MovimentoNacionalista Avançou Com as Eleições iSARIO DA · 2015-02-26 · NOVOS RUMOS Rio de...

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A .verdade é que a campanha eleito- ral ./oi, no seu conjuto, um importante fato? de educação política da nosso po- vo. Os problemas fundamentais da Na- cão foram colocados em debate. As fôr- ças nacionalistas se apresentaram mais unificadas, determinando o conteúdo principal da campanha, que teve como divisor das duas mais fortes cândida- turas a posição assumida na luta pela completa emancipação do país. Nosso povo deu, assim, um passo à frente. Novas posições foram conquistadas para que a luta democrática e patrió- tica alcance a vitória (Reportagem na 3' página do 1' caderno) Bancos não funcionarão amanfo QS BANCÁRIOS cariocas deverão de- aetar a greve geral na assem- blcia de hoje á noite, so os banqueiros continuarem intransigentes, como até agora, nerjando-se a aceilar a propôs- ia de conciliação formulada pelo TRE. O apoio quo vem chegando de todo o ;5ais indica que a greve poderá esten- r!cr-se a outros Estados. (Texto na 2' página ,^ v; - i . . 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Encontravam.se presentes delegações de 70 pafses, in- clusive do Brasil. E duas representações ilustres 1 as dos governos da Birmânia (primeiro Ministro U Nu) e da Repú- blíca da Argélia (presidente de govêr- no provisário, Ferhat Abbas). Em dis- curso, o vice-primeiro ministro chinês Tchen Y referiu-se è solidariedade in- destrutlvel dos paises do campo sócia* lista. Enquanto isso, na ONU, Kruschiov pedia a admissão da República Popu* lar da China. (7.* pág. 1.' caderno). ,flfl >" BBflfl^efl TUtillIllBVMlflfl B. n 11 ¦ * 1 i 1 y> 11 ^w '.¦7 ¦ :í;tí ;':v>¦$its^i4tx^^/¦.^.c^.^ f- c ;;'!¦'¦;. .•:•.':',:; ..V*:^': .;.'.;:':.:'-..': ' '.' ". ' " s^'.r." ?\ ¦ •-.-'.¦ J:J,^>'-^,y^____s____T_TOL'^^y^?^^a^^"i^^-WvDwy^4fí5R^JBjssss^WjweMsssss^sssMsp^e^ssMeW^ffieB Cartilha do camponês: Julião escreve «QEPOIS do «Guia», do «ABC» e do «RECADO», eu te mando, cam- ponês, esla cartilha». , . Com essas pa- lavras o deputado Francisco Julião Ifolo), presidente de honra das Ligas Camponesas do Nora/este inicia a «Car- lilha do Camponês*, importante traba lho que dedica aos trabalhadores que em todo o Brasil lutam contra a opres- são terrível do latifúndio, por uma vida melhor. 'Texto nas 4a. e 5a. páginas do Io. caderno) OPA: progresso que houve foi em palavras APRECIANDO os resultados da Con- ferência Econômica de Bogotá, o sr. Augusto Frederico Schmidt, chefe da delegação brasileira, derramou-se em elogios, considerando o conclave como uma grande vitória. Em verdade, não muito fundamento para tal euforia, pois o progresso havido, nos lermos do próprio sr. Schmidt, foi «conceituai». (Leia na 2a. páqina do 2o. caderno) .— ¦-•• *. ,. . . ,_ fi..;. . Á Luta Continuara ORLANDO BOMFIM JR. ONU NA ENCRUZILHADA: POLÍTICA 00 IMPERIALISMO CONTRA VONTADE DOS POVOS rçXTON* PAGINA ^S URNAS eslào sendo obettas. F possível que, ao circular NOVOS RUMOS, se apresentem de- finidas as tendências da apuração, o que não aconte- ce neste momento. Não cabe, assim, fazer agora, con- siderações a propósito de um resultado ainda incerto. Há, entretanto, aspectos do pleito que se tornaram evidentes no decorrer mesmo da campanha. E, por outro lado, também é certo que conseqüências futuras podem sofrer a influência aa vitória deste ou daquele candidato, mas propriamente não dependem desse re- sultado. /jk BATALHA eleitoral colocou na ordem do dia, para o debate público, os problemas fundamentais que a Nação enfrenta. E possibilitou um amplo agrupa- mento de forças nacionalistas em torno da candidato- ra Lott-Joõo Goulart. Daí duas conseqüências que de- vem perdurai, sendo ambas benéficas para o desen- volvimento futuro da situação política do país. Ç\ DEBATE dos problemas nacionais permitiu que a campanha adquirisse um sentido esclarecedor para grandes massas da população. Foi feito, nas pra- ças públicas, o retrato da espoliação a que estamos submetidos pelas empresas estrangeiras, que se nutrem do valor de nossas riquezas e do produto de nosso tra- balho. E cremos não haver dúvida quanto a ter crês- cido a consciência de que será conquistando a plena emancipação econômica do país, livrando-o da erva daninha dos monopólios norte-americanos, que encon- traremos os meios e modos de construir nosso progresso e nossa prosperidade, de elevar em todos os sentidos o bem-estar do povo. "TAMBÉM é certo que amplo foi o agrupamento de fôr- ças nacionalistas em torno da candidatura Lott-Joáo Goulail. Setores continuaram, lamentável- mente, dispersos, o que, de uma forma ou outra, levou água ao moinho dos adversários. Mas é inegável que o movimento democrático e patriótico se unificou mais durante a disputa eleitoral, encontrando o terreno propicio a uma ação conjugada na luta pela conquista de uni objetivo comum, .. A ELEVAÇÃO da consciência popular e o reforça- mento do movimento nacionalista devem atuar, qualquer que seja o resultado do pleito, como fatàres permanentes na vida política do país. E sua importan- cia ressalta quando compreendemos que as eleições, sem que se desmereça sua significação, representam apenas um episódio na grande e decisiva batalha que a Nação trava em busca de sua completa indepen- dência. £ EVIDENTE que c eleição dos candidatos nacionalistas *rará condições mais favoráveis, alargando o ca- minho para novos avanços e novos êxitos. Não será, entretanto, por si o bastante. Não significará, de modo algum, que tenhamos chegpdo ao fim da jorna- da. Sua grande importância reside, precisamente, em que possibilitará melhores condições para que a jorna- da prossiga. pOR OUTRO lado, o resultado contrário nas urnas jamais significaria que o caminho se tornasse in- transitável. Seria, da mesma forma, um episódio, ca- paz de levantar barreiras e criar obstáculos, mas nunca de impedir que a marcha continuasse. Queiram ou não os retrógrados e reacionários de todos os quilates, o movimento patriótico e democrático de nosso povo é ir- reversível. Pode enfrentar maiores ou menores impe- cilhos, seguir em linha reta ou em ziguezague, mas avançará sempre. Ele não se apoia em razões transi- tórias de véspera de eleições, e sim em motivos per- manentes, que são os problemas básicos da vida na- cional, a exigir solução. E sua força eslá em que apre- senta as únicas soluções que efetivamente atendem aos Interesses de nosso povo. PORTANTO, qualquer que seja o resultado das urnas, a luta continuará. E, qualquer que seja a natu- reza dessa luta, ela Inevitavelmente será vitoriosa. __L

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Page 1: MovimentoNacionalista Avançou Com as Eleições iSARIO DA · 2015-02-26 · NOVOS RUMOS Rio de Janeiro, semana de 7 a 13 de outubro de 1960 BANCÁRIOS DECIDEM: 35% OU GREVE NEM UM

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ANO IIDiretor Executivo — Orlando Bomfim Jr.

Rio ide Janeiro, semana de 7 a 13 de outubro 1960————————Diretor — Mário Alves

N' 84Redator-Chefe — Fragmon Borges

Movimento NacionalistaAvançou Com as Eleições

4r/ íç m

fÊ$íjfí? V ^^mwlíí^S^S^m\mml^^^t^mW^ WS -fl

iSARIO DAREPÚBÜC A POPULAR DÂCyHHA

Q ÍNDICE du participação nas etei-

,õe» mostra o grande interessaque o pleito despertou. E esse interâs-se é igualmente revelado pela imensocuriosidade existente em torno dos re-sultados da apuração (foto ao lodo).

A .verdade é que a campanha eleito-ral ./oi, no seu conjuto, um importantefato? de educação política da nosso po-vo. Os problemas fundamentais da Na-cão foram colocados em debate. As fôr-ças nacionalistas se apresentaram maisunificadas, determinando o conteúdoprincipal da campanha, que teve comodivisor das duas mais fortes cândida-turas a posição assumida na luta pelacompleta emancipação do país. Nosso

povo deu, assim, um passo à frente.Novas posições foram conquistadas

para que a luta democrática e patrió-tica alcance a vitória (Reportagem na3' página do 1' caderno)

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não funcionarão

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QS BANCÁRIOS cariocas deverão de-aetar a greve geral na assem-

blcia de hoje á noite, so os banqueiroscontinuarem intransigentes, como atéagora, nerjando-se a aceilar a propôs-ia de conciliação formulada pelo TRE.O apoio quo vem chegando de todo o;5ais indica que a greve poderá esten-r!cr-se a outros Estados. (Texto na 2'página ^

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maçfio da República Popular da China,seu décimo primeiro aniversário. Os fei-tejos deste ano foram exclusivamentepopulares, sem a tradicional paradamilitar. Desfilaram pelas ruas de Pe-qulm 500 mil pessoas, per entre umamutidão incalculável de habitantes dacidade e visitantes. Encontravam.sepresentes delegações de 70 pafses, in-clusive do Brasil. E duas representaçõesilustres 1 as dos governos da Birmânia(primeiro Ministro U Nu) e da Repú-blíca da Argélia (presidente de govêr-no provisário, Ferhat Abbas). Em dis-curso, o vice-primeiro ministro chinêsTchen Y referiu-se è solidariedade in-destrutlvel dos paises do campo sócia*lista. Enquanto isso, na ONU, Kruschiovpedia a admissão da República Popu*lar da China. (7.* pág. 1.' caderno).

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Cartilhado camponês:Julião escreve«QEPOIS do «Guia», do «ABC» e do

«RECADO», eu te mando, cam-ponês, esla cartilha». , . Com essas pa-lavras o deputado Francisco JuliãoIfolo), presidente de honra das LigasCamponesas do Nora/este inicia a «Car-lilha do Camponês*, importante trabalho que dedica aos trabalhadores queem todo o Brasil lutam contra a opres-são terrível do latifúndio, por uma vidamelhor. 'Texto nas 4a. e 5a. páginasdo Io. caderno)

OPA: progressoque houve foiem palavrasAPRECIANDO os resultados da Con-

ferência Econômica de Bogotá, osr. Augusto Frederico Schmidt, chefe dadelegação brasileira, derramou-se emelogios, considerando o conclave comouma grande vitória. Em verdade, nãohá muito fundamento para tal euforia,pois o progresso havido, nos lermos dopróprio sr. Schmidt, foi «conceituai».(Leia na 2a. páqina do 2o. caderno)

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Á Luta ContinuaraORLANDO BOMFIM JR.

ONU NA ENCRUZILHADA:

POLÍTICA 00 IMPERIALISMOCONTRA VONTADE DOS POVOS

rçXTON* 7» PAGINA

^S URNAS eslào sendo obettas. F possível que, aocircular NOVOS RUMOS, já se apresentem de-

finidas as tendências da apuração, o que não aconte-ce neste momento. Não cabe, assim, fazer agora, con-siderações a propósito de um resultado ainda incerto.Há, entretanto, aspectos do pleito que se tornaramevidentes no decorrer mesmo da campanha. E, poroutro lado, também é certo que conseqüências futuraspodem sofrer a influência aa vitória deste ou daquelecandidato, mas propriamente não dependem desse re-sultado.

/jk BATALHA eleitoral colocou na ordem do dia, parao debate público, os problemas fundamentais que

a Nação enfrenta. E possibilitou um amplo agrupa-mento de forças nacionalistas em torno da candidato-ra Lott-Joõo Goulart. Daí duas conseqüências que de-vem perdurai, sendo ambas benéficas para o desen-volvimento futuro da situação política do país.

Ç\ DEBATE dos problemas nacionais permitiu que acampanha adquirisse um sentido esclarecedor

para grandes massas da população. Foi feito, nas pra-ças públicas, o retrato da espoliação a que estamossubmetidos pelas empresas estrangeiras, que se nutremdo valor de nossas riquezas e do produto de nosso tra-balho. E cremos não haver dúvida quanto a ter crês-cido a consciência de que será conquistando a plenaemancipação econômica do país, livrando-o da ervadaninha dos monopólios norte-americanos, que encon-traremos os meios e modos de construir nosso progressoe nossa prosperidade, de elevar em todos os sentidoso bem-estar do povo.

"TAMBÉM é certo que amplo foi o agrupamento de fôr-ças nacionalistas em torno da candidatura

Lott-Joáo Goulail. Setores continuaram, lamentável-mente, dispersos, o que, de uma forma ou outra, levouágua ao moinho dos adversários. Mas é inegável queo movimento democrático e patriótico se unificou maisdurante a disputa eleitoral, encontrando o terreno

propicio a uma ação conjugada na luta pela conquistade uni objetivo comum, ..

A ELEVAÇÃO da consciência popular e o reforça-mento do movimento nacionalista devem atuar,

qualquer que seja o resultado do pleito, como fatàrespermanentes na vida política do país. E sua importan-cia ressalta quando compreendemos que as eleições,sem que se desmereça sua significação, representamapenas um episódio na grande e decisiva batalha quea Nação trava em busca de sua completa indepen-dência.

£ EVIDENTE que c eleição dos candidatos nacionalistas*rará condições mais favoráveis, alargando o ca-

minho para novos avanços e novos êxitos. Não será,entretanto, por si só o bastante. Não significará, demodo algum, que tenhamos chegpdo ao fim da jorna-da. Sua grande importância reside, precisamente, emque possibilitará melhores condições para que a jorna-da prossiga.

pOR OUTRO lado, o resultado contrário nas urnasjamais significaria que o caminho se tornasse in-

transitável. Seria, da mesma forma, um episódio, ca-paz de levantar barreiras e criar obstáculos, mas nuncade impedir que a marcha continuasse. Queiram ou nãoos retrógrados e reacionários de todos os quilates, omovimento patriótico e democrático de nosso povo é ir-reversível. Pode enfrentar maiores ou menores impe-cilhos, seguir em linha reta ou em ziguezague, masavançará sempre. Ele não se apoia em razões transi-tórias de véspera de eleições, e sim em motivos per-manentes, que são os problemas básicos da vida na-cional, a exigir solução. E sua força eslá em que apre-senta as únicas soluções que efetivamente atendem aosInteresses de nosso povo.

PORTANTO, qualquer que seja o resultado das urnas,a luta continuará. E, qualquer que seja a natu-

reza dessa luta, ela Inevitavelmente será vitoriosa.

__L

Page 2: MovimentoNacionalista Avançou Com as Eleições iSARIO DA · 2015-02-26 · NOVOS RUMOS Rio de Janeiro, semana de 7 a 13 de outubro de 1960 BANCÁRIOS DECIDEM: 35% OU GREVE NEM UM

NOVOS RUMOS Rio de Janeiro, semana de 7 a 13 de outubro de 1960

BANCÁRIOS DECIDEM: 35% OU GREVE

NEM UM CRUZEIROSAIRÁ DOS BANCOS

PARTIR DO DIA 7

NotaSindical

Seleção de QuadrosPara os Institutos

fi ' '* "*r*ft

A assembléia-monslro do dia 6 do

corrente, no Teatro João Caetano,

foi convocada pelos bancários cariocas

paia deflagrar a greve geral, tm todos

os estabelecimentos de crédito da cida-

de, se até lá os banqueiros não tiverem

aceito a proposta conciliatária apre*sentado pelo presidente do TribunalRegional do Trabalho, que lhes asse-gura um aumento salarial de 35%, comum mínimo de três mil cruieiros, a par-tir de 1.' de setembro; aumento propor-cional para os empregados com menosdc um ano de casa,- e continuação dosestudos para a elaboração do Contra-to Coletivo de Trabalho, logo após arealização do Congresso Nacional deBancos.

Greve nacionalA greve doi 25 mil bancários ca-

riocas, que paralisará mais de 150 es-tabelecimentoi de crédito do Estado daGuanabara, a partir do dia 7 do cor-rente, poderá ser o ponto de partidapara a greve nacional no setor de cré-dito, uma vez que a Intransigência pa*tronai generaliza-se em todo o País. Apossibilidade da extensão da greve sedeve a que quase todos os acordos sa-lariais firmados entre bancários i ban-queiros terminaram entre 1.' de letem-bro e 1." de outubro. Essa é uma razão.Outra, não menos importante, é queos bancários encontram-se unidos emtorno de sua entidade máxima, que é aConfederação Nacional dos Emprega-dos em Estabelecimentos de Crédito, e

Salário Mínimo:60 o/o de Aumentoe a Partir do Dia Io

Nõo foram decretados, afinal, até1 .' de outubro, os novos níveis de sala*rio mínimo para todo o país. O govêr-no, que havia prometido fazê-lo, atra-vés de declarações do ministro do Tra-balho, não cumpriu a promessa.

A necessidade e a justeza de umreajustamento do salário mínimo sãoreconhecidas por todos, tendo tm vistaque, desde janeiro de 1959, quandodo último reajustamento, o custo devida elevou-st em mais de 60 por cen-to. Em S. Paulo, os patrões reconhece-ram a procedência da reivindicação dostrabalhadores, o mesmo ocorrendo emoutros Estados. Na Guanabara, porém,o patronato reacionário, encabeçadopelo sr. Zolfo de Freitas Malmann,opôs-se de todas as maneiras à decre-tação dos novos niveis de'salário mini*mo, dificuldade que o governo não seempenhou em remover.

Solução razoávelA atitude do governo é tanto mais

estranha quando, em entrevista è im*prensa, o presidente da República afir-mou que tem verificado tstar a maláriados principais Estados fJBti tendênciaacentuada para fixar et novos saláriosna base de um aumento dt 30 a 60por cento, o que considera uma soluçãorazoável.

A excepcionalldade para a dtcrt-tação dos novos salários mínimos jáfoi rtconhecida na maioria des ista-dos, tendo a Comissão dt Brasília fixa-do tm 9.600 cruzeiros o salário mínimoda nova Capital.

A vigorar do dia 1*Na mesma entrevista, promtttu o

er. Juscélino Kubitschek qut assinaria odtcrtto de reajustamento até o próxl-mo dia 15. Os trabalhadores movi-mentam-te no sentido de que não ape*

nas esta promessa stja cumprida — tna bast dt um oumtnto geral dt 60por cinto —• como também para qutos novos salários mfnlmoi vigoremdesde o último dia primeiro.

a sua solidariedade à luta dos banca-rios cariocas vem sendo demonstradadiariamente, através de grandes assem-bléias e demonstrações públicas que severificam em todo o País. Esses dois fa*tores são decisivos para o desencadea-mento da greve nacional. Tudo dopen-de, entretanto, da conduta dos ban-queiros.Intransigência

Mas os banqueiros, particularmenteos cariocas, continuam intransigentes.Os bancários da Guanabara, demons-trando o seu propósito de evitar a pa-ralisação dos trabalhos, e de conse-guir, amigavelmente, o atendimentodas suas mínimas reivindicações, abri-ram mão da sua proposta inicial, e re-solveram aprovar, numa grande assem*bléia realizada na manhã do dia 30, aproposta conciliatória feita pelo presi-dente do Tribunal Regional do Traba-lho. Essa proposta, que publicamos noinicio dessa reportagem, foi rtjtitadapelos banqueiros, que continuam ofe-recendo apenas um aumento salarialdt 30%, stm ttto ntm mínimo.

A intransigência dos banqueiros,negando-st até mesmo a atender aproposta conciliatória do TRT, levou osbancários cariocas a abrirem o únicocaminho que lhes resta, para obterema sua justa reivindicação) o da parali-sação geral do trabalho.

Os bancários cariocas poderiam ter

deflagrado a greve no mesmo dia 30de setembro, quando oi banqueiros re-jeitaram a proposta do. TRT, mas não ofizeram em respeito à Justiça Eleitoral.Com isso eles deram mais uma inequí-voca demonstração do seu espírito pú-blico, retarda'ndo a decretação da gre-ve, prejudicando os seus interesses pormais alguns dias, em beneficio de todaa coletividade. Mas a verdade é queeles já estavam prontos para a parali*sação do trabalho.

De qualquer modo, os bancáriosganharam tempo e estão sabendoaproveitar esses dias, para aperfeiçoaro seu dispositivo de greve. Os piquetesestão sendo reforçados. Os comandosde propaganda desenvolvem a sua ati-vidade em ritmo mais intenso, t come-çam a atingir os demais setores profis-sionais, solicitando a sua solidariedadepara a luta que travam contra a intran-sigência patronal. Essa solidariedade,aliás, já vem se fazendo sentir. Nas duasaudiências de conciliação, qut st rea-lizaram no TRT, éncontravam-se, pres-tigiando o movimento dos bancários, osdirigentes dos Sindicatos Nacionais deAeronaulas e Aerovlárlos, dos Sindica-tos dos Alfaiates,.Sapateiros, Metalúr-gicos, e de outras entidades da Gua-nabara. Os bancários cariocas não es-tão sozinhos na sua luta. Eles conlamcom a solidariedade de todos os traba*lhadores da cidade.

Og políticos e cabos eleitorais poderão descansar logo após o pleitoeleitoral do 8 do outubro, mas os ativistas sindicais, que também empenhamtodas as suas energias na campanha pela eleição dos seus candidatos terãodireito, no máximo, a uma breve trégua, para retemperar suas forças ràpl-damentfi, e entrar «duro», como diz o carleua, nessa outra campanha que seInicia nos primeiro dias do outubro, visando a eleição dos representantes dostrabalhadores par* os órgãos coleglados, que passarão a reger os destinosdos Institutos de Aposentadoria e Pensões.

Trata-se de uma campanha de Importância Inestimável. Pela primeiravez, os trabalhadores, graças » conquista da Lei Orgânica da PrevidênciaSocial, são chamados a eleger os seus representantes íi direção das entidadesdc previdência social.

Nenhum sindicato-deve descuidar dessa tarefa, assim como todo tra-balhador deve participar da assembléia que for convocada para escolha tioseu delegado-eleitor. Os lideres sindicais que tenham se revelado mais dedl*cados aos interesses da coletividade, e que hajam se sobressaído por sua ca-pacidade administrativa, devem ser os indicados como ilelegado-cleitor. S»as entidades sindicais fizerem uma boa escolha, teremos dado o primeiro passopara assegurar o êxito na nova administração ilos IAPs. Caso contrário,correremos o risco de submeter os novos órgãos coleglados ao descréditotlog contribuintes dos IAPg e do povo.Com a Lei Orgânica da Previdência Social, os trabalhadores terãooportunidade de demonstrar a sua capacidade de administração, a sua ho*nestidade e sua dedicação no trato dos assuntos de Interesse da coletividade.As Juntas de Julgamento e Revisão, que serão eleitas diretamente pelasentidades sindicais de empregados e de empregadores, em todos os Estados,terão o mérito de testarem a capacidade 4>s seus membros, de transformá-los*em quadros administrativos dos institutos.

Bsses novos quadros que se forem formando irão constituir a equipecapaz de, daqui a quatro anos, substituir a todos aqueles que não tiveremse conduzido corretamente nos Conselhos de Administração e nos demaisórgãos coleglados que dirigem entidades importantes tomo o SAPS o Con*selho Superior da Previdência Social e o Departamento Nacional da Prevl*dêncla Social.As novas conquistas do movimento sindical vão exigindo, cada vezmais, a formação de quadros responsáveis, capazes dc se desincumbirem damelhor maneira possível da função a que forem chamados a desempenharDai a necessidade de todo o trabalhador estar atento nos seus locais de tra-balho, acompanhando a atividade dos seus companheiros e dos seus lideressindicais, seleclonando-os por sua honestidade, dedicação aos interesses dostrabalhadores e capacidade de trabalho e de organização, para transforma-loa nos seus futuros representantes junto aos órgãos de orientação e con-trole administrativo ou Juiisdlcional dos institutos.Os trabalhadores estão chamados a participar diretamente na açãomoralizadorri da atividade administrativa dos Institutos. Essa ação tem decomeçar de baixo. Os aproveitadores da burocracia sindical, os falsos lideresoperários, formados nos gabinetes ministeriais devem ser, ile salda varridos ,de qualquer representação junto aos IAPs. VI'ara ls».) é necessário que o trabalho para ^^gBjsjJJfJffBjjB^,. /a eleição dos autênticos representantes das -**«*^a^s^s^s^s^s^s^swJ

massas trabalhadoras comece Imediatamente,a fim de que se assegure o êxito na novaadministração dos Institutos.

Nilson Azevedo

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O Que os Trabalhadores ConquistaramCom a Lei Orgânica da Previdência

Três corporaçõesunidas para a greve

A luta pela paridade «ntre os venelmen*tos dos servidores autárquicos e mllita-res vem unindo marítimos, portuáriose ferroviários em todo o território na-cional, num movimento que poderá cul-minar com a greve geral

O Departamento de Previdência daConfederação Nacional dos Trabalha-dores nas Empresas de Crédito (CON-TEC), do qual fazem parte os dlrigen-les sindicais Osmildo Stafford da Silva,Edgard Rocha Costa e José Benlfico deMelo, membros do Conselho Fiscal doInstituto dos Bancários, elaborou um re-sumo da Lei Orgânica da PrevidênciaSocial, cuja integra iniciamos a publicarneste número.

«O cálculo dos benefícios, pelalegislação anterior, era feito tomando-s« por base a média das 36 últimascontribuições para a concessão da apo-sentadoria ordinária, e das 24 últimas

-contribuições para se,estabelecer o ou-xilio enfermidade, a aposentadoria porinvalidez e o beneffclo-pensao, cujaspercentagens correspondiam a 80%para o primeiro, e a 66% para os de-mais benefícios. A nova Lei determinoua incidência das percentagens corres-pondentes aos benefícios sobre a mé-dia das contribuições realizadas nos úl-limos 12 meses, sob a denominação de«SALÁRIO-BENEFlCIO».

Dessa forma, os benefícios abaixorelacionados, serão concedidos aos se-gurados que tenham realizado um mi*nimo de 12 contribuições mensais (pe-ríodo de carência):

AUXILIO-DOENÇA — Será conce-dido ao assegurado que ficar incapaci-tado para o trabalho pelo prazo su-

Defende Teu DireitoRESCISÃO — Pode o empregado que rescinde seu contrato de traba-

lho, alegando falta do empregador, continuar trabalhando até a solução desua reclamação. Pois a permanência no serviço ê uma faculdade sua, talcomo a suspensão do empregado, no inquérito, é um» faculdade do empre-gador. Ac. TST — Pleno (Proo. S.142/54), Relator: Tostes Malta

A rescisão, a pedido, do contrato de trabalho de empregado estávelso 6 válida quando processado na forma do disposto no art. 500 da Con-solidacão das Leis do Trabalho. Ao TST, 3a. Turma (Proc. %.718/57), Rela-tor: Édgard Sanches.

