Museu de Topografia Prof

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Museu de Topografia Prof. Laureano Ibrahim Chaffe Departamento de Geodésia IG/UFRGS minerais preciosos Texto original: Wikipedia, a enciclopédia livre Junho/2011 Ampliação e ilustrações: Iran Carlos Stalliviere Corrêa-IG/UFRGS ÁGATA Ágata Ágata (ag' it) é um termo aplicado não a uma espécie mineral distinta, mas a um conjunto de várias formas de sílica, principalmente Calcedônia. De acordo com Teofrasto o termo ágata (achates) provém do rio Achates atualmente denominado de Drillo, na Sicília, onde o mineral foi primeiramente encontrado. A maioria das ágatas ocorre como nódulos em rochas eruptivas, ou antigas lavas, onde preenchem as cavidades produzidas originalmente pela desagregação do vapor na massa derretida, e então preenchido, completamente ou parcialmente, pela matéria silicosa depositada em camadas regulares em cima das paredes. Tais ágatas, quando cortadas transversalmente, exibem uma sucessão de linhas paralelas, frequentemente de extrema tenuidade, dando uma aparência unida à seção, e por isso tais minerais são conhecidas como ágata unida e ágata listrada.

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Museu de Topografia Prof. Laureano Ibrahim Chaffe

Departamento de Geodésia – IG/UFRGS

minerais preciosos

Texto original: Wikipedia, a enciclopédia livre Junho/2011

Ampliação e ilustrações: Iran Carlos Stalliviere Corrêa-IG/UFRGS

ÁGATA

Ágata

Ágata (ag' it) é um termo aplicado não a uma espécie mineral

distinta, mas a um conjunto de várias formas de sílica, principalmente

Calcedônia. De acordo com Teofrasto o termo ágata (achates) provém do rio Achates atualmente denominado de Drillo, na Sicília, onde o

mineral foi primeiramente encontrado.

A maioria das ágatas ocorre como nódulos em rochas eruptivas,

ou antigas lavas, onde preenchem as cavidades produzidas

originalmente pela desagregação do vapor na massa derretida, e então

preenchido, completamente ou parcialmente, pela matéria silicosa

depositada em camadas regulares em cima das paredes. Tais ágatas,

quando cortadas transversalmente, exibem uma sucessão de linhas paralelas, frequentemente de extrema tenuidade, dando uma aparência

unida à seção, e por isso tais minerais são conhecidas como ágata

unida e ágata listrada.

Na formação de uma ágata ordinária, é provável que as águas

que contêm sílica dissolvida – derivada, talvez, da decomposição de

alguns dos silicatos presentes na própria lava – infiltraram-se através

da rocha, depositando um revestimento silicoso no interior das

vesículas produzidas por vapor. As variações no caráter da solução, ou

nas condições de deposição, podem causar variações correspondentes

nas camadas sucessivas, de modo que as faixas de calcedônia frequentemente se alternam com camadas de quartzo cristalino.

Várias vesículas de vapor podem unir-se enquanto a rocha for viscosa,

e assim dar forma a uma cavidade grande que possa se transformar em

receptáculo de uma ágata de tamanho excepcional; assim um geôdo

brasileiro, revestido de ametista, pesando 35 toneladas, foi exibido na

Exposição de Dusseldorf de 1902.

Geodo de ágata com quartzo

O primeiro depósito na parede de uma cavidade, dando forma à

"pele" da ágata, é geralmente uma substância mineral esverdeada

escura, como celadonita, delessita ou "terra verde," os quais são ricos

em ferro, derivado provavelmente da decomposição de augita na

rocha-mãe. Este silicato verde pode dar origem, por alteração, a um

óxido de ferro (limonita), produzindo uma aparência oxidada na parte externa do nódulo de ágata. A superfície exterior de uma ágata

liberta da sua matriz é frequentemente áspera, aparentemente na

consequência da remoção do revestimento original. A primeira camada

depositada sobre a parede da cavidade é por alguns chamada de

"iniciador," e em cima desta base os minerais zeolíticos podem ser

depositados.

Muitas ágatas são ocas, uma vez que a deposição não prosseguiu

pelo tempo suficiente para encher a cavidade, e nesses casos o último depósito consiste geralmente de quartzo, frequentemente ametista,

tendo os ápices dos cristais dirigidos para o espaço livre, formando uma

cavidade ou um geodo revestido por cristais.

No o Islã, as ágatas são pedras muito preciosas. Segundo a

tradição, acredita-se que o portador de um anel de ágata, por

exemplo, está protegido contra vários infortúnios e gozará de longa

vida, entre outros benefícios. Em outras tradições crê-se que a ágata

cura as picadas do escorpião e as mordidas de serpente acalmam a

mente, previne doenças e contágios, pára a trovoada, promove a

eloquência, assegura os favores dos poderosos e traz a vitória sobre os inimigos. Os magos Persas também apreciavam os anéis de ágata no

seu trabalho e nas suas crenças.

O Brasil é o primeiro produtor mundial de ágata e suas jazidas, as

mais importantes da Terra, encontram-se principalmente no Rio Grande

do Sul. As primeiras jazidas brasileiras foram descobertas em 1827, por

imigrantes oriundos de Idar-Oberstein, na Alemanha, para o sul do

Brasil, uma vez que as jazidas do seu país de origem esgotaram-se

desde o princípio do século XIX. Também é encontrada no Uruguai.

CITRINO

Citrino ou Quartzo-Citrino

Citrino, também chamado de quartzo citrino (há várias outras

denominações impróprias, como citrino-topázio) é uma variedade de

quartzo de cor amarela, laranja, excepcionalmente vermelha. Basicamente, é um quartzo com impurezas férricas.

A maior parte do citrino comercial é na verdade ametista ou

quartzo fumado aquecido artificialmente. Contudo a pedra tratada

termicamente pode apresentar diferenças, entre elas uma cor mais

rosada característica da pedra original. O quartzo citrino é uma pedra

preciosa de baixo preço, mais barata que a ametista, mas, mesmo

assim muito apreciada e muito usada em joalheria.

Quartzo citrino

Uma das mais importantes fontes brasileiras dessa gema preciosa

e acessível é a Mina da Serra, localizada no Rio Grande do Sul, que

hoje produz cerca de trezentos quilos de citrino por mês. Outros

estados produtores são: Goiás, Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo.

Também é extraído na República de Madagáscar e na Espanha.

AMETISTA

Ametista

A ametista é uma variedade violeta ou púrpura do quartzo, muito

usada como ornamento. Diz-se que a origem de seu nome é do grego

a, "não" e methuskein, "intoxicar", de acordo com a antiga crença de

que esta pedra protegia seu dono da embriaguez. Entretanto, de

acordo com o Rev. C. W. King, a palavra provavelmente é uma

corruptela de um nome oriental da pedra.

A ametista foi usada como pedra preciosa pelos antigos egípcios

e era amplamente empregue na antiguidade por entalhadores. Contas

de ametista foram encontradas em túmulos anglo-saxônicos na

Inglaterra.

A ametista é a variedade mais apreciada do quartzo. Os seus

cristais sempre crescem sobre uma base. Quando têm formato de

pirâmides, a cor mais intensa predomina nas pontas dos cristais.

