a

grande oportunidade de morar na cidade grande! O

menino retrucou por ele mesmo:

- Quem é!!!!?

- Oxe, mas por que agenti foi a essi lugá? Quem é ocê? Pur que me deu essa fruta!?

O IDOSO MISTERIOSORafael Pojar Herrero

Diz que era uma vez, um menino do interior que vivia muito sozinho e não tinha

muitos amigos. Ele era muito solitário e muito triste. A família dele era pobre e ele

morava num lugar onde não tinha escola. Ele só morava a 100 Km de uma cidade

grande, mas um dia a vida daquele rapaz mudou...Ele estava indo ao poço onde a

família e algumas pessoas sempre iam pegar água, mas chegou e teve uma surpresa.

- NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOOOOO!!!! NÃO

BEBAM! ESSA ÁGUA ESTÁ ENVENENADA!

Os pais ficaram loucos e acabaram não bebendo da água, pois

o menino percebeu. Eis que a campainha tocou e o menino

bravo disse:

Então um homem todo arrumado de terno e gravata

entrou na casa e disse:

O menino disse:

- Não aceitamos! Obrigado!

Os pais estavam loucos com a situação! Então o

homem falou:

- O- o- o senhor...o- o que ocê deseja...?

O menino não tinha visto aquele senhor em nenhum lugar! Não o conhecia, mas

acreditou que podia ajudar, então seguiu-o. Depois de algum tempo, chegaram ao

lugar, era uma ruína antiga. Assim o senhor disse com um sotaque do interior:

Então o menino estava cheio de perguntas e estava ficando louco! Para ver se

aquela fruta fazia efeito foi ao poço e viu uma água cristalina maravilhosa! Então

pegou os baldes e encheu tudo! Quando chegou na casa dele, contou aos pais e eles

não acreditaram e ficaram loucos pela maravilhosa água! Então, quando iam beber, o

menino retrucou:

- Eu sei o que você deseja: água! Siga-me!

O idoso respondeu com uma voz séria:

- Oxe...Cadê a água do poço?

- Ô, minino, te darei essa fruta e quando tu comê, ocê terá: água do poço, tua

família irá morar na cidade grande e ocê vai ficar rico!

- Então um idoso misterioso tocou nas costas dele. O menino gelou e disse:

Ele comeu, mas com uma certa desconfiança. Perguntou ao senhor:

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XIII PRÊMIO JOVEM ESCRITOR

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- Você é um invasor! Vou te matar!

- Nós viemos nos vingar!

Era uma vez, um príncipe chamado Henry. Quando Henry tinha sete anos seus pais

morreram, e a única coisa que lhe sobrou de seus pais foi o anel de sua mãe. Henry

cresceu. Já tinha dezessete anos, precisava virar rei e se casar. Certo dia Henry ficou

com saudades de seus pais e foi ver o anel de sua mãe, mas quando ele tocou, um

portal se abriu para um reino maravilhoso. Quando ele entrou lá viu uma ponte e foi

atravessá-la. Quando deu o primeiro passo, apareceu um ogro que disse:

Assim Sara, jogou o balde nos ogros e eles viraram poeira.

HENRY E O REINO MARAVILHOSO Milena Rossetti

E Henry respondeu:

- Eu vim em paz, não me mate!

Mas Henry tinha água em seu cantil e água faz com que ogros virem poeira.

Depois de uma grande luta, Henry conseguiu derramar água no ogro e passar pela

ponte. Quando ele passou, encontrou uma vila e deu de cara com o amor da sua vida,

Sara. Ela era bonita, gentil e amável, mas quando Henry estava

falando com ela, a vila do ogros apareceu atrás dele, por vingança

de ter transformado o ogro da ponte, em poeira. Então os ogros

disseram:

Henry respondeu:

Mesmo assim os ogros não ouviram Henry, estavam

determinados a se vingar. Com isso aconteceu uma

grande luta na qual Henry estava perdendo. Foi quando

viu sua amada com um balde de água e gritou:

- Eu vim em paz! Minha intenção não era transformar

ele em poeira!

- Sara, minha amada, jogue este balde de água nos

ogros!

Henry e Sara se casaram e viveram felizes para sempre!

A mãe, louca da vida, aceitou, mas depois ela foi presa por uma gaiola e o homem

desapareceu. Então o menino e o pai ajudaram ela a se soltar da gaiola! E o menino foi

ao mesmo lugar onde ele havia comido a fruta...O senhor malvado apareceu atrás

dele e foi dar um tapa nele, mas o menino, com reflexos rápidos, segurou a mão do

senhor e disse:

- Opa, ok...Não tem problema...mas tenho uma outra proposta. Que tal um cheque

de um milhão de reais?

- Quem você pensa que é? - E deu um tapa na cara dele! E disse para nunca mais

tocar nele e em sua família!

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João, confiante, foi até a floresta Amazônica procurar a onça. Mais tarde achou

uma arvore mágica, viu uma onça-pintada parecida com a que o rei tinha dito, porém

lembrou dos dois fios que tinha. Pegou um e sussurou:

Imediatamente apareceu a imagem! Era em cima da cabeça dele. Ele pegou a

faca, chegou de fininho e pôs no lugar onde tinha visto. Matou-a, pegou a carcaça e a

trouxe para o rei. Quando chegou no reino, o rei exclamou:

O COURO DE PIOLHO (final alternativo)Isabella Monteiro

O rei tinha prometido ao povo de se casar com quem acertasse do que era feito o

couro da cadeira dele, mas o rei fez questão de fazer mais duas provas. A primeira

prova era achar um animal brasileiro mas só poderia ser a carcaça da onça-pintada da

Amazônia. O rei, depois de apresentar a primeira prova , explicou:

- Meu caro homem, vai ter que trazer um bicho brasileiro, mas só pode ser a

carcaça da onça-pintada da Amazônia. Depois te falo a segunda prova. Vá e boa sorte!

- Quero que me mostre o lugar da onça sensivel.

- Quero vencer o cavaleiro facilmente.

- Meus parabéns! Você passou da prova um! A segunda é derrotar o melhor

cavaleiro do castelo!

João derrotou o cavaleiro e a princesa e o João viveram felizes para sempre!

João foi puxado para um lugar onde havia armas, mas falou para os guardas que

não precisava. Ele pegou o último fio e disse:

O PRÍNCIPE E A DONZELA

Era uma vez um reino onde todo mundo era igual, pois tinham um

rei bondoso, com um filho chamado James e uma esposa falecida.

Um dia o rei gritou para todos:

- O meu filho vai ser o melhor que esse reino já teve.

- Príncipe James, vou fazer um acordo: o reino pela

donzela.

E James era bom, ajudava a plantar, a proteger o reino

e pegar gatinhos nas árvores. Um dia uma linda donzela

passou do seu lado e ele se apaixonou. Do outro lado do

reino tinha um castelo negro com um lagarto enorme e

com uma bruxa maligna que viu os dois se apaixonando.

Ela raptou a donzela e fez um acordo com o príncipe:

G u s ta vo G ig li

- Eu nunca te entregarei o reino – disse o príncipe

todo confiante.

- E eu nunca te entregarei a donzela – gritou a bruxa

com veneno nos olhos.

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- Bruxa, eu vou te pegar.

Quando chegou no topo viu a bruxa, e ele a derrotou com a força do amor, se casou

com a donzela, viraram rei e rainha e viveram felizes para sempre.

James pegou sua espada mágica e foi para o castelo negro. Quando chegou ficou

paralisado com o tamanho do lagarto. Mas seu amor pela donzela acordou ele na

hora. Ele pegou sua espada mágica, cortou a cabeça daquele monstro e gritou:

Era uma vez um humilde camponês chamado Abd que, certo dia, viu um homem

gritando na sua aldeia. Ele dizia:

— Perdoarei, aqui está a recompensa.

ABD, O HERÓI

Como Abd não era bobo foi logo dizendo:

— Me ajudem a salvar minha esposa! Quem o fizer, terá uma grande recompense

em ouro!

— Eu lhe ajudarei, pobre homem!

— Obrigado – disse o homem desesperado.

Pedro Baskerville Santos

— Minha esposa está naquela caverna presa pelo mais horroroso ogro do

reinado. Por isso, vou lhe dar esse anel de ouro mágico, porque brilho é sua fraqueza.

Porém tu deverás devolvê-lo e depois lhe darei a recompensa.

— Perdi na luta contra o ogro. Perdoe-me.

Quando Abd chegou na caverna, avistou a esposa presa e o ogro. Então o herói

usou o anel no ogro fazendo-o fugir. O herói, aproveitando o momento, guardou o anel

para ele. Depois de ter salvado a esposa do homem da aldeia, o homem perguntou:

— E o anel que lhe dei?

E todos viveram felizes para sempre!

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PALÁCIO DOS GUERREIROS

Era uma vez, um rei chamado Arthur Seabra. Ele liderava o Palácio dos Guerreiros

que era na Inglaterra, país onde esse lindo, engraçado, bondoso e habilidoso rapaz

nasceu. Seu objeto favorito era o arco – flecha encantado que dava mais dor nas

vítimas, pois caso eles levassem flechada, queimariam por dentro. O reino de Arthur

tinha muitas belezas naturais, como lindas florestas, cachoeiras e muito grandes e

bonitas estátuas de guerreiros lendários do Palácio de Seabra.

Um dia horrível foi quando o amigo de Arthur (Reynolds, um dos melhores

guerreiros que o Universo já viu), avistou bruxas e bruxos levando crianças do reino

para a montanha Morte, montanha onde morreram muitos soldados e onde foram

avistados fantasmas. Arthur correu atrás das bruxas e seus maridos bruxos até

chegarem mais perto. Os inimigos estavam invocando um Ogro com as coitadas

crianças e depois de fazer esse monstro horrível, eles iriam comer as pequeninas.

Seabra não conseguiu evitar que o monstro de 10 metros nascesse, mas seus

soldados foram correndo matar as bruxas e bruxos. A mira ótima de Arthur ajudou na

matança com seu arco-flecha encantado. Infelizmente o monstro de 10 metros

matou vários soldados com apenas um soco, mas foi morto com espadadas na perna

e depois de cair no chão, os guerreiros cortaram sua cabeça.

A guerra acabou, o Palácio dos Guerreiros ficou muito forte com seus soldados

experientes e mesmo com a morte de muitos guerreiros, no final, todos viveram

felizes para sempre.

Arthur Seabra

Fundamental7anosos

Manuela

Sofia

Thomas

Rodrigo

Bettina

Felipe

Eduardo

Bruno

Lucca

Andrés

Philippo

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Fundamental7anosos

Professora Gabriela Fonseca

A primeira proposta da aula de redação em 2018 convidou os alunos do 7º

ano a imaginarem uma história alternativa do mito grego “Labirinto de

Dédalo e a Viagem de Ícaro”. Em um segundo momento, a imaginação dos

alunos foi aguçada com a proposta da investigação de panteões de deuses os

mais variados, entre eles os egípcios, vikings, esquimós, chineses, indianos e

até japoneses para que pudessem inventar lendas autorais. A lenda

pressupõe que uma história atrelada à vinda de um deus original explique um

fenômeno da natureza. A experiência produziu resultados dos mais

clássicos aos mais inusitados.

Os alunos encontraram um espaço mais poético de criação a partir do

mote da filmografia de Hugo Cabret e a história do cinema. Finalmente o final

do semestre introduziu o texto argumentativo-reflexivo sobre tolerância e

religião. Parabéns 7º ano!

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PANTERUS CONTRA MANTÍCORA

Na mitologia grega, a maioria dos eventos ocorria na Grécia, porém, Mantícora, a

besta com cauda de escorpião, cabeça de homem e corpo de leão havia fugido de

Grécia e ido a uma vila na atual Turquia. Todo dia, ele se escondia na floresta e cantava

com sua bela voz, atraindo as pessoas da vila e devorando-as. Um homem de lá

chamado Hilal começou a saber sobre os desaparecimentos e as pessoas diziam que

de tarde sempre ouviam um canto, e então alguma pessoa ia até a floresta e

desaparecia. Um dia, Hilal ficou ouvindo um canto e começou a observar uma mulher

que estava indo à floresta. Quando a mulher chegou no meio do mato, Hilal viu um

vulto que rapidamente pegou a mulher. Então correu de lá. De noite, naquele dia, ele

foi silenciosamente à floresta e viu uma fera dormindo e todas as pessoas

desaparecidas mortas. Então, quando voltou para casa, começou a falar com

Ártemis, a deusa dos animais:

A deusa o ouviu e respondeu:

- Olá, Hilal. A fera a qual você está se referindo é Mantícora, uma besta muito

perigosa que atrai as pessoas com seu canto pra devorá-las. E sobre seu pedido, irei

realizá-lo.

A deusa foi embora e um minuto depois Hilal foi fundido com uma pantera, se

transformando em Panterus, ganhando garras e uma boca de pantera. Na manhã do

dia seguinte, ele comprou uma lança e foi à floresta matar a fera. Quando chegou lá,

Mantícora já deu um salto em cima dele para devorá-lo, porém, Panterus foi rápido e

fincou sua lança na criatura. A besta logo se levantou e cortou o peito

dele com suas garras, atingindo seu pulmão. Enquanto ele se

recuperava do corte, ela mordeu sua mão e arrancou-a. Panterus,

com muita dor e enfurecido, começou a arranhar a besta e então,

pegou sua lança e cravou na boca de Mantícora, matando-a.

Mas mesmo a tendo matado, ele estava muito ferido,

com um corte no peito que havia atingido seu pulmão e

sua mão arrancada. Então, começou a dizer suas últimas

palavras:

Felipe Nóbrega

- Ártemis, agradeço por ter me dado essa chance de

matar uma fera e vingar meu povo, porém, não estou

aguentando esta dor, acho que irei falecer assim como

essa fera. Espero que ela vá morar ao lado de Hades.

Mas mesmo assim, obrigado.

- Deusa Ártemis, eu gostaria que de alguma forma me fizesse mais forte para

combater aquela fera e vingar todas as pessoas de minha vila.

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A MENSAGEM (FINAL ALTERNATIVO DE HUGO CABRET)

- Vá até o relógio no dia 27 de setembro de 1931, à meia-noite senão...

As crianças estavam assustadas. Começaram a sair faíscas do relógio. Eram seus

últimos minutos de vida. Quando relógio ia explodir...

Manuela Melgar

- Senão... o relógio explodirá!

