Mundialização e Cultura Cap 6 aula

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Mundialização e cultura Renato Ortiz Professora: Veneza Ronsini Camila Marques Fernanda Scherer Gustavo Dhein

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Mundialização e Cultura Cap 6 aula

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Mundialização e cultura

Renato Ortiz

Professora: Veneza Ronsini

Camila Marques

Fernanda Scherer

Gustavo Dhein

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Capítulo 6 Legitimidade e estilos de vida

• Discussões sociológicas sobre CULTURA pressupõem

duas referências fundamentais:

• TRADIÇÃO;

• ARTES.

• CULTURA: dando conta da pluralidade dos modos de vida e de pensamento; conjunto de valores, estilos, formas de pensar de diversos grupos sociais.

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• TRADIÇÃO

LEGITIMAÇÃO

• ARTES

• CULTURA = ALTA CULTURA.

• TRADIÇÃO = PARALISAR A HISTÓRIA (COSTUMES EXISTEM DESDE SEMPRE E NÃO PODEM SER MODIFICADOS).

• ARTES = UNIVERSO CULTO, ALTA CULTURA, SUPERIOR.

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CULTURA MUNDIALIZADA: passa por mudanças estruturais.

“EM QUE MEDIDA ESSAS DUAS DIMENSÕES PERMANECEM COMO INSTÂNCIAS DE

LEGITIMIDADE?”

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MUDANÇAS ESTRUTURAIS • TRADIÇÃO: crise de legitimidade das culturas populares. Não existe

apenas uma, e sim um conjunto de culturas populares, que são perpassadas pelas relações capitalistas.

Exemplo: TRADIÇÃO GAÚCHA

• Tradicionalismo: pressupõe a existência de regras impostas por um órgão - que nasce para defender os costumes de um povo - visando preservar tudo que faz parte dessa cultura “regionalizada” no Rio Grande do Sul.

• INDUSTRIAS CULTURAIS, CONSUMO E SEU PAPEL NA TRADIÇÃO:

• Chapéus, que são passados com ferro pra dar o ar de chapéu de cowboy, bombachas de modelo uruguaio...

• TENTATIVA DESESPERADA DE MANTER AS TRADIÇÕES:

• 1) em 2005, o professor Ademir de Mello de Camargo foi expulso de um baile no CTG por usar brinco. 2) O caso do casamento gay no CTG.

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• A GRANDE ARTE = ALTA CULTURA legitimidade artística era relacionada à classe social.

• Operários de classes baixas conseguem identificar nomes de pintores famosos, como Picasso, mas sem compreender a natureza de suas obras. Reconhecem um signo veiculado pela mídia. Já uma pessoa da elite poderia discursar sobre a vida do pintor, mostrando sua competência cultural.

• ARTE = pessoas mais cultas ou menos cultas capital cultural gosto.

MUDANÇAS ESTRUTURAIS

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Cultura é um tipo de dominação

• Cultura erudita X Cultura popular

• Cultura burguesa X Cultura proletária

• Bom gosto X Mau gosto

• Os sujeitos podem ser hierarquizados como mais ou menos cultos, de acordo com os seus gostos.

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• Gostos não são naturais.

• Gosto depende da escola, do meio social, da família, do bairro, dos livros e programas culturais.

• Gosto natural = mascarar um mecanismo de discriminação.

• Quem tem acesso às melhores escolas? Aos valores considerados de “bom gosto”?

• Oportunidade de estudar nas melhores escolas, de ter os melhores empregos?

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• A internalização dos gostos depende das experiências dos sujeitos.

• As experiências são limitada pelas possibilidades e impossibilidades econômicas.

• As percepções desenvolvidas pelos sujeitos são produto da divisão de classes sociais.

• O gosto pode ser apreendido inconscientemente, por isso é relacionado à personalidade.

• Discurso meritocrático.

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• Diferentes condições econômicas =

diferentes estilos de vida, diferentes consumos, diferentes relações sociais, diferentes liberdades, necessidades, diferentes aspirações.

• A socialização faz os sujeitos gostarem mais da arte popular ou da arte da elite, ou terem comportamentos relativos à classe popular, ou à elite.

• Os comportamentos, as tradições e as artes da elite é que têm maior legitimidade.

• Gosto é um sistema de dominação.

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• Ortiz: para pensar o mundial, olhar para as artes e para as tradições de elite não seria válido.

• Porque os padrões mundiais de legitimidade são outros

• Exemplo: língua inglesa.

• Fonte de autoridade, mesmo na incompreensão.

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• ARTE: ganha seu advento com as sociedades industriais.

• Walter Benjamin: reprodutibilidade técnica faz com que a arte perca sua “aura ” democratização.

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Considerado um dos artistas mais prestigiados pelas celebridades americanas, já pintou quadros para personalidades como Michael Jackson e Madonna e produziu telas para o casal real príncipe William e Kate Middleton. Em 2005, como testemunho de seu impacto sobre a elite política e financeira de Miami, Romero foi nomeado embaixador das artes do Estado da Flórida pelo ex-governador Jeb Bush e foi convidado a participar de uma pequena lista de artistas internacionais selecionados para a Bienal de Florença .

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Frida Kahlo

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“A TRADIÇÃO E AS ARTES NÃO SE CONFIGURAM COMO PADRÕES MUNDIAIS DE LEGITIMIDADE”

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• TÉCNICA = A passagem do rádio pra televisão; da literatura pro teatro evolução técnica e conformação de gêneros e formatos atendem, também, à interesses comerciais.

