Musicalização Com Flauta Doce
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Secretaria de Estado da Educao
Universidade Federal do Paran
Programa de Desenvolvimento Educacional
rea de Arte
Caderno de Musicalizao: Canto e Flauta Doce
EM REVISO
CURITIBA
2007
-
ii
Walmir Marcelino Teixeira
Caderno de Musicalizao: Canto e Flauta Doce
EM REVISO
Trabalho apresentado Coordenao do Programa de Desenvolvimento Educacional, da Secretaria de Estado da Educao em convnio com a Universidade Federal do Paran, como requisito parcial de concluso de curso. Orientador: Professora Valria Lders, Doutora; Co-orientao: Professor lvaro Carlini, Doutor.
CURITIBA
2007
-
iii
SUMRIO
LISTA DE FIGURAS....................................................................................................iv
DESVENDANDO OS SEGREDOS DO SOM ...............................................................8
PARTE I: O ENCONTRO DE PAN E ORFEU ............................................................10
Tema 1 reconhecendo a flauta..............................................................................10
Tema 2 reconhecendo a partitura .........................................................................30
Tema 3 cantando: do folclore ao universal............................................................34
Tema 4 apreciando: histria e pesquisa ...............................................................38
A flauta e o pentagrama...........................................................................................42
Quadro sntese.........................................................................................................49
PARTE II: PARTITURAS COMENTADAS E SITUAES DE APRENDIZAGEM....50
Tema 5: Fera Pantera .............................................................................................50
Tema 6: Samba de uma nota s ..............................................................................56
Tema 7: Minha cano.............................................................................................61
Tema 8: Azul da cor do mar .....................................................................................69
Tema 9: Asa branca.................................................................................................73
Tema 10: Coletnea folclrica..................................................................................76
Tema 11: Meu Paran .............................................................................................81
Tema 12: preciso saber viver................................................................................85
Tema 13: Pr no dizer que no falei de flores........................................................89
Tema 14: Semente do amanh................................................................................93
Tema 15: Trenzinho do caipira.................................................................................97
Tema 16: Ode alegria .........................................................................................101
Tema 17: Pe a erva pr sapecar..........................................................................104
Tema 18: Hino do Paran ......................................................................................109
Tema 19: Bom natal ...............................................................................................113
Tema 20: Solilquio ...............................................................................................117
Quem quem no repertrio ...................................................................................121
Ficha tcnica da gravao dos CDs.......................................................................123
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS.........................................................................124
-
iv
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 como segurar a flauta .............................................................................12
Figura 2 nota si.......................................................................................................12
Figura 3 nota longa si ............................................................................................13
Figura 4 nota si.......................................................................................................13
Figura 5 nota l.......................................................................................................14
Figura 6 nota longa l ............................................................................................14
Figura 7 nota l.......................................................................................................14
Figura 8 nota si e l................................................................................................15
Figura 9 nota sol ....................................................................................................15
Figura 10 nota longa sol ........................................................................................15
Figura 11 nota si, l e sol ......................................................................................16
Figura 12 nota f ....................................................................................................17
Figura 13 nota longa f..........................................................................................17
Figura 14 notas si, l, sol e f ...............................................................................18
Figura 15 nota mi ...................................................................................................19
Figura 16 nota longa mi.........................................................................................19
Figura 17 notas si, l, sol, f e mi .........................................................................20
Figura 18 nota longa r..........................................................................................21
Figura 19 notas si, l, f, mi e r ...........................................................................21
Figura 20 nota d ...................................................................................................22
Figura 21 nota longa d3.......................................................................................22
Figura 22 notas si, l, sol, f, mi, r e do3 ...........................................................23
Figura 23 notas do3, r, mi, f, sol, l e si............................................................24
Figura 24 nota d4 .................................................................................................25
Figura 25 nota longa d4.......................................................................................25
Figura 26 escala diatnica de d maior (ascendente e descendente) ..............26
Figura 27 minha cano ........................................................................................29
Figura 28 nota r com orifcio aberto (atrs) .......................................................30
Figura 29 nota r4 ..................................................................................................31
Figura 30 nota longa r4........................................................................................31
Figura 31 ode alegria ..........................................................................................32
Figura 32 senhor capito.......................................................................................34
-
v
Figura 33 a canoa virou .........................................................................................36
Figura 34 clave de sol............................................................................................37
Figura 35 linhas e espaos da pauta....................................................................37
Figura 36 valores das notas..................................................................................38
Figura 37 peixe vivo...............................................................................................40
Figura 38 nota si.....................................................................................................42
Figura 39 nota l.....................................................................................................42
Figura 40 nota sol ..................................................................................................43
Figura 41 nota f ....................................................................................................43
Figura 42 nota mi ...................................................................................................44
Figura 43 nota r ....................................................................................................44
Figura 44 nota d ...................................................................................................45
Figura 45 nota d 4 ................................................................................................45
Figura 46 nota r4 ..................................................................................................46
Figura 47 nota sol # ...............................................................................................46
Figura 48 nota sol # ou l b...................................................................................47
Figura 49 nota mi 4 ................................................................................................47
Figura 50 nota f # .................................................................................................48
Figura 51 nota sib ..................................................................................................48
Figura 52 reconhecendo a partitura .....................................................................49
Figura 53 partitura Fera Pantera ...........................................................................50
Figura 54 notas agudas e graves..........................................................................51
Figura 55 exerccio rtmico....................................................................................52
Figura 56 exerccio rtmico....................................................................................52
Figura 57 figuras de som e de silncio ................................................................53
Figura 58 exerccio rtmico....................................................................................53
Figura 59 notao ..................................................................................................53
Figura 60 exerccio meldico ................................................................................53
Figura 61 notas pontuadas....................................................................................54
Figura 62 notas pontuadas....................................................................................55
Figura 63 fermata, suspenso e ponto de diminuio........................................55
Figura 64 pauta para exerccios............................................................................55
Figura 65 partitura Samba de uma nota s..........................................................56
Figura 65 exerccios rtmicos para Samba de uma nota s ...............................58
Figura 66 nota l sustenido ou si bemol (sib) .....................................................58
-
vi
Figura 67 refro de Samba de uma nota s.........................................................59
Figura 68 exerccio de improviso para Samba de uma nota s .........................60
Figura 69 partitura Minha cano .........................................................................61
Figura 70 notao ..................................................................................................63
Figura 71 notao ..................................................................................................64
Figura 72 escala diatnica de d maior ...............................................................64
Figura 73 introduo de Minha cano................................................................65
Figura 74 nota d4 sustenido ...............................................................................65
Figura 75 escala de d maior ................................................................................66
Figura 76 escala .....................................................................................................67
Figura 78 escala de r maior .................................................................................67
Figura 79 escala de r maior .................................................................................68
Figura 80 bequadro................................................................................................68
Figura 81 partitura Azul da cor do mar ................................................................69
Figura 82 introduo de Azul da cor do mar .......................................................71
Figura 83 sinal de repetio (ritornello) ...............................................................72
Figura 84 sinal de repetio ex. 2 .........................................................................72
Figura 85 partitura Asa branca .............................................................................73
Figura 87 exerccio rtmico para Asa branca .......................................................74
Figura 88 exerccio para Asa branca....................................................................75
Figura 89 partitura Coletnea folclrica...............................................................76
Figura 90 exerccios rtmicos para Coletnea folclrica ....................................78
Figura 91 notao ..................................................................................................78
Figura 92 notao ..................................................................................................78
Figura 93 exerccios meldicos para Coletnea folclrica.................................79
Figura 94 trs flautas para Bambalalo ...............................................................79
Figura 95 partitura Meu Paran.............................................................................81
Figura 96 exerccios rtmicos para Meu Paran ..................................................82
Figura 97 exerccios meldicos para Meu Paran ..............................................83
Figura 98 nota f sustenido...................................................................................83
Figura 99 partitura preciso saber viver.............................................................85
Figura 100 exerccios rtmicos para preciso saber viver ................................87
Figura 101 exerccios meldicos para preciso saber viver.............................87
Figura 102 seqncia de figuras...........................................................................88
Figura 103 partitura Pr no dizer que no falei de flores .................................89
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vii
Figura 105 exerccios rtmicos Pr no dizer que no falei de flores................91
Figura 106 exerccios meldicos Pr no dizer que no falei de flores............91
Figura 107 partitura Semente do amanh............................................................93
Figura 108 exerccios rtmicos para Semente do amanh .................................95
Figura 109 exerccios meldicos para Semente do amanh..............................95
Figura 110 partitura Trenzinho do caipira............................................................97
Figura 111 exerccios rtmicos para Trenzinho do caipira .................................98
Figura 112 exerccios meldicos para Trenzinho do caipira..............................99
Figura 113 partitura Ode alegria ......................................................................101
Figura 114 exerccios rtmicos para Ode alegria............................................102
Figura 115 exerccios meldicos para Ode alegria ........................................103
Figura 116 partitura Pe a erva pra sapecar......................................................104
Figura 117 exerccios rtmicos para Pe a erva pr sapecar ...........................106
Figura 118 exerccio meldico para Pe a erva pr sapecar............................106
Figura 119 notao ..............................................................................................106
Figura 120 notao ..............................................................................................107
Figura 121 notao ..............................................................................................107
Figura 122 notao ..............................................................................................107
Figura 123 partitura Hino do Paran ..................................................................109
Figura 124 exerccios rtmicos para o Hino do Paran.....................................111
Figura 125 exerccios meldicos para o Hino do Paran .................................111
Figura 126 partitura Bom natal ...........................................................................113
Figura 127 exerccios rtmicos para Bom natal .................................................114
Figura 128 escala diatnica de d maior ...........................................................115
Figura 129 exerccios meldicos Bom natal......................................................115
Figura 130 partitura Solilquio ...........................................................................118
Figura 131 exerccios rtmicos para Solilquio ................................................120
Figura 132 exerccios meldicos para Solilquio .............................................120
Tabela 1: ficha tcnica da gravao dos CDs ......................................................123
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DESVENDANDO OS SEGREDOS DO SOM
Ol! J notou quantas coisas voc faz no seu dia-a-dia que so
surpreendentes?
