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ANO I Nr.05 BIMESTRAL JULHO 2014 - Director: Pedro Santos Pereira Distribuição Gratuita REALOJAMENTO ACABOU Foi demolida a última barraca da Quinta da Vitória. Bernardino Soares e Manuela Dias concluíram um processo de décadas, devolvendo o terreno ao seu dono. Pág. 6 Escolas Básicas sem amianto até 2017 Vá para férias em segurança Da Portela para os grandes de Lisboa Paulo Piteira, vice-presidente da Câmara de Loures, mostra preocupação com as escolas tuteladas pelo Ministério da Educação. Pág. 14 Saiba as dicas que a Polícia de Segurança Pública dá para que possa ir de férias descansado. Pág. 5 José Quintela, portelense, é responsável pela criação da Sporting Tv. Mário Rui, ex-treinador da AM Portela, ruma ao Benfica. Pág. 8 e 25 pub Portelense ganha Supertaça na Polónia Filipe Silvério, jovem treinador do nosso bairro, que na época passada esteve no Braga, vence troféu como treinador-adjunto. Pág. 18

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O novo Jornal da União das Freguesias de Moscavide e Portela.

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ANO I Nr.05 BIMESTRAL JULHO 2014 - Director: Pedro Santos PereiraDistribuição Gratuita

REALOJAMENTOACABOUFoi demolida a última barraca da Quinta da Vitória. Bernardino Soares e Manuela Dias concluíram um processo de décadas, devolvendo o terreno ao seu dono.

Pág. 6

Escolas Básicas sem amianto até 2017

Vá para férias em segurança

Da Portela para os grandes de Lisboa

Paulo Piteira, vice-presidente da Câmara de Loures, mostra preocupação com as escolas tuteladas pelo Ministério da Educação.

Pág. 14

Saiba as dicas que a Polícia de Segurança Pública dá para que possa ir de férias descansado.

Pág. 5

José Quintela, portelense, é responsável pela criação da Sporting Tv. Mário Rui, ex-treinador da AM Portela, ruma ao Benfica.

Pág. 8 e 25

pub

Portelense ganha Supertaça na PolóniaFilipe Silvério, jovem treinador do nosso bairro, que na época passada esteve no Braga, vence troféu como treinador-adjunto.

Pág. 18

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2 MP EDITORIAL

Nesta edição do MP vários são os habitantes ou ex-habitantes de Moscavide e Portela que nos podem inspirar. Dentro de áreas muito distintas, só neste jornal temos grandes referências a nível local e nacional, que com o seu desempenho muito têm ajudado, não só a freguesia mas também o País.Comecemos pela Dra. Fernanda Banha, farmacêutica distinguida com a Medalha de Mérito do Concelho. Uma distinção que, por si só, resume todo um tra-

balho que a precede e ao qual sempre foi dando sequência.Temos depois Tiago R. Santos, que voltou a escrever novo argu-mento para um filme de António-Pedro Vasconcelos. Uma histó-ria que retrata o amor, apesar do enorme intervalo de idades entre os intervenientes. Ainda não estreou, só a 25 de setem-bro, mas a crítica tem sido muito favorável para um argumentista que, mais do que se ter afirmado, tem-se confirmado.Outro destaque vai para José

Quintela, director do jornal "Sporting" e responsável pela área de comunicação do clube, revelou-se peça determinante na criação da Sporting TV. Mais uma etapa alcançada deste por-telense de S. Pedro do Sul.Último destaque vai para Filipe Silvério, um jovem treinador que alcançou o seu primeiro título na carreira. Venceu a Supertaça polaca e tem demonstrado con-fiança e ambição para, junta-mente com Jorge Paixão, alcan-çar outros patamares no futebol

mundial.Como podemos constatar, feliz a freguesia que, com cerca de 25 mil habitantes, tem tantas refe-rências. Uma fonte de inspiração para todos, Moscavide e Portela têm um enorme potencial huma-no. Para terminar informo que uma das situações que tem feito algu-ma turbulência na freguesia, o caso CURPIM, não foi esquecida. Perante a possibilidade de dar a sua versão sobre as divergên-cias com a Junta de Freguesia,

Albano Pinto, presidente da associação, preferiu aguardar pelo fim das negociações que ainda decorrem entre a Junta, a CURPIM e a Câmara Municipal de Loures, que funciona como observador/mediador do diferen-do. Esperemos que o desenlace seja positivo e que as próximas notícias sejam de pacificação.

Boas férias.

Pedro Santos PereiraDirector Editorial

Inspiração para férias

Director Geral: Filipe Esménio Director: Pedro Santos Pereira Redacção: Ana Rodrigues, Filipe Amaral, Francisco Rocha, Joyce Mendonça, Martim Santos Colaborações: António dos Santos, Filipa Monteiro Fernandes, Filipe Godinho, João Alexandre, José Luís Nunes Martins, Maria Margarida Oliveira, Ricardo Andrade, Rita Paulos, Rita Santos Fotografia: João Pedro Domingos, Nuno Luz Director Comercial: Luís Bendada Ilustrações: Bruno Bengala Criatividade e Imagem: Nuno Luz Impressão: Grafedisport - Impressão e Artes Gráficas, SA - Estrada Consiglieri Pedroso - 2745 Barcarena Tiragem: 13 500 Exemplares Proprietário: Filipe Esménio CO: 202 206 700 Sede Social, de Redacção e Edição: Rua Júlio Dinis n.º 6, 1.º Dto. 2685-215 Portela LRS Tel: 21 945 65 14 E-mail: [email protected] Nr. de Registo ERC - 121 952 Depósito Legal nº 119 760 / 98Fi

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3MPCARTOON

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4 MP ACTUALIDADE

Arraiais 2014

GesLouresXXII Festivais de Natação

Mais uma vez, para a satisfação de todos os que habitam na Portela e em Moscavide decorreram os arraiais dos santos populares no mês de Junho. As festas tiveram lugar nos adros das res-pectivas igrejas. Na Portela acontece-ram nos dois últimos fins-de-semana do mês. Em Moscavide ocorreram durante três fins-de-semana de Junho. Houve de tudo. As sardinhas assadas, as car-nes no churrasco, os bolos e as sobre-mesas caseiras, a música foi uma cons-tante durante as festividades, contando com a actuação de vários artistas de música popular portuguesa. A atmos-fera que se sentia em Moscavide e na Portela era idêntica. As pessoas esta-vam bem-dispostas, animadas, tentan-do esquecer os problemas que afectam o nosso país nos últimos tempos e cada um de nós. Na companhia da família ou dos amigos. Todos procuravam des-

contrair-se e divertir-se. Nem a saída de Portugal do Campeonato do Mundo de Futebol afastou as pessoas das festas dos Santos Populares. Outro dos aspectos dignos de ser referido, nestas festas na Portela e em Moscavide, foi a convivência saudável e cívica que existiu entre todas as comunidades e etnias que vivem na nossa freguesia durante as mesmas. Este ano, ambas as organizações fizeram melhorias con-sideráveis para proporcionarem melho-res condições a todos os que quiseram frequentar os arraiais das nossas fes-tas dos Santos Populares. Resta-me agradecer a todos os que na Portela e em Moscavide fizeram tudo, para que todos nós pudéssemos desfrutar con-venientemente das festas dos santos populares de 2014.

António dos Santos

A GesLoures organizou os XXII Festivais de Natação nas Piscinas Municipais de Santo António dos Cavaleiros, Piscinas Municipais de Loures, Piscinas Municipais de Santa Iria de Azóia e nas Piscinas Municipais da Portela de 11 a 22 de Junho. Os XXII Festivais de Natação desenvolveram diversas ativi-dades, tais como: mega-hidros, hora a nadar, jogos e festivais GesLoures.Nas Piscinas Municipais da Portela, os festivais GesLoures realizaram-se no dia 21 de junho com o mote "Os pira-tas". Estes festivais tiveram como obje-

tivo dar a conhecer o que os nossos alunos aprenderam ao longo de toda a época desportiva. A excelência e boa disposição deram primazia ao espec-táculo que, como já foi referido, teve como tema os piratas. Este evento con-tou com a presença do director geral da GesLoures, Rui Costa Ferreira, do pre-sidente do Conselho de Administração e vice-presidente da Câmara Municipal de Loures, Paulo Piteira e da presidente da Junta de Freguesia de Moscavide e Portela, Manuela Dias...

Exemplos e mentalidades

Quando olhamos para a história da civi-lização somos confrontados com inú-meros momentos de tensão, de crise e até mesmo de conflitos abertos.Muitos foram os momentos em que pre-valeceram outros interesses que não o do consenso. Muitas foram as alturas em que o bem de uns ou de outros foi colocado acima do bem de todos. Muitas foram as situações em que nem sempre houve uma sobreposição do essencial ao acessório.Hoje em dia vemos inúmeros exemplos de como a história nos é ensinada mas não é verdadeiramente absorvida por nós como exemplo do que devería-mos fazer ou evitar repetir. Infelizmente assistimos, na actualidade, a repeti-ções sistemáticas de erros do passa-do. Colocamos de parte algumas das características que nos distinguem de outros membros do mundo animal e optamos pelo confronto para alimentar certas " franjas " em detrimento de bus-car o melhor para todos.Nos últimos tempos tenho assistido, no exercício de funções de serviço públi-co que me foram confiadas, a muitos exemplos de extremar de posições perfeitamente desnecessários. Tenho olhado e visto que há quem prefira montar barricadas a dar a mão para que surjam soluções. Tenho reparado que, para alguns, quem faz é muito mais importante do que garantir que algo seja feito.O problema de não distinguir o essen-cial do acessório é que muitas vezes não são os decisores que são afecta-dos mas sim quem lhes deu a oportu-nidade de tomar decisões. São os que mais precisam que são colocados em segundo plano. É quem mais dificulda-des passa que menos problemas têm resolvidos.Uma grande preocupação que muitas vezes me invade é o facto de que esquecer o que somos, as nossas origens e quem devemos servir, revela uma enorme incompreensão para com as esperanças que depositam em nós.Mas como podemos inverter esta sub-versão do sistema? Como penaliza-mos quem augura as expectativas de outrem?Talvez de uma forma honesta. Talvez de uma forma esforçada. Talvez de uma forma pedagógica.Certamente, mudando mentalidades! Certamente, dando o exemplo!

Ricardo AndradeComissário de Bordo

Fernanda Banha, proprietária e directora técnica da Farmácia Banha, vai ser condecorada com a Medalha de Honra do Concelho. Uma distinção proposta pela Junta de Freguesia de Moscavide e Portela, tendo sido aceite pela Comissão e pela Câmara Municipal de Loures. O MP dá os parabéns à condecorada pela distinção obtida, deixando um verdadeiro exemplo e que é muito mais que um orgulho para a própria, pois também enal-tece a farmácia, os moscavidenses, a Junta de Freguesia e o Concelho. Deixamos aqui o texto da propos-ta de condecoração, redigido pela Junta de Freguesia de Moscavide e Portela.

Maria Fernanda Banha Duarte Castro Fontes

Licenciada em Farmácia, é pro-prietária e Directora Técnica da Farmácia Banha, cujo alvará de constituição data de 1917, tornando- -a assim na farmácia mais antiga da Freguesia de Moscavide e Portela.Residente em Moscavide desde sempre, a sua postura pautou-se por uma constante disponibilidade para apoiar todos os que a ela recorrem. Desta forma deu continui-dade aos desígnios do seu pai com o lema da ajuda, na resolução de múltiplas dificuldades com que se deparam os seus utentes, muitas vezes associadas à questão finan-ceira.Aos 82 anos a sua determinação, tenacidade e coragem são balizas da sua actuação, continuando a assegurar os turnos nocturnos do serviço permanente da farmácia, por considerar que este deve ser assegurado pelos seus responsá-veis.Privilegia o contacto directo com as pessoas, considerando-o a melhor forma de prestar um serviço público.A consolidação da sua carreira profissional dá-se pela colabora-ção com especialistas nacionais e estrangeiros no ramo da saúde, bem como pela análise pormenori-zada de diversas formas de encarar o trabalho do farmacêutico.

Fernanda Banha distinguida pela CM Loures

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5MPSEGURANÇA

Dicas para ir de férias em segurança

Partir para férias e dei-xar a casa desabita-da é a preocupação de muita gente. Todos nós sabemos que a habita-ção constitui um espa-ço privado que guarda toda a nossa intimidade e que, quando devassado, ofende o nosso direito à privacidade e causa pre-juízos materiais, acresci-dos de inevitáveis danos psicológicos. Ajude-nos a aumentar a segurança da sua residência.

Acção do cidadãoDeslocar-se à Esquadra mais próxima da área da residência e:Preencher um formulário;Juntamente com o

requerimento deverá apresentar o Bilhete de Identidade e comprovati-vo da morada, por exem-plo o último recibo da luz ou do telefone;Obter e dar esclarecimen-tos para se conseguir um serviço de qualidade.

Acção da PSPVigilância das residên-cias de forma sistemática e metodológica, verifican-do os aspectos exterio-res de inviolabilidade do domicílio.Alertar de imediato, o proprietário da habitação ou o seu representante, em caso de anomalia.Dê uma aparência de actividade à sua resi-

dência, peça a alguém que abra regularmente as persianas ou cortinas durante o dia e ligue a iluminação interior algu-mas noites.Não diga a estranhos que vai de férias.Verifique e feche bem portas e janelas.Não deixe acumular a correspondência na sua caixa de correio. Peça a alguém da sua confiança para a recolher.Catalogue, se possível, os seus objectos de valor e anote os seus números de série.

Fonte: Sítio da PSP na internet

Estes meses são, por norma, a altura escolhida para mui-tos dos habitantes da nossa freguesia irem de férias. Mas a ausência da habitação cria problemas de segurança, algo que o sítio da Polícia de Segurança Pública (PSP) na internet tenta resolver, dando alguns conselhos para ir de férias mais tranquilo.

A PSP aconselhaDê uma aparência de actividade à sua residência, peça a alguém que abra regularmente as persianas ou cortinas durante o dia e ligue a iluminação interior algumas noites.

Não diga a estranhos que vai de férias.

Verifique e feche bem portas e janelas.