Hugo e Isabelle se olharam e lembraram que 27 de setembro era naquele dia e

faltavam 30 minutos para meia-noite. Os dois saíram correndo em direção ao relógio,

subiram muitas, muitas, muitas escadas. Quando estavam chegando, começaram as

12 badaladas da meia-noite. Eles ouviram e começaram a subir o mais rápido

possível. Ao chegarem no topo encontraram o restante do bilhete que dizia:

- CORTAA!!

Então o autômato começou a escrever. A cada movimento dava para ouvir

perfeitamente as engrenagens dentro da máquina. As mãos de Hugo e Isabelle

estavam tremendo de ansiedade, mal poderiam esperar para saber a mensagem.

Finalmente ela ficou pronta e os dois leram em voz alta:

Depois de quatro meses trabalhando, Nicolau, exausto, viu que tinha terminado,

mas faltava alguma coisa: ele precisava de um companheiro para não ir sozinho. Ele

decidiu chamar seu primo Carlos e perguntar se ele aceitaria a

missão. Carlos aceitou, então quando seu primo chegou, tiraram a

nave com uma máquina e entraram nela.

Depois de uns meses chegaram à lua. Saíram da nave e

começaram a caminhar. Mais adiante viram lindas

moças choramingando porque sua estrela não brilhava

mais. Carlos e Nicolau perguntaram se podiam ajudar,

mas as moças disseram que tinham que lutar com

Cleitos, o monstro que rouba os brilhos das estrelas.

A MISSÃO

Nicolau e Carlos foram atrás do monstro para as

estrelas das moças voltar a brilhar. Quando chegaram,

viram o monstro sentado no trono admirando as

estrelas brilhantes roubadas. Nicolau falou para

devolver o brilho da estrela das moças, mas Cleitos não

devolveu.

Andrés Sola

Um dia na Terra, Nicolau estava criando na sua oficina uma nave espacial para ir

para a lua, seu sonho desde sempre. Trabalhava de dia e de noite para ir o mais rápido

possível para lá.

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Quando voltaram para a terra, Nicolau e seu primo nunca se esqueceram de sua

missão.

Enquanto Nicolau e o monstro brigavam, Carlos pegou uma vara que encontrou e

matou o monstro enfiando-a no seu coração. Depois de matar o monstro viram todos

os brilhos voltando para as estrelas. Eles chegaram nas lindas moças e viram a sua

pequena estrela brilhar. As moças falaram que não se importavam com o tamanho e o

brilho, a amavam mesmo assim.

A LENDA DO MAR

Talila, a deusa da natureza, era guardada por Gaelin, seu guardião, forte e

habilidoso com espadas. Ele levava duas espadas na mochila que carregava em suas

costas. O dever de Gaelin era proteger Talila do deus do Reino Sombrio, onde os

mortos descansavam para o resto da eternidade. Esse deus era apaixonado por

Talila, porém ela não gostava dele, por ser muito sombrio. Talila era apaixonada por

Gaelin, seu guardião. Porém, um dia, o deus do Reino Sombrio, Ragnak, desafiou

Gaelin, a um duelo de vida ou morte. Quem vivesse após o duelo, ficaria com Talila.

Gaelin, para manter sua honra, aceitou o desafio que aconteceria em duas semanas.

Nesse tempo, Ragnak, O Deus do Reino Sombrio, treinou muito sua habilidade com

seu martelo, que foi fundido no fundo de um lago de lava sagrado que ficava nas

profundezas do Reino Sombrio. Enquanto Raganak treinava muito, Gaelin,

convencido de que ganharia a luta, só descansou. Quando o dia da luta chegou,

Ragnak já tinha treinado muito e estava pronto para a batalha, enquanto Gaelin, nem

se deu ao trabalho.

Bruno Rivas

Então a luta começou!

Gaelin empunhou suas duas espadas e avançou, Ragnak

segurou seu martelo com as duas mãos. Então, Gaelin tentou um

golpe lateral. Raganak o defendeu com leveza. O som de tilintar

de metais se chocando fez com que as espadas de Gaelin

tremessem e o deixassem tonto. Gaelin, caído no chão,

por causa da defesa de Ragnak, foi surpreendido com

um golpe frontal. A força do golpe de Ragnak foi tanta

que, além de acabar com Gaelin, abriu uma cratera

imensa no chão. Talila muito triste com a morte de seu

amado, começou a chorar e não parou para o resto da

eternidade, enchendo a cratera com suas lágrimas

salgadas, assim criando o mar.

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Havia uma pequena estrela que sonhava em ter um amor igual ao da Lua com o

Sol, mas ninguém estava a fim de querê-la como par. Então um belo dia, decidiu ir até

à Lua, para saber como poderia conquistar alguém. A estrelinha foi viajando e

viajando, só que quando estava chegando ao seu destino, começou uma chuva, com

raios e trovões, liderados por Zeus, que fez com que sua viagem ficasse cada vez

mais complicada. Foi quando a estrela teve a vontade de lutar contra tudo isto, para

que alguém ficasse admirado e se apaixonasse por ela. Mas nada deu certo! A

estrelinha foi ficando fraca e mais fraca, até desmaiar. Quando

acordou, já estava na Lua, mas nem ela sabia como isto havia

ocorrido, uma vez que estava guerreando com Zeus. Na hora em

que a estrelinha se levantou, deu de cara, com algo que havia

atingido a Lua e que a fazia chorar. Quando chegou mais

perto, percebeu que nada a havia atingido e logo

perguntou:

- Sua história me encantou, mas não consigo fazer

nada para ajudar-lhe em seu conflito amoroso!

A VIDA DE UMA PEQUENA ESTRELA NO AMOR

A estrelinha começou a choramingar, mas a Lua

com o coração apertado, falou:

- O que ocorreu, ó grande Lua?

Sofia Gil

- Eu consigo te deixar no topo, para que todos

lembrem de sua coragem e vontade de amar!

Ela respondeu:

Thomas Teixeira

Isso não só acontece no Brasil, mas também em outros países, como os Estados

Unidos onde o atual presidente Donald J. Trump baniu a entrada de muçulmanos nos

Estados Unidos, classificando-os como terroristas. E isso já aconteceu no passado

com o Hitler, ditador da Alemanha que matou milhões de Judeus em campos de

concentração. No Brasil, a minoria de muçulmanos também é discriminada, sendo

caracterizada como radical.

TOLERÂNCIA RELIGIOSA

A tolerância religiosa é o respeito a uma religião, isto é, aceitar um pensamento,

modo de vida e práticas de uma religião. No Brasil mesmo sendo um país

democrático ainda existem pessoas que sofrem o preconceito por sua religião.

Um jeito de combater a Intolerância religiosa é criar multas, penas de prisão etc.

Concluindo, eu sou a favor da Tolerância Religiosa e acho ela importante para as

pessoas não serem humilhadas.

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E foi assim que a nossa pequena estrelinha, virou uma enorme estrela, mesmo

sem achar um companheiro para amar.

A ORIGEM DA AURORA BOREALBettina Cautela

- Se vocês quiserem recuperar as cores do céu, deverão quebrar o amuleto, mas

com a morte do medalhão, virá a morte da sua filha. Após pensarem, Momo

respondeu:

Há muito tempo, nasceu uma deusa, filha de Momo; a deusa da ironia e Pã, o deus

da floresta. Ela era linda, tinha olhos verdes como esmeralda, cabelos morenos, pele

clara e seu nome era Aurora. Porém, ao nascer foi amaldiçoada por Hades, o deus do

submundo. Ele aprisionou as cores do céu, em um medalhão, presenteou ao bebê, e

disse aos pais:

- O quê? – perguntou Hades indignado – Vocês irão pagar um preço muito caro por

causa disso!

- Seja qual for o preço, iremos pagar- respondeu Pã confiante!

- Nós iremos manter as cores do céu guardadas no amuleto.

- O tempo passou, e quando Aurora tinha se tornado criança, o deus da floresta foi

nadar no mar, mas foi morto pela Boreal, filha de Poseidon e de uma mulher polvo.

Boreal, por sua aparência feia, foi abandonada pelos pais e se tornou malvada. Foi só

naquele momento, que a deusa da ironia pagou o preço. Momo queria privar a sua

filha do sofrimento, mas quando Aurora completou quinze anos, sua mãe lhe contou

tudo, inclusive sobre o seu medalhão e ela jurou vingança. Ela foi para o mar da morte

de seu pai e chamou Boreal. Quando a mulher polvo chegou, Aurora

pegou sua lança e matou a Boreal. Quando a matou, ela sentiu

saudade de seu pai, raiva de ter sido enganada a vida inteira e com

a lança, quebrou seu medalhão, liberando as cores do céu. Todo o

Olimpo viu a explosão de cores, era lindo, porém Momo

sabia que isso significava a morte de sua filha.

Essa mistura de cores, atualmente se chama, Aurora

Boreal.

- Assim seja!

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- Acho que é o polvo Matic.

Ao falar isso, pulou no barco um polvo gigante. Potro, vendo isso, pegou sua

espada pulou e cortou seus oito tentáculos que formaram todos os continentes.

Orus, corajoso, pulou no mar para salvar seu amigo Potro que estava se afogando.

Orus teve trabalho, mas conseguiu salvar Potro. Eles continuaram navegando por

dois dias. Foi quando viram uma luz muito forte na direção deles. Eis que surgiu o

dragão Xenlum. Orus com sua coragem, pulou dentro da boca do monstro, seguiu

dando socos em sua boca. Xenlum ficou perturbado, soltou uma bola de fogo que

queimou Orus, fazendo ele morrer. Desta batalha surgiu uma luz tão forte que

formou o Sol. Foi assim que foram criados os continentes e o Sol.

Philippo Natel Batistussi

Potro e seu amigo Orus moravam em uma vila muito distante que se chamava

Atlântica. Eles tinham um sonho de explorar o mundo e estavam prestes a fazer isso.

Eles iriam explorar a terra de “U” onde viviam. Potro é o deus da força e seu amigo

Orus, o deus da coragem. Potro gritou para Orus bem alto:

- Espere, Potro. Já estou indo. Foi assim que eles partiram em uma aventura muito

emocionante, mas eles sabiam que teriam que enfrentar dois monstro: o dragão

Xenlun e o polvo Matic. Logo navegaram pelo mar Mortomania, quando ouviram um

barulho: BUUUUMMM! Potro assustado falou:

A GRANDE VIAGEM

- Orus! Se arruma logo para sairmos, você enrola muito! Se chegarmos tarde vai

ter muitas feras. Orus respondeu:

- Que barulho é esse, Orus? Orus respondeu:

Filho de Ve, deus da criação e de Freya, deusa da fertilidade;

Caelum, não se sabe o porquê, era um gigante muito forte, com

braços de besouro rinoceronte, incríveis olhos de águia,

além de majestosas asas de lindas Phoenix. Por ser um

deus, crescia rápido e ao longo de sua vida, os mais

corrompidos, desde mortais a deuses, riam por conta de

sua putrefata aparência. Tais acontecimentos fizeram-

lhe viver recluso no majestoso templo de seu pai,

passando dia após dia cada vez mais aflito. Toda vez

que pensava em tudo aquilo que já haviam dito sobre

sua aparência, ficava ainda mais entristecido. Em um

determinado momento de um determinado dia, sua mãe

foi consolá-lo de seus infelizes períodos de reflexão:

- Filho... Por que estás tão desanimado? - perguntou a mãe.

Rodrigo Garcia

A ORIGEM DOS TERREMOTOS

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- Fujam, rápido!

- Parabéns ! Vocês voltaram.

Eduardo Schroeder Dias

E os astronautas para sempre lembraram da

pequena estrela que os ajudou.

Os astronautas estavam se preparando para a viagem à Lua. Eles estavam muito

ansiosos para saber o que havia lá. Depois da construção do foguete, começou o

lançamento. Enquanto adentravam-no, perceberam que a Lua era pequena, mas

brilhante! Fecharam as portas e iniciaram o lançamento. Horas depois, aterrissaram

na lua. Cansados, iam dormir ali mesmo ao ar livre. Em cima de suas cabeças

apareceu uma pequena estrela, de pouca luz e muito sozinha. Se ela desaparecesse,

provavelmente ninguém perceberia. Quando acordaram, um astronauta disse:

A CAPTURA INESPERADA

- Olhem, uma caverna!

Pegaram um pedaço de ferro e começaram a matar os

aliens que chegavam perto. Conseguiram entrar no

foguete e voltaram para a Terra. Quando chegaram,

foram muito aplaudidos e recebidos com um grande:

Começaram a explorá-la. No fundo tinha um cogumelo diferente. Quando o

tocaram, dele saiu um alien! Ele atacou os astronautas e os prendeu

numa cela. Os astronautas foram carregados para fora da caverna

e, de repente, estavam rodeados por centenas de aliens. Eles

estavam em uma grande cidade de aliens. Depois de muito

tempo, quando os aliens estavam dormindo, perceberam

a pequena estrela tentando romper a cela, que se abriu,

pois estava enferrujada. E todos gritaram:

- Entendas... Também existem aqueles que sabem que cometem lapsos, e logo,

não se julgam serem mais poderosos a partir do desprezo que domina a maioria dos

seres pensantes.

- Por que vós rides de mim? Todos, a partir de uma raça qualquer, não devem

sentir-se superiores. Cada ser apresenta defeitos, com os quais devem aprender a

lidar. Este é o maior erro que vós cometeis - retrucou o filho.

Apesar dessa troca de palavras, Caelum não deu ouvidos a sua mãe e continuou

agindo da mesma forma como agia semanas antes. Pela pressão que sentia, por

conta de tudo ruim que ouvia, decidiu fugir para terras distantes no extremo leste do

mundo, num local batizado por ele mesmo de “Calegum”. Nestas, quando relembrava

os momentos de melancolia, batia com sua força descomunal no chão causando os

terremotos.

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- Poseidon, você viu meu filho e onde?

Lucca Saad

Poseidon respondeu com sua voz grossa:

- Ei, calma! Eu estou gostando muito deste lugar, e eu até tenho poderes agora e

sou um deus!

- Calma aí, então você quer viver com ele em vez do seu pai que cuidou de você a

vida inteira?

Então Poseidon exclamou:

Dédalo respondeu:

Ícaro respondeu:

- E aí! As duas já se resolveram, porque se Dédalo não está

querendo ir embora, eu irei tirar seu oxigênio!

