Motiva Cultural - 10 Anos

12
Informativo Colégio Motiva João Pessoa, PB - Ano3 - N o 11 Abril de 2012 Motiva João Pessoa comemora aniversário Educação Qual a melhor hora para colocar seus filhos na escola? Ortografia Novo acordo da língua portuguesa será obrigatório em 2013. TDAH Você sabe o que é Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade? Confira. Dez anos

description

Motiva João Pessoa comemora aniversário.

Transcript of Motiva Cultural - 10 Anos

Page 1: Motiva Cultural - 10 Anos

Informativo Colégio Motiva João Pessoa, PB - Ano3 - No 11

Abril de 2012

Motiva João Pessoa comemora aniversário

EducaçãoQual a melhor hora para colocar seus filhos na escola?

OrtografiaNovo acordo da língua portuguesa será obrigatório em 2013.

TDAHVocê sabe o que é Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade?Confira.

Dez anos

Page 2: Motiva Cultural - 10 Anos

O Motiva Cultural é uma publicaçãodo Colégio Motiva.Campina GrandeJardim AmbientalRua Luiza Bezerra Motta,589 - CatoléFone: (83) 2101.4900CentroRua Irineu Joffily, 163 - CentroFone: (83) 2101.4800

João PessoaAmbientalRua Silvino Lopes, 255 - TambaúFone: (83) 3015.2100MiramarAv. Rui Carneiro, 850 - MiramarFone: (83) 3015.2800

Direção:Carlos BarbosaJane Eyre Karamuh Martins

JornalistaResponsávelRafaella Ribeiro - DRT: 2735

Projeto Gráfico eDiagramaçãoFeliciano Neto

RevisãoJerônimo Vieira

Rafaella Ribeiro

FotografiaArtur Cavalcanti

ImpressãoGráfica Moura Ramos

Expediente

Rafaella Ribeiro

Ao Leitor

A primeira edição de 2012 do informativo Motiva Cultural tem um gostinho es-pecial: a comemoração dos 10 anos do Motiva João Pessoa. A Escola das Grandes Conquistas está de parabéns pelas conquistas e desafios ao longo desta década e compartilha com você algumas informações marcantes ao longo dessa história com matérias e entrevistas.

Neste exemplar, toda a comunidade Motiva vai poder conferir notícias sobre eventos e atividades realizadas já em 2012 e também uma abordagem sobre temas atuais e de interesse de todos como a matérias sobre o novo acordo or-tográfico da língua portuguesa, que passa a ser obrigatória já a partir de 2013 e a matéria que fala sobre o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), esclarecendo dúvidas e orientando os pais, familiares e professores a agir em determinadas situações.

Você sabe qual a melhor hora de colocar o filho na escola? O Colégio Motiva oferece turmas a partir de um ano de idade. Entrevistamos a psicóloga Leânia Ferreira, supervisora da Educação Infantil, para falar sobre o acompanhamento e estímulo escolar desde a primeira infância.

Na matéria sobre o vestibular, uma pequena entrevista com a aluna Amanda Marra, aprovada em sete universidades para o curso de Medicina e 3º lugar geral no concurso vestibular da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Continuando as homenagens alusivas aos 10 anos do Colégio Motiva, uma entrevista com as primeiras alunas matriculadas na escola, em 2003, Juliana e Lu-ciana Miranda. Hoje universitárias, elas contam um pouco do que viveram nos tempos de escola. Juliana relembra o primeiro dia de aula, quando plantou uma muda de pau-brasil, simbolizando o início de tudo. Confira na nossa página Sem-pre Motiva.

Quer saber o que temos mais nessa edição? Confira nas próximas páginas e acesse também o site www.colegiomotiva.com.br para ficar por dentro de tudo o que acontece na escola. Tenham todos uma boa leitura!

www.colegiomotiva.com.br

Colégio Motiva Miramar

Page 3: Motiva Cultural - 10 Anos

Expediente

@MotivaJP

Tome Nota

Ex-aluno fazintercâmbio nos EUA

Oficina de Texto estimula leitura e escrita

No início do mês de março, representantes das es-colas parceiras do Colégio Motiva estiveram reunidos para acertar detalhes sobre a realização do X Jogos da Amizade. A reunião aconteceu em João Pessoa, cidade sede do evento em 2012 e definiu datas e delegações participantes.

Segundo o coordenador de esportes do Colégio Mo-tiva, Eduardo Jorge, os jogos irão acontecer de 6 a 9 de setembro. “Esperamos receber de 900 a 1.000 atletas de outros estados”, afirmou.

Este ano, participam as escolas Master e Antares (Fortaleza), Colégio CEI (Natal) e Colégio Motiva (Campi-na Grande e João Pessoa).

O ‘Jogos da Amizade’ é um evento que acontece anu-almente entre escolas, que reúne atletas de várias cida-des do Nordeste, com o objetivo de valorizar os ideais olímpicos através do esporte, incentivando o sentimen-to de amizade e valorizando integração de jovens.

O Colégio Motiva iniciou, no mês de março, o Projeto Giroletras 2012, desde a Educação Infantil até o 8º ano do Ensino Fundamental II. Os kits foram entregues em sala de aula aos alunos. Na Educação Infantil, a apresentação de algumas peças teatrais como “Chapeuzinho Vermelho” e “Alice no País das Maravilhas”, marcaram a abertura das atividades.

