Moodle - CNE - Corpo Nacional de Escutas

65

Transcript of Moodle - CNE - Corpo Nacional de Escutas

  • 1.1. O que vais encontrar aqui? ............................07

    .....................................................................11

    3.1. Que se espera de mim? .................................17

    3.2. O que tenho de fazer? ..................................17

    3.3. O que isto do escutismo? ............................20

    3.4. Como se organizam os Caminheiros? ............22

    3.5. Qual a mstica dos Caminheiros? ...................28

    3.6. Como vivem as actividades? ..........................36

    3.7. A minha vivncia no Cl ................................40

    3.8. Como escolho o meu percurso? .....................48

    3.9. Estou pronto para o meu compromisso? ........52

    4.1. O dia do meu compromisso ..........................56

    5.1. O meu percurso ............................................71

    5.2. ltima Etapa nos Caminheiros! E agora? .......74

    6.1. Acabei o meu percurso .................................94

    .....................................................................99

    7.1. O dia da minha Partida ...............................102

    7.2. E agora? O que levas? .................................108

    1.Introduo

    2. Regras

    3. Acolhimento

    Envolvimento

    4. Promessa

    5. Progresso

    6.Reconhecimento

    7. A Partida

    ndice

    FICHA TCNICA

    Ttulo: Caderno de Percurso - Caminheiros e Companheiros

    Autor: CNE Secretaria Nacional Pedaggica

    Reviso: CNE Secretaria Nacional Pedaggica

    Design Grfico: Joana Miguis

    Impresso: Tal simplicidade! - Publicidade, Lda.

    Ano: 2010

    Depsito Legal:

    ISBN: 978-972-740-166-6

    Edio:

    Corpo Nacional de Escutas

    Escutismo Catlico Portugus

    Apoio:

  • 4 5

    1 Introduo

  • 66 7

    Inseparvel. o que este caderno deve ser para ti. Estas pginas devero acompanhar o teu percurso, durante a vida no Cl. Tem informao sobre a Seco, mas existe sobretudo para ir sendo enriquecido com as tuas experincias, notas, recordaesMais do que um manual de Caminheiros, O TEU manual!

    O que vais encontrar aqui?

    O que ser Caminheiro?

    Os Caminheiros formam uma fraternidade do Ar Livre e do Servio

    Ser Caminheiro ser muita coisa e ter a humildade de ser quase nada. saber que se pode viver num livro de aventuras em cada dia. saber que a nossa vida uma estria de Era uma vez, em que o heri o Homem-Novo e onde, no final, h sempre o recomear de uma nova aventura.

    ser arteso de um Mundo Novo, forjando em si mesmo e nos outros uma nova mentalidade, aderindo a novos valores para viver o presente, construindo o amanh.

    Ser mais e no ter mais, o critrio das aces e o rumo da caminhada.

    O caminheiro peregrino num mundo de instalados, o seu lema servir e a sua felicidade passa por fazer felizes os outros.

    Ser caminheiro , sobretudo, ser feliz!V, aceita o desafio! Vem ser Caminheiro

  • 8 9

    2 Regras

  • 1010 11

    Como funciona?

    O Escutismo deve ser vivido como um jogo. Como tal, h regras tambm no Escutismo, que te ajudam a delinear o teu caminho e a jogar de forma igual e justa, para ti e para todos os que jogam contigo.

    O esquema que se segue retrata o percurso natural que cada Caminheiro percorre na IV seco. Cada uma das 4 etapas deste percurso ser explicada nos captulos seguintes mas, para j, repara no esquema que resumidamente te apresentamos, para perceberes de um modo geral como que todo este jogo funciona.

    Etapa da Adeso Caminho

    Nesta etapa do teu percurso, estejas tu a entrar para o CNE ou a entrar para a IV Seco, vindo dos Pioneiros, vais comear a perceber o que se espera de um Caminheiro. S assim poders jogar o jogoao mesmo nvel de todos os outros.

  • 1212 13

    Promessa

    Este um momento muito importante no teu percurso. Aps a etapa da adeso fase do Caminho , deves reflectir e

    ver se te sentes preparado para assumir o compromisso de seres Caminheiro do CNE. Colocar um leno ao pescoo pela primeira vez ou mudar de cor do leno , para cada um de ns, Escuteiros, uma marca na nossa vida.

    Etapas do Progresso Comunidade, Servio e Partida

    Em cada uma das trs etapas deste percurso, todo o Escuteiro deve crescer Fsica, Intelectual, Social, Afectiva, Espiritualmente e ao nvel do Carcter. esta a proposta do CNE, para todas e cada uma das etapas. E a proposta que te fazemos: seres mais e melhor e, sobretudo, seres tu a criar o teu prprio percurso.

    Desafio

    Nesta ltima etapa do teu percurso Partida , ser-te- proposto algo diferente: um Desafio de servio aos outros. Um projecto elaborado por ti, onde prestes um servio durante 3 a 6 meses, preferencialmente, fora do movimento.

    Cerimnia da Partida

    outro dos momentos importantes na tua vida escutista.Acabaste o teu percurso na seco e no Escutismo. Espera-se que

    estejas preparado para a vida adulta, apetrechado com as ferramentas e valores que foste adquirindo na tua passagem pelo escutismo e, principalmente, nesta seco dos caminheiros. Por isso mesmo, sers validado pelo teu Cl para assumires o teu papel na Sociedade.

    Poders continuar a dar o teu contributo para o movimento, enquanto Dirigente, ou ento optar por fazer caminho noutras direces.

    A ESCOLHA SEMPRE TUA!

    13

  • 14 15

    3 AcolhimentoEnvolvimento

  • 1616 17

    O que se espera de mim?

    Chegaste IV seco!

    O que se espera de ti que te empenhes e trabalhes para ser Camin-heiro. Deves tentar conhecer e entender como funciona esta Seco e, principalmente, o TEU CL. importante conhecer a sua histria, quem l esteve e quem l est, como funciona, as caractersticas que o tornam nico e diferente dos outros, dentro das semelhanas com outros cls de escuteiros...

    Ento, no fundo, o que se espera, depois de estares integrado al-gum tempo nesta seco, que saibas responder a algumas perguntas:

    Como se Organiza a IV seco? Quais os Smbolos e qual a Mstica dos Caminheiros? Conheces a vida de S. Paulo e do Patrono do teu Cl? J sabes trabalhar e viver em Tribo e no Cl? J conheces os objectivos educativos que te so propostos? Conheces o livro A Caminho do Triunfo? Sabes o que o PPV? J fizeste o teu? Sabes o que se espera de ti enquanto Caminheiro? Sabes a Lei e os Princpios?

    O que tenho de fazer?

    Ests a comear uma nova etapa na tua vida e no Escutismo, onde TU que escolhes como fazer o teu percurso!

    Depois de compreenderes o sistema de progresso pessoal e de conheceres os Objectivos Educativos Finais, escolhes o teu percurso, optando por aquilo que so os teus interesses e capacidades, seguin-do o caminho por onde achas que deves apostar para crescer mais e mais consistentemente.

    Deves assumir e cumprir as tuas escolhas, com o compromisso e com a Palavra de Honra de escuteiro, nunca esquecendo a Lei e Princpios do Escuta.

  • 1818 191918

  • 20 21

    O que isto do escutismo?

    O Escutismo um alegre divertimento ao ar livre, onde homens, rapazes e raparigas podem, em conjunto, entregar-se aventura como irmos mais velhos e mais novos, colhendo sade e felicidade, habilidade manual e esprito de auxiliar o prximo.

    O escutismo um jogo, uma viagem de descoberta, um modo de vida.

