napoleão bonaparte

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Napoleo Bonaparte (em francs: Napolon Bonaparte, nascido Napoleone di Buonaparte; A jaccio, 15 de agosto de 1769 Santa Helena (territrio), 5 de maio de 1821) foi um lder poltico e militar durante os ltimos estgios da Revoluo Francesa. Adotando o nome de Napoleo I, foi imperador da Frana de 18 de maio de 1804 a 6 de abril de 1814, p osio que voltou a ocupar por poucos meses em 1815 (20 de maro a 22 de junho). Sua r eforma legal, o Cdigo Napolenico, teve uma grande influncia na legislao de vrios pases Atravs das guerras napolenicas, ele foi responsvel por estabelecer a hegemonia fra ncesa sobre maior parte da Europa. Napoleo nasceu em Crsega, filho de pais com ascendncia da nobreza italiana e foi tr einado como oficial de artilharia na Frana continental. Em 2011, um exame de DNA de costeletas de Napoleo que eram guardadas em relicrio confirmou a origem caucasi ana de Napoleo desmentindo uma possvel ascendncia rabe do imperador.[1]Bonaparte ganhou destaque no mbito da Primeira Repblica Francesa e liderou com suc esso campanhas contra a Primeira Coligao e a Segunda Coligao. Em 1799, liderou um go lpe de Estado e instalou-se como primeiro cnsul. Cinco anos depois, o senado fran cs o proclamou imperador. Na primeira dcada do sculo XIX, o imprio francs sob comando de Napoleo se envolveu em uma srie de conflitos com todas as grandes potncias euro peias, as Guerras Napolenicas. Aps uma sequncia de vitrias, a Frana garantiu uma posio dominante na Europa continental, e Napoleo manteve a esfera de influncia da Frana, atravs da formao de amplas alianas e a nomeao de amigos e familiares para governar os outros pases europeus como dependentes da Frana. As campanhas de Napoleo so at hoje e studadas nas academias militares de quase todo o mundo. A Campanha da Rssia em 1812 marcou uma virada na sorte de Napoleo. Seu Grande Arme foi seriamente danificado na campanha e nunca se recuperou totalmente. Em 1813, a Sexta Coligao derrotou suas foras em Leipzig. No ano seguinte, a coligao invadiu a Frana, forou Napoleo a abdicar e o exilou na ilha de Elba. Menos de um ano depois, ele fugiu de Elba e retornou ao poder, mas foi derrotado na Batalha de Waterloo, em junho de 1815. Napoleo passou os ltimos seis anos de sua vida confinado pelos britnicos na ilha de Santa Helena. Uma autpsia concluiu que ele morreu de cncer no estmago, embora haja suspeitas de envenenamento por arsnio. OcultarOrigens e educao Carlo Maria Bonaparte, o pai de Napoleo, foi representante da Crsega na corte de L us XVI de Frana. Napoleo Bonaparte nasceu em 15 de agosto de 1769 em Ajaccio, Crsega, um ano aps a i lha ser transferida para a Frana pela Repblica de Gnova,[2] e foi o segundo de oito filhos do advogado Carlo Maria Bonaparte e de Maria Letcia Ramolino, uma famlia d escendente da pequena nobreza da Itlia, que chegou Crsega vinda da Ligria ainda no sculo XVI. Foi batizado Napoleone di Buonaparte, provavelmente adquirindo seu pri meiro nome de um tio (apesar de um irmo mais velho, que no sobreviveu infncia, tambm ter se chamado Napoleone), e anos depois mudou seu nome para Napolon Bonaparte.[ 3]Carlo Maria Bonaparte Carlo Maria Bonaparte, pai de Napoleo, foi nomeado representante da Crsega na cort e de Lus XVI de Frana em 1777.[4] A influncia dominante na educao de Napoleo foi sua m , que criou com pulso firme o indisciplinado filho.[5] Teve os irmos Jos, Lucien, Elisa, Louis, Pauline, Carolina e Jernimo. Havia tambm outras duas crianas, um meni no e uma menina, que nasceram antes de Jos, mas morreram ainda na infncia.[6] Napo leo foi batizado pouco antes de seu segundo aniversrio, em 21 de julho de 1771, na Catedral de Ajaccio.[7] Seu passado de relativa nobreza e suas conexes familiares permitiram que ele tive sse boas oportunidades de educao, acima da mdia da poca para a regio.[8] Em janeiro de 1779, Napoleo estava matriculado em uma escola religiosa em Autun, para aprende r francs, e em maio entrou na academia militar em Brienne-le-Chteau.