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nº 122 Ano XVIII março/ abril 2015 Há 10 anos, o programa de educação à distância (EAd) do CIEE beneficia jovens de todo o país com cursos gratuitos.

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nº 122Ano XVIII março/ abril 2015

Há 10 anos, o programa de educação à distância (Ead) do CIEE beneficia jovens de todo o país com cursos gratuitos.

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5 Carta ao Leitor 6 Ponto de Partida 8 Entrevista12 Frases14 CIEE Social I16 CIEE Social II18 CAPA24 Expo26 Pesquisa28 Análise30 Gerais32 Educação36 Perfil38 Eventos42 Sobre Drogas44 Em Foco50 Agitação Cultural54 Outras Palavras57 Serviços CIEE58 Parcerias60 Leis & Serviços61 Rede65 Cartas66 Ponto Final

Divulgação Institucional 2 Aprendiz Legal 4 Metodista17 UMC23 Anhanguera25 Facebook31 Start35 FMU43 18ª Feira do Estudante

Expo CIEE 2015 47 Insper51 Unicsul53 Diálogo Nacional56 AASP67 Conta Universitária Bradesco68 CIEE, estudantes,

estagiários e aprendizes

nº 122 Ano XVIII março/abril 2015

ENTREVISTACarlos Bertholdi, presidente da Avaya, dá dicas para construção de carreira.

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EDUCAÇÃOCenário preocupante do ensino brasileiro.

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REDE & SERVIÇOS CIEEPontos de atendimento, vantagens para parceiros, programas sociais e muito mais.

61 a 64

AGITAÇÃO CULTURAL

Cem anos da morte de um heterônimo de Fernando Pessoa.

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CAPADez anos de EaD: programa social do CIEE de alcance nacional.

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Sumário

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Luiz Gonzaga BertelliPresidente do Conselho de

Administração do CIEE

A humanidade aprendeu, ao longo da história, que compartilhar conhecimento é um passo indispensável em direção à evolução da espécie. E mais: toda tecno-

logia de comunicação pode ser transformada em um vetor de informação. Muito se engana quem pensa que a educação à distância nasceu com o advento da internet. Quem, acima dos 50 anos de idade, não se lembra do Instituto Universal Brasileiro, com seus cursos por correspondência, ou dos Telecursos transmitidos até hoje pela Rede Globo e TV Cultura de São Paulo?

Entretanto, nenhum outro meio de comunicação interligou tantas pessoas ao re-dor do globo, vencendo barreiras geográficas – e não raramente, políticas, econômi-cas e religiosas, como a web. Há 10 anos, o CIEE – como sempre atento às inovações que beneficiam os estudantes e os parceiros – estendia ao ambiente digital as oficinas e cursos de capacitação presencial que desenvolveu e aprimorou ao longo dos anos. A reportagem de capa resgata um pouco dessa história, para mostrar que não apenas os jovens, público alvo da missão assistencial do CIEE, valorizam essa iniciativa, mas também os gestores reconhecem a importância de disseminar ensinamentos sobre posturas e de competências que são fundamentos do bom desempenho profissional e alicerces para a construção de sólidas carreiras.

A educação à distância (EaD) é um dos caminhos para um país em busca da redução das desigualdades econômicas e de melhores condições para a inclusão social. Pois só com acesso a educação de melhor qualidade e a capacitação prática vinculada com o mundo do trabalho os jovens menos favorecidos poderão concorrer a postos no mercado de trabalho em condições de igualdade, independen-temente da escola em que estão se formando. As pla-taformas digitais de ensino – como os programas de estágio e de aprendizagem que o CIEE promove há décadas – são mais uma contribuição para quebrar o ciclo vicioso da exclusão social e cidadã motivada pela falta de qualificação profissional.

Carta ao Leitor

Jeff

Dias

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Ponto de Partida

A juventude de hoje não quer nada com nada... Apesar de comuns, frases como essa serão verdadeiras? A histó-ria de Alinny Felix da Silva mostra que, quando se dá oportunidade, muitos jovens se tornam protagonistas

de suas histórias e correm em direção a um futuro promissor. Aos 17 anos, essa jovem moradora da zona rural de Areia, no interior da Paraíba, é uma das calouras do curso de administração de empresas da Universidade Estadual de Campina Grande. “Também fui aprovada na Universidade Federal de Campina Grande, mas como o curso é em período integral, optei pela Estadual, pois quero estagiar”, planeja.

Aos 14 anos, Alinny foi ingressou como aprendiz na Caixa e já chamou a atenção pela dedicação. “Ela não faltava e tirava boas notas na escola, e repetia esse comportamento nas aulas teóricas ministradas pelo CIEE como parte do programa de aprendizagem da Caixa”, conta a instrutora Cristiene Cordeiro. Esse é apenas um diferencial de Alinny, que transforma dificuldades em oportunidades. A capacitação era realizada em Campina Grande, que fica a uma hora de ônibus de Areia, o que poderia ser um empecilho para muitos, mas não para ela. “Só tenho a agradecer, pois minha instrutora me ensinou que, com dedicação, posso chegar aonde quiser, me ajudou a ser autoconfiante e elevou minha autoestima”, conta a jovem.

Decidida a tirar uma boa nota no Enem de 2014, principalmente na redação, Alinny se matriculou em um curso à distância de preparação para o vestibular. Mas para estudar a que horas, se trabalhava de dia e frequentava o ensino médio à noite? “De madrugada”, responde a mãe, Maria das Dores Felix Leal, que não se conformava com as noites de sono perdidas pela filha. “Ela respondia que dormir é para os fracos.” Temendo que a filha se frustrasse, tentava dissuadi-la de buscar tantas coisas ao mesmo tempo. Mas não adiantava, ela projetava cada passo de seu futuro, colando na parede figuras e frases alusivas às suas aspirações. A mãe até dizia, sem sucesso, que ela nem tem tama-nho para tantos objetivos. Pequena na estatura, a jovem tirou 900 pontos no Enem, numa escala que vai até mil – e numa prova em que mais de 500 mil candidatos zeraram. Além disso, venceu um concurso de redação promovido pela Universidade Federal de Campina Grande. Alinny se orgulha de cada uma das conquistas: o smartphone, o computador, as roupas e a scooter (está só aguardando chegar a maioridade para tirar carta e usar), comprados com economias do salário da aprendizagem. Questionada se está feliz com os sonhos já realizados, a jovem rebate “Ainda têm muitos por vir. O próximo é me preparar para passar em um concurso público da Caixa, pois foi muito bom atuar lá e descobrir minha paixão pelo setor bancário”.

900 PontoS no Enem

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Primeiras liçõeS

E m 1996, o CIEE estava começando a testar a internet como forma de levar seus serviços para a residência dos

estudantes, mas Fabiano Benedetti não chegou a tempo. Ele estava no segundo ano de propaganda e marketing, quando veio à sede do CIEE em São Paulo para procurar uma vaga de estágio. Depois do cadastro logo foi chamado, criando uma corrente de contratações que só terminou ao fim da gradua-ção. Passou por uma empresa pequena, por uma indústria de plástico e pelo Grupo Estado, “onde mais aprendi”. Ainda hoje ele se lembra de quando precisou produzir o visual de uma mala direta e, depois, descobriu que teria de se encarregar também da montagem dos 5 mil impressos. “Na hora, a tare-fa pareceu uma espécie de castigo, mas hoje percebo o valor daquela experiência: não se pode desprezar trabalho algum, pois todos são igualmente importantes na cadeia de produ-ção”, diz. Benedetti não pôde ser efetivado, mas não demorou a conquistar seu primeiro emprego formal como analista de marketing na Avon. Hoje, o ex-estagiário é gerente do depar-tamento de marketing e comunicação da Associação Paulista de Supermercados (APAS), que congrega 1,3 mil associados, somando cerca de 3 mil lojas.

Aprendiz nº 1.500

O CIEE Campinas, no interior paulista, ultrapassou a marca de 1,5 mil jovens beneficiados com oportunidade de aprendi-

zagem profissional em 445 empresas parceiras. O aprendiz 1.500 é Gabriel Murilo Borges, 17 anos, contratado para atuar na área con-tábil da Aeroportos Brasil Viracopos. “Quero adquirir experiência profissional e ser efetivado”, confessa Gabriel, terceiranista na Etec Bento Quirino, apostando firme no seu primeiro contato com o mundo do trabalho. “Na primeira aula tive noções de planejamen-to, que servirão tanto para meu trabalho na empresa quanto na minha vida pessoal”, destaca, apontando outro diferencial do pro-grama, voltado também ao desenvolvimento pessoal e cidadão dos jovens. Com o salário, pretende financiar um curso em engenharia de redes e crescer profissionalmente na cidade reconhecida como um dos maiores polos de pesquisa e desenvolvimento do país. Gabriel reforça o time de 39 jovens do Aprendiz Legal mantidos atualmente pela empresa que administra o aeroporto internacional de Viracopos.

Divulgação

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J aneiro de 2015 foi realmente interessante para Carlos Bertholdi. No dia 1º, ele assumiu a pre-

sidência da Avaya Brasil – empresa global de soluções para comunicações, uma das líderes mundiais em so-luções para contact center – e, no dia 30, comemo-rou seu aniversário. Com 25 anos de experiência no segmento de tecnologia da informação (TI), 14 dos quais ocupando diversas funções na Avaya e atuação em diversos países, tem entre suas metas expandir o portfólio de produtos, revigorar e expandir as alianças estratégicas, aumentar as vendas das linhas de serviço e avançar regionalmente.

O desafio não assusta esse paranaense poliglota que, embora tenha convivido na carreira com pessoas, culturas e idiomas de diferentes países, ainda mantém um pouco do sotaque de sua terra natal. Durante sua graduação em engenharia elétrica realizou, por inter-médio do CIEE, um estágio que lhe rendeu a efetiva-ção na Siemens – oportunidade que, até hoje, indi-ca como ótima porta de entrada para estudantes no mercado de trabalho e uma ferramenta singular para empresas formarem futuros talentos. Em entrevista exclusiva a Agitação, dá dicas sobre construção de carreiras de sucesso e enfatiza a importância da busca contínua pelo conhecimento.

“É preciso unir cada vez mais o

tripé do saber e do fazer: escola,

estudante e empresa.”

Carlos Bertholdi, presidente da Avaya BrasilFo

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Entrevista

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Quando a Avaya começou a parceria com CIEE em programas de estágio?

A parceria com o CIEE começou em 2002 nos programas de estágio. Anterior a isso, já éramos fornecedores da entida-de, antes mesmo da spin off (em inglês, empresa que nasce a partir de um grupo de pesquisa de uma empresa-mãe) da Lucent. Atualmente, fornecemos o sistema de telefonia, de call center e novas soluções que estão em processo de con-tratação, como sistemas de gravação, e estamos estudando o fornecimento soluções em educação. Contamos com 12 estagiários nas áreas de engenharia e de administração, inse-ridos no programa global da Avaya que visa à formação dos novos líderes. Esses jovens são colocados à prova, passando por várias áreas estratégicas. Nosso percentual de efetivação é superior a 50%, já que consideramos estágio estratégico para formação dos futuros talentos para a empresa.

Conte sobre sua carreira ascendente até chegar à presidência da Avaya Brasil e a importância do estágio em sua formação profissional?

Iniciei minha carreira como estagiário encaminhado pelo CIEE à Siemens. Lá comecei a me profissionalizar de fato, tendo sido efetivado após o término do contrato. Você tem a base na universidade, mas a profissionalização realmente ocorre na empresa, onde pode interagir com profissionais, com processos, enfim, com a prática. Nessa época, tive a oportunidade de desenvolver vários produtos, que foram introduzidos no mercado com sucesso. Isso ocorreu, justa-mente quando houve a desregulamentação da área de teleco-municações no Brasil, associada a uma reserva de mercado, que previa que alguns produtos deveriam ser produzidos no país. Nesse período, a Siemens mantinha um centro de desenvolvimento em Curitiba, onde eu atuava. A dedicação e determinação de fazer produtos de ponta no Brasil para o mercado internacional me renderam a oportunidade de morar na Alemanha, em Munique, aos 26 anos. Lá, interagi com cientistas de ponta, aperfeiçoei meu lado técnico como engenheiro e conheci todo o processo de introdução de no-vos produtos naquele mercado.

E na volta ao Brasil?Quando voltei, aprimoramos o centro e ampliamos a ofer-

ta de produtos desenvolvidos para exportação. O início da minha carreira foi enriquecedor na aquisição de conheci-mentos voltados à criação e à prática da engenharia. Nesse sentido, o valor do estágio e do CIEE foram enormes, pois tudo começou ali. Tempos depois, a Lucent me chamou para trabalhar na área de engenharia de sistemas, o que foi muito interessante para fazer um paralelo sobre como os alemães

(da Siemens) e os americanos desenvolvem produtos, que embora parecidos, utilizam processos distintos. Nesse perío-do, comecei a ter maior interação com os clientes, o que fe-chou um looping, uma base do meu processo de aprendizado e crescimento, que foi descobrir de onde vinham as bases e as especificações das demandas de mercado, como se define o que será desenvolvido, como fazer adaptações para cada um dos mercados do mundo.

O senhor atua em um setor altamente especializado. No começo da carreira buscou a especialização, mas teve de ampliar o leque de habilidades para atuar como gestor. Como unir a necessidade de especialização com a erudição necessária para gerir uma empresa?

A questão passa pela construção da carreira. Tive a feli-cidade de começar minha atuação profissional exercitando muito a engenharia, interagindo com desenvolvedores do mundo inteiro e incrementando meu conhecimento técni-co. Na sequência, busquei ampliar minha visão, pois estava muito focado em telecomunicações. Após concluir o curso de especialização em telecomunicações, fiz mestrado em informática aplicada, que abriu um pouco mais minha es-fera de conhecimento. Isso culminou com meu ingresso na Lucent, para atuar com análises de requisitos e coisas ligadas à engenharia de softwares. Aí fui conduzindo minha carreira de acordo com as oportunidades que surgiam, buscando co-nhecimentos específicos sobre os diferentes setores em que atuei. Quando eu estava na área técnica, busquei o máximo de conhecimentos técnicos possíveis, quando fui para área de serviços fui buscar um MBA, para novamente aliar teoria com a prática. Com isso, meu ingresso como gestor foi um processo gradual. Vim para São Paulo em 2008, para assu-mir a diretoria de serviços da Avaya São Paulo, logo depois fui alçado para assumir também para o Brasil e Cone Sul. Esse momento foi interessante, pois um pouco antes eu ha-via começado a estudar o espanhol e tive oportunidade de aplicar esse aprendizado.

“O estágio é estratégico para

o futuro da Avaya, tanto que os

jovens estão em um programa

global da empresa, que visa à

formação dos novos líderes”

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“O acesso à informação

evoluiu muito, mas o que

não evoluiu na mesma

velocidade foi a habilidade

de decidir o que fazer com

tal volume de dados”

Entrevista

Que lições o senhor traz dessa rica trajetória?O importante é desenhar sua carreira. Quando fui para

Alemanha, lá atrás, eu já tinha estudado três anos de alemão. É preciso enxergar para onde a carreira está indo e se pre-parar para isso. Quando fiz alemão, já visualizava que, por atuar em uma empresa alemã, poderia trabalhar naquele país. Quando aprendi espanhol, já vislumbrava que poderia ter de atuar em países da América do Sul. Quando surgiu a oportunidade de assumir a presidência da Avaya Brasil, olhei para trás, para o que havia feito e percebi: “agora é o momento”. Verifiquei que tinha passado por diversas áreas e buscado o conhecimento necessário para atuar bem em cada uma e estava pronto para o desafio. Fui construindo minha carreira sempre agregando algo.

Dessas lições, que dicas extrairia para orientar os futuros profissionais?

É importante que o jovem esteja sempre atualizado, pois passará por diferentes situações o tempo todo, e a formação continuada lhe dará ferramentas para lidar com as mudan-ças da maneira mais profissional possível. Não é incomum, em dadas circunstâncias, que eu busque estratégias que aprendi no inicio da carreira e em outros conhecimentos recém-adquiridos. O repertório obtido na formação conti-nuada ajudará tanto tecnicamente como atitudinalmente, gerando melhora na comunicação e no relacionamento in-terpessoal, que são habilidades muito caras quando se atua numa empresa global.

Quais foram as mudanças mais significativas vivenciadas em seus 25 anos de sucesso e a quais mudanças para as quais o futuro profissional deve atentar para o próximo quarto de século?

Penso que um dos pontos mais significativos é crescente disponibilização de conteúdos. Lembro que há 25 anos não existia a internet e, quando se buscavam informações sobre circuitos integrados ou sistemas diferenciados, era preci-so recorrer ao manual para descobrir como o componente funcionava. Claro que o acesso mais fácil à informação foi uma revolução e uma grande mudança. Hoje, as crianças já nascem teclando o celular e encontrando dados por elas mesmas. O acesso à informação avançou muito, mas o que não evoluiu na mesma velocidade foi a habilidade de utilizar tantos dados, de saber o que é relevante e o que não é. Penso que esse será o grande desafio no futuro. Hoje, um estagiário na Avaya tem acesso a praticamente os mesmos dados que os altos executivos. Agora, como transformar esses dados em informações, como interpretá-los e utilizá-los da melhor forma fará toda a diferença. Sendo assim, creio nos próxi-mos anos um dos desafios dos jovens será filtrar os dados obtidos com extrema facilidade, entendê-los e transformá--los em matéria prima para execução de bons trabalhos.

Sem domínio de outros idiomas, quais as chances de o jovem ampliar oportunidades de progressos em empresas do porte da Avaya?

Em empresas internacionalizadas e globalizadas, as chan-ces são muito limitadas. Conheço excelentes profissionais que não falam outros idiomas e têm relativo sucesso no que fazem, mas estão limitados com relação a crescimento na carreira, pois hoje se precisa estar em contato com o mundo inteiro. Resumindo: podem dar certo? Podem, mas a carrei-ra estará limitada, em um mundo cada vez mais globalizado.

Para ingressar na Avaya, é mais importante ter conhecimento técnico, acadêmico ou o atitudinal?

Essa análise é feita a partir os requisitos da função. Para algu-mas vagas, o conhecimento técnico é fundamental, enquanto para outras predomina a questão comportamental. Para isso, mantemos um processo de entrevistas que visa identificar os melhores quadros para cada função. Nos dois casos, entretan-to, é importante que o candidato entenda o cargo, para saber se se adaptará a ele, lembrando que as entrevistas de seleção são uma via de mão dupla, para permitir também ao candi-dato conhecer a função e a cultura da empresa.

Os jovens das gerações Y e Z chegam às empresas ansiosos para alcançar rapidamente altos cargos e, caso se frustrem, muitos bus-cam outros empregos. Esse é um problema e como lidar com ele?

É difícil falar sobre uma geração quando não se faz parte dela, pois o contexto e o cenário em que ela foi criada são outros. De qualquer forma, penso que a nova geração é com-posta por pessoas muito mais esclarecidas – sei que é um clichê, mas o mundo realmente ficou menor. Os jovens via-jam mais, fazem mais intercâmbio e, para aqueles que não podem fazer isso, a internet abre um mundo novo. Assim, conseguem enxergar mais longe. Só que não é por enxergar mais longe que seja mais fácil chegar mais longe. Talvez o esforço para isso seja hoje maior, pois a competitividade está

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ou excelente amanhã, depois de amanhã já não será mais. Portanto, a questão da milha a mais é a busca pela excelência e isso deve acontecer no dia a dia.

O senhor tem apontado, ao falar sobre soluções tecnológicas da Avaya, que a recuperação da economia do país deve passar, obrigatoriamente, pela melhora da produtividade e da competitividade dos setores. Apenas o avanço tecnológico das empresas basta para vencer os problemas?

Não. A produtividade no Brasil depende, entre outros pon-tos, da infraestrutura. O modal brasileiro é muito precário; as rodovias não são boas e o transporte de produtos é feito prioritariamente por caminhões. Boa parte da safra se perde nas estradas. Em termos de logística, temos um grande cami-nho a seguir, o que depende de investimentos, tanto públicos quanto privados. Penso que o básico para haver ganho de produtividade está aí. Outro ponto é a carga tributária. Países como Colômbia ou Peru, com PIB menor que o brasileiro, têm tributos e leis trabalhistas mais realistas com relação mo-mento pelo qual o mundo passa. Já aqui temos uma carga tributária pesada e confusa. A questão não se resume aos im-postos que pagamos, mas estende-se ao retorno desses recur-sos, que é baixíssimo. Assim, a melhora da produtividade vai muito além do uso de tecnologias voltadas a esse fim.

Muitos economistas afirmam que o Brasil vive uma crise econômica. Qual a importância de formar futuros talentos hoje, para não haver falta de mão de obra qualificada na retomada do crescimento?

Isso é estratégico. Formar capital humano qualificado é muito importante tanto em crises, como em fases de cresci-mento. Basta observar o exemplo de países como a Coreia do Sul, que enfrentaram momentos de crise juntamente com o Brasil, e averiguar o que eles fizeram e o que nós deixamos de fazer. Isso passa pela educação e por desenvolvimento do capital humano. Com relação à crise, o processo é cíclico e sempre foi. A questão é o tamanho de cada ciclo. O que acon-teceu, por exemplo, em 2010, com grande expansão do PIB, foi ocasionado pela conjuntura da época, não foi um cresci-mento consistente. O preço das commodities estava extrema-mente alto, o Brasil com safra recorde e o mundo inteiro com uma taxa de juros seguindo no caminho contrário. O país vinha em um caminho de redução da taxa de juros, que era significativamente alta, de desoneraração de alguns setores para aumentar o consumo interno, mas tudo foi temporário. Consistência em longo prazo teria sido investir em educação, capital humano, infraestrutura, além de repensar a carga tri-butária. O grande desafio é fazer isso em um país com a di-mensão do Brasil.

