Mudança Paradigma na Abordagem do Autismo

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MUDANÇA DE PARADIGMA PROVOCA MUDANÇA NO TRATAMENTO: BASES PARA UM NOVO TRATAMENTO DO ESPECTRO AUTISTA Dr. Rogério R. Rita Florianópolis -SC [email protected]

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Novo paradigma leva a nova forma de tratar.

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MUDANÇA DE PARADIGMA PROVOCA MUDANÇA NO TRATAMENTO:

BASES PARA UM NOVO TRATAMENTO DO ESPECTRO AUTISTA

Dr. Rogério R. RitaFlorianópolis -SC

[email protected]

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TRATAMENTO BIOMÉDICO MODERNOCONTEXTO HISTÓRICO

1908 Dr. Eugen Bleuler

Termo autismo para paciente retirado em si próprio

1943 Dr. Leo KannerPsicose infantil em 11 crianças

Autismo típico ou clássico desde o nascimento.

1944 Dr. Hans AspergerSíndrome de Asperger: adultos desajeitados falantes

1950 Dr. Bruno BettelheimTeoria da mãe gealdeira(autismo psicogênico)

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TRATAMENTO BIOMÉDICO CONTEXTO HISTÓRICO

1964 Dr. Bernard Rimland

Livro: Autismo Infantil:

A Síndrome e sua

Implicação para a Teoria

Neural do Comportamento. Nascimento de seu filho em 1956. Inicia a busca de tratamentos adequados. Destroi a teoria psicológica de “culpar a mãe”. Muda o paradigma do autismo: doença biológica ambiental

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TRATAMENTO BIOMÉDICO MODERNOCONTEXTO HISTÓRICO

1965 Fundação da Sociedade Americana de Autismo.

1967 Fundação do Autism Research Institute

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TRATAMENTO BIOMÉDICO MODERNOCONTEXTO HISTÓRICO

1974 E. SchoplerTEACCH, Carolina do Norte.

1979 PankseepTeoria sobre o excesso de opiáceos.

1981 Conexão entre autismo e candidíase. Ivar Lovaas : ABA 40 horas por semana 1985 É descoberto o papel da naltrexona

(antagonista opiáceo).

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TRATAMENTO BIOMÉDICO MODERNOCONTEXTO HISTÓRICO

1991 Dr. William Shaw- PhD em Bioquímica- Fundador e Diretor do

Laboratório Great Plains- Comprovou a relação flora

intestinal -> cérebro-> Autismo- Aperfeiçoou o Teste de Ácidos Orgânicos na Urina para o diagnóstico de doenças (com inúmeras patentes).- DIVULGADOR MUNDIAL DOS TRATAMENTOS BIOMÉDICOS.

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TRATAMENTO BIOMÉDICO MODERNOCONTEXTO HISTÓRICO

1995 Primeira Conferência organizada pelo ARI em Dallas, Texas É formado o movimento DAN! (Derrote o Autismo

Agora!) => MEDICINA FUNCIONAL APLICADA AO AUTISMO

1997 Dr. A. Wakefield Doença inflamatória intestinal ligada ao autismo. Hiperplasia nodular linfóide.

Papel do vírus do sarampo.

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TRATAMENTO BIOMÉDICO MODERNOCONTEXTO HISTÓRICO

2000 Terapia de Quelação Autismo como modelo da intoxicação por mercúrio e

outros metais pesados. Aparece Primeiro Protocolo de Quelação em Dallas.

2002 Escândalo nos EUA Várias pesquisas demonstram o papel neurotóxico do

mercúrio e outros metais. Os laboratórios farmacêuticos “voluntariamente”

retiram o dito metal das vacinas humanas (10 anos atrás já haviam retirado das vacinas para animais!).

2004 Dr. R. Buttar Introduz um novo quelante (DMPS). Cura de 27/32 crianças autistas (incluido seu próprio

filho).8

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TRATAMENTO BIOMÉDICO MODERNOCONTEXTO HISTÓRICO

200510 anos de aniversário do

movimento DAN!É divulgado centenas de

pacientes curados.Confrontação com grupos de

poderes econômicos e políticos de todo o mundo.

Conferência DAN! em Boston.Segundo protocolo de Quelação.

