Musicalização Com Flauta Doce

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  • Secretaria de Estado da Educao

    Universidade Federal do Paran

    Programa de Desenvolvimento Educacional

    rea de Arte

    Caderno de Musicalizao: Canto e Flauta Doce

    EM REVISO

    CURITIBA

    2007

  • ii

    Walmir Marcelino Teixeira

    Caderno de Musicalizao: Canto e Flauta Doce

    EM REVISO

    Trabalho apresentado Coordenao do Programa de Desenvolvimento Educacional, da Secretaria de Estado da Educao em convnio com a Universidade Federal do Paran, como requisito parcial de concluso de curso. Orientador: Professora Valria Lders, Doutora; Co-orientao: Professor lvaro Carlini, Doutor.

    CURITIBA

    2007

  • iii

    SUMRIO

    LISTA DE FIGURAS....................................................................................................iv

    DESVENDANDO OS SEGREDOS DO SOM ...............................................................8

    PARTE I: O ENCONTRO DE PAN E ORFEU ............................................................10

    Tema 1 reconhecendo a flauta..............................................................................10

    Tema 2 reconhecendo a partitura .........................................................................30

    Tema 3 cantando: do folclore ao universal............................................................34

    Tema 4 apreciando: histria e pesquisa ...............................................................38

    A flauta e o pentagrama...........................................................................................42

    Quadro sntese.........................................................................................................49

    PARTE II: PARTITURAS COMENTADAS E SITUAES DE APRENDIZAGEM....50

    Tema 5: Fera Pantera .............................................................................................50

    Tema 6: Samba de uma nota s ..............................................................................56

    Tema 7: Minha cano.............................................................................................61

    Tema 8: Azul da cor do mar .....................................................................................69

    Tema 9: Asa branca.................................................................................................73

    Tema 10: Coletnea folclrica..................................................................................76

    Tema 11: Meu Paran .............................................................................................81

    Tema 12: preciso saber viver................................................................................85

    Tema 13: Pr no dizer que no falei de flores........................................................89

    Tema 14: Semente do amanh................................................................................93

    Tema 15: Trenzinho do caipira.................................................................................97

    Tema 16: Ode alegria .........................................................................................101

    Tema 17: Pe a erva pr sapecar..........................................................................104

    Tema 18: Hino do Paran ......................................................................................109

    Tema 19: Bom natal ...............................................................................................113

    Tema 20: Solilquio ...............................................................................................117

    Quem quem no repertrio ...................................................................................121

    Ficha tcnica da gravao dos CDs.......................................................................123

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS.........................................................................124

  • iv

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 como segurar a flauta .............................................................................12

    Figura 2 nota si.......................................................................................................12

    Figura 3 nota longa si ............................................................................................13

    Figura 4 nota si.......................................................................................................13

    Figura 5 nota l.......................................................................................................14

    Figura 6 nota longa l ............................................................................................14

    Figura 7 nota l.......................................................................................................14

    Figura 8 nota si e l................................................................................................15

    Figura 9 nota sol ....................................................................................................15

    Figura 10 nota longa sol ........................................................................................15

    Figura 11 nota si, l e sol ......................................................................................16

    Figura 12 nota f ....................................................................................................17

    Figura 13 nota longa f..........................................................................................17

    Figura 14 notas si, l, sol e f ...............................................................................18

    Figura 15 nota mi ...................................................................................................19

    Figura 16 nota longa mi.........................................................................................19

    Figura 17 notas si, l, sol, f e mi .........................................................................20

    Figura 18 nota longa r..........................................................................................21

    Figura 19 notas si, l, f, mi e r ...........................................................................21

    Figura 20 nota d ...................................................................................................22

    Figura 21 nota longa d3.......................................................................................22

    Figura 22 notas si, l, sol, f, mi, r e do3 ...........................................................23

    Figura 23 notas do3, r, mi, f, sol, l e si............................................................24

    Figura 24 nota d4 .................................................................................................25

    Figura 25 nota longa d4.......................................................................................25

    Figura 26 escala diatnica de d maior (ascendente e descendente) ..............26

    Figura 27 minha cano ........................................................................................29

    Figura 28 nota r com orifcio aberto (atrs) .......................................................30

    Figura 29 nota r4 ..................................................................................................31

    Figura 30 nota longa r4........................................................................................31

    Figura 31 ode alegria ..........................................................................................32

    Figura 32 senhor capito.......................................................................................34

  • v

    Figura 33 a canoa virou .........................................................................................36

    Figura 34 clave de sol............................................................................................37

    Figura 35 linhas e espaos da pauta....................................................................37

    Figura 36 valores das notas..................................................................................38

    Figura 37 peixe vivo...............................................................................................40

    Figura 38 nota si.....................................................................................................42

    Figura 39 nota l.....................................................................................................42

    Figura 40 nota sol ..................................................................................................43

    Figura 41 nota f ....................................................................................................43

    Figura 42 nota mi ...................................................................................................44

    Figura 43 nota r ....................................................................................................44

    Figura 44 nota d ...................................................................................................45

    Figura 45 nota d 4 ................................................................................................45

    Figura 46 nota r4 ..................................................................................................46

    Figura 47 nota sol # ...............................................................................................46

    Figura 48 nota sol # ou l b...................................................................................47

    Figura 49 nota mi 4 ................................................................................................47

    Figura 50 nota f # .................................................................................................48

    Figura 51 nota sib ..................................................................................................48

    Figura 52 reconhecendo a partitura .....................................................................49

    Figura 53 partitura Fera Pantera ...........................................................................50

    Figura 54 notas agudas e graves..........................................................................51

    Figura 55 exerccio rtmico....................................................................................52

    Figura 56 exerccio rtmico....................................................................................52

    Figura 57 figuras de som e de silncio ................................................................53

    Figura 58 exerccio rtmico....................................................................................53

    Figura 59 notao ..................................................................................................53

    Figura 60 exerccio meldico ................................................................................53

    Figura 61 notas pontuadas....................................................................................54

    Figura 62 notas pontuadas....................................................................................55

    Figura 63 fermata, suspenso e ponto de diminuio........................................55

    Figura 64 pauta para exerccios............................................................................55

    Figura 65 partitura Samba de uma nota s..........................................................56

    Figura 65 exerccios rtmicos para Samba de uma nota s ...............................58

    Figura 66 nota l sustenido ou si bemol (sib) .....................................................58

  • vi

    Figura 67 refro de Samba de uma nota s.........................................................59

    Figura 68 exerccio de improviso para Samba de uma nota s .........................60

    Figura 69 partitura Minha cano .........................................................................61

    Figura 70 notao ..................................................................................................63

    Figura 71 notao ..................................................................................................64

    Figura 72 escala diatnica de d maior ...............................................................64

    Figura 73 introduo de Minha cano................................................................65

    Figura 74 nota d4 sustenido ...............................................................................65

    Figura 75 escala de d maior ................................................................................66

    Figura 76 escala .....................................................................................................67

    Figura 78 escala de r maior .................................................................................67

    Figura 79 escala de r maior .................................................................................68

    Figura 80 bequadro................................................................................................68

    Figura 81 partitura Azul da cor do mar ................................................................69

    Figura 82 introduo de Azul da cor do mar .......................................................71

    Figura 83 sinal de repetio (ritornello) ...............................................................72

    Figura 84 sinal de repetio ex. 2 .........................................................................72

    Figura 85 partitura Asa branca .............................................................................73

    Figura 87 exerccio rtmico para Asa branca .......................................................74

    Figura 88 exerccio para Asa branca....................................................................75

    Figura 89 partitura Coletnea folclrica...............................................................76

    Figura 90 exerccios rtmicos para Coletnea folclrica ....................................78

    Figura 91 notao ..................................................................................................78

    Figura 92 notao ..................................................................................................78

    Figura 93 exerccios meldicos para Coletnea folclrica.................................79

    Figura 94 trs flautas para Bambalalo ...............................................................79

    Figura 95 partitura Meu Paran.............................................................................81

    Figura 96 exerccios rtmicos para Meu Paran ..................................................82

    Figura 97 exerccios meldicos para Meu Paran ..............................................83

    Figura 98 nota f sustenido...................................................................................83

    Figura 99 partitura preciso saber viver.............................................................85

    Figura 100 exerccios rtmicos para preciso saber viver ................................87

    Figura 101 exerccios meldicos para preciso saber viver.............................87

    Figura 102 seqncia de figuras...........................................................................88

    Figura 103 partitura Pr no dizer que no falei de flores .................................89

  • vii

    Figura 105 exerccios rtmicos Pr no dizer que no falei de flores................91

    Figura 106 exerccios meldicos Pr no dizer que no falei de flores............91

    Figura 107 partitura Semente do amanh............................................................93

    Figura 108 exerccios rtmicos para Semente do amanh .................................95

    Figura 109 exerccios meldicos para Semente do amanh..............................95

    Figura 110 partitura Trenzinho do caipira............................................................97

    Figura 111 exerccios rtmicos para Trenzinho do caipira .................................98

    Figura 112 exerccios meldicos para Trenzinho do caipira..............................99

    Figura 113 partitura Ode alegria ......................................................................101

    Figura 114 exerccios rtmicos para Ode alegria............................................102

    Figura 115 exerccios meldicos para Ode alegria ........................................103

    Figura 116 partitura Pe a erva pra sapecar......................................................104

    Figura 117 exerccios rtmicos para Pe a erva pr sapecar ...........................106

    Figura 118 exerccio meldico para Pe a erva pr sapecar............................106

    Figura 119 notao ..............................................................................................106

    Figura 120 notao ..............................................................................................107

    Figura 121 notao ..............................................................................................107

    Figura 122 notao ..............................................................................................107

    Figura 123 partitura Hino do Paran ..................................................................109

    Figura 124 exerccios rtmicos para o Hino do Paran.....................................111

    Figura 125 exerccios meldicos para o Hino do Paran .................................111

    Figura 126 partitura Bom natal ...........................................................................113

    Figura 127 exerccios rtmicos para Bom natal .................................................114

    Figura 128 escala diatnica de d maior ...........................................................115

    Figura 129 exerccios meldicos Bom natal......................................................115

    Figura 130 partitura Solilquio ...........................................................................118

    Figura 131 exerccios rtmicos para Solilquio ................................................120

    Figura 132 exerccios meldicos para Solilquio .............................................120

    Tabela 1: ficha tcnica da gravao dos CDs ......................................................123

  • DESVENDANDO OS SEGREDOS DO SOM

    Ol! J notou quantas coisas voc faz no seu dia-a-dia que so

    surpreendentes?