[9] Falava com um sotaque crsego e nunca aprendeu a soletrar corretamente.[10] Foi provocado po r outros estudantes por causa de seu sotaque e comeou a se dedicar prtica da leitu ra.[11] Ele era notavelmente dedicado em matemtica, e tambm muito familiarizado a histria e geografia.[12] Ao completar seus estudos em Brienne, em 1784, Napoleo entrou para a ar de Paris, e ainda que sempre tenha se interessado, a princpio, em al, acabou estudando para se tornar oficial de artilharia, e quando a eu pai reduziu sua renda, foi forado a terminar o curso de dois anos .[13][14] ?Topo da seco OcultarIncio da carreira Ao se formar, em setembro de 1785, Bonaparte se tornou segundo tenente do regime nto de artilharia de La Fre,[15] e serviu em Valence e Auxonne, at a ecloso da Revo luo Francesa em 1789. Napoleo passou os primeiros anos da revoluo em Crsega, atuando e m uma complexa luta entre realistas, revolucionrios e nacionalistas crsegos. Apoio u os jacobinos revolucionrios, foi promovido a tenente-coronel e comandou um bata lho de voluntrios. Ento, em julho de 1792 conseguiu convencer as autoridades de Par is a promov-lo a capito.[16] Voltou para a Crsega e entrou em conflito com o lder lo cal Pasquale Paoli, que sabotou uma investida francesa na ilha italiana de La Ma ddalena, onde Bonaparte era um dos lderes da expedio,[17] e por causa disso Bonapar te e sua famlia tiveram de fugir para a Frana continental em junho de 1793.[9] Cerco de Toulon Escola Milit uma formao nav morte de s em apenas umVer artigo principal: Cerco de Toulon (1793) Em julho de 1792, Napoleo publicou um panfleto pr-republicano, Le Souper de Beauca ire, o que fez com que ele ganhasse a admirao e o apoio de Augustin Robespierre, i rmo mais novo do lder revolucionrio Maximilien Robespierre. Com a ajuda do companhe iro corso Antoine Christophe Saliceti, Bonaparte foi nomeado comandante da artil haria das foras republicanas no cerco de Toulon. A cidade havia se sublevado cont ra o governo republicano e foi ocupada por tropas britnicas.[18] Ele usou um plan o para capturar um monte que permitiria que dominassem o porto da cidade e forass em os navios ingleses a evacuar. A ofensiva, durante a qual Napoleo foi ferido na coxa, levou captura da cidade e promoo dele a general de brigada. Suas aes chamaram a ateno do Comit de Salvao Pblica, e ele foi encarregado da artilharia do exrcito fra cs na Itlia.[19] Enquanto esperava pela confirmao do cargo, Napoleo passou um tempo c omo inspetor de fortificaes costeiras na costa do Mediterrneo, perto de Marselha. A rquitetou planos para atacar o Piemonte como parte da campanha contra a Primeira Coligao e ento foi mandado em misso, por Augustin, Repblica de Gnova, para entender s intenes do pas em relao Frana.[20] 13 Vendmiaire Aps a queda dos irmos Robespierre no 9 Termidor, em julho de 1794, Bonaparte foi c olocado sob priso domiciliar em Nice por sua associao com eles.[21] Foi libertado a ps duas semanas e devido a sua habilidade tcnica foi convidado a elaborar planos p ara atacar as posies italianas na guerra da Frana com a ustria. Ele tambm participou de uma expedio para retomar a Crsega dos britnicos, mas os franceses foram expulsos pela marinha britnica.[22] Bonaparte ficou noivo de Dsire Clary, irm de Jlia Clary, esposa de Jos, o irmo mais ve lho de Napoleo; os Clarys eram uma famlia de comerciantes ricos de Marselha.[23] E m abril de 1795, ele foi designado para o exrcito do Oeste, que estava envolvido na Guerra da Vendeia. Para ocupar o comando de artilharia, ele seria rebaixado d o cargo de general de artilharia - cargo em que o contingente estava lotado - edeclarou sade precria para evitar o destacamento.[24] Ele foi movido para o Depart amento de Topografia do Comit de Salvao Pblica e tentou, sem sucesso, ser transferid o para Constantinopla, a fim de oferecer seus servios ao Sulto.[25] Durante este p erodo, ele escreveu uma novela romntica, Clisson et Eugnie, sobre um soldado e sua amante, em um claro paralelo prpria relao de Bonaparte com Dsire.