Não deixe acumular a correspondência na sua caixa de correio. Peça a alguém da sua confiança para a recolher.

Catalogue, se possível, os seus objectos de valor e anote os seus números de série.

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6 MP ACTUALIDADE

A erradicação das barracas na Quinta da Vitória chegou ao fim. Depois de muitas promessas e prazos vencidos, no passado mês de junho foi de vez. As habi-tações das famílias, entretanto realojadas, foram destruídas, sendo esses agregados familia-res novos residentes nas urba-nizações da Quinta da Fonte e Terraços da Ponte. É o fim de um bairro com mais de 30 anos, que começou a ser criado na segunda metade dos anos 70. Os primeiros ocupantes eram, essencialmente, pessoas vindas de zonas rurais do norte do País, Beira Alta em particular, que numa debandada, em tudo parecida ou igual ao êxodo rural, tentavam encontrar em Lisboa oportunidades para uma vida

melhor. No início dos anos 80, houve outras etnias que se juntaram aos habitantes já referidos, com especial destaque para as comu-nidades indiana e africana, as mais numerosas nesta nova vaga.

Construção e equipamento social irão substituir as barracasNo início de julho o presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares e a presiden-te da Junta de Freguesia de Moscavide e Portela, Manuela Dias, encontraram-se junto aos destroços das barracas destruí-das na Quinta da Vitória. Uma das questões, que mais curiosi-dade levanta nos moradores, é o

que irá ser feito naquele terreno? Bernardino Soares não revelou qual o destino, mas deixou claro que irá ser para construção, não se sabendo ainda de que tipo, comercial ou habitacional, pois ainda não tinha entrado nos ser-viços competentes do município qualquer projecto. No entanto garantiu que uma parte do terreno será destinado a equipamento social, para usu-fruto dos moradores, algo que a Câmara está a tentar anteci-par, de forma a que não esteja dependente do timing do proprie-tário. Segundo Manuela Dias, o equipamento social que virá a ser edificado ainda não está defi-nido, uma vez que ainda não se concretizou a parcela de terreno a ser cedida, onde o tamanho da

mesma será determinante para a infra-estrutura a construir. Este espaço entretanto será vedado, de modo a evitar que no futuro o passado se venha a repetir. A limpeza dos destroços era outra das prioridades, algo que no início do mês se previa para breve e que neste momento já estar a ser efectuada. Ambos os presidentes se congratularam com a resolução das barracas da Quinta da Vitória, um problema que demorou décadas a resol-ver, mas que agora se encontra solucionado.

CronologiaA Quinta da Vitória é um bairro de génese ilegal, que começou a ser criado na segunda metade dos anos 70. Os primeiros ocu-

pantes eram, essencialmente, pessoas vindas de zonas rurais do norte do País, Beira Alta em particular, que numa debandada, em tudo parecida ou igual ao êxodo rural, tentavam encontrar em Lisboa oportunidades para uma vida melhor. No início dos anos 80, houve outras etnias que se juntaram aos habitantes já referidos, as comunidades indiana e africana eram as mais numerosas nesta nova vaga. O bairro tornou-se multiétnico, com diversas cultu-ras e religiões. As parcas condições das habita-ções, assim como a falta de elec-tricidade e saneamento, uniram os seus habitantes apesar das diferenças culturais.

Quinta da Vitória, que futuro?Finalmente é um dado adquirido, já não há barracas na Quinta da Vitória. Ao fim de mais de 30 anos toda a população que ocupava aquele terreno pode sorrir, tendo condições para encarar a vida, pelo menos, com melhores condições. No início de julho, Bernardino Soares e Manuela Dias perspectivaram parte do futuro da Quinta da Vitória.

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O comércio instalou-se na Quinta da Vitória, com mercearias e cafés e até a religião teve lugar, com a edificação de um pequeno templo hindu. Também a luta pela electricidade criou grandes quezílias com a EDP, sendo constantes as ligações directas a postes eléctricos públicos, uma alternativa ilegal que possibilita-va aos habitantes o usufruto de energia.No entanto, era uma situação temporária pois, com mais ou menos demora, este tipo de liga-ções eram descobertas voltando tudo à fase inicial. Em 1993, foi efectuado o primeiro levantamen-to de agregados residentes neste bairro, de modo a que fossem integrados no Plano Especial de Realojamento (PER). Este tra-balho ficou a cargo do Centro de Estudos Territoriais, tendo sido na altura recenseadas 416 famílias. Em 2001, foi aprovado um protocolo entre a Câmara Municipal de Loures e a Câmara Municipal de Lisboa, que permitiu o realojamento de 100 famílias, no empreendimento construído na Avenida Alfredo Bensaúde. Este terreno é pertença da Sogiporto – Gestão Imobiliária S. A., empresa do distrito de Aveiro que tem como principal actividade a construção civil e foi, por razões óbvias, uma das prin-cipais interessadas em garantir o realojamento destes habitantes. Em 2007 existiam 176 agregados familiares em condições de rea-lojamento e em meados de 2011 ainda restavam 105 famílias nas mesmas condições. Entre 2007 e 2011 foram resolvidos 71 casos, dos quais 34 foram realojados em fogos municipais (Quinta da Fonte, Terraços da Ponte e Bairro Municipal da Vitória), sendo os restantes indemnizados pela Sogiporto e, uma minoria, excluída do PER por não obede-cer aos critérios do plano.Uma resolução que começou nos mandatos de Demétrio Alves, mas que teve o primeiro impulso visível através de Adão Barata, na altura presidente da Câmara Municipal de Loures. O processo teve sequência nos mandatos de Carlos Teixeira, com espe-cial evidência para o último, onde a vereadora Sónia Paixão teve um papel determinante. Fundamentais também foram os papeis das presidentes de junta Geni Veloso das Neves e Manuela Dias, que sempre viram na Quinta da Vitória uma priori-dade a ser resolvida. Como já foi dito anteriormente, a Sogiporto também teve um papel prepon-derante, querendo sempre ser parte da solução e não do proble-ma. Uma situação normal, afinal de contas era um dos principais interessados na resolução do imbróglio, mas que nem sempre acontece desta forma, mostrando sempre uma abertura e disponibi-lidade grande para o diálogo.

Pedro Santos Pereira

7MPACTUALIDADE

Mel de Cicuta

Brain, Brain, Brain!

Não há volta no mundo. Há evolução contínua. Até ao seu fim.O trabalho que antes era dado ao cérebro tem vindo a ser, sucessivamen-te, substituído por muitas próteses… máquinas de calcular, Pc’s, excel, face-book e afins.A simplificação trouxe-nos muitas faci-lidades e formas de progressão, mas ao mesmo tempo trouxe a preguiça mental.O distanciamento do esforço e por ine-rência do exercício do nosso cérebro. «Já não é preciso ler o livro, vê-se o filme», já «não é preciso saber de histó-ria está na wikipédia».Escolhe-se sempre o caminho mais fácil. Por vezes será inteligente, por outras vezes será uma lenta caminhada para a ignorância e para a preguiça.O provérbio chinês dizia «Se vires um pobre, não lhe dês o peixe, ensina-o a pescar», mas hoje todos preferem ir comprá-lo. É mais perto e mais barato, dizem...Ser velho do Restelo não é a minha praia, mas dormir sobre a verdade tam-bém não.Hoje a maior parte das crianças não lê, não escreve, não pensa diferente. Comem todos nas mesmas manjedou-ras dos prontos a comer, compram roupa das mesmas marcas dos «pron-tos» a vestir e pensam de forma viral nos «prontos» a pensar. É mais fácil. Mas se te «metes em atalhos, metes-te em trabalhos».Estaria calado se sentisse que esta alteração estaria a desenvolver pes-soas mais sensíveis, mais hemisfério cerebral direito, com mais vocação cria-tiva e com mais afinidade com um todo social. Mas o que me parece é que apesar de existir mais movimento nesse sentido, há também um crescente clima de competitividade. Isso levanta dois problemas. Mais com-petição, mais excluídos e mais confli-tos, menos exercício cerebral, esco-lhas piores para o Homem e para a Humanidade.Vamos a tempo de mudar este para-digma?Sim, claro. Se é certo que vivemos uma certa crise de valores, não é menos verdade que vivemos um período de excepção, para podermos fazer uma análise e triagem do que nos tem acon-tecido. Aproveitar para escolher o que nos é útil e desligar do que nos pertur-ba. Ou seja separar o trigo do joio.Eu acredito na evolução, mas também acredito que ela se faz com a acção do Homem. Talvez possamos aqui e acolá agir nou-tro sentido. Vou agora ler um bocadinho de um livro… é bom.

Filipe EsménioComunição

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8 MP ACTUALIDADE

José Quintela o grande responsável pela Sporting TV

Ruas da freguesia com novos nomes

Entulho da Quinta da Vitória vai para o CDOM

O portelense José Quintela, res-ponsável pela área de comunica-ção do Sporting C.P. e director do jornal Sporting, foi um dos gran-des dinamizadores da criação da Sporting TV. A inauguração deu-se no passado dia 17 às 19 e 06 horas, numa alusão ao ano de criação do Sporting. O canal, exclusivamente dedicado ao clube, transmitirá direc-tos dos encontros das modalidades amadoras e das partidas em casa da equipa "B" e da formação, no que ao futebol diz respeito. A equi-pa "A" poderá ser acompanhada diariamente, através das notícias da actualidade e os jogos em diferido, pouco depois de terem terminado. O canal não é de subscrição e está disponível nas plataformas MEO e NOS.

A Junta de Freguesia propôs nomes para algumas das suas artérias, algo que foi ratificado pela Câmara Municipal de Loures. Em Moscavide surgirão a Praceta Adão Manuel Ramos Barata, com início na Rua Mário Fernando Santos e termo na dita praceta, a Rua Mercado Casal dos Marcos, com início inde-terminado e termo na Rua Mário Fernando Santos, junto ao merca-do de Moscavide e a Rua Adão Manuel Ramos Barata, que começa

na Rua Mário Fernando Santos e termina na Rua dos Deficientes das Forças Armadas. Na Urbanização dos Jardins do Cristo Rei surgirá a Rua Engenheira Maria de Lourdes Pintassilgo, com início na Avenida Capitão Salgueiro Maia e fim na Rua Doutor Filipe Araújo. Duas per-sonalidades distinguidas, uma local e outra nacional. Quanto a Adão Manuel Ramos Barata foi um mora-dor da Portela, que desempenhou funções de vereador e presidente

na Câmara Municipal de Loures, tendo sido eleito pela CDU. No que concerne à Engenheira Maria de Lourdes Pintassilgo foi uma figu-ra nacional, tendo desempenhado papel preponderante no 25 de Abril. Foi a primeira e única mulher a exercer o cargo de primeiro-ministro em Portugal e terceira na Europa. Liderou o V Governo Constitucional, entre julho de 1979 e janeiro de 1980.

O entulho oriundo dos destroços das barracas da Quinta da Vitória irão para o Olivais e Moscavide. Uma solução encontrada entre o clube e a empresa responsável pela limpeza do terreno. Tal servirá para nivelar o futuro campo sintético de futebol de sete, que será construído no local onde hoje se encontra o campo de futebol de cinco. Com o novo campo o clube ganhará outras valências, sendo a formação a principal privilegiada. Um exemplo de sinergia entre uma empresa e um clube, em que ambos saem a ganhar.

(Im)pressõesO Banqueiro Anarquista

Hoje deixo um excerto de Fernando Pessoa, publicado na Revista Contemporânea em 1922, que me parece apropriado para o momento atual!O P de Povo e o B de Banqueiro seriam os interlocuto-res da conversa nos nossos dias.“Tínhamos acabado de jantar. Defronte de mim o meu amigo, o banqueiro, grande comerciante e açambarca-dor notável, fumava como quem não pensa. A conversa que fora amortecendo, jazia morta entre nós. Procurei reanimá-la, ao acaso, servindo-me de uma ideia que me passou pela meditação. Voltei-me para ele, sorrindo.P – É verdade: disseram-me há dias que você em tem-pos foi anarquista...B– Fui, não: fui e sou. Não mudei a esse respeito. Sou anarquista.P – Quer você dizer então, que é anarquista exatamen-te no mesmo sentido em que são anarquistas esses tipos das organizações operárias? Então entre você e esses tipos da bomba e dos sindicatos não há diferença nenhuma?B – Diferença, diferença, há... Evidentemente que há diferença. Mas não é a que você julga. Você duvida talvez que as minhas teorias sociais sejam iguais às deles?... P– Ah, já percebo! Você, quanto às teorias, é anarquis-ta; quanto à prática...B – Quanto à prática sou tão anarquista como quanto às teorias. E quanto à prática sou mais, sou muito mais anarquista que esses tipos que você citou. Toda a minha vida o mostra. Toda a minha vida o mostra, filho. Você é que nunca deu a estas coisas uma atenção lúci-da. Por isso lhe parece que estou dizendo uma asneira, ou então que estou brincando consigo.P – Está bem... Continuo sem perceber... Ó homem, você quer-me dizer que não há diferença entre as suas teorias verdadeiramente anarquistas e a prática da sua vida – a prática da sua vida como ela é agora? Você quer que eu acredite que você tem uma vida exactamente igual à dos tipos que vulgarmente são anarquistas?B – Não; não é isso. O que eu quero dizer é que entre as minhas teorias e a prática da minha vida não há divergência nenhuma, mas uma conformidade absolu-ta. Lá que não tenho uma vida como a dos tipos dos sindicatos e das bombas – isso é verdade. Mas é a vida deles que está fora do anarquismo, fora dos ideais deles. A minha não. Em mim – sim, em mim, banqueiro, grande comerciante, açambarcador se você quiser –, em mim a teoria e a prática do anarquismo estão con-juntas e ambas certas. Você comparou-me a esses par-vos dos sindicatos e das bombas para indicar que sou diferente deles. Sou, mas a diferença é esta: eles (sim, eles e não eu) são anarquistas só na teoria; eu sou-o na teoria e na prática. Eles são anarquistas e estúpidos, eu anarquista e inteligente. Isto é, meu velho, eu é que sou o verdadeiro anarquista. Eles – os dos sindicatos e das bombas (eu também lá estive e saí de lá exactamente pelo meu verdadeiro anarquismo) – eles são o lixo do anarquismo, os fêmeas da grande doutrina libertária.P – Essa nem ao diabo a ouviram! Isso é espantoso! Mas como concilia você a sua vida – quero dizer a sua vida bancária e comercial – com as teorias anarquistas? Como o concilia você, se diz que por teorias anarquistas entende exactamente o que os anarquistas vulgares entendem? E você, ainda por cima, me diz que é dife-rente deles por ser mais anarquista do que eles – não é verdade?B – Exactamente. P– Não percebo nada. B– Mas você tem empenho em perceber?P – Todo o empenho.”CONCLUSÃO : - De 1922 PARA OS DIAS DE HOJE, SÓ NOS FALTOU POSSIVELMENTE UM POUCO MAIS DE EMPENHO!

