Municiparios n18

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Municipários eM Luta nº 18 • sÃo pauLo • 17 de Março de 2015 • tiraGeM: 3.000 eXeMpLares PELA IMEDIATA CONVOCAÇÃO DE UMA ASSEMBLEIA GERAL DE TODOS OS SERVIDORES Para organizar a mobilização nas ruas SINDICATO é PARA MOBILIZAR OS TRABALHADORES Os “sindicalistas” do Sindsep cantam “vitória” a cada pro- messa do prefeito de que reto- mará as mesas de negociação, com as quais buscam enrolar a categoria. Mas quem está de sol a sol trabalhando todos os dias não viu vitoria nenhuma. só haverá vitória quando tiver aumento salarial garantindo o sustento financeiro dos mais de 220 mil servidores, quando houver au- mento do auxilio refeição, quan- do o adicional de insalubrida- de for sobre o salário mínimo, quando acabar com as OS (Or- ganizações Sociais), e por fim, quando acabar a escravagista lei salarial. Essa vitoria só é possível de ser conquistada por meio do uso da arma mais poderosa que os servidores têm: a força da união de toda a categoria e da mobili- zação nas ruas. Uma mobilização de verdade não pode ser estabelecida por decreto da diretoria do Sindsep ou de uma pífia propaganda na internet. um sindicato não é um escritório de advocacia ou uma organização para pressio- nar a desmoralizada Câmera de Vereadores. É, acima de tudo, a categoria unida em luta, mobi- lizada nas ruas. e a mobilização dos servidores municipais só é possível por meio da decisão coletiva, com milhares de servi- dores reunidos e tomando suas decisões soberanas. Esta campanha salarial po- de ser diferente; pode ter uma verdadeira mobilização se for apoiada na revolta dos muni- cipários de todos os locais de trabalho contra os salários mi- seráveis e contra a famigerada lei salarial malufista e a norma regulamentadora que permite pagar o adicional de insalubri- dade sobre r$ 117,00 . É hora de unir os servidores municipais de todos os níveis, pois são uma única categoria contra um único patrão. Para tanto é preciso reunir, ou- vir e mobilizar os trabalhadores. É um absurdo total a proposta da burocracia sindical de convo- car um ato da categoria apenas com uma propaganda na inter- net e sem uma ampla divulgação nos locais de trabalho. isso en- fraquece a luta e não serve para unificar a categoria. A diretoria tem que respeitar a vontade e a decisão dos muni- cipais, que têm de ser ouvidos em uma assembleia geral da ca- tegoria, amplamente convocada, com propaganda na televisão, distribuição diária de milhares de boletins, centenas de carta- zes, faixas etc. Pela imediata convocação de uma assembleia geral de todos os servidores municipais de São Paulo, na primeira semana de abril, para organizar a mobiliza- ção nas ruas, parando o trânsito, com dezenas de milhares de tra- balhadores para impor o fim da lei salarial e o aumento de 28% e as demais reivindicações. Nossas reivindicações - 28% ou greve! - R$ 28,00 de auxílio refeição por dia! - Adicional de insalubridade sobre o salário padrão - Fim da escravagista lei salarial malufista - Fim da terceirização, com incorporação de todos os trabalhadores terceirizados que já estejam trabalhando - Não à privatização CONTRIBUIÇÃO SUGERIDA: R$ 0,25 ENTRE EM CONTATO: GRUPO NO FACEBOOK MUNICIPÁRIOS EM LUTA | [email protected] | TELEFONE E WHATSAPP 974033979 Romper com os malufistas e a direita golpista na prefeitura para atender as reivindicações dos servidores Os servidores precisam entender que essa capitulação e covardia do PT diante dos Malufistas e da direita golpista só tem um resultado: sucateamento dos serviços públicos para privatiza-los O prefeito Haddad (PT) foi eleito em uma gigante campa- nha de que atenderia as reivin- dicações dos servidores públicos municipais da cidade de São Paulo, inclusive uma parcela significativa que divulgava essas ideias, foi a burocracia sindical que dirige o Sindsep (Sindicato dos Servidores Municipais de são paulo). Só que na prática, o senhor Haddad continua levando adiante a mesma política dos malufistas e da direita golpis- ta. os servidores precisam ficar esclarecidos de que essa colabo- ração de classes nada tem a ofe- recer aos trabalhadores. além de não romper e nem combater a direita, ataca os servidores, não atendendo as reivindicações aprovadas na assembleia geral do dia 5 de fevereiro. Somente esse ano, Haddad já cortou o adicional de insalubri- dade de vários servidores, atra- sou o adicional noturno, refor- çou o poder das Organizações Sociais que estão esfolando a saúde pública, continua se uti- lizando da escravagista lei sala- rial criada por Maluf, mantém as terceirizações,numa evidente demonstração de que o senhor prefeito não quer atender as rei- vindicações dos trabalhadores municipais. Ë preciso lutar para que não se repita o ano de 2014, quando os municipários não tiveram ne- nhum aumento. as condições de trabalho continuam totalmente precárias e muitos locais total- mente insalubres, cheios de ra- tos, baratas, escorpiões. Haddad continua pagando o adicional de insalubridade sobre um valor de r$ 117,00 uma refeição de me- nos de r$ 9,00. Os servidores precisam en- tender que essa capitulação e co- vardia do PT diante dos Malufis- tas e da direita golpista, só tem um resultado: sucateamento dos serviços públicos para privatiza- -los. essa é a política do impe- rialismo, dos banqueiros e capi- talistas internacionais. Haddad foi eleito para derrotar essa polí- tica e não para garantir os lucros dos capitalistas em detrimento dos salários e das condições de vida dos municipários. Fica evidente a necessidade de uma luta pela unidade, orga- nização e mobilização de todos os servidores públicos munici- pais nas ruas do centro, parali- sando o trafego e dizer em alto e bom som: “Haddad rompa com os Malufisas e a direita golpista e atenda as reivindicações dos servidores municipais!” Leia e contribua com o boletim Municipários em Luta Envie sua denúncia para fortalecer uma tribuna independente, em defesa dos servidores de São Paulo, de oposição à diretoria do Sindsep. MUNICIPÁRIOS EM LUTA

