Muito mais do que fixar conteúdos, ela prepara o aluno para a vida

7
NO MEU TEMPO... Um dia, aluno. Hoje, professor do CSJT NóS FAZEMOS ASSIM Professoras apostam na parceria ON- LINE Que tal curtir a página do colégio no Facebook? Muito mais do que fixar conteúdos, ela prepara o aluno para a vida A Revista do Colégio São Judas Tadeu | Ano II – Nº 8 | AGO 2011

Transcript of Muito mais do que fixar conteúdos, ela prepara o aluno para a vida

Page 1: Muito mais do que fixar conteúdos, ela prepara o aluno para a vida

No Meu TeMpo...Um dia, aluno. Hoje, professor do CSJT

Nós FazeMos assiMProfessoras apostam na parceria

oN-liNeQue tal curtir a página do colégio no Facebook?

Muito mais do que fixar conteúdos, ela prepara o aluno para a vida

A Revista do Colégio São Judas Tadeu | Ano II – Nº 8 | AGO 2011

Page 2: Muito mais do que fixar conteúdos, ela prepara o aluno para a vida

3AGO2011 GerAçãO SãO JUdAS

lição de casa é uma ferramen-ta essencial para o desenvol-

vimento dos estudantes. Sua prática sistemática permite que os alunos de-senvolvam competências importantes ao longo da vida adulta e profissional. Quem não precisa saber se organizar, dividir bem o tempo e priorizar as tarefas a serem feitas? Que profissão não requer disciplina e estudo cons-tantes? Todos nós vamos, invariavel-mente, lançar mão ao longo da vida de recursos aprendidos por meio da prática diária da lição de casa. Por isso, este foi o tema escolhido para a oitava edição da revista Geração São Judas. Nela, você também poderá

ler sobre as novidades do Colégio, como a futura instalação de armá-rios individuais para uso dos alunos (lockers) e a nona edição da Festa Italiana do Colégio. Saberá também por que é importante a parceria es-tabelecida entre duas professoras do Ensino Fundamental; ficará por dentro do que uma aluna do 8º ano aprendeu sobre combate a incêndios e verá como foi a doação de ovos de Páscoa a crianças carentes organiza-da pelos estudantes. Além disso, esta edição traz um pouco sobre o profes-sor Eurico Ruivo, que começou sua história como aluno do São Judas e, hoje, colabora para a formação dos

alunos como professor de Matemá-tica. Desta vez, a leitura da Geração São Judas será a sua lição de casa, caro leitor. Aproveite!

NO MEU TEMPO...Um dia, aluno. Hoje, professor do CSJT

NÓS FAZEMOS ASSIMProfessoras apostam na parceria

ON-LINEQue tal curtir a página do colégio no Facebook?

Muito mais do que fi xar conteúdos, ela prepara o aluno para a vida

A Revista do Colégio São Judas Tadeu | Ano II – Nº 8 | AGO 2011

agosTo 2011 | Nº 8

RepoRtagem de Capa

A lição de casa estimula o senso crítico, a responsabilidade e o gosto pelos estudos

4

carta ao leitor

Se quiser participar de nossa revista, escreva para [email protected] e sugira uma reportagem ou indique algum assunto de seu interesse para as seções.

Crescer todos os dias

Arqu

ivo

pess

oal

10AlunA RepóRteREstudante relata o treinamento dos bombeiros para o combate a incêndios

10escolA cheiA de VidAAlunos organizam doação de ovos de Páscoa para crianças carentes

no Meu teMpoEurico Ruivo, professor de matemática do CSJT, já foi aluno

11

8O segredo para o bom planejamento é o trabalho em parcerianós FAzeMos AssiM

fique por dentro

mateRial dentRo do aRmáRioO Colégio São Judas Tadeu, por inter-médio da Papelaria do Colégio, oferece a locação de lockers (armários escolares de padrão americano), aos alunos do 6º ano do Ensino Fundamental em diante. Dessa maneira, os estudantes interessados não terão mais de se preocupar em carregar todo o material escolar na ida do Colégiopara casa e vice-versa. A medida alivia o peso da mochila e também faz com que os usuários pratiquem o zelo por seus pertences. O tamanho do armário é de 45 x 35 x 37 centímetros e o valor do aluguel é semestral. Mais informações sobre a locação na Papelaria do Colégio.

