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My Life in Second Life A minha vida no Second Life

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My life in Second Life has two facets, a recreational one and the other, academic, but both are related, so the people who approach only when I have fun are also able to help me understand how the avatars live on this virtual platform. My goal is to study the body and identity in the virtual world, to understand who the people behind the avatars are and their multiple identities in Second Life, but also realize if the decoupling of real and virtual body is done consciously or the real bodies themselves mix with those of their avatars. Thus, my fieldwork carried out almost daily, talking, observing, questioning, and living.

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  • 1. My Life in Second Life A minha vida no Second Life

2. 3. Second Life

  • O Second Life uma plataforma virtual, que muitos identificam com um jogo online, onde cada um tem de assumir a forma de um avatar e confraternizar com os outros. Na realidade no apenas mais um jogo, pois h quem o considere mesmo como uma segunda vida e tambm h quem o veja como uma continuao da sua vida real.

4. 5. Second Life

  • Aos que nunca experimentaram viver numa plataforma virtual, pode parecer estranha esta ideia de ter uma segunda vida ou de essa segunda vida ser o prolongamento da primeira, mas logo que se habituem ideia de poderem viver como avatares entendero a perspectiva dos que enaltecem o Second Life como o espao em que podem realmente viver a vida que gostariam de ter.

6. 7. Magia

  • Os novatos e os pesquisadores que apenas utilizam o SL como uma plataforma de trabalho, mantm um avatar bsico, com as mesmas roupas que j existiam no avatar que escolheram.Mas no Second Life podemos ser pequenos deuses, criar tudo o que est nossa volta, desde a paisagem s casas, desde os animais ao nosso prprio avatar.

8. 9. Magia

  • Para ter dinheiro, os avatares tm de trabalhar, o que pode significar apenas danar, servir num bar, ou ser hostess de um concerto ao vivo, mas o que continua a resultar so as lojas e confeces de roupa, de acessrios, de partes dos avatares, de scripts e gestures. Ser Dj ou cantor, mesmo que seja apenas em playback, uma profisso mais ao menos comum e promissora no Second Life, assim como ser padre ou fotgrafo.

10. 11. Magia

  • Muitos avatares consideram que o jogo comea na mudana continua de roupa e de aspecto, como se o avatar que escolheram para os representar fosse um boneco que podem vestir e arranjar diariamente, ou at mesmo modificar de um momento para o outro, transformando-o naquilo que desejam que ele seja.Apesar da inesgotvel imaginao de muitos dos criadores do Second Life, a maioria limita-se a imitar a vida real, nas lojas, nas casas, nas roupas, nos cabelos, nas modas.

12. 13. Magia

  • Voar de braos abertos, teleportar-se, andar horas debaixo de gua, fazer piruetas e duplos mortais no cu, fumar charutos do tamanho do prprio avatar, so aces que s se podem praticar no espao mgico do Second Life. E tambm s aqui se pode fazer uma aldeia minhota numa semana ou uma ilha alentejana em apenas um ms, juntando a praa principal de vora e o templo de Diana com a praia tradicional portuguesa, a antiga escola primria com a estao de caminho de ferro, o tpico coreto com a loja da aldeia.

14. 15. Magia

  • No Second Life continuam a encontrar-se locais completamente abandonados, como os de algumas universidades portuguesas e o espao da Portugal Telecom, que alberga Aveiro, a Barra e a Costa Nova. Mas como aparecem as ilhas e os lugares, tambm desaparecem num instante, como foi o caso da Avenida da Liberdade no Porto, da Igreja do Senhor da Pedra em Miramar, do castelo de Guimares, das salinas na Costa de Aveiro.

16. 17. Magia

  • Alentejo, Lisboa, Porto, Portucalis, Portugal Center, as Utopias, todos os locais tm algo que os identifique com a cultura portuguesa... E Portugal est razoavelmente bem representado no Second Life, nomeadamente em termos de arquitectura e at de tradies, com exposies de fotografias reais e de pinturas de paisagens portuguesas, ocasionalmente com msica ao vivo e lugares dedicados ao fado, com locais de venda ou usufruto de artefactos agrcolas e artesanais.

18. 19. Percursos

  • O mundo virtual no escapa sociedade de consumo, por isso h lojas por todo o lado e so raras as ilhas em que no se encontra nada para comprar. Como o artesanato no Second Life s existe na primeira pea que se faz, as restantes so apenas cpias, a que num minuto se pode modificar a cor e o formato, mantendo o preo da pea original. Por isso este tipo de comrcio to atractivo para todos os que aprendem as bases da criao de objectos virtuais.