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Municipários eM Luta nº 18 • sÃo pauLo • 17 de Março de 2015 • tiraGeM: 3.000 eXeMpLares

Pela imediata convocação de uma assembleia geral de todos os servidores

Para organizar a mobilização nas ruas

Sindicato é Para mobilizar oS trabalhadoreS

Os “sindicalistas” do Sindsep cantam “vitória” a cada pro-messa do prefeito de que reto-mará as mesas de negociação, com as quais buscam enrolar a categoria.

Mas quem está de sol a sol trabalhando todos os dias não viu vitoria nenhuma. só haverá vitória quando tiver aumento salarial garantindo o sustento financeiro dos mais de 220 mil servidores, quando houver au-mento do auxilio refeição, quan-do o adicional de insalubrida-de for sobre o salário mínimo, quando acabar com as OS (Or-ganizações Sociais), e por fim, quando acabar a escravagista lei salarial.

Essa vitoria só é possível de ser conquistada por meio do uso da arma mais poderosa que os servidores têm: a força da união

de toda a categoria e da mobili-zação nas ruas.

Uma mobilização de verdade não pode ser estabelecida por decreto da diretoria do Sindsep ou de uma pífia propaganda na internet. um sindicato não é um escritório de advocacia ou uma organização para pressio-nar a desmoralizada Câmera de Vereadores. É, acima de tudo, a categoria unida em luta, mobi-lizada nas ruas. e a mobilização dos servidores municipais só é possível por meio da decisão coletiva, com milhares de servi-dores reunidos e tomando suas decisões soberanas.

Esta campanha salarial po-de ser diferente; pode ter uma verdadeira mobilização se for apoiada na revolta dos muni-cipários de todos os locais de trabalho contra os salários mi-

seráveis e contra a famigerada lei salarial malufista e a norma regulamentadora que permite pagar o adicional de insalubri-dade sobre r$ 117,00 . É hora de unir os servidores municipais de todos os níveis, pois são uma única categoria contra um único patrão.

Para tanto é preciso reunir, ou-vir e mobilizar os trabalhadores.

É um absurdo total a proposta da burocracia sindical de convo-car um ato da categoria apenas com uma propaganda na inter-net e sem uma ampla divulgação nos locais de trabalho. isso en-fraquece a luta e não serve para unificar a categoria.

A diretoria tem que respeitar a vontade e a decisão dos muni-cipais, que têm de ser ouvidos em uma assembleia geral da ca-tegoria, amplamente convocada,

com propaganda na televisão, distribuição diária de milhares de boletins, centenas de carta-zes, faixas etc.

Pela imediata convocação de uma assembleia geral de todos os servidores municipais de São

Paulo, na primeira semana de abril, para organizar a mobiliza-ção nas ruas, parando o trânsito, com dezenas de milhares de tra-balhadores para impor o fim da lei salarial e o aumento de 28% e as demais reivindicações.

