"Não tem nada mais gratificante do que acordar e ver o trabalho dando certo"

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Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Ano 8 • nº1508 Abril / 2014 Oeiras/Piauí "Não tem nada mais graficante do que acordar e ver o trabalho dando certo” Uma região de gente batalhadora, que está sempre aprendendo a conviver com o semiárido. Esse é o cenário da comunidade Olho D´agua Grande, localizada a 16 km da sede da cidade de Oeiras, onde um casal vem afirmando a realidade de convivência com esse local: é dona Sandra da Silva Rolim Borges e o seu Julimar Alves Borges. O casal tem 3 filhos, todos formados nas Escolas Famílias Agrícolas, e já constuíram suas próprias famílias e moram em outras residências. Dona Sandra nos conta que a realidade da família começou a mudar em 2005, com a chegada da cisterna de 16 mil litros do P1MC e de uma barraginha construída pela Fundação Dom Edilberto Dinkelborg. Segundo ela, com a chegada dos implementos, o casal conversou e concordou em produzir uma quandade razoável de hortaliças e criar animais (caprinos). Combinaram, então, que ela ficaria com a horta, por ser uma avidade que exige menos esforço sico devido alguns problemas de saúde que a mesma tem, e seu esposo com a criação, pois esse era um sonho do seu Julimar. Atualmente, no quintal do casal, é produzido: banana, acerola, mamão, ata, pimenta-de-cheiro, cebolinha, coentro, abóbora, quiabo, feijão, milho, além de uma boa quandade de galinhas caipiras. Além disso, o excedente da produção é comercializado dentro do próprio município. Seu Julimar fala com bom humor da sasfação de poder criar seus animais. “Eu gosto por demais de cuidar dos meus bodes, pois, apesar da escassez de água no período da seca, graças a Deus, temos uma cisterna pequena daquelas que apara a água da bica da casa e uma barraginha feita pela igreja do padre João de Deus, que nos ajuda muito nesse período tão dicil”, declara.

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Uma região de gente batalhadora, que está sempre aprendendo a conviver com o semiárido. Esse é o cenário da comunidade Olho Dªagua Grande, localizada a 16 km da sede da cidade de Oeiras, onde um casal, dona Sandra da Silva Rolim Borges e o seu Julimar Alves Borges, vem afirmando essa realidade.

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Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Ano 8 • nº1508

Abril / 2014

Oeiras/Piauí

"Não tem nada mais gra�ficante do que acordar e ver o trabalho dando certo”

Uma região de gente batalhadora, que está

sempre aprendendo a conviver com o semiárido.

Esse é o cenário da comunidade Olho D´agua

Grande, localizada a 16 km da sede da cidade de

Oeiras, onde um casal vem afirmando a realidade

de convivência com esse local: é dona Sandra da

Silva Rolim Borges e o seu Julimar Alves Borges.

O casal tem 3 filhos, todos formados nas Escolas

Famílias Agrícolas, e já cons�tuíram suas próprias

famílias e moram em outras residências. Dona

Sandra nos conta que a realidade da família

começou a mudar em 2005, com a chegada da

cisterna de 16 mil litros do P1MC e de uma

barraginha construída pela Fundação Dom

Edilberto Dinkelborg. Segundo ela, com a

chegada dos implementos, o casal conversou e

concordou em produzir uma quan�dade razoável

de hortaliças e criar animais (caprinos).

Combinaram, então, que ela ficaria com a horta, por ser uma a�vidade que exige menos esforço �sico devido alguns problemas de saúde que a mesma tem, e seu esposo com a criação, pois esse era um sonho do seu Julimar. Atualmente, no quintal do casal, é produzido: banana, acerola, mamão, ata, pimenta-de-cheiro, cebolinha, coentro, abóbora, quiabo, feijão, milho, além de uma boa quan�dade de galinhas caipiras. Além disso, o excedente da produção é comercializado dentro do próprio município.

Seu Julimar fala com bom humor da sa�sfação de poder criar seus animais. “Eu gosto por demais de cuidar dos meus bodes, pois, apesar da escassez de água no período da seca, graças a Deus, temos uma cisterna pequena daquelas que apara a água da bica da casa e uma barraginha feita pela igreja do padre João de Deus, que nos ajuda muito nesse período tão di�cil”, declara.

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Realização Apoio

Articulação Semiárido Brasileiro – Piauí

A fundação Dom Edilberto e a Paróquia Sagrada Família vêm desenvolvendo um programa de construção de laguinhos e barraginhas. Entretanto, a maior dificuldade encontrada pelo casal ainda é a falta de água.

O casal conta com alegria que anteriormente o auxílio era somente do Bolsa Família. Hoje, pode-se dizer que essa renda quase triplicou, graças ao esforço e dedicação dos 2, além da oportunidade que �veram de receber os implementos.

Dona Sandra diz que está ansiosa e pedindo a Deus que o projeto das cisternas grandes chegue a sua comunidade. “Estou esperançosa e tenho muita fé em Deus que esse projeto chegue até aqui, pois, se isso acontecer, vou aumentar meus canteiros e a criação dos animais do meu marido. Não tem nada mais gra�ficante do que acordar e ver que o nosso esforço está dando certo”.

O agricultor conta com orgulho que a vida de um piauiense como ele nem sempre é fácil, mas o povo nordes�no tem coragem e disposição de sobra para conviver com essa realidade.