João Borges Neves

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Nos dias 10 e 14 de Junho, a Paróquia Cristo Rei da Portela organizou uma peregrinação a Santiago de Compostela e aos Picos da Europa. A visita foi acompanhada pelo Senhor Padre Alberto Gomes. O autocarro seguiu com desti-no a Aveiro, conhecida como a “Veneza portuguesa”. Esta encantadora cidade é atraves-sada por um canal com os seus coloridos moliceiros, os edifícios em pastel de estilo ArteNova e a sua tranquila atmosfera urbana. Mais tarde, em Pontevedra visitou-se o Convento das Aparições (Casa Imaculado Corazon), onde esteve a Irmã Lúcia.Após algumas horas de via-gem, os peregrinos chegam a Santiago. Instalaram-se no Complexo Hoteleiro do Monte do Gozo, ponto onde os pere-grinos, pela primeira vez, con-seguiram avistar as torres da catedral, local onde se encon-tra o túmulo de Santiago. Dia 11 de Junho – Santiago de

Compostela Os peregrinos visitaram o Centro Histórico de Santiago de Compostela. Este dia foi dedicado à visita da cidade, que integra a Lista de Património da Humanidade, com um guia local.Dia 12 de Junho – Santiago de Compostela/ La Coruña/ Oviedo Seguiu-se para La Coruña, onde se fez uma visita pano-râmica, com destaque para A Torre de Hércules, originalmen-te construída na época romana e que foi restaurada durante o século XVIII. Durante a tarde, a viagem continuou com rumo a Oviedo, capital do Reino das Astúrias.Dia 13 de Junho – Oviedo/ Cangas de Onis/ Covadonga/ Picos da Europa/ LéonNo 4º dia da peregrinação, o destino foi Cangas de Onís, localizada na Cordilheira Cantábrica, antiga capital do Reino Asturiano. Subiu-se a Covadonga, situado ao abri-

go dos Picos da Europa, local ligado à Reconquista Cristã da Península, na famosa Batalha de Covadonga. Ainda no mesmo dia a viagem teve caminho para Léon. Último dia14 de Junho - Léon/PortelaNo último dia, visitou-se a cida-de de Léon, em que se desta-cam diversos monumentos e

edifícios, dos quais salientam--se; a Basílica de Santo Isidoro, onde está o Panteão Real e o Mausoléu ricamente decorado no qual foi enterrada a Família Real do Reino Medieval de Leão (Léon).Após visita a Léon, os peregri-nos regressaram à Paróquia da Portela.

Peregrinos da Portela rumo a Santiago de Compostela

9MPACTUALIDADE

BOTAFUMEIRO

Os peregrinos da Paróquia Cristo Rei da Portela tiveram a oportunidade de assistir ao Botafumeiro, algo bastante desejado. O Botafumeiro é um dos sím-bolos mais conhecidos e popu-lares da Catedral de Santiago de Compostela. É grande incensário de prata que ao final de determinadas cele-brações eucarísticas percorre em movimento pendular pela nave lateral do Altar Maior da Catedral de Santiago de Compostela. É uma tradição muito antiga e conhecida pelos peregrinos que anseiam pela passagem do “Botafumeiro” pelas suas cabeças com a emissão do incenso perfumado.

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10 MP BREVES

Cinema português em MoscavideA Junta de Freguesia conti-nua a promover o cinema por-tuguês no Centro Cultural de Moscavide. Esta iniciativa já decorre há alguns meses, com a exibição de um filme por mês. Em julho a oferta será maior, com três sessões, duas delas já realizadas, a de dia 2 com "O Leão da Estrela" e a de dia 16 com "A Menina da Rádio". No próximo dia 30 às 15 horas está agendado "O Costa do Castelo", com interpretações ímpares de António Silva, Maria Matos, Milú, Curado Ribeiro e Hermínia Silva. Datado de 1943 e produ-zido pela Tobis, esta comédia popular é um dos dos maiores clássicos do cinema português e tem 135 minutos de duração. A realização é da autoria de Arthur Duarte e o argumento de João Bastos e Fernando Fragoso.

Fado na PortelaA Escola de Música "fort'aplauso" apresentou, no passado dia 20 de julho, o espectáculo "Aqui Toca-se o Fado", efectuado na sala polivalente da Portela. Os músicos presentes foram Clara Gomes no violino, Eva Costa na flauta de Bisel, Pedro Santos na guitarra e o convidado especial Guilherme Lourenço no baixo.

António Pinto Basto em MoscavideAntónio Pinto Basto foi o cabeça de cartaz da Festa de Verão em Moscavide. A noite de 5 de julho foi de diversão, que con-tou ainda com o músico e can-tor Luís António e o entertainer Xico Dias. A festa realizou-se no Adro da igreja. Muitos foram os aderentes, no convívio, que teve petiscos tra-dicionais e música a partir das 19 e 30h.

Caminhada matinalO executivo da Junta de Freguesia está a promo-ver a campanha "Caminhada Matinal". Esta iniciativa tem como base promover a activi-dade física com responsabili-dade. As caminhadas partem às terças e quintas da sede da Junta de Freguesia. O percurso é orientado e acompanhado por um professor especializado, que durante uma hora e meia, entre as 8 e 45 e as 10 e 15 horas, guia todos os interessados.

Férias desportivasA Junta de Freguesia da Portela e a Treina Encantos organi-zaram as Férias Desportivas. uma actividade que custava 100 euros por semana, com direito a almoço e lanche, aos interes-sados e que tinha como funda-mento base a prática desportiva. De segunda a sexta-feira, de 14 a 25 de julho, a iniciativa

era destinada aos adolescentes entre os 10 e os 16 anos, com um horário que ia das 9 e 30 até às 17 e 30 horas. Na primeira semana o destaque foi desporto e aventura, onde os participan-tes podiam experimentar rappel, tiro com arco, BTT, streetsurf, escalada, canoagem, patins em linha, orientação e idas à praia. Na semana seguinte o tema foi a ginástica com trabalhos nas vertentes de ritmo, força, sal-tos, coordenação, flexibilidade e habilidades gímnicas. Ainda dentro da mesma linha, mas dirigida a crianças mais jovens, dos 6 aos 14 anos, efectuou-se, durante as mesmas duas sema-nas e com as mesmas condi-ções de inscrição e horário das actividades anteriores, o progra-ma multiatividades. Aqui havia um pouco de tudo, desde a ginástica ao desporto aventura, passando pelo futebol, voleibol, hip-hop, andebol, badminton,

râguebi ou judo, várias foram as modalidades postas à prática por estas crianças.

Sunset MoscavideNo dia 13 de setembro a Junta de Freguesia levará a cabo o "Sunset Moscavide". Com o lema "A Avenida con'vida a viver" poder-se-á assistir a ani-mação de rua, música, promo-ções nas lojas e happy hour. Esta iniciativa tem como objec-tivo dinamizar o comércio local e terá início às 16 horas, termi-nando à meia-noite. Como se pode ver pelo horário e pelas actividades, a dinâmica a criar é maior de que um simples dia de compras, é um dia de festa o que se pretende.

Baile Sénior

Passeios surpresa

No dia 27 de julho decorrerá um Baile Sénior no Centro de Dia Social e Comunitário da Junta de Freguesia de Moscavide e Portela. Com início às 15 horas, o even-to perdurará até às 18 horas. A animar o baile estará o acordeo-nista José Joaquim Castilho. Esta iniciativa vem na sequência de outros já realizados, como são os casos de 29 de junho, outro a 13 deste mês, efectuados no mesmo local e o agendado Baile Dançante de dia 24, no jardim Público de Moscavide (à hora de fecho da redacção este evento ainda não se tinha realizado). A entrada é livre.

No mês de julho, nos dias 7, 14, 21 e 28, a Junta de Freguesia organizará quatro passeios surpresa. A partida é às 9 horas, para quem sai de Moscavide e às 9 e 15, para quem sai da Portela. O regresso dá-se por volta das 13 horas. Os passeios dos dias 7 e 14 foram a Belém e a Sintra, respectivamente. As inscrições são limitadas.

O amor que nos une

Amar é o dom de ser dom na vida de alguém, a mais bela e bondosa forma de sermos quem somos. O amor aper-feiçoa-nos, também por tudo quanto nos faz sofrer... mas, é uma alegria que vale mais de mil tristezas.Devemos esperar pouco do acaso e menos ainda dos outros. O amor resulta da espontânea vontade de semear e criar felicidade. Amar implica uma quan-tidade infindável de decisões concretas, um contínuo e renovado interesse de, a cada dia, ser capaz de promover a felicidade de outra pessoa.O amor aprende-se. Amar aquela pes-soa concreta, na sua absoluta singula-ridade, é participar de forma atenta e efetiva no seu projeto pessoal de vida. Conhecê-lo, assumi-lo e dedicar-lhe a vida. Um amor mais perfeito e forte só depen-de de mais vontade e trabalho. O amor verdadeiro é o que permite vencer as adversidades, não o que nos isenta da luta e sofrimentos. Mais do que qualquer outro factor trans-cendente ou incompreensível, o que une aquele que ama à pessoa amada é a determinação íntima. As flechas dos anjos são, afinal, os nossos gestos. A nossa vontade é a única protagonista do amor... Deus quererá, muito, que eu seja capaz de amar, de semear e cuidar da felici-dade do outro. Porque não haverá nada melhor, nem mais belo, para mim, do que ser o caminho que permite levar o outro ao céu.

José Luís Nunes MartinsInvestigador

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11MPSAÚDE

Ao contrário do que se faria prever, mais ainda, ao contrário do que se pensa-va decidido a freguesia da Pontinha não vai sair do Hospital Beatriz Ângelo. A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) declarou que, ao contrário do que andava a ser veiculado, a Pontinha não está de saída do Hospital de Loures, nem sequer está previsto que tal venha a acontecer, apesar das diversas manifestações dos habitantes daquela fregue-sia para saírem do Hospital Beatriz Ângelo e voltarem ao Hospital de Santa Maria. Um esclarecimento que não vem ao encontro das sessões de esclarecimento já efectuadas, tanto em Moscavide, como em Sacavém, na Bobadela, em Santa Iria de Azóia e S. João da Talha. De refe-rir que a acompanhar estas

sessões de esclarecimento e auscultação das popula-ções destas localidades, promovidas pelas juntas de freguesia, esteve o presiden-te da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Barros. Na nossa freguesia estava, inclusive, previsto um refe-rendo à população que, perante este esclarecimento da ARSLVT não fará qual-quer sentido. Esta situação em nada parece interferir com os desejos de mos-cavidenses e portelenses, tendo em conta a vontade dos presentes nessa assem-bleia extraordinária, que na generalidade rejeitaram o Hospital Beatriz Ângelo, aliás a única opção, que alguns viram como pertinente, era a mudança para o Hospital de Santa Maria. Contactada pelo MP a Câmara Municipal de Loures não quis tecer qual-quer comentário, enquan-

to que o Hospital Beatriz Ângelo ratificou a posição da ARSLVT, dizendo desconhe-cer qualquer tipo de alteração ao contrato vigente. Perante tais factos podemos dizer que

tudo foi em vão, ou seja, inde-pendentemente das vontades dos habitantes, não surgirá qualquer alteração ao que está estabelecido.

Pedro Santos Pereira

Pontinha não sai do Beatriz Ângelo

Memória

Os problemas da memória são uma quei-xa frequente nos adultos e em parti-cular nos idosos. Recordam facilmente factos do passado contudo a evocação das memórias recentes está alterada. O receio da demência e as perturbações causadas no quotidiano pelas falhas da memória levam estes doentes a procurar ajuda médica. Algumas doenças afetam a capacidade de memorizar, como o hipotiroidismo, a ansiedade e a depressão. Outras como a hipertensão arterial e a diabetes mellitus, se não controladas, podem contribuir para a síndrome demencial ao provocarem lesões vasculares no cérebro. A sobrecarga em contexto familiar ou laboral e o sono deficitário ou não recu-perador são igualmente causas de pertur-bação cognitiva nomeadamente mnésica.Também os medicamentos são algumas vezes os responsáveis pelas alterações da memória, sendo exemplo as benzodia-zepinas usadas como calmantes e para induzir o sono.Contudo muitos dos utentes devem as suas queixas de diminuição da memória ao normal envelhecimento, às vidas roti-neiras e à falta de treino da memória. Por outro lado a evidência científica suge-re que a socialização, o exercício físico e as atividades lúdicas que exijam aprendi-zagem e memorização poderão ajudar a manter a função cognitiva.Dos fármacos disponíveis para suposta-mente melhorar a memória nenhum tem evidência robusta de eficácia. No caso da demência a terapêutica poderá melhorar os sintomas e atrasar a progressão da doença.Em consulta médica é possível avaliar a situação através da colheita da história clínica, do exame objetivo, que poderá incluir testes rápidos à memória, e do pedido eventual de exames complemen-tares de diagnóstico. De acordo com cada caso são sugeridos fármacos para controlar fatores de risco ou atrasar a progressão do síndrome demencial e intervenções não farmaco-lógicas como motivar o doente a alterar o estilo de vida. Estão recomendados o exercício físico, nomeadamente em contexto de grupo e a aprendizagem de novos conhecimentos e técnicas. Aprender a utilizar aplicações informá-ticas, uma língua estrangeira, culinária, artes manuais, dança são algumas das inúmeras sugestões. A memória precisa de estimulação adequada e de estilos de vida saudáveis.