Existem algumas variedades de ametista que podem apresentar

faixas brancas de quartzo leitoso.

Druzas de ametista

Na mitologia grega, Ametista seria o nome de uma ninfa que, para

ser protegida do assédio de Dioniso, (Baco, na versão romana), foi

transformada pela deusa da castidade num cristal transparente. Baco

então nada mais podia fazer, a não ser mergulhá-la no vinho - de onde

teria vindo sua coloração arroxeada.

Em 1928, no distrito de Brejinho das Ametistas, na cidade baiana

de Caetité, foi encontrada uma pedra pesando mais de 90 kg, sendo

esta localidade uma das principais produtoras do mineral no Brasil.

Até ao século XVIII a ametista foi a principal pedra preciosa

(sendo até esse momento a Rainha das Pedras Preciosas) até mesmo

ao nível do diamante. Contudo a descoberta de abundantes jazidas no

Brasil fez com que se tornasse numa pedra preciosa de médio valor.

A ametista é um mineral amplamente distribuído, mas espécimes bonitos, adequados para uso como pedra preciosa, estão confinados a

comparativamente poucos locais. Tais cristais ocorrem tanto em

cavidades alongadas (veios) em rochas graníticas, como revestindo

internamente (geodos) de ágata. Um geodo enorme (ou "grotto de

ametista"), de perto de Santa Cruz no sul, do Brasil, foi mostrado na

exibição de 1902 em Düsseldorf, na Alemanha.

Muitas das ágatas ocas do Brasil e do Uruguai contêm um punhado

de cristais de ametista no seu interior. Muitas belas ametistas vêm

da Rússia, especialmente de perto de Mursinka no distrito de

Ekaterinburg, onde ela ocorre em cavidades existentes em rochas

graníticas. Muitas localidades na Índia têm ametista e ela também é

encontrada no Sri Lanka, principalmente como seixos rolados.

As jazidas mais importantes estão no Brasil nas cidades de

(Caetité na Bahia,Chopinzinho no Paraná, Montezuma em Minas Gerais e principalmente Ametista do Sul no Rio Grande do Sul). Neste

município, não são raros geodos com mais de 2 metros de altura.

Outros centros importantes são o Departamento de Artigas no

Uruguai, e Madagáscar.

O corindon roxo ou a safira com tons de ametista são por vezes

chamados de ametista oriental, mas esta expressão é frequentemente

empregue por joalheiros para belos exemplares de quartzo ametista

comum, mesmo quando não são provenientes de fontes orientais.

ESMERALDA

Esmeraldas

Esmeralda é uma variedade do mineral berilo, a mais nobre

desse grupo. Outras pedras do grupo do berilo são a água-marinha a

morganita e o próprio berilo. Sua cor verde é devida à presença de

quantidades mínimas de cromo e às vezes vanádio. É altamente

apreciada como gema e onça por onça é a pedra mais valiosa no

mundo, perdendo algum desse valor frequentemente devido às

inclusões que ocorrem em todas as esmeraldas, porém são essas

inclusões que podem determinar se a gema é verdadeira. Tem dureza de 7,5 – 8,0 pontos na Escala de Mohs de dureza, no entanto esta

dureza pode ser bastante reduzida dependendo do número e tamanho

das inclusões numa determinada pedra.

Sua transparência é de transparente a opaca, mas apenas as

variedades mais preciosas são transparentes. A etimologia da palavra

"esmeralda" pode provir de duas origens:

- do grego "smaragdos";

- do hindu antigo, de significado "pedra verde"

A esmeralda é extremamente sensível a pancadas fortes, riscos e

mudanças de temperatura repentinas.

DIAMANTE

Diamante Lapidado Diamante Bruto

O diamante é uma forma alotrópica do carbono, de fórmula química C. Cristaliza no sistema cúbico, geralmente em cristais com

forma octaédrica (8 faces) ou hexaquisoctaédrica (48 faces),

frequentemente com superfícies curvas, arredondadas, incolores ou

coradas. Os diamantes de cor escura são pouco conhecidos e o seu

valor como gema é menor devido ao seu aspecto pouco atrativo.

Diferente do que se pensou durante anos, os diamantes não são

eternos, pois o carbono definha com o tempo, mas os diamantes

duram mais que qualquer ser humano.

A origem do nome, "Adamas", é grega. Significa invencível,

indomável.

Sendo carbono puro, o diamante arde quando exposto a uma chama, transformando-se em dióxido de carbono. É solúvel em

diversos ácidos e infusível, exceto a altas pressões.

O diamante é o mais duro material de ocorrência natural que se

conhece, com uma dureza de 10 (valor máximo da escala de Mohs).

Isto significa que não pode ser riscado por nenhum outro mineral ou

substância, exceto o próprio diamante. No entanto, é muito frágil, esse

fato deve-se à clivagem octaédrica perfeita segundo {111}. Estas duas

características fizeram com que o diamante não fosse talhado durante muitos anos. As maiores jazidas do mundo são de África do Sul.Outras

jazidas importantes situam-se na Rússia (segundo maior produtor) e na

Austrália (terceiro maior produtor), entre outras de menor importância.

A densidade é de 3,48. O brilho é adamantino, derivado do

elevadíssimo índice de refracção (2,42). Recorde-se que todos os

minerais com índice de refracção maior ou igual a 1,9 possuem este

brilho. No entanto, os cristais não cortados podem apresentar um brilho

gorduroso. Pode apresentar fluorescência sob luz ultravioleta,

originando colorações azul, rosa, amarela ou verde.

Não são só os diamantes incolores ou com matizes bonitos que

se constituem como pedras preciosas como antigamente se pensava e

usava, mas hoje em dia já são usados diamantes de cor (alguns de cor

natural são mesmo de maior valor do que os incolores) e com formatos

irregulares, que se utilizam em joalharia, montados em metais

preciosos e/ou em associação com outras gemas.

O interesse popular nos diamantes centra-se no seu valor como

gemas, mas os cristais têm ainda uma maior importância como

ferramentas industriais. As variedades negras e microcristalinas, não

tendo valor comercial, utilizam-se na indústria como abrasivos de alta qualidade ou como ferramentas de talha ou como perfuradores para

materiais de dureza elevada (para a própria lapidação do diamante, por

exemplo) . Estes podem ser usados para cortar, tornear e furar

alumina, quartzo, vidro e artigos cerâmicos. O pó de diamante é

usado para polir aços e outras ligas.

Diamantes azulados ou rosados são raros e, por isso, muito

valiosos. Já os amarelados são mais comuns. Uma marca do diamante

autêntico – e a primeira coisa que o distingue de falsificações

grosseiras, como as de zircônio – é a sua leveza. O Diamante Koh-i-

Noor, da Coroa Britânica, tem quase o tamanho de uma bola de

pingue-pongue e não chega a 22 gramas.

O valor do diamante reside na ausência total de impurezas e de

cor. Uma vez selecionados, os diamantes são cortados e talham-se ao

longo de direções nas quais a dureza é menor. Uma talha bem

realizada é aquela que realça o foco, ou seja, o conjunto de reflexos de

cores derivados dos reflexos.