Por exemplo: voc se lembra de ter parado em frente a um computador e,
sem querer, descobrir caminhos e solues para algum problema?
Ou, em frente a um vdeo game, descobrir como se joga observando
detalhes e a prpria dinmica do jogo?
Ao ligar um vdeo cassete, DVD, manusear um quebra-cabeas, jogos de
montar e conseguir resolver o problema mesmo que isso tenha levado tempo?
Pois bem, a msica algo maravilhoso e que para a maioria das pessoas
parece um enorme quebra-cabeas, difcil de ser montado.
Um bom e difcil problema passa a ser melhor compreendido na medida em
que nos envolvemos com ele e acreditamos que podemos resolv-lo.
Este material se prope a estimul-lo a querer aprender a tocar um
instrumento musical. Acreditamos que TODOS podem faz-lo.
TOCAR SE APRENDE TOCANDO
Se praticando que se aprende a nadar, Se praticando que se aprende a trabalhar,
praticando tambm que se aprende a ler e a escrever. Vamos praticar para aprender
a. E aprender para praticar melhor. (Paulo Freire, 1986)
Este um convite para praticarmos o canto e a flauta doce. Portanto, no
perca tempo! Prepare a sua flauta, respire fundo e bom estudo. Lembre-se que
pensamos cuidadosamente, ao elaborar este material, numa seqncia que facilite
o seu percurso. Sugerimos que, mesmo j tendo tido contato com a flauta
anteriormente, siga o presente roteiro, pois pensamos que este procedimento o
ajudar a lembrar e reforar alguns detalhes importantes.
Como trabalhamos com som, resolvemos incluir ainda o recurso de um CD,
com alguns exerccios e muita msica. Sempre que voc encontrar este smbolo
-
9
significa que o exerccio ou a msica est gravada no CD, assim voc poder
comparar o som da sua flauta com o som que est ali gravado. A maioria das
msicas foi escolhida para serem tocadas e cantadas. E, alm disso, com o
recurso do play back voc ter um grupo de msicos acompanhando a sua
execuo, a qualquer hora e quantas vezes quiser. Esse material foi pensado
como recurso pedaggico para ser utilizado em sala de aula com o professor de
msica.
O contedo deste Caderno, alm das partituras nele contidas, inclui em
anexo trs CDs, com as msicas gravadas em estdio por quarteto de cordas,
violes, canto solo, coral, trompetes, bateria, teclado e flauta doce. O primeiro CD
contm narrativa sobre o encontro musical de Pan e Orfeu, de Walmir Marcelino
Teixeira. O segundo CD contm, alm de arranjos para os instrumentos citados, a
primeira voz canto e a flauta doce. O terceiro CD a base (play back), destinado
ao estudo individual ou coletivo dos alunos entre outras possibilidades artsticas
como apresentaes.
Nesse sentido, professor e alunos podem alternar o dilogo entre Pan e
Orfeu tornando o aprendizado da flauta doce momento descontrado e
participativo.
Alm das canes constantes no dilogo entre Pan e Orfeu selecionamos
outras canes para auxiliar no aprendizado da flauta e desenvolver o canto.
Essas canes compem srie de temas onde sero desenvolvidas vrias
atividades de apreciao e discriminao sonora, prticas vocais e instrumentais,
improvisaes e pesquisas dirigidas.
Caminhar se aprende caminhando, tocar se aprende tocando. Mos obra!
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PARTE I: O ENCONTRO DE PAN E ORFEU
Tema 1 reconhecendo a flauta
PAN: Ol! Eu me chamo Pan.
ORFEU: E eu me chamo Orfeu!
PAN: Seu nome tambm pouco comum, no ?
ORFEU: Pois ! Dizem que meu nome de origem grega. O povo grego tem uma
histria belssima, e uma das suas riquezas a mitologia. Um grande heri
da mitologia grega o Deus Orfeu, cantor da cidade de Trcia. Dizem que
ao som de sua lira e de seu canto os homens foram civilizados!
PAN: Meu nome tambm vem da mitologia grega. Porm conheo duas verses.
A primeira que o Deus Pan ao caminhar pela floresta ouviu algo
maravilhoso que vinha de um bambu oco e seco. Com a fora do vento
ecoava um lindo som. Ento, Pan pegou o pedao de bambu e saiu
experimentando as possibilidades sonoras deste que originou o primeiro
instrumento musical que se tem notcia.
ORFEU: E qual a segunda verso?
PAN: A segunda verso referente tambm ao Deus Pan. O mito conta que Pan
estava apaixonado por uma ninfa que foi transformada num canio quando
tentou fugir dele. Desse canio Pan fez a primeira flauta.
ORFEU: Uau! (exclamou Orfeu) Sabe Pan, eu gostei das duas verses!
PAN: Eu prefiro a primeira verso, que tem mais a ver comigo. Gosto de
experimentar qualquer material que produza som. Inspirado neste mito me
interessei por estudar msica e aprender a tocar flauta doce.
ORFEU: Sabe Pan, eu acho o som da flauta to doce e suave, um instrumento
muito legal. Adoraria aprend-lo. Voc me mostraria como que se toca a
flauta?
PAN: Mas claro! Sabe Orfeu, eu notei que quando explico a algum como se
toca a flauta para algum organizo meu pensamento e acabo descobrindo
coisas que antes eu no sabia?
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ORFEU: ? Que legal! Ento, vamos comear?
PAN: Calma Orfeu! Embora a flauta seja fcil de tocar, ns precisamos de um
ambiente que favorea a nossa concentrao, que seja confortvel, que
no tenha muito barulho e que no incomode ningum.
ORFEU: Como assim?! No entendi! Desde quando a msica pode incomodar
algum?
PAN: Eu sei que voc ama a msica, mas quando estudamos msica e
especificamente um instrumento musical, produzimos alguns sons,
repetidas vezes, exerccios que s interessam para quem est
aprendendo. Por isso, para evitar outros tipos de rudos devemos procurar
um local adequado.
ORFEU: Ah! Agora voc foi mais claro! Eu tenho uma idia, a sala do grmio
estudantil est vazia e parece ser o local ideal para comearmos.
PAN: Ok! Boa idia! Vamos l!
ORFEU: Poxa vida! Nem acredito que vou aprender como se toca a flauta!
PAN: Pegue aqui uma das flautas que sempre trago comigo. um presente. O
que acha?
ORFEU: Que flauta bonita! Olha o que t escrito aqui: - Flauta Doce Soprano
Germnica!
PAN: Isso mesmo, Orfeu. Ns vamos utilizar a flauta germnica que o modelo
mais acessvel e que podemos encontrar facilmente em qualquer livraria
ou loja de instrumentos musicais. Existem outros modelos de flauta, mas
isso ns veremos mais tarde, certo?
ORFEU: Tudo bem! Como se faz?
PAN: simples! Observe que a flauta tem duas extremidades, sendo que uma
delas arredondada e a outra cncava. A parte cncava a que
colocamos nos nossos lbios.
ORFEU: Assim?
PAN: Isso mesmo. Olha, a flauta tem muitos orifcios. Vamos combinar o
seguinte: onde tem sete orifcios ser a parte da frente e onde tem apenas
um orifcio ser a parte de trs da flauta, tudo bem?
ORFEU: Tudo bem!
PAN: Agora vamos ver como se segura a flauta. Com o polegar da mo
esquerda, ns tampamos o orifcio da parte de trs da flauta.
-
12
ORFEU: Ah, sim!
PAN: Isso mesmo. Agora com o dedo indicador
da mo esquerda ns tampamos o
primeiro orifcio da parte da frente da
flauta, que est quase na mesma direo
do orifcio de trs.
PAN: Muito bem Orfeu. Observe se todos os
orifcios da flauta esto tampados, este
detalhe muito importante para que o
som saia bonito.
Inesperadamente Orfeu d um forte sopro
PAN: Que isso! Quanta fora! Voc sabia que este instrumento se chama flauta
doce? Devemos sopr-la suavemente, docemente. Alm disso,
procuramos no desperdiar nossa energia. Nenhum som deve ser em
vo...
ORFEU: Ok, Pan! J entendi. Foi mal! Voc nem
tinha terminado de me explicar e eu j fui
assoprando de qualquer jeito.
PAN: Tudo Bem! Antes de tocarmos esta
primeira nota, vamos cantar um
pouquinho? Voc conhece o Samba le-
l, no ?
ORFEU: Claro! Sam - ba - le - l_es - t- do_en - te,
-st-com_a - ca - be - a- que - bra - da
(cantarolando).
PAN: Muito bom! Voc faz jus ao seu nome, cantando to bem assim! Agora,
Orfeu voc deve substituir os versos da cano pronunciando a slaba DU.
ORFEU: Assim?
sam - ba - le - l_es - t- do_en - te, -st- com_a - ca - be - a- que - bra - da
Du - du - du (...).