    Por exemplo: voc se lembra de ter parado em frente a um computador e,

    sem querer, descobrir caminhos e solues para algum problema?

    Ou, em frente a um vdeo game, descobrir como se joga observando

    detalhes e a prpria dinmica do jogo?

    Ao ligar um vdeo cassete, DVD, manusear um quebra-cabeas, jogos de

    montar e conseguir resolver o problema mesmo que isso tenha levado tempo?

    Pois bem, a msica algo maravilhoso e que para a maioria das pessoas

    parece um enorme quebra-cabeas, difcil de ser montado.

    Um bom e difcil problema passa a ser melhor compreendido na medida em

    que nos envolvemos com ele e acreditamos que podemos resolv-lo.

    Este material se prope a estimul-lo a querer aprender a tocar um

    instrumento musical. Acreditamos que TODOS podem faz-lo.

    TOCAR SE APRENDE TOCANDO

    Se praticando que se aprende a nadar, Se praticando que se aprende a trabalhar,

    praticando tambm que se aprende a ler e a escrever. Vamos praticar para aprender

    a. E aprender para praticar melhor. (Paulo Freire, 1986)

    Este um convite para praticarmos o canto e a flauta doce. Portanto, no

    perca tempo! Prepare a sua flauta, respire fundo e bom estudo. Lembre-se que

    pensamos cuidadosamente, ao elaborar este material, numa seqncia que facilite

    o seu percurso. Sugerimos que, mesmo j tendo tido contato com a flauta

    anteriormente, siga o presente roteiro, pois pensamos que este procedimento o

    ajudar a lembrar e reforar alguns detalhes importantes.

    Como trabalhamos com som, resolvemos incluir ainda o recurso de um CD,

    com alguns exerccios e muita msica. Sempre que voc encontrar este smbolo

  • 9

    significa que o exerccio ou a msica est gravada no CD, assim voc poder

    comparar o som da sua flauta com o som que est ali gravado. A maioria das

    msicas foi escolhida para serem tocadas e cantadas. E, alm disso, com o

    recurso do play back voc ter um grupo de msicos acompanhando a sua

    execuo, a qualquer hora e quantas vezes quiser. Esse material foi pensado

    como recurso pedaggico para ser utilizado em sala de aula com o professor de

    msica.

    O contedo deste Caderno, alm das partituras nele contidas, inclui em

    anexo trs CDs, com as msicas gravadas em estdio por quarteto de cordas,

    violes, canto solo, coral, trompetes, bateria, teclado e flauta doce. O primeiro CD

    contm narrativa sobre o encontro musical de Pan e Orfeu, de Walmir Marcelino

    Teixeira. O segundo CD contm, alm de arranjos para os instrumentos citados, a

    primeira voz canto e a flauta doce. O terceiro CD a base (play back), destinado

    ao estudo individual ou coletivo dos alunos entre outras possibilidades artsticas

    como apresentaes.

    Nesse sentido, professor e alunos podem alternar o dilogo entre Pan e

    Orfeu tornando o aprendizado da flauta doce momento descontrado e

    participativo.

    Alm das canes constantes no dilogo entre Pan e Orfeu selecionamos

    outras canes para auxiliar no aprendizado da flauta e desenvolver o canto.

    Essas canes compem srie de temas onde sero desenvolvidas vrias

    atividades de apreciao e discriminao sonora, prticas vocais e instrumentais,

    improvisaes e pesquisas dirigidas.

    Caminhar se aprende caminhando, tocar se aprende tocando. Mos obra!

  • 10

    PARTE I: O ENCONTRO DE PAN E ORFEU

    Tema 1 reconhecendo a flauta

    PAN: Ol! Eu me chamo Pan.

    ORFEU: E eu me chamo Orfeu!

    PAN: Seu nome tambm pouco comum, no ?

    ORFEU: Pois ! Dizem que meu nome de origem grega. O povo grego tem uma

    histria belssima, e uma das suas riquezas a mitologia. Um grande heri

    da mitologia grega o Deus Orfeu, cantor da cidade de Trcia. Dizem que

    ao som de sua lira e de seu canto os homens foram civilizados!

    PAN: Meu nome tambm vem da mitologia grega. Porm conheo duas verses.

    A primeira que o Deus Pan ao caminhar pela floresta ouviu algo

    maravilhoso que vinha de um bambu oco e seco. Com a fora do vento

    ecoava um lindo som. Ento, Pan pegou o pedao de bambu e saiu

    experimentando as possibilidades sonoras deste que originou o primeiro

    instrumento musical que se tem notcia.

    ORFEU: E qual a segunda verso?

    PAN: A segunda verso referente tambm ao Deus Pan. O mito conta que Pan

    estava apaixonado por uma ninfa que foi transformada num canio quando

    tentou fugir dele. Desse canio Pan fez a primeira flauta.

    ORFEU: Uau! (exclamou Orfeu) Sabe Pan, eu gostei das duas verses!

    PAN: Eu prefiro a primeira verso, que tem mais a ver comigo. Gosto de

    experimentar qualquer material que produza som. Inspirado neste mito me

    interessei por estudar msica e aprender a tocar flauta doce.

    ORFEU: Sabe Pan, eu acho o som da flauta to doce e suave, um instrumento

    muito legal. Adoraria aprend-lo. Voc me mostraria como que se toca a

    flauta?

    PAN: Mas claro! Sabe Orfeu, eu notei que quando explico a algum como se

    toca a flauta para algum organizo meu pensamento e acabo descobrindo

    coisas que antes eu no sabia?

  • 11

    ORFEU: ? Que legal! Ento, vamos comear?

    PAN: Calma Orfeu! Embora a flauta seja fcil de tocar, ns precisamos de um

    ambiente que favorea a nossa concentrao, que seja confortvel, que

    no tenha muito barulho e que no incomode ningum.

    ORFEU: Como assim?! No entendi! Desde quando a msica pode incomodar

    algum?

    PAN: Eu sei que voc ama a msica, mas quando estudamos msica e

    especificamente um instrumento musical, produzimos alguns sons,

    repetidas vezes, exerccios que s interessam para quem est

    aprendendo. Por isso, para evitar outros tipos de rudos devemos procurar

    um local adequado.

    ORFEU: Ah! Agora voc foi mais claro! Eu tenho uma idia, a sala do grmio

    estudantil est vazia e parece ser o local ideal para comearmos.

    PAN: Ok! Boa idia! Vamos l!

    ORFEU: Poxa vida! Nem acredito que vou aprender como se toca a flauta!

    PAN: Pegue aqui uma das flautas que sempre trago comigo. um presente. O

    que acha?

    ORFEU: Que flauta bonita! Olha o que t escrito aqui: - Flauta Doce Soprano

    Germnica!

    PAN: Isso mesmo, Orfeu. Ns vamos utilizar a flauta germnica que o modelo

    mais acessvel e que podemos encontrar facilmente em qualquer livraria

    ou loja de instrumentos musicais. Existem outros modelos de flauta, mas

    isso ns veremos mais tarde, certo?

    ORFEU: Tudo bem! Como se faz?

    PAN: simples! Observe que a flauta tem duas extremidades, sendo que uma

    delas arredondada e a outra cncava. A parte cncava a que

    colocamos nos nossos lbios.

    ORFEU: Assim?

    PAN: Isso mesmo. Olha, a flauta tem muitos orifcios. Vamos combinar o

    seguinte: onde tem sete orifcios ser a parte da frente e onde tem apenas

    um orifcio ser a parte de trs da flauta, tudo bem?

    ORFEU: Tudo bem!

    PAN: Agora vamos ver como se segura a flauta. Com o polegar da mo

    esquerda, ns tampamos o orifcio da parte de trs da flauta.

  • 12

    ORFEU: Ah, sim!

    PAN: Isso mesmo. Agora com o dedo indicador

    da mo esquerda ns tampamos o

    primeiro orifcio da parte da frente da

    flauta, que est quase na mesma direo

    do orifcio de trs.

    PAN: Muito bem Orfeu. Observe se todos os

    orifcios da flauta esto tampados, este

    detalhe muito importante para que o

    som saia bonito.

    Inesperadamente Orfeu d um forte sopro

    PAN: Que isso! Quanta fora! Voc sabia que este instrumento se chama flauta

    doce? Devemos sopr-la suavemente, docemente. Alm disso,

    procuramos no desperdiar nossa energia. Nenhum som deve ser em

    vo...

    ORFEU: Ok, Pan! J entendi. Foi mal! Voc nem

    tinha terminado de me explicar e eu j fui

    assoprando de qualquer jeito.

    PAN: Tudo Bem! Antes de tocarmos esta

    primeira nota, vamos cantar um

    pouquinho? Voc conhece o Samba le-

    l, no ?

    ORFEU: Claro! Sam - ba - le - l_es - t- do_en - te,

    -st-com_a - ca - be - a- que - bra - da

    (cantarolando).

    PAN: Muito bom! Voc faz jus ao seu nome, cantando to bem assim! Agora,

    Orfeu voc deve substituir os versos da cano pronunciando a slaba DU.

    ORFEU: Assim?

    sam - ba - le - l_es - t- do_en - te, -st- com_a - ca - be - a- que - bra - da

    Du - du - du (...).

    Figura 1 como segurar a flauta

    Figura 2 nota si

  • 13

    PAN: Isso mesmo, Orfeu. Agora voc deve pegar a sua flauta, com o polegar da

    mo esquerda tampando o orifcio da parte de trs da flauta e o indicador

    tambm da mo esquerda tampando o orifcio da parte da frente.

    PAN: Repouse a parte cncava da flauta no

    lbio inferior e depois com o lbio

    superior voc vai fechar a sada do ar,

    de tal forma que ele saia s pela flauta.

    Com um sopro bem suave pronuncie a

    slaba DU, no ritmo da cano Samba

    Le-l.

    Figura 4 nota si

    No Ritmo do Samba Lel com a slaba du

    ORFEU: Poxa, Pan! Que legal! Acabo de tocar minha primeira msica na flauta! E,

    olha aqui os meus dedos, esto com a marca dos orifcios! Parece at um

    carimbo!

    PAN: Isto comum acontecer! E veja como os crculos esto bem formados, isto

    sinal que voc tampou os orifcios corretamente. Voc sabe qual o

    nome desta nota que acabamos de tocar?