Rita Manuela SantosMédica

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12 MP PSICOLOGIA

O grande inimigo destas gerações: o STRESS

É sabido que o stress tem sido uma das grandes preocupações prementes nos dias de hoje. Fala-se em stress nos locais de trabalho, como também se pode falar em stress no dia-a-dia, em geral. A ver-dade é que uma boa gestão do “stress saudável” (aquele em que a pessoa tem consciência e sente que tem recursos para o gerir) contribui para a pessoa, enquanto indivíduo, ter níveis significati-vos de atenção, concentração, estar alerta (por exemplo, às situações de perigo), ter níveis de energia positivos, etc. Contudo, torna-se fácil demais para a pessoa ultra-passar esses níveis de “stress saudável”, tornando-o assim, o seu maior inimigo. Segundo as últimas notícias, nos mais variados meios de comunicação social, em Portugal, este inibidor de produção custa mais de 300 milhões às empresas. Pensando de uma forma meramente eco-nomicista torna-se fácil avaliar o quanto o stress é inibidor de produtividade. A um nível mais pessoal e ao relacionar-se de forma directa o stress com a pessoa que nele actua, quanto poderá custar a uma pessoa sujeitar-se diariamente a níveis de “stress prejudiciais”? Talvez seja um cálculo difícil de encenar. Mas vejamos alguns sinais de stress prejudiciais: dificul-dade em adormecer; sono leve e contur-bado; falta de apetite ou apetite em exces-so; comportamentos impulsivos ou difí-ceis de controlar; queda de cabelo; baixa imunidade; dores de cabeça constantes e dores no corpo; problemas dermatoló-gicos; problemas digestivos, como azia e refluxo; esgotamento; lapsos de memória (esquecer compromissos, pagamento de contas) e dificuldade de concentração; medo, nervosismo e impaciência até em relação a pequenos acontecimentos. Destes aspectos mencionados até à denominada e comum “depressão” é um saltinho. A linha é ténue e poderá ser peri-gosa. Se por um lado as empresas deve-riam estar mais conscientes e despertas para este problema, nem que seja na sua vertente da responsabilidade social, é também importante, por outro lado, que os familiares e amigos estejam também eles despertos para estes acontecimentos. O impacto do “stress prejudicial” no indiví-duo, tem fortes repercussões na sua vida familiar e quotidiana, sendo as famílias (e quem está mais próximo) os primeiros alvos a serem atingidos. É sabido que hoje corremos atrás do tempo, mas cabe-nos a nós alterar esta forma de viver. Vamos aproveitar estas férias e reflectir na seguinte questão: “O que poderei fazer para ter mais qualidade de vida e contri-buir para uma sociedade mais produtiva e feliz?”.

Filipa Monteiro FernandesPsicóloga Organizacional

Maria Margarida OliveiraPsicoterapeuta

No nosso tempo é já do senso comum falar-se de “vida espi-ritual”. O que isto significa, penso que está ainda pouco esclarecido e confuso para a maior parte de nós, ainda que proliferem inúmeros sites sobre esta problemática, onde são ensinados métodos e técnicas para se aceder e desenvolver esta outra vida, como se espírito e matéria se encontrassem separados dentro de nós mesmos.Quando se fala em “espíri-to” está realmente a falar-se de uma realidade em que a substância material é quase inexistente e que por isso adquire propriedades próprias e diferentes daquelas que

são comuns à matéria mais densa. E a esse estudo tem-se dedicado, desde o início do século passado, a Física Quântica, nomeadamente a Mecânica Quântica.O estudo dessas “outras dimensões” são já uma rea-lidade, tanto para a Física como para a Religião Popular, que neste momento histórico buscam a sua aproximação!Diz-nos a Física: “O mundo subatómico responde à nossa observação, mas como uma pessoa comum perde a con-centração ao fim de 6 a 10 segundos … então como podem as coisas grandes res-ponder a alguém que nem sequer tem a capacidade de

se concentrar? Talvez seja-mos apenas maus observado-res… Talvez não dominemos a arte de observar e talvez esta seja uma arte…” Em: “O que raio sabemos nós?”; pag.100; Ed. Sinais do Fogo; 2003. E ainda afirmam os cientistas “ uma vez que só temos cons-ciência de 2000 bits de infor-mação, dos 400 mil milhões de bits da informação que processamos por segundo… quando argumentamos contra o novo conhecimento… quan-ta da nossa “consciência” está a argumentar? Na nossa cultura ociden-tal estas outras Realidades Espirituais estão ligadas a um mundo sagrado e religio-so – Religião. Mundo este que é “celebrado, respeitado e cultivado a par dos gran-des desenvolvimentos tecno-lógicos e científicos que se vão dando”. Basta lermos a obra do Professor e sociólo-go Moisés Espirito Santo; “A Religião Popular Portuguesa”; Ed. Assírio e Alvim; Lisboa, 1990. Como afirma: ”nas nos-sas aldeias e vilas continuam a praticar-se ritos vindos do fundo dos tempos, inúme-ras vezes condenados pelas instituições eclesiásticas ou mesmo pelos regulamentos municipais… A religião pare-ce aqui (tanto numa aldeia portuguesa, como de outra da Europa industrial) imutável desde há séculos… a religião popular não morre, continua a viver sob outras formas… (o.c. Introdução)Então, como afirma Dean Radin, físico quântico, “… a Física está a regressar às suposições holísticas da idade mágica… a Física, e as teorias da psi podem ser vistas como estando a regres-sar a um eco da idade mági-ca, só que de uma forma drasticamente revista e muito mais precisa…” Em: “Mentes Entrelaçadas”; Ed. Sinais de Fogo; pg. 345; 2006.De uma forma empírica e por observação ao longo da vida, estamos a constatar que após um período em que a “matéria”, o mundo material, parecia responder a todas as necessidades humanas, este mesmo mundo colapsa e os seres humanos, contraria-mente ao que seria de espe-

rar, em que procurariam voltar ao bem estar material que já tiveram… buscam novas rea-lidades. E isto, curiosamente, ao mesmo tempo em que a ciência traz notícia de novos mundos. Como afirma o físico Hugh Everett “No processo de se tornar real, o universo divi-de-se em várias versões de possíveis medições… Isto ori-gina a (difícil, mas que definiti-vamente abre a mente) noção de que existem inúmeros uni-versos paralelos onde aconte-cem todas as potencialidades quânticas…” Ou seja, sempre que se faz uma escolha exis-tem inúmeras possibilidades ou resultados paralelos dessa mesma escolha ao mesmo tempo! E porque estamos agora, em grande maioria, a escolher o mundo espiritual?Então o novo homem necessi-ta tanto de parar para meditar, como de parar para estudar e refletir, pois que um novo mundo, ou uma nova realida-de está a chegar!Neste meditar – calar as inú-meras vozes que povoam o nosso mundo interior-, tere-mos a possibilidade de ter acesso ao nosso outro(s) mundo(s) e de assim trazer à consciência todo o saber que em nós está contido; assim como teremos acesso a outros mundos… É uma experiência que se abre a todos nós, que nos cura, material e espiritual-mente e que os místicos atra-vés dos séculos nos relatam e transmitem. “Quando compreendermos o observador, temos de nos curvar perante uma mente superior que forma esta ener-gia em modos de realidade que apenas podemos sonhar. Apenas a vemos como caos, mas a sua ordem é clara. É superior a nós. É mais pro-funda”. Ramtha (www.ramtha.com) Estas minhas simples pala-vras e reflexões têm só o propósito de sensibilizar para a urgência e necessidade de nos adaptarmos ao novo mundo que está a emergir e a chamar por nós! E é bem mais simples do que é normalmen-te apresentado. Basta tomar-mos a decisão e de encontrar-mos as condições mínimas – ensinadas nos muitos sites sobre este assunto -.

A nossa vida espiritual

Psicologia para todos

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13MPOPINIÃO

Se me contassem que iria, enquanto adulta, testemunhar eventos e ações que contrastam com o que já foi alcançado de paz, justiça e democracia em algumas partes do mundo, não acreditaria. Pensa-se que o cami-nho é sempre melhorar, mesmo que a história nos narre alguns reversos. Imagino que os entes queridos e familiares das vítimas mortais do voo MH17 da Malasian Airlines nunca conceberam a hipótese de um voo comercial de Amsterdão para Kuala Lumpur ser abatido por um míssil, ao passar perto de uma zona de conflito. Imagino

que poucas pessoas achassem possível que um voo MH370, também comercial da Malasian Airlines, de Kuala Lumpur para Pequim, pudesse desaparecer sem deixar rasto, num contexto profundamente inusitado, gran-jeado por altas teorias de cons-piração. Sabemos que todas as ações têm causa e consequên-cia, mas quem tenha estado em distração começa a aperceber-se que a impunidade com que cer-tas situações ocorrem permite a repetição de agravos e crimes.

Os sentimentos tribais e a supre-macia conferida à identidade par-

tilhada, cuja criação ou origem é sempre fruto do acaso e muitas vezes artificial, em vez de tra-zerem coesão e felicidade são fonte de mal-estar e conflito. Não é por acaso que Amin Maalouf lhes chama ‘identidades assassi-nas’, ou Ernesto Laclau e Chantal Mouffe falam de lógicas de equi-valência e diferença e de como elas são utilizadas, em manipu-lação, para agregar ou dividir e conduzir a fins com intenções (mais ou menos) ocultas e, em verdade, frequentemente pouco coletivas. Refiro-me ao que se passa correntemente em Gaza e na Ucrânia, onde abusos e

excessos são cometidos sem receio ou invalidação.Em Portugal, nomeadamente no Banco Espírito Santo e no Partido Socialista, mais recentemente, encontramos outras variantes.

Mesmo sendo o primeiro caso de uma gravidade extrema e o segundo de uma gravidade exí-gua, é este último que preten-do salientar: a fuga de António José Seguro, ao evitar dar a escolher aos militantes do PS a sua continuidade como diri-gente, perante uma vitória fraca nas eleições europeias e umas legislativas a aproximar-se, pede

no mínimo que se pergunte quais são as suas motivações para aquele lugar e o que tanto tem a perder para se recusar submeter ao escrutínio, mais uma vez, de forma descomplexada. A necessidade de questionar as motivações seria para mim o suficiente, se fosse militante, e depois enquanto eleitora, para que esta atitude não passas-se sem uma consequência. O sentimento de impunidade tem sido ubíquo na nossa política e ramificações. Creio que é nestes pequenos atos, e não fazendo vista grossa, que se inicia a pre-venção.

A Tutti Tutti Design é uma antiga retrosaria em Moscavide, diferente das outras. Esta retrosa-ria “aluga prateleiras”. A fundadora da Tutti Tutti Design é Sofia Sousa, que aposta neste conceito por-que é uma forma de ajudar a pagar renda mas, simul-taneamente, dá a oportuni-dade a outros artesãos de terem um espaço por um valor mais acessível.Sofia Sousa fez um curso técnico profissional de Estilismo Modelagem e Corte Têxtil e frequentou vários workshops. O gosto pela moda e por traba-lhos manuais já a acompa-nha desde criança. É uma apaixonada pelas artes, viciada em tecidos, fitas gregas, botões de feltros, … com tanto amor para dar nasce, assim, a Tutti Tutti Design.O processo “Alugar Prateleiras” é simples. Basta chegar à loja e mos-trar o interesse em alugar uma ou mais prateleiras e, se preferir, pode alugar uma estante. Nas prate-leiras pode ser colocado à venda todo o tipo de artesanato, desde artigos

em cortiça, caixas de cos-tura, cartonagem, lãs e, até mesmo, cabedais. Segundo Sofia Sousa, nos dias que correm, o paga-mento das rendas não é tarefa fácil e, consequên-cia disso, apostou no con-ceito “ Alugar prateleiras”, sendo útil para o paga-mento de renda da loja, mas ao mesmo tempo, dá hipótese a outros artesões terem o seu espaço por um preço acessível. A criadora de Tutti Tutti, Sofia Sousa, afirma que esta aposta “tem funcionado e as pes-soas aderem a este novo conceito muito bem”. Na loja de Moscavide “o que mais vendia era arte-sanato. Em Moscavide a população é mais idosa, e as pessoas com mais

idade gostam de comprar lembranças para os netos ou para os filhos. A parte da retrosaria também se vendia muito bem”.Existem neste local mui-tas retrosarias, o que difi-cultava as vendas, como tal Sofia Sousa optou por deslocar o negócio para o LoureShopping. Afirma que “é uma mais valia abrir o meu negócio no LoureShopping, porque o centro não tem nenhu-ma retrosaria e assim não tenho concorrência”.A nova loja Tutti Tutti Design contará com vários workshops de artes, carto-nagem, croché, arraiolos, ponto cruz e também ofici-nas para crianças.

Ana Rodrigues

Entrevista com Sofia Sousa, a responsável por esta forma de pro-mover artesãos. Um modelo que esteve presente em Moscavide e agora se muda para Loures.

Rita PaulosDiretora da Casa Qui - Associação de Solidariedade Social

Impunidade

Uma retrosaria que aluga prateleiras

Tutti Tutti Design está aberta todos os dias das 10h às 23h. Encontra-se na entrada principal do LoureShopping, em frente à loja dos animais. Esteja atento aos Workshops e Oficinas para crianças. A inscrição pode ser feita na loja ou através da página do facebook: https://www.facebook.com/tuttituttide-sign.hobbieseartes. Um conceito diferente que saiu de Moscavide, mas não do concelho.

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14 MP ACTUALIDADE

«Escola EB23 Gaspar Correia, na Portela, aguarda solução há mais de 8 anos»O processo de retirada do amian-to das escolas do concelho já começou, mas segue coxo e por caminhos sinuosos. Se, por um lado, os estabelecimentos de ensino sob a tutela da Câmara Municipal estão em fase de moni-torização para posterior interven-ção, por outro, quanto às escolas da responsabilidade do Ministério da Educação, a resposta tarda em chegar. Professores, pais e alunos exasperam na busca por respostas, mas o Estado conti-nua a fazer «ouvidos moucos». Uma dessas escolas é a EB23 Gaspar Correia, na Portela, que foi deixada de fora do proto-colo firmado entre a Câmara Municipal de Loures (CML) e o Ministério da Educação, por necessitar de obras urgentes e que continua com a situação por resolver. «Há cerca de oito anos, substituíram as coberturas de quatro pavilhões, deixando por resolver a situação de outros

dois – o pavilhão central e o pavi-lhão E, que compreende a sala de professores e o bar de alu-nos -, assim como dos telheiros entre os vários pavilhões», revela Marina Simão.