Figura 1 como segurar a flauta
Figura 2 nota si
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13
PAN: Isso mesmo, Orfeu. Agora voc deve pegar a sua flauta, com o polegar da
mo esquerda tampando o orifcio da parte de trs da flauta e o indicador
tambm da mo esquerda tampando o orifcio da parte da frente.
PAN: Repouse a parte cncava da flauta no
lbio inferior e depois com o lbio
superior voc vai fechar a sada do ar,
de tal forma que ele saia s pela flauta.
Com um sopro bem suave pronuncie a
slaba DU, no ritmo da cano Samba
Le-l.
Figura 4 nota si
No Ritmo do Samba Lel com a slaba du
ORFEU: Poxa, Pan! Que legal! Acabo de tocar minha primeira msica na flauta! E,
olha aqui os meus dedos, esto com a marca dos orifcios! Parece at um
carimbo!
PAN: Isto comum acontecer! E veja como os crculos esto bem formados, isto
sinal que voc tampou os orifcios corretamente. Voc sabe qual o
nome desta nota que acabamos de tocar?
ORFEU: No fao a mnima idia!
PAN: Pois bem! Utilizando o dedo polegar e o dedo indicador da mo esquerda
para tampar os orifcios formamos a nota SI. Voc sabe me dizer quais
so as notas musicais, Orfeu?
ORFEU: So sete. D, r, mi, f, sol, l, si.
PAN: Muito bem. Voc acaba de falar o nome das notas musicais na forma
ascendente, e como seria na forma descendente?
ORFEU: Si, l, sol, f, mi, r, d?
PAN: Sendo assim voc saberia me dizer que nota teremos ao tampar o prximo
orifcio?
ORFEU: Boa pergunta! Deixe-me pensar! Seria a nota L?
PAN: Isso mesmo! E assim na medida em que formos fechando os orifcios da
parte da frente da flauta, de cima para baixo, temos a seqncia
Figura 3 nota longa si
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14
descendente das notas musicais. Para tocarmos a nota L, precisamos
tampar o prximo orifcio com o dedo mdio da mo esquerda.
ORFEU: Assim? (mostrou Orfeu)
Figura 5 nota l Figura 6 nota longa l
PAN: Isso mesmo! Agora, vamos pronunciar a slaba du no ritmo da cano
Samba Lel com a nota l.
Figura 7 nota l
No ritmo do Samba Lel com a Slaba du
ORFEU: Que tal, Pan?
PAN: Muito bem! Voc est indo melhor do que eu imaginava. Vamos recapitular,
Orfeu. Primeiro vamos tocar com a nota si o ritmo do samba le-l e em
seguida passamos para a nota L, entendeu?
ORFEU: A primeira vez com a nota si, e em seguida com a nota l, no ritmo de
Samba le-l. (repetiu Orfeu)
-
15
Figura 8 nota si e l
No ritmo do samba Lel com a slaba du
PAN: isso a, Orfeu! Agora relaxe um pouco os seus braos, porque ns
seguiremos para a prxima nota, sabe qual ?
ORFEU: Humm! (pensou) SOL!?!
PAN: Isso mesmo, Orfeu, a nota sol. Com o dedo anelar (o dedo que se coloca
a aliana de casamento) tamparemos o prximo orifcio (o 3. de cima
para baixo). Lembre-se que para a nota si tampamos o orifcio de trs
mais o 1. da frente. Para a nota l, conservamos o polegar e o indicador
tampando os orifcios e utilizamos o dedo mdio para tampar o 2. orifcio.
Para fazermos soar a nota sol, tampamos o 3. orifcio e conservamos os
outros tambm tampados. Ufa! Vamos experimentar o som da nota sol?
Assopre suavemente uma nota longa, um longo sopro.
ORFEU: Caramba, Pan!
Quase fiquei
sem ar!
PAN: Calma Orfeu!
Respire
fundo!
Relaxe! O ar
nosso
principal aliado para tocarmos a flauta. Devemos procurar ter sempre uma
reserva dele caso precisemos utiliz-lo. Vamos recapitular, no movimento
descendente, tocaremos a nota si no ritmo do samba le-l, depois a nota
l e por fim a nota sol, tudo bem?
Figura 9 nota sol Figura 10 nota longa sol
-
16
ORFEU: J estou melhor, depois de respirar fundo. Estou mais relaxado. Vamos l,
ento:
Figura 11 nota si, l e sol
No ritmo do Samba Lel com a slaba du
PAN: Parabns, Orfeu! Sem rodeios, vamos para a prxima nota, sabe qual ,
Orfeu?
ORFEU: Agora ficou fcil! S pode ser a nota f?
PAN: Isso mesmo, Orfeu. Para tocarmos a nota f, precisaremos tampar o 4.
orifcio com o dedo indicador da mo direita.
ORFEU: U, mas e o dedo minguinho da mo esquerda?
PAN: Boa observao, Orfeu. O dedo minguinho da mo esquerda ns no
utilizaremos para tapar os orifcios. Lembre-se que a quantidade de
orifcios da flauta de oito, sendo sete na parte da frente e um na parte de
trs. Portanto, alm do minguinho da mo esquerda, o dedo polegar da
mo direita no tampar nenhum orifcio; este servir para apoiar e
segurar a flauta. O dedo polegar ter esta funo importante de apoio e
ficar na mesma direo do dedo indicador da mo direita.
ORFEU: Entendi! Onde paramos mesmo Pan?
-
17
PAN: Ah! Sim. Agora ns faremos a nota f. Ento, tampando o 4. orifcio da
parte da frente da flauta com o dedo indicador da mo direita vamos tocar
uma nota longa e ouvirmos como soa!
ORFEU: Que tal, Pan?
Agora nem
fiquei
vermelho, pois
antes de tocar
respirei
fundo...
PAN: Observe uma
coisa Orfeu. Voc se concentrou tanto no dedo indicador para fazer a nota
f, que acabou se descuidando de tampar os outros orifcios! Vamos
tentar de novo, mas agora procure sentir se todos os orifcios esto
tampados, OK?
ORFEU: Ento, t!
PAN: Muito bem, Orfeu! Vamos recapitular, tocando desde a nota si at a nota f.
Figura 12 nota f Figura 13 nota longa f
-
18
Figura 14 notas si, l, sol e f
No ritmo do Samba Lel com a slaba du
PAN: Parabns, Orfeu! Voc notou que na medida em que vamos recapitulando,
fica cada vez mais fcil passar de uma nota para outra?
ORFEU: verdade, Pan. E estou fazendo um esforo danado para gravar cada
posio e as notas musicais correspondentes, imagino que isso seja
importante, no?
PAN: Certamente que sim! Agora ns estamos tocando as notas que so
vizinhas no sentido descendente, logo estaremos tocando no sentido
ascendente e depois as notas distantes, para toc-las precisaremos
pensar rpido. Continuando, Orfeu qual o nome da prxima nota?
ORFEU: Seguindo a lgica s pode ser a nota Mi.
PAN: Isso mesmo! Para executarmos a nota mi, basta que tampemos o 5o.
orifcio com o dedo mdio da mo direita...
ORFEU: Assim, Pan?
-
19
PAN: Isso mesmo,
Orfeu. Observe
que na medida
em que vamos
tampando os
orifcios os sons
vo ficando
cada vez mais
densos,
encorpados...
ORFEU: Mais graves?
PAN: , os sons ficam cada vez mais graves em relao primeira nota que
tocamos que foi a nota si. Precisamos tomar cuidado, pois se assoprarmos
meio forte poder sair outro som, diferente daquele que queremos que
saia. Portanto, quanto mais grave for o som mais suave devemos toc-lo.
ORFEU: Assim, Pan?
PAN: Vejo que voc muito atencioso, Orfeu. exatamente assim que a nota mi
deve soar. Vamos recapitular a escala descendente, comeando com a
nota si?
Figura 15 nota mi Figura 16 nota longa mi
-
20
Figura 17 notas si, l, sol, f e mi
No ritmo do Samba Lel com a slaba du
ORFEU: Ok! (confirmou Orfeu)
PAN: Continuando, qual a prxima nota, Orfeu?
ORFEU: Agora a nota R!
PAN: Muito bem, Orfeu! Para tocarmos a nota r, precisamos tampar o sexto.
orifcio da parte da frente da flauta com o dedo anelar da mo direita.
Lembre-se de assoprar muito suavemente, pois como a nota mi, a nota r
uma nota grave.
-
21
PAN: Note como soa
bonita esta nota
grave... Toque
toda a seqncia
das notas no
ritmo do samba
le-l, um, dois,
trs e...
Figura 19 notas si, l, f, mi e r
No ritmo do samba lel com a slaba du
PAN: Vamos tocar a prxima, nota? Sabe qual , Orfeu?
Figura 18 nota longa r
-
22
ORFEU: S pode ser a nota D, no ?
PAN: Isso mesmo,
Orfeu.
Utilizaremos
o dedo
minguinho
da mo
direita para
tamparmos
o 7o. orifcio
da parte da
frente da flauta. Sendo assim, todos os orifcios estaro tampados para
fazermos soar a nota d. Veja que a nota d a nota mais difcil de faz-la
soar corretamente porque nem sempre conseguimos tampar bem todos os
orifcios, por isso nossa ateno tem de ser redobrada! Alm disso,
necessrio um pequeno ajuste no encaixe da flauta para favorecer o
tamanho do dedo mnimo da mo direita.
ORFEU: Entendi Pan. Sentir todos os orifcios bem fechados. De preferncia que os
dedos fiquem carimbados com o crculo do orifcio, no ?