O não cumprimento pelo empregador das obrigações do contrato detrabalho dá ao empregado o direito de considerá-lo rescindido e pleitear a*indenizações legais- Ao. TRT, Ia. Região (Proc. 516/57), Relator: Déllo Mo-ranhlo.

Rescindido o contrato pelo empregado, para pleitear indenização, nãopode a,Justiça, uma vez julgada Improcedente a ação, restaurar o contratode trabalho, para permitir a volta do empregado (não estável). Ac. TRT, Ia.Região (Proc. 906/58), Relator: Amaro Barreto.

RETENÇÃO DE SALÁRIO — Nâo provando o empregado a sua ale-gada despedida, e configurado o abandono de emprego, a retenção de sala-rios para a compensação com o valor do aviso prévio não concedido, temamparo legal. Ao TRT, 2a. Região (Proc. 138/57), Relator: Wilson Batalha.

Se o empregado*abandona o serviço antes do término do período deaviso prévio dado pelo empregador, é licita a retenção do saldo de saláriospelo empregador. Ae. TST, Ia. Turma (Proc. 3,608/58), Relator: OliveiraLima,

REVERSÃO AO E3IPRÊGO — O empregado que, ao retomar do Ins-tlhilo, tem rescindido o contrato de trabalho, fns! jus a indenização calculadasobre os salários que lhe seriam devido* na dato da rescisão, e não sobre<>s salários percebido» na data de seu afastamento. Ae. TRT, Ia. Região(Proc; 789/57), Relator: Pires Chaves.

Retornando ao serviço, após lhe ser cancelada a aposentadoria, ao re«ctamaiite, que antes ganhava por produção, foi atribuído salário fixo diário,ficando com remuneração Inferior aos companheiros da mesma categoria.— Recurso conhecido e provido para, mantida a decisão recorrida na parteque assegurou ao empregado todas as vantagens em sua ausência atribuídasã sua categoria, reconhecer à empregadora o direito de empregar o recla-niante em função compatível com a anteriormente exercida. Ac. TST, 3a.Turma (Proc. RR 426/56), Relator: Jonas de Carvalho.

O empregado afastado do serviço, com licença remunerada pelo em-pregador, tem direito ás vantagens atribuídas à sua categoria profissional,a partir da da(a do retorno ao serviço. Ac TRT, Ia. Região (Proc. 1.710/53),Relator: Amaro Barreto.

Ao empregado, vitima de acidente no trabalho, que obtém alta comredução ile sua capacidade laborativa, cabe o direito k reversão nas con-diques que a lei estabelece, ou seja, atribuiu-do.sc-lhe serviço compatível com suas novascondições físicas, de modo a proporcionar-lhesalários atincnles ao restante de sua capaci-ihul;' de trabalho. Ac, TRT, Ia. Região (Proc.LÜUII/M), ttcjnjor: Mário L. do Oliveira.

Everaldo Martins

SE A PARIDADE NAO SAIRHaverá Grevede Marítimos,e Ferroviários

Milhares de trabalhadores maríti-mos, ferroviários e portuários, reunidosno Teatro João Caetano, na noite dodia 29 de setembro, decidiram, emnome dos 300 mil homens que com-põem as respectivas categorias profis-sionais, entrar em greve à zero hora dodia 8 de novembro, se até o dia 3 da-quele mês os seus vencimentos não es-tiverem equiparados aos dos militares.Essa decisão foi imediatamente comuni*cada a todas as autoridades compe-tentes.

A assembléiaNum dia chuvoso, com as ruas da

cidade alagadas, tudo indicava que aassembléia dos marítimos, ferroviários eportuários seria prejudicado. Mas, ape-sar disso, os trabalhadores lotaramcompletamente as dependências doTeatro João Caetano, que ten, sidopalco de grandes decisões nestes últi-mos dias.

Embora a assembléia estivesse pro-gramada para as 18,30 h., às 17,30 h.já os trabalhadores se concentravam emdois grandes grupos: o primeiro, naPraça 15; o segundo, na Praça dos Es-tivadores. Logo depois, iniciava-se odesfile de milhares de marítimos, fer-roviários e portuários que, conduzindofaixas e cartazes reclamando a pari*dade de vencimentos, percorriam asprincipais ruas da cidade, rumo ao Tea-tro João Caetano.

Comando da greveAtendendo a decisão da assem-

bléia, reúnem-se na manhã do dia 6 docorrente, na sede do Sindicato Nacio-nal dos Marinheiros, todas as enllda-des empenhadas na luta pela paridade,com o objetivo de eleger o comandoda greve, e traçar as normas para a

NacionalPortuáriosda RFFSAorganização dos piquetes em todos osportos, navios, e nas ferrovias vincula-das à Ride Ferroviária Federal.

Participam dessa reunião os repre-sentantes de 12 sindicatos marítimos,dos sindicatos ferroviários, da Federa*ção Nacional dos Ferroviários, Federa-ção Nacional dos Portuários, Federa-ção Nacional dos Marítimos e Uniãodos Portuários do Brasil.

Nota oficialNa assembléia do Teatro João Cae-

lano foi aprovada a seguinte nota:«Os dirigentes das classes maríti-

ma, portuária e ferroviária, abaixo-as-sinados, tornam público ter sido delibe-rado aguardar-se até 3 de novembrodo corrente ano a aprovação do proje-to restabelecendo a paridade entreservidores autárquicos e militares, quevinha sendo observada desde 1936,havendo, a respeito, as leis 488/48 e17Ó5 e 2745 de 195Ó.

Esperam as classes supra citadasque se faça justiça, retroagindo-se apercepção desse benefício a 1.' de ju-lho do ano em curso, quando os milita-res passaram a gozar dos novos níveisde vencimentos.

Resolveram, outrossim, paralisar psserviços à zero hora do dia 8 do refe-rido mês de novembro, caso,não vejamconcretizada essa justa aspiração, ten-do sido escolhida tal data para quenão se façam explorações políticas emtorno daquele movimento, porquantoesta deliberação é tomada antes daseleições, não se prevendo quais oscandidatos que serão vitoriosos nas ur-nas, não podando ser alegado, quan-do da eclosão da greve, que a mesmaterá por finalidade perturbar a possedos eleitos».

perior a 15 diai e corresponderá a umarenda mensal de 70% da média das12 últimas contribuições (salário-bene-ficio), acrescida de mais 1% desse sa-lário, para cada ano de contribuiçãoefetivamente recolhida & PrevidênciaSocial, até o máximo de 20%.

Êste benefício terá uma duraçãomáxima de 2 anos. Perdurando a inca-pacidade do segurado para o traba-lho, será concedida a- aposentadoriapor invalidez.

Durante o período em que o tra-balhador estiver percebendo auxílio-doença, ser-lhe-á prestada, gratuita-mente, assistência médica completa, in-clulndo exame». O tratamento cirúrgi-co é concedido facultativamente.

Nos 15 primeiros dias de afasta-mento do trabalho, por motivo de doen*ça, incumbe ao empregador o paga-mento integral dos salários correspon-dentes ao período de afastamento.

APOSENTADORIA POR INVALIDEZSerá concedida ao segurado que

continuar incepaz para o trabalho,após 24 meses de percepção do auxi-lio-doença, ou ao que inicialmente fôrdeclarado incapaz, definitivamente. Obenefício consistirá numa renda mensalcorrespondente a 70% do salário-be-nefício, acrescida de mais 1 % destesalário para cada ano de contribuição,até o máximo de 30%. Esse benefíciocessará quando o segurado fôr consi-derado apto para o trabalho.

APOSENTADORIA POR VELHICESerá concedida ao segurado que

após haver realizado um mínimo de 60contribuições mensais completar 65anos de idade, sendo do sexo mascu-tino, e 60 de Idade, quando do sexofeminino, e corresponderá a uma ren-da mensal igual à da aposentadoriapor invalidez.

APOSENTADORIA ESPECIAL — Se-tá concedida ao segurado que contan-do 50 anos de idade e 15 anos de con-tribuição, tenha trabalhado 15, 20 e25 anos em serviços penosos, insalu-bres, ou perigosos, especificamente in*dicados em regulamentação baixadaatravés de decreto do Poder Executivo.O valor da aposentadoria especial seráequivalente ao da aposentadoria p o rinvalidez.

APOSENTADORIA POR TEMPO DESERVIÇO OU ORDINÁRIA — Será con-cedida ao segurado que contar, no mi-nimo, 55 anos de idade e 30 anos deserviço, a qual consistirá de uma rendamensal correspondente a 80% do sa-lário de benefício, acrescentando-semais 4% desse salário, para cada no-vc grupo de 12 contribuições mensais,de modo a atingir o máximo de 100%do salário de benefício com 35 anosde serviço.

Assegura, por outro lado, a novalegislação, a percepção de um abonomensal correspondente a 25% do sa*lúrio-beneficio, pago pela PrevidênciaSocial, ao segurado que, satisfazendoas exigências para se aposentar, pre-ferir continuar trabalhando na empresa.

AUXILIO-NATALIDADE — Garantea Lei à segurada gestante ou ao segu-rado pelo parto de sua esposa não se-gurada ou, ainda, à companheira, des-de que inscrita 300 dias antes, umaquantia igual ao salário mínimo do seulocal de trabalho, independentementeda assistência médica a ser prestada.

Quando não houver possibilidadeda prestação da assistência médica, oauxílio-natalidade corresponderá a doissolários-minimos. Em se tratando departo gemelar, o auxílio-nalalidade

corresponderá a tantos salários-mfní-mos quantos forem os filhos nascidos.

ASSISTÊNCIA FINANCEIRA — Seráprestada pelos Institutos aos seus se-gurados e dependentes destes' na for-ma que fôr regulamentada e consistiráde:

a) empréstimos simples;b) empréstimos para construção •

aquisição de um Imóvfi ie:i*dencial;

c) fiança para garantia de alu*guel da própria residência.

BENEFÍCIO PENSÃO — Será con-cedido aos dependentes do seguradofalecido e corresponderá a uma par«cela familiar igual a 50% da aposen-tadoria percebida pelo segurado emvida ou daquela que teria direito s»na data de seu falecimento fosse apo-sentado. Essa parcela familiar seráacrescida de tantas parcelas iguais,cada uma, a 10% da mesma aposen-ladoria quantos forem os seus depen*dentes inscritos, até o máximo de 5.

AUXILIO-RECLUSÃO — É devidoaos beneficiários do segurado detento,ou recluso, que não perceba qualquerespécie de remuneração da empresa,e consistirá de uma renda mensal d»valor correspondente ao benefício-pen-são.

AUXILIO FUNERAL — Para aten-der às despesas de enterramento do ie*gurado falecido, a Lei determina a con-cessão dum auxílio aos seus dependen-tes de uma importância em dinheiroigual ao dobro do salário-minimo vi-gente na localidade.

ASSISTÊNCIA MÉDICA — Na ai*sislência médica prevista na lei Orgâ*nico, está incluída a assistência clíni-ca, cirúrgica, farmacêutica e odontoló-gica aos segurados e seus dependen-tes, em ambulatórios, hospitais, sanató-rios e a domicílio, com a amplitude qutos recursos financeiros e as condiçõeslocais permitirem.

Possibilita, ainda, que a assistên-cia médica seja prestada no regime docomunidade de serviços pelos Insfitu-tos, sempre que se tornar necessáriaou conveniente para maior eficiência noatendimento dos segurados. A realiza-ção dos serviços em comum será sem*p r e atribuída, mediante contribuiçãodos demais, a um dos IAPs, que assu-mira a responsabilidade integral pelamesma.

A assistência médica prestada nosambulatórios, hospitais, sanatórios, iso-lamentos por um dos Institutos ou noregime de comunidade de serviço, seráinteiramente gratuita.

Permite, entretanto, que os segura*dos se utilizem para si e seus depen-dentes os schviços médicos em regime delivre escolha, mediante a sua partici*pação no custeio de cada serviço prei«tado, na proporção do salário real per-*cebido e segundo fórmula a ser esta*belecida no regulamento da Lei.

Prestarão os IAPs a assistênciacomplementar, por meio da técnica doServiço Social, e a assistência reduca<tiva e de readaptação profissional.

A filiação à Previdência Social éobrigatória a todos que exerçam ati-vidade remunerada. O exercício d*mais de um emprego determina a con-tribuição obrigatória para as institui-ções de previdência social a que esti-verem vinculados os empregos. Neste ca-so, é lícita a acumulação de benefícios,desde que concedidos por Institutos di*versos.

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- Rio de Janeiro, semana de 7 a 13 de oufubro de 1960

Panorama Reforma Cambial eIntervenção em Cuba

NOVOS RÜMÒS 3 —

A campanha eleitoral fez passar quase em silêncio, para o grossoda opinião pública nacional, alguns movimento extremamente suspeitos dadiplomacia brasileira, os quais devem doravante despertar a mais atentavigilância dos nacionalistas. Não falemos da desastrada visita do sr. Kublts-click a Salazar. Depois dela, na mesma linha de obediência aos interessesdo Departamento de Estado, o Governo do sr, Kubitschek tem descambado— pelo que fêz e pelo que deixou de fazer — para o terreno da francacapitulação e do entreguismo.

Não merece outra caracterização a nova "visita", que vem de fazero sr. Sebastião Paes de Almeida aos Estados Unidos. Segundo foi fartamenteanunciado pela Imprensa, e chegou a ser admitido nas esferas oficiais, essaviagem do ministro da Fazenda teve o objetivo dc negociar com o FundoMonetário internacional e com bancos norte-americanos a obtenção de umvultoso empréstimo em dólares, em troca cia concessão há muito cobiçadapelos imperialistas ianques: a decretação da reforma cambial, nos moldesdo FMI. Pretende-se, assim, trocar uma lei por um empréstimo, coisa quenenhum Pais soberano faria, sem mesmo considerar o mérito da lei cniquestão.

O sr, Paes dc Almeida regressou desmentindo a noticia da reformacambial, que chegou a ser anunciada para o dia 4 de outubro. Ignoramossc ele não teve sucesso nas negociações, ou se apenas está escondendo njogo. O fato é que seu desmentido não foi levado a sério nos chamados meiosbem informados; "faz parte do negócio", dizem. E é também fato que nâosurpreenderia a ninguém se a SUMOC. amanhã mesmo, lançasse á face danação outra de suas famosas Instruções, instituindo um sistema cambialmais ao agrado do.s grupos de negócios norte-americanos. Assistiríamosdessa forma a uma revoltante inversão de papeis: o sr. Kubitschek cum-priria uvia tarefa que os imperialistas ianques reservaram para o sr. JânioMiadros, e criaria para o marechal Lott, uma situação dc fato que tornariamais difícil ao candidato nacionalista cumprir, no governo, sua promessacie ícslstir a pressão imperialista sobre o nosso mecanismo cambial

A par dessa investida contra o sistema de proteção da receita cam-bni do Pais. ja tao vulnedável em nossos dias, o Itamarati vai se alinhan-¦;> completamente nas posições do Departamento dc Estado cm relação aSi.? r,Ça° ?.

neutralldade' Pcl° mc»°« formal, e mesmo dc defesa doP incipio da nao-intervençao, que era mantida meses atrás pelo sr. Kubits-2

Passo»-se gradualmente á aberta posição de apoio aos pontos-de-vistaianques contra o povo cubano.

pPMh.daSUJP.!aVHn,laCaÍ0(P.Cle Caract'erlzar a A?™ subserviente desem-primada pelo sr. Horacio Lafer na recente Conferência de Costa/ Rirá

guando o ministro do Exterior brasileiro servi, de mo o t re adS e lL

I iio a dhZ aUtfntiC0 b,°neC0' atmVéS CI° fll,al falava- «orno ventri-

C a *f0™™ norte-americana, empenhada numa luta feroz contraC|uba. Na Conferência de Bogotá, desta vez com o sr. Schmidt à frente

teSÍ ^frSTWam á"a ^ dP ^•«PiSda Lo e a

nao seja deformada, nos "curraes" deapurações, êle ainda precisará impe-dir que façam dos últimos dias doGoverno Kubitschek o"s dias dacompleta capitulação frente aosinteresses imperialistas de Wall Street

Na Campanha Eleitorala Democracia Avançou

Embora ainda não seja o mo-monto para um balanço político•sôbrc o pleito dc domingo, já sepode chegar a várias conclusões só-bre esta prova eleitoral a que opais foi submetido. A primeira de-Ias, sem dúvida a mais importante,é a de que esta eleição representouinegavelmente um avanço no cami-nhp do fortalecimento da demòcra-cia. Já pelo aumento da porcentà-gem de eleitores no conjunto dapopulação, ou pelo clima de nor-ma lidade que, com algumas exce-ções sem grande significação, ca-racterizaram o pleito, se poderia di-zer que o regime democrático seconsolida no pais, se estende a ca-mudas mais vastas de nosso povo,e, por isso, se aperfeiçoa.

Mas há outros fatores a consi-derár. No pleito que passou, proble-

. mas reais os mais vitais do nossopovo - — a espoliação imperialista,a ação dos grupos e monopólioseconômicos e a urgência da eman-cipaçáo nacional — foram efetiva-mente colocados em praça públi-ca, e ficaram ao alcance da com-preensão das grandes massas dopovo. Pela primeira vez, as duascandidaturas que realmente dispu-tavam a vitória tiveram de empreen-der uma campanha em que o divi-sor de águas foi o nacionalismo.

Mais do que isso: pela primeiravez o povo teve a oportunidade cieparticipar, direta o indiretamente,alravés dc seus setores mais avan-çados, no processo dr escolha deum dos candidatos apoiados pelosgrandes partidos. Só esto fato a prioridade da escolha popular só-bre a escolha das cúpulas — repre-•senta uma conquista considerávelpara a democracia no pais.

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Papel nos comunistasenato Ar.no

Outro aspecto importante rioavanço democrático, traduzindo nn

AS LIGAS CAMPONESAS AVANÇAM0 "CORREIO DA MANHA" RETROCEDE

Há alguns meses, o «Correio daManhã» publicou uma série de re-portagens sobre as F.igas Campone-sa» de Pernambuco, nascidas noantigo engenho Galiléia. As repor-tagens tinham uma certa ubjetivi-dade e um ar de simpatia para como movimento.

Os tempos passaram, d movimen-to das Ligas cresceu, sua influên-cia aumentou, tanto entre ns popu-lações rurais do Nordeste como doSul.

O «Correio» volta agora ao as-minto com certo amargor e grandedecepção. Motivo aparente: t-eremos liderados de Francisco Julião sepronunciado publicamente, no l{c-cife, pela candidatura nacionalistade Henrique Teixeira I.ott. O re-pórter do «Correio da Manhã», sr.Calado, achou «ridículo» desfilaremos camponeses pernambucanos car-regando o símbolo da candidaturaque apoiaram no pleito presiden-ciai. Alega que o candidato vitorio-so, qualquer que êle seja, não rea-lizará a reforma agrária e que esta,«para vergonha nossa», vai ser fei-ta pelos norte-americanos, «já qitfío» latino-americanos só falam nelapor hipocresia».

Todo êsle amontoado de absur-

dos e insultos aos latino-americano;se encontra na reportagem do «Correio da Manhã» de 2 do outubrode 1960.

Os motivos reais da irritação do«Correio da Manhã» são bem (li-versos daqueles alegados. Km pri-meiro lugar, o jornal aristocratadesejaria um movimento camponêsbem comportado, com ares romíin-ticos, puramente decorativo da pai-sagem árida do Nordeste. Uns «ga-lilcus» sem idéias políticas na ca-beca.

Em segundo lugar, o «Correio»se enche, de medo mal contido aoverificar que as Ligas Camponesasnão se dispõem a permanecer quie-linhas nos limites do Galiléia. Ar-leginientam seus filiados e, num to-tal de 5.000 marcham para Recife,tomam conta de suas ruas, entramem contacto com líderes operários,ouvem discursos políticos, reclamamseus direitos junto ao Poder pú-blico. Constata o repórter do «Cor-reio», com evidente pesar, que «aluta das Ligas Camponesas vai serlonga e séria. Elas, que se alas-tra in por lodo o Pernambuco e pelaParaíba, ganharão sem dúvida opróprio Sul...»

Mas, enquanto o «Correio da Ma-

nhã» finge acreditar e tenta fazercrer numa «reforma agrária» feitano Brasil pelos norte-americanoscomo se fôssemos simples colôniados Estados Unidos — os campo-neses de Pernambuco lhe dão outromotivo de inquietação: carregam,

. em seu desfile rio Recife, uma fai-\a expressando sua «solidariedadeao grande Fidel Castro». E FidelCastro é símbolo do luta e vitóriade causas populares, inclusive a re-forma agrária, em que o «Correioda Manhã», ignorando a históriada própria burguesia revoluciona-ria, enxerga «pinta marxista»...

f; isto o que desagrada aos aris-tocralas do «Correio», levando-os,já agora, a atacar os camponesesdas Ligas pernambucanas, ao per-caberem que sua luta é para valer,é realmente pela reforma agrária,e não um movimento demagógico,que o «Correio» sonhou um dia co-locar a reboque do demagogo JânioQuadros.

O futuro mostrará que, na mr-(lida em que os camponeses avan-parem', se arregimentarem, lutaremde fato, o «Correio» se pronuncia-rá cada vez mais contra eles, ace-nando com o salvavidas furado deuma «reforma agrária norte-ame-ricana».

Pela vitóriados nacionalistas

pleito de domingo, é o papel de-sempenhado pelos comunistas. Par-ticipanclo ativamente da campanhaeleitoral, desempenhando muitasvezes um papel decisivo na faseem que a candidatura Lott. era sa-bolada insistentemente pelas cúpu-Ias dos partidos situacionistas, e, oque é mais, lutando lado a ladocom a grande maioria das forçasnacionalistas, os comunistas pude-am atuar com relativa liberdade

e legalidade nrstp pleito, desenvol-vendo suas próprias forças e in-fluindo no destino do pais.

t_, contudo, o mesmo aspecto daatuação rios comunistas que apon-}n um dos lados negativos da cam-patina e do pleito encerrados do-mitigo último.1 Continua sendo

"re-

rusado aos comunistas o direitoconstitucional de lerem legenda pró-pria, e de votarem nos candidatosde seu próprio partido. Os liderescomunistas mais conhecidos pelopovo continuam impedidos rlc seapresentar como candidatos, mes-mo na legenda do um nutro parti-io. Mesmo na sua atividade pessoal

Como milhões de brasileiros, Luiz Car-Ins Prestes compareceu na segunda-feirapassada à sua seção eleitoral para cum-prlr o seu dever de cidadfto. Preste*votou na rua Sio Clemente, no ColégioVirgem de Lourdet.

os comunistas ainda não tolhidos;embora gozando tíe mais liberdadedo que em outros pleitos, os lide-res comunistas se viram ainda coi-bidos na manifestação de seu pen-snmento, sobretudo através do rá-dio e da televisão

A não extensão do direito dc vo-Io aos analfabetos e aos soldadosé maisv uma nódoa a condenar o sis-tema eleitoral vigente no pais. Sãomilhões e milhões de brasileiros,trabalhadores e amantes de seupais como os demais, que ficam as-sim impossibilitados de manifestara sua vontade, através do voto, pe-Ia mesma sociedade cuja organiza-ção é responsável pelo fato de queeles não saibam ler, ou sejam obri-gados a usar farda.'-Sem eles. a rio-mocracía nunca poderá ser com pie-ta, nem os resultados Has urnas po-derão expressar fielmente a vou-tade do povo.

Ação dos trustes

Da mesma forma que a aiisên-cia dos analfabetos e soldados, a

Fora de RumoO .'l rlp outubro passou a constl-

lülr, sejam quais forem, no can-fronto dc escolhas positivas e ne-gatlvas do candidatos, os resultadosfinais, um marco em nossa históriademocrática. fóntre a penúltima e aíillima .|ci<;;'in houve um avanço,Perte -. ao passado a fa.se difícil deconsolidação das liberdades demo-criticas; Foi atingida uma etapa superior. Já não se fala em «doutrinada maioria absoluta». Já não se co-Kita dp .saber, ouvindo a palavra desingulares éxegetas, se tal ou tal

candidato, clojtn, podo ou não serímpossaclo.

A escolha ilo sr. Jnsccllno Knliils-pheK 6. fnto de ontem e nfto precisaser rceaplllllado, Os que en(à,> pre-uavam o golpe, hoje nfto mais encon-Iram elinia puni novas tentativas. Oponto final parece ler siilo a cine-iiialotjráflcu aventura dc Aragarçus,

verdadeiro assunto dn história pihquadrinhos,

Foram as eleições de ,i C|P otiturboprecedidas de um pleito que agitouri pais Inteiro, qup interessou camadas imensas da população, despeilaudo sentimentos cívicos, levando odebate nacionalismo • verstis ¦ entro

guismo à consciência de milho ps. im-pulsionanclo o processo da transfor-

maçâo de idéias em forca.

Nessa lula entre dois cam pus, portndo o Brasil, os honiciis ilo camponacionalista levantaram a Imiulnira<la salvaguarda ile nossas riquezas eti"iiiinciaiiiin os que trabalham purao colonialismo. Os democratas maisavançados, os quais figuram, lojji.ramente, no campo do iincioniilisnío,embora reconhecendo que ns Institui'çôes em vigência ainda apresentamfalhas, compreendem que não há,

intervenção do poder econômicocontinua sendo um fe,tor de defor»maçáo da vontade popular. Parti»cularmente nesta eleigão, ficou evl«dente a atuação dos grupos econô*micos, sobretudo os estrangeiros,monopolizando praticamente ogmeios de propaganda e divulgação

imprensa, rádio, televisão — emfavor do seu candidato, o sr. JânioQuadros. Promovendo uma campa-nha cerrada de mentiras, e inva-dindo o país com um retrato falsode seu candidato, os trustes es-trangeiros puderam assim influirsobre a decisão de centenas de mi-lhares e talvez milhões de brasi-ieiros que nfio têm como proteger»-se contra a opinião supostamenteindependente, mas na realidade pré--fabricada e paga em caixa alta pe-los trustes, dos grandes órgãos dedivulgação.

Contudo, a própria maneira pelaqual os trustes tiveram de intervirdesta vez no processo eleitoral mos-tra o avanço do regime democráti-co. Sua intervenção foi denunciadaem praça pública, pelo candidato dedois dos maiores partidos do paísum marechal do Exército, queera até bem pouco tempo o coman-dánte do Exército e dos slstemaade segurança do pais —- e por tô-das as forças políticas que apoiamo marechal Lott. Eles tiveram deintervir abertamente, promovendo«caixinhas» e fazendo uma campa-nha desesperada de propaganda, emfavor de Jânio; isso também paraèlcs representa uma -primeiravez.: nas eleições passadas, por re-gra, candidato algum tinha o en-riosso rios partidos burgueses sonão contasse, pelo menos, com acomplacência rios trustes estrarigei-ros.

