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ISSN 0100-1485 Ano 12 Nº 58 Ago/Set 2015 nascidos para protEgEr E brilhar nascidos para protEgEr E brilhar rEvEstimEntos mEtálicos rEvEstimEntos mEtálicos EntrEvista Adilson Menegatte de Mello Campos, tecnólogo do Departamento de Qualificação e Inspeção de Materiais e Equipamentos da Sabesp Adilson Menegatte de Mello Campos, tecnólogo do Departamento de Qualificação e Inspeção de Materiais e Equipamentos da Sabesp EntrEvista

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ISSN 0100-1485

Ano 12Nº 58Ago/Set 2015

nascidos paraprotEgEr E brilharnascidos paraprotEgEr E brilhar

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EntrEvista

Adilson Menegatte de

Mel lo Campos, tecnólogo do

De par ta men to de Qualifi ca ção

e Ins pe ção de Mate riais e

Equipa men tos da Sa besp

Adilson Menegatte de

Mel lo Campos, tecnólogo do

De par ta men to de Qualifi ca ção

e Ins pe ção de Mate riais e

Equipa men tos da Sa besp

EntrEvista

Capa58:Capa35 9/16/15 1:30 PM Page 1

Sumário

4Editorial

A segunda melhor época

6Entrevista

Nos subterrâneos da corrosão

8ABRACO Informa

9Cursos

Calendário 2015 – De Julho a Dezembro

10Revestimentos MetálicosNascidos para proteger e brilhar

17Notícias do Mercado

34Opinião

Como voltar ao mercado de trabalhoJosé Ricardo Noronha

C & P • Agosto/Setembro • 2015 3

A Revista Corrosão & Proteção é uma publicação oficialda ABRACO – Associação Brasileira de Corrosão, fundadaem17 de outubro de 1968. É editada em parceria com aAporte Editorial com o objetivo de difundir o estudo dacorrosão e seus métodos de proteção e de controle e con-gregar toda a comunidade técnico-empresarial do setor.Tem como foco editorial compartilhar os principaisavanços tecnológicos do setor, tendo como fonte entidadesacadêmicas, tecnológicas e de classe, doutores mestres eprofissionais renomados do Brasil e do exterior.

Av. Venezuela, 27, Cj. 412Rio de Janeiro – RJ – CEP 20081-311Fone: (21) 2516-1962/Fax: (21) 2233-2892www.abraco.org.br

Diretoria Executiva – Biênio 2015/2016PresidenteDra. Denise Souza de Freitas – INT

Vice-presidenteEng. Laerce de Paula Nunes – IEC

DiretoresAécio Castelo Branco Teixeira – química uniãoAna Paula Erthal Moreira – A&Z ANÁLISES QUÍMICASFernando Loureiro Fragata – Consultor/InstrutorM.Sc. Gutemberg de Souza Pimenta – PETROBRASMaria Carolina Rodrigues Silva – EletronuclearEng. Pedro Paulo Barbosa Leite – PetrobrasSegehal Matsumoto – Consultor/Instrutor

Conselho Científico M.Sc. Djalma Ribeiro da Silva – UFRNM.Sc. Elaine Dalledone Kenny – LACTECM.Sc. Hélio Alves de Souza JúniorDra. Idalina Vieira Aoki – USPDra. Iêda Nadja S. Montenegro – NUTECEng. João Hipolito de Lima Oliver –PETROBRÁS/TRANSPETRODr. José Antonio da C. P. Gomes – COPPEDr. Luís Frederico P. Dick – UFRGSM.Sc. Neusvaldo Lira de Almeida – IPTDra. Olga Baptista Ferraz – INTDr. Pedro de Lima Neto – UFCDr. Ricardo Pereira Nogueira – Univ. Grenoble – FrançaDra. Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ

Conselho EditorialEng. Aldo Cordeiro Dutra – INMETRODra. Célia A. L. dos Santos – IPTDra. Denise Souza de Freitas – INTDr. Ladimir José de Carvalho – UFRJEng. Laerce de Paula Nunes – IECDra. Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQDra. Zehbour Panossian – IPT

Revisão TécnicaDra. Zehbour Panossian (Supervisão geral) – IPTDra. Célia A. L. dos Santos (Coordenadora) – IPTM.Sc. Anna Ramus Moreira – IPTM.Sc. Sérgio Eduardo Abud Filho – IPTM.Sc. Sidney Oswaldo Pagotto Jr. – IPT

Redação e PublicidadeAporte Editorial Ltda.Rua Emboaçava, 93São Paulo – SP – 03124-010Fone/Fax: (11) [email protected]

Diretores e EditoresJoão Conte – Denise B. Ribeiro Conte

Projeto Gráfico/EdiçãoIntacta Design – [email protected]

GráficaAr Fernandez

Edição nº 58 de Agosto/Setembro de 2015ISSN 0100-1485

Circulação nacional – Distribuição gratuita

Esta edição será distribuída em outubro de 2015.

As opiniões dos artigos assinados não refletem a posição darevista. Fica proibida sob a pena da lei a reprodução total ouparcial das ma térias e imagens publicadas sem a prévia auto -ri zação da editora responsável.

Artigos Técnicos

18Simulação de sistemas de proteçãocatódica aplicada à área externa dofundo de tanques de armazenamento

atmosféricoPor Juliana L. Cardoso, Neusvaldo L. de

Almeida, Gutemberg de S. Pimenta,Fabiano R. dos Santos e Eduardo W.

Laurino

27Armazenamento de tintas

Por Celso Gnecco

30Análise de falhas na fixação decontinodos de proteção catódicano interior de tubulação depetróleo e água produzida

Por João P. K. Gervásio, Marcinei S. Silva,Andre Mariano, Alexandre G. Garmbis,Plinio H R Pecly e João L. S. Nogueira

Sumário58:Sumário/Expedient36 9/16/15 1:17 PM Page 1

rrei mais de 9.000 arremessos em minha carreira. Perdi quase 300 jogos. Em 26 ocasiões,fui esco lhido para fazer o arremesso decisivo do jogo e a bola caiu fora. Falhei inúmeras vezes emminha vida e, por isso, alcancei o sucesso”. Este testemunho contundente é de Michael Jordan, con-

siderado um dos melhores jogadores de basquete de todos os tempos.Aqueles que sabem capitalizar seus erros são os que têm maior chance de sucesso em suas iniciativas. E,

em momentos de crise como o que vivemos atualmente no Brasil, as iniciativas privadas e coletivas podemser tábuas de salvação. Entretanto, como tudo na vida, é bom estar preparado para seus percalços.

Em geral, ter seu próprio negócio é um sonho acalentado por muitos. O problema surge quando, movi-dos apenas pela ambição de ganhar muito dinheiro, as pessoas se atiram em determinados nichos de mer-cado, simplesmente porque conhecem ou ouviram falar de alguém que se deu bem com um empreendi-mento similar, ou mesmo porque, profissionalmente, elas se sentem seguras de seu potencial.

É óbvio que o sucesso de um empreendimento não é algo que se pode explicar cientificamente. Quemparte para o empreendedorismo vai sempre ter de encarar o imponderável.

Em linhas gerais, define-se empreendedorismo como o processode iniciar um negócio, oferecendo um produto, um processo ou umserviço inovador. A palavra-chave aqui é inovação, criatividade aliadaà ousadia de levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima, tantasvezes quantas forem necessárias para alcançar o objetivo colimado.Não se trata de uma perseverança cega, muito pelo contrário, elabaseia-se em um apurado senso de observação e, muitas vezes, deuma árdua aprendizagem, pois, para o verdadeiro empreendedor, oserros devem funcionar sempre como lanternas.

Com essas cartas na manga, chega a hora do ponta-pé inicial e uma pergunta paira no ar: como tercerteza de que a época é oportuna para arriscar e investir?

Quem nos ensina o pulo do gato é Henry Ford, o fundador da Ford. Ele dizia o seguinte: “quando tudoparece estar contra você, lembre-se de que o avião decola contra o vento e não a seu favor”. Diante disso, amaio ria de nós diria: falar é fácil. Sim! Poucos têm coragem, poucos se arriscam, poucos não têm medo dofracasso. Poucos são realmente empreendedores…

Para aqueles que querem, mas ainda insistem em colocar um pé atrás em suas decisões, um antigo dita-do chinês, que sintetiza bem como o empreendedor vê as oportunidades, pode ajudar:“A melhor época para se plantar uma árvore foi há 20 anos. A segunda melhor é agora.”

Tratamentos Galvânicos – A matéria de capa relata a atual conjuntura do setor.A seção Entrevista revela as experiências de Adilson Menegatte Mello Campos na prevenção da corrosão

no âmbito da Sabesp.Simulação de sistemas de proteção catódica aplicada à área externa do fundo de tanques de armazena-

mento atmosférico é apresentada por Juliana L. Cardoso.Armazenamento de tintas é o tema discorrido por Celso Gnecco.Análise de falhas na fixação de continodos de proteção catódica no interior de tubulação de petróleo e

água produzida é detalhada por João P. K. Gervásio.

Boa leitura!

Os editores

A segunda melhor época

Carta ao leitor

O sucesso de um empreendimento não é

algo que se pode explicar cientificamente.

Quem parte para o empreendedorismo vai

sempre ter de encarar o imponderável

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Editorial58:Editorial36 9/16/15 1:29 PM Page 1

SEMINÁRIO DE

PROTEÇÃO CATÓDICA E MITIGAÇÃO DE INTERFERÊNCIAS ELÉTRICAS

O Workshop de Pintura Anticorrosiva tem como objetivo reunir especialistas e demais profissionais do segmento de pintura anticorrosiva para apresentação e discussão de temas de grande relevância técnica para todas as empresas brasileiras que utilizam esta técnica na proteção de equipamentos e estruturas metálicas em geral.

Dentre os temas a serem discutidos estão:

• Revestimentos para proteção passiva contra fogo;

• Tintas poliaspárticas;

• Preparação de superfícies com ferramentas mecânicas (grau de limpeza SSPC - SP 11);

• Revestimentos à base de poliuréia.

O mundo moderno necessita de energia para se manter e desenvolver. É necessário prover à população eletricidade, combustíveis, água, transporte, através de linhas de transmissão, dutos, trens eletrificados.

Estes sistemas se interagem, principalmente próximos de grandes metrópoles, causando interferências mútuas. É preciso controlar e mitigar estas interferências elétricas. É importante que concessionárias e operadoras mantenham um bom relacionamento.

Este Seminário será uma excelente oportunidade para conhecer alguns resultados práticos desta cooperação em busca do controle e mitigação de interferências elétricas.

Coordenação Técnica

Fernando de Loureiro Fragata

Fabio Krankel

Local

INT - Av. Venezuela, 82

17 DE NOVEMBRO DE 2015

www.abraco.org.br

WORKSHOP DE

PINTURA ANTICORROSIVA

REALIZAÇÃO APOIO

Local

IPT - Av. Prof. Almeida Prado, 532

Butantã, São Paulo - SP, 05508-901www.abraco.org.br

12 DE NOVEMBRO DE 2015

Nos subterrâneos da corrosão

Como a Sabesp, Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, lida com a constante

ameaça da deteriorização de seu complexo de tubulações por meio da corrosão

Entrevista

dilson Menegatte de Mel loCampos é tecnólogo doDe par ta men to de Qualifi -

ca ção e Ins pe ção de Mate riais eEquipa men tos (CSQ) da Com -pa nhia de Sanea men to Bási co doEstado de São Paulo (Sa besp),desde 1974, na área de pro jeto einstalação de dutos e de sistemasde proteção catódica. Des de1988, é professor da Fa culdade deTecnologia de São Pau lo, nas dis-ciplinas Cons tru ções Soldadas II eCons trução de Máquinas I ondeaplica os con ceitos básicos de pre-venção con tra corrosão em estru-turas e equi pamentos metálicos.

Para relatar como a Sabesp li -da com a corrosão em seus equi -pa mentos, Me ne gat te recebeu aRevista Corro são & Proteção.

Qual o papel do CSQ na qua -lificação e inspeção de equipa-mentos?Adilson Menegatte – O CSQ estáestruturado para atuar em todos osas pectos relacionados aos materiaise equipamentos da Sabesp. O De -par tamento possui cinco áreas, sen -do que uma delas es tabelece as es pe -cificações técnicas dos materiais.Outra área é responsável por ins -taurar o pro cesso de qualificação defornece do res, buscando es tabelecerpadrões mí nimos de qua li dade aserem obtidos. Há também a áreaque cuida da inspeção do materialem fábrica, an tes da entrega. Caso

projeto e como a cidade vive em cons -tante construção, é óbvio que essastransformações ao interagirem com ostu bos assentados os submetem a cor-rentes de fuga e ações de carga de solopara as quais eles não foram projetados.