    O termo Escutismo acabou por assumir o significado de sistema de preparao para a cidadania, um movimento que pretende, pela vivncia com os teus pares, na Natureza, fazer-te despontar o esprito do ar livre, fraternidade e servio, melhorando o teu nvel de envolvi-mento e compreenso, preparando-te para seres um adulto autnomo e responsvel.

    um convite verdadeiro a substituir o egosmo pelo servio, tornan-do-te individualmente capaz, com o fim de aproveitares essa capacidade tambm para servir os teus semelhantes.

    A proposta de Baden-Powell que cada jovem agarre ele prprio a sua emancipao, que conduza e impulsione a sua prpria canoa.

    O Escutismo um movimento cuja finalidade educar a prxima gerao como cidados teis e de vistas largas. A nossa inteno formar Homens e Mulheres que saibam decidir por si prprios, possuidores de trs dons fundamentais: Sade, Felicidade e Esprito de Servio.

    O Escutismo ajuda a desenvolveres-te em termos afectivos, fsicos, intelectuais, sociais, espirituais e de carcter, atravs de actividades

    prprias, envoltas em imaginrios ricos e vivendo a mstica da seco, partilhadas em Tribo e Cl.

    O Escutismo proporciona-te assim uma educao global, de modo a ficares preparado para ser um cidado participativo e responsvel, na tua comunidade.

    O Escutismo Movimento Mundial

    O Escutismo nunca parou de crescer desde que foi fundado em 1907, tendo duplicado o seu efectivo nos ltimos 30 anos. uma fraterni-dade mundial, um organismo que, na prtica, no olha a diferenas de classe, crena, pas ou cor.

    O Escutismo abrange mais de 216 pases e territrios e coorde-nado pela Organizao Mundial do Movimento Escutista (OMME ou WOSM, em ingls). devido a esta dimenso, escala mundial, que tens a forte possibilidade de fazer actividades internacionais e conhecer outros jovens e outras culturas. A, ters a oportunidade de sentir a ma-gia nica de pertencer a este grande movimento, de estar em comun-ho com milhes de outras pessoas, de partilhar os mesmos ideais, os mesmos smbolos, de ter vivncias que reconheces como tuas embora sejam desempenhadas por outros escuteiros, com percursos paralelos ao teu.

  • 2222 23

    Corpo Nacional de Escutas A Associao

    O CNE a maior Organizao de Juventude de Portugal e um movi-mento da Igreja Catlica.

    O CNE uma associao de juventude sem fins lucrativos, no-poltica, e no-governamental, destinada formao integral de jovens, com base no mtodo criado por Baden-Powell e no voluntariado dos seus membros.

    O CNE est implantado em mais de 1000 Agrupamentos locais, em todos os Concelhos do territrio Continental e Regies Autnomas dos Aores e da Madeira, dispondo de uma rede de animao e coor-denao territorial apoiada em meia centena de Estruturas de Ncleo e Regionais, tendo como executivo nacional a Junta Central, que as-segura a gesto e a implementao das polticas gerais e sectoriais do CNE.

    Como se Organizam os Caminheiros?

    O Cl

    Pondo em funcionamento o Sistema de Patrulhas como nas restantes seces, os Caminheiros so organizados em Tribos que, por sua vez, juntamente com a Equipa de Animao, constituem o Cl.

    So jovens de ambos os sexos, com idades entre os 18 e os 22 anos.A equipa de animao constituda por dirigentes que se relacio-

    naro contigo de forma diferente das outras seces, pois so todos adultos. Assim, a sua postura perante ti ser a de um irmo mais velho, algum que no faz por ti mas te orienta, algum que te ouve mas no condiciona, algum que te suporta nas tuas dvidas, algum que est prximo de ti mas te d espao para seres tu mesmo. O seu papel ser sobretudo o de facilitador nesta passagem para a tua vida adulta autnoma.

    A Tribo

    Quando entras no Cl s integrado numa Tribo.Uma Tribo formada por 5 a 8 jovens, de ambos os sexos e de

    diferentes idades.

    Cada Tribo tem um Patrono, uma individualidade escolhida pelos seus elementos, que a identifica e distingue dentro do Cl. O patrono da Tribo deve ser um santo da Igreja, um benemrito da Humanidade ou um heri nacional, com o qual a Tribo se identifique, conhea a sua vida e a siga como exemplo.

    No Albergue (sede do Cl) cada Tribo deve ter o seu Canto, sempre que possvel, decorado por ti e pelos outros elementos, onde se renem e onde podem guardar os vossos materiais.

    Os elementos da Tribo elegem um Guia de Tribo - a pessoa que faz a ligao Equipa de Animao e representa a tribo no Conselho de Guias de Tribo.

    O Guia de Tribo nomeia o Sub-Guia de Tribo; e os restantes cargos ou funes, essenciais ao bom funcionamento da tribo, so atribudos aos restantes elementos de acordo com o perfil, competncias e objec-tivos de cada um.

    Outro cargo que poder existir no Cl o de Guia de Cl. Este mais um elo de ligao entre as Tribos e a Equipa de Animao, ex-ercendo funes de liderana e de aconselhamento. Para alm disto, representa todo o Cl e coopera com todos os Chefes de Tribo na inter-pretao das dificuldades e valncias de cada um dos elementos.

    Deve ser eleito, por voto secreto individual, em Conselho de Cl, pelo seu exemplo e responsabilidade demonstrada. O seu mandato termina no final do ano escutista no decorrer do qual foi eleito, mas pode ser interrompido por deciso do prprio ou por determinao do Conselho de Guias de Tribo.

    A sua existncia no obrigatria.Os Caminheiros, como se esto a preparar de forma prtica para a

    vida na sociedade, so ainda chamados a experimentar mais dois cargos especficos: Secretrio de Cl e Tesoureiro de Cl. Estes cargos devem tambm ser atribudos em Conselho de Cl.

  • 2424 25

    REUNIO DE TRIBO

    Todos os elementos da Tribo

    Semanal (no mnimo)

    ntima e privada

    Base da vida do Cl

    Propostas para a Caminhada

    CONSELHO DE GUIAS

    Guias de Tribo e Chefe de Cl

    Poder ter tambm: Sub-Guias de Tribo e restante Equipa de Animao

    Quinzenal

    rgo executivo

    Moderador: Guia de Cl

    Secretrio rotativo

    Trata dos assuntos gerais do Cl

    Progresso das Tribos e dos elementos

    Enriquecimento da Caminhada

    CONSELHO DE CL

    Todos os elementos do Cl e Equipa de Animao

    Caminheiros voto deliberativo

    Novios/Aspirantes voto consultivo

    Trimestral (no mnimo)

    rgo consultivo

    Moderador rotativo (Caminheiros)

    Eleio da Caminhada

    Elaborao da Carta de Cl

    Propostas para o Conselho de Agrupamento

    Admisso Promessa

    Aprovao da Caminhada

    Assuntos de ordem disciplinar

    outros

    25

  • 2626 27

    Reunies da Tribo Os elementos da Tribo renem no Albergue, ou noutro local escolha, desde que seja adequado ao que se pretende, sob a coordenao do Guia de Tribo ou do Sub-Guia, para tratar de assuntos relativos aos interesses individuais de cada Caminheiro ou da Tribo. As decises so tomadas democraticamente. Estas Reunies de Tribo acontecem sempre que for necessrio, no mnimo semanal-mente.

    Conselho de Guias Rene os Guias de Tribo, juntamente com o Che-fe de Cl. Podem tambm participar Sub-Guias e restantes elementos da Equipa de Animao. O Conselho de Guias uma reunio que dever acontecer, pelo menos, quinzenalmente. Este Conselho responsvel pela resoluo dos problemas e assuntos gerais do Cl. aqui que se tomam as decises mais importantes da vida do Cl e onde os Guias de Tribo transmitem a opinio e ideias da Tribo aos restantes presentes. Tambm neste Conselho que o Guia recebe as informaes para levar para a sua Tribo.