paRa esCReveR bemDesde o início de maio, o Colégio São Judas Tadeu oferece a Oficina de Re-dação, uma atividade extracurricular, direcionada a alunos do Ensino Médio. As aulas são gratuitas e acontecem às segundas e às quartas-feiras, das 13h às 14h30. A turma atual é composta por 27 integrantes. Um novo grupo será formado em setembro e terá aulas até novembro. O objetivo é preparar e orien-tar os estudantes com dificuldades em redação para os cursos vestibulares.

Curta o São Judas

São Judas on-line

Você já curtiu a página da comunidade do Colégio São Judas Tadeu no Face-book? Ao clicar no botão , você passa a fazer parte da comuni-dade e a receber todas as atualizações feitas na página. Mais de 500 pes-soas já estão conectadas com o que acontece no Colégio e acompanham a postagem de fotos antigas, de comen-tários feitos por alunos e ex-alunos e também de comunicados da escola. Acesse facebook.com/csjt1947 e curta você também!

Colégio SÃO JUDAS TADEURua Clark, 213 - Mooca

São Paulo - SP - 03167-070fone: 11 2174.6422 | fax: 11 2174.6424

[email protected]

@csjt csjt1947

SUPERVISÃO GERALIvan Galvão Bueno Trigueirinho

CONSELHO EDITORIAL

Cesar Farid HaddadDomingos da Silva BiondiErica Camocardi Licastro

Reginaldo Rodrigues de Oliveira

REVISÃOSadika Osmann

PROJETO GRÁFICO

Fred [email protected]

IMPRESSÃO

Agns Gráfica e Editorawww.agns.com.br

fone: 11 2966.0322

CRIAÇÃO, COORDENAÇÃO E TEXTOSo Ham – Comunicação para Educação

www.sohamcomunicacao.com.brfone: 11 3542.8322

A reprodução de textos desta edição é permitida, exclusivamente para uso editorial, desde que citada

a fonte. Textos assinados e fotos com crédito identificado somente podem ser reproduzidos com autorização, por escrito, de seus autores.

expedienteIvan Trigueirinho

Diretor do Colégio São Judas Tadeu

@ivantrig

Foto

de

capa

SXC

anote na agendaA tradicional Festa Italiana do Colégio São Judas

Tadeu já tem data certa para este ano. A nona edição será realizada no dia 1º de outubro,

na praça de alimentação da Universidade São Judas Tadeu (R. Taquari, 546, Mooca), das 11h às 22h.

Além de um momento de confraternização, será uma excelente oportunidade para praticar a solidariedade, pois toda a renda do evento é revertida para a Casa José Eduardo Cavichio (Cajec), em Taboão da Serra (SP), que cuida de crianças e adolescentes carentes com câncer.

Page 3: Muito mais do que fixar conteúdos, ela prepara o aluno para a vida

5AGO2011 GerAçãO SãO JUdAS4 GerAçãO SãO JUdAS AGO2011

reportagem de capaFotos: Meire Cavalcante

epois de um dia cansativo de aula, ao chegar em casa, o que a maioria dos alunos quer é, na verdade, um bom descanso. Mas, opa! Espere um minuto. Tem lição de casa! Nessa hora, é bas-tante comum observar a “preguicinha” de realizar as atividades trazidas da escola. Por isso, o incentivo e o interesse da família

são muito importantes. Além disso, a escola também precisa elaborar atividades desafiadoras, que instiguem as crianças e os adolescentes e que colaborem para seu crescimento.

