Natal 2012

Balneário Camboriú, 2011

Balneário Camboriú . dezembro de 2011� Natal

Pausa para reflexão

Depois da habitual correria que insiste em se repetir ano a ano, finalmente chega o Natal, das datas come-morativas uma das mais festejadas, sem dúvida. Não importa de que religião você é, nem de que forma festeja, se é com a família, sozinho, com saudades, melancólico, alegre: vale aproveitar esse tempo para uma pausa, para refletir sobre os valores que a data sugere: compaixão, amor ao próximo, fraternidade, união, paz, valores que já deviam estar incorporados no dia a dia e nas “listas de metas” de todos que que-rem ver um mundo melhor acontecer. Todos os dias, sempre, agora. Feliz Natal.

Divulgação

O Caderno de Natal é uma publicação do jornal Página3.Textos: Daniele Sisnandes, Marcela Viecelli, Fernanda Schneider, Caroline Cezar e leitores colaboradores. Jornalista responsável: Caroline Cezar.Balneário Camboriú, dezembro 2011.Acesse www.pagina3.com.br

e x p e d i e n t e

Balneário Camboriú . dezembro de 2011 �Natal

Tamara Kaufmann

Isso aconteceu de verdade comigo. Eu estava com 12 anos e havia 6 meses que tinha che-gado ao Brasil com a minha família. Meus pais haviam arrumado um emprego numa indústria cada um, ganhando um pouquinho mais que um salário mínimo e isso porque além de quase não falarem português, não conheciam as leis trabalhistas e nem o valor da moeda brasileira. Alugaram uma casinha com um quarto, sala e cozinha que ficava no fundo do quintal da casa do dono, numa vila muito longe da cidade e sem asfalto em nenhuma rua. Todas as ruas eram de chão batido e sequer tinham brita. Imagine quando chovia: era sapato per-dido no fundo da lama! Para chegar-se ao local de trabalho, tinham que pegar dois ônibus; fora que para pegar o primeiro ônibus tinham que andar 20 minutos a pé, pois ele passava numa avenida que ficava longe de casa. Mas apesar das dificuldades em que vivíamos, meus pais,

nos fins de semana, procura-vam se distrair fazendo pas-seios nos parques ou jardins e uma ou duas vezes por mês iam até ao cinema. É claro que nós fazíamos parte desses passeios! Só que ao cinema, eles iam à noite e eu e minha irmã íamos à matinê, pois à noite não deixavam entrar as crianças. Dessa forma a mamãe dava-nos o dinheiro para cinema e alguns centa-vos para comprar pipoca ou doce. Como eu não “gastava todo o dinheiro” nas gulosei-mas, sobrando sempre alguns centavos, guardava-os numa latinha de massa de tomate que lavei bem e lacrei a tampa com durex, deixando uma fresta exata para entrar moe-das. Isso eu fazia com a inten-ção de juntar dinheirinho para comprar algum presente para mamãe. Assim, quando chegou perto do Natal eu abri a latinha e contei quanto havia economizado. Tinha 4,50 (Quatro cruzeiros e cinqüenta centavos) – moeda nominada daquela época.Peguei então aquele dinheiri-

nho e fui a uma loja que vendia louças, ferragens, utensílios domésticos, entre outras coi-sas. Era do tipo Quase Tudo. Comecei então procurar algo para comprar “dentro do meu orçamento”. E, andando e olhando aqui e ali, notei uma “Caneca de Porcelana” dessas do tamanho que se toma um chocolate ou um chá, café... era branquinha e com pintura de florzinhas azuis e em baixo, perto da base escrito: “Que-rida Mamãe”. Gostei! Olhei o preço e, adivinhem: custava

