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MARÇO 2012
AS NOVIDADES DO NÚCLEO DE ACÇÃO SOCIAL DA AEFFUL
NASLETTER
O Núcleo de Acção Social (NAS) da AEFFUL é responsável pela informação e divulgação da acção social escolar e pro-moção da solidariedade e desenvolvi-mento social.
Quanto à divulgação da acção social, o NAS encarrega-se de te informar relativa-mente às bolsas de estudo no ensino superior, às ementas semanais das canti-nas universitárias e ainda afixa os anún-cios dos alojamentos para quem procura casa – tudo isto encontras no painel de informações que se encontra junto à entrada da AEFFUL.
No que respeita à promoção da solidarie-dade e desenvolvimento social, o NAS desenvolve campanhas de divulgação e de recolha de materiais que tenham como objetivo ajudar instituições ou projectos de cariz social, desperta para iniciativas como acções de voluntariado, e ainda acompanha os interessados em ativida-des que se desenvolvam fora da faculda-de, sempre no sentido de aprofundar o lado mais solidário dos alunos da FFUL.
NAS POR CÁ
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Como meios de divulgação das atividades do NAS, receberás mensalmente pelo e-group do ano a newsletter mensal, e se ainda não és nosso(a) amigo(a) noFacebook, junta-te a nós! Consulta a nossa página de rede social que está em constante dinâmica e mostra as nossas atividades.
O NAS renovou os seus elementos no passado dia 20 de Fevereiro de 2012. Mu-daram as caras, mas mantém-se um grupo de pessoas que está sempre dispo-nível para ti, para as tuas sugestões, para as tuas dúvidas! Não hesites em contactar-nos caso necessites de alguma informação, quer directamente com os elementos constituíntes, quer através do nosso correio eletrónico: [email protected]
Envolve-te no mundo à tua volta! Com os melhores cumprimentos,Carolina Caldeira (2º ano)Melanie Reis (3º Ano)Pedro Coelho (3º Ano)Sara Chin Tack (4º Ano)
Melanie Reis
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“Malhas que o Amor Tece” é um projeto organizado pela Rádio Sim, desde 2009 e que já entregou mais de 4500 peças de roupa a crianças que precisam delas!
Este ano, a campanha volta mais uma vez que propõe um desafio simples: teceres casacos, mantas, gorros, cache-cóis, luvas e tudo aquilo que mais con-seguires e doares à Rádio Sim! A Rádio Sim depois, doará a roupa recolhida a meninos e meninas que mais precisam!
Se não sabes tecer ou não tens muito jeito com a tesoura e com a agulha, não
CAMPANHAS
há problema! Podes sempre ajudar a escolher a lã, ou mesmo pedir à tua avó que teça uma camisolinha!
Envia a roupa que conseguires recolher para: Rádio Sim, Rua Ivens, 1249-108 Lisboa.
Para mais informações, visita o site da Rádio em: http://radiosim.sapo.pt/destaques_detail.aspx?did=6169
Pedro Coelho
MALHAS QUE O AMOR TECE
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O Banco Alimentar Contra a Fome surge como um conjunto de Instituições Parti-culares de Solidariedade Social que lutam contra o desperdício de productos alimentares! Esta instituição é respon-sável pelas mais variadas e surpreen-dentes ideias/campanhas no que toca à recolha e distribuição de alimentos pelos mais carenciados e mais uma vez não foi excepção! Deste modo, a institui-ção volta a inovar e, aproveitanto os resí-duos que todos nós produzimos diaria-mente, o Banco Alimentar iniciou a cam-panha “Papel por Alimentos”. Esta cam-panha não visa apenas a solidariedade mas, também se preocupa com o meio ambiente, uma vez que, o maior objetivo é angariar a maior quantidade de papel (jornais, revistas, folhetos, etc.) que, posteriormente, é convertido em produ-tos alimentares.
Desta forma, esta campanha pretende sensibilizar-nos para a importância do papel nos dias de hoje e para a possibili-dade de recuperar e reutilizar coisas que parecem, à primeira vista, sem valor.
Para que nos possas ajudar nesta causa, vai ser feita na tua faculdade uma reco-lha de papel em vários pontos estratégi-cos da mesma! O nosso objectivo será o mesmo que o teu e com isto pretende-mos angariar o maior número possível de toneladas de papel visando a troca pelo maior número de alimentos.
CAMPANHAS
"PAPEL POR ALIMENTOS"
Divulga a mensagem e permite que mais pessoas o façam recolhendo papel nos mais variados sítios! Mostra que, o que à partida parecia inútil, pode ser essencial na luta contra a fome!