Quais as principais causas dacor rosão verificada pela Sabesp?Menegatte – Nossos equipamentos edutos são sujeitos, principalmente aogás cloro (água) e sulfídrico (es go to)que são muito agressivos com o açoou o ferro fundido (ma teriais co -muns nas tubulações de grande por -te). As tubulações metá licas en ter -radas estão sempre sujeitas a corrosãopor corrente de fuga das linhas fer-roviárias e de outras fontes de cor -rente nem sempre claramente lo ca -lizadas. Ti pos de solos, transições en -terra do/aéreo e diversos outros fa torestambém interferem na vida útil dastubulações, assim como os processosde tratamento de água ou esgoto,utilizando produtos químicos quereagem com o ferro, exigem que asespecificações de todos os materiais eequipamentos (de bombas e motoresaté painéis elétricos e transfor-madores) sejam elaboradas comcritério para evitar a perda pre ma -tura dessas instalações pela corrosãode suas partes.

Quais regiões e/ou tipo de eflu-ente provocam mais problemasde corrosão?Menegatte – No estado de São

ocorram problemas de operação, aárea de Perícia Téc nica é acionadapara apontar as responsabilidadesde cada parte e verificar a eficáciadas ações corretivas adotadas. Nofinal, a área de Atestados Téc nicosemite a comprovação de que a em -presa cumpriu satisfatoriamenteseu contrato com a Sabesp.

Qual o impacto da corrosãoem estruturas, equipamentos ecomponentes da Sabesp?Menegatte – Na Sabesp, o hori-zonte de projeto de toda e qualquerobra é de 50 anos, de forma quetodos os cuidados devem ser tomadospara que o material especificadotenha condições de operar adequa -damente pelo maior tempo pos sível.Todas as estruturas que podem serprejudicadas pela corrosão recebematenção especial e redobrada. Assimtubos, válvulas, conexões e demaiselementos metá licos recebem revesti-mentos projetados para resistir aosagentes agressivos (cloro ou gás sulfí-drico, por exemplo) além dos cuida-dos adotados em projeto para mini-mizar o risco de corrosão.

O que está sen do feito para mi -nimizar a perda de água trata-da devi do à corrosão?Menegatte – Em São Paulo temosuma rede de tubulações com diâ metrossuperiores a 600 mm com quase90.000 km de extensão. Par te dessaslinhas já ultrapassou o horizonte de

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Adilson Menegattede Mello Campos

Entrevista58:Entrevista36 9/16/15 1:33 PM Page 1

Paulo, algumas localidades possuemsolos mais agressivos, e às vezes usa -mos essa característica para instala -ção de produtos em teste. Por outrolado, algumas in dústrias e lavande-rias industriais descartam crimino -samente produtos muito agressivos ea altas temperaturas, sem que se te -nha uma informação prévia disso.Com essa realidade, te mos que bus-car produtos que te nham desempe -nho superior, acarretando altos cus-tos no pro jeto de sis temas de ini biçãoà corrosão, pois precisamos tra -balhar com o menor risco possível àintegridade de nossas instalações.

Quais as medidas adotadas napre ven ção/con trole da corrosão?Menegatte – Em princípio, todas asnossas linhas e instalações são pro -jetadas com o cuidado de se pre ser -var os elementos sujeitos à cor rosão,buscando em for necedo res e univer-sidades novos produtos que sejammenos tóxicos, com me nor pra zo decura e com máximo de sempenho epreço justo. Os estudos levam sem-pre em consideração as facilidadesde aplicação. Um dos maioresproble mas refere-se aos revestimen-tos, pois eles não podem desen-cadear reações indesejáveis na pre-sença de íon de cloro (formação declorami na), nem conter elementosque im peçam seu contato com águapo tá vel. Nos dutos enterrados e in -ternos de tanques metálicos, é exi -gido tam bém um projeto e insta-lação de sistema de proteção cató -dica co mo complemento à proteçãopor barreira aplicado. Na recupe ra -ção interna de dutos em ferro fun-dido, os cuidados com o material aser utilizado deve levar em contatambém a possível alca li ni dade doproduto, que pode vir a prejudicara quantidade de cloro livre prescritopor lei na água de abastecimento.

Em relação à corrosão, quaissão as principais normas técni-cas para a qualificação de for -nece do res, produtos e servi ços?

Menegatte – A Sabesp, desde 1980tem elaborado um rol de normasque orientam proje tis tas, fabrican -tes e aplicadores. As normas foramelaboradas con forme as necessida -des da Sa besp, assim, as primei ras(NTS 030) versam sobre a re cu -peração de redes com tubos de ferrofundido usando argamassa acrílicaaplicada “in loco”. Depois, vieramas normas para ensaios de revesti-mentos aplicados em fábrica ou nocampo (NTS 039 – medição deespessura a NTS 042 – H.D.) Édessa época também a NTS 036que é a norma adotada para aqualificação de produtos para re -ves timento ou identificação cro má -tica, que disciplina até hoje a auto -rização para uso de qualquer tipode produtos para revestimento naempresa. Em 2001, a Sabesp esta-beleceu um contrato com o la bo -ratório de corrosão do Instituto dePesquisas Tecnológicas do Estado deSão Paulo (IPT), o qual passou aelaborar um minucioso estudo dostipos de corrosão existentes na Sa -besp e suas causas, ge rando ao finalum elenco de normas com indi-cações específicas para uso em cadasituação, por exemplo, a NTS 144– Es pecifi cação de pintura paraequipamentos em aço ou ferro fun-dido novos e sujeitos à umidadefrequente.

Quais os principais aspectosconsiderados na constru ção daadutora São Lourenço?Menegatte – No projeto do SistemaSão Lourenço, em São Paulo, vá riosaspectos tiveram que ser reestudadospara garantir a efetividade da pro-teção anticorrosiva, ao mes mo tem -po que pudessem ser especificadosmateriais que viabilizassem a fabri-cação dos tubos e o revestimento dasjuntas de campo, interna e externa-mente. Por se tratar de dutos com84” de diâ metro, o re vestimentocom tripla camada foi imediata-mente descartado. O uso de epóxi dealta espessura só seria possível se o

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fabricante dispusesse de estufa paracura acelerada, pois os prazos paramovimentação dos tubos em fábri-ca, assim como o prazo para reater-ro da vala (devido às juntas externasde cam po) atrasariam o projeto. Aproposta mais viável foi o uso depoliuretano conforme AWWA C222 que permite a movimentaçãodos tubos e o rea terro da vala com 3a 4 horas após a aplicação do reves-timento (de pen dendo da tempe -ratura ambiente). Outro ponto po -si tivo é que ele admite uma tole rân -cia maior na ovalização dos tu bos(fenômeno muito comum no casodo saneamento onde usamos tubosde gran des diâmetros com es pessurasrelativamente pequenas). Em reves -ti men tos mais friá veis, o excesso deova lização no transporte, movimen-tação ou rea ter ro da vala poderiacomprometer a eficiência da prote -ção anticorrosiva. Como em todas asobras, está prevista a instalação desistema de pro teção catódica porcorrente im pressa, foram necessá riosvários es tudos de formulação paraatender a exigência de “descolamen-to cató di co” de nossas especificações.

Há investimentos em estudosda corrosão na Sabesp?Menegatte – O estudo de materiaispara revestimento não se esgotanunca, pois a busca por produtosque consigam postergar o inevitá -vel sempre será um sonho e um de -safio para os técnicos e cientistasque militam nesse ramo.

Como melhorar a eficiência naprevenção da corrosão?Menegatte – Na prática tenho vistoque a corrosão se inicia primordial-mente no projeto das instalações.Geralmente o desenho na pranchetaou no CAD já traz todos os princí-pios para que a corrosão se inicie deimediato, quer pela seleção errôneade materiais, quer pela displicênciados projetistas. Só um trabalho sérioe conjunto entre empresas e univer-sidades pode mudar essa realidade.

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ABRACO Informa

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De 27 de julho a 7 de agosto, realizou-se emSão Paulo o curso para formação de inspetoresde pintura industrial nível 1 (N1). Foram 88ho ras de aula, dedicadas a fornecer conheci-mentos teóricos e práticos, concernentes a essafun ção. O quadro de instrutores das matériasinterdisciplinares foi formado por: Anna RamusMo reira, Celso Gnecco, Fernando Fernandes,Mar celo Nobre, Marcio Bispo, Neus valdo Lirade Almeida e Roberto Mariano.

O inspetor de pintura N1 é um profissionalqua lificado e certificado pelo Sistema Nacionalde Qualificação e Certificação de Inspetores dePintura conforme a norma ABNT NBR 15218.Sua função é atuar diretamente na obra ou emfá brica, executando o controle e acom pa nha -men to de todo o processo de pintura e fazendoa me di ção e controle da qualidade.

O programa do curso, que abrangeu desdein formações sobre a composição de uma tintaaté a aplicação de esquemas de pintura, ocorreunas de pendências do Instituto de Pesquisas Tec -no lógicas do Estado de São Paulo (IPT).

“Antigamente, este curso era ministrado ex -clu sivamente pela Petrobras, mas essa ideia evo -luiu e ampliou sua abrangência, permitindo quea ABRACO também participasse ativamente des se processo”, explicou Neusvaldo Lira de Al mei da,organizador dos cursos no IPT. Ele des tacou também o fato de que muitos dos participantes têmgrande interesse não apenas no curso em si, mas na possibilidade de obter uma certificação oficial,que o valorize no mercado, garantindo-lhe também uma vantagem em termos de remuneração.

“Um profissional que está alinhado com normas, procedimento e ética é capaz de desenvolverum trabalho de qualidade superior. E, na minha opinião, este curso é um excelente exemplo de co -mo o aluno pode realizar esse alinhamento em sua carreira”, destacou Gonçalo Siqueira, professorda FATEC que participou do curso com grande entusiasmo.

Já para Luis Guilherme Borzani Manhani, engenheiro da Amsted-Maxion, “o interesse pelocurso nasceu da necessidade de atualização e maior conhecimento técnico na área de corrosão etratamento de superfície para realizar melhorias dentro da empresa”.

Certificação garante a valorização do inspetor de pintura

Neusvaldo L. de Almeida, organizador dos cursos

Luis Guilherme Borzani Manhani (esq.) eGonçalo Siqueira (dir.), alunos do curso

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Calendário 2015 – de Julho a Dezembro

1 Curso Intensivo (para alunos não aprovados no cursoregular ou como revisão para prova de qualificação)

Mais informações: [email protected][email protected]

Cursos horas Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Pintura IndustrialInspetor N1 – Rio de Janeiro / RJ 88 19 a 30Inspetor N1 – Macaé / RJ 88 14 a 25 23/11 a 4/12Inspetor N1 – São Paulo / SP 88 30/11 a 11/12Inspetor N1 – Salvador / BA 88 28/9 a 9/10Inspetor N1 – Rio de Janeiro / RJ 1 40 9 a 13

Pintor e Encarregado de Pintura Ind.Curso – Rio de Janeiro / RJ 40 19 a 23Curso – Macaé / RJ 40 7 a 11

CorrosãoBiocorrosão – Rio de Janeiro / RJ 24 5 a 7Corrosão de materiais na produçãode óleo e gás – Rio de Janeiro / RJ 40 3 a 7Téc. de monitor. da corrosão interna emdutos e equip. ind. – Rio de Janeiro / RJ 24 16 a 18

Atenção: Calendário sujeito a alterações

Cursos

ABRACO participa da Marintec South America 2015

Com o objetivo de difundir as atividades prati -cadas pela associação, a ABRACO esteve presentena Marintec South America. Os visitantes tiverama oportunidade de conhecer todos os benefíciosdos associados, assim como seus eventos abertos aosegmento do estudo e combate à corrosão.

A Marintec South America tornou-se o úni -co evento do País a servir o setor com discussõese debates sobre o cenário da indústria naval eoffshore, com o objetivo de gerar soluções paraau mento da produtividade, da operacionalida -de, da qualificação profissional, do emprego da tecnologia, dos investimentos e da demanda e ofer-ta para toda a cadeia do setor. O evento foi realizado de 11 a 13 de agosto, no Centro de Con -venções SulAmérica, no Rio de Janeiro (RJ). Mais de 380 marcas expositoras de 17 países estive -ram presentes em sete pavilhões internacionais.

Renan Joel, gerente da feira, explicou que o objetivo maior neste ano foi “encontrar soluções quecolaborassem com a retomada naval em frentes consideradas estratégicas para toda a cadeia, comoo aumento da produtividade, da operacionalidade, da qualificação profissional, do emprego, da tec-nologia, dos investimentos e da demanda e oferta” e que o destaque dessa edição ficou por contada parceria firmada com a FIRJAN e a SINAVAL para a organização exclusiva do 1º Fórum deLíderes da Construção Naval.

