Nação da a está -...

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1 . ' ... . : . . . . '. . : ' . '. '.··.!': ' . . . . ' : . . - . . . . ' . - .' ;' . . . . . ANO I II Loriga - .A ':: ril de 1 N. 0 26 PE LA NOSSA TE RRA- P ELAS GE NTES l>A SERRA REDACTOR: C::.rlos P. Ascensc:> li DIRECTOR E PROPRIF.TARIO: Dr. Carlos leitão Bastos li EDITOR: Joné Luís de Pina Rcdacçco e Administroçõo: Ruo Marquês da F1ontelro 1 11 CI D. - LISBO/• Co:npaslo e -Uni õo Grálica - R Santa Mana, 48 - Lisbo:? .. llosso convívio. Perdeu a Nação, mergulhada ne ste momen- to numa onda de pesar e sa udade, um Ho- mem que viveu para Servir e morreu Se rvindo. Mas a sua· imagem qu e irrpdiava si mpa tia, que incutia · res paito e se impunha à admira- ção geral, não desopare<: erá tão cedo da re- tina de todos os portugueses. Ela e scondia em si uma · alma sà, ise nta de mácula; um espí - rito s ensato, ·tolerc: nte, recio e acolhedÔr; um corão que a cada momento pul sava de amor pela ·sua qu er-i da Pátrio e por tod os nós e uma vitalidade integralmente votada à vida do País. Na Suprema Magistratu' ra da Noção que e xe rceu durante um qúdrto de séculotodas os suas qualidades de carácter, de isenção, de in- teligência e de espírito às sacrifício, foram pos- tas ao serv.iço do Bem Comum e do ;prestígio e Progresso de Portugal. O 1'1arechol António Oscar de Fragoso Ccr- lllona, passou ao número dos que em Vid a, Perpet uam sua existência. Oue reriamos ar- dentemente que ele vivess e entre .nós ete rna- lllente, de t al maneira se insinuou nos nossos espíritos, pois que aci ma de Marechal e di- Plomata soube ser um verdadeiro cidadão, que cr todos olhava como ditosos íilhcs da sua P.á- A Nação está de Lufo tri o. Mas acima da nossa vontade ... De us Su- per Omnio. Lega -nos u ma Pqtria prestigiada e resp ei- tado e o e xemplo duma V.ida de Abnegação, de De::iicação e SacrHício, ali cerces sólidos do triunfo da suo Vontade --Deixar o País, no lu- gar a que tinha direito, no consenso internacio- nal. O Mare:;hal Carmona' é cred or da nossa eterna graiidão e saudade; o seu Exemplo é dig no de ser apontado às gerações vindou ra s; a sua Obr a clama por continuidade; a Nação, amargurada, ·faz votos a Deus par a que sur ja, nes ie momento, uma figura de eleíção, que sela . lídimo s ucessor do grande Chefe, que fci em v.ida, o 1v1a r echal Oscar Carmona. Não está de luto, somente, a família do ex- tinto. Estão de luto todas as Jamílias portugue- sas, pois Carmona era ente quer i do de todas e tinha no cora ção um luga r reservado. Em cada .português tinha um amigo e para corr es- ponder a -tanta amizade fi nou-se ao serviço do Bem Comum. «A Neve • associa- se respeilosamen!e ao lu- to nac iona l e t ra nsmite (interpretan do a vonta- da das famílias da sua região) ao Governo da Nação a expressão mais sincera do seu pro- fundo · pesar. (C o11tinua na g. 3) POR C ARL OS P, A S CE N O Apesar dos re.1lii..i.dos pelo Governo da N:tção para elevar o nível cultural do nosso povo, a foka de educação ainda é o príncipal defeito da fa, mília portuguesa. O Dr, Léon Poinsard, num estudo feito sobre Portugal cm 1909, concluiu que: capital d ef eito da .famílía portuguesa era a insuficiêncía de educa- ção. De então para cá, o panorama modificou-se bas- tante, é certo, sobren1do nas últLmas décadas. Não tem sido in\1til a acção das C.l5as do Povo, da F. N. A. T. do S. N. L e de outros organismos oficiais e partículares que na edllcação popular vêem a maior garantia de um Portugal melhor. Contudo, era tão baixo o estado educ.1tivo da nossa gente que, não obstante o muito que se fez, vemos à nossa frente um longo caminho a percorrer. No 1 Congresso dos Homens Católicos. realiza, do em Dezembro último, ventibram-se assuntos de transcendente importânc ia para a vida espiritual e material da Nação. De entre os temas verSJ.dos, so, brcssaiu, pela sua actualidade, o qu e se referia às t< Responsabilidades Familiares"- Fci seu ilustre rela, tor o ex-membro do Gt.'verno Dr. Joaquim Dinis d<> Fonseca. A lição foi profunda. Parece-me, no entanto, que podia ser mais extensa. Se eu estive com aten, ção e a memória me não folha, o orador não focou, com a necessária insístência. este aspecto do proble- ma: a falta de educação, o grande, o maio.- mal da família! Nesta ínsuficiência reside a explicação das chagas de que enferma a célula mãe da sociedade. Eu que este aspecto do problema não foi tratado corno merecia, no citado Congresso. Refiro- -me, bem._entendido, a uma das secções. f: poss ível que nas outras secções o ass unto merecesse mais aten- ção. É possível e quase certo, tanto m'1Ís que uma das conclusões ou votos do Congresso .. . reputa ne- cessária mas insuficiente e, em certo sentido, preju- (Co11tin11a na pág. 4) ur ••.• ..,._... • • e n ,. n tuE* ••• ..., .... •w u u u n Posto de Assistencia SoEial . Co mo nottctamos noutro l ocal r ealizou-se no passado dia 24 de f\1arço a l .A Assembleia Ger al, onde foram tornados públicos, factos relaciona- dos com o fu ncioná m ento e futur o do Posto. A Direcção agradece a todos os associados, a sua presença, e áqueles que por qualquer motivo puderam e star em espfrito com todos, a sua lealdade à Obra que do nada, começa a impor, -se à admiração geral. Não pudé mos bem contra a nossa vontade , publicar' neste núme ro . po r carência de dados concretos, tim relato promenorizado dos factos mais importantes ali versados, o que à hora do jornal e ntrar na máquina puderiamos faze r. pelo que focaremos todos os assuntos no próximo nú- . mero . · A título de. inf armação, damos a todos os nos- sos leitores , a seguinte notícia que cre mos dará enorme sat i sf a ção a os nossos conterrâneos: A <lirecção do Posto, tem asseuurado o con- curso dum clíni co que co meçou a desempenhar a sua . missão no passado dia 23 de Abril. . . .. . . l ' ' ' ' ' 1 ... ·' ' " ' , ' : •• : .>! '. • . ... : .... , '

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ANO III Loriga - .A ':: ril de 1 ~51 N.0 26 ---~----

P E LA NOSSA T E RRA- P ELAS GE N T E S l>A S E R R A

REDACTOR: C::.rlos P. Ascensc:> li DIRECTOR E PROPRIF.TARIO: Dr. Carlos leitão Bastos li EDITOR: Joné Luís de Pina

Rcdacçco e Administroçõo: Ruo Marquês da F1ontelro 111 CID. - LISBO/• Co:npaslo e imp1ei;~o: -Uniõo Grálica - R Santa Mana, 48 - Lisbo:?