Atualmente, existe a possibilidade de fazer diamantes

sintéticos, submetendo grafite a pressões elevadas. No entanto, o

resultado são quase sempre cristais de dimensões reduzidas para poderem ser comercializados como gemas. A chance de adquirir um

diamante sintético no lugar de um natural é quase nula, sendo

inclusive inferior à possibilidade de encontrar gemas que os

comerciantes dizem ser diamante mas que não o são realmente.

A estabilidade térmica do diamante sintético é menor do que o

natural, em ambiente oxidativo, como ao ar, o diamante sintético

oxida (grafitiza) a temperaturas en torno de 850 °C. Já em atmosfera

controla sua resistência a grafitização é proxima aos 1200 °C.

Embora já em 1880 J. Balentine Hannay, um químico escocês,

tivesse produzido minúsculos cristais, só em 1955 cientistas da General

Electric Company conseguiram um método eficaz para a síntese de

diamantes. Este feito foi creditado a Francis Bundy, Tracy Hall,

Herbert M. Strong e Robert H. Wentorf, depois de investigações

efetuadas por Percy W. Bridgeman na Universidade de Harvard. Os

diamantes assim conseguidos eram de qualidade industrial (não

gemológica), sendo hoje em dia produzidos em larga escala. Cristais com a qualidade de pedras preciosas, só se conseguiram sintetizar em

1970 por Strong e Wentorf, num processo que exige pressões e

temperaturas extremamente elevadas.

JADE

Jade

Jade (do francês jade; em espanhol piedra de la ijada, "pedra do

flanco") é uma pedra ornamental muito dura e compacta, variando, na

cor, de esbranquiçada a verde-escura. Designa a associação de dois

minerais, a forma em nefrite da actinolita e um mineral chamado

jadeita. É geralmente empregada em objetos de adorno, em

estatuetas, etc.

Jade

Jade é um nome que era aplicado às pedras ornamentais que

eram trazidas à Europa da China e da América Central. Somente em

1863 se percebeu que o termo "jade" estava sendo aplicado a dois

minerais diferentes. O jadeita quase nunca é encontrado em cristais

individuais e composto dos cristais bloqueando microscópicos que

produzem um material muito resistente. Nephrite é realmente um não

mineral, mas uma variedade da actinolita mineral. A variedade do nephrite é composta dos cristais fibrous inter-inter-twinned em uma

massa compacta resistente. A dureza do jade é notável. Tem uma

resistência maior do que o aço e é posto para trabalhar por muitas

civilizações adiantadas para machados, facas e armas.

MALAQUITA

Malaquita

Malaquita é um mineral do grupo dos carbonatos (carbonato de

cobre (II)) com dureza entre 3,5 e 4,0 na Escala de Mohs. Seu sistema cristalino é monoclínico, e frequentemente forma massas botrioidais,

fibrosas ou estalagmíticas.

A malaquita geralmente resulta da alteração de minérios de

cobre e ocorre frequentemente associada com azurita, goethita e

cuprita. À exceção da cor verde, as propriedades da malaquita são

muito similares àquelas da azurita, e agregados conjuntos dos dois

minerais são encontrados com frequência, embora a malaquita seja

mais comum do que a azurita.

Foi usado como um pigmento mineral em pinturas verdes da

antiguidade até aproximadamente 1800. O pigmento é moderadamente

resistente à luz, muito sensível a ácido e variável na cor. O tipo natural

tem sido substituído por sua forma sintética, verditer entre outros

verdes sintéticos.

As origens e mitos da malaquita remontam há três mil anos a.C..

Os egípcios honravam-na como pedra da esperança, sorte e harmonia

nas parcerias. Através de sua forte coloração verde, atribuindo-se a Malaquita, por milênios, uma alta posição entre pedras curativas e de

adornos.

Malaquita

QUARTZO

Quartzo

O quartzo é o mais abundante mineral da Terra

(aproximadamente 12% vol.). Possui estrutura cristalina trigonal

composta por tetraedros de sílica, pertencendo ao grupo dos

tectossilicatos. O seu hábito cristalino é um prisma de seis lados que

termina em pirâmides de seis lados, embora frequentemente

distorcidas e ainda colunar, em agrupamentos paralelos, em formas maciças (compacta, fibrosa, granular, criptocristalina), maclas com

diversos pseudomorfos. É classificado como tendo dureza 7 na Escala

de Mohs. Apresenta as mais diversas cores (alocromático) conforme as

variedades. O nome "quartzo" é de origem incerta, sendo a mais

provável a palavra alemã "quarz", que por sua vez será de origem

eslava.

GRANADA

Granada – variedade Almandina

A Granada (do latim granatus, um grão) é o nome geral dos

membros de um grupo de minerais com habitus cristalinos constituído

por dodecaedros e trapezoedros. As granadas não apresentam

clivagem, mas mostram partição dodecaédrica. A fratura é conchoidal a

desigual; algumas variedades são muito resistentes e são valiosas para

finalidades abrasivas. O brilho varia entre vítreo e resinoso, podendo

ainda ser transparentes ou opacas, conforme a presença ou ausência

de inclusões. As granadas podem apresentar as seguintes cores: vermelho, amarelo, marrom, preto, verde, ou incolor. As variedades de

granadas são:

Piropo, ou Rubi do Cabo, é uma granada de cor vermelho-sangue, devido a seu conteúdo de ferro e cromo. A sua fórmula é

Mg3Al2(SiO4)3. O magnésio pode ser substituído em parte por cálcio

e/ou ferro ferroso (Fe2+). O piroro raramente possui inclusões, mas,

quando presentes, estas se encontram em forma de cristais

arredondados ou apresentam contorno irregular. Como todas as

granadas, o piropo não possui clivagem, e a fratura é de subconcóide

a irregular.

Piropo

O piropo é encontrado em rocha vulcânica e depósitos aluviais e pode, juntamente com outros minerais, indicar a presença de rochas

portadoras de diamantes. As localizações de jazidas incluem Arizona,

África do Sul, Argentina, Austrália, Brasil, Myanmar, Escócia, Suíça e

Tanzânia.

Os exemplares transparentes são usados como gemas. Uma

variedade importante de piropo - a rodolite, do grego a rosa - é

originária do condado de Macon na Carolina do Norte, é caracterizada

pela cor violeta-vermelha e por constituir uma solução sólida de 2:1

entre piropo e almandina.

A palavra piropo deriva do grego pyropos, significando

flamejante.

Grossularite ou grossulária é uma granada de cálcio-alumínio

com a fórmula Ca3Al2(SiO4)3, embora o cálcio pode em parte ser

substituído por ferro ferroso (Fe2+) e o alumínio por ferro férrico (Fe3+).

As cores mais comuns deste mineral são verde, canela, marrom,

vermelho, e amarelo. A grossulária é um mineral típico de

metamorfismo de contacto de calcários, onde se encontra associada a

vesuvianite, diópsido, wollastonite e wernerite. Grossulária é um

termo derivado da botânica.

Grossulária

Almandite, almandina ou carbúnculo é uma granada do ferro-alumínio com a fórmula Fe3Al2(SiO4)3. As variedades transparentes

podem ter bastanto valor enquanto pedras preciosas. A almandina é

um mineral comum em rochas metamórficas como o micaxisto, onde

ocorre associado a estaurolite, distena, andalusite, entre outros.