PAN: Isso mesmo, Orfeu.
ORFEU: E ento, Pan, como me sa?
PAN: Muito bem! Vamos rever os sete sons, agora?
ORFEU: pr j, Pan!
Figura 20 nota d Figura 21 nota longa d3
-
23
Figura 22 notas si, l, sol, f, mi, r e do3 No ritmo do Samba Lel com a slaba du
PAN: Muito Bem, Orfeu! Voc conseguiu tocar todas as notas com um som muito
bonito! Vamos tocar estas sete notas no sentido ascendente?
-
24
Figura 23 notas do3, r, mi, f, sol, l e si No ritmo do Samba Lel com a slaba du
PAN: Muito bem Orfeu! Para tocarmos a nossa primeira msica do incio ao fim,
devemos aprender a posio de mais uma nota!
-
25
ORFEU: Qual ?
PAN: A nota D aguda. Acabamos de aprender a nota d grave, ou d3. Agora
ns vamos aprender como se toca a nota d aguda ou d4. simples,
basta que voc tampe o orifcio da parte de trs, com o polegar esquerdo
e o segundo orifcio da parte da frente, com o dedo mdio da mo
esquerda.
ORFEU: Assim, Pan?
PAN: Exatamente,
Orfeu. Desta
vez ns
vamos
comear no
sentido
ascendente
at chegar
nota d aguda e em seguida, sem parar ns retornamos no sentido
descendente at a nota d grave, ou d3.
ORFEU: Vamos l!
Figura 24 nota d4 Figura 25 nota longa d4
-
26
Figura 26 escala diatnica de d maior (ascendente e descendente)
no ritmo do samba lel com a slaba du
-
27
PAN: Vencemos nosso primeiro obstculo. Agora j sabemos as posies das
notas e reconhecemos como elas soam. Agora relaxe um pouco, Orfeu.
Escute uma msica de L. Enriquez e letra adaptada de Chico Buarque de
Holanda que se chama Minha Cano
Dorme a cidade
Resta um corao
Misteriosa
Faz uma iluso
Soletra um verso
L na melodia
Singelamente
Dolorosamente
Doce a msica
Silenciosa
Larga o meu peito
Solta-se no espao
Faz-se certeza
Minha cano
Rstia de luz onde
Dorme o meu irmo
ORFEU: Hei, Pan agora estou me lembrando desta msica! L em casa eu tenho
um disco (CD) chamado Os Saltimbancos que tem esta msica.
PAN: isso mesmo, Orfeu. Esta msica foi utilizada numa pea teatral pelo
grupo Os Saltimbancos os personagens so animais que adoram
msica. Eles tocam e cantam, muito divertido...
ORFEU: Eu tambm gosto! Mas ento, o que faremos agora?
PAN: Voc notou algo diferente nesta msica, Orfeu?
ORFEU: Como assim, Pan?
PAN: Nos versos da msica, voc notou alguma coisa?
ORFEU: Observando o incio de cada frase, podemos identificar que so os nomes
das sete notas musicais, dorme a cidade a nota d, resta um corao a
nota r e assim por diante.
PAN: Muito bem, Orfeu! E sabe mais uma coisa? Cada frase corresponde
realmente ao som que leva o seu nome!
ORFEU: Como assim, Pan?
-
28
PAN: Vou usar o mesmo exemplo que voc falou. Dorme a cidade soa sempre
com a nota d, assim como ns fizemos com o samba-le-l, tocando no
ritmo da msica a mesma nota.
ORFEU: Voc est querendo me dizer que para tocar Resta um corao basta eu
tocar sempre a nota R?
PAN: Exatamente! Vamos experimentar?
MINHA CANO L. ENRIQUEZ e Adaptao de CHICO BUARQUE
D: dorme a cidade: d, d, d,d, d
R: Resta um corao: r, r, r, r, r
Mi: Misteriosa: mi, mi, mi, mi, mi
Fa: Faz-se uma iluso: f, f, f, f, f
Sol: Soletra um verso: sol, sol, sol, sol, sol
L: L na melodia: l, l, l, l, l, l
Si: Singelamente: si, si, si, si, si
Do (4): Dolorosamente: d, d, d, d, d, d
Segue a msica, de forma descendente:
D (4): Doce a msica: d, d, d, d, d, d
Si: silenciosa: si, si, si, si, si
L: Larga o meu peito: l, l, l, l, l, l
Sol: solta-se no espao: sol, sol, sol, sol, sol
F: faz-se certeza: f, f, f, f, f
Mi: minha cano: mi, mi, mi, mi, mi
R: rstia de luz onde: r, r, r, r, r
D (3): dorme o meu irmo: d, d, d, d, d, d
ORFEU: Olha! Consegui tocar a msica inteirinha e ainda sendo acompanhado por
outros instrumentos bem legais!
PAN: Muito bem, Orfeu! Agora preciso ir! Mas antes, gostaria de deixar esta
partitura para voc estudar!
-
29
MINHA CANO
Figura 27 minha cano
L. Enriquez Traduo e adaptao de Chico Buarque
ORFEU: Que legal Pan! Muito obrigado! Mas eu no sei ler as notas musicais!
-
30
PAN: Calma Orfeu! De qualquer forma voc j pode ir se acostumando com as
informaes que existem numa partitura. Alm disso, voc pode exercitar
em casa e, no nosso prximo encontro, veremos que esta msica vai soar
muito melhor do que soou hoje, tudo bem?
ORFEU: Tudo bem! At amanh!
Tema 2 reconhecendo a partitura
No dia seguinte 27: 43:
ORFEU: Ol, Pan! Tudo bem?
PAN: Tudo! E voc, como est?
ORFEU: Tudo bem. Sabe, toquei a Minha Cano para minha famlia ouvir. Eles
gostaram tanto que at me aplaudiram!
PAN: mesmo? Pois ento vamos tocar a Minha Cano para aquecermos os
dedos e depois vamos ver o que eu trouxe para esta nossa segunda aula
de flauta!
PAN: Olhe, eu trouxe uma msica muito legal. Dizem que uma das mais belas
melodias j criada pelo homem. Porm, precisamos aprender a posio de
mais uma nota musical.
ORFEU: E qual esta nota nova, Pan?
PAN: a nota R4, ou o r agudo.
ORFEU: E como a posio da nota r aguda,
Pan?
PAN: simples. Ns faremos a mesma posio
da nota Do4 (aguda), porm tiraremos o
dedo polegar esquerdo do orifcio de trs.
ORFEU: Assim?
Figura 28 nota r com orifcio aberto (atrs)
-
31
PAN: Isso mesmo, Orfeu. Vamos exercitar?
ORFEU: Ok! Nota
longa, Pan?
PAN: Sim, Orfeu.
ORFEU: Que
interessante!
As notas
agudas soam
muito mais
fceis, no
Pan?
PAN: Certamente! Por isso devemos exercitar bastante as notas graves para que
elas acabem soando igualmente fcil!
PAN: Olhe, esta a nova msica. Ode Alegria de Beethoven.
Figura 29 nota r4 Figura 30 nota longa r4
-
32
Ode Alegria
Figura 31 ode alegria
Beethoven, Ludwig Van 1823
ORFEU: Embaixo de cada nota musical est escrito seus respectivos nomes, no
mesmo Pan?
PAN: isso a! (concordou Pan) Isto apenas uma preparao para futuramente
ns tocarmos a partitura, sem que tenha o nome das notas escrito
embaixo. Imagino que de tanto manusear as partituras, em breve voc
reconhecer as notas e suas duraes naturalmente. Vamos ouvir a
-
33
msica Ode Alegria de Beethoven? Penso que voc j a conhece, pois
ela muito executada por orquestras do mundo inteiro. - Ode Alegria
ORFEU: Claro que conheo esta msica! Meu pai gosta de ouvir este tipo de msica
l em casa!
PAN: Voc diz msica erudita, no ?
ORFEU: Sim, msica erudita. Posso tentar toc-la, agora?
PAN: Certamente, Orfeu! (...)
ORFEU: E ento, Pan? Como que eu me sa?
PAN: Como leitura primeira vista est timo, mas podemos melhorar.
Experimente tocar mais devagar. Tocando um pouco mais lento, voc se
sai melhor.
ORFEU: Realmente!
PAN: assim que ns estudamos peas musicais desconhecidas. Primeiro,
lentamente, vencemos as dificuldades e depois tocando cada vez mais
rpido, at chegar ao andamento ideal.
ORFEU: Vamos tocar mais uma vez, Pan? Voc tem um bom gosto para escolher
as msicas, hein? E por coincidncia eu as conhecia!
PAN: Mais tarde, voc vai escolher uma msica para tocarmos na flauta,
combinado?
ORFEU: Combinado!
PAN: Ento, se prepare, respire fundo que vamos comear a Ode Alegria! -
Ode Alegria
ORFEU: Uau! (vibrou Orfeu) A primeira coisa que farei quando chegar em casa ser
mostrar para a minha famlia como eu sei tocar esta linda msica.
PAN: Espero que eles tambm gostem. At amanh, Orfeu!
ORFEU: At amanh, Pan!
-
34
Tema 3 cantando: do folclore ao universal
No dia seguinte, Pan trouxe mais uma nova pea musical! 32: 48
ORFEU: O que voc preparou para hoje, Pan?
PAN: Hoje eu trouxe uma msica bem conhecida, uma cantiga folclrica. Ela se
chama Senhor capito!
