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CPTT MIGUEL BARBOSA VOLTA A DOMINAR EM REGUENGOS F1 LOTUS AFIRMA-SE COM DUPLO PÓDIO NO BARAHAIN ...E VÃO SETE! Vettel domina após o azar de Alonso NUMBER ONE MOTOGP Márquez faz história em Austin 26-04-2013 | SEMANÁRIO | PREÇO: 1,50 EUROS IVA INCLUÍDO Taxa paga | Devesas - 4400 V.N. Gaia | Autorizado a circular em invólucro de plástico fechado | Autorização n.º 26 de 2026/00 DIRECTOR: RUI ALAS PEREIRA |SÉRIE II ANO XI N.º 949 www.motor.online.pt

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CPTT MIGUEL BARBOSA VOLTA A DOMINAR EM REGUENGOS

F1 LOTUS AFIRMA-SE COM DUPLO PÓDIO NO BARAHAIN

...E VÃO SETE!

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fórmula 1 – Grande Prémio do Barahain2 26 de Abril de 2013

O tricampeão alemão passeou a sua classe, ao conquistar mais um Grande Pré-

mio, desta feita no Barahain. Com a segunda vitória

desta temporada de Fórmula 1, Vet-

tel confirma que a Red Bull parece

estar uns furos acima da concor-

rência, tanto mais que o azar bateu

à porta da Fer-rari, com Alonso a ter problemas

sérios com o DRS logo nas primei-ras voltas. Raik-

konen e Grosjean, os dois pilotos da

Lotus, terminaram no pódio e per-

mitiram assim à equipa britânica consolidar a se-

gunda posição no Mundial de Con-

strutores.

Dia desastroso para a Ferrari e muito bom para a Lotus

Vettel domina e confirma favoritismo da Red Bull

O segundo triunfo do ano de Sebastian Vettel veio num dia em que seu arqui-rival Fernando Alonso sofreu bastante para conseguir ter-minar num modesto oitavo lugar, a mais de 37 segundos do tricampeão munidal alemão. A corrida do es-panhol da Ferrari ficou arruinada quando o seu DRS ficou preso quando estava decorridas apenas cinco voltas.

Com Alonso a escorregar de volta para volta e com os Lotus num ritmo de corrida superior, não foi de estranhar a companhia de Kimi Raikkonen e Romain Grosjean nos restantes lugares do pódio, recriando um quadro já pintado no mesmo circuito há 12 meses.

ROSbeRG SOb AtAquePela segunda vez, na sua car-

reira, Nico Rosberg tinha a respon-sabilidade de liderar o pelotão da Fórmula 1, partindo do primeiro lugar da grelha. Mal a partida foi dada, Vettel e Alonso foram instan-taneamente para cima do jovem piloto da Mercedes na primeira curva, com o Ferrari a tentar pas-sar o Red bull, mas com o alemão a defender-se por dentro.

No final da volta número quatro, Alonso passava para o segundo lugar, enquanto atrás dele o outro Ferrari, de Felipe Massa, colidia com Adrian Sutil, danificando a asa dianteira do F138 e proporcionando um furo ao Force-India Mercedes que acabaria por estragar a sua corrida.

Com este incidente, Mark Web-ber assumia o quinto posto, logo atrás de Paul di Resta, que por sua vez era perseguido pelos McLaren de Jenson button e Sergio Perez.

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fórmula 1 – Grande Prémio do Barahain 26 de Abril de 2013 3

DRS atRaSa alonSoEnquanto Vettel continuava a

pressionar para encontrar uma forma de passar Rosberg em cada volta, alonso via-se a contas com um problema no DRS, que o brigou a ir às boxes. Entretanto, Rosberg preocupado com os prblemas e em segurar o Ferrari, viu-se ultrapasado por Di Resta, que assumia o comando da corrida. Mas alonso não foi o único piloto a ser forçado a entrar nas boxes, nesta fase inicial da cor-rida, com Webber, Massa e Vettel a terem também de sair de pista para a primeira troca de pneus.

Di Resta assumia então a lider-ança, seguido por Raikkonen, os dois únicos pilotos que tinham uma estratédia de duas paragens para esta corrida. o piloto do Force India Mercedes foi o primeiro a entrar nas boxes na volta 15, seguido pouco tempo depois por Raikkonen. Estas mudanças de oneus provocaram o regresso de Vettel ao primeiro lugar, posição que o piloto alemão nunca mais voltaria a largar.

alonso continuava a perder lu-gares, seguindo o seu drama com o DRS. Mas Massa não tinha melhor sorte e quando estava em sexto, e na sua segunda passagem pelas boxes, um problema na parte traseira direita do Ferrari forçou o regresso às boxes. Seguindo as instruções de Rob Smedley, engenheiro da equipa italiana, Massa apenas podia fazer uma condução ‘flat out’, acabando por sofrer nova falha semelhante que lhe retirava a possibilidade de entrar nos pontos. Era o início de um fim-de-semana para esquecer no que diz respeito à Ferrari.

PRoblEMaS na MERcEDES...

com Rosberg a perder lugares, cabia a Hamilton defender a honra da Mercedes, mas o piloto inglês também não parecia satisfeito com o seu ritmo de corrida, ao contrário das indicações dos técnicos. “continua assim, o ritmo parece bom”. Hamilton respondia: “não me sinto nada bem”. o certo é que depois da segunda paragem, o britânico da Mercedes encontrou o ritmo certo do seu carro e foi ganhando confiança. apesar disso, Ross brawn deixava escapar o desabafo: “nós temos algumas re-flexões a fazer”, falando para os dois pilotos e lembrando que Rosberg, mesmo quando estava quente, não tinha ido a lugar nenhum...

...E guERRa na MclaREn!

na volta 24, e já depois de Perez passar Rosberg, os dois pilotos da Mclaren davam início a duelo entre companheiros de equipa. o mexicano, descuidada-mente, cortou na traseira do carro de button, não conseguindo evitar um toque na curva e ameaçando um furo no pneu do Mclaren do piloto inglês. “Ele acabou de me bater na roda”, dizia button, cada vez mais irritado com a atitude de Perez, e reclamando para o rádio: “É preciso acalmá-lo”.

Perez voltou à carga algumas vol-tas depois, mas button respondeu na mesma moeda, apertando o mexi-cano na poeira do escapamento na saída da curva quatro. Mas acabaria por ser Perez o mais resistente e melhor classificado, já que button, pressionado pelo desgaste de pneus, acabaria mesmo por ser o primeiro de vários pilotos obrigados a fazer quatro paragens nas boxes.

DI RESta SEguRa quaRto lugaR

com a corrida a chegar à fase final, Vettel não tinha problemas em manter-se tranquilo na lider-ança, acabando por garantir, como é seu hábito nestas condições, a volta mais rápida, quando passava pela 55ª vez na reta da meta.

o alemão não tirava o pé e Raikkonen conseguia, com uma manobra simples de DRS na reta da meta, passar Di Resta. o finlandês, para sua surpresa, foi chamado às boxes, quando se julgava capaz de continuar, o certo é que a entrada garantiu que Di Resta nunca o iria passar depois da última paragem para troca de pneus.

o segundo lotus de grosjean também não quis ficar atrás e acabou por passar o Force India no sprint final, mesmo com uma estratégia de três paragens. Di Resta admitiu mais tarde que, face aos pneus novos extras de grosjean que sobraram da qualificação, foi impossível mantê-lo atrás.

até à bandeirada final, Paul di Resta ainda teve que se defender, com unhas e pneus, do quarto lugar na prova, já que Hamilton surgia, depois de ter passado Webber, decidido a roubar o brilho ao mexicano, que mesmo assim acabaria por conseguir segurar a posição de prestígio.