Almandina

Espessartita é uma granada de manganês e alumínio granada de fórmula Mn3Al2(SiO4)3. O nome é derivado da cidade de Spessart na

Baviera. Esta variedade pode apresentar cores variadas, de acordo com

o tipo e quantidade de impurezas. As mais famosas são as

espessartitas laranja de Madagascar e os exemplares violeta-

vermelhos que ocorrem em riólitos do Colorado e Maine.

Espessartita

Uvarovite ou Uvarovita é uma granada de cálcio e cromo de fórmula Ca3Cr2(SiO4)3. Dentro do grupo da granadas, é a variedade

mais rara, surgindo em pequenos cristais de cor verde associados a

cromita e serpentina.

Uvarovita

A atraente e brilhante cor verde da uvarovite se deve à presença de cromo. Os cristais são muito frágeis, com fratura de subconcóide a

irregular. A uvarovite ocorre em rochas de serpentina. Os melhores

cristais são encontrados nos Urais, na Rússia, em torno de cavidades

ou fissuras na rocha. Outras fontes são a Finlândia, a Turquia e a Itália.

Andradita é uma granada de cálcio e ferro de fórmula

Ca3Fe2(SiO4)3, embora sejam comuns substituições catiónicas

importantes. As cores dependem destas variações e podem ser

vermelho, amarelo, marrom, verde ou preto. As subvariedades

reconhecidas são topazolite (amarelo ou verde), demantóide (verde) e

melantite (preto). A andradita pode ser encontrada em rochas ígneas

de profundidade, como os sienitos, e em rochas metamórficas como os

xistos e calcários.

Granada – variedade Andradita

Granadas lapidadas

ÁGUA MARINHA

Água Marinha

A água-Marinha é uma variedade do berilo, com uma composição química de silicato de alumínio e berílio. A sua dureza é de 7,5 - 8

Mohs. A cor da Água-Marinha varia do verde-azul a azul claro. Esta

gema é encontrada um pouco por todo o mundo, já foi encontrada em

Elba - Itália; Mourne Mountains - Irlanda do Norte; Mursinsk, Takovaja

River, Shaitansk Hills, Adun-Tchilone Baikal - Rússia; Rossing e KI.

Spitzkopje - Namíbia; Marambaia Minas Gerais, Rio Grande do Norte -

Brasil; Madagascar; Zimbábue; Tanzânia; Quénia; Sri Lanka; Índia;

Mianmar; Califórnia,Colorado,Connecticut e Maine - Estados Unidos da

América; Austrália; Paquistão; Afeganistão.

No Brasil as maiores aquamarines mineradas sempre foram

encontradas em Marambaia, Minas Gerais. A mais pesada tinha 110 kg, e suas dimensões eram de 48,5 cm de comprimento e 42 cm de

diâmetro. A sua cor varia desde o azul claro ao azul esverdeado ou até

mesmo de tons escuros. São raros os exemplares com um azul intenso

e sem tons esverdeados, a maioria das águas-marinhas com um azul

perfeito foram sujeitas a tratamentos especiais, o principal é o

aquecimento da gema. Este tratamento elimina os tons esverdeados

fazendo com que a gema fique com um aspecto mais impressionante.

Contudo nem sempre as pessoas preferiram assim, algumas pessoas

preferem os tons naturais por ser mais parecido com o azul do mar.

Aquamarine ou Água-marinha é uma gema da família do berilo

azul, relativamente próxima à esmeralda. Essa pedra preciosa é

chamada assim porque, como a água do oceano, pode ter vários tons de azul. Ficou conhecida como a pedra dos marinheiros e acredita-se

que dê sorte para quem viaja. A cor vem da presença de ferro em sua

composição e, quanto mais forte o azul, maior o valor.

LÁPIS-LAZÚLI

Lápis-lazúli

Lápis-lazúli , conhecido também como lápis, é uma rocha metamórfica de cor azul utilizada como gema ou como rocha

ornamental desde antes de 7000 a.C. em Mehrgarh, na Índia, situado

nos dias de hoje no Paquistão. A sua cor, azul-escura e opaca, fez com

que esta gema fosse altamente apreciada pelos faraós egípcios, como

pode ser visto por seu uso proeminente em muitos dos tesouros

recuperados dos túmulos faraônicos. Trata-se de uma rocha, e não de

um mineral, porque é composta de vários minerais. A primeira parte do

nome, lapis, em latim, significa pedra. A segunda parte, lazuli, é a forma genitiva no latim de lazulum, que veio do árabe (al)- lazward, que veio do persa د ,lāzhward, que veio do sânscrito Raja Warta ,لاژور

significando "anel", "vida do rei". Lazúli era originalmente um nome, mas logo veio a significar azul por causa de sua associação com a

pedra. A palavra em inglês azure, o azul espanhol e português e o

azzurro italiano são cognatos.

O componente principal do lápis-lazúli é o lazurita (25% 40%),

um mineral silicato feldspatóide de fórmula química

(Na,Ca)8(AlSiO4)6(S,SO4,Cl)1-2. A maioria do lápis-lazúli contém

também calcita (branca), sodalita (azul) e pirita (amarelo metálico).

Outros constituintes possíveis são augita, diópsido, enstatita, mica,

hauinite, horneblenda e noselita. Alguns contêm quantidades mínimas

de lollingite, rico em enxofre, variedade do geierite. O lápis-lazúli

ocorre geralmente em mármores cristalinos como resultado de

metamorfismo de contato. A sua melhor cor é o azul intenso, com

pequenos grãos de pirita dourada. Não deve haver nenhum veio de calcita e as inclusões da pirita devem ser pequenas. As pedras que

contêm demasiadamente calcita ou pirita não são artigo de grande

valor. Os grão de pirita são uma ajuda importante em identificar a

pedra como genuína e não diminuem o seu valor. Frequentemente, os

lápis de qualidade inferior são tingidos para melhorar sua cor, mas

estes são frequentemente muito escuros - ficando azul acinzentado.

Lápis-lazúli

Os lápis mais valiosos vêm da área de Badakshan do Afeganistão. Shortugai, um povoamento da civilização do Vale do Indo no rio Amu

Dária no norte do Afeganistão, situava-se perto de minas de lápis-

lazúli. Esta fonte dos lápis pode ser a mais antiga das minas no

mundo, e as mesmas minas que operam ainda hoje podem ter

fornecido os lápis aos faraós e antigos sumérios. Usando esta fonte antiga, os artistas do Vale do Indo lapidavam estas pedras, que

comerciantes negociavam nos locais mais distantes. Além dos depósitos

afegãos, os lápis são encontrados nos Andes perto de Ovalle, Chile,

onde são geralmente mais pálidos que o azul escuro. Outras fontes

menos importantes são a região do Lago Baikal na Rússia, a Sibéria,

Angola, Myanmar, Paquistão, EUA (Califórnia e Colorado), Canadá e

Índia.

O lápis com um polimento adequado pode ser usado em jóias,

caixas, mosaicos, ornamentos e vasos. Na arquitetura, foi usado nas

paredes e colunas dos palácios e das igrejas. Quando moído e

processado, dá origem ao pigmento para a têmpera (método de pintura

utilizado por artistas japoneses) e, mais raramente, pintura a óleo.