“exatamente quatro cruzeiros e cinquenta centavos!” Não tive dúvidas, mandei embru-lhar; e, embrulharam ainda dentro de uma “caixinha para presente”, que chique! Então, na Véspera de Natal, dei a caneca para mamãe. Ela ficou tão emocionada que chorou e abraçou-me muito comovida ao saber como eu consegui comprá-lo; fazendo sacrifício de não comprar doces, mas comprar o presente para ela. - Ela então, deu, para mim e minha irmã, um brinquedo

a cada uma, que as colegas de trabalho haviam doado a ela; ela mesma não tinha condição alguma comprar para nós. Passamos assim um Natal muito felizes, comendo o nosso primeiro frango que ganhamos da nossa vizinha a qual criava algumas galinhas. Esse foi o meu primeiro Natal no Bra-sil e tornou-se inesquecível para mim.Tamara Kaufmann mora em Balneário Camboriú

“O primeiro Natal que dei presente”


Flávia Luiza de Miranda Pereira

A magia do Natal certamente contagia nossos corações e, há mais ou menos cinco anos atrás, justamente neste dia, fui parar no pronto socorro por causa de uma subnutrição.

Me sentia fraca, pronta para desmaiar. Meu pai me levou no pronto socorro da Unimed para tomar soro da veia. Enquanto aquelas gotas caiam len-tamente, triste, refleti sobre o momento que havia criado em plena noite de Natal.

Não foi nada muito sério, mas quando cheguei em casa, ainda a tempo da ceia, todos estavam me esperando com olhos cheios de lágrimas.

Recebi muitos beijos e abraços emocionados. O susto valeu à pena! Me senti muito querida e especial, além de me fazer valorizar ainda mais a vida que tenho, com saúde e amor, o maior presente de Deus.

Flávia Luiza de Miranda Pereira é contadora e mora em Itajaí.

Susto em véspera de Natal


Doação que reverte em alegriaCesar Cristiano Poncio

Minha história marcante aconteceu no Natal de 2005.

Naquela época realizei um evento e consegui arrecadar 800 kg de alimentos não perecíveis. E decidi fazer a entrega dias antes do Natal na Casa da Criança de Balneário Camboriú.

Foi uma das emoções mais lindas que vivi até hoje, porque não tinha dimensão do quanto era importante e fiquei impressio-nado com a felicidade daquelas crianças e de como é lindo o trabalho realizado por pessoas grandiosas.

Fui levado a conhecer toda a estrutura e o trabalho desen-volvido pela entidade, conheci histórias fantásticas, brinquei e ganhei de presente de uma criança um gorro do Papai Noel.

Foi um dia marcante, um dia que jamais esqueci, pois pude sentir o quanto é importante fazermos nossa parte. A feli-cidade se encontra nos gestos mais simples da vida. Desejo um Feliz Natal e um ano novo repleto de realizações e de boa vontade.

Cesar Cristiano Poncio é empresário, de Balneário Camboriú


Conto de NatalMiriam RamonigaCaro leitor (a) que me pediu para contar um linda história de Natal, eu me deparei com muitas indagações e me senti tão só, quando refleti sobre os verdadeiros valores que podemos transmitir com um breve conto.Eu me lembrei da minha infância e, que há muitos anos, vi o Papai Noel tra-zendo uma bola gigante para brincarmos e, também, de outro Natal quando ele trouxe os patins vermelhos que pedi numa cartinha, até que um dia... Papai Noel não veio, não ganhei o que eu havia pedido. Será que algo aconteceu?Alguém mentiu! Uns dis-seram que ele não existia, outros disseram que ele só levaria presentes para as crianças boazinhas. Ai MEU DEUS!!E agora? Num lar em que a diversidade cultural religiosa é fato, num lar onde, as pro-pagandas invadem a sala pela TV, pelo rádio, pelos panfle-

tos. Bem, outros anos se pas-saram e descobri que pode-mos ajudar o Papai Noel e que não vemos o bom velhi-nho em outras épocas do ano, sem ser no Natal, porque ele está muito atarefado com os preparativos do Natal.Independente da origem dos símbolos do Natal, Papai

Noel, árvore, guirlanda, sinos, velas, presépio, reis magos, bolas coloridas, flo-cos de neve, posso dizer que é um tempo de reflexão, de celebração da vida e da solidariedade entre irmãos, famílias, amigos, vizinhos, comunidades, nações e entre os povos.