Roberto Mattus

mais acirrada, com mais pessoas preparadas. O grande desa-fio para os jovens é controlar a ansiedade e planejar o futuro, pois ninguém chega a lugar algum sem planejamento e isso leva tempo. É como a borboleta que, se sair do casulo antes de terminar de se formar, não voará.

O escritor norte-americano Napoleon Hill cita a importância de se correr a milha mais, referindo-se a entregar mais do que é pedido. Qual a importância do comprometimento na construção de uma carreira de sucesso?

Correr a milha a mais é importante, mas mais ainda é en-tregar aquilo com que você se comprometeu. A questão é que, às vezes, é preciso trabalhar por mais horas ou nos finais de semana. No último feriado, trabalhei em pleno domingo de Páscoa. Estava na mesa com minha família e informei que teria que sair, pois tinha uma conferência telefônica marca-da pela empresa. Indignados, perguntaram ‘quem foi o louco que agendou uma call no domingo de Páscoa?’. Respondi: ‘fui eu’. Era o que tinha de fazer naquele momento para entregar o resultado com que havia me comprometido. Hoje, se você não entrega resultado, o mercado é implacável, pois alguém vai entregar. A questão do ir além está alinhada, em minha opinião, à busca pela excelência, porque o que é bom hoje

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Frases

“Um problema que os tucanos apontam muito, com razão, é o despreparo da mão de obra. Os programas sociais (do governo) são bons, mas muitas pessoas entraram em uma zona de conforto, em vez de se prepararem para serem melhores trabalhadores. A saída é associar os programas sociais fortemente com educação, com treinamento da mão de obra. Claro que tem o Pronatec, tem programas bons, mas é preciso expandi-los.”

Renato Janine Ribeiro,

filósofo e novo ministro da

Educação(Brasileiros, ed. março/2015)

“A primeira competência essencial para uma carreira consolidada é ter uma postura de aprendiz; devemos sempre

acreditar que podemos aprender sempre com os outros, buscando evoluir constantemente como pessoas.”

Sérgio Chaia, vice-presidente e diretor geral para o Brasil e

América Latina&Caribe da Symantec e autor do livro Será que é possível (Gestão RH ed. 120)

“Para vencer a letargia do pessimismo, precisamos de pessoas inteiras, exuberantes em todas as carreiras. O pessimismo é uma anestesia, que nos paralisa em todas as dimensões. O antídoto é o ato de reagir, contabilizar as obras feiras e não lamúrias e reclamações.”

Luiz Carlos Cabrera, professor da FGV e diretor da

Amrop Panelli Mota Cabrera (Você S/A, ed. 201)

“Não há complô da mídia (contra a presidente Dilma Rousseff e a democracia). O complô é de quem quer restringir a liberdade de imprensa.”

Walcyr Carrasco, jornalista,

autor de livros, peças teatrais e

novelas de tv (Época, ed. 872)

“Liberdade de expressão e liberdade de imprensa são, sobretudo, o exercício do direito de ter opiniões, do direito de criticar e de apoiar, tanto políticas quanto governos. É liberdade, também, de ir às ruas reivindicar direitos ou simplesmente protestar.”

Dilma Rousseff, na posse de Edinho Silva,

novo ministro-chefe da Secretaria da Comunicação Social

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“O estágio não é modalidade de emprego, mas de trabalho, em que prevalece a característica de formação profissional. A educação é um direito de todos e dever do Estado e da família. É promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (art.205 da Constituição).”

Desembargador Sérgio Pinto Martins,

do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP), no livro

Estágio e relação de emprego (Ed. Atlas)

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“A política industrial não pode ter um pacto com a ineficiência. O protecionismo não deve ser nosso objetivo.”

Armando Monteiro, ministro

do Desenvolvimento,

Indústria e Comércio Exterior

(Exame, ed. 1085)

“O dinheiro não é só facilmente dobrável como dobra facilmente qualquer um.”

Millôr Fernandes

(1923-2012), desenhista,

humorista, escritor e jornalista

“A corrupção dos governantes quase sempre começa com a corrupção dos seus princípios.”

Montesquieu (1689-1755),

filósofo, escritor e político francês

SOBRE A CORRUPÇÃO

“A gente dá o osso maior do que o cara pode roer e vê se ele consegue roer. Isso deixa o jovem animado. Jovem é idealista pra burro. Então, é fácil vender nosso sonho. Só temos que entregar o que a gente vendeu, senão ele vai embora.”

Marcel Telles, sócio do 3G Capital (dono do Burger King, da

Heinz e da AB InBev, controladora da Ambev), em entrevista a Roberto

Setúbal, presidente da holding Itaú-Unibanco (Época Negócios, ed. 97) Cynt

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Cursinho pré-vestibular gratuito dá a jovens da periferia igualdade de condições para disputar vagas nas melhores faculdades.

CIEE Social I

Em 2015, um resultado para comemorar: 189 alunos do cursinho pré-vestibular apoiado pelo CIEE hoje fazem parte das turmas de

calouros de universidades públicas e particulares. O número expressivo comprova que esse programa filantrópico, desenvolvido há pouco mais de dois anos, vem atingindo os resultados esperados. Promovido pelo CIEE em parceria com a Comunidade Kolping, o cursinho proporciona a jo-vens de baixa renda ou em situação de vulnerabilidade social nas zonas Leste e Sul da capital paulista, a oportunidade de disputar, em igualdade de condições, as melhores vagas nos vestibulares para universidades pú-blicas e particulares.

“Estatísticas conhecidas mostram as fragilidades do sistema de ensino brasileiro, indicando que jovens da periferia não conseguem entrar em universidades públicas, e o cursinho vem preencher essa lacuna”, destaca Antônio Luiz Marchioni. Conhecido como padre Ticão, pároco da Igreja São Francisco de Assis e referência num amplo leque de ações sociais rea-lizadas na região, ele destaca: “O CIEE é parceiro nessa caminhada para motivar os jovens a crescer, a encontrar um caminho na vida”.

Bianca Santos, 19 anos, está na lista dos 189 estudantes que ingressa-ram na tão sonhada graduação e estão construindo esse caminho. Ciente da acirrada disputa por uma vaga em universidade pública, co-meçou a se preparar há alguns anos. Determinada, frequentou durante 18 meses o polo do cursinho no bairro de Ermelino Matarazzo, como reforço aos estudos que realizava sozi-nha em casa. “Eu estudava bastante, em torno de quatro horas e meia por dia, mas resolvi fazer o cursinho para me ajudar nas disciplinas em que tinha mais dúvidas, e gostei muito”, avalia. Bianca prestou vestibular para biomedicina e ciências do mar em três instituições de ensino públicas. Emplacou na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), para estudar no campus de Santos, litoral paulista. “Sempre gostei de biologia e buscava fazer algo nessa área”, diz a jovem, que se mudou para uma república de estudantes para

Bianca Santos, aprovada na Unifesp:

“Fiz o cursinho para me ajudar nas disciplinas

em que tinha mais dúvidas e gostei muito.”

Padre Ticão: “O CIEE é parceiro nessa caminhada

para motivar os jovens a crescer,

a encontrar um caminho

na vida.”

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• ArthurAlvim• ErmelinoMatarazzo• Cangaíba• Itaquaquecetuba• Itaquera

facilitar o acesso à faculdade. Com a mente pululando de ideias, já tem planos para um futuro próximo. “Quem sabe concorrer a uma bolsa de iniciação científica?”. Por que não?

Com a experiência de quem frequentou o cursinho durante um ano, de olho no vestibular para educação física, Davi Molgori Pinheiro, 17 anos, afirma que “as aulas são bem dinâmicas e despertam o interesse do aluno para se aprofundar nos conteúdos” – meta, aliás, que deveria ser – mas quase nunca é – um dos focos das escolas. Conseguiu classificação em três instituições e optou pela Universidade de São Paulo (USP), que é pública e a melhor do Brasil nos rankings nacionais e internacionais. Na nova etapa dos estudos, Davi visa um duplo objetivo: melhorar sua performance, pois está se preparando para um campeonato de fitness, e fazer carreira na área. “Quero montar uma academia e, também, ajudar na reabilitação física de pessoas sem condições financeiras.”

Para Almir Peres, presidente da Comunidade Kolping Nossa Senhora das Graças do Jardim Belém, a parceria com o CIEE coleciona conquis-tas importantes. O projeto começou em 2012, na Zona Leste da capital paulista, região de alta densidade demográfica com áreas extremamente carentes, em quatro núcleos, instalados em centros comunitários, es-colas e igrejas, com a oferta inicial de 500 vagas. “Em 2014, passamos a oferecer mil vagas, espalhadas por nove núcleos, dois deles na Zona Sul, também com áreas de grande vulnerabilidade”, conta. Nesses anos, 3 mil jovens se matricularam e, desses, quase 500 foram aprovados em vestibulares.

Nos bairros de Artur Alvim, Cangaíba, Ermelino Matarazzo, Itaquera, São Miguel Paulista, Jardim Ângela, Jardim Jacira e Ponte Rasa, além do município vizinho de Itaquaquecetuba. A programação inclui currículo exigido pelos vestibulares, reforçado por atividades voltadas a emprega-bilidade, orientação profissional e cidadania.

Elizabeth da Conceição

AulAs grAtuitAs em nove polos

Comoapoiodeprofessoresvoluntários,asaulasdocur-sinhopré-vestibularsãoministradasdesegundaasexta-feira,ànoite,eaossábados,das8hàs14h30(paraalu-noscomproblemadehorário),emnovepolosespalhadospelas zonasLesteeSuldacapital paulista.Asaulasdocursinhosãoministradasporprofessoresvoluntários.

• JardimÂngela• JardimHelena (SãoMiguelPaulista)• PonteRasa• JardimJacira

Informações:(11)2547-2970.

Davi Molgori Pinheiro, aprovado na USP: “As aulas são dinâmicas e

despertam interesse no aluno para se aprofundar nos conteúdos.”

JeffDias

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A ssociado aos programas de estágio e de apren-dizagem que oferece e aos diversos serviços

gratuitos que disponibiliza para os jovens, o CIEE tem firmado parcerias com Ongs, órgãos públicos e entidades assistenciais, com o intuito de ampliar o volume de pessoas beneficiadas. O apoio é dado de diversas maneiras, por vezes subsidiando bolsas-au-xílio de estagiários mantidos pelas entidades do 3º Setor, outras vezes ofertando cursos de alfabetização e capacitação para o mercado de trabalho. São 28 enti-dades apoiadas. “Essa é mais uma forma de desempe-nhar nosso papel social e filantrópico, e colaborarmos para o desenvolvimento da cidadania de pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social”, afirma Luiz Gonzaga Bertelli, presidente do Conselho de Administração do CIEE.

Um dos exemplos é a parceria mantida com a Missão Paz, que acolhe imigrantes  e refugia-dos. Nessa ação, o CIEE oferece cursos de língua portuguesa, alfabetização e suplência, bem como

oficinas de capacitação para o mercado de trabalho. “São pessoas que chegam fragilizadas de outros países, sem nem falar o português. Graças ao apoio do CIEE, conseguimos capacitá-los para comunicação no Brasil, oferecer estudo for-mal e encaminhá-los para oportunidades de trabalho”, conta Josicleide Souza, assistente social da Missão Paz. Além dos cursos, o CIEE oferece auxílio transporte, lanche, material di-dático e uniforme aos participantes.

Em outra inciativa, o CIEE e a Prefeitura de São Paulo ofe-recem a moradores de rua cursos de capacitação, visando à

Ao unir esforços com outras entidades do 3º Setor, o CIEE potencializa

o número de beneficiados com ações sociais voltadas

à inclusão e resgate da cidadania de pessoas em situação de vulnerabilidade.

CIEE Social II

Refugiados estrangeiros: contato com o idioma

é o primeiro passo para a inclusão social.

Após o treinamento, moradores de rua saem aptos a encarar processos seletivos

para oportunidades de trabalho.

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pArCeriAs: somAr pArA multipliCAr 1 AldeiasInfantisSOS 2 ArsenaldaEsperança 3 AssociaçãoBeneficente MadreMariaCamila 4 Associação BeneficenteVooLivre 5 AssociaçãodeOrientaçãoe AssistênciaMissionários daPrevenção 6 AssociaçãoRecreativa dasVilasUnidas(Arevu) 7 CáritasArquidiocesana 8 CasaAssistencial MariaHelenaPaulina 9 ClubedasAbelhas 10 ComunidadeKolpingde ErmelinoMatarazzo 11 CrecheIzabel/CentroEspírita JosefaOlímpiadeOliveira 12 DiocesedeSantoAmaro 13 FundaçãoDorinaNowill paraCegos 14 GrupoCulturalAfroReggae 15 IgrejaSãoFranciscodeAssis 16 InstitutoSeToque 17 MissãoPaz 18 ParóquiaN.S. PerpétuoSocorro 19 SantaCasadeSãoPaulo 20 Sesi/ViraVida

inserção ou retorno ao mercado de trabalho. De acordo com o prefeito Fernando Haddad, “a participação de organizações não governamen-tais amplia na oferta de oportuni-dades de acesso à educação e ao trabalho, a exemplo do que fazem o sistema S e o CIEE, fortes parceiros na operacionalização do Programa de Formação Complementar para Inserção de Pessoas em Situação de Rua”. Enquanto o Senai oferece trei-namento prático em diversas áreas de atuação, o CIEE oferece cursos e oficinas gratuitas de capacitação complementar a grupos de mora-dores de rua que são triados pela prefeitura que, posteriormente, os encaminha para oportunidades de emprego.

Em outra parceria, o CIEE dá con-dições de reinserção social a detentos em regime semiaberto, beneficiados pela progressão de pena. Eles são au-xiliados a se preparar para o ingresso no mundo do trabalho, com cur-sos de capacitação ministrados pelo CIEE. O projeto-piloto beneficiou 23 detentos recolhidos no anexo da Penitenciária José Parada Neto, em Guarulhos/SP. Essa parceria é realiza-da com o programa Segunda Chance, do Grupo Cultural AfroReggae, refe-rência na reinserção de egressos no mercado de trabalho.

Não menos importante, o CIEE colabora também com um cursinho pré-vestibular para jovens carentes de São Paulo, numa importante iniciati-va (ver pág. 14).

Segunda chance: preparação para o mercado de trabalho beneficia presidiários.

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CAPA

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Programa de EaD do CIEE completa 10 anos e ultrapassa marca de 2,5 milhões de matrículas, beneficiando em especial

jovens estudantes de regiões mais distantes com conteúdos antes acessíveis

só a jovens de grandes centros.

Hamilton Sirqueira e a aprendiz Kathellyn de Abreu: na Estapar, cursos do CIEE se tornaram parte do treinamento obrigatório.

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Dias

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I solem-se animais famintos e inteligentes em um experi-mento: por exemplo, uma dupla de macacos ou polvos – sim, esses últimos estão entre as espécies mais espertas e

são os únicos invertebrados que podem operar ferramentas. A comida só é obtida mediante a solução de um problema simples, como a abertura de uma portinhola com o uso de um pedaço de madeira. Após um tempo, é viável supor que um deles ma-tará a charada e o outro, com um pouco mais de boa vontade, conseguirá repetir a ação e também se alimentar. O problema surge quando os animais são devolvidos ao seu habitat natural e o mesmo desafio é proposto: o conhecimento não é transmitido aos outros. Isso explica também por que alguns gorilas e oran-gotangos aprendem a se comunicar com a linguagem de sinais, mas – ao contrário do que prega a indústria cinematográfica – não existe uma comunidade de símios pensadores.

Já a humanidade só chegou onde chegou porque conseguiu, a cada pequena conquista, compartilhar um conhecimento que, por sua vez, era o ponto inicial para um ciclo de novas descobertas e avanços: a roda, a carroça, o arado, a agricultura, o fim do nomadismo, vilas, comércio, cidades, países. A evo-lução da forma como os conhecimentos eram compartilhados também acompanhou o desenvolvimento do homem. Fredric Michael Litto, presidente da Associação Brasileira de Educação à Distância (Abed), no quadro que ilustra esta reportagem, re-monta parte dessa história. Praticamente todo novo meio de comunicação foi transformado em plataformas educacionais. Da conversa ao redor da fogueira aos desenhos esquemáticos nas paredes, dos primeiros manuscritos ao rádio, da televisão às histórias em quadrinhos – Will Eisner (criador das graphic novels e do personagem Spirit), para citar um, desenhou ma-nuais técnicos para o exército americano. E, por fim (ou até a chegada de uma nova revolução), a internet.

A própria natureza do meio – uma rede de computadores criada inicialmente para uso militar, mas logo aproveitada para interligar campi universitários nos Estados Unidos – indicava que não tardaria a ser utilizada para o ensino. O CIEE, que desde sua fundação mantém programas voltados à capacita-ção de jovens para o mercado de trabalho, percebeu que po-deria expandir para além dos limites físicos de suas unidades a abrangência de oficinas e cursos gratuitos. No início de 2005, lançou o programa gratuito de Educação à Distância (EaD) com versões digitais das aulas que oferece nas principais capi-tais e cidades. Um das medidas do acerto da decisão de utilizar o potencial do Portal CIEE para alavancar e democratizar as oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional dos jovens é a expressiva marca de 2,5 milhões de matrículas, regis-trada quando o programa completa dez anos.

Carlos Vogt, da Univesp: “A classe média aumenta numericamente e precisa estar preparada para disputar

vagas no mercado de trabalho.”

AlcAnce nAcIonAl. O número comprova o am-plo alcance do programa e os benefícios que seus atuais 41 cursos trazem aos jovens que se preparam para ingressar no mercado de trabalho, principal-mente àqueles que moram em localidades mais dis-tantes. Abordando temas que vão desde dicas para participação em processos seletivos para estágio e aprendizagem até o pacote Office e matemática bá-sica, a EaD do CIEE conta com uma equipe de pe-dagogos e especialistas em programação para a ela-boração as aulas, sempre buscando a excelência do ensino, visando – entre outros objetivos – reduzir a desigualdade de acesso ao conhecimento, que tanto prejudica os estudantes mais carentes. “Nossa maior preocupação sempre foi acompanhar o jovem desde a matrícula, mantendo canais abertos o tempo todo para que ele não fique com nenhuma dúvida sobre o conteúdo. O segredo da educação à distância é fazer com que o estudante não se sinta sozinho no processo educacional”, explica Zélia Ribas Varajão

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CAPA

Teixeira Soares, gerente educacional e de alfabetização, que acompanha o programa desde o início.Um dos últimos lançamentos foi o curso Internet & Outlook, que desvenda os recursos do meio virtual, um conhecimento indispensável em tempos de inclusão di-gital. As aulas têm duração média de cinco horas, cum-pridas em até dez dias. O currículo abrange dicas sobre o uso profissional e consciente da web em ambiente de trabalho, formas eficientes de localizar informações re-levantes em sites de busca e ainda ensina a dominar os e-mails. “Por mais que seja uma das principais formas de comunicação pela internet, os mais jovens raramen-te utilizam o e-mail e não sabem que, nas organizações, o correio eletrônico tem valor de documento, seja para oficializar negócios ou mesmo como arquivo histórico”, explica Rosa Maria Simone, supervisora de educação continuada e EaD do CIEE.

constAnte evolução. Em linhas gerais, a educa-ção à distância amadureceu muito na última década. Instituições como a Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp) acompanham de perto a dis-seminação da EaD. À frente dela está o presidente Carlos Vogt, que coordenou em julho do ano passa-

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Nivaldo Afonso, da Eletrobrás, e o filho Thiago: aprendizagem possível

graças à EaD, em Itacoatiara/AM.

do o primeiro vestibular autônomo. Realizada em plena Copa do Mundo de Futebol, atraiu 12 mil candidatos que concorreram a 3,3 mil vagas, sendo 70% delas para cur-sos de licenciatura e o restante para engenharia. Apesar do histórico, ele sente que a proposta ainda enfrenta certa resistência ideológica no meio acadêmico e empresarial,

FredrIc MIchAel lItto, presidente da Associação Brasileira de Educação à Distância (Abed)

coM A pAlAvrA...

O programa EaD oferecido pelo CIEE preenche, com continuado sucesso, uma área de grande importância estratégica na formação das futuras gerações de trabalhadores capacitadas para as atuais formas de trabalho e preparadas para as mudanças que inevitavel-mente chegarão amanhã. O Brasil está com uma força de trabalho aquém da sua necessidade, tanto numericamente quanto na quali-dade dessa força. Com a opção de participar de cursos pela inter-net, o estudante se beneficia de várias formas: continua exercendo as atividades rotineiras – como estágio e aprendizagem – para sua sustentação econômica; usufrui da flexibilidade oferecida (estudar quando e onde quiser), e, talvez mais importante de tudo, ganha ex-periência com o estudo on-line, que será a principal maneira de ad-

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quirir conhecimentos e aperfeiçoamentos atualizados durante todo o resto da sua vida. Os cursos de EaD do CIEE são exem-plos de reconhecida excelência, envolvendo as boas práticas de cada ocupação ensinada, e constantemente acompanhando as mudanças grandes e pequenas que ocorrem no mundo real.