Em alguns casos, o assunto traz um certo desconforto. Para os profes-sores, pensar diariamente em lições de casa relevantes, adequadas e que realmente ajudem no aprendizado dos conteúdos programados, é um de-safio. Para os pais, trata-se de uma incógnita: muitas vezes, parece que há tarefa demais. Outras, de menos. Em certos casos, fica a sensação de que é errado a criança precisar de ajuda para realizar a tarefa (o que nem sempre é verdade, pois alguns tipos de tarefa podem requerer, sim, a par-ticipação estratégica da família). Para os alunos, a lição de casa pode gerar sentimentos conflituosos. Há aqueles perfeccionistas, que não admitem o erro e que buscam fazer o que imaginam que o professor deseja ver. Ou-tros fazem disso um pretexto para ter a presença e a atenção dos pais. Há os que se esquecem de fazer ou de levar a lição. Os que deixam sempre para mais tarde e acabam sem tempo. Mas, em muitos casos, a tarefa é tirada de letra, pois existe uma rotina estabelecida.

Para que serve isso?Em primeiro lugar, é fundamental entender a importância da lição de

casa, já que se trata de uma parte significativa do processo escolar. Se-gundo a educadora Eliane Palermo Romano, em seu texto Lição de casa – que prática é esta?, as tarefas são “uma oportunidade de autoaprendi-zagem, autoconhecimento, de reflexão, de expressão e de crescimento pessoal do aluno”. Para isto, continua a autora, “é preciso repensar duas crenças arraigadas: a de que a tarefa de casa tem como objetivo que o aluno aprenda o que foi trabalhado em classe, fazendo exercícios repeti-tivos e mecânicos; e a crença de que a obrigatoriedade da lição diária gera, por si só, a responsabilidade e o hábito de estudo”. Por isso, as atividades devem ser criativas, dinâmicas, interessantes e desafiadoras. Só assim farão sentido para o aluno e despertarão, por meio do estímulo, o gosto pelo estudo e pela reflexão.

É o que faz a professora de História e de Sociologia, Mônica Perolli Broti. Suas tarefas nunca são repetitivas e passam bem longe de exercí-cios de pergunta e resposta para memorização. Recentemente, ela pas-sou como lição de casa a leitura de um texto de Marcelo Coelho, colunis-ta da Folha de S.Paulo, tema que depois foi debatido em sala de aula. “Procuro fazer meus alunos interpretarem o cotidiano que vivem”, ex-plica. O texto tratava de uma crítica a humoristas, populares entre o público jovem, que divulgaram piadas antissemitas e ofensivas em shows ou pela internet. No debate, os estudantes trouxeram posições e análises críticas, ponderando que o humor precisa de limites quando fere os di-reitos humanos.

Em outra lição de casa, Mônica usou como mote a proibição do véu das meninas muçulmanas em escolas francesas. A tarefa, dada ao 7º ano, era para que os alunos se organizassem em grupos e montassem um tribunal. De um lado, garotas vestidas com o véu e seus advogados, reclamando o direito à livre expressão da religiosidade. De outro, autoridades francesas defendendo a laicidade do estado. “Foi muito interessante. Eles aprende-ram conceitos como julgamento, sentença e democracia. Um de meus alunos chegou até a estudar a Revolução Francesa, que é um conteúdo do ano seguinte, para criar sua argumentação”, conta Mônica.

As tarefas de casa são muito mais do que uma forma de fixar conteúdos vistos em aula, pois despertam responsabilidade, reflexão e senso de organização nos estudantes

Ensino Médio: a lição de casa de Sociologia requer a leitura crítica do mundo

Page 4: Muito mais do que fixar conteúdos, ela prepara o aluno para a vida

6 GerAçãO SãO JUdAS AGO2011 7AGO2011 GerAçãO SãO JUdAS

reportagem de capa

cola, lantejoulas, barbante e palitos e solicita tarefas que tenham a ver com o que está sendo visto em sala de aula. “Eles ficam muito felizes e valorizados por levar lição para casa”, diz Denise.