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llosso convívio. Perdeu a Nação, mergulhada neste momen­

to numa onda de pesar e saudade, um Ho­mem que viveu para Servir e morreu Servindo.

Mas a sua· imagem que irrpdiava simpatia, que incutia· respaito e se impunha à admira­ção ge ral, não desopare<:erá tão cedo da re­tina de todos os portugueses. Ela e scondia em si uma · alma sà, isenta de mácula; um espí­rito sensato, ·tolerc:nte, recio e acolhedÔr; um coração que a cada momento pulsava de amor pela ·sua quer-ida Pátrio e por todos nós e uma vitalidade integralmente votada à vida do País.

Na Suprema Magistratu'ra da Noção que exerceu durante um qúdrto de século,· todas os suas qualidades de carácter, de isenção, de in­teligência e de espírito às sacrifício, foram pos­tas ao serv.iço do Bem Comum e do ;prestígio e Progresso de Portugal.

O 1'1arechol António Oscar de Fragoso Ccr­lllona, passou ao número dos que em Vida, Perpetuam a· sua existência. Ouereriamos ar­dentemente que ele vivesse entre .nós eterna­lllente, de tal maneira se insinuou nos nossos espíritos, pois que acima de Marechal e di­Plomata soube ser um verdadeiro cidadão, que cr todos olhava como ditosos íilhcs da sua P.á-

A

Nação

está

de

Lufo trio. Mas acima da nossa vontade ... Deus Su­per Omnio.

Lega-nos u ma Pqtria prestigiada e respei­tado e o e xemplo duma V.ida de Abnegação, de De::iicação e SacrHício, alicerces sólidos do triunfo da suo Vontade - -Deixar o País, no lu­gar a que tinha direito, no consenso internacio­nal.

O Mare:;hal Carmona' é credor da nossa eterna graiidão e saudade; o seu Exemplo é digno de ser apontado às gerações vindouras; a sua Obra clama por continuidade; a Nação, amargurada, ·faz votos a Deus para que surja, nesie momento, uma figura de eleíção, que sela. lídimo s ucessor do grande Chefe, que fci em v.ida, o 1v1arechal Oscar Carmona.

Não está de luto, somente, a família do ex­tinto. Estão de luto todas as Jamílias portugue­sas, pois Carmona era ente querido de todas e tinha no ~eu coração um lugar reservado. Em cada .português tinha um amigo e para corres­ponder a -tanta amizade finou-se ao serviço do Bem Comum.

«A Neve • associa-se respeilosamen!e ao lu­to nacional e transmite (interpretando a vonta­da das famílias da sua região) ao Governo da Nação a expressão mais sincera do seu pro­fundo ·pesar.

( Co11tinua na pág. 3)

f~ POR C ARLO S P, A S CEN SÃO

Apesar dos e~forços re.1lii..i.dos pelo Governo da N:tção para elevar o nível cultural do nosso povo, a foka de educação ainda é o príncipal defeito da fa, mília portuguesa.

O Dr, Léon Poinsard, num estudo fei to sobre Portugal cm 1909, concluiu que: "º capital defeito da .famílía portuguesa era a insuficiêncía de educa­ção. De então para cá, o panorama modificou-se bas­tante, é certo, sobren1do nas últLmas décadas. Não tem sido in\1til a acção das C.l5as do Povo, da F. N. A. T. do S. N. L e de outros organismos oficiais e partículares que na edllcação popular vêem a maior garantia de um Portugal melhor. Contudo, era tão baixo o estado educ.1tivo da nossa gente que, não obstante o muito que se fez, vemos à nossa frente um longo caminho a percorrer.

No 1 Congresso dos Homens Católicos. realiza, do em Dezembro último, ventibram-se assuntos de transcendente importância para a vida espiritual e material da Nação. De entre os temas verSJ.dos, so, brcssaiu, pela sua actualidade, o que se referia às t<Responsabilidades Familiares"- Fci seu ilustre rela, tor o ex-membro do Gt.'verno Dr. Joaquim Dinis d<> Fonseca. A lição foi profunda. Parece-me, no entanto, que podia ser mais extensa. Se eu estive com aten, ção e a memória me não folha, o orador não focou, com a necessária insístência. este aspecto do proble­ma: a falta de educação, o grande, o maio.- mal da família! Nesta ínsuficiência reside a explicação das chagas de que enferma a célula mãe da sociedade.

Eu ~isse que este aspecto do problema não foi tratado corno merecia, no citado Congresso. Refiro­-me, bem._entendido, a uma das secções. f: possível que nas outras secções o assunto merecesse mais aten­ção. É possível e quase certo, tanto m'1Ís que uma das conclusões ou votos do Congresso .. . reputa ne­cessária mas insuficiente e, em certo sentido, preju- ~

(Co11tin11a na pág. 4)

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Posto de Assistencia SoEial . Como nottctamos noutro local realizou-se no

passado dia 24 de f\1arço a l . A Assembleia Geral, onde foram tornados públicos, factos relaciona­dos com o funcionámento e futuro do Posto.

A Direcção agradece a todos os associados, a sua presença, e áqueles que por qualquer motivo só puderam estar em espfrito com todos, a sua lealdade à Obra que do nada, começa já a impor, -se à admiração geral.

Não pudém os bem contra a nossa vontade , publicar' neste número . por carência de dados concretos, tim relato promenorizado dos factos mais importantes ali versados, o que só à hora do jornal entrar na máquina puderiamos fazer. pelo que focaremos todos os assuntos no próximo nú­

. mero. · A título de. inf armação, damos a todos os nos­sos leitores, a seguinte notícia que cremos dará enorme satisfa ção aos nossos conterrâneos:

A <lirecção do Posto, tem já asseuurado o con­curso dum clínico que começou a desempenhar a sua .missão no passado dia 23 de Abril.