Antes de Gutenberg, o processo de ensino/aprendizagem era elitista e consistia de um “leitor” (isto é, professor) que ficava à frente de um grupo de aprendizes lendo um manus-crito em voz alta. Após o advento do livro impresso, o elitismo se reduziu um pouco, porque cada estudante poderia ter sua própria cópia – e de fato muitos até perguntaram “por que ter universidades quando os estudantes podem adquirir os conhecimentos diretamente?” Mesmo assim, muitos profes-sores continuaram a usar a sala de aula para ler livros em voz alta. A chegada dos meios digitais criou um universo de

aprendizagem totalmente diferente do passado: não elitista, democrático, inclusivo, menos dependente de instituições de ensino, porque o conhecimento está disponibilizado gratuita-mente nas redes digitais, para todos os que querem apren-der. Diplomas serão exigidos no futuro apenas para aquelas profissões altamente regulamentadas que lidam com a vida e a morte (medicina, engenharia, psicologia, direito...). No resto dos casos, a demonstração de competência deverá bastar para se estabelecer numa ocupação ou profissão. A aprendizagem à distância, fortemente caracterizada pela auto-organização, autonomia, conveniência e flexibilidade, terá muito mais usuá-rios do que a educação presencial, formal ou não. Será a opção preferida por todos (menos aqueles que têm dificuldades na aprendizagem – para os quais continuará a existir a tradicional presencialidade).

e que isso só irá mudar quando houver uma massa crítica de profissionais formados à distância. “É um grande desafio para o país que precisa qualificar a classe média que aumenta numericamente e deve es-tar capacitada para disputar vagas no mercado de tra-balho”, explica Vogt, ao apontar a EaD como a solução mais eficiente e eficaz para essa questão. O presidente da Univesp elogia o CIEE pela iniciativa de oferecer cursos “na fase em que os estudantes têm mais dúvi-

das e mais necessidade de capacitação: quanto mais horizontes se abrirem para os jovens, melhor”.

Se depender das empresas parceiras do CIEE, a re-sistência aos cursos parece estar chegando ao fim. A Estapar já detectou que o programa de EaD oferece conhecimentos que dificilmente são transmitidos aos jovens. A valorização do conteúdo foi tanta que selecio-naram um pacote de quatro cursos para os aprendizes (Relacionamento interpessoal, Atualização gramatical,

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CAPA CAPA

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GrAde do proGrAMA de eAd do cIee

• Ações estratégicas para a escolha profissional

• Administração do tempo• Apresentação em Power Point• Atenção concentrada• Atendimento ao cliente• Atitude empreendedora• Atualização gramatical• Cidadania e meio ambiente• Comunicação virtual• Currículo sem segredo• Dinâmicas e testes• Entrevista: como encarar• Finanças

• Flash I• Flash II• Fundamentos de rede I• Fundamentos de rede II• Inglês• Internet e Outlook• Introdução a projetos• Matemática básica I• Matemática básica II• Matemática financeira I• Matemática financeira II• Lógica e criatividade• Métodos e técnicas de pesquisa• Microsoft Access

• Microsoft Excel• Microsoft Excel 2010• Microsoft Power Point• Microsoft Power Point 2010• Microsoft Word• Microsoft Word 2010• Novo acordo ortográfico• Orientação profissional• Postura e imagem profissional• Produção de textos• Profissões do futuro• Relacionamento interpessoal• Resolução de problemas• Smartphones

Postura e imagem profissional e Produção de textos) e dez para estagiários (à escolha do jovem), a serem fei-tos como um treinamento in-company nos primeiros dias do na empresa. “Os cursos utilizam uma lingua-gem acessível à realidade do jovem: o resultado após a capacitação é sensível”, conta Hamilton Andrade Sirqueira, assistente de recursos humanos e o respon-sável pelos programas de estágio e aprendizagem da Estapar em todo o Brasil. Para ele, nove entre 10 alunos do curso de EaD apresentam o desempenho esperado, quando não um pouco maior. Sirqueira também elogia o acompanhamento oferecido pelo CIEE, que quinze-

nalmente encaminha relatórios sobre o desempenho e adesão dos estudantes. “Consigo atuar no momen-to em que qualquer mudança na performance deles é constatada”, conta. A aprendiz Kathellyn Fernanda Xavier de Abreu selecionou o Postura e imagem pro-fissional como o seu favorito e também ressalta a importância do curso de língua portuguesa. “Muita coisa de gramática que aprendemos na escola nós es-quecemos”, confessa.

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VESTIBULAR 2015

meu melhor também.

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Todos os cursos de EaD disponibilizados para o público atendido pelo CIEE são também oferecidos aos funcionários da entidade, como uma oportunidade a mais de treinamento interno. Num levantamento em busca dos alunos com maior número geral de matrículas, Edvan Lopes da Silva, atendente da Central de Relacionamento do CIEE Brasília, surge em um honroso segundo lugar, com 35 cursos concluídos. Ele ainda se lembra do primeiro que fez: Administração do tempo. Ele vem logo atrás de Meyre de Bessas, da cidade de Brazlândia/DF, que fez mais de 40 cursos.

expAnsão pArA As Menores cIdAdes. Os cursos de EaD também se provaram um excelente aliado das empresas e dos jovens em outro cam-po. Graças à plataforma digital, o Aprendiz Legal ganhou forte capilarida-de, pois desde o ano passado já pode atender cidades menores ou isoladas, oferecendo aulas de capacitação teórica pela internet, como a lei autoriza, para complementar as atividades práticas na empresa. Habilitado a criar essas turmas virtuais, o CIEE já começa a colecionar exemplos de bons re-sultados da inovação. Uma história de sucesso vem do pequeno município Itacoatiara, localizado há 266 km da capital amazonense. Os moradores não podem reclamar: é uma das poucas cidades do estado ligadas a Manaus por estradas. “Nossa cidade tem apenas uma indústria e o comércio local, ou seja, as oportunidades para os jovens são escassas”, explica Nivaldo Afonso, líder de localidade da Eletrobrás-Amazonas Energia, em Itacoatiara, e pai do aprendiz Thiago Costa Antunes Afonso, de 16 anos.

Nivaldo vem de uma família mineira humilde e trabalha em empresas de energia desde cedo – aos 17 anos foi contratado pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), construindo uma carreira profissional que o le-varia para o interior do Amazonas – e como protagonista de uma história de superação nem hesitou. “Quando surgiu a oportunidade do programa na empresa, inscrevi meu filho e o incentivei a se esforçar para ser aprovado na seleção. Ele foi classificado e teve uma excelente oportunidade de apren-dizado, devido ao conteúdo do CIEE ser bastante atualizado e dinâmico”, conta. Thiago passou quase dois anos em treinamentos práticos, atenden-do o público e cuidando do arquivamento de documentos, e no curso do Aprendiz Legal que fazia pelo computador. Agora, ao final do programa, o ex-aprendiz sonha alto com o curso de engenharia no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), seguindo assim os passos do pai em direção à cons-trução de uma bem sucedida trajetória no mercado de trabalho.

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Expo CIEE

Maior mostra de inclusão jovem traz

novidades que aliam arte e informação,

sempre com foco no desenvolvimento

de futuros profissionais.

Marcello Gugu, que revelou Emicida e Rashid, comandará a batalha de rappers.

Érico Borgo, do Omelete,

dará o tempero nerd

à Expo CIEE 2015.

A Feira do Estudante-Expo CIEE, o maior evento de capacita-ção e inclusão profissional de jovens, ganha novos contornos

na 18ª edição, a ser realizada de 29 a 31 de maio, em São Paulo, com novidades na programação cultural. Depois do sucesso da apresentação da banda de rock Supercombo no ano passado, a Expo CIEE 2015 terá shows do grupo de pagode Jeito Moleque e de Mc Gui, além de uma desafiadora competição de rappers comandada por Marcello Gugu, que já revelou talentos como Emicida e Rashid.

Trata-se do reconhecimento de que, na busca pelo acesso ao mer-cado de trabalho, a formação humanística é tão importante quanto os conhecimentos técnicos transmitidos pelas escolas. Um estagiá-rio ou aprendiz mais informado sobre o mundo que o cerca terá mais repertório para solucionar desafios e mais confiança e conteú-do para se expressar verbalmente, competências que se tornaram diferenciais em processos seletivos e na construção da carreira.

A Expo CIEE também é uma excelente oportunidade para quem procura informações sobre capacitação prática, cur-sos e profissões, disponíveis em 80 estandes de empre-sas, instituições de ensino e órgãos públicos com in-formações exclusivas sobre programas de estágio, de aprendizagem e outros temas que os ajudarão na escolha da carreira e a aprimorar seu desempenho escolar e profissional. Serão 100 palestras gratui-tas ministradas por especialistas de diversas áreas. Um dos palestrantes, que já confirmou presença, é Érico Borgo, um dos fundadores e diretor de redação do Omelete, o maior site brasileiro de entretenimento para aficionados por histórias em quadrinhos, games e cinema. Às 15h de sá-bado, 30 de maio, ele falará sobre Evolução dos games e do mercado no Brasil e no mundo. Borgo também é conhecido por seu envolvimento num

29, 30 e 31 de maio(29 e 30 das 10h às 20h / 31 das 10h às 18)Pavilhão de Bienal do Parque do IbirapueraSão Paulo/SPCadastramento gratuito: www.ciee.org.br/expocieeInformações a expositores e escolas interessadas em formar grupos de participantes: (11) 0000 0000

dos mais bem sucedidos eventos da cultura pop, a CCXP – feira que no ano passado ofereceu aos brasileiros uma experiência comparável às convenções norte-americanas. Partindo do zero, atraiu empresas de peso, como a Marvel Studios, Disney, Pixar, Warner e Sony, além de atores es-trangeiros para conversas com fãs.

As inscrições gratuitas para a Expo CIEE 2015 estão abertas pelo site www.ciee.org.br/expociee. Após um rápido cadastro, basta emitir e imprimir a credencial para ter aces-so rápido à mostra. Os organizadores esperam um público

de 65 mil pessoas nos três dias de evento, interessadas em tudo o que a mostra apresentará. Atração reforça-

da pela oferta, no estande do CIEE, de 5 mil vagas de estágio e 2 mil de aprendizagem em em-

presas e órgãos públicos parceiros.

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Divulgação

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CURTA AS DICAS, COMENTE AS MATÉRIASE COMPARTILHE SEUS CONHECIMENTOSCom posts diários, a página oficial do CIEE no Facebook traz muitas informações sobre o universo estudantil e profissional, dicas para a escolha da carreira, novidades do mercado de trabalho, além de notícias sobre cultura geral para ampliar conhecimentos e auxiliar na preparação dos estudantes durante a busca por oportunidades de estágio ou aprendizagem.

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2013 2015100 milhões Usuários da internet no Brasil 109,2 milhões1

46,2 milhões Usuários que acessam redes sociais em computadores no Brasil 52,2 milhões

30,3 milhões Usuários de smartphones no Brasil 58,6 milhões

250 milhões Usuários de whatsAPP no mundo 700 millhões2

20 milhões2 Usuários de whatsAPP no Brasil 52 milhões2

Pesquisa

TROTE EM BAIXA

O trote deveria ser um ritual de iniciação para a vida universitária, marcado por clima de acolhimento e integração. mas, desvirtuado, virou pretexto para abusos e até crimes. Algumas universidades tentam instituir o chamado trote solidário, com doação de sangue, arrecadação de alimentos, etc. mas, mesmo assim, parece que essa prática está perdendo espaço. segundo enquete do Ciee, 90% dos estudantes afirmam nunca ter participado ou se submetido a trote.

+ CONEXÃO = + MOBILIZAÇÃO

Aqui e lá fora, governos, empresas, academia – enfim, toda a sociedade – estão de olho nas redes sociais, pelo potencial de mobilização demonstrado no irã (Revolução Verde), nos estados Unidos (Ocupem Wall street), no egito (Protestos da Praça Tahrir) e recentemente nas manifestações contra o governo, que levaram 2 milhões de brasileiros às ruas. e o crescimento das conexões nos últimos dois anos só faz aumentar a preocupação.

Uso de atalhos antiéticos ou ilícitos Considera 8%

Não considera 39%

Depende das circunstâncias 53%

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Depende das circunstâncias 50%

Você já se submeteu/colaborou com algum trote universitário?

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FERIADÃO vALEMAIS QUE FOLIA

se depender da nova geração, pode ser que o carnaval – encarado como a maior festa popular do planeta – esteja condenado a perder gás. enquete do Ciee revela que a maior parte dos estudantes considera que o carnaval vale mesmo é pelo feriadão de quatro ou cinco dias. Fo

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Para você o Carnaval é:

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21%

35%

Uma comemoração sem importância, com muitos exageros, e válida somente pelo feriado.

Uma tradição, que acompanha, participando dos desfiles e/ou se fantasiando

indiferente

TOLERÂNCIA A PRÁTICAS ANTIÉTICAS

A grande maioria (74%) dos profissionais brasileiros apresenta risco médio de se envolver ou se omitir em situações ilícitas ou antiéticas, segundo a consultoria de risco iCTs Protiviti, que ouviu mais 8,7 mil funcionários de empresas privadas, de diversos níveis e idades, entre 2012 e 2014. Dois recortes preocupam. Cresce o número de quem pode aceitar irregularidades (de 52% para 72%). Na faixa até 24 anos, 56% considerariam aceitar suborno.

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O INCHAÇO DAS PERIFERIAS

O iBGe detectou, entre 1980 e 2014, que os municípios periféricos das seis principais regiões metropolitanas vêm crescendo mais do que as capitais e muitos deles se transformam em cidades-dormitório, com baixa renda e menor oferta de serviços e renda. A tendência faz com que as demandas sociais das classes menos favorecidas sejam mais bem atendidas por entidades do 3º setor, como o Ciee, que têm atuação mais ágil e menos burocratizada ou segmentada.

O PODER DA PRIMEIRA INFÂNCIA

Pesquisadores americanos chegaram à conclusão de que programas para educação de crianças de até três anos em creches e pré-escolas contribuem para aprimorar o capital humano dos países. Primeiro, porque levam o acesso dos alunos ao ensino médio. segundo, porque reduzem o número de condenações de jovens por crimes.

MULHERES BEBEM MAIS

estudos recentes, no Brasil e no exterior, mostram que aumenta perigosamente o consumo de álcool entre as mulheres, que estão começando a beber mais cedo , já superando os homens nesse aspecto. entre 2006 e 2012, o aumento do consumo entre as brasileiras foi de 34,5%, superando os 14,2% dos homens.

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DemAis mUNiCíPiOs2014*47% 53%1980 59%41% RiO De JANeiRO

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DemAis mUNiCíPiOs

198032% 68% 2014*43% 57% sãO PAUlO

DemAis mUNiCíPiOs

1. Programa Centro de Pais e Filhos de Chicago 2. Projeto de saúde infantil das Ilhas Maurício

Percentual de jovens que chegam ao ensino médio1 Percentual de jovens condenados por algum crime2

AlUNOs qUe PARTiCiPARAm DO PROGRAmA

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AlUNOs qUe PARTiCiPARAm DO PROGRAmA

AlUNOs qUe NãO PARTiCiPARAm DO PROGRAmA

AlUNOs qUe NãO PARTiCiPARAm DO PROGRAmA

Composição populacional de seis regiões metropolitanas

1980 68% 2014* 4456% % BelO hORizONTe

DemAis mUNiCíPiOs32%

1980 70% 2014*45% 55% CURiTiBA

DemAis mUNiCíPiOs30%

69% para 74% foi o salto

no percentual de garotas entre 14 e 17 anos que

consomem álcool pelo menos uma vez por semana.

64% das mulheres da classe A e

32% das de classe B são bebedoras regulares, contra 11% e 12%,

respectivamente das classes C e D/e.

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Tendência de queda nas compras familiares sinaliza para a paralisação nos avanços da nova classe média.

Análise Ruy Martins Altenfelder Silva

Os problemas da economia vêm atingindo o consumo no varejo com diferentes níveis

de intensidade, de acordo com pesquisa da con-sultoria Kantar Worldpanel, divulgada pelo jornal Valor Econômico no início de março. O maior im-pacto recai sobre as classes A e B, com 3,1% contra 1,3% na classe C. Já na classe D houve alta de 3,4%. Contas fechadas, o volume médio de compras no varejo por família sofreu leve queda de 0,2% em 2014, ano-base da pesquisa. Outras consultorias confirmam a tendência de queda no consumo, com cancelamento de compra ou substituição de produtos e marcas de maior custo, além de redu-ção das visitas aos pontos de venda e preferência pelo chamado atacarejo. Esses dados, que sinali-zam uma paralisação nos avanços da nova classe média, refletem o descolamento de dois fatores que caminhavam muito próximos até o final de 2012, quando os preços passaram a subir mais rá-pido do que o volume de compras pelas famílias. Ainda segundo dados da Kantar, em 2014 o gasto médio do brasileiro subiu 9,4% , salto que os ana-listas relacionam mais à elevação dos preços do que à aquisição de produtos mais sofisticados, ao contrário da tendência verificada especialmente no período 2008-2010.

Os especialistas em consumo focam suas aná-lises no item despesas familiares. Entretanto, em-bora a quantidade e a qualidade dos produtos ad-quiridos valham como comprovantes de ascensão social, uma visão mais ampla mostra que, apesar dos sinais de que as classes menos favorecidas es-tão empobrecendo, nada indica que não existam brasileiros nesse segmento parados ou que não

se mostrem dispostos a agir para preservar ou con-quistar avanços. No mesmo dia (4/3) em que o Valor Econômico publicava reportagem com os dados aci-ma, o jornal Brasil Econômico trazia uma reportagem informando que quatro em cada dez moradores de fa-vela querem ser empreendedores, sendo que 48% as-piram aproveitar oportunidades de negócio; 35% são impulsionados pela necessidade; 16% somam as duas motivações e 2% não sabem ou não responderam.

O levantamento foi feito pelo Instituto Data Popular e os resultados apresentados por Luiz Barreto, presi-dente do Sebrae, no 2º Fórum Nova Favela Brasileira. Para ele, “empreender é um mecanismo de inclusão e uma alternativa para essa população, que ainda so-fre preconceito”. Embora apenas 10% dos interessa-dos em empreender tenham feito algo nesse sentido, como poupar dinheiro ou planejar o negócio, 63% deles mostram senso de oportunidade, pois querem

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Tendência de queda nas compras familiares sinaliza para a paralisação nos avanços da nova classe média.

se instalar nas favelas onde vivem. Isso significa que eles já perceberam que ali há boa demanda e circu-la dinheiro em quantidade apreciável – de acordo com o Data Popular, os 12,3 milhões de moradores das favelas brasileiras movimentam R$ 68,6 bilhões/ano. Há, ainda, outras vantagens: como a maioria dos respondentes são mulheres, a mobilidade é alternati-va importante para aquelas que não têm creche para deixar os filhos, mais precisam e querem ter uma renda, explicou Barreto. O perfil dos interessados em empreender traz algumas surpresas. Por exemplo, en-quanto 56% estão na classe C, 38% pertencem às D e E, e 7% se classificam na classe alta. No quesito idade, 51% têm mais de 25 anos e são casados. Já 73% são negros ou pardos.

Renato Meirelles, presidente do Data Popular, lem-bra que abrir negócios fortalece a economia da fave-la, cujo comércio já atende cerca de 80% na compra

de itens básicos. Assim, recomenda, o caminho é fomentar negócios em segmentos de produtos de maior valor, como eletrônicos ou eletrodomésti-cos, que são adquiridos fora das comunidades. O presidente do Sebrae concorda: “Precisamos aju-dar a planejar empreendimentos que também te-nham negócios dessa natureza mais complexa”.

Há muito tempo, o CIEE vem reconhecendo a necessidade de reforçar e até mesmo viabilizar o protagonismo nas áreas de vulnerabilidade social. Uma das ações que realiza é propiciar condições para que os jovens das favelas ingressem no mer-cado de trabalho, por meio do estágio e da apren-dizagem. Essas duas modalidades, além de pro-piciar uma valiosa formação profissional prática e teórica, garantem desde o início uma remune-ração que possibilita aos jovens se manter na es-cola e contribuir para aumentar a renda familiar. Adicionalmente, eles também contam com uma série de serviços gratuitos, voltados para o desen-volvimento pessoal, estudantil, profissional e cida-dão, entre os quais cursos presenciais e à distância, ciclos de palestras, acesso a atividades culturais, estímulo ao empreendedorismo, entre outras.

A ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, afirma que a favela é o retrato da exclu-são social no Brasil. “Essa pesquisa joga luz sobre o Brasil profundo, que ainda é pouco conhecido e en-xergado pelo resto do país e que reúne ainda o po-bre nordestino e as comunidades rurais.” É também um dos nichos em que o CIEE vem reforçando suas ações filantrópicas, sempre com a convicção de que o casamento da educação com a preparação para o trabalho é a chave para assegurar, principalmente às novas gerações, a inclusão social e, consequente-mente, um futuro mais justo e cidadão.

Ruy Martins Altenfelder Silva é presidente emérito do CIEE e presidente da Academia Paulista de Letras Jurídicas (APLJ).

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Gerais

Aids i: A boA e A má notíciANa contramão dos índices mundiais, entre 2005 e 2013 o Brasil registra crescimento de 11% no

número de casos de infecção por HIV. Relatório da ONU, divulgado em julho de 2014, estima que 752 mil pessoas vivam com o vírus da AIDS no Brasil atualmente. Enquanto isso, no mundo os casos caíram 38% nos últimos doze anos. A boa notícia: especialistas da Unaids, Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, acreditam que até 2030 a epidemia esteja controlada.