Com o objetivo de despertar o interesse pela leitura, desenvolver o hábito de ler e formar leitores críticos, o Projeto Giroletras é um dos principais desenvolvidos pela escola. O aluno recebe no início do ano um kit contendo três livros e um passaporte da leitura. A cada semana, os livros vão sendo trocados em sala de aula e transformam--se em ferramentas didádicas. Dependendo do número de alunos em cada sala, é possível que ao término do pro-jeto cada um tenha lido até 90 livros.

No mês de novembro, acontece a culminância do projeto, quando serão apresentados os trabalhos e ati-vidades desenvolvidas a partir dos aprendizados como apresentação de obras literárias, dramatizações, danças, músicas, pesquisas, exposições e muito mais.

Preparativos parao X Jogos da Amizade

Projeto Giroletras 2012

Incentivar o hábito da leitura e escrita é uma das principais propostas pedagógicas do Colégio Motiva. No início do ano, foram abertas inscrições para a Oficina de Texto, realizada pelas professoras Alessa Amorim e Maíra Fonseca. As aulas são ministradas em horário opcional para os alunos do 6º ao 9º ano, sem custo adicional.

A Oficina de Texto tem como objetivo despertar no aluno uma relação tríade entre leitura, escrita e reescri-ta. “O trabalho estimula o aluno Motiva, agregando-lhe novos valores e promovendo descobertas no mundo da comunicação, leitura e letras. Além disso, solta a imagi-nação, estimula a criatividade, aumenta o vocabulário, amplia o conhecimento de mundo e incentiva o senso crítico”, afirmou Alessa.

As aulas têm duração de uma hora e meia por turma, cada uma com um encontro semanal. O trabalho não para por aí. Todos os anos, os melhores textos produzi-dos pelos alunos nas oficinas são publicados no livro No-táveis Autores, lançado durante o Projeto Giroletras.

O estudante universitário Victor Araújo, ex-aluno do Colégio Motiva, embarcou em 2011 para os Estados Unidos, onde está participando de um intercâmbio na Brown University, uma das 15 melhores universidades do país. Victor foi aprovado em 2007, no vestibular do Instituto Tecnológico da Aeronáutica.

Segundo ele, o intercâmbio acontece através do pro-grama Ciências Sem Fronteiras, que manda estudantes de várias áreas em crescimento no Brasil para outros pa-íses, a fim de adquirir experiências internacionais. “Irei fazer um ano do meu curso lá. Sempre quis a oportu-nidade de ter uma experiência internacional em uma universidade de outro país”, contou.

Para Victor, tudo será enriquecedor. “Acredito que conhecerei mais áreas de estudo, já que irei para uma universidade muito maior que a minha atual”, revelou.

3

Page 4: Motiva Cultural - 10 Anos

4

Euforia, tensão, ansiedade, uma mistura de sentimentos era o que estava estampado no rosto de cada um dos futuros feras 2012 da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e também dos pais e familiares antes da divulgação do resultado. Enfim, a espera acabou. O que antes era nervosismo se transformou em alegria, comemoração e muitas cabeças e sobrancelhas raspadas, na festa do Colégio Motiva, no dia 25 de janeiro.

Ao todo, o Colégio Motiva aprovou nos concursos vestibulares de todo o país, 1335 alunos nos mais diversos cursos de graduação. O diretor Karamuh Martins comemorou duplamente o sucesso alcançado com a aprovação dos alunos e também a aprovação da filha mais velha Gabriela Martins, no curso de Arquitetura. “Como diretor fica a sensação do dever cumprido, de ter acertado, de ter errado, mas ter a certeza de que estamos sem-pre buscando construir o melhor. Como pai, é indescritível. É, com certeza, melhor do que quando eu passei”, revelou.

Exemplo - A estudante Amanda Marra, 17 anos, foi aprovada em sete universidades de Medicina (UFPB, UFCG, Fuvest, UFRJ, Fa-merpe, Unir e Ufac). O segredo? Segundo ela, muita perseverança e um cronograma de estudos bem definido. “Tem que ter uma vida regrada. Claro que tem que ter diversão, mas com horário certo para estu-dar. Eu estudava de 5 a 6 horas por dia. Não precisa dormir tarde ou ficar a madrugada

www.colegiomotiva.com.br

Motiva comemora aprovação dealunos na UFPB

estudando, mas precisava regrar, discipli-nar o horário e segui-lo a risca”, contou.

Além de passar nas sete universidades, a jovem, que estudou no Colégio Motiva do 7º ao 3º ano, foi aprovada em 1º lugar na UFPB, através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e 2º lugar também na UFPB, através do Processo Seletivo Seriado (PSS), o que lhe rendeu a 3ª colocação ge-ral no certame.

Para conseguir atingir os seus objeti-vos, Amanda contou que começou a ter uma rotina de estudos desde que iniciou o Ensino Médio. “Eu sempre quis fazer Me-dicina. Às vezes você fica pensando, será que vai dá certo? A concorrência é enor-me, mas dá! Se você estiver estudando do jeito certo, consegue. Não tem segredo”, revelou.