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-POSTO DE ASSIST.Ji:~CIA DE LORIGA

No passado dia 24 de Março realizou-se a pri­meira Assembleia Geral desta instituição, sendo ;por proposta da Com!ssllo organizadora, eleita a sua Dlreccão. que ficou assim constituída:

AssembÍela Geral: Prof. Alberto Pires Gomes, presidente. Carlos Nunes Cabral Jr. e Joa(lulm Fer-nandes da cunha. Jr., secretários. ·

Direcção: Dr. Carlos Leitão Bas~os. director. Manuel Moura Leltn.o, Secretário. Jose Cabral Lei­tão, tesoureiro. Rev.• Arclpreste Padre Ar:itónio A. R. Prata, Eng. Em!lio ·Leitão Paulo e :Jose Luis de . Pina, vogais.. · . .

o Snr. director prometeu que a1nd3: no .próxi­mo mês o Posto comec,ará a funcionar Já com um médico e ficou assente que se cobrariam as cotas a partir de Abril. Multo folgamos com o facto e fazemos votos de que dentro em breve esta gran­de aspiração seja uma realidade.

IRMANDADE DAS ALMAS É com a máxlma satisfação que registamos as

Assembleias Gerais. que esta colectlvídade reali­zou nos dias 18 e 19 de Março, para. reforma dos seus Estatutos. ·

o Rev.º -Padre António Mendes Cab~al Lages. como membro da Comissão elaborado!'ª· proced~u à leitura dos referidos estatutos, os quais foram discutidos e aprovados dentro da melhor harmo-

. nia. õ · · os resultados .prá.tícos destas reuni es. Ja se

fizeram notar, pois nas procissões da Seman~ Santa, já se encorporaram irmãos aue desde ha muito não honravam com a sua presença, esta antiquíssima Irmandade.

Estamos certos que daqui pa:ra o futuro todos os irmãos saberão contribuir para que esta agre­miação que tantos ·benefic!os espirituais concede aos seus associados, Jâmais volte .ª atravessar fa­ze identica à que atravessou nos ultimos anos.

VISITA PASCAL Este ano, o nosso Pároco e seu coa._djutor, fi­

zeram a vlslta Pascal a toda a freguesia, no Do­mingo de Páscoa, n!l.o sen.do necessário dois dias, (Domingo e Segunda-Feira), como nos anos ante-riores.

1 1. ·

Não concordamos muito com tal, í>O ~ . !': em de dificultar a confraternização entr_e fa1rullas, é · eontribulr para que tão bela trad!çao desapare­ça tradição esta que muitas terras, . mesmo de .m~lor importância conservam, por ser a festa maior dos Cristãos.

CRUPO DESPORTIVO LORIGUENSE . No passado dia 8, festejou esta sociedad_e com

invulgar brllhantlsmo o seu XVII aniversário. Do programa destacámos: Alvorada com fogo.

percorrendo a . nossa filarmónica as suas da Vlla. t-11ssa. por alma dos sócios falecidos. a que assistiu toda a massa associativa com o seu 'Estandarte. Almóço aos pobres da nossa terra. Início simbólico da construção do Campo de Jogos. cuja arre~ata­çào se fizera a}guns dias antes. A noite realizou­-se na sede · desta colectlvldade uma sessão Sole­ne-Cultural, presidida pelo Snr. Manuel Gom~s Leitão. Usaram da palavra, além do Snr: pres1-:­dente, os Cnrs. Prof. Alberto Pires Gomes, Carlos Nunes. Cabral Jr. e Rev.0 Arcipreste· P. António A. R. Prata. Este 'com a sua palavra quente e ·os seus excelentes dotes de oratória, ·prendeu e ,entusias­mou a assistência, a qual, decerto, multo lucrou com o · que ouvira. CompartJcip~u ta~bém . a nossa banda, executando alguns numeros de mu­sica. Finalmente fdi servido um 4Porto>, termi­nando assim· a .Festa que a todos deixou as me­lhores impressões.

Para.bens à sua Direcção, e que esta data se . 'repita por '.inúmeros anos.

CASAMENTOS Realizaram-se na nossa Igreja Paroquial os

seguintes enlaces matrimoniais: Fernando Antó­n io Leitão, filho de António Moura Leitão e Lau­r inda Cabral Leitão, com Maria do Céu Veloso de Moura, filha de Joaquim Mendes Veloso e Ma-ria Teresa dos Santos Veloso. .

Américo da Costa ·Pinto, filho de António Duarte Pinto e Arminda da Costa Pi?to• c~m Ma­rta Helena Pina Calado. filha de Antonlo Pina Ca-lado e Maria dos Anjos ~a Costa Pina. .

Dr. Viriato Nunes de Moura. filho de J oaquim Nunes ·Luís Jr. ·e Maria dos Anjos Antunes de Moura, com a Prof.• Maria Fllomena Nunes de Pi­na. filha de Augusto Luís DUB;rte Pina e Aurora Nunes de Pina. . 11 iár.

Manuel de J esus Ferreira, filho de E z io Marrão e Maria dos Anjos de Jesus Ferreira, com Alice Pereira dos Santos, filha .de Manuel Gomes Figueiredo e Prazeres Pereira dos .Santos.

Aos noivos, ·as nossas felicitações.

A NEVE

BAPTJZADOS Na nossa Igreja Paroquial, realizaram-se os

seguintes: Maria Helena, filha de António Gouveia Go­

mes e Maria dos Anjos Mendes da Silva. Padri­nhos: Américo da Costa Pinto e Maria Helena Pina Calado.

Carlos, filho de Cãnd!do Marques dos Santos e Maria dos Prazeres Anlunes Amaral. Padrinhos: Augusto Pereira dos Santos e sua esposa Maria do Carmo dos Santos Conde.

Maria Helena, filha de António Nunes Brito e Maria Irerie Brito Moura. Padrinho: António João de Brito Amaro.

Luls Filipe, filho de João -Rodrigues Matias e Albertina Serra. Padrinhos: Francisco Serra Ro­drigues Matias e Maria Fernanda Serra Matias.

lVlaria Isabel, !!lha de A1varo de Brito Louren­ço e Maria Em1lla de Jesus Moura. Padrinhos José Amaro Moura e _sua esposa Laurinda LopeS Si­mão.

Joaquim, filho de António' Gomes Figueiredo e Maria dos Anjos Nunes de .Pina. Padrinhos José Moura Flgueiredo e sua esposa Aurora Moura Fi­gueiredo.

Maria Helena. fllha de Plácido Pina Luís dos Santos e I\{aria José Alves Nunes de Pina. Padri­nhos: António Leitão de Brito e sua mãe Maria · dos Anjos Leitão de Brito. . .

Este último é o 21.0 filho do referido· casal, número assãs suJest1vo e para ele chamamos a atenção das Entidades de Prot~cção às fainilias numerosas.

