Mosquitos - Parasitologia

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SEMINÁRIO DE PARASITOLOGIA “MOSQUITOS” ARIANE, CARLOS, LUCIANA, LUANA, LIVIA, RENATA, KACIENE, KARINE E WASLAN PROF: EDINA

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Seminário de ParasitologiaTEMA: MosquitosMATÈRIA: HELMINTOLOGIAFaculdade Ciencias da Vida _ FCV_ Sete Lagoas_MG

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ARIANE, CARLOS, LUCIANA, LUANA, LIVIA, RENATA, KACIENE, KARINE E WASLAN

PROF: EDINA

Culex

Culex

O gnero Culex engloba mais de 300 espcies, sendo que a maioria habita as regies tropicais e subtropicais do mundo. No Brasil, conhecido popularmente como pernilongo ou murioca .

Consoli, Rotraut e Oliveira, Ricardo L. de. Principais mosquitos de importncia sanitria no Brasil. Rio de Janeiro, 1994. Editora Fiocruz.

NOME CIENTFICO: Culex FILO: Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Diptera FAMLIA: Culicidae

CARACTERSTICAS: Comprimento at 6 mm na forma adulta. Probscide perfurante e sugadora, tem cor de palha, suas asas no tm manchas e o seu dorso pardo-escuro com escamas amarelas. As fmeas so hematfagas e h muitas espcies antropoflicas. Elas permanecem em repouso durante o dia e comeam sua atividade ao crepsculo.

y A ovipostura realizada em recipientes que contenham gua limpa ou poluda, dentro ou fora das casas. y Os ovos so depositados sobre a gua de maneira aglutinada, de modo a formar uma minscula jangada. y De dois a quatro dias aps a ovipostura, h a ecloso. A larva apresenta sifo respiratrio e se mantm oblqua superfcie da gua.

O desenvolvimento larval pode durar de dez a 20 dias. Aps esse perodo surge a pupa, que dentro de um a trs dias d origem ao inseto adulto.

Cule s . - Larva. otar sifo respiratrio (seta).

Durante a hematofagia o inseto causa desconforto, insnia e at irritabilidade. A picada tambm pode provocar reaes alrgicas oriundas de protenas e peptdeos presentes na saliva do inseto. Os mosquitos deste gnero podem inocular agentes de importantes doenas infecto-parasitrias como Wuchereria bancrofi, que causa a filarase linftica, tambm conhecida como elefantase. Tambm esto envolvidas na transmisso de arboviroses como as encefalites virais e a Febre do Oeste do Nilo.

PREVENOA preveno ou a eliminao dessa doena est relacionada ao controle do vetor e ao tratamento dos doentes. Assim, necessrio controlar o mosquito com o uso de telas nas portas e janelas, mosquiteiros, inseticidas e repelentes. Outras medidas importantes e de impacto coletivo so o saneamento urbano e a drenagem de banhados. Essas medidas contribuem diretamente no controle do inseto e nas doenas vetoriadas pelos mesmos em reas de maior concentrao humana.Consoli, Rotraut e Oliveira, Ricardo L. de. Principais mosquitos de importncia sanitria no Brasil. Rio de Janeiro, 1994. Editora Fiocruz.

y Lista de especies do gnero Culexy Subgnero Acalleomyia Leicester y Culex obscurus(Leicester, 1908)-Indonsia, Malsia y Subgnero Acallyntrum Stone & Penn y Culex axillicola Steffan, 1979-Papua-Nova Guin y Culex bicki (Stone & Penn), 1947-Indonsia y Culex binigrolineatus Knight & Rozeboom, 1945-Indonsia y Culex bougainvillensis Steffan, 1979-Ilhas Salomo y Culex miyagii Mogi & Toma, 1999-Indonsia y Culex pallidiceps (Theobald, 1905)-Papua-Nova Guin y Culex perkinsi Stone & Penn, 1948-Ilhas Salomo y Subgnero Aedinus Lutz y Culex accelerans Root, 1927-Brasil, Panam, Trinidad e Tobago, Guiana y y y y

