Napoleão Bonaparte Complementar.

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TEXTO COMPLEMENTAR – PERÍODO NAPOLEÔNICO- IMPÉRIO As várias coligações européias foram sempre obra da diplomacia do ma Inglaterra, onde o poder da burguesia estava consolidado havia mais de um século. S burguesia não nutriram simpatias pela evolução !rancesa. "ara a Inglaterra, a luta contra os franceses tornava#se inevitável, pois sua iniciada e a !rança afigurava#se como concorrente comercial e industrial nos mercad francês poderia instigar na Inglaterra o levante de camadas da população &ue, desde mantinham se su$eitas ao controle da burguesia. "ara as monar&uias absolutistas eur defensoras dos privilégios aristocráticos, derrotar a !rança era uma &uestão de sob "or esses motivos as coligações européias colocaram, lado a lado, a Inglaterra absolutista e aristocrática unidas contra o inimigo comum- a evolução na !rança. A !rança, por seu lado, teria de arrebatar os mercados consumidores europeus, mesmo tempo em &ue precisava consolidar sua revolução internamente, o &ue somente s os pa ses aristocráticos. /essa maneira, a pa0 francesa s1 viria com a disseminação restante da uropa 2 a estabili0ação da ordem burguesa na !rança tinha como contrap regimes aristocráticos europeus. /iante de interesses antag3nicos da Inglaterra e das nações absolutistas de um força das armas despontava como solução. m ')45 formou#se a 6 7 IA 789I+A:;8 antifrancesa <Inglaterra, =ssia e, em &ual se op3s a spanha &ue apoiou a !rança. m outubro de ')4B, a marinha franco#esp 6rafalgar, na &ual os ingleses foram comandados pelo Almirante Delson. m terra, po nas Catalhas de Elm e Auterlit0, Dapoleão derrotou as tropas austr acas e russas. m ')4(, o Imperador francês suprimia o &ue restava do Sacro Império omano#+e e criava a 7onfederação do eno, reunindo a maioria dos stados alemães e nomeando a si pr1pri EA6A 789I+A:;8 <Inglaterra, =ssia e "r=ssia@, mas a "r=ssia foi rapidamente derr russos ca ram em ')4J nas Catalhas de Klau e !riedland, assinando o 6ratado de 6il franceses. /errotada a &uarta coligação, Dapoleão tornou#se o grande senhor da uropa 7on eram diretamente dominados pelo Imperador estavam entregues a aliados e familiares tornaram#se, respectivamente, rei de Dápoles, Molanda e Nestfália. m cada local po ordem era destru da, implantando#se constituições, divulgando#se o 71digo 7 estruturas econ3micas. A $ovem nação burguesa impunha#se s velhas nações aristocr substitu am as arcaicas estruturas feudais. /o outro lado do 7anal da Pancha, entretanto, protegida por suas es&uadras, a "ara atacá#la, a !rança, tendo perdido boa parte de suas forças mar timas em 6rafal militarmente os ingleses, decidiu tentar asfi%iar economicamente o reino britFnico. decreto &ue estabelecia o Clo&ueio 7ontinental, proibindo os pa ses europeus de ad& E /A /8 IP"QI8 DA"89 RDI78 2 8 decl nio do Império Dapole3nico se dá gradual ')'B e é e%plicado por vários motivos con$untos- a@ 8 nacionalismo das nações con&u erro pol tico ao difundir instituições francesas por toda a parte, ignorando as tra povos europeus. A burguesia dos pa ses dominados, &ue antes recebera os e%ércitos se mais tarde contra os franceses, &ue assumiam, na prática, o papel de opressores levantou#se &uando Dapoleão colocou no trono espanhol seu pr1prio irmão Losé Conapa guerrilha, os espanh1is destru ram o mito da invencibilidade francesa, derrotando#a e%emplo espanhol alastrou#seO b@ 8 !racasso do Clo&ueio 7ontinental 2 Ema e%tremamente efica0, tornou#se, alguns anos depois, altamente inconveniente, pois a com as col3nias do continente americano e impediam a !rança de obter matérias prima nações européias, na sua maioria agr colas, ressentiam#se da falta do mercado inglê produtos primários, em troca das manufaturas inglesas. 7omeçaram, então, burlando a vigilFncia francesa, ao mesmo tempo &ue tramavam seu rompimento com o I ')4*, formou#se a EID6A 789I+A:;8 <Inglaterra e ?ustria@, mais uma ve0 derrotada p as fissuras do Império iam se tornando mais profundasO c@ 8 !racasso Pilitar na 7ontinental, a =ssia rompeu o acordo &ue mantinha com a !rança, rebeldia &ue Dapol e%emplar- Invadiu a =ssia com um e%ército de >B4 mil homens, en&uanto mais de 'B4 fornecendo a infra#estrutura material necessária. 8s russos utili0aram a tática de enfrentar o inimigo, levando tudo o &ue podiam e incendiando as casas, envenenando Dapoleão conseguiu invadir Poscou, mas encontrou a cidade incendiada pelos pr1prio franceses decidiram retirar#se, mas um novo e poderoso inimigo iria minar ainda mai /o gigantesco e%ército &ue invadira o territ1rio da =ssia, apenas 54 mil homens re enfra&uecimento do Império Dapole3nico, mais vis vel ap1s o grande fracasso da camp 789I+A:;8 <"r=ssia, =ssia e Inglaterra@. A partir de então, as derrotas e perdas f Dapoleão era derrotado na Catalha de 9eip0ig e, um ano depois, os Império estava desfeito. Dapoleão foi desterrado para a Ilha de lba, pr1%ima 71r soldados.