O pó de lápis-lazúli, depois de processado para remover as

impurezas, e uma vez isolado o componente lazurite, dá origem ao

pigmento ultramarine. Este azul livre, brilhante, era um do poucos

disponíveis aos pintores antes do século XIX, mas era de alto custo.

Quando a pintura de têmpera foi substituída pelo advento da pintura a

óleo no Renascimento, os pintores acharam que o brilho do ultramarine

ficava diminuído quando moído e misturado em óleo e isto, junto com

seu alto custo, conduziu a um declínio constante no seu uso. Desde que

a versão sintética do ultramarine foi descoberta no século XIX (junto com outros azuis, tais como o azul do cobalto), a produção e o uso da

variedade natural quase cessou, embora diversas companhias ainda a

produzam e alguns pintores ainda sejam atraídos pelo seu brilho e pela

sua história romântica.

No antigo Egito o lápis-lazúli era a pedra favorita para amuletos

e ornamentos; foi usado também pelos assírios e pelos babilônicos nos

selos cilíndricos (locais onde se gravavam pinturas contando a história

do povo). As escavações egípcias que datam de 3000 a.C. continham

milhares de artigos como jóias, muitos feitos de lápis-lazúli. Os lápis-

lazúlis pulverizados foram usados por senhoras egípcios como uma

sombra cosmética para os olhos.

Como inscrito no capítulo 140 do Livro dos Mortos egípcio, o

lápis-lazúli, na forma de um olho, foi considerado um amuleto de

grande poder. No último dia do mês, oferecia-se este olho simbólico,

porque se acreditava que, nesse dia, um ser supremo colocou tal

imagem em sua cabeça. Os antigos túmulos reais sumérios de Ur,

situados perto do rio Eufrates no baixo Iraque, continham mais de 6000

estatuetas belamente executadas, de lápis-lazúli, de pássaros, cervos,

e roedoras bem como pratos, grânulos, e selos de cilindro. Estes

artefatos vieram indubitavelmente do material minado em Badakhshan no norte do Afeganistão.

OLHO DE TIGRE

Olho de Tigre

Olho de tigre é uma gema que exibe acatassolamento apresentando normalmente cor amarela a vermelho-marrom, com um

lustre sedoso. Trata-se de crocidolita silicificada, um clássico

exemplo de pseudomorfismo. Uma variedade não totalmente silicificada

é chamada olho de falcão. Um membro do grupo do quartzo, suas

propriedades físicas e visuais são idênticas ou muito próximas às

propriedades de um cristal simples de quartzo.

As gemas são geralmente lapidadas em cabochão para melhor

exibirem o efeito de acatassolamento. Pedras de cor vermelha são

obtidas por tratamento térmico. Pedras cor-de-mel são usadas para

imitar a muito mais valiosa variedade de crisoberilo olho-de-gato

(cimófano), porém, o efeito final não é convincente.

Ferro tigre (tiger iron) é uma rocha alterada composta de olho-

de-tigre, jaspe vermelho e hematita negra. As camadas de cores e listras onduladas e contrastantes fazem dela um atrativo. É usado como

material ornamental em várias aplicações, de gemas facetadas em

cabochão (gemas convexas polidas) a cabos de facas. Junto com o

olho-de-tigre é encontrado e explorado sobretudo na América do Sul e

Austrália Ocidental. Outras notáveis fontes de olho-de-tigre incluem:

EUA, Canadá, Namíbia, Índia e Mianmar.

ALEXANDRITA

Alexandrita lapidada Alexandrita bruta

Alexandrita ou alexandrite é uma variedade do mineral crisoberilo e uma pedra preciosa muito apreciada e de grande valor.

Muda sua cor de acordo com a luz: à luz natural é geralmente verde-

oliva, mas à luz artificial assume cor vermelha. O crisoberilo algumas vezes pode conter minúsculas inclusões em forma de agulhas,

paralelas, que refletem uma luz prateada e ondulante (efeito de

acatassolamento). Quando lapidada em cabochão, a alexandrita é

conhecida como Olho de Gato. O seu nome homenageia o Czar

Alexandre II da Rússia. As histórias contam que foi descoberta em

1830 no mesmo dia que o Czar Alexandre II fazia aniversário e o seu

nome foi dado à pedra.

É uma das pedras mais caras, sendo encontrada nos Montes Urais

na Rússia e no município de Antônio Dias em Minas Gerais.

Uma das mais místicas pedras. É uma "esmeralda" de dia e um

"rubi" de noite. À luz do dia é verde e, com luz artificial, vermelha.

Quanto mais espessas as pedras, maior a facilidade de se ver a

mudança de cor.

ÔNIX

Ônix

É uma variedade da ágata. Também é chamado de "pedra unha".

Usado com frequência para confecção de camafeus. O ônix preto era

muito valorizado para contas de rosários (terços). O livro "The Magick

of Kiram, King of Pérsia" publicado em 1686 afirmava que era possível

ficar invisível usando-se um anel de ônix! Existem ônix com variadas

cores uns de faixas brancas alternando-se com preto, marrom,

vermelho e preto.

Ônix vermelho

OPALA

Opala

O mineralóide Opala é sílica amorfa hidratada, o percentual de

água pode chegar a 20%. Por ser amorfo, ele não tem formato de cristal, ocorrendo em veios irregulares, massas e nódulos. Tem a

fratura conchoidal, brilho vítreo, dureza na escala de Mohs de 5,5-6,6 e

uma cor altamente variável.

A opala varia do branco direto incolor, azul leitoso, cinza,

vermelho, amarelo, verde, marrom e preto. Frequentemente muitas

destas cores podem ser vistas simultaneamente, em decorrência de

interferência e difração da luz que passa por aberturas regularmente

arranjadas dentro do microestrutura da opala, conhecido como difração

de Bragg.

Estas aberturas são preenchidas com silicone secundário e dão

forma a "lamellae" finas dentro da opala durante a solidificação. O

termo opalescente é usado geral e erroneamente para descrever este

fenômeno original e bonito, que é denominado corretamente de jogo da

cor. Contrário a isto, opalescente é aplicado à leitosa aparência turva

de terra comum ou opala do potch. Potch não mostra um jogo da cor.

As veias da opala que indicam o jogo da cor são frequentemente

muito finas, e esta causou métodos incomuns de preparar a pedra

como uma gema. Uma opala doublet é uma camada fina de material

colorido, suportada por um mineral preto, como basalto ou obsidiana. O revestimento protetor mais escuro enfatiza o jogo da cor, e resultados

em uma exposição mais atrativa do que um potch mais claro. Dado a

textura das opalas, podem ser completamente difíceis de polir a um

lustre razoável. As partes traseiras cortadas triplet, o material colorido

com um revestimento protetor escuro, e têm então um tampão do

espaço livre com quartzo (cristal de rocha) no alto, que faz exame de

um lustrador elevado, e agem como uma camada protetora para a

opala comparativamente delicada.

