Muita Gente Pergunta Quais as Difernças Entre Luteranos e Arminianos

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Muita gente pergunta quais as difernças entre luteranos e arminianos. Segue aí um texto a respeito: 1. VONTADE LIVRE: O primeiro ponto do Arminianismo sustenta que o homem, mesmo após a queda é dotado de vontade livre de tal modo que ainda que na qualidade de homem natural, espiritualmente morto, possa decidir-se por conta própria se quer ou não optar pela salvação eterna. Teologia Luterana: Rejeitamos este ensino Arminiano. Cremos, Ensinamos e Confessamos que no paraíso o homem foi dotado de vontade livre, mas após a queda esta liberdade perdeu-se juntamente com a perda da “Imago Dei”. Com a queda o homem não só deixou de ser imagem e semelhança de Deus, como passou a ser imagem do pecado, escravo de Satanás. Com isto perdeu o atributo chamado “Livre Arbítrio”. Nossa doutrina é que o entendimento e a razão do homem são cegos em coisas espirituais, e nada entende ele com suas próprias forças, como está escrito: “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las”. Sendo assim, como poderia alguém morto em seus delitos e pecados, decidir-se por algo espiritual como a Salvação Eterna, visto que o homem natural sequer é capaz de entender tais questões? Arminius acreditava que a queda do homem não foi total, e sustentou que no homem, restou "bem" suficientemente capaz de habilitá-lo a querer aceitar Cristo como Salvador. Evidentemente isto não é verdade. Este erro arminianista faz parte da controvérsia Flaciana (1560 1575). Teologia Luterana: Rejeitamos este ensino Arminiano. Cremos, Ensinamos e Confessamos que o pecado original é pecado que herdamos de adão, isto é, a completa corrupção de toda a natureza humana, agora privada da justiça original, inclinada para todo o mal e sujeita à condenação. (cf. Sl 51.5; Rm 7.14,18,23; Rm 3,23; Sl 143,2; Gn 8,21; Rm 8,7; Jr 2,22; Ef 2,3; Jo 3,5). Não somente os assumidamente Arminianos, mas muitos outros grupos negam essa corrupção total: Os Pelagianos, os Católicos, os Metodistas, os Adventistas, a Ciência Cristã, os Mórmons, os Pentecostais, e todos os entusiastas em geral. 2. ELEIÇÃO CONDICIONAL

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  • Muita gente pergunta quais as difernas entre luteranos e arminianos.

    Segue a um texto a respeito:

    1. VONTADE LIVRE:

    O primeiro ponto do Arminianismo sustenta que o homem, mesmo aps a

    queda dotado de vontade livre de tal modo que ainda que na qualidade de

    homem natural, espiritualmente morto, possa decidir-se por conta prpria

    se quer ou no optar pela salvao eterna.

    Teologia Luterana: Rejeitamos este ensino Arminiano. Cremos, Ensinamos

    e Confessamos que no paraso o homem foi dotado de vontade livre, mas

    aps a queda esta liberdade perdeu-se juntamente com a perda da Imago Dei. Com a queda o homem no s deixou de ser imagem e semelhana de Deus, como passou a ser imagem do pecado, escravo de Satans. Com isto

    perdeu o atributo chamado Livre Arbtrio. Nossa doutrina que o entendimento e a razo do homem so cegos em coisas espirituais, e nada

    entende ele com suas prprias foras, como est escrito: Ora, o homem natural no aceita as coisas do Esprito de Deus, porque lhe so loucura; e

    no pode entend-las. Sendo assim, como poderia algum morto em seus delitos e pecados, decidir-se por algo espiritual como a Salvao Eterna,

    visto que o homem natural sequer capaz de entender tais questes?

    Arminius acreditava que a queda do homem no foi total, e sustentou que

    no homem, restou "bem" suficientemente capaz de habilit-lo a querer

    aceitar Cristo como Salvador. Evidentemente isto no verdade. Este erro

    arminianista faz parte da controvrsia Flaciana (1560 1575).

    Teologia Luterana: Rejeitamos este ensino Arminiano. Cremos, Ensinamos

    e Confessamos que o pecado original pecado que herdamos de ado, isto

    , a completa corrupo de toda a natureza humana, agora privada da

    justia original, inclinada para todo o mal e sujeita condenao. (cf. Sl

    51.5; Rm 7.14,18,23; Rm 3,23; Sl 143,2; Gn 8,21; Rm 8,7; Jr 2,22; Ef 2,3;

    Jo 3,5).

    No somente os assumidamente Arminianos, mas muitos outros grupos

    negam essa corrupo total: Os Pelagianos, os Catlicos, os Metodistas, os

    Adventistas, a Cincia Crist, os Mrmons, os Pentecostais, e todos os

    entusiastas em geral.

    2. ELEIO CONDICIONAL

  • Arminius ensinava tambm que a eleio estava baseada no Pr-

    conhecimento de Deus em relao quele que deve crer. Em outras

    palavras, o ato de f, por parte do homem, a condio para ele ser eleito

    para a vida eterna, uma vez que Deus previu que ele exerceria livremente

    sua vontade, num ato de volio positiva para com Cristo.