    ORFEU: No fao a mnima idia!

    PAN: Pois bem! Utilizando o dedo polegar e o dedo indicador da mo esquerda

    para tampar os orifcios formamos a nota SI. Voc sabe me dizer quais

    so as notas musicais, Orfeu?

    ORFEU: So sete. D, r, mi, f, sol, l, si.

    PAN: Muito bem. Voc acaba de falar o nome das notas musicais na forma

    ascendente, e como seria na forma descendente?

    ORFEU: Si, l, sol, f, mi, r, d?

    PAN: Sendo assim voc saberia me dizer que nota teremos ao tampar o prximo

    orifcio?

    ORFEU: Boa pergunta! Deixe-me pensar! Seria a nota L?

    PAN: Isso mesmo! E assim na medida em que formos fechando os orifcios da

    parte da frente da flauta, de cima para baixo, temos a seqncia

    Figura 3 nota longa si

  • 14

    descendente das notas musicais. Para tocarmos a nota L, precisamos

    tampar o prximo orifcio com o dedo mdio da mo esquerda.

    ORFEU: Assim? (mostrou Orfeu)

    Figura 5 nota l Figura 6 nota longa l

    PAN: Isso mesmo! Agora, vamos pronunciar a slaba du no ritmo da cano

    Samba Lel com a nota l.

    Figura 7 nota l

    No ritmo do Samba Lel com a Slaba du

    ORFEU: Que tal, Pan?

    PAN: Muito bem! Voc est indo melhor do que eu imaginava. Vamos recapitular,

    Orfeu. Primeiro vamos tocar com a nota si o ritmo do samba le-l e em

    seguida passamos para a nota L, entendeu?

    ORFEU: A primeira vez com a nota si, e em seguida com a nota l, no ritmo de

    Samba le-l. (repetiu Orfeu)

  • 15

    Figura 8 nota si e l

    No ritmo do samba Lel com a slaba du

    PAN: isso a, Orfeu! Agora relaxe um pouco os seus braos, porque ns

    seguiremos para a prxima nota, sabe qual ?

    ORFEU: Humm! (pensou) SOL!?!

    PAN: Isso mesmo, Orfeu, a nota sol. Com o dedo anelar (o dedo que se coloca

    a aliana de casamento) tamparemos o prximo orifcio (o 3. de cima

    para baixo). Lembre-se que para a nota si tampamos o orifcio de trs

    mais o 1. da frente. Para a nota l, conservamos o polegar e o indicador

    tampando os orifcios e utilizamos o dedo mdio para tampar o 2. orifcio.

    Para fazermos soar a nota sol, tampamos o 3. orifcio e conservamos os

    outros tambm tampados. Ufa! Vamos experimentar o som da nota sol?

    Assopre suavemente uma nota longa, um longo sopro.

    ORFEU: Caramba, Pan!

    Quase fiquei

    sem ar!

    PAN: Calma Orfeu!

    Respire

    fundo!

    Relaxe! O ar

    nosso

    principal aliado para tocarmos a flauta. Devemos procurar ter sempre uma

    reserva dele caso precisemos utiliz-lo. Vamos recapitular, no movimento

    descendente, tocaremos a nota si no ritmo do samba le-l, depois a nota

    l e por fim a nota sol, tudo bem?

    Figura 9 nota sol Figura 10 nota longa sol

  • 16

    ORFEU: J estou melhor, depois de respirar fundo. Estou mais relaxado. Vamos l,

    ento:

    Figura 11 nota si, l e sol

    No ritmo do Samba Lel com a slaba du

    PAN: Parabns, Orfeu! Sem rodeios, vamos para a prxima nota, sabe qual ,

    Orfeu?

    ORFEU: Agora ficou fcil! S pode ser a nota f?

    PAN: Isso mesmo, Orfeu. Para tocarmos a nota f, precisaremos tampar o 4.

    orifcio com o dedo indicador da mo direita.

    ORFEU: U, mas e o dedo minguinho da mo esquerda?

    PAN: Boa observao, Orfeu. O dedo minguinho da mo esquerda ns no

    utilizaremos para tapar os orifcios. Lembre-se que a quantidade de

    orifcios da flauta de oito, sendo sete na parte da frente e um na parte de

    trs. Portanto, alm do minguinho da mo esquerda, o dedo polegar da

    mo direita no tampar nenhum orifcio; este servir para apoiar e

    segurar a flauta. O dedo polegar ter esta funo importante de apoio e

    ficar na mesma direo do dedo indicador da mo direita.

    ORFEU: Entendi! Onde paramos mesmo Pan?

  • 17

    PAN: Ah! Sim. Agora ns faremos a nota f. Ento, tampando o 4. orifcio da

    parte da frente da flauta com o dedo indicador da mo direita vamos tocar

    uma nota longa e ouvirmos como soa!

    ORFEU: Que tal, Pan?

    Agora nem

    fiquei

    vermelho, pois

    antes de tocar

    respirei

    fundo...

    PAN: Observe uma

    coisa Orfeu. Voc se concentrou tanto no dedo indicador para fazer a nota

    f, que acabou se descuidando de tampar os outros orifcios! Vamos

    tentar de novo, mas agora procure sentir se todos os orifcios esto

    tampados, OK?

    ORFEU: Ento, t!

    PAN: Muito bem, Orfeu! Vamos recapitular, tocando desde a nota si at a nota f.

    Figura 12 nota f Figura 13 nota longa f

  • 18

    Figura 14 notas si, l, sol e f

    No ritmo do Samba Lel com a slaba du

    PAN: Parabns, Orfeu! Voc notou que na medida em que vamos recapitulando,

    fica cada vez mais fcil passar de uma nota para outra?

    ORFEU: verdade, Pan. E estou fazendo um esforo danado para gravar cada

    posio e as notas musicais correspondentes, imagino que isso seja

    importante, no?

    PAN: Certamente que sim! Agora ns estamos tocando as notas que so

    vizinhas no sentido descendente, logo estaremos tocando no sentido

    ascendente e depois as notas distantes, para toc-las precisaremos

    pensar rpido. Continuando, Orfeu qual o nome da prxima nota?

    ORFEU: Seguindo a lgica s pode ser a nota Mi.

    PAN: Isso mesmo! Para executarmos a nota mi, basta que tampemos o 5o.

    orifcio com o dedo mdio da mo direita...

    ORFEU: Assim, Pan?

  • 19

    PAN: Isso mesmo,

    Orfeu. Observe

    que na medida

    em que vamos

    tampando os

    orifcios os sons

    vo ficando

    cada vez mais

    densos,

    encorpados...

    ORFEU: Mais graves?

    PAN: , os sons ficam cada vez mais graves em relao primeira nota que

    tocamos que foi a nota si. Precisamos tomar cuidado, pois se assoprarmos

    meio forte poder sair outro som, diferente daquele que queremos que

    saia. Portanto, quanto mais grave for o som mais suave devemos toc-lo.

    ORFEU: Assim, Pan?

    PAN: Vejo que voc muito atencioso, Orfeu. exatamente assim que a nota mi

    deve soar. Vamos recapitular a escala descendente, comeando com a

    nota si?

    Figura 15 nota mi Figura 16 nota longa mi

  • 20

    Figura 17 notas si, l, sol, f e mi

    No ritmo do Samba Lel com a slaba du

    ORFEU: Ok! (confirmou Orfeu)

    PAN: Continuando, qual a prxima nota, Orfeu?

    ORFEU: Agora a nota R!

    PAN: Muito bem, Orfeu! Para tocarmos a nota r, precisamos tampar o sexto.

    orifcio da parte da frente da flauta com o dedo anelar da mo direita.

    Lembre-se de assoprar muito suavemente, pois como a nota mi, a nota r

    uma nota grave.

  • 21

    PAN: Note como soa

    bonita esta nota

    grave... Toque

    toda a seqncia

    das notas no

    ritmo do samba

    le-l, um, dois,

    trs e...

    Figura 19 notas si, l, f, mi e r

    No ritmo do samba lel com a slaba du

    PAN: Vamos tocar a prxima, nota? Sabe qual , Orfeu?

    Figura 18 nota longa r

  • 22

    ORFEU: S pode ser a nota D, no ?

    PAN: Isso mesmo,

    Orfeu.

    Utilizaremos

    o dedo

    minguinho

    da mo

    direita para

    tamparmos

    o 7o. orifcio

    da parte da

    frente da flauta. Sendo assim, todos os orifcios estaro tampados para

    fazermos soar a nota d. Veja que a nota d a nota mais difcil de faz-la

    soar corretamente porque nem sempre conseguimos tampar bem todos os

    orifcios, por isso nossa ateno tem de ser redobrada! Alm disso,

    necessrio um pequeno ajuste no encaixe da flauta para favorecer o

    tamanho do dedo mnimo da mo direita.

    ORFEU: Entendi Pan. Sentir todos os orifcios bem fechados. De preferncia que os

    dedos fiquem carimbados com o crculo do orifcio, no ?

    PAN: Isso mesmo, Orfeu.

    ORFEU: E ento, Pan, como me sa?

    PAN: Muito bem! Vamos rever os sete sons, agora?

    ORFEU: pr j, Pan!

    Figura 20 nota d Figura 21 nota longa d3

  • 23

    Figura 22 notas si, l, sol, f, mi, r e do3 No ritmo do Samba Lel com a slaba du

    PAN: Muito Bem, Orfeu! Voc conseguiu tocar todas as notas com um som muito

    bonito! Vamos tocar estas sete notas no sentido ascendente?

  • 24

    Figura 23 notas do3, r, mi, f, sol, l e si No ritmo do Samba Lel com a slaba du

    PAN: Muito bem Orfeu! Para tocarmos a nossa primeira msica do incio ao fim,

    devemos aprender a posio de mais uma nota!

  • 25

    ORFEU: Qual ?

    PAN: A nota D aguda. Acabamos de aprender a nota d grave, ou d3. Agora

    ns vamos aprender como se toca a nota d aguda ou d4. simples,

    basta que voc tampe o orifcio da parte de trs, com o polegar esquerdo

    e o segundo orifcio da parte da frente, com o dedo mdio da mo

    esquerda.

    ORFEU: Assim, Pan?

    PAN: Exatamente,

    Orfeu. Desta

    vez ns

    vamos

    comear no

    sentido

    ascendente

    at chegar

    nota d aguda e em seguida, sem parar ns retornamos no sentido

    descendente at a nota d grave, ou d3.