    Este Conselho dirigido pelo Guia de Cl. Quando este no est designado, quem dirige a reunio um Guia de Tribo escolhido para o efeito, devendo esta tarefa ser assumida rotativamente entre os elementos do Conselho, de reunio para reunio.

    Durante este Conselho, deve haver um elemento que exera a fun-o de secretrio, para que todas as decises fiquem devidamente registadas. Esta deve ser tambm uma funo rotativa entre todos os membros.

    Conselho de Cl Rene todos os elementos do Cl: os Caminhei-ros, Novios, Aspirantes e toda a Equipa de Animao. nessa ocasio que se tomam algumas decises importantes, tais como a apresentao e escolha da Caminhada, e se procede sua avaliao. o momento de dar sugestes para melhoria do andamento do Cl; onde se discutem as necessidades que o Cl tem, enquanto um todo, para poder levar a cabo alguma tarefa determinada.

    Os caminheiros investidos tm voto deliberativo, enquanto os novios e aspirantes tm voto consultivo.

    O chefe de Cl apenas tem direito de veto.

    CaminheirosNoviosAspirantesEquipa de animao

    CaminheirosNoviosAspirantes

    Guias de TriboChefe de Cl

  • 2828 29

    Qual a mstica dos Caminheiros?

    A vida no Homem Novo. A construo da Igreja de Cristo, sinal de maturidade e f, projecta o Homem para o mundo. Como cristo, s cha-mado a ser sal da terra, luz do mundo e fermento na massa, assu-mindo um lugar activo na construo dos novos cus e da nova terra.

    O Reino de Deus, cuja lei est patente nas Bem-Aventuranas, a vida com e em Cristo o Homem Novo: essa ser ento a meta a alcanar pelo Caminheiro.

    Ideal: o Homem Novo.

    Como Caminheiro, devers estar consciente para assumir integralmente o ideal do Homem Novo. Entende que a novidade no consiste na adeso permanente s ltimas modas, mas sim na descoberta, aprofun-damento e assumpo dos valores genunos que esto ligados prpria natureza do Homem e que, por isso mesmo, te podero fazer ser mais feliz.

    No procures no entanto uma felicidade ligada a coisas efmeras (di-nheiro, fama, prazer, vicio,...) mas sim a verdadeira Felicidade, aquela que tem como referncia a novidade radical das Bem-Aventuranas.

    Poder parecer estranho que, num tempo como o que hoje se vive, de modernidade e extraordinrios avanos em todos os campos, em que o progresso parece no ter limites, seja necessrio mergulhar no interior de ti mesmo para encontrares algo verdadeiramente inovador: a vontade de amar, o gosto de fazer, a necessidade de partilhar, o desejo de viver, o prazer de Servir, a satisfao de sentir, a emoo do criar.

    Mas, de facto, estes valores no se encontram fora de ns: fazem parte do nosso Ser Divino, que encontramos no interior de cada um de ns, e que nos torna a todos e a cada um mais prximos e seme-lhantes imagem de Deus.

    A proposta que te feita no meramente romntica uma proposta concreta, destinada a ser vivida por cada um, todos os dias: na tua escola, no teu trabalho, com os teus amigos, com a tua famlia, etc.

    Dentro do teu mundo, estars assim a ser arteso de um mundo novo.

    Bem-Aventuranas O Sermo da Montanha

    O Sermo da Montanha, referido pelo evangelista Mateus, extraordi-nrio pelo fato de resumir, em poucas linhas, tudo o que h de mais importante para um cristo o que ele deve saber ser e saber fazer.

    Jesus Cristo pregou este sermo no cimo de um monte, localizado na costa norte do mar da Galilia, perto da cidade de Cafarnaum, no primeiro ano da Sua pregao pblica.

    Enunciou assim as 9 Bem-Aventuranas: O prottipo do

    Homem-Novo

    Cristo, o Homem descido

    do Cu, que a si prprio

    se identifica como ...o

    Caminho, Verdade e Vida.

    (Jo, 14, 6) Bem-aventurados os pobres de esprito

    ,

    porque deles o reino dos cus.

    Bem-aventurados os que choram,

    porque sero consolados.

    Bem-aventurados os mansos,

    porque herdaro a terra.

    Bem-aventurados os que tm fome e sede de justia,

    porque sero saciados.

    Bem-aventurados os misericordiosos,

    porque alcanaro misericrdia.

    Bem-aventurados os puros de corao,

    porque vero a Deus.

    Bem-aventurados os pacificadores,

    porque sero chamados filhos de Deus.

    Bem-aventurados os perseguidos por causa da justia,

    porque deles o Reino dos Cu

    Bem-aventurados sois quando, por minha causa,

    vos insultarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem

    todo mal contra vs por causa de mim. Alegrai-vos

    e exultai, porque grande ser a vossa recompensa

    no Cu; pois tambm assim perseguiram os profetas

    que existiram antes de vs (Mateus 5:1-12).

  • 30 31

    As bem-aventuranas podero ser difceis de entender primeira leitura, pois valorizam comportamentos e valores de certo modo anta-gnicos aos que a sociedade nos habituou a valorizar.

    Ser bem-aventurado significa: ser feliz. Assim, poderias perfeitamente dizer: Felizes os pobres de espri-

    to... ou Felizes os que choram... em qualquer uma das bem-aventu-ranas, que no lhes alterarias o sentido com que foram escritas.

    As bem-aventuranas ensinam-nos um revolucionrio caminho para a felicidade, a que aspira todo o ser humano. No a felicidade como o mundo a v e prope: material e efmera mas a verdadeira felicidade, atravs de um verdadeiro renascimento espiritual e modo de estar na Vida.

    Como? Jesus opta por fazer um discurso positivo e afirmativo, nunca usando a palavra no, nunca referindo proibies e castigos, mas subentendendo sempre uma linguagem de Amor.

    Mostra-nos o caminho largo, em contraponto ao caminho estreito interpretado e vivido luz das antigas escrituras.

    Falando assim, refora a influncia positiva dos cristos na sociedade e afirma que os Seus ensinamentos, ao invs de abolir, complementam os dez Mandamentos do Antigo Testamento.

    As bem-aventuranas so, no fundo, um programa de vida crist e abrem-nos o caminho para uma vida em Cristo, com Cristo e para Cristo.

    Mostram-nos ser possvel ser feliz, sendo simples, castos, puros nos pensamentos; sendo atentos nossa espiritualidade e vivncia interior; sendo sbrios e gratos Terra que ser nossa herana; sendo justos e observadores, delicados e leais aos outros e aos ideais que tomamos como nossos.

    Todos estes elementos fazem parte da nossa Lei do Escuta, reparaste?

    A actualidade dos Seus critrios mostra bem que possvel viver-mos a Sua Palavra nos dias de hoje, sem deixarmos de ser jovens e mo-dernos, sem deixarmos de aproveitar a vida e o mundo, no melhor que tm para nos oferecer.

    As Dimenses do Caminheirismo

    O teu itinerrio como Caminheiro vive-se em torno de quatro dimen-ses que adquirem um valor simblico: Caminho, Comunidade, Ser-vio e Partida.

    Estas dimenses do nome s etapas do teu progresso, mas so

    31

  • 3232 33

    muito mais do que palavras: so 4 dimenses que devers ter sem-pre presentes na tua vida de caminheiro, independentemente da fase do teu percurso pessoal.

    Assim, em cada etapa devers dar enfoque dimenso do mesmo nome, sem nunca negligenciar nenhuma das outras.

    um itinerrio de progresso pessoal, de tomada de conscincia das possibilidades de crescimento, de pensamento, que se te oferece na vida em Cl e na vida de cada dia.