A celebração vem ao encontro de respostas ao desejo de tan-tos que suplicam, para que cada um de nós possa cola-borar para um Natal sem fome, um Natal de Paz, um Natal de Amor! Deus dá presentes para todos nós o dia; o sol, a chuva; as flores, os pássaros; rios,

águas, entre outros milhares de presentes.Conserve as tradições vivas, crie novas oportunidades para que seus filhos e netos e todas as pessoas ao teu redor sintam-se felizes.Reúna a família relembre os Natais de sua infância, da juventude, da idade adulta, e também os dos anos doura-dos, dos sonhos, e esperanças para um mundo melhor, mais justo e solidário. Agradeça a Deus por mais esta ocasião, deixe que Ele entre em seu coração e em sua mente, que Ele esteja presente no seu lar.Conte histórias do nasci-mento do menino Jesus, pra-tique ações de amor, ações sociais, junto à comunidade.Que os presentes sejam que-ridos e os queridos estejam presentes. Feliz Natal!!

Miriam Ramoniga é advogada e escritora e mora em Balneário Camboriú.

Fotos Divulgação


A ceia de Natal é talvez um dos momentos mais valorizados da comemo-ração. As opções variam muito de família para família, mas nos natais tradicionais estão pre-sentes as carnes de aves, como o peru e o chester, sempre acompanhados de muita fartura, que é outra característica da data. Outros pratos típi-

cos são arroz à grega, sal-picão de frango, bolinho de bacalhau, rabanadas, cuscuz, bolachas doces, panetones e uso de fru-tas secas e sementes nas receitas.Cada família costuma incorporar suas próprias receitas e gostos, e aca-bam criando suas tradi-ções que se repetem ano após ano.

Como estamos num país tropical e o Natal acon-tece praticamente junto com o início do verão, também é comum bus-car por opções mais leves e saudáveis, já que cada vez mais pessoas se pre-ocupam em aliar a boa mesa à saúde. A ceia natalina varia muito, e na Austrália, por exemplo, onde tam-

bém é verão, as pessoas costumam ir ceiar na praia. Na África do Sul, também calor, a mesa é posta do lado de fora da casa. Na Rússia a carne é evitada nessa data e na Alemanha a tradi-ção é a carne de porco, com outros pratos de tempero forte. A melhor maneira de acertar na ceia é levar em

conta os gostos e prefe-rências pessoais, adequar os pratos ao clima e capri-char no ritual: quando se está junto à mesa, degus-tando sabores, conver-sando, aproveitando o momento, qualquer outra coisa se torna deta-lhe. Um lugar enfeitado e agradável completa o pacote e garante o pre-paro do ritual.

Os rituais gastronômicos


Soluções simples para trazer o Natal à mesaSelecionamos algumas receitas de preparo simples e que podem ser feitas “em cima da hora” para quem quer acrescentar um detalhe tradicional à ceia.

Arroz à grega

O arroz à grega é fácil de fazer, nutritivo e dá um toque espe-cial à ceia. O prato é conhecido no mundo inteiro.Ingredientes2 copos de arroz lavado e escor-rido; 2 colheres (sopa) de óleo de soja; 1 dente de alho amassado; 6 copo de água fervente, sal à gosto; 2 cenouras cozidas em cubos; 2 colheres (sopa) de ervi-lha; 1/2 unidade de pimentão vermelho picado.

Como fazerEm uma panela, refogue o arroz no óleo, juntamente com o alho, por 3 minutos. Cubra o arroz com a água fervente, acres-cente o sal e deixe cozinhando. Depois de cozido, acrescente a cenoura, a ervilha e o pimen-tão. Misture delicadamente e sirva a seguir.DicasQueijo parmesão ralado dá um toque especial. Passas também combinam com o prato, e há quem goste de utilizar o açafrão como tempero. A receita básica e permite usar e abusar da cria-tividade. Experimente.