    ORFEU: Vamos l!

    Figura 24 nota d4 Figura 25 nota longa d4

  • 26

    Figura 26 escala diatnica de d maior (ascendente e descendente)

    no ritmo do samba lel com a slaba du

  • 27

    PAN: Vencemos nosso primeiro obstculo. Agora j sabemos as posies das

    notas e reconhecemos como elas soam. Agora relaxe um pouco, Orfeu.

    Escute uma msica de L. Enriquez e letra adaptada de Chico Buarque de

    Holanda que se chama Minha Cano

    Dorme a cidade

    Resta um corao

    Misteriosa

    Faz uma iluso

    Soletra um verso

    L na melodia

    Singelamente

    Dolorosamente

    Doce a msica

    Silenciosa

    Larga o meu peito

    Solta-se no espao

    Faz-se certeza

    Minha cano

    Rstia de luz onde

    Dorme o meu irmo

    ORFEU: Hei, Pan agora estou me lembrando desta msica! L em casa eu tenho

    um disco (CD) chamado Os Saltimbancos que tem esta msica.

    PAN: isso mesmo, Orfeu. Esta msica foi utilizada numa pea teatral pelo

    grupo Os Saltimbancos os personagens so animais que adoram

    msica. Eles tocam e cantam, muito divertido...

    ORFEU: Eu tambm gosto! Mas ento, o que faremos agora?

    PAN: Voc notou algo diferente nesta msica, Orfeu?

    ORFEU: Como assim, Pan?

    PAN: Nos versos da msica, voc notou alguma coisa?

    ORFEU: Observando o incio de cada frase, podemos identificar que so os nomes

    das sete notas musicais, dorme a cidade a nota d, resta um corao a

    nota r e assim por diante.

    PAN: Muito bem, Orfeu! E sabe mais uma coisa? Cada frase corresponde

    realmente ao som que leva o seu nome!

    ORFEU: Como assim, Pan?

  • 28

    PAN: Vou usar o mesmo exemplo que voc falou. Dorme a cidade soa sempre

    com a nota d, assim como ns fizemos com o samba-le-l, tocando no

    ritmo da msica a mesma nota.

    ORFEU: Voc est querendo me dizer que para tocar Resta um corao basta eu

    tocar sempre a nota R?

    PAN: Exatamente! Vamos experimentar?

    MINHA CANO L. ENRIQUEZ e Adaptao de CHICO BUARQUE

    D: dorme a cidade: d, d, d,d, d

    R: Resta um corao: r, r, r, r, r

    Mi: Misteriosa: mi, mi, mi, mi, mi

    Fa: Faz-se uma iluso: f, f, f, f, f

    Sol: Soletra um verso: sol, sol, sol, sol, sol

    L: L na melodia: l, l, l, l, l, l

    Si: Singelamente: si, si, si, si, si

    Do (4): Dolorosamente: d, d, d, d, d, d

    Segue a msica, de forma descendente:

    D (4): Doce a msica: d, d, d, d, d, d

    Si: silenciosa: si, si, si, si, si

    L: Larga o meu peito: l, l, l, l, l, l

    Sol: solta-se no espao: sol, sol, sol, sol, sol

    F: faz-se certeza: f, f, f, f, f

    Mi: minha cano: mi, mi, mi, mi, mi

    R: rstia de luz onde: r, r, r, r, r

    D (3): dorme o meu irmo: d, d, d, d, d, d

    ORFEU: Olha! Consegui tocar a msica inteirinha e ainda sendo acompanhado por

    outros instrumentos bem legais!

    PAN: Muito bem, Orfeu! Agora preciso ir! Mas antes, gostaria de deixar esta

    partitura para voc estudar!

  • 29

    MINHA CANO

    Figura 27 minha cano

    L. Enriquez Traduo e adaptao de Chico Buarque

    ORFEU: Que legal Pan! Muito obrigado! Mas eu no sei ler as notas musicais!

  • 30

    PAN: Calma Orfeu! De qualquer forma voc j pode ir se acostumando com as

    informaes que existem numa partitura. Alm disso, voc pode exercitar

    em casa e, no nosso prximo encontro, veremos que esta msica vai soar

    muito melhor do que soou hoje, tudo bem?

    ORFEU: Tudo bem! At amanh!

    Tema 2 reconhecendo a partitura

    No dia seguinte 27: 43:

    ORFEU: Ol, Pan! Tudo bem?

    PAN: Tudo! E voc, como est?

    ORFEU: Tudo bem. Sabe, toquei a Minha Cano para minha famlia ouvir. Eles

    gostaram tanto que at me aplaudiram!

    PAN: mesmo? Pois ento vamos tocar a Minha Cano para aquecermos os

    dedos e depois vamos ver o que eu trouxe para esta nossa segunda aula

    de flauta!

    PAN: Olhe, eu trouxe uma msica muito legal. Dizem que uma das mais belas

    melodias j criada pelo homem. Porm, precisamos aprender a posio de

    mais uma nota musical.

    ORFEU: E qual esta nota nova, Pan?

    PAN: a nota R4, ou o r agudo.

    ORFEU: E como a posio da nota r aguda,

    Pan?

    PAN: simples. Ns faremos a mesma posio

    da nota Do4 (aguda), porm tiraremos o

    dedo polegar esquerdo do orifcio de trs.

    ORFEU: Assim?

    Figura 28 nota r com orifcio aberto (atrs)

  • 31

    PAN: Isso mesmo, Orfeu. Vamos exercitar?

    ORFEU: Ok! Nota

    longa, Pan?

    PAN: Sim, Orfeu.

    ORFEU: Que

    interessante!

    As notas

    agudas soam

    muito mais

    fceis, no

    Pan?

    PAN: Certamente! Por isso devemos exercitar bastante as notas graves para que

    elas acabem soando igualmente fcil!

    PAN: Olhe, esta a nova msica. Ode Alegria de Beethoven.

    Figura 29 nota r4 Figura 30 nota longa r4

  • 32

    Ode Alegria

    Figura 31 ode alegria

    Beethoven, Ludwig Van 1823

    ORFEU: Embaixo de cada nota musical est escrito seus respectivos nomes, no

    mesmo Pan?

    PAN: isso a! (concordou Pan) Isto apenas uma preparao para futuramente

    ns tocarmos a partitura, sem que tenha o nome das notas escrito

    embaixo. Imagino que de tanto manusear as partituras, em breve voc

    reconhecer as notas e suas duraes naturalmente. Vamos ouvir a

  • 33

    msica Ode Alegria de Beethoven? Penso que voc j a conhece, pois

    ela muito executada por orquestras do mundo inteiro. - Ode Alegria

    ORFEU: Claro que conheo esta msica! Meu pai gosta de ouvir este tipo de msica

    l em casa!

    PAN: Voc diz msica erudita, no ?

    ORFEU: Sim, msica erudita. Posso tentar toc-la, agora?

    PAN: Certamente, Orfeu! (...)

    ORFEU: E ento, Pan? Como que eu me sa?

    PAN: Como leitura primeira vista est timo, mas podemos melhorar.

    Experimente tocar mais devagar. Tocando um pouco mais lento, voc se

    sai melhor.

    ORFEU: Realmente!

    PAN: assim que ns estudamos peas musicais desconhecidas. Primeiro,

    lentamente, vencemos as dificuldades e depois tocando cada vez mais

    rpido, at chegar ao andamento ideal.

    ORFEU: Vamos tocar mais uma vez, Pan? Voc tem um bom gosto para escolher

    as msicas, hein? E por coincidncia eu as conhecia!

    PAN: Mais tarde, voc vai escolher uma msica para tocarmos na flauta,

    combinado?

    ORFEU: Combinado!

    PAN: Ento, se prepare, respire fundo que vamos comear a Ode Alegria! -

    Ode Alegria

    ORFEU: Uau! (vibrou Orfeu) A primeira coisa que farei quando chegar em casa ser

    mostrar para a minha famlia como eu sei tocar esta linda msica.

    PAN: Espero que eles tambm gostem. At amanh, Orfeu!

    ORFEU: At amanh, Pan!

  • 34

    Tema 3 cantando: do folclore ao universal

    No dia seguinte, Pan trouxe mais uma nova pea musical! 32: 48

    ORFEU: O que voc preparou para hoje, Pan?

    PAN: Hoje eu trouxe uma msica bem conhecida, uma cantiga folclrica. Ela se

    chama Senhor capito!

    ORFEU: Cantiga folclrica? Sabe Pan, minha av me deu um CD com muitas

    dessas msicas gravadas pelo coro infanto-juvenil do Teatro Municipal do

    Rio de Janeiro.

    PAN: Sim! E as msicas fazem parte do Guia Prtico de Villa-Lobos. Ele foi um

    importante msico brasileiro e pesquisador das msicas tradicionais do

    Brasil. Ele viajou o pas inteiro recolhendo informaes musicais que

    depois as transformou em belssimos arranjos para orquestras. Tambm

    criou o Guia Prtico para ser utilizado nas escolas, que tinham, no horrio

    regular de aulas, a matria Msica.

    Que tal voc pesquisar um pouco sobre msica folclrica?

    ORFEU: Como devo fazer? Voc conhece algum site?

    PAN: Sim. Mas voc tambm pode ir direto a um dicionrio de msica, ou a um

    dicionrio de folclore.

    ORFEU: Pode ser um bom comeo.

    PAN: Certamente, Orfeu. Aqui est a partitura. Enquanto voc a observa eu vou

    cantar Senhor Capito!

    Figura 32 senhor capito

    ORFEU: Esta cano bem curtinha, no Pan?

    PAN: Realmente, Orfeu. Ns vamos tocar s a primeira parte dela e isso tem

    uma razo de ser. Imagino que precisamos exercitar a digitao das

    posies dos dedos na flauta. Desta forma, podemos inserir peas mais

    difceis na medida em que tenhamos certo domnio da digitao!

  • 35

    ORFEU: Sabe que aprender assim bem legal. Vamos tocar juntos Senhor

    Capito?

    PAN: Vamos l!

    ORFEU: E ento, Pan. Como que eu me sa?

    PAN: To bem que eu vou lhe apresentar outra msica!

    ORFEU: Qual?

    PAN: outra cantiga folclrica. Ela se chama A canoa virou.

    ORFEU: Ah! Esta eu me lembro bem! A canoa virou, foi pro fundo do mar...