Desta vez, esses trustes foramobrigados a vir para as ruas, lutarostensivamente, porque perderam ocontrole rio processo rio escolha doscandidatos. Tiveram de mostrar-se,e o povo os viu, quase a peito aber-to, intervindo na politica interna riopais, revelando a sua vinculaçãocom um dos candidatos, e lutandoquase ao desespero pela vitória deseu candidato.

Assim, qualquer que seja o re--iiltario rias urnas, o corto é quea democracia brasileira, nestas elei-<:nr$. avançou, tornando mais fa-voráveis as condições para n luta,que prossegue, pela completa eman-cipaçáo rio pais,

Pòulo Mofta Lima

hoje, outros meios de aprhpora-las,une não sejam os constitucionais. !¦*,levaram, em milhares de discursos,mi pine» pública, essa opinião nucunheclnieiilo de milhões de pessoas(Io povo-

Contudo, além do campo nacionalista há o campo adversário, ondeformam candidatos que as forçasImperialistas sustentam, numa propaganda ostensiva e despudorada.São. tais candidatos, figuras de umaépoca ultrapassada a époc-i (|ocapitalismo adolescente, a época dnsheróis que venciam pela astúcla oupela força bruta, heróis que Maquia,vc| exallou durante a Renascença e(liio Márlow projetou na òpoca eli/ahcHNina da rnglaterra. Provável,mente, muitos c muitos eleitores amria se iludirão com ôlcs. Acabarãoaprendendo ás suas próprias expensas. Em compensação, milhões ja sa-bem qual e o caminho,

As Eleições Presidenciais em 1955 1960PARA PRESIDENTE DA REPÚBLICA PARA VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA NSCRITOS

ESTADOS

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Page 4: MovimentoNacionalista Avançou Com as Eleições iSARIO DA · 2015-02-26 · NOVOS RUMOS Rio de Janeiro, semana de 7 a 13 de outubro de 1960 BANCÁRIOS DECIDEM: 35% OU GREVE NEM UM

wbiOVOS RUMOS Rio de Janeiro, semana de 7 a 13 de outubro de 1960

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¦f — DEPOIS do GUIA, do ABC e doRECADO, eu te mando, campo-

nês, esta CARTILHA. Tenho uma boanoticia para te dar. Teu inimigo cruel— o latifúndio — não anda bemde vida. E eu te garanto que a moles-tia é grave. Não há remédio para êle.Morrerá espumando de raiva como umcão danado. Ou como um leão velho

que perdeu as garras. Morrerá comomorreu na China, um país muito pare-cido com o nosso Brasil. Morrerá comofoi morto em Cuba onde o grandeFidel Castro entregou a cada campo-nês um fuzil e disse : «Democracia éo governo que arma o povo». Eu fuilá e vi tudo, camponês. Em Cuba náohá mais «cambão.., nem «meia», nem

«terça», nem «vale», nem «barracão»

e nem «capanga», lá naquela ilha li-

bertada ninguém arranca mais lavou-

ra. Nem põe a casa abaixo. Nem bolao gado no roçado. Nem cobra por umquadro de terra 150 quilos de algo-dão. Acabou-se a «vara» que, aqui,passa da medida e ainda tem o pulo.Não há mais o «engano-do-lápis» comoaqui. Eu fui lá e vi tudo direitinho. Aterra, agora, é de quem trabalha e nãode quem foz uso dela para escravizar.Como ainda acontece aqui. lá o cam-po que era velho e triste está fican-do novo e alegre. Tudo, agora, viroucooperativa. Cada camponês tem umacasa de tijolo e telha. Com a mobílianovinha em folha. Até as imagens dossantos são novas. A mulher não dámais a luz numa esteira ou no girau devaras. É na maternidade. O médicovive no campo. E não falta remédio.Nem escola. Nem adubo. Nem sêmen-te. E sabes, camponês, como se ope-rou esse milagre ?

A união fêz o milagre

O — ESSE milagre se fêz por causada «união» dos camponeses. Jun-

tou-se tudo a Fidel Castro para aca-bar com a tirania, com a injustiça, com• latifúndio, com o capanga, com ocambão, com a meia, com a terça, coma sardinha podre, com o pau-de-arara,com • travessão, com o atraso, com amiséria. A fome não leva mais o me-nine para o cemitério, nem a mocinhapara a perdição, nem o homem madu-ro para a escravidão e nem o velhopara a porta da igreja ou a estaçãode'ferro com uma cuia na mão pedin-

do esmola pelo amor de Deus. Foi aunião que acabou com tudo isso lá emCuba. Assim também foi na China.Assim também será aqui no Brasil.Digo e repito, camponês, como disse no«Guia» — separado, serás um pingodágua, mas unido, serás uma cachoei-ra. Enquanto caminharas sozinho o teuinimigo zomba do tua fraqueza, levan-ta o teu faro, põe o gado em teu ro-çado, arranca a tua lavoura, derruba atua casinha, obriga-te a dar o cambãoou te expulsa da terra, esmaga o teudireito e mata a tua liberdade.

Jornada dura e penosaO — NO COMEÇO da viagem nao

havia caminho. Tivemos de abriruma picada. Dura e penosa. Aqui caindoum soldado. Outro, adiante, fugindo.Mas já se pode falar, hoje, em «Re-forma Agrária». E em «Liga Campo-nesa». Antes o latifúndio não que-ria. A policia proibia. A igreja tinhamldo. E a reação berrava : «E comu-niimo». Essa palavra ainda espantamulta gente. Foi usada contra a paz.! contra o petróleo. Está sendo muitogasta, agora mesmo, contra Fidel Cas-tro o o povo de Cuba. Lembro-me bemdo que me contou, há quatro anosatrás, um pobre camponês. Ele foraà casa de uma autoridade, senhor demuitas terras, convidá-la para assis-tir à fundação de uma Liga. A auto-ridade negou-se a ir e disse .- «Isso écomunismo». O sócio da Liga quis sa-ber que lei era aquela. E a aulorida-de, rico senhor de terras, deu a defi-

nicão : «Comunismo é tomar o que éda gente, fazer mal à filha da gente eempatar a religião da gente». O sóciopensou um pouco e disse para o lati-fundiário í «Se é assim, já está tudonessa lei, desde que me entendo degente. Veja se eu tnho razão ou não.O pobre arrenda um pedaço de ter-ra, faz casa • barreiro, levanta circo,planta fruteira, leva 10, 20 ou 30 anoscuidando do sítio, pagando o foro edando o cambão. Muito bem. Um dia,descobre que o cambão é sobra do ca-tiveiro. Ou não quer mais pagar o au-mento do foro porque já não agüenta.Ou reclama o salário de fome. Então,o dono da terra se zanga e bota o po-bre para fora. O pobre resiste. Vemo capanga. Vem a polícia. Vem a jus-tiça. O pobre termina perdendo tudo.Porque não há justiça para o pobre.A lavoura é arrancada. A casa é pos-Ia abaixo. F o camponês é ameaçado

de ir para a cadeia. Quando não éassassinado. Perde o trabalho, o suor,o sossego ou a vida. Será usia a leido comunismo ? Se é, já estamos nela,desde que me entendo de gente. E écontra essa lei que o camponês se jun-ta ao seu irmão e vai para a «liga».Vamos a outro falo. O pobre tem umafilha jeitosa. O rico se engraça dela.Devora a infeliz. Bota na perdição.Não casa porque êle é rico e ela, po-bre. Se o pai vai à autoridade pedirjustiça, é logo expulso da terra. E nofim perde sempre. Porque perde osossego e perde a filha. Ninguém opa-rece pra dar jeito. O processo, se háprocesso, vai parar no arquivo. E amocinha na ponta da rua. Se essa é alei do comunismo, a «Liga» está con-tra essa lei. Vamos ver, agora, o caso

da religião. Um crente mora na terrade um católico. Basta o crente dizerao católico que nâo dá mais o cam-bãc para o católico dizer ao crente:«Não quero mais «bode» em minhaterra . Dai por diante a coisa maisfácil é empatar o culto do crente. Tam-bém pode acontecer o contrário. Ocrente, como dono da terra, dizer parao católico i «Aqui não quero quem ado-ra imagem de pau». Deixe o sítio paraum irmão de minha crença. .£ só o ca-tólico sustentar que não quer dar ocambão. Se essa lei é a do comunis-mo, a «Liga» está centra ela, porquenão separa o católico do crente. Am-bos são irmãos». Assim me falou ocamponês que foi convidar o latifun-diário para assistir à fundação de umaLiga. Isso faz quatro anos.

que êste país nunca será uma nação garantia de preço para o seu produto.

A gota d'água agora é um rio

A — AGORA o caminho se alarga.Aqui em Pernambuco já ganhamos

a batalha do engenho «Galiléia». Foitrabalho da Liga. Foi fruto da união.A Liga cresce. Por todo o Brasil só sefala na Liga. E até fora do Bratil.Quando a Liga nasceu cabia dentro deuma casa-de-farinha. Era uma candeia.Hoje é uma estrela. Era uma gota d'á-

gua. Hoje é um rio. Era uma árvore.Hoje é uma floresta. A estrela é o guiada vitória. O rio, o caminho da liber-dade. A floresta é o abrigo da paz.Onde a Liga finca a sua bandeira, nas-ce a esperança • morro o medo. Aqueleque tinha sede de sangue por cauia doódio passa a sentir fome do terra. í afome de terra e não a sede de sangue

Lott está conosco

£• _ A «REFORMA AGRARIA» pode

vir com o voto. Mas é precisoque esse voto não seja dado somentepor quem sabe ler. O analfabeto tam-bém deve votar. No Brasil, quase todocamponês é analfabeto. Mais de vintemilhões não votam porque não sabefriler. No entanto pagam imposto. E car-regam o Pais nas costas. A tua luta,camponês, deve ser nesse sentido. Ficacerto de que no dia em que o anal-fabeto votar neste país a escravidão daterra se acabará. O latifundiário per-dera o esporão. E ficará manso comoum capão gordo. Por qui ? Porque sen-do o camponês sem terra a Imensamaioria que não sabe ler, essa maioriasó votará nos candidatos que irão lutarpela reforma agrária. Tu saber, campo-nês, que já existe no Congresso uma

que faz a Liga crescer. E ficar respeita-da. Crescendo a Liga, o latifúndio per-de a força. E a «Reforma Agrária» to-ma corpo. Ela já está na cabeça de toddmundo. Tu dormes pensando nela, cam-ponês. E o latifúndio também. Tu sa-bes que ela virá, mais cedo, se fe uni-res sem demora ao teu Irmão. O lati-fundiário também sabe quo tia che-gará como chegou na China, como che-gou em Cuba. O melhor é que venhasem sangue. Com o sino das igrejasbadalando de alegria. Com uma chuvade flores maior do que aquela que o

povo jogou sobre os deputados quan-do aprovaram a lei acabando com a

escravidão negra no Brasil.

emenda à Constituição em favor do votodo analfabeto ? Sabes que se ficares debraços cruzados, essa emenda não seránunca aprovada ? Sabes que há um ho-mem, candidato à Presidência do °epú-blica, favorável ao voto do anu! • be-to ? Sabes que esse homem é o maré-chal Henrique Teixeira Lott ? Sabes queé um homem sério, que inspira confian-ça, que merece fé, que nunca mentiu,nem enganou ninguém ? E' um passoimportante eleger esse homem para ai-cançar o voto do analfabeto. Vai porlõda parte, camponês, convencer o teuirmão, o teu amigo, o teu compadre,que tenha titulo de eleitor a votar nei-se candidato. Ele não esconde a gran-de tristeza que sente no seu coração depatriota porque ainda não se fiz a«Reforma Agrária» no Brasil. Ele sabe

completa enquanto houver um campo-nês expulso da' terra alheia, esfola-do pelo agiola que só empresta cempor duzentos, sem terra, sem adubo, semsemente, sem instrumento agrário, semassistência financeira, nem técnica, nem

Esse homem de quem le falo, o maré-chal Lott, diz isso abertamente. O maisimportante é que êle fala de coração.Diz isso porque sente. Medindo as pa-lavras. Pesando uma por uma. Inca-paz de engonar.

Ninguém deve ser escravo de ninguém

O -— MAS, enquanto não chega ovoto para o analfabeto e não se

faz a reforma agrária, tu não hás deficar de braços cruzados. Já não acon-tece o milagre como no tempo de Moi-sés, que tocava na rocha e a água nas-cia, ou no tempo de Jesus, que de umpão e de um peixe fazia muitos pãese muitos peixes. Cada um de nós tem,hoje, de ganhar com o suor do pró-prio rosto o pão de cada dia. Assimmanda a Escritura que pouca gente se-gue. Se não há mais milagre porqueMoisés se foi e, depois dele, o Cristo,tu podes, camponês, mesmo crucificadoà terra como um escravo, alcançar tudoo que quiseres, sem depender de mila-gre. Podes conquistar a liberdade, tero pão com fartura, viver bem agasalha-do e na boa paz, se conseguires uniros teus irmãos sem terra. Nenhuma pa-lavra fem mais força do que esta —União. Ela é a mãe da Liberdade.Aprendo a defender o teu direito juntocom o teu irmão sem terra. Nunca fi-quês sozinho. Vai sempre com êle àcqsa da Justiça já que é junto dele quetu te encontras na igreja, na festa, noenterro, na feira e no trabalho. Lem-bra-te de que se ile, hoje, é persegui-do e não conta com a tua ajuda, ama-nhã, quando tu caires na desgraça, sobo ódio do latifúndio, não podes tam-bém contar com a ajuda dile. Isso foisempre a tua perdição. Para te se-parar o latifundiário usa a violência,

a astúcia e o dinheiro. Começa com aviolência. Arma para isso o capanga.Bota a polícia na tua porta. E por fima justiça. E' sempre melhor lidar coma justiça. Vez por outra aparece um Juizque se rebela contra o latifundiário,mesmo sendo filho, genro ou amigo dedono de terra. E abranda o rigor dalei, porque já vi na pobreza uma in-justiça. Não se pode esperar muito dajustiça quando ela diz que não há outrocaminho senão cumprir a lei. E' que ojuiz aceita sempre o que já está escrito.Não se rebela. Descansa a consciên-da sobre a lei. E disso vive. Qual é ocaminho ? E' mudar a lei. E como mu-dar a lei ? Com a união de todos. Como movimento de massa. Com a pres-são. Por Isso existe a Liga. Para issodeve haver a União. Se a violência docapanga e o apirto da polida não te

venceram, já que tens uma gota de luz-na consciência e estás pronto a mor-

rer pela tua liberdade, o latifúndio va-le-se do nome de Deus, Como ? Eu teexplico. O latifúndio diz assim: «Deuscastiga aquele que se rebela contra Ele.Se um é rico e o outro é pobre, se umtem terra e o outro não tem, se um devebotar a enxada nas costas para dar o«cambão» e o outro se mantém ou en-riquece com o fruto desse cambão, seum mora no palacete e o outro no mo-cambo, é porque Deus quer. Quem serebelar contra isso está contra Deus. So-fre os castigos do céu : peste, guerra efome. E quando morre vai para o in-ferno. O pobre deve ser pobre paraque o rico seja rico. O mundo sempre/»foi assim. E há de ser sempre assL-m.E' Deus quem quer». Assim fala o fia-tifundiário, camponês. Usa o nome/ deDeus para te fazer medo. Porque/' tucrês em Deus. Mas esse Deus do jlati-fundiário não é o teu Deus. O teu IPeusé manso como um cordeiro. ChamcV-seJesus Cristo. Nasceu numa mangedo<V-ra. Viveu entre os pobres. Cercou-se di»pescadores, camponeses, operários emendigos... Queria a libertação de to-dos êles. Dizia que a terra devia ser dequem trabalha. E que o fruto era 'o-

mum. Suas são essas palavras: «E' maisfácil um camelo passar num fundo deagulha do que um rico se salvar». Por-que disse essas e outras coisas, foi cru-dficado pelos latifundiários do seu tem-po. Hoje, seria fuzilado. Se não fossemetido em um asilo de loucos. Oupreso como comunista. Escuta bem oque te digo, camponês. Se um padreou um pastor falar em nome de umDeus que ameaça o povo com peste,guerra e fome, raios, coriscos e tro-voes e ainda com o fogo do inferno,fica sabendo que esse padre ou issopastor é um espoleta do latifúndio. Nãoé um ministro de Deus. Esse padre ófalso. Esse pastor não presta. O pa-dre verdadeiro ou o bom pastor é aqui-le que se levanta para dizer: «Deus fêz

a terra para todos, mas os sabidos to-moram conta dela. Ganharás o pãocom o suor do teu rosto, e não com o

suor do rosto alheio. Ninguém deve serescravo de ninguém. Nem um povo,Nem um homem de outro homem. Por-

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K marchados

latifundiários

O latifúndio, para manter o giumte da exploração sobre os camponeses, sempre apelou ao uso Ja força, quer de seusjaiíiinços, quer dos governos que lhe pertencem. Ainda recentemente, de conluio com o latifundiário Nicória Gusmão, apolicia de Pernambuco realizou verdadeiras operações de guerra para impedir a «invasão-/ do «Engenho Manassu», o que,aliús, não passava de uni pretextj para atacar as Ligas Camponesas i; seus dirigentes. Mas, as manobras de intimidaçãopairoclnüilag pelos reacionários que detêm o monopólio da terra já não ninis surtem efeito. l*ois os camponeses, por cimade quaisquer obstáculos, levam sua lula para a frente.

Em plena luta pelavitória nacionaliza

Apiís a pnssfitttn camponesa, dezenas demilhares ile jwjssoas cnnucntraram-.se n*1'riiçn Diinlas Barreto, no mtiior comi-cio ali iciili/.iido no curso iln recenteciitiipuuhu clciloral, 1'iisli'h, i','/.iila eArrues i">Iiimiiii entix" ui) oradores.

Page 5: MovimentoNacionalista Avançou Com as Eleições iSARIO DA · 2015-02-26 · NOVOS RUMOS Rio de Janeiro, semana de 7 a 13 de outubro de 1960 BANCÁRIOS DECIDEM: 35% OU GREVE NEM UM

— Rio de Janeiro, semana de 7 a 1 3 de outubro de 1960 'OVOS RUMOS 5 -

0 «ovo aplaudiucaboclos de Julião

índios da cidade de Pesqueira, mísera-velmente explorados nas plantações degoiaba qne fornecem às fábricas «Pei-xe», também compareceram, com suasvestes típicas, à marcha organizada porFrancisco Julião.

A marchados camponeses

A passeata realizada pelos camponeses das 1.liras de Pernambuco e da Paraíba, na cidade de Keclfe, no encerramento dacampanba eleitoral de Lott e -Jango, constituiu-se num espetáculo jamais assistido pela população da capital pernambuca-na. Mais de cinco mil caboclas, empunhando espadas simbólicas, percorreram as ruas da metrópole nordestina, carresjan-do grandes painéis com as figuras de Lollt, Jango, Francisco Julião — o organizador das Ligas Camponesas — de FidelCastro, o herói máximo da grande revolução cubana, e de Liilz Carlos Prestes, o lider dos comunistas brasileiros. Nafoto, um aspecto parcial da gigantesca manifestação,

que todos são iguais perantt a lei. Eperante, a natureza. E perante Deus.Se isia é comunismo, então Deus é co-

munista. Porque é o que está na Es-critura Sagrada. E na boca de Cristo.E na de todos o» seus apóstolos».

A massa é quem faz a Lei¦7 — JA E TEMPO, camponês, de

aprenderes a usar a união con-tra o teu inimigo cruel que é o lati-fúndio. Segue a lição do operário. Doestudante. Como é que o operário ven-ce o patrão ? E o estudante defendea liberdade ? ê com a arma da greve.A greve é a união de todos. Tem a fôr-ça da correnteza dágua. E o rumor dacachoeira. O operário vai para a fábri-ca • conquista melhor salário. O estu-donte fecha a escola e vai para a ruagritar pela liberdade, pela paz, pelopetróleo, pelo ensino gratuito. Usa agreve como arma. Eu te explico. Hámuitas formas de greve que o campopode fazer. Um exemplo : um campo-nês tem a sua casa derrubada e a sualavoura arrancada pelo Itifundiário.Como proceder ? E' simples. Todos oscamponeses devem juntar-se. Cem, du-Tentos, mil, três mil. E marchar para acidade. Levando os destroços da casa.E a lavoura arrancado. Vão ao prefei-Io. Ao padre. Ao juiz. Ao promotor. Aodelegado. A todos clamarão juntos porjustiça. E a justiça se fará. Por quê ?Porque são muitos a pedir. Um só po-dera ir para a cadeia. Dez poderãonão ser ouvidos. Mas cem já serão. Emil oinda mais depressa O delegado fi-ca manso, o Juiz, uma seda. O padrevem receber. O prefeito se derrete. E o

promotor nem se fala. Não é precisousar a foice. Nem o olho da enxada.A massa é quem faz a lei. Povo unidoé quem manda. Vamos mostrar outroexemplo. Um delegado mete na ca-deia um camponês, porque foi intimadoa deixar o sitiozinho e não quer obe-dt-cer. A Liga, então, se reúne e avisa

a todo mundo que ninguém vai mais àfeira na cidade ou povoado onde a au-toridade manda. A Liga faz os pique-tes e põe em cada caminho, a fim debarrar o passo do camponês que tentarromper o cordão da greve. Vai umacomissão falar com as autoridades e ex-plicar a razão por que não se faz afeira. O resultado eu te digo, campo-nês. Antes do novo dia da feira o de-legado é mudado. E a Liga fica maisforte. E o camponês respeitado. Semderramar uma gota de sangue de umsó cristão. Aprende a usar essa armapoderosa que tem o nome de greve. Ooperário já usa. O estudante também.E a nossa Constituição, que é chamadaLei Maior, assegura esse direito semseparar estudante de operário ou cam-ponês, porque a própria Constituiçãojá diz em um dos seus artigos : «Todossão iguais perante a lei». E a Consti-tuição o que é ? E' a lei que nasce dopovo. E o camponês é o povo. Como éo operário. Como é o estudante.

Desgraça ww envergonha a. NaçãoO — NÂO quero findar esta Carti-

lha Camponesa, sem om grito emfavor d£st* feu outro irmão, mais des-graçodo cK. que tu que és rendeiro,meviro, pnrceho ou posseiro. Falo docv.idiceiro, do eiteiro, do cassaco, doricuqueiro, do assalariado agrícola. E'lie quem suporta todo o peso da can-jja. Trabalha de domingo a domingo.Usa farrapos. Sua casa tem o caberiade capim ou de palha. A parede doslados é de barro. Nem há frente nemfundo. Não há porta. A mesa é ochão. A cama é de varas. Não junta umcruzeiro porque não sobra nada. Quan-do canta, o seu canto é magoado. Noeito. Na palha aa cana. No engenho.Na plantação de fumo, de mate, de ar-roz, de cacau ou de café. No serln-gol. Como o canto do escravo. Seadoece, morre à míngua, antes do tem-po. E se chega à velhice vira mendi-ge. De cuia na mão. De mochila va-zia. A mão está cheia de moedas deouro. São os*calos do cabo da enxa-da. Entra governo e sai governo, foi-sea Colônia, caiu o Império, velo a Re-

pública, melhorando a sorte de Iodose piorando a dele. Até agora só co-nhece como companheiras a Fome, aMiséria, a Nudez, a Escravidão e aMorte. A pátria é para êle um imenso«eito» onde geme como o escravo queNabuco tudo fêz para libertar. Entreêle e a liberdade que é o seu sonhohá um dragão — o latifúndio. Esse dra-gão mata a fome com a sua carne e asede com o seu sangue. Para êle nadaexiste. Nem agasalho. Nem pão. Nemremédio. Nem escola. Nem alegria. Nempaz. Nada. Ninguém escuta o seu ge-mido de dor. A Igreja cruza os braços,abafa a voz e prega a resignação. Co-mo no, tempo da escravidão. Se um pa-dre clama em seu favor, é punido. Seé um leigo, é comunista. Assim foi notempo da Colônia c do Império, quan-do a Igreja se omitiu, porque tinha ter-ras • mantinha escravos. Quem diz issonão sou eu. E' Joaquim Nabuco, quenasceu católico e morreu católico. E quetem feito o Protestante ? E o Espírita ?E o Ateu ? Briga o Protestante com oCatólico e o Espírita com o Ateu. E en-

quanto brigam, o braço do camponêsfica mais fraco, a enxada mais pesa-da, a fome cresce e a liberdade mur-cha. De onde concluo que não adian-ta ser Católico ou Protestante, Espíritaou Ateu, seguir essa ou aquela reli-gião, adorar Deus ou negá-lo, se cadaum de nós só cuidar de melhorar aprópria vida esmagando a dos outros.Não adianta ser Padre ou Pastor paraficar dentro da Igreja, fazendo sermãoou no Templo lendo versículos da Bi-blia. E muito menos Espírita para con-vocar os mortos e Ateu só para negara existência de Deus. Tudo isso nãovale nada se há milhões de campone-ses tratados como besta-de-carga pelosque têm oratórios em casa, vão à missa,ao culto protestante e ao centro es-pírita em busca de perfeição para asua alma. Ou o Padre se rebela contraa miséria do camponês e entra na lutapara libertá-lo, ou tudo quanto êleprega não merece fé. Ou o Pastor saia campo para lutar por um pedaço deterra e um salário justo para o irmãodo campo, ou o Bíblia Sagrada queimaa sua consciência como as pedras quei-maram as mãos dos que tinham culpa.Ou o Espírita se junta ao Ateu parasalvar da fome, da degradação e damiséria o camponês sem terra, nestepaís de tanta terra, ou não adiantaconvocar os mortos e muito menos ne-gar Deus. Tudo é em vão, se nada sefaz, não só em palavras, não só em

hinos sacros e cânticos religiosos, masem atos e ação corajosa, para libertaresse escravo, esse pobre irmão nosso, ocamponês humilde e bom, das garrasdo dragão — o LATIFÚNDIO. Sua des-graça deveria envergonhar não só oPadre, não só o Pastor, não só o Es-pírita, não só o Ateu, mas o homemque possui a terra, que vive do comer-cio, que domina a indústria, que gover-na, e também o médico, o juiz, o pro-motor, o advogado, o engenheiro, o es-tudante, o operário, a dona de casa,o professor, o jornalista, o militar, oservidor público, numa palavra, a na-ção inteira. Porque é o camponês quemnos alimenta e quem nos veste, rece-bendo, como troto, a sujeição do escra-vo, a infâmia do cambão, o trabucodo capanga, o facão do soldado, acasa destelhada, a lavoura destruída, ofilho sem escola, sem remédio e semcomida, o pau-i'e-arara, o chão do lios-

pitai, a velhice sem amparo, e por últi-mo, a vala comum do cemitério ondesó chegam os nossos enrolados na peletorturada. Eis tudo quanto resta de ti,infeliz eiteiro, furtado no barracão, namedição da conta, no salário de fome,nas horas de trabalho, seja no norteou no sul, na beira do mar oir nos cori-fins de Mato Grosso, por todo esse

imenso Brasil que tu cavas com a tua

enxada e regas com o teu suor e o teu

pranto de escravo.