Amanda enfatizou que o Colégio Mo-tiva e o incentivo dos pais foi primordial para a sua conquista. “Os professores me ajudaram muito recomendando livros e materiais, já que eu fiz vestibular fora. Não adianta só estudar em casa. Nosso apren-dizado depende muito de como o pro-fessor dá a aula, de como ele nos dá dicas importantes e tudo isso foi fundamental. A escola tem uma metodologia muito orga-nizada, nos proporciona testes e simulados que nos prepara para vestibulares de todo o país. Meus pais também não pouparam esforços com relação aos meus estudos”, afirmou ela.

“A concorrência é enorme, mas dá! Se você estiver estudando do jeito certo, consegue. Não tem segredo”

Amanda MarraAprovada em Medicina

Page 5: Motiva Cultural - 10 Anos

5

Desde 1º de janeiro de 2009 entrou em vigência o novo acordo ortográfico da lín-gua portuguesa. Ainda usado de maneira optativa, mas com algumas alterações na grafia das palavras, a decisão tem sido alvo constante de críticas. O fato é que até o final de 2012 todos ainda podem usar as duas regras, nova e antiga, mas a partir de 2013 será obrigatório o uso do novo acor-do.

Tira hífen, coloca hífen, dobra a conso-ante, cai o trema. Segundo o professor de língua portuguesa, do Colégio Motiva, Je-rônimo Vieira, a mudança atinge todos os usuários da língua. “As regras de acentua-ção e emprego do hífen são as mudanças mais difíceis. Quanto ao trema e ao acrés-cimo de novas letras, não vejo problemas, uma vez que tais mudanças já foram incor-poradas há tempos”, citou.

Mandar bem na leitura e praticar a es-crita é a melhor maneira de deixar as no-

vas regras fresquinhas na cabeça. Jerônimo afirma que na escola a discussão sobre o acordo e as cobranças já começaram des-de o início da vigência. “A discussão sobre o acordo já foi feita num primeiro momento, com os alunos das séries finais do funda-mental II e do Ensino Médio, uma vez que os alunos precisam se adequar à nova es-crita. Hoje é adequada a realidade da sala de aula e cobrada constantemente nas provas”, explicou.

Algumas alterações são básicas e de-vem estar na ponta da língua. O alfabeto agora tem 26 letras - incorporou K, W e Y; o trema não é mais usado; o acento em palavras paroxítonas com ditongos abertos (jiboia, colmeia, epopeia) deve ser descon-siderado. O hífen tornou-se o tormento de muitos e, para Jerônimo Vieira, merece de-dicação para que não se cometam inade-quações no uso.

@MotivaJP

Novo acordo ortográfico será obrigatório em 2013

O Novo Acordo Ortográfico foi elaborado para uniformizar a grafia das palavras dos países lusófonos, ou seja, os que têm o português como língua oficial. O professor Jerônimo Vieira não caracteriza tais mudanças como positivas ou ne-gativas. “Eu penso que há aspectos mais importantes, no ponto de vista linguístico e normativo, que mere-ceria uma revisão, não a escrita já convencionada nos países envolvi-dos. Se positivo ou negativo o tem-po dirá, aliás, nos mostrará, ainda é cedo para tecer um comentário dessa natureza”, refletiu.

Quer saber mais sobre as no-vas regras? Então acesse já o nosso site www.colegiomotiva.com.br

Polêmica

Page 6: Motiva Cultural - 10 Anos

No dia 03 de fevereiro de 2000 nascia o Colégio Motiva. A primeira unidade come-çou a funcionar em Campina Grande com poucos alunos e apenas duas salas de aula, mas com uma ideia de levar adiante um projeto de ensino diferente e inovador. Esse sonho tornou-se realidade e hoje o Colégio Motiva, com quatro unidades (João Pessoa e Campina Grande) e 12 anos de história é referência na educação paraibana, abran-gendo os três níveis de Ensino: Infantil, Fun-damental e Médio.

Este ano, o Colégio Motiva João Pessoa está em festa. É o aniversário de 10 anos de existência. Desde a inauguração da unida-

de Miramar, em 2003, até agora, em 2012, a escola soma inúmeras conquistas e desa-fios, com o objetivo oferecer sempre quali-dade de ensino aliada a formação integral do aluno, para que ele possa ser detentor de conhecimentos, mas também exerça sua cidadania com base em princípios éti-cos.

Ao longo de uma década podemos citar inúmeras conquistas: a aprovação de alunos nos concursos vestibulares de todo o país, o primeiro lugar no Exame Nacional do Ensino Médio por seis vezes consecu-tivas, os títulos em olimpíadas científicas nacionais e a participação em olimpíadas

internacionais, títulos brasileiros de hande-bol e basquete, a parceria com a Unesco, trabalhando ano a ano as temáticas pro-postas dentro da programação pedagógi-ca, a realização de inúmeros projetos como Giroletras, SACC, Tureco, Mimotiva, Valores, Onda Verde, Vocare, Lanche Vitaminado e muito mais.

Em entrevista, o diretor das unidades de João Pessoa, Karamuh Martins, fala como surgiu a ‘Escola das Grandes Conquistas’, conta um pouco da história e traça planos para o futuro.