Aids ii: descAso perigosoPesquisa encomendada pela Caixa Seguros, com acompanhamento do Ministério da Saúde e da

Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), revela que 40% dos jovens brasileiros entre 18 e 29 anos dispensam o uso de preservativo em relações sexuais com os parceiros fixos, além de não sabe-rem ao certo como se pega o HIV. Dado que mostra a relevância das palestras que o CIEE promove nas universidades e comunidades, alertando para os riscos das doenças sexualmente transmissíveis.

privAcidAde vAlorizAdAApenas um em cada quatro brasileiros concorda que o governo monitore, vigie

ou armazene os dados da internet e da telefonia. Esse recorte consta de pesquisa feita no início do ano a pedido da Anistia Internacional, com participação de 15 mil pessoas em 13 países. No Brasil, 65% são contra (índice 6% acima da média mundial de 59%) e 10% não sabem ou querem responder. O quadro abaixo traz outros dados interessantes sobre a opinião dos brasileiros.

medicinA de pontAAngelita Habr-Gama, Professora Emérita CIEE/Estadão – Troféu Ruy

Mesquita, foi a primeira cirurgiã da América Latina convidada a partici-par, como professora visitante, do programa conjunto das universidades Harvard e Johns Hopkins, nos Estados Unidos, que reuniu conceituados cirurgiões de vários países, em abril último. Angelita apresentou a conduta, que defende há tempos, da preservação do reto em pacientes com câncer submetidos à rádio e quimioterapia.

mAior reservA do mundoImagine uma reserva subterrânea de 150 quatrilhões de litros de água doce. Essa é a nova

estimativa para o volume do antigo Aquífero Alter do Alto, que há dois anos teve o nome trocado para Sistema Aquífero da Grande Amazônia (Saga). Isso aconteceu depois que pes-quisadores da Universidade Federal do Pará o redimensionaram para uma área de 162,5 mil quilômetros quadrados. Pelas estimativas atuais, o Saga desbanca o Aquífero Guarani que, com seus 39 mil quilômetros quadrados, vinha sendo considerado o maior do mundo.

78% rejeitam o repasse de dados ao governo pelas

empresas de tecnologia, a pretexto de segurança

55% concordam com o repasse de dados

mediante ordem judicial e critérios transparentes

29% protestariam pela internet caso soubessem que

o governo estivesse espionando seus dados

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livres do vAi e vemOs cursos regulamentados à distância são uma ajuda e tanto para

os estudantes que também trabalham, tanto que eles correspondem a 94% dos matriculados. Incluindo os cursos semipresenciais, livres ou apenas disciplinas EaD, cerca de 90% dos alunos estudam e trabalham. Os números são do Censo EaD.BR 2013, da Associação Brasileira de Educação à Distância (Abed).

ensino superior em números

burocrAciA reduzidAA recém-lançada carteira de trabalho digi-

tal traz ao cidadão vários benefícios: entrega no ato da solicitação para primeira emissão ou segunda via, integração das informações espalhadas em diversos bancos de dados do governo federal, gratuidade total. A novida-de faz parte do processo de modernização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e sua implementação nacional deverá ocorrer até o final do ano.

os lucros dA criAtividAdeO Brasil deverá chegar, neste ano, à marca de um milhão de empregos ligados

à chamada economia criativa, que engloba atividades e profissões como arqui-tetura, cinema, design, criação de softwares, moda, publicidade, etc. A produção criativa registra uma bela evolução entre 2004 e 2013, com saltos tanto em fatu-ramento (de 74,3 bilhões para 126,1 bilhões de reais) quanto em participação no PIB nacional (de 2,1% para 2,6%). São Paulo é o estado líder do ranking (com 348 mil empregos), seguido de Rio de Janeiro (107 mil) e Minas Gerais (78 mil).

OS campeõeS degeraçãO de empregOS 2004 2014

pesquisa e desenvolvimento 82.200 166.300

publicidade 45.700 154.800

arquitetura 62.700 124.500

Tecnologia 55.500 112.900

design 42.600 87.000

Fonte: Federação das Indústrias do rio de Janeiro (Firjan), in Você S/A 201

7,3 milhões de matrículas

15% em cursos de graduação à distância13,6% em cursos

tecnológicosFonte: censo da educação Superior de 2013/mec in Blog do planalto

2.391 instituições de ensino

301 públicas 2.090

particulares

321 mil docentes

72,7% são mestres

ou doutores

32.049 cursosmais procurados:

administração, direito, ciências

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Resultados do Enem expõem, mais uma vez, a trágica situação do ensino no país e reforça a eterna reivindicação de um plano nacional que efetivamente resgate o setor responsável pela sustentabilidade do desenvolvimento e pela garantia à conquista da cidadania.

Educação

Dois meses depois que os 6,2 milhões de participantes entregaram as provas, o Ministério da Educação di-

vulgou os resultados do Enem 2014 e os números caíram como uma bomba em pleno janeiro deste ano. A primeira causa de espanto se concentrou no número de alunos que zeraram na prova de redação. “Foram 529 mil estudantes que concluíram o ensino médio sabe-se lá Deus como, mas padecem dos males do analfabetismo funcional e são inca-pazes de raciocínios elementares”, diz o doutor em Educação Arnaldo Niskier, membro da Academia Brasileira de Letras e presidente do Conselho de Administração do CIEE/Rio, em artigo publicado na Folha de S.Paulo. Mais estarrecedor, ainda, embora menos comentados, foram os minguados 250 participantes que emplacaram a nota máxima em redação – ou seja, apenas um em cada 25 mil participantes levou mil pontos, garantindo 20% da nota final do Exame Nacional do Ensino Médio 2014 (Enem), válido para ingresso no ensino superior pelo Sistema de Seleção Unificado (Sisu).

Nas semanas seguintes e até agora, os resultados da prova de redação geraram um amplo painel de análises, alertas e sugestões, que só fazem tingir com tintas mais escuras o cenário das crônicas deficiências do ensino brasileiro. Ain-da no quesito redação, o especialista Cláudio Moura Castro aponta, em artigo na revista Veja, que “nas causas da en-xurrada de zeros no último Enem predominam apenas dois critérios, com proporções parecidas: a redação em branco liquidou 284 mil alunos e a fuga do tema eliminou outros 217 mil”. Niskier avança no detalhamento, apontando que cerca de 13 mil copiaram o texto motivador e 955 ofende-ram os direitos humanos (falha indicada como causa de anulação na própria prova).

Entre as razões para tão baixo desempe-nho em comunicação no próprio idioma, as análises destacam um leque de fatores. Um deles é o baixo hábito de leitura na fai-xa dos 5 aos 17 anos de idade: em recente pesquisa, 64% confessaram não ler sequer um livro por iniciativa própria, só abrindo alguns volumes quando obrigados pela es-cola. Outro fator é o chamado relativismo que desvaloriza a tarefa de compreender o que está escrito, mas, sim, interpretar o tex-to dentro do repertório de conhecimento e vivência do aluno. Segundo Moura Castro, “para jovens que estão iniciando os estudos, a liberdade de interpretação é fórmula cer-teira para uma grande balbúrdia mental, em uma idade que pede a consolidação de ideias claras e a compreensão rigorosa das palavras. Embaçamos o ensino ao pedir aos alunos que reinterpretem o pensamento de grandes cientistas e filósofos.” Ele considera que o filósofo Ludwig Wittgenstein (1889-1951) foi ao âmago da questão, ao dizer: “os limites da minha linguagem são os limites do meu pensamento”, para concluir: “quem não aprendeu a usar as palavras não sabe pensar”.

Há também os que apontam a relativa facilidade do tema escolhido, Publicidade infantil – é verdade que se trata de assunto não muito apontado pelos “preparadores” para o Enem, mas certamente familiar ao universo dos candidatos. Afinal, todos devem ter visto alguns anúncios que bus-

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8,7 milhões de estudantes se inscreveram para o enem 2014

2,4 milhões ou 28,6% não compareceram às provas

6,2 milhões fizeram as provas529.374 participantes

receberam nota zero em redação250 alunos

alcançaram nota 1.000, o conceito máximo, e agregaram 20% na nota final

Claudio Moura Castro: “Para jovens que estão iniciando os estudos, a liberdade de interpretação é fórmula certeira para uma

grande balbúrdia mental.”

ALTOS E BAIXOS DAS MÉDIAS DO DESEMPENHO NO ENEM

2013 2014 VArIAçãO

redação 521,2 470,8 -9,7%

matemática 514,1 476,6 -7,3%

ciências humanas 515,1 543 +5,4%

ciências da natureza 473,2 484 +2,3%

linguagens e códigos 489,1 508,1 +3,9%

fonte: inep

cam despertar o desejo das crianças para a compra de produtos, como chocolates, brinquedos e até brócolis? Além disso, o enunciado trazia dois textos de apoio e um infográfico comparativo entre as leis brasileiras e as de outros países. Com base nesses dados, deveria ser relati-vamente simples elaborar um texto que, se não merecesse conceito mil, pelo menos conquistaria alguns pontinhos acima de zero.

Na média geral, o desempenho em redação caiu quase 10%, seguido pelo de matemática com redução de 7,3%. O melhor resultado aparece em ciências humanas, com elevação de 5,4% (ver quadro). Para o então ministro da Educação Cid Gomes, os percentuais positivos não tive-ram efeito animador, pois “na média foi estável; a variação ficou na margem de erro”.

A expressiva queda no desempenho em matemática foi comentada, mas teve repercussão menor do que os zeros em redação. O jornalista Hélio Gurovitz dedicou uma das colu-nas que assina na revista Época a esse tema. Usando como exemplo a divergência de mais de 800 mil pessoas no cál-culo do total de participantes reunidos na avenida Paulista durante os protestos de março contra o governo (1 milhão para a PM e 188 mil para o instituto Data Folha). Aplicando matemática básica, como diz, ele acredita que os dois cál-culos são equivocados. Sem se fixar nesse ponto, questiona: “Como aceitamos – nós, a sociedade brasileira – números de tão baixa qualidade? Como podemos tomar decisões se nem questionamos uma diferença absurda de 800 mil pes-soas?” E ele mesmo responde: “é a incidência assustadora, no Brasil, de um mal que os americanos chamam de innu-meracy e nós, na falta de tradução melhor, de analfabetismo em matemática – a incapacidade de lidar com números, grandezas, estatísticas e raciocínios triviais”. Uma das conse-quências, por exemplo, é o nível primário da compreensão e das discussões sobre questões relevantes da realidade nacio-nal, como economia, água e energia.

Com propriedade, Gurovitz lembra que as pessoas se envergonham de erros de gramática ou ortografia, mas se sentem tranquilas para afirmar que não enten-dem nada de números, o que acontece até mesmo com intelectuais sofisticados, comentaristas renomados, po-líticos ou presidentes da República. Para fundamentar sua apreensão, recorre a uma autoridade no assunto. “Fico angustiado com uma sociedade que depende tão completamente da matemática e da ciência e, contudo, parece tão indiferente ao analfabetismo matemático ou científico de tantos cidadãos”, escreve o matemático John Allen Paulos no livro Analfabetismo em matemá-tica e suas consequências (1988). Para o autor, as razões são “educação fraca, bloqueios psicológicos e equívocos românticos sobre a natureza da matemática”.

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SOLUçãO ESTÁ NA BUSCA DE QUANTIDADE COM QUALIDADE

Arnaldo Niskier não culpa os alunos pelos resulta-dos, pois, se tivessem sido bem preparados, com uma boa base de leitura, os resultados catastróficos da re-dação no Enem não teriam ocorrido. O mesmo racio-cínio é pertinente para as outras matérias do Enem e para outras avaliações nacionais e internacionais, sempre pouco animadoras, é claro. É inegável que, no aspecto quantidade, houve avanços na educação brasileira, como a quase universalização do acesso ao ensino fundamental e o aumento da oferta de vagas nas universidades. É também inegável, entretanto, que nesse processo de inclusão a questão da qualidade e do acompanhamento ficaram de fora. Dados do IBGE mostram que caiu a desigualdade no acesso ao ensino superior, com forte elevação das matrículas dos 20% de jovens mais pobres. A participação desse segmento no total do alunado, entre 2004 e 2013, saltou de 1,7% para 7,2% nas instituições públicas e de 1,3% para 3,7% nas particulares, acompanhada por uma queda do percen-tual dos 20% mais ricos (ver quadro). Tal elevação se prende a políticas públicas adotadas no período, como as cotas e programas de financiamento favorecido, caso do Programa Universidade para Todos (ProUni) e do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Neste ano, por exemplo, os alunos que cursaram todo o ensi-no médio em escolas públicas têm garantidos, pela lei de cotas, 37,5% das vagas nas instituições federais de ensino superior.

A contribuição futura do Fies deve cair em razão dos ajustes anunciados no programa, para corrigir distorções e evitar a explosão na demanda dos recur-sos. Há cinco anos, a taxa de juros caiu de 6,5% para 3,4%, quase metade do índice de inflação nos últimos três anos. O jornal O Estado de S.Paulo calculou que o Fies banca os estudos de 1,9 milhão de alunos das uni-

Educação

MENOS DESIGUALDADE NA UNIVErSIDADE

2004 2013

ies públicas ies privadas ies públicas ies privadas

20% mais pobres 1,7% 1,3% 7,2% 3,7%

20% mais ricos 55% 68,9% 38.9% 43%

fonte: ibge/síntese dos indicadores sociais 2014, in valor

versidades particulares, o que – conside-rando o financiamento estimado médio de 645 reais por mês/aluno – soma uma dívida até agora de quase 59 bilhões de reais e exigirá um salto nos gastos de 7 bilhões de reais em 2014 para 15 bilhões de reais sugeridos no orçamento federal deste ano. Entre as distorções que vêm sendo apontadas por especialistas, três são recorrentes: os generosos critérios de renda (alunos com renda familiar de até 20 salários mínimos ou 15,7 mil reais/mês podem financiar de 50 a 100% das mensalidades), o longo prazo para qui-tação do financiamento (carência de 18

Arnaldo Niskier e os milhares de zeros em redação: “Foram 529 mil estudantes que concluíram

o ensino médio sabe-se lá Deus como.”

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NÚMErOS DO SISU

o sistema de seleção unificada faz a oferta online de vagas em instituições de ensino superior para participantes do enem

• 205.514 foi o total de vagas oferecidas em 2015

• de 793,9 MIL para 2,8 MILHõES foi o salto de inscrições de 2010 para 2015

• ADMINISTrAçãO, DIrEITO, PEDAGOGIA e MEDICINA são os cursos mais procurados

• 28 candidatos disputaram cada vaga pela lei de cotas

• 25,6 estudantes concorreram a cada vaga pelo sistema unive rsal

• 42,7% das inscrições totais foram feitas pelo sistema de cotas.

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meses após o financiamento e pagamento em até três vezes a duração do curso mais um ano, o que fará um empréstimo recém-concedido retornar integralmente aos cofres públicos só em 2033) e a falta de prioridade quanto aos cursos (por exem-plo, direito é o campeão, com 143 mil contratos em 2013, contra 26,4 mil em medicina).

Os presidentes do Conselho de Administra-ção e executivo do CIEE, Ruy Martins Altenfel-der Silva e Luiz Gonzaga Bertelli, são incansáveis defensores da urgente adoção de uma política educacional que prepare os jovens para a efetiva inclusão social num país e num mundo em ace-lerada transformação. São preocupantes, além da precária formação profissional, os 10 milhões

de jovens de 15 a 19 anos que, segundo o IBGE, formam a categoria nem-nem, isto é, que não estudam e não traba-lham. Esse número equivale a pouco menos do que toda a população da Bahia, com seus 11 milhões de habitantes, ou a três Uruguais. Como há 49 milhões nessa faixa etária, con-clui-se que, lamentavelmente, o país tolera que um em cada cinco de seus jovens tenha o rótulo de nem-nem, embora um quarto deles esteja em busca de um emprego que dificil-mente será conseguido, exatamente por falta de qualificação.

Diante do caótico retrato da educação, por qualquer ângu-lo que se escolha, o que fazer? Uma boa resposta é dada pelo educador Paulo Nathanael Pereira de Souza, na dupla condi-ção de presidente da Academia Paulista de Educação (APE) e presidente emérito do CIEE. “O remédio para o combate a esses males não mais está nas reformas como as de antiga-mente, que se faziam por graus de ensino ou concepções pe-dagógicas da última moda.” Para ele, uma crise sistêmica se apossou das redes escolares e dos diversos graus de ensino; portanto, já não bastam intervenções pontuais e isoladas. “É preciso formular um megaprojeto de Estado, com duração além dos mandatos de presidentes, governadores e prefeitos, no qual se identifiquem todas as deficiências da educação nacional e se estabeleça uma lista de prioridades para a cor-reção progressiva desse apocalipse, que ronda o próprio des-tino da nacionalidade”.

Jacyra Octaviano

A BOA AJUDA DO PrOUNI

213.113 bolsas no total135.616 bolsas integrais77.497 bolsas parciais65.710 destinaram-se a são paulo,

estado com o maior número de bolsas

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Francisco Deusmar Queirós começou a

trajetória profissional vendendo frutas na rua

para ajudar a pagar a escola, construiu e preside

a segunda maior rede de farmácias do país.

O empresário Francisco Deusmar Queirós é um empreen-dedor, com muitas histórias para contar e dicas de su-

cesso para dar. Nasceu em Amontada, no interior do Ceará. Trabalhou, estudou, empreendeu e hoje é dono da segunda maior rede de farmácias no Brasil, com mais de 750 lojas espa-lhadas por todos os estados, gerando milhares de empregos. A força para avançar por todo o país vem de sua determinação. “Seja otimista e ousado”, aconselha como dica importante a quem pretende crescer na carreira.

Com a família, Deusmar deixou o interior cearense em 1955, quando tinha oito anos, para estudar na capital. Em Fortaleza, trabalhou desde a infância. Primeiro, como vendedor de frutas nas feiras livres ou de porta em porta, ora com um caixote na cabeça, ora com um carrinho de madeira, para ajudar a pa-gar os estudos. Depois, como balconista da Mercearia Santo Antônio, com a recomendação do pai, um pequeno comer-ciante: “Sorria e seja gentil com todos os clientes, principal-mente os mais humildes”.

Perfil

O presidente em uma das centenas de lojas do grupo, colocando em prática a lição que aprendeu com o pai: “Sorria e seja gentil com todos os clientes, principalmente os mais humildes

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99 lojas no ano passado, abrimos 12 neste ano e temos 49 em construção.”

Um dos fatores que alimenta o otimismo de Queirós é o aumento da expetativa de vida dos brasileiros, que era de 62 anos na década de 1980, saltou para 74 anos hoje e deverá atingir 81 anos em 2020. “Quanto mais meus clientes viverem, mais consumidores de medi-camentos.” Exemplo de empreendedorismo, ele critica o imobilismo de quem aspira a um negócio próprio, mediante o pessimismo que cresce no Brasil. “Está er-rado, pois sempre houve queda do PIB e depois cres-ce”, afirma e compara: “É como eletrocardiograma, com altos e baixos; não permanece ruim para sempre, assim como não permanece bem para sempre”. Como se vence a crise? “Minha resposta é enfrentar a crise, abrindo lojas e gerando empregos.”

Da experiência como educador não guarda boas lem-branças. “Quando o professor faltava, os alunos batiam palmas, ou seja, pagavam e não queriam receber, vejam que loucura.” Considera a educação fundamental para o desenvolvimento do país, mas acha que, às vezes, atitude é até mais importante que o conhecimento. “O estágio é uma forma importante de o jovem ter o pri-meiro contato com o mundo do trabalho, aprender e depois abrir a mente para escolher o que quer.” E deixa uma dica aos futuro profissional, muito válida para os 25 estagiários e 35 aprendizes que a Rede Pague Menos mantém atualmente em capacitação: “Invista no futu-ro, procure construir o seu caminho e, acima de tudo, seja otimista e seja ousado”.

Cláudio Barreto

Estudou no Colégio Cearense, uma das melhores escolas de Fortaleza e, mais tarde, formou-se em eco-nomia pela Universidade Federal do Ceará (UFCE). Trabalhou no mercado financeiro, deu aulas na Universidade de Fortaleza (Unifor), especializou-se nos Estados Unidos, abriu uma corretora, ganhou di-nheiro e resolveu voltar para o varejo. Montou a pri-meira farmácia na capital cearense nos anos 1980, já com a ideia de formar uma rede. Ou seja, com a visão recomendada para os empreendedores, desde o início faz planos e define metas. “Queria ter acesso a des-contos, prazos e, apenas com uma pequena loja, não conseguiria; teria de ser uma empresa grande.” No pri-meiro ano, já tinha cinco lojas. De lá para cá, avançou no Norte e no Nordeste e, em seguida, ganhou o Sul e o Sudeste. “Agora estamos com 755 lojas e enxerga-mos mil em 2017 e duas mil daqui a dez anos”, sonha Queirós. Hoje, a Pague Menos conta com um corpo funcional superior a 19 mil colaboradores.