A diretora da Educação Infantil, Cibele Cortelli Trigueirinho, afirma que, sempre que possível, os pais poderão acompanhar o filho nas tarefas, reforçando o conteúdo aprendido, porém, deixando-o fazer sozi-nho e, se necessário, com alguma explicação. “É uma forma simples de pais e filhos trocarem ricas experi-ências que irão contribuir para o desenvolvimento da criança. Esse momento precisa ser prazeroso, sem que os pais apontem erros, mas, sim, reforcem conquistas”, diz. Para a coordenadora Mônica Miotto Bertolini, os pais devem ajudar no que for

possível, mas sempre respeitando a forma como o aluno está

aprendendo um conteú-do. “Muitas vezes, na ânsia de ajudar, os pais se atrapalham porque não apren-deram da mesma forma, por exemplo,

os cálculos matemáticos”, afirma. Assim, querendo ajudar, é possível que a família até confunda a criança.

Para possibilitar vivências em família em torno da vida acadêmica das crianças, a professora Denise Dio-go também solicita tarefas que requerem a participa-ção direta dos pais. Recentemente, para aprender conceitos de temporalidade e trabalhar com a memó-ria afetiva e a identidade dos pequenos, cada um trou-xe de casa fotografias de três épocas distintas de suas vidas e o relato das famílias.

O cuidado dos pais com a lição vai muito além do rendimento escolar. A professora Simone Dias, do in-fantil do período da manhã, ressalta que, muitas ve-zes, as crianças pequenas voltam para a escola sem fazer a lição de casa. Alguns pais acreditam que, por estarem na Educação Infantil, a falta da lição de casa não implica em prejuízo, o que não é verdade. “Além de perder o conteúdo, a criança se sente muito mal quando vê que os colegas fizeram a lição e ela, não. Isso causa tristeza e o rendimento cai. É preciso valo-rizar a lição de casa, olhar a agenda e conferir o mate-rial da criança diariamente”, orienta Simone. São cui-dados que começam desde cedo, mas que refletirão no desenvolvimento do aluno por toda a vida. •

O professor de Biologia, Alex Fernando Garrido, também procura oferecer atividades que façam senti-do aos alunos. Recentemente, eles analisaram o que é jogado no lixo da escola e qual o valor financeiro dos resíduos. Muitos se espantaram com o valor comercial de materiais que, aparentemente, não valeriam nada por estarem no lixo, como o alumínio. Alex também solicitou, em outro exercício, a participação das famí-lias. Para trabalhar conceitos de genética, pediu aos alunos que investigassem sua árvore genealógica. Em outra ocasião, os estudantes registraram a distância percorrida de casa até a escola e o tempo que levaram para fazer o trajeto. Depois, calcularam a velocidade média. “Só depois mostrei a fórmula de física. O con-teúdo é a aplicação dela, e não a fórmula em si. A lição de casa primeiro mostrou sua utilidade. Assim, a ma-téria faz sentido”, explica Alex.

No Ensino Fundamental, a professora de Língua Inglesa, Juliana Navi do Nascimento, também usa re-cursos instigantes para mobilizar os alunos. Ela pro-move jogos, brincadeiras e competições. Em um dos exercícios, por exemplo, os alunos precisaram elabo-rar uma série de perguntas e respostas, com as quais desafiariam os grupos rivais. “Essa é uma maneira de estudarem, uma vez que, para fazer perguntas coeren-tes, precisarão entender a matéria”, diz Juliana.

Outro objetivo da lição de casa é despertar no estu-dante a responsabilidade que ele deve ter com o pró-prio crescimento. Por isso, a professora Marcia Regina Teixeira Garcia, que coordena a área de Inglês e lecio-na para o Ensino Médio, sempre oferece, além das li-ções sistemáticas, diversas atividades opcionais. Ela publica no site da escola séries de exercícios, todos com explicações introdutórias e gabaritos com respos-tas. Faz quem quer. “Explico a eles que o avanço de cada um depende do quanto fizerem por si mesmos. Dou exercícios opcionais para mostrar que eles não podem ser passivos diante do próprio aprendizado”, afirma Marcia.

