Mundos Artísticos Do Brasil

8/17/2019 Mundos Artísticos Do Brasil

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Mundos artísticos do Brasil

Anos 50-70


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A FORMAÇÃO DO MERCADO DE ARTEMODERNA: RJ E SP ANOS 50-60


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Características principais

• “O sistema moderno distingue-se doacadêmico anterior por confgurar-se comoum mercado de autores e não de obras

• “A contemporaneidade ! outro tra"o destecom!rcio# organi$ado em torno de artistas%i%os& A produ"ão ! selecionada ead'uirida por suas 'ualidades simb(licas e

intelectuais# 'ue posteriormentecon%ertem-se no )undamento do seu %alorecon*mico


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Características principais

• “ Os colecionadores +de arte moderna,consomem imagens transgressoras comomaneira de agregar %alores intelectuais e

ino%adores associados aos artistas# a suas%idas pessoais ou profssionais& dentifcam-se com as %is.es de mundo dos artistas'ue colecionam# trans)ormando esta

pr/tica em )orma de epressão cultural• Car/ter internacionali$ado e cosmopolita


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1r!-re'uisitos

• 1rocesso de moderni$a"ão econ*micacapitalista# “uma %e$ 'ue odesen%ol%imento do mercado de arte&&&

2ncontra-se associado ao %olume decapital ecedente disponí%el emcircula"ão

• Camadas sociais cosmopolita# cu3asidentidades são elaboradas a partir de%alores indi%iduais# orientados pelacultura e consumo


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4o%a or'ue

• “2m 4o%a or'ue# desde os anos 60#a%ia uma rede de galerias trabalandocom estes artistas& O com!rcio de arte

contempor8nea norte-americana erapraticamente ineistente&

• A estrat!gia para promo%er um

mercado para a arte de %anguardaprodu$ida nos 29A s( )oi bem sucedidaa partir da :uerra Mundial


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4o%a or'ue

• ;upla atua"ão dos marcands< “no8mbito das institui".es# con)erindolegitimidade cultural =s obras# e na es)era

específca do mercado# trans)ormandolegitimidade em %alor econ*mico&>uncionou por'ue “o aumento dademanda tornou as obras +consagradas,

raras e os pre"os proibiti%os#possibilitando a abertura de um canalpara escoar a produ"ão da no%a gera"ão


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Mercado e arte modernabrasileira

• “A arte moderna brasileira ganouimpulso a partir dos anos ?0# com odesen%ol%imento no interior dogo%erno de :et@lio argas de umapolítica 'ue pri%ilegia%a as )ormasest!ticas ino%adoras& 1or!m# ! na

ar'uitetura 'ue os es)or"os do2stado se concentraram# sendo pormeio dela 'ue as artes pl/stica

obti%eram apoio ofcial no período


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• “4os anos 650 e 60# em outroconteto político# os ar'uitetosmodernos permaneceram em %oga#atra%!s das propostasdesen%ol%imentistas do go%erno D#'ue ti%eram na constru"ão de

Brasília o seu momento maisglorioso&


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Mercado e arte moderna brasileira

• “Afnada com esta atmos)era +dedesen%ol%imento industrial,# despontauma gera"ão imbuída de uma no%a

sensibilidade est!tica e no%os /bitosde consumo& 4esse uni%erso )ormou-se a primeira estrutura de mercado de

arte no país nas cidades de Eão 1auloe Fio de aneiro# tendo como carro-ce)e a arte moderna


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• “O rigor crítico da arte e da produ"ãocultural brasileira do período )renteao pro%incianismo e

conser%adorismo das elitesburguesas no 1aís pode ser a ca%epara compreendermos tanto as

limita".es do nosso mundo da arte#'uanto as difculdades para %iabili$arcomercialmente a obra da %anguarda

brasileira dos anos 60&


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• “A maior parte dos galeristas e doscolecionadores de arte moderna nopaís# entre 6G7 e o fnal da d!cada

de 60# eram estrangeiros 'ue a'uise faram por causa da guerra#mas&&&

• “a maioria dos artistas e crítico dearte eram brasileiros ou imigrantesenrai$ados / muitos anos&


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• “:ra"as aos museus de artemoderna e =s bienais# passamos ater acesso = cultura artística

internacional# sem precisar sair do1aís& 4as artes# registramos umaretomada das posturas

%anguardistas e do di/logo com aprodu"ão internacional& Mas# talcomo no início do s!culo#

predomina%a uma leitura acrítica do


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• O mercado de arte moderna seorgani$ou ao redor de artistasmodernos 'ue despontaram anos ?0

e G0# com propostas est!ticas maismoderadas e reconecidos pelacrítica de arte e pelo p@blico

comprador 'ue come"a%a a se)ormar na !poca# como C8ndido1ortinari e Alberto :uignard&