ORFEU: Cantiga folclrica? Sabe Pan, minha av me deu um CD com muitas
dessas msicas gravadas pelo coro infanto-juvenil do Teatro Municipal do
Rio de Janeiro.
PAN: Sim! E as msicas fazem parte do Guia Prtico de Villa-Lobos. Ele foi um
importante msico brasileiro e pesquisador das msicas tradicionais do
Brasil. Ele viajou o pas inteiro recolhendo informaes musicais que
depois as transformou em belssimos arranjos para orquestras. Tambm
criou o Guia Prtico para ser utilizado nas escolas, que tinham, no horrio
regular de aulas, a matria Msica.
Que tal voc pesquisar um pouco sobre msica folclrica?
ORFEU: Como devo fazer? Voc conhece algum site?
PAN: Sim. Mas voc tambm pode ir direto a um dicionrio de msica, ou a um
dicionrio de folclore.
ORFEU: Pode ser um bom comeo.
PAN: Certamente, Orfeu. Aqui est a partitura. Enquanto voc a observa eu vou
cantar Senhor Capito!
Figura 32 senhor capito
ORFEU: Esta cano bem curtinha, no Pan?
PAN: Realmente, Orfeu. Ns vamos tocar s a primeira parte dela e isso tem
uma razo de ser. Imagino que precisamos exercitar a digitao das
posies dos dedos na flauta. Desta forma, podemos inserir peas mais
difceis na medida em que tenhamos certo domnio da digitao!
-
35
ORFEU: Sabe que aprender assim bem legal. Vamos tocar juntos Senhor
Capito?
PAN: Vamos l!
ORFEU: E ento, Pan. Como que eu me sa?
PAN: To bem que eu vou lhe apresentar outra msica!
ORFEU: Qual?
PAN: outra cantiga folclrica. Ela se chama A canoa virou.
ORFEU: Ah! Esta eu me lembro bem! A canoa virou, foi pro fundo do mar...
PAN: Sabe Orfeu. sempre bom que a gente tambm cante as msicas que
queremos tocar. A nossa voz, dizem, o instrumento musical mais perfeito
que existe! Portanto, se cantarmos e tocarmos estaremos exercitando
duas formas de expresso musical. Uma ajuda a outra.
ORFEU: Ento por que ns no aprendemos umas msicas mais atuais, mais
agitadas?
PAN: Calma, Orfeu! Ns estamos apenas comeando a aprender as posies na
flauta. Procuramos aprender as posies com as msicas que
conhecemos, que sejam mais simples, para depois acrescentarmos novas
posies e assim podermos tocar qualquer msica. A inteno tocarmos
tambm msicas que ainda no conhecemos, e isto ser possvel quando
estivermos lendo bem a notao musical.
ORFEU: Notao musical, Pan?
PAN: Isso mesmo, Orfeu. Notao musical so todos os signos e smbolos que
utilizamos para expressar uma idia musical no papel, na partitura.
ORFEU: Dizem que a msica uma linguagem universal, ser por causa da
notao musical, Pan?
PAN: Veja Orfeu. No resta dvida que a notao musical utilizada pelo Ocidente
auxilia na universalidade da expresso musical. Alis, a disseminao
A mais antiga forma de notao a literal (letras, alfabeto), empregada pelos gregos e outros povos da Antigidade (500 a. C). Ainda hoje se empregam os nomes e sinais das notas. Por exemplo: L Si Do R mi F Sol A B C D E F G
Muito mais utilizadas hoje para indicar a harmonia de determinado trecho musical.
-
36
desta notao adotada por ns se deve Igreja Catlica Romana que, na
medida em que evangelizava os povos e naes de vrios pontos da
Terra, criou um livro chamado Antifonrio, para que servisse de norma a
todo o mundo catlico, universalizando assim a escrita musical que hoje
conhecemos. Mas a histria longa e cheia de detalhes.
ORFEU: Voc falou em msica do Ocidente. E a msica do Oriente?
PAN: Na ndia, por exemplo, a msica transmitida muito mais de forma oral do
que pela escrita, as distncias entre os intervalos das notas so diferentes
das que utilizamos em nossa msica. Talvez voc encontre mais
informaes em suas pesquisas.
ORFEU: Este assunto est muito interessante, Pan. Mas a gente poderia tocar um
pouco, no acha?
PAN: Concordo! Ento mos obra, a msica A canoa virou. A canoa virou
Figura 33 a canoa virou
ORFEU: Que legal poder tocar esta msica!
PAN: e voc j est conseguindo digitar as posies com maior naturalidade.
ORFEU: Pan, me diga uma coisa. Por que so usadas cinco linhas para escrever
msica?
PAN: Boa pergunta, Orfeu! Com a expanso da Igreja, tambm foram criadas
escolas para o ensino e aprendizagem das canes usadas nos ritos
litrgicos. Algumas canes eram muito conhecidas e bastava o poema
para lembrar como se canta. Porm surgiam novas msicas e sua
divulgao era difcil, mesmo utilizando alguns sinais chamados de
notao neumtica, que so signos, espcie de pequenos acentos,
indicando o movimento ascendente ou descendente da melodia colocados
sobre as slabas do texto. Para saber a altura dos sons usou-se uma linha
-
37
identificada com a letra F no seu incio, significando que todo o ponto que
fosse ali desenhado seria a nota f. Pontos desenhados abaixo e acima
da linha eram facilmente reconhecidos. Mais tarde foram acrescentadas
outras linhas.
ORFEU: Quer dizer que os msicos foram acrescentando informaes aos poucos
para se chegar atual notao musical?
PAN: Isso mesmo, Orfeu! Foi no sculo XI que o Monge Beneditino Guido
DArezzo aperfeioou o sistema de escrita musical. Foi ele quem
introduziu as claves para indicar o ponto de partida na leitura das notas.
Por exemplo, o desenho da clave de sol inicia na 2a. linha. Portanto, toda
nota desenhada na 2a. linha se chamar sol.
ORFEU: Pan, existem outros tipos de clave?
PAN: Sim. As claves mais usadas so a de sol, de f e de d.
Mas para o nosso estudo da flauta doce usaremos
apenas a clave de sol.
ORFEU: Isto quer dizer, Pan, que se eu sei onde est a nota sol,
posso descobrir as outras notas?
PAN: Exatamente Orfeu. Se a nota sol est na segunda linha a nota que vem
antes do sol f. F estar no primeiro espao. A nota que vem depois do
sol l. L estar desenhada no segundo espao. Depois de l vem a
nota si, que ser desenhada na 3a. linha, e assim por diante.
Figura 35 linhas e espaos da pauta
ORFEU: Ento a nota que eu desenhar na 1a. linha ser a nota mi?
PAN: Isso mesmo. Ns contamos sempre a seqncia das linhas de baixo para
cima, por isso a primeira linha ser sempre a nota mi. A segunda linha a
nota sol, a 3a. a nota si, a 4a. a nota r e a 5a. linha a nota f. O primeiro
espao ser a nota f....
ORFEU: Deixe-me ver se consigo continuar... o segundo espao ser a nota l, o
terceiro espao a nota d e o quarto espao a nota mi.
PAN: Muito bem, Orfeu. Penso que por hoje j chega, no?
ORFEU: mesmo, Pan. At amanh!
PAN: At amanh, Orfeu!
Figura 34 clave de sol
-
38
Tema 4 apreciando: histria e pesquisa
No dia seguinte... 42 27
ORFEU: Ol, Pan. Fiquei observando as partituras e muitas dvidas comearam a
surgir...
PAN: Isto muito bom, Orfeu!Que tipo de dvida voc tem?
ORFEU: Que significam os nmeros que vm escritos logo depois da clave? e por
que a mesma nota desenhada com formatos diferentes?
PAN: Voc se refere ao nmero de compasso. A necessidade de diferenciar as
diversas vozes que eram entoadas durante a mesma msica, fez com que
os estudiosos desenhassem as notas com formatos diferentes para indicar
qual a sua durao. Para cada formato de nota tem um nome
correspondente, por exemplo: semibreve, mnima, semnima, colcheia,
semicolcheia entre outras. A relao entre elas de dobros e metades,
sem falar do ponto de aumento que aumenta a metade do valor da
figura. Veja a figura abaixo:
Figura 36 valores das notas
ORFEU: Esses formatos de notas, muitos deles esto nas partituras das msicas
que ns aprendemos, no mesmo, Pan?
PAN: isso a, Orfeu. Embora existam outras as formas e valores, so estes os
formatos que vamos utilizar neste primeiro momento.
ORFEU: Como que surgiram os nomes das sete notas, Pan?
-
39
PAN: Isto se deve mais uma vez criatividade do Monge Guido DArezzo. Para
ensinar a altura das notas musicais para seus alunos, Guido utilizou-se da
primeira estrofe do Hino a So Joo, cuja primeira slaba de cada verso
correspondia s suas respectivas alturas.
UT QUEANT LAXIS Para que possam
RESONARE FIBRIS Ressoar as maravilhas
MIRA GESTORUM De teus feitos
FAMULI TUORUM Com largos cantos
SOLVE POLLUTI Apaga os erros
LABII REATUM Dos lbios manchados
SANCTE JOANNES So Joo.
Purificai bem aventurado Joo os nossos lbios polutos (manchados) para podermos cantar dignamente as maravilhas que o Senhor realizou em Ti.
PAN: Posteriormente a slaba ut e foi substituda pela slaba D que soava
melhor para o canto e a slaba sa' transformou-se em si adaptada pelos
trovadores.