1) Encenações dramáticas (livros, filmes, telenovelas) voltadas para o mercado revelam uma sociedade global de consumo.

2) Modo de produção industrial da cultura não é suficiente para que ela se mundialize.

CINEMA INDIANO = Apesar de ser, em quantidade, o maior produtor de filmes do mundo, o cinema indiano não consegue exportar seus produtos, porque a linguagem usada não é mundializada.

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• Produções nacionalizadas x mundialização

Ex: Telenovelas brasileiras no exterior.

• Global x nacional; Mundial x local

Ex: Rock e samba no Brasil

DICOTOMIAS

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“UM PRODUTO É UNIVERSAL QUANDO POSSUI UMA ABRANGÊNCIA

PLANETÁRIA.”

“A MODERNIDADE MUNDO TRAZ EM SEU BOJO UMA HIERARQUIA DE GOSTOS E DE

INCLINAÇÕES ESTÉTICAS”

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DIRETOR: CLINT EASTWOOD

Filme de guerra de

maior bilheteria do diretor, bateu a marca de

US$ 100 milhões de dólares no mercado

doméstico.

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DIRETOR: RICHARD LINKLATER

Filme independente,

faturou US$ 25,2 milhões no mercado doméstico.

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Vincular hábitos de CONSUMO a ESTILOS DE VIDA

• Antes, se considerava a classe social e a referência geográfica do consumidor. Hoje, se leva em conta os ESTILOS DE VIDA.

• Há um embaralhamento, pois a existência de processos globais transcende as classes sociais e as nações.

• Visão discriminatória entre as classes sociais é comum entre publicitários estereótipos.

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TRADIÇÃO

1) Tradição enquanto permanência do passado distante: culturas populares de um mundo anterior à Revolução Industrial, segmentação social, demográfica e étnica era preponderante, presença do campo e atividades rurais.

2) Tradição da modernidade: objetos eletrônicos, desencaixe tempo e espaço, reciclagem da memória internacional popular.

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CONCLUSÃO

• Modernidade = plural.

• “Fim” do Estado-nação, da arte e do espaço apontam REARRANJOS DAS RELAÇÕES SOCIAIS.

• Cultura mundializada deixa raízes em “todos” os lugares – países dominantes ou periféricos – porém, de maneira desigual.

• Exemplo: religiões, cultos e seitas = a modernidade é politeísta.

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EXPECTATIVA

Manter uma perspectiva crítica (possibilidade de construir um olhar exterior aos processos em curso)

mesmo aceitando-se a predominância do mercado e da mídia como orientadores da cultura contemporânea.

“Negar ou demonizar essa realidade seria uma forma de retrocesso”. (SARLO, 2000)

Necessidade de um olhar de desconfiança sobre essas relações: mundialização = cultura = consumo = mídia =

poder.

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OBRIGADA

• Camila Marques

[email protected]

• Fernanda Scherer

[email protected]

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TEMAS:

1) GLOBALIZAÇÃO X MUNDIALIZAÇÃO

2) PADRÃO E/OU DIVERSIDADE?

3) CIVILIZAÇÃO-MUNDO

4) FUNDAMENTOS DA MUNDIALIZAÇÃO: NAÇÃO E

MODERNIDADE

5) DIFUSIONISMO, ACULTURAÇÃO E AMERICAN WAY OF LIFE

6) OS NÃO-LUGARES E A CULTURA DESTERRITORIALIZADA

7) A MEMÓRIA INTERNACIONAL-POPULAR

8) CONSUMO E DEMOCRACIA

9) A DESCENTRALIZAÇÃO E A CONCENTRAÇÃO DE PODER

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GRUPOS: • GRUPO 1 – Tema 2 • Danielle Moreira • André Martins • Mario Witt • Natan Medeiros • Nathália Schneider • GRUPO 2 – Tema 9 • Bruna Dotto • Paola Bittencourt • Kássia Linassi • Alana Anilo • Rogério Pomorski • GRUPO 3 – Tema 4 • Luiza Franken • Letícia Padoin • Laisy Rocha • Natália Ferreira • Kristhel Cezar • Francis Sched • Rafael Garcia • Pablo Oliveira

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• GRUPO 4 – Tema 6 • Filipe Martini • Laura Bastos • Gabriele Foggiato • Tatiana Alvez • Camila Missio • Júlia Custódio • João Pedro Barbosa • Pedro Henrique Fontoura • GRUPO 5 – Tema 3 • Émerson Sartori • Jade Casagrande • Mariana Farias • Amanda Cruz • Maritcheli Rezer • GRUPO 6- Tema 7 • Priscilla Morais • Lucas Nunes • Cássio Raddatz • Angélica Borges • Laís Wilke • Marisele Soares • João Siqueira • Dener Silva

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• GRUPO 7 – Tema 5

• Leandra (não encontrei na chamada)

• Tamiles Kruger

• Emanuelly

• Bianca Garcia

• Julia Sacchet

• Natália Beck

• José Marcos

• Adriano Santos

• Jefferson Silva

• GRUPO 8 – Tema 8

• Louise Eduarda Olkoski

• Gabriela Barreto

• Francine Alves

• Sabrina Vargas

• Vinicius Santos

• Jefferson Ferreira