[26] Em 15 de setemb ro, Bonaparte foi removido da lista de generais em servio regular por sua recusa em servir na campanha de Vendeia. Ele enfrentou ento uma difcil situao financeira e a reduo nas perspectivas de carreira.[27] Em 3 de outubro, realistas em Paris declararam uma rebelio contra a Conveno Naciona l depois que eles foram excludos de um novo governo, o Diretrio.[28] Um dos lderes da Reao Termidoriana, Paul Barras, soube das faanhas militares de Bonaparte em Toul on e lhe deu o comando das foras improvisadas em defesa da Conveno no Palcio das Tul herias. Bonaparte havia testemunhado o massacre da Guarda Sua naquele mesmo lugar, anos antes, e percebeu que a artilharia seria a chave para a defesa.[15] Ele or denou que um jovem oficial de cavalaria, Joachim Murat, aproveitasse os grandes canhes e os usou para repelir os agressores em 5 de outubro de 1795 (13 Vendmiaire An IV no calendrio republicano francs). Mil e quatrocentos realistas morreram, e o resto fugiu.[28] A derrota da insurreio realista extinguiu a ameaa conveno e deu a Bonaparte fama repe ntina, riqueza, e o apoio do novo diretrio. Murat se tornaria seu cunhado e um de seus generais, e Napoleo logo foi promovido a comandante do exrcito do interior e recebeu o comando do exrcito francs na Itlia (o chamado Arme d'Italie).[9] Em maro d e 1796, aps romper com Dsire Clary, Bonaparte se casou com Josphine de Beauharnais, ex-amante de Barras.[29] Primeira campanha na Itlia Bonaparte na Ponte de Arcole, Antoine-Jean Gros, (ca. 1801), Museu do Louvre Dois dias depois do casamento, Bonaparte deixou Paris para assumir o comando do exrcito francs na [pennsula Itlica]] e o liderou em uma invaso bem-sucedida. Na Batal ha de Lodi, derrotou as foras austracas e os expulsou de Lombardia.[9] Foi derrota do em Caldiero por foras de reforo austracas, lideradas por Joseph Alvinczy, e recu perou a iniciativa na crucial Batalha da ponte de Arcole e pde subjugar os Estado s Pontifcios.[30] Bonaparte se posicionou contra a vontade dos ateus do diretrio d e marchar para Roma e destronar o papa, argumentando que isso iria criar um vazi o de poder, que seria explorado pelo Reino de Npoles. Em vez disso, em maro de 179 7, Bonaparte levou seu exrcito para a ustria, forando o pas a negociar a paz.[31] O Tratado de Leoben deu Frana o controle da maior parte do norte da Itlia e os Pases Baixos, e uma clusula secreta prometeu a Repblica de Veneza para a ustria. Bonapart e marchou para Veneza e forou a sua rendio, pondo fim em 1100 anos de independncia; ele tambm autorizou os franceses a saquearem tesouros como os Cavalos de So Marcos .[32] Sua aplicao de ideias convencionais militares para situaes do mundo real possibilita ram seus triunfos militares, assim como o uso criativo da artilharia como uma fo ra mvel para apoiar a sua infantaria. Ele se refere sua ttica assim: "Eu lutei sess enta batalhas e no aprendi nada que no sabia no comeo. Olhe para Jlio Csar; ele lutou a primeira como a ltima."[33] Nesta campanha italiana, o exrcito de Napoleo captur ou 150.000 prisioneiros, 540 canhes e 170 bandeiras.[34] O exrcito francs lutou em 67 aes e venceu 18 batalhas atravs da tecnologia superior de artilharia e tticas de Bonaparte.[35] Durante a campanha, Bonaparte tornou-se cada vez mais influente na poltica france sa; ele fundou dois jornais, ambos para as tropas do seu exrcito e tambm para circ ulao na Frana.[36] Os realistas atacaram Bonaparte por saques na pennsula Itlica e al ertaram que ele poderia se tornar um ditador.[37] Bonaparte enviou o general Pie rre Augereau para Paris para liderar um golpe de Estado em 4 de setembro, o chamado Coup d'tat du 18 fructidor. Isto levou Barras e seus aliados republicanos nov amente ao poder, mas dependentes de Bonaparte, que dava continuidade s negociaes de paz com a ustria. Estas negociaes resultaram no Tratado de Campoformio, e Napoleo r etornou a Paris em dezembro como um heri.[38] Ele se encontrou com Charles-Mauric e de Talleyrand-Prigord, novo ministro do exterior francs (que mais tarde serviria no mesmo cargo ao imperador Napoleo) e comearam a preparar uma invaso da Inglaterr a.