DIVERSAS Estiveram entre nós. os Snrs. Carlos Cabral

Leitão Joaquim da Silva Santos, Artur Lopes Mau­ricio e famílias os Snrs. Dr. Carlos Leitão Bas­tos, :J\rmando F~rnandes Reis Leitão, António da Roeha Cabra}., e esposas; os Snrs. Coronel Mendes dos Reis, Fernando Alves Fernandes, Adel!no Al­ves ·Fernandes. Joaquim Nunes de Moura e suas irmãs Laurinda e Maria Isabel, Joaquim Jorge Reis Leitão, e as Snras. Aurora Duarte Jorge, ~.fa­ria Emília Reis Leitão e Marla Helena Cabral Leitão, acompanhada de sua filha, genro e netos.

Chegadas: De Benguela, a Snr.• Celeste Abreu Nunes e seu filho. ·

Do Pará: Os Snrs. José Martins da Mota e Arltónio Pinto Ferreira com sua familla.

Os nossos cumprimentos. De Colmbra, onde se enco!ltravam hospitaliza­

dos, regressaram ·os Snrs. António Cardoso de Mou­ra e José Duarte J orge, aos quais desejamos rá-pido restabelecimento. ·

Saldas: ·Para Benguela, o Snr. José Nunes Abreu.

Para o Pará-Brasil, a Snr.• Maria José Am­brósio Matias e Filhos.

Para Manaus-Brasil os snrs. Ma.nueJ Ferrlio de Oliveir a. Alfredo ' Ferrão de Oliveira, Joaquim de Brit<l Simão ~ Carlos de Brito Pina com suª' familia.

Para o Alcaide, em gazo de férias, o Rev.0 Pa­dre Francisco Salvado Gralha.

A todos desejamos uma óptfma viagem e mui­tas felicldades.

ó BITOS

Registamos os seguintes: Março 13: da Snr.• Urbana de Brito Lourenço.

> 21 do menino José Alves de Moura. > 29 da Snr.• Laurinda de Jesus Moura.

Abril 9 da Snr.• Maria do Carmo de Jesus Ferreira.

As famiUas enlutadas, os nossos sentidos pe~ zames.

• ••••• •

OS C. T. T. E· LORIGA (ContintWfão da pág. 3)

«A estação encerrou às 18, porque e11trou uma empregada de ]icenÇa1> OU <tA estação encerrou às 18, i}orque adoeceu uma das empregadas». lnvariàvel­mente, uma e outra deixam indignados, aqueles que têm a . má-sorte de as escutar: .. e' saem vociferândo ·de indignação, contra a organização deste serviço, não . sem terem tentado uma Teabertura, que na maioria, íamos a dizer totalidade, dós casos resulta infrutífera.

Não haveria modo de conciliar, no que respeita ·ao serviço telefónico. os interesses dos assinantes lo­cais e daqueles que com eles de.sejam comunicar, as­sinantes ou não, com os da Administração Geral dos C. T. T.? Não haverá possibilidade de manter um serviço, que permita dar-nos a certeza_ d_e em todos 05

dias úteis, se poder comunicar telefonicamente rom Loriga, com ou sem reabe~tura até às 20 horas, pelo menos? O caso de Loriga para esta falar com outras localidades, aparece-nos mais simplificado, pois que

· bastará ir falar com a chefe, a sua casa'. e tudo depen­derá então, desta se encontrar bem disposta ou !Jl"1I humorada.

À Administração Geral pedimos q ue estude o as­.sunto e dê âo ºmesmo a· atenç~o que ele requere.

ABRIL-1951

FESTAS DA. VILA Conterrâneos:

Não se apagou da sensibilidade de todos. o eo· tusiasmo e brilhantismo Que caracterizaram as Fes• us da Vila no ano transaêto.

Ao dinamismo dos seus Organizadores e à i_rn· provização do programa. largamente correspondido pela afluência de centenas de forasteiros. se ficou ª dever o maior segredo do seu triunfo.

Aproximando-se os dias 1 1 a x 5 de Ago~to. da• ta em que se julgou ter melhor oportunidade a rea' lização das Festas da Vila no corr'ente ano, enten• deu a Comissão para tal fim nomeada, dar vida e personalidade à ideia, lembrando por este meio _a todos os -Amigos. Simpatizantes e Conterrâneos. de Loriga, o imperativo de consciência que lhes ass~ te de moral e .. materialmente coadjuvarem esu C3Íl' sa, visto Qtie será nesta base que assenta o fundv mente do -seu esperado brilho. -

As Festas da Vil.a, devem acima de tudo cons' tituir uma afirmação intangível de fé na nossa i1t1Í•

-.dade espiritual, em cujo íman deve gerar-se o am' biente simpatia de forÍn.a a atrair ps naturais dos po· vos viz~nhos e; de um modo espe:ial, os filhos de ' Loriga dispersos pelo lidar forçado das suas ocupa· ções, uns e outros unidos pda raiz do afecto e da · saudaae à magestosa .Serra da Estrela. berço alto elll que um dia nasceram e deixaram presa a sua alma•

O produto líquido das Festas reverterá a favor . das Ob_ras de Assistência e Caridade da noSSa Ter' r::'· pelo . que nunci será demasiada a vossa generO' s1d.a:de. ·

Ninguém, pois. deve ignorar o alcance soei.li e benefícios morais que advêm com a sua· realização·

Ainda se ,não julga oportuno traçar um progra' ma, no entanto, desde já .se informa que a essência da sua estrutura não se afastará muito do seguinte:

a) Organização de uma quermesse para cujo adorno se convidam. desde já. as mãos prendadas das senhoras e meninas dest.'.I Vila.

b) Uma ou duas tardes desportivas. c) Exibição de conjuntos musicais e folclóricos• Por que não há tempo a perd~r. a Comissão agra1

dece, desde já, o envio de donativos em dinheiro ou o?iectos para a quermesse, a fim de com antece'

, d_ê~c_ia estar habilitadi à elaboração do prográma dt:• Eimt1vo.

. LORIGA AGUARDA-VOS DE 11 A 15 DJ5 AGOSTO.

A COMISSÃO

NOTA: Os residen_tes em Lisboa e Sacavém pade:: rão fazer entrega de donativos ou objectivos a.OS membros da Comissão Srs. António Lopes Maced~ - ·Rua Infante D. Henrique. 8 e Carl~s Alves 51' mão -7 Calçada do Lavra., 17-z. 0 Esq." de Lis~'

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nm assunto-Duas nütudeJ (Continuação da pág. 4)

será duradoira esta situaçio de superioridade? .Crc'. mos que não, pois só admitiríamos que assim fo~~ se o proprietário do terreno entre o prédio de An~ nio Fernandes Leitão e, o seu. tomasse idêntica 3~ tu~e, e entã~ as duas conj~gadas, seriam dignas à&i maiores elogios e da grat1dio de todo o povo Loriga. · · . A exiguidade do espaço. 'o seu arejamento. o ~~· to de só possuir um.ã. entrada e a dificuldade da sii' limpeza diária condenam o local em absoluto par~· o fim a que foi destinado. Talvez a Junta espreite .