De 2006 a 2012, foi a maior rede do país em núme-ro de lojas e faturamento. Mas, com a fusão da Droga Raia com a Drogasil, perdeu o topo do ranking, pas-sando para a segunda posição. “Agora, devem se jun-tar a Drogaria São Paulo e o Grupo Pacheco”, lamenta Queirós. “Mas isso não é o mais importante, pois tive-mos um crescimento substancial de 22% nos últimos anos: faturamos 4,4 bilhões de reais em 2014 e, neste ano, pretendemos chegar a 5,2 bilhões de reais, com crescimento de 18%.” E os problemas graves que estão em foco no cenário econômico não assustam a rede? “Não vamos alimentar o pessimismo generalizado que existe no Brasil e planejamos crescer: inauguramos

A Pague Menos conta com funcionários em todo o Brasil: “Agora estamos com 755 lojas e enxergamos mil em 2017 e duas mil daqui a dez anos”, planeja o Queirós

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Problemas brasileiros

C om uma palestra em que analisou o cenário da saúde e da educação no Brasil, juntamente com a importância do papel da família, ruy

Martins altenfelder silva, presidente emérito do CIEE, lançou seu sexto livro, Saúde, educação e família. Trata-se de coletânea de artigos sobre temas de relevância nacional veiculados nos principais jornais brasilei-ros. Altenfelder reitera a importância da adoção de políticas públicas bem planejadas e implementadas para solucionar a crônica fragilidade desses dois setores, que são direito do cidadão e dever do Estado, segundo a Constituição Federal. Ao analisar o cenário atual desses dois setores, ele cita dois fatos, entre outros. Um é o péssimo desempenho dos estudantes brasileiros em avaliações internacionais e nacionais, do qual os resultados do Enem 2014 são exemplos. Outro é a pesquisa que aponta a saúde como a campeão da insa-tisfação dos brasileiros com os serviços públicos. Com 62% de conceito ruim ou péssimo em pesquisa reali-zada em 2014 pelo Datafolha, supera a soma das cinco preocupações que vêm na sequência: segurança (18%), corrupção (10%), educação (9%), desemprego (4%) e miséria (2%). Mesmo entre os 27% dos brasileiros que pagam planos ou seguro saúde, 70% cravam os dois pio-res conceitos.

19/3 – TeaTro CIee, em São Paulo/SP

Atenção às línguas estrangeiras

A crise nos Estados Unidos e na Europa, no fim da década passada, trouxe para os países emergentes vários profissionais em busca de oportunidades. O Brasil, parti-

cipante dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) foi um dos destinos mais procurados. No entanto, existe uma barreira quase intransponível que atrapalha esse in-tercâmbio: a deficiência do brasileiro com o idioma inglês. “Quem fala fluentemente outra língua consegue dilatar-se profissionalmente em 50%”, afirma Maria Cristina bonini, diretora de pessoas, performance e cultura da KPMG Brasil, ao aceitar convite para participar do 203° Ciclo CIEE de Palestras sobre RH. Apesar da cultura europeia, trazida ao Brasil pelos imigrantes, os descendentes pouco trabalharam uma segunda língua por aqui. “A Copa do Mundo mostrou que temos um lon-go caminho a percorrer nessa questão.” Por atuar em uma empresa transna-cional, Maria Cristina diz que, ao analisar currículos de candidatos à vaga, presta mais atenção aos idiomas citados do que em cursos de pós-graduação. “Hoje o inglês e o espanhol são diferenciais importantes”, revela. Segundo a especialista em RH, o mundo ficou mais curto nos últimos tempos, devido à globalização e aos avanços dos meios de comunicação e de transporte. Com isso, nunca foi tão fácil desenvolver projetos internacionais. Os brasileiros, no entanto, ainda pecam nesse sentido: 80% da classe média não tem conheci-mento de uma língua estrangeira.

10/3 – audITórIo erneSTo Igel, em São Paulo/SP.

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Contas do terCeiro setor

C ontrolar bem a contabilidade é tarefa complexa para as empresas, por isso, contar com bons profissio-nais cuidando dessa área é primordial para qualquer corporação sobreviver no hostil ambiente fiscal do

Brasil. Essa necessidade não é diferente para as organizações do 3º Setor. “Um balanço bem elaborado e com qualidade permite transparência na prestação de contas à sociedade e aos órgãos competentes, além de contribuir para a obtenção da Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social (Cebas)”, destaca Jair gomes de araújo, presidente do Sindicato dos Contabilistas de São Paulo (Sindcont – SP), convidado para ministrar palestra no 87º Encontro CIEE do 3º Setor. De acordo com a Lei 12.101/ 2009 e o Decreto 8.242/2014, o Cebas é concedida pelo governo federal às entidades sem fins lucrativos, reconhecidas como de assistência social que prestam serviços nas áreas de educação, assistência social ou saúde. Trata-se de uma certifica-

ção que possibilita a isenção de contribuições para a seguridade social e a priorização na celebração de convênios com o poder público, entre outros benefícios. “Devemos cons-

truir desde sempre nosso planejamento contábil com cronograma de ações, sempre em tempo hábil para que seja possível corrigir eventuais problemas com documen-tação”, explica Araújo. “Hoje, não só as organizações, mas também os contadores são muito penalizados em casos de irregularidades no balanço”, salienta. Na pa-lestra, Araújo explicou o passo a passo de todos os procedimentos e documentos

necessários para elaboração de um balanço que atenda às normas legais para entidades sem fins lucrativos.

20/3 – TeaTro CIee, São Paulo/SP.

Desafios para a eduCação

O s resultados alarmantes do desempenho dos alunos brasileiros no Pisa (programa internacional de avaliação de alunos), no início dos anos 2000,

colocaram a educação em xeque. Era necessário reformular condutas, criar novos programas e suprir a estrutura defasada com novos investimentos. Aos poucos, o Brasil vem melhorando os índices em leitura, matemática e ciências, mas ainda de forma lenta. “As dimensões do país e as desigualdades dificultam o avanço,

mas mesmo assim existem iniciativas pontuais que devem servir de exemplo”, afirma Viviane Flores, gerente educacional da editora FDT que ministrou a palestra Os novos rumos da educação, no ciclo Encontro com Educadores,

promovido pelo CIEE. Ela cita como iniciativa louvável, a ação rea-lizada em Sobral, no interior do Ceará, que melhorou sobremanei-ra a qualidade da educação no município. Segundo a especialista, o

maior investimento deve ser feito na formação do educador. “Um bom professor fará um bom trabalho, seja qual for o desafio.” Viviane ressalta também experiências realizadas na Rússia e na Finlândia, países com bons índices no Pisa. “Na Rússia, há uma relação de proximidade entre direção, professores e alunos”, recorda. “Já na Finlândia, onde a edu-cação é pública, as propostas curriculares enfatizam mais a parte prática.”

27/2 – audITórIoS erneSTo Igel e marIo amaTo,em São Paulo/SP.

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Questão de Controle

“Dinheiro não vem com manual de instrução, mas deveria, pois sempre o usamos atabalhoadamente”, observa com ironia Márcia dessen, dire-

tora do Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF) e colunista da Folha de S. Paulo. Ela é autora do livro Finanças pessoais: o que fazer com o meu dinheiro, que pode muito bem fazer as vezes do tal manual e que foi distribuído aos participantes da palestra que ministrou no CIEE. A primeira dica é a formulação de um orçamento para entender para onde está indo o di-nheiro: não precisa ser nada tecnológico, como planilhas digitais ou aplicativos de celular, a boa e velha cadernetinha já serve ao propósito. Com poucos cál-culos é possível notar, por exemplo, o peso de um carro nas contas domésticas. Somando todos os gastos, desde impostos até combustível, é fácil as despesas somarem mais de 7,6 mil reais/ano – algo em torno de 10% de quem recebe salário líquido de 6 mil reais. Somente com controle é possível se planejar para um futuro mais tranquilo, pois não é possível trabalhar para sempre. Para tanto, ela deixa perguntas que auxiliam na reflexão. Com que idade pretende parar de trabalhar para viver de renda? De quanto precisa para viver? Que patrimônio precisa ter para viabilizar esse sonho? E finaliza com uma orientação: comece a poupar o mais cedo possível.

17/3 – TeaTro CIee, em São Paulo/SP.

Em busca da qualidade

E m pouco mais de duas décadas, índices de acesso à educação melhoraram sensivelmente: em 1992, por exemplo, o brasileiro ostentava em média 6,5 anos de estudos, hoje, passa 10 em sa-

las de aula. São mais crianças na pré-escola, no ensino fundamental e no médio. Até mesmo a popu-lação universitária aumentou – atualmente 15% de jovens entre 18 e 24 anos estão no ensino supe-rior, contra 5% no passado. Deixando de lado o déficit em acesso (na Coreia, o percentual de jovens em universidades é de 50%), o grande desafio é a qualidade da educação. “Apesar de passar mais tempo na escola, os alunos não aprendem o que deviam”, explica naercio Menezes Filho, coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa) e professor associado da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP). Prova disso é o resultado da avaliação internacional Pisa: 70% dos jovens estão abaixo do nível 2 em matemática, considerado o mínimo para saber realizar cálculos. “O resultado gera um efeito cas-cata danoso, pois a falta dessa matéria afeta diretamente, em longo prazo, a inovação e produtividade, justamente um dos mais com-plexos gargalos da economia brasileira”, diagnostica. Caminhos possíveis de melhoria surgem pontualmente, como aconteceu no muni-cípio cearense de Sobral, onde o nível de conhecimento em matemática é comparável à Finlândia, graças apenas a mudanças administrativas, pro-vando que o nó não está só na questão de recursos financeiros. Naercio Menezes Filho foi o convidado do 160º Fórum Permanente de Debates do CIEE sobre a Realidade Brasileira, ministrando a palestra Educação e desenvolvimento com justiça social.

26/2 – TeaTro CIee, em São Paulo/SP.

eventos

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Ciee Cultural

entre nós

9/4 Posse de Maria Helena guimarães Castro (cadeira 33) e Marisa Philbert lajolo (cadeira 26), à esq., na Academia Paulista de Educação (APE). Teatro CIEE, em São Paulo/SP.

25/3 Posse na Academia Paulista de História (APH) de

Maria lucia Perrone de Faro Passos, na cadeira 10, que

tem como patrono Manuel de Oliveira Lima e antecessora a acadêmica Maria Lúcia de

Souza Rangel Ricci. Teatro CIEE, em São Paulo/SP.

17/4, sexta, 20h | Apresentação musical da Banda Municipal de Laranjal Paulista. No repertório, sucessos do cinema. Teatro CIEE.

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A venda de bebidas alcoólicas para crianças e adoles-centes ganhou recente espaço de debates no cenário

político e na mídia brasileira. Trata-se de uma mudança na lei que ainda envolve uma série de dúvidas entre a popula-ção: O que realmente mudou na lei? Qual a importância do tema? Será que isso representa uma possibilidade de redução de consumo entre jovens?

O consumo de álcool entre crianças e adolescentes real-mente merece atenção e investimento em ações preven-tivas. O início do consumo tende a acontecer por volta dos 12 anos de idade. No final do ensino médio, cerca de 80% dos estudantes já consumiram pelo menos uma vez. Quanto mais precoce o início do consumo, maior a chance de problemas com o álcool ao longo da vida.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) já proibia a venda de bebidas alcoólicas e de “produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíqui-ca” a crianças e adolescentes. Apesar de o álcool também ser capaz de causar dependência, sua venda era conside-rada contravenção penal (pena de prisão de dois meses a um ano e multa), enquanto a venda das demais drogas era considerada crime (pena de detenção de dois a quatro anos e multa). A mudança da lei iguala o álcool às demais dro-gas, tornando crime vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar bebida a criança ou adolescente.

Considerando que a venda já era proibida, vale questio-nar por que a lei não é respeitada. Além da falta de fiscaliza-ção, apontada como um dos principais fatores, outro aspec-to importante é a inserção cultural do álcool, cujo consumo no Brasil, embora predominantemente esporádico entre as

Ana Regina Noto

Campanha Nacional Sobre Droga nas Escolas SuperioresCoordenada pelo CIEE, por delegação da Senad, órgão do Ministério da Justiça, consiste na realização de seminários em campi de universidades e faculdades, na distribuição de folders informativos e na veiculação de matérias com informações de especialistas sobre o tema. As instituições de ensino interessadas na

realização de seminários gratuitos sobre prevenção ao uso de drogas devem contatar o CIEE pelo e-mail: [email protected].

Ana Regina Noto é professora adjunta do departamento de

Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

crianças, é muitas vezes disponibilizado na própria casa, sendo frequente o fornecimento pela família no primei-ro consumo. Na adolescência, especialmente entre 13 e 15 anos, o número de usuários aumenta e o consumo se intensifica, migrando para contextos de socialização fora dos domicílios. Mas, ainda assim, muitos familia-res intermediam o consumo, disponibilizado bebidas alcoólicas em festas ou reuniões particulares.

Diante de tais considerações, fica a dúvida sobre a ló-gica e a efetividade da intensificação da lei. Sem cons-cientização dos pais e comerciantes, fiscalização e arti-culação com outras formas de intervenção, é possível que a alteração não resulte em mudanças nos índices de consumo. Ao contrário, a severidade da lei, em contras-te com os valores culturais, pode aumentar o descrédito ou a aplicação sem equanimidade. Também se tornam necessárias a implantação e a avaliação de políticas pú-blicas para concentrar esforços em ações que alcancem bons resultados. Uma das políticas que a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda é a restrição da propaganda de bebidas alcoólicas e a redução da oferta por meio da regulamentação de locais de venda e con-sumo. No Brasil, medidas como essas já foram tomadas em relação ao cigarro, com resultados positivos, espe-cialmente por contar com apoio da sociedade para legi-timar a legislação.

Sobre Drogas

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Colaboração de Danilo P. Locatelli

e Tatiana C. Amato, do Núcleo de Pesquisa

em Saúde e Uso de Substâncias (Nepsis/Unifesp)

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SAÚDE Em Sorocaba/SP, cidade com mais de

30 mil casos de dengue, os aprendizes mi-nistraram verdadeiras aulas de combate ao mosquito aedes Egyptii. Uma das turmas pesquisou sobre o tema e elaborou apresen-tações, com medidas de prevenção, sinto-mas e tratamento da doença. Outro grupo, dessa vez em Jundiaí/SP, assistiu a palestras com especialistas e visitou o laboratório da Associação Beneficente de Coleta de Sangue (Colsan), além serem voluntários na doação.

Aprendiz Ingrid Barros Andrade, que participou do projeto Salvando Vidas, em Jundiaí/SP: “Achava que iria doer, tive medo, mas foi apenas uma

picadinha no braço. O importante é que meu sangue vai salvar a vida de alguém, vou continuar doando e também levar amigos comigo”.

O papel dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, o funcio-namento de uma casa de leis e a importância do voto para o exercício da cidadania foram temas abordados durante visita de aprendizes legais à Câmara Municipal de Piracicaba/SP, com exposições, pa-lestras, filmes e fotos. Os aprendizes, ainda, participaram de simula-ção de reunião ordinária, durante a qual discutiram o projeto de lei sobre a redução da maioridade penal para 16 anos. Em Campinas, também no interior paulista, 267 aprendizes, atendendo ao convite da Câmara Municipal de Campinas, por intermédio da Escola do Le-gislativo (Elecamp), assistiram à palestra sobre o tema Talento não é tudo, ministrada por André Belchior Torres, diretor executivo no setor de educação superior, professor universitário, consultor em ges-tão empresarial, escritor e palestrante.

Aprendizes na Câmara de Piracicaba/SP: aula de cidadania para enriquecer os conhecimentos.

CIDADANIA

CIEE, formANDo CIDADãoSO programa Aprendiz Legal alia forte potencial para a formação profis-

sional ao permanente esforço para propiciar o desenvolvimento social e ci-dadão dos jovens de 14 a 24 anos. Numa parceria com a Fundação Roberto Marinho, já registra 220 mil beneficiados, incluindo os 65 mil hoje em for-mação. Além de auxiliar as empresas no cumprimento da Lei 10.097/2000, que obriga a contratação de cotas de aprendizes, o CIEE oferece uma série de diferenciais que aprimoram o desempenho dos futuros profissionais, contribuindo para o expressivo percentual de cerca de 60% de efetivação dos concluintes. Em complementação à capacitação teórica ministrada em sala de aula, o programa propicia uma série de atividades extracurriculares, voltadas ao desenvolvimento pessoal, estudantil e cidadão dos aprendizes. Um exemplo foi a Manhã literária, realizada em Belo Horizonte/mG, com a participação de 200 aprendizes legais.

Manhã literária em Belo Horizonte/MG, realizada na Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, deu oportunidade para que os aprendizes manifestassem seus talentos em música, teatro, fotografia e

narração de histórias.

Em foco

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SoLIDArIEDADEEm Teresina/PI, aprendizes participa-

ram do projeto Um livro, um sorriso, ação que consistiu na arrecadação de livros e brinquedos educativos e na criação de uma biblioteca lúdica nas instalações da ONG Fraternidade. No início de março, os jovens entregaram o material arrecadado e desen-volveram atividades com as 90 crianças da instituição, como teatro, apresentação musical, brincadeiras de roda, contação de histórias, pinturas, jogos, finalizando com um lanche. Ação semelhante foi realizada por aprendizes em Caruaru/PE, que parti-ciparam de uma oficina, arrecadando e re-ciclando brinquedos para doação a crianças da comunidade Morro do Bom Jesus. Eles também coletaram roupas e sapatos usados para distribuição aos moradores no entor-no da creche visitada.

Em Caruaru/PE, aprendizes se vestiram de mágico, princesas e super-heróis para entregar brinquedos reciclados, brincar e lanchar com crianças da comunidade Morro do Bom Jesus.

mEIo AmBIENTE Praticar coleta seletiva, usar racionalmente água e

conservar áreas verdes foram conceitos apresentados aos aprendizes de Salvador/BA, durante visita à Ode-brecht, organização parceira do CIEE, que desenvolve o Programa de Educação Ambiental (PEA). Já em São José do rio Preto/SP, os aprendizes literalmente co-locaram a mão na terra. Como parte do projeto Cons-ciência Verde, numa ação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo e do CIEE eles planta-ram mil mudas de árvores nativas e assistiram a uma palestra educativa sobre a importância da recomposi-ção das matas ciliares na preservação dos rios.

O Edifício-sede da Odebrecht em Salvador/BA, instalado numa área remanescente da Mata Atlântica, é o primeiro certificado como construção sustentável

no Norte e Nordeste e mostra aos estudantes alternativas que alinham desenvolvimento socioeconômico e conservação ambiental.

Em São José do Rio Preto/SP, 250 aprendizes se revezaram em turmas para cumprir a tarefa de plantar mil mudas de árvores nativas.

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Em foco

Em sua sétima edição e a primeira de 2015, a ofi-cina gratuita Enem – como escrever uma redação nota mil, ministrada por Dad Squarisi, professo-ra de edição de textos do Centro Universitário de Brasília, contou com a presença de Júlio Gregório Filho, secretário de Educação do Governo do Dis-trito Federal. Com o objetivo de aprimorar a es-crita de alunos da rede pública inscritos no Enem, a iniciativa foi elogiada pelo secretário, que acon-selhou os jovens a aproveitar as oportunidades de estágio e aprendizagem que o CIEE oferece – com um alerta: “Hoje, o profissional tem de saber ler, escrever e inovar”. Atualmente, mais de 5,5 mil alu-nos de escolas públicas estão em estágio ou apren-dizagem no Distrito Federal, e 32 mil estão cadas-trados no CIEE à espera de uma vaga em empresas e órgãos públicos.

Ciee recebe selo SoCIAL Do vIrA vIDA

O CIEE recebeu o Selo Social do Projeto Vira Vida/Sesi durante a formatura da oitava turma do projeto, realizada no auditório do Senai de Taguatinga/DF. Res-ponsável pela capacitação teórica dos formandos enca-minhados ao programa Aprendiz Legal em 23 cidades, essa é mais uma ação social do CIEE, voltada à inserção no mercado de trabalho de jovens de 16 a 21 anos em situação de vulnerabilidade e/ou risco social.

O secretário Júlio Gregório na sala de aprendizes, com Ricardo Romeiro, gerente de Assuntos Institucionais e

Corporativos do CIEE (penúltimo à dir.) e colaboradores.

Secretário em palestra SoBrE ENEm No Df

Encontro com estudantes da UNP: conscientização sobre os males causados pelas drogas lícitas e ilícitas.

Aproximadamente 300 estudantes participaram da 98ª edição do Seminário da Campanha Nacional sobre Drogas nas Escolas Superiores, realizado pelo CIEE no campus da Universidade Po-tiguar (UNP), em março. Desenvolvida há 15 anos, em parceria com a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), a campanha, objetiva levar gratuitamente informações qualifica-das sobre o assunto a instituições de ensino, para conscientizar os jovens, pais e educadores sobre a prevenção e os riscos do uso de drogas lícitas e ilícitas. Além dessa iniciativa, o CIEE produz e distribui folhetos informativos sobre o tema e promove, anual-mente, em parceria com a Senad, um concurso de monografias entre estudantes universitários de todo o país, que tem como te-mática a prevenção ao uso de drogas.

Seminário sobre DroGAS Em NATAL/rN

Ricardo Romeiro, gerente de Assuntos Institucionais e Corporativos do CIEE, e Gilberto Carvalho,

presidente do Conselho Nacional do Sesi.

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APrENDIzAGEm em destaque em itabuna/BA

“Nem sempre os gestores sabem como calcular as co-tas do quadro de colaboradores a serem preenchidas por aprendizes ou não possuem informações sobre quais ativi-dades esses jovens podem desempenhar.” A explicação é de Alessandro Salvatore, gerente regional do CIEE, que abor-dou o assunto, em palestra sobre a Lei da Aprendizagem (nº 10.097/00) durante visita a Itabuna/BA. O evento reuniu 100 pessoas, entre representantes de empresas – DayHORC Hospital de Olhos, Drogasil, Emasa Petrobras, Itão e Santa Casa –, aprendizes e pais.