0 dia já vem raiandoQ PARA o meeiro, o foreiro, o peircei-

ro e o pos>eiro, como para o pe-queno proprietário, existe a Liga. Epara o eiteiro, o licuqueiro, o cassa-co-de-linha, o camponês que aluga oseu braço, que vive, somente do sala-rio, na usina, no arrozal, na zona dofumo, do cacau, da borracha, do cafée do mate ? O caminho é o Sindicato.Mas quem pode falar em Sindicato Ru-ral neste pais ? Quantos há ? O quefazem ? Como vão ? Tudo existe ape-nas no papel. Na vontade de uns. Nnesperança de outros. O latifúndioodeia o sindicato como espuma de rai-va contra a Llça. Quando se funda uma polícia fica de olho. A carteira mi-nisterial devia ser a caria cie alforrieipara o camponês tjue aluga o braço.Mas ainda não é. O senhor cia lerrapode ler a sua sociedade. O operário,

o seu sindicato. O industrial, o seu sin-dicato. O industrial, o seu cenlro. O es-ludante também. E o funcionário pú-blico. Todos podem unir-se e defen-der-se. O camponês, não. Nem Liga,nem Sindicato. Porque no dia em quecada camponês estiver no sua Liga e noseu Sindicato este país muda re rumo.0 latifúndio ' se acaba. E surge uma

nova vida. Como surgiu na China, quese parece ta.ilc com o Brasil. Comoacaba de surgir em Cuba, com FidelCastro comandando a batalha pela re-forma agrária. Há um homem que, hámuitos anos, rompeu o silêncio que pe-seiva sobre o camponês. E falou emSindicato. E deu os primeiros passos.Esse homem foi Vargas. Quando se pre-parava para dar o salto decisivo foiabei ti cio. Todo o peso da sua momo-ria caiu sobre oulio homem, Esse oulrohomem chama-se Jango. Não poden-do carregá-la sozinho, dividiu com ou-Iros companheiros a lorefa. Esse oulrocompanheiro lem o nome cie LOTT. Mes-mo juntos, os dois, sozinhos, não con-seguirão libeilcir o camponês do lati-lúndio. Nem o Brasil do enlreguismo.Um tem a carta de Varejeis. O oulro, aespada de Floricino. A cario é o ca-minho, A espada é a liberdade. Foiassim em 55. Assim será em áO. Massem a união dos camponeses há o liscode se perder a carta e se partir a cs-

pada. Com a caria e com a espada aviagem é mais curta. Ao lado do opc-rário. Do estudante. Do intelectual.Da clona-de-casci. Do candango. Donacionalista. De Biasília. De Três Ma-

rias. De Furnas. De PaOl-o Afonso. DeVolto Redonda. Da Petrobrás. Levan-do muitas bandeiras gloriosas. Umanas mãos dos trabalhistas com o rostode Vorgas sorrindo para o Povo. Ou-tra nas mãos dos pessedistas com odedo de Juscelino mostrando1 Brasília.Outra nas mãos dos socialistas com ovelho João Mangabeira pregando aliberdade. Outra nas mãos dos comu-nistas com Prestes olhando tranqüilopara o futuro. Outro com os naciona-listas de Bento Gonçalves e essa le-genda : «Não há mais lugar no Brasilpara o enlreguismo».

E á frente de toda essa imensa ce-luna LOTT e JANGO. LOTT com a es-pada de ouro. JANGO com a carta deVargas. A carta ensinando o caminho.E a espada garantindo a liberdade.Camponês, vamos embora. O dia jáamanhece. O Sol é leu. Para o lati-fúndio anoitece. Que a escuridão sejaeterna para o latifúndio. E para ti,camponês, o Sol da liberdade sejaeterno.

Camponês, vcynos embora. O diajá vem raiando I(N. daR.)—Os enlretítulos são dt

nossa responsabilidade.)

Hino do CamponêsCompanheiros, irmãos de sofrimentoNosso canto de dor sobe da terraé a semente fecunda que o ventoEspalha pelo campo e pela serra

Eslribilho

A bandeira que adoramosNão pode ser manchadaCom o sangue de uma raçaPresa ao cabo da enxada

Eslribilho

Não queremos viver na escravidãoNem deixar o campo onde nascemosPela terra, pela paz c pelo pãoCompanheiros, unidos, venceremos,

Eslribilho

A bandeira..

Hoje somos milhões de oprimidosSob o peso terrível do cambãoLutando nós seremos tedimidos :A REFORMA AGRÁRIA é a salvação.

Estiibilho

A banaoira...

Nossas mãos têm calos de verdadeAtestando o trabalho I- onrado e duroNossas mãos procuram a liberdadeE a glória do Brasil para o futuro.

Eslribilho :

A bandeira..

Setembro, 1960

Recife

FRANCISCO JULIÃO

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JULIÃO I

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NOVOS RUMOS Rio de Janeiro, semana de 7 a 13 de outubro de 1960 -

Hotas Sobre Livrosi « „ ii-..n ri. Sartre editado em tradução brasileira —i^^íatf»^4±£iasffi_w

coisa, no concernente a este livro, V" alBumas dc suas afirmativas

ricas do fUósofo e do soeg^ ^gg* ^êm suas páginas encon-

^nts^a^^ e uma lúcida interpretação da

ío As caractcffias da nossa situação atual, diferentes das caracter.sti-?« da sficão"cubana antes da revolução, eslão a indicar-nos que outros

são os métodos qüc podemos aplicar na luta contra o nimlgo comum doswhín «mpriranos- mas o objetivo fundamental desta luta co mes-

r nala n^aemparaa"dkT América Latina _ a descolonização geral do

cr; Lvo e sul do Continente.Referindo-se à denúncia do acordo militar com os Estados Unidos,

feita ne o governo revolucionário, fato aliás posterior a redação do seu I -

vro ei "inalado

especialmente no prefácio à edição brasileira gj^jS"

«êve o seguinte: "Cuba, ao romper seu acordo militar cornos Estados Uni-dós acaba de declarar a pa/. ao mundo. "Eis uma fina observarão, exce-Semente formulada, em que se exprime um pensamento político da maiormpoKcia a luta pela paz é sinòmino de luta contra o Imperialismo e

a^revolução cubana, com o cortar os vincules que prendiam o Pais aos dis-

JosU-võ" de guerra do Pentá;._no. praticou um ato dc soberania que e a»mesmo tempo um ato de paz:

Relativamente às "acusações" levantadas pela reação sobre a co-Joração «comunista» do Governo de Fidel Castro. Sartre informa, baseadona observação direta da verdade, que tais acusações nao passam dc argu-ménSimbècis da propaganda Imperialista". Mas Sartre que e o opostodo mbecH. não se contenta com a simples constatação de unia situaçãode fato: èle vai alem e põe no papel o seu próprio pensamento sobre a quês-táo escrevendo, tranqüilamente, que náo veria nada de mal se a revoluçãoSana 7ôssé e.munista - sobretudo porque isso "nao e da conta dc nin-guém" Por outras palavras: isto é assunto do povo cuhano, problema inter-no. que só ao povo cubano cabe resolver, soberanamente.

Esta edição brasileira de Furacão sobre Cuba está acrescida (e pio-rada) com um apêndice, constituído de duas pífias reportagens dos cro-nistas Rubem Braga e Fernando Sa-bino. Não é bem um "apêndice", mas umaexcrescência, nem outra coisa se poderia es-perar de dois escribas. que são notórios por-tadores de um espirito essencialmente anti-Sartre. Na próxima vez veremos o que ciesdizem.

Autores Brasileirosna Tchecoslováquiaem Grandes Tiragen

Astrojildo Pereira

Agora NúmerosDenois de meses terríveis de terríveis provocações e Insultos velo

o três de outubro, votamos, estamos (nos os que demos nosso voto e traba-Unamos pelos candidatos nacionalistas) em paz com a nossa consciênciana certeza de mie udo fizemos para dar ao Brasil um presidente brasileiroe ao Estado daqGuanabara um governador eficiente, sereno, amigo do povo.

De qualquer maneira e apesar dessa onda J^P™.WJg

l™*"0

n-lros tentando promover (e algumas vta« do^gg^gJgSparioea viveu grandes momentos. A aquisição de sua consutn- « *

no dia do encerramento da campanha cie aergio'«"*»»* , d"pVinhos desciam das mais altas anelas o nome

£ JW «g™

pelos ares, ecoando pela nossa tao bela Avenida, oneiastuslasmo tão grande sacudia até os apáticos.

Denois foi o três de outubro. E nesse dia assisti ft, coisas tristes^mwvi coisafaKÍNVblnca de ^^^^^mSS neTb m

acompanhava e eu não tenhamos nenhuma duvida .em. a™mar_ ° ""^

a«'^__sSffpS£^alta, for^chegou com um distintiva de fiscal do PTB. Três ioven^ dessmie de longe cheiram a lanternistas, resolveram fazer Uh, uh . cpmo^ue™«do vaiá-la Ela não se deu por vencida. Vlrou-se, olhou os rapazes defrente ed_sse- "Voc"s sempre covardes; não tém coragem de vaiar-me agn-ía tSn?Sna tristeza é ser fiscal neste reduto do Corvo". Brava mulheroúlâ dJerTe que não era ali tão reduto assim, estávamos muitos morado-S dfc^acabqana votando em Sérgio. Mas aquela mulher nao precisavade mim; trazia em si a firmeza de terum partido, uma convicção e defende-Ia. Agora vamos viver das apurações.Vamos viver de números; vamos cor-rer para os placards e para as notíciasdos jornais. Nossa luta nào terminou

Eneida

Tópicos TípicosNo "O GLOBO" de 27-9, Henrique Pongettl escreveu-" não gosto de Sartre ... não gosto de Fidel Castro

Um tS-ts de vlvacldade para os leitores:— Do que é que êle gosta?

Diante de um numeroso público,composto, sobretudo, de escritores

presente também o grande amigo doBrasil, o ministro tchecoslovaco no

Rio, professor Jarolav Kuchválek, fa-lou a 27 de setembro, no ciclo de con-ferências do PEN Clube, o prof. Zde-nék Hampejs — estudioso da litera-tura brasileira e seu tradutor para oIcheco — sobre a literatura na Tc. e-

coslováquia,

O conferencista apresentou uma

detalhada análise da história da li-leralura Icheca desde as suas origensno século nono até a atualidade e na

última parte da sua conferência de-

clicou a sua atenção às condições quetêm os escritores na Tchecoslováquiade hoje para criarem as suas obras.Disse, entre outras coisas, que as con-dições para o futuro desenvolvimentoda literatura na Tchecoslováquia sãomuito boas, entre outras pelas seguin-les razões:

1 ) Não hà editoras particulares, Aseditoras na Tchecoslováquia são oude Estado ou pertencem às instituiçõesculturais. Publicando livros, não visamlucros comerciais e se orientam, úni-comente, por fins artísticos.

2) O escritor tem boas condiçõesmateriais. Recebe a lêrça parle dosdireitos autorais ao entregar o ma-nuscrito, e o resto uma semanadepois da publicação do livro. Os di-reitos autorais não dependem, pois,da venda do livro. O mesmo deve di-ter-se dos livros traduzidos; pagam-seos direitos autorais tanto ao tradutor,como ao autor.

3) Os direitos autorais não depen-dem da venda, nem tampouco da ti-ragem. Esta é, em média, de 20.000exemplares, se se trata de um roman-ce, enquanto que um livro de poesiaoscila entre 3.000 e 5.000, Estas ti-lagens esgotam-se rapidamente; p. ex.,

A Trança também tem o seu Pongettl, chamado Innesco. Chegandoa São Paulo, Ionesco declarou ao "Estadão" (25-9*;

. « ?

"Ne França, como na União Soviética, os burgueses e os intelectuaissão de esquerda. O povo é de direita". Outro teste de vlvacidadc:

A vovèzinha dele era de quê?•••'¦?

J. Fernando Carneiro, no DIÁRIO DE NOTICIAS de 25-9, atacaviolentamente o ISEB e proclama:"A onda nacionalista que por ai anda é quase toda de Inspiraçãofascista, desde a carta-testamento de Getúlio Vargas...".

Teste de argúcia (dessa vez para os leitores menos sutis)Este cara votou em Lott ou em Jânio?

• » •

O menino Carlos Heitor Cony finge-se de zangado com Sartre ecom o "engajamento" do Intelectual, para arrancar uns cobres a condessa.Lá pelas tantas, proclama (JORNAL DO BRASIL tle sábado último):

"Esquerdlsmo agora é profissão..."— E "direitlsmo", será vagabundagem i

E no suplemento do DIÁRIO DE NOTICIAS de 2-10, dona Lídia Be-souchet, atacada de lacerdite puxa-saquítlca, escrevp um artigo intitulado"Carlos Lacerda, uma estréia solitária" (Nossos amigos botafoguenses estãoaborrecidissimos com a Imagem de dona Lídia). O entusiasmo nervoso queo homem da Carta Brandi provoca em certas senhoras inquietas já foireferido até por D. Helder Câmara — e tem sido analisado ultimamente porAntônio Maria. E' o fenômeno psico-patológico das "malamadas".

A propósito, leitor, (este é o teste final):— Qual c a idéia que você faz dc dona Lidia Bcsouchet?

Como os nossos leitores sãò, emprincipio, criaturas lúcidas e politizadas(se não fosses, não nos lerlam), abste-mp-hos de publicar as respostas aos tes-les. Vocês não devem ter tido dificuldadealguma em encontrá-las oor conta uni-pria...

a lírica de Camões, publicada com a

tiragem de 8.000 exemplares, esgo-lou-se no mesmo dia da publicação,

A) Os livros não se vendem sòmcn-te em livrarias, mas também em ban-

cas nas ruas, nas fábricas, nas esco-Ias. Muitos livros são comprados pelasbibliotecas, cuja rede é, segundo as

estatísticas da UNESCO, a mais den-sa do mundo.

5) Todos os escritores contribuemcom 3% dos seus direitos autorais, detodo o livro ou artigo que publicam,para uma caixa comum, que tem onome de «Fundo Literário.» Este Fun-do concede bolsas aos escritores queprecisam de seis meses, um ou doisonos de férias para concluirem umadeterminada obra sua. Apoia a ativi-dade científica e literária; ajuda aosescritores a custearem viagens para oestrangeiro, auxilia-os no caso de do-enca, etc.

O professor Hampejs, atualmenteno Rio, exercendo o cargo do profes-soi visitante da Faculdade Nacionalde Filosofia da Universidade do Brasil,falou também, na sua conferência,sobre uma parte integrante da ativi-dode editorial da Tchecoslováquia,

que são as traduções de livros estran-

qeiros, em elevadas tiragens. Da lite-rolura brasileira conhecem-se, tradu-zidos para o tcheco, doze livros deJorge Amado, obras de Manuel Antô-nio de Almeida, Castro Alves, Macha-do de Assis, Aluízio Azevedo-, Graci-liano Ramos e Guilherme Figueiredo.Algumas destas traduções atingiramuma tiragem excepcional. Assim. OCortlço saiu com 63 mil exemplaresGabriela Cravo • Canela com 123.000exemplares. O conferencista informouainda que estão sendo programadastraduções de escritores brasileiros emtcheco, entre as quais de José Uns do.Rego, Lima Barreto, Rachel de Queiroz,Marques Rebelo, Herberto Sales eoutros.

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Literatura naTchecoslováquia

Nn fofo vemos o professor -"/.lenekllnnipejs, quando pronunciava sua con-ferenela ua Dedo do PKN Cluhe, quandoillssertou n respeito dn lit. rnfura iche-coeslovaca e a situarão dos escritoresseus patrícios.

"Dona Expedita" de LobatoPublicado em Lituano

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^«"flovMei «°jfJ00F/

BeatrixBANDEIRA

Dia a dia a literatura brasileira _etorna mais conhecida no mundo. Suadifusão cresce particularmente nos

países socialistas. Mais uma prova deinteresse no estrangeiro pelo que se

publica em nosso País vem de dar arevista literária e politica ilustrada edi-

fada em Vilnius, na República Sócia-lista Soviética da Lituânia — «Svytu-rys» (Farol) — publicando um conlode Monteiro Lobato «Dona Expedita».O clichê mostra um fac-simile de umadas páginas da revista que reproduzo conto de Lobato.

F. LemosPROBLEMA N<28

HORIZONTAIS : 1 — Par. 6 — Ter-ra tavra.la. 7 — Parle .material do serhumano. 9 — Artigo feminino plural.II — Ruminante da família dos (ame-lideos. 13 — Governanta. 14 — Andn-va. IS — Aqui estA. 17 — Transitarde um lugar para outro. 18 — Espaçode doze meses. 19 — Rompe. 21 —Décima sétima letra do alfabeto grego.23 _ Nome de um costureiro famoso,24 — Nome próprio feminino. 26 —Harmonizar,

VERTICAIS: I — Leito. 3 — Klode metal flexível. :. — Sobrenome po-pular. 4 — Nome próprio feminino. 5

Sexta nota da escala musical. 7 —Combinar. 8 — Amável. 9 — Aliado.10 — Curar. 12 — Ar, em francês, lfi

Saudável (fem). 20 — Fechar asasas, para descer mais depressa. 22 —[Moléstia. 24 — Perversa, 26 — Acheigraça.

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RESP0Sr DO PROBLEMA N> 27

Pedro SeverinoHORIZONTAIS : I - Bale

rnla; 7 — Ar:lil; 8 — Sés 10 -Ar; IS Os;, 15 — Aro; 17

.'¦ — ( ii-

Rui; IIAi:

líl — Ousis; :íl — Tainlior; ;:i — l.ims.

VERTICAIS ; I — Bádlo; 2 — Ari; 3Tola: 4 - El; 5 - Cro; 6 - As: 1Arca; 9 - Eras; 12 - Rasos; 14 -

Somo; 10-Rir; 18- H; 80 -Aba;22 — Al

NOVOS RUMOS

DiretorMário Alves

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Estável daCidade deTurim

Essa. Companhia Italiana da C-dad*de Turim, apresentou-nos nm panoramado heatro Italiano através dos temposvindo desde Plauto até os dramatorifoscontemporâneos. I_ifel.__me_.to, mottTOSde força maior nos lmped-nm ds asais-«r a todo» os espetáculos. Vimos, emvéspera! oferecida h classe teatral, umapeça do ano 1800 de Ângelo Beoloo, ape-lidado o Ruzzanto, Intitulada <I_a Mos-cheta». A peça trata de maneira satf.rlea e Impiedosa tâo ao gftsto daquelaépoca, das aventuras de um marido &>granado, poltrío e enamorado de su»bela mulher. I/ongos e monótonos mo«nólogos alternam com os diálogos vivose ág.'is, cujo ritmo tornava mais difi*cil a compreensão de um teJflfco em dia»leto de um idioma que nos é pouoo fa»niillar. Essa dificuldade de apreensãodo Kcxto Impossibilitava a apreclaçlo dscertos detalhes, mas nfw> do espirito dafarsa em si. E quando mais nao fosse,vale a pena assistir-se a um espetáculocomo ésse, cm (pie os artistas dão umademonstração de técnica, verdadeira»mente impressionante. O domínio daexpressão corporal, a segurança e bele-7,ii das vozes é qualquer coisa de noti-vel. Vè-se que um tal equilíbrio e gra-(.a de gestns e atitudes, uma tal rique-•/a de inflexões vocais são o resultadode um trabalho tenaz e constante, sópossível àqueles que se dedicam exchi-si.iiincnlc nos exercícios próprios de suaprofissão. E então nós |>_nsan.OS nosmilagres que deve realizar um profis-Kional cm noss.i pais, o qual para solire-viver trabalha além de suas forças e l»os-silitlidadcs, não podendo nem sequer re-serviu- seu dia de «descanso» para umajnstii recuperação. Todos sabemos quono dia do descanso semanal nossos ar-listas atendem a compromissos em TV,em produtoras de filmes, em emissoras

'd«s radio, alguns inclusive, viajando deum Estado a outro. Onite encontrar, en-tâo; o tempo e disposição para a im-prescindi vel ginástica ritímiea, na barra,pura os exercícios de relax, para os tra-lialhos de voz? E de que forma evitarque com o correr do tempo e sendo ain-dn bastante jovens, os efeitos dessa vi-dn exaustiva se refluam nos corpos pre-iimlurnniente pesados, sem leveza, s<-magilidade, nas vozes tornadas Ásperas eaté mesmo afônicas? Quantos de nossosatores se podem dar au luxo de iininsjustas férias anuais?

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Page 7: MovimentoNacionalista Avançou Com as Eleições iSARIO DA · 2015-02-26 · NOVOS RUMOS Rio de Janeiro, semana de 7 a 13 de outubro de 1960 BANCÁRIOS DECIDEM: 35% OU GREVE NEM UM

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ONU NA ENCRUZILHADA:

KruschioveTuré

O primdro-mintotro soviético Nlklt»Kruschiov tem mantido estreito contso-to na ONU com os chefes das delefraoftesdos poises da África. Aqui vemo-lo como chefe da delegação da Guiné, IsmallTuré.

A China: FatorSobrevivência na

0 jjbovo chinês comemorou a 1*de ojutubro sua data nacional: odeclino primeiro aniversário dafunjáação da República Popular daChina. Os festejos deste ano, pornão se tratar de uma data redon-da, não tiveram o brilho e a gran-diosidade do ano passado. Não serealizou em Pequim a tradicionalparada militar, mas apenas umdesfile popular, que no entantoabrangeu meio milhão de pessoas.Não contaram tampouco as festi-vidades chinesas com a presença de

Honduras não querprovocaçõesdos EUA no Cisne

O representante de Honduras naONU, MHla Bermudez, acusou osEstados Unidos de ocuparem ile-galmente as Ilhas de Cisne, perten-centes a seu pais, para fazer ma-nobras militares e manter uma po-derosa estação de rádio que realiza24 horas de propaganda contraCuba por dia. Bermudez criticouainda o histerismo belicista dospartidários da guerra fria e disseque os problemas que interessamhoje à América Latina são o tér-mino da miséria e humilhação em

. que vivem seus povos e a defesada soberania cubana.

Aí está a defesa do «mundo li-vre» ... E note-se que Bermudez

i ê um cidadão multo «respeitável»,como demonstrou em seu discursoao dizer que é preciso evitar a «in-filtração comunista» na AméricaLatina. O Departamento de Estadoterá alguma dificuldade para ta-criá-lo de comunista, como iá fêzcom o presidente de Gana, KwameNkruma, por causa de seu discursoanticolonialista na ONU, e o pri-meiro-ministro congolês Lumumba,porque se opõe à continuação dodominio imperialista em seu pais.

Quem estácontraLumumba?

A República do Congo está divi-dida em seis províncias: Leopold-ville, Equador, Luluaburgo, Quivu,Catanga e Casai. Com exceção dasduas últimas, dominadas pelos pa-raquedistas belgas e por agentesbrancos e negros do colonialismo,todas as outras apoiam o Governodo primeiro-ministro Patrice Lu-mumba. Dos 130 deputados e 80senadores, 120 mantêm seu apooao primeiro-ministro. Grande partedo exército, da policia e dos íuii-cionários ministeriais resistem atodas as pressões dos golpistas edos representantes da ONU que sa-botam o Governo.

Em outras palavras, só não exis-te normalidade política no Congoporque os soldados belgas conti-riuam matendo os «governos» deCatanga e Casai, massacrando asmanifestações dos mineiros e cam-poneses em defesa da independên-cia do país, e os funcionários dasNações Unidas utilizam sua auto-ridade para conspirar contra o Go-vêrno, apoiando todos aqueles quese dispõem á «colaborar», como Ca-savubu, Tchombê, Mobutu, Calon.il,Ilee e outros. A isto se chama«ajuda-» da ONU à jovem naçãoafricana.

delegações categorizadas dos de-mais países socialistas, fi que •festa da revolução chinesa coincideeste ano com uma sessão que podeser considerada extraordinária d*Assembléia Geral da ONU, quandoem Nova York se encontram oslíderes de Estado e de partido detodos os países socialistas.

A ausência destes líderes em Pe-quim serviu de pretexto para quea propaganda da reação tentasseconfundir a opinião pública apre-sentando o fato como fruto de dl-vergéncias entre Pequim e Moscou.Mas o balão não subiu. Enquantoo povo chinês comemorava festi-vãmente sua revolucio, o chefe dogoverno da União Soviética, Krus-chiov, propunha nà ONU a admis-são da China na organização In*ternacional dos povos. A propostade Kruschiov encontrou, como eranatural, decidido apoio de parte detodos os países socialistas e dosneutros, a começar por Nehra. Ochefe da delegação da Índia naONU afirmou categórico: «Gomo épossível chamarmos esta Assem-bléia de parlamento mundial se de-ia se exclui uma quarta parte dapopulação da Terra?» (aludindoaos 650 milhões de chineses). E oargumento de Kruschiov faz pensarsobretudo ao governo americano:«Que seria da ONU se os paísessocialistas fundassem a sua própriaorganização das Nações?».

Decerto, a situação mundial nãoatingiu tal ponto de gravidade, era-bora a sabotagem sistemática dosimperialistas aos esforços pelo de-sarmamento e pelo alívio da ten-são, ás tentativas de impedir a U-bertação dos povos coloniais e de-pendentes, de que são exemplo osacontecimentos do Congo e a gtier-ra na Argélia. Anesar das sériasinsuficiências da ONU — devido àausência da China, ã parcialidadedo Secretário geral Hamniarskjoeldem favor das potências capita lis-tas, ao boicote a medidas efetivas

EUA defendemTrujillo etrustes ianques

O Governo e o Congresso daVenezuela protestaram contra adecisão dos Estados Unidos de com-prar mais de trezentos mil tonela-dtis de açúcar da República Domi-nfcana, contra a resolução da Con-íerência da OEA que resolveu pro-mover um boicote econômico con-tra o regime de Trujillo. Essa novacota concedida agora faz parte docorte de 700 mil toneladas de açú-car cubano.

Os Estados Unidos fizeram todoo possível na Conferência de CostaRica para evitar a derrubada doregime de Trujillo, ou, pelo menos,para assegurar a sua substituiçãopor outro regime entreguista e di-tatorial. A pressão latino-america*na, entretanto, evitou a manobraintervencionista destinada a criarum precedente contra Cuba.

A decisão norte-americana mos-tra o verdadeiro caráter da políticado Departamento de Estado. Quan-do os monopólios açucareiras ian-quês foram confiscados em Cuba,os EUA realizaram o boicote eco-nômico da ilha. Agora, a despeitodas resoluções da OEA, fura o boi-cote contra Trujillo para protegeros mesmos monopólios instaladosua República Dominicana.