Saiba mais em www.marintecsa.com.br

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MateriaCapa58:MateriaCapa37 9/18/15 2:16 PM Page 1

Revestimentos Metálicos

tecnologia necessária para revestir um metal com outro me -tal existe há milênios. No Império Romano, peças de cobreeram recobertas por ouro e prata fundidos. Em esca vações

arqueológicas na Itália, foram encontrados vasos decorados comlâminas de chumbo, estatuetas recobertas por cobre e pontas delança douradas que evidenciam a utilização de revestimento pormetais desde 1.000 a.C.1.Com a queda de Roma, esse conhecimento se perdeu e só veio

a emergir novamente no século XVIII quando o químico francêsPaul Jacque Malouin descreveu um método de revestimento metáli-co em que se mergulhava o ferro em zinco fundido.Desde então, os revestimentos metálicos ou tratamentos gal -

vânicos, como são popularmente conhecidos hoje em dia, desen-volveram de forma extraordinária e suas aplicações estão presentesna vida de todo ser humano.Esta edição da Revista Proteção & Corrosão descreve, em li -

nhas gerais, os principais métodos de revestimento metálico, seuimpacto ambiental e algumas das pesquisas que estão em desenvol -vimento nesse setor.

ConceitoOs revestimentos metálicos são películas metálicas aplicadas so -

bre uma superfície também metálica ou não, formando uma bar-reira que tem como objetivos principais: dificultar o contato dasuperfície com o meio e protegê-la contra a corrosão, em belezá-la,melhorar suas pro prieda des, tais como resistência, espessura, con-dutividade etc., e aumentar sua durabilidade. Entre os métodos deaplicação de revestimento metálico comumente empregados pelaindústria, destacam-se a deposição por imersão a quente, a eletrode-posição e a deposição por aspersão térmica.

Deposição por imersão a quenteA imersão a quente é um processo em que o substrato é mergu -

lhado em um banho fundido do metal de revestimento. Para isso, atemperatura de fusão desse metal deve ser baixa e o substrato temde ser capaz de suportá-la sem se deformar. Além disso, é ncessárioque ocorra uma reação metalúrgica entre o substrato e o metal derevestimento. Por isso, os candidatos a revestimento desse métodose resumem ao estanho, zinco e alumí nio. O chumbo, apesar de terum baixo ponto de fusão, não reage com o ferro, porém na presençade estanho é capaz de formar um revestimento de liga.Quando o substrato é removido do banho, ele sai molhado com

uma camada do metal fundido cuja espessura depende da viscosidadedo líquido e da rugosidade da superfície da peça tratada.A história desse processo remonta ao século XVIII, quando o

químico francês Melouin descobriu que o recobrimento de zinco pode-

As pesquisas científicas que buscam aprimorar os processos de revestimento metálico

têm mostrado resultados cada vez mais surpreendentes tanto no campo dos métodos

tradicionais como em novas vertentes que utilizam a nanotecnologia

Nascidos para proteger e brilhar

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ria proteger o ferro da corrosão.Como o zinco é mais eletro ne -gativo do que o elemento ferrona série galvânica, ele acaba se“sa crificando” e sendo corroídono lugar do ferro.Entre as vantagens desse mé -

todo em relação aos outros des -tacam-se a uniformidade da es -pessura da camada que se de po -sita em to da a peça, a rapidez dopro cesso, sua baixa ma nu ten çãoe, portanto, a re du ção de custosaliados a essa ope ra ção.“Nas décadas de 1960 e

1970, de vido à necessidade dese ob ter uma superfície mais li -sa pa ra que a pintura dos carrossaís se perfeita, a indústria auto-mobilística passou a adotar a ele -tro deposição para a zincagem desuas cha pas. O setor de imersãoa quen te se viu, então, fora domer cado e te ve que reagir parare tomar o fornecimento de cha -pas trata das. Isso resultou no de -senvolvimento de revesti men tosde aproximadamente 5 µm deespessura com uma qualidadetal que já não era pos sível visu -almente distinguir se eram pro -ces sadas por ele trode po sição oupor imersão a quente de tãobri lhante que era o acabamentofinal. Além disso, providenci -ou-se o aumento da velocidadede des lo camento da cha pa, aapli cação de uma raspagem a arna saída do processo e a altera -ção da composição do banho,adicionando alumí nio ao mes -mo” explica a Dra. Zeh bour Pa -nos si an, Direto ra de Inova çãodo Ins ti tuto de Pes quisas Tec -no ló gi cas do Esta do de SãoPaulo (IPT).

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diferenciado, sen do, por isso, em pre ga da para fins decorativos”,des taca Zeh bour.Ainda segundo Zehbour, “o pro cesso de eletrodeposição apre senta

algumas desvantagens co mo a fal ta de uniformidade da es pessura dacamada depositada en tre a ex tremidade e o meio da peça. Junte-sea isso o fato de que sempre ocorre um desperdício de parte da ener-gia elétrica utilizada no processo, pois a eletrodeposi ção sempreutili za-se de água que, por sua vez, transforma-se em gás hidro gê -nio que será des car tado. A pro dução desnecessá ria desse H2 podechegar a consumir até 40 % da energia elétrica”.Além disso, parte desse hi dro gênio é incorporado à peça trata-

da, comprometendo a qua li dade do revestimento e necessitando,muitas vezes, um tratamento de desidrogenação.

Aspersão térmicaA aspersão térmica ou meta lização consiste em uma série de

processos pelos quais depositam-se sobre um subs trato, cama das demateriais metálicos ou não metá li cos. “A aspersão térmica pode sercomparada a uma pintura em que, ao invés de um revólver queejeta tinta, temos um dispositivo que liquefaz um metal e o asper -ge con tra uma superfície”, explica Zehbour.No processo de metalização por chama a gás ou flame spray, um

metal em forma de arame ou pó se funde pelo calor da chama gera dopela queima de gases combustíveis como acetileno, GLP ou propano,e o oxigênio. Através de um forte jato de ar, as par tículas derretidas sãopulverizadas, chocando-se sobre a superfície da peça.Já no processo de metalização por arco elétrico ou arc spray, o

arco é formado no bico de uma pistola aonde chegam dois aramesdo material de deposição. Provoca-se, então, uma diferença de po -tencial, que abre o arco elétrico e funde os arames. Um sistema me -cânico ou elétrico puxa os arames continuamente, ao mesmo tempoem que um forte jato de ar comprimido é dirigido na região, pul-verizando o metal fundido contra a superfície da peça a ser re ves -tida, pre enchendo e ade rindo às suas irregularidades.O material fundido, depois de aspergido, solidifica-se sobre a

superfície da peça, formando uma camada densa que pode servircomo pro teção anticorrosiva e/ou conferir maior resis tência a des-gaste à peça.As peças revestidas por aspersão térmica têm a vantagem de fi -

carem disponíveis para uso ime diatamente após a aplicação, pres -cindindo de tempo de espera pa ra secagem ou endurecimento.Além disso, os componentes as sim tratados tendem a atingir umalto grau de aderência.Este conceito que acaba de ser descrito desenvolveu-se e deu

origem a outros métodos de revestimento como o de Deposição porVapor Químico (CVD) e o de De posição Física de Vapor (PVD)que ana lisaremos a seguir neste artigo.

Deposição Física de Vapor (PVD)O revestimento por PVD consiste na deposição de filmes finos

(metálicos ou cerâmicos) por meio de vaporização em câ ma ras dealto vácuo a temperaturas que variam de 150 °C a 500 °C.O material de revestimento sólido de alta pureza (metais como

titânio, cromo e alumínio) vaporiza-se por ação de calor ou bom-bardeamento com íons (deposição catódica).Ao mesmo tempo, é introduzido um gás reativo (por exemplo,

EletrodeposiçãoA eletrodeposição de metais

fundamenta-se em reações ele -tro químicas e consiste em de -po sitar um revestimento me tá -lico so bre um substrato me tá li -co, por meio da aplicação deuma corrente elétrica externa.O processo em si ocorre den -

tro de um banho eletrolítico que,em essência, é uma so lução con-tendo sais metálicos. O subs tratoa ser revestido e o metal que orevestirá são ligados a uma fon -te de energia ex ter na de modoque o pri meiro funciona comoo catodo (polo negativo) e o se -gundo, como o anodo (polopositivo) des se sistema.Es sa fon te de alimentação

faz-se ne cessária para que se es -tabeleça um fluxo de correnteen tre os dois eletrodos e a ele -trólise pos sa ocorrer. Os átomosdo metal, funcionando comoano do, são oxidados e se dis-solvem na so lução. Os íons me -tálicos dissolvidos na solu ção sedeslocam em di reção ao catodoe são re duzidos na interface en -tre a so lução e o catodo, de for -ma que eles se depositam na su -perfície da peça.Às vezes, o processo de ele tro -

deposição é mais conhecido pelonome do elemento usa do no re -vestimento. Assim, temos a dou -ração, a prateação e a co brea çãocomo exemplos típicos.“Uma das grandes vanta-

gens do revestimento por ele -tro depo sição é seu acabamento

12 C & P • Agosto/Setembro • 2015

Zehbour Panossian, Diretora deInovação do IPT

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vácuo e são bastante versáteis,permitindo que ocorra a mu -dança de composição durante adeposição e a co deposição deele mentos ou compostos.Um dos principais problemas

do pro cesso por CVD é o fato deque o coeficiente de expansão tér -mica do substrato metálico ter decombinar com o do re ves ti men -to6. Além disso, são ne cessáriasaltas temperaturas pa ra pro movero processo de modo eficiente, ra -zão pela qual, em mui tos casos, asuperfície de de po si ção aca ba sen -do destruída, devido à ins tabili -dade térmica dos substratos.Para minimizar o impacto dos

processos em altas tempera turasforam desenvolvidas no vas tecno -logias de vaporização de precurso -res e novos tipos de precursoresbaseados na integração entreCVD e PVD re sultando, porexem plo, no de senvolvi mento

nitrogênio ou um gás que contenha carbono), formando um com-posto com o vapor metálico que se deposita na peça em forma deum revestimento fino e altamente aderente.Os revestimentos por PVD apresentam dureza e resistência à

corrosão superiores aos aplicados por eletrodeposição. A maioriato lera bem altas temperaturas e possui boa resistência a im pactos ea desgaste.Além de ser compatível com quase todos os tipos de re vesti -

mentos inorgânicos (e alguns orgânicos), a PVD tem demonstradobons resultados com vários substratos e superfícies, possibilitandoum amplo espectro de acabamentos.Além disso, a PVD revela-se menos agressiva ao meio ambiente

do que os processos tradicionais de revestimento por eletrodepo -sição e pintura.

Deposição por Vapor Químico (CVD)Ao contrário da PVD que é realizada por um processo físico onde

observa-se o mecanismo de adsorção dos átomos e moléculas na su -perfície, na CVD ocorre a formação de um filme fino sólido pela de -posição atômica ou molecular, em uma superfície aquecida, sendo osólido proveniente de uma reação química onde os precursores estãona fase de vapor.A técnica de CVD pode ser empregada para o revestimento de

superfícies em três dimensões com qualidade e boa taxa de de -posição. Os equipamentos utilizados para CVD não requerem alto

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A Sponge-Jet, empresa americana com sede em Newington, NewHampshire é líder mundial em tecnologia de jateamento abrasivocom baixa emissão de pó.

A tecnologia de abrasivos microencapsulados produzidos pela Sponge-Jetproporcionam redução de até 99,9% na geração de pó e ricochete,evitando interrupções onerosas e condições perigosas no local de trabal-ho. Os abrasivos são recicláveis, permitindo o seu reuso e tornando oprocesso de jateamento menos impactante ao meio ambiente.

A Sponge-Jet está sempre dedicada ao desenvolvimento de soluçõesinovadoras no mercado de preparação de superfícies, visando sempre asegurança do trabalhador e do meio ambiente.

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Difusão Termorreativa (TRD)A Difusão Termorreativa é

um processo de revestimento pa -ra a produção de carbonetos me -tá licos na superfície de um subs -trato, contendo carbono. Asprin ci pais características dos re -ves timentos, gera dos por esse

pro cesso, são alta dureza e re sistência à abrasão, baixo coeficiente defricção, boa resistência à corrosão e oxidação, e uma ligação metalúrgi-ca com o subs trato metálico, que o torna o muito eficiente para aobtenção de um produto com excelentes propriedades tribológicas2.Nesse processo, o carbono e o nitrogênio presentes no substra-

to, em geral aço, são difundidos em uma camada depositada quecontém vanádio, nióbio, cromo, molibdênio ou tungstênio. Esseselementos reagem com o carbono e o nitrogênio difundidos e for-

João Carlos Dias, gerente técnicoda CentralSuper

Espectrômetro de absorção atômica do laboratório de análises daCentralsuper

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ele continua sen do muito utiliza-do nas so lu ções galvânicas, na for -ma de cia neto cúprico, cia neto depotássio e cianeto de sódio.Como o tratamento de eflu-

entes industriais implica elevadoscustos para uma empresa, di ficil -mente consegue-se atingir índi cesideais de tratamento5.Em geral, os eflu entes gera-

dos em operações de gal vano -plastia consistem em des cartespe riódicos dos diversos ba nhosconcentrados (de sen gra xan tes,decapan tes, fosfatizantes, cro -ma tizantes, banhos de eletro de -po si ção etc.) e em águas me noscon taminadas, provenientes dasetapas de la va gem após as ope -ra ções nos banhos. Estes eflu -en tes são com pos tos por água ereati vos.Após o tratamento des tes e -

flu entes, obtem-se, como resul-tado, a geração de resíduos com

mam uma camada de carboneto ou de nitreto, densa e metalurgi-camente ligada à superfície do substrato.As camadas produzidas por meio do tratamento por TRD apre-

sentam espessura da ordem de 5 µm a 15 µm e encontram as mes-mas aplicações industriais dos revestimentos TiC, TiN e TiCN,obtidos pelos métodos CVD e PVD, com a vantagem de ser umprocesso mais simples e ter um custo inferior.Enquanto os processos PVD e CVD utilizam câmaras de vácuo,

atmosferas controladas e o manuseio de gases, o tratamento por TRDpode ser realizado em fornos comuns de tratamentos térmicos, uti-lizando cadinhos ou caixas metálicas em atmosfera ambiente3. Poroutro lado, como o de pósito de camadas depende da difu são do car-bono, o processo requer temperaturas relativamente altas, entre800 ºC e 1250 ºC, para manter taxas de revestimento adequadas.