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TEXTO COMPLEMENTAR PERODO NAPOLENICO- IMPRIO

TEXTO COMPLEMENTAR PERODO NAPOLENICO- IMPRIO

As vrias coligaes europias foram sempre obra da diplomacia do mais obstinado adversrio francs, a Inglaterra, onde o poder da burguesia estava consolidado havia mais de um sculo. Somente ali os setores dominantes da burguesia no nutriram simpatias pela Revoluo Francesa.

Para a Inglaterra, a luta contra os franceses tornava-se inevitvel, pois sua Revoluo Industrial j havia sido iniciada e a Frana afigurava-se como concorrente comercial e industrial nos mercados europeus. Alm disso, o exemplo francs poderia instigar na Inglaterra o levante de camadas da populao que, desde 1689, data da Revoluo Gloriosa, mantinham se sujeitas ao controle da burguesia. Para as monarquias absolutistas europias, partidrias do Antigo Regime e defensoras dos privilgios aristocrticos, derrotar a Frana era uma questo de sobrevivncia.

Por esses motivos as coligaes europias colocaram, lado a lado, a Inglaterra parlamentar e burguesa e a Europa absolutista e aristocrtica unidas contra o inimigo comum: a Revoluo na Frana.

A Frana, por seu lado, teria de arrebatar os mercados consumidores europeus, at ento sob controle ingls, ao mesmo tempo em que precisava consolidar sua revoluo internamente, o que somente seria possvel com a expanso para os pases aristocrticos. Dessa maneira, a paz francesa s viria com a disseminao das instituies burguesas sobre o restante da Europa a estabilizao da ordem burguesa na Frana tinha como contrapartida necessria a destruio dos regimes aristocrticos europeus.

Diante de interesses antagnicos da Inglaterra e das naes absolutistas de um lado e da Frana do outro, apenas a fora das armas despontava como soluo.

Em 1803 formou-se a TERCEIRA COLIGAO antifrancesa (Inglaterra, Rssia e, em 1804, tambm a ustria) qual se ops a Espanha que apoiou a Frana. Em outubro de 1805, a marinha franco-espanhola foi dizimada na Batalha de Trafalgar, na qual os ingleses foram comandados pelo Almirante Nelson. Em terra, porm era clara a superioridade francesa nas Batalhas de Ulm e Auterlitz, Napoleo derrotou as tropas austracas e russas.

Em 1806, o Imperador francs suprimia o que restava do Sacro Imprio Romano-Germnico e criava a Confederao do Reno, reunindo a maioria dos Estados alemes e nomeando a si prprio protetor. Formou-se, ento, a QUARTA COLIGAO (Inglaterra, Rssia e Prssia), mas a Prssia foi rapidamente derrotada na Batalha de Iena e os russos caram em 1807 nas Batalhas de Eylau e Friedland, assinando o Tratado de Tilsit, pelo qual se tornavam aliados dos franceses.