·d d · r~ s~ i;iportuni a. e, _quando se pretender viciar.ª dÍ publica por carenci.a de êspaço e cremos que es-e não virá muito longe... · d,

. Dev~ .por-se de lado uma e cutra ideia? Setn a~ vida; pois que nem WTkl nem outra satisfa:zern 3

tarquia local e os interesses da nossa Terra. t Impõe-se que todos facilitemos a acr.:io dA JvP

b .• . . T" º"~ e que ,so re as J3 extStentes não se lhe crietn n dificuldades. d.

Talvez que 'António de Brito tenha a chave J problema. Il:1. mão. E pc~qué não pô-la nas r:iãos ti.!ª Junta, conciliando os seus interesses• com o 1ntd' Bt geral da povoação? EsJ)eramo5 que António de " to estude atentamente o problema e contribua deóS vamente para a solu?o deste magno problema· d

E na expectativa, risc.amos mais 1,1.ma folha 0

nosso bloeo. Jorel

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.ABRIL - 1951

Em tempos não muito remotos, existiu em Lo­ríga. um médico - Dr. Amorim Fonseca - que era um símbolo de bondade e um cofre de virtudes.

A sua modesta figura, o seu compassivo cora­?o. o seu espírito daro lavado de egoísmo e a sua santa caridade, que distribuía imdlstinta'?lente por todos, mas especialmente pelos pobrezinhos, enfim, todos os actos da sua ac~ão bendita recordam-me certa e determinada comparação com Um Outro Ho­·mem que apareceu há séculos e que nós adoramos pelas suas excelsas virtudes: espalhando o bem, au­.xiliando os pobres, chamando a si as· criancinhas, a judando todos com devotada abnegação e carinho.

Como Esse Redentor da humanidade também não se poupava :i sacrifícios aquele santo médico. . · Jesus morreu pela humanidade inteira, pregado

·i:a Cruz .e ele, morreu na defesa e ao serviço c:l,os .Lo'.- . nguenses. ·

Para ele. o seu sacerdócio era só abnegação pelo próximo, nunca no seu mi~ter transpareceu a menor parcela de interesse ou ganâncià, ;i. todos acudiu sem­pre com o seu saber, com a sua caridade, com o seu zelo profi$síonal, prodigalizando consr.antemente a

. prática do bem e de bem cumprir a sua nobre. mis­são neste mundo.

De facto, se em todas as profissões a prática do dever cumprido é· uma bela e nobre virtude, na que ele exercia - médico - es5a virtude chega quase ao milagre - milagre salvador das vidas de entes queri­dos que se estremecem e então, não cessam os lábios reconhecidos de bem proferir o nome do seu ben­feitor, pois que o médico é 6 salvador para os es­tados doentios do nosso corpo, tal como Deus é o Grande salvador das nossas almas enfermas. · Foi sempre ·um amparo aquela distinta figura

que Deus chamou para si depois Cle ter praticado tantos actos de abnegação durante a ·terrível epide-mia-. tifo exautemárico. . · Morreu .no seu .P.osto acorrendo pre~suroso, ·tal

comq n-:. Ped~o V ,1 ao chamamento dos seus doen-

0 -BRA.S - .INFINITAS (Continuação da pág. 4)

. . não s~tisfizeram 'a vontade de muitas pessoas e que por cima de tanc.i labuta 'ainda. foram criticados, porquii não se ttabalha também no sentido de ver acabadas as Obras de que . vos falo: Com trabalho e garganta tudo se consegue. . ·

Oxalá que a Junta actual quando não faça mais, faça pelo menos tanto como a Junta .cessante, que a mim aquela deixou-me saudades e boas impres­sões. Existe em Loriga um certo ambiente aue faz como se costuma dizer .com que Loriga, nã~ passe d a «Cepa;torta». · ·

Sabeis qual é a causa de todo este mal!? t a má · união que há nos loriguenses. Eu tenho · a certeza d e 1 que se em Loriga houvesse boa-harmonia, Lori­ga triunfaria. Por isso, enquanto não nos unirmos como irmãos, Loriga, nunca mais ·levanta. cabeça. Lorigá tem necessidade urgente de habitações. A sua população tem aumentado em grande número mas habitações não se reproduzem .. : Estamos a viver pôr assim dizer como a sardinha na canastra. Portanto, caríssimÔs Jeito~es: esta é a primeira necessidade de Loriga; 'que se torna necessário resolver. Oxalá que estas P.'llav·ras, má!. alinhavadas, ·por um simples ope­·rário s~jam Jid;i.s por Algi1ém· de Bem, e transmitidas ao Governo da Nação. Mais teria para dizer, màs lá diz o ditado: <<Ovelha que berra, bocado que perdei•.

ANTóNJO PIRES FIGUEIREDO

.., • ~ • n •• ....... ..,,..., ....... . •• A 1

'J~ti "Menséirio das Casas do Povo"

Rece.bemos para permuta, esta brilhante publica­ção da Junta Centra] das Casas do 'Povo, que à Cul­tura Popular dedica especi11l interesse· e é de momen, to, no nosso País. o maior baluarte .no seu género. Agradecemos e fazemos votos para que jamais perca o lugar que ocupa, al01nçado à custa de colaboraçio valiosa e escolh ida. .

....

A NEVE

tinhos a quem queria salviir, esquecendo-se. só para bem desempenhar a sua missão, que podia ser con­tagiado, como lhe aconteceu.

Para ele, primeiro estavam os seus doentes que o seu próprio eu.

Morreu e certamente estará no Paraiso, porque apesar de médico. morreu pobre, nunca enriqueceu. nem enriqueceria quem tão nurnanamcnte zelava pela saúde do próximo sem se importar com o pro­d uto da receita que deveria tirar. pois muitos dias nem um só escudo entrava na su;i algibeira como paga do seu trabalho, distribuindo até o que talvez da véspera lhe tivesse sobrado, depois de ter ajudado materialmente os seus doentes.

Bela missão a deste médLco. isto é, deste ben­feitor da humanidade.

Ah! se todos compreendessi:m assim. a su;i. sim­pática· ·ini.SSãõ. ºquê bem ·esrávàmo5 todos nós. · · ·

Por vezes morre-se à míngua de tratamentos por­que o Dr. X leva x de consulta e quantas vezes, a quem é pobre não irá, a não ser que, embora não possa pagar em moeda corrente. pague de qualquer outro modo - um baúzíto de co\1ro com preguitos amarelos, urna cabrita. etc., etc. - contanto que pa­gue, porque, só por amor ao seu semelhante, demons­trando caridade. não pode ser; e o paciente sofre. sobre, e ;i.té, talvez morra, sem o auxílio daquele que lho deveria prestar incondicionalmente.