    PAN: Sabe Orfeu. sempre bom que a gente tambm cante as msicas que

    queremos tocar. A nossa voz, dizem, o instrumento musical mais perfeito

    que existe! Portanto, se cantarmos e tocarmos estaremos exercitando

    duas formas de expresso musical. Uma ajuda a outra.

    ORFEU: Ento por que ns no aprendemos umas msicas mais atuais, mais

    agitadas?

    PAN: Calma, Orfeu! Ns estamos apenas comeando a aprender as posies na

    flauta. Procuramos aprender as posies com as msicas que

    conhecemos, que sejam mais simples, para depois acrescentarmos novas

    posies e assim podermos tocar qualquer msica. A inteno tocarmos

    tambm msicas que ainda no conhecemos, e isto ser possvel quando

    estivermos lendo bem a notao musical.

    ORFEU: Notao musical, Pan?

    PAN: Isso mesmo, Orfeu. Notao musical so todos os signos e smbolos que

    utilizamos para expressar uma idia musical no papel, na partitura.

    ORFEU: Dizem que a msica uma linguagem universal, ser por causa da

    notao musical, Pan?

    PAN: Veja Orfeu. No resta dvida que a notao musical utilizada pelo Ocidente

    auxilia na universalidade da expresso musical. Alis, a disseminao

    A mais antiga forma de notao a literal (letras, alfabeto), empregada pelos gregos e outros povos da Antigidade (500 a. C). Ainda hoje se empregam os nomes e sinais das notas. Por exemplo: L Si Do R mi F Sol A B C D E F G

    Muito mais utilizadas hoje para indicar a harmonia de determinado trecho musical.

  • 36

    desta notao adotada por ns se deve Igreja Catlica Romana que, na

    medida em que evangelizava os povos e naes de vrios pontos da

    Terra, criou um livro chamado Antifonrio, para que servisse de norma a

    todo o mundo catlico, universalizando assim a escrita musical que hoje

    conhecemos. Mas a histria longa e cheia de detalhes.

    ORFEU: Voc falou em msica do Ocidente. E a msica do Oriente?

    PAN: Na ndia, por exemplo, a msica transmitida muito mais de forma oral do

    que pela escrita, as distncias entre os intervalos das notas so diferentes

    das que utilizamos em nossa msica. Talvez voc encontre mais

    informaes em suas pesquisas.

    ORFEU: Este assunto est muito interessante, Pan. Mas a gente poderia tocar um

    pouco, no acha?

    PAN: Concordo! Ento mos obra, a msica A canoa virou. A canoa virou

    Figura 33 a canoa virou

    ORFEU: Que legal poder tocar esta msica!

    PAN: e voc j est conseguindo digitar as posies com maior naturalidade.

    ORFEU: Pan, me diga uma coisa. Por que so usadas cinco linhas para escrever

    msica?

    PAN: Boa pergunta, Orfeu! Com a expanso da Igreja, tambm foram criadas

    escolas para o ensino e aprendizagem das canes usadas nos ritos

    litrgicos. Algumas canes eram muito conhecidas e bastava o poema

    para lembrar como se canta. Porm surgiam novas msicas e sua

    divulgao era difcil, mesmo utilizando alguns sinais chamados de

    notao neumtica, que so signos, espcie de pequenos acentos,

    indicando o movimento ascendente ou descendente da melodia colocados

    sobre as slabas do texto. Para saber a altura dos sons usou-se uma linha

  • 37

    identificada com a letra F no seu incio, significando que todo o ponto que

    fosse ali desenhado seria a nota f. Pontos desenhados abaixo e acima

    da linha eram facilmente reconhecidos. Mais tarde foram acrescentadas

    outras linhas.

    ORFEU: Quer dizer que os msicos foram acrescentando informaes aos poucos

    para se chegar atual notao musical?

    PAN: Isso mesmo, Orfeu! Foi no sculo XI que o Monge Beneditino Guido

    DArezzo aperfeioou o sistema de escrita musical. Foi ele quem

    introduziu as claves para indicar o ponto de partida na leitura das notas.

    Por exemplo, o desenho da clave de sol inicia na 2a. linha. Portanto, toda

    nota desenhada na 2a. linha se chamar sol.

    ORFEU: Pan, existem outros tipos de clave?

    PAN: Sim. As claves mais usadas so a de sol, de f e de d.

    Mas para o nosso estudo da flauta doce usaremos

    apenas a clave de sol.

    ORFEU: Isto quer dizer, Pan, que se eu sei onde est a nota sol,

    posso descobrir as outras notas?

    PAN: Exatamente Orfeu. Se a nota sol est na segunda linha a nota que vem

    antes do sol f. F estar no primeiro espao. A nota que vem depois do

    sol l. L estar desenhada no segundo espao. Depois de l vem a

    nota si, que ser desenhada na 3a. linha, e assim por diante.

    Figura 35 linhas e espaos da pauta

    ORFEU: Ento a nota que eu desenhar na 1a. linha ser a nota mi?

    PAN: Isso mesmo. Ns contamos sempre a seqncia das linhas de baixo para

    cima, por isso a primeira linha ser sempre a nota mi. A segunda linha a

    nota sol, a 3a. a nota si, a 4a. a nota r e a 5a. linha a nota f. O primeiro

    espao ser a nota f....

    ORFEU: Deixe-me ver se consigo continuar... o segundo espao ser a nota l, o

    terceiro espao a nota d e o quarto espao a nota mi.

    PAN: Muito bem, Orfeu. Penso que por hoje j chega, no?

    ORFEU: mesmo, Pan. At amanh!

    PAN: At amanh, Orfeu!

    Figura 34 clave de sol

  • 38

    Tema 4 apreciando: histria e pesquisa

    No dia seguinte... 42 27

    ORFEU: Ol, Pan. Fiquei observando as partituras e muitas dvidas comearam a

    surgir...

    PAN: Isto muito bom, Orfeu!Que tipo de dvida voc tem?

    ORFEU: Que significam os nmeros que vm escritos logo depois da clave? e por

    que a mesma nota desenhada com formatos diferentes?

    PAN: Voc se refere ao nmero de compasso. A necessidade de diferenciar as

    diversas vozes que eram entoadas durante a mesma msica, fez com que

    os estudiosos desenhassem as notas com formatos diferentes para indicar

    qual a sua durao. Para cada formato de nota tem um nome

    correspondente, por exemplo: semibreve, mnima, semnima, colcheia,

    semicolcheia entre outras. A relao entre elas de dobros e metades,

    sem falar do ponto de aumento que aumenta a metade do valor da

    figura. Veja a figura abaixo:

    Figura 36 valores das notas

    ORFEU: Esses formatos de notas, muitos deles esto nas partituras das msicas

    que ns aprendemos, no mesmo, Pan?

    PAN: isso a, Orfeu. Embora existam outras as formas e valores, so estes os

    formatos que vamos utilizar neste primeiro momento.

    ORFEU: Como que surgiram os nomes das sete notas, Pan?

  • 39

    PAN: Isto se deve mais uma vez criatividade do Monge Guido DArezzo. Para

    ensinar a altura das notas musicais para seus alunos, Guido utilizou-se da

    primeira estrofe do Hino a So Joo, cuja primeira slaba de cada verso

    correspondia s suas respectivas alturas.

    UT QUEANT LAXIS Para que possam

    RESONARE FIBRIS Ressoar as maravilhas

    MIRA GESTORUM De teus feitos

    FAMULI TUORUM Com largos cantos

    SOLVE POLLUTI Apaga os erros

    LABII REATUM Dos lbios manchados

    SANCTE JOANNES So Joo.

    Purificai bem aventurado Joo os nossos lbios polutos (manchados) para podermos cantar dignamente as maravilhas que o Senhor realizou em Ti.

    PAN: Posteriormente a slaba ut e foi substituda pela slaba D que soava

    melhor para o canto e a slaba sa' transformou-se em si adaptada pelos

    trovadores.

    ORFEU: Esta ttica utilizada pelo Monge Guido com o hino a So Joo parece com

    a que voc utilizou para eu aprender o nome e a posio das notas na

    pauta com a msica Minha Cano!

    PAN: Fico feliz por voc ter notado.

    ORFEU: Guido DArezzo utilizou um hino conhecido para que seus alunos fixassem

    a altura das notas musicais. Voc utilizou uma msica muito legal para

    que eu aprendesse as posies das notas na flauta bem como na pauta

    musical.

    PAN: Muito bem, Orfeu! Hoje eu trouxe uma nova msica para aumentarmos o

    nosso repertrio. Ela chama-se Peixe Vivo

  • 40

    Figura 37 peixe vivo

    ORFEU: J sei, descobri na minha pesquisa que essa uma msica do folclore

    brasileiro. Toda vez que eu toco e canto as msicas do folclore meus pais

    contam algumas experincias que tiveram quando estudavam. Eles dizem

    que aprendiam msica na escola, que cantavam em corais, que brincavam

    de rodas..

    PAN: Que legal! Os seus pais devem ser bem comunicativos!

    ORFEU: Sim! E por causa da flauta ns temos conversado muito mais. Alm do

    apoio deles para estudar a flauta, tambm cantam as msicas comigo.

    Minha irm mais nova s vezes at dorme quando eu estou tocando. O

    meu cachorro uiva bem alto e da formamos uma banda, ah! Ah! Ah!

    PAN: T bom, t bom, Orfeu! Vamos tocar, ento?

    ORFEU: pr j!

    Sabe como continua esta histria? Orfeu aprendeu a tocar flauta muito bem e

    ensinou a vrios amigos o que sabia. Tambm passou a cantar com maior segurana e

  • 41

    nunca mais se sentiu sozinho. Podia cantar melodias, tocar, aprender outros

    instrumentos...

    Agora voc tambm j sabe o que Orfeu aprendeu e pode tocar as prximas

    msicas do repertrio sempre que quiser.

    Aproveite o acompanhamento musical do CD.

    Ainda h muito para aprender e praticar, cada dia um pouquinho mais!

    V em frente e conhea as possibilidades que a msica oferece. Poder estudar

    msica favorecer a sensibilizao dos sentidos e contribuir para uma educao integral

    do ser humano, em seu processo permanente de desenvolvimento e humanizao.

    Nenhuma vida segue igual depois da msica!!!

  • 42

    A flauta e o pentagrama

    Vamos rever a posio da nota si na flauta doce? Observe que a Foto n 1 indica

    que se deve tampar o primeiro orifcio com o dedo indicador da mo direita. No se

    esquea de tampar o orifcio da parte de trs da flauta.