Derrotada a quarta coligao, Napoleo tornou-se o grande senhor da Europa Continental. Os territrios que no eram diretamente dominados pelo Imperador estavam entregues a aliados e familiares seus irmos Jos, Lus e Jernimo tornaram-se, respectivamente, rei de Npoles, Holanda e Vestflia. Em cada local por onde seus exrcitos passavam, a velha ordem era destruda, implantando-se constituies, divulgando-se o Cdigo Civil Napolenico e modernizando-se a estruturas econmicas. A jovem nao burguesa impunha-se s velhas naes aristocrticas; as instituies burguesas substituam as arcaicas estruturas feudais.

Do outro lado do Canal da Mancha, entretanto, protegida por suas esquadras, a Inglaterra mantinha-se inclume. Para atac-la, a Frana, tendo perdido boa parte de suas foras martimas em Trafalgar e impossibilitada de derrotar militarmente os ingleses, decidiu tentar asfixiar economicamente o reino britnico. Napoleo promulgou em Berlim o decreto que estabelecia o Bloqueio Continental, proibindo os pases europeus de adquirirem produtos ingleses.

QUEDA DO IMPRIO NAPOLENICO O declnio do Imprio Napolenico se d gradualmente de 1808 a 1815 e explicado por vrios motivos conjuntos: a) O nacionalismo das naes conquistadas Napoleo cometeu um grave erro poltico ao difundir instituies francesas por toda a parte, ignorando as tradies e o sentimento nacionais dos vrios povos europeus. A burguesia dos pases dominados, que antes recebera os exrcitos napolenicos como libertadores, voltou-se mais tarde contra os franceses, que assumiam, na prtica, o papel de opressores estrangeiros. A Espanha, antiga aliada, levantou-se quando Napoleo colocou no trono espanhol seu prprio irmo Jos Bonaparte. Organizando-se sob a forma de guerrilha, os espanhis destruram o mito da invencibilidade francesa, derrotando-a em 1808, na Batalha de Baylem. O exemplo espanhol alastrou-se; b) O Fracasso do Bloqueio Continental Uma estratgia que no incio pareceu ser extremamente eficaz, tornou-se, alguns anos depois, altamente inconveniente, pois as esquadras britnicas comerciavam com as colnias do continente americano e impediam a Frana de obter matrias primas no Novo Mundo. Por outro lado, as naes europias, na sua maioria agrcolas, ressentiam-se da falta do mercado ingls para onde antes exportavam seus produtos primrios, em troca das manufaturas inglesas. Comearam, ento, a comerciar secretamente com os ingleses, burlando a vigilncia francesa, ao mesmo tempo que tramavam seu rompimento com o Imprio. Agravando a situao, em 1809, formou-se a QUINTA COLIGAO (Inglaterra e ustria), mais uma vez derrotada por Napoleo. Mesmo vitorioso, as fissuras do Imprio iam se tornando mais profundas; c) O Fracasso Militar na Rssia Prejudicada pelo Bloqueio Continental, a Rssia rompeu o acordo que mantinha com a Frana, rebeldia que Napoleo resolveu punir de forma exemplar: Invadiu a Rssia com um exrcito de 450 mil homens, enquanto mais de 150 mil ficavam postados na Polnia fornecendo a infra-estrutura material necessria. Os russos utilizaram a ttica de terra arrasada, ou seja, retiravam-se sem enfrentar o inimigo, levando tudo o que podiam e incendiando as casas, envenenando a gua, destruindo as plantaes. Napoleo conseguiu invadir Moscou, mas encontrou a cidade incendiada pelos prprios russos. Cedendo s dificuldades, os franceses decidiram retirar-se, mas um novo e poderoso inimigo iria minar ainda mais as tropas francesas: o inverno russo. Do gigantesco exrcito que invadira o territrio da Rssia, apenas 30 mil homens retornaram com vida. Incentivada pelo enfraquecimento do Imprio Napolenico, mais visvel aps o grande fracasso da campanha da Rssia, formou-se a SEXTA COLIGAO (Prssia, Rssia e Inglaterra). A partir de ento, as derrotas e perdas foram se sucedendo, em maro de 1813, Napoleo era derrotado na Batalha de Leipzig e, j um ano depois, os exrcitos da Sexta Coligao tomavam Paris. O Imprio estava desfeito. Napoleo foi desterrado para a Ilha de Elba, prxima Crsega, ficando em sua companhia mil soldados.