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fórmula 1 – grande prémio do barahain4 26 de Abril de 2013

ClassifiCaçõesGP do BarahainPos. nº Piloto Carro Tempo1 1 sebastian Vettel red Bull-renault 57 voltas 2 7 Kimi raikkonen lotus-renault 9.111 3 8 romain Grosjean lotus-renault 19.507 4 14 Paul di resta force india-Mercedes 21.727 5 10 lewis hamilton Mercedes 35.230 6 6 sergio Perez Mclaren 35.998 7 2 Mark Webber red Bull-renault 37.244 8 3 fernando alonso ferrari 37.574 9 9 nico rosberg Mercedes 41.126 10 5 Jenson Button Mclaren 46.631 11 16 Pastor Maldonado Williams-renault 66.450 12 11 nico hulkenberg sauber-ferrari 72.93313 15 adrian sutil force india-Mercedes 76.719 14 17 Valtteri Bottas Williams-renault 81.511 15 4 felipe Massa ferrari 86.364 16 19 daniel ricciardo Toro rosso-ferrari 1 volta 17 20 Charles Pic Caterham-renault 1 volta 18 12 esteban Gutierrez sauber-ferrari 1 volta 19 22 Jules Bianchi Marussia-Cosworth 1 volta 20 23 Max Chilton Marussia-Cosworth 1 volta 21 21 Giedo van der Garde Caterham-renault 2 voltas

Piloto não classificado- 18 Jean-eric Vergne Toro rosso-ferrari acidente

Mundial de PilotosPos. Piloto Pontos1 sebastian Vettel 77 2 Kimi raikkonen 67 3 lewis hamilton 50 4 fernando alonso 47 5 Mark Webber 32 6 felipe Massa 30 7 romain Grosjean 26 8 Paul di resta 20 9 nico rosberg 14 10 Jenson Button 13 11 sergio Perez 10 12 adrian sutil 6 13 daniel ricciardo 6 14 nico hulkenberg 5 15 Jean-eric Vergne 1 16 Valtteri Bottas 0 17 Pastor Maldonado 0 18 esteban Gutierrez 0 19 Jules Bianchi 0 20 Charles Pic 0 21 Giedo van der Garde 0 22 Max Chilton 0 Mundial de ConstrutoresPos. equipa Pontos1 red Bull 109 2 lotus 93 3 ferrari 77 4 Mercedes 64 5 force india 26 6 Mclaren 23 7 Toro rosso 7 8 sauber 5 9 Williams 0 10 Marussia 0 11 Caterham 0

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noticiário 26 de Abril de 2013 5

Álvaro Parente mostrou uma vez mais a razão de ser um dos melhores pilotos in-

ternacionais, tendo realizado uma corrida de ataque que o viu ser consistentemente o mais rápido em pista. No entanto, o toque e

o furo sofrido por Sébastien Loeb logo no início impediram que a dupla luso-francesa

alcançasse os pontos e ficassem assim aquém das expetativas (13º lugar).

Corrida principal do FIA GT Series em Zolder

Parente e Loeb aquém das expetativas

Os homens do McLaren MP4-12C número nove arrancavam do décimo sétimo posto, depois dos azares de sábado, mas tinham ainda a esperança de poderem alcançar os lugares do pódio, uma vez que o

O Rali de Alfena, terceira prova do Open, foi até agora o mais disputado de todos. As provas espe-ciais de classificação muito curtas acabaram por

resultar num espetáculo mais emotivo e competitivo, apesar do vencedor, João Barros (Renault Clio), ser

já repetente esta época...

Piloto do Clio brilhou em Alfena

João Barros repete triunfo no Open

Mercê de um andamento muito forte desde o início do rali, João Barros (mais rápido em quatro troços) voltou a so-mar mais um triunfo, depois de ter ganho em Castelo Branco, juntando a vitória à geral com as duas rodas motrizes. Diogo Salvi (mais rápido em três troços), que chegou a liderar a prova, ainda deu luta ao piloto do Renault Clio, mas acabou por ter de se contentar com a segunda posição, demonstrando grande evolução nos pisos de asfalto, e confirmando a sua primeira vitória entre as máquinas de quatro rodas motrizes.

Num duelo emocinante, Fernando Peres levou a melhor, já no der-radeiro troço, sobre Carlos Martins (mais rápido num troço), com os dois pilotos a completarem o lote dos quatro mais rápidos em Alfena. Na luta pelo quinto lugar, Nuno Cardoso, de regresso ao Open, fez uma boa regu-lar, conseguindo superar Luís Mota, que venceu entre os concorrentes do Regional Norte. No sétimo lugar, terminou André Martins, ao volante de mais um Lancer Evo. Depois da «armada» Mitsubishi Lancer, veio o Escort de Eduardo Veiga, que segurou o oitavo lugar, à frente de Vitor Ribeiro, que mostrou alguns problemas no asfalto com o seu Lancer Evo VI.

No Desafio Modelstand, e tal como já tinha acontecido em Castelo Branco, António Rodrigues venceu de forma incontestada no seu Peugeot 206 Gti.

Classificação: 1. João Barros / Jorge Henriques (POR) Renault Clio S1600 30m06,9s; 2. Diogo Salvi / Hugo Magalhães (POR) Mitsubishi Lancer Lancer Evo VIII +14,6s; 3. Fernando Peres / José Pedro Silva (POR) Mitsubishi Lancer Lancer Evo VIII +23,0s; 4. Carlos Martins Pedro Conde (POR) Mitsubishi Lancer Evo VIII +23,9s; 5. Nuno Cardoso Telmo Campos (POR) Mitsubishi Lancer Evo VIII +59,6s; 6. Luis Mota Alexandre Ramos (POR) Mitsubishi Lancer Evo VIII +01m12,9s; 7. André Martins Ricardo Torres (POR) Mitsubishi Lancer Evo VIII +01m19,1s; 8. Eduardo Veiga Daniel Amaral (POR) Ford Escort RS 1800 +02m02,5s; 9. Vitor Ribeiro Fernando Sousa (POR) Mitsubishi Lancer Evo VI +02m10,1s; 10. António Rodrigues Jorge Carvalho (POR) Peugeot 206 GTI +02m11,6s

carro inglês demonstrava-se eficaz quer nas mãos do português quer nas mãos do francês.

No entanto, a Corrida Principal de Zolder não começou da melhor forma para o multicampeão mundial de ralis, uma vez que quando tentava

Nuno Cardoso foi a grande figura da jor-

nada de estreia do Trofeo Abarth 500

que domingo passado teve a sua primeira

prova no Circuito Vasco Sameiro. O

piloto de Vila das Aves regressou em grande força às pistas e saiu de Braga na liderança da competição depois

da uma vitória e um segundo lugar con-

quistados nas corri-das disputadas.

Trofeo Abarth 500

Nuno Cardoso dominou na estreia

Ao dominar as duas sessões de treinos cronometrados, que deram direito a partir da primeira posição da grelha em ambas as corridas, cedo ficou claro que Nuno Cardoso seria um dos mais sérios candidatos ao triunfo mas a tarefa do avense foi bem mais árdua que o esperado. “Falhei o arranque na primeira corrida e perdi algumas posições na primeira volta. Aos poucos fui conseguindo passar os meus adversários e já

quase no final aproveitei um erro do piloto que estava na liderança para assumir o comando. Depois foi só gerir até à bandeira de xadrez. Não estava à espera de vencer logo na estreia e estou muito satisfeito com este regresso”, disse Nuno Cardoso, após a primeira corrida onde garantiu a volta mais rápida.