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Bons sinais PArA muLHErESComemorado em 8 de março, o Dia Internacional da Mulher

é oportunidade para reflexão sobre a condição feminina, com destaque para a participação no mercado de trabalho. Em que pesem os avanços registrados, em especial a partir de meados do século passado, a situação ainda é de inferioridade: dados do IBGE revelam que, apesar da queda no desemprego, os jovens e as mulheres somam os maiores percentuais de desocupados. Mas há sinais animadores: balanço do CIEE indica que as mu-lheres são maioria entre estagiários (63%) e aprendizes (52%).

Oficinas para a fuNDAção CASAOferecer oportunidades para a construção de um novo caminho e melhoraria na condição de vida é o obje-

tivo do CIEE, que vem ministrando oficinas de capacitação a jovens da Fundação Casa (Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente), em São José do Rio Preto/SP. Os temas são voltados para o mer-cado de trabalho, incluindo elaboração de currículo, comportamento em entrevista de emprego, entre outros.

Representantes do CIEE e das empresas que participaram do evento.

Exemplos do valor da prática: a ex-estagiária Fabíola Mara de Souza Alves, gerente de RH

da unidade da Rede D’Or São Luiz em Brasília, e a estagiária Tainara Luísa Alves Oliveira,

recém-contratada pelo hospital.

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Em foco

Ciee apoia programa mEu GurIO CIEE auxiliará o programa Meu Guri a inserir em estágio e aprendizagem

jovens em situação de vulnerabilidade social ou que cumprem medidas socio-educativas. A ação foi idealizada pela juíza Maria Socorro de Sousa Afonso da Silva, do Juizado da Infância e da Juventude de Goiânia. “Queremos trans-formar a realidade dos adolescentes da cidade, criando oportunidades mais justas, buscando a sua efetiva reinserção social”, afirma a magistrada.

Direito perde JoSé CrETELLA Jr.O advogado, gramático e filósofo, José Cretella Jr., Professor Emérito CIEE/Estadão 2010 –

Troféu Ruy Mesquita, faleceu em 11 de abril, aos 95 anos. Cretella era advogado especializado em direito administrativo, curso do qual foi professor titular na Universidade de São Paulo (USP). Ocupava a cadeira de número 1 da Academia Paulista de Letras. Em sua carreira, destacou-se como autor de obras jurídicas – foram mais de 120 livros editados. “Era um professor muito de-dicado, que discutia os temas com os alunos, respeitando nossa opinião, mas com grande capaci-dade de argumentação”, diz o advogado Edmar Netto Araújo, ex-orientando de Cretella, em seu doutorado. Natural de Sorocaba, Cretella formou várias gerações de juristas no Largo São Fran-cisco. Foi na universidade que conheceu sua esposa Agnes, que o acompanhou até o fim da vida.

ProCESSoS SELETIvoS na ParaíbaEm março, dois processos seletivos beneficiaram jovens do estado da Paraíba com inserção no mercado

de trabalho. O primeiro, em Campina Grande, recrutou candidatos para 279 vagas de aprendizagem para a empresa AeC Centro de Contatos para atuação na área de Telesserviço. O CIEE contou também com a inscri-ção de mais de mil candidatos nas provas destinadas a preencher vagas de estágio e de formação de cadastro reserva na Justiça Federal na Paraíba.

Cláudio Rodrigo de Oliveira, gerente do CIEE, e a juíza Maria Socorro de Sousa Afonso da Silva.

CIEE-rS: Oficinas gratuitasde CAPACITAçãoPara auxiliar quem pretende ingressar no mundo do

trabalho, o Serviço de Desenvolvimento Socioeducativo do CIEE/RS promove diversas oficinas gratuitas. Temas como desenvolvimento pessoal, gestão do tempo e orien-tação vocacional fazem parte da programação. Além do crescimento de potencialidades, as oficinas também vi-sam ao fortalecimento da autonomia, da emancipação social e do exercício da cidadania. Aos participantes é concedido certificado e o material didático. Inscrições: www.cieers.org.br ou tel. (51) 3284-7098.

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Na pauta, estágios no governo do AmAzoNAS

LEGALIzE JÁ!Tomando de empréstimo a estética e linguagem do hip hop, o programa

Aprendiz Legal lançou em abril uma nova campanha institucional para sensi-bilizar empresas a abrir vagas de capacitação profissional de jovens em situação de vulnerabilidade social. “A campanha foi criada para que todos saibam como e por que aderir à Lei da Aprendizagem, e estimular seu cumprimento, pois mais do que uma obrigação, a aprendizagem é um instrumento de transformação, que ajuda a descobrir e formar novos talentos para as empresas”, explica Marcelo Ben-tes, da Fundação Roberto Marinho (FRM), parceira do CIEE na iniciativa desde 2005. Na pág. 2, o leitor encontrará uma das peças da campanha.

Marcelo Bentes, da FRM: “Mais do que uma obrigação, a aprendizagem é um instrumento de transformação”.

Governador José Melo de Oliveira (centro), ladeado por Marcelo Gallo, superintendente do CIEE (esq.); Sérgio Alencar, gerente do CIEE; Evandro Melo, coordenador geral do Comitê Estratégico de

Acompanhamento e Gestão; e por Claudio Jose Ferreira, supervisor do CIEE (dir.); Thomaz Nogueira, secretário de Planejamento, Ciência e Tecnologia da Informática; e Raul Zaidan, secretário da Casa Civil.

O governador do Amazonas José Melo de Oliveira recebeu, no final de abril, Marcelo Gallo, Sérgio Alen-car da Silva e Cláudio José de Lima Ferreira, respectivamente superin-tendente nacional, gerente regional e supervisor do CIEE Amazonas. Na pauta do encontro, os programas de estágio administrados pela entidade no governo estadual e as vantagens oferecidas pela capacitação prática na formação dos futuros profissionais. Gallo pontuou, ainda, as ações gra-tuitas que o CIEE disponibiliza aos estudantes, como cursos de educação à distância, palestras em ambiente de estágio, entre outros.

Robério Costa e o governador Flávio Dino: sucesso na inclusão de jovens no mercado de trabalho.

Homenagem ao Ciee no mArANHãoO CIEE foi homenageado durante a abertura do Fórum Estadual de Aprendizagem

Profissional e Inclusão de Adolescentes e Jovens no Mercado de Trabalho do Estado do Maranhão. O governador Flávio Dino e o ministro do Trabalho e Emprego, Ma-noel Dias, entregaram a Robério Costa, gerente regional do CIEE, um certificado pela atuação como instituição parceira da Superintendência Regional do Trabalho na cap-tação de jovens aprendizes. O evento contou também com a participação do prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda, acompanhado de seus secretários e dos deputados Rafael Leitoa, Fernando Furtado, Glaubert Cutrim e Valéria Machado.

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Cultural

PresságioO amor, quando se revela, Não se sabe revelar. Sabe bem olhar pra ela, Mas não lhe sabe falar.Quem quer dizer o que sente Não sabe o que há de dizer. Fala: parece que mente… Cala: parece esquecer…Ah, mas se ela adivinhasse, Se pudesse ouvir o olhar, E se um olhar lhe bastasse Pra saber que a estão a amar!Mas quem sente muito, cala; Quem quer dizer quanto sente Fica sem alma nem fala, Fica só, inteiramente!Mas se isto puder contar-lhe O que não lhe ouso contar, Já não terei que falar-lhe Porque lhe estou a falar…Au

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Há 100 anos, morria Alberto Caeiro, um dos heterônimos do genial

poeta português Fernando Pessoa.

H á cem anos morria um personagem. Mas não um personagem qual-quer. Era Alberto Caeiro, poeta-personagem, conhecido como um

dos heterônimos do gênio português Fernando Pessoa, o seu assassino. Caeiro é reconhecidamente o mais ingênuo dos heterônimos – os outros eram Álvaro de Campos e Ricardo Reis. Em sua saga de poeta, Caeiro dedi-cou-se à exaltação da natureza e, contrário a qualquer tipo de proselitismo filosófico, proclamava-se como um antimetafísico.

Não há muito o que falar de sua vida. Afinal, ela se confunde com seus poemas. Sua poesia da natureza, dos sentidos, das sensações puras procu-rava sentir as coisas mais simples da vida com a maior intensidade possível. Nas explicações de Fernando Pessoa, Caeiro nasceu em Lisboa, mas viveu quase toda sua vida no campo. Não teve profissão e educação quase alguma. Morreram cedo o pai e a mãe, e foi criado por uma tia-avó. O heterônimo morreu de tuberculose, em 1915. A biografia criada por Pessoa encaixa-se perfeitamente no estilo da poesia de Caeiro, como se pode observar nos 49 poemas de O guardador de rebanhos. O título define a personalidade do poeta-personagem, que só se importava em ver a realidade de forma objetiva e natural. Vem daí seu desejo de integração com a natureza. Ele é considerado o mestre dos heterônimos, apesar do discurso coloquial e es-pontâneo. Para Caeiro, o mundo é sempre diferente, sempre múltiplo. Por isso, aproveita cada momento da vida e cada sensação na sua originalidade e simplicidade. A poesia é, para ele, uma atitude involuntária, espontânea, que vive no presente, não querendo saber de outros tempos.

surge o Heterônimo. Nas próprias palavras de Fernando Pessoa, “me lembrei um dia de fazer uma partida a Sá-Carneiro – de inventar um poeta bucólico, de espécie complicada, e apresentar-lhe, já me não lembro como, em qualquer espécie de realidade. Levei uns dias a elaborar o poeta mas nada consegui. Num dia em que finalmente desistira — foi em 8 de março de 1914 — acerquei-me de uma cômoda alta, e, tomando um papel, comecei a escre-ver, de pé, como escrevo sempre que posso. E escrevi trinta e tantos poemas a fio, numa espécie de êxtase, cuja natureza não conseguirei definir. Foi o dia triunfal da minha vida, e nunca poderei ter outro assim. Abri com um título, O guardador de rebanhos. E o que se seguiu foi o aparecimento de alguém em mim, a quem dei desde logo o nome de Alberto Caeiro. Desculpe-me o absur-do da frase: aparecera em mim o meu mestre. Foi essa a sensação imediata que tive”. Quando Pessoa escrevia em nome de Caeiro, dizia que era “por pura e inesperada inspiração, sem saber ou sequer calcular o que iria escrever”.

Entre as características estilísticas do heterônimo, destacam-se a proximi-dade do falar cotidiano, que flui simples e funcional, com poucas subordina-ções e pronominalizações. Ritmo lento, porém espontâneo; número reduzi-do de palavras e classes gramaticais; e discurso em verso livre, próprio dos movimentos modernistas.

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HETERÔNIMOS mais famososAlém de Alberto CAeiro, tAmbém se destACAm riCArdo reis, álvAro de CAmPos e bernArdo soAres

Cultural

A mAgiA de FernAndo PessoA. Considerado o poeta mais universal da língua portuguesa e, ao mesmo tempo, o mais enigmático, Fernando Pessoa construiu uma for-te relação entre verdade, identidade e existência, como se mostra em alguns de seus mais famosos versos: O poeta é um fingidor/ finge tão completamente/que chega a fingir que é dor/ a dor que deveras sente. O formato intrigante dos heterônimos é a marca de criação estética. Os críticos ainda discutem se Pessoa mostrou seu verdadeiro ‘eu’ em sua obra, ou se tudo não passou de criação em sua vasta criatividade. Pessoa escreveu sempre, desde os sete anos de

álvAro de CAmPos Alter ego do escritor português, esse heterônimo estava em oposição a Ricardo Reis, mas compartilhava ideias com Alberto Caeiro. Engenheiro naval e viajante, é configurado por Pessoa como vanguardista e cosmopolita, espelhando-se particularmente nos poemas que exaltam, em tom futurista, a civilização moderna e os valores do progresso.

riCArdo reis É o poeta da razão. É epicurista, pois defende o momento, o carpe diem como caminho da felicidade, mas sem ceder aos impulsos dos instintos. Educado em um colégio de jesuítas, viveu no Brasil, mas expatriou-se por ser monárquico. Considera, como a verdadeira sabedoria da vida, viver de forma sossegada e serena, “sem desassossegos grandes”.

bernArdo soAres É considerado um semi-heterônimo. Como o próprio autor diz, “não sendo a personalidade minha, é não diferente da minha, mas uma simples mutilação dela. Sou eu, menos o raciocínio e afetividade”.

idade até o leito de morte em 1935. Natural de Lisboa, mudou-se na puberdade para África do Sul, onde manteve estreito conta-to com a língua inglesa. Em 1901, escreve seu primeiro poema em inglês. Fã de Shakespeare, Lord Byron e Edgar Allan Poe, em 1905 volta para Portugal e aproxima-se da literatura de Cesário Verde e do padre Antonio Vieira. Depois da morte da avó, recebe uma pequena herança e monta uma tipografia, que rapidamente vai à falência. Entra no serviço público, traduzindo cartas comer-ciais do inglês, trabalho que seguirá por quase toda vida.

Em 1915, participa da revista literária Orpheu, que lançou o movimento modernista português, causando muita controvérsia na época. Lançou mais tarde a revista Athena, na qual publicava os poemas de seus heterônimos mais famosos. Morreu em 1935, aos 47 anos. Sua última frase, escrita em inglês, dizia I know not what tomorrow will bring (Não sei o que o amanhã trará).

Cláudio Barreto

nÃo bAstA Não basta abrir a janela Para ver os campos e o rio. Não é bastante não ser cego Para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma. Com filosofia não há árvores: há ideias apenas. Há só cada um de nós, como uma cave. Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora; E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse, Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.

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Toda quarta-feira, às 23h, na TV Aberta São Paulo (TVA 72/TVA Digital 186/NET 09), e quinta-feira, às 20h, na Blue TV São Paulo (TVA 18), com reprise em Campinas, Santos, Ribeirão Preto e Belo Horizonte.

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Outras Palavras Dad Squarisi

Pecados Da línguaAs pessoas fazem e acontecem. Inclusive pecam. Pecam por palavras e obras.

A língua, que de santa não tem nada, presta senhora ajuda aos candidatos à danação eterna. Arma ciladas a torto e a direito. Pronúncia, grafia, concordância, regência, crase, flexão, emprego e colocação de pronomes – nada escapa. Ao menor descuido, lá vamos nós. Resultado: o diabo esfrega as mãos e bate palmas. Paciente, espera. Nós, que não nascemos ontem, temos jeito de prevenir. A coluna apresenta escapadinhas que levam os desatentos a arder nas fogueirinhas do inferno. Fugir delas é fácil como andar pra frente ou tirar chupeta de bebê. Vamos lá?

Duplinha feminiStaferreira gullar disse que a crase não foi feita

pra humilhar ninguém. Tem razão. Não use o acento grave:

1. Antes de nome masculino. Crase é o casamento de dois aa. Um deles é a preposição. O outro, o artigo. Ora, o pequenino a só tem vez antes de nome feminino. O machinho pede o: Bebê a bordo. Saiu a todo vapor.

2. Com palavras repetidas: cara a cara, uma a uma, gota a gota, face a face, semana a semana, frente a frente.

3. Antes dos pronomes pessoal, indefinido e os demonstrativos esta, essa: Dirigiu-se a esta funcionária. Confessou a ela as trapaças que havia feito. Saiu a toda. É honesto a toda prova. Aplaudia o funcionário a cada etapa vencida. Assistiu a algumas cenas do filme. O assessor fala com o presidente a qualquer hora.

4. Com o a no singular seguido de nome plural: Assistiu a reuniões durante o dia. Falou a professoras presentes ao evento. Vai a cidades sugeridas no roteiro. Conseguiu o emprego a duras penas.

5. Com o casalzinho de…a: Trabalho de quarta a sexta. Viajo de segunda a segunda. De quarta a sexta, faço plantão.

6. Antes de nome de cidade: Chegou a Brasília. Bem-vindo a São Paulo. Vou a Lisboa, a Paris e a Roma.

7. Antes da locução a distância (sem especificação): Siga-a discretamente, a distância. A distância todos os gatos são pardos. (Se a distância for determinada, o acento tem vez: Segui Maria à distância de mais ou menos 100m. Os sem-terra marchavam à distância de um quilômetro.).

intervirQuem vê cara não vê coração? Às vezes,

vê. Intervir serve de exemplo. Filhote de vir, conjuga-se como o paizão: eu venho (intervenho), ele vem (intervém), nós vimos (intervimos), eles vêm (intervêm); eu vim (intervim), ele veio (interveio), nós viemos (interviemos), eles vieram (intervieram). E por aí vai. Muitos vão contra os mandamentos gramaticais. Juram que intervir deriva de ver. Escrevem “interviu”. Pecam contra a língua. Que peçam perdão a Deus. Ele, generoso, dirá sim. Afinal, perdoar é o grande vício do Senhor.

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Dad Squarisi

Verbo em açãOHá verbos que têm pacto com o maligno. Eles empurram o falante

pra longe do sagrado. Valha-nos, Senhor! Ilumine nossa mente pra conjugação de tão ardilosas criaturas. Conheça algumas.

POSSuirPossuir pertence à 3ª conjugação. Mas foge à regra. O desvio

reside na 3ª pessoa do singular. Os verbos regulares terminam com e (parte, abre, divide). Possuir pulou a cerca. Trocou o e pelo i. Muita gente desconhece o resultado. Escreve “possue”. Peca. A saída? Ajoelhar-se, pedir a compaixão divina e aprender a lição: eu possuo, ele possui, nós possuímos, eles possuem. (A regra vale para a turma uir. Entre eles, contribuir, distribuir e retribuir: contribui, distribui, retribui).

Mediar e remeDiarPai e filho dão tremenda dor de cabeça.

Mediar e remediar fazem parte da gangue do MARIO. Conhece? O nome da turma barra-pesada se formou com a letra inicial de cada membro – mediar, ansiar, remediar, incendiar e odiar. Todos se conjugam como odiar: odeio (medeio, anseio, remedeio, incendeio), odeia (medeia, anseia, remedeia, incendeia), odiamos (mediamos, ansiamos, remediamos, incendiamos), odeiam (medeiam, anseiam, remedeiam, incendeiam).

vigerOps! Vigir não existe. A forma é viger. Intolerante,

ele odeia o a e o o. Por isso só se conjuga nas formas em que essas vogais não aparecem depois do g. A 1ª pessoa do presente do indicativo (eu vigo) não tem vez. Nem o presente do subjuntivo. Que eu viga? Uhhhhhhhh! Nas demais, é regular. Conjuga-se como viver: vives (viges), vive (vige), vivemos (vigemos), vivem (vigem), vivi (vigi), vivia (vigia). Etc. e tal.

Como se Diz?Por que será? Nem Deus sabe. Certas palavras

caíram na boca do povo com a sílaba tônica trocada. O resultado é um só: a silabada bate pesado nos ouvidos. Quem sente o golpe não deixa por menos. Foge. E condena o pobre falante à danação eterna. Xô, satanás!

Lá no fimNobel, Mabel, papel e cruel se pronunciam do

mesmo jeitinho. A sílaba tônica é a última. Na dúvida, pense um pouco. Se Nobel fosse paroxítona, pertenceria à gangue de móvel e automóvel. Teria acento. Como não tem, a conclusão é uma só. O nome do prêmio mais cobiçado do planeta é oxítono e não abre.

S como SSSubsídio joga no time de subsolo,

subserviente, subsalário, subsaariano, subsimilar, subsíndico, subsinuoso. Em todas, dois denominadores comuns. Um: o s que vem depois de sub. O outro: pronuncia-se ss. Sem tossir nem mugir.

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Facilidades para administrarPortal oferece ferramentas digitais que auxiliam gestores,

exclusivas para empresas e órgãos públicos parceiros.

O rganizações parceiras do CIEE na administração de estágios e aprendizagem ganham, além do apoio confiável de uma entidade com 51 anos dedicados à inclusão profissional de jovens, uma série de ferramentas digitais facilitado-

ras da gestão dos programas, da primeira à última etapa. É o que mostra o passo a passo preparado por Agitação, com os serviços que empresas e órgãos públicos conveniados encontram no portal www.ciee.org.br.

O MAPA DAS FACILIDADES ON LINE

CIEE Serviços

EMPRESAS Quero ser parceiro Primeiro passo para formalização do convênio

pré-convênio Preenchimento de formulário para efetivar parceria com CIEE

aprendizes formados Banco de jovens capacitados pelo Programa Aprendiz

Legal aptos a atuar como celetistas, divididos por cidades cálculo da cota de aprendizes Auxilia a determinar o número de

contratações de capacitandos para atender à exigência legal

SERVIÇOS EXCLUSIVOS abertura de vaga Define se a procura é por estagiário ou aprendiz, e traça o perfil do candidato cadastro de supervisores Registra informações do funcionário responsável pelo estagiário

certificado de seguro obrigatório Emite o documento que comprova a cobertura em caso de acidentes pessoais de estagiários

contratados Apresenta o relatório geral da situação dos estagiários contratados

contratos futuros Informa a programação das vagas abertas pela empresa nos meses seguintes

encaminhados Relaciona os candidatos com seus currículos, para ajudar na seleção pela contratante

outros atendimentos Canal de comunicação com o CIEE para suporte ao parceiro

recesso de estágio Períodos recomendado para a concessão de férias a estagiários ativos relatório de atividades Emite o documento solicitado pela fiscalização para validar o estágio

rescisão de contrato Abre atalhos para agilizar a baixa em contratos rescindidos

términos futuros Prevê vencimento de contratos, auxiliando na gestão do programa e agilizando a reposição de vagas

termo de realização Gera documento dando conta do fim de contrato ou desligamento do estagiário

vagas em aberto Lista de vagas em processos seletivos, com detalhes das vagas e dos candidatos encaminhados após pré-seleção

SUPERVISORES DE ESTÁGIO curso para gestores (ead) Seis módulos sobre questões

legais, qualidade do estágio e orientações a supervisores

curso primeiro estágio Voltado a jovens que nunca

tiveram experiências práticas no mercado de trabalho

serviços exclusivos Área personalizada para convênios de grande porte

FINANCEIRO 2ª via de boleto Para pagamento

da contribuição institucional ao CIEE

Quitação anual de débitos do contratante Em atendimento à exigência legal

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Com a contratação de 41 estagiários, a prefeitura de Barro Preto/BA é a mais nova integrante do grupo de municípios da região a apoiar o esforço de capacitação prática de estudantes, alinhando-se a Itabuna, Camacã, Pau Brasil, Ibicaraí, Ituberá, Coaraci e Jequié, entre outras.