Além das variedades de gema que mostram um jogo da cor, há

outros tipos da opala comum, tais como: opala leite (um azulado

leitoso a esverdeado); opala resina (mel-amarelo com um lustre

resinoso); opala madeira (causado pela recolocação do material

orgânico na madeira com opala); Menilite (marrom ou cinza) e

hialite, uma opala vidro-desobstruído incolor chamado às vezes Vidro

de Müller.

Opala de fogo Menilite

A opala é um mineralóide gel que é depositado em temperatura relativamente baixa para escorrer nas fissuras de quase todo tipo de

rocha, geralmente sendo encontrado nas formações ferrífero-

manganesíferas, arenito, e basalto. A palavra opala vem do sânscrito

upala, do Grego opallios e do latim opalus, significando "pedra

preciosa."

Uma fração grande da opala do mundo vem da Austrália. A cidade

de Coober Pedy, em particular, é uma das principais fontes. As

variedades terra comum, água, geléia, e opala de fogo são encontradas

na maior parte no México e Mesoamérica.

Assim como ocorrem naturalmente, as opalas de todas as

variedades sintéticas estão disponíveis experimental e comercialmente.

O material resultante é distingüível da opala natural por sua

regularidade; sob a ampliação, os remendos da cor são vistos para serem arranjados em forma de "pele de lagarto" ou "chicken wire"

padrão. Os sintéticos são distinguidos mais dos naturais pela falta de

reflexo fosforecente sob luz UV. As sintéticas são, também, geralmente

de densidade mais baixa e freqüentemente mais porosas.

Dois notáveis produtores do opala sintética são as companhias

Kyocera e Inamori do Japão. A maioria das opalas chamadas

sintéticas, entretanto, são denominadas mais corretamente de

imitações, porque contêm as substâncias não encontradas na opala

natural (por exemplo, estabilizadores plásticos). As opalas de Gilson

vistas frequentemente na jóia do vintage são, na realidade, um vidro

laminado consistindo imitação com os bocados da folha interspersed.

A Opala também é encontrada no Brasil, municipío de Pedro II,

localizado no ao Norte do Estado Piauí. A reserva de opala da cidade

de Pedro II, no Piauí, é a única de qualidade nobre no Brasil que,

juntamente com as reservas australianas formam as únicas reservas de opala com importância no planeta. As reservas de opala de Pedro II

estão estimadas em: 12 milhões, 469 mil, 354 gramas de reserva

medida; 50 milhões, 269 mil, 416 gramas de reserva indicada e 38

milhões, 529 mil. 230 gramas de reserva inferida.

A opala, pedra preciosa conhecida por produzir lampejos das sete

cores do arco-íris, tem sua maior jazida brasileira na cidade piauiense

de Pedro II.

OLIVINAS

Peridoto

Os membros do grupo das olivinas são constituídos por silicatos

de magnésio e ferro, com fórmula química (Mg,Fe)2SiO4, formando uma

solução sólida em que a razão Fe/Mg varia entre os dois extremos.

Sendo esses extremas a forsterita Mg2SiO4 e a faialita Fe2SiO4.

Este mineral dá ainda o nome a um grupo de minerais com estrutura

semelhante (o grupo da olivina) que inclui os minerais monticellite e

kirschsteinite. Os minerais do grupo da olivina cristalizam no sistema

ortorrômbico, e são nesossilicatos.

Fosterita Faialita

É um dos minerais mais comuns na Terra, tendo também sido encontrada em rochas lunares, em meteoritos e inclusive em rochas de

Marte.

A olivina apresenta-se geralmente com cor verde-oliva ou

amarelo-claro, apesar de poder apresentar uma cor avermelhada

devido à oxidação do ferro. Tem fratura concoidal, sendo bastante

friável. Pensa-se que a cor verde seja devida à presença de pequenas

quantidades de níquel. O hábito das olivinas é normalmente granular e maciço.

A olivina transparente é por vezes usada como gema em

joalharia, sendo geralmente designada como perídoto. Também por vezes chamada crisólito. As melhores amostras de olivina de

qualidade gemológica têm sido obtidas de um jazigo constituído por

rochas do manto, na iIlha Zabargad, no Mar Vermelho.

A olivina ocorre em rochas ígneas máficas e ultramáficas e ainda

como mineral primário em algumas rochas metamórficas pois cristaliza

a partir de magma rico em magnésio e pobre em sílica, o qual dá

origem à formação de rochas máficas e ultramáficas, como gabro,

basalto, peridotito e dunito. A olivina ou as suas variantes estruturais

de alta pressão constituem cerca de 50% do manto superior, tornando

a olivina um dos minerais mais comuns do planeta, em volume. O

metamorfismo de dolomite impura ou de outras rochas sedimentares

com alto teor de magnésio e baixo teor de sílica, pode produzir

forsterite.

RUBI

Rubi

O nome rubi vem do latim "Ruber" que significa vermelho. O Rubi é uma variedade do mineral corindon (óxido de alumínio) cuja cor é

causada principalmente pela presença de crômo. Os rubis naturais são

excepcionalmente raros, mas produzem-se rubis artificialmente que

são comparativamente baratos.

O rubi é minerado na África, Ásia e na Austrália. Eles são mais

comuns em Myanmar, no Sri Lanka e na Tailândia, porém também são

encontrados em Montana e na Carolina do Sul nos EUA. Algumas vezes

ocorrem juntamente com espinelas nas mesmas formações geológicas

ocorrendo confusão entre as duas espécies: no entanto, bons

exemplares de espinelas vermelhas têm um valor próximo do rubi.

O rubi tem dureza 9 na escala de Mohs, e entre as gemas naturais

somente é ultrapassado pelo diamante em termos de dureza. As

variedades de corindon não vermelhas são conhecidas como safiras.

As gemas de rubi são valorizadas de acordo com várias

características incluindo tamanho, cor, claridade e corte. Todos os

rubis naturais contêm imperfeições. Por outro lado, rubis artificiais podem não conter imperfeições. Quanto menor o número e menos

óbvias as imperfeições, mais caro é o rubi - a menos que não tenha

imperfeições (i.e., um rubi "perfeito") - então ele é suspeito de ser

fabricado artificialmente e seu status de gema sem preço não é

garantido. Alguns rubis manufaturados têm substâncias adicionadas a

eles para que possam ser identificados como artificiais, mas a maioria

requer testes gemológicos para determinar a sua origem.

O maior rubi estrela do mundo é o Rajaratna, que pesa 495 g. O

maior rubi estrela-dupla do mundo (com uma estrela de 12 pontas) é o

Neelanjali, pesando 274 g. Ambos pertencem à G. Vidyaraj de

Bangalore na Índia.

SAFIRA

Safira

Safira (do hebraico: Sapir e do grego quer dizer "azul".) é

uma variedade da forma monocristalina de óxido de alumínio, (Al2O3), um mineral chamado corindon. Pode ser encontrada na natureza sob a

forma de gemas ou produzida de forma sintética para uma infinidade

de aplicações

Chama-se safira a qualquer variedade de corindon de qualidade

gemológica que não seja de cor vermelha (a variedade vermelha do

corindon é o rubi). Pode ser incolor (safira branca ou leucossafira), azul

(devida, em parte, ao ferro), púrpura, dourada ou rósea, entre outras.

As cores devem-se à presença de cobalto, cromo, titânio ou ferro. A

safira azul, ao filtro de Chelsea, fica cinza a preta.