BiBlioteca cheia

Para otimizar o tempo e adiantar a lição de casa, muitos alunos, diariamente, frequentam a biblioteca do Colégio São Judas Tadeu. A bibliotecária Neuza Dantas de Alencar conta que, no local, os alunos apro-veitam o silêncio e o ambiente propício aos estudos para fazer a lição de casa. Além da graduação em bi-

blioteconomia, Neuza fez duas especializações: em Leitura e Pro-dução Textual e em Língua Portu-guesa e Literatura. Dessa forma, ela colabora significa-tivamente com os estudantes de todos os níveis de ensino durante a execução das tarefas. “Muitos alunos, principalmente no Ensino Mé-dio, têm dificuldades com narração, descrição e redação e eu os ajudo. Eles adoram este espaço porque estão na companhia dos colegas e podem con-sultar livros e tirar dúvidas”, afirma. Neuza, que é mãe de quatro filhos e acompanha a lição de casa de mais um tanto de alunos na biblioteca, dá algumas sugestões aos pais. “Assim como na biblioteca, é importante ter em casa um ambiente para que o estudante possa ter sossego e fazer a lição, ler. Além disso, mesmo que os pais não gostem muito, é fundamental dar o exemplo da leitura aos filhos, verificar a agenda, envolver-se nas tarefas e mostrar interesse”, completa.

Pequenos resPonsáveis

Na Educação Infantil e nas séries iniciais, a lição de casa faz parte do relacionamento da criança com os estudos e suas obrigações. A escola tem o papel de sistematizar atividades que favoreçam a aprendiza-gem. Além da fixação do conteúdo, é importante a responsabilidade que, aos poucos, a criança irá adqui-rindo, para entregar uma tarefa em ordem, limpa, sem rasuras, tendo comprometimento com a escola. A professora Simone Gusman Gomes, que dá aulas para o 3º ano do Ensino Fundamental, envia todos os dias o caderno com as tarefas de casa. E faz as correções diariamente. “É uma estratégia para acompanhar o desenvolvimento de cada um, perceber as dificulda-des e poder melhorar o aproveitamento escolar”, diz. Como forma de estimular as crianças nas tarefas de casa, a professora Denise Diogo, do 1º ano, costuma solicitar atividades que usem e abusem da criativida-de. Ela manda materiais diversos para casa, como

Correção diária:para Simone, do 3º EF, as lições

permitem saber como está cada aluno

Criatividade: as lições são planejadas para estimular o interesse das crianças

Existem várias estratégias para tornar os momentos de estudo cada vez mais produtivos

> Determine um horário para realizar as tarefas, bem como um local tranquilo> Faça uma lista das atividades e sempre analise se o tempo está sendo bem aproveitado> Dê prioridade às atividades mais importantes ou mais difíceis> Se houver muitas tarefas a serem feitas, reserve um tempo para descanso (sem exagero)> Preste muita atenção nas orientações do professor quando ele passa uma lição> Procure não “ligar o automático”. Envolva-se na tarefa e pense sobre o que está fazendo> Quando puder, execute exercícios opcionais (quanto mais você se dedicar, mais aprenderá)> Assistir à aula não é apenas estar presente. Aproveite, preste atenção e tire dúvidas> Não deixe dúvidas para depois. Pergunte sempre, pois o professor está ali para isso> Tome nota das aulas. Use letras maiúsculas, cores e grifos para destacar pontos importantes> Nas anotações, deixe espaços em branco para, depois, estudar e anotar ideias e dúvidas> Procure revisar as notas depois de cada aula, e não somente em véspera de provas> Faça resumos usando suas interpretações (não vale recopiar o conteúdo de forma mecânica)> Antes de ler, olhe rapidamente todo o texto e calcule o tempo necessário para a leitura total> Durante a leitura, pare periodicamente e reveja mentalmente os pontos principais> Ao final, olhe novamente o texto no geral para uma rápida revisão> Ao encontrar dificuldades em partes importantes do texto, volte a elas sistematicamente> Usar técnicas eficientes de estudo será muito útil durante toda sua vida profissional