[9] Campanha do Egito Ver artigo principal: Campanha do Egito Bonaparte diante da Esfinge, (ca. 1868) por Jean-Lon Grme, Hearst Castle Aps dois meses de planejamento, Bonaparte decidiu que o poder naval da Frana no era ainda suficientemente forte para enfrentar a Marinha Real Britnica no canal da M ancha e props uma expedio militar para tomar o Egito e, assim, prejudicar o acesso da Inglaterra a seus interesses comerciais na ndia.[9] Bonaparte desejava estabel ecer presena francesa no Oriente Mdio, com a inteno de se ligar ao Sulto Tipu, inimig o da Inglaterra na ndia. Napoleo garantiu ao diretrio que "logo que conquistasse o Egito, iria estabelecer relaes com os prncipes indianos e, juntamente com eles, ata car os ingleses em suas posses."[39] Um relatrio de Charles-Maurice de Talleyrand -Prigord de fevereiro de 1798 dizia: "Tendo ocupado e fortificado o Egito, vamos enviar uma fora de 15.000 homens de Suez para a ndia, para se juntar s foras de Tipu Sahib e afastar os ingleses."[39] O diretrio concordou, a fim de garantir uma ro ta de comrcio segura para a ndia.[40] ?Topo da seco OcultarEra napolenica A sociedade francesa estava passando por um momento tenso com os processos revol ucionrios ocorridos no pas, de um lado com a burguesia insatisfeita com os jacobin os, formados por revolucionrios radicais, e do outro lado as tradicionais monarqu ias europias, que temiam que os ideais revolucionrios franceses se difundissem por seus reinos. O fim do processo revolucionrio na Frana, com o Golpe 18 Brumrio, marcou o incio de um novo perodo na histria francesa e, consequentemente, da Europa: a Era Napolenica . Pode-se dividir seu governo em trs partes: Consulado (1799-1804) Imprio (1804-1815) Governo dos Cem Dias (1815) O governo do diretrio foi derrubado na Frana sob o comando de Napoleo Bonaparte, qu e, junto com os girondinos (alta burguesia), instituiu o consulado, primeira fas e do governo de Napoleo. Este golpe ficou conhecido como Golpe 18 de Brumrio (data que corresponde ao calendrio estabelecido pela Revoluo Francesa e equivale a 9 de novembro do calendrio gregoriano) em 1799. Muitos historiadores alegam que Napoleo fez questo de evitar que camadas inferiores da populao subissem ao poder.[41] Consulado Ver artigo principal: Consulado Francs Instalou-se o governo do consulado de Napoleo aps a queda do diretrio. O consulado possua caractersticas republicanas, alm de ser centralizado e dominado por militare s. No poder executivo, trs pessoas eram responsveis: os cnsules Roger Ducos, Emmanu el Sieys e o prprio Napoleo. Apesar da presena de outros dois cnsules, quem mais tinh a influncia e poder no executivo era Napoleo, que foi eleito primeiro-cnsul da repbl ica.Criavam-se instituies novas, com cunho democrtico, para disfarar o seu centralismo n o poder. As instituies criadas foram o senado, o tribunal, o corpo legislativo e o conselho de Estado. Mas o responsvel pelo comando do exrcito, pela poltica externa , pela autoria das leis e quem nomeava os membros da administrao era o primeiro-cns ul.Quem estava no centro do poder na poca do consulado era a burguesia (os industria is, os financistas, comerciantes), e consolidaram-se como o grupo dirigente na F rana. Abandonaram-se os ideais "liberdade, igualdade, fraternidade" da poca da Rev oluo Francesa, e mediante forte censura imprensa e ao violenta dos rgos policiais, de manchou-se a oposio ao governo. ?Topo da seco OcultarProjeo da figura de Napoleo Napoleo Bonaparte teve sua figura projetada na histria francesa, quando recebeu o poder atravs do consulado, juntamente com trs cnsules citados acima. Reforma dos setores do governo francs Durante o perodo do consulado, ocorreu uma recuperao econmica, jurdica e administrati va na Frana:Economia - criou-se o Banco da Frana, em 1800, regulando-se a emisso de moedas, re duzindo-se a inflao. As tarifas impostas eram protecionistas (ou seja, com aumento de impostos para a importao de produtos estrangeiros); o resultado geral foi uma Frana com comrcio e indstria fortalecidos, principalmente