Salpicão de chester

Essa salada é servida fria, e combina com muitos pratos. Em menos de 30 minutos é pos-sível preparar, mas é bom que ela “descanse” por duas horas.Ingredientes2 xícaras de batatas descasca-das em cubos; 1 maçã verde sem sementes picada; 2 colhe-res (sopa) de suco de limão; 1 xícara (chá) de sobras de ches-ter picado; 1 xícara (chá) de talo de salmão em cubos; 1 cenoura ralada; 1/3 xícara (chá) de uva passa; 1 xícara (chá) de maio-nese; sal e pimenta do reino a gosto; alface e azeitonas para decorar. Como fazerCozinhe a batata em água até ficar al dente e despeje em uma tigela. Regue a maçã com o suco de limão. Despeje na tigela com a batata, acrescente o chester, o salsão, a cenoura, a uva passa, a maionese e tem-pere com sal e pimenta a gosto. Misture com uma colher, tampe e leve à geladeira por 2 horas. Despeje em uma tra-vessa, decore com alface e azeitonas e sirva.

Rabanadas ao forno

Uma versão mais light das tra-dicionais rabanadas, que nor-malmente são fritas e com ovos. É uma maneira de manter a tra-dição, deixando mais leve.Ingredientes2 pães “dormidos”; 1 lata de leite condensado; 2 latas de leite (use como medida a lata de leite condensado); 1 colher de chá de essência de baunilha; manteiga; açúcar e canela para polvilhar.Como fazerUnte muito bem uma forma. Corte as fatias de pão com aproximadamente 2cm. de lar-gura. Em uma vasilha misture o leite condensado e o leite. Molhe cada fatia de pão gene-rosamente na mistura de leite.

Arrume as fatias separada-mente na fôrma e sobre cada uma delas coloque um pedaci-nho de manteiga. Leve ao forno médio por aproximadamente 15 minutos. Retire-as do forno e vire-as de lado para que dou-rem por igual. Deixe mais 10 minutos no forno. Retire e pol-vilhe cada uma delas com mis-tura de açúcar e canela.

Dicas

Essa rabanada fica um pouco mais clara, não é recomedável deixá-la dourar muito para que não virem torradas.

Enfeitando a mesaLouças brancas, guardanapos de pano, velas sem aroma, toalhas engomadas, taças ao invés de copos, porta-guarda-napos, castiçais (baixos), fru-tas, frutos secos e pinhas são soluções simples que ajudam a trazer a sofisticação para a mesa. Uma boa música de fundo e iluminação também somam pontos.


Muitas famílias têm suas próprias tradições, desde a forma de trocar presentes, como a hora e componentes da ceia natalina. As varia-ções são infinitas. Na casa do jornalista Adão Pinheiro, por exemplo, que é natu-ral do Rio Grande do Sul, “desde que ele se conhece por gente” o prato principal no Natal é a ovelha. A tra-dição se repete na Páscoa e

nessas duas datas nem se discute o cardápio, todos já sabem o que vão comer. “Não existe Natal sem ove-lha, nunca passei um na vida. Acho que essa tradição já vem dos meus avôs. E sem-pre vai todo mundo, é feito na rua, toda a família, e fica horas em volta do assado, tomando cerveja, vinho, chimarrão, conversando, convida os vizinhos, é uma

festa”, conta Adão, que mora em Balneário, mas a essas alturas já está nos pampas para repetir mais uma vez a tradição de décadas. O prato principal é acompanhado de arroz, saladas verdes e maionese.Outra particularidade é que a festa acontece no dia 25 de dezembro, e não na noite de véspera, quando não é feita nenhuma comemoração.

Tradições familiares e suas particularidades

O doce mais esperado do anoAlém dos pratos tradicio-nais, a família de Heitor e Irdes Altmann, também de Balneário, incorporou há muitos anos uma receita de sobremesa que é a mais esperada do ano na família. Todos ficam esperando pelo sorvete “inventado” da dona Irdes, que na receita origi-nal era um creme, que ela foi adaptando até chegar à sua assinatura. Ela ensina os pas-sos básicos, mas como receita

é base, cada um adapta da melhor maneira ao gosto da sua “turma”.Dona Irdes faz um creme belga e depois mistura com chantilly, também prepa-rado por ela, com creme de leite e clara de ovos. Mistura os dois cremes e separa; à parte faz uma calda de açú-car, nescau e um pouco de contreau e leva ao fogo. Joga no fundo de uma forma de pudim, coloca os cremes por cima e leva ao conge-lador. Na hora de servir

dá uma leve esquentada, a calda fica com pedacinhos de açúcar queimado e muito saborosa. É sucesso geral. “Brincadeiras de trocar presentes, amigo secreto, a gente não faz muito, os pratos são aqueles mais tra-dicionais mesmo, farofa, peru, aquela coisa, mas doce sim, faço mais doce que qualquer outra coisa, gosto mesmo”, comemora a matriarca. Assim não tem como ficar ruim.