ORFEU: Esta ttica utilizada pelo Monge Guido com o hino a So Joo parece com
a que voc utilizou para eu aprender o nome e a posio das notas na
pauta com a msica Minha Cano!
PAN: Fico feliz por voc ter notado.
ORFEU: Guido DArezzo utilizou um hino conhecido para que seus alunos fixassem
a altura das notas musicais. Voc utilizou uma msica muito legal para
que eu aprendesse as posies das notas na flauta bem como na pauta
musical.
PAN: Muito bem, Orfeu! Hoje eu trouxe uma nova msica para aumentarmos o
nosso repertrio. Ela chama-se Peixe Vivo
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40
Figura 37 peixe vivo
ORFEU: J sei, descobri na minha pesquisa que essa uma msica do folclore
brasileiro. Toda vez que eu toco e canto as msicas do folclore meus pais
contam algumas experincias que tiveram quando estudavam. Eles dizem
que aprendiam msica na escola, que cantavam em corais, que brincavam
de rodas..
PAN: Que legal! Os seus pais devem ser bem comunicativos!
ORFEU: Sim! E por causa da flauta ns temos conversado muito mais. Alm do
apoio deles para estudar a flauta, tambm cantam as msicas comigo.
Minha irm mais nova s vezes at dorme quando eu estou tocando. O
meu cachorro uiva bem alto e da formamos uma banda, ah! Ah! Ah!
PAN: T bom, t bom, Orfeu! Vamos tocar, ento?
ORFEU: pr j!
Sabe como continua esta histria? Orfeu aprendeu a tocar flauta muito bem e
ensinou a vrios amigos o que sabia. Tambm passou a cantar com maior segurana e
-
41
nunca mais se sentiu sozinho. Podia cantar melodias, tocar, aprender outros
instrumentos...
Agora voc tambm j sabe o que Orfeu aprendeu e pode tocar as prximas
msicas do repertrio sempre que quiser.
Aproveite o acompanhamento musical do CD.
Ainda h muito para aprender e praticar, cada dia um pouquinho mais!
V em frente e conhea as possibilidades que a msica oferece. Poder estudar
msica favorecer a sensibilizao dos sentidos e contribuir para uma educao integral
do ser humano, em seu processo permanente de desenvolvimento e humanizao.
Nenhuma vida segue igual depois da msica!!!
-
42
A flauta e o pentagrama
Vamos rever a posio da nota si na flauta doce? Observe que a Foto n 1 indica
que se deve tampar o primeiro orifcio com o dedo indicador da mo direita. No se
esquea de tampar o orifcio da parte de trs da flauta.
Figura 38 nota si
Conforme indica a Figura 38, experimente tocar uma nota longa. Em seguida toque
quatro notas curtas a primeira forte, a segunda fraca, a terceira meio forte e a quarta
fraca.
Nota l: observe a Foto 2 e veja como a posio da nota l na flauta. Mantenha o
dedo indicador e acrescente o dedo mdio da mo direita para tampar os dois orifcios. O
orifcio da parte de trs da flauta dever ser mantido tampado, quando for necessrio
destamp-lo haver indicao para isso. Vamos tocar a nota l? Som longo e quatro sons
curtos...
Figura 39 nota l
A Figura 39 mostra que as linhas e espaos onde as notas so escritas chamam-se
pauta ou pentagrama. A nota l escrita no segundo espao da pauta. As linhas e
espaos da pauta so contados de baixo para cima.
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43
Nota sol: observe a posio da nota sol na Foto 3. Os trs primeiros orifcios devem
ser tampados utilizando-se os dedos indicador, mdio e anelar. Quando voc tocar a nota
sol longa experimente contar mentalmente at quatro, devagar.
Figura 40 nota sol
A Figura 40 mostra a clave de sol, a posio da nota sol na pauta, e a clave de f.
As claves mais usadas so as de sol e f. Utilizaremos a clave de sol para tocar as
msicas na flauta. A clave de f utilizada nas msicas escritas para a mo esquerda dos
instrumentos de teclado e para instrumentos graves como o trombone, contrabaixo e
violoncelo.
Nota f na clave de sol: observe na Foto 4 como se faz a posio da nota f.
Devem-se tampar quatro orifcios com os dedos indicador, mdio, anelar e o dedo
indicador da mo direita. O dedo polegar da mo direita servir como apoio para segurar a
flauta.
Figura 41 nota f
A Figura 41 mostra a frmula de compasso. Quando uma partitura musical
apresenta esta frmula de compasso dizemos que a msica est em quatro por quatro.
-
44
Nota mi: a Foto 5 mostra a posio dos dedos para tocar a nota mi na flauta.
Devem-se tampar cinco orifcios com os dedos indicador, mdio e anelar da mo esquerda
e o dedo indicador e mdio da mo direta. Experimente tocar a nota mi suavemente.
Figura 42 nota mi
A Figura 42 mostra como composta a frmula de compasso. Podemos observar
que a frmula de compasso pode ser escrita de duas formas: utilizando o nmero 4 no
denominador ou uma semnima.
Nota r: a Foto 6 mostra que para se tocar a nota r necessrio tampar seis
orifcios, utilizando os dedos indicador, mdio e anelar da mo esquerda e os dedos
indicador, mdio e anelar da mo direta.
Figura 43 nota r
A Figura 43 indica que as duas linhas verticais (barras ou travesses) dividem a
pauta em compassos. Neste caso so dois compassos: no primeiro est a nota r longa
(semibreve) e no segundo compasso esto quatro semnimas. A frmula de compasso
indica que dentro do compasso podem-se escrever notas que no ultrapassem o valor
de quatro semnimas. Uma semibreve equivale ao valor de quatro semnimas.
Nota d: a Foto 7 mostra que para se tocar a nota d tampam-se sete orifcios,
utilizando os dedos indicador, mdio e anelar da mo esquerda e os dedos indicador,
-
45
mdio, anelar e o mnimo da mo direta. Experimente tocar a nota d suavemente. Veja
se todos os orifcios esto bem tampados. Quanto mais grave for a nota mais ateno
devemos ter para que o som seja emitido corretamente.
Figura 44 nota d
A Figura 44 mostra que a barra de compasso serve para separar um compasso do
outro, a soma dos valores do compasso deve ser igual definida na frmula de compasso.
Assim, verificamos que o primeiro compasso est preenchido com o valor de uma
semibreve que equivale a quatro semnimas. O segundo compasso est preenchido com
quatro semnimas. Duas mnimas preenchem o terceiro compasso.
Verificamos que a nota d est escrita na linha suplementar inferior. Este o nome
dado s pequenas linhas escritas acima ou abaixo da pauta para continuarmos
escrevendo as notas quando as cinco linhas no so suficientes.
Nota d 4: observe que a Foto 8 indica que se deve tampar o segundo orifcio com
o dedo mdio da mo direita. No se esquea de tampar o orifcio da parte de trs da
flauta. Para saber qual a altura da nota d usamos a indicao de d 3 ou d 4. Quando
se utilizar d 3 devemos tocar o d grave. Quando utilizarmos o d 4 devemos tocar o d
agudo.
Figura 45 nota d 4
-
46
Nota r 4: para tocarmos a nota r 4 basta manter o dedo mdio tampando o
segundo orifcio da frente e destampar o orifcio da parte de trs da flauta, conforme
podemos observar na Foto 9.
Figura 46 nota r4
A Figura 46 indica que a semnima a unidade de tempo. A unidade de tempo
determinada no denominador da frmula de compasso. Se soubermos o valor da unidade
de tempo (indicada pelo denominador) e a quantidade (indicada pelo numerador) podemos
calcular quantas unidades de tempo so necessrias para preencher o valor integral do
compasso. Neste caso so quatro semnimas. Sabemos que a semibreve dura o mesmo
tempo que quatro semnimas. Sendo assim, a nota que sozinha preenche o valor do
compasso chamada de unidade de compasso.
Nota sol #: conforme observamos na Foto 10, a posio do sol sustenido deve ser
feita como se estivssemos fazendo a posio da nota mi destampando o dedo anelar da
mo esquerda. Ou seja, devemos usar os dedos indicador e mdio da mo esquerda e os
dedos indicador e mdio da mo direita.
Figura 47 nota sol #
-
47
Para ilustrar o exemplo acima utilizaremos parte do teclado do piano, como mostra
a Figura 48: a nota sol# est um semitom acima da nota sol.
Figura 48 nota sol # ou l b
No entanto, ela est um semitom abaixo da nota l. Sendo assim, a mesma nota
pode receber dois nomes diferentes. Sol sustenido, pois est um semitom acima da nota
sol. L bemol, pois est um semitom abaixo da nota l.
Sendo assim, podemos tocar doze sons de forma ascendente utilizando os sons
naturais e os sustenidos,
r r# mi f f# sol sol# l l# si d d#
bem como tocar doze sons utilizando os sons naturais e os bemis de forma descendente: r rb d si sib l lb sol solb f mi mib
Observe que entre as notas mi f e si d no existem teclas pretas no piano.
Isto porque o intervalo entre essas notas de um semitom.
Nota mi 4: conforme observamos na Foto 11, para fazermos soar a nota mi 4 basta
manter a mesma posio da nota mi 3 destampando metade do orifcio de trs a flauta.
Figura 49 nota mi 4
Experimente tocar a nota mi4 com a nota longa (semibreve), contando at quatro
lentamente e depois quatro notas curtas (semnimas), acentuando o primeiro e o terceiro
tempos.