Nossas reivindicações- 28% ou greve!

- R$ 28,00 de auxílio refeição por dia!- Adicional de insalubridade sobre

o salário padrão- Fim da escravagista lei salarial malufista

- Fim da terceirização, com incorporação de todos os trabalhadores terceirizados que

já estejam trabalhando- Não à privatização

ContribUição sUgerida: r$ 0,25 entre em Contato: grUpo no FaCebook mUniCipários em LUta | [email protected] | teLeFone e whatsapp 974033979

Romper com os malufistas e a direita golpista na prefeitura para atender as reivindicações dos servidoresos servidores precisam entender que essa capitulação e covardia do Pt diante dos malufistas e da direita golpista só tem um resultado: sucateamento dos serviços públicos para privatiza-los

O prefeito Haddad (PT) foi eleito em uma gigante campa-nha de que atenderia as reivin-dicações dos servidores públicos municipais da cidade de São Paulo, inclusive uma parcela significativa que divulgava essas ideias, foi a burocracia sindical que dirige o Sindsep (Sindicato dos Servidores Municipais de são paulo).

Só que na prática, o senhor Haddad continua levando adiante a mesma política dos malufistas e da direita golpis-ta. os servidores precisam ficar esclarecidos de que essa colabo-ração de classes nada tem a ofe-recer aos trabalhadores. além de não romper e nem combater a direita, ataca os servidores, não atendendo  as reivindicações aprovadas na assembleia geral do dia 5 de fevereiro.

Somente esse ano, Haddad já cortou o adicional de insalubri-dade de vários servidores, atra-

sou o adicional noturno, refor-çou o poder das Organizações Sociais que estão esfolando a saúde pública, continua se uti-lizando da escravagista lei sala-rial criada por Maluf, mantém as terceirizações,numa evidente demonstração de que o senhor prefeito não quer atender as rei-vindicações dos trabalhadores municipais.

Ë preciso lutar para que não se repita o ano de 2014, quando os municipários não tiveram ne-nhum aumento. as condições de trabalho continuam totalmente precárias e muitos locais total-mente insalubres, cheios de ra-tos, baratas, escorpiões. Haddad continua pagando o adicional de insalubridade sobre um valor de r$ 117,00 uma refeição de me-nos de r$ 9,00.

Os servidores precisam en-tender que essa capitulação e co-vardia do PT diante dos Malufis-tas e da direita golpista, só tem

um resultado: sucateamento dos serviços públicos para privatiza--los. essa é a política do impe-rialismo, dos banqueiros e capi-talistas internacionais. Haddad foi eleito para derrotar essa polí-tica e não para garantir os lucros dos capitalistas em detrimento dos salários e das condições de vida dos municipários.

Fica evidente a necessidade de uma luta pela unidade, orga-nização e mobilização de todos os servidores públicos munici-pais nas ruas do centro, parali-sando o trafego e dizer em alto e bom som: “Haddad rompa com os Malufisas e a direita golpista e atenda as reivindicações  dos servidores municipais!”

Leia e contribua

com o boletim

Municipários em Luta

Envie sua denúncia para fortalecer uma tribuna

independente, em defesa dos servidores de São Paulo, de oposição

à diretoria do Sindsep.

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2 Municipários eM Luta

A buRguESiA nAS RuASpor rui costa Pimenta

A manifestação de ontem, 15, em S. Paulo , filmada ao vi-vo pela Rede Globo desde as 8 horas da manhã, foi uma típica-manifestação da burguesia. As imagens mostram claramente que a composição social da ma-nifestação era esmagadoramente de classe média e burguesa. Nas tomadas da própria Rede Globo não se via uma única pessoa do povo. A manifestação não reve-lou mesmo que tangencialmente uma verdadeira insatisfação ou revolta popular com quem quer que fosse. Não havia reivindica-ções econômicas e sociais pre-mentes do povo, até porque não havia povo algum, mas palavras de ordem dirigidas exclusiva-mente contra o PT, contra Dil-ma Rousseff e contra a corrup-ção. Não há nada contra nenhum outro partido ou político. Não há absolutamente nenhuma reivin-dicação social, nem mesmo em torno do problema da água, ex-tremamente grave em S. Paulo, apenas a questão da corrupção.