Hora de estudar

Família participa: os pequenos levaram fotos e relatos de períodos distintos de suas vidas

Page 5: Muito mais do que fixar conteúdos, ela prepara o aluno para a vida

8 GerAçãO SãO JUdAS AGO2011 9AGO2011 GerAçãO SãO JUdAS

A qui, no Colégio São Judas Tadeu, é nosso compromis-so, à frente das turmas de 5º ano, trabalhar em regime de parceria, com muito respeito e muita cumplici-dade. Estamos certas de que esta união traz segu-

rança à nossa prática garantindo o melhor para os alunos. A fórmula funciona dessa maneira há muitos anos. Os estudantes, inclusive, até já se acostumaram a trabalhar assim. Em maio deste ano, por exemplo, enquanto uma de nós foi para o NR Acampamentos acompanhar uma turma, a outra assumiu a tarefa de dar continuidade aos trabalhos que vinham sendo desenvolvidos em sala. Ninguém estranhou – nem nós, nem os estudantes.

Geralmente, iniciamos nosso planejamento com uma pesquisa individual – cada uma em sua casa. Depois, durante nossos mo-mentos de trabalho em conjunto, unimos nossas ideias. Não há discórdia. Há, sim, opiniões e visões divergentes. Uma de nós gosta mais da pesquisa e de elaborar as etapas do projeto (Mar-cia), enquanto a outra prefere alinhavar tudo, transportar para a prática e até fazer uma decoração (Marcela).

Dentro do projeto Sustentabilidade, em desenvolvimento este ano, fizemos a leitura do livro A Febre do Planeta. Elegemos o conteúdo “água” para estudar em Ciências. Depois, criamos va-riadas atividades interdisciplinares. Em Arte, por exemplo, tra-balhamos as utilidades da água. Em Educação Física, os alunos participaram da Marcha pela Água, feita em 22 de março. Os car-tazes para a passeata foram confeccionados em línguas estran-geiras (Inglês e Espanhol). Desse trabalho, nem os pais ficaram de fora. Eles participaram da Atividade em Família, fazendo um desenho de como seria o Planeta Terra ideal. Para o fechamento dessa etapa, todos os trabalhos foram expostos, inclusive com a encenação da peça SOS Planeta Terra, com atuação dos alunos, e a exibição do vídeo Economizar Água, da Turma da Mônica.

Ainda relacionado ao projeto, em Língua Portuguesa, de-bruçamo-nos sobre a criação de poemas verdes, que tratam da preservação do meio ambiente. Mais uma vez, contamos com a atuação dos pais, que nos enviaram mensagens sobre o tema para a exposição realizada em junho, durante a Feira do Livro.

Paralelamente ao conteúdo, desenvolvemos diversos projetos e fizemos questão de ir além. Estamos certas de que contribuí-mos para a formação de pessoas capazes de lidar com suas emo-

ções. Percebemos a felicidade dos alunos e seus responsáveis em relação às atividades propostas, o envolvimento, o comprome-timento... São sementes que estamos plantando a cada dia. Um choro, uma risada, um elogio na agenda, uma flor são retornos positivos que nos levam a crer que estamos no caminho certo.

Para nós, a aprendizagem deve ser significativa. Por isso, pen-samos em avaliações contextualizadas, abordando um conheci-mento geral sobre o conteúdo estudado e o amadurecimento em relação a ele e às capacidades intelectuais, afetivas, sociais e artísticas. Nossas avaliações levam em consideração o perfil de cada um e propõem o pensar, com base em textos retirados de livros, da internet, de jornais, de revistas, de discursos da TV. Educamos para aflorar ideias e não para treinar pessoas. Atua-mos na formação global do indivíduo: aprender todos os dias, mas superar-se moralmente a cada instante.