10 ANOSDO MOTIVAJOÃO PESSOA

6 Capa

COMO SURGIU A IDEIA DE CRIAR O COLÉGIO MOTIVA?Karamuh - O Motiva surge de um projeto de Carlos e Jane de criar uma escola diferenciada, na épo-ca, em Campina Grande. Uma es-cola que tivesse um projeto arroja-do, uma filosofia diferente das que eram oferecidas na cidade e que fosse focada na aprendizagem, no bem-estar e na segurança de crianças e adolescentes. O Motiva nasceu no ano de 2000, em Cam-pina Grande, como uma escola do Ensino Médio, mas já em 2001, começou a atuar com turmas da

Educação Infantil ao Ensino Mé-dio.

DE QUE FORMA FOI IDEALIZA-DA A EXPANSÃO DA ESCOLA PARA JOÃO PESSOA?Karamuh – De 2001 a 2003, o Mo-tiva atuou no mercado de Campi-na Grande sempre vislumbrando dar um passo maior. Foi quando a direção geral me chamou para conversar. O projeto logo me en-cantou, porque eu nunca tinha pensado em ser diretor de escola. Eu era um professor extremamen-te feliz e realizado, mas quando

surgiu a oportunidade de ter uma escola diferente, que propiciasse o que eu sonhava de escola, então resolvi abraçar e mergulhar de ca-beça nesse projeto. Em 2003, abri-mos a primeira unidade do Moti-va, no Miramar, em João Pessoa.

COMO FORAM OS PRIMEIROS ANOS DA ESCOLA EM JOÃO PESSOA?Karamuh - O Motiva já nasceu para nós como uma grande sur-presa. Nós planejamos a escola para ter 225 alunos. A gente acha-va que se a escola começasse com

esse número de alunos ela estava bem. Já no primeiro ano, nos sur-preendemos com a adesão. Dos 225 alunos planejados, iniciamos com 475 alunos do Ensino Fun-damental II e Médio. Nesse mes-mo ano, percebemos que existia uma procura grande dos pais por uma escola mais ampla, não só no aspecto físico, mas que recebes-se alunos menores, da Educação Infantil e Ensino Fundamental I. Em 2004, inauguramos o Motiva Ambiental, em Tambaú. Qual foi a nossa grande surpresa? A credibi-lidade que a escola tinha naquele momento. As pessoas apostaram numa escola que elas nem sabiam se ia ficar pronta, mas ficou e ini-ciamos com 800 alunos no dia 9 de fevereiro daquele ano.

O QUE MUDOU DELÁ PRA CÁ?Karamuh – Nós temos hoje algu-mas expectativas que não tínha-mos. Mudamos algumas coisas do ponto de vista pedagógico. Desenvolvemos um projeto de le-tramento na Educação Infantil, por exemplo. O resultado disso vai ser sentido ao longo do tempo, por-que a escola tem uma perspectiva de se fortalecer diante do Enem. Há dois anos atrás fizemos uma parceria com o Sistema Poliedro, para o 3º ano do Ensino Médio. Também adotamos a formação

www.colegiomotiva.com.br

Page 7: Motiva Cultural - 10 Anos

Retrospectiva

7

das turmas olímpicas. Temos aula de química e física experimental. São investimentos dessa nature-za que fazem com que a escola vá inovando, vá renovando o seu oxigênio.

QUAIS OS PILARESEDUCACIONAIS DO COLÉGIOMOTIVA?Karamuh – O Motiva se baseia nos pilares que a Unesco propõe: uma cultura de paz, uma apren-dizagem significativa, uma escola voltada para educação de valores. O Motiva se baseia numa pedago-gia moderna e atuante, que valori-za a aprendizagem significativa do aluno. A gente não acredita que é preciso aprender para aprender, mas que é preciso aprender por-que as coisas são importantes. A proposta pedagógica é arrojada, holística, preocupada com a for-mação integral do ser humano e com a questão da cidadania. Enfim, uma escola que tem uma proposta idealizada a partir dos princípios fundamentais do bem--estar do ser humano.

O QUE O MOTIVA REPRESENTA PARA VOCÊ, ENQUANTO DIRE-TOR?Karamuh –Eu investi no Motiva duas coisas que para mim são fun-damentais: a primeira, eu investi num grande sonho e a segunda, eu investi numa bem sucedida carreira de professor. Então, eu peguei essa carreira, a experiência que ela me deu, a vivência que ela me deu, os saberes e coloquei a serviço de um sonho. A gente erra, a gente falha, a gente precisa melhorar a cada dia, mas ao mes-mo tempo precisamos ter a cons-ciência de que temos um trabalho voltado fundamentalmente para a expectativa de realizar a melhor escola possível.

NESSES 10 ANOS, QUAL FOI A SUA MAIOR ALEGRIA?Karamuh – A minha maior alegria foi a inauguração da escola. Exis-tem também as alegrias do dia a dia, das aprovações, dos abraços dos alunos, das realizações. Esse ano, por exemplo, minha filha concluiu o 3º ano e foi aprovada em todos os vestibulares que fez.