Fotos Divulgação

Balneário Camboriú . dezembro de 201110 Natal

A ceia pode ser mais saudávelFesta de final de ano na maioria das casas tem comida farta e bebida alco-ólica para comemorar. Se na sua casa também é assim, vale repensar novos pratos, uma “comilança”, diríamos mais saudável para entrar o ano novo com maior dis-posição. Às vezes pequenas adaptações fazem grande diferença.A nutricionista funcional Marcela Descio lembra que moderar no consumo de preparações com açúcar, gordura trans, gorduras saturadas e produtos indus-trializados (corantes, aro-matizantes), já é um bom começo. Eles além de ‘sugar’ nossa energia, são isentos de nutrientes. Alimentar-se de forma mais saudável, para quem exagera no álcool, também ajuda no processo de desintoxicação no dia seguinte. “O melhor é não beber demais, claro, mas ingerir água junto com a bebida é fundamental. Consumir frutas, verduras e legumes

que são ricos em nutrientes é essencial para a desinto-xicação do organismo”, diz Marcela. Ela deixa a dica de drinks preparados com polpas de fruta ou com fruta natural mesmo. As vermelhas como morango, mirtilo e frambo-esa são ótimas opções. Para adoçar esses drinks prepa-rados com frutas, dá para utilizar a frutose (açúcar da fruta, se encontra no super-mercado), mel ou xarope de agave. A escolha da bebida alco-ólica fica a critério de cada um, mas já existe no mer-cado cachaça orgânica. Outra dica infalível contra a ressaca é fazer um suco verde antes de dormir e ao acordar. Para completar, segue uma receita de sobremesa para a ceia de Natal, oferecida pela nutricionista. Fácil, sabo-rosa e saudável.

Suco verdeBata no liquificador uma folha

de couve, uma fruta da pre-ferência, água mineral e gengibre (opcional). Tome na hora.

Mousse de abacate com cacauIngredientes1 abacate maduro2 colheres de sopa de mel1 colher de sopa de cacau em pó (orgânico)1 colher de chá de shoyu macrobiótico1 colher de chá de canela em pó* Dica: o mel pode ser subs-tituído por açúcar demerara orgânico ou por xarope de agave.Como fazerBata todos os ingredientes no liquidificador ou proces-sador até formar uma mis-tura homogênea. Leve para gelar por aproximadamente 2 horas. Invista nas compensações: muita água, suco verde e frutas ajudam

a neutralizar um pouco a alimentação pesada e o álcool.

Balneário Camboriú . dezembro de 2011 11Natal

Na mesma linha de alimentos leves, a educadora alimentar Polonia Maciel dá dicas de uma ceia completa que prioriza ali-mentos leves.

Mousse de ricota e peito de perú

Ingredientes

250g de ricota fresca250g de peito de perú defumado (picadinho)1 copo de iogurte natural2 colheres de sopa de cebola picadinha 4 colheres de sopa de salsa picadinha1 colher de cafezinho de molho de pimenta1 colher de sobremesa de gela-tina sem sabor 3 colheres de água morna Como fazer Bata a ricota com o peito de perú, iogurte e temperos.Dissolva a gelatina na água morna e misture com os demais ingredientes. Coloque em forma molhada

redonda, ou pirex fundo.Deixe na geladeira por algumas horas.Desenforme e sirva com tor-radas. (É uma delícia e bem nutritivo).