Marina Simão e a associação de pais não têm poupado esfor-ços, mas o Ministério tarda em dar respostaA situação é grave e vai-se arras-tando, mas, apesar dos esforços de pais e professores, não há sinal de uma «luz ao fundo do túnel». Anualmente, as vistorias de saúde emitem a necessida-de de substituição urgente dos materiais, mas os avisos caem, invariavelmente, em «saco roto». Face às obras urgentes de que necessita, a escola EB23 Gaspar Correia foi deixada de fora do protocolo da CML, mas, para-doxalmente, isso veio retardar ainda mais a solução. «Esta direcção tem enviado, ao longo de todo este tempo, vários pedidos – todos sem respos-ta – para a Direcção-Geral dos

Estabelecimentos Escolares e a própria Associação de Pais tem envidado esforços e pressionado o Ministério para a obtenção de uma intervenção», conta Marina Simão. Mas todos estes esforços têm sido em vão. «Não sabemos para quando será a intervenção, sabemos apenas que a respon-sabilidade é do Ministério da Educação, que a Associação de Pais tem tentado pressionar as entidades competentes para uma intervenção urgente, mas sem qualquer êxito», revela a directo-ra. Apesar de nunca ter sido refe-renciado algum caso de um pro-blema de saúde com possa ter tido origem no amianto contido no fibrocimento daquela escola, a realidade é que o perigo existe e está bem referenciado pelas autoridades sanitárias. Marina Simão alerta: «Há muitos anos que se fala deste problema e pou-cos passos foram dados no sen-tido de o corrigir. Na sequência das inspecções periódicas feitas pelas delegações de saúde, são

emitidos, há vários anos, parece-res sobre esta problemática, que são enviados para os responsá-veis das escolas e do Ministério da Educação, sublinhando a necessidade de substituição urgente.» No entanto, o resulta-do tem sido o silêncio absoluto. «A tutela deveria ter agido, cor-rigindo estas situações», adverte Marina Simão. «Quanto tempo mais vamos aguardar?», questio-na a responsável.

Autarquia já começou a retirar amianto de duas escolas de São João da TalhaEm todo o concelho, foram iden-tificadas 17 escolas com possibi-lidade de conterem fibrocimento com amianto em níveis poten-cialmente prejudiciais à saúde. A autarquia abriu, há poucas semanas, o procedimento para serem feitos, nas escolas da sua responsabilidade, diagnósticos precisos para analisar as res-pectivas coberturas de fibroci-mento. «No fibrocimento, podem existir percentagens de amianto variáveis, consoante o ano de construção e os materiais utili-zados, e nem todas são perigo-sas para a saúde», revela Paulo Piteira, vice-presidente e verea-dor com os pelouros das Obras e Juventude da Câmara Municipal de Loures.«O procedimento que lançámos vai permitir-nos fazer um con-junto de ensaios e de testes em escolas que têm coberturas de fibrocimento – no que tem que ver com o parque esco-lar que é responsabilidade da autarquia – para saber se os valores limites de exposição ao amianto são ultrapassados e, em função disso, traçar uma estra-tégia que passa, nalguns casos, por confinar o amianto – se os valores estiverem abaixo dos recomendados – ou remover as estruturas, caso os valores este-jam acima do recomendado em portaria», desvenda o vereador. Mas a autarquia não tem meios financeiros para solucionar o pro-blema das escolas que não estão sob a sua responsabilidade, que são a grande maioria.«Estamos empenhados em fazer a substituição progressiva» dos materiais, algo que já acontece nalgumas escolas, como «a EB1/JI e a EB1 nº 4 de São João da Talha», revela o autarca. «É mais de um milhão de euros que está a ser aplicado em termos de reabilitação de edifícios, uma vez que a cobertura que existe nessas escolas vai ser removida e substituída por outro material»,

acrescenta. No entanto, o pro-blema tem uma dimensão extre-mamente onerosa e a autarquia declina responsabilidades sobre os estabelecimentos de ensino que não estão sob a sua tutela: «Tendo a União Europeia produ-zido directivas em relação a esta matéria, em 1999, e tendo essas directivas sido revertidas em declarações da Assembleia da República, já no início da década de 2000, tendo depois havido legislação que obriga o Estado a fazer diagnósticos e a criar um plano para a remoção nos edifí-cios da sua tutela, incluindo as escolas, é de estranhar que isso nunca tenha sido feito».

Câmara Municipal de Loures está a analisar 17 escolas sob a sua alçada para saber em quais tem de intervirAs conversações entre a autar-quia e o ministério estão longe de chegar a algum tipo de enten-dimento, até porque, segundo Paulo Piteira, «nunca houve, da parte do Ministério da Educação, nenhuma tentativa de diálogo com a autarquia». Para o verea-dor, no entanto, as directivas são claras: «Existe lei relativamente a esta matéria, onde é dito com clareza que o Governo deve pro-ceder ao levantamento de todos os edifícios, instalações e outras estruturas públicas que contêm amianto na sua construção. E fixou para si próprio o prazo de um ano para dar sequência a essa decisão. De acordo com o mesmo diploma legal, após esse levantamento, seria tornada pública a listagem dos edifícios, em primeiro lugar, e identificados os que seriam sujeitos a moni-torização para efeito de conhe-cimento sobre a perigosidade das situações. Algo que, até ao momento, nunca ocorreu.»Um impasse que pode bem significar que, no mesmo con-celho, coabitem escolas livres de amianto e outras com níveis de perigosidade acima do limi-te legal. Apesar das reuniões entre a autarquia de Loures e o Ministério da Educação, o resul-tado é sempre o mesmo: zero!«Tencionamos chamar a aten-ção do Ministério da Educação para a necessidade de haver um diagnóstico, até porque esta-mos a ser pressionados pelos agentes que operam no terreno, nomeadamente pelas direcções escolares, sobre a situação que se vive nos estabelecimentos de ensino que não estão sob ges-tão directa da autarquia», alerta Paulo Piteira.

Amianto Gaspar Correia deses-pera há oito anosEstá longe de chegar a bom porto o processo de retirada do amianto das escolas do concelho de Loures. A autarquia já deu início ao diagnósticos dos estabelecimentos à sua guarda, mas o Ministério da Educação continua inoperante. A escola EB23 Gaspar Correia aguarda por uma solução há mais de oito anos.

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15MPACTUALIDADE

As 17 escolas em análise pela autarquia estão identificadas e o respectivo corpo docente já foi informado de que a câma-ra vai efectuar as respectivas intervenções. No entanto, para Paulo Piteira, é importante desmistificar a ideia de que o fibrocimento é sempre peri-goso para a saúde: «Existem valores de portaria que resul-tam de directivas comunitárias e que fixam em 0,01 o valor limite de exposição por cm3, por forma a distinguir o que é e não é perigoso para a saúde. O que está abaixo deste valor não é considerado perigoso para a saúde, segundo a legis-lação comunitária, e o que está acima considera-se perigoso.» Marina Simão, directora do Agrupamento de Escolas de Portela e Moscavide, defende a divulgação pública da lista das 17 escolas, número que desconhecia, defendendo que a autarquia deveria «mostrar os seus malefícios e quais des-sas escolas estão em situação grave por existência de fis-suras e de corrosão dos edi-fícios.» Importa recordar que a responsabilidade sobre as escolas está dividida por graus

de ensino. Alguns graus de ensino estão sobre responsa-bilidade directa da autarquia, em termos de manutenção e concentração dos edifícios – escolas do ensino básico -, outros, nomeadamente as escolas do ensino secundário – 2º e 3º ciclo -, sobretudo as que não integraram o acordo firmado entre a autarquia e o Ministério da Educação, rela-tivamente à respectiva conser-vação e manutenção, são da responsabilidade do Estado. Embora não haja ainda uma estimativa de quanto custa-rão as intervenções em todas as escolas sob a alçada da autarquia, Paulo Piteira deixa uma promessa: «Podemos dizer que, até final da legisla-tura, não haverá estabeleci-mentos escolares sob a tute-la da câmara em que haja qualquer suspeita de poderem representar um perigo para a saúde, sem serem tratados convenientemente, por forma a evitar qualquer perigosidade para os seus utilizadores.»

André Julião

Fibrocimento: um problema, várias soluções

Existem várias formas de resolver o problema do amianto. A mais profunda, morosa e dispendiosa é a remoção total dos materiais de fibrocimento que contêm amianto. Esta solução tem de ser utilizada sempre que os níveis de amianto nesses materiais forem superiores ao permitido por lei. Se os níveis de amianto estiverem abaixo do limite, pode recorrer-se ao confinamento das fibras, que consiste na aplicação de uma solu-ção aquosa – do tipo verniz – que é colocada em ambas as partes da telha e que mantém o material agregado, não constituindo perigo. Isto porque o principal perigo do amianto reside na sua inalação, que é extremamente perigosa para a saúde, podendo causar can-cro do pulmão. Neste sentido, o maior perigo resulta dos materiais de fibrocimento que estão em desa-gregação ou deteriorados, libertando partí-culas para o ar, que podem ser inaladas por quem passa nesses locais. Quando se opta pelo confinamento, a aplica-ção do verniz tem de ser renovada, de tempos a tempos, constituindo, no entanto, uma solu-ção aceitável e bastante mais barata. O Instituto Ricardo Jorge é um dos defensores desta solução, que permite uma intervenção bastante mais rápida e igualmente eficiente.

A ameaça do amianto O amianto faz parte de um material denominado fibrocimento, que foi muito utilizado na construção civil, particularmente nas décadas de 1960, 70 e 80. A percentagem de amianto existente nesse tipo de cimento varia consoante a idade das construções. Existe uma grande percentagem de edifícios e outras construções dessa época que contêm fibrocimento com amianto, desde edifícios públicos, escolas, edifícios camarários, pré-dios de habitação e outros. Os valores de portaria que resultam de directivas comunitá-rias fixam em 0,01 o valor limite de exposição, por cm3, por forma a distinguir o que é e não é perigoso para a saúde. O que está abaixo deste valor não é considerado perigoso para a saúde, segundo a legislação comunitária, e o que está acima considera-se peri-goso. A legislação comunitária, que data de 1999, foi transposta para a legislação nacio-nal no início da década de 2000. A administração central deu a si própria um ano para fazer o levantamento e a inventariação de todos os edifícios públicos com fibrocimento contendo amianto. Mais de uma década depois, essa lista ainda não foi tornada pública e o trabalho de remoção do amianto está praticamente todo por fazer. O Ministério da Educação já adiou, este ano, por duas vezes, a divulgação pública da lista de escolas com fibrocimento em todo o país. Como a responsabilidade sobre as escolas do ensino básico foi passada para as autarquias, cabe às edilidades lidarem com o problema do amianto nesses estabelecimentos escolares. Os outros são da responsabilidade do Ministério da Educação. Pais, alunos e professores de várias escolas não se cansam de tentar pressionar a tutela para que as intervenções nas respectivas escolas sejam con-cluídas, mas o silêncio do Ministério da Educação está a enervar todos os intervenientes.

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16 MP CULTURA

10-05-2014: O público encheu o ginásio da Escola EB1/JI

10-05-2014: Actuação do GCP no XII encontro de coros

22-06-2014: Concerto comentado no Auditório Tomás Noivo, Bucelas

20-06-2014: As crianças no lanche após o concerto

11-05-2014: As crianças e os adultos que enchiam o ginásio da Escola EB1/JI

04-05-2014: Concerto do GCP na Residência Montepio (Parque das Nações)

29-06-2014: Actuação do CPCP no Museu da Música Portuguesa

11-05-2014: Actuação do CPCP no VII encontro de coros

Coros da Portela em acção

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17MPINSTITUIÇÃO

A origemAo longo da história da paró-quia tiveram lugar várias tentati-vas para criar um Agrupamento de Escuteiros, infelizmente, sem sucesso. No entanto, com o apoio do Cónego António Janela, um grande entusiasta do escutismo, foi dinamizada com grande dedicação a cria-ção do Agrupamento. Assim, em Outubro de 2004, o Agrupamento Monitor de Moscavide acolheu três Dirigentes (adultos) e duas aspirantes a Dirigentes, que ini-ciaram o seu percurso como res-ponsáveis do Agrupamento em Formação da Portela.Os primeiros 14 aspirantes a Lobitos foram admitidos em janeiro de 2005 e em abril desse ano foi solicitada a filiação do Agrupamento (o registo oficial do grupo), uma vez que já existiam Dirigentes investidos suficientes

para garantir a autonomia do Agrupamento.

Em Junho de 2005, foram rea-lizadas as primeiras promessas de Lobitos (crianças do primei-ro grupo etário, 6-10 anos). Em outubro de 2005, no início do ano escutista, foram admitidos novos aspirantes a Lobitos e os primei-ros aspirantes a Exploradores (segundo grupo etário, 10-14 anos). Por essa altura o Agrupamento integrou mais dois dirigentes e uma Caminheira, e ainda dois recursos adultos da Paróquia que foram convidados a participar. Concluído este processo, em 20 de novembro de 2005, foi reali-zada a cerimónia de filiação do Agrupamento, à qual foi atribuí-do o nº 1287, encontrando-se sediado na Igreja do Cristo Rei da Portela. No ano de 2010, aquando da celebração do 5º aniversário do Agrupamento, a paróquia rece-beu o novo pároco - Padre Alberto Gomes - que acolheu com entu-siasmo o Agrupamento e ao qual tem dado o seu apoio incondicio-nal e promovendo uma ligação intensa entre o Agrupamento e a paróquia.