    No final deste itinerrio, ests a franquear as portas da vida adulta, livre e responsvel, prestes a tomar a Vida nas tuas mos.

    Um percurso pessoal: o Caminho.Na IV seco, s desafiado a escolher um itinerrio de descoberta

    e de aco que te leva a tornares-te construtor de um Mundo Novo. O Caminho significa ento, a abertura, a largueza de vistas, o

    apelo do horizonte, a capacidade de aceitar a mudana, de viver na prpria mudana; tambm um espao de vida despojada, de rejeio do suprfluo, de ateno ao essencial: graas a isto, este Caminho dos Caminheiros , tal como o dos Peregrinos, um testemunho de vida crist.

    Finalmente, o Caminho um lugar de perseverana, de experin-cia de uma lenta e paciente construo de ti mesmo, de aprendizagem da capacidade de te comprometeres para alm do imediato.

    No Caminho de Emas, Cristo ressuscitado revelou-se aos seus discpulos, caminhando com eles lado a lado

    Um percurso em grupo: a Comunidade.Durante o Caminho, s interpelado a avanar lado a lado com o

    outro. O Caminho ajuda-te a desenvolver a tua capacidade de acolher o outro, de o ajudar a avanar e de te deixares ajudar, de partilhar com ele as alegrias e as tristezas da jornada.

    A Tribo o espao privilegiado para esta interpelao acontecer, na tribo que se vive o incio da comunho que se potencia na vivncia em Cl.

    com o apelo das bem-aventuranas que ds sentido a este cami-nho conjunto, que se torna assim experincia de comunidade, de parti-lha, de amor e de construo da paz.

    O Cl a tua comunidade, mas no a nica onde ests inserido; o teu crescimento deve ser feito enquanto membro do cl mas tambm enquanto cidado. Por isso, esta comunidade no pode nunca viver virada sobre si.

    No Caminho de Emas, Cristo foi reconhecido pela fraco do po

    Um percurso com sentido: o Servio.Viver o Servio um compromisso de cada instante, que irs ex-

    pressar ao longo do teu itinerrio o Servio como algo de natural. Prestar Servio no forosamente um acto fsico, ou um dom material: pode ser um suporte moral, um intercmbio, ou mais ainda.

    Esta vivncia do Servio deve ser experimentada individualmente, em Tribo e em Cl devero ser aces de longo termo, que denotem uma vontade de compromisso e no apenas mini-servios rpidos, sem continuidade.

    O Servio gratuito, mas quem presta Servio enriquece. uma dinmica de descoberta, vivida numa relao de amor fraterno, de receber, dando-se em troca. Servir tornar-se apto para a misso.

    No Caminho de Emas, Cristo serviu os seus discpulos ao lhes explicar as Escrituras

    Um percurso para a vida: a Partida.Durante a tua vida no Cl vais, quase sem dar conta, realizar um

    avano progressivo para o momento da cerimnia da Partida. Esta expressa simbolicamente que o acto de caminhar mais im-

    portante do que o facto de chegar. por isso que, no final do teu tempo de Caminheiro, quando sares do Cl, no chegas ao fim do teu caminho, mas partes. Porque o fim de uma etapa significa sempre o incio de outra.

    A Partida no apenas o momento em que tu te sentes pronto para assumir os desafios da vida, mas tambm todo o percurso que fazes, preparando-te at esse mesmo momento.

    O Cl valida e reconhece em ti, que partes, um bom testemunho de vida de Homem Novo. Por isso, a Partida tambm um Envio.

    Como s pode haver Partida se houver quem envie, o Cl assume essa competncia, tendo em conta que, neste envio, estar presente o prprio Esprito Santo, que te animar e dar as foras que necessitas para a tua vida, para alm deste passo.

    No caminho de Emas, Cristo, partiu... e eles reconheceram-nO vivo.

  • 34 35

    Simbologia

    Estas quatro dimenses que o Caminheiro vive na sua passagem pelo Cl, com vista a preparar-se para a sua vida adulta, so coloridas por um certo nmero de elementos com uma elevada carga simblica:

    A Vara bifurcada , antes de tudo, apoio e

    companhia no caminho do Caminheiro. Ao ser

    bifurcada, torna-se expresso das encruzilhadas

    do caminho, quando tens de fazer escolhas

    ou renovar as tuas opes e decises, na rota

    que entendes seguir; assim o sinal de que te

    comprometes, a cada momento, a optar pelo

    projecto das Bem-Aventuranas.

    A Mochila convida a pores-te a caminho, a

    arriscar, a decidir se queres ou no empreender

    esta viagem que te pode levar longe. neste

    caminhar com mochila s costas, que descobres

    o que til e o que suprfluo, o que te

    faz penar e o que te impele para a frente, a

    diferena entre o essencial e o acessrio.

    Como na mochila s se deve levar o essencial

    para a jornada, do seu contedo fazem

    simbolicamente parte o Po, o Evangelho

    e a Tenda. A mochila torna-se assim o teu

    suporte neste Caminho simbolizando o teu

    desprendimento e a tua determinao de ir

    sempre mais alm, de forma autnoma.

    O Po o alimento do corpo, dado em

    partilha e em comunho Fruto do trabalho

    rduo do homem.

    O Evangelho o po do esprito, anncio da

    Boa Nova de Cristo a nova Aliana.

    A Tenda, transportada na mochila, sinal da

    tua mobilidade e da prontido para te pores

    em marcha e te fazeres ao largo. Ao ser

    montada, demonstra a necessidade de paragem

    temporria, de descanso. A tenda tambm

    sinal de acolhimento aos outros a presena de

    Deus no meio do seu povo.

    O Fogo, sinal da descida do Esprito Santo,

    dinamizador do amor e fora que nos ajuda a

    concretizar o evangelho nas palavras e gestos.

    o fogo que te ilumina e aquece durante a

    tua caminhada, que te conforta no corpo e na

    alma.

    O Patrono: So Paulo

    S. Paulo cone da universalidade da Igreja: transmite-nos que a salvao, que Cristo anuncia, tem como destinatrios os homens e mulheres de todos os tempos, lugares e culturas.

    Com S. Paulo, aprendes a dialogar com todas as pessoas, no respeito pela diferena e pelo ritmo de cada um, mas na afirmao de um s caminho para a salvao: Cristo Jesus.

    Sem medo de o afirmar, assumes o teu lugar activo na sociedade, procurando dar o contributo para que o Homem se realize plenamente, de acordo com o projecto de Deus.

    A vida em Cristo o Homem Novo, a meta para a qual caminhas, at que possas dizer um dia, como S. Paulo,

    j no sou eu que vivo;

    Cristo que vive em mim

    (Gal 2,20).

  • 3636 37

    Como vivem as Actividades?

    A Caminhada o nome que se d a um projecto feito pelos Caminhei-ros. A Caminhada do Cl, por isso deve ter a participao de todos os Caminheiros, em todas as suas etapas. Esta uma excelente oportu-nidade de cresceres, aprenderes e te divertires. Atreve-te, s ousado, s exigente, aventura-te!

    A Caminhada do Cl tem o tamanho dos sonhos dos Cami-nheiros que a compem.

    Elaborar uma caminhada.

    Para elaborares uma Caminhada tens que estar ciente dos seguintes passos que a constituem, nos quais ters sempre um papel, podendo ser chamado em qualquer altura para te pronunciares em maior ou menor grau:

    Comea com a Idealizao do que pretendes fazer, seguido pelo Dilogo que devers ter em Tribo, para poderes tanto entusiasmar como ficar entusiasmado, com as ideias postas em comum; por uma questo prtica, antes mesmo da idealizao da Caminhada, talvez seja adequado escolher-se em Cl qual a durao do perodo que se preten-de para a sua realizao.