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Primeiro Congressoo Internacional sobre Autismo e Tratamentos da Atenção:

Um enfoque MultidisciplinarRio de Janeiro – 17 e 18 de março de 2007

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O Que é Autismo? Nova definição DSM 5

Desordem do Espectro Autista: tem que preencher os critérios A, B, C e D:A: Deficit persistente comunicação e interação social (todos 3)1. DEFICITS RECIPROCIDADE SÓCIO-EMOCIONAL : falha em compartilhar e de interagir2. DEFICIT DA COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL: pouca integração, contato ocular, expressar-se 3. DEFICIT NO DESENVOLVIMENTO DA IMAGINAÇÃO E INTERESSE NAS RELAÇÕES.

B: Comportamento repetitivo e interesses restritos (ao menos 2)1. ESTERIOTIPIAS E REPETIÇÃO DO DISCURSO, MOVIMENTOS MOTORES, OU USO DE OBJETOS2. ADESÃO EXCESSIVA A ROTINAS E PADRÕES RITUAIS , RESISTÊNCIA A MUDANÇAS 3. INTERESSE RESTRITOS E AUMENTADOS EM ÁREAS ANORMAIS4. HIPER OU HIPO REATIVIDADE A ESTÍMULOS SENSORIAIS OU INTERESSES SENSORIAIS ATÍPICOS

C: Sintomas presentes na primeira infânciaD: Sintomas prejudiquem funcionamento diário

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AspergerTDAHTiquesDislógica

TRANSTORNOGLOBAL

DESENVOLVIMENTO

TRANSTORNO DESINTEGRATIVO DO DESENVOLVIMENTO

AUTISMO CLÁSSICO

ESPECTRO AUTISTA SERÁ O ÚNICO DIAGNÓSTICO NO DSM V

TRANSTORNO DO DESENVOLVIMENTO CEREBRAL

Definido como distúrbio de comportamento

Comunicação ComportamentoEstereotípico

InteraçãoSocial

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FATOS E ESTATÍSTICAS NOS E.U.A.

• 1 em cada 50 crianças (1 em cada 31 meninos e 1 em cada 143 meninas). • Transtorno que mais está crescendo ( 72% desde 2007-2012)• Custo avaliado de bilhões de dólares annual (90% dos custos são serviços).• Custo ao longo da vida pode ser reduzido em 2/3 com o diagnóstico e a intervenção

precoce.

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CRIANÇA NO ESPECTRO AUTISTA

ALTERAÇÕES DO COMPORTAMENTO

ALTERAÇÕES DA BIOLOGIA

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ESPECTRO AUTISTA TIPO ISINDRÔMICO

MENINO1,7/1MENINA

DOENÇAS GENÉTICAS:X Frágil, Rett, Down,

Williams, Möbius, Angelman…

ENCELALOPATIAS CONGÊNTIAS:Rubéola, Herpes, Citomegalovírus,

Anóxicas, Tóxicas…

DESORDENS METABÓLICAS:Distúrbio Metabolismo dos

neurotransmissores,Mucopolissacaridoses, Erros Inatos do

Metabolismo…

DOENÇAS MITOCONDRIAI

S

EPILEPSIAS E DOENÇAS AUTO-IMUNES

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ESPECTRO AUTISTA TIPO II

NÃO–SINDRÔMICOREGRESSIVO

MENINOS 5/1 MENINA

ENCEFALOPATIAS TÓXICAS: Fungos

(antibióticos), Metais Pesados, Agrotóxicos…

ENCELALOPATIAS INFECCIOSAS:Rubéola, Herpes 6, Epstein-Baar

Citomegalovírus, Sarampo…

ALERGIAS ALIMENTARES:Glúten, Caseina, Fenol, Sulfatos…

DOENÇAS MITOCONDRIAI

S

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AUTISMO II NÃO É GENÉTICO, É AMBIENTAL OU EPIGENÉTICO !!!!As epimutações são herdáveis, por isto tem incidência maior em famílias.

Significa que são potencialmente tratáveis e possivelmente corrigidos

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Genetic Heritability and Shared Environmental Factors Among Twin Pairs With Autism

• Joachim Hallmayer, MD; Sue Cleveland, BS; Andrea Torres, MA; Jennifer Phillips, PhD; Brianne Cohen, BA; Tiffany Torigoe, BA; Janet Miller, PhD; Angie Fedele, BA; Jack Collins, MBA; Karen Smith, BS; Linda Lotspeich, MD; Lisa A. Croen, PhD; Sally Ozonoff, PhD; Clara Lajonchere, PhD; Judith K. Grether, PhD; Neil Risch, PhD

• Arch Gen Psychiatry. Published online July 4, 2011. doi:10.1001/archgenpsychiatry.2011.76 • ABSTRACT

Context Autism is considered the most heritable of neurodevelopmental disorders, mainly because of the large difference in concordance rates between monozygotic and dizygotic twins.