Francesa Culex amazonensis (Lutz, 1905)-Brasil, Colmbia, Panam, Suriname, Trinidad e Tobago, Venezuela, Guiana Francesa Culex hildebrandi Evans, 1923 Culex clastrieri Casal & Garcia, 1968-Brasil Culex guyanensis Clastrier, 1970-Guiana Francesa

Anopheles

AnophelesClassificao cientfica y Rein :Animalia y Filo: Arthropoda y Classe: Insecta y Ordem: Diptera y Famlia: Culicidae y Gnero: Anopheles Meigan, 1818

Anopheles um gnero de mosquito com ampla distribuio mundial, presente nas regies tropicais e subtropicais, incluindo Portugal, Brasil, China, ndia , continente africano. Os anofelinos so hematfagos e vrias espcies do gnero so vetoras do Plasmodium, o protozorio causador da malria.

O mosquito apresenta colorao escura com manchas brancas asas longas, com escamas formando reas com manchas claras e escuras. Durante o pouso, o Anopheles fica oblquo superfcie. Os insetos adultos se alimentam de gua e seivas vegetais. Entretanto, aps o acasalamento, as fmeas necessitam de um maior aporte protico, tornando-se hematfagas. Aps a maturao ovariana as fmeas procuram os locais para ovipostura. Os anofelinos tm comportamento crepuscular.

A postura dos ovos realizada em locais de gua pouco agitada. Os ovos possuem flutuadores, sendo ovipostos separadamente uns dos outros. De dois a quatro dias aps a ovipostura, o ovo se transforma em larva. As larvas das diferentes espcies apresentam preferncias variadas quanto ao grau de salinidade e concentrao de matria orgnica.

Lar as e pupas se desenvolvem em meio aquti o necessitando subir superfcie para respirar. m 10 a 20 dias as larvas evoluem pupa.

A pupa d origem ao inseto adulto aps um a trs dias.

Prevenoy Uso de telas nas portas e janelas, mosquiteiros,

inseticidas e repelentes. y Saneamento urbano e a eliminao de locais de acmulo de gua parada. y Realizao de um monitoramento peridico do ambiente, a fim de identificar os locais onde este mosquito possa estar proliferando e realizar o controle adequado.

Principais espcies doy Anopheles maculipennis (Europa), y A. culicifacies (ndia),

nero

y A. minimus (de Assam at a China e Filipinas), y A. gambiae e A. funestus na frica; y A. albimanus (Mxico), y A. nueztovari (Venezuela e Colmbia), y A. darlingi e A. aquasalis (Brasil). y Outras espcies importantes na transmisso da

malria no Brasil so A. bellator e A. cruzii.

Lut

i

Lutzomyia

Inseto conhecido popularmente como mosquito palha ou birigui tem importncia como espoliador sanguneo e transmissor das leishmanases. um mosquito pertencente famlia Psychodidae, sendo conhecidas inmeras espcies do gnero Lutzomyia distribudas por todo o continente americano.

Classificao cientficay Reino: Animalia y Filo: Arthropoda y Classe: Insecta y Subclasse: Pterygota y Infraclasse: Neoptera y Superordem: Endopterygota y Ordem: Diptera y Famlia: Psychodidae y Subfamlia: Phlebotominae

DesenvolvimentoO desenvolvimento de cada espcie varia muito. Baseando o ciclo tendo L. longipalpis como modelo, as fmeas realizam a ovipostura em lugares midos que contenham matria orgnica em decomposio e protegidos da luz. A embriognese se completa em seis a nove dias, quando ocorre a liberao da larva, que passa a se alimentar de matria orgnica. A temperatura e umidade mais elevadas favorecem o desenvolvimento larval. O perodo de desenvolvimento larval tem durao de 14-19 dias, seguido da formao da pupa. Aps, aproximadamente, 9 dias ocorre a metamorfose para inseto adulto.