POLÍTICA do imperialismoCONTRA VONTADE DOS POVOS

A Assembléia Geral da ONU en-trou um sua terceira semana e ospaises do bloco militar dirigido pe-los Estados Unidos ainda não sedispuseram a modificar sua atitudecontrária a qualquer entendimento.Os primeiro-ministros da Inglaterrae do Canadá, chamados às pressaspara salvar o barco ocidental nadadisseram de novo sobre os proble-mas em discussão. As provocaçõesgrosseiras dos primeiros dias foramsubstituídas por uma atitude me-nos histérica do Departamento deEstado,e da polícia norte-america-na, mas o grande silêncio continua.Nenhuma proposta positiva sobreos problemas principais da ordem--do-dla foi apresentada pelos Es-tados Unidos ou seus aliados. Atéo momento, os socialistas e afro--asiáticos, não conseguiram rom-per a surdez política dos imperia-

ONURUI FICóem favor do desarmamento univer-sal — a organização internacionalainda pode ser terreno para nego-ciações construtivas em favor dapaz mundial

Que é necessário para isso? Prin-cipalmente que ela se adapte àsgrandes transformações que se pro-cessam no Mundo desde o fim daguerra. Que ela reconheça essastransformações e aja em con.se-qüência. Se a China de hoje é aRepública Popular da China, umagrande potência mundial, por quepersistir na manutenção do repre-sentante da camarilha de ChiangKai-Chek na ONU, quando êle nadasignifica, a não ser um caprichodos Imperialistas americanos? Seos povos coloniais quebram as ca-delas da opressão secular, por quea ONU em vez de tentar impedi-lonão trata de reconhecer a realidadee aceitá-la? O que é inadmissívelé transformar-se a ONU em obs-táculo & marcha dos acontecimen-tos, a um processo histórico irre-versíveL Neste rumo a ONU seliquida, será levada pela avalanchaque Inutilmente pensa deter.

Não vale a alegação de que aChina não colabora para a pazmundial Já ninguém acredita maisnessa fábula espalhada pelos inimi-gos do povo chinês, da revoluçãochinesa. Ao contrário, a RepúblicaPopular da China é hoje um sólidobaluarte da paz na Ásia e no mun-do, porque um fator de libertaçãodos povos coloniais e dependentes.Sua presença na ONU já não é ape-nas necessária: é imperiosa comofator já não da existência, mas desobrevivência da ONU, para o efe-tivo cumprimento por esta de seupapel de organização para a con-solidação da paz entre os povos.

listas. Kruschiov, porém, comentacalmo: lemos tempo, os campone-ses semeiam no inverno para colherna primavera...

O próprio secretário geral daONU, Dag Hammarskjold, váriasvezes criticado pelos delegados so-cialistas,. africanos e asiáticos, fazum longo discurso entremeado defrases enigmáticas e acusações in-fantis, apenas para dizer que pre-tende continuar defendendo o im-perialismo alé o fim, enquantodurar a paciência da AssembléiaGeral e a pressão dos EUA sobreo.s países vacilantes. Passando re-cibo das acusações feitas a Ham-marskjolcl sobre sua atuação afavor do colonialismo no Congo, aspotências coloniais o apoiam.

Enquanto isto, faz-se todo o pos-sível para discutir seriamente osgrandes problemas colocados paraa ONU na atualidade: o desarma-mento, a reforma da estrutura dasNações Unidas, o combate decididoao colonialismo e o reconhecimentodos legítimos direitos da China aocupar seu lugar no organismo in-ternacional.

1. DesarmamentoO presidente do Conselho de Mi-

njstros da URSS apresentou em seuprimeiro discurso na atual Assem-bléia um plano de desarmamentogeral o completo, com várias con-cessões às posições anteriores dos«ocidentais». Dois problemas queforam explorados ao máximo prin-cipalmente pelos Estados Unidos —o controle do desarmamento e aforça internacional da ONU — fo-ram abordados por Kruschiov, queconcordou com as propostas capi-talistas. Foi um primeiro passo nosentido de se chegar a um acordosobre a queslão, dependendo daatitude dos EUA.

A necessidade de retomar as ne-gociações foi salientada por váriosgovernantes afro-asiáticos, em par- ,ticular Nehru. Nasser, Sukarno eNkruma. Esses mesmos lideres,juntamente com o marechal Tito,apresentaram uma proposta à as-sembléia, solicitando que Kruschiove Eisenhower realizassem uma con-ferência sob os auspícios da ONU.

s-A-resposta de Eisenhower aos cin-co dirigentes neutralistas exprimebem a política do Departamento deEstado. Diz Eisenhower quo con-córdãrá em entrevistar-se comKruschiov desde que os pilotos doavião espião RB-47, abatido sobreterritório soviético, sejam devolvi-dos e qttc a URSS apresente des-culpas aos B]UA por ter derrubadoum aparelho que invadiu ilogalmen-te suas fronteiras. Em outras pa-lavras, o Governo norte-americanoestá disposto a entrar em negocia-ções sobre o desarmamento e a co-existência pacífica ... desde quepossa continuar com sua políticaagresiva de guerra fria.

Confiando ainda em sua maioriacada vez muia difícil e artificial naONU, os Estados Unidos procuramganhar tempo e vencer pelo can-saco o.s partidários da paz, fazen-do o possível para dar a impressãode quo apoiam as negociações sobre

o desarmamento. Significativamen-te, porém, tanto Eisenhower comoMacmillan se limitaram em seusdiscursos a «declarações de princi-pio» e a planos «técnicos» cujo úni-co objetivo é enganar a opinião pú-blica. Como disse o próprio Macmil-lan, mesmo se os «técnicos» che-gassem a um acordo, isto não querdizer que esses resultados seriamdefinitivamente aceitos pelos govêr-nos. O que os ocidentais querem éque se repita o caso de Genebra,onde centenas de reuniões não ofe-recém qualquer resultado postivo.

2. Modificações na ONUA Organização das Nações Uni-

das conta atualmente com 98 mem-bros, devendo ultrapassar a casados cem até o próximo ano. En-tretanto, os órgãos fundamentaisda ONU estão submetidos ao con-trôle quase absoluto dos EstadosUnidos e seus aliados militares. Ospaíses socialistas e neutralistas vêemseus interesses prejudicados porqueo Conselho de Segurança, a Secre-taria Geral, a Comissão de desar-mamento, etc, defendem na medi-da do possível os interesses dosEUA e do colonialismo. Ainda re-centemente, todas as agências ejornais da burguesia em todo omundo saudavam a eleição do re-presentante da Irlanda como uma«grande vitória do Ocidente». Cria-da para promover a paz e a con-córdia entre todos os países domundo, a ONU na verdade tem ser-vido apenas conto cobertura paraa política do Departamento de Es-tado, como aconteceu nos caaos daCoréia e do Congo.

A ONU, entretanto, não podecontinuar defendendo apenas os in-terêsses de parte de seus membros,contra a maioria esmagadora dahumanidade. Quase dois bilhões depessoas vivem nos paises socialis-tas e afro-asiáticos, mas o secreta-rio geral da ONU é «homem deconfiança» do Departamento de Es-tado, o bloco ocidental tem quatromembros permanentes no Conselhode Segurança, contra um socialistae nenhum neutralista, a «comissãodos dez» não inclui nenhum mem-bro afro-asiático.

Esta situação tende a se agravarna medida em que aumenta o papeldas Nações Unidas na arena mun-dial. Em conversa com os jomu-listas, Kruschiov perguntou comose pode esperar que a União So-viética aceite a criação de umaforça internacional sob o comandoda ONU, se esta força seria diri-líkla por homens como Hammars-kjold, Da mesma forma, que ospaises capitalistas não poderiamaceitar um secretário geral sócia-lista, a URSS e os paises neutra-listas exigem que se substitua oatual cargo por um secretariado detrês membros, todos eles com di-reito a veto. Dessa forma, todas asdecisões seriam aprovadas por una-nimidade, forçando os paises mem-bros, grande e pequenos, a che-gar a um acordo sobre os proble-mas internacionais em litígio.

Essa é a solução democrática eque exprime a atual situação do

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A Grande Festa do Povo ChinêsO 1« de outubro é a grande festa

anual do povo chinês, sua maiorfesta: a data aniversária da funda-ção da República Popular, fruto darevolução que trouxe ao povo chi-nês a vitória do socialismo. O sur-gimento da República Popular daChina mudou a fisionomia da Ásiae do mundo. Ao seu calor, acelera-ram-se as lutas dos povoa coloniais

e dependentes por sua libertação,não só no Extremo Oriente comoem todo o mundo. Com a China eseus 650 milhões de habitantes, comas gigantescas transformações ope-radas na economia chinesa, o siste-ma socialista mundial adquiriu no-va consistência. Reforçaram-se asbases da paz universal: a.s forçasdó imperialismo c do capitalismotiveram que manobrar c recuar, na

impossibilidade de resolver suascrises através de método «tradicio-nal», a guerra. Por isso, todos ospovos se regozijam com os feitosgrandiosos do povo chinês no ani-versário de sua revolução. (A fotomostra um grupo de dança de umadas Comunas agrícolas da Repúbli-ca Popular ria China numa celebra-ção popular)

mundo, a única que podo propidtia concretização da paz. Por issomesmo, os círculos militaristas doDepartamento de Estado e do Pen-tágono, principais responsáveis ps-ia política dos Estados Unidos, pro-curam evitar a sua adoção. Trate-

!, porém, de uma minoria tantoem seus países, como, sobretudo,diante dos dois bilhões de homensque defendem a paz e o entendi-mento entre os povos.

3. Liquidaçãodo colonialismo

Freqüentemente se diz que esta-mos no século da energia atômicae da conquista da natureza pelo ho-mem, o que é uma verdade. Entre-tanto, mais de cem milhões de pes*soas vivem ainda sob o jugo colo-nial, em suas diversas formas, e'outras centenas de milhões estãosob a constante ameaça de restau-ração do colonialismo ou possuemuma independência meramente for-mal, como acontece com grande nú-mero de antigas colônias da Áfricae da Ásia e países latino-america-nos.

Oito países continuam sob o rt-gime de «tutela» da ONU, não exis-tindo qualquer indicação sobre adata de sua emancipação. Enquan-to isto, suas riquezas naturais sãopilhadas pelas potências colonialis-tas e sua população vive na maiscompleta miséria e ignorância, sen-do ainda submetida à repressãosanguinária de todos os movimen-tos populares pela independência.

Segundo os representantes im-perialistas, entretanto, o colonialis-mo não existe mais. Como disseKruschiov, os delegados norte-ame-ricanos, quando procuram bajularos paises africanos e se dizem par-tidários de sua independência, maisparecem uma «donzela virtuosa»que afirma a altos brados sua vir-ginidade, mas já teve doze filhosde pai desconhecido. A guerra san-guinaria de opressão do povo arge-lino, aa manobras de Hammars-kjold e dos EUA contra o Congo,depois da.s aventuras de Suez, doLíbano e da Jordânia mostram cia-ramente a verdadeira cara dessessenhores do pacto militar da OTAN.

4. A entrada da ChinaHá onze anos, a.China derrubou

a dominação imperialista e feudale deu seus primeiros passos naconstrução do socialismo. 650 mi-Ihõcs cb chineses lutam arduamentepara acabar com a miséria milenardos chineses c para dar ao paisuma indústria e uma agriculturaavançadas. Sozinha, a China repre-senta um quarto da população domundo. Dada a sua importânciapolítica, econômica c militar, não épossível discutir qualquer assuntoimportante na ausência da China,quanto mais à sua revelia. Foi exa-tamente isto que disseram os go-vemantes e delegados da Noruega,Suécia, índia, Indonésia, Birmânia,Cambódia, Afganistãb, Ceilão, Ne-pai, RAU, Gana, Guiné, Marrocos,Tunísia, Etiópia, Líbia, Cuba e mui-tos outros paises não pertencentesao campo socialista.

Para os Estados Unidos e seussócios, entretanto, o «representanteda China», é Chiang Kai-Chek, man-tido em Taiwan contra a vontadedo povo da ilha chinesa pelos sol-dados e canhões norte-americanos.Todos o.s anos, o Departamento deEstado chama'os delegados latino--americanos e de alguns paises daEuropa, Ásia e África e forçam aAssembléia da ONU a adiar o re-conhecimento dos direitos do povochinês e a continuar nessa situa-ção humilhante de organismo quese pretende «mundial», mas nãoinclui a nação mais populosa doplaneta.

Éste ano, como símbolo da im-pqrtância da China, um dos paísesque apresentou a proposta de reti-rada da clique de Chiang Kai-Cheke de entrada da China foi a Guiné,jovem nação africana que se liber-tou do colonialismo francês em1958, e se afirma como pais inde-pendente e progressista. Num sódia, dos doze oradores que discuti-ram a questão, onze defenderam osdireitos da China, e apenas o dele-gado inglês apoiou os Estados Uni-dos, dizendo que seu país achava«prudente» adiar o problema pormais um ano,..

Esta a grande «política» que oimperialismo apresenta ao mundo:adiar. Protelar enquanto fôr possi-vel qualquer acordo sobre o desar-mamento, sobre a China, sobre amodificação da ONU de conformi-dade com a realidade mundial, sô-bre o colonialismo. Não há argu-mentos para defender esta «poli-tica». Há apenas o medo das potên-cias coloniais e imperialistas diante'' seu destino inevitável e a ma-nobfa desesperada para adiar aomáximo o desenlace -final

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A cidnde de Berlim tem uma sig-nificação particular na vida de cado

pessoa de minha geração. Durante osmelhores anos de nossa juventude, es-tivemos com a atenção voltada paraela. Primeiro, numa atitude de apreen*são e de ódio; depois, de satisfação e

alegria; e, por fim, de confiança e d»admiração.

No começo, era a sede do nazismo,todo poderoso, arrogante e implacá-vel. De lá. partiram as ordens para adeflagração da maior guerra que a hu-manidade conheceu, e que atingiu emcheio a nossa geração. Durante lon-

gos meses, que pareceram séculos, nos-so olhar se voltou para Moscou e Sta-lingrado, onde se travavtm as bata-lhas que decidiriam a sorte da huma-nidade. E daí voltamos mais uma vez aolhar para Berlim, meta a ser atingida

pelas tropas libertadoras que poriamfim àquela guerra desumana e cruel. Esaímos às ruas, e cantamos e pulamos,e dançamos e grilamos, extravasandoo contentc-ienlo quando os soldadossoviéticos içaram a bandeira vermelhano alto do Reichstag.

Era o fim de uma época e o come-

ço de outra.

Daí por diante, Berlim seria símbo-lo de um futuro melhor e sede de umregime que coloca o homem no centrode suas preocupações e a paz como aaspiraçfio maior de todos os povoi.Isto, porém, não durou muito. E Berlimvoltou a chamar a atenção de toda a

humanidade, porque em uma metadeda cidade continuavam encasteladasforças que não desejavam • não dese-

jam a paz, e que preparavam e pre-param uma nova guerra.

Pensávamos nessas coisas enquan-to o aparelho da LOT, empresa polo-nesa de aviação, partiu de Paris emdlreçfio à Capital da República Demo*erótica Alemã. E ainda pensávamosnisso quando o avião fazia a tomadade campo e aterrissava, naquela tardecinzenta e chuvosa de agosto. Estava-mos pisando terras socialistas.

Encontro com a realidadeDo Aeroporto à cidade, à margem

da estrada estreita e mal pavimentada,(amos divisando aqui um retrato deKruschiov, acolá um de Ulbricht, queassinalavam a passagem do chefe doGoverno soviético, quando de seó ré*

çjresso da malograda Conferência deParis. Sá quando penetramos na cida-de, e circulamos por suas ruas e aveni-das, antigas ou modernas, é que en-Iramos em contato com a realidade, •começamos a compreender o que é Ber-lim dividida ao meio. O carro faziavoltas desnecessárias, como se estives-semos andando em táxi no Rio ou emParis, onde os motoristas ganham porquilômetro rodado. Acontecia, porém,que esta rua ou aquela avenida não

podia ou nâo devia ser atravessada

porque ali começa a outra Berlim, aBerlim de Adenauer, a Berlim ocupada

pelas tropas dos Estados Unidos, da

r ilfflHKíPfs,*^^??

França e da Inglaterra. E assim, dri-blando o capitalismo e fugindo dele,chegamos à Casa dos Hóspedes, doComitê Central do Partido SocialistaUnificado da Alemanha, como seushóspedes que éramos.

Como iludidos estávamos ao acre-ditar que aqueles caibros pintados devermelho e branco — marcos divisóriosdas duas Berlim — nos separavam docapitalismo I A divisão de Berlim sóexiste no mapa, ou em suas ruas e ave-nidas. Na verdade, Berlim é uma cida-de só, onde o capitalismo e o sócia-lismo convivem como gato com rato;Naturalmente os papéis se invertem" deacordo com o local onde o drama temlugar.

t

Dois mundos num só

Passei uma semana em Berlim De-mocrática, e senti como duas concep-ções de vida, radicalmente distintas, seentrechocam e ao mesmo tempo vivem

juntas. A um mesmo fato, político, eco-nômico ou social, os seus vizinhos debanco no Metrô, no Elevado, no ônibusou no bonde, ou simplesmente na mesade um bar, podem reagir de maneiracompletamente diferente: um como ca-

pitalista, outro como socialista, umcomo pessoa ainda impregnada daideologia da propriedade privada, doegoísmo, do individualismo, do revan-chismoj outro como pessoa que pensade maneira inteiramente nova, possui-dora de uma ideologia humana • pa-cifista.

Lá chegamos quando acesa era adisputa para seleção dos atletas quedeveriam compor a delegação única daAlemanha às Olimpíadas de Roma. Rá-dlo • televisão transmitiam todos oslances das compttiçSes, • os jornaisnoticiavam com destaque os resultados.Se o atleta vencedor era da Alemã-nho Democrática, ouvia-se, frento aosaparelhos de rádio ou de televisão, umurra de satisfação e alegria, ao tempoem que alguns poucos revelavam seuar de desalento. O silêncio no entan-to, era a resposta, se acontecia o con-trário. O inverso, naturalmente, se ve-rificava na outra Berlim.

Berlim é assim. Uma cidadediferente.

t

Dois mundos separados

por um passoPor que assim acontece ? Porque

Berlim é uma cidade dividida por umalinha de 42 quilômetros em uma fron-teira aberta. O tráfego é livre entre asduas Berlim, sem controle, salvo emocasiões especiais quando assim deter*minam os Interesses da segurança dosocialismo. Esta linha divide ruas, ave-nidas e até casas ao meio. Com 20

centavos qualquer pessoa toma o me-trô ou o trem aqui, • dois minutos de-

pois está no capitalismo. Nem precisagastar dinheiro. Basta atravessar uma

rua ou praça, basta, em certos lugares,sair da sala de estar de sua casa e di-rigir-se à cozinha.

Trezentas mil pessoas trafegam,diariamente, entre as duas Berlim, mu-dam do socialismo ao capitalismo, evice-versa. Dez a quinze mil operáriosmoram na Berlim Ocidental e traba-lham na Berlim Democrática; trinta atrinta e cinco mil pessoas moram naBerlim Democrática e trabalham no se-tor ocidental. São operários espeeiali*zados. Têm seus lares no socialismo,-nosocialismo seus filhos são criados eeducados, mas trabalham para o capi*talismo; moram no capitalismo, no ca-

pitalismo seus filhos são educados, mastrabalham para o socialismo. Dezenasde milhares de pessoas vivem e traba-lham aqui, mas têm parentes lá; deze-nas de milhares de pessoas vivem e tra-balham lá, mas têm parentes aqui.

Esta divisão artificial de Berlim, queembora seja uma cidade só é ao mesmotempo duas cidades completamente in-dependentes, cria, naturalmente, gra-ves problemas. O do tráfego é umdeles. Não há um plano unificado. Ostrens (elevado e metrô) que circulamnas duas Berlim, obedecem a uma sódireção, exercida pela Berlim Democrá-tica. As suas estações, em Berlim Oci*dental, são administradas pela muni*cipalidade do setor democrático. Omesmo, porém, não acontece com osserviços de bondes e troleibus, que sãoindependentes e não têm nenhuma li-

gação entre si. Idêntica é a situaçãodos telefones: as duas Berlim não pos-suem ligação direta. Dá-se o fatocurioso de uma pessoa desejar falarcom um parente ou conhecido do outrolado da rua, e a ligaeSo ter de ser fei-ta através de Hamburgo, cidade situa-da a mais de 250 quilômetros de Ber-lim. E' melhor e mais prático atravessara rua. ¦.

Isolada de seu hinterland

Berlim Ocidental é uma cidadecompletamente isolada de seu hinter-land natural. Suas fontes de matérias*-primas estão situadas a mais de 300

quilômetros. Isso é uma das causas porquê Berlim Ocidental não tem desen-volvimento econômico igual ao de Ber-lim Demecrática. Apesar disso, as fôr-ças de ocupação e o próprio Adenauercriam toda sorte de obstáculos ao in-tercâmbio comercial entre Berlim Oci-dental e os paises do campo socialista.Apenas 3% de seu comércio exterioré feito com esses paises.

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Luminosocalunia

Não satisfeitos com as cinco estações de rádio que possuem em BerlimOcidental, as tropas de ocupação e Adenauer Instalaram Jornais luminosos eravários pontos da fronteira, como o que vemos na foto. E diz-se de «Berlim Livre».ftste luminoso esta situado em plena Praça Potsdam, que a linha divisória cortaio meio. A calúnia é o seu fraco-

Isto, naturalmente, traz graves con-seqüências para os seus moradores,como o desemprego e a carestiada vida. Como em toda a Alemã-nha Ocidental, o desemprego não é

pequeno. Um deputado de Berlim Oci*dental, que acompanhou o revanchistaBrentano em sua recente visita ao Bra-sil, declarou à imprensa que, em Ber-lim Ocidental, o desemprego estavacaindo de nível, existindo atualmenteapenas 25.000 desempregados. Naverdade, o seu número varia em tornodos 100.000. Além disso, deve-se levarem conta que Adenauer recruta, entreos desempregados de Berlim Ocidental,grande parte de seus soldados. Em cadadez, um é de Berlim Ocidental. Quantoà carestia, nem é bom falar. Os alu-

guéis levam cerca de 40 a 50% dossalários, enquanto na Berlim Democrá*lica' não alcançam, em média, 10%.Transporte, gás, energia elétrica, com-bustivel e água são muito mais bara-tos na Berlim Democrática. O mesmoacontece com a maioria dos gênerosalimentícios. Uma terça parte dos ce-

reais custa 50% menos do que na Ber-lim Ocidental.

Por que esta situação continua portantos anos ? Por que não se assina oTratado de Paz com a Alemanha e nãose põe termo à ocupação de Berlim Oci-dental ? Por que não aceitam os Esta*dos Unidos • seus aliados a propostade transformação de Berlim Ocidentalem uma cidade livre ?

Cabeça de ponteda guerra {«"'a

Por que Berlim Ocidental é uma ilhacapitalista incrustada no campo sócia-lista, e base de .espionagem, de pro-vocações, de acirramento da tensão in-ternacional. E' uma cabeça de ponteda guerra fria.

Berlim era uma só, ocupada pro-visòriamente pelas quatro grandes po-tências, aliadas durante a guerra con-tra o nazismo. Os Estados Unidos, quetanta pressa tiveram em assinar umTratado de Paz com o Japão, sem qual-quer' consulta à União Soviética, prole-Iam qualquer medida nesse sentidocom relação à Alemanha, e respon-dem negativamente a todas as propôs-tas feitas pela União Soviética e pelaRepública Democrática da Alemanha,tendentes a solucionar não só o casode Berlim mas de toda a Alemanha embases democráticas e pacificas.

Um dos primeiros passos para a di-visão de Berlim em duas cidades inde-

pendentes, foi dado pela Alemanha de

Adenauer, de comum acordo com oiEstados Unidos. Em 1948 foi feita, naAlemanha Ocidental, uma reformamonetária, o que obrigou a AlemanhaDemocrática a fazer o mesmo. Toda oBerlim teria apenas uma moeda, foi oque ficou acertado entre as potênciasde ocupação — a moeda da Repúbll-ca Democrática da Alemanha. Mas otEstados Unidos e seus aliados não res*peitaram também êste acordo, e impu*seram em Berlim Ocidental a moeda daAlemanha Ocidental. Êste foi um passodecisivo para a divisão, e transforma-ção aberta de Berlim Ocidental embase de espionagem e provocações.

Ali existem cerca de 80 organiza*ções de provocadores que trabalhampara êsse fim. A imprensa é das maio*res do mundo. Para cada habitante há3 exemplares de jornais, todos antico-munistas. Há cinco estações de rádio.Há os jornais luminosos. Ali existem, àsdezenas, cabarés e cassinos onde odesvairo capitalista tem trânsito livre epara os quais procuram atrair a juven-tude de Berlim Democrática com o fimde corrompê-la. Bebidas alcoólicas são30% mais borata do que no setor de-mocrático. Também mais baratos são oscinemas, onde se exibem filmes de pro-paganda guerreira, de crime, de gangs-terismo e de sexo, em sua maioriaamericanos. E dali parlem, vez por ou-Ira, grupos de jovens embriagados,para fazer provocações no setordemocrático.

Por isso, Berlim conlinun dividida

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mPoriaaberta

RevivendoKsta é a porta de Bradenhurj-o, situada na linha que divide Berlim em«luas. Por aqui, diariamente, milhares dc pessoa» passam do capitalismo ao so-

tiallsmo, e vice-versa. Intenso é o tráfego de automóveis, submetido a um con-tròle formal: apresentação de documentos. lio altj, tremula a bandeira tricolor í-ljf-lpi»da República Democrática Alemã IlIUl/I

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A direita da porta de Bradeíiburgn, do outro ladn, rsla

tag (foto). Com o consentimento e a ajuda, dus tropas amêrmandou restaurar todo o etliflcin, destruído pela guerra, n nele

estp mes, a Cftmara dns Deputados da Alemanha Ocidental. Noda Alemanha Ocidental. Mais uma provocação.

n antigo RelchS'icanas; Adenauer

pretende reunir,lônò, a bandeira

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Page 9: MovimentoNacionalista Avançou Com as Eleições iSARIO DA · 2015-02-26 · NOVOS RUMOS Rio de Janeiro, semana de 7 a 13 de outubro de 1960 BANCÁRIOS DECIDEM: 35% OU GREVE NEM UM

NORDESTE 1960f

Os Velhos Cantam Nas Feirasos Jovens Querem Moscou

As modificações de caráter eco-nômico já salientadas e que observa-mos no interior de todo o Nordeste —

embora a estrutura agrária se conser-ve fundamentalmente latifundista e se-

mifeudal — refletem-se na ordem espi-ritual, na ideologio dos habitantes da

região. Já vimos o desaparecimento dovelho culto místico ao padre Cícero, o

faumaturgo meio rebelde à Igreja Ca-

tólica e que, p o r isso mesmo talvez,

acalentou esperanças em grandes mas-

sas atrasadas num outro «caminho da

salvação». Mas o domínio espiritual da

Igreja Católica sobre aquelas populu-

ções é absolutamente infirme, superfi-

ciai, fluido. Com a decadência d o s

Mrandes proprietários territoriais — os

clpronéis, outrora poderosos e prepoten-te\s — afrouxaram-se os laços do servo

rilral. Essa população miserável ficou

«jm disponibilidade não só.econômica

xnat também ideológica. A burguesia

'comercial ou o pequeno artesão ainda

eram demasiado débeis para ocupar o

lugar da velha força em decadência —

o latifúndio.

