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    PROPRIEDADE DA PETROBRAS 8 pginas

    ESTRUTURAS OCENICAS -CARGAS DE PROJETO -

    EQUIPAMENTOS E SOBRECARGASProcedimento

    Cabe CONTEC -Subcomisso Autora, a orientao quanto interpretao dotexto desta Norma. O rgo da PETROBRAS usurio desta Norma oresponsvel pela adoo e aplicao dos seus itens.CONTEC

    Comisso de NormasTcnicas Requisito Tcnico: Prescrio estabelecida como a mais adequada e que

    deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Umaeventual resoluo de no segu-la (no-conformidade com esta Norma) deveter fundamentos tcnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelorgo da PETROBRAS usurio desta Norma. caracterizada pelos verbos:dever, ser, exigir, determinar e outros verbos de carter impositivo.

    Prtica Recomendada: Prescrio que pode ser utilizada nas condiesprevistas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade dealternativa (no escrita nesta Norma) mais adequada aplicao especfica. Aalternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo rgo daPETROBRAS usurio desta Norma. caracterizada pelos verbos:recomendar, poder, sugerir e aconselhar (verbos de carterno-impositivo). indicada pela expresso: [Prtica Recomendada].Cpias dos registros das no-conformidades com esta Norma, que possamcontribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para aCONTEC - Subcomisso Autora.

    As propostas para reviso desta Norma devem ser enviadas CONTEC -Subcomisso Autora, indicando a sua identificao alfanumrica e reviso, oitem a ser revisado, a proposta de redao e a justificativa tcnico-econmica.As propostas so apreciadas durante os trabalhos para alterao desta Norma.

    SC - 05Instalaes e Operaes

    Martimas

    A presente Norma titularidade exclusiva da PETRLEO BRASILEIROS.A. - PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reproduopara utilizao ou divulgao externa, sem a prvia e expressa autorizaoda titular, importa em ato ilcito nos termos da legislao pertinente,atravs da qual sero imputadas as responsabilidades cabveis. Acirculao externa ser regulada mediante clusula prpria de Sigilo eConfidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedadeindustrial.

    ApresentaoAs normas tcnicas PETROBRAS so elaboradas por Grupos de Trabalho

    - GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidirias), so comentadas pelosRepresentantes Locais (representantes das Unidades Industriais, Empreendimentos de Engenharia,Divises Tcnicas e Subsidirias), so aprovadas pelas Subcomisses Autoras - SCs (formadas portcnicos de uma mesma especialidade, representando os rgos da Companhia e as Subsidirias) eaprovadas pelo Plenrio da CONTEC (formado pelos representantes das Superintendncias dosrgos da Companhia e das suas Subsidirias, usurios das normas). Uma norma tcnicaPETROBRAS est sujeita a reviso em qualquer tempo pela sua Subcomisso Autora e deve serreanalisada a cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As normas tcnicasPETROBRAS so elaboradas em conformidade com a norma PETROBRAS N - 1. Para informaescompletas sobre as normas tcnicas PETROBRAS, ver Catlogo de Normas Tcnicas PETROBRAS.

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    1 OBJETIVO

    1.1 Esta Norma estabelece as cargas de equipamentos e sobrecargas a seremconsideradas no projeto de unidades martimas de produo e perfurao.

    1.2 Esta Norma se aplica a projetos iniciados a partir da data de sua edio.

    1.3 Esta Norma contm somente Requisitos Tcnicos.

    2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

    Os documentos relacionados a seguir so citados no texto e contm prescries vlidaspara a presente Norma.

    PETROBRAS N-2061 - Turco Fixo para Embarcaes Salva-vidas Rgidas Prova de Fogo;

    BV NR-207-SMS-E - Building and Operation of Vibration Free PropulsionPlants and Ships.

    3 DEFINIESPara os propsitos desta Norma so adotadas as definies indicadas nos itens 3.1 a 3.18.

    3.1 rea dos PoosRegio destinada s rvores de natal.