Impacto ambientalO atual momento histórico aponta, sem dúvida, para a impor tância

da reflexão a res peito das sociedades industriais contemporâneas e seusimpac tos sobre a saúde e o meio am bi ente nos di versos círculos so ciais.É ne ces sário abordar, dentro desta te mática, a relação en tre traba lho,saúde e meio am bi ente em sua dupla di mensão: dentro e fora das plan-tas industriais4.As indústrias galvânicas que se dedicam ao tratamento de su perfície

de peças metálicas usam solu ções químicas, contendo cianetos. O ciane-to é altamente tóxico ao ser humano e ao meio ambiente. Mes mo assim,

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al tos teores de metais e ou troscom ponentes tóxicos. Uma for -ma de diminuir o volume des tesresíduos é através da redu ção dasperdas de reativos químicos6.A maioria dos processos de

revestimento metálico liberatam bém me tais pesados como ocád mio, cro mo, cobre, ferro,man ga nês, ní quel, chumbo ezin co, mui to co muns do pro -cesso galvâ nico. O cádmio e ocromo são os grandes vilões des -ses pro cessos, pois são con ta -minantes muito pe rigosos pa ra asaúde humana. O cádmio, porser um poluente cu mula tivo eextremamente tóxico, ao ser ina -lado, cau sa sé rios da nos aos pul-mões. Por via oral, po de acumu-lar-se nos rins e nos ossos.O cromo, em sua forma oxi-

dada trivalente é a mais estável epode ser encontrada no meioam biente. Já sua versão hexava-lente é, em geral, produzida porprocessos industriais, principal-mente na fabrica ção de ligas me -tálicas, sen do muito tóxica para osistema respiratório.

Resíduos sólidosCriada em 1995 com uma

proposta ambiental para con trolede efluentes, a Central su per fun-ciona como entreposto entre aempresa geradora do re síduo sóli-do e seu envio para forno de ci -mento para eliminação completade sua toxicidade.Segundo João Carlos Dias,

ge rente técnico da Centralsu per,a maior dificuldade com que elesse deparam é o acondicionamen-to dos resíduos, pois a separaçãodeste material nem sempre é feitana empresa de origem. O resíduovai para filtro prensa e depois écolocado em tambores.“Os elementos mais tóxicos

verificados são o cromo e o cia -neto. O cianeto tem um perigoimediato. Já o cromo é latente,pri meiro ele contamina, im preg -na e depois começa a fazer efei -to”, sentencia Dias.

O futuro dos revestimentos metálicosMuitas pesquisas continuam a ser feitas neste setor, tanto pa ra

minimizar a toxicidade dos resíduos provenientes desses processoscomo também para aprimorar as técnicas de proteção contra osefeitos deleté rios que a corrosão provoca em todas as obras cons -truídas pelo homem.

As superligas estão chegando…Parece ficção científica, mas não é. Um novo processo muito bara-

to pode fazer com que me tais como o aço, por exem plo, se tornem dezvezes mais re sis ten tes à corrosão. As peças feitas com a nova tecnolo-gia estão sendo testadas em campos de petróleo nas cos tas da Austráliae da África. Al guns tipos de petróleo contêm compostos químicosaltamente corrosivos, tais como o sul feto de hidrogênio que danificarapidamente os equipamentos de produção.Ao implementar um método que “cria” metais de al tíssima per-

formance de forma ba rata e eficiente, a empresa ame ricana Mo du metaldá um passo importante para o desenvolvimento das indústrias de cons -trução civil, automotiva e de petróleo, visto que a nova tecnologia pro -mete fazer com que as peças tratadas durem muito mais e, assim, re -duzam o custo de prospecção de fontes não convencionais de petróleo.Esta pode ser apenas a primeira de um amplo espectro de aplicações.O avanço baseia-se no fato de que é possível controlar, em es cala

nanométrica, a estrutura de metais de modo a impregnar es ses mate-riais com novas propri edades. Embora isso não seja no vidade, na práti-ca, tem sido muito difícil realizar esse processo em grandes peças deforma confiável e econômica.A Modumetal de sen vol veu um processo que fornece um con trole

preciso da estrutura dos metais e permite produzir peças de vários me -tros de comprimento. A CEO da empresa Chris tina Lomas ney dizque os custos do processo são equivalentes a de tratamentos metálicosconven cio nais tais como os de eletrodeposição.A empresa usa um banho que contém vários tipos de íons me -

tálicos e controla a forma como os íons são depositados, mediante avari a ção da corrente elétrica em momentos precisos. Assim, umaestrutura com várias camadas de composição diferente pode ser cria-da, fazendo com que cada camada tenha uma espessura de algunsnanômetros. Como a última camada pode ter até um centímetro deespessura, ela pode alterar bastante as propriedades do material origi-nal. O revestimento em nanocamadas pode fazer com que um mate-rial se torne mais forte, interrompendo o desenvolvimento de fissuras.

Referências bibliográficas1. Manual de Segurança e Saúde no Trabalho – Indústria Galvânica – SESI.2. Arai, T., Harper, S. Thermoreactive deposition/diffusion process, ASMHandbook, ASM Intl., Material Park, Ohio, Vol. 4.

3. Avaliação de camadas de carbonetos e de boretos produzidas nos aços AISI H13e D2 por meio d tratamentos termorrativos – Carlos Kleber Nascimento deOliveira – Instituto de Química de São Carlos – USP.

4. Franco, T.; Druck, G.. Padrões de Industrialização, Riscos e Meio Ambiente.Ciência & Saúde Coletiva

5. Minimização de impactos ambientais da indústria galvânica através do uso desoluções livres de cianeto – Delci Fátima Meneghetti Casagrande – CentroUniversitário Feevale

6. Tratamento de efluentes líquidos de galvanoplastia – Prof. Dr. Haroldo deAraújo Ponte – Universidade Federal do Paraná.

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Notícias do Mercado

Sherwin-Williams na Marintec South America – Navalshore

A Sherwin-Williams participou mais uma vezda Marintec South America – Navalshore apresen-tando seus produtos inovadores. O evento do setorde cons trução e manutenção naval da América doSul foi realizado de 11 e 13 de agosto, no Rio deJaneiro (RJ).

Entre as tintas e revestimentos expostos pelaSherwin-Williams destacou-se a Seavoyage SPC,linha de revestimentos antifouling que protege em -barcações e outras superfícies expostas aos efei tosnocivos causados pela incrustação de microorga -nismos no ambiente marítimo.

A Seavoyage SPC proporciona o controle darugosidade causada pela incrustação, mantendo oscascos mais lisos, melhorando a performance daembarcação e, com isso, gerando redução no con-sumo de combustí vel. A linha possui tecnologiaNippon e seus produtos são livres de TBT (Tribu -

til Estanho), fungicida e algicida altamente nocivopara a vida ma rinha.

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C & P • Agosto/Setembro • 2015 17

Reparo no local e a frio de galvanização em grandes estruturas

A galvanização é essencial para proteger dacor rosão grandes estruturas metálicas presentesem indústrias dos mais diversos segmentos.

Para este trabalho, a Quimatic Tapmatic de -sen volveu o CRZ, um produto de galvanizaçãoa frio que protege o metal da corrosão.

Ideal pa ra todas as estruturas de ferro e açoque reque rem extrema proteção anticorrosivapor es tarem ao ar livre, enterradas ou submersas,o produto adere fir me men te ao metal, penetra aporosida de e confere proteção galvânica,impedindo o alastramento da ferrugem por bai -xo do revestimento.

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Nova linha de equipamentos PROTEC 2K

Com foco no mercado deanticorrosão, a marca alemãWag ner, em par ceria no Brasilcom a Em braser, está lançandoa nova linha de equipamentosProtec 2K pa ra dosa gem, mis-tura e aplicação de ma terial dedois componen tes. Além deherdar a fa ma de confiabilida -de e alto de sempe nho dos seusantecessores o no vo conjunto,

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Mercado58:Mercado36 9/16/15 1:36 PM Page 1

Artigo Técnico

Simulação de sistemas de proteçãocatódica aplicada à área externa do

fundo de tanques de armazenamentoatmosférico

reliable publications in literature.However, cathodic protection sys-tems for the external area of atmos-pheric storage tanks bottom, whichincludes different types of soil,sand and concrete, are diverse andthe polarization curves should bemeasured, considering specific con-ditions such as variation of theresistivity of the soil layers, degreeof aeration, etc. In this work, itwill be presented results of simula-tions of a cathodic protection sys-tem to an external tank bottomusing the Beasy program, in com-parison with physical scale model-ing data.

IntroduçãoO uso de simulação com-

putacional para o projeto de sis-temas de proteção catódica foibastante aplicado em estruturas eequipamentos marinhos1,3. En -con tra-se reportado na literatura4

um conjunto de curvas de pola -ri zação de materiais navais emmeio de água do mar, que ser -vem de referência para a realiza-ção de simulações. Porém, umatlas semelhante não é possívelpara aplicações de simulação desistemas de proteção catódica pa -ra a área externa do fundo detanques de armazenamento at -mos férico, uma vez que o meio ébastante variado e inclui solos,areias e concretos. Além da curvade polarização, medidas de con-dutividade do material que com-põe a base de assentamento e daresistência do cabeamento utili -zado na instalação do sistema deproteção catódica também sãone cessárias para garantir a preci -são dos resultados obtidos na

simulação5,7.Uma vez que o fenômeno de

corrosão verificado nas chapas defundo do tanque é um processodependente da presença de água,assume-se que as curvas de pola -rização utilizadas na simulaçãodo sistema de proteção catódicaem meio aquoso são representa-tivas do processo que ocorre nassuperfícies metálicas envolvidas.Além disso, se o meio de ensaioreproduzir as condições de con-dutividade da base de assenta-mento, então a curva de polari -zação irá corresponder à con -dição de polarização por resistên-cia que ocorre na interface dachapa ou do anodo com a basede assentamento8. Considerou-se, também, que o solo da basede assentamento da chapa defun do estava naturalmente aera-do, o que implica a participaçãodo oxigênio na oxidação da cha -pa de fundo.

Cabe observar que muitostrabalhos têm sido realizados naárea de simulação de sistemas deproteção catódica para fundo detanque7,9,11. Porém, poucos9 for -necem detalhes em relação à ob -tenção das curvas de polarizaçãoda chapa de fundo, incluindocomparações com modelos físi-cos em escala reduzida na análisedos resultados obtidos.

Neste trabalho, utilizando oprograma Beasy, foram realizadassimulações de sistemas de pro-teção catódica com curvas de po -larização levantadas de acordocom as características dos materi-ais utilizados em um modelo físi-co em escala reduzida de fundode tanque. Os dados obtidos

Por Juliana L.

Cardoso

ResumoNos últimos anos, um eleva-

do número de trabalhos publica-dos explora o uso de ferramentasde simulação numérica visandoprojetar sistemas de proteçãocatódica para a região externa dofundo de tanques de armazena-mento atmosférico. Entretanto,a qualidade dos resultados obti-dos está ligada à quantidade eprecisão dos parâmetros de en -trada inseridos no simulador.Trabalhos de simulação encon-trados na literatura, em geral,trazem poucos detalhes sobre aobtenção desses parâmetros. Poroutro lado, esse levantamentoimplica em domínio tanto dainstalação do tanque e do sis-tema de proteção catódica en -volvido, quanto do uso da ferra-menta de simulação e da me -todologia adequada para a ob -tenção dos parâmetros sufici -entes para garantir a precisãodos resultados. Neste trabalho,serão apresentados levantamen-tos criteriosos dos parâmetrosde entrada para simular um sis-tema de proteção catódica paraa re gião externa de um fundo detanque, utilizando o programaBeasy e exemplos de simulaçõesde mo delos computacionais ba -seados em um modelo físico emescala reduzida, confrontandoos resultados experimentais comas simulações.