Todas essas situações são impor-tantes, mas o melhor de tudo foi dizer assim: O Motiva existe, agora vamos fazer ele crescer.

TEVE ALGUMA TRISTEZA?Karamuh – Naturalmente nós te-mos momentos de tristeza. Nós ti-vemos um problema na escola de 2007 para 2008, que foi o famoso caso do bulling. Um momento de muita tristeza e muita dor para todos nós. Pequenos atritos, pe-quenas raivas, você tem sempre, porque a vida é assim, é feita de alegrias e tristezas constantes. Apesar de tudo, se a gente colo-car numa balança, as alegrias são muito maiores. Elas acontecem constantemente, no dia a dia, no abraço dos alunos, nos pequenos acontecimentos, porque escola é um espaço de alegria, de felici-dade.

O COLÉGIO MOTIVA, EM 10 ANOS, CONSEGUIU ALCANÇAR OS SEUS OBJETIVOS?Karamuh – O Motiva caminha nessa direção. Digo sempre que no dia que o Motiva, ou qualquer

outra instituição, seja de que ati-vidade for, entender que ela não precisa melhorar, ela vai fechar. O Motiva está no caminho certo, tem um direcionamento traçado, tem objetivos definidos, tem serie-dade e solidez naquilo que pensa. Mas, naturalmente, eu digo que o Motiva está sendo construído, porque a vida está sendo cons-truída.

QUAIS OS PROJETOSFUTUROS?Karamuh – Num curtíssimo prazo, o principal plano é a construção da nova unidade, no Altiplano. Nós já adquirimos a área, já temos um projeto arquitetônico prati-camente pronto, já temos alguns contatos com empreiteiras para construir e já estamos dando en-trada na documentação legal. A nova unidade, que começará a funcionar em 2013, terá, inclusive, o ensino integral, apesar de ainda não está definido em que séries isso irá ocorrer.

Primeiro ano do Colégio

Motiva Miramar. Primeira

turma de formandos do

3º ano.

2003

Abertura de turmas do

Infantil I, para alunos de 1

ano de idade.

2010

Realização do primeiro

Jogos da Amizade na cidade de João Pessoa,

sediada pelo Colégio Motiva.

2005

Alunos do Motiva participam da V Jornada

Espacial, em São Paulo.

2009

Expansão do Colégio Motiva em João Pessoa.

Inauguração da unidade

Ambiental.

2004

Colégio Motiva doa mais de 100 mil fraldas

descartáveis para Ong

Donos do Amanhã

2011

O Colégio Motiva conquista o primeiro lugar no Enem pela primeira vez. De lá para

cá já são seis conquistas

consecutivas.

2006

Aluna Juliana Miranda,

10 anos depois de ter plantado a árvore pau-

brasil, no 1º dia de aula,

em 2003.

2012

Aprovação no vestibular

do ITA dos alunos Vitor Araújo e Matheus

Henrique. Em 2010, o estudante Vitor Elias também foi aprovado no

vestibular do ITA.

2007

O Colégio Motiva recebe

a certificação do PEA/ Unesco.

2008

@MotivaJP

Page 8: Motiva Cultural - 10 Anos

Qual a melhor hora para colocar o filho na escola?

www.colegiomotiva.com.br

Colégio Motiva tem turmas de crianças a partir de1 ano de idade

8

Com um cenário cada vez mais comum onde pais e mães trabalham igualmente, as crianças estão entrando mais cedo na escola e a procura pelo segmento da Educação Infantil aumenta gradativamente. Apesar disso, muitos ainda têm o receio de está precipitando as coisas, pulando etapas e acreditam que ficar em casa, nos primeiros anos, ainda é a melhor opção. O que eles não sabem é que essa é uma escolha importante para o futuro da criança. Em um ambiente em que se oferecem condições e estímulos adequados a cada faixa etária, o desenvolvimento será essencial para expandir o seu mundo.

Segundo a psicóloga Leânia Ferreira,

supervisora da Educação Infantil, no Colégio Motiva João Pessoa, ao entrar na escola, com apenas um ano de idade, a criança terá oportunidade de se socializar com pessoas fora do seu ambiente familiar, desenvolver melhor a linguagem, a coordenação motora e enfrentar situações particulares. “Todas as atividades, por mais lúdicas que sejam, têm uma intenção pedagógica. Eles estão brincando, mas não estão brincando por acaso. Cada brincadeira tem o objetivo de desenvolver alguma habilidade na criança”, explicou.

Para ela, em casa os filhos têm atenção, carinho, mas talvez não tenham pessoas capacitadas para oferecer os estímulos que

eles precisam para o seu desenvolvimento. “Certas atividades, desenvolvidas por profissionais adequados, vão ajudá-los em todo o processo pedagógico escolar”, alertou Leânia, ressaltando que na escola também se aprende lições de cidadania, a conviver em grupo, a partilhar material e outros objetos com os colegas e professoras.

A inserção do aluno na escola se dá, porém, de uma maneira gradativa, para não criar traumas e tornar o hábi-to de frequentar as aulas uma escolha prazerosa e saudável. É o momento de separação entre mãe e filho e de muitos sentimentos ambivalentes para os pais e para as crianças.