• Objective To provide rigorous quantitative estimates of genetic heritability of autism and the effects of shared environment.

• Main Outcome Measures Structured diagnostic assessments (Autism Diagnostic Interview–Revised and Autism Diagnostic Observation Schedule) were completed on 192 twin pairs. Concordance rates were calculated and parametric models were fitted for 2 definitions, 1 narrow (strict autism) and 1 broad (ASD).

• Results For strict autism, probandwise concordance for male twins was 0.58 for 40 monozygotic pairs (95% confidence interval [CI], 0.42-0.74) and 0.21 for 31 dizygotic pairs (95% CI, 0.09-0.43); for female twins, thE concordance was 0.60 for 7 monozygotic pairs (95% CI, 0.28-0.90) and 0.27 for 10 dizygotic

pairs (95% CI, 0.09-0.69). For ASD, the probandwise concordance for male twins was 0.77 for 45 monozygotic pairs (95% CI, 0.65-0.86) and 0.31 for 45 dizygotic pairs (95% CI, 0.16-0.46); for female

twins, the concordance was 0.50 for 9 monozygotic pairs (95% CI, 0.16-0.84) and 0.36 for 13 dizygotic pairs (95% CI, 0.11-0.60). A large proportion of the variance in liability can be explained by shared environmental factors (55%; 95% CI, 9%-81% for autism and 58%; 95% CI, 30%-80% for ASD) in addition to moderate genetic heritability (37%; 95% CI, 8%-84% for autism and 38%; 95% CI, 14%-67% for ASD).

• Conclusion Susceptibility to ASD has moderate genetic heritability and a substantial shared twin environmental component.

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Crescimento pré-natal do cérebro

100 bilhões de neurônios (via Láctea)No último trimestre: 580.000 por minuto

GENÉTICO XCONGÊNITO

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A CRIANÇA NASCE APENAS COM 25 % DO CÉREBRO, CRESCERÁ ATÉ 90% DO TAMANHO ADULTO COM A IDADE DE 3 ANOS. FATORES AMBIENTAIS PODEM AFETAR O PROCESSO DE CRESCIMENTO DO CÉREBRO ATIVANDO OU DESATIVANDO GENS. ISTO OCORRE PELA CRIAÇÃO DE SINAPSES E NÃO PELO AUMENTO DO NÚMERO DE CÉLULAS.

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NEUROPLASTICIDADECOM CRESCIMENTO DO CÉREBRO, CADA CÉLULA SE TORNA MAIOR E MAIS MIELINIZADA

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NEUROPLASTICIDADEMAIORIA DO CRESCIMENTO SE DEVE AO AUMENTO DA CONECTIVIDADE FUNCIONAL

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Dynamic Mapping of Human Cortical Development during Childhood through Early Adulthood

Proceedings of the National Academy of Sciences of the USA, 101(21):8174-8179, May 25 2004

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Hemisférico Direito e Esquerdo

Dois hemisférios funcionando cooperativamente conectados pelo corpo

caloso

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CÉREBRO HUMANO ASSIMÉTRICO

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FUNÇÕES LATERALIZADASCOMBINAÇÃO ÚNICA DESTAS TORNA O CÉREBRO HUMANO ÚNICO

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DESCONEXÃO FUNCIONAL

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LESÃO HEMISFÉRIO ESQUERDO OU DO HEMISFÉRIO DIREITO LEVARÃO AO DEFICIT DA LINGUAGEM

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© MAPS 2012

Reelina pode ter um papel central na patogênese e manutenção do Espectro Autista

Reelina é uma grande glicoproteina secretada na matrix extracelular que ajuda a regular o processo de migração neuronal e posicionamento celular no cérebro em desenvolvimento controlando a interação celular . Modula a plasticidade sináptica e também estimula o desenvolvimento dos dendritos e regula a migração contínua dos neuroblastos (neurogênese em adultos nas zonas subventricular e subgranular).

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© MAPS 2012

Rato deficiente de Reelina

Reelina regula a migração ordenada ao longo das fibras gliais para criar os circuitos de minicolunas

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© MAPS 2012

DB células gabaérgicas interneurônios podem ter um papel importante no ASD; por reduzir a secreção de reelina assim como a inibição gabaérgica da atividade cortical.