As safiras cor-de-rosa, amarelas, verdes, brancas e multi-

coloridas são frequentemente menos valorizadas do que a variedade

azul de mesma qualidade e tamanho. No entanto, a safira cor-de-

rosa/alaranjada, designada por Padparacha ou Padparadja, é

altamente valiosa. Há também safiras que mudam de cor,

apresentando uma cor azul sob a luz do sol e uma cor púrpura sob a

luz artificial. Esta variedade de cores deve-se às impurezas na safira. A

safira pura é transparente. Traços de ferro e titânio dão a coloração

azulada.

Como o rubi, a safira tem o rutilo como inclusão frequente, além

de zircão (com halos pleocróicos, aparecendo como um ponto

luminoso), espinélio (em cristais octaédricos, comuns nas safiras de Sri

Lanka), mica, hematita, granada e outros minerais. Costuma ocorrer

em mármores, basaltos ricos em alumínio, pegmatitos e em

lamprófiros.

Safiras e rubis de qualidade gemológica podem ser facilmente

produzidos em laboratório, a baixo custo. As composições química e

física são idênticas às das gemas naturais correspondentes.

A safira é passível de confusão com cordierita, berilo, tanzanita,

espodumênio, cianita, topázio e outras gemas.

É produzida principalmente no Sri Lanka. Outros produtores são

Myanmar, Tailândia, Vietname (em basaltos, no sul do

país),Turquestão, Índia, Quênia, Tanzânia, EUA e Austrália. As

melhores safiras vêm da Caxemira (Índia), da vila de Soomjam, mas as

jazidas estão praticamente esgotadas. Ótimas gemas vêm de Myanmar

(Ratnapura) e as maiores, da Austrália. É rara no Brasil, existindo no

Mato Grosso, Goiás, Santa Catarina e Minas Gerais.

Por tratamento térmico, a safira pode ficar tanto mais clara

quanto mais escura. A amarela fica incolor e a violeta fica rósea. Usam-

se temperaturas entre 1.500 °C e 1.800 °C, em forno elétrico, em ambiente com oxigênio ou não, e o processo demora de duas horas a

três dias. Expostas a radiações, as safiras incolores ou róseas ficam

alaranjadas. A incolor ou amarelo-clara, sob ação dos raios X, fica

amarela, semelhante a alguns topázios.

A maior safira já encontrada tinha mais de 200 g no estado bruto

e foi achada em Ratnapura, Myanmar (antiga Birmânia). Das gemas

lapidadas, a maior de todas é a "Estrela da Índia", com 575 ct (ou 563

ct, segundo outras fontes), que está no Museu Americano de História

Natural de Nova Iorque. A "Logan" tem 423 ct e cor azul. A "Estrela da

Ásia", de 330 ct, está também nos Estados Unidos, na Smithsonian

Institution (Washington). É também famosa a safira "Ruspoli", de 135,8

ct.

Quando não serve para jóias, a safira é empregada em

esferográficas sofisticadas, equipamentos elétricos e óticos e em

janelas de fornalhas de alta temperatura. Safiras com impurezas de

titânio são usadas em lasers através de impulsos ultracurtos.

Em 1966, foi encontrada a maior safira estrelada (astérica), um

cristal de 63.000 quilates (=12,6kg).

Safira Long

TURMALINA

Os minerais do grupo da turmalina constituem um dos mais complexos grupos de minerais de silicato quanto à sua composição

química, sendo todos eles ciclossilicatos. Trata-se de um conjunto de

minerais de silicato de boro e alumínio, cuja composição é muito

variável devido às substituições isomórficas (em solução sólida) que

podem ocorrer na sua estrutura. Os elementos que mais comumente

participam nestas substituições são o ferro, o magnésio, o sódio, o

cálcio e o lítio. A palavra turmalina é uma corruptela da palavra

turamali do cingalês para pedra que atrai a cinza (uma referência às

suas propriedades piroeléctricas).

A turmalina apresenta uma grande variedade de cores.

Geralmente as turmalinas ricas em ferro vão desde o preto ou preto-

azulado ao castanho escuro; aquelas ricas em magnésio são castanhas a amarelas e as turmalinas ricas em lítio apresentam-se praticamente

em todas as cores do arco-íris, azul, verde, vermelho, amarelo ou cor-

de-rosa etc. Muito raramente são incolores. Os cristais bicoloridos e

multicoloridos são relativamente comuns, refletindo variações da

composição do fluido durante a cristalização. Os cristais podem ser

verdes numa extremidade e cor-de-rosa na outra ou verdes no exterior

com interior cor-de-rosa (este último tipo é por vezes chamado

turmalina melancia).

A turmalina é encontrada em dois tipos principais de ambientes

geológicos. Rochas ígneas, em particular o granito e os pegmatitos

graníticos e nas rochas metamórficas como o xisto e o mármore. O

schorl e as turmalinas ricas em lítio são geralmente encontradas em

granitos e pegmatitos graníticos. As turmalinas ricas em magnésio (dravites), estão limitadas aos xistos e aos mármores. Além disso, a

turmalina é um mineral resistente e pode ser encontrada em

quantidades menores na forma de grãos em arenitos e conglomerados.

Todos os cristais hemimórficos são piezoeléctricos e

frequentemente também piroeléctricos. Quando aquecidos, os cristais

da turmalina tornam-se carregados electricamente - positivamente

numa extremidade e negativamente na outra, tal como uma bateria.

A turmalina é usada em joalharia, em manómetros e alguns tipos

de microfones. Nas jóias, a indicolita azul é a mais cara seguida pela

verdelita verde e pela rubelita cor-de-rosa. Ironicamente, a

variedade mais rara, a acroíta incolor, não é apreciada sendo a

menos cara das turmalinas transparentes

Indicolita Verdelita Rubelita

TURQUESA

Turquesa

Turquesa é uma gema geralmente de cor ciano opaca. As

variedades mais caras são a "robin's egg blue," (cor azul do céu). As

inferiores são esverdeadas. A turquesa que se desvanece na cor é também inferior. A turquesa é um fosfato de alumínio com pequenas

quantidades de cobre e ferro. A gema é apenas ligeiramente mais dura

do que o vidro.

Em épocas antigas, turquesa foi usada pelos Egípcios e foi

retirada por eles na Península do Sinai. Existem depósitos importantes

no Irã perto de Nishapur e também no sudoeste americano. A

turquesa era considerada a pedra nacional da Pérsia e usada

intensamente na decoração de objetos. A Turquesa é usada por

artesãos Nativos Americanos especialmente os trabalhadores em

metais da tribo de índios americanos navaho.

A turquesa, juntamente com o coral, é usada extensivamente em

joalheria no Tibete e na Mongólia. A turquesa é encontrada na China e

retirada das minas para venda a outros países, mas não é usada em

joalheria. Algumas esculturas são feitas da mesma maneira que

esculturas com jade

ESPINÉLIO

Espinélio

O espinélio verdadeira é desde há muito conhecida em aluviões do Sri Lanka e em calcários de Mianmar e Tailândia. É ainda explorada

no Tadjiquistão e Tanzânia.