    Teologia Luterana: Rejeitamos este ensino Arminiano. Cremos, Ensinamos

    e Confessamos que sendo a f no Salvador Jesus algo espiritual, torna-se

    impossvel ao homem produzi-la por sua prpria vontade e fora, pois

    como dito anteriormente o homem est morto em seus delitos e pecados

    (Ef. 2,5; Ico 2.6-10,14;), e de modo algum pode entender as coisas do

    Esprito de Deus.

    No existe algo como f pr-existente. Se Deus salvasse o homem tendo como causa algo pr-existente na humanidade, ento a salvao j no seria

    pela graa, mas por mrito de cada individuo. O mximo que conseguimos

    por esforo e vontade adquirir conhecimento intelectual sobre Deus, tal

    conhecimento, porm em nada nos serve para efeito de salvao. mister

    lembrar que F verdadeira outra coisa no seno a operao autentica do

    Esprito Santo em nossas vidas.

    3. EXPIAO UNIVERSAL

    Arminius e seus seguidores sustentam que a redeno geral. Em outras

    palavras: A morte de Cristo oferece a Deus base para salvar a todos os

    homens. Contudo, cada homem deve exercer sua livre vontade para aceitar

    a Cristo.

    Teologia Luterana: Rejeitamos este ensino Arminiano. Cremos, Ensinamos

    e Confessamos que embora acertadamente se ensine que Jesus morreu por

    toda a humanidade e quer seriamente que todos sejam salvos, nossa justia

    perante Deus consiste no fato de que Deus nos perdoa os pecados por mera

    Graa, sem qualquer obra, mrito, deciso prpria, ou dignidade nossa

    precedente, presente ou consequente, nos d de presente e imputa a justia

    da obedincia de Cristo, justia em razo da qual somos aceitos por Deus

    na graa e considerados justo.

    No somente os Arminianistas, mas todos os Pelagianistas e Semi-Pelagianistas munidos de suas vrias formas de sinergismos erroneamente

    crem que o homem natural pode, com suas prprias foras, voltar-se do

    pecado ao Salvador, crer nEle e assim ser salvo; ou que pode, em alguma

    medida, cooperar com o Esprito Santo em sua converso. Admitem que a

    redeno se efetuou sem a cooperao do homem, mas insistem que o

  • homem deve contribuir com algo de positivo, por menos que seja, para sua

    converso, e que, a menos que faa isto, no pode ser convertido. O

    sinergismo doutrina falsa. Resulta de tentativas no sentido de explicar

    porque alguns so convertidos e outros no. Veremos que conquanto o

    homem possa ser convertido, nada pode fazer a favor de sua converso. (Sumrio da Doutrina Crist Koehler Pg. 121)

    4. A GRAA PODE SER IMPEDIDA

    Os Arminianos corretamente crem que Deus quer que todos os homens

    sejam salvos, e que Ele envia seu Santo Esprito para atrair todos os

    homens a Cristo. Contudo, segundo eles, desde que o homem goza de

    vontade livre absoluta, ele pode resistir vontade de Deus em relao a sua

    prpria vida. Vale lembrar que os Arminianos sustentam que, primeiro, o

    homem exerce sua prpria vontade e s depois nasce de novo. E que, ainda

    que creia que Deus onipotente, insistem em que a vontade de Deus, em

    salvar a todos os homens, pode ser frustrada pela finita vontade do homem

    como indivduo.

    Teologia Luterana: Rejeitamos este ensino Arminiano. Cremos, Ensinamos

    e Confessamos que realmente Deus deseja que todos os homens sejam

    salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade (I Tm 2.4). Deus

    enviou seu filho ao mundo para que o salvasse (Jo 3,17). Deus no nos

    destinou para ira, mas para salvao (I Ts 5,9). Porm, Deus Onipotente e

    sua vontade no pode em hiptese alguma ser frustrada. A graa de Deus

    irresistvel. Assim sendo, o homem natural no s no conhece o Deus da

    graa, como lhe impossvel decidir-se por segui-lo. O que torna intil a

    especulao sobre se o homem em seu estado natural pode simplesmente

    resistir, ou rejeitar a graa salvadora.

    5. O HOMEM PODE CAIR DA GRAA

    O quinto ponto do Arminianismo a consequncia lgica das precedentes

    posies de seu sistema. O homem no pode continuar na salvao, a

    menos que continue a querer ser salvo.

    Teologia Luterana: Rejeitamos este ensino Arminiano. Cremos, Ensinamos

    e Confessamos que o homem aps a converso se mantm na salvao por

    Obra e Graa de Deus, que na pessoa do Esprito Santo nos acolhe, consola

    e nos preserva na f verdadeira. De modo que mesmo na manuteno da

    Graa no h qualquer participao humana, ou mrito que o habilite a

    permanecer na condio de salvo.

  • Com isto surge a pergunta: Ento uma vez salvo, sempre salvo, no

    importa o que faa?

    Resposta: A nica maneira de algum perder a salvao se aps

    convertido apostatar da f, como nos mostra claramente o texto bblico:

    Mas o Esprito expressamente diz que nos ltimos tempos apostataro alguns da f, dando ouvidos a espritos enganadores, e a doutrinas de

    demnios;" (I Tm 4,1).

    Resumindo: Deus quer salvar a todos. O evangelho oferece a redeno em

    Cristo a todos. Quem salvo salvo unicamente pela graa de Deus. Quem

    se perde se perde por culpa prpria. (Cremos por isto tambm falamos - pg.

    54 - Otto O. Goerl - Frmula de Concrdia)