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• “Os concretistas +anos 50,# 'ueagitaram a cena artística em Eão1aulo e no Fio de aneiro# assinalam

o início da arte contempor8nea noBrasil# sendo os primeiros artistas adespontar num ambiente

moderni$ado e sintoni$ado com odebate internacional


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• “O período representou aautonomi$a"ão da %ida artísticabrasileira# 'uando apareceram

inst8ncias de consagra"ãopropriamente modernas H como oEalão 4acional e a Bienal

nternacional de Eão 1aulo H agentesespeciali$ados e locais de eposi"ãofos# como museus e galerias de

arte


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• “Os museus de arte modernacon%erteram-se no principal espa"ode eposi"ão# legitima"ão e

consagra"ão dos artistas e dastendências pl/sticas da !poca#en'uanto as bienais se pro3etaram

como grandes p(los de in)orma"ão e)orma"ão das correntes modernasinternacionais


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• “Como produto da epansão dasempresas 3ornalísticas H com estreita%incula"ão com as institui".es 'ue

promo%iam a arte moderna H a crítica dearte passou por um momento dedesen%ol%imento e profssionali$a"ão&

• “2ntre 656 e 6G# organi$ou-se no eio

F-E1# um mercado de galerias de artemoderna apoiado em bases maisprofssionais


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• “Festrito# somando pouco mais demeia d@$ia de estabelecimentosentre as duas cidades +Fio de aneiro

e Eão 1aulo,# reali$ou-se umaclassifca"ão da produ"ão nãoacadêmica at! então# 'ue ser%iu de

substrato para uma constru"ão daist(ria da pintura modernabrasileira


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• “2m Eão 1aulo# o mercado despontoua partir deste n@cleo de galerias 'ue#aleias =s pr/ticas capitalistas#

lembra%am uma %ersão moderna dossal.es da burguesia& Os primeirosmarcands paulistas representaram

uma resposta espont8nea =demanda de consumo por artebrasileira contempor8nea# 'ue

come"ou a emergir# no fnal dos anos


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• “/ a rea"ão dos cariocas )oi maisconsciente e organi$ada& Com um ambientemais cosmopolita# de capital )ederal e

centro turístico internacional# a a"ão ali )oiorientada desde o início para a constitui"ãode um mercado# 'ue propiciou alternati%asseguras para in%estimento no go%erno

ango# em especial ap(s a morte de 1ortinarie :uignard# aumentando a demanda porsuas obras&


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• como com!rcio de bens de luo em tornode artigos raros e caros# o mercado dearte brasileiro %oltou-se para leil.es& 2m

meados dos anos 670 a maioria dasobras dos artistas modernos eacadêmicos brasileiros esta%a emcole".es particulares e longe do grande

p@blico& Os leil.es entraram em declínio#e as pe'uenas galerias %oltaram a dar otom no mercado


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VANGUARDA ARTÍSTICO INTELECTUALBRASILEIRA NOS ANOS 1960-70


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A no"ão de %anguarda

• “&&& I sobretudo auto-a%aliati%a&Assim ! 'ue na sociedade brasileiraencontram-se %anguardasJ pois

eistem %/rios grupos competindopela prima$ia em termos deabertura# progresso& ;ifcilmente

pode-se encontra um consensocontempor8neo sobre 'uem ou o 'ue! %anguarda


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• “1or sua pr(pria nature$a# os gruposde 'ue estou tratando apresentamteorias mais ou menos elaboradas e

apoiadas em bibliografasespecífcas&&& 2ste tipo deconecimento e educa"ão d/# pelo

menos potencialmente# condi".es =s%anguardas artísticas e intelectuaisde sustentarem# com alguma

consistência# seus pro3etos&


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• Ao assumirem esta postura %ão deencontro a regras e normas& sto nãose d/ necessariamente apenas no

plano est!tico-cultural mas napr(pria procura de consistênciaeistencial& Assim ! 'ue a atitude

iconoclasta tende a se tornarglobali$ante# incorporando di)erentesaspectos da %ida de muitos

indi%íduos&


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anguarda versus Kradicionalismo

• :rupos de %anguarda artístico-intelectual são costumeiramenteostili$ados por grupos mais

conser%adores&• 1or isso# são estigmati$ados com r(tulos

morais# em especial acusando-os dedes%ios em rela"ão = moral tradicionalda )amília e do trabalo# com um %i!smais ou menos eplicitamente político&


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anguardas e o Status Quo

• “I e%idente 'ue boa parte destemundo artístico-intelectual dependee tem %/rias liga".es com os grupos

dominantes da sociedade brasileira#se3a por sua origem )amiliar ou porrela".es de trabalo& I praticamente

impossí%el encontrar em umasociedade H como a brasileira Hintelectuais ou artistas

absolutamente des%inculados do


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anguardas e o Status Quo

• “L/ uma procura de )ormas decomunica"ão 'ue rompam o blo'ueioburocr/tico do establishment & 1or

outro lado# elaboram-se# na pr/tica#estrat!gias de negocia"ão e trabalodentro do pr(prio establishment

atra%!s de contatos# troca de ideias#participa"ão em (rgãosespeciali$ados# etc&


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anguarda# des%io econtrole

• “>ica e%idente&&& a posi"ão ambígua erelati%amente isolada do mundo artístico-intelectual dentro da sociedade

brasileira+dos anos 670,& As acusa".es dedes%io epressam o controle político a 'uesão submetidos os camados produtoresde culturaN& 2ssas acusa".es somam-se a

outros mecanismos de controle como acensura# o corte de %erbas# as suspeitaspropriamente políticas# etc

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