DB secrete Reelin: Rodriguez MA et al, (2000)

Kawaguchi Y, Kubota Y. GABAergic cell subtypes and their synaptic connections in rat frontal cortex. 1997 Sep; Cereb Cortex. 7(6):476-8

Fonte primária de reelina

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© MAPS 2012

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© MAPS 2012

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© MAPS 2012

Controle

Dia 9

Dia 17

Gestação típica de um rato é de 19 a 21 dias.

Agressão imune usando Polyl-C (composto sintético que assemelha ao RNA viral) por via IV durante gestação.

Os ratos maduros foram testados comportamentalmente depois sacrificados

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© MAPS 2012

A maior diferença na exploração ambiental foi com os ratos expostos no DG 9

Aumento de comportamentos repetitivos foram vistos nos ratos que foram expostos tardiamente (DG17)

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© MAPS 2012

A produção de Reelina, um regulador da migração neuronal e sinaptogênese, foi reduzida em ambas exposições , sendo maior no meio da gestação (DG9).

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© MAPS 2012

A expressão imunogênica foi muito diferente entre os dois dias de exposição (DG9 e DG17)

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© MAPS 2012

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Neuroinflamação como base fisiopatológica paraEspectro Autista II

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Mediadores imunes de curta ação causam inflamação cerebral de longa duração!!!!Aumentos de TNF-alfa são ocasionados pela

infecção de bactérias ou outros agressores.No sangue este aumento dura 9 horas.No fígado este aumento dura 1 semana.

NO CÉREBRO DURA 10 MÊSES

Isto significa que se alguém fica exposto a um disparador de TNF-alfa frequentemente pode

parecer que tem um problema cerebral crônico e intratável.

Quin, GLIA, 2007

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GENÉTICO

GASTRO-INTESTINA

L

METABÓ-LICO

IMUNO-LÓGICO

NEURO-LÓGICO

A Diminuição da Atividade Cerebral afeta o

funcionamento do restante do corpo ou as alterações

corporais afetam o cérebro?

AUTISMO TIPO I

AUTISMO TIPO II

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FISIOPATOLOGIA DO ESPECTRO AUTISTA

1. Predisposição genética Gênero masculino. HLA – tipo 048 (alelo nulo). Histórico familiar de autoimunidade: alergias, asma, diabetes,

colitis, tireoidites, doença inflamatória intestinal, etc. Polimorfismos genéticos (Polimorfismos nucleotidos únicos):

MTHFr: Metileno Tetrahidrofolato redutase.COMT: Catecolamina O-metiltransferase.MTRR/MTR: Metionina Sintetase e Metionina Sintase Redutase.TCII: Transcobalamina.GABRB3: Gaba receptor.ADA: Adenosina Deaminase.Mutante UBE3A (ubiquitin ligase).CBS: Cistatione Beta-Sintase.

Rotas metabólicas de desintoxicação de metais pesados (mercúrio, chumbo, arsênico, antimônio, alumínio e cádmio) imaturas, lentas ou inexistentes.

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FISIOPATOLOGIA DO ESPECTRO AUTISTA

2. Fatores ambientais detonadores Sobre a mãe: amálgamas dentais, peixes, vacinas, exposição

a metais pesados, e contaminantes orgânicos persistentes, antibióticos, anticonceptivos orais, drogas ilícitas (cocaína).

Sobre a criança: Exposição a metais pesados (mercúrio, chumbo, antimônio,

arsênico, alumínio): ar, leite materno, alimentos, água. Exposição a contaminantes orgânicos persistentes: pesticidas,

herbicidas, bisfenóis, PCBs, DDT, etc. Vacinação com preservantes a base de mercúrio (Hg) (timerosal)

e alumínio (Al). Infecção crônica por vírus “atenuado” das vacinas, sarampo,

HHV6, citomegalovirus. Abuso de medicamentos: corticóides, antibióticos,

antiinflamatórios.

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FISIOPATOLOGIA DO ESPECTRO AUTISTA

3. Doença Inflamatória intestinal Hipertrofia nodular linfoidea a nível ileal. Transtorno imunológico inicial. Hiperpermeabilidade intestinal: absorção de

fragmentos de alimentos inadequadamente digeridos: caseomorfina, gliadomorfina.

Disbiose intestinal: Proliferação de fungos e bactérias anaeróbicas com produção de toxinas.

Digestão inadequadas de nutrientes: déficit de vitaminas e minerais essenciais.

Dor, diarréia, constipação, gases, gastrites, úlceras, refluxo, sangramento.