    Figura 38 nota si

    Conforme indica a Figura 38, experimente tocar uma nota longa. Em seguida toque

    quatro notas curtas a primeira forte, a segunda fraca, a terceira meio forte e a quarta

    fraca.

    Nota l: observe a Foto 2 e veja como a posio da nota l na flauta. Mantenha o

    dedo indicador e acrescente o dedo mdio da mo direita para tampar os dois orifcios. O

    orifcio da parte de trs da flauta dever ser mantido tampado, quando for necessrio

    destamp-lo haver indicao para isso. Vamos tocar a nota l? Som longo e quatro sons

    curtos...

    Figura 39 nota l

    A Figura 39 mostra que as linhas e espaos onde as notas so escritas chamam-se

    pauta ou pentagrama. A nota l escrita no segundo espao da pauta. As linhas e

    espaos da pauta so contados de baixo para cima.

  • 43

    Nota sol: observe a posio da nota sol na Foto 3. Os trs primeiros orifcios devem

    ser tampados utilizando-se os dedos indicador, mdio e anelar. Quando voc tocar a nota

    sol longa experimente contar mentalmente at quatro, devagar.

    Figura 40 nota sol

    A Figura 40 mostra a clave de sol, a posio da nota sol na pauta, e a clave de f.

    As claves mais usadas so as de sol e f. Utilizaremos a clave de sol para tocar as

    msicas na flauta. A clave de f utilizada nas msicas escritas para a mo esquerda dos

    instrumentos de teclado e para instrumentos graves como o trombone, contrabaixo e

    violoncelo.

    Nota f na clave de sol: observe na Foto 4 como se faz a posio da nota f.

    Devem-se tampar quatro orifcios com os dedos indicador, mdio, anelar e o dedo

    indicador da mo direita. O dedo polegar da mo direita servir como apoio para segurar a

    flauta.

    Figura 41 nota f

    A Figura 41 mostra a frmula de compasso. Quando uma partitura musical

    apresenta esta frmula de compasso dizemos que a msica est em quatro por quatro.

  • 44

    Nota mi: a Foto 5 mostra a posio dos dedos para tocar a nota mi na flauta.

    Devem-se tampar cinco orifcios com os dedos indicador, mdio e anelar da mo esquerda

    e o dedo indicador e mdio da mo direta. Experimente tocar a nota mi suavemente.

    Figura 42 nota mi

    A Figura 42 mostra como composta a frmula de compasso. Podemos observar

    que a frmula de compasso pode ser escrita de duas formas: utilizando o nmero 4 no

    denominador ou uma semnima.

    Nota r: a Foto 6 mostra que para se tocar a nota r necessrio tampar seis

    orifcios, utilizando os dedos indicador, mdio e anelar da mo esquerda e os dedos

    indicador, mdio e anelar da mo direta.

    Figura 43 nota r

    A Figura 43 indica que as duas linhas verticais (barras ou travesses) dividem a

    pauta em compassos. Neste caso so dois compassos: no primeiro est a nota r longa

    (semibreve) e no segundo compasso esto quatro semnimas. A frmula de compasso

    indica que dentro do compasso podem-se escrever notas que no ultrapassem o valor

    de quatro semnimas. Uma semibreve equivale ao valor de quatro semnimas.

    Nota d: a Foto 7 mostra que para se tocar a nota d tampam-se sete orifcios,

    utilizando os dedos indicador, mdio e anelar da mo esquerda e os dedos indicador,

  • 45

    mdio, anelar e o mnimo da mo direta. Experimente tocar a nota d suavemente. Veja

    se todos os orifcios esto bem tampados. Quanto mais grave for a nota mais ateno

    devemos ter para que o som seja emitido corretamente.

    Figura 44 nota d

    A Figura 44 mostra que a barra de compasso serve para separar um compasso do

    outro, a soma dos valores do compasso deve ser igual definida na frmula de compasso.

    Assim, verificamos que o primeiro compasso est preenchido com o valor de uma

    semibreve que equivale a quatro semnimas. O segundo compasso est preenchido com

    quatro semnimas. Duas mnimas preenchem o terceiro compasso.

    Verificamos que a nota d est escrita na linha suplementar inferior. Este o nome

    dado s pequenas linhas escritas acima ou abaixo da pauta para continuarmos

    escrevendo as notas quando as cinco linhas no so suficientes.

    Nota d 4: observe que a Foto 8 indica que se deve tampar o segundo orifcio com

    o dedo mdio da mo direita. No se esquea de tampar o orifcio da parte de trs da

    flauta. Para saber qual a altura da nota d usamos a indicao de d 3 ou d 4. Quando

    se utilizar d 3 devemos tocar o d grave. Quando utilizarmos o d 4 devemos tocar o d

    agudo.

    Figura 45 nota d 4

  • 46

    Nota r 4: para tocarmos a nota r 4 basta manter o dedo mdio tampando o

    segundo orifcio da frente e destampar o orifcio da parte de trs da flauta, conforme

    podemos observar na Foto 9.

    Figura 46 nota r4

    A Figura 46 indica que a semnima a unidade de tempo. A unidade de tempo

    determinada no denominador da frmula de compasso. Se soubermos o valor da unidade

    de tempo (indicada pelo denominador) e a quantidade (indicada pelo numerador) podemos

    calcular quantas unidades de tempo so necessrias para preencher o valor integral do

    compasso. Neste caso so quatro semnimas. Sabemos que a semibreve dura o mesmo

    tempo que quatro semnimas. Sendo assim, a nota que sozinha preenche o valor do

    compasso chamada de unidade de compasso.

    Nota sol #: conforme observamos na Foto 10, a posio do sol sustenido deve ser

    feita como se estivssemos fazendo a posio da nota mi destampando o dedo anelar da

    mo esquerda. Ou seja, devemos usar os dedos indicador e mdio da mo esquerda e os

    dedos indicador e mdio da mo direita.

    Figura 47 nota sol #

  • 47

    Para ilustrar o exemplo acima utilizaremos parte do teclado do piano, como mostra

    a Figura 48: a nota sol# est um semitom acima da nota sol.

    Figura 48 nota sol # ou l b

    No entanto, ela est um semitom abaixo da nota l. Sendo assim, a mesma nota

    pode receber dois nomes diferentes. Sol sustenido, pois est um semitom acima da nota

    sol. L bemol, pois est um semitom abaixo da nota l.

    Sendo assim, podemos tocar doze sons de forma ascendente utilizando os sons

    naturais e os sustenidos,

    r r# mi f f# sol sol# l l# si d d#

    bem como tocar doze sons utilizando os sons naturais e os bemis de forma descendente: r rb d si sib l lb sol solb f mi mib

    Observe que entre as notas mi f e si d no existem teclas pretas no piano.

    Isto porque o intervalo entre essas notas de um semitom.

    Nota mi 4: conforme observamos na Foto 11, para fazermos soar a nota mi 4 basta

    manter a mesma posio da nota mi 3 destampando metade do orifcio de trs a flauta.

    Figura 49 nota mi 4

    Experimente tocar a nota mi4 com a nota longa (semibreve), contando at quatro

    lentamente e depois quatro notas curtas (semnimas), acentuando o primeiro e o terceiro

    tempos.

  • 48

    Nota f#: de acordo com a Foto 12 observamos que para tocar a nota f sustenido

    devemos tampar todos os orifcios da flauta e levantar o dedo indicador da mo direita.

    Figura 50 nota f #

    Vamos tocar a nota f# seguindo a orientao da Figura 50. A semibreve deve soar

    longa e as quatro semnimas devem soar curtas, sendo acentuadas a primeira e a terceira

    notas.

    Nota sib: para fazer a posio da nota sib devemos tampar o primeiro orifcio com o

    dedo indicador da mo esquerda, manter destampado o segundo orifcio, tampar o terceiro

    orifcio com o dedo anelar da mo esquerda e com o dedo indicador da mo direita tampar

    o quarto orifcio, conforme mostra a Foto 13.

    Figura 51 nota sib

    Conforme observamos anteriormente na Figura 51 a nota sib pode ser chamada de

    l#, o som o mesmo. Portanto, quando encontrarmos na pauta a nota l# saberemos

    que a posio na flauta ser a mesma da nota sib.

    A Figura 51 nos mostra que a barra ou travesso final composta por duas linhas

    verticais, sendo uma fina e outra grossa. Indica o ponto final da escrita musical.

    Essas so as posies na flauta que utilizaremos neste Caderno. Para conhecer

    todas as posies da flauta e aprofundar seus conhecimentos tericos e prticos procure

    uma escola especializada em msica.

  • 49

    Quadro sntese

    Observe a Figura 52 para relembrar contedos que tratam da notao musical.

    Figura 52 reconhecendo a partitura

  • 50

    PARTE II: PARTITURAS COMENTADAS E SITUAES DE APRENDIZAGEM

    Tema 5: Fera Pantera

    Figura 53 partitura Fera Pantera

  • 51

    5.1 O contexto da cano

    Atividade para ser desenvolvida em grupos.

    Escreva as respostas das questes em papel sulfite para serem entregues ao

    professor. Lembre-se de colocar os nomes dos componentes do grupo, nome da escola,

    turma, srie e data.

    a. Descreva o que voc aprendeu sobre os autores da composio.

    b. Qual o motivo especfico desta msica para ter sido composta?

    c. Quais so os significados da palavra Fera no contexto desta cano?

    5.2 Vamos ouvir ativamente a cano? (Fera Pantera, faixa n 5, CD 2).

    a. Sobre o que trata esta cano?

    b. O que isso significa?

    c. Como os elementos formadores da Fera Pantera contribuem para as

    comparaes com a Pantera Cor de Rosa?

    5.3 Canto

    Antes de cantar, preciso aquecer as cordas vocais. Preste ateno nas

    orientaes do professor para os exerccios de respirao e a cano escolhida para o

    aquecimento vocal. Para cantar Fera Pantera necessrio alcanar tanto notas agudas

    quanto graves.

    Figura 54 notas agudas e graves

    Quando o professor colocar o CD 2 gravado com os instrumentos e as vozes,

    procure acompanhar a msica cantando suavemente. Isso importante para voc notar

    as diferentes alturas dos sons, o ritmo, a intensidade, o timbre dos instrumentos e das

    vozes que esto interpretando a msica. Depois de aprendido o canto e as entradas para

    a flauta e a voz, voc j pode cantar utilizando a base instrumental (play back).