    Depois da idealizao e do vosso dilogo ter chegado a um consen-so, preparem-se para apresentar a ideia da Tribo ao Cl podem aqui dar largas vossa imaginao e originalidade. Afinal, tudo um Jogo!

    A Escolha da caminhada feita em Conselho de Cl, onde todas as tribos fazem essa mesma apresentao, e onde discutem as vossas propostas e decidem qual delas tem pernas para andar e mais satisfaz as ambies do Cl;

    Tambm o Enriquecimento poder ser feito em Conselho de Cl, numa primeira fase, embora o Conselho de Guias de Tribo seja mais adequado para o efeito, por poder gerir melhor, atravs do sistema de patrulhas, a interveno de todos na organizao da Caminhada.

    A Organizao feita por todos, em Comisses Tcnicas ou in-dividualmente, consoante o cargo e as tarefas que cada um assumiu, sendo uma ptima oportunidade para desenvolveres o teu progresso individual.

    Chegou a hora de viver a parte mais visvel da Caminhada que aju-daste a escolher e a criar a Realizao.

    Depois, altura da Avaliao, com a tua anlise pessoal partilhada em Tribo e depois em Cl. No se trata apenas de um momento para di-zer o que correu mal, mas tambm a ocasio para valorizar tudo aquilo que foi bem feito, bem preparado e bem vivido.

    E por isso, a caminhada termina com a Celebrao, onde o Cl pe em comum as suas vivncias e o progresso de cada um, num ambiente festivo e de intimidade. No raras vezes acontece que, nesta Festa, sur-gem espontaneamente ideias e vontades que podem dar origem a um novo rumo e a uma nova caminhada de Cl, tornando-se assim numa espiral de evoluo onde, ao recomeares este processo, estars num nvel superior de gozo, de empenho e maturidade.

  • 3838 39

    Na Caminhada impres

    cindvel:

    . Viver em Cl e viver em

    Tribo respeitar

    a Carta de Cl, assumir responsa

    bilidades;

    . Descobrir-se, progredir pessoa

    lmente com o

    apoio dos outros

    . Ter abertura ao mundo agir n

    o seio da

    sociedade

    . Cultivar o Esprito de Servio

    Participa na Caminhada!

    Tens de identificar os aspectos e assuntos da Caminhada que te inte-ressam, que queres aprender ou desenvolver, de modo a te propores faz-los quando houver a distribuio de tarefas no Cl. Por vezes, ters que realizar tarefas que ningum pediu, mas que so necessrias para a realizao da Caminhada.

    A Caminhada ser verdadeiramente tua, se te empenhares ao m-ximo da tua disponibilidade.

    A Caminhada, uma construo colectiva!

    A Caminhada ter xito se, em Cl e em Tribo, cada um de vs sentir confiana nos outros caminheiros. Dever tambm ser tido em conta os desejos de todos. Sem dvida, ser necessrio negociar, fazer compro-missos, encontrar ideias comuns. essencial, de modo a que cada um tenha espao para crescer.

    A Caminhada o teu motor de progresso pessoal!

    No esqueas os teus objectivos pessoais, bem como os objectivos educativos que escolheste e delineaste no teu PPV (tanto na parte aberta como na fechada). Prope alguns dos teus objectivos, de modo a

    integr-los na Caminhada. Esta servir tambm para te permitir adquirir novos conhecimentos, novas competncias, novas atitudes. Aproveita!

    O Caminho no ser sempre direito

    A Caminhada ter altos e baixos, curvas e contra-curvas, at mesmo paragens. Poder ser desencorajante, mas estes momentos fazem parte da Caminhada. Ultrapass-los far-te- mais forte. A ti e ao Cl.

    O Caminho ser movimentado

    Na tua tribo e Cl vivers momentos de entusiasmo e de satisfao, mas tambm desacordos, desacertos e falta de motivao. Tudo isto faz parte do Caminho, tendo presente que as coisas, por si, no so boas nem so ms: encara-as como oportunidades para crescer, que tm o valor que lhes quiseres dar. Quantas vezes algo que te parece negativo num momento, se revela de grande valor positivo, mais tarde. Mas o importante analisar as coisas e discutir em Tribo ou Cl o que for de discutir, pois s assim encontraro em conjunto uma soluo.

  • 40 41

    A minha vivncia no Cl ...

    Foto da Tribro

    Quem somos?

    (nome da tribo, Patrono, Elementos, outras divagaes)

    4140

  • 4242 43

    (o que me apetece dizer sobre o meu Albergue, fotos, desenhos e outras coisas)

    O Albergue

    4342

  • 4444 45

    (o que vivi, como vivi, o que fizemos, fotos, ideias loucas)

    A Primeira Caminhada.

    4544

  • 4646 47

    (o que vivi, como vivi, o que fizemos, fotos, ideias loucas)

    A Primeira Caminhada.

    4746

  • 4848 49

    Como escolho o meu percurso?

    Por caminho no quero significar um caminhar ao acaso, sem finalidade

    s tu que escolhes o teu caminho e o que queres fazer nele. Caminhar implica sempre fazer escolhas. Optar de uma forma consciente e equi-librada crescer.

    A possibilidade de fazer escolhas o expoente mximo da nos-sa liberdade enquanto Homens e filhos de Deus. Um convite a ser mais, em cada dia.

    Nesta altura da tua vida, j deves conhecer-te, sabes aquilo em que acreditas, sabes aquilo que te move, sabes o que queres fazer, tens os teus sonhos As tuas decises so pautadas pelo rumo que queres dar tua vida.

    Como Caminheiro, preparas-te assim para entrar na ltima fase do percurso que o C.N.E tem para te propor, nesta IV seco. s tu que escolhes o caminho que queres fazer, sabendo que no ests sozinho e que no final estars mais perto do ideal do Homem-Novo.

    Propomos-te que faas o teu crescimento ao nvel Fisico, Intelectu-al, Social, Afectivo, Espiritual e acima de tudo ao nvel do Carcter esta a proposta! Aceitas o desafio?

    Escolhe o teu percurso tendo em vista o objectivo final de todos a Felicidade!

    O que te proposto, ento?

    Que, em trs etapas, te disponhas a cumprir todo o sistema de progresso. Em cada etapa, das que atrs j referimos, ters de escolher, no m-

    nimo, dois objectivos de cada rea de desenvolvimento em que sin-tas necessidade de progredir, bem como definir aces concretas para cumprires esses objectivos. Assim ser feito em todas as etapas, at conclures o teu percurso de caminheiro.

    Ento, antes de mais, a primeira coisa a fazeres ser reunir com a tua equipa de animao, para te esclarecerem quanto aos objectivos apresentados, ajudarem nas tuas escolhas e validarem se j tens um ou mais objectivos cumpridos de alguma forma, de entre todos os ob-jectivos de todas as reas.

    O teu Projecto Pessoal de Vida (PPV)

    Esta conjugao de palavras pode parecer assustadora projecto pes-soal de vida. Seria loucura, ou pelo menos utpico, pensar que consigo hoje projectar de uma s vez toda a minha vida, para depois acertar exactamente naquilo que projectei.

    Este um projecto muito mais ousado, porque obrigatoriamente dinmico.

    Dinmico, porqu? Porque a nossa vida no estanque, logo o nosso PPV tambm no

    o pode ser, tem que ir acompanhando o nosso crescimento e as nossas vivncias.

    Porque se, no incio, tudo nos parece muito vago e indefinido, com o passar do tempo vamos conseguindo especificar, com mais lucidez, o que queremos para ns e para nossa vida.