A forma adulta um inseto pequeno (2-3 mm). Apresenta cabea posicionada para baixo, asas lanceoladas e corpo recoberto de pilosidades. Em geral apresenta vo silencioso e curto, o que torna sua presena muitas vezes imperceptvel. Prximo a residncias e instalaes humanas a hematofagia predominantemente crepuscular e noturna. Entretanto as fmeas podem ser ativas mesmo durante o dia nos locais midos, escuros ou sombreados onde repousam,como nas florestas.

Preveno y A espoliao humana pode ser evitada com

o uso de repelentes sobre o corpo e sobre as roupas ou mosquiteiros. y Os efeitos danosos da presena do mosquito podem ser minimizados pela construo das moradias humanas distando em torno de 400500 m da borda de reas bem florestadas. y Em casos de infestao em reas com a presena de espcies mais adaptadas ao ambiente humano (antropoflicas), o controle do mosquito tambm pode ser realizado pela aplicao de inseticidas no local e pela destinao adequada do lixo orgnico.Marcondes CB. Entomologia Mdica e Veterinria. Editora Atheneu, So Paulo, 2001.

Aedes aegypti.

Classificao cientficay Reino: Animalia y Filo: Arthropoda y Classe: Insecta y Ordem: Diptera y Famlia: Culicidae y Gnero: Aedes y Espcie: Ae. aegypti

O mosquito Aedes aegypti: um problema de sade pblicay Aedes aegypti: serssimo problema de sade no Brasil

onde transmite os virus causadores de trs doenas: dengue, duengue hemorrgica e febre amarela. y S mente para a febre amarela existe vacina. Mesmo assim, essa doena hoje uma forte ameaa em nosso Pas.

Desenvolvimentoy O desenvolvimento do mosquito dura mais ou menos

7 dias e passa por 4 fases: ovo larva pupa adulto y De ovo at pupa ocorre na gua. O adulto se forma dentro da pupa e quando est pronto sai por uma abertura e voa.

Ovo do mosquito fotografado em microscpio difcil ver a olho nu. do tamanho de um pontinho feito com lpis preto de ponta fina

L rv o e es ae y ti. Sai o ovo bem equena, alimenta-se os etritos existentes na gua, movimenta-se muito e cresce......

Pupa A larva cresce e se transforma na u a, que tambm se move rpida mas no se alimenta

Ae es e y ti lt . fcil de reconhecer por ser rajado de branco e preto

Como os mosquitos transmitem os vrusy Apenas as fmeas adultas se alimentam de sangue. Portanto, s elas picam as pessoas e transmitem os vrus das doenas. y O Aedes aegypti um mosquito que se encontra ativo e pica durante o dia. y Quando pica a pessoa doente, a fmea ingere os vrus que esto no sangue. Eles se multiplicam no seu corpo e ficam na sua saliva. y Quando a fmea infectada pica outra pessoa, um pouco da saliva com vrus injetada, a pessoa torna-se tambm doente e assim a doena se espalha. y Uma vez infectada, a fmea do mosquito torna-se vetor dos vrus at a sua morte.

y As fmeas botam os ovos em guas paradas, limpas ou

sujas. y Botam at mesmo em quantidade de gua muito pequena (por exemplo, em tampinha de garrafa, cascas de ovos, um pedao de plstico, deixados ao relento). y E mesmo que a gua seque, os ovos do mosquito no morrem; eles podem permanecer vivos por at um ano e quando nova gua encher aquele pequeno espao podero desenvolver-se. y Cada fmea bota cerca de 300 ou mais ovos

A melhor forma de combate ao mosquito Eliminar as guas paradas (criadouros).

Alguns dos muitos criadouros possveisCaixa d gua

Manter a caixa dgua sempre bem tampada

Pneus com gua

Plsticos ao relento

Garrafas ou qualquer vasilhame contendo gua

Tampas de garrafas ou de vidros de qualquer tipo

Cascas de ovos

Bibliografiay y y

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