    2. Nota d(3) grave.

  • 52

    5.4 Ritmo

    Oua a cano Fera Pantera (gravao instrumental e vocal) e observe como o

    ritmo sugerido com o estalo de dedos executado na introduo.

    Figura 55 exerccio rtmico

    Observe que no primeiro compasso o primeiro tempo uma pausa de semnima (1

    tempo). No segundo tempo voc estala os dedos. Pausa de semnima no terceiro tempo e

    estalo de dedos no quarto tempo.

    O segundo exemplo da Figura 55 mostra dois compassos para bater dois dedos da

    mo direita na palma da mo esquerda. O primeiro tempo do primeiro compasso uma

    pausa de semnima, o segundo e o terceiro tempo tm uma colcheia pontuada e uma

    semicolcheia. O quarto tempo tem uma colcheia pontuada e uma semicolcheia ligada ao

    primeiro tempo do prximo compasso que uma semnima.

    Para voc executar este trecho rtmico basta lembrar como inicia a letra da Fera

    Pantera e bater os dedos neste ritmo: olha o passo dela. Lembrou? Ento s bater os

    dois dedos na palma da mo neste ritmo.

    Figura 56 exerccio rtmico

    O terceiro exemplo rtmico sugere que voc bata palmas. Conforme a Figura 56 o

    primeiro tempo do compasso uma pausa de um tempo (semnima). No segundo tempo

    tem uma colcheia pontuada e uma semicolcheia. O terceiro tempo uma semnima e o

    quarto tempo uma pausa de semicolcheia. Para executar esse ritmo lembre-se da primeira

    frase da Fera Pantera utilizando somente trs slabas: Olha_o pa. Conte um tempo e

    bata trs palmas, conte dois tempos e bata novamente Olha_o pa e assim

    sucessivamente no ritmo de Fera Pantera. Preste ateno na regncia do professor e boa

    execuo.

    Atividade:

    Com base nas notas musicais e pausas da Figura 57 crie um ritmo para a Msica

    Fera Pantera e escreva-o na pauta abaixo:

  • 53

    Figura 57 figuras de som e de silncio

    Figura 58 exerccio rtmico

    5.5 Leitura musical

    De acordo com o que voc aprendeu, diga o que significa o seguinte sinal:

    = ________________________________________________________________

    Figura 59 notao

    Observe que a Figura 59 mostra que h quatro sugestes meldicas para serem

    exercitadas.

    Figura 60 exerccio meldico

    No primeiro compasso a sugesto que se exercite a nota mi aguda. Experimente

    cant-la lembrando da segunda parte da Fera Pantera Hoje a floresta. As duas notas mi

    soam quando cantamos as slabas res ta. Depois de cantar pegue a sua flauta e toque

    no ritmo da cano a colcheia pontuada e a semicolcheia ligada mnima pontuada. Essa

    segunda nota soar mais longa que a primeira. Lembre-se que a posio da nota mi

    aguda na flauta semelhante nota mi grave, devendo-se destampar a metade do orifcio

    da parte de trs da flauta.

    A segunda sugesto de exerccio da Figura 60 mostra as notas r e d agudas.

    Observe que uma colcheia seguida de outra colcheia ligada mnima. Neste caso

    lembre-se do trecho onde se canta e todos vo danar. Estas duas notas se referem a

  • 54

    danar. Cante primeiramente e todos vo danar, depois somente danar algumas

    vezes antes de executar este trecho na flauta. Depois disso, acrescente a nota l e voc

    estar fazendo o exerccio nmero quatro onde se canta vo danar.

    O exerccio nmero trs se refere ao canto da ltima frase do primeiro verso A

    Fera Pantera d, l, sol, mi, d, d veja este trecho no compasso nmero oito da

    partitura. Depois de cantar este trecho execute-o na flauta.

    5.6 Representao

    A cano Fera Pantera sugere movimento. Enquanto voc faz a marcao rtmica

    experimente alguns movimentos que a letra sugere (gingar, dar alguns passos para os

    lados, balanar) e invente os seus prprios gestos.

    5.7 Execuo instrumental

    Depois de aprendido o canto e de ter exercitado alguns ritmos e trechos meldicos

    voc poder cantar e executar a sua flauta muito melhor. Ento s organizar o seu

    material:

    partitura;

    flauta;

    aparelho para reproduzir o CD;

    CD 2 e 3;

    e prestar ateno na regncia do professor para iniciar a Fera Pantera.

    5.8 Ponto de aumento e ligaduras

    Observamos na msica Fera Pantera a presena de figuras pontuadas e ligadas.

    Esse recurso utilizado para aumentar o valor de determinada nota dentro do mesmo

    compasso. Uma nota pontuada aumenta a metade do valor da sua durao.

    Mnima pontuada = trs semnimas Semnima pontuada = trs colcheias Colcheia pontuada = trs semicolcheias

    Figura 61 notas pontuadas

    A Figura 61 mostra que o sinal de ligadura aumenta o valor da nota ligando-a a

    outra nota. Veja o exemplo abaixo:

  • 55

    Figura 62 notas pontuadas

    Conforme observamos na Figura 62 enquanto o ponto de aumento altera o valor da

    nota acrescentando a metade do seu valor, a ligadura altera o valor da nota conforme o

    valor da nota ligada.

    Fermata, suspenso e ponto de diminuio

    Outro sinal que aumenta o valor da nota a fermata. . A fermata escrita

    sobre a nota ou pausa. Quando sobre a pausa seu nome suspenso. O aumento do seu

    valor depender do intrprete ou regente. Conforme podemos ver na Figura 63 h uma

    tendncia entre os intrpretes de se manter a execuo da nota e a suspenso do som

    por um tempo que corresponde metade do seu valor.

    Figura 63 fermata, suspenso e ponto de diminuio

    A Figura 63 nos mostra o ponto de diminuio escrito sob a nota musical. Neste

    caso a nota deve ser diminuda da metade do seu valor. O ponto de diminuio se refere

    maneira seca e curta de se executar o som staccato. Sendo assim, no se usa ponto de

    diminuio para as pausas.

    Atividade:

    Escreva na pauta abaixo alguns trechos da msica Fera Pantera onde aparecem

    ligaduras e pontos de aumento.

    Figura 64 pauta para exerccios

  • 56

    Tema 6: Samba de uma nota s

    Figura 65 partitura Samba de uma nota s

  • 57

    6.1 O contexto da cano

    Pesquisa:

    Prepare um relato sobre a Bossa Nova e os principais acontecimentos do Brasil

    na dcada de 1959 que influenciaram a cultura brasileira. Lembre-se de escrever sobre os

    autores desta cano (entre outros) e as suas principais contribuies para a msica

    popular brasileira. Apresente para os seus colegas de turma o resumo da sua pesquisa.

    6.2 Vamos ouvir ativamente a cano? (Samba de uma nota s, faixa n 13, CD 2).

    Sobre o que fala a cano? Qual o estilo desta composio? O que a letra da

    composio tem a ver com a sua estrutura musical? Como se inicia a msica? Quais so

    os instrumentos utilizados para a sua gravao? Em relao ao canto: uma voz

    masculina, feminina ou um grupo que est cantando. O canto unssono ou h

    separao de vozes (contralto, soprano, baixo, tenor)?

    6.3 Canto

    Vamos cantar? Ento no se esquea de fazer exerccios respiratrios e vocais.

    Para aquecer a voz se pode cantar cano conhecida de todos, como por exemplo, a

    Minha Cano. Depois disso, pegue a sua partitura do Samba de uma nota s e

    acompanhe a execuo do CD 2 gravado com instrumentos e voz, cantarole junto com a

    gravao at voc aprender bem. Depois de aprendida a cano, cantar com o CD 3 base

    (play back). Lembre-se de prestar ateno na regncia do professor.

    6.4 Ritmo

    Ouvindo a gravao instrumental, procure identificar as diferentes marcaes

    rtmicas do baterista durante toda a msica. Ao ouvir a gravao tente se concentrar

    somente na bateria. Conseguiu? Veja se voc consegue acompanhar o baterista batendo

    com dois dedos da mo direita na palma da mo esquerda alguns motivos rtmicos.

  • 58

    Figura 65 exerccios rtmicos para Samba de uma nota s

    A Figura 65 sugere algumas marcaes rtmicas para serem executadas com a

    msica Samba de uma nota s. O primeiro exemplo bem conhecido, trata-se do ritmo da

    cano folclrica Samba lel. Experimente bater palmas em forma de concha, no ritmo do

    samba lel durante a execuo do CD 2 instrumental de Samba de uma nota s.

    Outro exemplo sugerido na Figura 65 bater palmas no primeiro, segundo, terceiro

    e quarto tempos. A figura de nota a semnima (um tempo). O terceiro exemplo

    repetio de colcheia e duas semicolcheias. Preste ateno na diviso de grupos, na

    regncia do professor e mantenha a sua marcao rtmica.

    6.5 Leitura musical

    Preste ateno na posio da nota si bemol para tocar a introduo da msica Samba

    de uma nota s (lembre-se de tampar o orifcio de trs da flauta):

    Figura 66 nota l sustenido ou si bemol (sib)

    A Figura 66, nos mostra que a frase quanta gente existe por a que fala, fala e no

    diz nada ou quase nada. J me utilizei de toda a escala e no final no deu em nada, no

    sobrou nada. se inicia no compasso nmero 26.

  • 59

    Figura 67 refro de Samba de uma nota s

    Tanto a letra como a melodia do refro (Figura 67) no constam na partitura Samba

    de uma nota s, abaixo. Podemos tocar a flauta nesse momento e deixar para algum

    aluno fazer o solo cantando. As notas sugeridas para se tocar no refro esto abaixo da

    pauta, conforme observamos do compasso 26 at o compasso 33. As notas so: f, sol

    (e/ou d), sol, l e si (e/ou sol). A Figura 67 serve tambm para indicar o tempo certo de

    tocar as notas durante a execuo do refro.

    Voc deve cantar e fixar bem esses trechos antes de execut-los na flauta.

    6.6 Representao

    Depois de aprendida a msica, cantada e tocada, vai ficar fcil se movimentar.

    Durante a execuo da flauta com as notas sol e d experimente balanar o corpo no

    ritmo do samba, possvel que voc consiga interpretar com maior naturalidade essa

    msica. Ento observe a regncia do professor para iniciar a msica...