com os estmulos produo e ao consumo interno. Religio - com o objetivo de usar a religio como instrumento de poder poltico, Napol eo assinou um acordo, a Concordata de 1801, entre a Igreja Catlica e o Estado. O a cordo, sob aprovao do Papa Pio VII, dava direito ao governo francs de confiscar as propriedades da Igreja e, em troca, o governo teria de amparar o clero. Napoleo r econhecia o catolicismo como religio da maioria dos franceses, mas se arrogava o direito de escolher bispos, que mais tarde seriam aprovados pelo papa. Direito - estabeleceu-se o Cdigo Napolenico, um Cdigo Civil, em 1804, representando em grande parte os interesses dos burgueses, como casamento civil (separado do religioso), respeito propriedade privada, direito liberdade individual e igualda de de todos ante a lei. Est em vigor at hoje, embora com considerveis alteraes legisl ativas posteriores. Napoleo tambm instituiu em 1809 um cdigo penal, que vigorou at 1994, quando a Assemb leia Nacional aprovou o novo cdigo. Educao - reorganizou-se o ensino e a prioridade foi a formao do cidado francs. Reconhe ceu-se a educao pblica como meio importante de formao das pessoas, principalmente nos aspectos do comportamento moral, poltico e social. Administrao - Indicavam-se pessoas da confiana de Napoleo para cargos administrativo s. Aps uma dcada de conflitos gerais no pas, com a Revoluo Francesa, as medidas aplicada s deram para o povo francs a esperana de uma estabilizao do governo. Os resultados o btidos neste perodo do governo de Napoleo agradaram classe dominante francesa. Com o apoio desta, elevou-se Napoleo ao nvel de cnsul vitalcio em 1802, podendo indicar seu sucessor. Esta realizao implicou na instituio de um regime monrquico. Venda do territrio da Louisiana para os Estados Unidos Ver artigo principal: Compra da Luisiana Em 1803, durante o governo de Napoleo, a Frana vendeu seus territrios na Amrica para os recm-fundados Estados Unidos. Isso permitiu a expanso das fronteiras dos Estad os Unidos para o oeste.A maior parte do dinheiro obtido na venda foi direcionada ao fortalecimento do e xrcito francs para sua expanso territorial no continente europeu. Imprio O primeiro-cnsul Napoleo cruzando os Alpes no passo de Grande So Bernardo, por Jacq ues-Louis David, 1800, no Kunsthistorisches Museum. Napoleo I em regalia, por Franois Grard, 1805, no Palcio de Versalhes Ver artigo principal: Primeiro Imprio Francs A opinio pblica foi mobilizada pelos apoiadores de Napoleo, que levou aprovao para a implantao definitiva do governo do Imprio. Em plebiscito realizado em 1804, aprovou -se a nova fase da era napolenica com quase 60% dos votos, reinstituiu-se o regim e monrquico na Frana e indicou-se Napoleo para ocupar o trono. Realizou-se uma festa em 2 de dezembro de 1804 para se formalizar a coroao do agor a Napoleo I na catedral de Notre-Dame. Um dos momentos mais notrios da Histria ocor reu nesta noite, onde, com um ato surpreendente, Napoleo I retirou a coroa das mos do Papa Pio VII, que viajara especialmente para a cerimnia, e ele mesmo se coroo u, numa postura para deixar claro que no toleraria autoridade alguma superior del e. Logo aps tambm coroou sua esposa, a imperatriz Josefina. Concederam-se ttulos nobilirquicos aos familiares de Napoleo, por ele mesmo. Alm dis so, colocou-os em altos cargos pblicos. Formou-se uma nova corte com membros da e lite militar, da alta burguesia e da antiga nobreza. Para celebrar os triunfos d e seu governo, Napoleo I construiu monumentos grandiosos, como o Arco do Triunfo que, como outras grandes obras da poca, por sua grandiosidade e por criar emprego s, melhorava a imagem de Napoleo ante o povo. O Imprio Francs atingiu sua extenso mxima neste perodo, em torno de 1812, com quase t oda a Europa Ocidental e grande parte da Oriental ocupadas, possuindo 150 depart amentos, com 50 milhes de habitantes, quase um tero da populao europia da poca. Expanso territorial militar Neste perodo, Napoleo realizou uma srie de batalhas para a conquista de novos terri trios para a Frana. O exrcito francs (chamado agora de Grande Arme, ou "Grande Exrcito ") aumentou o nmero de armas e de combatentes, e tornou-se o mais poderoso de tod a a Europa. Pensando que a expanso e crescimento econmico-militar da Frana era uma ameaa Inglate rra, os diplomatas ingleses formaram coligaes internacionais para se opor ao novo governo francs e a seu expansionismo. Tambm acreditavam que o governo francs poderi a influir em pases que estavam sob doutrina absolutista e assim causar uma rebelio . A primeira coligao formada para deter os franceses era formada pela Inglaterra, u stria, Rssia e Prssia. Em outubro de 1805, os franceses usaram a marinha para atacar a Inglaterra, mas no obtiveram xito, derrotados pela marinha inglesa, comandada pelo almirante Nelso n, batalha que ficou conhecida como Batalha de Trafalgar, firmando-se o poderio naval britnico. Ao contrrio do malogro com os ingleses, os franceses venceram seus outros inimigo s da coligao, como a ustria, em 1805, na Batalha de Austerlitz, alm da Prssia em 1806 e Rssia em 1807. Bloqueio ContinentalVer artigo principal: Bloqueio Continental Na busca de outras maneiras para derrotar ou debilitar os ingleses, o Imprio Fran cs decretou o Bloqueio Continental em 1806, em que Napoleo determinava que todos o s pases europeus deveriam fechar os portos para o comrcio com a Inglaterra, debili tando as exportaes do pas e causando uma crise industrial. Um problema que afetou muitos pases participantes do bloqueio era que a Inglaterr a, que j passara pela Revoluo Industrial, estava com uma consolidada produo de produt os industriais, e muitos pases europeus ainda no tinham produo industrial prpria, e d ependiam da Inglaterra para importar este tipo de produto, em troca de produtos agrcolas. A Frana procurou beneficiar-se do bloqueio com o aumento da venda dos produtos pr oduzidos pelos franceses, ampliando as exportaes dentro da Europa e no mundo. A fr aca quantidade de produtos manufaturados deixou alguns pases sem recursos industr iais. O nico obstculo concretizao de seu imprio na Europa era a Inglaterra, que, favorecida por sua posio insular (isolada), por seu poder econmico e por sua superioridade na val, no conseguiria conquistar. Para tentar domin-la, Napoleo usou a estratgia do Bl oqueio Continental, ou seja, decretou o fechamento dos portos de todos os pases e uropeus ao comrcio ingls. Pretendia, dessa forma, enfraquecer a economia inglesa, que precisava de mercado consumidor para os seus produtos manufaturados e, assim , impor a superioridade francesa em toda a Europa. O decreto, datado de 21 de no vembro de 1806, dependia, para sua real vigor, de que todos os pases da Europa ad erissem idia. O Acordo de Tilsit, firmado com o czar Alexandre I da Rssia, em julh o de 1807, garantiu a Napoleo o fechamento do extremo leste da Europa. O governo de Portugal relutava em concordar ao Bloqueio Continental devido sua a liana com a Inglaterra, da qual era extremamente dependente. O prncipe D. Joo, que assumira a regncia em 1792, devido ao enlouquecimento de sua me, a rainha D. Maria I, estava indeciso quanto alternativa menos arriscada para a monarquia portugue sa. Fuga da famlia real portuguesa para o Brasil Ver artigo principal: Transferncia da corte portuguesa para o Brasil, Guerra Peni nsular O governo portugus possua relaes privilegiadas com a Inglaterra, depois da assinatur a do Tratado de Methuen, em 1703, e ainda graas velha Aliana que vinha dos tempos da dinastia de Avis. Portugal tinha ento a Inglaterra como principal parceira para seus negcios. Pressi onados por Napoleo, os portugueses no tiveram escolha: como no podiam abdicar os ne gcios com a Inglaterra, no participaram do Bloqueio Continental. Insatisfeito com a deciso portuguesa, o exrcito francs comeou a dirigir-se a Portuga l. Napoleo forara uma aliana, sob a forma do Tratado de Fontainebleau com a casa re al espanhola (onde veio a forar a abdicao do trono de Carlos IV para o seu irmo, Jos Bonaparte) para a Invaso de Portugal, apesar de se saber que havia j planos anteri ormente delineados para