    Porque o PPV est intimamente ligado com o teu progresso dentro da seco e, consequentemente, com os outros e o seu prprio pro-gresso.

    Mas afinal o que isto do PPV? Para comear, um convite a parar e a fazer uma anlise cuidada

    de tudo aquilo que constitui a tua vida: a famlia, os amigos, a escola, o emprego, Deus, o namoro, a tua relao contigo e com os outros enfim: tudo!

    Depois desta anlise, pega numa caneta e neste Caderno ou numa folha de papel e ensaia traar objectivos para a tua vida podes traar pequenas metas, projectos a longo prazo e grandes sonhos As coisas grandes vo-se operando nas pequenas, por isso, se conseguires ir cum-prindo as pequenas metas a que te propuseste, estars cada vez mais perto do grande sonho.

    Experimenta coisas prximas de ti, no sentido em que seja algo que conheas ou que esteja ao teu alcance; coisas possveis de serem re-alizadas, no sentido de teres conscincia da tua prpria realidade e do que te rodeia; e...pouco de cada vez, no sentido de que cada grande caminhada comea com o primeiro passo, e um s de cada vez.

    O PPV sobretudo uma ferramenta, para te ajudar a definir o teu caminho para a Felicidade numa aproximao diria ao ideal do Ho-mem-Novo!

    Como funciona na prtica?Quando escreveres o teu PPV deves ter em conta que ele ser cons-

    titudo por duas partes:

  • 50 51

    . Uma parte aberta, onde devero estar bem visveis os objectivos educativos a que te propes, assim como as aces concretas que vais realizar para os cumprires. Esta parte ser partilhada com o Chefe de Cl e o restante Cl, uma vez que podero existir objectivos comuns com outros caminheiros, na mesma fase de caminhada tornando-nos a todos simultaneamente actores e observadores e assim mais res-ponsveis uns pelos outros dentro do Cl; o conjunto de todos os PPVs dos caminheiros servir de base Carta de Cl, precisamente por en-quadrar uma vivncia posta em comum;

    . Uma parte fechada, onde estaro os teus objectivos mais nti-mos. Esta parte no estar visvel a todos, mas deves partilh-la, prefe-rencialmente com o Chefe de Cl ou com outro adulto da tua confiana, que te consiga ir acompanhando e orientando, servindo-te como fiel de balana relativamente aos objectivos a que te propes.

    Ambas as partes do teu PPV devem ser revistas com alguma fre-quncia, para ires tomando conscincia do teu crescimento pelo me-nos uma vez em cada Caminhada ou sempre que achares necessrio.

    A Carta de Cl

    uma carta de intenes e aces feita em conjunto pelo Cl, dando relevo as aspectos que so importantes para cada um dos elementos que o constitui, atravs da anlise e integrao dos PPVs de cada cami-nheiro, criando assim a especificidade muito prpria da Carta de cada Cl.

    Deve focar as necessidades do teu Cl, deve ter propostas de aces concretas que favoream o crescimento do Cl, bem como os chamados elementos de sonho. Todos estes aspectos devem, como natural, ser tidos em conta nas Caminhadas a propor.

    um compromisso colectivo do Cl, mas deves assumi-lo como sendo um compromisso teu.

    A Carta de Cl elaborada no Conselho de Cl e deve estar expos-ta em lugar visvel no Albergue.

    Como o Cl tambm est em crescimento constante, a Carta de Cl deve ser revista e renovada periodicamente.

  • 5252 53

    Estou pronto para o meu Compromisso?

    Chegaste ao momento da Promessa, altura em que vais ter que to-mar uma deciso.

    Deves perguntar a ti prprio se queres aderir sem reservas a este grande Movimento e se queres ser Escuteiro de alma e corao.

    J estiveste uns meses integrado numa Tribo e no Cl, j partici-paste em Caminhadas, enfim j tens uma ideia de como podes viver, partilhar e crescer.

    Agora, cabe-te optar. Esta deve ser uma deciso tua, pensada por ti, sem interferncias de ningum. A Promessa um acto individual, um momento nico, que nunca irs esquecer ao longo da tua vida. Ana-lisa-te bem e v se ests pronto para viver este momento inesquecvel

    O compromisso que vais assumir liga-te aos Escuteiros de todo o Mundo, de todos os tempos.

    Relembra, por isso, tudo aquilo por que j passaste at chegares aqui.

    Relembra bem todos os artigos da Lei do Escuta e os Princpios do Escuta que vais prometer e cumprir daqui para a frente, todos os dias da tua vida.

    ...sim, porque... uma vez Escuteiro, sempre Escuteiro!

    53

  • 5454

    4 Promessa

  • 5656 57

    O dia do meu Compromisso

    Chegou o dia da tua Promessa... Recebeste um leno novo, assumiste o compromisso de cumprir

    os teus deveres, a auxiliar os outros, a obedecer Lei.

    Orao do Caminheiro

    Senhor Jesus,

    Que Vos apresentastes aos homens

    Como um caminho vivo,

    Irradiando a claridade que vem do alto,

    Dignai-Vos ser o meu Guia e Companheiro,

    Nos caminhos da vida,

    Como um dia o Fostes no caminho de Emas

    ;

    Iluminai-me com o Vosso Esprito,

    A fim de saber descobrir

    O caminho do Vosso melhor servio;

    E que, alimentado com a Eucaristia,

    Verdadeiro Po de todos os Caminheiros,

    Apesar das fadigas e das contradies da jorn

    ada,

    Eu possa caminhar alegremente convosco,

    Em direco ao Pai e aos irmos.

    AMEN

    Tens aqui espao para registares as tuas impresses e guardares as tuas memrias.

    Fiz a minha Promessa de Caminheiro no dia

    em (local).

    O meu padrinho/madrinha foi

    Fizeram Promessa comigo os seguintes Caminheiros:

    Recebe este leno da cor do fo

    go e do sangue;

    que ele te estimule ao entusiasm

    o no Servio e

    coragem no sacrifcio, prprios

    do Homem-Novo.

    57

  • 5858 59

    Relatos na primeira pessoa

    Foto do dia da Promessa

    5958

  • 6060 61

    Mensagens

    6160

  • 6262 63

    Mensagens

    6362

  • 6464 65

    Mensagens

    6564

  • 6666 67

    Fotografias do dia da Promessa

    Fotografias

    6766

  • 6868

    5 Progresso

  • 7070 71

    O meu Percurso

    Nesta altura, o mais importante que compreendas que vais ser TU, com a ajuda da tua Equipa de Animao, que vais escolher o teu Percurso nos Caminheiros.

    Mas ento, o que o Percurso?Percurso a tua vivncia na seco, o teu Progresso nas 4 etapas.

    No fundo, um caminho que tu vais escolher para sentires que ests a evoluir, a crescer a todos os nveis...

    O Caminheirismo tem de ser um

    avano progressivo

    para a Partida, e como tal, preci

    sa de ser norteado por

    valores e pequenas regras que p

    ouco a pouco vo ajudar

    a construir uma grande obra qu

    e o Homem

    CAMINHO COMUNIDADE SERVIO PARTIDA que formamos ao outro rumo ao prximo ao horizonte

  • 72 73

    REA DE DESENvOLvImENTO AFECTIvO

    A1 Valorizar e demonstrar sensibilidade nas suas relaes afectivas, de modo consequente com a opo de vida assumida.A2 Respeitar a existncia de vrias sensibilidades estticas e artsticas, formando a sua opinio com sentido crtico.A3 Assumir a prpria sexualidade aceitando a complementaridade Homem/ Mulher e viv-la como expresso responsvel de amorA4 Ser capaz de identificar, compreender e expressar as suas emoes, tendo em conta o contexto e os sentimentos dos outros.A5 Reconhecer e aceitar as caractersticas da sua personalidade, mantendo uma atitude de aperfeioamento constante.A6 Valorizar as prprias capacidades, superando limitaes e adoptando uma atitude positiva perante a vida.relacionados com a segurana fsica e consumo de substncias.