A actualidadeNo agrupamento é fomentada uma dinâmica de crescimento, permitindo a várias dezenas de jovens integrar o agrupamento, participando das actividades rea-lizadas e efectuando as suas promessas. A par com o cresci-mento do efectivo, tem existido um investimento por parte da direcção do Agrupamento (lide-rada pela Anabela Pereira) nos recursos adultos e na sua forma-ção. Este investimento visa pro-porcionar a mais jovens a opor-tunidade de serem escuteiros e de aumentar a qualidade das actividades praticadas.É através do trabalho contínuo e consistente que tem sido realiza-do, que se pode afirmar a impor-tância do Agrupamento 1287 na vida da Paróquia e do bairro da Portela, através da formação de um conjunto de jovens, que espe-ramos que continuem a retribuir à

sociedade os valores e ferramen-tas transmitidas. Também consi-deramos importante a presença activa e constante nas diversas iniciativas da Junta de Freguesia da Portela. Todo este trabalho está enqua-drado na dinâmica de aprendiza-gem característica do escutismo, envolvendo os jovens, ao longo dos seus anos de formação, num processo de educação não-for-mal.

Apesar de ser um grupo com apenas 8 anos, alguns dos ele-mentos do agrupamento já tive-ram oportunidade de participar em várias actividades nacionais e internacionais.No âmbito Nacional destaca-se a presença nos Acampamentos Nacionais (2007, 2012) em Idanha-a-Nova, sendo que em 2012 estiveram presentes 17 000 escuteiros, o maior acam-pamento até hoje realizado em Portugal. No plano internacio-nal destaca-se a participação nos acampamentos mundiais (Jamboree). Tendo participado um grupo no Jamboree de 2007 em Londres, atividade marcan-te pelo facto de se ter reali-zado no ano da comemoração do Centenário do Escutismo. Em 2011 o agrupamento paticipou ainda no Jamboree na Suécia onde mais de 40 000 escuteiros de todo o mundo puderam parti-lhar vivencias, experiências, ale-grias e algumas contrariedades durante 12 dias.No ano passado foi ainda orga-nizado um acampamento de agrupamento em Vila Real de Santo António e Sevilha que teve o grande mérito de unir mais os elementos do agrupamento e proporcionar dias inesquecíveis para todos.

EstatísticaNeste momento o Agrupamento 1287 é constituído no seu total por 129 escuteiros, distribuídos da seguinte forma: 39 Lobitos, 34 exploradores, 27 pioneiros, 11 caminheiros. No quadro de adultos, o Agrupamento conta com 16 dirigentes investidos e 2 aspirantes a dirigentes.

Iª SecçãoA Alcateia com o número de filiação 146 tem como Padroeira Santa Isabel, é constituída por 5 bandos, designados como, Bando Cinzento, Bando Preto, Bando Branco, Bando Castanho e Bando Ruivo.IIª SecçãoA Expedição com o número de filiação nº 153 tem como patrono o Santo João Paulo II e é cons-tituído 34 elementos distribuídos por 5 patrulhas. As patrulhas são designadas por Suricata, Lobo, Canguru, Pinguim e Lince.IIIª SecçãoA Comunidade com nº filiação nº142 tem como patrono São Nuno Alvares Pereira e é cons-tituído por 27 elementos, repar-tidos por 4 equipas. As equi-pas são designadas por Thomas Edison, Isaac Newton, Neil Armstrong e Fernando Pessoa, nomes alusivos a grandes pionei-ros da humanidade.IVª SecçãoO Clã com número de filiação 112 tem como patrono Beata Teresa de Calcutá e conta com 11 caminheiros e duas tribo, designada por Edward Grylls e William Wallace.

FuturoÉ objectivo do agrupamento con-tinuar a investir em proporcionar actividades de cariz formativo, promovendo o trabalho em equi-pa, a vivência na Natureza, a auto-superação, vivência plena da fé e a cidadania. Como tal, continuaremos a trabalhar com os dirigentes para receber da melhor forma os jovens que nos procuram.

Como grupo católico e integra-do na Paróquia participaremos das diversas actividades da paró-quia (Peregrinações, Orações, Primeira Comunhão, Profissão de Fé, Crisma, Arraiais entre outras), procurando ajudar e orientar os nossos jovens na sua vivência Cristã.Trabalhando a integração dos jovens na sociedade e no meio onde vivem, continuaremos a colaborar com a Junta de Freguesia, participando como

habitualmente nas Festas da Freguesia, Feira das Coisas e Loisas e na Feira Rural entre outras atividades propostas pela Junta de Freguesia.Inserido na vivência integral dos jovens, fomentamos e fomenta-remos a organização de alguns eventos como forma de angaria-ção de fundos, nomeadamente a distribuição do jornal “Moscavide Portela”, assim como outras dinâmicas, para que viabilizem financeiramente os projectos que desenvolvem e que aprendam a gerir quer os projectos, quer os fundos necessários. Continuaremos a dinamizar actividades ao nível das várias secções, desde acampamentos, jogos, visitas culturais e desafios técnicos (de orientação, cons-truções em madeira, actividades radicais, ...).

O Agrupamento faz parte de uma estrutura nacional, o CNE – Corpo Nacional de Escutas, estando esta organizada em diversos níveis, desde o grupo local até ao nível nacional. O agrupamen-to da Portela continuará a partici-par nas actividades organizadas nestes diversos níveis, das quais se destaca a participação no XXIV Acampamento da Região de Lisboa, com 90 elementos, que se realizará de 2 a 8 de Agosto em Ferreira do Zêzere. Proporcionado às nossas crian-ças e jovens uma semana repleta de experiencias radicais (rappel, slide, canoagem) caminhadas e jogos de cidade, permitindo não só o seu desenvolvimento físico mas também cultural.No próximo ano, participaremos no Jamboree mundial ,que se realizará no Japão de 27 de julho a 8 agosto com cerca de 18 ele-mentos.

O Agrupamento de Portela orgu-lha-se do caminho percorrido, e pretende continuar a represen-tar dignamente a Paróquia e a Freguesia, contribuindo para que os jovens que integram o agru-pamento sejam cidadãos felizes e preparados para enfrentar os desafios e as dificuldades da sociedade.

Escuteiros da Portela

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18 MP ENTREVISTA

Presente

A Supertaça da Polónia foi o primeiro título da carreira de treinador. Quando terminou o jogo quais os sentimentos que transbordaram?Vários. O primeiro pensamento foi a minha família e a gratidão que tenho pela forma como se orgu-lham de mim. Depois realização pelo meu caminho, senti que este era o troféu certo para premiar o meu percurso. Por último enorme alegria e felicidade partilhada com jogadores, equipa técnica e staff.

O Zawisza Bydgoszcz tinha pouco ou nada a perder, o Légia de Varsóvia era o grande candi-dato. Em que se basearam para contrariar este favoritismo?Preparámo-nos muito bem men-talmente, realizamos um estágio de 10 dias para preparar este

troféu. Basicamente colocámos o foco naquilo que podíamos fazer e dependia de nós e não no favori-tismo e mais-valias do adversário. Criámos uma energia e empatia positiva no grupo, que foi funda-mental. Depois no jogo não se observou esse favoritismo.

Quando chegaram a Bydgoszcz estava à vossa espera uma recepção calorosa?Não, o Presidente está incompa-tibilizado com a claque e agora apenas temos 6/7 mil pessoas a assistir aos jogos. Antes tínhamos uma claque com 8 mil pessoas que agora boicota os jogos e os festejos. Apenas festejámos no estádio e depois no hotel.

Depois deste feito a exigência dos adeptos irá subir. Até onde poderá ir esta equipa? Quais os grandes objectivos de uma

equipa que ganhou a Taça e ficou em 8º na época transacta?Depois deste feito continua tudo igual para nós, é normal que as expectativas dos adeptos e direc-ção subam, mas a equipa técnica sabe que são necessárias mais condições para lutar pelos lugares cimeiros. Os objectivos passam por ficar nos primeiros 8 lugares e tentar ganhar a Taça novamente.

O facto de estarem no plantel vários jogadores portugueses ajudou à integração?Sim, é sempre mais fácil e confor-tável quando estamos noutro país com várias pessoas que falam a nossa língua. Os jogadores que já cá estavam ajudaram à nossa integração, tanto na vida social como no trabalho e relacionamen-to com os jogadores polacos.

Como é que surgiu este convite

da Polónia? Até agora só tinham treinado clubes de divisões secundárias, terá sido a passa-gem pelo Sporting de Braga que terá aberto esta porta? Este convite surgiu repentina-mente através de um conceituado agente português, que intermediou as negociações com o presidente do clube. Tivemos uma reunião com o Presidente em Portugal, onde nos foi apresentado um pro-jecto aliciante e desafiador de dois anos.A passagem do Sporting de Braga, claramente, abriu-nos horizontes superiores, pois é um clube gran-de com uma dimensão que nos projectou interna e internacional-mente.

O seu percurso englobou vários clubes do concelho de Loures. Como jogador teve passagens pelo futsal da AM Portela e pelo

futebol do Sacavenense. Que futuro vislumbra para estes dois clubes, um que se tende a afirmar nova-mente no futsal e outro que se tem projectado nos seniores e na formação?São dois clubes de que me orgulho muito de ter repre-sentado, estou grato a ambos por terem contribuí-do na minha formação como atleta e cidadão. Nos últimos anos têm vindo a crescer significativamente e estão novamente em patamares honrosos e cada vez mais preparados para o sucesso. Se existir continuidade, a AM Portela voltará novamente à primeira divisão e a ser uma referência no futsal e o SG Sacavenense, que voltou a ser uma das grandes refe-rências nacionais na forma-ção, terá a equipa sénior brevemente na II Liga.

Como treinador teve pas-sagens pelo Olivais e Moscavide (formação) e pela Sanjoanense (senio-res). Que conselhos daria a estes dois clubes?Foram passagens muito felizes e enriquecedoras, no Olivais e Moscavide tive a minha primeira experiên-cia de treinador, com 19 anos durante 4 anos e no Sanjoanense a minha pri-meira experiência como treinador principal no fute-bol sénior, com 26 anos. O Sanjoanense é um clube consolidado, virado para os interesses da sua popula-ção local e uma referência na promoção do desporto no concelho de Loures. O Olivais e Moscavide é um clube em fase de renasci-mento e que deve voltar a privilegiar a sua formação e recuperar a sua mística. A estes dois clubes o meu muito obrigado.

Abandonou a carreira de jogador muito cedo. Sentiu que era como treinador que mais se realizava ou foi por falta de oportunida-des como jogador?Abandonei a minha carreira de jogador no dia em que me propuseram ser treinador.Senti que como jogador nunca iria atingir um pata-mar profissional e no dia em que comecei, como treina-dor, senti-me completamente envolvido e realizado.

Quais são as grandes influências, tanto como treinador como jogador?Como treinador o Jorge Paixão tem sido a minha gran-de influência. Também admi-ro muito o José Mourinho,

"Quero atingir o topo do futebol mundial em 5 anos."

Filipe Silvério vive o seu melhor momento desportivo, desde que iniciou a carreira de treinador. O presente, o futuro, a Portela, as equipas que treinou, a relação com Jorge Paixão, o Mundial e a comparações entre o nosso País e os países onde já viveu são alguns dos temas falados nesta entrevista. A vitória na Supertaça da Polónia foi o pretexto para falar com este jovem portelense, que ambiciona chegar mais alto.

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19MPENTREVISTA

Guardiola e, actualmente, Diego Simeone.Como jogadores Stefan Effenberg, Frank Rijkard, Guardiola e Andrea Pirlo.Como surgiu a parceria com Jorge Paixão?Surgiu quando eu estava nos juniores do Casa Pia e o Jorge nos seniores. Existiu uma identificação na forma de trabalhar e a possibilidade de começarmos a trabalhar juntos na época seguinte. No entanto só algumas épocas mais tarde se veio a con-cretizar.

O Sporting de Braga foi o momento alto de uma car-reira ainda curta?Sim claramente, chegar a um grande em tão pouco tempo foi fantástico. Foi a experiên-cia mais marcante para o meu crescimento enquanto treinador.

O que é que não correu bem, que impossibilitou a renovação?Existiram muitos condiciona-lismos que nos fizeram estar mais perto do insucesso do que do sucesso. Como treinadores existem sempre uma série de factores que não controlamos e quando chegámos estávamos a meio de um processo e peran-te conjunturas impossíveis de mudar. Naquilo que foi o trabalho que nós contro-lávamos, treino e gestão do grupo estivemos muito bem.O que impossibilitou a nossa renovação foi a classifica-ção, pela vontade do presi-dente tínhamos ficado.

Mundial

Quais as selecções, a nível táctico, que mais o sur-preenderam? Tanto pela positiva como pela negati-va e porquê?Positivamente a Costa Rica pela organização geral, tanto ofensiva como defensiva e a Argélia na sua capacidade de transição para o ataque.Negativamente a fraca capa-cidade de Portugal e Brasil na construção do jogo, equi-pas sem ligação nas diferen-tes fases do ataque.A Espanha foi uma equipa falida psicologicamente.

A Alemanha foi uma justa vencedora?Sim, confirmou o favoritismo.

E Messi mereceu ser o melhor do Mundial?Não, para mim seria o James.

Quem foi o melhor trei-nador do Campeonato do

Mundo?Van Gaal - confirmação e Jorge Luís Pinto - revelação.

Se tivesse de escolher uma equipa-tipo dos melhores, qual seriaNeuer; Zabaleta, Hummels, Boateng e Blind; Mascherano, Kroos e James Rodriguez; Di Maria, Robben e Müller.

Como classifica a prestação de Portugal?Foi frustrante, dadas as expectati-vas constantemente criadas sobre uma equipa desequilibrada. No entanto, neste tipo de torneios, tudo pode acontecer a uma selec-ção como Portugal, tanto podia acontecer o pior cenário, como chegarmos, com um pouco de felicidade, aos quartos-de-final/meias-finais.

Futuro

Que espera do futuro? Quais são os grandes objectivos pes-soais?Quero atingir o topo do futebol mundial em 5 anos. Não vejo isso como um sonho, mas sim como uma consequência do aumento da experiência e competência.Também espero ter uma indepen-dência financeira a médio prazo, que me permita ter a capacidade de optar por privilegiar a família e a vida pessoal, ou continuar num patamar de alto rendimento, com todas as vicissitudes inerentes à minha profissão.