Leânia revelou que a maior insegu-rança dos pais é ter que dividir a edu-cação dos filhos com pessoas que eles não conhecem. “Eles imaginam que as professoras não vão dar conta. Então vem a pergunta, quem vai conseguir atender as necessidades do meu filho? Porque em casa, todas as atenções são voltadas para ele. Mas as regras que são estabelecidas no ambiente coletivo são diferentes e, com o tempo, eles entram na rotina, deixando os pais mais segu-ros”, contou.

Lauro Xavier, pai do pequeno Lauro Ernesto, de apenas um ano, estudante do Infantil I, revelou que sentiu-se confiante e seguro já no primeiro contato com a escola, com uma conversa antecipada com o corpo pedagógico. “A idéia de colocá-lo já tão cedo para frequentar as aulas foi prepará-lo cognitiva, motora e socialmente. Além do que, ele vai ter contato com outras crianças e ficar um pouco mais distante e independente do ambiente familiar, no caso dele pai e mãe”, pontuou.

Luana Leite, mãe de Yasmin, passou pela mesma experiência de Lauro, em 2011. Agora, já no Infantil II, a pequena colhe os frutos do aprendizado. “O mais importante para mim foi ver, ao final do ano, a quantidade de coisas que ela estava fazendo, como subir e descer escadas, correr, pular e realizar atividades cognitivas”, elencou ela, que inicialmente sofreu preconceito por parte da família por colocar a filha tão cedo na escola, mas não hesitou e hoje tem a certeza de que a pequena está segura e bem acompanhada.

Já Bianca Santos tem três filhos no Colégio Motiva: um no Infantil II, no 1º ano e outro no 7º ano (Fundamental II). Hoje, ela sabe que fez a escolha certa, quando colocou os filhos para estudar desde cedo. “O meu filho mais velho entrou na escola com um ano e quatro meses e hoje é um estudante seguro e independente. Realiza as tarefas sozinho, é um bom aluno e sente prazer em permanecer na escola, participando de diversas atividades optativas, que lhes são disponibilizadas”, afirmou.

Adaptação Pais seguros

Page 9: Motiva Cultural - 10 Anos

Uma pesquisa recente realizada pelo site Seu Professor apontou que no Ensino Fundamental 60% das dúvidas dos estu-dantes são na disciplina de matemática, uma ciência exata que é vista com bons olhos por uns, mas ainda como bicho pa-pão pela maioria. De acordo com o site, a matéria foi a que mais motivou os acessos em busca de conteúdos e explicações de exercícios nos últimos seis meses, enquan-to que 20% foram dúvidas em ciências, 10% de português e os outros 10% dividi-dos entre história e geografia.

Segundo Carlos Henrique, professor de

Matemática do Colégio Motiva, a dificul-dade de interpretação dos problemas por parte dos alunos é o que alimenta o mito de bicho papão. “É preciso que as pesso-as entendam que a matemática não é só conta, é necessário entender o contexto de determinado problema para se dar bem na disciplina. O aluno que interpreta bem um problema é aquele cidadão que lê, ampliando com isso o seu conhecimen-to de mundo”, destacou.

Carlos Henrique acrescentou que o estímulo correto do professor em sala de aula é imprescindível para o desenvol-vimento da mente do aluno e a sua boa relação com a matéria. “A matemática não é difícil. Difícil é aplicar ela com clareza. A cultura do ensino ‘decoreba’ está enraizada como a melhor forma de ensinar o conte-údo. Ora, essa é a melhor forma ou a mais fácil? O professor deve mudar o modo de explicar. É ele quem deve estimular o ra-ciocínio do estudante com a aplicação de problemas do cotidiano em sala de aula, fazendo com que o aluno aprenda visua-lizando situações do seu dia-a-dia, ajudan-do-o a entender, não decorar”, enfatizou.

Matemática, um bicho papão?

A supervisora do Ensino Funda-mental II, no Colégio Motiva, Marília Gabriela, afirmou que existe um tra-balho constante na escola para des-mistificar a matemática e mostrar que todos podem e têm condições de aprender. “Matemática é uma disciplina que serve de base para as outras, então a gente precisa ter os conteúdos muito bem vistos e aprendidos no Ensino Fundamental para que eles não tenham dificulda-de na matemática do ensino médio, na física e na química”, apontou.

De acordo com Marília, nas tur-mas do sexto ano, a professora Ra-faela Pena trabalha com o projeto Litemática, que tem o objetivo de integrar o ensino da matemática à leitura. “Para isso, a professora utiliza um boneco, Zureta. Assim, os me-ninos interagem e quebram esse medo, porque eles já chegam no 6º ano com medo da matemática. Zu-reta é um instrumento que facilita essa integração e o resultado tem sido bastante positivo”, revelou.

“Já no sétimo ano, a professora Socorro utiliza muita coisa lúdica, do dia-a-dia, tentando trazer a ma-téria mais para perto deles. O ano passado, por exemplo, ela fez um trabalho com os alunos analisando a conta de energia. Mostrando para eles que ali tem um monte de nú-meros, mas o que significa cada um deles?”, falou e enfatizou que cada professor trabalha da sua forma, po-rém buscando agregar o ensino da disciplina ao trabalho lúdico.