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FISIOPATOLOGIA DO ESPECTRO AUTISTA

4. Transtornos imunológicos Múltiplas doenças alérgicas: urticária, rinite, asma

brônquica, eczemas. Suscetibilidade aumentada às infecções: otites,

amigdalites, infecções respiratórias, e digestivas. Uso e abuso de antibióticos agrava a disbiose

intestinal. Incapacidade de resistir a infecções virais,

parasitárias, micóticas e bacterianas. Fenômenos autoimunes. Desmielinização cerebral por inflamação do sistema

nervoso.

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FISIOPATOLOGIA DO ESPECTRO AUTISTA

5. Transtornos metabólicos Desintoxicação hepática inadequada. Incapacidade eliminar os metais pesados tóxicos. Estresse oxidativo. Rotas metabólicas alteradas: metilação, sulfatação,

desintoxicação, depleção de antioxidantes, depleção de glutationa, etc.

Incapacidade de utilizar com eficácia as vitaminas e nutrientes essencias.

Deficiência de minerais: cálcio, magnésio, selênio e zinco.

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Page 66: Mudança Paradigma na Abordagem do Autismo

FISIOPATOLOGIA DO ESPECTRO AUTISTA

6. Transtornos neurológicos Anormalidades comportamental, de

pensamento, linguagem e capacidades cognitivas.

Destruição da capa de mielina. Transtornos dos órgãos dos sentidos. Encefalopatia causada pelos derivados

morfínicos. Danos Imunológicos: autoanticorpos contra

as células cerebrais.

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Page 67: Mudança Paradigma na Abordagem do Autismo

FISIOPATOLOGIA DO ESPECTRO AUTISTA

7. Transtornos nutricionais Dieta muito restrita e limitada pelos gostos

pessoais. Digestão inadequada dos nutrientes e

oligoelementos produz quadros de carência. Perda de peso. Desnutrição. Dano imunológico. Maior predisposição as doenças.

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Page 68: Mudança Paradigma na Abordagem do Autismo

FISIOPATOLOGIA DO ESPECTRO AUTISTA

8. Transtornos hormonaisIncapacidade para realizar o catabolismo da

testosterona e/ou seus metabólitos.Alcança a puberdade precocemente.Incapacidade para a regeneração dos

antioxidantes.Maior estresse oxidativo.

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Page 69: Mudança Paradigma na Abordagem do Autismo

AS CRIANÇAS SÃO OS CANÁRIOS DA MINA

Page 70: Mudança Paradigma na Abordagem do Autismo

Causas Ambientais do Autismo

Page 71: Mudança Paradigma na Abordagem do Autismo

ESPECTRO AUTISTA

INTOXICAÇÃO: Fungos (antibióticos), Metais

pesados, Agrotóxicos…

IMUNIDADE:Alergias e infecções…

ALERGIAS ALIMENTARES:Glúten, caseina, fenol, sulfatos…

DOENÇAS MITOCONDRIA

IS

NEUROINFLAMAÇÃO SUBCLÍNICA

ALTERAÇÕESCOMPORTAMENTAIS

Page 72: Mudança Paradigma na Abordagem do Autismo

Imagem inicial de NeuroSPECT 3D de um paciente autista.

Page 73: Mudança Paradigma na Abordagem do Autismo

NeuroSPECT APÓS 2, 5 anos de tratamento

Page 74: Mudança Paradigma na Abordagem do Autismo

AUTISMOS É TRATÁVEL, A RECUPERAÇÃO É POSSÍVEL

MUDANDO O PARADIGMA:

PARADIGMA ANTIGO

PARADIGMA NOVO

Causalidade desconhecida ouGeneticamente determinado

Ambientalmente estimulado eEpigeneticamente modificável

Doença Neurológica e /ou Psiquiátrica

Doença Sistêmica, comprometimento Neuro-Imune

Patologia de origem estrutural ou desconhecidaDOENÇA CEREBRAL

Patologia imunotoxicometabólicaDOENÇA QUE AFETA TAMBÉM O CÉREBRO

TRATAMENTO SINTOMÁTICO E COMPORTAMENTAL (CEREBRAL)

TRATAMENTO ETIOLÓGICO E ESTIMULAÇÃO IMUNOMETABÓLICA

Tratável dificilmentemas não recuperável

Tratável e recuperável(dependendo do caso)

Page 75: Mudança Paradigma na Abordagem do Autismo

MUITO OBRIGADO PELA ATENÇÃO!!!

Dr. Rogério R. RitaFlorianópolis -SC

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