AbstractPolarization curves necessary

to the modeling of cathodic protec-tion systems applied to structuresor equipment installed in marineenvironments are available on

Modeling of cathodic protection systems applied to the external atmospheric storage tank bottoms

Co-autores:

Neusvaldo L. de

Almeida,

Gutemberg de S.

Pimenta, Fabiano

R. dos Santos e

Eduardo W.

Laurino

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com as simulações são, então,confrontados com os dadosexperimentais do modelo físico,seguidos de uma breve discussão.

Modelo físico em escalareduzida de fundo de tanque

Um modelo físico de fundode tanque (Figura 1) foi monta-do a partir de um anel de con-creto pré‑fabricado, com alturade 0,5 m e diâmetro externo de2,0 m. Na região interna do anelfoi instalada uma geomembranacomercial de PVC, com 1 mmde espessura. A instalação dageo membrana em fundo de tan -que segue a recomendação da

norma API 650-201212.O anel de concreto foi pre -

enchido com solo argiloso (comcondutividade de 141 µS cm‑1 eumidade 14,4 %) e compactadoaté a altura de 0,45 m, para oposicionamento do anodo. Porfim, completou-se o anel com50 mm de solo sobre o anodo,alcançando a borda superior doanel de concreto.

O anodo é com posto deduas partes de chapa expandidade Ti com revestimento deMMO (Mixed Metal Oxide),em formato de grade, com bar-ras distribuidoras de correnteem Ti soldadas às grades.

Uma chapa de aço-carbonoASTM A36 foi posicionadasobre o solo compactado do anelde concreto. Essa chapa possuiformato circular com 2 m dediâmetro e 6,35 mm de espes-sura. Peças de aço‑carbonoASTM A36, com 40 mm dediâmetro e 6,35 mm de espes-sura foram instaladas com o usode suportes de PEAD (Polieti -leno de Alta Densidade), comcontato elétrico com a chapa, pa -ra permitir instalação de eletro-dos de referência de medição depotencial em diversas posições.

O sistema de proteção cató -dica instalado no modelo físico é

C & P • Agosto/Setembro • 2015 19

Figura 1 – Montagem do modelo físico de fundo de tanque: (a) posicionamento do anodo sobre o solo com-pactado e (b) distribuição de pontos para posicionamento de eletrodo de referência de medição de potencial

a b

Figura 2 – (a) Descrição geométrica do modelo computacional de fundo de tanque e (b) detalhe da grade deMMO com a barra de condução de Ti

a b

Juliana58:Cristiane43 9/16/15 1:28 PM Page 2

20 C & P • Agosto/Setembro • 2015

O programa Beasy utilizaequações de Kirchhoff pararesolver as equações de circuitoelétrico, que fornecem a distri -buição da tensão nos anodos. Omodelo matemático de queda depotencial no eletrólito, descritopor uma equação de Laplace, éresolvido utilizando Métodos deElementos de Contorno. Final -men te, a relação entre a densi-dade de corrente e a diferença depotencial, por ser não linear, éobtida de forma iterativa7.

Modelo Computacional deFundo de Tanque comAnodo em Grade

Na Figura 2a, é apresentadaa descrição geométrica do mo -de lo computacional, seguindoas ca rac terísticas da montagem

as propriedades físicas e geomé -tricas do eletrólito, a geometriado anodo e do catodo (tamanhoe localização), a característica depolarização dos materiais envol -vidos como eletrodos ativos e aligação elétrica entre cada umadas partes6,7.

A simulação, portanto, en -vol ve a solução de dois proble-mas interligados: o eletrólito e ocircuito externo. O primeiro en -volve o eletrólito e todas as estru-turas ao seu redor, incluindo oseletrodos ativos (anodos e cato-dos) e as superfícies isolanteslimitando o eletrólito (geomem-brana), enquanto que o segundoincorpora a resistência do cir-cuito de componentes discretoscomo retificadores, cabos eshunts, quando houver7.

composto por fonte de correntecontínua estabilizada com carac-terísticas nominais de 32 V e5 A. As medições de potencial ecorrente foram realizadas commultímetro modelo 287 damarca Fluke. O eletrodo de re -ferência utilizado nas medi çõesde potencial foi o eletrodo deCu/CuSO4 (E = 300 mV,ENH – eletrodo normal de hi -drogê nio). As medições de po -tencial ON e OFF foram feitasmanualmente, usando o pa drãode temporização de 12 s ON e4 s OFF.

Modelo computacional eparâmetros de simulação

Os parâmetros de entrada deum modelo computacional desistema de proteção catódica são

Figura 3 – (a) Número de divisões da malha em cada estrutura do modelo e (b) representação da malha

a b

Figura 4 – Curva de polarização da amostra de aço A36 (catodo) (a) em log da corrente e (b) ajustada para osimulador

a b

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Ti Bar0, Ti Bar1 e Ti Bar2.A chapa de fundo de tanque

foi representada pela superfíciede um círculo com raio de 1 me a geomembrana foi represen-tada pela superfície lateral deum ci lindro de raio igual a 1 m.Essas superfícies foram colo-cadas nos grupos Tank e Mem -brane, respectivamente.

A etapa seguinte à represen-tação geométrica para a simu-lação do fundo de tanque é adefinição da malha de cálculodo modelo, que está indicadana Figura 3. Quanto mais densaa malha de cálculo, maior a pre-cisão do resultado e mais tempoé consumido na realização doscálculos. Procurou-se gerar umamalha com duas divisões paracada linha que compõe o ano -do, uma vez que essa estruturajá possui um alto detalhamentogeométrico. Para as estruturascom menos detalhes, como asbarras de Ti, a chapa de fundo e

Utilizando essa função parao modelamento do anodo, cal-culou-se o raio equivalente àárea da seção transversal do fila -mento, igualando a área retan-gular do anodo para a área deum círculo. Com o raio equiva-lente e o desenho das linhas, foifeita a representação geométricada grade de MMO, conformeapresentado na Figura 2b. Co -mo o anodo é formado por du -as metades separadas de grade,as linhas que representam asdu as partes foram colocadas emgrupos distintos, chamados deAnodo 1 e Anodo 2.

As três barras de Ti que for-mam as barras condutoras doanodo também foram represen-tadas por linhas, com raio cal-culado a partir da área da seçãotransversal da barra, conformemostrado na Figura 2b. As li -nhas que representam as barrasde Ti foram colocadas em gru-pos individuais, chamados de

do mo delo físico em escala re -du zida.

O anodo real é formado porduas chapas expandidas de Tirecobertas por MMO, com áreatransversal de cada filamento de1 mm2. Essas chapas são uni daspela barra condutora central,sol dada unindo as duas par tesdo anodo. A área da se çãotrans versal das barras conduto -ras é de 12,7 mm2.

O programa Beasy possuiuma funcionalidade que per-mite a descrição de uma estru-tura cilíndrica por uma linha epelo raio do cilindro que aque-la linha representa. Esse recursodiminui a complexidade domodelo e o seu tempo de res-olução pelo si mu lador. Outracaracterística do Beasy é con-siderar que as linhas de desenhoinseridas dentro de um mesmogrupo são conectadas, mesmoque no desenho haja um espa -çamento entre elas.

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Figura 5 – Curvas de polarização da grade de MMO (a) em log da corrente e (b) ajustada para o simulador

a b

Figura 6 – Curvas de polarização das barras condutoras de Ti (a) em log da corrente e (b) ajustada para osimulador

a b

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a geomembrana, foram geradasmalhas com número maior dedivisões, conforme apresentadona Figura 3a. O resultado é amalha de cálculo apresentadana Figura 3b, composta por134 593 elementos.

Criado o modelo, a próximaetapa consiste fornecer ao simu-lador as características dos ma -teriais, conforme empregados nomodelo físico. Curvas de po lari -zação dos materiais utilizados nachapa de fundo de tanque (cato-do), das barras de Ti e da gradede MMO (anodo) estão indi-cadas nas figuras de 4 a 6.

As curvas de polarização fo -ram obtidas utilizando o poten-ciostato modelo VMP3 Multi -channel da Bio Logic, a 23,5 °C,com eletrodo de refe rência deHg|Hg2SO4 em solução satura-da de K2SO4 (E = 643 mV,ENH) com capilar de Luggin eum eletrodo auxiliar de Pt emtela, com área de aproximada-mente 45 cm2. Utilizou-se ve -

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dor, foi necessário diminuir onúmero de pontos que des -crevem cada cur va para 50 pon-tos, valor máximo aceito pelosimulador, resultando na curvarepresentada como “Curva re -duzida”, nas figu ras 4a, 5a e 6a.

A curva de polarização doca todo (Figura 4) foi obtidacom eletrodo de trabalho cons -truído com uma amostra dachapa utilizada no modelo físi-co, de área de 1 cm2 e embuti-da em resina epóxi de cura fria.Previamente à obtenção da cur -va, o eletrodo te ve sua su per -fície polida com alumina emgrãos com diâmetro de 3 µm edesengraxada em etanol.

A curva de polarização doano do (Figura 5) foi obtidacom eletrodo de trabalho cons -truído com uma amostra doanodo utilizado no modelo físi-co, de área de 1 cm2 e embuti-da em resina epóxi de cura fria.Previamente à obtenção da cur -va, o eletrodo te ve sua superfí-cie desengraxada com etanol.

Não foi possível con siderarna simulação a resis tência aolongo do comprimento domaterial que compõe o ano do,uma vez que as linhas que odescrevem geometricamente fo -ram coloca das em apenas doisgrupos e o simulador não per-mite atribuir resistência aolongo do comprimento dife -rente de zero em gru pos que

locidade de varredura de0,166 mV s‑1, conforme normaASTM G5913. O meio utiliza-do na obtenção da curva pro -curou mimetizar a resistividadedo solo empregado na monta -gem do mo delo físico. Paratanto, foi preparada uma solu -ção com 0,098 g L‑1 deNa2SO4, em que se mediupH 6,6 e condutividade de140,6 µS cm‑1. Visando uni-formizar a presença de oxi gê niodissolvido no meio de en saio, asolução foi agitada ao ar combarra magnética durante 1 han tes de se obter as curvas depola ri zação.

Para que o simulador pu -desse calcular os valores depotencial em relação ao eletro-do de refe rên cia de Cu|CuSO4

(E = 300 mV, ENH), os valoresde potencial da curva de pola -rização foram previamente con-vertidos, conforme mostradonas figuras 4b, 5b e 6b. Antesde inserir os dados no simula -

Figura 8 – (a) Descrição geométrica de um fundo de tanque com anodos verticais ao longo da periferia e(b) número de divisões da malha em cada estrutura do modelo

a b

Figura 7 – Circuito elétrico que corresponde à instalação do sistema deproteção catódica do modelo físico

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contenham mais de uma linha.A resistência ao lon go do com-primento da gra de de MMO éde 0,080 Ω m-1 con forme catál-ogo do fabricante.

A curva de polarização dasbarras condutoras de Ti (Figu -ra 6) foi obtida com eletrodo detrabalho construído com umaamostra do anodo utilizado nomodelo físico, de área de2,5 cm2 e embutida em resinaepóxi. Foi utilizado na simu-lação o valor da resistência aolongo do comprimento da bar -ra de 0,052 Ω m-1, conformecatálogo do fabricante.

Isso foi possível uma vez queas linhas que representam asbar ras foram inseridas em gru-pos separadamente.

Na Figura 7 é apresentado ocircuito elétrico de simulaçãoque corresponde ao modelo fí -sico. As resistências entre os ter-minais da fonte de tensão cor -res pondem aos fios de ligaçãoentre este, o anodo e a chapa.As liga ções entre as barras dedistri buição e os anodos foramconsideradas com resistêncianula por serem partes soldadasdiretamente uma as outras.

As simulações foram reali za -das com tolerância de desvio detensão dos valores das curvas depolarização de até 0,5 mV. Ato lerância da porcentagem deerro de corrente é de até 1 % eo tipo de elemento utilizado naresolução foi constante. A po -sição de referência de tensão foia própria chapa de tanque.

Fundo de Tanque comAnodos Verticais ao Longoda Periferia

Como comparação e de for -ma hipotética, foi feita a simu-lação de um fundo de tanquecom a mesma dimensão do mo -delo físico, diferenciando apenasem anodos verticais distribuídosao longo da periferia. Essa con-figuração de anodos é a insta-

lação mais comum de sistema deproteção catódica, principal-mente quando o sistema de pro-teção é instalado após a cons -trução do tanque14. É impor-tante ressaltar que existem outrasconfigurações de anodo possíveisde serem utilizadas em fundo detanques, como anodos inclina-dos, anodos em leito profundo,ou anodos posicionados em

Dias de Potencial (V, Cu|CuSO4)ensaio ON OFF

1 -1,619 -1,620 -1,625 -0,864 -0,870 -0,8782 -1,852 -1,853 -1,856 -0,846 -0,846 -0,854

Média -1,738 -0,860

TABELA 1 – MEDIDAS DE POTENCIAL ON E OFF REALIZADASNO MODELO FÍSICO EM ESCALA REDUZIDA, COM POTENCIAL APLICADO

PELA FONTE DE CORRENTE CONTÍNUA DE 3,44 V

Figura 9 – Resultado da simulação do protótipo de fundo de tanquecom anodo em grade, com aplicação de 3,44 V

Potencial OFF(mV, Cu|CuSO4)

Figura 10 – Representação da região das curvas de polarização utilizadas para calcular o resultado do modelocom anodo em grade com polarização de 3,44 V

Chapa Barra de Ti Grade de MMO

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Na Figura 9 é apresentado oresultado da simulação do mo -delo de fundo de tanque, uti-lizando anodo em grade e comaplicação de potencial externode 3,44 V.