Os espinélios geralmente ocorrem como cristais isómetricos,

octaédricos, geralmente maclados. Apresentam clivagem octaédrica

imperfeita e fractura concoidal. A sua dureza na escala de Mohs é 8 e

são transparentes a opacas com brilho vítreo a baço. Podem ser

incolores, mas geralmente ocorrem em tons variados de vermelho,

azul, verde, amarelo, castanho ou negro. Existe também uma espinela

branca, hoje em dia desaparecida, que foi encontrada durante algum

tempo no Sri Lanka.

Os espinélios vermelhos e transparentes são chamados de

espinélios-rubis ou rubis-balas e eram muitas vezes confundidas com verdadeiros rubis na antiguidade. A palavra balas deriva de

Balascia, o nome antigo de Badakhshan, uma região na Ásia central

situada no vale superior do rio Kokcha, um dos principais afluentes do

rio Oxus. O espinélio amarela é chamada rubicela e o espinélio de

manganês de cor violeta, de almandina.

O espinélio pode ser encontrado em rochas metamórficas e

também como mineral primário em rochas básicas, pois em magmas

deste tipo há ausência de alcalis não permite a formação de feldspatos,

e qualquer óxido de alumínio presente formará corindon ou combinar-

se-á com magnésio para formar espinélio. É por este motivo que

muitas vezes o rubi e os espinélios são encontrados juntos.

Muitos rubis, famosos por se acharem incrustados em coroas da

realeza são, na verdade, espinélios. A mais famosa é a 'Black Prince's

Ruby', um espinélio de 170 quilates, de um vermelho magnífico, que

adorna a coroa imperial do estado entre as jóias da coroa britânica. O

rubi de Timur, uma gema vermelha de 352 quilates, atualmente propriedade da Rainha Elizabeth II, tem a marca de alguns imperadores

que o possuíram antes, conferindo-lhe inegável prestígio.

Coroa do Tesouro Britânico. Na parte de trás fica a safira Stuart e no topo a safira

St. Edward, datada de 1042. Na frente, o rubi Black Prince (que na verdade é um espinélio)

Apreciada atualmente pela sua própria natureza, o espinélio é uma das pedras preciosas preferidas dos negociantes e colecionadores

de gemas devido ao seu brilho, dureza e ao largo espectro de cores

deslumbrantes.

O espinélio é uma gema resistente, perfeita para a indústria da

joalharia. Facetada, o mais das vezes é talhada em forma oval ou

circular, sendo muito difícil de encontrar em tamanhos calibrados dada

a sua raridade.

OBSIDIANA

Obsidiana

Obsidiana é um tipo de vidro vulcânico, formado quando a lava esfria rapidamente, por exemplo, fluindo sobre água. Consiste em 70%

ou mais de sílica (SiO2-dióxido de silício). A obsidiana não é um

mineral verdadeiro por não ser cristalino e, além disso, é muito similar

na composição ao granito e riólito. É classificada às vezes como um

mineralóide.

As cores da obsidiana variam, dependendo da presença das

impurezas. Ferro e magnésio tipicamente dão à obsidiana uma cor

verde escura a preta. A inclusão de pequenos cristais brancos,

aglomerados radiais de cristobalite produzem um padrão manchado ou de "floco de neve". Pode conter bolhas de ar, restantes do fluxo da

lava, alinhados ao longo de camadas criadas como a rocha derretida

estava fluindo antes de ser refrigerada. Estas bolhas podem produzir

efeitos interessantes tais como um reflexo dourado ou do arco-íris. As

pepitas pequenas de obsidiana que naturalmente foram arredondadas e

alisadas pelo vento e pela água são chamadas de "lágrimas de apache".

A obsidiana é relativamente macia, com uma típica dureza de 5 a 5,5.

Obsidiana é usada geralmente para finalidades ornamentais,

porque possui a propriedade peculiar de apresentar uma aparência

diferente de acordo com a maneira como é cortada. Quando o corte for

num sentido a superfície apresenta um preto bonito; quando cortado

através de outro sentido aparece cinza.

Porco, escultura em obsidiana "floco de neve" (10 cm)

A obsidiana foi usada em determinadas culturas da idade da pedra porque pode ser fraturada para produzir lâminas afiadas ou

cabeças de seta. Como todo o vidro e alguns outros tipos de rochas

naturais, a obsidiana fractura-se de forma conchoidal. Pode também

ser lustrada para criar espelhos.

Na era pré-colombiana o uso da obsidiana na Mesoamérica era

sofisticado para produzir esculturas e ferramentas. As lâminas de

obsidiana podem ter uma borda de corte tão fina como os bisturis de aço cirúrgico de qualidade muito elevada. Os mesoamericanos fizeram

também um tipo de espada com lâminas de obsidiana montados em

um corpo de madeira. Entre os astecas, essa espada tinha o nome de

macuahuitl.

Obsidiana (Pontas de flechas e lanças)

TOPÁZIO

O topázio é um mineral nesossilicato de flúor e alumínio de

fórmula química Al2[(F,OH)2SiO4]. É bastante utilizado em joalharia e

classificado como pedra semipreciosa.

Topázio incolor, Minas Gerais, Brasil

Cristaliza no sistema ortorrômbico e seus cristais são na maior parte prismáticos terminados ou não por faces piramidais,

frequentemente apresentando pinacóide basal. Tem uma perfeita

clivagem basal e por isso as gemas ou outros espécimes finos devem

ser seguradas com cuidado para evitar que apareçam falhas de

clivagem. A fratura é concoidal e desigual.

O topázio tem uma dureza de 8 e um brilho vítreo. Quando puro

é transparente mas em geral matizado por impurezas; em termos de

cor o topázio típico apresenta-se cor de vinho ou amarelo-claro. Pode

também ser branco, cinza, verde, azul, ou amarelo-avermelhado e transparente ou translúcido. Quando aquecido, o topázio amarelo

torna-se frequentemente rosa-avermelhado.

Topázio Azul Topázio Imperial

O topázio ocorre em pegmatitos, veios de quartzo de alta temperatura e em cavidades existentes em rochas ácidas como granito

e riólito e pode ser encontrado associado com fluorita e cassiterita.

Pode ser encontrado nas montanhas Urais e Ilmen (Rússia), na

República Checa, Saxônia, Noruega, Suécia, Japão, Brasil, México, e

Estados Unidos.

O nome "topázio" é derivado do grego topazos ("buscar"), que

era o nome de uma ilha no Mar Vermelho difícil de encontrar e da qual

uma pedra amarela (atualmente acredita-se que fosse uma olivina

amarelada) era minerada em tempos antigos. Na Idade Média, o nome

topázio conhecido era usado como referência a qualquer gema

amarela.

REFERÊNCIAS

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Hurlbut, C. S.; Klein, Cornelis, 1985, Manual of Mineralogy, 20th ed., ISBN 0-471-80580-7

Deer, W. A., Howie, R. A., Zussman, J. (1992). An introduction to the rock-forming minerals (2nd

ed.). Harlow: Longman ISBN 0-582-30094-0 Gemological Institute of America, GIA Gem Reference Guide 1995, ISBN 0-87311-019-6

http://webmineral.com/data/Opal.shtml Webmineral: Opal

http://mindat.org/min-3004.html Mindat.org: Opal