Esta acção está a ser desenvolvida em conjunto com a Quima, empresa de recolha e recuperação de desperdícios, que por cada tonelada de papel recolhi-do entrega o equivalente a 100 euros em alimentos.
Carolina Caldeira
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ENTREVISTA ENTREVISTA
O Instituto da Imaculada, para Pessoas Com Necessidades Especiais, tem como objectivo o ensino e educação de crian-ças e jovens surdos ou com perturba-ções no espectro do autismo, bem como outros problemas de carácter cognitivo. Miguel Caetano, de 28 anos, é Monitor nesta Instituição e aceitou o convite do NAS para nos dar a conhecer um pouco mais desta realidade. Núcleo de Acção Social: Consideras que este Instituto tem um papel crucial na vida destas crianças e jovens?
Miguel Caetano: Penso que sim, é um espaço onde podem aceder a uma edu-cação e capacitação pessoal que respei-ta as limitações cognitivas que estes podem possuir. Devido à difícil situação económica, vão encerrando instituições que proporcionem uma resposta a esta
O MESMO MUNDO, Universos Diferentes
necessidade. É ainda um espaço onde podem sentir uma forte afectividade e influenciar a sua qualidade de vida.
NAS: Quais são as principais actividades desenvolvidas?
MC: O Instituto tem a dimensão educati-va (Pré-escolar e 1º ciclo) e de centro de actividades ocupacionais (para jovens com mais de 16 anos), sendo comple-mentado com um Lar de apoio, onde cerca de 30 das nossas crianças e jovens vivem durante a semana, só indo a casa no fim-de-semana. Temos ainda diver-sas terapias e actividades de comple-mento como psicomotricidade, expres--são musical e plástica, terapia da fala e ocupacional, fisioterapia, terapia quânti-ca, natação, sala snoezelen (de relaxa-mento), informática...
NAS: Trabalhar aqui não deve ser fácil. O que sentiste quando aqui entraste pela primeira vez?
MC: Não foi fácil, admito. Estava já habi-tuado a trabalhar com crianças e jovens devido ao meu trabalho de voluntariado no passado, mas esta é uma realidade muito específica. Vim um pouco assus-tado, muito tímido, mas rapidamente essa sensação foi ultrapassada. Ao tra-balhar, brincar e interagir com eles, per-cebi que não há grande diferença em relação ao que estava habituado, procu-ram afectos e carinho, procuram, à sua maneira, ser felizes, procuram compre-ender e ser compreendidos. No essen-cial querem ser amados, sem contra-partidas. Falta-nos, por vezes, a facilida-de de o fazer gratuitamente.
NAS: Depois de 4 anos de trabalho suponho que as emoções agora sejam outras…MC: Já tenho uma consciência diferente do que precisam, de como se sentem e da exigência do que faço, apesar de cada dia ser diferente e de, por vezes, os avanços serem muito lentos, sei que não posso "parar de trabalhar" na minha relação com cada um deles, que não a posso dar como garantida, e que há dias melhores e outros menos bons.
NAS: Neste momento, quantos voluntá-rios trabalham convosco? Consideras que eles têm um papel fundamental?
MC: Durante este ano lectivo vem um ou dois mais assiduamente, existe um grupo de 3 ou 4 jovens que está com eles algumas horas por semana e nos meses de Junho e Julho vêm mais alguns, mas o Instituto está sempre disponível para receber mais. São um bom auxílio nas tarefas normais das salas e acabam por ser uma fonte de alegria para as crian-ças e jovens que têm maior facilidade a nível social, mas é importante que seja um voluntariado regular, só assim se pode criar uma relação com este tipo de crianças e jovens e, claro, que exige muita paciência.
NAS: Achas que a sociedade está des-perta para a realidade das pessoas com necessidades especiais? O que ainda falta fazer?
MC: Penso que vai crescendo essa cons-ciência, aos poucos procura-se conhe-cer e desmistificar alguns síndromas, como o autismo, e nascem algumas res-postas. Acho que falta enraizar e facilitar as condições de vida profissional às famílias para que possam estar mais tempo com estas crianças e jovens. É preciso, ainda, pensar a longo prazo, estas crianças e jovens, serão adultos no futuro e muitos não têm uma rede familiar que os possa apoiar e acolher. Faz falta uma rede de lares residenciais que possa ajudar a resolver a ansiedade e incerteza de muitas famílias.
Sara Chin Tack
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