    6.7 Execuo instrumental

    Para executar o Samba de uma nota s, voc deve observar quatro trechos

    principais: o momento de tocar a nota sol (eis aqui este sambinha, feito de uma nota s...

    at base uma s); o momento de tocar a nota d4 (esta outra conseqncia do que

    acabo de dizer); o momento de voltar para a nota sol (como sou a conseqncia inevitvel

    de vo c encerra com a nota d4); o quarto momento o trecho que diz: quanta gente

    existe a...) quando voc tocar notas longas conforme a Figura 67. Preste ateno na

    regncia do professor e boa execuo!

  • 60

    6.8 Improviso

    Experimente escrever uma melodia na pauta abaixo para tocar durante a primeira

    parte da cano Samba de uma nota s. Utilize as notas naturais (sol, l, si, d, r, mi e

    f) e procure dar nfase nas notas sol e d. Utilize algumas pausas para poder respirar

    entre uma frase e outra.

    Veja o exemplo dos 4 primeiros compassos e utilize seus conhecimentos musicais

    para criar suas frases. Depois de escrito na pauta, mostre para os seus colegas tocando

    junto com o acompanhamento instrumental da gravao. Veja se algum colega quer tocar

    o seu exerccio junto com voc.

    Figura 68 exerccio de improviso para Samba de uma nota s

    Depois de escrever algumas frases experimente tocar as notas naturais de maneira

    livre, prestando ateno na pulsao da msica. Comece com frases curtas, tocando

    notas longas e respire entre uma frase e outra. Gradativamente alterne notas longas com

    notas curtas. No se preocupe em tocar muitas notas, afinal voc estar improvisando

    sobre o tema: Samba de uma nota s.

    .

  • 61

    Tema 7: Minha cano

    Figura 69 partitura Minha cano

  • 62

    7.1 O contexto da cano

    Pesquisa:

    Pesquise e escolha um disco ou outra obra de Chico Buarque. Traga esse material

    para a sala de aula e ajude a organizar uma exposio sobre esse artista brasileiro.

    Comente sobre o que a crtica artstica pensava sobre o trabalho de Chico a partir da

    dcada de 1960 at os dias de hoje.

    7.2 Vamos ouvir ativamente a cano? (Minha Cano, faixa n 10, CD 2).

    Quanto mais voc ouvir msica atentamente, mais informaes voc poder utilizar

    para entender a composio e a sua mensagem. Nesse sentido, aproveite esse momento

    dedicado audio da Minha Cano para perceber detalhes rtmicos, harmnicos,

    vocais e instrumentais que antes voc no havia se dado conta.

    7.3 Canto

    Lembre-se que a sua voz instrumento musical que necessita cuidado! Procure

    no cantar tenso. Para evitar a tenso vocal acompanhe as propostas de exerccios

    respiratrios do professor. Procure cantar com leveza e suavemente. Faa bom proveito

    do ar controlando a respirao. Esses exerccios preparatrios e permanentes devero ser

    observados, igualmente, para tocar a flauta.

    7.4 Ritmo

    Depois de aprendido o canto, observe as orientaes do professor para fazer o

    acompanhamento rtmico da Minha Cano. Voc poder estalar os dedos, bater

    palmas, bater com as mos em partes do corpo. Procure sentir a pulsao da msica e

    improvise ritmos diferenciados.

  • 63

    7.5 Leitura musical

    Minha Cano

    Traduo e adaptao: Chico Buarque Msica: L. Enriquez

    MINHA CANO

    Trad. e Adapt. Chico Buarque

    L. Enriquez

    Am

    la

    si do

    la

    sol

    Em

    mi sol

    la

    fa

    F

    si

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    G

    do#

    la

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    do3

    Dor

    C

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    6

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    G

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    C

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    mi

    o

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    mi

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    -

    fa

    faz

    F

    fa

    se_u-

    fa

    ma_i-

    fa

    lu-

    fa

    so

    -

    sol

    so

    G

    sol

    le-

    sol

    tra_um-

    sol

    ver

    sol

    so

    -

    10

    la

    l

    Dm

    la

    na

    la

    me

    la

    lo-

    la

    di

    -

    la

    a

    -

    si

    sin

    G

    si

    ge-

    si

    la-

    si

    men

    -

    si

    te

    -

    do4

    do

    C

    lo

    do

    -

    do

    ro-

    do

    sa-

    do

    men

    -

    do

    te

    -

    do

    do

    Am

    do

    ce-

    do

    _a

    do

    mu

    do

    si-

    do

    ca

    -

    14

    si

    si

    Em

    si

    len-

    si

    ci-

    si

    o

    -

    si

    sa

    -

    la

    lar

    F

    la

    ga_o-

    la

    meu

    la

    pei

    la

    to

    -

    sol

    sol

    C

    sol

    ta-

    sol

    se-

    sol

    no_es

    sol

    pa

    -

    sol

    o

    -

    fa

    faz

    Dm

    fa

    se-

    fa

    cer

    fa

    te

    -

    fa

    za

    -

    18

    mi

    mi

    C

    mi

    nha-

    mi

    can

    mi

    o

    -

    re

    rs

    Dm

    re

    tia-

    re

    de

    re

    luz

    G

    re

    on

    re

    de-

    do

    dor

    C

    do

    me_o-

    do

    meu

    do

    ir

    do

    mo.

    -

    21

    Am

    la

    si do

    la

    sol

    Em

    mi sol

    la

    fa

    F

    si

    sol

    G

    do#

    la

    A+

    Figura 70 notao

    2.6 Os quatro primeiros compassos fazem parte:

    ( ) do canto; ( ) da introduo; ( ) do refro ou estribilho.

    2.7 Onde se escreve o ttulo da msica?

    ( ) no centro; ( ) no canto superior direito; ( ) no canto superior esquerdo.

    2.8 Onde se escreve o nome do autor da msica e da letra?

    ( ) no centro; ( ) no canto superior direito; ( ) no canto superior esquerdo.

    2.9 Onde se escreve instruo e/ou observao a respeito da composio?

    ( ) no centro; ( ) no canto superior direito; ( ) no canto superior esquerdo.

    2.10 De acordo com o que voc aprendeu sobre a notao musical, descreva o nome das

    pausas e das notas musicais da introduo da Minha Cano:

    Exemplo 1 compasso: pausa da colcheia, semnima, colcheia, semnima e semnima.

    2 compasso: ___________________________________________________________

    3 compasso: ___________________________________________________________

    4 compasso: ___________________________________________________________

    5 compasso: ___________________________________________________________

  • 64

    Escreva o nome das notas musicais e a letra da Minha Cano de Chico Buarque

    e Enriquez, exatamente embaixo da nota musical correspondente.

    Figura 71 notao

    A Minha cano utiliza as notas da escala diatnica de d maior, portanto antes de

    toc-la vamos exercitar essa escala?

    Figura 72 escala diatnica de d maior

    Depois de aprendida a escala de d maior ascendente e descendente, experimente

    cantar e depois tocar os quatro compassos da introduo (e finalizao). Observe que nos

  • 65

    compassos vinte e trs e vinte e quatro voc deve optar entre duas melodias, a superior ou

    a inferior. (veja como se toca a nota d# no item execuo instrumental).

    MINHA CANO

    Trad. e Adapt. Chico Buarque

    L. Enriquez

    Am

    la

    si do

    la

    sol

    Em

    mi sol

    la

    fa

    F

    si

    sol

    G

    do#

    la

    A+

    do3

    Dor

    C

    do

    me_a-

    do

    ci

    do

    da

    -

    do

    de

    -

    6

    re

    res

    G

    re

    ta_um-

    re

    co

    re

    ra

    re

    o

    -

    mi

    mis

    C

    mi

    te-

    mi

    ri-

    mi

    o

    -

    mi

    so

    -

    fa

    faz

    F

    fa

    se_u-

    fa

    ma_i-

    fa

    lu-

    fa

    so

    -

    sol

    so

    G

    sol

    le-

    sol

    tra_um-

    sol

    ver

    sol

    so

    -

    10

    la

    l

    Dm

    la

    na

    la

    me

    la

    lo-

    la

    di

    -

    la

    a

    -

    si

    sin

    G

    si

    ge-

    si

    la-

    si

    men

    -

    si

    te

    -

    do4

    do

    C

    lo

    do

    -

    do

    ro-

    do

    sa-

    do

    men

    -

    do

    te

    -

    do

    do

    Am

    do

    ce-

    do

    _a

    do

    mu

    do

    si-

    do

    ca

    -

    14

    si

    si

    Em

    si

    len-

    si

    ci-

    si

    o

    -

    si

    sa

    -

    la

    lar

    F

    la

    ga_o-

    la

    meu

    la

    pei

    la

    to

    -

    sol

    sol

    C

    sol

    ta-

    sol

    se-

    sol

    no_es

    sol

    pa

    -

    sol

    o

    -

    fa

    faz

    Dm

    fa

    se-

    fa

    cer

    fa

    te

    -

    fa

    za

    -

    18

    mi

    mi

    C

    mi

    nha-

    mi

    can

    mi

    o

    -

    re

    rs

    Dm

    re

    tia-

    re

    de

    re

    luz

    G

    re

    on

    re

    de-

    do

    dor

    C

    do

    me_o-

    do

    meu

    do

    ir

    do

    mo.

    -

    21

    Am

    la

    si do

    la

    sol

    Em

    mi sol

    la

    fa

    F

    si

    sol

    G

    do#

    la

    A+

    Figura 73 introduo de Minha cano

    Sugere-se cantar e fixar bem esses trechos antes de execut-los na flauta.

    7.6 Representao

    Depois de aprendida a cano por meio do canto e da flauta doce, organizar grupos

    para propor uma organizao cnica do grupo simulando apresentao pblica. Qual o

    posicionamento do grupo? Todos em p, um atrs do outro? Alguns sentados no cho,

    outros sentados em cadeiras? D asas imaginao e proponha suas idias. Voc gosta

    de desenhar? Ento desenhe como seria o cenrio para a apresentao da Minha

    Cano, apresente para o professor e para os colegas da turma.

    7.7 Execuo instrumental

    A Figura 74 mostra que a ltima nota musical da melodia superior da introduo a

    nota d sustenido.

    Figura 74 nota d4 sustenido

    A posio d(4) sustenido igual ao l, no entanto deve-se destampar o orifcio da

    parte de trs da flauta.

  • 66

    7.8 Escala maior

    Conforme vimos anteriormente a Minha cano utiliza a