Loriguenses, ao aproximar-se o mês de Maio -mês das flores e tendo o Sr. Dr. Amorim uma es­tátua num dos largos dessa terra, creio ser um dever de quase todos vós e ~igo quase todos, porque al­gum haverá que eaore este meu alvitre como acér­rimo partidarista de A ou B, irem, durante esse mês e · mesmo q uando lhes seja possível, colocar . sobre esse pedestal flores, muitas flores pára testemunharem a sua eterna gratidão a quem espalhou tantos frutos da sua bondade por todos' vós, demonstrando assim que sabeis ser reconhecidos a quem vos fizer bem.

Alma

'J~eH4G ª'P lL /A,. ir~ 0 A,P"

Recebemos o 1." número desta interesS.ante re­vista de cinema, que pefa sua apresentação, óptimas ilustrações e esplêndida impressão, àparre escolhida colaboração n.o género, deve fazer óptim.1. carreira. Auguramos-lhe longa vida perene de prosperidades e .Para ela chamamos a atenção de todos os amado, res de cinema., 'crentes que não iludimos a boa-fé, em que levarem este nosso conselho.

UNIAO GRÁFICA S. A. R. L.

Sede e escritórios:

R. de Sonto- Morta, 48 - llSBOA-N.

Telef. P. P. C A. '44191 e 44192

End. telegr. NOVIDAD.ES

Filial no Guardo: CASA VtRJTAS

Proprietária do diário' Novidades, da re, '

vista de actualidades Flama e do $e-

manário A Guarda

Secções:

TIPOGRAFIA - LIVRARIA - OBJEC­

TOS RELIGIOSOS - PARAMENTARIA

EDITORIAL

A Maior organiração de Portugal

ao serviço da Igreja

3

Os C. T. T. e LORI6A A reclamação feita pelo nosso jornal, pelo facto

da dotação de pessoal da esl.l.ção de Loriga ser consti, tu.ida por um único empregado. do que resulta a li­mitação ~o rcspectivo horário e congestionamento pa­ra o serviço, :icaba de ter o seu epílogo com a infor­m~~ão, que a ~eguir publicámos e que nos foi t rans­mitida pela Direcção Geral dos Serviços de Cenuora e pelo Secretar~:ido Nacional de Informação. Cultura popular e T unsmo em ofícios de 1 1 de Abril de 195 1.

I nformaçiío Informa-nos a Administ.raçiio Geral dos C. T. T.

d_e que ~ ~o!ação de pessoal das suas estações ·»ão se fixa arbitrariamente, sendo sempre determinada pelo tráfego das mesmas expresso em unidades de tempo e de trabalho fàcilmente avaliáveis.

Em. co11f0Tmidade, a dotação de pessoal da esta, ção de Loriga está de .acordo com as nece.u idades do respectivo serviço.

Assina~a em 4 de Abril de J 95 J pelo Adminis­trador Al1u1ito - Henrique Pereira.

NOTA DA REDACÇÃO - Agrade(emos à Ad­ministração Geral dos C. T. T., a atenção que dis­pensou ao assunto, e pedimos que nos seja permiti­do expor o seguinte: . A est;i.ção de Loriga, há já ;i.lgum tempo que fun,

c1ona, normalmente, com o seguinte horário: Dias úteis - Aberta das 8. 1 2 h. e das l 4 às 20 h.

Domingos e feriados - Aberta das 10,12 h. Conhecedores do facto, muitos loriguenses e pes­

soas que com ~sres mantêm relações de várias ordens, aguardam muitas vezes as 19 h .• para aproveitarem a taxa da noite e então comunicarem telefonicamen­te, assuntos muitas vezes, de capital importância. E se é certo que na maioria das vezes são bem sucedi­dos •. outra~ h.í que, após haverem esperado tempo precioso, sao informados, com grande admiração sua: - Loriga encerrou às 18 horas. Trava-se discussão, con~ulta-se o hor.írio das estações, que de facto dá Longa como encerrando às 18 h., mas a discussão persiste pois que o interessado afirma que ainda na véspera. fal~ra con:i Longa às l 9,30 h., sem pagar reabertura, sinal evidente que a estação ainda não ha­via encerrado. Amàvelmente, a empregada. procura c~municar com Guarda ou Seia, e a explicação é sem• pre dada duma destas fo'rmas:

(Continua na pág, .2) ... ~· • ..... .,.. ..,., ..... F -.eu U *U

A Nação está de luto (Continuação da pág. 1)

. " NOTA: O funeral do l\1arechal António óscar de Fragoso Carmona. constituiu uma ma­nifestação indihcritível d o reconhecimento de um povo, à Obro realizada por um G rande Chef~ ao serviço de Deus e da Pátria.

Lisboa representou condignamente a Nação· nas últimas homenagens prestadas ao Vene­rando Chefe do Estado.

Mas todos os <porlugueses se associaram e~ espírito às manifestações de pesar e de sau-. dade, que eram dispensadas à memória do nosso Saudoso Presidente.

E assim, como os bo:ls cristãos que na t~­à e cinzenta de. Sexta-feira Santas, pelos 15 h .• guardam religiosamen·te um mlnuto de silêncio e fervoroso recol·himento, ipela morte do seu Deus; também todos os portugueses ao ouvi­rem dobrar os sinos d~s suas igrejas naquela tarde tristemente inesquecível de · 21 de Abril de 1951, se associaram em espírito às cerimó­nia.s fún~bres reaiizadas em Lisboa, por Al­guem, que por graça de Deus, servira durante um quarto de século na Suprema Magistratura da Nação.

E ao escutaren1 pela ;ádio o s diversas pas­sagens do seu funeral. todos viviam momentos de indisível comoção e lamentavam não pode­rem associar-se de corpo e alma, a esta gran­àiosa manifestação de dor e de saudade.

Mcis sede Vós, óh! Deus, o 'mensageiro da nossa Eterna saudade, pois que d€Certo o nosso Chefe,.que Vós chamastes à Vossa Divina Pre­sença, e que por Vossa Mercê, nos Serviu es-

' ' tara. eternamente conVosco. Dai-Jhe Senhor o Eterno Descanso ... e à Nos-.

sa Pátrkr, a graça de continuar a viv.er a · PAZ,. que sempre viveu na vilegiatura do .nosso sem­pre chorado P.residente. .

Page 4: Nação da a está - gentesdeloriga.wdfiles.comgentesdeloriga.wdfiles.com/local--files/jornal-a-neve/ANeve-1951.04... · mem que viveu para Servir e morreu Servindo. ... que nas outras

4 A NEVE AERIL - 1951

Mais Educaçãv (Continuação da pág. l)

PELA NOSSA TERRA-PELAS GENTES DA SERRA dicial à solução ~ questão social, a simples melhoria. das condições económicas dos operários sem a corres' pondente melhoria moral. profissional e humana .