Dédalo não parava de gritar o nome de seu filho Ícaro, que caiu no mar. Ele

conseguiu chegar à areia da praia. Quase sem folêgo e resistência, Dédalo correu ao

mar para salvar seu filho que já devia estar no mínimo desmaiado. Chegando perto de

Ícaro, Dédalo estranhou, pois viu uma luz muito clara e envolta por rochas

gigantescas. Se aproximou e lá estava Poseidon, o deus da água. Dédalo, com os

olhos arregalados, perguntou a Poseidon beijando sua mão:

A NAÇÃO DO MAR

Então o levou a uma caverna aquática onde Poseidon deu poder de oxigênio a

Ícaro. Dédalo então pediu que o levasse até seu filho, então Poseidon o levou.

Chegando lá Dédalo viu seu filho super bem e alegre. Deram um abraço carinhoso e

então ele já queria levar Ícaro para casa. Mas ele não sabia que Poseidon o havia

tornado um dos deuses da água também dando-lhe o poder de respiração e controlar

a água. Então Ícaro falou ao pai:

E então Dédalo, sem ter o que fazer, deu um abraço forte em

Ícaro e Poseidon o levou à superfície. Dédalo com suas

habilidades de construção, fez ali à beira do mar, sua

linda casa e sempre quando podia, fazia uma visita a

Ícaro com a permissão de Poseidon.

- Claro que vi.

- Pai, eu tenho que ficar, sou um deus agora!

Fundamental8anosos

Gabrielle

Nicolas

Larissa

Luiza

Giovana

Laura Sofia

Francisco

Ana Beatriz

Flávia

Julia

Giovani

Fundamental8anosos

Professora Gabriela Fonseca

Com o intuito de continuarmos a investigação a respeito da construção

textual do texto de horror, os alunos foram convidados a continuar a história

“Os mortos viajam rápido” de Bram Stocker, “Silêncio” de Edgar Allan Poe. O

roteiro de cinema também foi objeto de estudo e escrita. Os alunos

transformaram seus textos de horror em roteiros que foram adaptados e

premiados no Projeto Oscar e produziram uma versão em stop-motion a

partir de personagens de massinha.

Finalmente o semestre foi concluído com um ciclo de debates sobre

Consumismo e Infância que culminou em um texto de opinião. Parabéns pelo

trabalho!

Os alunos do 8º ano se viram em meio a uma tarefa nada

fácil no início deste ano letivo: escrever um conto de horror

sobrenatural que fosse tenso. Trata-se de uma empreitada que requer o

desenvolvimento de habilidades valiosíssimas para a produção escrita: a

organização da coerência textual e a escolha vocabular. Por se tratar de um

texto complexo, os alunos tiveram que passar por um árduo processo de

revisão e reescrita textual. A repetição de vocábulos ou o uso de palavras

genéricas pode comprometer o resultado da narrativa

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Junto ao seu lobo, levou-me por muitos cômodos até chegar em um quarto que

ficava no final de um grande corredor escuro. Dentro do quarto havia apenas uma

cama e uma lareira. Para não incomodar decidi sair mais cedo, por isso, dei boa noite a

ela e a agradeci. Porém, aquela noite foi diferente. Eu estava ouvindo muitos

barulhos estranhos vindos do corredor. Tranquei a porta com medo desses ruídos, e

prometi ficar acordado para evitar que algo acontecesse de pior,

pois quando entrei naquela “residência” sentia em seu ar de

estranheza, um mau pressentimento. No entanto, minha

promessa não “se cumpriu”, pois eu caí no sono.

- Olá, qual é o seu nome? Eu não o vi entrando.

O TÚMULO ESTRANHO

Tive a leve impressão de que ela estava atravessando a parede, mas quando

cheguei mais perto, vi que ela havia empurrado uma porta feita de tijolos que se

camuflava na parede. Corri mais rápido para alcançá-la, e comecei a chamá-la, até

que ela virou-se e ao olhar para mim deu um breve sorriso. Então introduziu-se na

conversa:

- Meu nome é James, e o seu?

- Anne Pyer.

- Eu preciso de ajuda para abrigar-me.

- Nesse caso, se você quiser, pode dormir aqui até acabar a tempestade.

Fechei os meus olhos, não acreditando no que acabara de ver. Diante dessa visão

estarrecedora, perdi o fôlego. “Afinal, o que uma mulher jovem como aquela estaria

fazendo sozinha com um belo e feroz lobo de pelagem branca, em um túmulo! ”. Ao

olhá-la de relance, percebi que estava se direcionando para mais ao fundo do túmulo.

Então, decidi segui-la, pois ela era a única que poderia me ajudar contra aquela

intempérie furiosa.

- Agradecido. Onde ficarei?

Giovani Garcia

Acordei com o lobo de Anne lambendo meu rosto, e uma

bandeja de frutas podres ao meu lado. Assustado,

joguei-as no chão e decidi fugir. Empurrei a porta do

quarto já “aberta” e corri. O clarão do dia quase me

cegou e me permitiu ver algo que não vi durante a noite,

uma placa no túmulo com a seguinte inscrição: “Aqui jaz

Anne Pyer (1789-1830)”.

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Uma vez, quando eu era pequena, vi uma propaganda na tv enquanto assistia

desenhos. E lá estava: a Baby Alive que comia, falava, mexia os braços, fazia xixi, abria

os olhos, trocava de roupa...enfim, fiquei louca!

Fui logo pedir para minha mãe, e ela vivia dizendo “Isso é necessário? Você

precisa disso agora?” e eu dizia que era, mesmo não sendo. Consegui ganhar a

bonequinha depois de meses, porque tive que esperar até meu aniversário.

Neste texto, eu concordo com que o autor diz: hoje em dia infâncias estão sendo

corrompidas por motivações comerciais. Fazer, se vestir, comer, usar determinadas

coisas porque os outros usam também nos tornam “legalzão”.

Laura Marques

CONSUMO INFANTIL

Acredito que se não fosse a influência da minha mãe eu estaria pedindo a boneca

até hoje. Acredito também que os pais devem impor limites às crianças, como

perguntar se aquilo é realmente necessário ou dizer que ganharão em datas

especiais caso o produto for caro ou não for acessível naquele momento.

Muitas coisas estão interferindo nas crianças e uma dessas cabe citar: o

consumo infantil e motivações comerciais. Eu acredito que isso pode mudar, eu

acredito num futuro melhor, e você?

Luiza Zelante

Então, diante daquele rochedo, no cume do paraíso de Lúcifer, veio-me um bafo

ardente tal como uma pedra de gelo que petrificava, lenta e dolorosamente, cada

órgão de meu estômago. O Demônio, qual antes cariciava o lince indecifravelmente

pardo-azulado, inclinou a face medonha para o alto, erguendo o

focinho pontudo em direção às nuvens - os olhos de cobra, porém,

encontrados no meu rosto.

“MONSTRO” (Continuação do texto “Silêncio”, de Edgar Allan Poe)

Num ato repentino, sorrira seus dentes afiados de orelha a

orelha, tornando-se mais horroroso ao soltar um riso

contido - tal como se esperasse uma catástrofe surgir

em meio à bruma espessa. Logo, senti meu intestino se

revirar em nós, atados pelas entranhas, e meus ossos

pareciam se esticar. Eu parecia ficar cada vez mais

pesado, mais sonolento, mais cansado. Não havia

forças para eu respirar. Implorei por apuros com minha

voz mais rouca e adoentada, minha garganta

enrugando-se a cada ar que saía de meu corpo,

agonizado e sofrido nas cordas vocais.

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Nesse mesmo momento, uma calorosa brisa me envolveu em braços calmantes,

convidando-me a fechar vagamente as pálpebras. Já não me doía mais nada, meu

estômago se desvirou. O gelo que crescera em minha barriga tornou-se uma chama

de calidez confortante, e a rouquidão de minha garganta diluiu-se em cantos não

mais agonizados.

Eu, todavia angustiado pelas chamas do inferno atiçadas dentro de mim, não

gritava nada - sequer me saía um suspiro infeliz. Apenas concordava

desgraçadamente com tais afirmações que a besta proferia. Contudo, descendo o

olhar a mim como quem encara um inseto, deixou pender a mão sobre minha cabeça,

tal quando fez ao narrar-me a história do homem romano.

Entretanto, os poucos segundos de doces devaneios foram destroçados quando

a mão do Demônio rudemente jogou minha cabeça ao chão, e um simples abrir de

olhos foi o suficiente para que percebesse os pés enormes e peludos, com afiadas

garras saindo das pontas dos dedos grossos e repugnantes. Tal vista horrenda foi se

padronizando nas pernas (que nem sabia eu se eram pernas), nos braços - enrugados

até os cotovelos - , no tronco de pelugem escura e definhada pela cor de terra morta.

Eu não sabia mais quem era, e seu meu “eu” ainda estaria em alguma parte de meu

consciente ainda não domado pela maldição; mas se eu soubesse de algo, seria

apenas naquele luar.

“És um ser tão minúsculo!” o Demônio riu - não gargalhou, porém, em resposta à

minha deplorável resistência. “Não sequer podes caber numa toga, pois tua figura

lamentável a escangalharia, e eu me teria escangalhado sobre tal cena!”

Então, diante daquele rochedo, no cume do paraíso de Lúcifer, a

Lua se ergueu sob as nuvens sangrentas e iluminou os caracteres

entalhados em um desgastado pedregulho. A névoa cegante foi,

aos poucos, diluindo-se por aquele negro e melancólico

demônio, onde meus olhos - não mais meus - leram,

desiludidos, a escritura clara e carmesim: “Monstro”.

Ele, então, suspirou - não tristemente, mas, por algum motivo, de forma alegre.

“Parece que tu estás pronto, formiguinha. Prepara-te para virar um ser de grandeza!

Nem gregos poderão com a tua forma, nem anjos te salvarão do cúmulo da nobreza!”

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O HOMEM DO ROCHEDOSofia Bezerra

Lá estava eu nas margens do rio Zaire, observando os animais que passavam pela

região. Logo, reparei em um velho homem sentado nos rochedos. Ele parecia estar

doente, cansado, estava com a cara inteiramente pálida, estava magro, parecia que

não comia havia dias. Então resolvi me aproximar.

Quando estava chegando perto do rochedo onde ele se localizava, senti um

calafrio na barriga. Não conseguia ouvir mais nada, ficou tudo calmo. Não conseguia

ver os pássaros voando e nem ouvir os lobos uivando. Quando percebi, estava parado

perto do senhor. Ele movia lentamente sua cabeça em minha direção, como se eu

tivesse feito algo errado com ele. O velho senhor me olhava com seus olhos que se

dilatavam aos poucos. Lentamente fui me afastando. O velho continuou a me

observar. Acreditando que estava olhando para algo atrás de mim, me virei para

verificar, mas, quando virei novamente para vê-lo, ele não estava mais. Ele somente

tinha deixado um recado no rochedo, “PARE”.

Saí então em busca do velho na floresta, para ver se ele estava por lá, mas não

tinha ninguém, somente os animais da região. Fui então procurá-lo pelo resto da

floresta quando me dei conta que tinha um vasto caminho de sangue pelas matas.

Resolvi segui-lo na esperança de achá-lo. Depois de muito tempo de procura, os

rastros acabaram em uma caverna cujas paredes eram feitas de cristais que

refletiam a água ensanguentada do chão. Quando dei o primeiro passo na porta da

caverna, ouvi suavemente um grito. O grito ficava cada vez mais à medida que eu

dava passos. Em um certo momento os gritos pararam, mas como consequência, a

água que cobria o chão da caverna começou a tremer.

No fim da caverna apareceu uma luz vermelha iluminando algo. Me aproximei. Ao

chegar no fim da caverna, observei uma figura estranha, que

parecia um homem sem rosto. As luzes vermelhas começaram a

piscar, deixando somente a sombra daquela criatura estranha.

Ela fazia um barulho anormal, parecia uma porta rangendo

pelo chão ou um sapo coaxando. Quando piscava os

olhos, percebia que aquela criatura se aproximava cada

vez mais. Fechei então os meus olhos por um curto

tempo, quando os abri, percebi estava em outo lugar,

que era totalmente diferente de onde eu estava antes.

Era frio, escuro, não tinha nenhuma luz por perto.

Ouvia barulhos estranhos e agudos. Vi novamente o

ra s t r o d e s a n g u e e m d i r e ç ã o à c r i a t u ra , q u e

simplesmente estava na minha frente. Fiquei parado,

congelado, não sabia o que fazer. Então decidi correr,

mas não levou muito tempo para ele me pegar.

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JULIA: Leo, você vai fazer a prova na sala do diretor, pois já passou cola duas

vezes! (exclama, aponta o dedo para a porta e Leo sai. A prova começa)

NADA NOS SEPARA

BIA, a certinha

ANA, a preguiçosa

BOB, o engraçado

DANILO, o diretor

Cena 1: Julia entra na sala de aula da escola Júpiter e mostra a prova para os alunos.

JULIA: Vou entregar a prova daqui a cinco minutos! (Julia estremece)

BIA: Sim, você estudou?

BIA: Professora, Ana está me pedindo cola! (Julia toma a prova de Ana, percebe

que Bia está sussurando para Bob)

JULIA: Você também? As duas pra diretoria! (aponta o dedo para porta e rosna)

JULIA, a professora

ANA: Hoje tinha prova?(olha para Bia)

Flávia Orii

Cena 2: Ana e Bia se batem e se xingam no corredor, se olham e choram.

ANA: Não, mas vou pedir cola pro Leo. Ele sempre passa cola para o Bob. (olha

para o Leo)

BIA: Me desculpa? (câmera se aproxima focando o rosto das duas)

ANA: Sim, você me desculpa?

BIA: Tudo bem. (se abraçam)

ANA: Saiba que nada vai nos separar, nem uma prova!

(sorri e as duas dão as mãos, andam em direção à

diretoria, câmera de costas pra elas)

LEO, o inteligente

ANA: Psiu! Biaa! (sussurando)

BIA: Mas você não fez nada pra mim... (cara de quem não entende

nada)

ANA: Eu que te denunciei! (olha para a Bia com cara de

culpada)

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SILÊNCIO- NÃO BRINQUE COM A SOLIDÃO

Com um sinal feito pelo diabo, o lince me atacou. E assim, repôs a carne que lhe

faltava.

- Como ousas caçoar da solidão? - perguntou-me o diabo, não contendo sua

frustação.