Parcerias

OPORTUNIDADES EM TODO O PAÍS

A Unisys, empresa de atuação mundial no segmento de tecnologia da informação, é uma das recentes parceiras do Aprendiz Legal em Campo Grande/MT, com a contratação inicial de jovens, com idade entre 14 e 24 anos, para formação profissional na modalidade Ocupações administrativas.

A prefeitura de Poxoréu/MT, a 250 quilômetros da capital Cuiabá, contrata 26 estagiários para atuar nas escolas de educação infantil da rede municipal. Beneficiados: estudantes dos cursos superiores de pedagogia, história, geografia, ciências biológicas, administração, ciências contábeis e direito.

Doze supermercados da rede Walmart firmaram parceria

com o CIEE para formação profissional de jovens na modalidade Comércio e varejo, em Salvador/BA.

A Itallian Hairtech – empresa especializada no desenvolvimento de produtos de alta tecnologia para cabeleireiros – faz capacitação prática, em paralelo com a formação teórica ministrada pelo CIEE, de aprendizes, em programa desenvolvido na fábrica de Atibaia/SP.

Em Araraquara/SP, a multinacional Hyundai Rotem acaba de firmar parceria com o CIEE para

administração de seu programa de estágio, que oferece aos estudantes oportunidade de capacitação prática em seus setores administrativos.

O Grupo Amaggi, um dos maiores produtores mundiais de soja e com relevante atuação no agronegócio em quatro grandes ramos (commodities, agro, navegação e energia), recém firmou convênio com o CIEE para contratação de aprendizes, em Mato Grosso.

A rede de cosméticos O Boticário ampliou parceria com o CIEE, desta vez em Camaçari/BA, com previsão de contratação de até 13 estagiários de engenharia. A rede já é parceira do Aprendiz Legal, cumprindo cotas legais de jovens para formação profissional.

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Mais duas empresas de Jequié/BA– o Grupo Amazonas e  a Biscoitos Petyan – aderiram ao Aprendiz Legal e já estão capacitando a primeira turma de 25 aprendizes na modalidade Auxiliar de produção.

O Ministério das Relações Exteriores mantém convênio de abrangência nacional com o CIEE, estabelecendo uma previsão de abertura de 520 vagas de estágio.

A Polícia Civil do Estado do Amazonas oferece oportunidade a mais de 100 estudantes para complementar, com a prática profissional, o aprendizado teórico adquirido na escola.

O Instituto Nokia de Tecnologia mantém 19 estagiários no centro instalado em anexo

à fábrica de eletrônicos que funciona em Manaus/AM.

A Igreja Universal do Reino de Deus inclui, em seu corpo funcional, aprendizes contratados para capacitação prática e teórica em Belém/PA.

A prefeitura de Alto Taquari/MT decidiu abrir 30 vagas para a contratação de aprendizes legais, que receberão capacitação prática e teórica visando à inserção no mercado de trabalho.

A Montreal Viagens e Turismo, sediada no Distrito Federal, é parceira do CIEE no programa Aprendiz Legal, que visa beneficiar jovens de 14 a 24 anos como oportunidade de formação profissional prática e teórica.

A prefeitura de Nova Guataporanga/SP, na região de Presidente Prudente, firmou parceria com o CIEE para administração do seu programa de estágio, investindo na capacitação profissional de novos talentos e aprimorando o atendimento à população.

Boa notícia para os estudantes do município de Luiz Antônio/SP, na região de Ribeirão Preto: a prefeitura firmou convênio para realizar programas de estágio e aprendizagem.

Objetivando incentivar universitários a desenvolver habilidades práticas e alunos do ensino médio a continuar os estudados, a prefeitura de Brasilândia/MS assinou convênio com o CIEE para a contratação imediata de 30 estagiários na área de educação.

Em Natal/RN, o CIEE venceu licitação para administrar o programa de estágio do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) em Natal.

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Leis & Serviços

O que é estágiO e qual seu ObjetivO principal?

Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido em ambiente de trabalho. Visa à preparação para o trabalho produtivo de estudantes que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação dos níveis superior médio, de educação profissional, de educação especial e dos últimos anos do ensino fundamental na modalidade profissional da educação de jovens e adultos, de acordo com o artigo 1º da Lei 11.788/2008.

qual a principal diferença entre estágiO e aprendizagem?

Como dito acima, estágio é ato pedagógico, com observância de requisitos legais específicos (Lei 11.788/2008), entre os quais remuneração por bolsa-auxílio, sem geração de vínculos empregatícios ou encargos trabalhistas e previdenciários. Já a aprendizagem, como previsto na Lei 10.097/2000, é objeto de um contrato de trabalho assalariado, com características especiais, como incentivos fiscais e vigência máxima de dois anos, tendo como objetivo a formação profissional de jovens de 14 a 24 anos, dividida nas modalidades prática e teórica.

quem pOde cOnceder estágiO?Empresas privadas, públicas e de economia

mista; órgãos da administração pública; instituições de ensino; entidades do 3º Setor; fundações; profissionais de nível superior devidamente registrados nos respectivos conselhos de fiscalização profissional, como advogados, engenheiros, contadores, etc.

quem pOde cOntratar aprendizes?

A contratação de aprendizes é exigência, com a devida fiscalização pelo Ministério do Trabalho, para empresas de médio e grande porte, de acordo com cotas estabelecidas pela Lei 10.097/2000, mas também vem sendo feitas por micro e pequenas empresas que, embora não obrigadas legalmente, vêm reconhecendo os benefícios dessa modalidade de preparação de futuros profissionais. Órgãos públicos também estão autorizados a contratar aprendizes, o que vem sendo feito por inúmeras prefeituras em todo o país.

qual O papel dO ciee na cOntrataçãO e administraçãO de prOgramas de estágiO e aprendizagem?

No caso do estágio, o CIEE atua como agente de integração entre estudante, instituição de ensino e organização concedente do estágio, oferecendo aos três serviços que facilitam e asseguram a legalidade do programa de estágio. Tais serviços vão desde o recrutamento e seleção dos jovens até o encerramento do termo de contrato de estágio. No caso da aprendizagem, além dos mesmos serviços, o CIEE também é credenciado pelo Ministério do Trabalho e Emprego como entidade capacitadora, isto é, autorizada a ministrar os cursos teóricos obrigatórios e devidamente alinhados à área de atuação do aprendiz.

Esta seção visa difundir a prática do estágio e da aprendizagem como valiosas modalidades de inclusão socioeducativa dos jovens brasileiros.

Consultas: agitaçã[email protected].

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•GerênciaRegionalNordesteSul(71) 2108 8901 Av. Tancredo Neves, 620, Ed. Mundo Plaza, Lj. 158, Térreo, Caminho das Árvores, Salvador/BA Responsável: AlessandroSalvatoreAtinnã

REDE NACIONAL CIEE NACIONALBrasília (Sede): (61) 3046-5848

EQSW 304/ 504, Lote 2, Ed. Atrium, Setor Sudoeste Responsável: Paulo Delgado

Rede CIEE

•GerênciaRegionalJundiaíeSorocaba(11) 4583 4480 R. Vinte e Três de Maio, 38, Vl. Vianelo, Jundiaí/SP Responsável: RicardoMargePereira

•GerênciaRegionalBaixadaeGrandeSãoPaulo(13) 3229 8900Av. Ana Costa, 79 - Loja, Centro, Santos/SPResponsável: RodrigoReisSessa

•GerênciaRegionalCampinas(19) 3705 1508 R. Tiradentes, 195, Vila Itapura, Campinas/SP Responsável: RosângelaPereira

•GerênciaRegionalNoroesteSãoPaulo(17) 3211 2966R. Presciliano Pinto, 3330, Santos Dumont, São José do Rio Preto/SPResponsável: ValdisneiGodoyTalhari

•GerênciaRegionalCentro-Oeste(62) 4005 0760 End.: R. Três, 1.245, Centro, Goiânia/GO Responsável: CláudioRodrigodeOliveira

•GerênciaRegionalDistritoFederal(61) 3701 4800End: EQSW 304/ 504, Lote 2, Ed. Atrium, Setor Sudoeste, Brasília/DFResponsável: MônicaBatistaVargasdeCastro

•GerênciaRegionalNorte(92) 2101 4272 End.: R. João Alfredo, 453, São Geraldo, Manaus/AM Responsável: SérgioAlencardaSilva

CIEE NACIONAL

CIEE/SP

EStadoS Com admInIStração do CIEE/SP

EStadoS Com admInIStração dE CIEEs autônomoS

•GerênciaRegionalNordeste(85) 4012 7600End.: Av. Barão de Studart, 2360, Aldeota, Fortaleza/CE Responsável: RobérioHenriqueCosta

RECIFE

VItóRIa BELO HORIZONtE

RIO DE JaNEIRO

SÃO PaULO CURItIBa

FLORIaNóPOLIS

PORtO aLEGRE

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Rede CIEE

CENTRO-OESTE, NORTE E NORDESTESUPERINTENDÊNCIA DE ATENDIMENTO R. Tabapuã, 445, 8º andar, São Paulo/SP, (11) 3040 6589

Superintendente: Marcelo Gallo

SÃO PAULOSUPERINTENDÊNCIA DE ATENDIMENTOR. Tabapuã, 445, 8º andar, São Paulo/SP, (11) 3040 7421

Superintendente: Luiz Gustavo Coppola

PA: Posto de AtendimentoPIE: Posto em Instituição de Ensino

PA Maracanaú (85) 3521 5053 Av. Dois, 150, Centro Adm. Jereissati I

Responsável: Yvina Marley Araújo

•CIEEJuazeirodoNorte (88) 3512 5995 R. Padre Cícero, 817, Centro

Responsável: SamaraJesuína Ribeiro da Silva

•CIEESobral(88) 3695-1850 R. Jornalista Deolindo Barreto, 1113, Centro

Responsável: Raphaele Fernandes Campos

DISTRITO FEDERAL•CIEEBrasília (61) 3701 4800

EQSW 304/ 504, Lote 2, Ed. Atrium, Setor Sudoeste

PIEBrasília (61) 3273-0024 Centro Universitário de Brasília (UCB), Qs 07 Lote EPCT

PIEBrasília (61) 9916 9663 Universidade de Brasília (UnB), MASC, Centro, Sl. 8 Campus Uni Darci Ribeiro, Asa Norte

PIE Taguatinga (61) 3356-9324 Centro Universitário de Brasília (Uniceub), QS 07 Lote 1 EPCT

Responsável: MônicaBatista Vargas de Castro

•CIEEAlphaville(11) 4134 3600 Prç. das Hortênsias, 56, Barueri

PA Caieiras (11) 4605 6405 Av. Prof. Carvalho Pinto, 207, Centro

Supervisão: Paulo Donizeti

•CIEEAraçatuba (18) 3625 1088 R. Torres Homem, 406, Centro

PIE Andradina (18) 3722 9082 Faculdades Integradas Rui Barbosa (Firb), R. Rodrigues Alves, 735, Jd. das Águas

Supervisão: JamesLourençoJúnior

•CIEEAraraquara (16) 3333 4441 R. Expedicionários do Brasil, 2.269, Centro

PIEAraraquara (16) 3322 1736 Universidade de Araraquara (Uniara), R. Carlos Gomes, 1.338, Centro

PA Matão (16) 3384 9986 R. Domingos Schiavetto, 460, Jd. Balista

PA São Carlos (16) 3364 2334 R. São Sebastião, 1.810, Centro

Supervisão: Renato Malta

•CIEEBauru (14) 3104 6000 Prç. Rodrigues de Abreu, 2-4, Centro

PA Avaré (14) 3732 9504 R. Rio de Janeiro, 1.640, Centro

PIEBotucatu (14) 3732 9504 Centro Universitário Nove de Julho (Uninove), R. Sete de Setembro, 10-A, Centro

PIEJaú (14) 3626 7573 Fundação Educacional Dr. Raul Bauab, R. Tenente Navarro, 642, Jd. Miraglia

Supervisão: SimoneEstruque

•CIEECampinas (19) 3705 1508 R. Tiradentes, 195, Vl. Itapura

PIE Campinas (19) 3343 7030 PUC Campinas, Rod. D. Pedro I, km 136, Pq. das Universidades

PIE Indaiatuba (19) 3834 3470 Faculdade Anhanguera de Indaiatuba, R. Cláudio Dal Canton, 89, Cidade Nova II

PA Vinhedo (19) 3876 1511/4965 Av. Benedito Storani, 1.390,

Jd. Alves Nogueira Supervisão: Rosângela Pereira

•CIEEFranca (16) 3724 3636 R. Tomaz Gonzaga, 1.627, Centro

PIEBatatais(16) 3661 0069 Centro Universitário Claretiano (Ceuclar), R. Dom Bosco, 466, Pq. Castelo

PIE Ituverava (16) 3729 2949 Fundação Educacional de Ituverava (FEI), R. Cel. Flauzino Barbosa Sandoval, 1.259, Centro

Supervisão: DelduqueCaleiroPalma

•CIEEGuarulhos (11) 2468 7000

R. Luis Faccini, 553, Centro Supervisão: Simone Lopes

•CIEEJundiaí(11) 4583 4480

R. Vinte e Três de Maio, 38, Vl. Vianelo PA Atibaia (11) 4418 4848,

R. José Alvim, 42, Sl. 11/2º piso, Centro PIEBragançaPaulista (11) 4035 4485

Universidade São Francisco (USF), R. São Francisco de Assis, 218, Sl. 10, Jd. São José

Supervisão: Ricardo Marge Pereira

•CIEEMarília (14) 3402 0880, Av. Santo Antônio, 646, Alto Cafezal

PIE Ourinhos (14) 3326 4434 Faculdades Integradas de Ourinhos (FIO), Rod. BR 153, km 339, Água do Cateto

Supervisão: Mariangeli da Silva

•CIEEMogidasCruzes (11) 4799 2500

R. Dom Antônio Cândido de Alvarenga, 492, Centro

PIE Mogi das Cruzes (11) 4699-2460 Universidade Mogi das Cruzes, Av. Cândido Xavier de Almeida Souza, 200, Centro

PIE Mogi das Cruzes (11) 4699-2460 Universidade Braz Cubas, Av. Francisco Rodrigues Fº, 1.233, Centro

PA Suzano (11) 4747 3909 Travessa Manoel Moreira, 135, Centro

Supervisão: Marcelo Muniz Paixão

•CIEEMogiGuaçu (19) 3841 2766 R. Chico de Paula, 1.000, Centro

PAJaguariúna (19) 3867-0617 Faculdade Jaguariúna (FAJ), Rod. Ademar de Barros, km 127, Pista Sul

PIE Mococa (19) 3665 5251 Fundação Universitária Vida Cristã (Funvic), Av. Mons. Demósthenes Paraná Brasil Pontes, 2.131, Cohab Gil Rosseti

PIESãoJoãodaBoaVista (19) 3623 3344 Centro Universitário da Fundação Octavio Bastos (UniFeob), R. Riachuelo, 571, Centro

Supervisão: Ana Paula Palamini Pini

•CIEEOsasco (11) 3681 5360 R. Dep. Emílio Carlos, 840, Vl. Campesina

PIE Osasco (11) 3682 2967 Centro Universitário Fieo (UniFieo), R. Franz Voegeli, 300, Continental

Supervisão: Leonardo Filenti

ACRE•CIEERioBranco (68) 3224 6290

Av. Getúlio Vargas, 3.640, Cj. Procon, Lado A Responsável: Luiz André Oliveira da Silva

ALAGOAS•CIEEMaceió (82) 3338 2650

Av. Mendonça Jr., 1.190, Gruta de Lourdes PA Arapiraca (82) 3522 2109

R. Dr. Pedro Correia, 330, Centro Responsável: Fabiana Porto

AMAPÁ•CIEEMacapá (96) 3225 3989

Av. Raimundo Álvares da Costa, 1.226, Centro Responsável: Ismael Ângelo da Silva

AMAZONAS•CIEEManaus (92) 2101 4272

R. João Alfredo, 453, São Geraldo PIE Manaus (92) 3082 2864

Centro Universitário do Norte (Uninorte) R. Dez de Julho, 873, Centro

Responsável: CláudioJoséL.Ferreira

BAHIA•CIEESalvador(71) 2108 8901

Av. Tancredo Neves, 620, Ed. Mundo Plaza, Lj. 158, Térreo, Caminho das Árvores

Responsável: LucianaGomesV.deMenezes

•CIEECamaçari (71) 3622 4848 Av. Francisco Drummond, 194, Centro

Responsável: Nilson Neiva Tedgue

•CIEEFeiradeSantana (75) 3623 2866 Av. Maria Quitéria, 2.381, Cel. José Pinto

Responsável: CláudioMoreiradaSilva

•CIEEItabuna (73) 3613 8469 Av. Duque de Caxias, 359, Centro

PA Ilhéus (73) 3634 1408 Av. Osvaldo Cruz, 43, Cidade Nova

Responsável: Gersolita Almeida

•CIEEVitóriadaConquista (77) 3424 4714 Av. Vivaldo Mendes Ferraz, 908, Recreio

Responsável: Daniela Oliveira Matos

CEARÁ•CIEEFortaleza (85) 4012 7600

Av. Barão de Studart, 2.360, Aldeota PIE Fortaleza (85) 3239 0051

Universidade de Fortaleza (Unifor), Av. Washington Soares 1.321, Bairro Edson Queiroz

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•CIEEPaulínia(19) 3833 3952 R. Dr. Silvino de Godoy, 89, Jd. Itapuan

PIE Americana (19) 3405 6621 Centro Universitário Salesiano de São Paulo (Unisal), Av. De Cillo, 3.500, Pq. Novo Mundo

PA Hortolândia (19) 3865 5504 Av. Santana, 1.070, Jd. Amanda I

PASantaBárbaraD´Oeste (19) 3455 6126 R. Riachuelo, 739, Centro

Supervisão: LucianaBragil

•CIEEPiracicaba (19) 3447 7300 R. Cristiano Cleopath, 336, Centro

PIE Piracicaba (19) 3424 5242 Universidade Metodista de Piracicaba

PA Limeira (19) 3453 5845 R. Raul Machado, 134, Vl. Queiroz

PA Porto Ferreira (19) 3585 2040 R. D. Balbina, 923, Centro

Supervisão: Marisa Cury

•CIEE Presidente Prudente (18) 3222 9733 R. Joaquim Nabuco, 849, Centro

PIE Adamantina (18) 3521 2271 Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI), Av. Nove de Julho, 730, Centro

Supervisão: Maria Cristina Ribeiro

•CIEERibeirãoPreto (16) 3913 1000 R. Inácio Luiz Pinto, 388, Jd. Califórnia

PIE Ribeirão Preto (16) 3624 9394 Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp)

PIEJaboticabal(16) 3202 8884 Faculdade São Luís, R. Floriano Peixoto, 873, Centro

PA Sertãozinho (16) 3945 4190 Av. Antônio Paschoal, 467, Centro

PABebedouro (17) 3342 6553 R. José Stamaco Sobrinho, 151, Centro

Supervisão: Adriel Luiz Gennaro

•CIEESantos (13) 3229 8919 Av. Ana Costa, 79, loja, Encruzilhada

PA Registro (13) 3821 5600 Av. Prof. Jonas Leite, nº 456, Sls. 205 e 207, Centro

Supervisão: Rodrigo Reis Sessa

•CIEESãoBernardodoCampo (11) 4126 9200 R. Jacquey, 122, Rudge Ramos- São Bernardo/SP; CEP: 09634-000

Supervisão: Edson Grossi

•CIEESãoCaetanodoSul (11) 4228 9310 R. Alegre, 1.162, Santa Maria

PA Santo André (11) 4427 8277 R. Cel. Francisco Amaro, 175, Centro

Supervisão: Carlos Eduardo Segantin

•CIEESãoJosédosCampos (12) 3904 9990 R. Cel. João Cursino, 53, Vl. Icaraí

PA Caçapava (12) 3655-4719 R. Benjamim Raimundo da Silva, 30, Vl. São João

PIE Caraguatatuba (12) 3889 1060/ 3883 7866

Módulo Centro Universitário (Unimódulo), Av. Frei Pacífico Wagner, 653, Centro

PAJacareí (12) 3961 2446 R. 15 de Novembro, 14, Centro

Supervisão: Guilherme Rosa

•CIEESãoJosédoRioPreto (17) 3211 2966 R. Presciliano Pinto, 3.300, Santos Dumont

PABarretos (17) 3322 4178 Av. 29, 1131, Centro

PA Catanduva (17) 3524 5258 R. Alagoas, 137, Centro

PAOlímpia (17) 3279 9003/ 8987 Av. Waldemar Lopes Ferraz, 900-B, Centro

Supervisão: Nei Godoy

•CIEESorocaba (15) 3212 2900 R. Rui Coelho de Oliveira Fº, 119, Jd. Faculdade

PIE Sorocaba (15) 3233 7303 Faculdade Anhanguera, Av. Armando Pannunzio, 1.478, Jd. Vera Cruz

