NA DOENÇA CORONÁRIA ESTÁVEL
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NOCs vs GUIDELINES:
Com tanta orientação ficamos mesmo orientados?
NA DOENÇA CORONÁRIA ESTÁVEL
Cátia Costa
NOCs vs ESC GUIDELINES
NA DOENÇA CORONÁRIA ESTÁVEL
Para escolher é preciso perceber as diferenças ...
1) No que consistem e quem as concebe?
2) A quem se dirige?
3) Existem diferenças no que se refere ao conteúdo?
NOCs vs ESC GUIDELINES
NA DOENÇA CORONÁRIA ESTÁVEL
1) No que consistem e quem as concebe?
Sumário e avaliação da evidência científica mais recente disponivel sobre um
dado assunto, de modo a auxiliar os médicos na tomada de decisões clínicas,
tendo em conta o impacto de um determinado procedimento ou terapêutica
assim como o seu risco-beneficio.
NOCs vs ESC GUIDELINES
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2) A quem se dirige?
From European Society of Cardiology (www.escardio.org/)
NOCs vs ESC GUIDELINES
NA DOENÇA CORONÁRIA ESTÁVEL
1) No que consistem e quem as concebe?
“São um conjunto de recomendações técnico-científicas, desenvolvidas de
maneira sistematizada, e que se destinam a apoiar o médico na tomada de
decisões acerca (...) dos seus doentes.
(...) resumem os dados científicos acerca por exemplo de uma doença, de um
teste diagnóstico, de um tratamento qualquer, e os disponibilizam ao médico,
de maneira a este poder actuar da melhor maneira possível.
Prof. Doutor António Vaz Carneiro
NOCs vs ESC GUIDELINES
NA DOENÇA CORONÁRIA ESTÁVEL
1) No que consistem e quem as concebe?
A elaboração das NOC efetua-se em 4 patamares:
• É constituído um grupo de trabalho no âmbito do Departamento da Qualidade na Saúde
• O grupo elabora uma proposta de Norma 1º
• Período de 3 meses de discussão pública. 2º
• Integração de contributos fundamentados, recolhidos durante a discussão pública, e revisão científica final do conteúdo da proposta de norma. 3º
• Validação científica da Norma Clínica por parte da Comissão Científica para as Boas Práticas Clínicas (CCBPC). 4º
NOCs vs ESC GUIDELINES
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2) A quem se dirige?
Cuidados de Saúde Primários e Cuidados Hospitalares
NOCs vs ESC GUIDELINES
NA DOENÇA CORONÁRIA ESTÁVEL
As NOC apareceram nos últimos anos devido a três ordens de razões:
1ª Porque a ciência médica, pela sua gigantesca dimensão, necessita de ser resumida de
modo prático para aplicação imediata pelos clínicos;
2ª Porque a utilização desta informação resumida aumenta a qualidade dos actos médicos;
3ª Porque ajuda à racionalização da prática clínica, entrando em linha de conta com o
doente, a doença, os custos e os seguimentos.
Prof. Doutor António Vaz Carneiro
NOCs vs ESC GUIDELINES
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3) Existem diferenças no que se refere ao conteúdo?
NOCs vs ESC GUIDELINES
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Avaliação de sintomas, comorbilidades, ECD gerais
Probabilidade pré-teste
ECDs dirigidos para diagnóstico e prognóstico
NOCs vs ESC GUIDELINES
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Todos os doentes
Avaliar: - Sintomas de DC - Comorbilidades
Excluir angina instável
Ponderar tx conservadora
Efetuar ECD gerais: Análises
ECG, Ecocardiograma Rx tórax
Efetuar o diagnóstico de doença coronária
FE < 50% + sint Estratégia invasiva
Avaliar probabilidade pré-teste
NOCs vs ESC GUIDELINES
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Probabilidade pré-teste
Baixa (<15%) Intermédia (15-85%) Alta (>85%)
Pesquisar outras causas de dor torácica
Se sintomas importantes ->
estratégia invasiva
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Intermédia-baixa (15-65%)
Intermédia (15-85%)
Intermédia-alta (66-85%) FE<50% sem angina típica
Prova de esforço
Exames de imagem Exames de imagem
Negativo Positivo Inconclusivo
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NOCs vs ESC GUIDELINES
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Angina estável
CI BB
CI BCC
Terapêutica com BB
Terapêutica com BCC
Monoterapia com nitratos de ação prolongada, ou
Nicorandilo ou Ivabradina
Adicionar nitratos de ação prolongada, ou Nicorandilo
ou Ivabradina
Enviar a Consulta Hospitalar Especializada
Persistência de sintomas
Persistência de sintomas
Persistência de sintomas
Não
Não
Sim
Sim
NTG ou DNI para alivio imediato da dor
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Resposta clínica aos antianginosos deve ser monitorizada em 2-4 semanas após início ou alteração da dosagem.
Efetuar titulação do fármaco antianginoso até dose máxima tolerável se sintomas
não controlados.
Beta bloqueantes
Eficácia prognóstica em doentes pós EAM e em doentes com IC (efeito
extrapolado para os doentes com angina estável)
Em doentes com IR -> +++ Carvedilol, Metoprolol e Propranolol
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Bloqueadores dos canais de cálcio
Duas classes distintas: DHP e não DHP (igualmente eficazes)
Não DHP não devem ser usados com Betabloqueantes ou Ivabradina
DHP devem ser preferidas em doentes com bradicardia ou alterações da condução AV
Usar DHP com precaução na EA grave
Nitratos
Nitratos de longa ou curta ação
Para evitar “habituação” manter um intervalo livre diário de nitratos de 10 a 14h
CI o uso de inibidores da fosfodiesterase com nitratos de longa ação ou nicorandilo
ESC guidelines Intervalo livre
de 8-10h
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Nicorandilo
Não parece haver habituação cruzada com Nitratos.
Efeitos secundários semelhantes.
Ivabradina
A eficacia da Ivabradina associada aos BCC não está bem estabelecida.
É CI a sua associação com o Verapamilo e o Diltiazem.
Trimetazidina
Não é um vasodilatador coronário, permanecendo controversa a sua utilização.
NOCs vs ESC GUIDELINES
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NOCs vs ESC GUIDELINES
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Terapêutica de prevenção secundária (para progressão de doença CV)
AAS 75 a 100 mg/dia AI (Se CI ou intolerância Clopidogrel 75 mg/dia BI) Estatina AI (c-LDL < 70 mg/dL ou redução de pelo menos 50% do c-LDL) IECAs em todos os doentes que têm HTA, DM, FE < 40% ou DRC AI
Terapêutica dirigida a outros fatores de risco: HTA, controlo metabólico da DM, cessação tabágica, redução de peso
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Angina microvascular
1ª linha: Beta bloqueantes BCC e Nitratos de longa ação se beta-bloqueantes não são suficientes para controlo dos sintomas
Angina vasoespástica
1ª linha: BCC. Nitratos de longa ação podem ser adicionados Evitar BB. Excluir outras causas (anfetaminas, cocaina)
NOCs vs ESC GUIDELINES
NA DOENÇA CORONÁRIA ESTÁVEL
“Para ganhar conhecimento, adicione coisas todos os dias.
Para ganhar sabedoria, elimine coisas todos os dias.”
Lao-Tsé