- Óra! Se até os indivíduos mais horrendos que moram no meu reino, vivem em

conjunto, o que te levas a pensar que a solidão é algo engraçado?

O diabo levantou de seu trono de madeira escura, que estava do lado do lince e

seu túmulo. Caminhou até mim em passos lentos e pesados. Sua boca cheia de

dentes amarelos e pontudos, abriu um sorriso macabro, tanto quanto amedrontador.

Engoli em seco. Sabia que deveria responder, mas as palavras não saíam. Fiquei

gaguejando, preocupado com o que o temível senhor do inferno poderia fazer

comigo.

Julia El Kadi

- Nem mesmo fazes ideia - comentou, como se estivesse conversando com o

lince, que estava maltratado e sem carne. O animal era apenas pele esticada. Era

como estivesse se sustentando no ar.

- Eu vi graça na parte em que o homem foge, igual uma dama em apuros - respondi

com a voz trêmula.

- Será que agora o senhor gostaria de fugir igual uma dama em apuros?

Gabrielle Fernandes

OS MORTOS VIAJAM RÁPIDO

Olhando a nevasca de dentro da casa a moça me convidou a entrar. Aterrorizado

com o lobo que permanecia ao seu lado, questionei:

- Moça, antes o porquê de seu lobo?

Intrigada com a pergunta me respondeu que era apenas para

sua proteção. Me questionei novamente do que ela queria

proteção, mas ignorando esse pensamento raciocinei,

que se continuasse naquela nevasca passaria frio e me

machucaria. Sem escolha, entrei na tumba. O lugar me

parecia sombrio, uma sala com cruzes espalhadas,

o r a ç õ e s e s c r i t a s n a p a r e d e , a l g u n s m ó v e i s

empoeirados, uma cristaleira e uma escada dourada

que levava ao andar superior. Lá no fundo havia um

tenebroso quintal que era coberto por um gramado

cheio de pedras, com identificações escritas, como

nome e data de falecimento. Deduzi que aquilo era

praticamente um cemitério.

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Educadamente a moça perguntou se eu gostaria de passar apenas aquela noite

lá, mas mal sabia eu que aquela não seria mais uma noite qualquer. Sentada naquele

sofá, vermelho aveludado, ela começou a fazer perguntas do tipo se eu era

comprometido, se pretendia ficar mais tempo naquele lugar e também falou que

estava à procura de um companheiro. Eu novamente apavorado disse que preferia ir

embora e que a nevasca já havia diminuído. Com tom de convencimento a me fazer

ficar, afirmou e prometeu que responderia e faria qualquer coisa. Pensando

perguntei quem eram todos aqueles mortos e aparentemente intimidada, me disse

que eram todos os homens que chegaram na tumba, porém não aceitaram a proposta

de permanecer com ela. Tentei correr imediatamente daquele lugar, mas as portas

de mármore fecharam e eu não consegui escapar, fui apenas mais um.

PEQUENOS CONSUMIDORESLarissa Ricci

Um exemplo é uma situação passada por mim quando eu tinha seis anos. Uma

colega da minha idade veio ao colégio espalhando para todas que já usava sutiã, que

tinha visto na tv, e nós ao ver que nossa amiga aparentava ser mais

madura e legal ultilizando essa peça de roupa, decidimos que

iriamos comprar um também. Então fomos ao shopping e

finalmente eu iria ser tão legal quanto minha amiga. Se passaram

meses e ao longo do tempo percebi que além de não

precisar eu não absorvi todas as qualidades que queria

não pareci mais velha nem mais descolada.

Por fim uma pergunta para refletir: será que minha

amiga ainda teria comprado o sutiã mesmo se houvesse

regulação e fiscalização do tipo de produto e da

maneira que é anunciado mais adequado de acordo

com a idade?

Atualmente as crianças têm sido treinadas para se tornarem adultos

materialistas inconscientes. Esse estilo de vida vendido por anunciantes que se

aproveitam de sua inocência e imaginação, prende elas a uma ilusão de felicidade

momentânea e ao desenvolvimento do preconceito em relação às pessoas que

possuem menos bens. Os anúncios sedutores impõem um padrão e introduzem uma

necessidade de se encaixar nesse padrão. Essa ideia além de ser aceita pelos pais

que não têm a capacidade de negar um desejo do filho é sustentada por amigos e

colegas geralmente da mesma idade.

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- O que faz neste lugar tão triste e sem vida?

O demônio achou estranho e duvidoso e fez o homem pensar em coisas felizes.

Imediatamente aquele homem começou a se debater pedindo para ele parar. O

demônio não parou mas mudou o pensamento de bom para ruim. Naquele instante o

homem parou de se debater e sentou novamente na tumba. O demônio viu essa

alteração emocional e se aproveitou disso para escravizar aquele homem. Ele o levou

para as profundezas do submundo e nunca mais ouviu-se falar daquele homem.

Francisco Trunkl

- Fico observando este triste campo pois a tristeza me conforta.

O TRISTE HOMEM

Foi naquela noite, quando a chuva caía, quando tudo estava escuro e triste, que o

demônio subiu à superfície terrestre, para fazer uma breve passagem ao cemitério,

mas algo estranho aconteceu. Um homem com feições divinas que brilhavam

através da escuridão da noite, se sentou em uma tumba e ficou observando durante

um tempo, aquele vasto campo de túmulos. O demônio percebeu a presença daquele

homem e se dirigiu a ele com uma pergunta:

Escute. - disse o Demônio. - Vou contar uma história que aconteceu há muito

tempo atrás em Marrocos. Tudo era lindo, principalmente o lado cristalino como um

espelho luxuoso:

O ROCHEDO

- Espelho?

Tudo estava tão calmo. De cada lado do rio havia arbustos

enormes e bem verdes. Minutos depois o tempo mudou e tudo

ficou escuro como se fosse noite. Fiquei assustado. Ao meu lado

havia um rochedo com palavras e frases estranhas: silêncio,

maldição, está em suas mãos, escolha, e outras que não

davam para ler. Eu fiquei um pouco assustado, havia um

homem de preto vindo perto de mim e dizendo essas

palavras. Uma luz muito forte contornava seu corpo, seu

rosto era pálido e assustado de quem queria me dizer

algo. Em suas mãos havia papéis com gestos de

maldições da natureza. Enquanto ele fazia esses

gestos, ele gritava:

- Cuidado com a maldição que deixei em suas mãos!

Conte essa história para alguém que mereça ouvi-la, e

depois de sete dias, algo muito ruim escolhido por você

ocorrerá com essa pessoa.

Ana Beatriz Jaess

- Sim, mas isso não importa.

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- Bom, acho que dormindo, mas não penso nessas coisas.

- Quê?! Só isso? E... Você já escolheu alguém?

- Adeus, meu escolhido. - E segundos depois os dois caíram no sono.

O ouvinte gelou, até que o Demônio o puxou e vomitou uma gosma preta bem na

sua boca liberando a maldição presente em suas mãos. E o Demônio disse:

- Como você quer morrer?

Ele sumiu e depois caí no sono, e só lembro-me do que ele me falou:

- Você foi o responsável pela morte de todos aqueles seres no

rio?

Eu ia me aproximando na espreita. A cada passo eu conseguia sentir a ira daquele

homem aumentando gradativamente. Eu olhava para o rio de sangue e via animais e

pessoas torturadas, usados como instrumentos para aliviar a sua raiva. Comecei a

escalar o rochedo para ir ao encontro da figura sombria. Ao chegar no topo do

rochedo caminhava lentamente até o homem. Passo a passo podia sentir que o

homem estava mais longe. Eu parei de andar. Num piscar de olhos vi a rocha, mas o

homem não estava mais lá. Virei minha cabeça e o homem estava ao meu lado

chorando o sangue de todos os seres que matara:

Nicolas Alvarez

O HOMEM DO ROCHEDO

Levantei minha cabeça e vi um homem de figura misteriosa e sombria. Ele se

destacava na noite tenebrosa sobre o precipício onde desabava uma cachoeira,

acabando num rio com águas cristalinas e deslumbrantes. O homem sentou-se e

encostou-se em uma rocha para observar a lua escarlate. Com uma expressão

solitária e raivosa em sua face, o homem começou a chorar. Chorava cada vez mais,

não conseguia conter a sua raiva. Ao som de seus gritos agonizantes, a água

cristalina transformava-se em sangue...

- Eu me arrependo. Disse ele com a voz trêmula...

- Sim, e eu me arrependo, eu estava sofrendo por eles,

eu consigo ouvi-los gritando e chorando, então acabei

com seu sofrimento...

Eu conseguia sentir aquele homem sofrendo por

dentro, eu conseguia sentir a ira e a solidão. Sendo

assim eu amaldiçoei-o. Nunca mais ele terá qualquer

sentimento, por nada nem ninguém...

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SETE OLHOS, O PSICOPATA CIENTISTA

O SEQUESTROGiovana Giudice

DOG MONSTRINHO, O VIRA-LATA

NARIGUDO, O VIZINHO DE SETE OLHOS

DOG MONSTRINHO: Socorro! Au, au! Onde estou? Quem é você? (começa a

gritar).

SETE OLHOS: Em breve você saberá! (a porta da van se fecha e a mesma segue

viagem, câmera parada).

NARIGUDO: Não se preocupe, está tudo bem (pega

seu celular e faz uma ligação). Alô? Polícia? Tem um

crime acontecendo aqui na Rua Williams, número 28. Na

verdade já dei um jeito no ocorrido, mas tem mais um

prisioneiro para a coleção (edição de “fim”).

Cena 1 – Dog Monstrinho está em um beco escuro e sombrio, revirando as latas de

lixo em busca de alimento. Sete Olhos aparece e cobre a cabeça dele com um saco

(aproximação de câmera) enquanto o leva para uma van cinza e antiga.

SETE OLHOS: Fique tranquilo, não vai doer (diz falsamente, enquanto segura

uma faca).

Cena 4 – Narigudo ouve gritos estranhos ao passar em frente à casa de Sete Olhos.

Ao perceber a porta do vizinho aberta, se aproveita para entrar

discretamente e ver o que está acontecendo. Ao se deparar com a

situação, arranca a faca da mão do psicopata e a injeta em um de

seus olhos. Desamarra Dog Monstrinho, pega-o no colo e

tranquiliza-o.

Cena 3 – Dentro da casa, que mais se parece com um laboratório, Sete Olhos

prende sua vítima em uma maca a fim de assassiná-la para fazer experimentos

científicos. Descobre o rosto de Dog Monstrinho.

Cena 2 – A van estaciona em frente à casa de Sete Olhos, que sai do veículo

levando Dog Monstrinho consigo (câmera acompanha os passos dados por eles

até a entrada da moradia).

DOG MONSTRINHO: Socorro! Au, au! O que está acontecendo?

Fundamental9anosos

Caroline

Danielle

Aline

Renato

Eric

Ana Beatriz

Camila Yasmin

Diogo

Alberto

Maria Fernanda

Lucas

Fundamental9anosos

Professora Valéria Maceis

É bonito, é gratificante vê-los posicionando-se, pensando e procurando expor

suas opiniões (muitas vezes, ainda em formação...) sobre esse e muitos outros

temas. Parabéns a todos! Sigam por esse caminho: lendo muito, informando-se

sobre o mais variados assuntos, expondo o que pensam e - é claro - sempre ouvindo o

que o outro também tem a dizer sobre. Evolução da escrita, desenvolvimento do

senso crítico e respeito às divergências de posições estão entre os mais

importantes pilares de nosso trabalho.

Um dos assuntos discutidos em sala, o qual, depois, propiciou a produção de bons

textos dissertativos pelos nossos alunos do 9º ano, foi a questão o uso da tecnologia

em ambiente escolar. Conversando com os colegas sobre tal tema, foi possível que

as turmas refletissem acerca de todos os benefícios que, atualmente, os avanços

tecnológicos nos proporcionam. Porém, também se pensou sobre os prejuízos que

um uso desmedido pode causar no que tange à concentração, foco, fixação de

conteúdos e absorção real de conhecimentos.

Pensamento crítico, expressão de opinião, discussão de ideias,

debates, a importância de se ouvir o outro, o respeito pelas diferenças

de visão e de pensamento... Tudo isso se intensifica no 9º ano, série em que os alunos

passam a ter mais contato com textos dissertativos, nos quais apresentam seu

posicionamento sobre os mais diversos temas.

Confira, nas páginas seguintes, as produções selecionadas!

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O uso da tecnologia nas escolas tem sitdo muito bem avaliado por professores,

que dizem estar gerando melhores notas e aprendizagem, porque o ensino com

tablets e notebooks é bem menos maçante e cansativo para os alunos do que o uso

de livros. Isso gera maior concentração e vontade de estudar e realizar tarefas.

A TECNOLOGIA BENÉFICA

A tecnologia, ao ser usada com responsabilidade, só gerará ganhos e logo estará

fazendo parte do ensino de todas as escolas do Brasil.

Em pleno século XXI, não é válido tentar proibir o uso de equipamentos

tecnológicos ou da internert no dia a dia. Hoje em dia, essas ferramentas são

essenciais para escritórios, fábricas, lazer e, agora, para os estudos.

Por outro lado, o uso da tecnologia pode ser irreponsável por parte do aluno. O

tablet/notebook pode conter jogos, e a criança, ao invés de realizar sua tarefa, pode

se distrair com jogos. Um argumento que explica a situação é o do professor de física

e coordenador de tecnologias, Rafael Corrêa, “A ideia é tentar falar a mesma

linguagem. Não adianta ser diferente em casa, trabalhamos o uso responsável.”

Yasmin Sayed

TECNOLOGIA EM ESCOLAS

Todos nós sabemos que o vício tecnológico não é

positivo e causa a dependência de “ter” além do

necessário. Dentre outras, também há o desvio de

atenção, que gera o desinteresse em aprender coisas

novas.

Caroline Uzunian

Hoje em dia, temos vários modos de comunicação por aparelhos tecnológicos,

como “tablets”, “smartphones” e “laptops”. As crianças que têm boas condições de

vida possuem pelo menos um desses três aparelhos para lazer e comunicação com

os pais. Se elas usarem diariamente nas escolas para trabalhos e conhecimentos

gerais, qual sería o resultado?

Com os avanços da tecnologia, temos todas as informações

necessárias em sites e blogs, facilitando as pesquisas para os

estudantes. As crianças, por outro lado, interessariam-se mais,

gerando bom rendimento em provas e testes. Porém,

consequências podem acontecer pelo uso dependente

destes.