-
48
Nota f#: de acordo com a Foto 12 observamos que para tocar a nota f sustenido
devemos tampar todos os orifcios da flauta e levantar o dedo indicador da mo direita.
Figura 50 nota f #
Vamos tocar a nota f# seguindo a orientao da Figura 50. A semibreve deve soar
longa e as quatro semnimas devem soar curtas, sendo acentuadas a primeira e a terceira
notas.
Nota sib: para fazer a posio da nota sib devemos tampar o primeiro orifcio com o
dedo indicador da mo esquerda, manter destampado o segundo orifcio, tampar o terceiro
orifcio com o dedo anelar da mo esquerda e com o dedo indicador da mo direita tampar
o quarto orifcio, conforme mostra a Foto 13.
Figura 51 nota sib
Conforme observamos anteriormente na Figura 51 a nota sib pode ser chamada de
l#, o som o mesmo. Portanto, quando encontrarmos na pauta a nota l# saberemos
que a posio na flauta ser a mesma da nota sib.
A Figura 51 nos mostra que a barra ou travesso final composta por duas linhas
verticais, sendo uma fina e outra grossa. Indica o ponto final da escrita musical.
Essas so as posies na flauta que utilizaremos neste Caderno. Para conhecer
todas as posies da flauta e aprofundar seus conhecimentos tericos e prticos procure
uma escola especializada em msica.
-
49
Quadro sntese
Observe a Figura 52 para relembrar contedos que tratam da notao musical.
Figura 52 reconhecendo a partitura
-
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PARTE II: PARTITURAS COMENTADAS E SITUAES DE APRENDIZAGEM
Tema 5: Fera Pantera
Figura 53 partitura Fera Pantera
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5.1 O contexto da cano
Atividade para ser desenvolvida em grupos.
Escreva as respostas das questes em papel sulfite para serem entregues ao
professor. Lembre-se de colocar os nomes dos componentes do grupo, nome da escola,
turma, srie e data.
a. Descreva o que voc aprendeu sobre os autores da composio.
b. Qual o motivo especfico desta msica para ter sido composta?
c. Quais so os significados da palavra Fera no contexto desta cano?
5.2 Vamos ouvir ativamente a cano? (Fera Pantera, faixa n 5, CD 2).
a. Sobre o que trata esta cano?
b. O que isso significa?
c. Como os elementos formadores da Fera Pantera contribuem para as
comparaes com a Pantera Cor de Rosa?
5.3 Canto
Antes de cantar, preciso aquecer as cordas vocais. Preste ateno nas
orientaes do professor para os exerccios de respirao e a cano escolhida para o
aquecimento vocal. Para cantar Fera Pantera necessrio alcanar tanto notas agudas
quanto graves.
Figura 54 notas agudas e graves
Quando o professor colocar o CD 2 gravado com os instrumentos e as vozes,
procure acompanhar a msica cantando suavemente. Isso importante para voc notar
as diferentes alturas dos sons, o ritmo, a intensidade, o timbre dos instrumentos e das
vozes que esto interpretando a msica. Depois de aprendido o canto e as entradas para
a flauta e a voz, voc j pode cantar utilizando a base instrumental (play back).
2. Nota d(3) grave.
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5.4 Ritmo
Oua a cano Fera Pantera (gravao instrumental e vocal) e observe como o
ritmo sugerido com o estalo de dedos executado na introduo.
Figura 55 exerccio rtmico
Observe que no primeiro compasso o primeiro tempo uma pausa de semnima (1
tempo). No segundo tempo voc estala os dedos. Pausa de semnima no terceiro tempo e
estalo de dedos no quarto tempo.
O segundo exemplo da Figura 55 mostra dois compassos para bater dois dedos da
mo direita na palma da mo esquerda. O primeiro tempo do primeiro compasso uma
pausa de semnima, o segundo e o terceiro tempo tm uma colcheia pontuada e uma
semicolcheia. O quarto tempo tem uma colcheia pontuada e uma semicolcheia ligada ao
primeiro tempo do prximo compasso que uma semnima.
Para voc executar este trecho rtmico basta lembrar como inicia a letra da Fera
Pantera e bater os dedos neste ritmo: olha o passo dela. Lembrou? Ento s bater os
dois dedos na palma da mo neste ritmo.
Figura 56 exerccio rtmico
O terceiro exemplo rtmico sugere que voc bata palmas. Conforme a Figura 56 o
primeiro tempo do compasso uma pausa de um tempo (semnima). No segundo tempo
tem uma colcheia pontuada e uma semicolcheia. O terceiro tempo uma semnima e o
quarto tempo uma pausa de semicolcheia. Para executar esse ritmo lembre-se da primeira
frase da Fera Pantera utilizando somente trs slabas: Olha_o pa. Conte um tempo e
bata trs palmas, conte dois tempos e bata novamente Olha_o pa e assim
sucessivamente no ritmo de Fera Pantera. Preste ateno na regncia do professor e boa
execuo.
Atividade:
Com base nas notas musicais e pausas da Figura 57 crie um ritmo para a Msica
Fera Pantera e escreva-o na pauta abaixo:
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Figura 57 figuras de som e de silncio
Figura 58 exerccio rtmico
5.5 Leitura musical
De acordo com o que voc aprendeu, diga o que significa o seguinte sinal:
= ________________________________________________________________
Figura 59 notao
Observe que a Figura 59 mostra que h quatro sugestes meldicas para serem
exercitadas.
Figura 60 exerccio meldico
No primeiro compasso a sugesto que se exercite a nota mi aguda. Experimente
cant-la lembrando da segunda parte da Fera Pantera Hoje a floresta. As duas notas mi
soam quando cantamos as slabas res ta. Depois de cantar pegue a sua flauta e toque
no ritmo da cano a colcheia pontuada e a semicolcheia ligada mnima pontuada. Essa
segunda nota soar mais longa que a primeira. Lembre-se que a posio da nota mi
aguda na flauta semelhante nota mi grave, devendo-se destampar a metade do orifcio
da parte de trs da flauta.
A segunda sugesto de exerccio da Figura 60 mostra as notas r e d agudas.
Observe que uma colcheia seguida de outra colcheia ligada mnima. Neste caso
lembre-se do trecho onde se canta e todos vo danar. Estas duas notas se referem a
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danar. Cante primeiramente e todos vo danar, depois somente danar algumas
vezes antes de executar este trecho na flauta. Depois disso, acrescente a nota l e voc
estar fazendo o exerccio nmero quatro onde se canta vo danar.
O exerccio nmero trs se refere ao canto da ltima frase do primeiro verso A
Fera Pantera d, l, sol, mi, d, d veja este trecho no compasso nmero oito da
partitura. Depois de cantar este trecho execute-o na flauta.
5.6 Representao
A cano Fera Pantera sugere movimento. Enquanto voc faz a marcao rtmica
experimente alguns movimentos que a letra sugere (gingar, dar alguns passos para os
lados, balanar) e invente os seus prprios gestos.
5.7 Execuo instrumental
Depois de aprendido o canto e de ter exercitado alguns ritmos e trechos meldicos
voc poder cantar e executar a sua flauta muito melhor. Ento s organizar o seu
material:
partitura;
flauta;
aparelho para reproduzir o CD;
CD 2 e 3;
e prestar ateno na regncia do professor para iniciar a Fera Pantera.
5.8 Ponto de aumento e ligaduras
Observamos na msica Fera Pantera a presena de figuras pontuadas e ligadas.
Esse recurso utilizado para aumentar o valor de determinada nota dentro do mesmo
compasso. Uma nota pontuada aumenta a metade do valor da sua durao.
Mnima pontuada = trs semnimas Semnima pontuada = trs colcheias Colcheia pontuada = trs semicolcheias
Figura 61 notas pontuadas
A Figura 61 mostra que o sinal de ligadura aumenta o valor da nota ligando-a a
outra nota. Veja o exemplo abaixo:
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Figura 62 notas pontuadas
Conforme observamos na Figura 62 enquanto o ponto de aumento altera o valor da
nota acrescentando a metade do seu valor, a ligadura altera o valor da nota conforme o
valor da nota ligada.
Fermata, suspenso e ponto de diminuio
Outro sinal que aumenta o valor da nota a fermata. . A fermata escrita
sobre a nota ou pausa. Quando sobre a pausa seu nome suspenso. O aumento do seu
valor depender do intrprete ou regente. Conforme podemos ver na Figura 63 h uma
tendncia entre os intrpretes de se manter a execuo da nota e a suspenso do som
por um tempo que corresponde metade do seu valor.
Figura 63 fermata, suspenso e ponto de diminuio
A Figura 63 nos mostra o ponto de diminuio escrito sob a nota musical. Neste
caso a nota deve ser diminuda da metade do seu valor. O ponto de diminuio se refere
maneira seca e curta de se executar o som staccato. Sendo assim, no se usa ponto de
diminuio para as pausas.
Atividade:
Escreva na pauta abaixo alguns trechos da msica Fera Pantera onde aparecem
ligaduras e pontos de aumento.
Figura 64 pauta para exerccios
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Tema 6: Samba de uma nota s
Figura 65 partitura Samba de uma nota s
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6.1 O contexto da cano
Pesquisa:
Prepare um relato sobre a Bossa Nova e os principais acontecimentos do Brasil
na dcada de 1959 que influenciaram a cultura brasileira. Lembre-se de escrever sobre os
autores desta cano (entre outros) e as suas principais contribuies para a msica
popular brasileira. Apresente para os seus colegas de turma o resumo da sua pesquisa.