PA Itapetininga (15) 3271 3530 R. Mons. Soares, 251

PA Salto (11) 4602 5240 R. José Rével, 270, Centro

Supervisão: Amanda Lorenzzi

•CIEETaboãodaSerra (11) 4788 1520, R. Comendador Ângelo Rinaldi, 113, Pq. Santos Dumont

PA Taboão da Serra (11) 4787 8792, R. Cesário Dau,535, Jd. Maria Rosa

Supervisão: Luciano Palancio

•CIEETaubaté (12) 3634 8084, R. Dr. Pedro Costa, 270, Taubaté

PIE Lorena (12) 3157-5554 Faculdade Salesiana de Lorena (Unisal), R. D. Bosco, 284, Centro

Supervisão: ValquíriaAgassi

MINAS GERAIS•UNIDADEAPRENDIZLEGAL

(31) 3347 3978 R. dos Otoni, 274, Santa Efigênia, Belo Horizonte

Responsável: Ludmila Padre Cardoso

PA: Posto de AtendimentoPIE: Posto em Instituição de Ensino

POSTOS DE ATENDIMENTO NA CAPITAL PAULISTA

•CentroUniversitário Anhanguera (11) 5844 2360 Rua Siqueira Bueno, 929, Belenzinho

•CentroUniversitário Anhanguera (11) 5844 2360 Estrada do Campo Limpo, 3.677, Campo Limpo

•CentroUniversitárioEstácioRadial/ EstácioUniradial (11) 5072 2125 Av. Jabaquara, 1870, Saúde

•CentroUniversitárioSantana/ UniSantana (11) 2592 8827 R. Voluntários da Pátria, 411, Santana

•PontifíciaUniversidadeCatólica deSãoPaulo/PUC-SP (11) 3862 8809 R. Ministro Godoi, 969, Perdizes

•UniversidadeCruzeiro doSul/Unicsul(11) 2033 1755 R. Dr. Ussiel Cirilo, 225, Portaria C, São Miguel Paulista

•UniversidadeNovedeJulho/ Uninove (11) 5521 0341 R. Amador Bueno, 389, Santo Amaro

•UniversidadePaulista/Unip (11) 3611 0910 R. Marquês de São Vicente, 3.001, Barra Funda

•UniversidadePresbiteriana Mackenzie (11) 3129 4260 R. Itambé, 135, Prédio 19, Consolação

•UniversidadeSãoJudas (11) 2291 3651 R. Taquari, 546, 2º Andar, Sl. 201C, Mooca

•PASãoPaulo(11) 0000 0000 R. Canadá, 111, Jd. América

PA: Posto de AtendimentoPIE: Posto em Instituição de Ensino

GOIÁS•CIEEGoiânia (62) 4005 0750

R. Três, 1.245, Qd 81, Lote 12, Centro PIE Goiânia (62) 3095 5929

Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), Prç. Universitária, 1.440, Setor Universitário

PIE Itumbiara (64) 3431 5944 Instituto Luterano de Ensino Superior (Iles/Ulbra), Av. Beira Rio, 1.001, Nova Aurora

PAAnápolis (62) 3321 3500 R. 14 de Julho, 845, Térreo, Centro

PA Rio Verde (64) 3602 1085 R. Costa Gomes, 773, Sala B, Centro

Responsável: Vanildes Rabelo

MARANHÃO•CIEESãoLuís (98) 3194 1000

R. dos Bicudos, 2, Renascença II PA Imperatriz (99) 3523 4167

Av. Dorgival Pinheiro de Sousa, 376, Centro Responsável: PollyanaBlanco

MATO GROSSO•CIEECuiabá (65) 2121 2450

R. Barão de Melgaço, 2.754, Ed. Work Tower, Sl. 702/703, Térreo, Centro

PARondonópolis(66) 3421 6576 R. Otávio Pitaluga, 2.078, Lote 25, ed. 10, Lasalle

PA Sinop (66) 3515 6903 R. das Pitangueiras, 811, Centro

Responsável: UgoSilva

MATO GROSSO DO SUL•CIEECampoGrande (67) 3318 0400

R. Rio Grande do Sul, 210/220, Jd. dos Estados

PIE Campo Grande (67) 3365-8261 Universidade Católica D. Bosco (UCDB), Av. Tamandaré, 6.000, Jd. Seminário

PA Dourados (67) 3421 7555 Av. Marcelino Pires, 1.033, Sl. A, Centro

Responsável: AlineBarbosadosSantos

PARÁ•CIEEBelém (91) 3202 1450

R. dos Mundurucus, 2.710, Nazaré PAMarabá (94) 3322 4007

Out. Folha 32, S/N QD. 6 LT. 54 SL 1, 2º andar, Nova Marabá

PA Santarém (93) 3524 2676 Av. Coaracy Nunes, 3.345, Caranasal

Responsável: Giuliano Pinto

PARAÍBA•CIEEJoãoPessoa(83) 2107 0450

Av. Monteiro Lobato, 556, Tambauzinho

PA Campina Grande (83) 3341 2212 R. José de Alencar, 584, Bela Vista

PIAUÍ•CIEETeresina (86) 3194 5800

Av. Campos Sales, 1.315, Centro Responsável: HellenyBatista

RIO GRANDE DO NORTE•CIEENatal (84) 3089 7700

Av. Prudente de Morais, 6.055, Candelária

Responsável: VitóriaPais

•CIEEMossoró (84) 3323 7450 Av. Alberto Maranhão, 2.070, Centro

Responsável: FláviaFernanda Moraes Lopes

RONDÔNIA•CIEEPortoVelho (69) 3221 3687

Av. Calama, 2.472,.Sls. 1 e 3, 1º andar, São João Bosco

Responsável: Caroline Araújo

RORAIMA•CIEEBoaVista (95) 3624 2760

R. Cecília Brasil, 1.055, Centro Responsável: Leidiane

Farias Pontes

SERGIPE•CIEEAracaju(79) 3214 4447

R. Silvio César Leite, 116, Salgado Filho Responsável: JúlioCésardaSilva

TOCANTINS•CIEEPalmas (63) 3215 4927

Quadra 104 Norte, R. Ne, 3, Lote 12, Sl.1, Ed. São Carlos

Responsável: Ivanilson Lourenço Alves

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SUPERINTENDÊNCIA EDUCACIONALRua Tabapuã, 445, 6º andar, Itaim Bibi, São Paulo/SP, tel. (11) 3040 7471

Superintendente: Eduardo de Oliveira

PROGRAMAAPRENDIZLEGAL em parceria com empresas e órgãos públicos oferece formação técnico-profissional a jovens de 14 a 24 anos, auxiliando empresas a cumprir as cotas determinadas pela Lei 10.097/2000

PROGRAMADEEDUCAÇÃOÀDISTÂNCIA em constante processo de ampliação, sua grade oferece 41 cursos gratuitos, com temas que vão desde atualização gramatical até postura em processos seletivos e uso de smartphones

PROGRAMADEDESENVOLVIMENTOESTUDANTILEPROFISSIONAL oferece cursos, oficinas e palestras presenciais gratuitas, destinados a reforçar as habilidades valorizadas em processos seletivos e nos ambientes profissional e escolar

PROGRAMADEORIENTAÇÃOEINFORMAÇÃOPROFISSIONAL ministra palestras, dinâmicas e oficinas gratuitas, objetivando esclarecer dúvidas e orientar os jovens e pais sobre a escolha de carreira

CURSOSGRATUITOSDEINFORMÁTICA ministrados em modernos laboratórios capacitam os alunos em informática, competência essencial para conquista de vagas de estágio, aprendizagem e emprego

PROGRAMACIEEDEALFABETIZAÇÃOESUPLÊNCIAPARA ADULTOS abrange ensino fundamental (de 1ª a 9ª série) e médio (do 1º ao 3º ano), com certificação pelo MEC e fornecimento gratuito aos alunos de material escolar, uniforme, vale-transporte e lanche

POPRUA em parceria com a Prefeitura de São Paulo auxilia na preparação para o mercado de trabalho de moradores de rua dispostos a buscar oportunidade de emprego

CAPACITAÇÃOEMPRESÍDIOS auxilia na preparação de detentos em regime semiaberto para a busca de oportunidade de trabalho, imediata ou posterior à soltura

ESPÍRITO SANTO (CIEE/ES)•Vitória(Sede) (27) 3232-3200

Av. Princesa Isabel, 629, 2º andar, Sl. 202, Centro Superintendente executivo: JossylCésarNader

MINAS GERAIS (CIEE/MG)•BeloHorizonte(Sede) (31) 3429 8.100

R. Célio de Castro, 79, Floresta Superintendente executivo: Sebastião Alvino Colomarte

PARANÁ (CIEE/PR)•Curitiba(Sede) (41) 3313 4300

R. Ivo Leão, 42, Alto da Glória Superintendente executivo:AntônioBasílioBudaldaCosta

PERNAMBUCO (CIEE/PE)•Recife(Sede) (81) 3131 6000

R. do Progresso, 465, 1º andar, Sl. 103, Boa Vista Superintendente executivo: Germano Vasconcelos Coelho

RIO GRANDE DO SUL (CIEE/RS)•PortoAlegre(Sede) (51) 3284 7000

R. D. Pedro II, 861, Higienópolis Superintendente executivo: Luis Carlos Eymael

RIO DE JANEIRO•Capital(Sede) (21) 2505 1200

R. da Constituição, 65/67, Centro Superintendente executivo: Paulo Pimenta Gomes

SANTA CATARINA (CIEE/SC)•Florianópolis(Sede) (48) 3216 1400

R. Antônio Dib Mussi, 73, 1º andar, Centro Superintendente executivo: Anibal Dib Mussi

CIEE SÃO PAULO

• EspaçoSociocultural-TeatroCIEE R. Tabapuã, 445

• Prédio-EscolaCentro (11) 3111 3000 R. Maria Paula, 212, Centro Velho

Rede CIEE

CIEES AUTÔNOMOS

OUTRAS AÇÕES SOCIAIS E FILANTRÓPICAS

PROGRAMAPESSOASCOMDEFICIÊNCIA visa à inclusão profissional de pessoas nesse segmento, com o encaminhamento para vagas de estágio, aprendizagem e emprego, auxiliando as empresas a cumprir a Lei de Cotas

CAMPANHANACIONALSOBREDROGASNASESCOLASSUPERIORES em parceria com a Secretaria Nacional de Política Sobre Drogas (Senad) do Ministério da Justiça, promove seminários gratuitos em campi, com especialistas de alto nível e distribuição de folders científicos, visando à prevenção ao uso de drogas

• Prédio-EscolaBacelar (11) 2348 2300 R. Dr. Bacelar, 1.066, Vl. Mariana,

• Prédio-EscolaMooca (11) 3123 0770 R. Barão de Monte Santo, 435, Mooca

Informações e cadastramento gratuito: www.ciee.org.br

Informações e cadastramento gratuito: www.ciee.org.br

FEIRADOESTUDANTE-EXPOCIEE anualmente, coloca jovens em contato com empresas que oferecem estágio, escolas que trazem novidades educacionais e palestrantes especializados em carreira, mercado de trabalho e outros temas

CURSINHOPRÉ-VESTIBULARGRATUITO oferece condições de igualdade no acesso a universidades para estudantes carentes da periferia paulistana, em parceria com subprefeituras e entidades sociais

• AtendimentoaoEstudanteItaimBibi (11) 3040 9800 R. Tabapuã, 500

• AtendimentoaoEstudanteCentro (11) 3111 3000 R. Genebra, 65/67

CICLOSDEDIFUSÃODECONHECIMENTOS promovem palestras, seminários, encontros com escritores, espetáculos artísticos e outros eventos culturais, sempre com total gratuidade

A rede de atendimento administrada pelo CIEE/SP cobre 19 estados mais o Distrito Federal e conta, além das unidades físicas, com sistema operacional informatizado a serviço de estudantes, empresas, órgãos públicos e instituições de ensino. Além da atuação em prol da inclusão

social de jovens por meio do estágio e aprendizagem, oferece mais de uma dezena de programas filantrópicos e sociais gratuitos.

Sede R. Tabapuã, 540, Itaim Bibi, São Paulo/SP www.ciee.org.br /oficial.ciee

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Cartas

O reflexo dos males do Brasil repousa na precariedade da educação de qualidade. De muita utilidade a coletânea de artigos para o fim da vulnerabilidade social, enfeixada no livro Educação: a rota para o fim da vulnerabilidade social, de Luiz Gonzaga Bertelli.

Lázaro de Mello Brandão. Presidente do Conselho de Administração do Bradesco e membro benemérito do CIEE. São Paulo/SP

É com grande satisfação que tenho em mãos a magnífica coletânea de artigos Educação: a rota para o fim da vulnerabilidade social, de Luiz Gonzaga Bertelli. Certamente a leitura será prazerosa e de grande valia.

Mércio Felsky. Presidente do Conselho do CIEE/SC. Florianópolis/SC

VuLneraBiLidade soCiaL

O subtítulo do livro Educação: rota para o fim da vulnerabilidade social, muito esclarecedor, é um programa político para o Brasil.

antônio F. Costella. Campos do Jordão/SP

Parabenizo Luiz Gonzaga Bertelli pelo livro Educação: a rota para o fim da vulnerabilidade social. É muito bonito – e produtivo! – o trabalho incansável do autor por essa causa que é, de fato, o mais claro dos caminhos a tomar.

Heloisa Barbuy. Membro da Academia Paulista de História (APH). São Paulo/SP

O livro Educação: rota para o fim da vulnerabilidade social será uma rica contribuição para nossa biblioteca e, consequentemente, para os nossos estudantes. É importante uma obra como essa, enriquecendo e ampliando nossos saberes sobre o assunto.

sebastião alvino Colomarte. Superintendente executivo do CIEE/MG. Belo Horizonte/MG

Bons serViços

Gostaria de registrar um elogio à equipe de funcionários do CIEE em Ilhéus. Eles tem se dedicado muito à melhoria dos processos e vejo resultados. Um exemplo foi o e-mail que recebemos informando sobre o término do contrato dos aprendizes – lógico que temos esse controle na empresa, mais foi muito bom ver o CIEE acompanhando e nos alertando antecipadamente da finalização. Além disso, estamos tendo um maior apoio nos processos seletivos para aprendiz, o que facilita bastante a nossa rotina, entre outras situações.

Walquíria Paulo sartório. Encarregada de Administração de Pessoal/RH. Cargill Agrícola. Ilhéus/BA

VaLor da FaMíLia

Parabenizo Ruy Martins Altenfelder Silva pelo livro Saúde, educação e família, cujo tema, ligado ao processo de formação cidadã, evidencia a importância de o norte da atuação familiar ser dado pelos referenciais éticos da justiça, da solidariedade e da busca da equidade, para o desenvolvimento social e profissional de qualquer cidadão.

Ministro antónio José de Barros Levei. Presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Brasília/DF

Ano XVIII Nº 122 março/abril 2015

DiretorLuiz Gonzaga Bertelli, MTb 10.170

(presidente executivo do CIEE)

Conselho EditorialRuy Martins Altenfelder Silva,

Gaudêncio Torquato, Luiz Gonzaga Bertelli e Jacyra Octaviano

REDAÇÃOEditora executiva: Jacyra OctavianoRedatores/Assessoria de Comunicação do CIEE: André L. Rafaini Lopes, Cláudio Barreto, Elizabeth da Conceição e Roberto MattusColaboradores: Ana Regina Noto; Curitiba/PR Sergio Almeida; Recife/PE Marco Iunes; Florianópolis/SC Janahyna Motta; Porto Alegre/RS Angela Caporal; São José do Rio Preto/SP Márcia de Freitas; Vitória/ES Rodrigo FernandesFotografia: Servfoto e colaboradores ARTE: LazuliRevisão: Mário G. AthaydeImpressão: Plural

As matérias publicadas nesta edição poderão ser reproduzidas, total ou parcialmente, desde que citada a fonte. Solicitamos que as reproduções de matérias sejam comunicadas à redação. As opiniões expressas em artigos assinados não coincidem necessariamente com a opinião da revista. Agitação é revista institucional, editada e distribuída gratuitamente pelo Centro de Integração Empresa-Escola - CIEE a estudantes, instituições de ensino, empresas, órgãos governamentais, bibliotecas públicas e sociedade em geral. Redação: Rua Tabapuã, 445 - 3º andar - Itaim Bibi - São Paulo/ SP - CEP 04533-011 Tel.: (11) 3040-6527/6526 - e-mail: [email protected].

Exemplares atrasados podem ser solicitados à redação ou baixados/consultados em versão digital

acessando o site www.ciee.org.br.

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Cartas devem ser enviadas para [email protected], com seus autores identificados com nome, cargo, empresa e endereço. Agitação se reserva o direito

de editar e/ou reduzir as cartas recebidas para clareza ou por motivo de espaço.

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Paulo Nathanael Pereira de Souza

é membro da Academia Paulista de Letras (cadeira 12),

presidente da Academia Paulista de Educação e

presidente emérito do CIEE.

Maurois, só podem existir dois caminhos existenciais e comunicativos para inspirar romancistas, historiadores, ensaístas e poetas: os mágicos, que nada querem expli-car racionalmente, mas apenas constatar a existência humana como fruto do milagre da vida posto a serviço da criatividade literária; e os lógicos ou racionalistas, que preferem enxergar a vida e o mundo como expres-sões científicas, objetivas e sistêmicas de tudo quanto faz e pensa o homem. Não há nessa dicotomia qual-quer intuito moralista ou indicação de superioridade. Ambas as visões são igualmente legítimas e capazes de criar, para o gozo estético ou o saber enciclopédico dos leitores, um mundo de maravilhas e belezas consubs-tanciadas no conjunto das obras criadas por cada qual.

O que moveu Maurois foi apenas um referenciamen-to didático dada a visão predominante de cada autor, documentada em seus textos. Assim é que, entre os ma-giciens, coloca Kipling, Chesterton, Conrad, Mansfield e Lawrence; e situa, entre os logiciens, Wells, Strachey, Huxley e Shaw. Constrói, assim, seus nove ensaios ma-gistrais, que salvaram o meu trânsito de 2014 para 2015, fazendo-me reler e ressituar as mensagens de cada um deles na ótica originalíssima dos sonhadores versus cal-culadores, se bem haja em todos eles doses perceptíveis e dominantes de uma das duas visões intelectuais, até porque os gênios jamais conseguirão construir obras de uma nota só.

Paulo Nathanael Pereira de Souza

Aproveitei o inevitável parêntese entre Natal e Réveillon, não apenas para curtir o peru assado e o champanhe

de França, mas também descobrir uma leitura amena, capaz de alimentar o intelecto. Topei, sem querer, com uma obra rara e saborosíssima assinada por André Maurois, judeu francês que, ao nascer em 1885, se chamou Émile Salomon Wilhelm Herzog. Originário de Elbeuf, na Alsácia, foi ainda novo com os familiares para a Normandia (Rouen), onde frequentou o conceituado Liceu Pierre Corneille. Dadas as dificuldades de uma época de antijudaísmo ativo e paixões racistas na França das grandes guerras de 1914 e 1939, por medida de segurança, trocou o nome por outro menos com-prometedor, que acabaria internacionalmente famoso.

Seu primeiro livro, O Silêncio do Coronel Bramble, o cre-denciou a frequentar os altos círculos culturais da França e, à medida que trabalhos de grande qualidade biográfica e robusto ensaísmo crítico foram aparecendo, sua fama cresceu até conduzi-lo, em 1938, à Academia Francesa de Letras. Entre as duas guerras, atuou fortemente, não só como soldado em campo de batalha, mas também como diplomata, nas negociações para a assinatura dos tratados de paz. Enquanto isso, apareciam as biografias de Disraeli, Shelley, Byron, Balzac, Proust, Chateaubriand, e as monu-mentais História da Inglaterra e Memórias, que o imortali-zaram como escritor de primeira linha. Em 1967, faleceu e foi sepultado em Neuilly sur Seine, vilarejo em que vivia, próximo a Paris.

A obra que apanhei no fundo da estante e que me ajudou a atravessar a chatice dos feriados, intitula-se Magiciens et logiciens (Mágicos e lógicos), publicada no Brasil nos anos 30 do século passado. Trata-se da reunião de nove alenta-dos ensaios que buscam iluminar, em enfoques críticos tão inteligentes quão eruditos, o significado oculto dos roman-ces, dos poemas e das visões mágicas ou científicas dos seus autores: Rudyard Kipling, H. G. Wells, Bernard Shaw. G. K. Chesterton, Joseph Conrad, Lytton Strachey, Katherine Mansfield, D. H. Lawrence e Aldous Huxley. Porque, para

Serv

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Ponto Final

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Nosso papel é ajudar a transformar a vida dos jovens brasileiros.O CIEE ajuda na inclusão social dos jovens, principalmente dos menos favorecidos, para que eles cresçam como indivíduos e profissionais, concedendo bolsa-auxílio e salário aos estagiários e aprendizes.

Os serviços são oferecidos gratuitamente.

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Sede CIEE: Rua Tabapuã, 540Itaim Bibi • São Paulo/SP • CEP 04533-001Tel.: (11) 3046-8211Abra as portas da sua empresa para os nossos jovens.

Saiba mais em: /oficial.cieewww.ciee.org.br

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