Mesmo com as consequências, seria mais fácil o

ensino escolar, e os jovens já estariam sendo

preparados para o futuro, pois o uso da tecnologia

aumentará.

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Para que esse fator muito importante aconteça em todas as escolas, o governo

precisa se conscientizar e dar essa oportunidade para os estudantes fornecendo o

material.

A consequência de todo esforço é a melhoria de ensino, com uma base mínima em

recursos tenológicos, além da praticidade que os alunos terão para estudar e o mais

importante: a evolução desse meio de estudo, pois cada geração terá mais

melhorias, fazendo com que se torne uma ferramenta fácil de acessar nas escolas e

até mesmo em casa.

CONEXÃO DA EDUCAÇÃOMaria Fernanda A. Castanhola

O ensino é muito importante principalmente nos dias de hoje. A qualidade da

educação é simplesmente a definição, a melhoria do futuro dos jovens. Esse fator da

educação com tecnologia na escola pode trazer muitos benefícios para o ensino.

Especialistas dizem que os recursos tecnológicos podem educar de uma forma

“perfeita”. Portanto, a tecnologia pode realmente melhorar muito o ensino hoje em

dia. A tecnologia é atualidade, faz com que o aluno se informe e tenha uma base dos

recursos tecnológicos.

TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO OU TECNOLOGIA EM EDUCAÇÃO?Diogo Kenzo Orii

Andando por São Paulo, é muito comum ver adultos e jovens com celulares e,

infelizmente, até motoristas usando enquanto dirigem. O que antigamente era um

objeto raro e valiosíssimo, hoje, é como se fosse algo natural do dia a dia. Isso não vale

só para celulares, a tecnologia em geral vem avançando

rapidamente. Seja em restaurantes, em lojas, seja escolas, vemos

o uso e a utilização de variados apretrechos tecnológicos. Mas

será que essas mudanças são realmente necessárias?

É inegável que “Estamos no século 21, não tem como dar

aula como se dava há dez anos” diz Glaucia Brito,

professora do Departamento de Comunicação Social

da Universidade Federal do Paraná e especialista em

tecnologia na educação. Temos que mudar, mas com

calma, pois existem sim vantagens com o uso da

tecnologia, como aulas mais interativas sem o desvio

da atenção dos alunos, além da possibilidade de fazer

pesquisas de modo mais rápido e prático, não adianta

querer transformar de vez um jeito de ensinar que por

muito tempo funcionou.

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A NOVA GERAÇÃO HIGHTECH E O CONVÍVIO COM AS ESCOLAS

Todos sabem que a nova geração de estudantes, não somente do Ensino Médio,

estão conectados nas redes, e o que intriga é a não participação das escolas nesse

novo estilo de viver.

Tudo isso ajudará no desenvolvimento da criança e no melhor resultado

acadêmico no futuro.

A escolas devem, sim, adaptar-se aos estudantes da nova geração. Existe muito

mais conteúdo interessante na internet do que em um livro didático. Ao juntar os

dois, muito provavelmente os alunos estarão mais aptos a aprender.

Aline Arissa Takano

Já se sabe que até as crianças mais novas usam, por exemplo, o iPad como meio

de entretenimento, então por que não usar essa tecnologia a favor dos estudos?

Um dos benefícios que a entrada de elementos virtuais nas escolas proporciona

é a participação e o interesse mais ativo nos jovens durante as aulas.

A tecnologia está aqui para ser aliada do homem e para caminhar lado a lado com

ele, sem tanta pressa, passo por passo.

O futuro dos jovens, sem dúvida, é esse. Eles precisam aprender a fazer o uso da

tecnologia a favor deles. É imprescindível que jovens, no mercado de trabalho, sejam

autênticos e inovadores, e com a tecnologia em suas mãos isso será mais fácil.

A inovação pode trazer uma série de vantagens, mas, se incorporada de modo

errado, pode trazer muitos riscos, como dependência (vício), além de problemas de

visão etc.

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Danielle Cofino Serafini

Com o avanço tecnológico, a educação escolar vem se beneficiando, trazendo

novas formas de estudo para os alunos.

Esses avanços trazem múltiplas vantagens para os alunos. Estes tendem a

compreender e ter mais aprendizado em relação ao meio da tecnologia, por conta do

maior contato com o mundo virtual. Isso facilita a aprendizagem e a busca para

ampliar seus conhecimentos, com a introdução de celulares e computadores nas

aulas. Os estudantes se interessarão mais pelo assunto, pois acreditam que é muito

mais trabalhoso pegar um livro e anotar as informações obtidas.

À medida que os adolescentes vão crescendo, eles vão desenvolvendo “preguiça”

e desafeto pelas informações escolares. Se o aluno, desde a primeira série, for

introduzido à tecnologia na escola, ele desenvolverá interesses pela matéria os

quais podem evoluir até sua adolescência. É claro que cabe aos pais controlarem o

uso desses produtos fora do colégio, a escola não deverá se responsabilizar pelo

possível “vício” desenvolvido pelo aluno.

TECNOLOGIAS EM COLÉGIOS

A tecnologia, nas escolas, é de grande importância para o conhecimento

estudantil, que é ampliado pelo uso de produtos tecnológicos, e reduz a falta de

“preguiça” , o que ajudará o estudante em seu futuro, possibilitando sua entrada em

faculdades de alto rendimento.

UM JEITO DIFERENTE DE ENSINAREric Almeida do Carmo

Todos sabemos que o mundo está mudando e se transformando todos os dias.

Isso não dá para esconder, e as crianças não estão mais

conseguindo se moldar com o seu mundo, então talvez esteja na

hora de o mundo se moldar às crianças.

Alunos e professores em harmonia usando seus

tablet s e des envolven do uma capac idade de

aprendizado muito mais rápida que o normal, isso seria

uma “virada de jogo”, pois ajudaria muitas escolas na

formação de seus alunos em diversas áreas que

estudam.

Os menores de hoje em dia estão cada vez mais aptos a se

desenvolver e a evoluir por causa da tecnologia e devido

à facilidade que ela nos fornece ao longo de sua vida de

estudos. É claro que há desvantagens com tantas telas

ao nosso redor, mas, se soubermos usar corretamente,

podemos aplicar a tecnologia em todo lugar que

quisermos, por exemplo, nas escolas.

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Essa geração já nasceu conectada ao mundo virtual. Então, por que não juntar o

útil ao agradável, com a utilização de recursos tecnológicos em escolas?

O segundo e mais importante aspecto positivo da tecnologia em ambiente

escolar é a possibilidade de um estudo interativo, tornando o conteúdo muito mais

atraente e fácil de ser absorvido pelo alunos, pois eles ficarão mais interessados na

aula, que deixará de ser totalmente vista como “obrigação', algo “conta a vontade”,

aumentando significativamente o desempenho do estudante.

Em suma, a tecnologia na educação terá muitas vantagens, tanto para os alunos,

facilitando o aprendizado, quanto para os professores, facilitando o ensino, além de

transformar a escola em um ambiente mais agradável para ambos.

É de conhecimento geral que a tecnologia tem se tornado cada vez mais

importante em nossa vidas, seja fazendo pesquisas em computadores, seja

divertindo-se nas redes sociais, ou até mesmo assistindo a filmes em iPads.

Renato Xavier Oliveira

O primeiro aspecto positivo da implantação de tais recursos é o fim da ausência

de material de papel, já que a própria escola forneceria iPads com o conteúdos dos

livros baixados. Além disso, tornará a vida do estudante muito mais fácil, pois ele não

precisará carregar tanto peso em sua mochila.

AS VANTAGENS DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO

Esse novo modo de aprendizado ajudaria muitas crianças em seu aprendizado,

elas teriam mais interatividade e dinâmica para aprender. Ensinar não seria tão

divertido se a escola continuasse da mesma forma como ensina há tantos anos.

Por que não tentar?

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A internet pode ser uma ferramenta eficaz, se usada corretamente. Pesquisas,

pontos de vista diferentes, jogos educativos são apenas alguns benefícios que ela

oferece ao estudo. Nas salas de aula, os professores devem sugerir jogos, sites ou

até vídeo-aulas. Consequentemente, o aprendizado será algo mais dinâmico e

moderno para os alunos

Camila M. B. Braghette

Por conta das novas tecnologias serem usadas nas salas, os alunos, em

consequência, sentem-se mais confortáveis em armazenar e compartilhar

informações, melhorando o ensino.

As causas por que muitos estudantes não se sentem estimulados a estudar são

as “escolas atrasadas”, como define a especialista em Tecnologia na Educação,

Glaucia Brito. Como consequência, os alunos não sentem prazer em participar das

aulas, debatendo e respondendo a perguntas. Ficam nos cantos conversando

aleatoriamente ou utilizando seus celulares em momentos inadequados.

ESCOLAS APRENDENDO COM A TECNOLOGIA

A tecnologia realmente dominou o mundo atual. Ela está por toda a parte,

principalmente no dia a dia dos jovens. A nova geração nasceu em um mundo em que

o wi-fi e o “3g” dominam. Justamente por isso, as escolas devem se modernizar.

O uso da tecnologia nos sistemas de ensino pode facilitar a

compreensão e a integração do aluno com a aula e com o

professor, sendo que este entenderia melhor o assunto, já

que estaria utilizando aparelhos de seu conhecimento, a

fim de obter as informações propostas pela aula.

AULA TECH

A tecnologia está presente no cotidiano de muitas pessoas, não só no Brasil

como no mundo inteiro. É praticamente impossível evitá-la, sendo que esta pode ser

de imensa utilidade, tornando afazeres que antes demoravam muito e exigiam uma

maior “dedicação” mais fáceis e menos trabalhosos de se realizar, o

que já é do conhecimento de todos.

Por exemplo, se uma criança que já está acostumada

a brincar com algum jogo eletrônico diariamente fosse

apresentada ao mesmo dispositivo com o mesmo

“botões” e “controles”, só que em sala de aula, seu

interesse por isso aumentaria, e ela se concentraria

ainda mais nos estudos; ou até uma adolescente que

está em constante contato com um celular começasse a

usar um aparelho parecido para as classes, sem dúvida,

seu desempenho melhoraria.

Lucas B. de A. Leite

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USO DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO

Nos dias atuais, a tecnologia já é algo bem comum na vida de muitos brasileiros.

Celulares, tablets, computadores já são utilizados a todo momento. Mas será que as

escolas melhorariam seu ensino com o uso moderado da tecnologia?

As escolas atuais têm o ensino muito semelhante ao de décadas atrás, algo que

deveria ser mudado. Algumas escolas já estão começando a introduzir a tecnologia

em seu ensino, pois estão tentanto acompanhar e se aproximarr dos estudantes,

assim os resultados são extremamente positivos. Seu uso proporciona inúmeras

vantagens, tais como: maior rapidez na comunicação, número grande de informação

e velocidade em aprendizado.

Em consequência de tais fatores, os alunos aprenderiam mais conteúdo e em

menor tempo, pois estariam mais focados porque é uma maneira mais legal de

aprender, mas também há algumas desvantagens como informação errada, falsa e

perda de concentração.

Isso, algum dia, vai se tornar realidade, mas quanto mais rápido, melhor. Deveria

ser colocada aos poucos para os alunos irem se acostumando e não

se distanciarem da educação.

Alberto N. dos Santos

Se esse sistema entrar em vigor na mairoria das escolas do país, o nível de ensino

e a qualidade da educação mudariam definitivamente. Além disso, haveria uma

melhora significativa nos índices de escolaridade e até mesmo na vontade dos

jovens de aprender. Se a escola oferece uma boa proposta envolvendo um sitema

com o qual o estudante já está acostumado, certamente ele se interessaria, e muito,

por tal proposta, dedicando-se ainda mais aos estudos e aumentando a satisfação

com o sistema de ensino.

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A internet é algo insdiscutível nos dias de hoje, pois todos nós sabemos que é algo

presente em nossa rotina, mas já imaginou ela sendo utilizada na educação

brasileira?

O uso da tecnologia na educação brasileira traria muito mais facilidade. Alguns

aplicativos estão sendo utilizados em alguns colégios particulares como o Geekie,

Ed Modo e Photo Math. Tais materiais são ferramentas que auxiliam em sua lição de

casa. O uso da tecnologia pode ser proveitoso no uso interativo dos conteúdos,

fazendo com que o aluno adote uma postura mais participativa.

Ana Beatriz Marques Vitório

O USO DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Nos EUA, estudantes do ensino fundamental criaram seu próprio anuário digital.

O uso dessa grande evolução tecnológica, em excesso, nem sempre é bom. Por parte

da educação, não seria utilizada em excesso.

Não restam dúvidas sobre a presença da tecnologia no dia a dia dos jovens, mas

os jovens são outros, e os professores e coordenadores precisam mudar para

acompanhar essa mudança.

Ensino Médio1sériea

Cinthia

Rodrigo

Ana Laura

Elisa

Maria Júlia

Pedro

Ana Carolina

Ana LuizaNeemias

Mariana

Giovanna

Débora

Ana Beatriz

Ensino Médio1sériea

Criar interesse e conscientizar soluções para melhorarmos a vida do

nosso planeta gerou produções incríveis. Esse é o nosso objetivo. Esse é o

nosso maior orgulho. Observar que nossos alunos estão atentos aos

problemas atuais. Parabéns a todos!

A proposta é direcionar nossos alunos a um olhar mais crítico dos

problemas do nosso mundo para entenderem que é preciso tomar algumas

atitudes coerentes. E, para agora.

Para produzir o gênero dissertativo-argumentativo procuramos

discutir e pesquisar temas atuais e tentamos achar soluções.

O despertar do pensamento e o vislumbrar das possíveis soluções é algo

encantador. Fazer parte e descobrir que todos somos parte desse planeta e

temos o dever de deixá-lo melhor para as futuras gerações é muito

importante.

Três temas foram muito importantes nesse começo de ensino médio: A

situação do lixo no Brasil, as pichações de rua e o uso da tecnologia aliada à

educação.

Professora Maria Cristina Peixoto

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O lixo jogado de forma indevida nas cidades promove também um visual sujo e de

aparência desagradável.

O governo também terá que fazer sua parte, destinando por exemplo, uma

porcentagem dos impostos, que são pagos pelo cidadão, em usinas de reciclagem

mais modernas, gerando inclusive, mais empregos, alé de divulgação de campanhas

intensivas nas mídias, promulgação de disciplinas em escolas voltadas totalmente

para o meio ambiente e a implantação de caminhões em todo país para o

recolhimento de produtos seletivos.