Neste ano, o Colégio Motiva adotou duas novas disciplinas. No oitavo ano, a novidade é “Desenho Geométrico”, que surgiu com o ob-jetivo de introduzir alguns concei-tos que ajudarão os alunos no En-sino Médio. “Muitas vezes eles têm dificuldade na resolução de ques-tões por não saber construir as figu-ras geométricas. Os meninos tem um material específico de desenho e a forma de avaliação é diferente. Como uma disciplina prática, as construções que eles realizam em sala de aula valem ponto”, detalhou.

Já no nono ano, a novidade é a disciplina “Fundamentos da Ma-temática”, na qual os estudantes focam na resolução de exercícios de todo o conteúdo visto no Ensi-no Fundamental. “Não tem nada de novo, mas precisamos fazer uma revisão de todo o ciclo. Com isso, nós estamos fazendo com que a matemática não seja o que muitos pensam e abrindo caminhos para que eles possam chegar no Ensino Médio com uma base muito bem estruturada, podendo continuar nos seus estudos de forma mais aprofundada”, acrescentou.

Estímuloconstante

Novasdisciplinas

@MotivaJP

9

“Matemática não é só conta, é necessário entender o contexto para se dar bem na disciplina”

Carlos Henrique - Professor

Page 10: Motiva Cultural - 10 Anos

Parte danossa história

Sempre Motiva

O Colégio Motiva João Pessoa está co-memorando 10 anos de existência neste ano de 2012 e nada mais representativo do que duas alunas que fizeram parte da história da escola para uma entrevista. O fato é que a escolha das garotas não acon-teceu apenas porque são ex-alunas. As irmãs Juliana e Luciana Miranda foram as primeiras a efetuar matrícula na escola que acabara de chegar.

Em 2003, no início de tudo, Juliana cur-sava o 5º ano e Luciana o 6º ano, no Ensino Fundamental. Hoje, já universitárias, Julia-na cursa Direito no Unipê e Luciana cursa Relações Internacionais, na UEPB, e Direito, na UFPB, elas lembram com carinho e uma felicidade estampada no olhar os anos em que estudaram no Motiva. “A gente mor-re de saudade. Praticamente morávamos na escola, pois tínhamos aula de manhã e de tarde, mas adorávamos. Foi uma época muito boa”, lembra Luciana.

Segundo Juliana Miranda, a escolha do Motiva aconteceu antes mesmo de terminada a obra do prédio onde seria a então unidade do Miramar. “Minha mãe veio conversar com o diretor Karamuh e não hesitou, tinha certeza que daria tudo certo e no mesmo dia nos matriculou. Só soubemos que tínhamos sido as primeiras alunas matriculadas quando fui chamada para plantar o pau-brasil, como represen-tação do início da escola, no primeiro dia de aula”, contou.

Entre uma história e outra, peripécias, lembranças, amizades e aprendizados. “A disciplina foi um dos maiores aprendiza-dos que conquistei ao longo desses anos de estudo no Motiva. Tudo era muito rígi-do, horário, provas, entrega de tarefas”, afir-mou Luciana. A irmã, Juliana, completou: “Eu melhorei muito aqui. Olhe que eu era

www.colegiomotiva.com.br

10

Juliana e Luciana Miranda foram as primeiras alunas matriculadas no Colégio Motiva, quando inaugurou em João Pessoa. Saiba como elas estão hoje e um pouco das histórias vividas na Escola das Grandes Conquistas

uma peste, aprontava muito”, disse.A estudante lembrou da época em

que participava dos Jogos da Amizade. “Participei de todas as edições. Inclusive, fui eu quem organizou o primeiro time de futsal feminino para participar da compe-tição, no primeiro ano. Detalhe, ao invés de chamar as meninas que sabiam jogar futebol eu chamei as minhas amigas e, mesmo assim, conquistamos medalhas. Era muito bom, porque a gente viajava sempre todas juntas.”, lembrou Juliana.

Luciana enfatizou que os ensinamen-tos, aulas, puxões de orelha e projetos foram essenciais para ser a pessoa que é. “O Motiva também me deu a base de conteúdos e aprendizados que eu levo para a minha vida. Sinto isso hoje na pele, dentro da universidade quando vou estu-dar assuntos diversificados que acabo não tendo dificuldade porque vi no Motiva, enquanto outros estudantes ficam ‘voan-do’ e não sabem nem o que o professor está falando. A escola também sempre nos incentivou a ter disciplina e valorizar

“A gente morre de saudade. Praticamente morávamos na escola, pois tínhamos aula de manhã e de tarde, mas adorávamos. Foi uma época muito boa”

Luciana Miranda

“A disciplina foi um dos maiores aprendi-zados que conquistei ao longo desses anos de estudo no Motiva. Tudo era muito rígido, horário, provas, entrega de tarefas”

Juliana Miranda

aprendizados de cidadania e consciência ambiental”, revelou.

O tempo passou. Em 10 anos muitas coisas acontecem e aconteceram. As ir-mãs fizeram intercâmbio, terminaram o terceiro ano, entraram para a faculdade, participam de projetos de extensão na universidade e se preparam para o futu-ro. “Sempre fomos boas alunas, apesar de bagunceiras. Eu pretendo atuar em Direito Internacional e estudar para concursos. Já Juliana quer ser juíza”, planejou Luciana, que já é casada e mãe de Sofia, de 2 anos.