A PM, que reduziu os mais de 50 mil manifestantes da mani-festação do dia 13 a 12 mil pes-soas, aumentou a manifestação da burguesia paulista primeiro para 200 mil, depois 240 mil e meia hora depois para 580, che-gando menos de uma hora de-pois a nada menos que um mi-lhão de pessoas, uma falsifica-

ção escandalosa. Não houve na manifestação nem mesmo 100 mil pessoas, como demonstra-mos com cálculos matemáticos precisos nesta edição.

A farsa da Rede Globo e do governo estadual de S. Pau-lo (PM) fica desmascarada por si mesma pela evidente com-posição social da manifestação, composta apenas pela classe média paulista e pela burguesia. A Globo quer ocultar o que as imagens mostram: embora a ma-nifestação seja grande, é esparsa e não concentrada e não fica cla-ro que a maioria das pessoas te-nha efetivamente ido a um pro-testo, ou apenas tenha ido pela enorme convocação feita pela Rede Globo que dá a impressão de ser uma comemoração ou um divertimento de final de semana.

O intuito da falsificação é ób-vio, a direita quer criar um fa-to político que demonstre que o governo está isolado, não tem condições de governar no senti-do daquilo que tem sido sua me-ta fundamental: abreviar o man-dato do atual governo.

O sentido ideológico da ma-nifestação também ficou absolu-tamente claro. Ao lado das pala-vras de ordem contra a “corrup-ção” e “fora PT”, veem-se os car-tazes da extrema-direita pedindo a intervenção militar, atacando a esquerda e o comunismo. Tratou-

se de uma manifestação, convo-cada, dirigida, organizada e com a completa hegemonia ideológi-ca da direita anticomunista e fas-cistoide que vem se desenvol-vendo claramente e, agora, mes-mo pesando as falsificações, che-gou a realizar uma manifestação de massas. Estamos consideran-do é claro o enorme patrocínio do capital nacional e estrangeiro, dos monopólios da comunicação etc. que não estão à disposição dos sindicatos e trabalhadores ou da juventude quando se manifes-tam. São fatos que fazem parte da conta e que expressam a força e a organização social da burguesia.

As manifestações fora de S. Paulo, apesar de ampliadas pela lente de aumento da Rede Glo-bo e outras emissoras, foram pe-quenas. Segundo as imagens da própria Rede Globo - que é a verdadeira organizadora da ma-nifestação - as manifestações fora de S. Paulo reuniram pou-cas pessoas. Em Curitiba, cer-ca de 1.000 pessoas se reuniram na Praça da Liberdade, muito in-ferior às manifestações dos fun-cionários públicos que chega-ram a lotar um estádio de fute-bol. Em Goiânia, via-se menos de 500 pessoas. É significativo que a Globo mostrasse muito pouco e nem comentasse as ma-nifestações fora de S. Paulo.

Aqui temos dois fatos con-

traditórios. De um lado, a ma-nifestação, como tentativa de demonstrar uma grande una-nimidade em favor do impea-chment de Dilma Rousseff foi, concretamente, um fracasso. De outro lado, isso não impedi-rá a direita de criar, sobre a ba-se do fato de que conseguiram uma manifestação de massas pe-la primeira vez, criar toda uma ilusão política que poderá im-pulsionar o movimento golpista.

Uma coisa é certa, com a ajuda do poder social e econômico da burguesia e explorando a política oportunista da Frente Popular no governo, a direita deu um gran-de passo adiante que estimulará a organização de todos os movi-mentos direitistas contra a classe trabalhadora e o povo em geral.

Um alerta para toda a esquerda - mesmo com o gigantesco exa-gero da Rede Globo, que confi-gura uma farsa tipicamente gol-pista, a manifestação convocada

pela burguesia e a direita é ex-pressiva. É, sem qualquer dúvi-da, um fenômeno quase inédito para a direita nacional, que reve-la a enorme polarização política. O crescimento desse movimento direitista é uma ameaça para toda a esquerda e para as organizações de luta do movimento operário e popular. Uma parte da esquerda, principalmente a ligada ao gover-no, é tímida em combater a direi-ta e vai perdendo terreno. Uma outra (PSTU, Psol e congêneres) atua com disposição para empur-rar a classe média para os braços da direita e para colocar a esquer-da na defensiva no que diz res-peito à luta contra a direita.

A única política é enfrentar a direita. Enfrentá-la em todos os terrenos. Enfrentá-la nas ruas, na política, na propaganda, na imprensa, na luta ideológica e quando se tornar necessário, es-tar preparado para enfrenta-la pela força.

zoonoze

Veneno contra Dengue não mata só o mosquitona unidade da vigilância ambiental da Sé, vários servidores já foram contaminados. Um deles chegou a perder os sentidos e desmaiar ao lavar o maquinário que leva o veneno

Servidora enviou um relato para nossa redação, mostrando a situação de trabalho do setor de zoonoses na prefeitura de São paulo.