O NOSSO LIXO DE CADA DIA

Com essas pequenas ações, todos os brasileiros seriam

beneficiados e a natureza seria mais limpa.

Maria Júlia de Pádua

Geralmente, o lixo doméstico, como garrafas plásticas e restos de alimentos, são

levados para aterros sanitários.

O Brasil produz cerca de 387 quilos, por ano, de lixo por habitante, número muito

parecido com outros países. Mas, no Brasil, 58% do que é coletado não é destinado

corretamente, gerando grandes problemas ao país e ao meio ambiente.

A consequência desse ato é extremamente perigosa, pois, com a fermentação da

matéria orgânica, juntamente com o plástico, produzem-se o chorume e o gás

metano, perigosamente poluidores para o meio ambiente.

Grande parte desse lixo produzido também vai parar nas ruas, o que levará ao

entupimento dos bueiros, que, por não poder escoar água em chuvas fortes,

ocasionam as enchentes, alagamentos dos rios e córregos, perigosamente

alastrando doenças para a população.

Uma das maneiras de resolver esse problemão seria educar a população sobre

como reutilizar o lixo doméstico, por exemplo, transformando restos orgânicos,

como casca de frutas e verduras e pó de café coado em adubos.

A visibilidade para o resto do mundo seria muito melhor,

criando exemplos para todo o planeta.

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Em 1785, o químico Lavoisier disse a famosa frase: “nada se cria, nada se perde,

tudo se transforma”; e essa ideia é adquirida até os dias atuais.

O DESCASO DO LIXO

O homem modifica o ambiente no qual vive para passar a atender as SUAS

NECESSIDADES. Todavia, toda ação possui suas consequências, neste caso, o

problema é a grande quantidade de resíduos jogados na natureza.

A população brasileira cresceu cerca de 6% entre 2003 e 2014, porém o resíduo

gerado no mesmo período teve sua quantidade aumentada em cerca de 29%,

segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e

Resíduos Especiais (Abrelpe). O incentivo ao consumo, por parte da população,

aparece como o maior pretexto dessa diferença.

Assím, a vida ficaria mais sustentável e cada

cidadão brasileiro contribuiria para seu patrimônio

principal: o planeta Terra.

O lixo é um dos problemas enfrentados pela sociedade brasileira, já que esta

produz dejetos como país de primeiro mundo e os descarta como uma nação pobre.

Todos os dias, toneladas de lixo são descartadas em inúmeros lugares, mas nem

sempre isso ocorre de maneira correta, pois, muitas vezes, são descartadas em

lixões a céu aberto, por exemplo.

O descarte incorreto de resíduos gera efeitos fatais para o meio ambiente. Vários

indivíduos jogam todo tipo de lixo nas ruas, o que pode facilitar a proliferação de

insetos e ratos que, consequentemente, pode levar à leptospirose e a outros

problemas graves de saúde. Desse modo, métodos de melhora para essas

circunstâncias foram pensados, como as lixeiras próprias para cada tipo de resíduo

em alguns locais públicos, mas, como são encontradas em poucos locais, muitos até

desconhecem esse procedimento.

Com isso, é necessário que parta do governo iniciativas, como

aplicações de multas pesadas para quem jogar lixo nas ruas,

disciplinas obrigatórias sobre o meio ambiente nas escolas,

cursos técnicos de desenvolvimentos sustentáveis, incentivo à

produção de carros elétricos com custos mais baixos e

muita informação colocada nos meios sociais. Além

disso, cada estado poderia expandir um conhecimento

obrigatório para população, sobre o destino correto de

cada objeto descartado e sobre seu reuso.

Ana Beatriz de Morais Souza

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PARA ONDE VAI O LIXO?

Essas iniciativas, no entanto, esbarram em hábitos culturais muito arraigados.

Todos vivem em uma civilização do consumismo e do desperdício, motivados por

propagandas com interesses econômicos das grandes indústrias.

Neemias Batist Pains

São grandes os problemas gerados pelo lixo que todos produzem diariamente. A

quantidade é imensa. Atualmente, costuma-se dizer que os resíduos podem ser

solucionados a partir da regra dos quatro R: reduzir, reutilizar, reciclar e repensar.

Ao mesmo tempo, a questão implica também a melhor utilização dos diversos

objetos que as pessoas usam diariamente, como casca de ovos, frutas e legumes.

Estes, quando triturados, são excelentes adubos para plantas em vasos e jardins.

Da mesma maneira, nunca se deve utilizar só um dos lados de uma folha de papel.

Um brinquedo velho pode ser doado para uma criança, além de roupas. Isso já

ajudaria a dar um pequeno passo para uma contribuição sustentável.

Reduzir e reutilizar são soluções que acontecem quase paralelamente. Trata-se

da redução da quantidade do lixo produzido, principalmente, evitando os produtos

descartáveis, como plásticos, isopores (grandes vilões que levam centenas de anos

para se decomporem) e dando preferência aos que podem ser reutilizados.

Na verdade, o marketing moderno começou a desenvolver até um conceito pouco

discutido, o de obsolescência programada, que significa justamente criar coisas que

rapidamente se tornem ultrapassadas e que precisem ser substituídas por modelos

mais recentes.

Cabe à população criar consciência de consumo e ver se algo é realmente

necessário e, então comprá-lo, ou não.

Hoje todos não podem se dar ao luxo de se comprometer

somente com o acúmulo do ter. Porém, hoje “o menos é mais”.

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Elisa Pires

Cheiro, poluição, enchentes, pragas indesejadas... Essas são apenas algumas das

consequências provenientes do mau descarte do lixo.

No Japão, certas cidades possuem depósitos onde o lixo é separado em duas

partes: a orgânica e a reciclável. Na orgânica, eles são queimados; já na reciclável, os

materiais são separados manualmente, pois vêm limpos e secos. Os depósitos

recebem caminhões de toda parte, gerando um total de 400 toneladas por dia.

O importante seria conscientizar a população a apoiar essa

ideia e criar um hábito no seu dia a dia.

O que parece estranho é que, de acordo com a ONU, São Paulo é a 5ª maior cidade

do mundo, junto com as cidades de primeiro mundo, Tóquio e Nova York, com as quais

anda lado a lado em nível de produção de resíduos, porém fica bem abaixo na hora de

descartá-los.

LIXO NO BRASIL

Tudo isso afeta diariamente não só a vida urbana como também a rural. Na cidade

de São Paulo, a exemplo disso, o Rio Tietê vem se poluindo desde a década de 20, pois

foi submetido a receber esgoto de toda uma cidade e até hoje não se recuperou.

Já no Brasil, é extremamente raro encontrar as medidas mais simples: locais de

coleta seletiva. Aqueles que se preocupam com o meio ambiente acabam sendo

obrigados a procurar lixeiras próprias para descarte.

As pessoas bem intencionadas, muitas vezes, não percebem que, mesmo

reciclando seu lixo e deixando separado do lixo orgânico, ele é reunido novamente,

pois os caminhões de limpeza da cidade misturam tudo, deixando para os catadores

a função de recolher o lixo reutilizável.

Como não é possível que aconteça uma redução de produção de lixo do Brasil, a

melhor solução seria usar um método igual ao do Japão, com lixeira para a coleta

seletiva nas ruas.

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Apesar das diversas campanhas, criadas para diminuir consideravelmente esse

tipo de problema, parece que o brasileiro ainda não se deu conta do que está

acontecendo com o planeta.

Pequenas más atitudes contribuem para esse panorama cruel que todos os

brasileiros vivenciam.

TODO LIXO É LIXO?

Realmente é assustador.

O consumo exagerado de qualquer produto, acompanhando, compulsivamente,

o mercado de eletroeletrônicos, está se tornando um grande problema na hora de

descartar o velho produto.

Se não houver uma postura diferente da população, a situação só tende a piorar.

Com pilhas de lixo a céu aberto, com a queima desses produtos e com a produção de

gases maléficos na atmosfera agravando o efeito estufa, estará cada vez mais

próxima a extinção de diversas espécies, além da intensificação de problemas

respiratórios nos seres humanos.

O problema só poderá ser resolvido por meio de uma educação

que aborde esse assunto para todos, com esclarecimento de

dúvidas e com investimento.

Porém, todos esses itens são perfeitamente reutilizáveis, se forem descartados

de maneira correta.

Rodrigo Cuencas e Ana Laura Rodrigues

Quando se trata do consumismo exagerado é inacreditável o seu alcance. E quem

paga a conta é o meio ambiente.

As pessoas sempre têm que ter em mente: não é apenas um saco de papel jogado

no lugar errado, mas sim o seu período de decomposição de até três meses. Uma

latinha de alumínio demora no mínimo cem anos para se decompor; a sacola plástica,

trinta a quarenta anos e o vidro, quatro mil anos.

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É importante destacar que o vandalismo é um dano causado a

uma propriedade alheia, seja essa pública ou privada. Ainda

que nas ruas de uma cidade, grafites e pichações

ofereçam um clima modernista para chamar atenção

das pessoas, é considerado pela lei um crime.

VANDALISMO OU ARTE?Mariana Martins Gouveia

Um dos assuntos polêmicos discutidos, atualmente, é a pichação. Desenhos ou

escritas feitas em diversos lugares como muros, paredes, entre outros. Dependendo

do tipo de pichação, pode ser até mesmo considerada um crime. Mas, na realidade, é

uma forma de expressar emoções ou até mesmo indignações a

respeito de alguns assuntos pessoais ou sociais.

Muitas pessoas defendem que esse tipo de arte.

Quando bem intencionada, só traz benefícios ao local ou

à cidade, atraindo admiradores de toda a parte. As

cores sobrepõem ao cinza das grandes cidades e dão

graça. Alguns grafiteiros, inclusive, são chamados ou

pagos para fazerem seus desenhos criativos e dar

o u t r o s e n t i d o à c i d a d e , d e i xa n d o u m c e n á r i o

completamente mais atraente.

Mas, para que isso aconteça, de modo que aumente a concentração e o

conhecimento, é necessário a utilização consciente do que está sendo oferecido em

rede. O educador precisa ficar atento ao que passará aos alunos, pois, além das aulas

se tornarem mais dinâmicas, o estudo se torna algo interessante e motivador.

Novas tecnologias foram implantadas nas escolas nessa década e o resultado

tem sido muito positivo e juntamente com as aulas. Os aparelhos tecnológicos

tendem a atrair mais o aluno, estimulando sua capacidade visual, sonora e seu

raciocínio a uma situação proposta.

Pesquisas feitas por instituições americanas revelam que a sala de aula se

manteve igual por décadas, enquanto tudo evoluía ao seu redor. Logo, esta

precisava tirar o atraso e acompanhar tal evolução.

TECNOLOGIAS ATUAIS PARA TECNOLOGIAS FUTURASCinthia Beraldo Orneles

A tecnologia digital está presente na vida de uma criança do século XXI bem

como uma bola ou uma boneca que estava presente na vida de uma criança de

séculos atrás. O primeiro contato com aparelhos eletrônicos acontece enquanto se

é criança. E impressiona. Os dedinhos correm pela tela com muita facilidade; é

intuitivo. A tecnologia se faz muito presente no dia a dia das pessoas atualmente.

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Com base nos argumentos apresentados, é possível concluir que nenhum dos

pontos de vista estão totalmente errados. O importante é saber balancear, escolher

o momento e o local apropriado para manifestar a sua arte.

E esse tipo de forma de expressão deve, sim, ser incentivado, mas em locais

legalmente permitidos. Dessa forma, só restarão benefícios e todos ganharão com

uma cidade mais alegre e colorida sem incomodar ninguém.

QUAL É O LIMITE?

Hoje, tal arte é considerada, por muitos, como forma de expressar sentimento.

Giovanna Almeida Caffaro

Forma de expressão, decoração, vandalismo. Atualmente, nas ruas de São Paulo,

o grafite pode ser considerado de muitas formas diferentes, dependendo do ponto

de vista.

Há quem defenda-o como forma de expressão, considerando a arte das ruas,

como contribuição para a arte contemporânea. “Os muros das cidades são

oportunidades para expressarem, protestarem, ou simplesmente comunicarem

algo. Eles são os fios condutores para aqueles silenciados pelo cinza da cidade”.

Assim, eles definem sua arte e seu ofício de grafiteiro, como o artista Jefferson

Juliano Gomes.

Esse é um assunto muito delicado porque, na maioria das vezes, ela é feita em

muros de propriedades privadas, o que pode não ser bem visto. Por isso, a lei

brasileira considera como “pichação” qualquer manifestação que

cause dano ou estrague o meio ambiente e o espaço urbano.

Concluindo, cada um enxerga a arte como vê o seu próprio

mundo. Pode ser vandalismo ou expressão.

Cultura ou desconhecimento.

São críticas contra o modo das pessoas atuarem na sociedade. Mas, muitas

vezes, essas formas de expressão não são sempre amistosas, gerando um grande

incômodo para a população.

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O graffiti é considerado uma forma de arte contemporânea, visto geralmente nos

muros das ruas e em paredes nas cidades. Mas ainda é muito confundido com a

pichação, o que cria um esteriótipo a essa forma de expressão artística,

caracterizando-a como algo marginal.

Ana Luiza Saboia Campos

A arte de “grafitar” vem sendo cada vez mais reconhecida. Geralmente, as

pinturas possuem dimensões políticas, ou seja, fazem críticas e reflexões sociais.

Porém, existem artistas que prezam pelo prazer estético das obras. Essa forma de

expressão por meio da arte é mais comum nas grandes cidades e, em diversas

ocasiões, as pinturas são danificadas pelas pichações.

A “NOVA” ARTE NAS RUAS

O ato de “pichar”, segundo o dicionário, é o ato de escrever ou rabiscar sobre

muros, fachadas de edifícios, asfaltos ou monumentos. Pichação, assim como o

graffiti, é uma forma de protesto, entretanto, o que os difere é o fato de um ser legal,

(ou melhor, o proprietário do local concedeu a autorização) e o outro ser feito na

clandestinidade.

Com essas inúmeras informações, o graffiti vem ganhando olhares de

reconhecimento, mas que ainda reservam alguns preconceitos, confundindo com

artes que ainda poluem as cidades. Ele, com certeza, é uma nova forma de

manifestação que ganhará, sem dúvida, um lugar especial na história da humanidade.