Partindo de novo da ‘pole’ na segunda corrida, o piloto do Abarth 500 dominou as primeiras 14 voltas ao traçado bracarense, mas viu cair a possibilidade de fazer o pleno na jornada de abertura quando, a três voltas do final, um erro numa pas-sagem de caixa fez perder a vanta-gem que detinha para o seu directo perseguidor. “Consegui controlar a corrida quase até final e saio com um ligeiro amargo de boca por ter perdido a vitória já tão perto do fim. Cometei um pequeno erro e paguei caro por isso. Depois de ter sido ultrapas-

sado percebi que não podia arriscar na tentativa de voltar ao comando, pois os pneus já estavam um pouco desgastados”, referiu Nuno Cardoso, no final de uma corrida onde voltou a registar a melhor volta.

Apesar de não ter feito o pleno, o balanço final da estreia no Trofeo Abarth 500 é claramente positivo. “Sou o primeiro líder do troféu e penso que mostrei ser ainda muito competi-tivo apesar de ter estado todos estes anos parado. Foi um arranque mel-hor que o esperado e isso dá muita motivação para as restantes provas. Há muitas provas ainda pela frente e nada está ganho. Mas é fantás-tico começar desta forma”, concluiu. A próxima jornada do Trofeo Abarth 500 está agendada para 25 e 26 de Maio no Circuito do Estoril, mas Nuno Cardoso regressa à competição na Rampa da Falperra, que se disputará nos próximos dias 11 e 12 de maio.

recuperar um lugar, foi abalroado por um adversário que procedeu como se não tivesse ninguém ao seu lado. Para além do tempo perdido por um pião, também um furo atrasou ainda mais o GT número nove.

Depois de Sébastien Loeb ter cedido o McLaren a Álvaro Parente, este imprimiu um andamento di-abólico, sendo consistentemente o mais rápido em pista. No entanto, não conseguiu ir além do décimo terceiro posto final a menos de quinze segundos dos lugares dos pontos.

Após a corrida, o piloto oficial da McLaren estava satisfeito com a sua prestação, muito embora o resultado tenha ficado aquém do desejado. “O toque que deram no ‘Séb’ comprom-eteu toda a nossa prova e, quando entrei no carro, o objectivo era dar o máximo possível, perceber até onde o McLaren poderia ir. Realizei cada volta como se fosse uma qualificação e fui muito rápido e pude tirar algu-mas informações para as próximas

corridas. O nosso carro mostrou-se rápido e consistente”, afirmou Álvaro Parente.

A passagem por Zolder não foi positiva para o piloto português e para o seu colega de equipa, Sébas-tien Loeb, mas considera que nas próximas rondas poderá inverter a tendência deste evento. “Foi um fim-de-semana muito complicado com pequenos incidentes que compro-meteram completamente os nossos resultados. Contudo, não podemos ter sempre azar e os outros sorte. Temos um carro competitivo, estou confiante de que em Zandvoort poderemos conquistar os resultados que estão ao nosso alcance”, sublinhou Álvaro Parente.

A próxima ronda do FIA GT Series terá lugar em Zandvoort, nos próximos dias 6 e 7 de Julho, mas entretanto o piloto da McLaren GT terá uma passagem por Silverstone, a 1 e 2 de Junho, para a segunda ronda do Blancpain Endurance Series.

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noticiário6 26 de Abril de 2013

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todo-o-terreno6 26 de Abril de 2013

O campeão nacio-nal em título, Miguel Barbosa, selou mais

um triunfo no Vinhos Ervideira Rali TT. Ao

volante do Mitsubi-shi Racing Lancer, impôs um ritmo in-alcançável para a

concorrência e, por isso, foi com alguma naturalidade obteve o seu sétimo triunfo

na prova alentejana.

Campeão nacional triunfa nos 25 anos do Vinhos Ervideira Rali TT

Barbosa amplia o domínio em Reguengos

No arranque do Campeonato de Por tugal de Todo-o-Terreno, Paulo Ferreira, em Nissan Navara conseguiu o segundo lugar, a quase sete minutos do vencedor, enquanto André Amaral, no Proto X3, obteve o primeiro pódio da sua carreira.

Com dupla passagem por um percurso com 155 quilómetros, as equipas concorrentes tiveram de enfrentar um traçado duro, depois de um Inverno muito chuvoso que deixou marcas no terreno. O muito público aproveitou o dia primaveril para assistir à prova e teve direito a

Problemas no BMW Evo X1 impediram melhor resultado

Pedro Grancha em quartoA dupla Pedro Gran-

cha/Inês Ponte, aos co-mandos do BMW Evo X1 inscrito pela equipa PMG Motorsport, terminou na 4ª posição do Vinhos Ervideira Rali TT, a prova de abertura do Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno.

Depois de um excelente 2º lugar no prólogo Pedro Grancha sofreu diversas contrariedades no primeiro dos dois sectores seletivos disputados domingo, em boa parte motivados pela ju-ventude da nova máquina.

“A afinação da suspensão revelou-se menos indicada, especialmente nas zonas rápidas onde o BMW estava extremamente instável. Tive por isso de baixar o andamento, pois poderia tornar-se perigoso. Para além disso o carro parou e demorou algum tempo até o conseguirmos colocar de novo em marcha”, salientou Pedro Grancha, à chegada a Reguen-gos de Monsaraz.

“Na zona de assistência entre a primeira e a segunda passagem fizemos diversas alte-rações e com isso conseguimos tirar 10 minutos ao nosso tempo anterior. Estou confiante de que retificados todos estes pormenores, poderemos ser muito mais competitivos nas próximas corridas”, acrescentou.

um excelente espectáculo.Durante a manhã, Barbosa

andou ao ataque e quando chegou ao final do sector selectivo já tinha mais de seis minutos de vantagem sobre o segundo classificado. À tarde impôs um ritmo mais lento mas ainda assim rápido só que problemas na direcção assistida do Mitsubishi Lancer impediram-no de manter a vantagem.

A luta pelo segundo posto foi renhida. Primeiro foi André Ama-ral que ocupou essa posição, mas depois teve de a ceder para Paulo Ferreira que se apresentou rápido e consistente desde o início da prova de Reguengos. Pedro Grancha, pelo contrário, não conseguiu ser regular como habitual. De manhã perdeu cinco minutos quando o motor do BMW se desligou e à tarde fez cerca de 100 quilómetros com anomalias no sistema de pressão de gasóleo. No final, acabou em quarto.

Hélder Oliveira também foi muito irregular. Depois dos problemas de turbo no BMW, que o impediram de andar como desejava na super especial, o piloto de Barcelos enc-etou uma recuperação notável e no último ponto de controlo antes da chegada já era terceiro. Contudo, o alternador do seu carro deixou de funcionar e Oliveira acabou por cair para a quinta posição final.

No final, Miguel Barbosa estava aliviado por ter chegado ao fim e garantido o triunfo. “Tivemos prob-lemas de direcção assistida. Feliz-mente conseguimos manter algum ritmo. Estou um pouco surpreendido por não ter sido ultrapassado em pista. Pensei que seria. Foi um final muito duro e estou muito satisfeito por termos conseguido alcançar o nosso objectivo, que era a vitória. O

CLAssIFICAçãO FINALPos. Pilotos Carro Tempo1º M. Barbosa/M. Ramalho Mitsubishi Racing Lancer 4h23m05,8s2º P. Ferreira/J. Monteiro Nissan Navara a 6m56,4s3º A. Amaral/N. Ramos Proto X3 a 12m38,9s4º P. Grancha/I. Ponte BMW X1 a 14m05,6s5º H. Oliveira/F. Palmeiro BMW serie 1 Proto a 14m23,8s6º P. Graça/N. R. silva Nissan Navara a 18m20,0s7º A. Martins/J. Marques Nissan Navara a 32m31,7s8º J. Rato/J. Amaral Mazda BT-50 (1º Desafio) a 36m23,3s

mais importante não é ser a sétima vitória aqui mas o facto de ter sido a primeira do ano. Há quem diga que esta é a minha prova talismã, espero que assim continue”, afirmou o campeão nacional.