    3.2 rea de Almoxarifado, Manuteno e OficinaRegio destinada aos setores de almoxarifado, manuteno de equipamentos e oficinamecnica.

    3.3 rea de Alojamentos e DormitriosRegio destinada aos alojamentos e dormitrios do pessoal embarcado.

    3.4 rea de ArmazenamentoRegio destinada ao armazenamento de consumveis tais como leo combustvel, guapotvel e lama de perfurao.

    3.5 rea de Carga e DescargaRegio destinada s cargas em trnsito.

    3.6 rea de Equipamentos de MergulhoRegio destinada ao armazenamento dos equipamentos de mergulho.

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    3.7 rea de Passarelas, Rotas de Fuga e EscadasRegio destinada ao trnsito de pessoas.

    3.8 rea de ProcessoRegio destinada aos equipamentos de processo.

    3.9 rea de SondaRegio destinada aos equipamentos e perifricos da sonda de perfurao ou completao,incluindo o pipe rack da sonda.

    3.10 rea de UtilidadesRegio destinada s utilidades tais como geradores, ar comprimido e gases industriais.

    3.11 rea LivreParte das reas de processo, sonda e utilidades, no ocupada por equipamentos.

    3.12 Plataforma

    Estrutura ocenica usada para operaes de explorao, produo e armazenamento depetrleo.

    3.13 Plataforma de Pernas Atirantadas - Tension Leg Platform (TLP)Plataforma flutuante em concreto ou ao, cuja estabilidade assegurada por cabos ou tubosverticais, constantemente tracionados, os quais ancoram a plataforma no fundo do mar,geralmente em elemento de fundao estaqueado. Os cabos permanecem tracionados sobao do empuxo hidrosttico imposto pela plataforma.

    3.14 Plataforma Fixa

    Estrutura fixada do fundo do mar onde so instalados os equipamentos de perfurao e/ouproduo de petrleo.

    3.15 Plataforma Semi-Submersivel - Semi-submersible Platform

    Embarcao composta por conveses sustentados por colunas verticais que se sustentamem grandes tanques de flutuao submarinos (pontoons).

    3.16 Plataforma Tubular de Grande Calado - Deep Draft Caisson Vessel - DDCV

    Estrutura de casco cilndrico vertical flutuante de grande calado, tambm conhecida comospar.

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    3.17 Sistema Flutuante de Armazenamento e Alvio - Floating Storage and OffloadingSystem (FSO)

    Embarcao do tipo monocasco (monohull) com capacidade para armazenamento depetrleo, e posterior descarregamento para um navio aliviador (shuttle tanker).

    3.18 Sistema Flutuante de Produo, Armazenamento e Alvio - Floating ProductionStorage and Offloading System (FPSO)

    Embarcao do tipo monocasco (monohull) com capacidade para processamento earmazenamento de petrleo, e posterior descarregamento para um navio aliviador (shuttletanker).

    4 REA LIVRE

    4.1 Para a determinao das reas ocupadas por equipamentos, deve ser considerada,alm das dimenses destes ou de seus skids, uma faixa de 0,7 m em todo o seu contorno. considerada rea livre, a faixa remanescente igual ou superior a 0,6 m, caso contrrio, incorporada rea daqueles equipamentos (ver FIGURA 1).

    EQUIP. B

    EQUI

    P. A

    EQU

    IP. E EQ

    UIP.

    D

    REA LIVRE

    EQUIP. C

    EQU

    IP. F

    < 0,6

    > 0,6

    0,7

    0,7

    0,7

    0,7

    0,70,7

    0,7

    0,7

    0,7

    0,7

    0,7

    < 0,6

    NOTA: DIMENSES EM METROS.

    FIGURA 1 - REA LIVRE

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    4.2 Regies que possuam tubulaes prximas ao piso impossibilitam a sua caracterizaocomo reas livres.

    4.3 Regies situadas sob equipamentos, tanques ou tubulaes elevadas (pipe-racks)devem ser consideradas, obrigatoriamente, como reas livres.