    REA DE DESENvOLvImENTO DO CARCTER

    C1 Possuir e desenvolver um quadro de valores que so fruto de uma opo consciente.C2 Ser capaz de formular e construir as suas prprias opes, assumindo-as com clareza.C3 Mostrar-se responsvel pelo seu desenvolvimento, colocando a si prprio objectivos de progresso pessoalC4 Demonstrar empenho e vontade de agir, assumindo as suas responsabilidades em todos os projectos que enceta, estabelecendo prioridades e respeitando-as.C5 Demonstrar perseverana nos momentos de dificuldade, procurando ultrapass-los com optimismo.C6 Ser consequente com as opes que toma, assumindo a responsabilidade pelos seus actos.C7 Ser consistente e convicto na defesa das suas ideias e valores.C8 Dar testemunho, agindo em coerncia com o seu sistema de valores.

    Afectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    Intelectual

    Afectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    Intelectual

    Falamos claro de te desenvolveres Fisicamente, Intelectualmente, Socialmente, Afectivamente, Espiritualmente e acima de tudo ao nvel do teu Carcter. Estas so as 6 reas de desenvolvimento.

    Assim, deves escolher, para cada etapa, o mnimo de 2 objectivos por cada rea de desenvolvimento.

    Ters que gerir os objectivos pelas etapas, ao longo do teu percurso, de modo a que no final cumpras todos os objectivos propostos.

    Nos quadros seguintes apresentamos-te os objectivos educativos finais, divididos pelas 6 reas de desenvolvimento:

    REA DE DESENvOLvImENTO FSICO

    F1 Praticar actividade fsica que promova o desenvolvimento e manuteno da agilidade, flexibilidade e destreza de forma adequada sua idade, capacidade e limitaes.F2 Conhecer e aceitar o desenvolvimento e amadurecimento do seu corpo com naturalidade.F3 Conhecer as caractersticas fisiolgicas do corpo masculino e feminino e a sua relao com o comportamento e necessidades individuais.F4 Cultivar um estilo de vida saudvel e equilibrado alimentao, actividade fsica e repouso , adaptado a cada fase do seu desenvolvimento.F5 Cuidar e valorizar o seu corpo de acordo com os padres de sade, revelando aprumo.F6 Identificar e evitar, na vida quotidiana, os comportamentos de risco relacionados com a segurana fsica e consumo de substncias.

    Afectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    Intelectual

    Afectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    Intelectual

    Afectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    Intelectual

    Afectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    Intelectual Afectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    Intelectual

    Afectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    IntelectualAfectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    Intelectual

    Fsico Afectivo Carcter Espiritual Intelectual Social

  • 7474 75

    REA DE DESENvOLvImENTO SOCIAL

    S1 Conhecer e exercer os seus direitos e deveres enquanto cidado.S2 Participar activa e conscientemente nos vrios espaos sociais onde se insere, intervindo de uma forma informada, respeitadora e construtiva.S3 Respeitar as regras democrticas e assumir como suas as decises tomadas colectivamente.S4 Assumir que parte da sociedade onde se insere, agindo numa perspectiva de servio libertador e de construo de futuro. S5 Usar de empatia na forma de comunicar com os outros, demonstrando tolerncia e respeito perante outros pontos de vista.S6 Mostrar capacidade de relacionamento e trabalho em equipa, contribuindo activamente para o sucesso do colectivo atravs do desempenho com competncia do seu papel.S7 Assumir papis de liderana, de forma equilibrada, tendo em conta as suas necessidades e as do grupo.

    Afectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    Intelectual

    Para te ajudar a escolher os teus objectivos, apresentamos os quadros seguintes, onde podes ir registando os objectivos que escolhes para cada uma das Etapas, assim como o data em que os atingiste.

    REA DE DESENvOLvImENTO INTELECTUAL

    I1 Procurar de forma activa e continuada novos saberes e vivncias, como forma de contribuir para o seu crescimento pessoal.I2 Conhecer e utilizar formas adequadas de recolha e tratamento de informao e, dentro dessas, distinguir o essencial do acessrio.I3 Definir o seu itinerrio de formao preocupando-se em mant-lo actualizado.I4 Adaptar-se e superar novas situaes, avaliando-as luz de experincias anteriores e conhecimentos adquiridos.I5 Analisar os problemas de forma crtica, sugerindo e aplicando estratgias de resoluo dos mesmos.I6 Ser capaz de utilizar conhecimentos, percepes e intuies na criao de novas ideias e obras, mantendo um esprito aberto e inovador.I7 Expressar ideias e emoes de forma lgica e criativa, adaptada ao(s) destinatrio(s) e utilizando os meios adequados.

    REA DE DESENvOLvImENTO ESPIRITUAL

    E1 Conhecer e compreender o modo como Deus se deu a conhecer humanidade, propondo-lhe um Projecto de Felicidade Plena (Histria da Salvao).E2 Conhecer em profundidade a mensagem e a proposta de Jesus Cristo (Mistrio da Encarnao e Mistrio Pascal).E3 Reconhecer que a pertena Igreja um sinal de Deus no mundo de hoje (Igreja Sacramento Universal de Salvao).E4 Aprofundar os hbitos de orao pessoal e assumir-se como membro activo da Igreja na celebrao comunitria.E5 Integrar na sua vida os valores do Evangelho, vivendo as propostas da Igreja.E6 Conhecer as principais religies distinguindo e valorizando a identidade da Igreja Catlica.E7 Testemunhar que a presena de Deus no mundo dignifica a vida humana e a naturezaE8 Viver o compromisso Cristo como misso no mundo em todas as dimenses (humanas, sociais, econmicas, culturais e polticas).

    Afectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    Intelectual

    Afectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    Intelectual

    Afectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    Intelectual

    Afectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    Intelectual

    Afectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    Intelectual Afectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    Intelectual

    Afectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    IntelectualAfectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    Intelectual

  • 7676 77

    Afectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    Intelectual

    Espiritual

    Carcter

    Afectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    Intelectual

    Afectivo

    Fsico

    O Aco

    O Aco

    O Aco

    O Aco

    Afectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    Intelectual

    COmUNIDADE COmUNIDADE

    Afectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    Intelectual

  • 7878 79

    Afectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    Intelectual

    Intelectual

    Social

    O Aco

    O Aco

    Afectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    Intelectual

    Afectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    Intelectual

    Afectivo

    Fsico

    O Aco

    O Aco

    Afectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    Intelectual

    COmUNIDADE SERvIO

  • 8080 81

    Afectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    Intelectual

    Carcter

    Espiritual

    O Aco

    O Aco

    Afectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    Intelectual

    Afectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    Intelectual

    Social

    Intelectual

    O Aco

    O Aco Afectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    Intelectual

    SERvIO SERvIO

  • 82 83

    Afectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    Intelectual

    Espiritual

    Carcter

    Afectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    Intelectual

    Afectivo

    Fsico

    O Aco

    O Aco

    O Aco

    O Aco

    Afectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    Intelectual

    PARTIDA PARTIDA

    Afectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    Intelectual

  • 8484 85

    Desafio

    Descrio do Desafio: Entidade, Durao, Objectivos a cumprir...

    Afectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    Intelectual

    Intelectual

    Social

    O Aco

    O Aco

    Afectivo Social

    Fsico EspiritualCarcter

    Intelectual

    PARTIDA PARTIDA

  • 8686 87

    ltima etapa nos Caminheiros! E agora?