Formou-se como que um vácuo.

A população paupetizada do Nor-

deste está sendo atraída hoje por cot-

rentes ideológicas as mais diversas.

Cantadores de feira

Encontrei ainda na grcnde 'elra

do Crato — formidável concentraçãode nordestinos de todos ou quase to-dos os Estados — os cantadores do tipotradicional, com suas violas ou harmó-nicas, em desafios. Outros, mais moder-nos, apregoavam folhetos de sua aulo-ria e cantavam seus próprios versos, emmeio o um círculo de curiosos. Exal-tam o padre Cícero e apregoam cala-midades em forma de profecias, utili-zando seu nome. Lampião continuo per-sonagem dileto dos folhetos populaicsque encontrei nas feiras do Ceará à

Bahia. Alguns desses folhetos são umo

sátira magnífica às autoridades, segun-

do a sutil concepção do sertanejo. O

autor de um deles, Sevcrino Gonçcl-ves de Oliveiia, descreve a <Eleição do

iiPFiio; PADRE CÍCERO

1 ! Wlnmfr ¦¦¦" -

Premi - Crs 11,00 . ' .„

Diabo e a posse de Lampião no Infer-no», — lampião substitui o Diabo cie-

pois que éste

«Chamou Lampião c disse:

amigo eu vou lhe dizer,

por mim a questão eslá finda

tome conta do podereu já jui.ii no caderno

que o trono do inferno

quem determina ó você».

.Depois, o famigerado bcndoleiro

escolhe seus auxiliares

«Lampião disse: eu aqui

gente ruim não aceito

Cambeta é o delegado

Satanaz é o prefeito

Coxinho é o promotor

Capataz o senador

Lucifer juiz de direito...

RUI FA66

*tM«K»'«**«#»Editor prop. José Bernardo da Silva

^¦miWlMIUMIOa^tWMIMtMmiM.HM,,,,,,..,.^,,,,,,^,^,,,,, Mn,l),„t»»iMWIHlllll»

VISITA DE LAMPEAO A' JUÁUEIRONO ANO DE 1926

PrBj B" >'' ''¦ '."i^^V >:*'"í\ ^^SÍtÍSHSctH&^o

Outro bandido lendário, AntônioSilvino, permanece vivo na poesia po-pular nordestina como um de seus .'ie-róis prediletos. São numerosos os fo-lhelos que lhe cantam a vida e asaventuras de cangaceiro invencível Ju-ranle vinte anos. <'0 grande e verdadeiro romance de Antônio Silvino- éunia minuciosa descrição de seus ín-contros com as fórços que o perseguiame que oram sempre derrotadas. Há umsentimento cie enorme euforia nestasvitórias de Silvino. No fim, o cantacloiabandona os versos e explica em pro-sa mesmo: «Atenção: Antônio Silvinonão morreu de morte trágica, morreuem paz, dcmonsliando q u o os bensque fêz superaram os males que pra-ticou».

Caminhos diferentes

Mas, observei bem, a jovem gera-ção já não se impressiona com es:>cishistórias. Ela está muito mais impreg-nada da realidade atual do que seuspais que ainde cantam esses versos cieendeusamento a homens rústicos queexpressavam, num passado recente, demaneira primária, a revolta dos opii-midos do meio rural.

A mocidade procura outros rumos.

A burguesia comercial que surgiuno Ccriri ;— sobretudo no Crato e emJuazeiro — está tentando, e com rc-lativo sucesso o consegue, preencheraquele vácuo deixado pelo latifúndioem decadência. A Igreja Católica faz

grandes csfoiços para tomar a frentedesse empreendimento numa sociedíileque se modifice tanto devido às trans-formações cie ordem econômica opera-das na região (o surgimento cie indús-Irias de consumo, o incentivo do co-mércio, a 'melhoria dos transportes ea possibilidade imediata do novas mu-danças com a energia de Paulo Afon-so), como pelo reflexo do desenvolvi-mento do sul do Pais. Crato conta hoje '

com 4 ginásios, sendo três da Igreiae um do Estado. Este último só foi fun-dado êste ano. Quer dizer, antes -a

Igreja Católica dominava absoluta ainstrução secundária na grande cida-de caririense. Existe ainda um Curso deContabilidade na Associação Comer-ciai, uma Escola de Comércio, ume Fa-culdade de Filosofia, também da Igre-

ja, uma Escola de Agronomia e, emfase de conclusão, um Centro de Tra-toristas. Estão sendo instaladas maisduas escolas superiores uma Faculdadede Ciências Econômicas e outra HeOdontologia.

Naluicilnienle, como ocorre cm to-rio o Brasil, o estudo ai ainda é piivi-

légio de uma minoria, dos lillios defamílias abastadas, pois a juventude po-bie quando consegue estudar o faz comgrandes dificuldades, trabalhando si-multâneamenle.

Dessa juventude é que se desta-tam hoje, tanto em Juazeiro como noCrato, combativos participantes do mo-vimento nccionalisla. Deles me falaran padre Gomes, na palestra que man-tivemos em sua residência no ColégioSalesiano. Mencionou-se com evidentesimpatia. Tive oportunidade, logo de-pois, de adquirir o jornal por êles edi-tado O Nacionalista, órgão da FrenteEstudantil Nacionalista e que tem porlema -?A Pelrobrás é intocável».

0 despertar da Juventude

Depois, de volta a Juazeiro, pudecomprovar mais uma vez o despertardessa juventude interiorana dos sertõesnordestinos. Encontrava-me novamenteno sitio de meu amigo quando recebeêle a visita de um jovem. Êste lhe trazuma carta que deveria ser enviada auma filha sua em Fortaleza. Mas orapaz dá a conhecer o conteúdo dacarta: deseja obler informações maisdetalhadas sobre a Universidade daAmizade dos Povos, que a imprensaanunciara eslava franqueada pelo go-vèmo da União Soviética aos jovensdos países subdesenvolvidos. O donodo sitio me faz, na presença do jo-vem, algumas perguntas a respeito. Eurespondo o que sei: que a Universida-He começa a funcionar êste ono, ten-do portanto apenas o primeiro ano;que admitirá 500 alunos de todos ospaises subdesenvolvidos, que, assim, onúmeio i!> vagas para candidatos doBrnsil mi serie grande, uma vez quedeveriam satisfazer pedidos de Iodosos demais poises da América Latina, as-sim como da Ásia e África.

A conversa se prolonga, e quan-do o dono do sítio di/. finalmente ao jo-vem visitante que eu conhecia a UniãoSoviética, lá estivera como correspon-dente de impicnsa, êle não se contém:

Então, por favoi, o senhor as-

peia nqiii uma meia hoia que eu voubuscar um amigo meu, estudante Iam-

Editor prop José Bernardo da 8ih[a___

Intonio Silvino no JuiíDEBATE DE SEU ADVOGADO

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Bi » * i / tmWmV. fcftwDa3R OBBBferc^Jh. uo&jÍjJHSX I fl * JOHP^_ W

Editor Prop.: JOÃO JOSÉ SILVA

Uma das maiores proezas que ANTÔNIOSILVINO fez no sertão pernambucano

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^SgSgSayaSLT». Z*

PREÇO - CrS 10,00

bém, que deseja muito converser comalguém que tenha vivido lá I. . .

Dentro em pouco voltava com umgrupo de jovens entre 16 e 20 anos.

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 Eleiçãodo Diabo e posse";de;;'t*npèâD no Inferno

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rrWm mm.M.

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Sua curiosidade, naturalmente, e i aenorme. Perguntaram sobre tudo: o en-sino, o inverno, os hábitos do povo,condições de vida, se as russas erambonitas ou feies. .

Quase todos êles haviam escrito àUniversidade da Amizade dos Povos

pedindo para serem admitidos. Tinhamconhecimento do anúncio da Univorsi-dade tanto pela imprensa brasileirc,como através da Rádio dc Moscou.

Aspiram a uma vida nova

Esses jovens não acreditam maisnas velhas lendas espalhedas durante

quarenta anos pela reação: de quequem vai à União Soviética não maisvolta, é submetido a trabalhos foiça-dos e que a Sibéric é um sorvedourode vidas humanas... Um dos jovensme conta que um seu tio ficara apavo-rado ao saber de seu desejo de estu-dar na União Soviética — na Rússia.E chegara ao ponto de lhe prometeienviá-lo á Itália, contanto que desistis-se de seu propósito. Afiimou-mc:

— Não aceitei. Ou a Rússia ou cfTchccoslováquia, um daqueles países.Quero conhecer uma vida nova. . .

E êste um anseio que se genera-liza entre a juventude do interior. Elasente que velhos Icços de sujeição sea\'\o rompendo. Sente o enorme con-traste entro a sua maneira de pensare não só a de seus avós, como a de

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seus próprios pais. O mundo em revo-lução, que há quarenta anot «ra sim-

plesmente quimérico ou de todo desço*nhecido, hoje está ao alcanço de suasmãos de jovens, que lêem |ornais deFortaleza o Recife no mesmo dia e ou-vem a Rádio de Moscou, de Praga aPequim.

Isto não significa que as defini-

ções ideológicas sejam claras e preci-sas. Sobre elas influem grandementecinda as condições de vida, o entre-laçamento pasmoso de formações eco-nômicas contrapostas: os remanescentesfeudais e o capitalismo em desenvolvi-mento. Mesmo entre comunistas encon-Irei pelo Nordeste comunistas católicos,comunistas protestantes, comunistas ma-

çons, comunistas espíritas. Estive nacasa de um deles em cuja sala se en-conlravam, lado a lado, uma imagemde Cristo o dois grandes retratos deSlalin e Presles.

Fm Crato, um comerciante (ovemme apresentou um filhinho de cincocnos de idarie. Chamava-se CarlosMarx. Em sua biblioteca se encontra-vam as últimas edições de livros mar-xistas lançados no Rio e em São Paulo.Livrarias católicas vendem publicaçõesmarxislcs e revistas de divulgação dosocialismo.

Aquela curiosidade dos jovens deJuazeiro pelas realizações da UniãoSoviética — no terreno econômico, cul-tural, científico — vi por toda parte,desde Juazeiro até Vitória da Conquis-ta, na Bahia culminando com uma ani-mada sabatina a que me submeteramna sede da Câmara Municipal de Goia-na, em Pernambuco, poucas horas de-

pois de minha chegada à cidade.

E esse o Nordeste que ressurge,o Nordeste quo está obrigando as fôr-

ças econômicas do Sul — que até ago-ra se limitaram em explorá-lo impiedo-somente — a considerar não só o seu

presente como o seu fuAiro. Porr#ie a

população nordestina, curtida em sé-culos de sofrimentos, está firmeme'i!edecidida a cuidar ela mesma de seufuturo.

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&mmmmmwmmmmSTR fl.l.A', DA POÊSIV • í

ANO II Rio de Janeiro, semana ele 7 a 13 de outubro 1960 N" 84

| Antônio Silvino ü

I Preço:, CrS. 2o,oo

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NOVOS RUMOS Rio de Janeiro, semana de 7 a 13 de outubro de 1960 —

um^SJBS*- M BB ¦¦OPA

ProgreTerá razão o sr. Augusto Fre-

d-rico Schmidt ao enaltecer, como•vem fazendo, oa resultados ca Con-l'n'ência econômica de Bogotá iEstará ai, cçmo sugere êle, a so-lução para os grandes problemasque a América Latina enfrenta?Lima análise da recente entrevistado sr. Schmidt mostra que nao se

pode dar resposta afirmativa anenhuma daa duas Indagações.

Segundo o sr. Schmidt, a dele-"ação norte-americana ao concia-v. aceitou os postulados básicosmais e.venciais da Operação Pan-_ i.ricana e isso, para êle, e tudo.K ses postulados, nas suas própriaspalavras, consistem, em primeiroHgar, em que o objetivo centrald OPA «é o desenvolvimento eco-n,mico acelerado da América La-tina dentro do regime democráticoeu liberdade individual, da livreiiiciativã econômica para o setori.rivado, atribuindo-se ao Governou.n papel coordenador, porem cli-ri.imicó, inovador c supletivo.»

Tal desenvolvimento, acrescentao chefe da delegação brasileira aBogotá, pressupõe uma assistênciad" capitais estrangeiros públicoso' privados, ou ambos. Nao o dissec^licitamente o sr. Schmidt, maso< capitais a que se refere sao osnorte-americanos e europeus oci-dentais, uma vez que amarra osobjetivos econômicos da OPA aosobjetivos políticos do chamadomundo livre.

E ai está, precisamente, a pri-meira grande contradição: esperarajuda para o desenvolvimento, pre-claamente daqueles que estão inte-ressados não em que nos desenvol-vamos, mas em espoliar-nos.

A alternativa

Fora disso, para os defensoresda OPA só existe a alternativa doEstado policial. Eis as palavras deSchmidt: «Caso contrário, so umEstado organizado policialmente,capaz de comprimir o consumo cio

povo, poderia obter os recursos pu-ramente nacionais capazes de ace-lerar o processo de desenvolvimen-to a uma taxa adequada.» Posiçãoidêntica, como se vê, à do sr. Ro:berto Campos. Nenhum dos dois ecapaz, sequer, de considerar a pos-«tbilidade de que os recursos na-cionais para o desenvolvimentoprovenham — não da restrição doconsumo do povo, já baixíssimo --

mas sim daquelas fontes de ondedevem de fato proceder: da con-tençâo da evasão dos recursos na-cionais praticada pelo capital es-trangeiro e de uma melhor redis-tribuição das riquezas hoje feitaem favor de setores econômicos e

ogotá Fêz Grandes I ^|H|tTOl| M

ssos ¦ Ifl em Palavrassociais anacrônicos. Nenhum dosdois, igualmente, é capaz sequerde considerar a possibilidade deque a complcmentação desses re-cursos internos provenha dos pai-ses socialistas,

Ambos são cegos para a reálida-de dos nossos dias: os povos podemoptar, podem escolher as fontes deajuda externa. Por isso, o sr.Schmidt arma o dilema: ou «ajuda»imperialista, ou o «Estado policial-mente organizado». Na sua miopia,o sr. Schmidt nào vê nem mesmoo Eslado cubano, que rompeu como circulo de ferro do imperialismo,aceitou a ajuda dos paises sócia-listas — em vias de produzir ametade da produção industrial domundo —, sem que para isso tenhatido a necessidade de transformar-

no Estado policial de que falao sr'.'Schmidt". Pelo contrário, Cubar: hoje o Estado mais democráticoda América, se seconteúdo concreto do lemavêrno do povo, pelo povo eDOVO>.

considerar o— <go-para o

A "taxa adequada decrescimento"

Entende o sr. Schmidt por -taxaadequada de crescimento» umataxa tal que diminua a distânciaque separa o Brasil cios ,<vanguar-deiros do mundo econômico deboi'.' c, por outro lado, que aten-dá o veloz crescimento demográfi-co da América Latina.

Ainda ai peca o sr. Schmidt porfalta de clareza. Que se deve en-tender por «vanguardeivos domundo econômico ue hoje»? Ospaises cio capitalismo clássico, cujosritmos de desenvolvimento sãobastante lentos e cuja perspectivaé a decadência? Ou os paises so-cialistas, que avançam a galopepara a abundância dos bens mate-riais e espirituais'- Os Estados Uni-

. dos, com uma taxa média anual docrescimento de 2,5 por cento, ou aURSS, com seus 10 por centoanuais, apesar dos tantos anos deguerras e destruições que sofreuna sua jovem existência? Umataxa de crescimento de 4 por cen-to anuais, a julgar pelas palavrasdo sr. Schmidt, seria satisfatóriapara o Brasil, já que estaríamosdiminuindo a distância que nos se-para dos Estados Unidos, porexemplo. A tal ritmo, dentro de 80ou 100 anos, seriamos um pais de-senvolvido... Mas, é claro comoágua que o povo brasileiro nãoaceita esse passo de cagado, muitomenos quando os sputniks tornamimpossível esconder a existência

de outros paises que conseguiramresultados incomparavelmente me-lhores em curtíssimo espaço rietempo.

0s objetivos em Bogotá

Fixou em seis pontos o chefe dadelegação brasileira, os objetivos aserem atingidos em Bogotá. Ei-ios:

(<1" _ Quantificação das metasdo desenvolvimento latino-ámer.ca-no;

2' — Compromisso do assisyen-cia externa adequada, determina-da à luz dessas quantificações;

3" — Abandono, por parte dosEstados Unidos, da tese de que «acasa tem de ser posta em ordem»antes da assistência, cómuníenteconhecida como tese do Funcio Mo-netário Internacional;

4" — Abandono da tese de quea assistência externa só deverá co-brir bens importados;

5" _ Abandono da tese de queos paises latino-americanos nãopodem acelerar o seu desenvolvi-mento por incapacidade tecno.ógi-ca de absorção rápida de recursos;

6" — Abandono da tese ideológi-ca do desenvolvimento por capitaisprivados estrangeiros.»

Considera o sr. Schmidt que emBogotá foram alcançados formal-mente todos esses objetivos, m-noso primeiro. Mesmo este, porém (aquantificação das metas de cresci-mento), «acabou ficando implíci-to», cm virtude dos demais com-promissos assumidos.

Antes de outras consideraçõessobre os «objetivos em Bogotá»,registremos a expressão do pró-pro S"hmidt: «São esses enormesavanços conceituais»... Sim, em

termos conceituais, em palavras,pode-se conceber que o chefe riadelegação, brasileira tem algumarazão para fj euforia que demòns-tra. Mas, passemos dos conceitosaos fatos, à realidade.

0 objetivo ausente

Seis são os objetivosSchmidt e da OPA, masnhum deles figura

cioemque

sr.ne-de-deles figura aquele .

veria ser o primeiro obje.tivo lati-nò-americano em Bogotá: a fixa-ção em bases justas dos termos detroca, ou a troca equivalente demercadorias. Uma das, principaiscausas, senão a principal, das di-ficuldades econômicas da AméricaLatina deriva do fato de que osprodutos que nós exportamos têmseus preços sistematicamente avil-lados e, como não dispomos deoutras fontes de obtenção de divi-sas, ao mesmo tempo em que Qsprodutos de importação têm seuspreços aumentados ou pelo menosestabilizados, a conseqüência é adiminuição da nossa capacidade deimportar. Para comprar máquinase outros meios de produção — quepor náo produzirmos devem seradquiridos no exterior — dispomosde uma quantidade decrescente dedivisas, em face da desvalorizaçãodos nossos produtos.

Eis aqui alguns números toma-dos do último «Estudo Econômicopara a América Latina»,referenteao ano de 1959, elaborado pelaCEPALj organização da ONU.Atribuindo-se aos preços de 1955o indico 100, cm 1059, os preçosdos principais produtos de expor-tação da América Latina ajiresen-lavam-se na seguinte posição:

origem norte-americana, quando oque acabamos de ver no FMI foiprecisamente a confissão dos Es-tados Unidos que já náo podemcontinuar «ajudando» os subde-senyolvidos e apelando para quea Europa Ocidental alivie os Esta-dos Unidos dessa «carga»?

A única delegação que propôsalgo de concreto em Bogotá foi acubana. Voltou a apresentar a ei-fra que já na Conferência econò-mica de Buenos Aires consideravanecessária para ajudar eficazmenteo desenvolvimento da AméricaLatina, isto é, 30 bilhões de dóla-res no prazo de 10 anos. Por seruma proposta séria, formulada emtermos concretos — e não concei-tuais — nem sequer foi considera-da, Nem mesmo um mínimo — sose achasse excessiva a propostacubana, e não o é — foi sugerido.Enfim, nada de concreto, nenhumcompromisso que possa vir a sercobrado dos Estados Unidos saiuda Conferência de Bogotá.

Ilusão e realidade

Açúcar

Café

CacauAlgodão

CarneTrigoMilhoLãCobreEstanhoChumboSálitre

"para os EUA 107 _

para outros mercados 91. "i

«Santos 4». (Brasil) 64.8uManizales» (Colômbia) .. 70Bahia superior» 97,8

México 76,5Brasil ,0'!)Peru '"'s

99,7 90,7

81,291,5

GT.ti".'.'.'.','.'.'.'.'.'.'.. 106,1

6791.2

Reduçãoou aumento

-;- v<s,;1,'-.35,2',30'.2,2'r23,5'í

29.1 fl_ 26,2'í

0,3'.í9,3'r

18,8%8,5' b32/1'.

-I- 6,1 Çó33' i8.S9Í

flJnflflflMWfl^ÍMBB^^^'iy^8itfflflBflfl^fl]flfl^flflflJ^Cififi:

Sfl _____________________________Ibi^V' 4_H V^8 B-fl flflflHflKl m TéJBflH IIIBK£_sjP5r ? ^ ¦ y^^flf___^™_fl __________¦ _____________ _B ^___flr¦ $*vk ^3_______________ni____fl mTkêw&jSÈ fl3 WfMW¦I flw^ ¦" ''^__fl__ fl___^_____N____n____f^B<fll__V____KÍ

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^„.,.fí ..,.i^...s..v, mj,.MU ,m^m" .^m**™*™-*

Como se vê, exceção feita às im-portações norte-americanas de açú-car, cujos preços são mais eleva-dos para proteger os produtoresnorte-americanos, e ao estanho,que para compensar o aumento dopreço teve o seu volume de expor-tação reduzido, conforme destacaa CEPAL, todos os demais produ-tos sofreram sensível redução nosseus preços. E são. eles que geramos dólares com os quais a AméricaLatina compra as máquinas paraindustrializar-se. Como se podefalar seriamente em êxito em Bo-gota quando esse problema foiposto de lado, ou tratado num pia-no secundário?

As próprias alusões aos recur-sos externos para o financiamen-to do desenvolvimento náo vão

além do terreno mais geral. Nadade concreto existe na Ata de Bo-gota. E mesmo em termos concei-

será lícito depositar qual-esperança em recursos d(

tuais,quer

É conhecida a nossa opinião arespeito da Operação Pan-Ameri-cana. Não há nenhum fundamen-to para esperar que o imperialis-mo norte-americano, o principalresponsável pela situação de atra-so e miséria da América Latina,se transforme agora em seu con-trário e passe de espoliador a agen-te do desenvolvimento. Mesmo os500 milhões de dólares que os Es-tados Unidos prometem à Améri-ca Latina para «assistência social»são problemáticos e ainda estãosujeitos a uma confirmação pelofuturo Congresso norte-americano,a ser eleito nas eleições de novem-bro próximo.

Isto náo quer dizer que a Amé-rica Latina não possa obter con-cessões dos Estados Unidos no ter-reno econômico. São possíveis açor-dos para a estabilização dos preçosdos produtos primários e das ma-térias-primas e também a obten-ção de financiamentos públicosnorte-americanos. Nunca, porém,adotando a posição conciliadora eservil que caracterizou a delega-cão brasileira e iôrias as demais —exceto a cubana — em Bogotá,como antes em Costa Rica. Nesseparticular, é ainda Cuba quemaponta aos paises do Conlinente ocaminho a seguir: a quebra domonopólio no comércio exterior,arrancando-o da dependência dostrustes norte-americanos e a buscade auxilio e financiamentos exter-nos também no mundo sócia (islã.

A politica de pires na mão ja-mais conduzirá à coisa alguma,Além dos «avanços conceituais'poderá servir ao», fins de pronto-¦ çáo pessoal do sr. Schmidt o dos

! quo aprovam tal politica. E só.

A Divisão Social deTrabalho e a Troca

O período áureo dn regime eoniuni-tário primitivo'loi «tingido sob o ma-...arcado. O regime patriarcal, que veioa seguir, já continha os germes da de-composição da sociedade comunitáriaprimitiva. 15' que aí as relações de pro-duçfto existentes deixaram de corres-ponder às novas forças produtivas, como surgimento de Instrumentos metálicosde trabalho mais aperfeiçoados. Os aca.nhados limites da propriedade comuni-liVrla o a distribuição Igualitária dos pro-tintos dn trabalho passaram a constituiruni freio ao desenvolvimento da socle-dade. Agora, com oi novos insfhimen-tos a terra já podia ser lavrada indivi-durlmciile, já não se tornava preciso otrabalho em comum. Ksta clrcunstàn-ela, ao lado do aiinv. nlu da produtivida-de do trabalho, possibilitava a uma fa-niilin lavrar a terra e tinir Os meiosliara sua subsistência, Criava-se, assim,a possibilidade real para a pass»x;ein heconomia individual que, naquelas con-dlções históricas, era mais avnnçada emais produtiva.

A necessidade da economia comuni*tárla In desaparecendo e, ao mesmo tem.po, aparecendo a necessidade da eco-numia Individual,

O surgimento da propriedade priva-du ua sociedade humana está vinculadoà divisão social :lò trabalho e ao desen-volvimento da toca. A divisão socialdo trabalho (que não deve ser confim-dlda cmii a divisão natural do trabalho,de que falamos no número anl>prlor)consistiu inicialmente em que diferentescomunidades, e, deuols, também mriii-bros individuais dns comunidades, .ias-saram a ocuriar-se em diferentes tiposde atividade produtiva. A separação dastribos pastoras daquelas outras que s^ocupavam da agricultura constituiu #»primeira grande divisão social do tnfa-halho. Foi enorme o aumento da pi'"*diitividade do trabalho que dai resulte*"•Km conseqüência, os homens; que an»egsó conseguiam produzir o estrltanieiltonecessário para sobreviver, passaram! acontar com uma certa produção eXiVSdénV". Essa produção excedente surglnbantes de tudo, dentro dns tribos pastrft,ras. Eram excedentes de gado, laíicí-nios, couros, lã, ete. l\ir seu turno, <•»•sas tribos necessitavam de1 produtosagrícolas, dos quais também se forma-ram alguns excedentes entre as tribosagrícolas. Eslava, assim, criada a pri-meira condição para a existência da tro-ca. E é daquela remota antigüidade quodatam ,is primeiros vínculos econômi-cos da troca.

Ao lado da agricultura e da pecuá-ria, vãn-se desenvolvendo também ou-Iras atividades uiitònonuis: n produçãode utensílios di' argila, depois a tecela-gem manual, a produção de inslriinien-tos metálicos, etc. Nesse particular, foide extraordinária importância a fundi-ção tlc metais. As pessoas que se ocupa-vam ilésse tipo (le atividade foram apouco e pouco se tornando especializa-das. Por fim, deu-se a secunda grandedivisão social do trabalho: o artesana-io separou-se du agropecuária,

A produção dos artesãos — oleiros,armeiros, tecelòes, ferreiros, etc —(leslintiva-.se cada vc_ mais â troca, cmvez de ao próprio consumo. Com isto, aesfera da troca ampliou-se enorme-nu nle.