Esse fato traz consequências muito adversas para

quem mora nos arredores dos lixões. Além de

contaminar a natureza, é um chamativo para ratos,

insetos e moscas.

NEM TODO LIXO É LIXODébora Galvão Heim

Sujeira, mal cheiro e poluição visual. Essas são apenas algumas das palavras que

poderiam ser usadas para descrever a situação do lixo no Brasil.

Muitas doenças estão direta ou indiretamente

ligadas ao lixo. Desde diarreias a leptospirose, não só

devido ao contato e ou ao cheiro, mas, principalmente,

quando acontecem enchentes.

O descarte feito para o lixo, infelizmente, é feito por meios

inadequados.

Segundo uma reportagem do canal G1, da rede Globo,

mesmo após a criação da lei que determina o fim dos

lixões a céu aberto no país, ainda são despejados mais

de 30 milhões de toneladas por ano dessa forma.

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Atualmente, a tecnologia ocupa um grande papel dentro da sociedade.

Praticamente todos estão envolvidos com algum tipo de aparelho tecnológico,

desde o mais simples até o mais complexo. As crianças já nascem com celulares nas

mãos e, logo nos primeiros anos de vida, o dominam. Para conseguir conviver em

harmonia com a tecnologia, a sociedade deve fazer algumas mudanças dentro de si, a

começar pelo berço do saber, a escola.

Os alunos de hoje não são os mesmos que há dez anos. Logo, o jeito de ensinar não

pode ser igual ao da década passada. Ao invés de tentar combater as novas

tecnologias, professores e coordenadores deveriam agregá-la aos estudos,

tornando o ensino mais inovador. Isso deverá ocorrer logo que a criança entre na

escola, pois será uma ferramenta de estímulo e facilitadora. Por meio dela poderão

ser usados jogos que estimulem o raciocínio dos mais novos. Videoaulas,

apresentações de trabalhos, filmes e documentários e até

discussões interativas em tempo real com outras instituições ou

com autores serão de grande importância.

Ana Carolina Caparroz

EDUCAÇÃO MODERNIZADA

Por fim, pode se dizer que: a tecnologia incorporada às

escolas de forma correta e com supervisão será muito

vantajoso. Os profissionais da educação deverão saber

direcionar os programas, mantendo sempre ajuda de

um profissional da área tecnológica para serem

atualizados e, assim, juntamente com o conteúdo a ser

aprendido, as aulas serão bem mais produtivas e

motivadoras.

O importante é começar já. O planeta não pode esperar mais!

Para que realmente exista uma mudança de situação, é necessário que o governo

esteja engajado a produzir campanhas à população, para reduzir o volume do seu lixo

e para reutilizar o máximo possível sem desperdícios. Pode-se reutilizar cascas de

verduras e frutas para compostagem feitas nos próprios domicílios para servir de

adubo para plantas. Além disso, objetos pesados deverão ser recolhidos por

empresas da própria prefeitura para não serem jogados em qualquer lugar. Essas

atitudes não terão resultados imediatos, mas definitivamente melhorarão a vida das

futuras gerações.

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TECNOLOGIA NA DOSE CERTAPedro Ueda

A tecnologia está presente no cotidiano de mais de sete bilhões de cidadãos de

todo o mundo e, muitas vezes, acaba facilitando situações que, há cinquenta anos,

seriam mais burocráticas de se resolver. Portanto, essa ferramenta é como um trem

abstrato que transporta mensagens, informações e vídeos em uma velocidade

surpreendente. Todavia, como se deve aplicá-la junto à educação?

É fato que ela tem influenciado os métodos de ensino que estão se

desenvolvendo à medida que esta vem evoluindo. Em algumas escolas brasileiras, já

existe o uso de projetores em salas de aula, bem como o uso de aparelhos eletrônicos

para realizar pesquisas e apresentar trabalhos. Isso tem sido de grande vantagem

para melhor intensificar o ensino, pois acaba dinamizando o processo de

aprendizado e aumenta a capacidade de assimilação de conteúdo por parte do aluno.

Porém, em algumas instituições de ensino ainda não há essa disponibilidade

tecnológica e muitos estudantes perdem essa oportunidade de aliá-la ao ensino.

Em suma, a tecnologia é uma ferramenta facilitadora em muitas situações

cotidianas, mas deve ser usada de maneira correta para acrescentar conhecimento.

Para isso, aulas de como usar essa ferramenta já é um bom começo. Também o

governo deverá proporcionar a todas as escolas da rede municipal, não só

computadores, mas também um sistema de rede eficiente.

A tecnologia é um auxílio que deverá ser usado com equilíbrio e ser uma parceira

constante da escola para alunos e professores, gerando um ensino mais motivador,

atual e atraente ao aluno.

Ensino Médio2sériea

Ana Beatriz

Stella Giovanna

Nicollas

João Victor

Guilia

Melissa

Carolina

Victor

Lays

Alessandra

Júlia

Ana Carolina

Eduardo

Luísa

Matheus

Ian

Pedro

Ana Beatriz

Júlia

Ana Luiza

Lívia

Luana

Ensino Médio2sériea

Professora Maria Cristina Peixoto

Orgulhosa de todos vocês! Que venham mais produções assim!

A ideia surgiu de uma notícia que abalou o Brasil inteiro: Intervenção

Militar no Rio de Janeiro. Logo, a música do autor Gabriel, O pensador veio à

tona. Debates, pesquisas e aprofundamento de todo um contexto histórico-

social do nosso país. Não deu outra: fazer um Rap com direito à apresentação

com musicalidade.

Através da música, aprendemos a nos conscientizar dos problemas

atuais e podemos refletir de maneira lúcida, sobre os fatos que contaminam

os noticiários do país e do mundo.

Foram produzidas composições críticas e muito interessantes. O nosso

aluno possui um olhar diferenciado e com muita propriedade em achar

soluções. Foi emocionante vê-los apresentarem suas ideias. Isso só mostra

que nossos jovens são criativos e sabem colocar toda essa criatividade

dentro de um gênero textual.

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Aviso os entendidos que aqui

DIGA NÃO À CORRUPÇÃO

Quer conhecer o Rio de Janeiro?

é o melhor roteiro

E aí brasileiro, como vai você?

Boa comida e samba o ano inteiro.

Stella Maria Margarita La Regina

Os crimes aumentaram

Que deixou todo ele feio.

Mas nem sempre foi assim

E o Rio sai ganhando!

Com a dor do cidadão.

A pobreza também

E tudo virou pesadelo.

Violência nem se fala

Foi necessário os militares

É o que todos precisamos

Achou que todo dinheiro era só seu

Esse é o lado ruim

Agora muito tráfico e tiroteio

Muito disso aconteceu

Reputação foi pro além.

Respeito e educação

Diga não à corrupção

Intervirem com suas funções

Mas nunca acabarão

Por conta do governo

Pra família, cesta básica não vai rolar

Que paguei de janeiro a janeiro

Intervenção militar

Continua a lucrar

Se fazem de escudo

Júlia Sarkisoff e Luísa Kyrillos

PALAVRA DURA, VERDADE PURA

Veio pra acabar

Mas o tráfico na favela

Por onde ando, tiro escuto

As mães, pra protegerem seus filhos,

O dinheiro do imposto

Queria usar pra viajar

Um tal de Pezão

Do povo carioca

Decidiu fazer uma excursão

Na casa do povão

A decepção...

Mas um político veio pra roubar

Por toda Rocinha, Copacabana e Leblon.

Cadê a ação?

Enquanto isso,

Que não pensou na situação

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TREINAMENTO DA SWATMatheus Zagari Guida e Pedro Almeida Gil

E isso não parece uma cidade

Aí você para pra pensar

Cadê o prefeito para nos ajudar?

O carnaval chegou e as

Escolas de samba não gostaram

O prefeito se mandou e a

Verba eles cortaram

A minha opinião continua diferente

Da violência e do vício

Pavão de ala confundindo bala

Tá mais parecendo um treinamento da SWAT

Com fogos de artifício

No Rio de Janeiro tá morrendo muita gente

Policial fazendo troca com bandido

Festa de carnaval

É isso que acontece num estado falido

Rio de Janeiro dominado por gangues

Lá só se escuta tiroteio, mortes e sangue!

Lays Trentini e Lívia Affonso

O carioca é povo alegre que tem brilho,

Mas o inimigo quer matar a nascente do teu rio

Tua beleza atrai turistas de todo o mundo

E o que vemos são meninos e meninas com AR-15

Na tua praia, na tua avenida

Há crianças que ainda morrem de balas perdidas

BALA PERDIDA

E agora exército armado

Uma população com olhares desesperados

Tráfego de drogas e muito samba ao tiroteio!

Angustiando um povo inteiro

Outra cova foi criada!

Na louca violência urbana, mães perdem seus filhos

Um estado confuso e desestruturado

Fazendo o rap mais uma vida foi tirada

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SONO PERDIDO

a insegurança toma conta

É comum infelizmente

Está por um fio

Na cidade do Rio

“últimas notícias: balearam outro civil”

A violência amedronta

E a situação é fatal

Na cidade maravilhosa,

Desconhece a verdade

Ninguém dorme à noite

Da vida frustrante

Da história do Brasil

O Rio de janeiro carrega as sequelas

Guilia Rasoppi e Melissa Sunahara

Todo dia no jornal

Você viu que a capital

Uma história diferente,

Mas morte acidental

Tanta gente ignorante

Que vive a comunidade.

VIOLÊNCIA QUE NÃO ACABA MAISAlessandra Mesquita e Ana Luiza Garcia Jaess

E, nos bailes funks,

Filhos sem pais

“rola” pelas ruas

uma mancha de sangue

Matam crianças inocentes

E Deus onde está?

Pessoas de bem

Garotas quase nuas

Argumentos dos bandidos

Enquanto balas perdidas

Por isso é cada um por si

Há muitas vidas lá

que não apaga nunca mais

Vão ser o que mais tarde?

Mortas por um covarde

Não são convenientes

O tráfico de drogas

da criminalidade

Eu mando uma rima

A vida no Rio de Janeiro

Moradores não podem sair mais

A vida lá é dura

Meio improvisada

E assim, são respeitados

fortemente armados

Não é mole não!

Na favela e na cidade

E vim pra te conscientizar

Traficantes poderosos

Para eles é a forma

Sobre uma parada

Tudo por causa

Nem pra comprar pão.

puxam o “cão” sem pensar

mais simples e eficaz

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Os gringos passavam no calçadão com um sorriso no rosto

Tudo se resume em tráfico, droga e morte!

Acabaram com a cidade, tudo virou revolta,

Antes tinha até luxo, tudo maravilhoso

Garota de Ipanema agora não existe

Agora só tem morte, tiro pra todo lado.

TRATADO DE GUERRA

Tai, meu parceiro, agora vó te falar

A cidade maravilhosa não é mais um lar.

E quem vai sustentar o turismo?

Até o Cristo Redentor tá fugindo disso

Até as forças armadas estão indo pra esse combate

Começaram uma guerra que o fim não se vê mais

O estado só roubando, aí não vai ter verba

O povo tá cansado dessa depravação, até o carnaval não tem folia e alegria

Como fica o povo no meio dessa tragédia?

Tá tudo diferente, agora ninguém tem paz

Como fica a renda? Se tudo agora se tornou briga e violência?

Ana Carolina, Gabriela da Cunha Sales e Júlia Machado

CICATRIZAna Beatriz Bartoli e Luana Eissencraft

Que nunca esquecerei.

E todo mundo culpa o PRB.

Que escorrem até o mar.

Finge que nada vê.

A família destruída

Carnaval não vai pular

O morro escuro,

Por onde caminhei

Deixou cicatrizes

Lágrimas de sangue

No tiro sob o luar.

O amor que acaba

O Marcelo Crivela

E a garota de Ipanema

Continua a chorar.

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Agora, quem será o próximo eliminado?

As facções armadas que vem polícia militar.

População presa atrás da cela de canil

Só falta agora estourar nova guerra civil.

Onde arma é maior que todo tipo de crença.

No bloco de carnaval, geral mexendo o quadril.

CAOS DE CARNAVALEduardo Garcia e Ian Yamin

O prefeito cortou a verba e fugiu.

Data de folia e curtição no Rio,

No bloco de marginal, geral mexendo com o fuzil

O último bloco tá chegando pra estourar,

As cabeças daquela gente que só quer guerrear

Tem que ter garra e coragem pra viver e enfrenta

População, não se preocupe, passa na TV

A programação é normal, continuando o BBB.

Será a dona de casa ou o marido desempregado?

Data de guerra e desastre à terra do Rio,

Previsão: chuva de bala por todo o Brasil!

O medo desde cedo leva à violência,

Assassinato sinal de violência,

É o que salva para quem perdeu a consciência.

Arma de tráfego é de alta qualidade,

Arma de oficial já perdeu a funcionalidade.

Arma de tráfico é usada como esporte,

Mas arma de oficial julgada causa morte.

Ao final desse rap, o bandido fugiu

Mandando a justiça pra...bem longe. Partiu!Colégio Dom

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PROTEÇÃONicollas Tanaka e João Victor Castanhola

Apenas o tempo saberá contar!

A violência só vai aumentar

Peço ao Cristo Redentor,

O número de mortes vai crescer

Depois de muito rezar,

E ainda com a intervenção

essa é a realidade infelizmente

Uma bala podemos levar

Isso não vai acabar rapidamente

Que nos proteja, por favor!

E mais inocentes vão morrer

Até quando isso irá durar?

Um lugar sem igual

Rio de Janeiro

Com o abandono

De seu governador

O Rio está dominado

Por muitos traficantes,

E agora tudo mudou

Muito bonito

Deviam ter pensado

Porém esse lugar

e evitado isso antes

O que o povo sente

Beleza sem igual

Foi dominado por bandidos

É só bala e dor

É medo e pavor

E agora, com o exército nas ruas,

Fica ligado, povo,

Pois o perigo é evidente

Porque vão bater de frente

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Essa é uma guerra de favela

Enquanto o governo

Vidas inocentes são tiradas

Uns querem fugir sem ter

Vão nos enganar

Sensibilidade

Aonde ir

Enquanto o militar diz

Nessa guerra civil onde já se viu

Matar, matar é o que faz

Da Intervenção militar!

À cidade.

E mesmo sem lucrar, ainda

Para quando a poeira abaixar

Só podem atirar.

Outros querem cessar, mas

Não dará mais para voltar.

Aproveita para lucrar

Dois lados da mesma moeda

O militar.