    Etapa Partida? Nesta Etapa h um Desafio tua espera, antes do momento da tua

    Partida do Cl!A proposta que te comprometas com uma causa pessoal, que

    envolva uma aco mais continuada no tempo (mnimo de 3 meses). A aco deve privilegiar um esforo de cooperao ou de volun-

    tariado com uma instituio ou organizao escolhida por ti.Este teu projecto dever ser, preferencialmente, fora do Agrupa-

    mento, embora esteja em aberto que a mesma possa ocorrer dentro do mesmo. Ser, no entanto, mais enriquecedor que o teu Desafio seja realizado noutro ambiente, e no seja meramente uma Comisso de Servio numa Seco isso poders tu fazer mais tarde.

    Provavelmente, durante o teu Desafio ters uma menor possibili-dade de participao, como Caminheiro, na vida do teu Cl e da tua Tribo; no entanto, esta tua vivncia ser muito enriquecedora para ti durante esse tempo, e sem dvida ser um estmulo para o Cl.

    Apresenta ao Cl o teu Desafio, vai viv-lo de forma consciente. Apesar de este ser um projecto individual, deves dar testemunho dele a todos os teus irmos caminheiros no Cl.

    Da partilha de experincias, dos relatos, das discusses, todos saem a ganhar, sobretudo porque se rev, na prtica, o que ser Caminheiro integrado na Sociedade, onde se aplica tudo o que foste aprendendo e vivendo durante a tua caminhada em Cl!

    Esta tua partilha pode marcar a diferena positiva na caminhada dos teus irmos mais novos, que podero ver em ti um exemplo prx-imo, a seguir.

    O meu Desafio...

    87

  • 8888 89

    O meu Desafio...

    (aproveita este espao para registares a tua vivncia durante o Desafio.

    O que fizeste, onde, fotos, testemunhos)

    8988

  • 90 91

    O meu Desafio...

    9190

  • 6 Reconhecimento

  • 9494 95

    Completei o Sistema de Progresso no dia

    Acabaram o Progresso comigo os seguintes escuteiros:

    Acabei o meu Percurso

    Quando terminares a etapa da Partida e, com isso, completares todos os Objectivos Educativos definidos para a IV Seco, irs receber uma Anilha de Mrito da IV seco, de forma a ser reconhecvel por todos que completaste a totalidade do percurso educativo proposto para os Caminheiros e para a Associao.

    Poders us-la at tua cerimnia da Partida.

    Fotografias

    95

  • 7 Partida

  • 9898 99

    hora de Partir, se sentes que ests preparado para continuar o teu caminho.

    A vivncia da IV seco foi, de certeza, extremamente rica e im-portante no teu crescimento e, por isso mesmo, na hora de Partir, tu consegues sentir que chegou o teu momento.

    certo que a IV seco termina quando o escuteiro perfaz os 22 anos mas tambm certo de que aqui no se trata to-somente de uma questo de idade, ou apenas de largar o Cl.

    A proposta educativa da ltima seco do CNE envolve um cresci-mento individual e em grupo, interior e exterior, prtico e terico, que em mais nenhuma seco possvel de alcanar. O facto de j te encontrares na idade adulta e em momentos de muitas escolhas e decises na tua vida, permite-te aceitar as propostas de crescimento de forma mais ousada, sem medo.

    Nas agruras e alegrias do teu Caminho, h sem dvida crescimento individual e em Cl. Muitas foram as aprendizagens no s tcnicas ou escutistas, mas de vida! Agora, tempo de partir!

    Partir muito mais do que deixar o Cl ser validado por ele.Partir um acto de maturidade, assumido por ti em plena cons-

    cincia.Partir mostrar que sim, que se capaz, que se cresceu e que est

    na hora de dar mais aos outros, tal como se recebeu at agora. Se optares por ficar no movimento ters, certamente, a oportuni-

    dade de partilhar com os escuteiros tudo o que aprendeste e viveste;...mas se optares por sair, ters tambm, certamente, muitas ou-

    tras oportunidades para dar mais de ti! H toda uma comunida-de espera do contributo de quem o quer dar. Aps esta etapa de crescimento para a vida, tu, Caminheiro que partes, ests preparado, disponvel e atento a tudo aquilo que te apela a ser mais, a dar mais, alargando sempre os teus horizontes, como to bem aprendeste a fa-zer na IV seco.

    A resistncia a esta Partida pode ocorrer... normal, humano custar-nos deixar algo de que gostamos tanto

    e que sempre nos fez to bem. Mas nesta ocasio que poders, mais uma vez, pr em prtica a tua vivncia do despojamento, da noo da mochila que sempre te acompanha com o mnimo indispensvel para a caminhada e que te permite a despojada mobilidade, da vara que te relembra a opo da escolha do caminho que tens de fazer, da tenda que levantada para logo ser montada noutro lugar.

    A Partida assim, um passo em frente no teu crescimento pesso-

  • 100100 101

    al, acrescido da necessidade de te despojares da vivncia em Cl, a fa-mlia que sempre te acompanhou enquanto Caminheiro, encerrando um captulo importante da tua vida e dando espao para que outros aprendam no teu lugar.

    Achas que ests preparado para

    Partir?

    s tu que tens que dar o primei

    ro passo!

    Faz a tua proposta oa Conselho

    de Cl.

    Quando?

    . Terminados os objectivos edu

    cativos e o Desafio (situao

    ideal). Quando te sen

    tires preparado e achares que o

    teu

    percurso no Cl (e no movimen

    to) est terminado (mesmo

    que no tenhas todos os objec

    tivos feitos)

    . Quando atinges a idade de 22

    anos.

    . Quando o Conselho de Cl val

    ida e reconhece em ti valores

    e atitudes dignas de um verdad

    eiro caminheiro, activo na

    sociedade, capaz de contribuir p

    ara um mundo melhor e mais

    justo.

    101

  • 102102 103

    O dia da minha Partida

    Fiz a minha Partida no

    dia

    em

    (local)

    Partiram comigo os se

    guintes escuteiros:

    Orao do Caminheiro que parte

    Senhor:Ajuda-me a ser:Bastante Homem, para saber TemerBastante Corajoso, para saber VencerBastante Sincero, para a Deus ConhecerBastante Humilde, para a Deus CrerBastante Rico, para sempre DarBastante Bom, para sempre PedirBastante Enrgico, para sempre ExigirBastante Generoso, para sempre PerdoarBastante Forte, para sempre AjudarBastante Recto, para sempre GuiarBastante Humano, para saber AmarBastante Cristo, para saber Viver, e saber Morrer

    AMEN

    103102

  • 104 105

    Relatos

    de um Caminheiro

    que parte...

    105104

  • 106 107

    Relatos

    de um Caminheiro

    que parte...

    107106

  • 108108 109

    E agora? O que levas?

    Agora levas a certeza de que percorreste o Bom Caminho. No, nem sempre o mais agradvel, talvez nem sempre o melhor,

    mas O TEU, aquele que te fez crescer e ser a pessoa que s agora, fruto das tuas escolhas dia a dia.

    Encara com um sorriso que aquilo que tu s foi vivido at agora em pleno, com momentos de alegria e verdadeira felicidade, na companhia dos teus amigos irmos escolhidos por ti na tua famlia escutista que te acompanhou em todos os momentos.

    No esqueas que cada Etapa tem uma Meta, mas crescers se fize-res de cada Meta uma nova Etapa.

    Isso faz do teu caminho o Caminho do Caminheiro consciente e presente aquele que podes continuar a percorrer em toda a Vida que te aguarda.

  • 110110 111111110

  • 112112 113113112

  • 114114 115115114

  • 116116 117117116

  • 118 119119118

  • 120 121121120

  • 122 123123122

  • 124124 125125124

  • 126126 127127126

  • 128128 129129128