6.2 Vamos ouvir ativamente a cano? (Samba de uma nota s, faixa n 13, CD 2).
Sobre o que fala a cano? Qual o estilo desta composio? O que a letra da
composio tem a ver com a sua estrutura musical? Como se inicia a msica? Quais so
os instrumentos utilizados para a sua gravao? Em relao ao canto: uma voz
masculina, feminina ou um grupo que est cantando. O canto unssono ou h
separao de vozes (contralto, soprano, baixo, tenor)?
6.3 Canto
Vamos cantar? Ento no se esquea de fazer exerccios respiratrios e vocais.
Para aquecer a voz se pode cantar cano conhecida de todos, como por exemplo, a
Minha Cano. Depois disso, pegue a sua partitura do Samba de uma nota s e
acompanhe a execuo do CD 2 gravado com instrumentos e voz, cantarole junto com a
gravao at voc aprender bem. Depois de aprendida a cano, cantar com o CD 3 base
(play back). Lembre-se de prestar ateno na regncia do professor.
6.4 Ritmo
Ouvindo a gravao instrumental, procure identificar as diferentes marcaes
rtmicas do baterista durante toda a msica. Ao ouvir a gravao tente se concentrar
somente na bateria. Conseguiu? Veja se voc consegue acompanhar o baterista batendo
com dois dedos da mo direita na palma da mo esquerda alguns motivos rtmicos.
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Figura 65 exerccios rtmicos para Samba de uma nota s
A Figura 65 sugere algumas marcaes rtmicas para serem executadas com a
msica Samba de uma nota s. O primeiro exemplo bem conhecido, trata-se do ritmo da
cano folclrica Samba lel. Experimente bater palmas em forma de concha, no ritmo do
samba lel durante a execuo do CD 2 instrumental de Samba de uma nota s.
Outro exemplo sugerido na Figura 65 bater palmas no primeiro, segundo, terceiro
e quarto tempos. A figura de nota a semnima (um tempo). O terceiro exemplo
repetio de colcheia e duas semicolcheias. Preste ateno na diviso de grupos, na
regncia do professor e mantenha a sua marcao rtmica.
6.5 Leitura musical
Preste ateno na posio da nota si bemol para tocar a introduo da msica Samba
de uma nota s (lembre-se de tampar o orifcio de trs da flauta):
Figura 66 nota l sustenido ou si bemol (sib)
A Figura 66, nos mostra que a frase quanta gente existe por a que fala, fala e no
diz nada ou quase nada. J me utilizei de toda a escala e no final no deu em nada, no
sobrou nada. se inicia no compasso nmero 26.
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Figura 67 refro de Samba de uma nota s
Tanto a letra como a melodia do refro (Figura 67) no constam na partitura Samba
de uma nota s, abaixo. Podemos tocar a flauta nesse momento e deixar para algum
aluno fazer o solo cantando. As notas sugeridas para se tocar no refro esto abaixo da
pauta, conforme observamos do compasso 26 at o compasso 33. As notas so: f, sol
(e/ou d), sol, l e si (e/ou sol). A Figura 67 serve tambm para indicar o tempo certo de
tocar as notas durante a execuo do refro.
Voc deve cantar e fixar bem esses trechos antes de execut-los na flauta.
6.6 Representao
Depois de aprendida a msica, cantada e tocada, vai ficar fcil se movimentar.
Durante a execuo da flauta com as notas sol e d experimente balanar o corpo no
ritmo do samba, possvel que voc consiga interpretar com maior naturalidade essa
msica. Ento observe a regncia do professor para iniciar a msica...
6.7 Execuo instrumental
Para executar o Samba de uma nota s, voc deve observar quatro trechos
principais: o momento de tocar a nota sol (eis aqui este sambinha, feito de uma nota s...
at base uma s); o momento de tocar a nota d4 (esta outra conseqncia do que
acabo de dizer); o momento de voltar para a nota sol (como sou a conseqncia inevitvel
de vo c encerra com a nota d4); o quarto momento o trecho que diz: quanta gente
existe a...) quando voc tocar notas longas conforme a Figura 67. Preste ateno na
regncia do professor e boa execuo!
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6.8 Improviso
Experimente escrever uma melodia na pauta abaixo para tocar durante a primeira
parte da cano Samba de uma nota s. Utilize as notas naturais (sol, l, si, d, r, mi e
f) e procure dar nfase nas notas sol e d. Utilize algumas pausas para poder respirar
entre uma frase e outra.
Veja o exemplo dos 4 primeiros compassos e utilize seus conhecimentos musicais
para criar suas frases. Depois de escrito na pauta, mostre para os seus colegas tocando
junto com o acompanhamento instrumental da gravao. Veja se algum colega quer tocar
o seu exerccio junto com voc.
Figura 68 exerccio de improviso para Samba de uma nota s
Depois de escrever algumas frases experimente tocar as notas naturais de maneira
livre, prestando ateno na pulsao da msica. Comece com frases curtas, tocando
notas longas e respire entre uma frase e outra. Gradativamente alterne notas longas com
notas curtas. No se preocupe em tocar muitas notas, afinal voc estar improvisando
sobre o tema: Samba de uma nota s.
.
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Tema 7: Minha cano
Figura 69 partitura Minha cano
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7.1 O contexto da cano
Pesquisa:
Pesquise e escolha um disco ou outra obra de Chico Buarque. Traga esse material
para a sala de aula e ajude a organizar uma exposio sobre esse artista brasileiro.
Comente sobre o que a crtica artstica pensava sobre o trabalho de Chico a partir da
dcada de 1960 at os dias de hoje.
7.2 Vamos ouvir ativamente a cano? (Minha Cano, faixa n 10, CD 2).
Quanto mais voc ouvir msica atentamente, mais informaes voc poder utilizar
para entender a composio e a sua mensagem. Nesse sentido, aproveite esse momento
dedicado audio da Minha Cano para perceber detalhes rtmicos, harmnicos,
vocais e instrumentais que antes voc no havia se dado conta.
7.3 Canto
Lembre-se que a sua voz instrumento musical que necessita cuidado! Procure
no cantar tenso. Para evitar a tenso vocal acompanhe as propostas de exerccios
respiratrios do professor. Procure cantar com leveza e suavemente. Faa bom proveito
do ar controlando a respirao. Esses exerccios preparatrios e permanentes devero ser
observados, igualmente, para tocar a flauta.
7.4 Ritmo
Depois de aprendido o canto, observe as orientaes do professor para fazer o
acompanhamento rtmico da Minha Cano. Voc poder estalar os dedos, bater
palmas, bater com as mos em partes do corpo. Procure sentir a pulsao da msica e
improvise ritmos diferenciados.
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7.5 Leitura musical
Minha Cano
Traduo e adaptao: Chico Buarque Msica: L. Enriquez
MINHA CANO
Trad. e Adapt. Chico Buarque
L. Enriquez
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Figura 70 notao
2.6 Os quatro primeiros compassos fazem parte:
( ) do canto; ( ) da introduo; ( ) do refro ou estribilho.
2.7 Onde se escreve o ttulo da msica?
( ) no centro; ( ) no canto superior direito; ( ) no canto superior esquerdo.
2.8 Onde se escreve o nome do autor da msica e da letra?
( ) no centro; ( ) no canto superior direito; ( ) no canto superior esquerdo.
2.9 Onde se escreve instruo e/ou observao a respeito da composio?
( ) no centro; ( ) no canto superior direito; ( ) no canto superior esquerdo.
2.10 De acordo com o que voc aprendeu sobre a notao musical, descreva o nome das
pausas e das notas musicais da introduo da Minha Cano:
Exemplo 1 compasso: pausa da colcheia, semnima, colcheia, semnima e semnima.
2 compasso: ___________________________________________________________
3 compasso: ___________________________________________________________
4 compasso: ___________________________________________________________
5 compasso: ___________________________________________________________
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Escreva o nome das notas musicais e a letra da Minha Cano de Chico Buarque
e Enriquez, exatamente embaixo da nota musical correspondente.
Figura 71 notao
A Minha cano utiliza as notas da escala diatnica de d maior, portanto antes de
toc-la vamos exercitar essa escala?
Figura 72 escala diatnica de d maior
Depois de aprendida a escala de d maior ascendente e descendente, experimente
cantar e depois tocar os quatro compassos da introduo (e finalizao). Observe que nos
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compassos vinte e trs e vinte e quatro voc deve optar entre duas melodias, a superior ou
a inferior. (veja como se toca a nota d# no item execuo instrumental).
MINHA CANO
Trad. e Adapt. Chico Buarque
L. Enriquez
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Figura 73 introduo de Minha cano
Sugere-se cantar e fixar bem esses trechos antes de execut-los na flauta.
7.6 Representao
Depois de aprendida a cano por meio do canto e da flauta doce, organizar grupos
para propor uma organizao cnica do grupo simulando apresentao pblica. Qual o
posicionamento do grupo? Todos em p, um atrs do outro? Alguns sentados no cho,
outros sentados em cadeiras? D asas imaginao e proponha suas idias. Voc gosta
de desenhar? Ento desenhe como seria o cenrio para a apresentao da Minha
Cano, apresente para o professor e para os colegas da turma.
7.7 Execuo instrumental
A Figura 74 mostra que a ltima nota musical da melodia superior da introduo a
nota d sustenido.
Figura 74 nota d4 sustenido
A posio d(4) sustenido igual ao l, no entanto deve-se destampar o orifcio da
parte de trs da flauta.
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7.8 Escala maior
Conforme vimos anteriormente a Minha cano utiliza a