O mapa de potencial da re -presentação da chapa de fundoindica que houve pouca variaçãodo potencial ao longo da chapa(DE = 64,6 mV, Cu|CuSO4). Opotencial menos negativo foiverificado em regiões esparsas aolongo da extremidade do tanque,regiões essas em que a densidadeda malha de anodos é menordevido à curvatura do corte doanodo. Verifica-se, ainda, que asregiões ao longo das barras decondução Ti apresentaram opotencial mais negativo, por sera menor resistência a ser percor-rida pela corrente no anodo.

O valor médio de potencialOFF apresentado pelo simula -dor (E = ‑1046,4 mV,Cu|CuSO4) é superior ao valorde potencial OFF médio medidono modelo físico (E = ‑860 mV).Essa diferença pode ter sido cau-sada pela impossibilidade deconsiderar no simulador a perdade energia decorrente da resis -tên cia da grade de MMO. Osimulador não permitiu inseriressa informação, uma vez que oanodo foi descrito como conjun-tos de linhas. O simulador per-mite que seja indicada a resistên-cia das linhas individualmente,quando em grupos contandoapenas uma linha, porém, comonesse modelo foi necessário uti-lizar 5 516 linhas na descriçãodos anodos, a montagem do cir-cuito elétrico nos moldes exigi-dos pelo Beasy se torna inviável.

Nessa simulação, a porcen -tagem de erro de corrente foi de0,056 % e as regiões das curvasde polarização utilizadas parafornecer o resultado são apresen-tadas na Figura 10. Os pontosvermelhos indicam a região dacurva utilizada para o cálculo doresultado final, bem como que a

dos anodos empregados.As curvas de polarização do

anodo e do catodo empregadosnesse modelo são as mesmas em -pregadas no modelo com anodoem grade. Não foi considerada aresistência ao longo do compri-mento desse anodo para mantera semelhança com as condiçõesadotadas para o anodo em grade.

Resultados e discussãoNa Tabela 1 estão registradas

as medidas de potencial no mo -delo físico em escala reduzida deum fundo de tanque, nos doisprimeiros dias de ensaio.

Nota-se que foi possívelatingir o potencial de proteçãode -0,860 V (Cu|CuSO4) como potencial aplicado pela fontede 3,44 V.

furos direcionais paralelos aofundo do tanque15.

Foram posicionados ao lon -go da periferia do tanque 16ano dos a 0,25 m de profundi -da de em relação à chapa de fun -do, com comprimento de0,5 m cada um e diâmetro de25 mm, conforme mostrado naFigura 8a. Anodos com as di -mensões indicadas, fa bricadosem MMO, são comerciais.

A malha de cálculo utilizadanesse modelo é apresentada naFigura 8b, em que todas as estru-turas foram definidas com 20divisões. O resultado é a malhade cálculo composta por 3 104elementos. A quantidade de ele-mentos desse modelo é conside -ravelmente menor devido à me -nor complexidade do formato

Figura 11 – Resultado da simulação de fundo de tanque com anodosverticais ao longo da periferia, com aplicação de 3,44 V

Figura 12 – Representação da região das curvas de polarização uti-lizadas para calcular o resultado do modelo com anodos verticais compolarização de 3,44 V

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com anodo em grade(E = ‑1046,4 mV). As simu-lações indicam que um sistemade proteção catódica eficientepode ser mais facilmente con-seguido com a instalação deanodos em grade paralelo aofundo do tanque.

ConclusãoForam apresentados levanta-

mentos criteriosos dos parâ -metros de entrada para simularum sistema de proteção catódicapara a região externa de umfundo de tanque, utilizando oprograma Beasy e exemplos desi mulações de modelos compu -tacionais baseados em um mode -lo físico em escala reduzida, con-frontando os resultados experi-mentais com as simulações.

tencial ex terno de 10,0 V.Nessa simulação, a porcen -

tagem de erro de corrente foi de0,033 % e as regiões das curvasde polarização utilizadas parafornecer o resultado são apresen-tadas na Figura 14.

O mapa de potencial da re -presentação da chapa de fundo(Figura 13) indica que houvemaior variação do potencial aolongo da chapa (DE = 492,7 mV,Cu|CuSO4). O gradiente de po -tencial foi ampliado com o au -mento do potencial aplicado,po rém, o centro do tanque nãoatingiu o potencial de proteção.

O valor médio de potencialOFF apresentado nesse modelo(E = ‑939,4 mV, Cu|CuSO4) éinferior ao valor de potencialOFF médio medido no modelo

curva foi seguida corretamentepelo simulador na busca pelacon vergência dos resultados.

Na Figura 11 é apresentado oresultado da simulação do mo -delo de fundo de tanque, utili -zando anodos verticais distribuí-dos ao longo da periferia do tan -que e com aplicação de potencialexterno de 3,44 V.

O mapa de potencial da re -presentação da chapa de fundoindica que houve maior variaçãodo potencial ao longo da chapa(DE = 75,4 mV, Cu|CuSO4). Aocontrário do modelo anterior, opotencial mais negativo foi veri-ficado ao longo de toda a extre -midade do tanque. Verifica-se,ain da, que a região central é a re -gião com o potencial menos ne -gativo, indicando que há umadi ficuldade maior da corrente dosistema em atingir essa região.

O valor médio de potencialOFF apresentado nesse modelo(E = ‑693,1 mV, Cu|CuSO4) éinferior ao valor de potencialOFF médio medido no modelocom anodo em grade(E = ‑1046,4 mV). Essa dife -rença pode ter sido causada pelamaior distância a ser percorridapela corrente dentro do eletrólitoaté atingir o catodo. Por esse per-curso ser maior, ocorre maiorperda de energia por quedaôhmica ao longo do eletrólito(solo). Sendo assim, é mais difícilproteger a região central do fun -do do tanque do que as bordas,que estão mais próximas dosanodos, conforme verificado noresultado da simulação.

Nessa simulação, a porcen -tagem de erro de corrente foi de0,035 % e as regiões das curvasde polarização utilizadas parafornecer o resultado são apresen-tadas na Figura 12.

Na Figura 13 é apresentado oresultado da simulação do mo -delo de fundo de tanque, utili -zando anodos verticais distribuí-dos ao longo da periferia dotanque e com aplicação de po -

C & P • Agosto/Setembro • 2015 25

Figura 14 – Representação da região das curvas de polarização uti-lizadas para calcular o resultado do modelo com anodos verticais compolarização de 10,0 V

Figura 13 – Resultado da simulação de fundo de tanque com anodosverticais ao longo da periferia, com aplicação de 10,0 V

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Juliana L. CardosoDoutora em Ciências e Mestre emEngenharia Elétrica pela EscolaPolitécnica da USP. Fundação de apoio aoInstituto de Pesquisas Tecnológicas (FIPT)

Neusvaldo L. de AlmeidaMestre em Metalurgia, Responsável peloLaboratório de Corrosão e Proteção,Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT)

Gutemberg de S. PimentaMestre em Engenharia Metalúrgica eCiência dos Materiais pela UniversidadeFederal do Rio de Janeiro. ConsultorSênior, Petrobras/CENPES

Fabiano R. dos SantosTecnólogo em Processos Metalúrgicos.Fundação de apoio ao Instituto dePesquisas Tecnológicas (FIPT)

Eduardo W. LaurinoConsultor Técnico, Petrobras TransporteS.A.

Contato com a autora: [email protected]

Trabalho apresentado durante a13ª Conferência sobre Tecno logia deEquipamentos.

9. SCHULTZ, M. et al. Proteção catódi-ca de fundo de tanques de armazena-mento: resultados experimentais enuméricos. Proceedings of 24° CON-BRASCORR, Rio de Janeiro, Brasil,2004.

10. VITTONATO, J.; BAYNHAM, J.General Consideration about CurrentDistribution and Potential Atten -uation Based on Storage Tank BottomModeling Study. Proceedings ofNACE Corrosion, Salt Lake City,USA, 2012.

11. ADEY, R.; BAYNHAM, J.; PER-RATA, C. Modeling of ImpressedCurrent Cathodic Protection AnodeArrangements for Storage TankBottoms. Proceedings of IDETC,Washington DC, USA, 2011.

12. API standard 650, 2007 (2012),Welded Tanks for Oil Storage,American Petroleum Institute, API,Washington, DC, 2012,www.api.org.

13. ASTM standard G59, 1997 (2014),Standard Test Method for ConductingPotentiodynamic Polar izationResistance Measurements, ASTMInternational, ASTM, WestConshohocken, PA, 2014,www.astm.org.

14. CHATTERJEE, B. Prevention ofExternal (Soil Side) Corrosion onStorage Tank Bottom Plates byCathodic Protection System. Pro -ceedings of NACE Corrosion, NewOrleans, USA, 2008.

15. GARRITY, K. C.; URBAS, M.Cathodic protection of external tankbottoms. Materials Performance,April, p. 32, 1988.

As simulações indicam queum sistema de proteção catódicaeficiente pode ser mais facil-mente conseguido com a insta-lação de anodos em grade parale-lo ao fundo do tanque, uma vezque um anodo em formato degrade instalado paralelamente aofundo de tanque apresentou de- 860 mV, conforme modelo físi-co, e, como resultado da simu-lação, potencial OFF médio de- 1046 mV e distribuição de po -tencial uniforme.

Referências bibliográficas1. ADEY, R.; BAYNHAM, J.; JACOB,R. Prediction of Interactions betweenFPSO and Subsea Cathodic ProtectionSystems. Proceedings of NACECorrosion, New Orleans, USA,2008.

2. ADEY, R.; BAYNHAM, J.;CURTIN, T. Predicting thePerformance of Cathodic ProtectionSystems with Large Scale Interference.Proceedings of WIT Press ELEC-TROCOR, Myrtle Beach, USA,2007.

3. SANTANA-DIAZ, E.; ADEY, R.A.Predicting the Coating Condition onShips Using ICCP System Data.Proceedings of Tri-Service CorrosionConference, Las Vegas, USA, 2003.

4. HACK, H. P. Atlas of PolarizationDiagrams for Naval Materials inSeawater. CARDIVNSWC-TR-61,1995.

5. RIEMER, D.P.; ORAZEM, M.E. Amathematical model for the cathodicprotection of tank bottoms. CorrosionScience, v. 47, p. 849-868, 2005.

6. HOGAN, E.A. et al. Validation planfor boundary element method modelingof impressed current cathodic protectionsystem design and control response.WIT Transactions on EngineeringSciences, v. 54, p.113-122, 2007.

7. ADEY, R.A.; BAYNHAM, J.M.W.Simulation Assisted Design of StorageTank Base ICCP. Proceedings ofNACE Corrosion, San Antonio,USA, 2010.

8. WOLYNEC, S. Técnicas Eletro -químicas em Corrosão. São Paulo:EdUSP, 2003.

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Orientação Técnica

Armazenamento de tintas

para o exterior, além de porta pa -ra acesso do Corpo de Bombeirosse houver necessidade. Possuirsaí da de emergência bem locali -zada e sinalizada. Aberturas oupassagens para outras salas devemser providas de soleira ou rampasa prova de passagem de líquidos,feitas de material não combustí -vel com no mínimo 15 cm de al -tura. No lugar das soleiras podemser utilizadas valetas cobertascom grades de ferro com escoa-mento para local seguro. As por-tas devem ser do tipo corta-fogode maneira a oferecer estanquei-dade ou serem providas de con-tenção. O ideal seria que o localde armazenamento ficasse empré dio separado, a pelo menos 15metros de distância dos prédiosprincipais*.

PisoO piso deve ser capaz de su -

portar a carga sobre ele deposi ta -da e oferecer adequada resis tên ciaaos equipamentos de mo vi -mentação. Deve ser preferenci -almente de concreto, de cerâmicaou revestidos com epóxi para quenão haja saturação do ambientepor umidade emanada do solo. Aumidade provoca o enferruja-mento das embalagens metá li case com o tempo podem apresentarperfurações. Deve-se evitar pisosde madeira no local de armazena-mento de tintas e diluentes.

PrateleirasAs prateleiras e estantes de -

vem ser firmes e construídaspreferivelmente em aço e devemsuportar o peso das latas ou em -balagens armazenadas.