Inicialmente, a troca era feita entrecomunidades apurenlndus, representa-das nus transações pelos seus membrosmais velhos, os patriarcas. A medidaque se desenvolvia a tlivisuti social dotrabalho e a (roca se nmpliávi. a pro-priedade comunitária in sendo corroí-da, Os chefes gcutilicos |)iiss;ai'uni a con-(Inzis-se, mais e mais, ini relnçílo aosbens dn comunidade, como se fossempropriedade sua.

NotaEconômica

A SensibilidadS$ Dólar

Da Terraà Lua

Schmidtexagera

poet», industrial e (agora) diplomatatambém, Augusto Frederico Schmidtpinta com cores iluiunsiado roscas osMiltuilos da Conferência de Bogotá. Emverdade, o que saiu da Conferência dos

:.l foi muito pouco para tanta euforia.

Documentos soviéticossôlirc o segundo foguete cós-mico (Lunik II) que atingiua Lua e o terceiro foguetecósmico, (Lunik III) porta-dor da Estação AutomáticaInterplanetária que foto-grafou o lado invisível daLua.

Publicação da

Editorial Vitória Lida,

À venda nas livrariasGr$ 130,00

Pedidos pelo reembolso paraCaixa Postalde Janeiro.

165 Rio

Se silo muütfl • os problemas que agitam a reunião dosgovernadores d<> Fundo Monetário Internacional; nenhum "''tão Importante quanto a situação econômica dos EstadosUnidos. As pesadas nuvens de uma nova crise delineiam-secom nitidez cada vez maior, apesar de que não faz sequerdois anos que os Estados Unidos emergiram de fenome-no semelhante De lato, os governadores tem fundados mo.Cvos para preocupar-se: o quo uma crise norte-americanarepercutirá inevitavelmente sobre toda a economia do mim-do capitalista.

O agravamento da situação econômica nos Estados Uni-dos apresenta dois aspectos qu<> estão intimamente vincula-dos. IJm deles — de que trataremos nesta nota — é o de-ticit no balanço de pagamentos, que desde o princípio dell).")H elevou-se a 4 bilhões de dólares. Ou seja: desde então,as contas dos listados Unidos com o estrangeiro acusaramuma evasão de divisas dos l-Mados Unidos da ordem d<' Iliilhões de dólares. O mais grave é que não se vislumbrao fim dêsle processo, pievendose (com otimismo) paia 1960uma evasão de 70(1 milhões de dólares. Em apenas unia se-mana do mês passado, 1.0I1V0 uma redução de ISl milhões(te dólares nas reservas de ouro norte-americanas.

O balanço de pagamentos dos Estados Unidos, como osde outros países imperlalistas, exportadores de capitais, ca-rneterizn-.se por deficits na balança comercial amplamente(•.impensados por siiperavits nas contas de serviços e capi-tais. O exemplo das relações econômicas brasileíio-esluiíii-nidenses é típico: enquanto as trocas comerciais enlre osdois paises acusam quase que sistematicamente saldos t'n-voiáveis ao Brasil, o movimento de capitais nos dois sen-lidos e a conta de serviços ultrapassam onormemente niniê-les saldos nos colocam na posição de devedores, o quo obri-ga o nosso ptiis a contrair os chamados empréstimos com-pensatorios, Como são empréstimos <', portanto, lèin queser pagos, vem onerar ainda mais o nosso balanço de paira-mentos, num circulo vicioso que custa tremendos sacrifí-cios ao povo brasileiro.

Km escala mundial, o quadro é semelhante, O merca-do de capitais, onde avultum os q"^'

"H bilhões de dólaresInvestidos sob diferentes aspectos pelos Estados Unidos nosdemais paises, sempre foi o grande fator de equilíbrio •• deganhos do scii balanço de pagamentos. Ora, esta situaçãofoi particiihiininite favorável a Washington logo após aúltima guerra, quando os seus concorrentes; imperlalistasda Europa e O Jtt.pi.0 estavam urrnsmlos. Através do PlanoMarshall e do outros procedimentos, os Estados Unidos, a.»mesmo tempo que favoreciam o ree.runiineiito dos monopó-lios e grupos econômicos daqueles paises, inipiinhiini-lhesum prqoo terrível: drenavam para seus cofres muitos bl-lliões de dólares-ottro dns reservas da França, Inglaterra,lié'gica, Itália, Holanda, ete, Agora, ns coisas estão muda-dss. Os rivais inipi'ilalistas dos Estados Unidos reergue-rani-se e hoje são seus concor.eiil.-s não nnenes imi exnpr-taeão ile caiiiluis, como no comércio mundial. Sobretudoneste úllin ' ('Pmpn, dado o alto custo de muitos produtosnorte-amer •. é extremamente difícil aos Estados Ini-dos compeli; fui as mercadorias japonesas, alemãs, itnlia-iia\ francesas, etc,

Outra desvantagem quios seus concorrentes é qui

osestes

lis ladosnão se

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Unidos levam parapusi i um — como,

obviamente, não poderiam fnzé-lo — o objetivo de conquis-tar a hegemonia mundial. Tal hegemonia ô um sonho cadav.'.'/. mais distante para os Estados Unidos, mus. apesar disto,custa-lhes bilhões de dólares a manutenção de governos-fantoche em Taiwan, nu Coréia do Su|i de iiiun caríssimarede do bases militares (basta dizer que é principalmentenos fornecimentos a essas bases que o Japão encontra osrecursos para equilibrar sua deficitária hiilnnça (umerclai),ele. I'.' certo que os gastos assim efetuados nos listadosUnidos vinham sendo compensados pelos rendimentos desuas inversões e d,e sua influência no exlerlor,

No momento, porém, em que, ua melhor das hipóteses,ficou evidenciado um equilíbrio de forças (nn rcalláade, tudoestá a indicar que os listados Unidos já não são a primei-ra, mas sim a segunda potência mundial), a rciwciissfiono campo econômico f.ii a pior possível para Washington,Neda é lão sensível a tais mudanças como o dinheiro. Aidéia de solucionar qualquer problema nor meio de |*inpossível guerra vitoriosa, cede lugar à liV'lll il" que a gu rraé um absurdo, litl o seu p.id."r destruidor, Por isso, um pe-queno país, como Ciilm, pode nucjpnnlizar l>"i>s norte-ame-rieanos estimados em 700 mllhSes de dólares, sem que, comoantes, os Kstados Unidos, ao muhiis até ti qui; tenham podidorecorrer à força para j_iiruntir aqueles iiives>llnwnlos,,. De-s:iparecida essa garantia, é natural que os acionistaseinnrésus como as ou» Fidel CpsIi*'» niieionallzoii biisn'aplicações menos arrisendas pura osem dia, por motivos óbvios, c aindaes Inversões estrangeiras protegidas pela bandeira norte-americana, estão entre as mais arriscadas: na China, esempresas ianques foram especialmente visadas pela rei »-lução, outro lanto sucedendo cm Cuba. (.Vfirme.-se que o

. governo cubano estaria disposto a negociar com a Ingla-(erra a nacionalização dn refinaria da «Shell»).

Não é, portanto, de admirar que o« capitalistas norte-americanos sejam os primeiros a converter seus dólares emfrancos suíços e outras moedas, agravando ainda mais o pro-lilcina de eva ão de divisas.

Uma desvalorização do dólar comi forma de Inzer fren-te á difícil situação econômica norte-americana e^tá, natu-rnlmenle, no centro das cogitações não apenas dos gover-nadores do FMI, mas também dos círculos de negócios. Kexolica, em iiarte, as maciças conversões d.e dólares emoutras moedas mais estáveis. Tal desvalorização traria odólar para uni nível real, pois desde que foi declarada sin»paridade, em 1033, o poder aquisitivo da moeda norte-amie-rlcnnn reduziu-se á metade,

Não obstante, o secretário tJo Tesouro dos Estados Uni-dos. Uobert Anderson, tal como esses ingleses quiunia boa cara com um mini tempo, aflrn

ile'¦ "i

seus capitais, Ho.leque pareça paradoxal,

vão lv'in e que o dólaipróximo, noíadamenterecessão que se prenunciac fle que nos ocuparemosem outra noln, dirá atéque ponto Aidcsin v ráJustificados seus deseios.

ia unesvulorlzado,

mostramus coisas

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Page 11: MovimentoNacionalista Avançou Com as Eleições iSARIO DA · 2015-02-26 · NOVOS RUMOS Rio de Janeiro, semana de 7 a 13 de outubro de 1960 BANCÁRIOS DECIDEM: 35% OU GREVE NEM UM

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•— Rio de Janeiro, semana de 7 a 13 de outubro de 1960 NOVOS RUMOS

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Iniodâc doMovimento Estud

Com a legitima compreensão da.necessidade de superar a divisão exis-tente no movimento estudantil interna-cional, a União Nacional dos Estudan-les decidiu participar de congressos ereuniões internacionais de universitárioscom uma atuação voltada para otrabalho de unificar as facções mun-diais existentes, numa empresa que re-dundará benéfica para a democratiza-ção do ensino, para o movimento delibertação dos povos sub-desenvolvidose para a própria manutenção da pazmundial.

REPRESENTAÇÕES

Com esse espírito a UNE participou,em setembro findo, da IX ConferênciaInternacional dé Estudantes, convocadapela Secretaria Coordenadora de UniõesNacionais de Estudantes (COSEC, reali-zada em Klosterz, na Suíça, ondeesteve representada pelos líderes Mar-cos Correia Lins (vice-presidente de

Problemas Nacionais da entidade) eAntônio Estevam de Lima (SecretárioGeral da UME). E estará presente, naspessoas de Antônio Estevam de Lima,Niomar Viegas (seu Vice-presidente deAssuntos Internacionais) e Naílton San-tos (um dos líderes da greve vitoriosada Bahia) no VI Congresso da UniãoInternacional dos Estudantes, que esfa-rá reunido de 8 a 17 de outubro, emBagdad, no Iraque.

COSEC E UIE

Inicialmente a UIE era a única-ntidade de âmbito internacional exis-tente no movimento estudantil. Foi fun-dada logo após a derrota do facismo.Sempre se norteou pelo conceito deque os estudantes e suas sociedades es-tão estreitamente ligados e que, portan-to, os movimentos estudantis não devempreocupar-se apenas com os problemasespecíficos da classe universitária, mastambém com os diferentes problemas

sociais e políticos da sociedade contem-porânea. Um grupo de organizaçõesdiscordantes dessa orientação abando-nou a UIE e fundou uma outra entida-de, a COSEC, dotada de estruturaçãodiferente. A COSEC destinou-se a guiaras organizações estudantis para umapolítica de preocupação apenas comos problemas dos estudantes como tais.Os dois organismos, desde então, têmvivido uma «guerra fria» mirim, hojeem franco degelo,

UNIDADE

Uma reaproximaçâo há sido tentadade várias maneiras. Fala-se numa mesaredonda que reuniria representantes dasduas organizações. Não houve oportuni-dade ainda para sua realização, por-que ao simples enunciado da promo-ção as duas partes saem com condiçõesinaceitáveis pelo lado adversário. Osdiretores da União Nacional dos Estu-dantes, entretanto, confiam em que uma

Mundreunião á qual comparecessem delega-cões de todas as uniões nacionais deuniversitários traria a reunificação de-sejada pelo estudantado mundial. Estapropositura da UNE foi apresentada naSuiça, na Conferência da COSEC e se-rá levada à apreciação do Congressoda UIE.

A unidade do movimento estudan-tíl mundial é perfeitamente viável. Nãosó por ser uma aspiração dos jovens detodo o mundo, mas pelo fato de que,na prática, o motivo que determinou acisão está francamente superado: hojea COSEC abandonou completamente o

«apolíticismo», e, nos conclaves e reu-niões que patrocina, são adotadas re-soluções as mais radicais contra o im-perialismo, o colonialismo e pela pazmundial. A aprovação da proposta bra-sileira, além da grande significação in-ternacional que colocaria a UNE numaposição ímpar entre as suas congêneresmundiais, representaria poderoso fatorde fortalecimento interno do movimen-Io estudantil brasileiro, pois liquidariacom um dos últimos divisores das forçasque nele atuam: a existência de duasentidades internacionais e uma conse-quente posição a tomar frente a elas.

S

Eleições (Chapa Única) da UMEDerrotam Inimigos Dos Estudantes

Iniciam -se h'ije as eleições parei adiretoria cia União Metropolitana dosEstudantes (UME). Concorre ao pleito

penas uma chapa, encabeçada peloitual presidente da entidade, estudanteMfeu Ribeiro Meireles, da FaculdadeIrasileira de Ciências Jurídicas. A inéditademonstração de unidade, reflexo doamadurecimento político do- estudanta-do guanabarir.o, foi obtida no recen-temente encerrado XVII Congresso Me-tropolitano dos Estudantes, o de maiorvitalidade e seriedade dos anais ciomovimento estudantil carioca.

O conclave — cujas resoluções(quase Iodas unânimes) foram as maisavançadas, bastando cilar como exem-pio uma moção peía extensão do di-reito de voto aos analfabetos e pra-ças de pé, fato ocorrido pela primeiravez em reuniões universitárias — re-presenlou, com a recondução de AlfeuMeireles, em chapa única, á direção da

Estudantesfluminenses realizamseu congresso

O XVI Coiujrcsso Fluminense dosEsturlniiles, realizado em Niterói, nasegunda quinzena de setembro último,elegeu pnra presidente da UFE o aca-dêmico Clóu'1'-! Moacyr rio Azevedo,secrelário-çiei na çjcstáo anterior. Oencontro leve como Presidente" deHonia o governador Roberto Silveira.Duzentos congressistas representaramas IA escolas de nível superior doEstado do Rio. Os universitários flumi-nenses debateram em sua reunião,além do outros, os seguintes lemas: a)nacionalismo o cntrocjuisino; b) rlesen-volvimento e personalização do Eslci-do do Rio; c) et Organização Ho'. Es-tados Americanos o a Revolução Cuba-na,- d) Reforma Universitária; e) Dire-trizes e Bases da Educação Nacional;f) criação da Universidade Federal doEstado do Rio; g) sede própria daUFE; e h) policlinica,, restaurante ecasa do estudante fluminense.

UME, uma resposta contundente aos de-tratores interessados em isolar as enti-dades estudantis das massas das esco-Ias.

Abrigando um comparecimenlo re-corde, constante de todas as correntespolíticas, ideológicas e religiosas atuan-les no movimento estudantil, o congres-so, com a unidade conseguida, pôs porterra os objetivos da campanha des-fechada contra as direções universitá-rias com o filo de, através de desmo-ralização das lutas estudantis, eníra-quecer o movimento nacionalista,

O PLEITO

A UME utiliza um sistema de elel-ções único no Brasil. Durante o Con-gresso é eleito o Tribunal Eleitoral Me-Iropolilano (TEME). Este encarrega-sedo processamento das eleições, realizaa apuração, dá posse à diretoria eleitae, finalmente, dissolve-se. As urnascomparecem todos os alunos das esco-Ias superiores, desde que quites com atesouraria de seus respetivos diretóriosacadêmicos. Até um dia anles da datamarcada para inicio das eleições, ospresidentes de diretórios são obrigadosa levar ao TfcME a lista dos nomes ciosalunos de cada escola, assim como umcomprovante da matricula de todoseles, assinado (e com firma reconheci-cia) pelo secrelório da faculdade. Aseleições duram vários dias, com as cs-colas divididas em grupos para melhorrendimentos dos Irabalhos. Apesar dopleito ésle ano realizar-se apenas paiao cumprimento de uma formalidade le-gal, jó que somente uma composiçãoconcorre, espera-se um comparecimenlocm massa. O: jovens pretendem ofeic-cer mais uma prova de confiança cm seuslideres c repudiar, mais uma vez, a Icn-tativa ele desmoralização cie suas enti-dados, partida dos setores mais com-prometidos com as empresas imperialis-tas.

CALENDÁRIO

O processo de votação obedeceráao seguinte calendário: Dia 6-10 —

Diretório Acadêmico da Escola Nacio-nal de Engenharia; Diretório Acadèmi-co da Faculdade Nacional de Filoso-fia; Diretório Acadêmico da Escola Na-cional de Belas Aries; Diretório Acadê-mico da Escola Politécnica da PUC; Di-retório Acadêmico «Jackson de Figuci-redo» (Filosofia da PUC); DiretórioAcadêmico Amaro Cavalcanti.

Dia 7 - 10 — Centro Acadêmico«Carlos Chagas»; Escola Nacional deQuímica; Centro Acadêmico RodolfoTeófilo; Centro Acadêmico Coelho deSouza; Diretório Acadêmico Atílio Cor-roia lima,- Escola Nacional de Educa-ção Física e Desportos.

Dia 10-10 — Escola Nacional deMúsica; Centro Acadêmico «Sir Alexan-der Fleming»; Diretório Acadêmico «La-faiete Cortês»; Diretório Acadêmico«Pedroso Lima»; Diretório Acadêmico<<leonel França»; Diretório Acadêmicoda Escola de Medicina e Cirurgia.

Dia 11-10 — Diretório Acadêmi-co «Tiradentes», Centro Acadêmi-co «Rui Barbosa»; Centro Acadêmico«luis Gama Filho»; Diretório Acadêmico«Filadelfo de Azevedo»; Faculdade deCiências Políticas e Econômicas; Facul-dade de Economia e Finanças do Riode Janeiro.

Dia 12-10 — Diretório Acadêmi-co "Evcrardo Backheuser», Faculdadede Economia do Rio de Janeiro; Facul-dade de Biblioteconomia da PUC; Es-cola Nacional de Ciências Estatísticas;Dirclório Acadêmico «Rodolfo Garcia ;Diretório Acadêmico <'Carlos Chagas.;

Dia 13-10 — Dirclório Acadêmico«Jurandir Manfrodini»; Diretório Aca-dêmico «Amaral Fontoura,- DiretórioAcadêmico '.Pedro Ernesto»; DiretórioAcadôm|co 'Alberto Pórlo da Silvei-ra-; Cenlro Acadêmico «Cândido deOliveira .

Dia M-1C — Faculdade Nacionalde Ciências Econômicas; Centro Acadé-mico «Lais Nello dos Reis*; Cenlro Aca-demico «Luís Carpenter».

Dia 17-10 — Escola Nacional doAgronomia; Diretório Acadêmico «Gui-lherme Hermes Dorff»; e Centro Aca-dêmico .Eduardo Lustosa».

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Palmas paraa reaproximaçâo

Aplausos para urna proposta de tuilfi-•ação, na Vi Conferência Internacionalrios Estudantes, realizada em Klnstorr,nn Suiça, n mês passado. A UNE com-pareceu e apresentou seu esquema uni-tá no.

A experiênciada«Taba»

Uma experiência positiva, essa da«Taba Estudantil Nacionalista». Digomais: uma nova perspectiva — bemlarga, por sinal — foi aberta para o*contatos entre os estudantes e o povopor essa promoção pioneira. (Para osque porventura não o saibam: a«Taba» consiste numa tribuna, rodea-da de «stands» de mostra das empré-sas estatais de exploração de nossasriquezas, e de uma barraca para ven-da de livros e prospectos de conteú-do nacionalista, instalada na Cine-lândia). Durante mais de três meses,diariamente, desde às 16 horas atéàs 22 (e, às vezes, alé mais tarde),os estudantes mantiveram ali um diá-logo direto com o povo, explicandoque a causa da nossa miséria residena exploração imperialista e no mo-nopólio da terra, sugerindo formas deorganização para o povo enfrentarcom êxito esses seus inimigos secula-res, e deixando claro que sé com avotação nos candidatos nacionalistasestaríamos contribuindo para o afãs-lamento desses entraves ao nosso pro-cesso de'desenvolvimento e de liber-lação.

A enorme afluência ao local veiodemonstrar que a população está ávi-da por conhecer as razões dos proble-mas que a afligem. E quer colaborar,tia também, no encaminhamento desuas soluções. Pês-se em prática nacampanha eleitoral, pela primeira vez,um método eficaz de fazer chegar aopovo os fatos sem a deformação ope-rada sobre eles pela Nprensa e rá-dio alugados aos trustes. A reaçãopopular foi animadora: de vez emquando, do meio da massa, alguémpedia licença • assomava à tribuna.Nunca a Cinelândia foi palco de tãobonito espetáculo.

Pensamos que a experiência devaser aproveitada. Os estudantes en-frentam no momento duas lutas que,igualmente à batalha geral contra oimperialismo, também são do povo.Falamos das campanhas pela defesada escola pública (ameaçada com aaprovação do atual texto da Lri deDiretrizes e Bases) e pela ReformaUniversitária.

Uma «Taba da Educação», ou queoutro nome tenha, será capaz deapressar a queda da arcaica estrutu-ra de nosso ensino superior o de im-pedir a aprovação do projeto coveirodo ensino democrático.

M. A.

R evolução Cubana UniuEstudantado Paulista

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Tudocorreto

Componentes do Tribunal Eleitoral Metropolitano (TEME) examinam relações doalunos aptos ao exercido do voto nus eleições iniciadas quinla-fcirn. Cbin unicomparcclmciiio em massa para sufrn«-Hr a chnpn única <• reeleger Alfp.u Melrc-les, os uiilveisHiírlos cariocas •Bo.müls uniu rcsjiosln conluiiilcnlc nos ilelrn.'o.ics da.s entidades estudantis.

O XIII Congresso da União Estadualdos Estudantes, de São Paulo, ao tor-nar público o convite que fêz ao «Pro-mier» Fidel Castro para visitar o Es-tado bandeirante, deu a conhecer ummanifesto, aprovado por unanimidade,de apoio à revolução cubana e docondenação à Declaração de São José.A seguir, damos os trechos principaisdo importante documento:

«Os univeiçiláiios de São Paulo,reunidos em seu XIII Conrjreçso Esta-dual, representantes de uma juventu-de que adquiriu atravrs cio estudo oda reflexão crihci o ideal do POVO,que por êle so entusiasmou a pontode transformá-lo na razão de sua pró-pria existência, sentem a necessidadeimpostergável. de, nesse instante, as-sumir uma atitude, tomar uma posição,diante da mensaqem e do significadoda Revolução Cubana.

Paia nós a revolução cubana ó an-tes de tudo cubana; os seus guia» sou-beram desde o primeiro momento adi-vinhar, descobrir e estudar as parti-cularidades Intrínsecas do povo cuba-no, das relações entre as classes, dospartidos e homens da ditadura Batis-ta, enfim conheceram o processo ob-jelivo da realidade de Cuba e por isso

Olga Benário

também é

nome de rua

Significativa homenagem à m^m^riade Olga Benário Prestes, Siqueira Cam-pos, Newton Estilac Leal, Graciano Ra-mos e Paulo Barra foi prestada recente-mente pela Câmara de Vereadores deRibeirão Preto, ao dar seus nomes aruas da progressista cidade bandei-rante.

A iniciativa do respectivo projeto delei coube ao vereador Said Issa Halah,que discorreu em plenário, em longodiscurso, sobre o martírio de Olga Bená-rio Prestes nas garras do nazismo e osserviços prestados à causa democrática enacionalista pelos demais homonat_ a-dos.

A Casa aprovou por unanimidade oprojeto de lei, om meio a vivas manifes-tações de simpatia e aplausos dos ri-beirão pietanos,

mesmo se libertaiam parei transforma--Io rumo a seus ideais.

Para nós a revolução cubana é la-lino-americana e também indopenden-te. Latino-americana porque significaa primeira derrota das oligarquiascivis e militares, titeres dos interesseseconômicos, políticos o belicistas dosgrupos imperialistas sediados ao nortedo Rio Grande. E independente porquenão aceita a falsa opção entro osdois blocos comandados pela URSS e5UA, fundamentando sua incxplor.ívelvitória nas suas armas e no seu povo.

Para nós a revolução cubana é fa-?or concreto para a realização da paze em virtude disso começou a possuircaráter universal. A contribuição deCUBA para a paz é efetiva porqueela emana do homem simples cubanoque agora já sabe o quanto êle é im-portanto para a conquista da aurodeterminação nacional, Ho desenvolvi-mento econômico, da democracia efe-tiva e da justiça social, objetivos quealcançados realizam a paz, concreti-znm-na.

Por isso tudo é que a juventude uni-versitária tio São Paulo apoia irres-

trilamontn a revolução cubana i> con-dena a «Declaração de Sn* Jnsé».

Desejamos, finalmente, u 'unciar oconvite que fazemos ao piimeiro-mi-nistro Fidel Castro para que visite oEstado de São Paulo, sob nossos aus-pícios, numa demonstração a mais donosso apieço e solidariedade a Cuba».

nas livrarias:

BRASILSÉCULO XXRui Facó

Uma interpretaçãomarxista da atualidadebrasileira

Editorial Vitória

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Page 12: MovimentoNacionalista Avançou Com as Eleições iSARIO DA · 2015-02-26 · NOVOS RUMOS Rio de Janeiro, semana de 7 a 13 de outubro de 1960 BANCÁRIOS DECIDEM: 35% OU GREVE NEM UM

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NOVOS RUMOS

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Rio de Janeiro, semana de 7 a 1 3 de outubro de 1960 —

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Vendem Por Menose Compram Por Mais

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' BUENOS AIRES (PL) - O pre-

sidetite da Argentina Arturo Fron-dizi viajou pela Europa para exporaos governos ocidentais a gravepreocupação ocasionada por certosaspectos inerentes à criação de blo-cos alfandegários nesse continente,para uma América Latina castigadapela adversidade econômica.

A situação delicada de nossospaises é conseqüência de vários fa-tores. Em primeiro lugar esta o au-mento da população. O progressosanitário — especialmente a su-pressão da malária e o uso dos an-tibióticòs — produziu uma verda-deira explosão demográfica, Asmassas, além disto.já não se con-formam com os níveis de subcon-sumo em que ainda vivem os l/ôda humanidade. Sua pretensão 0-eica de satisfazer suas necessida-des mais elementares reduzemainda mais os saldos exportáveis.Isto por sua vez vem desvalonzan-do progressivamente a raiz da ex-traordinária aceleração da provados famosos «termos de mtorcam-bio». Se no meio século de 18J0 a1940 as matérias-primas e os pro-dutos alimentícios perderam menosde 1 por cento de seu poder de com-pra por ano, na atualidade estão35# abaixo de seu poder aquisitivode manufaturas de 1958. Hoje, comuma população 30''« superior a de1950, temos um poder de comprainferior ao de um decênio atras.

Filipinas têm mais créditoA única possibilidade que temos

de alimentar essa crescente popula-ção é a industrialização. Caso con-trário teremos dentro de 15 anos,30 milhões de desocupados na Ame-rica Latina.

Os que falam dos «milagres» ale-mão, italiano, inglês, japonês, etc,esquecem que nesses países so setratava de reconstruir industrias jaexistentes para o que contavam coma enorme ajuda econômico-finan-ceira dos Estados Unidos. Passampor cima do fato de que a AmericaLatina recebeu da America do Not-te depois da guerra somente 2?< doque se gastou no mundo inteiro, nmenos do que recebeu um só pais,Filipinas.Corcpetição desleal

Com que dinheiro a América La-tina vai financiar sua industrializa-ção?