Acreditamos em escola com conhecimento crescendo a par-tir de experiências vividas pelas crianças e pelos adolescentes. Acreditamos em escola com família, onde as pessoas se conhe-cem, interagem, colaboram, confrontam opiniões e se amam. Tudo ao mesmo tempo. Procuramos ver o resultado do nosso trabalho nas crianças felizes, seguras e críticas, que pensam e atuam na sociedade. Como diz Augusto Cury “professores bri-lhantes, alunos fascinantes!”. Acreditamos em escola, em apren-der sem sofrimentos e sim de maneira lúdica. Isso é educar! •

por Marcela Guimarães Fante e Marcia Souza**

nós fazemos assim*

* Excepcionalmente, nesta edição, o nome da seção foi trocado de Eu Faço Assim para Nós Fazemos Assim. A ideia foi ressaltar o trabalho em parceria da dupla de professoras do 5º ano do Ensino Fundamental, que assinam este artigo.

** Marcia Souza e Marcela Guimarães Fante são, respectivamente, professoras do 5º ano A e do 5º ano B do Ensino Fundamental, do Colégio São Judas Tadeu.

Parceriaafinada

Professoras do 5º ano apostam no trabalhoem conjunto de suas turmas

Ilustração MS Offi ce / Fotos: arquivo CSJT

Educamos para aflorar ideias e não para treinar pessoas. Atuamos

na formação global do indivíduo: aprender todos os dias, mas superar-se

moralmente a cada instante

Marcela (ao lado) e Marcia (acima) com suas

respectivas turmas em sala de aula

Page 6: Muito mais do que fixar conteúdos, ela prepara o aluno para a vida

10 GerAçãO SãO JUdAS AGO2011 11AGO2011 GerAçãO SãO JUdAS

o primeiro semestre deste ano, um bombeiro veio à escola para uma palestra sobre incên-dio. O objetivo foi deixar alu-

nos e funcionários preparados, sabendo o que fazer em uma situação como essa. Durante a exposição desse profissional, aprendi como evitar grandes incêndios. Tudo por meio de vídeos, imagens e si-tuações onde a troca de informações fez com que eu me interessasse mais pelo as-sunto e aprendesse a lidar com momen-tos de perigo, podendo até mesmo ser

responsável por salvar vidas.Depois da teoria, fomos para a prática.

Sou aluna do Colégio São Judas Tadeu desde a Educação Infantil e, por isso, já estou acostumada a participar de exer-cícios de abandono do prédio escolar. No entanto, muitos alunos encararam a atividade como uma brincadeira para matar aula. Isso é muito triste, pois eles não souberam aproveitar o treinamen-to como deveriam. As instruções foram muito importantes e não só para o caso de um possível incêndio, mas de qual-

quer outra situação de perigo no São Judas ou em qualquer outro lugar.

As pessoas que não colaboraram devem ter esquecido que o Colégio está preocupado em salvar vidas quando elas estão em risco. É importante que a escola compartilhe algo além dos conteúdos de sala de aula. Gostei muito do treinamen-to e espero obter mais informações sobre o tema, que é abrangente e muito impor-tante. Foi uma lição de vida! •

eu primeiro dia de aula como aluno do Colégio São Judas Tadeu foi em algum momento do início de 1994. Foi quando ingressei na 1ª série (como era chamada naquela época) e, confesso, estava

morrendo de medo. Era muito tímido. Falava pouco, mas fui me acostumando ao ambiente escolar. Nessa época, meu pai, João Luiz Gonçalez Ruivo, já era professor do Colégio e coor-denador do curso de Edificações. Passei dez anos no São Ju-das. Fiz muitas amizades e as mantenho até hoje, inclusive, são as melhores que fiz na minha vida.

Quando pequeno, não tinha a menor pretensão de ser pro-fessor. Na realidade, como a maioria das crianças, tive alguns sonhos a respeito de carreiras. Sonhava em ser arqueólogo. O tempo foi passando e surgiu a vontade de lecionar História. No entanto, só no Ensino Médio, mais precisamente no 2º ano, fiz a opção de carreira – professor de Matemática.