Circulação em torno dasprateleiras Deve ser deixado espaço su -

ficiente em torno das prateleiraspara facilitar a colocação e reti-rada das embalagens. As vias decirculação devem permanecerli vres para evitar que a movi-mentação cause danos às em -balagens e que latas possam cairno vão formado entre as prate -leiras e a parede.

AcessoO local de armazenamento

deve, de preferencia, ser situadoem andar térreo, de fácil acessoe com as vias mantidas sempreli vres e desimpedidas. O localde ve se comunicar com o exte-rior por meio de uma porta deemer gência, que possibilite afuga em caso de incêndio.

Vizinhança com salasaquecidasO local de armazenamento

de tintas e diluentes não deve terparedes comuns com áreas aque-cidas, como salas de fornos oues tufas, a menos que haja perfei -to isolamento térmico.

Local apropriadoTintas e diluentes não de vem

ser armazenados sob esca das ounas proximidades de á reas usadaspara a saída ou passagem de pes-soas, para evitar con finamentoem caso de in cêndio.Nestes lo cais, devem ser evi-

tados aparelhos ou equipamen-tos com escovas ou carvões queproduzam faíscas ao funciona -rem. Além disso, devem ser evi-tados também os locais que tra-balham aquecidos, a fim de quea temperatura do ambiente nãose eleve.

Por CelsoGnecco

ResumoCom exceção das tintas a base

de água e das sem solventes, amai oria das tintas utilizadas nain dústria e na proteção anticorro-siva contém solventes orgânicosin flamáveis. Defeitos na emba -lagem, danificações sofridas du -ran te o transporte, manuseio in -correto na estocagem ou ainda,aquecimento excessivo, podemcau sar vazamentos de tintas econ sequentemente de solventes eacúmulo de seus vapores no am -biente. Se houver uma faísca elé -trica ou uma chama aberta po -derá ocorrer um acidente.

AbstractWith exception of water base

paints and solvent free paints, themajority of the coatings used in theindustry and in the anticorrosiveprotection, contains inflammableorganic solvents. Defects in thecontainers, damages suffered dur-ing the transport, incorrect han-dling in the storage or yet, excessiveheat, can cause leakages of paintsand consequently accumulation ofits vapors in the environment. Ifan electric spark or an open flameoccur, it is possible that an acci-dent may to take place.

Local de armazenamento

Características construtivasAlmoxarifados, depósito, ou

sa las de armazenamento situadosdentro de prédios devem sercons truídos com paredes, pisos etetos de material não combustí -vel. A sala deve ter pelo menosuma parede externa com porta.Possuir janelas na parede voltada

Storage of paints

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* Obs.: Para maiores detalhes sobre Armazenamento de líquidos inflamáveis ecombustíveis consultar ABNT NBR 17505 – Parte 4.

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Local exclusivoAs tintas e diluentes não de -

vem ser armazenados juntos comoutros tipos de materiais, princi-palmente os sólidos infla máveis.As caixas de papelão de vem

ser retiradas, ficando estocadassomente as latas. Estopas, caixasde madeira, papéis ou roupasdevem ser re movidos do localde armazenamento.

Extintores de incêndioO fogo em tintas e diluentes

é classificado como CLASSE B(ver Figura 1). Este tipo de in -cêndio pode ser combatido comextintores de pó químico secoBC ou ABC e com extintores degás carbônico CO2. O extintordo tipo espuma também podeser usado em incêndio Classe B.O extintor mais apropriado é

o de pó químico seco, que é efi-ciente tanto em locais fechadosquanto em locais abertos. Já oextintor de CO2 é eficiente ape-nas em locais fechados. É importante que existam

extintores também do lado de fo -ra do local, para que no caso deincêndio no estoque, possam serutilizados os extintores externos.

A área deverá ser sinalizadade acordo com a NR 23, comcartazes ou sinais bem visíveis de:É PROIBIDO FUMAR,PERIGO, MATERIALINFLAMÁVEL (ver Figura 2).

HidrantesO combate a incêndios em

tintas e diluentes por meio dejatos de água não é aconselhávelpor causa do transbordamento eespalhamento do líquido infla-mado. No início de incêndios, érecomendável a utilização de ex -tintores portáteis de pó químicoseco, porém se o fogo já estáavançado, é necessário ter dis -po nível hidrantes nas imedia -ções, pois a água é indispensávelpara o resfriamento do localpara permitir o acesso do pes-soal de combate ao incêndio. Aágua de ve ser aspergida na for -ma de ne blina sobre o materialincendiado, evitando-se jatosque poderiam espalhar o fogo.Os sistemas de hidrantes devempossuir re servatórios apropria-dos e bem dimensionados,bom bas de re calque potentes emangueira permanentementerevisadas e conservadas.

Treinamento da brigada deincêndioO pessoal da brigada de in -

cêndio que é treinado para opri meiro combate ao foco deincêndio deve receber noçõesso bre o que é tinta, diluente ecomo combater incêndios nestematerial.

Sistema elétricoAs tomadas e interruptores

devem ser blindados e a prova deexplosão. Os fios devem ser ins -talados dentro de conduítesapropriados e dimensionadoscorretamente. As instalaçõeselétricas devem atender ao dis-posto na NR 10.

IluminaçãoO local deve ser provido de

boa iluminação, se possível natu-ral, através de janelas com vidrosaramados. No caso de ilumina -ção artificial, as luminárias de -vem ser blindadas ou lâmpadas àprova de explosão pois o "estou -ro" de uma lâmpada pode incen-diar os vapores de solventes seestes estiverem acumulados noambiente.

VentilaçãoO local deve ser coberto, po -

rém bem ventilado, sendo ne -cessário que as paredes sejamcons truídas em parte ou total-mente com elementos vazados,ou com telas ou com grades. Épreferível ventilação natural. Nocaso de ventilação forçada oume cânica, os motores utilizadosnos exaustores devem ser blinda-dos e a prova de explosão.

Sistema de ExaustãoO local deve possuir um sis-

tema de exaustão, ao nível doteto para retirada de vaporesleves e ao nível do solo para reti-rada dos vapores mais pesados.

Pára-raiosO local de armazenamento

de ve estar protegido por pára-

Figura 1 – Identificação do tipo de Incêndio CLASSE B

Tipo de embalagem Capacidade Empilhamento máximoGalão (lata nº 1) 3,6 L 20 (vinte)Balde (5 galões) 18 L 5 (cinco)Tambor 200 L 3 (três)

TABELA 1 – EMPILHAMENTO MÁXIMO DE EMBALAGENS

Gnecco58:Cristiane43 9/16/15 1:38 PM Page 2

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raios do tipo Franklin ou gaiolade Faraday. As ligações e o isola-mento do cabo de aterramentodevem ser verificados periodica-mente e estar em ordem.

Temperatura do local dearmazenamentoO local de armazenamento

deve ter refrigeração ambientalcaso a temperatura ambienteultrapasse a 38 ºC. Nos rótulosdas embalagens e nas FichasTécnicas a temperatura máximaé 40 °C.

Cuidados no armazenamento

Recipientes fechadosAs embalagens de tintas e

di luentes devem ficar bem fe -cha das enquanto não forem uti-lizadas.Ao abrir uma lata de tinta,

deve-se tomar cuidado para nãodanificar e não derramar tintanas suas bordas, que poderá im -pedir uma perfeita vedação datampa.É conveniente que se colo -

que, na medida do possível, oconteúdo de embalagens de tin-tas consumidas parcialmenteem outras embalagens menores,de maneira que elas fiquem ar -mazenadas cheias (com o míni-mo de espaço-vapor). A presen -ça de ar e umidade no interiordas embalagens prejudica espe-cialmente os primers e esmaltessintéticos (alquídicos) por causada formação de nata irreversível

Figura 2 – Sinais e Cartazes apropriados para a área de armazenamento de Tintas e Diluentes

Celso GneccoEngenheiro, Gerente Treinamento Técnicoda Sherwin-Williams do Brasil –Unidade Sumaré

Contato com o autor:[email protected]

na superfície da tinta. Não adi-anta bater vigorosamente a tin -ta, pois não há possibilidade de -la ser redissolvida e pedaços po -derão entupir pistolas e preju-dicar a pintura.

Rotatividade na prateleiraO armazenamento deve ser

feito de tal forma que possibilitea retirada em primeiro lugar daslatas de lotes mais antigos. Esteprocedimento evita que tintasrecebidas mais recentemente se -jam colocadas na frente e as maisantigas permaneçam no fundoda prateleira, ultrapassando oprazo de validade do lote.

Empilhamento MáximoEmpilhamento de embala-

gens em número superior ao re -comendado poderá danificar asembalagens de baixo. Com oamas samento das embalagenspo derão ocorrer vazamentos. Oempilhamento máximo dasem ba lagens no local de arma -zenamento deve, segundo anor ma N-13 K, ser o seguinte,Tabela 1.

Tintas BicomponentesO armazenamento de tintas

bicomponentes deve ser feito aospares, ou seja, juntando lado alado, ou um sobre o outro, oscomponentes A e B de umadeterminada tinta. Esta provi -dência simples evita desperdíciosde material e prejuízos. Logoapós a chegada dos materiais ao

almoxarifado, as embalagens de -vem ser retiradas das caixas depapelão e unidas com uma fitaadesiva ou com arame, o queevita erros de mistura de compo-nentes. Os mais comuns são autilização da base de uma tintacom ”catalisador” de outra, ouesquecimento de que a tinta ébicomponente e aplicação so -mente da base. De um jeito oude outro, a tinta não irá curarsatisfatoriamente e poderá causarprejuízos e aborrecimentos.

Referencias BibliográficasArtigo de autoria de Celso

Gnecco, publicado no Informa -tivo CRQ-IV em 1999, NormaPetrobrás N-13 K – Requisitostécnicos para serviços de pintu-ra, NR 10 – Segurança em ins -talações e serviços em eletrici-dade, NR 23 – Proteção contraincêndios e Guia Técnico Am -biental Tintas e Vernizes – SérieP + L da CETESB.

Gnecco58:Cristiane43 9/16/15 1:38 PM Page 3

Artigo Técnico

Análise de falhas na fixação decontinodos de proteção catódica

no interior de tubulação depetróleo e água produzida

quências do amadurecimentode poços produtores de petró -leo é o aumento da produçãode água de formação. As carac-terísticas des ta água variam deacordo com sua origem, porém,de um modo geral, possuemgran de quantida de de contami-nantes e sais, sen do muito cor-rosivas ao aço-carbono.

Grande parte deste volumede água é separada e injetadano vamente no próprio poçoprodutor, porém uma parcelaconside rável alcança os Termi -nais Aqua viários da PETRO-BRAS, que, nos últimos anos,passaram a re ceber volumes ca -da vez maiores de água. Dentrodestas Unidades Operacionais,a água é decantada e drenadanos tanques e, em se guida, pro -cessada em uma Esta ção de Tra -ta mento de Efluentes pa ra o seuposterior descarte de acordo comrígidos critérios am bientais.

A grande preocupação é quetubulações e tanques de petró -leo de 20, 30 anos atrás nãoforam projetados e construídospara transportar e armazenar es -te tipo de água corrosiva. Es tasestrutu ras começaram a apresen-tar sé rios problemas de cor-rosão, sempre na geratriz inferi-or da tubulação, tendo em vistaa maior den sidade da água emrelação à do óleo. O resultadopode ser visto na Figura 1.

Foram adotadas medidaspa ra minimizar este problema:no vas instalações de aço-carbo -no pas saram a receber a apli-cação de revestimentos internose prote ção catódica. Linhas demateriais não metálicos, como

epóxi refor çado com fibra de vi -dro, também foram introduzi-dos, quando as condições ope -ra cionais per mitiam.

Tubulações de aço-carbonosoldadas são particularmentecrí ticas do ponto de vista deapli cação de medidas mitigado-ras, uma vez que o revestimen-to in terno não pode ser aplica-do em sua totalidade, em fun -ção das sol das circunferenciais,que danificam a pintura inter-na. Portan to, cada tubo é fabri-cado com um colarinho (regiãosem revestimento), geralmentede 300 mm de comprimento,em ambas as extremidades.

Uma forma de reduzir estepro blema é utilizar flanges, pin-tando manualmente as bordas,embora existam problemas rela-cionados aos flanges (vedação,ve locidade de construção).Além disso, não existe um re -vestimento 100 % eficiente,por tanto sempre existirão falhaspor onde poderá iniciar umprocesso corrosivo.

Algumas alternativas foramestudadas e testadas para veri-ficar qual melhor se adapta àscon dições específicas das tubu-lações. Entre elas, o uso de con-tinodos (anodos delgados e lon-gos, da extensão da tubulação)instalados na geratriz inferior,exa tamente na região mais sus -cetível à corrosão. Um exemploda aplicação do continodo po -de ser visto na Figura 2.