U.m assunto Duas atitudes

Depois de diversas críticas lançadas no nosso JOr• nal sob o local onde se fazia na- nossa Terra a expo­sição e venda dos géneros alimentícios, compr~e~­dendo a nossa insistência e o geral desagrado publi­co, procurou a Junta de Freguesia, c:inseguir. ~ lo: éal que reunisse um mínimo de condições exigidas, a construção duma Praça Pública.

Avistou-se com várias pessoas e chegou mesmo a fazer uma proposta ~o nosso conterrâneo A_ntónio de Brito, para a cedência ~um terre~o _anexo a sua casa de habitação, nas seguintes cond1çoes: _ ,

1 - O seu proprietário cedia à Junta de Fregues\a, ·pa ra nele ser instalado a Praça. aquele ter.rena. me• diante a renda anual de 1.200$oo (ao que nos

j

consta): 2 -A Junta de Freguesia faria nele as ad~pta•

· ções que julgasse convenientes ao acesso e funciona­mento da mesma praça.

3 - A Junt.'I de Freguesia fica~ia obrigada, logo que cessasse o contrato, se este nao fosse prorroga­do, a devolver o mesmo terreno em condições de ser aproveitado para cultivo. _

Não chegaram, por enquanto a acordo, ma~ sa• hemos que ·a Junta de Freguesia, não. se considera ainda desiludida por completo, no sentido de tentar .resolver o problema. por est.'I via. E com~r~en~emos a sua atitude, pois que de facto o local e opt1mo, e por certo, aquele qu~ reu12e' o ~g!'ild~ geral · de toda a povoação, pela sua s1tuaçao privilegiada, num ponto central para toqas as donas de casa ...

A título provisório,. a praça foi entã? .transferida para os Largos de S. Gmes e Santo ,Anton10. B?: ~a­lução? Atendendo a que não há m~hor, prov1~r~· mente serve, com um pequeno. se!1~o: . A exl(os1çao du:. géu~ros continua a ser anu-h1g1émca, pois que não se fizeram ainda alguns bancos de pedra, para a exposição dos mesmos. O cenário é ainda desolador, SI! bem que haja melhora?o un;i pou~o de aspecto ... Cortou-se-lhe · a cena da agua mfect1da que passava debaixo das cestas de frutas, hortaliç~s ·e outros gé?~' ros e aquda.s aglomerações de gen~e, que com _d1fi-

. culdade se deslocavam à saída das missas do domingo. , .

· Porém algo de inesperado se ope~ou, sen; prev~o conhecimento da Junta de Freguesia: Jose. Marta Pinto· abriu a.s portas d~ extinto Café Império para ali se estabelecer a aproximação de ':'endedore_s _e compradores, procur~ndo assim co?tranar a. ~e?sao da Junta ao transferir~ embora a titulo p~ovtsorto, o local da Pra-ça, julgando por certo ~I atitude como

· }esatórfa. dos seus interesses. A .medida da Junta de Freguesia foi absolu~ment~ justa e imp\mha-se des­de há muito e não tmha fins reservados, que envol­vessem qualquer ideia de beneficiar. determinados comerciántes em detrimento de quaisquer outros. Prova,o o interesse, comprovado. que. manifesta na aquisi~ão do terreno de António de Bnt?··· A_ Ju~ta não tinha pqís, intuitos reservados e Jo~e Mana P1;i­to deveria ter dado a esta, antes de agu, uma satls• fação, de quê jÚlgamos ser ,m~recedora. .

Não o fazendo, emb-ora agm?o legalmente e t1~ rando ao oferecer graciosamente a sua casa, todas as po~ibilidades de reacção à Junta de Freg~esia. Jo·. sé Maria Pinto -pretendeu ao alca~ce ela. lei, sobre­.por-se -à autoridade da Junta. E consegmu-o ... Mas

(Continua na pág. 2)

• - - - - • • F F F F . .. ...... UMS ;;r.U~ 4 • •

Agradecimento Dada a impossibilidade ·de o . fazer pessoalmente,

venho par este meio manifestar o meu profu?-do re· · conhedmento a todas as pessoas que me an~maram com· a sua presença ou por qualquer.modo se interes­saram pelo meu estado; ~u~an~e o tem~ em q~e es­tive retido na minha res1den~~ em Lon~ ou inter-

d na Casa de· Saúde 11Co1mbra». Longa, 10 de ~brfi de 1951 _ António Cardoso de .Mouran.

. ,

A

- Estiveram entre nós os nossos conterrâneos Abílio Luís Duarte Piiu. António Gbral Leitão, Joaquim Dias da Silva, Carlos Simões Pereira e esposa e António Fe.m•ndes Leitão. a quem cumprimentámos. .

- No vapor Hilary seguiram para o Brasil os nossos conterrâneos António Lemos Simão, Joaquim Alves Simão de Brito, Carlos l'orbcrto Pereira Pina, D. Adozinda Pe­reira Pina, Carlos Brito Pina. Alfredo Ferrão de Oiiveira e Manur.1 Fernão de Oliveira que embarcaram em Lisboa e Joaquim' Luís Mendes, Ester Lemos Mendes, D. Maria José Freire e os seus 3 filhos que embarcaram no Porto. ôptima viagem e muitas felicidades.

Hoje, ninguém duvida de que a vida económica da quase totalidade dos trabalhadores tem de ser me­lhorada. Mas melhorar a vida económica, sem cuidar' da sua educação é dar-lhes lenha para se queimarern­T odos sabemos que, apesar dos baixos salários. os

" trabalhadores não deixam as tabernas, nem o jogo•, nem os antros do vício carnal, nem as casas de espec' táculos baratos e por vezes imorais, nem os grandes campos da bola ... Em ca.sa, porém, a mulher e os fi·· lhos choram de fome. A mulher, por sua vez, nãll' sabe aproveitar o pouco de que dispõe, não sabe poU' par, administrar e gastar vinte quando podia gastat apenas dez. Não teve a devida preparação domésti• ca .... falta-lhe a educação feminina.

- Chegaram de. l..origa onde foram gour as féri~s da Páscoa os nossos conierrâneos D. Maria Helena Leiião Ca­bral, José Maria Donas. D. Maria Teresa Leitão Donas. e filhinhos. Joaquiln forge Re is LeiL5o. Dr: Carlos Leitão Ba~­tos, D. Graciliana Gonçalves Bascos, e !illho, Armando Reis Leitão, D. Maria de Lourdes L:i:ão e Júlio Augusto Leitão.

- Chegou de Espanha onde esteve alguns .dias, em excursão dos alunos finalistas do Liceu Pedro Nunes, o nosso amigo Joaquim Leitão da Rocha e .abra!. .