    5 SOBRECARGAS

    Devem ser consideradas as seguintes sobrecargas:

    a) sobrecarga de rea livre: carga atuando nas reas livres conforme asTABELAS 1 e 2, a ser somada s cargas devidas aos equipamentos etubulaes;

    b) sobrecarga mnima: carga a ser aplicada em toda a regio conforme asTABELAS 1 e 2, em substituio soma das cargas devidas aos equipamentose sobrecarga de rea livre.

    TABELA 1 - SOBRECARGAS EM PLATAFORMAS FIXAS

    rea Sobrecarga

    VigamentoSecundrio e

    Chapa de Piso deConveses e

    Mdulos - AnliseLocal (kN/m2)

    VigamentoPrincipal deConveses eMdulos -

    Anlise Local(kN/m2)

    Jaqueta eFundaes

    Anlise Global(kN/m2)

    Mnima 25,0 15,0 7,5rea de Sonda(ver Nota 1) rea Livre 7,5 5,0 2,5

    Mnima 15,0 10,0 7,5rea de Processo(ver Nota 2) rea Livre 7,5 5,0 2,5

    Mnima 7,5 5,0 2,5rea de Utilidades rea Livre 7,5 5,0 2,5rea de Carga eDescarga (ver Nota 1) Mnima 25,0 15,0 15,0rea de Equipamentosde Mergulho Mnima 25,0 15,0 7,5rea de Almoxarifado,Manuteno e Oficina Mnima 15,0 15,0 15,0

    rea dos Poos Mnima 3,0 1,5 ---rea de Alojamentos eDormitrios Mnima 6,0 6,0 6,0rea de Passarelas,Rotas de Fuga eEscadas

    Mnima 3,0 1,5 ---

    rea deArmazenamento(ver Nota 3)

    Mnima (Gama X H) ou 13,0 (Gama X H) ou 13,0 (Gama X H) ou13,0

    Notas: 1) A chapa de piso e os vigamentos secundrios e principal, devem serverificados adicionalmente para uma carga de 50 kN distribuda em uma reade 0,1 m x 0,1 m.

    2) A anlise global s deve levar em conta o carregamento de sobrecargamnima, caso o arranjo de equipamentos no esteja consolidado.

    3) Gama o peso especfico do material armazenado, em kN/m3 e H a altura, emmetros.

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    TABELA 2 - SOBRECARGAS EM UNIDADES FLUTUANTES

    rea SobrecargaVigamento Secundrio e Chapa de

    Piso de Conveses e Mdulos -Anlise Local (kN/m2)

    Mnima 25,0rea de Sonda(ver Nota 1) rea Livre 4,5

    Mnima 15,0rea de Processo

    rea Livre 4,5Mnima 9,0

    rea de Utilidadesrea Livre 4,5

    rea de Carga e Descarga(ver Nota 1) Mnima 25,0rea de Alojamentos eDormitrios Mnima 4,5rea de Passarelas, Rotasde Fuga e Escadas Mnima 4,5rea de Armazenamento(ver Nota 2) Mnima (Gama X H) ou 13,0

    Notas: 1) A chapa de piso e os vigamentos secundrios e principal, devem serverificados adicionalmente para uma carga de 50 kN distribuda em uma reade 0,1 m x 0,1 m.

    2) Gama o peso especfico do material armazenado, em kN/m3 e H a altura, emmetros.

    6 CONTINGNCIASAo final do projeto de detalhamento, os itens a seguir devem estar majorados dos seguintescoeficientes, a ttulo de contingncia:

    a) estrutura: 5,0 % sobre o peso de projeto;b) equipamentos e tubulaes em operao: 15,0 % sobre o peso fornecido pelo

    fabricante.

    Notas: 1) Todas as fases do projeto devem prever contingncias que garantam, ao finaldo projeto de detalhamento, os valores acima.

    2) A contingncia especificada para o item equipamentos e tubulaes emoperao visa cobrir as incertezas inerentes a estas cargas, bem como futurasampliaes e modificaes de carregamento da plataforma durante a suaoperao.

