Musica Nas Ordens Religiosas

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Música nas Ordens Religiosas - As ordens mais importantes são a Ordem Beneditina (casa mãe em Tibães) e a Ordem Cisterciense (casa mãe em Alcobaça). - A ordem dos Monges Agostinhos (casa mãe em Sta Cruz de Coimbra) que se torna também importante por ser um conhecido centro artístico e musical. O Mosteiro de S. Vicente de Fora em Lisboa, também propriedade do Agostinhos, era também um local de importante formação artística e musical. Surgem aqui as primeiras abordagens à música do séc. XV e XVI - Os jesuítas são também nesta altura uma ordem virada para a instrução e manifestações culturais. Mosteiro de Santa Cruz - A oração e os serviços religiosos eram práticas importantes que tinham acompanhamento musical. - Os monges aprendiam canto e órgão. - Os monges mais importantes são: D. Pedro de Cristo, D. Eleodorio de Paiva, D. Pedro da Esperança, António Lopes, etc. D. Pedro de Cristo - 1550 – 1618 - Mestre de capela em Santa Cruz de Coimbra e S. Vicente de Fora em Lisboa - Tem mais de 220 peças (missas, motetos, salmos, etc) - Possui uma escrita fácil no stile antico

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Música nas Ordens Religiosas

- As ordens mais importantes são a Ordem Beneditina (casa mãe em Tibães) e a

Ordem Cisterciense (casa mãe em Alcobaça).

- A ordem dos Monges Agostinhos (casa mãe em Sta Cruz de Coimbra) que se

torna também importante por ser um conhecido centro artístico e musical. O

Mosteiro de S. Vicente de Fora em Lisboa, também propriedade do Agostinhos,

era também um local de importante formação artística e musical. Surgem aqui as

primeiras abordagens à música do séc. XV e XVI

- Os jesuítas são também nesta altura uma ordem virada para a instrução e

manifestações culturais.

Mosteiro de Santa Cruz

- A oração e os serviços religiosos eram práticas importantes que tinham

acompanhamento musical.

- Os monges aprendiam canto e órgão.

- Os monges mais importantes são: D. Pedro de Cristo, D. Eleodorio de Paiva, D.

Pedro da Esperança, António Lopes, etc.

D. Pedro de Cristo

- 1550 – 1618

- Mestre de capela em Santa Cruz de Coimbra e S. Vicente de Fora em Lisboa

- Tem mais de 220 peças (missas, motetos, salmos, etc)

- Possui uma escrita fácil no stile antico

Chansonete - designação dos vilancicos de Coimbra. Foi um género muito cultivado

em Portugal. Nos primeiros anos do reinado de D. João IV começaram a perder

importância.

Vilancico Negro – Procura reproduzir a fala dum escravo negro. Foi cantado em Santa

Cruz de Coimbra até 1647, sendo populares nessa época.

Música entre os Jesuítas

- Associados à intelectualidade

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- Ligados à Universidade de Évora e ao Colégio de S. Paulo em Braga.

Música entre os Franciscanos

- Ordem pobre

- O seu marco musical mais importante foi a publicação de um conjunto de

Magnificat de Frei Manuel Cardoso, em Lisboa.

Casa de Vila Viçosa

- Situada perto de Évora, Elvas, Badajoz e Sevilha, o que proporcionava alguma

troca de informações.

- É importante não só pela sua localização mas também pelas instituições que

acolheu e criou.

- D. João II e D. João IV foram os seus mais importantes cultivadores, uma vez

que alimentavam muito a capela, mantendo-a viva e bem estruturada.

- Para além dos cantores necessários, incluía instrumentistas de sopros e cordas

que acompanhavam frequentemente a polifonia vocal.

- Quando D. João IV vai para Lisboa leva consigo o mestre de capela, o Padre

Marcos Soares Pereira e o irmão João Lourenço Rebelo.

- Em Vila Viçosa trabalhavam músicos portugueses vindos de Évora e espanhóis.

- Por Vila Viçosa passaram mais de 100 músicos.