Certamente, os mestres que tive foram determinantes para minha escolha, em especial, o professor de Matemática, José Roberto Esteves (já falecido). Ele tinha tamanha ha-bilidade com a turma, era seguro do que falava, dominava absolutamente o conteúdo e, ao mesmo tempo, era caris-mático, compreensivo e nunca (realmente, nunca!) agres-sivo. Posso dizer que parte de minha vontade de lecionar

foi despertada quando o conheci. Aprendi lições valiosas com ele, apenas sendo seu aluno.

Até agora, minha experiência como docente está centrada no São Judas. Estou aqui desde agosto de 2009, no Departamento de Física. Nos anos seguintes, comecei a lecionar também no Departamento de Matemática. Esforço-me sempre para dar meu melhor para meus alunos, aliás, eles são as pessoas que me animam a continuar e me fazem sentir satisfeito comigo mesmo e com minha carreira. Todos eles! •

no meu tempo...

Eurico Ruivo leciona Matemática e Física no Colégio São Judas Tadeu

urico Luiz Prospero Ruivo tem 23 anos e é professor de Matemática (2º e 3º anos do Ensino Médio) e de Física (2º ano). Cursou licenciatura em Matemática na Universidade de São Paulo (USP), em 2005. Em seguida,

ingressou no mestrado em Matemática, também na USP, mas, por razões pessoais, deixou o curso. Nessa época, foi convidado a lecionar Física no São Judas. Atualmente, também é aluno do programa de mestrado em Engenharia Elétrica, da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Seu e-mail é [email protected].

Um dia aluno. Hoje, professoraluna repórter

Alexandra Gutierres Lobregat, 12 anos, 8º ano A

escola cheia de vida

A exemplo de anos anteriores, em 2011, a Páscoa foi come-morada com um recorde na arrecadação de ovos de cho-

colate pelo Colégio São Judas Tadeu. “Envolvemos alunos, pais, professores e demais funcionários na campanha para que, nessa data, fizéssemos outras crian-ças felizes”, explica a coordenadora pe-dagógica Mônica Miotto Bertolini.

Para garantir o sucesso da ação, a di-reção e a coordenação de Ensino Funda-mental enviaram circulares explicando o motivo do pedido e também orientaram o corpo docente para que conversassem com os estudantes em sala. Não só a turma do Fundamental marcou presen-

ça. Educação Infantil e Ensino Médio também deram signifi-cativas contribuições. “Nossa intenção foi mostrar como algumas ações fazem diferen-ça nesse mundo tão corrido e cheio de violência”, afirmou a diretora Sineide Esteves Peinado.

Aproveitando o gancho do tema, as professoras de Língua Portuguesa, junta-mente com a de Ciências, desenvolveram um projeto sociocultural com os alunos do 6º ao 9º ano. Entre as ações, estavam, por exemplo, cantar músicas de Páscoa e contar histórias para as crianças da Edu-cação Infantil, do 1º e 2º anos do Ensi-no Fundamental e para os pequenos de

uma das instituições beneficiadas. Após as apresentações, que foram realizadas em uma manhã e uma tarde na escola, os estudantes doaram os ovos à turminha de visitantes. O pessoal do Ensino Médio também ficou com a tarefa de distribuir ovos pelas organizações eleitas.

Os resultados foram surpreendentes. “Os alunos entenderam o real signifi-cado da data, o que os levou a refletir sobre humanização, doação, participa-ção e fazer a diferença”, conta Mônica. •

Páscoa solidáriaAlunos doam ovos de Páscoa, além de programarem atividades para crianças carentes

Aula decidadania Ar

quiv

o CS

JT

Arqu

ivo

CSJT

Eurico Ruivo em ação: sua motivação para lecionar veio de um professor de Matemática na época em que era aluno do Colégio

Foto

s: a

rqui

vo C

SJT

Page 7: Muito mais do que fixar conteúdos, ela prepara o aluno para a vida