conquistar tanto Portugal, como Espanha. A ideia era a d e dividir Portugal em trs reinos distintos: Lusitnia Setentrional, a ser governado pela filha de Carlos IV, Maria Lusa; Algarves, a ser governado por Manuel de Godoy com o ttulo de rei; O resto do pas, a ser administrado diretamente pela Frana Imperial at ao fim da gue rra. Nesse sentido, realizaram-se trs expedies militares a Portugal, conhecidas em Portu gal pelo nome de Invases Francesas.Numa jogada de antecipao estratgica, pensada e planeada para evitar que a famlia rea l portuguesa fosse aprisionada e obrigada a abdicar, como vir a acontecer com Fer nando VII e Carlos IV de Espanha, e sabendo-se que o Brasil era considerado, na p oca, a prola da coroa portuguesa, toda a corte portuguesa, incluindo o prncipe-reg ente D. Joo VI, saiu para o Brasil, instalando o governo portugus no Rio de Janeir o em 1808, tornando-a capital do que vem a ser um sonhado Reino Unido de Portuga l, Brasil e Algarves (1816-1826), que o rei acalentou e para o qual institui um nova bandeira com a esfera armilar. A sada foi precipitada, com as tropas francesas j em solo portugus, mas conseguiu-s e que cerca de 15 mil pessoas sassem para o Brasil, transferindo praticamente tod o o quadro do aparelho estatal. Alm de pessoas do governo, saram muitos nobres, co merciantes ricos, juzes de tribunais superiores, entre outros. Os sectores afrancesados em Portugal chamaram a esta retirada estratgica "a fuga para o Brasil", frustrados pelas tropas de Napoleo no terem conseguido aprisionar e depr a famlia real portuguesa. Com a corte e a capital de Portugal no Brasil, pa ssaram a considerar-se sem rei nem lei, pedindo de imediato ao General Junot que Napoleo lhes desse um novo rei e uma nova constituio. Este episdio da sada da famlia real portuguesa para o Brasil, assim como a dificuldade encontrada por Napoleo em , por um lado, invadir Portugal e por outro, dominar Espanha, pode ser visto com o uma das maiores falhas estratgicas de Napoleo que, alis, referiu-se a ele, nas Me moires de Ste. Hlne como: c'est a qui m'a perdu (traduo: foi isso que me fez perder). As tropas de Napoleo retiram-se de Moscovo, por Adolph Northern Napoleo abdicando em Fontainebleau, por Paul Delaroche, 1855, Museu de Finas Arte s, Leipzig A sada da famlia real para o Brasil marcou tambm o incio do processo de Independncia do Brasil. Na sequncia da Revoluo de 1820 em Portugal, a corte voltou a Portugal, r estabelecendo-se em Lisboa a capital, voltando o Rio de Janeiro a ser de novo um a cidade colonial. Derrota francesa na Rssia Em 1812, a aliana franco-russa quebrada pelo tzar Alexandre I da Rssia, que rompe o bloqueio contra os ingleses. Napoleo empreende ento a campanha contra a Rssia, fr ente de mais de 600.000 soldados[42] oriundos dos mais diferentes recantos da Eu ropa[43]. Sem sada, a Rssia usa uma ttica de guerra chamada terra queimada, que con sistia em destruir cidades inteiras para criar um campo de batalha favorvel aos d efensores. Aliada com o inverno rigoroso, a Rssia consegue vencer o exrcito napolen ico que sai com apenas 120.000 homens (o restante ou morreu ou se dispersou pelo continente). Enquanto isso, na Frana, o general Malet, apoiado por setores desco ntentes da burguesia e da antiga nobreza francesa, arma uma conspirao para dar um golpe de Estado contra o imperador. Napoleo retorna imediatamente a Paris e domin a a situao. Invaso dos aliados e derrota de NapoleoTem incio ento a luta da coligao europeia contra a Frana na Batalha das Naes (Confeder do Reno) que acabou com a derrota de Napoleo. Com a capitulao de Paris, o imperador obrigado a abdicar. Governo dos Cem Dias Exlio em Elba O Tratado de Fontainebleau, de 1814, exila Napoleo na Ilha de Elba, mas lhe d o di reito a uma penso de 2000 francos e o de poder levar uma escolta com 400 militares; alm disso, o seu ttulo de imperador mantido. Quando chega na ilha, em 4 de maio de 1814, ele acaba por passar dificuldades l, pois a sua penso no paga.