Paulo Ferreira e André Amaral também tinham razões para celebrar apesar de não terem ganho. Para o segundo classificado, quase soube a vitória. “Foi um grande resultado para pessoas pouco experientes como nós. É fantástico e muito mo-tivante obter um lugar como este”, afirmou no final.

Na categoria T2, Edgar Conden-so acabou por conquistar mais um

Recuperação de 11º até ao terceiro lugar de nada valeu…

BMW de Hélder Oliveira parou perto do final

Embora a estreia aos comandos de um BMW série 1 Proto tenha sido marcada por uma sucessão de problemas o certo é que Hélder Oliveira voltou a demonstrar, no Vinhos Ervideira Rali TT, que há que contar com ele para a disputa das primeiras posições.

Na prova de abertura do Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno, o piloto de Barcelos, acompanhado do experiente Filipe Palmeiro, partiu para a corrida da 11ª posição e mesmo assim chegou a rolar num dos lugares de pódio na fase final da corrida.

“Esta corrida foi uma sucessão de azares. Antes do prólogo verificámos que um dos turbos não estava a funcionar, numa altura em que já nada poderia ser feito. Num prólogo onde a nossa expectativa era ser 2º ou 3º classificado, isso empurrou-nos para o 11º lugar”, salientou Hélder Oliveira, acrescentando: “Partir de trás com concorrentes mais lentos e muito pó, trouxe-nos imensas dificuldades e uma enorme perca de minutos que em condições normais nunca aconteceria. Da parte da tarde, já com a pista mais aberta, estávamos a ser os mais rápidos em prova e com isso já tínhamos subido ao terceiro lugar. Inex-plicavelmente o carro parou para só arrancar passados quase cinco minutos. Durante ainda mais quinze quilómetros andamos a passo de caracol porque os turbos não reagiam até que, de repente, tudo voltou à normalidade, mas já nada havia a fazer, porque a meta já estava à vista. Acho que esta máquina tem um enorme potencial assim se consigam ultrapassar estes pequenos defeitos”.

triunfo, depois de uma corrida muito atribulada para vários concorrentes, como o caso de António Bayona que abandonou devido a acidente.

No T8, o vencedor foi César

sequeira enquanto no Desafio Mazda, João Rato, vencedor das duas últimas edições desta ini-ciativa monomarca, garantiu mais uma vitória.

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todo-o-terreno 26 de Abril de 2013 7

Luís Ferreira dá-se bem com os

ares de Reguen-gos de Monsaraz. Pelo segundo ano consecutivo gan-hou o “Ervideira

Rali TT”, prova de abertura do

Campeonato Na-cional de Todo-Ter-reno. Outro vence-

dor repetente na prova alentejana é

Roberto Borrego entre os Quad,

enquanto Nuno Tavares triunfou

na categoria de UTV/ Buggys.

Campeonato Nacional passou por Reguengos de Monsaraz

Luís Ferreira repete triunfo

Com sol e calor, alinharam para esta prova 67 pilotos – dos quais quase metade nas motos, ou seja, 32, mais 17 quad e 18 UTV/ Buggy – para enfrentar a Super-Especial no Sábado e, hoje, dois sectores selectivos, com 78 e 154 Km, re-spectivamente. A muita chuva que caiu durante este Inverno deixou o piso maltratado, com muitos regos e buracos, com maior evidência no primeiro troço.

Nas motos, o campeão de TT1 das três últimas épocas, Luís Fer-reira, compete agora na classe das motos de maior cilindrada, a TT3. Tal como aconteceu em 2012, conquistou o triunfo nesta prova. Embora António Maio tenha sido o mais rápido na Super-Especial, e ainda continuasse à frente na primeira metade do troço inaugu-ral, a seguir Ferreira instalou-se no comando, ampliando progressiva-mente a vantagem sobre Maio, no final cifrada em 1m42s.

No 3.º posto ficou Mário Patrão, mas já a 6m18s do vencedor. De-pois classificaram-se Ruben Faria, David Megre – este o primeiro da TT1 – e Hélder Rodrigues, seguido do segundo TT1, Domingos San-tos. O 8.º posto absoluto foi para o melhor representante da classe Promoção, João Paulo Lourenço. Entre os desistentes, referência para Luís Teixeira, devido a queda.

Entre os Quad, o detentor do título absoluto, Roberto Borrego, dominou com mão de ferro os acontecimentos, pois liderou desde a Super-Especial, e terminou hoje a função com 5m59s sobre Ruben Alexandre. Este foi melhorando o posicionamento ao longo da prova até chegar ao 2.º posto, sendo igualmente o mais rápido da classe Stock. Rui Cascalho ocupou o último degrau do pódio, vindo depois o segundo da “Stock”, Luís Engeitado. Também no 8.º posto absoluto ficou o vencedor da Promoção, Ruben Pires. Refira-se que Carlos Rocha perdeu o 4.º lugar devido a uma pe-nalização de 11 minutos, descendo para sétimo.

Nas hostes dos UTV/ Buggy, e conforme é habitual, houve bastante movimentação na luta pelos lugares cimeiros. Nuno Miguel Tavares acabou por conquistar a vitória, com 1.22s sobre a dupla que detém o título, João Lopes/ Bruno Santos. O 3.º posto coube aos espanhóis Teo-filo Gallart/ Victor Ramirez, seguido de Mário Ferreira. A próxima jornada do “Nacional” TT será o Raide de Góis, a 11 e 12 de Maio.

Piloto da Suzuki esteve regular na abertura do Todo-o-Terreno nacional

Dois pódios para Mário Patrão no AlentejoMário Patrão começou numa toada calma a

temporada de 2013 do Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno. O piloto de Seia foi o terceiro classificado na classificação geral do Vinhos Ervi-deira Rali TT, segundo por entre os concorrentes da sua categoria, mas está otimista para mais uma temporada à defesa do recorde de títulos na modalidade.

Depois do segundo melhor tempo no prólogo da prova alentejana, com uma extensão de 5 quilómetros e disputado ainda no sábado, Patrão começou a tirada no domingo ao ataque, mas acabou por perder minutos preciosos depois de ficar “atolado” numa passagem por um rio integrante do percurso. “Cometi um erro na manhã, ao atravessar um rio afundei a moto e perdi muito tempo até conseguir por a moto em

marcha! Resolvemos tudo atempadamente na Zona de Assistência e, desde aí, consegui fazer uma segunda parte mais rápida, mas não deu para minimizar os estragos”, esclareceu o piloto natural de Seia.

Ainda assim, Mário Patrão considerou positiva a primeira jornada de uma temporada que só termina no final de sete provas, no início de No-vembro, em Portalegre. “Esta prova correu bem, pelo menos foi melhor do que o ano passado! O segundo lugar na TT2 e o terceiro lugar na geral é muito positivo perante o sucedido. O Campe-onato é longo e, tanto eu como toda a equipa e patrocinadores, vamos continuar a trabalhar para alcançar os nossos objetivos”, concluiu.

O Nacional de Todo-o-Terreno prossegue a 11 e 12 de Maio com o Raide de Góis.

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motociclismo8 26 de Abril de 2013

Hugo Santos re-gressou aos triun-fos no “Nacional” de Motocross, ao

ganhar as man-gas Elite e MX1 disputadas na

ilha do Faial, nos Açores. Além dis-

so, houve também um vencedor difer-ente na corrida de

MX2, pois desta vez Pedro Carval-ho conseguiu bat-

er Sandro Peixe.