Voltar a treinar em Portugal a breve trecho é um desejo, uma necessidade ou não é relevan-te?É um desejo, ser bem sucedido fora de Portugal e voltar com outra dimensão.

Qual o clube que mais desejaria treinar?Em Portugal um dos grandes, no estrangeiro Real Madrid ou Bayern deb Munique.

Que campeonatos mais o atraem?O espanhol e o alemão.

Que conselhos dá, tanto a joga-dores como a treinadores, que

se estejam a iniciar?Acreditem sempre que é possível chegar ao topo através do traba-lho, já temos o suficiente dentro de nós para alcançar o sucesso e não precisamos de menosprezar ou depreciar os outros para alcan-çarmos os nossos objectivos. Que sejam genuínos, tenham referên-cias mas sejam eles próprios.

Tem como objectivo ser treina-dor principal, ou sente-se reali-zado como treinador assisten-te?Sinto-me realizado como treina-dor assistente, logicamente que o objectivo de ser treinador principal de topo será uma resultante natu-ral do meu percurso. Mas esse passo só será dado no dia em que me sentir preparado e suficientemente competente para as exigências que esse patamar impõe.

O Mundo, Portugal e a Portela

O futebol tem proporcionado algumas viagens. Que grandes diferenças tem encontrado a nível cultural nos países por onde passou?O Qatar é um país islâmico onde a religião é a essência do modo de vida das pessoas, no entanto está cada vez mais ocidentalizado devi-do à quantidade de trabalhadores imigrantes.São um povo muito rico movido pelo dinheiro e pela ostentação de bens materiais. Existe uma grande desigualdade entre o povo nativo e os trabalhadores da Índia, Nepal, Sri Lanka, etc., que são considerados escravos.A Polónia é um país muito pareci-do com Portugal, o estilo de vida é praticamente idêntico, as pessoas

aqui são apenas menos sorriden-tes e mais fechadas, devido à história do país.

Se tivesse de viver definitiva-mente nalgum desses países qual escolheria?Polónia.

A Portela é um porto de abrigo ou apenas um sítio onde cres-ceu?É um porto de abrigo e também o sítio onde me orgulho de ter crescido.

De que sente mais falta quando não está na Portela?Sinto falta de tudo, principalmente da minha família e, claro, dos ami-gos também.

Pedro Santos Pereira

"Como treinador o Jorge Paixão tem sido a minha grande influência. Também admiro muito o José Mourinho, Guardiola e, actualmente, Diego Simeone.

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20 MP MÚSICA

João AlexandreMúsico e Autor

Contrato com editoras

Quando uma banda procura um contrato com uma editora a pri-meira questão que deve levantar é:Porque razão haverá uma edi-tora de investir o seu dinheiro e tempo num novo artista?A resposta é invariavelmente…o seu talento, conjugado com os factores que se seguem:- o potencial comercial da música para as necessidades da rádio e televisão.- a eficácia da equipa que traba-lha com o artista (técnicos, agen-te, manager) e como se relacio-nam com a editora- a disponibilidade para fazer tournée- a capacidade do artista para alargar a base de fans com os espectáculos e cd’s e a disponi-bilidade para participar em cam-panhas organizadas pela editora- o potencial do artista em termos criativos de longevidade, estabili-dade e compromisso.Nas editoras independentes, em

busca de artistas que se enqua-drem no nicho de mercado que trabalham, o talento e a disponi-bilidade para tocar ao vivo e fazer tours é ainda mais valorizado uma vez que é diminuída a expo-sição mediática.Na negociação dos contratos quanto melhor justificado estiver o valor do artista no mercado (nº de espectáculos, referências e aparições nos media, cd’s vendi-dos anteriormente, projecção na web, etc) mais favoravelmente decorrerá a negociação.A maioria das editoras majors combina custos de gravação e adiantamentos num chamado fundo de gravação/produção (cada vez maior é o numero de casos em que o artista assume tais custos).Normalmente um royalty para um artista novo atinge os 10/12% dos quais 2% serão atribuídos ao produtor.Não há em regra um valor fixo definido para a promoção e mui-tas vezes acaba por ser retira-do do tal fundo de gravação. Estranhamente é na promoção

que se incluiem os custos da rea-lização de um vídeo que muitas vezes podem superar o próprio orçamento estimado para o artis-ta.Pontos essenciais na negociação de um contrato:- numero e frequência de edições discográficas- controle criativo- custos de promoção- posse dos masters e artwork- quem gere o site da banda- custos de embalagem- publishing- cancelamento de contratos

Como apresentar um Package (demo, press release e outro material) que motive o interes-se de uma Editora?Ainda que a chave para se con-seguir o sucesso passe essen-cialmente pelo tal carisma de estrela do artista, é a crença e a paixão pelo seu trabalho que poderão contagiar o AR. Para tal o primeiro passo do artista será criar música excitante e de qualidade com impecável apre-sentação.

Obviamente a demo deve soar bem até porque com a quanti-dade de equipamento disponível nos dias de hoje para estúdio caseiro ou profissional não há desculpas para que tal não acon-teça. Portanto uma demo não deve ser apresentada antes de ter sido ouvida várias vezes pelo artista e de conter as informa-ções de contacto apropriadas.Alguns julgarão que florear uma demo numa apresentação sump-tuosa poderá colocá-la à frente de outras para audição por parte dos AR’s mas normalmente não é isso que acontece.A biografia deve ser curta e con-cisa com informações sobre con-certos ao vivo, eventuais ven-das anteriores e aparições em tv, airplay de rádio caso exista, recortes de imprensa e exemplos do “movimento” online à volta da banda (youtube, facebook e blogs da especialidade)Dispensam-se informações sobre os gostos pessoais dos elemen-tos da banda.Uma boa foto é importante mas não, tirada na sala de ensaios ou com efeitos de grão, isso é demasiado cliché.Mas o mais importante é mesmo o que está no cd. Deverão ser não mais que 4 temas, de preferência os mais fortes, mais bem toca-dos e gravados. Se se optar por incluir mais temas então devem ser assinalados claramente os 3 ou 4 mais fortes para não se correr o risco de imediatamente o AR passar a outra demo de outro artista.Poderá ser interessante num curto apontamento destacar um trabalho específico da guitarra ou um refrão bem forte em algum dos temas de modo a focar a atenção do AR numa dessas par-tes.Se a opção passar por apre-sentar a música pessoalmente então a estratégia a adoptar será “menos é mais” ou seja mostrar pouco e o melhor para aquila-tar do interesse e eventualmente mais tarde fornecer mais música e informação.Nota final:O que os AR’s das editoras nor-malmente não procuram:- cantores do ídolos e afins;

- bandas de covers e que não escrevem o seu próprio material- bandas capazes de tocar todos os géneros musicais

Rentabilização do trabalho

Aprendendo como realizar dinheiro da música…Uma grande parte dos autores revela grande relutância em agir como homens de negócios mas col algumas escassas excepções o maior êxito jamais se teria tornado um hit se ninguém o levasse às mãos e atenção dos profissionais da indústria.Embora seja perfeitamente razoável um artista fazer música para si próprio e o seu prazer e há cada vez mais a fazê-lo, caso o seu objectivo seja atingir o sucesso então terá que dar tanta importância ao funcionamento deste negócio quanto à música em si.Para os iniciantes será impor-tante perceber a diferença entre publishing e editora. A primeira função do publishing é gerar pro-veito/retorno das canções dos autores. Este retorno resulta nor-malmente de duas situações: as canções são gravadas por outros artistas ou incluídas em shows televisivos ou filmes.Uma editora produz, distribui e vende álbuns dos seus artistas. Se estes artistas não gravam o seu próprio material muitas vezes os AR’s contactam publishers na esperança de descobrirem hits para os seus artistas.Os proveitos dos autores podem ser originários de diversas fontes, sendo maioritariamente de duas, a saber:- Direitos mecânicos – valores pagos pelas cópias vendidas do autor (cd’s, downloads, vídeos, etc). Este pagamento é feito por unidade (canção)- Direitos de execução – valores pagos pelo numero de execu-ções públicas das canções do autor, seja em concertos, ou em rádio/tv/publicidade/Internet, etc. Estes royalties nada tem a a ver com os royalties definidos no contrato celebrado entre a edito-ra e o artista.

Ninho de Cucos

Guia falível para novas bandas/ artistas (2ª parte)

“Tenho uma banda muito conhecida… apenas na minha rua!”

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21MPMÚSICA

Formas de negócio do Merchandising

Existem 3 formas de abordar o negó-cio do merchandising:Concessão dos direitos à editora – Normalmente quando um artista assi-na um contrato a editora procura segurar os direitos do respectivo mer-chandising e isto aplica-se sobretudo nos casos em que se trata de um novo artista numa editora indepen-dente ou quando numa major o poder de negociação do artista é reduzido. A editora licencia a uma empresa de merchandising e essa empre-sa comercializa os ditos produtos pagando um royaltie à editora que por sua vez em termos normais o repar-tirá com o artista numa base 50 / 50.Este tipo de acordo coloca o artista em desvantagem uma vez que facil-mente seria possível fazer um contra-to directamente com uma empresa de merchandising evitando a comissão da editora. Por outro lado acaba por ser muitas vezes uma forma da edito-ra fazer um encontro de contas para cobrir todas as despesas efectuadas com o artista e que na prática signifi-ca. Nesse sentido será de evitar este tipo de acordo.Uma 2ª hipótese é a negociação directa com a empresa de merchan-dising que se revela mais favorável à banda em termos de retorno e na maior flexibilidade dos termos do acordo. Por vezes, nestes casos é até posível obter um avanço.A 3ª forma que é a da independência total aplica-se essencialmente a artis-tas em início de carreira que actuam em pequenos espaços e que com os próprios meios conseguem produzir e controlar as vendas do respectivo material. Assim que o artista começa a crescer torna-se difícil manter essa autonomia.

Merchandising

Merchandising é o processo relativo à venda de merchandise (t-shirts, bonés, badges, posters e outros pro-dutos que incluam o nome do artis-ta ou algo relacionado). A venda destes produtos em concertos pode gerar uma substancial receita extra e sobretudo ajudar a fazer face aos custos de uma tournée quando os cachets são baixos ou quando o apoio da editora para este fim é diminuto. Em qualquer caso é funda-mental ter um bom conhecimento de como funciona o merchandising e de perceber os direitos do artista no seu merchandising de modo a obter os melhores acordos e a poder tratar do assunto de forma autónoma.Direitos de merchandisingO primeiro passo para compreender como funciona o negócio do mer-chandising é perceber o direito de publicidade. Isto está relacionado com o direito do artista em possibilitar a utilização a terceiros do seu nome e/ou trabalho para fins comerciais. O artista decide quem (se alguém) pode usar o seu nome ou algo com ele relacionado em tshirts, bonés, posters, etc para comércio.O nome deverá ser registado na enti-dade oficial competente e isto assu-me tanta importancia quanto maior for a projecção do artista. É a defesa mais eficaz perante qualquer uso abusivo do nome/marca do artista. O ideal será criar um nome que se distinga e q não dê azo, mais tarde, a qualquer confusão de identidade.res-pectivo material. Assim que o artis-ta começa a crescer torna-se difícil manter essa autonomia.

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22 MP MÚSICA

Jorge Ferrão lança álbum

SHOUT! Um grupo com raízes na Portela e em Moscavide

Jorge Ferrão é um ex-habitante da Portela, entre 1986 e 2000, que no passado dia 5 de Julho, como guitarrista solista, lançou o álbum de originais “Eclipse”. O concerto de lançamento decorreu no Complexo Cultural Palácio do Morgado, em Arruda dos Vinhos. O gosto pela músi-ca fê-lo enveredar pela licencia-tura em Ciências Musicais, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estudou vários instru-mentos musicais, desde guitar-ra no Instituto Vitorino Matono, piano na Academia de Amadores de Música, passando pela Trompete, violino e viola de arco no Conservatório D. Dinis. Os pais eram amadores de música (a mãe tocava piano e o pai acor-

deão). Na Portela viveu a sua adolescência e granjeou amigos, que ainda hoje mantém. Algumas das maiores recordações vividas no bairro são “o culto da guitarra, das bandas de garagem, da com-petição entre Olivais, Sacavém, Portela (a ver quem tocava melhor) e tudo isto me influenciou até hoje”. Enquanto morou por aqui fundou o “Projecto Caixa- trio de guitarras”, participou nos “Valha-me Deus” enquanto guitarrista e gravou o CD Três Histórias do Azul, baseado numa obra de Mauro Santos. Mais tarde, enquanto violetista, fundou o “Prelúdio Violeta” e o “Café Guru”. Participou ainda no álbum do “TT” - dança este som e no quarteto que acompanhava o cantor António Raposo. Em 2011

compôs os quatro temas do DVD Sentir a Biodiversidade, do INAG. Actualmente ainda vai com fre-quência ao Centro Comercial da Portela, por ser próximo do seu local de trabalho e também visitar os pais que continuam a viver na Portela. Para o futuro pretende “projectar na Europa, uma ima-gem de força de Portugal, país com capacidade para produzir seja o que for, melhor do que qualquer potência dominante, apesar das péssimas condições para que nos empurraram”. Para ouvir Jorge Ferrão pode comprar o cd ou assistir ao filme do con-certo de lançamento de “Eclipse” em https://www.youtube.com/watch?v=B07J028b80o.