A ideia do uso do continodonão é nova e foi provada pormeio de inúmeras inspeçõesque o seu resultado na mitiga -ção da corrosão é positivo. O

Por João P. K.Gervásio

ResumoO volume de água produzida

associada ao petróleo aumentacom o amadurecimento de po -ços produtores de petróleo. Estaágua produzida gera inúmerosinconvenientes. Enormes recur-sos são destinados em seu trata-mento e descarte na natureza,com um agravante: sua carac-terística corrosiva. Tubula ções detransporte de petróleo locali -zadas em píeres de terminais ma -rítimos são estruturas duramenteafetadas pela corrosão decorrentedeste volume d’água. A utiliza-ção de continodos de proteçãocatódica no interior da tubulaçãoestá entre as possíveis medidasmitigadoras desta corrosão. Noentanto, casos de desprendimen-to destes continodos colocaramem discussão esta técnica.

AbstractThe amount of produced

water associated to oil increaseswith the maturation of producingoil wells. This produced water cre-ates numerous drawbacks. Hugeresources are devoted in their treat-ment and disposal, with an aggra-vating factor: its corrosive nature.Oil transportation pipes located onmarine terminal structures areseverely affected by corrosionresulting from this volume ofwater. The use of linear galvanicanodes inside the pipes is amongthe possible mitigating measures ofsuch corrosion. However, cases ofanodes detachments have putunder discussion this technique.

IntroduçãoUma das principais conse-

Failure analysis of internal linear galvanic anodes inside oil and water pipes

Co-autores:

Marcinei S.Silva,

Andre Mariano,Alexandre G.

Garmbis,Plinio H. R.

Pecly eJoão L. S.Nogueira

30 C & P • Agosto/Setembro • 2015

JoaoPaulo58:Cristiane43 9/16/15 1:20 PM Page 1

grande in conveniente desta so -lu ção é que este anodo especialtem se des prendido em deter-minadas condições.

Fabricação dos continodosOs continodos podem ser

fabricados em alumínio ou zincoe o seu comprimento é variável,pois depende do tamanho datubulação onde será instalado. AFigura 3 ilustra em um exemplode como o comprimento do con -tinodo pode variar.

O continodo é formado por

vários anodos de um metro decomprimento, cujas almas deaço-carbono são soldadas entresi e, posteriormente, revestidascom massa epóxi. Um espaça -dor é colocado em cada junçãopara evitar que seu peso o façaenvergar. Sua fabricação é nor-malizada e está prevista nasNBR 9358 e NBR 10387. Porfim, as extre midades das almasde aço são sol dadas à tubulação,na sua ge ratriz inferior. O es -que ma da Fi gura 4 ilustra bemcomo a peça é fabricada.

Análise de falhas na fixaçãode continodos

É importante ressaltar, antesde tudo, que a grande maioriados continodos instalados emTerminais está cumprindo bemo seu papel de proteger tubu-lações de petróleo que possuemágua em sua composição.

Entretanto, existiram tubu-lações onde a fixação destes con-tinodos falhou, causandotranstornos em tubulações, afe-tando principalmente válvulaslocalizadas à jusante de taisanodos. A Figura 5 ilustra doiscasos distintos de desprendimen-to destas peças.

Em decorrência do últimoevento de desprendimento decontinodos foram realizadasações para investigar a falha,objetivando evitar falhas semel-hantes no futuro. As medidasforam:1. Inspeção por boroscopia;2. Análise metalúrgica, de escoa-mento e tensões;

3. Vierificação do projeto depro teção catódica.

Inspeção por boroscopiaA boroscopia (inserção de

uma câmara adaptada dentro datubulação para realização de ins -peção visual) se fez necessária pa -ra verificar a extensão dos danosinternos, objetivando identificara presença dos continodos fixos esoltos de forma qualitativa equantitativa no interior de todasas tubulações inspecionadas.

A inspeção aplicada foi mui -to útil, sendo possível determi-nar trechos com ausência total eparcial de continodos e trechosonde eles ainda estavam pre-sentes. De um modo geral, cons -tatou-se que as falhas (como nafigura 6) ocorreram nos contino-dos de maior comprimento.

Análise metalúrgica de escoa-mento e tensões

A análise metalúrgica realiza-da indicou que a falha se iniciou

C & P • Agosto/Setembro • 2015 31

Figura 1 – Corrosão na geratriz inferior de uma tubulação

Figura 2 – Instalação de continodo em tubulação de petróleo

JoaoPaulo58:Cristiane43 9/16/15 1:20 PM Page 2

32 C & P • Agosto/Setembro • 2015

do na Figura 7.O maior problema do proje-

to de proteção catódica foi nãoconsiderar os esforços mecânicosa que os continodos estariam su -jeitos. Já o ponto positivo é que amassa anódica total instalada ésuperior à mínima necessária.Des se modo, os cotinodos re ma -nescentes protegem tubos ondeocorreram desprendimentos.

Conclusões e recomendaçõesO estudo desta ocorrência

levou à conclusão que o uso decontinodos não é necessário,quando é utilizado tubos comrevestimentos protetores de altodesempenho. Um sistema apri-morado com anodos concentra-dos nos pontos sem pintura seri-am suficientes. Projetos futurosde dutos e tubulações não devemutilizar esta solução.

Foram levantadas adicional-mente medidas que garantiram àintegridade da tubulação ondeocorreu o desprendimento, me -di das estas que podem ser apli-cadas a outros casos semelhantes:1. Instalação de filtros para evi-tar danos em válvulas ou ou -tros equipamentos causadospor eventuais desprendimen-tos futuros;

2. Implantação de uma meto -dologia de acompanhamentoda taxa de corrosão do sis-tema, através da medição pe -riódica da espessura da tubu-lação em locais definidos co -mo de maior criticidade;

3. Constatou-se que não houvenecessidade, no entanto, dere por anodos desprendidos oureparar a pintura interna, emfunção da massa total de ano -dos instalada, superior à míni-ma necessária.

João P. K. GervásioGraduado em Engenharia IndustrialElétrica pelo CEFET-MG compós-graduação Latu Sensu em Engenharia

jeto de futuros estudos.

Verificação do projeto deproteção catódica

O sistema anticorrosivo in -ter no das tubulações é compos-to por revestimento associado aum conjunto de anodos e con-tinodos de zinco, para proteçãocató dica.

O colarinho (região da extre -midade dos tubos sem revesti-mento) foi pintado manual-mente após a soldagem, aondefoi possível. O sistema de prote -ção catódica complementa a pro-teção anticorrosiva proporciona-da pelo revestimento no colari -nho dos tubos não pintados e emeventuais falhas.

No entanto, técnicas maismo dernas de proteção catódicajá vêm sendo utilizadas em situ-ações similares. Anodos tipo “tar-taruga” ou tipo “linguado” atu -am na região específica do cola -rinho sem influenciar ou sofrerinfluencia significativa do escoa-mento, como pode ser observa-

devido à fadiga junto à ligaçãosoldada entre os extremos doscon tinodos e a tubulação. A cau -sa possível seria um carregamen-to cíclico no componente, oca-sionando a nucleação de trincasde fadiga e ruptura da seção re -manescente nos continodos demaior comprimento. Nenhumafalha foi observada em anodossem ligação (curtos).

O histórico das falhas obser-vadas permitiu ainda inferir queo comportamento dinâmico docontinodo pode ter sido influen-ciado pela velocidade do fluído,uma vez que nenhuma falha foiobservada em tubulações demaior diâmetro (menor veloci-dade do fluído).

Não foram encontrados indí-cios de defeitos de fabricação dosanodos.

Devido à complexidade nasanálises de escoamento e tensõescompreendendo os efeitos dinâ -mi cos de vibração e ressonâncianeste trabalho, essas análisescom plementares pode rão ser ob -

Figura 3 – Continodos fabricados sob medida para cada tubo

Figura 4 – Montagem do continodo

JoaoPaulo58:Cristiane43 9/16/15 1:20 PM Page 3

de Dutos pela PUC-RJ. Consultor emProteção Catódica na Petrobras. Professorna Universidade Petrobras e entidadesexternas na cadeira de proteção catódica.

Marcinei S SilvaMestre, Engenheiro Metalúrgico e deMateriais – Petrobras

Andre MarianoEngenheiro metalúrgico – Petrobras

Alexandre G. GarmbisMestre, Engenheiro Mecânico e Naval –Petrobras

Plinio H R PeclyEngenheiro Metalúrgico – Petrobras

João L. S. NogueiraEngenheiro Eletricista – Petrobras

Contato com o autor:[email protected]

Trabalho apresentado durante a 13ªConferência sobre Tecno logia deEquipamentos.

C & P • Agosto/Setembro • 2015 33

Figura 5 – Continodos desprendidos em dois locais distintos

Figura 6 – Ausência de continodos em trecho de tubulação

Figura 7 – Anodos tipo “linguado” em tubulação

JoaoPaulo58:Cristiane43 9/16/15 1:20 PM Page 4

Opinião

Brasil vive mais um mo -mento bastante desafia dor,não é mesmo? Infla ção em

alta, confiança em queda e vendasem baixa… Tudo isso provoca astão indesejáveis de missões, quetêm afligido os mais diversos se to -res da economia e causado enor -mes dores de cabe ça a tantosprofissionais e suas famílias. Poris so, é preciso reconhecer quepro fissionais das mais variadas in -dústrias en con tram muito maisdificuldade no seu processo de re -colocação. Isso ocorre principal-mente pela falta de domínio dealgumas das principais técnicaspara se “ven der” melhor ao mer-cado. Se você en contra-se nes taincômoda po si ção, te nho quatrodicas preciosas para lhe ajudar a se“vender” mais e melhor:

1. Crie um supercurrículo. Umbom currículo tem no má ximoduas páginas e precisa se desta -car imediatamente dos ou trosmilhares que chegam às mãosdos recrutadores. Para fazer is -so, invista em um bom e limpodesign. Liste todos os seus gran -des feitos profissionais e experi -ências passadas, com o maiornú mero de dados que puderdis ponibilizar (crescimento devendas, redução de despesasetc.). Se estiver em busca de di -fe rentes vagas em uma mes maá rea, crie currículos distintospa ra cada setor e lembre-se quecustomização e personalizaçãoneste momento são ainda maiscruciais. Enu me re suas princi-pais ha bilida des, interesses ebus que conectá-los aos valores,

José Ricardo Noronha

Como voltar ao mercado de trabalhoLembre-se sempre do precioso ensinamento de Benjamin Franklin:

“A falha na preparação é a preparação para a falha”

José Ricardo NoronhaVendedor, palestrante, professor, escritor e consultor. Formado em Direito pela PUC/SPcom MBA Executivo Internacional pela FIA/USP.Con ta to: www.paixaoporvendas.com.br

princípios e missão das empresas em que deseja trabalhar.

2. Cuide bem da sua marca pessoal. Especialmente em tempos deeconomia desaquecida, é fundamental trabalhar bem o seu posi-cionamento social. Revisite ainda hoje os seus perfis nas principaisredes sociais e faça todas as modificações necessárias, inclusive apa-gando aquelas fotos e postagens que em nada ajudam a criar uma boaimagem profissional. Dê especial ênfase ao seu perfil na mais impor-tante rede profissional do mundo, o LinkedIn.

3. Liste as empresas em que gostaria de trabalhar. É bem possível quevocê esteja aí pensando: a situação já está difícil, e aí vem o JoséRicardo me dizer que preciso listar as empresas em que sonho traba -lhar? Sim, é isso mesmo. Depois de selecionar as companhias preferi-das, estude tudo o que puder sobre elas, seus principais líderes ebusque conectar-se com pessoas que possam te ajudar a chegar aoslíderes de RH e Recrutamento. As melhores empresas e os melhoreslíderes continuam em busca de profissionais que se identifiquem coma missão, visão, valores e propósito. Seja proativo(a)!

4. Venda-se com maestria! Enxergue-se (como verdadeiramente o é)como o seu melhor e mais valioso produto! E para vender este superproduto chamado “Você”, tenha convicção ao se comunicar e co -nhecimento pleno dos seus grandes pontos fortes. Busque sempreconectá-los aos desafios que são apresentados para o cargo que vocêbusca no mercado. Foque o quanto puder nos benefícios que aempresa que te contratar irá obter, para, assim, fugir da tão famige -rada briga pelos mais baixos salários que as empresas estão tãofocadas. Vá para as entrevistas tendo conhecimento amplo de tudo oque cerca aquela empresa específica: vendas, desafios, concorrentes,sonhos, missão, valores, propósito, principais concorrentes etc.

Lembre-se sempre do precioso ensinamento de Benjamin Franklin:“A falha na preparação é a preparação para a falha”. Perder o emprego éduríssimo! Mas pode estar aí o começo de um novo caminho profis-sional, marcado pela proatividade e pelo casamento perfeito de suascompetências, habilidades e pontos fortes com os princípios, missão,visão e propósito de grandes empresas. E posso lhe assegurar: essas orga-nizações continuam sempre em busca de grandes profissionais!

34 C & P • Agosto/Setembro • 2015

Opinião58:Opinião40 9/16/15 1:40 PM Page 1

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