Luciana acrescentou: “Sempre indica-mos o Colégio Motiva e quero muito que minha filha estude aqui um dia”. Ela apro-veitou para parabenizar a escola pelo ani-versário. “O Motiva está de parabéns por esses dez anos. Além de ser uma escola, é também um empreendimento e todo em-preendimento tem um risco, mas o Moti-va está aí com um sistema de ensino de excelência e crescimento constante, fruto do trabalho constante de todos desde o porteiro até a direção da escola.”, pontuou Luciana.

Page 11: Motiva Cultural - 10 Anos

TDAH atinge10% dapopulaçãoem idadeescolar

@MotivaJP

11

Você sabe o que é Transtorno do Défi-cit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)? É um dos transtornos mentais mais comuns na infância e adolescência e acomete até 10% da população em idade escolar. As causas são genéticas e os portadores, no geral, apresentam desatenção, inquietude e impulsividade, dificuldades nas funções executivas do cérebro que prejudicam a capacidade de organização e disciplina.

Segundo a psicóloga do Colégio Moti-va, Tereza Sibely, a identificação do proble-ma geralmente acontece na escola, quan-do os professores percebem a inquietude de determinado aluno, a falta de concen-tração em sala de aula e a dificuldade em realizar provas e tarefas. “As crianças por-tadoras desse transtorno são aquelas que não conseguem prestar atenção ao que o professor está falando, sendo necessário que se explique o assunto uma, duas, até três vezes. Não porque elas não saibam ou não consigam entender, mas porque não conseguem parar para ouvir o que o pro-fessor está dizendo”, explicou.

Ao primeiro sinal, Sibely alerta que é preciso conversar com os pais e investigar se o aluno é ou não portador de TDAH. “Para chegar ao diagnóstico, temos que analisar a questão da primeira infância. To-das as crianças pequenininhas são muito agitadas, mas tem uma diferença da crian-ça que tem o transtorno e da que não tem. Aquela que tem o transtorno não conse-gue se concentrar em uma única coisa, quer fazer tudo ao mesmo tempo. Então, se a família confirma que desde pequena a criança age dessa forma, a escola orienta que os pais levem-no a um psicólogo ou psicopedagogo para avaliar a situação”, orientou.

De acordo com a psicóloga, crianças e adolescentes com esse tipo de trans-torno devem ter um acompanhamento periódico de um profissional competente para que o resultado seja positivo, uma vez que ele acompanha a pessoa a vida toda,

mas pode e deve ser controlado. “O diag-nóstico não é o fim, é o começo de tudo. O tratamento é necessário para que ele construa a sua própria autonomia, caso contrário, essa criança vai ser um adulto que não consegue terminar um curso, por exemplo, um adulto que vai se envolver em casamentos múltiplos ou um adulto que tem uma probabilidade altíssima de se envolver em drogas”, ressaltou. Ela lem-brou também, que o transtorno é mais comum em meninos do que em meninas.

Pais e professores desempenham um papel fundamental no tratamento dos portadores do TDAH e devem ficar atentos aos problemas de aprendizado ou de rela-cionamento social dos filhos e alunos. No Colégio Motiva, esse acompanhamento é realizado periodicamente. Sibely enfatizou que o laudo profissional não serve apenas para comprovar que o estudante é porta-dor do transtorno, mas é necessário para que sejam realizados os procedimentos coerentes.

“Em algumas situações, esse aluno deve sair de sala para realizar as provas, sendo acompanhado por um profissional na hora de sua avaliação. Como eles não têm um foco, então na hora da prova ele pode pular uma linha, um parágrafo, uma questão. Nestes casos, o setor de psicolo-gia realiza esse trabalho de fiscalização e orientação, fazendo as intervenções ne-cessárias”, disse.

A psicóloga acrescentou que os pro-fessores também são orientados a agir de acordo com a necessidade dos casos. “Esses alunos precisam sentar perto do professor durante as aulas, porque eles se dispersam facilmente, então devem ser chamados à atenção, porém de uma for-ma que não desperte o restante do grupo.

Atenção escolar

São crianças e adolescentes que precisam constantemente ser fiscalizados quanto à realização das tarefas”, pontuou.

10 dicas sobre como identificar os sintomas:

• Deixa de prestar atenção aos detalhes ou comete erros por descuido em atividades escolares;

• Agita as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira;

• Tem dificuldades para manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas

• Parece não escutar quando lhe dirigem a palavra;

• Não segue instruções e não termina os deveres escolares, tarefas domésticas ou deveres profissionais;

• Evita, antipatiza ou reluta em envolver-se em atividades que exijam esforço mental constante;

• Perde objetos pessoais (brinquedos, lápis, livros etc);

• É facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa;

• Apresenta esquecimento em atividades diárias;

• Tem dificuldade para brincar ou para se envolver silenciosamente em atividades de lazer.

Associação Brasileira do Déficit de Atençãowww.tdah.org.br

ilustrações Bel Paiva

Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade

tdah

Page 12: Motiva Cultural - 10 Anos