Morfologia

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Se ocupa das palavras quanto à sua estrutura e formação, bem como quanto às suas flexões e classificação, tendo em vista dois pontos de vista diferentes:

• sincrônico – estado atual, descritivo

• diacrônico – processo evolutivo, desde a mais antiga fase até os dias atuais.

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• Sandalo (2006): é o componente que trata da estrutura interna das palavras.

• O que é uma palavra?

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• Critérios fonológicos na distinção entre palavra e frase.

• Acento: detergénte ~ dètergénte

O que é detergente?

É o ato de prender pessoas

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Critérios sintáticos – funcionam em qualquer língua.

Uma sequência de sons só pode ser palavra se:

• Puder ser usada como resposta única a uma pergunta

• Puder ser usada em várias posições sintáticas

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- O que Maria comprou na feira hoje?

- Nabos

- Maria comprou nabos na feira hoje

- Nabos foi o que Maria comprou na feira hoje.

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Maria quer lhe dar um livro de presente.

Maria quer dar-lhe um livro de presente.

Palavra é a unidade mínima que pode ocorrer livremente.

Exemplo: ele

A palavra é a unidade máxima da morfologia.

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• Abaurre et al (2003): Palavra é uma unidade lingüística de som e significado que entra na composição dos enunciados da língua.

• Noção de frase - seqüência de palavras sintaticamente organizadas = noção moderna.

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• Seriam os fonemas e os traços as unidades mínimas da morfologia?

Exemplo: Nacionalização

Nação

+

al = (nacional)

+

izar

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MORFEMA

Menores unidades lingüísticas que têm significado próprio.

As palavras podem ser:

• morfologicamente simples - compostas de um morfema (substantivo flor)

• morfologicamente complexas - possuem mais de um morfema (“flor” e “zinha” - florzinha).

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• Morfemas lexicais (lexemas ou semantemas) de significação externa, série aberta. Ex.: legal

• Morfemas gramaticais (gramemas ou formantes) de significação interna, relacionados ao universo lingüístico, série fechada. Ex.: i –legal (i = alomorfe ilegal, irreal, infeliz, ingrato)

Teoria Gerativa: fonologia lexical (interface sintaxe X fonologia)

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• Na fonologia lexical, o morfema café, por exemplo, entra na derivação e o acento é atribuído, então o morfema zinho é acrescentado e o acento é atribuído novamente.

• Regras cíclicas são aplicadas respectivamente no final de cada operação de adição morfológica.

Nação – nacionál

Café – cafezínho

Pérola – peroládo

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• Anderson (1982): relevância da morfologia à sintaxe, a partir da morfologia flexional.

- Morfologia derivacional: alteração de categoria gramatical da palavra ou de um novo traço de significado é adicionado.

- Morfologia flexional: estabelece ligaçoes entre palavras, acena, portanto, para a sintaxe (as flores são azuis)

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Morfologia flexional – aproxima os estudos da morfologia à sintaxe morfossintaxe

Ex.: (sus)penso em passos de (mu)dança

Meu uni-verso

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O DESENVOLVIMENTO MORFOSSINTÁTICO

Sensibilidade da criança aos processos de derivação lexical (morfologia derivacional) ou às flexões das palavras variáveis (morfologia flexional).

• Morfologia derivacional - habilidade da criança em lidar com a formação de palavras pelo acréscimo de prefixos ou sufixos a um radical ou ainda com a decomposição de palavras derivadas gerando palavras primitivas.

• Morfologia flexional - sensibilidade da criança às flexões de gênero e de número dos nomes e às flexões de modo-tempo e número-pessoa dos verbos.

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SÂNDI

• Causa alterações fonéticas e morfológicas

• Termo da antiga gramática sanscrítica que designa as alterações mórficas   fonológicas  causadas  pelo contato  entre  formas .

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• A não aplicação da regra de epêntese ocorre quando se aplica antes a regra de sândi (Bisol, 1996). Neste caso, a vogal final da primeira palavra cai e a consoante que sobra nessa sílaba passa a compor o onset da sílaba seguinte.

joelho    joelhinho    *joelhozinhocasa    casinha   

*casa-z-inha

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• Sufixos com consoante - elemento epentético, para evitar hiatos. Com base nisso, analise os morfemas dos vocábulos abaixo:

   chaleira       pedestre             camarim    bambuzinho   casinha porteiraterrestre

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• O sândi classifica-se em "interno" e "externo".