Campeonato Nacional de Motocross

Hugo Santos regressa aos êxitosApós os sucessos de Hugo

Basaúla nas duas primeiras jorna-das do Campeonato, agora Hugo Santos contra-atacou na incursão aos Açores, relançando a luta pelos títulos Elite e MX1. Aconteceu numa prova que reuniu 42 pilotos na Pista dos Cedros – 20 de MX1, 22 de MX2 – e era pontuável para o “Nacional” e para o “Regional” açoriano, com os pilotos a partilharem a pista.

Na manga de MX2, Luís Oliveira capitaneou o pelotão durante as cinco primeiras voltas, mas depois atrasou-se. Entretanto, Pedro Car-valho assumiu o comando para vencer, batendo Sandro Peixe por 1,3s. Este último não teve bom arranque, na volta inaugural era apenas 6.º colocado, mas desde a sexta passagem instalou-se no 2.º posto. Mais atrás, Diogo Graça e Fábio Maricato ocuparam durante a maior parte do tempo os 3.º e 4.º lu-gares em que terminariam, seguidos de Luís Oliveira e Gonçalo Reis, este já a uma volta do vencedor.

Quanto à corrida de MX1, na primeira metade o comandante foi Hugo Basaúla, mas na outra parte liderou Hugo Santos, para vencer com 12,6s sobre o rival.

João Vivas manteve até final a 3.ª posição que ocupou desde a quarta volta, seguido de Daniel Pinto e do veterano açor iano Marco Garcia. Diga-se que Basaúla chegou a esta prova lesionado numa mão, sentindo dores no desenrolar das provas.

Chegou f i n a l -mente a manga Elite, na qual o primeiro lugar foi sempre ocu-pado por Hugo San-tos, triunfando com 19,2s sobre Sandro Peixe. Inicialmente, Luís Oliveira ainda surgiu em 2.º, mas depois foi descendo na tabela até acabar em 6.º. Entretanto, na negociação da primeira curva após o arranque, caíram vários pilotos, e Hugo Basaúla ficou nessa “molha-da”. Assim, o líder do Campeonato teve de se aplicar na recuperação, conseguindo chegar ao 3.º posto

Mundial de Motocross na Bulgária

Rui Gonçalves em jornada de contrastes

Rui Gonçalves teve uma jornada de contrastes no Grande Prémio da Bulgária, a quinta prova do “Mun-dial” de Motocross. Na primeira manga da classe MX1 registou o seu pior resultado da época até ao momen-to, um 15.º lugar, mas na segunda corrida esteve bastante mel-hor e conquistou a 7.ª posição, precisamente aquela que ocupa no Campeonato.

O piloto de Vidago estava esperançado em melhorar o seu desempenho na Bulgária, mas embora tenha conseguido manter o posicionamento na tabela do Campeonato, a classificação obtida na primeira manga frustrou as expectativas. Tal aconteceu devido a problemas nos braços, que começaram a inchar bastante, não permitindo a Gonçalves imprimir o ritmo habitual.

Nessa primeira corrida na pista búlgara de Sevlievo, Rui Gonçalves começou por aparecer no 11.º lugar, mas logo à terceira volta baixou para 17.º, que ocuparia durante quase toda a prova. Só na antepenúltima volta subiu um degrau, e na derradeira ascendeu ao definitivo 15.º lugar.

Quanto à segunda manga, na primeira passagem à pista era 5.º colocado, e 6.º nas quatro seguintes. A partir da sexta volta, o transmontano fixou-se em definitivo no 7.º lugar.

“Estou contente com a segunda manga, sétimo é um bom resultado,” declarou Gon-çalves, acrescentando: “Vou trabalhar para resolver os problemas que tive na primeira corrida, com o objectivo conseguir ser consistente nas duas mangas da próxima jornada. E terei alguns dias para estar com a família, pois o próximo GP é em Águeda”.

Precisamente, a próxima ronda do “Mundial” de Motocross será o G.P. de Portugal, dia 5 de Maio em Águeda.

Campeonato: 1.º Antonio Cairoli (KTM) 235 pontos; 2.º Gautier Paulin (Kawasaki) 195; 3.º Clement Desalle (Suzuki) 189; 4.º Ken de Dycker (KTM) 183; 5.º Kevin Strijbos (Suzuki) 160; 6.º Tommy Searle (Kawasaki) 147; 7.º Rui Gonçalves (KTM) 109; (…).

Campeonato de velocidade brasileiro

Miguel Praia pontua no arranque das Moto 1000GP

Começou em São Paulo a temporada 2013 do campeonato de velocidade brasileiro, prova que marcou também a estreia de Miguel Praia na classe maior do mesmo, a categoria Moto 1000GP.

Numa grelha de partida onde figuram os mel-hores valores brasileiros e alguns pilotos estrangeiros de renome internacional o piloto de Albufeira sentiu algumas dificuldades com uma moto completamente desconhecida e sem qualquer preparação para fazer face a máquinas melhores preparadas utilizadas pela concorrência.

“Com a chegada da moto muito em cima do ar-ranque do campeonato a minha CRB 1000RR não foi preparada de qualquer forma e comecei os treinos com uma moto que acusa uma diferença de cerca de duas dezenas de cavalos de potência máxima face às dos meus adversários. A electrónica está igualmente de origem e pouco se poderia fazer para esta primeira corrida. Sem preparação atempada, numa pista que muitos dos pilotos conhecem bem o objectivo era pontuar”, refere o piloto português.

Miguel Praia afinou da melhor forma a sua Honda com vista a esta primeira prova, mas nos treinos ficou desde logo claro que era impossível conseguir melhor com a moto num estágio de preparação básico. No final dos treinos assinou o 13º tempo a pouco mais de dois segundos do melhor tempo conseguido pelo ex-piloto de Moto GP, Alexandre Barros.

Praia sabia por isso que a corrida seria muito difícil, mas depois de muito trabalho nas sessões de treinos e graças ao empenho da equipa a moto mostrava-se bem equilibrada ao nível de chassis e suspensões para enfrentar uma corrida onde claramente o objectivo de pontuar era o principal objectivo.

E foi isso mesmo que o piloto da Center Moto fez, garantindo no final desta primeira corrida do ano a nona posição final depois de conseguir ganhar posições ao longo das 15 voltas ao traçado paulista com 4.309 metros de perímetro. Miguel Praia até perdeu lugares no início, mas na oitava volta instalou-se na nona posição, que manteve até ao final para somar os primeiros sete pontos da época.

“Tenho que considerar este resultado como positivo. Este foi o arranque de uma nova época e começámos do ponto zero, mas a equipa empenhou-se para me ajudar a conseguir a melhor solução para a moto e fizeram tudo o que foi possível para me ajudar. Na próxima corrida estaremos melhor porque a moto vai sofrer melhorias a nível de motor e electrónica, bem como uma cura de emagrecimento para a tornar mais equilibrada face ás motos mais potentes e melhor preparadas. Saímos daqui com sete pontos que podem ser importantes no final da época”, continuou.

Alexandre Barros venceu esta primeira corrida da temporada na frente do seu colega Luciano Ribodino e de Diego Faustino. A próxima prova realiza-se no dia 26 de maio no traçado de Curitiba e com a Honda CBR 1000RR renovada e mais fortelecida Miguel Praia irá conseguir andar mais próximo do primeiro lugar.

final, diante de João Vivas e Pedro Carvalho.