“Mesmo sabendo do alto ris-co de toxicidade, a prefeitura faz com que os servidores da zoo-noses os utilizem.

Os agentes de zoonoses efe-tuam os serviços de nebulização e pulverização.o objetivo deste trabalho é exterminar o mosqui-to causador da dengue. essas tarefas são feitas com dois tipos de venenos, o malation e o feni-trothion, ambos da formula quí-mica do organofosforado. esses venenos são altamente tóxicos e já lesaram a saúde de muitos tra-balhadores da zoonose.

principalmente cerca de 12 anos atrás, quando não se tinha fiscalização e cuidados com o uso dos EPIs, segundo informa-

ções, este veneno é tão perigoso que mesmo com a utilização dos EPIs, corre-se o risco de conta-minação.

O inseticida é absorvido pela pele ou, ao ser inalado, entra na corrente sanguínea, causando sérios danos ao fígado e rins, pode afetar o sistema nervoso central, além de ser cancerígeno, podendo levar a morte.

Na unidade da vigilância am-biental da Sé, vários servidores já foram contaminados. um de-les chegou a perder os sentidos e desmaiar ao lavar o maquiná-rio que leva o veneno. Há vários processos e, graças à morosidade da nossa “justiça” alguns rolam a mais de dez anos sem nenhum resultado.

Contraditoriamente os ser-vidores que sofreram e sofrem com este tipo de contaminação são lotados no departamento de

vigilância em saúde, que é justa-mente o órgão responsável por fiscalizar e prevenir riscos e da-nos à saúde da população.

Como pode um órgão res-ponsável pela prevenção de do-enças, deixar que seus próprios funcionários se contaminem?

Mesmo sabendo dos peri-gos de morte e altos índices de contaminação, os agentes são obrigados a trabalhar com o veneno. e mais, para correrem todos esses riscos, eles recebem uma insalubridade no valor de r$ 47,00.

O sindicato da categoria, mesmo sabendo dos inúmeros casos de lesão à saúde, servido-res que chegaram a ser afasta-dos, nunca fez uma verdadeira reivindicação para a melhora das condições de trabalho e muito menos para mudar este vergonhoso valor”.

denúncia

Prefeito Haddad na contramão dos anseios dos servidores da saúde

Enquanto o prefeito aumenta os poderes das OSs (Organiza-ções Sociais ) - nome bonito que os tubarões que usam para pro-vocar  o sucateamento e a priva-tização da saúde pública -, os tra-balhadores da saúde municipal são obrigados a trabalhar sem a menor condição, com falta até mesmo de simples remédios.

divulgamos aqui um desaba-fo de uma enfermeira do Hospi-tal l Municipal Tide Setubal 

“O Hospital Tide Setu-bal está sucateado e nin-guém faz nada para melhorar. Como de costume hoje o pron-to socorro dispõe de apenas um médico pediatra para aten-der todo o hospital - não há pe-diatra no AMA - e os pacien-tes que chegam não são atendi-dos. pior é que quem tem que dispensar os pacientes que pro-curam o hospital são os funcio-nários da área administrativa, que não possuem nenhum co-nhecimento para avaliar as con-dições de saúde das crianças. Além da falta de profissionais também há falta de medicamen-tos, não tem penicilina, bezetacil

e até soro glicosado, entre outros. Enquanto isso, a diretoria e as co-ordenações se ocupam de preju-dicar funcionários, que já traba-lham em condições precárias. Infelizmente tenho que reco-nhecer que joguei fora meu vo-to - e meu trabalho - na última eleição municipal, pois os con-chavos feitos com os kassabis-tas deixou a gestão dos equipa-mentos e órgãos municipais nas mãos da tucanaiada, que habil-mente está detonando a já con-testada administração petista.  Sinto ter que concordar que te-mos à frente da prefeitura um "poste do Lula". desde o iní-cio da gestão do Haddad ou-ço dizer "agora vai... agora o prefeito vai mudar as pesso-as e a máquina vai andar..." pois é, mudou de um lugar para ou-tro, o correto seria trocar.  Enquanto as raposas tomam conta do galinheiro a popula-ção é que sofre com o desserviço prestado pela Prefeitura do Mu-nicípio de são paulo.

Envie suas denuncias ou desabafos para [email protected]