- Esteve ajguns dias retido no lesto, por mot1~0 de doença. o nosso pre~do amigo e r«!actor do nosso 10rnal Carlos Pinlo Asccl)sào. Votos de rápidas melhoras.

- Em viagem de núpcias estiveram entre nós Fernando António Leitão e sua esposa, a quém desejamos muitas fe, licidades, na sua nova vida.

- Para Angola partiu no passado dia 23 de Março o nosso amigo e antigo coriespondentt: de ·•A Neve,. , José Nunes Abreu. Também para o Rio de Janeiro seguiu o nos­so conterrâneo António Moura S~ntos. Óptima viagem e muitas fefaidades.

- Faleceu no passado dia 18, a nossa contcrritnea Maria do Carmo M-ende.s de Brito, que h:í muiro tempo, conforme noticiámos, se encomrava gravemente doente.

À família enlutada as nossas condolências. - Encontra-se a prestar serviço militar no quartel de

Metralhadoras . J, o nosso amigo Luís Paixão Melo. na tu· ral da vizinha· povoação de Corgas.

- Chegou, por .via áre.à, tlo Congo Belga o nosso con· tcnâm:o Joaquim Gomes de Pina acompanhado de sua esposa D. Maria do Céu Pina. Os nossos. cumprimentos de boas-vindas'. '

- Estiveraln entre nós, a fim de tomarem parle, nos fune.r•is do Marechal Anfónio ôsor de Fragoso Carmona,' em representação do Sindicato Nacional do Pessoal da ln· dústria ·de L:mificios os nossos conterrâneos Mário Alves de Pina, António Duarte Santos, José Num:s de Moura, José Pina Luís dos Santos e José Vice.me Figueiredo.

.................. ___..,.. . 1"---~4%1 ••

Obras , Infinitas Venho hoje falar-vos nas obras do Bairro Ope­

rário. Elas encontram-se novamente paralizadas, des­de há muito tempci e estas paralizações .podem tra­zer sérias complicações. Chamo-lhe obras infinitas. pois elas parecem não ter fim. Já Já vão, se não es• tou em erro, cinco anos, mas não se encontra ainda uma casa, construída por completo. Vemos sim, e apenas vinte e sete casas meias-feitas, talvez por ter faltado a pedra cá na Serra' da Estrela. Terminarão estas obras ainda dentro do século XX? Pelo rumo que levam. tudo leva a crer que será difíçil que as• sim aconteça. .

Quando se começaram a abrir os caboucos para ~ primeira e.asa, brilhava no coração de cada loriguense uina chàma de entusiasmo. Aos domingos à tardi­nha não se acabavam ·no local dos Bairros ranchos de rapazes e até de raparigas, para admirarem as grandes obras que estavam a começar de realizar­-se ... Mas se não desistissem dessa jornada já teriam gasto muitos pares de sapatos!!! ~ de lamentar, ca­ros leitores, que· uma terra como é a nossa velha Loriga, a mais industrial e comercial do ·nosso con­celho, seja a mais despr~1.ada. Ni>J, operários, atri­buímos muitas vezes a culpa a A e a B. mas em parte devemos reparti-la pela gente da nossa terra. Não temos em Loriga quem trabalhe par.t o pro-. gresso da sua Terra. :e triste. mas tem que se dizer;

Se vemos na nossa terra, umas dúzias de me­tros de calçada a paralelos, graças aos esforços da Junta de E'reguesia cessante, que . bastante trabalhou para esse benefício é outros ma~s. e ' que além disso

(continua na pág. 3)

A crise económica da família é. assim, agravada. péÍa falta de orientação do homem e da mulher. Gasta o homem por um lado, malbarata a mulher por outro. No período áureo do volfrâmio, muitos conhe' ceram a o:bastança do dinheiro. Mas, porq.ue não soU' bcram onentar-se porque não foram suficientemente educados, digamos assim, se muito tinham muito aas' tavam. E voltaram à penúria em que viviam... "'

lsto no aspecto económico que é de secunçlária. importância. Se pensarmos na incapacidade dos pais para educar os filhos, arrepia-se-nos a alma. ~ certo que os filhos vão para· a escola e aí os mestres pro• curam formar consciência, moldar carácteres, fazer· «homens». Mas a escola· necessita da colaboração da família. Esta, Jonge de co,aborar, destrói em momen· tos o que às vezes leva anos a construir.

Tenho-me referido: aqui, às famílias de trabalhar dores, às classes populares. Mas o mal abrange tamr bém grande parte da «J. ristocracia ». Nos me_ios per q uenos, dá-se até o caso de elementos da ehte ~or­marem partidos, degladiarem-se uns ~os ,outros. ~m­pedirem o progresso da terra e contr1bu1rcm muito. com a sua atitude e o seu escândalo. parJ. a desmo­ralização do povo. São impedimentos à educa~p ge­ral. Também estes que deviam ser os mais educados e educadores de: oulr.us têm em si uma grande talha: falta de educação.

Enfim, reconhecemos que a educação é a grande: campanha em que. todos devemos empenhar-nos. Compete. sobretudo, aos organismos constituídos to' mar a dianteira. As Casas do Povo. os Sindicatos, a. F. N. A. T. o S. N. !., as Agremiações Recr1?41ti~ e Desportivas e .os núcleos da Acção Católica podem transformar a alma da Nação. O povo precisa de di,. vertimentos sãos, de sessões de cinerilll e de teatro. de palestras educativas, em suma, de tudo quanto contribua para a sua formação moral e religiosa, inte' lectual e profissional e pua a sua r~bustez física.

E termino. fazendo minhas as palavras de a1guéJ1\ que a estes assuntos tem dado ~oda a sua alma: <rNã" temos hoje., como em quinhentos. novos mundos a. descobrir, mas temos dentro da nossa Pátria proble' mas a resolver que exigem também esforço e heroí~­mo1!• Esses problemas são os da educação popular-

n • ••• ~•e

6rouo Désuorüvo Loriúnense No próximo número contamos poder dar aos

nossos leitores o prazer duma sensacional entre~ vista com o Presidente da Direcção do Grupo Desportiv~ Lorigucnse.

Ela virá na melhor altura. envolta na onda de euforia que neste momento esta agtcmiação atra: vessa, por motivo da arrematação e início das obras do seu campo atlético.

O que tem sido a sua vida, as realidades que ontem eram sonhos e os sonhos que áma· nhã procurarão converter em realidades. serão analisados por quem neste momento superinten' de .aos destinos duma aeTemiação. indestrutível na sda essência, pois é filha do Br:io, da T enacÍ· dade. da \/ ontade e vá lá, sem favor, do Heroís­

m o e do Sacrifício cios seus fundadores.