Quanto aos pilotos açorianos, na manga MX1 o melhor foi Marco Garcia, diante de Nelson Escobar. Na MX2, impôs-se Manuel Martins,

seguido de João Pinto. Este quar-teto também ocupou as primeiras posições na manga Elite, com Mar-co Garcia na frente de João Ponte, Manuel Martins, Nélson Escobar e Henrique Benevides.

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motociclismo 26 de Abril de 2013 9

O espanhol Marc Márquez (Honda)

tornou-se, aos 20 anos, no mais

jovem vencedor de uma corrida de MotoGP, ao

conquistar o Grande Prémio das Américas,

segunda ronda do Campeonato do

Mundo de motociclismo.

Márquez faz história após conquistar as Américas...

Piloto mais jovem a vencer uma prova do MotoGP

O espanhol Marc Márquez (Hon-da) tornou-se, aos 20 anos, no mais jovem vencedor de uma corrida de MotoGP, ao conquistar o Grande Prémio das Américas, segunda ronda do Campeonato do Mundo de motociclismo.

Em Austin, no Texas, Marquez, que está a disputar a sua primeira temporada na principal categoria, partiu da “pole position”, perdeu a liderança logo no arranque para Dani Pedrosa (Honda), mas recuperou-a ainda antes do final da primeira volta e dominou o resto da corrida norte-americana.

O piloto espanhol completou as 21 voltas com 1,534 segundos de vantagem sobre o seu compatriota Pedrosa, segundo classificado, e 3,381 sobre Jorge Lorenzo (Ya-hama), o atual campeão mundial, que foi terceiro.

Com 20 anos e 63 dias, Marc Marquez tornou-se o mais jovem piloto ao subir ao lugar mais alto do pódio numa corrida da categoria rainha, superando o norte-americano Freddie Spencer, que detinha esse estatuto desde a vitória no GP da Bé-lgica de 1982 em 500 cc, também antes de completar 21 anos.

"A verdade é que toda a gente me colocou sob pressão, embora tivesse tempo de fazê-lo até Silverstone,

mas também era uma motivação tentá-lo, pois bater um recorde é sempre difícil e pude vê-lo hoje", afirmou Marquez, que na véspera já se tinha tornado o mais novo a al-cançar a "pole", batendo igualmente Freddie Spencer.

O espanhol igualou também Lorenzo na liderança na classificação geral do Mundial de MotoGP, com 41

Mundial de Velocidade – Moto3

Miguel Oliveira em quinto lugar

Este Grande Prémio das Américas disputou-se em Austin, e nos treinos cronometrados Miguel Oliveira deba-teu-se com problemas de estabilidade na sua moto, de tal forma que na qualificação não conseguiu melhor que o 18.º tempo para a grelha.

Iniciada a corrida, o piloto portu-guês apenas demorou quatro voltas a chegar ao 10.º posto. E já era oitavo classificado, quando os homens da frente percorriam a décima segunda volta e a prova foi interrompida, devido a aparatoso acidente. Como ainda não estava percorrida a distân-cia mínima para validar os resultados, a seguir disputou-se uma mini corrida com 5 voltas, sendo retidos apenas os resultados desta parte.

Miguel Oliveira conquistou um expres-sivo 5.º lugar em Austin, no Texas, por

ocasião da segunda jornada do Campe-onato do Mundo de Velocidade. A corrida foi dividida em duas partes, devido a aci-dente, e apenas contaram os resultados da segunda, composta por cinco voltas.

Os pilotos formaram na grelha conforme o ordenamento da primeira parte – contabilizado à décima volta, quando Miguel Oliveira era 9.º colo-cado. Depois de uma primeira volta pouco produtiva, o lusitano passou ao ataque, e logo na segunda pas-sagem ao circuito já surgia no 7.º lugar. Ainda, conseguiu aproximar-se do par que o precedia, e mesmo na derradeira volta conseguiu conquistar a 5.ª posição final.

“Estou bastante satisfeito com o resultado da corrida. Depois de dois dias de trabalho conseguimos en-contrar uma solução mais ou menos equilibrada do chassis,” começou Miguel Oliveira. “Na segunda corrida, com apenas cinco voltas, tinha de ser

agressivo, sair bem e arriscar tudo nas travagens – que era onde conseguia ganhar mais tempo. Na última volta sabia que conseguia chegar à quinta posição e acabámos por recuperar 13 lugares numa pista e numa cor-rida muito complicada para a nossa moto.”

O Campeonato do Mundo de Velocidade prossegue no primeiro fim-de-semana de Maio, em Jerez.

ClassificaçõesGP das Américas: 1.º Alex Rins

(KTM) 5 voltas em 11m26,5s; 2.º Maverick Viñales (KTM) a 0,2; 3.º Luís Salom (KTM) a 0,5; 4.º Jonas Folger (Kalex-KTM) a 1,2; 5.º Miguel Oliveira (Mahindra) a 8,2; 6.º Jack Miller (FTR-Honda) a 8,6; (…).

Campeonato: 1.º Alex Rins e Luís Salom, 41 pontos; 3.º Maverick Viñales, 40; 4.º Jonas Folger, 24; 5.º Miguel Oliveira, 20; 6.º Zulfhami Khairuddin, 19; (…).

MANTER TOP 5Miguel Oliveira considerou “grati-

ficante” o quinto lugar que alcançou no Texas, e afirmou que “vai lutar novamente pelo Top 5” na próxima prova, no circuito de Jerez.

À chegada a Lisboa, o motoci-clista português mostrou-se satisfeito

com a posição com que terminou a prova do domingo passado, face às dificuldades por que passou na qualificação, mas considera que ainda é possível conseguir melhores resultados.

“Depois da queda no sábado, da luta na qualificação, foi gratificante a posição que tivemos, mas, no fundo, acho que ainda não é muito realista sobre aquilo que nós podemos fazer. Acho que temos de reduzir a difer-ença para os da frente, estamos a lutar bastante e estou otimista”, explicou.

Miguel Oliveira está agora focado

na próxima prova do Campeonato do Mundo de motociclismo, que decor-rerá no circuito de Jerez, na Espanha, no dia 05 de maio, onde pretende lutar novamente por um lugar nos cinco primeiros.

“O Jerez é complicado, é uma pista onde três décimas fazem muita diferença. É uma pista relativamente curta, em comparação com o Texas ou com o Qatar. (...) Vai ser difícil, mas eu vou apostar por lutar pelo Top 5, dependendo de como corra, mas a mentalidade com que eu vou é manter este lugar ou melhorar”, concluiu o motociclista.

pontos, mais oito do que Dani Ped-rosa, que é terceiro, mas pensar em tornar-se o mais novo a conquistar o título mundial - outro recorde que Freddie Spencer conseguiu em 1983, com 21 anos, oito meses e 12 dias - é algo que lhe parece "muito mais complicado".

"Jorge [Lorenzo] e Dani [Pedrosa] andam muito rápido. [Valentino]

Rossi também. É mais complicado ganhar à primeira, é quase impos-sível. Não vamos atirar a toalha, mas agora vêm circuitos onde será mais difícil e em Jerez já se poderá ver que me custa mais", sublinhou.

A terceira ronda do Mundial está agendada para 05 de maio, com o Grande Prémio de Espanha, no cir-cuito de Jerez de la Frontera.

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comércio & indústria10 26 de Abril de 2013

Aventureiro e funcional

A Chevrolet escolheu a região de Zadar, na Croácia, para a apresenta-ção do novo SUV para o segmento B, o Trax, com o cenário deslumbrante do azul vibrante do Adriático como pano de fundo, a contrastar com as montanhas rochosas e a abra-çar o verde luxuriante dos parques naturais. Um palco perfeito para a apresentação de um modelo que convida à evasão e à comunhão com a natureza, mas não esquece nunca o espírito prático do dia-a-dia nem a capacidade roladora, graças a óptima dinâmica que os dois motores que vão estar disponíveis em Portugal lhe emprestam.

