Narrador em Mrs. Dalloway

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UEG – Câmpus São Luís de Montes Belos Docente: Giselia Rodrigues Dias da Silva Discentes: Priscila Hilária de Souza; Sara Souza Nunes Silvestre. NARRADOR São Luís de Montes Belos 2016

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UEG – Câmpus São Luís de Montes Belos

Docente: Giselia Rodrigues Dias da Silva

Discentes: Priscila Hilária de Souza;

Sara Souza Nunes Silvestre.

NARRADOR

São Luís de Montes Belos

2016

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Narrador onisciente

• Tem conhecimento de tudo que acontece e, por vezes, sua voz se mistura

com a dos personagens;

• Intercala entre acompanhar a personagem Clarissa, e as pessoas com

quem a mesma se encontra no decorrer de seu caminho, ou que fazem

parte de Londres;

• Narrado como discurso indireto livre, ou seja, em determinado momento o

narrador entra nos pensamentos das personagens, reproduz tanto esses,

como certas falas, sem ter marcações de pontuações (ponto, travessão...);

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• Técnica cinematográfica : o narrador alterna o ponto de vista,

hora está em uma personagem, quase no mesmo instante já

está em outra. Utiliza também do que é chamado de close, que

é a aproximação da personagem gradativamente até focar e

aprofundar na mesma.

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• “Mrs. Dalloway disse que ela mesma iria comprar as flores”

(p. 6).

• “O rei e a rainha estavam no palácio. E por toda parte,

embora fosse ainda tão cedo, havia uma vibração [...]” (p. 7).

• “[...] e quem seria aquele que se aproximava [...], quem

senão Hugh Whitebread [...]. Eles tinham acabado de chegar

– infelizmente – para ver os médicos” (p. 7).

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• A narrativa é dirigida pelo fluxo de ideias e dessa forma

foge do padrão das narrativas convencionais que

apresentam um narrador onisciente durante todo o tempo;

• O lirismo toma conta da narrativa de forma que qualquer

acontecimento se torna um momento de reflexão;

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Realismo desrealizado

• A obra não segue características próprias realistas. Não objetiva

caracterização do lugar, não detalha o espaço, mas se preocupa

com os pensamentos humanos, com a consciência do sujeito

moderno, com sua introversão na tentativa de compreender a

realidade.

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A narrativa inicia-se contando a dia de uma mulher, Dalloway,

posteriormente outras histórias de juntam a essa, e a

fragmentação desses acontecimentos mistura passado, presente

e futuro.

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• “Assim ela ainda se pegava discutindo no St. Jame’s Park,

ainda concluindo que tinha feito bem – e mais do que bem –

em não se casar com ele. Pois no casamento precisa existir

uma pequena liberdade, uma pequena independência entre as

pessoas que vivem juntas na mesma casa dia após dia; coisa

que Richard lhe dava, e ela a ele.” (p. 8).

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• “[...] causava-lhe dor física, e todo o prazer na beleza, na

amizade, em se sentir bem, em se amada e fazer da casa um

refúgio aprazível se abalava, estremecia e se vergava como se

houvesse mesmo um monstro cavando nas raízes, como se

toda a panóplia de contentamento não passasse de egoísmo!

esse ódio!

Bobagem, bobagem! Exclamou consigo mesma [...]” (p. 11)

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• “Todos olhavam o automóvel. Septimus olhava. Os rapazes

apeavam das bicicletas. O trânsito aumentava. E lá estava o

carro parado, com as cortinas fechadas, e nelas uma estampa

curiosa que parecia uma árvore, pensou Septimus [...]. Sou eu

que estou bloqueando o caminho, pensou. Não era ele que

estava sendo olhado e apontado; [...]” (p. 12).

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Referências

• JAFFE, Noemi. Literatura Fundamental 43 – Mrs. Dalloway –

Noemi Jaffe, disponível em < https://youtu.be/vY6kkcCfJXE >

acesso em 19 de novembro de 2016.

• WOOLF, Virginia. Mrs. Dalloway, disponível em <

http://lelivros.top/book/baixar -livr-mrs-dalloway-virginia-woolf-

em-pdf-epud-e-mobi/ > acesso em 04 de outubro de 2016.