E sendo inconscientes caem

Na cilada,

Criadas na miséria sem

Mal sabem que eles dão vida

“vagabundo tem que matar”

Famílias inteiras são postas a chorar

Viajando e ignorando está o governo do Rio.

Os dois lados viram moeda

Moeda essa que usam para

E, nessa guerra de favela,

Trocar,

Na maioria das vezes,

GUERRA DE FAVELACarolina Parra e Victor Gouvêia

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É o fim do devaneio.

Assim como as balas, o país está perdido

Em meio ao tiroteio

Estudantes mortos por meliantes

Gente trabalhadora

Há inocentes civis

Que acorda muito cedo

Certeza que o Rio continua ainda lindo?

O RIO DE JANEIRO CONTINUA LINDO

Mas são impedidos por metralhadoras.

Ana Beatriz e Giovanna Torelli

Silenciados pelo medo

Ver um conhecido, caído no chão

Pessoas descontroladas por aqueles no topo do morro

Quem são os verdadeiros bandidos?

Culpa de um traficante com uma arma na mão.

Metidos cidadãos todos sem rumo, perdidos.

Os das favelas ou do planalto do distrito?

Intervenção acontecendo

Policiais se metendo

Os indefesos morrendo

E o inferno crescendo.

Ensino Médio3sériea

João Pedro

João Pedro

Isabella

Luca

Guilia

Sarah

Ensino Médio3sériea

Professora Maria Cristina Peixoto

No final do Ensino Médio, as propostas de produção são voltadas ao

aspecto crítico de temas polêmicos da atualidade. O mundo gira em torno de

Enem, vestibulares e de novas mudanças na vida de cada um.

A postura argumentativa é explorada ao máximo nas produções. Um olhar

diferenciado à problematização de vários assuntos tratados em classe,

geraram construções linguísticas mais elaboradas e, consequentemente,

com um vocabulário mais preciso.

Das provocações filosóficas aliadas à contemporaneidade surgiram

produções muito bem feitas e objetivas. Nossos jovens estão preparados

para enfrentar um novo ciclo em suas vidas.

Os textos selecionados tiveram um olhar reflexivo muito expressivo ao

tema do Imediatismo.

Aproveitem a leitura, pois essa turma deixará saudades! Parabéns 3º Ano!

Estão prontos para voarem!

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João Pedro Simões

Logo, pode-se afirmar que é necessária a contenção urgente do imediatismo,

evitando ao máximo alimentá-lo, para que assim seja possível

melhor preparo para as gerações futuras. Uma solução

interessante seria que os órgãos públicos oferecessem

palestras gratuitas para a população em escolas, teatros e

comunidades. Por meio da mídia televisiva e da internet,

poderia haver campanhas divulgando crianças sendo

felizes com o que têm. Essas campanhas sempre

deveriam ser orientadas por especialistas para debates

(pedagogas, psicólogas, psiquiatras). Estes mostrariam

situações que levariam ao público ideias de como fazer

com que essa nova geração seja menos vislumbrada

com o ter e mais com o ser.

As interações familiares mudaram drasticamente em meados do século XX e

início do XXI, em que pais mais restritos, que viam a frustação de seus filhos como

algo vital para o seu desenvolvimento, foram substituídos por pais que procuram

deixar seus filhos em sua zona de conforto, escondendo-os das coisas ruins (mas

naturais) da vida como ela é, privando-os de um amadurecimento adequado e

fazendo com que se tornem adultos desprovidos de paciência e incapazes de lidar

com as frustações. Isso, por sua vez, acarreta uma série de problemas graves,

levando-os à depressão, muitas vezes, na vida adulta.

IMEDIATISMO DO SÉCULO XXI

A sociedade do século XX foi marcada pela introdução de novas tecnologias que

resultaram em grandes mudanças nas relações sociais e na instituição familiar. Um

bom exemplo disso é o surgimento de um conceito capaz de expressá-las: o

imediatismo. Esse é um fenômeno muito presente no século XXI, que pode ser

elaborado por meio de duas coisas: a relação entre pais e filhos e a importância da

internet no cotidiano das crianças.

Além da família, a forte participação da internet no cotidiano da criança também

acaba alimentando a cultura do imediatismo. Isso acontece, pois, ao mesmo tempo

em que “tudo está a um clique de distância”, a criança se torna incapaz de esperar pelo

que ela quer. A tecnologia se torna, então, uma extensão do corpo do indivíduo e há

uma constante exposição deste à vida de outras pessoas, estas que possuem coisas

que acabam por passar de um a um, como uma epidemia, a qual resulta no imediato,

construindo-se assim, um dos novos pilares da sociedade moderna.

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Outrossim, é importante que as escolas (estaduais, municipais e privadas)

invistam em profissionais qualificados para abordar esse problema generalizado.

Palestras, trabalhos e participação dos pais nas escolas seriam um bom começo.

Sempre dando continuidade nas universidades, proporcionando material ou cursos

para incentivo comunitários, convidando pessoas para refletirem sempre sobre

esse mal do “agora” e a importância do bom senso e equilíbrio para

qualquer situação vivida, pois todos precisam ter a consciência de

dar o valor exato para a palavra chave: tempo.

Sarah Birenbaim Santos

Em um mundo globalizado de hoje, a dependência tecnológica vem sendo um

problema preocupante para alguns estudiosos. O eterno “presenteísmo” vivido

atualmente criou um conceito anestésico do instante prolongado, onde não se pensa

no futuro e o passado é inexistente. Esse conceito, inserido profundamente na

sociedade, acarretou na chamada cultura do imediatismo.

ATAQUE DO PRESENTE

Primeiramente, vale ressaltar a influência da mídia digital no agravamento dessa

cultura. Com o excesso de informações, houve uma mudança de comportamento das

pessoas nos últimos anos. A paciência, junto com o aprendizado emocional, foi se

extinguindo. O resultado? Uma juventude que não sabe nem lidar com suas

frustações, nem planejar, mantendo, assim, relações sociais frágeis e superficiais,

produzindo uma massa de indivíduos com distúrbios de transtornos de ansiedade e

de pânico.

Portanto, conclui-se que para amenizar o problema, é necessário ter outra visão e

atitude por parte dos adultos.

Em segundo lugar, é importante também ressaltar a influência que essa

juventude irá passar a gerações futuras, tornando-as mimadas e sem nenhum

amadurecimento, incapazes de lidar com a vida e seus inúmeros desafios.

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A FRUSTAÇÃO DA ESPERA

Sabendo que as novas gerações nascem muito impacientes a tudo, os pais

deverão entrar em ação logo no início de sua carreira paterna. Para não ter uma

criança cheias de vontades e querendo sempre algo “para ontem” a educação deverá

ter parâmetros nos limites. Impô-los, não é falta de amor, muito pelo contrário, é

preparação de um indivíduo para a vida e para saber como conquistar seus sonhos.

A grande causa da busca desenfreada por algo sem medir as consequências seria

a rapidez ao veloz acesso às informações que é proporcionado pela tecnologia e,

com isso, afetando diversas outras áreas da vida de uma pessoa, principalmente, nas

relações interpessoais.

Na atual sociedade, um dos grandes problemas vividos é o imediatismo. A

impaciência pela espera se torna algo incoerente e prejudicial à integridade mental

do indivíduo, causando frustações, estresse e muita ansiedade.

Portanto, desde criança, o indivíduo já é acostumado a ter tudo que quer e quando

quer. Apesar disso, as outras pessoas não têm nenhuma obrigação para com ele,

portanto, não necessariamente corresponderão às suas vontades.

Lidar com as frustações faz parte da vivência humana, e essa conquista gera

satisfação e o real o valor para as coisas.

O problema do imediatismo afeta a pessoa, a partir do momento em que ela é

introduzida na sociedade, e por ser algo tão enraizado na mentalidade dos outros, a

que os pais sentem-se obrigados, desde o nascimento de seus filhos, a providenciar

a satisfação de seus desejos o mais rápido possível.

João Pedro Herrero

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Em decorrência do ritmo acelerado do dia a dia, a sociedade vem adquirindo, cada

vez mais, um caráter imediatista, cultivando relacionamentos superficiais e ideias

fluídas, rasas, obtidas sem muita reflexão e exageradamente, sujeitas a mudanças.

Isabella Cristina Fabozzi

É necessário o desenvolvimento da paciência e de maior consciência para lidar

com os problemas e com as decepções do mundo de hoje, a fim de evitar que esses

cenários se perpetuem. Para tanto, no Brasil, o Ministério da Saúde deve intervir com

campanhas políticas de conscientização e de incentivo ao ingresso das pessoas à

psicoterapia e também deve aderir a uma luta contra o estigma e contra a concepção

errada do que é e como é esse tratamento, para começar a combater esse problema.

Ele poderá fazê-lo com a distribuição de cartazes em pontos estratégicos, como

corredores do metrô, paradas de ônibus, galerias. Além disso, pode investir em

propagandas nas redes sociais, mostrando os lugares em postos de

saúde para um tratamento gratuito.

Ademais, colocar em pauta a discussão do tema nas escolas,

por meio de trabalhos feitos pelos alunos, abordagens em

mostras culturais, pois juntos com família e com a escola já

terão um grande passo para ter mais consciência do

consumo.

IMEDIATISMOS E SEUS TRANSTORNOS

Sem o exercício do pensar e com a falta de tranquilidade e de tempo, a sociedade

também tende a criar expectativas ilusórias, que se chocam com a realidade,

trazendo muita frustação e angústia. Os problemas e os acontecimentos

inesperados não são enfrentados, e a soma de todas as situações não resolvidas é

uma das principais causas de tantos casos de transtornos psicológicos que têm sido

constatados.

No mundo globalizado de hoje, as redes sociais, os padrões impostos pela mídia e

a imensa quantidade de informações disponível pela internet fazem-se muito

presentes no cotidiano das pessoas e exercem grande influência sobre elas,

tornando-as mais suscetíveis a desenvolver depressão, ansiedade, hiperatividade e

vários distúrbios psicológicos.

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Esse já é um sério problema para as gerações atuais, pois não estão nada

preparadas para saber lidar com suas frustações. Não se dão conta de que a

capacidade de esperar é um aprendizado emocional muito importante.

Luca Maccioni Ferreira

Superar a cultura do imediatismo é desenvolver nas crianças habilidades de

consciência. É necessário também um exemplo vindo dos pais para que se espelhem.

A ARTE DE ESPERAR

Essas crianças não sabem receber um “não”, ganham tudo o que querem, a

qualquer hora. Quando crescerem, irão perceber que a vida não funciona assim, e se

tornarão adultos infelizes, frustrados, de mal com a vida e nunca saberão o valor de

vencer um desafio.

Essa cultura ao imediatismo envolve as pessoas de tal maneira que se quer as

pessoas se movem de seus lugares, ficando no sedentarismo da paciência e a

tolerância.

Antigamente, o exercício da paciência era praticado. A comunicação era

realizada com cartas e suas respostas demoravam a chegar. Havia tempo e sentido

para sua espera.

O “querer” imediato, na sociedade moderna, vem aumentando com o passar do

tempo. Com o avanço da tecnologia, as pessoas são condicionadas a serem

imediatistas, pois elas perderam o costume de esperar.

Hoje, as mensagens são enviadas de um lado ao outro do mundo, em questão de

segundos. Encontra-se de tudo na internet. Excessos de informações, opções de

lazer e compras virtuais são os motivadores de desejos da humanidade.

O indivíduo cresce por meio de condutas, criando em suas

mentes o saber esperar com o tempo.

Exercer a paciência, a tolerância ganhar algo por suas conquistas e valorizá-las

pelo esforço são praticas saudáveis e honrosas.

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UTOPIA TECNOLÓGICA

No decorrer dos últimos anos, a tecnologia evoluiu de uma forma quase

imensurável. Aparelhos foram criados e aprimorados com o intuito de otimizar e

facilitar a vida pessoal e pública. A área da comunicação foi uma das mais evoluídas e

por conseguinte, os dias que as cartas demoravam para serem entregues, por

exemplo, hoje, as mensagens são passadas em frações de segundos, possibilitando-

as fazer inúmeras atividades num mesmo período.

O excesso de estímulos proporcionou um ideal de ocupação de todo um tempo

útil visando à maior produção. Assim, aliada à tecnologia, surgiu a geração que não

sabe esperar por nada, pois o tempo é dinheiro perdido. Isso refletiu na família atual,

porque essa geração buscou a forma mais rápida e prática de criar suas proles sem

dar muitos problemas aos pais. Levam seu iPad para as crianças ficarem jogando em

um almoço de domingo, para que os pais possam conversar com outros adultos.

Guilia Moreti

Como isso é um problema atual e global, parece ser de difícil solução, mas é

dentro dele mesmo que se encontra um recurso viável. Pois, por meio da internet,

psicólogos especializados poderão contribuir com debates e com campanhas

espalhadas em pontos estratégicos, como em vias públicas, lojas, supermercados e

outros locais de maior circulação da população. Pode-se também realizar

campanhas que instruam os pais da melhor maneira possível como lidar com essa

situação. O governo destinaria uma parcela de recursos do Estado para cumprir o

seu papel. De maneira geral, os pais querem o melhor para seus filhos e precisam

apenas de um incentivo para perceber que algo precisa ser mudado em suas

relações. Ao educar propriamente esta geração, as próximas seguirão.

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Sinceros agradecimentos da equipe de Português aos colegas das

demais áreas do conhecimento e à equipe técnico-pedagógica, pela

presença constante e incentivo diário.

Assistente de Direção - Márcia Gavino

Mantenedora e Diretora-geral - Neuza Maria Scattolini

EQUIPE TÉCNICO-PEDAGÓGICA

Coordenadora Pedagógica (Fundamental II e Médio) - Lucienne Maria Buscariolli

Orientadora Educacional (Fundamental II e Médio) - Valéria Furtado de Alcantara Gil

Professora Gabriela Fonseca

Professora Rejane Loli Ruiz

Professor Cassio Laranjeira Pignatari

Professora Valéria Maceis

EQUIPE DE LÍNGUA PORTUGUESA

Professora Maria Inez Ferreira de Jesus

PARA QUEM LEVA A EDUCAÇÃO A SÉRIO E FAZ DA VIDA UM ETERNO APRENDIZADO

www.colegiodomus.com.br / www.facebook.com/colegiodomusDOMUSSapientiae

DESIGNER GRÁFICO - Silvio da Matta