Morte Fetal em Diabetes Gestacional Como Evitar? · Morte Fetal em Diabetes Gestacional – Como...

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Morte Fetal em Diabetes Gestacional Como Evitar? - A propósito de um caso clínico - Centro Hospitalar de Lisboa Central Hospital de Dona Estefânia Introdução Diabetes Gestacional (DG) é uma das complicações mais frequentes durante a gravidez e que pode resultar em morte fetal. A incidência desta última é 1-3%, devido principalmente ao mau controlo glicémico. A fisiopatologia deve-se: macrossomia fetal, anomalias congénitas, vasculopatia placentar, acidose materna e hipoglicémia com libertação súbita de catecolaminas fetais. . Vanessa Olival , Ana Bello, Margarida Enes, Alice Cabugueira, Maria João Nunes, Ricardo Mira Centro Hospitalar Lisboa Central, Hospital de D.Estefânia, Lisboa Serviço de Ginecologia-Obstetrícia Resultados e Conclusões A salientar neste caso clínico vários fatores de risco: antecedentes de macrossomia fetal; diagnóstico de Tuberculose Pulmonar durante a gravidez com comprometimento da capacidade respiratória da grávida com menos aporte de oxigénio para o feto e DG com mau controlo glicémico. Este caso salienta a fisiopatologia da DG associada a morte fetal, alertando para outros co-fatores que poderão catalisar esse desfecho, quer sejam antecedentes ou situações decorrentes durante a gravidez, para que possamos prever e evitar estas mortes fetais. Objectivos Descrevemos um caso de uma grávida com Diabetes Gestacional descontrolado que levou a morte fetal. Material e Métodos Descrevemos uma grávida 32 anos, caucasiana, IO 2012 com 2 cesarianas anteriores com recém-nascidos com peso superior a 4500gr mas sem diagnóstico de DG ou Diabetes prévia à gravidez. Gravidez sem intercorrências até às 14 semanas quando foi internada com diagnóstico de Tuberculose Pulmonar, tendo iniciado tuberculostáticos. Às 25 semanas, foi diagnosticado DG com 1 valor positivo. Iniciou controlo glicémico, ecocardiograma fetal e ecografias seriadas para estimativa ponderal. A salientar o descontrolo glicémico pelo que às 28 semanas iniciou insulina. A ecografia às 32 semanas, revelou morte fetal e a autópsia sinais de anóxia fetal e trombose placentar.

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Morte Fetal em Diabetes Gestacional – Como Evitar? - A propósito de um caso clínico -

Centro Hospitalar de Lisboa Central Hospital de Dona Estefânia

Introdução

Diabetes Gestacional (DG) é uma das complicações mais frequentes durante a gravidez e que pode resultar em morte fetal. A incidência desta última é 1-3%, devido principalmente ao mau controlo glicémico. A fisiopatologia deve-se: macrossomia fetal, anomalias congénitas, vasculopatia placentar, acidose materna e hipoglicémia com libertação súbita de catecolaminas fetais.

.

Vanessa Olival, Ana Bello, Margarida Enes, Alice Cabugueira, Maria João Nunes, Ricardo Mira Centro Hospitalar Lisboa Central, Hospital de D.Estefânia, Lisboa Serviço de Ginecologia-Obstetrícia

Resultados e Conclusões

A salientar neste caso clínico vários fatores de risco: antecedentes de macrossomia fetal; diagnóstico de Tuberculose Pulmonar durante a gravidez com comprometimento da capacidade respiratória da grávida com menos aporte de oxigénio para o feto e DG com mau controlo glicémico. Este caso salienta a fisiopatologia da DG associada a morte fetal, alertando para outros co-fatores que poderão catalisar esse desfecho, quer sejam antecedentes ou situações decorrentes durante a gravidez, para que possamos prever e evitar estas mortes fetais.

Objectivos

Descrevemos um caso de uma grávida com Diabetes Gestacional descontrolado que levou a morte fetal.

Material e Métodos

Descrevemos uma grávida 32 anos, caucasiana, IO 2012 com 2 cesarianas anteriores com recém-nascidos com peso superior a 4500gr mas sem diagnóstico de DG ou Diabetes prévia à gravidez. Gravidez sem intercorrências até às 14 semanas quando foi internada com diagnóstico de Tuberculose Pulmonar, tendo iniciado tuberculostáticos. Às 25 semanas, foi diagnosticado DG com 1 valor positivo. Iniciou controlo glicémico, ecocardiograma fetal e ecografias seriadas para estimativa ponderal. A salientar o descontrolo glicémico pelo que às 28 semanas iniciou insulina. A ecografia às 32 semanas, revelou morte fetal e a autópsia sinais de anóxia fetal e trombose placentar.