O capital estrangeiro, que e umadas panacéias que recomenda osEUA, nunca foi mais que um au-xiliar neste mister, conforme de-monstrou no ano passado na Uni-versidade de Cambridge o profes-sor Walt Whitmari Rostov, em umasérie de conferências que o "Eco-nomist» de Londres, que evidente-mente não pode ser chamado deestadista, qualificou como «a maisimportante contribuição ao estudoda economia mundial- realizada noapós-guerra.

A nação economizando? .Ia vi-mos como cada vez podemos com-prar menos com nossos produtos.Se a tendência — que é resultadoda política das grandes potênciasindustriais — não é de agora, nãocabe dúvida que a extraordinária

ALFREDO K0U.IKER FRERS (Serviço especial de PRENSA LATINA)

Vice-Presidente do Instituto Argentino de Direito Internacional

e Professor da Escola de Coronéis do Exército

aceleração operada ultimamente èem boa parte culpa da competiçãodesleal que os Estados Unidos rea-lizam nos mercados mundiais ba-seados na Lei ISO de 1953, com suaprodução agropecuária agigan-lada pelas subvenções internas. In-voeando sua doutrina antidirigista,opõe-se Washington à propagandaque poderia impedir as piores fai-xas de nossos produtos nos merca-dos mundiais. Só excepcionalmentee sob pressão das circunstâncias —o apedrejamento de Nixon —• mos-troú-se disposto a considerá-la emalguns casos isolados. Isto não im-pediu, naturalmente, integrar, comos outros grandes compradores, mo-nopólios para manter baixos os pre-ços cada vez que tendiam a subiracima da conta. Calcula-se que opreço artificialmente reduzido quepagou ao Chile por seu cobre nosúltimos anos, ocasionou nesse paisuma perda equivalente a toda suadívida externti.

O resto é feito pelas tarifas adua-neiras, as quotas de importação eas farisaicas disposições sanitáriastios Estados Unidos, Se os EstadosUnidos renunciassem a suas discri-minações contra a produção ciaAmérica Latina, terminariam todosos problemas da mesma, já que po-deria expandir suas vendas de 25-ãOÇí para o cobre e o algodão pas-sando a 50-300$ para o petróleoaçúcar, tungstênio e tabaco, e até300$- o mais para o gado vivo, car-ne e óleo de linhaça.Paralisado o crescimento

Acontece que os paises inclua-triais eslão muito longe de prati-car o que predicam Em um opúscu-Io da ONU sobre a - Libertação doComércio Internacional», recente-mente publicado, sendo esta liber-tação somente para os paises sub-desenvolvidos, defendendo em tro-ca o protecionismo agrário o inclua-trial nos paises manufaturemos,sob pretexto de que a queda dospreços nos paises náo-industriaistransmite-se àqueles, gerando as-sim a crise. O que as grandes po-lências econômicas do Ocidente eos países dependentes dos mesmospretendem é diminuir a possibili-dade dos países atrasados defende-rem os preços de seus produtos lioexterior e, assim, oporem resistên-cia ao impulso exportador de capi-tais e mercadorias daqueles.

Não podem estranhar então queos latino-americanos não tenhamdinheiro nem divisas para aumen-tar nossa produção agrária, cons-I ruindo caminhos e comprando ma-quinaria agrícola, fertilizantes e in-seticidas, nem muito menos, porconseguinte, para industrializar-nos,já que a maquinaria, as usinas erier-géticas e os meios de transporte nãosaem do nada.

Conseqüência disso foi a paraji-sação do crescimento da produçãoda América Latina, que já nem si-

quer consegue aumentar o ritmodo crescimento vegetativo. Quer di-zer que em lugar de avançar, esta-remos cada vez mais pobres. Ospoucos países que constituem umaexceção são aqueles que, como oBrasil, negaram-se a aceitar a re-ceita fatal que os Estados Unidosimpuseram através do Fundo Mo-netário Internacional.

Um ruinoso bloco econômicoA formação dos blocos econômi-

cos europeus, que podem provocaruma redução de 30% nas exporta-ções da América Latina para essaregião, torna a situação verdadei-ramente dramática. A causa é aadoção de um aranzel alfandegáriocomum que, embora seja a média

aritmética dos aranzéis comunsatualmente em vigor, eleva substan-cialmente os impostos aduaneirosdaqueles paises que — precisamen-te por isto — são destinatários damaior parte de nossas exportações.Por outro lado acentua-se em esca-Ia crescente o espírito protecionistados «planos verdes» da Europa, ten-dentes a incrementar sua autarquiaagrária. Considerando que entre3928 e 3955 já as exportações deprodutos agrários não-tropicais daAmérica Latina para a Europa ti-nham diminuído em 14$, segundocifras do («ATT, essa perspectivatorna-se verdadeiramente alarman-te para os países produtores degrãos e carnes uma vez que tam-pouco podem exportá-los para osEstados Unidos em vista do men-

Vendemosmais barato

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Os piiiiciimis produtos de exportaçãoda Am<>rlra Latina — gêneros allmentl-ci(M e matérias-primas — tendem paraa baixa. Resultado: vendemos mais e(ililcinos menos divisas.

Radford (ex-chefedo Pentágono^quer guerra total

O almirante Arthur Radford,ex-chefe do Estado Maior Conjun-to dos Estados Unidos, defendeuabertamente numa reunião de mili-tares a realização de uma guerratotal contra os países socialistas.Segundo o almirante, esta guerraé necessária se o imperialismo qui-mt evitar sua liquidação completa.

Radford é um belícista, mas tema grande vantagem de ser um be-licista confesso. Êle diz abertamentequo os países socialistas não recor-r-!>rão à guerra a não ser que, sejamobrigados, isto é, se forem agredi-dos. Vai mais longe o nosso almi-rante e afirma que está convencidode que o socialismo será fatalmen-te vitorioso se não houver guerrae pede declarações "mais firmes"dos EUA.

O pronunciamento da antigo che-IV do Pentágono é bastante t sinto-mático porque representa a"'posi-ção dos generais ligados aos gran-des trustes de armas, que se apa-\iiram com a simples palavra «Paz*.O desespero desses senhores é omesmo nue provocou a maior que-da da bolsa de Nova lorqua desdea crise de 1920.

Aumenta a

miséria

Al cslá o efeito «lu espoliação econômica <ln América í.iiliim pelos trustes liuipc-riiilislas: o iiiiinenlo da miséria. Ecionômieamenle pobres, os pulses lalino-anie-rlcanos não lêm recursos para fazer frente :is im ssidades de saiiilc, educaçSo,habitação, transportes. Aumentam as populações faveladas, eomo ainda agoraregistra no Rio, o censo em curso.

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Compramos

mais caro

linnuanto são cada vez mais baixos os preços dos produtos de exportação latino-

americanos, os preços dos produtos Industrializados, tanto máquinas .nino mate-

rias-primas semi-elnboradas, ou tem seus preços elevados ou mantidos no mesmo

nível' Kin outras palavras: a AL exporia uma quantidade maior de trnhullio em

troca de uma quantidade menor.

cionado protecionismo, do que seaproveita a produção concorreu ledeste pais.

A situação dos paises que produ-zem os produtos tropicais «de so-bremèsa» não é muito mais brilhan-te, pois as nações européias estãoresolvidas a fomentar a produção desuas colônias africanas que não sóé competidora da nossa, como tam-bem infinitamente mais barata.Embora o nivel de salários na Amo-rica Latina seja em geral abje-lamente baixo, não [iode ser compa-rado com o da África, que é aindapior. A produção das colônias afri-canas, por outro lado, entrará livrede imposto no mercado europeu,coisa que não ocorrerá com a Amé-rica Latina.

EUA fecham as portasÉ claro que os obstáculos allan-

degáriós europeus também afeta-ráo a exportação de manufaturaspara essa região, especialmente asnorte-americanas, que já por si sóssáo entre 30 e 100% mais caras queas européias, em vista do elevadocusto de sua mão-de-obra. Alar-mãda por esta perspectiva, no mo-mento em que se acentua cada vezmais o déficit de sua balança depagamentos, Washington formulouo «Plano Dillon» que permitirá es-tender as facilidades alfandegáriasdas associações econômicas eu-ropéias nos Estados Unidos e Ca-nada.

Quando a Argentina, acossada pe-Io protecionismo dos Estados Uni-dos e arruinada pelos conselhos doFMI, manobrados pelo tesouro ian-que, pediu por sua vez sua inclusãopara escapar de uma catástrofe,houve uma potência que se opôs:Estados Unidos.

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BRASILSÉCULO XXRui FacóUma interpretaçãomarxista da atualidadebrasileiraEditorial Vitória

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Rio de Janeiro, semana de 7 a 13 de outubro de 1960

uba: As Classese o Movimentode Libertação N

5 —

¦ociais

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Em Outubro *nas livrarias:

BRASllSÉCULO XXRui FacóUma iiícerpretaçãomarxista da atualidadebrasileiraEditorial Vitória

Secretária geral doPartido Socialista PopularBLAS ROCA

Quando deixou de ser colônia daEspanha, Cuba fiou submetida jurídica• praticamente, graças à Emenda Platt,à tutela semicolonial dos Estados Uni-dos. A abolição da Emenda Platt pelarevolução de 1933, embora tenha anu-lado o «direito» de intervenção militardos Estados Unidos em nosso país, dei-xou intacto o domínio real dos impe-rialisfas sabre .nossa economia t, por-tanto, sobre nossa política.

Estas particularidades do regimeexistente em Cuba determinam uma sé-rie de características muito importantesna atitude das diferentes classes sociaisem relação aos problemas históricosdo desenvolvimento.

Nos paises capitalistas altamentedesenvolvidos, o desenvolvimento histó-rico coloca como questão imediata fun-damental a passagem para o socialis-mo.

Nos paises subdesenvolvidos, semi-coloniais e coloniais, o problema ime-dialo fundamental do desenvolvimentohistórico é alcançar a libertação nacio-nal, acabar com o latifúndio semifeudal« com a estrutura econômica semicolo-nial, mediante a industrialização e oprogresso econômico.

Nos países capitalistas muitoavançados, a classe operária se defron-ta diretamente com seus próprios capi-talistas na luta pelo socialismo.

Em Cuba, por outro lado, a classeoperária e as demais forças sociais, re-volucionárias se defrontam em primei-ro lugar com os imperialistas e lati-fundiários, que monopolizam suas prin-cípais fontes de riqueza e constituemo obstáculo fundamental ao progressoeconômico e social, lutando para ai-cançar a libetração Nacional, para eli-minar o latifúndio e desenvolver umaforte indústria nacional.

Campesinato e pequenaBurguesia

Nos paises de alto desenvolvi-mento capitalista, o campesinato é pe-queno, relativamente, e a pequena bur-guesia urbana, a chamada classe mé-dia das cidades desempenha, em geral,um papel de relativa importância e nãomuito positivo ras lutas decisivas entreo Capitalismo e o Socialismo.

Em Cuba, pelo contrário, a maio-ria da população vive no campo, ocampesinato se alia estreitamente aostrabalhadores e à chamada classe mé-dia dos povoados, os artesãos, peque-nos comerciantes, profissionais, intelec-tuais, empregados categorizados, etc, émuito numerosa e desempenha um papelimportante na luta revolucionária paracompletar a libertação nacional, paraeliminar o controle dos capitalistas es-trangeiros sobre nosso país, para des-truir o latifúndio semifeudal e assegu-rar, desse modo, o progresso do pais.

Nos paises imperialistas, a classecapitailsU em seu conjunto é inimigada revolução em todas as suas etapas.

Em Cuba, pelo contrário, certossetores capitalistas, que comumentechamamos burguesia nacional, podemapoiar ativamente o movimento revolu-cionário pela Libertação Nacional epela liquidação do latifúndio semifcu-dal.

Na luta pela Libertação Nacionalas classes exploradoras de Cuba se di-videm, se opõem umas às outras, sur-gem em conflitos entre alguns de seussetores com outros.

Os agentes do imperialismo

Junto com os imperialistas, contraa libertação nacional se colocam aquê-les setores sociais que medram e prós-peram, que obtêm lucros e privilégiospor causa do atraso do país e da es-trutura semicolonial de sua economia.

Tais são, em primeiro lugar, osgrandes comerciantes importadores eestocadores, que derivam sua posição

social e seus grandes lucros da mono-cultura e da falta de indústrias, queobrigam a importar grande quantida-de de alimentos e outros produtos degrande consumo.

Tal é, também, o caso dos capita-listas que se unem e se subordinaminteiramente aos trustes e monopóliosimperialistas, participando, com eles,na exploração semicolonial do paíscomo, por exemplo, os grandes mag-natas açucareiros, que se beneficiamcom a monocultura e a posição pri-vilegiada do açúcar na economia cuba-na, a cujos interesses foram sacrifica-das todas as demais indústrias e pro-duções. Não obstante isto, devido àestagnação da produção do açúcar eoo caráter feroz do imperialismo, há

grupos de fazendeiros e de grandes co-lonos que se opõem às ameaças dosEstados Unidos de reduzir as cotas eprocuram garantir posições no mercadomundial, com exclusão deste país, paramanter ou ampliar sua produção, en-trando, portanto, em choque com o do-

mínio imperialista sobre a economiacubano.

Os latifundiários

A maioria dos latifundiários —,muitos dos quais são também compa-nhias e magnatas açucareiros — colo-cam-se ao lado do imperialismo con-tra a Libertação Nacional, unicamenteporque o fim da opressão que êsleexerce implica a destruição do lalifún-dio, o progresso da agricultura, a liber-tação do campesinato das formas semi-feudais de exploração.

Ligados aos latifundiários estão osaçambarcadores, os credores usuráriosdo campo, os intermediários, todos osque prosperam com o atraso do cam-po, com o desamparo do campesinato.

Estes também se colocam inevitável-mente no campo dos inimigos da liber-

tação nacional e da extinção do lati-fúndio.

A burguesia oprimida

A parte dos capitalistas cubanosque se encontra oprimida pelo mono-pólio e pela concorrência do imperia-lismo procura a maneira de desenvol-ver independentemente o país, procurainiciar novas indústrias, ampliar o mer-cado interno e diversificar a agricullu-ra. Em determinada- condições, este se-tor pode inclisive unir-se aos campo-neses, à pequena burguesia e à classeoperária na luta rovolucionária pelacompleta libertação Nacional, pelacompleta liberlação de nossa pátria.Entretanto, o impulso revolucionário e

antiimperialista deste setor está limita-do por seu caráter de classe explora-dora que não deseja, e sim teme, o de-senvolvimento do proletariado e açãorevolucionária contra a propriedade la-tifundiária semifeudal. Ao enfrentar oimperialismo, sua aspiração é a de se-rem eles os exploradores de seu país,de que fiquem aqui em seus bolsos oslucros que os capitalistas estrangeiroshoje levam consigo. Esta aspiração épositiva na medida em que se opõe aopressão nacional e favorece o desen-volvimento industrial e agrícola dopais,- e é negativa na medida em queaspira a manter a mesma opressão eexploração dos operários e campone-ses, na medida em que fomenta o te-

mor à revolução e ao progresso social e,portanto, o plattismo e a tendência aoacordo e a conciliação com o imperia-lismo.

Pequena burguesia

A pequena burguesia urbana so-fre consideravelmente em virtude da.opressão imperialista e do atraso doDais. Seus setores de profisioriais jovens.ê sua perspectiva econômica e a t émesmo o nível social que procura man-ter bloqueados. Os pequenos produto-res caem nas garras dos açambarcado-res e chegam a sentir-se mais desarri-parados do que as camadas superiores,melhor remuneradas, da classe opera-ria. Em conjunto, a pequena burguesiaurbana pode ser considerada como es-tando em oposição ao imperialismo eao latifúndio. Entretanto, esta classeoscila de um ponto de vista para outro

segundo a força, a magnitude e o im-pulso do movimento revolucionário esegundo as dificuldades que se I h eapresentam e a pressão do imperialis-mo. Nos momentos críticos, uma parteda pequena burguesia urbana se in-clina para as posições da burguesia ealé se converte em porta-estandartedesas posições e da tendência à conci-liação com o imperialismo, enquantooulra parte, sua ala radical, se orien-ta para as posições intransigentementeantiimperialistas e revolucionárias daclasse operária.

Camponeses e operários

Os camponeses, vitalmente inte-cessados na eliminação do latifúndiosemifeudal, ligado e fundido ao impe-rialismo, são ardentes partidários da li-berlação nacional, são antiimperialistasaté o fim.

De todas as classes e grupos so-ciais que lutam pela liberlação nacio-nal, isto é, que se opõem ao domíniodos capitalistas estrangeiros sobre nos-so país, a classe que o faz com maispatriotismo, decisão e energia é a ope-rária. A classe operária é a que sofremais diretamente a opressão dos capi-talistas estrangeiros nas minas, centraise grandes empresas que eles dominam.Nessas empresas, as companhias são'onipotentes, têm seus próprios guar-da-costas e seu corpo de espiões, es-

tabelecem regulamentos que são comoleis próprias no teritório dominado pelaempresa, desafiam as leis e subornamos funcionários públicos, monopolizamo comércio e empregam métodos re-

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Socialismoem Guba

pressivos, de verdadeiro terror, contraos operários.

Nas empresas monopolistas queproporcionam rendimentos elevados,obtidos graças às tarifas excessivas queimpõem ao país, como as Companhiasde Eletricidade e Telefones, cria-se umacamada de empregados bem remune-rados que atuam, às vezes, como umaaristocracia operária, mas que sentema pressão multiplicada do ódio popu-lar a esses terríveis polvos imperialistas.

Os operários, lutando contra essas

Blas Roca, secretário-geral do Partido.Socialista Popular (comunista), publl-cou recentemente uma nova edição dtseu livro «Os Fundamentos do Sócia-lismo em Cuba.

expressões do imperialismo, levantam-se patriòticamente em defesa dos inte-rêsses de todo o país, de todas as ciai-ses sociais e encabeçam o movimentopara completar a libertação nacionaliniciada com as guerras de 18ó8 e .1895.

'Retirado de «Os Fundamentos doSocialismo em Cuba», capítulo II, edi-ção corrigida, Ediciones Populares IaHabana, 1960. O título, e os entretítu-los são de responsabilidade de NOVOSRUMOS).

Congresso Latino-Ade Ciências Econ

mencanoomicas

Adó Rpoia a Revolução CubanDc 18 a 25 de setembro, reuniu-se

em Pôito Alegre o I Congresso Latino-Americano de Ciências Econômicas.O.iaoo todos os países estiveram presori-les ao conclave, cujo denominador co-

mum foi a unidade nas manifestaçõescontia a penetração imperialista naAmérica Latina e a favor das medidaspala Revolução Cubana.

A piincípio o llamaialí deu a nota

Cubanos foramcentro de atenções

dissonante, proibindo a entrada dosestudantes cubanos no País. Entretanto,formou-se em Porto Alegre grande cam-panha, os estudantes da Faculdade deCiências Econômicas entraram em gre-ve e a delegação de Havana finalmen-te chegou a Porto Alegre às últimas ho-ras do dia 22.

No aeroporto, os cubanos foramcarregados nos ombros pelos seus co-logas congressistas, populares e ope-rários, entre vivas a Fidel Castro. Asmesmas manifestações de solidariedadeà Revolução Cubana repetiram-se du-ranto toda sua estada na capitalgaúcha.

Revolução de novo tipo

Falando à reportagem, os cuba-nos afirmaram sobre o que se passaem seu país: «A Revolução Cubana éuma revolução sem paralelo na Histó-ria. Inicialmente, a insurreição foi feitapela pequena burguesia, mas hoje aRevolução é camponesa e pela liberta-ção nacional do domínio imperialistaianque. Nós mesmos, estudantes,quando conspirávamos contra a ditadu-ra, não poderíamos prever que a Re-volução viesse a ter bases tão popula-res e radicais. Nossa revolução é denovo tipo, e cabe aos povos da Améri-rica Latina a tarefa de estudar nossasexperiências», disse o estudante Joa-qu'm Mas Martinez

«Sabemos que os EUA não estãodispostos a admitir que nosso povo, an-tes sua presa dócil, agora se liberte desuas garras. Mas estamos preparadose resistiremos. Temos 600.000 milicia-nos armados e contamos com o apoiode voluntários da América Latina e detodo o mundo no caso de uma invasão»— acrescentou o universitário Leonar-do Morales.

Os estudantes cubanos rornn. cercado., tir i.!eiu;(.es pelos v ns cole^us congressistas 0 CongfCSSO-• uU- tiuló-íralos dislr iram a sei... colhas brasileiros c.im,, ;in. demais represen-íai-le-i dos numerosos países ímesentos ao conclave. Na roto, u universitário I. íar. Repúdio ao Mercado Comum Lati-do .Mondes, um dos membros tlu deleR-iição da Ilha, cercado dc colegas «' Jorno- no-Amcricano nos moldes em que favo-bstiis, mim dos intervalos do congresso. reCe aos trustes, lefoima agráiia, desen-

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volvimento econômico sem dependênciaao capital es'.;ci:;r: '\o, f->iam, entie ou-tros, temas de giandcs debates e de ex-piessivas conclusões. As comissões técni-cas, atuando com eficiência, coroaramcom pleno êxito esse trabalho.

A Carta de Princípios, aprovadacpós intensa discussão entre católicose laicistas, destaca notadamente: 1)A nd''caçâo »¦!•_-•-> ter atenção preferen-ciai do Estado, tanto no nível primário,como no secundário e no universitário.21 A Universidade deve ser democrati-zada, entendendo-se por isso o livreacesso a ela de todas as classes so-ciais. 3) O orçamento educacionaldeve ser aumentado para promover umadequado sistema de bolsas para aiclasses sem posses. 4) Deve-se lutarpela reforma educacional, com vistasa obter Estado docente, único meio deconseguir-se a liberdade de ensinar taprender. 51 A Universidade deveprojetar-se no sentido do povo, pos-sibilitando a cultuia ao sou alcance. 61Deve-se lutar pela plena autonomia uni-versitária em todos os países da Améri-ca Latina. 7) Deve-se obter que a Uni-versidacle assimile o bacharel ao seu tra-balho. 8) Deve-se tender a conseguir •profissional integral, evitando a tecno-cracia. 9) Deve-se pròpender à planifi-carão do desenvolvimento econômico esocial. 10) Deve-se eliminar as limita-ções geográficas, econômicas e pollH-cas na América Latina, obtendo-.*em cada país amplas garantias deexpressão e liberdades públicas. 11)Deve-se lutar pelo desarmamen-lo 12) Deve-se lograr uma plata-forma comum operário-camponesa;13) Deve-se condenar e repudiar ai di-taduras e o intervencionismo imperialis-ta em qualquer manifestação.

A Declaração da Princípios censura,ainda, atitudes da OEA e da ONU, pro-iiunciando-.e, ademais, pelas relaçõesentre todos os países, pelo amplo apoioá Revolução Cubana e pela paz mun-dial.

Page 14: MovimentoNacionalista Avançou Com as Eleições iSARIO DA · 2015-02-26 · NOVOS RUMOS Rio de Janeiro, semana de 7 a 13 de outubro de 1960 BANCÁRIOS DECIDEM: 35% OU GREVE NEM UM

Democracia em Ação:Sob o Sol CariocaPovo Escolheu e Votou

Num ambiente rie ordem etranqüilidade, após a mais movi-montada campanha eleitoral queso registra na história de nossopais, milhões de brasileiros compareceram às urnas, na segunda-feira última, nos Estados e nos Territórios, para a escolha de seusnovos mandatários. Como em ne-nhuma outra oportunidade, o povocompreendeu a necessidade de ma-nifèstár a sua vontade e decidirdos rumos quo a Nação deverá to-mar nos próximos cinco anos. E,certamente por isso, todas as in-formações, provindas dos mais di-versos recantos do território na-cional. indicam tiue a abstenção, de

um modo geral foi minima, ao ladode um entusiasmo notável que foi,por sua vez, um fiel reflexo doardor com que se conduziram asmassas na luta pela vitória doscandidatos nacionalistas. Muito cm-bora as previsões que se podemfazer a essa altura não sejam dasmais otimistas — conquanto nãoseja licito ainda agora acreditar cminsucessos — uma coisa c certa:as forças nacionalistas ganharamuni grande e novo impulso com acampanha da sucessão presidencial.Tendo brotado naturalmente dopróprio seio do povo, com cujo cs-pírito sempre procuraram sintoni-

zar, as candidaturas do marechalHenrique Teixeira Lott e do sr.

->ão Goulart permitiram quo osdiversos setores progressistas dopais, durante o poriodo do propa-ganda, levassem a sua palavra es-clarccedora às camadas mais atra-sadas de nosso povo, ganhando-aspara os embates vindouros. Assim,sejam quais forem os resultadosapontados pelos eleitores, nãocabe dúvida de que as forças na-cionalistas brasileiras cumprirammais uma etapa em sua marcha,dela saindo mais coesas e prontaspara .enfrentar com êxito os pró-ximos combates

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Dever dccidadão

Henrique Teixeira Lott, embora não restabelecido ainiln do acitlenle sofrido arifinal da canipanha, compareceu à seção eleitoral ninis próxima de sua residênciapara cumprir seu dever de cidadão, sufragando os candidatos apoiados pelns forçainacionalistas. Lott foi alvo de calorosa manifestação lio ato de votar. Na foto, oMarechal, assinao livro de presença.

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0 votode Prestes

LUIZ CARLOS PRESTES votou numa seção eleitoral do Botafogo, à rua São Clemente, no Colégio Virgem de Lourdes.

A presença do Hder comunista atraiu a atenção de populares, que foram vê-lo votar. Mais taide, Prestes percorreu vários

bairros do Rio, acompanhando a marcha do pleito, constatando o elevado Índice de compareeimento às urnas e a absolu-

ta tranqüilidade «m que decorreram as eleições. Prestes durante a campanha havia dado sua contribuição para este re-Itado, comparecendo a dezenas de comicios, em todo o Pais e no Rio.

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Continuarálutando

SfiUGIO MAGALHÃES, ao votar a 3 d"outubro, reafirmou: qualquer que sejao resultado dn.s urnas, éle contlnuarAcombatendo pela causa narionalista deque fez bandeira para sua campanha

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Ambiente

de calma

O tempo estava bom, a votação pcrfel-liuiicntc ordRiiada. As armas ficaramcnsarllluulas c jovens desfilaram paca-lamento pelas ruas (mesmo esburaca'das) da antiga capital.

Sacerdotesvotando

Como nos anos anteriores, a Igreja católica mobilizou também seus fiéis, para as eleições. O cardeal Cântara e dom Hél.

der intervieram diretamente em favor da facção .janista-lacerdisla. Sacerdotes c freiras compareceram às umas em nú-

mero elevadíssimo. O hábito que. r-nvergavam eqüivaliam ã quebra do sigilo do vi.lo: seus candldalos eram conhecidos.,.

Mas é provável que muitos padres, frades e mesmo freiras tenham — quem sabe? -- posto dc ladu as liidicaçòes de dom

Ilélder, pois oficialmente a Igreja é neutra...

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