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    7 VERIFICAES

    7.1 Cargas de Ensaio Hidrosttico

    Os vigamentos principal e secundrio e, tambm, os suportes de tubulao e deequipamentos devem ser dimensionados para as cargas de ensaio hidrosttico.

    7.2 Carga Concentrada

    O vigamento secundrio deve ser dimensionado considerando-se, tambm, uma cargaconcentrada relativa pea mais pesada do equipamento sujeita manuteno.

    7.3 Cargas Trmicas

    Devem ser consideradas as cargas trmicas nos suportes de tubulao e de equipamentossujeitos variao de temperatura por ocasio de eventuais paradas de operao; emespecial, os membros principais da lana da tocha quando conduzem, tambm, os fluxosgasosos, os quais esto sujeitos a grandes variaes trmicas (congelamento), no caso desbita descompresso da linha.

    7.4 Vibraes de Equipamentos Rotativos e Alternativos

    7.4.1 Para o dimensionamento dos elementos que suportam equipamentos rotativos ealternativos, incluindo os guindastes, os efeitos de amplificao dinmica devem serconsiderados como cargas estticas, majoradas de 25 % no caso de equipamentos rotativose 50 % no caso de equipamentos alternativos.

    7.4.2 No caso de compressores, bombas de grande porte e equipamentos com freqnciade operao prxima freqncia natural da estrutura, em especial equipamentosalternativos, deve ser efetuada uma anlise dinmica. Se uma abordagem mais completa fornecessria, devem ser seguidas as orientaes contidas no NR-207-SMS-E, do BureauVeritas.

    7.4.3 Em todos os casos, o fabricante do equipamento deve ser consultado para seconhecer os requisitos mnimos de operao, os quais devem ser obrigatoriamente,atendidos.

    7.5 Cargas de Monovias

    Para o dimensionamento dos suportes das monovias, deve ser considerado o peso prpriodo sistema de movimentao de cargas, a carga de iamento majorada por um fator deimpacto igual a 1,2 e a carga de frenagem.

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    7.6 Cargas de Risers Flexveis

    7.6.1 No dimensionamento das estruturas de suporte dos risers devem ser consideradosos carregamentos de peso prprio, as cargas ambientais nos suportes e as reaesestticas e dinmicas dos risers, na seqncia de instalao mais desfavorvel. Os casosde carregamento so os seguintes:

    a) carregamento A: em que todos os risers esto conectados unidade;b) carregamento B: os risers esto numa combinao tal que os esforos nas

    estruturas de suporte so maximizados.

    7.6.2 Os carregamentos mencionados no item 7.6.1 devem ser considerados para fins dedimensionamento global das estruturas de suporte e controle de peso da plataforma porm,localmente, cada suporte deve resistir s cargas correspondentes ao maior e mais pesadoduto de interligao. No dimensionamento global devem, ser consideradas tambm, ascargas de tubulao e vlvulas.

    7.7 Cargas de Embarcaes Salva-vidas e Botes de Resgate

    As condies de carregamento, os coeficientes de impacto e as deflexes mximas quedevem ser utilizados no projeto de estruturas de suportao de embarcaes salva-vidas ebotes de resgate encontram-se na norma PETROBRAS N-2061.

    8 DEFLEXO MXIMAA deflexo mxima admissvel da estrutura deve ser conforme a seguir:

    a) chapa de piso - L/240, onde L o menor vo entre duas vigas ouenrijecedores;

    b) enrijecedor de piso - L/240, onde L o vo do enrijecedor;c) vigamento secundrio - L/240, onde L o vo entre suportes;d) vigamento principal - L/360, onde L o vo entre suportes.

    Notas: 1) Em funo das caractersticas operacionais dos equipamentos, podem serexigidos valores mais restritivos.

    2) O critrio acima deve ser atendido apenas para o caso de carregamento queconsidere sobrecarga de rea livre.

    3) Nenhuma restrio ocorre quanto deflexo devida carga concentrada nachapa de piso das reas de sonda e de carga e descarga.

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