[44] Separa do da esposa e do filho e sabendo de rumores de que ele iria ser banido para uma ilha remota no meio do [[oceano Atlntico], Napoleo escapa de Elba em 26 de fevere iro de 1815. Ele aportou em [Golfe-Juan], na Frana, dois dias depois. O 5 Regiment o foi enviado para intercept-lo. Napoleo encarou toda a tropa sozinho, desmontou d e seu cavalo e, quando encontrou-se sob a linha de fogo, gritou, "Aqui estou eu! Matem seu imperador, se assim o quiserem!" Os soldados responderam com "Vive L' Empereur! (Viva o Imperador!)" e marcharam com Napoleo at Paris, de onde Lus XVIII fugiu. Assim, Napoleo reconquista o poder. A volta ao poder Inicia-se ento o "Governo dos Cem Dias". Napoleo ento tenta fazer uma constituio base ada no liberalismo, contrariando as expectativas dos republicanos, que queriam a volta da revoluo e a perseguio aos nobres.[44] A Europa coligada retoma sua luta co ntra o Exrcito francs. Napoleo entra na Blgica em junho de 1815, mas derrotado por u ma coligao anglo-prussiana na Batalha de Waterloo e abdica pela segunda vez, pondo fim ao imprio napolenico. Mas a expanso dos ideais iluministas continuou. Exlio em Santa Helena Napoleo foi preso e ento exilado pelos britnicos na ilha de Santa Helena, na costa da frica, em 15 de outubro de 1815. L, com um pequeno legado de seguidores, contav a suas memrias e criticava aqueles que o capturaram. Morte Ver artigo principal: Morte de Napoleo Bonaparte At hoje, no h certeza da causa da morte de Napoleo. Na dcada de 1960, pesquisadores i nvestigaram sua casa na ilha deSanta Helena e encontraram restos de arsnio (venen o letal) em suas roupas, cabelo, nos mveis, pratos e talheres. Ento, concluiu-se q ue ele fora envenenado aos poucos, at sua morte.[carece de fontes] Porm, hoje em dia, j se sabe que Napoleo tinha cncer no estmago e, provavelmente, foi tratado com um remdio da poca que, possua, em sua constituio, arsnio e solventes. Com o tomou esse remdio por um perodo grande e constantemente, acredita-se que o arsnio acumulou-se em seu organismo. Ele est sepultado no Htel des Invalides em Paris. Suspeitas depois da morte Retrato da imperatriz Josefina, por Franois Grard, no Museu ermitage Em 1955, surgiram documentos em que Napoleo era descrito meses antes de sua morte , pensando muitos que Napoleo fora morto por envenenamento com arsnio. O arsnio era usado antigamente como um veneno indetectvel se aplicado a longo prazo. Em 2001, um estudo de Pascal Kintz, do Instituto Forense de Estrasburgo, na Frana , adicionou crena a esta possibilidade com um estudo de um pedao de cabelo preserv ado de Napoleo aps sua morte: os nveis de arsnio encontrados em seu pedao de cabelo e ram de 7 a 38 vezes maiores do que o normal. Cortar pedaos do cabelo em pequenos segmentos e analisar cada segmento oferece um histograma da concentrao de arsnio no corpo. A anlise do cabelo de Napoleo sugere qu e doses altas mas no-letais foram absorvidas em intervalos aleatrios. O arsnio enfr aqueceu Napoleo e permaneceu em seu sistema. L, poderia ter reagido com mercrio e o utros elementos comuns em remdios da poca, sendo a causa imediata de sua morte. Outros estudos tambm revelaram altas quantidades de arsnio presentes em outras amo stras de cabelo de Napoleo tiradas em 1805, 1814 e 1821. Ivan Ricordel (chefe detoxicologia da Polcia de Paris), declarou que se arsnio tivesse sido a causa da mo rte, ele teria morrido anos antes. Arsnio tambm era usado na poca em papel de pared e, como um pigmento verde, e at mesmo em alguns remdios, e os pesquisadores sugeri ram que a fonte mais provvel de todo este arsnio seja um tnico para cabelo. Antes d a descoberta dos antibiticos, o arsnio fazia parte de um composto qumico usado sem muito efeito no tratamento da sfilis, levando especulao de que Napoleo poderia estar sofrendo de sfilis, uma doena venrea muito comum naquela poca. A controvrsia continu a. ?Topo da seco OcultarCasamentos e descendncia Napoleo casou-se duas vezes: 9 de maro de 1796 com Josefina de Beauharnais. 11 de maro de 1810 por procurao com Maria Lusa de ustria e depois numa cerimnia em 1 d e Abril. Tiveram um filho: Napoleo II de Frana