• O primeiro ocorre no interior do vocábulo. Assim, os semantemas (radicais) cre- (de "crer") e le- (de "ler") em contato com a desinência verbal -o provocam o surgimento de um i eufônico para desfazer o hiato: creio e leio.

• O sândi externo verifica-se na justaposição vocabular - final de uma palavra com o início de outra. Nas línguas modernas, a grafia não registra o fenômeno, ao contrário do que acontecia com o sânscrito.

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• Dessa forma, em "olhos azuis", o /s/ de "olhos" em contato com o /a/ de "azuis" passa a ficar em posição intervocálica e, de fonema surdo que é, muda para sonoro, ou seja, transforma-se em /z/. O mesmo acontece com "vim aqui", que resulta em "vinhaqui" e com "chamem + o", que se converte em "chamem-no".

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• Os diminutivos que começam com [z] e os advérbios em -mente (Cagliari, 1999) apresentam um problema morfológico particular (Câmara Jr, 1985) sendo consideradas formas compostas e não como derivadas (Lee, 1995). Neste caso, a fricativa [z] não seria epentética.

a. hoteizinhos    sozinhob. abertamente    somente

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TELEGRAMA – ZECA BALEIROEu tava triste

Tristinho!Mais sem graça

Que a top-model magrelaNa passarelaEu tava sóSozinho!

Mais solitárioQue um paulistano

Que um vilãoDe filme mexicano …

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IDENTIFICANDO MORFEMAS

Língua Baulê (Níger-congo, grupo Kwa)

nbá – eu chego

àbá – você chega

òbá – ele/ela chega

èbá – nós chegamos

ámùbá – vocês chegam

bèbá – eles/elas chegam

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• A morfologia está localizada entre a sintaxe e a fonologia. Deste modo, a sintaxe é visível para a morfologia e a morfologia é visível para a fonologia:

• Intersecção: morfologia – fonologia - sintaxe

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Morfossintaxe

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SINTAXE

• Distingue-se da fonologia e da morfologia pela unidade que é foco de análise SENTENÇA

• Chomsky - Syntatic Structure: as propriedades da sentença que todos os falantes e ouvintes normais conhecem intuitivamente, mas que, teoricamente, dependem de um profundo conhecimento da língua.

• Conhecimento linguístico universal, inato, cuja área central é a sintaxe.

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• Sintaxe crença em um componente transformacional visão da semântica como uma interpretação de relações sintáticas básicas.

• Chomsky - matemática - mentalismo, do nativismo e da modularidade

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• CRIATIVIDADE: Através dela o homem é capaz de construir um número infinito de sentenças, a partir do seu conhecimento de base, inato (U.L.)

CHOMSKY (GRAMÁTICA GERATIVA)

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SINTAXE

• Refere-se à combinação de palavras na composição de sentenças.

• Essa descrição é organizada sob forma de regras.

(1) João entregou o livro para Riobaldo

(2) O Riobaldo eu vi ontem

(3) Na festa vieram o Manuel e o Augusto

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• Conjunto de fatores heterogêneos:

- Tipo de oração (interrogativa, afirmativa, exclamativa, negativa, …)

- Categorias verbais- Natureza do elemento deslocado (sujeito, adjunto

adverbial, predicativo)

Mas como chegar a um princípio que explique todos os casos? ênfase

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• Inversão = recurso estilístico

• Sintagmas verbais e nominais

• Sintagma é um segmento lingüístico que expressa uma relação de dependência.

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• sintagma nominal (SN): quando o núcleo do sintagma é um nome

• sintagma adjetival (SAdj): quando o núcleo do sintagma é um adjetivo

• sintagma verbal (SV): quando o núcleo do sintagma é um verbo

• sintagma preposicional (SP): quando o núcleo do sintagma é uma preposição

• sintagma adverbial (SAdv): quando o núcleo do sintagma é um advérbio

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Todos silenciosamente acompanhavam a romaria pela cidade.

Sintagma - formado por uma ou mais palavras. Busca-se, logo, pelo elemento núcleo e classifica-se o sintagma segundo a categoria do núcleo (ex.: pela cidade: núcleo: pela = preposição [por + ela]).