Há uma longa tradição da Chev-

rolet nos Sport Utility Vehicles (SUV), tão longa que a marca reclama para si, legitimamente, a criação do con-ceito, há 78 anos, com o Suburban. E ao de todo este tempo, a família SUV da marca apostou nas inova-ções tecnológicas e de segurança: em 1937, os primeiros modelos

Chevrolet Trax chega a Portugal em Junho

O Trax assinala a estreia da Chev-

rolet no cada vez mais crescente segmento dos

SUV compactos e vai chegar a Por-

tugal numa oferta de duas motor-izações sobre-

alimentadas, uma gasolina e outra

Diesel. Concilia a vocação «aventureira» com

funcionalidade e tem um posiciona-

mento de preços muito competitivo.

adoptaram travões hidráulicos, vidros de segurança (laminados) e suspen-são dianteira independente, enquanto os modelos mais recentes estrearam sistemas como a coluna de direcção com absorção de energia (1967) e travões com ABS (1988).

Com o Trax, a Chevrolet entra

FiCHA TéCniCA1.4 Turbo MT (AWD) 1.7D MT (FWD) 1.7D MT (AWD) 1.7D AT (FWD)Nº de cilindros 4 4 4 4Sistema de combustível injecção multi-ponto common rail common rail common railPotência máxima (cv/rpm) 140/4900-6000 130/4000 130/4000 130/4000Binário máximo (Nm/rpm) 200/1850-4900 300/2000-2500 300/2000-2500 300/2000-2500Eixo de tracção all wheel drive dianteiro all wheel drive dianteiroCaixa de velocidades manual manual manual automáticaTravõesDianteiros, diâmetro (mm) discos ventilados, 300 discos ventilados, 300 discos ventilados, 300 discos ventilados, 300Traseiros, diâmetro (mm) discos sólidos, 268 discos sólidos, 268 discos sólidos, 268 discos sólidos, 268Dimensões (mm) Comprimento 4248 4248 4248 4248Largura 1766 1766 1766 1766Largura com retrovisores 2035 2035 2035 2035Altura 1674 1674 1674 1674Distância entre eixos (mm) 2555 2555 2555 2555Capacidade da bagageira (l) 356 a 1370 356 a 1370 356 a 1370 356 a 1370Raio de viragem (m) 5,45 (jante 16”) 5,45 (jante 16”) 5,45 (jante 16”) 5,45 (jante 16”)Direcção Assistida electricamente Assistida electricamente Assistida electricamente Assistida electricamenteCapacidade do depósito (l) 53 52 52 52DesempenhosVelocidade maxima (km/h) 194 183 183 1830-100km/h (s) 9,8 9,6 9,4 10,5Start/Stop Série Série Série n/dConsumos (l/100 km)Urbano 7,8 5,4 5,6 6,4extra-urbano 5,6 4,0 4,5 4,6Misto 6,4 4,5 4,9 5,3Emissões mistas CO2 (g/km) 149 120 129 139Classe de emissões Euro V Euro V Euro V Euro V

agora num segmento com um ex-pressivo crescimento nos últimos anos: as vendas aumentaram de 130.214 unidades em 2008 para cerca de 264.000 em 2012 e prevê-se que dobrem novamente até 2018. Procuram estes automóveis, na sua maioria, clientes urbanos que dão grande importância à imagem e têm estilos de vida activos.

LinHAS mUSCULAdAS E roBUSTAS

Exteriormente, o Chevrolet Trax apresenta linhas musculadas e dinâmicas, que lhe conferem um porte robusto e dão a sensação e um maior volume e de grande segurança. A grelha dividida em duas secções, integrando o tradicional logótipo Chevrolet, transmite-lhe uma certa imponência, que é reforçada pelos guarda-lamas pronunciados e pelos flancos traseiros musculados. Tem 4,2 metros de comprimento, 1,7 de largura e 1,6 de altura.

no interior (ensaiámos as versões

LT 1.4 Turbo e 1.7 Turbodiesel, am-bas AWd), a sensação de robustez prossegue, em perfeita convivência com elegância e bastante requinte e um amplo espaço, muito bem gerido para os cinco ocupantes. é ainda possível escolher até oito configurações de bancos, e uma ficha de alimentação de 230V nos lugares traseiros permite recarregar computadores portáteis e outros dispositivos eletrónicos sem recurso a um adaptador. nota ainda para a grande variedade de espaços de arrumação.

o espaço de carga pode ser con-figurado para capacidades até 1370 litros e as versões LT dispõem de rebatimento do banco do passageiro dianteiro, que permite acolher objec-tos até 2,3 metros de comprimento. Para transporte de mais carga, o Chevrolet Trax vem equipado de série com barras de tejadilho longitudinais capazes de transportar até 75 kg de carga e está apto a rebocar atrelados de até 1200 kg de peso.

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Tecnologia chevroleT MylinkDepois, graças à tecnologia chev-

rolet Mylink, de série nas versões lT, os condutores do Trax dispõem de um sistema que lhes permite aceder facil-mente aos conteúdos de um iPhone ou smartphone android no ecrã de sete polegadas no centro do tablier. e com a ajuda do sistema Bringgo, que pode ser baixado por cerca de 60 euros, os utilizadores podem navegar facilmente através dos smartphones sem os elevados custos dos sistemas de navegação integrados.

além de apresentar mapas em três dimensões, orientação da faixa de rodagem e atualizações de trân-sito – estas requerem ligação de rede através do smartphone –, o Bringgo tem capacidade para armazenar mapas no smartphone. Por sua vez, os pos-suidores de um iPhone com sistema operativo ioS 6 podem ordenar, através do comando de voz do dispositivo de assistência inteligente Siri, a execução de um conjunto de tarefas enquanto mantêm o olhar na estrada e as mãos no volante. o chevrolet Mylink per-

mite ainda usar a aplicação Tunein no smartphone, ligando os ouvintes a uma rede global de 70 mil estações.

UM SUv SegUroQuanto ao capítulo da segurança,

a estrutura do Trax foi concebida para suportar mais do que quatro vezes o seu peso em caso de capotamento. está ainda equipado com uma gama completa de sistemas de controlo do chassis, onde se incluem a assistência ao arranque em Subida e o controlo de Descida. Também estão montados de série o controlo eletrónico de esta-bilidade, o controlo de Tracção, aBS de quatro canais com Distribuição eletrónica da Força de Travagem (eBD), assistência hidráulica à Fadiga de Travagem (hydraulic Brake Fade as-sist), e Mitigação de sistemas em caso de capotamento. o equipamento de segurança de série inclui seis airbags, cintos de segurança de três apoios nos cinco lugares, pontos de ancoragem iSoFiX para fixação de cadeiras de cri-ança e sistema de retração do conjunto de pedais.