Shout! é um grupo formado por 11 cantores que, através da sua música, transmitem toda a energia, alegria e sonoridade do Gospel. Com 19 anos de exis-tência revivemos o seu trajecto, numa altura em que preparam um novo disco. Destaque para Cátia Ribeiro e Paula Pires, duas das intérpretes, que viveram grande parte da sua vida em Moscavide e na Portela, respecti-vamente. Os Shout! surgiram em Maio de 1995 para acompanhar a cantora Sara Tavares no seu primeiro trabalho, tendo resulta-do no lançamento de “Escolhas”, o primeiro álbum em Portugal com um registo de sonoridade Gospel. Após inúmeras cola-borações com diversos artis-tas como Santos & Pecadores, Adelaide Ferreira, Rui Veloso, Cabeças no Ar, entre outros, e sendo a única referência Gospel no panorama musical português da altura, os Shout! lançaram, em 2002, o seu primeiro disco de originais aguardado há muito por todos. “Human Faith” é, na sua essência, um disco que res-pira o Gospel tradicional e o New Gospel, misturando estilos como o funk, o soul e até a pop

com uma primeira abordagem à world music e à lusofonia. Neste momento, com quase 20 anos de carreira, os Shout! encontram-se a preparar um novo disco, pro-vavelmente o mais significativo da sua história. No seguimen-to do trabalho desenvolvido nos últimos anos, tanto em nome próprio como na forma de parce-rias com outros artistas, é che-gada a altura de registar esta nova fase da sua vida e trazer ao público a sonoridade que os caracteriza, com todas as suas influências para além do gospel. Para financiamento do seu 5º trabalho discográfico, recorrem Crowdfunding (http://ppl.com.pt/pt/prj/shout ). O arranque desta campanha foi feito no dia 28 de Abril, Dia Internacional do Sorriso, e foi assinalado com o lançamento do videoclip do tema SORRI, que irá integrar o novo disco, https://www.youtube.com/watch?v=GGgZb7h91UM e que contou com o contributo do realizador Aurélio Vasques e os sorrisos de amigos como Boss AC, Áurea, Nuno Guerreiro, Joana Cruz, Cláudia Vieira, Luiz Caracol, Roberta Medina, entre muitos outros.

Coro de Pequenos Cantores da Portela abre inscriçõesNa época de 2014/2015 o CPCP iniciará as suas actividades com a realização de 4 ensaios experimentais abertos nos dias 6,13,20 e 27 de Setembro, estando já abertas as inscrições para estes ensaios e para o novo ano lectivo. Estas inscrições destinam-se aos rapazes com idades compreendidas entre os 7 os 10 anos (completados até Março de 2015) e às raparigas dos 7 aos 12 anos (completados também até Março de 2015). Mais informações em pequenoscantores.portelamail.com ou pelos telefones 219 446 417, 219 444 135 e 934 491 885. Para as crianças que gostem e tenham jeito para cantar aqui fica uma bela oportunidade de mostrarem os seus dotes vocais.

SHOUT! (Esquerda para a direita):Cátia Ribeiro, Patrícia Antunes, Pedro Mimoso, Soraia Silva Romão, Patrícia Silveira, Yura Silva, Paula Pires, Lucy de Jesus, Filipa Reis, Jorge Dias e Ricardo Quintas

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23MPSAÚDE E BEM ESTAR

Sopa de gaspacho

Água aromatizada com morangos

Se acha a sopa uma refeição exclusiva do Inverno, experimente este delicioso gaspacho!

Seja criativo prepare e aprecie esta agradável água aromatizada com morangos!

Saber comer, saber viver

Saiba como hidratar o corpo neste verão Com a chegada do verão chegam tam-bém as férias e a vontade de aproveitar o sol, o mar e o calor.Mas as altas temperaturas aumentam a transpiração e perdemos mais água e sais minerais através do suor, tornando--se importante o cuidado com a hidra-tação.Para aproveitar de, forma saudável, esta estação do ano tão esperada é neces-sário aumentar a ingestão de líquidos, para evitar que o organismo entre num processo de desidratação, o que é bas-tante perigoso e, em casos extremos, pode ser fatal.Esteja atento a alguns sinais e sintomas de desidratação como a sede, a urina de cor intensa e com cheiro, o cansaço, a dor de cabeça e a perda de capacidade de concentração e memória.É preciso ter um maior cuidado com a hidratação das crianças e idosos, pois são mais vulneráveis ao calor, uma vez que a sua capacidade de detectar este estado e responder a estes sinais e sin-tomas pode estar diminuída.É essencial beber pelo menos 2 litros de líquidos por dia. A bebida de eleição é a água, mas se não é grande fã combine--a com algumas bebidas e alimentos. As águas de sabores (a famosa água de coco), os sumos de frutas naturais, os chás gelados e o leite são uma boa opção. Os alimentos privilegiados são os que possuem alto teor de água, ou seja, os que têm mais de 70% deste líquido na sua composição. Hortaliças e frutas estão no topo da lista, quando a intenção é manter a hidratação do corpo. Pepino, alface, tomate, couve-flor, brócolos e cenouras. Para os lanches entre as refei-ções aposte nas frutas. Melancia, melão, abacaxi, morango, pêra, maçã, ameixa, tangerina e laranja são as frutas com maior concentração de água.Deixo-vos algumas dicas para manter o corpo hidratado: - comece e termine o dia com um copo de água;- tenha sempre uma garrafa de água consigo, assim vai ser mais fácil lembrar--se de beber;- está com vontade de comer um doce? Aproveite e coma um gelado de fruta à base de água ou uma gelatina; - se nunca se lembra de beber água, a tecnologia pode ajudar. O aplicativo Beba Água para o iPhone e o Hydro para Android calculam a quantidade de água que deve beber por dia, a partir da sua altura e peso e enviam lembretes;- ofereça líquidos frequentemente às crianças e idosos.Siga as dicas e aproveite o verão com saúde! Boas férias!

Anabela Pereira Nutricionista

Ingredientes

• 1,5 kg de tomate maduro

• 1 pimento verde

• 1 pepino médio

• 1 cebola pequena

• 4 dentes de alho

• Sal grosso

• 4 colheres de sopa de azeite

• 5 colheres de sopa de vinagre de vinho

• Presunto

• Ovo cozido

Preparação

1. Tire a pele e as sementes ao tomate2. Corte um tomate, metade do pimento e metade do pepino em quadradinhos.3. Disponha os legumes cortados em recipien-tes separados.4. Reduza a puré, batendo num copo mistura-dor o restante tomate, pimento, pepino, com a cebola e os alhos.5. Adicione um pouco de sal grosso e o azeite.6. Deite o puré numa terrina e junte o vinagre.7. Mexa, adicione água fresca ou cubos de gelo.8. Coloque na mesa o ovo cozido cortado aos bocadinhos, o presunto cortado em cubinhos e os restantes legumes que cortou antes.

Sirva-se e desfrute desta sopa refrescante!

Ingredientes

• 5 morangos

• 1 ramo de hortelã

• Gelo

• Àgua

Preparação

1. Modo de preparação2. Corte os morangos em pedaços.3. Coloque numa jarra de vidro.4. Adicione a hortelã e o gelo.5. Preencha com água fresca e deixe repousar 3 horas no frigorífico.

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24 MP DESPORTO

No rumo certoHá não muito tempo chegou-se mesmo a falar na extinção do Clube Desportivo Olivais e Moscavide, impedido de com-petir por dívidas acumuladas. No entanto, o empenho e determinação de adeptos, simpatizantes e dirigentes do clube manti-veram viva a esperança de um dia reviver a glória de um dos clubes de referência de Lisboa. A subida da equipa sénior à 1ª divisão distrital trouxe novo ânimo ao estádio Alfredo Marques Augusto. O Desportivo como é conhecido começa a dar sinais de recuperação, reclamando aos poucos o estatuto de outros tempos.

Reabilitar o Complexo DesportivoA crescente degradação das instalações do estádio tornou-se preocupante. A segu-rança e integridade dos atletas estavam em causa. Sem recursos para recuperar infra-estruturas foi aprovada a implemen-tação do projecto que inclui a colocação de relva sintética no campo principal, o aterro e conversão em campo de futebol 7 do antigo “ring”, a pavimentação do par-que de estacionamento, a reabertura da unidade de restauração, a requalificação do espaço de ginásio onde funcionava o Bingo do CDOM, entre outras obras de reabilitação. A colocação do novo relvado ficará a cargo de investimento privado, já os trabalhos de aterro e terraplanagem estão a ser executados ao abrigo de par-cerias. As restantes intervenções neces-sárias aguardam ainda solução.

Prosperar em Terra de NinguémAs fortes restrições económicas às quais o país se encontra sujeito obrigam a uma gestão orçamental criteriosa e rigo-rosa. Lamentavelmente esta conjectura traduz-se na falta de apoios e em cortes no financiamento de inúmeras entida-des públicas. O próprio Clube Desportivo Olivais e Moscavide encontra-se a cum-prir um plano de pagamentos às finanças. Mas as adversidades não se ficam por aqui. A reorganização da zona oriental de Lisboa determinou que o CDOM passas-se a pertencer ao Parque das Nações. A localização do clube tem sido motivo de muita controvérsia ao longo da sua história, sina muitas vezes lamentada.

Os responsáveis da Junta de Freguesia do Parque das Nações têm demonstrado um aparente desinteresse pelo clube. Por seu turno os seus homólogos da Junta de Freguesia Moscavide e Portela e da Junta de Freguesia dos Olivais têm protelado a atribuição de qualquer apoio ao CDOM.

Servir a comunidade localEm 1982 o desportivo foi declarado enti-dade de utilidade pública. Este reconheci-mento deve-se ao importante papel social que o clube tem desempenhado ao longo dos tempos. Manter o CDOM ao servi-ço das famílias dos Olivais, Parque das Nações e Moscavide e Portela faz parte dos planos deste clube que ambiciona recuperar o estatuto de importante centro desportivo e educativo.

Treinadores do Kalorias Futebol TejoA convite do Presidente, José Borralho, os responsáveis pela criação da escola de futebol do Kalorias no Parque das Nações apresentaram um projecto para a reabilitação do complexo desportivo Alfredo Marques Augusto e para o desen-volvimento da escola de formação do clube. Ao longo da época 2014/2015 a formação de futebol de ambos os clubes ficará sob a coordenação técnica do grupo de treinadores.

Programa de formação inde-pendenteA formação de jovens é a mais recente aposta do executivo actualmente em fun-ções. Um conceito próprio de formação está a ser desenvolvido, passando pela concepção de um plano transversal de treino e acompanhamento das equipas ao longo das diversas etapas. Assim sendo, os treinadores dos diversos escalões vão trabalhar em sintonia sob a coordenação técnica e supervisão do grupo vindo do Kalorias Futebol Tejo.

Movimento “Ser Desportivo"A página https://www.facebook.com/ser-desportivo é actualizada pelos promotores destas mudanças no clube. Para fazer parte deste movimento e estar actualizado basta “curtir” a página de facebook.

Pedro Marcelino

Ser Desportivo!

Fotografia: Natália Ferraz

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25MPDESPORTO

Proposta de Sócio

Caros leitores,Nos termos do disposto no Artigo 9.º, n.º 4, do Regulamento de Provas Oficiais de Futsal, para que um clube possa participar nos campeonatos nacionais da primeira divisão, é obrigatório que “disponha de equipas de Juniores “A” e “B”, que tenham participado nas competições oficiais nacionais ou distritais da respetiva categoria na época anterior à participação na prova”.Esta regra, em vigor desde 1 de Julho de 2013, foi criada com o intuito de promover a modali-dade, pois obriga os clubes mais mediáticos a desenvolver escolas de formação, assim cativan-do cada vez mais jovens para a sua prática. Sucede porém, que tal regra, (que obriga a que os clubes que queiram participar nos campeo-natos nacionais da primeira divisão tenham tido na época anterior Juniores “A” e “B” em compe-tição) não veio acompanhada dos mecanismos, quer de fiscalização quer de divulgação, tão necessários num País que infelizmente (digo eu) o incumpridor é premiado e o cumpridor jocosa-mente tratado. Por isso, tal regra nunca foi até hoje cumprida e assim alguns clubes preparam-se para disputar, com a conivência da Federação, o campeonato nacional da primeira divisão na época 14/15 sem ter tido na época 13/14 as equipas de formação regulamentarmente obrigatórias. Suscitada a questão no início da presente época desportiva veio a Federação defender que a mesma, ao contrário do disposto no regulamento, apenas deverá ser considerada para a época 15/16 dando assim tempo ao faltoso para se adaptar às normas vigentes. Ora, se a decisão em si já surpreende, mais surpreendem algumas das justificações (consi-derandos) em que a mesma se funda, emanados por quem regula esta modalidade, cuja credibi-lidade tem de ser inquestionável, para que se possam atrair os necessários sponsors para o seu crescimento. Diz a Federação que a decisão se justifica por-que as Associações Distritais nunca verificaram se os clubes cumpriam ou não com este requisito de qualificação para participação nas competi-ções e também porque, ao longo das épocas, os clubes que poderiam beneficiar direta ou indire-tamente da desqualificação dos clubes que não cumpriam o requisito em causa, não levantaram qualquer obstáculo à respetiva participação. Ou seja, beneficia-se o infrator porque quem tinha que fiscalizar nunca fiscalizou e porque quem tinha o direito de se queixar nunca se queixou …Pois a Portela, como é público, recorreu da deci-são da Direção da Federação para o Conselho de Justiça da Federação e aguarda a decisão daquele órgão com a serenidade e confiança de quem entende que os regulamentos existem para ser cumpridos e não é porque nunca o foram que não o devem ser. Porque recorremos, dizem que queremos subir à primeira divisão nacional na secretaria, uma vez que não o conseguimos fazer no plano des-portivo. Mas nós simplesmente dizemos NÃO!!!Queremos apenas e tão só que os regulamentos sejam cumpridos, pelo que a questão que fica por responder é: o que move quem sustenta o não cumprimento da LEI?

Rui RegoAdvogadoDirector da Associação dos Moradores da Portela

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Portela apresenta queixa naFederaçãoMário Silva de malas fei-tas para o futsal sénior do Benfica onde vai ser adjunto da equipa principal. Ficando, assim, a equipa de futsal da AM Portela a cargo do seu antigo adjunto, José Amado.A equipa técnica será com-posta por José Amado

(Treinador Principal), Nuno Serra Mendes (Treinador Adjunto) e Teodósio (Treinador Guarda-Redes).

Ainda não se sabe o cam-peonato que a AMP irá dis-putar, a 1ª ou a 2ª divisão, porque as provas estão sus-

pensas devido a um recurso interposto pela Associação dos Moradores da Portela e pelo Clube Recreativo Piedense e ainda não são conhecidos os nomes de todas as equipas que vão figurar nas competições na época de 2014/2015. Em

causa está o incumprimento de vários clubes em relação às leis dos campeonatos nacionais nas duas princi-pais divisões de 2013/2014 em relação ao número de escalões de formação obri-gatórios.

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