20. 21. Percursos

  • Estes objectos podem ser obras de arte, podem ser utilizados apenas com fins estticos e estar expostos em museus, ou ento ser vendidos em galerias para admiradores entendidos ou para avatares que querem decorar os seus espaos privados sem terem de ser eles os prprios decoradores. Quem se dedicar apreciao de arte virtual, e at mesmo de arte real, pode perder infinitas horas no Second Life, procura de tudo aquilo que ainda no viu nem sentiu.

22. 23. Percursos

  • Entre as formas de arte disponveis no Second Life podemos salientar a arquitectura, a pintura, a escultura, a musica, o ballet, a pera e o teatro. Os problemas que podem surgir neste tipo de apresentaes relacionam-se com a utilizao da voz, com o lag provocado por um espao estar superlotado ou por os prprios avatares crasharem, inclusive devido a problemas de ligao internet.

24. 25. Percursos

  • H ilhas que tm principalmente uma funo cultural e acadmica, que se dedicam ou transmisso de variadas formas de arte, ou ento investigao, ao ensino distncia ou ao ensino online. Alguns professores leccionam nesta plataforma disciplinas de mestrado, mas o mesmo poderia ser feito com alunos dos cursos superiores ou mesmo do secundrio, visto que a partir deste ano os maiores de dezasseis anos j podem frequentar o Second Life.

26. 27. Percursos

  • O sexo tambm um grande negcio no Second Life, tanto pela variedade de utenslios disponveis, como pela variedade de oferta. Prostitutos, escravos, senhores, masoquistas, sdicos, todos podem experimentar ser quem quiserem, por dinheiro, por prazer ou apenas por curiosidade. Muitas vezes difcil detectar a motivao que impulsiona a preferncia pelo sexo virtual, normalmente justificada com a ausncia de consequncias reais nos encontros virtuais.

28. 29. Ocupaes

  • s segundas costumam ser os encontros de poesia, de um grupo virtual que tem a sua sede no facebook, mas que comeou por se encontrar no Second Life. No SL os encontros so usualmente em Portugal Center, no Minho, numa casa alugada para o efeito, onde esto expostos uma srie de artefactos agrcolas e artesanais. Esses encontros realizam-se de vez em quando no Alentejo ou em Portucalis, ilhas que tambm incentivam os eventos culturais.

30. 31. Ocupaes

  • As conversas s quartas surgiram na sequncia de apresentaes, de cariz acadmico ou mundano, realizadas no edifcio das Imagens da Cultura, em Portucalis. Como essas apresentaes implicavam usualmente uma conversa posterior, foi decidido prolongar a conversa, escolhendo para cada semana um tema diferente, de modo a que todos se sentissem vontade para participar.

32. 33. Ocupaes

  • Ultimamente as conversas deram lugar a aulas, sobre os mais diversos assuntos que possam interessar a um habitante do mundo virtual, nomeadamentesobre os princpios bsicos da construo e criao no Second Life. Tambm nas Imagens da Cultura h de vez em quando sesses para iniciantes, para os que esto pela primeira vez a entrar num mundo virtual e que no sabem o que fazer com o avatar.

34. 35. Ocupaes

  • Nos tempos livres dedico-me a explorar novas ilhas ou a visitar exposies, museus, assistir a peras, a ballet, a teatro. Para alm disso, h encontros mundiais a no perder, como Burning Life, ou o aniversrio do Second Life. Para quem prefere comunicar apenas em portugus, h todos os dias aulas sobre uma diversidade de temas, na Ilha da Ajuda, no Brasil.

36. 37. Ocupaes

  • Fora do Second Life, h muitos grupos que se criaram com base nas amizades estabelecidas na plataforma virtual, mas que na vida real assumem uma faceta mais tctil e visual. No sempre assim, pois muitos avatares no representam as pessoas que os criaram, por isso podem iludir facilmente quem estiver desprevenido e no se aperceber que o mundo do faz de conta no o real.

38. 39. Concluindo

  • O meu objectivo estudar o corpo e a identidade no mundo virtual, da que a minha vida no Second Life tenha duas facetas, uma ldica e outra acadmica, mas ambas se relacionam, pois as pessoas de quem me aproximo quando apenas me estou a divertir so tambm as que me ajudam a entender a forma como os avatares vivem nesta plataforma virtual.

40. 41. Concluindo

  • Assim, o meu trabalho de campo realiza-se quase diariamente, conversando, observando, questionando, vivendo, de modo a poder compreender quem so as pessoas por trs dos avatares e as suas vrias identidades no Second Life, mas tambm perceber se a dissociao entre o corpo real e o virtual realizada conscientemente ou se os corpos reais se confundem com os dos seus avatares.

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