PreçoSversão euroschevrolet Trax 1.7 D lS (FWD) 23.990chevrolet Trax 1.7 D lT (FWD) 25.450chevrolet Trax 1.7 D lT (FWD) cx auto 28.450chevrolet Trax 1.7 D lT (aWD) 28.150chevrolet Trax 1.4 T lT (aWD) 25.950

a gama portuguesa do chevrolet Trax articula-se entre os níveis de equipa-mento lS e lT e pelos dois motores, o 1.4 Turbo a gasolina e o 1.7 turbodiesel, sempre acoplados a caixa de velocidades manuais de 6 velocidades, excepção feita ao 1.7 D com tracção dianteira, que disponibiliza também uma caixa automática de 6 relações. Para já e neste início de comercialização, a partir de Junho, estão disponíveis cinco versões diferentes (ver caixa com os preços), mas no segundo semestre do ano há-de chegar também o Trax 1.4 Turbo com tracção dianteira, para o qual a marca ainda não tem uma estimativa

de preço.o único modelo do nível lS é o Trax 1.7 D com tracção dianteira, que, por 23.990 euros, oferece de série, entre outros, sistema Stop/Start, jantes de liga leve de 16 polegadas, ar condicionado, cruise control, seis airbags, sensor da pressão dos pneus, alarme, vidros eléctricos à frente, espelhos exteriores com comando eléctrico na cor da car-roçaria, sensores de luz e chuva, rádio com Bluetooth e comandos no volante, sensores de estacionamento, banco do condutor ajustável em altura e faróis de nevoeiro. a pintura metalizada custa 350 euros.

o nível lT acrescenta como principal equipamento as jantes de liga leve de 18 polegadas, o volante em pele de três braços, um espaço de arrumação para os óculos de sol, apoio de braços para condutor e gaveta por baixo do banco dianteiro, espelho interior electrocromáti-co, computador de bordo, câmara de estacionamento traseiro, sistema chev-rolet Mylink, sistema de som Premium, rede de carga na bagageira, vidro do condutor automático, bússola, estofos em pele e tecido, banco do passageiro totalmente rebatível, apoio de entrada em alumínio e puxadores das portas na cor da carroçaria.

Gama nacional

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comércio & indústria12 26 de Abril de 2013

Nissan investe 480 milhões de euros

Se o investimento da Nissan em Portugal - que seria de 156 milhões de euros e criaria 200 postos de trabalho -, avançasse, a nova gera-ção do Nissan Leaf, apresentado em Oslo, na Noruega, teria componentes portugueses, uma situação que o porta voz da Nissan Portugal lamenta, dadas as condicionantes do mercado europeu e do próprio desenvolvimento do projeto.

“Com a decisão da Nissan em concentrar em quatro fábricas em todo o mundo a produção de baterias para os carros elétricos do grupo, será difícil voltar atrás”, refere António Pereira-Joaquim.

O novo Nissan Leaf, que vai começar a ser comercializado em Portugal em maio, é considerado pela marca como um passo em frente na mobilidade elétrica: tem mais auto-

nomia (199 quilómetros) e o carre-gamento das baterias é mais rápido. Em casa, o carregamento passa das 8 horas para as 4 horas.

Com a intenção de atingir estes objetivos, o centro de desenvolvi-mento tecnológico da Nissan fez mais de 100 alterações em relação ao modelo da primeira geração, permitindo “tornar a tecnologia de emissões zero da Nissan acessível a mais condutores europeus”.

Para isso, a Nissan alterou os preços do carro, tornando-o mais barato, e dando a opção de alugar a bateria, o que permite embaratecer o automóvel em cerca de 5 mil eu-ros. Ou seja, na versão mais básica (Visia), o carro custa 31 100 euros, mas se o cliente pretender alugar a bateria passará para 25 200 mais 79 euros por mês.

Segunda geração do Leaf

A Nissan investiu 480 milhões de euros para produzir a segunda gera-

ção do Leaf, o carro totalmente elé-trico da marca japonesa, desta vez

fabricado na íntegra no Reino Unido, incluindo o investimento que estava

previsto para Portugal.

O porta-voz da Nissan relembra que este automóvel está isento de Im-posto Único de Circulação (IUC) e tem carregamentos grátis na Mobi.e, uma rede que integra todos os sistemas de carregamento para a mobilidade elé-trica numa plataforma única, aberta e universal. Ou seja, quem comprar o Nissan Leaf só gasta em combustível aquilo que consumir de eletricidade

quando carregar o automóvel em casa, assegurando António Pereira-Joaquim que o gasto ronda os 2 euros por 100 quilómetros.

Paul Willcox, vice-presidente de vendas e marketing da Nissan Europa fez questão de frisar que o sucesso do Nissan Leaf - vendidos mais de 55 mil em todo o mundo - “provou, para lá de qualquer dúvida, que os

A Noruega, também conhecida por ser um dos grandes exportado-res de petróleo do mundo, lançou um programa de mobilidade com emissões zero em outubro de 2011, tornando-se rapidamente o país com mais carros elétricos per capita do mundo, uma das razões por que a Nissan escolheu a capital Oslo para apresentar a segunda geração do seu carro elétrico, o Leaf.

Em Portugal, o programa Mobi.e, atualmente em revisão, praticamente estagnou após o programa de as-sistência da ‘troika’ (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia, Banco Central Europeu) e, embora toda a rede esteja a funcionar, os

veículos elétricos de emissões zero são viáveis” e que “não constituem uma opção arriscada, sugerida por alguns dos nossos rivais”. Para prová-lo, o responsável da Nissan anunciou que a empresa irá equipar outros modelos, como o furgão NV200 e um carro compacto da marca de luxo do grupo Infiniti, tudo a partir de 2014.

Noruega ultrapassa PortugalMobilidade elétrica

Após o abrandamento do projeto de mobili-dade elétrica em Portugal, em que foram

vendidos 65 carros elétricos no ano pas-sado, a Noruega passou a ser o país líder

neste novo tipo de tecnologia graças a uma política de incentivos.

planos de desenvolvimento estão agora a ser repensados.

O fim dos incentivos à compra do carro elétrico e os preços prati-cados pelas marcas para a venda dos veículos, bem como uma crise profunda das vendas de automóveis nos últimos anos não ajudou ao sucesso da mobilidade elétrica em Portugal.

Enquanto isso, na Noruega, o Governo isentou os carros de Imposto Sobre Valor Acrescentado (IVA) e de taxas rodoviárias, sendo que este tipo de veículo não paga portagens nas auto-estradas, túneis e ‘ferries’ e podem ainda utilizar as faixas ‘bus’ para se deslocarem.

Além disso, um condutor de um automóvel elétrico beneficia também de estacionamento grátis e os postos de carregamento de eletricidade são, até agora, oferecidos.

Um dos segredos para o sucesso da Noruega para este tipo de carros é também a disseminação de postos de carregamentos rápidos, cerca de 65, em que é possível o automóvel car-regar as baterias em 30 minutos. Em Portugal, existem 16 carregamentos rápidos, embora esteja previsto que, até 2014, existam mais cerca de 50. Graças a esta política, segundo dados da Associação Automóvel da Noruega, os carros elétricos figuram nos primeiros lugares de venda de veículos naquele país.

O Nissan Leaf, o automóvel que iria ser equipado com as baterias que a marca japonesa iria produzir em Aveiro e que cancelou para o Reino Unido, é um dos mais vendidos na Noruega, com cerca de 3300 carros a circular, sendo que, no ano passado, matriculou 2298 exemplares.

Este modelo já representa 1,7% da totalidade do mercado da Noruega, um país com cinco milhões de habi-tantes, e foi em 2012 o segundo au-

tomóvel mais vendido em Trondheim, a segunda cidade da Noruega.

Em Portugal, segundo dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), existem cerca de 286 carros elétricos a circularem nas estradas nacionais, em que houve uma queda nas vendas deste tipo de veículos de 68%, passando dos 203 em 2001 para os 65 carros no ano passado.

A marca mais vendida foi o Smart (19 unidades), logo seguido do Nis-san Leaf (15 unidades), Renault Fluence (11 unidades), Mitusbishi i-Miev, Peugeot iOn e Citroen C-Zero.

O Opel Ampera e o seu irmão Chevrolet Volt, que não são consid-erados em Portugal um carro elétrico, mas sim um híbrido, venderam 12 e 5 carros respetivamente.