Arroz com açafrão e peito de frangoIngredientes2 xícaras de sopa de arroz integral250 gramas de peito de frango em cubos1 colher de sopa de açãfrão ralado (raiz) ou 1 colher de sopa de açafrão em pó4 colheres de gergelim1 colher de sobremesa de sal marinho1 colherinha raza de cafezinho de pimenta do reino2 colheres de cebola picada2 dentes de alho amassado4 xícaras de água1 xícaras de chá de champanhe ou vinho brancoComo fazer Refogue o peito de perú com

gergelim e 2 co de manteigaJunte a cebola o alho e dê uma refogada.Junte o arroz, a água e cozinhe até estar quase macio e com pouca água.Junte 1 xícara de chá de cham-panhe ou vinho branco seco e baixe o fogo até terminar o cozimento. Decore com salsi-nha picada.

Farofa de casca de banana

Ingredientes6 bananas sadias bem lavadas1 co cebola picada

1 dente de alho2 xícaras de farinha de milho ou aveiaem flocos2 co manteigaSalsinha e sal a gostoComo fazerLavar bem a banana, descascar e cortar a casca miúda, depois fer-ver rapidamente, escorrer e refo-gar, junto com a cebola e o alho. Depois juntar a farinha ou aveia, misturando bem até ficar cro-cante. Acrescentar a banana em rodelas antes de desligar o fogo, por um minuto. Depois de des-ligado, acrescentar a manteiga. O aproveitamento completo da banana é excelente para a saúde, porque a fruta tem muitas fibras na casca.

Suco de iogurte com groselha e hortelãIngredientes200 ml de iogurte natural100 ml de água75 gr de groselha, ou uma colher de sopa de xarope de groselha1 colher de sopa de folhas de hor-telã picada, ou 1 colher de chá de xarope de hortelã

Como fazerMisturar os ingredientes, juntar gelo picado e enfeitar com folhas de hortelã (se preferir pode adoçar mais).Fanta caseira

Ingredientes 3 cenouras1 copo de suco de limãocasca de uma laranja2 litros de água com gásComo fazerBater bem as cenouras com a laranja, peneirar e misturar os demais ingredientes.

Uma sugestão completa


Há quem opte por jantar fora Há 20 anos servindo ceias de Natal, o restaurante Famiglia Dillda vai repetir esse ano a tra-dição, já que são muitas famí-lias que optam por jantar fora de casa nesse dia. Quando conversou com a repor-tagem, no meio da semana, a experiente Kuki Dillda já estava com grande parte da capaci-dade da casa preenchida. A maioria dos que frequentam são famílias completas, que às vezes fazem a brincadeira do amigo secreto e trocam presen-tes no restaurante mesmo. “É uma noite completamente comemorativa, bem diferente do habitual”, explica Kuki. Ela acha que quem vai ao restau-rante, não quer trabalhar nesse dia, só ser servido. Outra van-tagem, é a grande variedade de alimentos servidos no buffet, que tem vários tipos de sala-das, antepastos, carnes, frutos do mar, sobremesas. Ela destaca no cardápio dois pratos tradi-cionais, o javali defumado ao molho de amoras, e o cordeiro ao vinho. O Famiglia Dillda também fazia ceias completas para entregar

em casa, mas não está mais ofe-recendo esse serviço no Natal, pela falta de mão de obra. “ Está bem complicado encontrar gente para trabalhar”, comenta Kuki. O restaurante fica na Via Gastronômica e também abre no dia 25 ao almoço, quando o movimento é bem menor que na véspera.

“Tempo para a alma”Outro restaurante que também já estava com as reservas prati-camente esgotadas na metade da semana era o Number Seven, na Avenida Atlântica. A casa oferece no Natal duas sugestões de combinados prepa-rados pelo chefe Denis Ceratti, que vem fazendo uma melhoria nas escolhas em busca de uma alimentação mais leve e equi-

librada. Um dos proprietários do restaurante, Mario Del-monte, afirma que essa é uma tendência que caminha junto com os valores do Number Seven. “Aos poucos estamos acrescentando as saladas orgâ-

nicas, o sal marinho, os fundos de molho todos caseiros, tudo isso em busca de uma melhor qualidade de vida. Também gostamos muito de arte, de estar com os amigos, de boa música, isso caminha junto

com a boa alimentação, é por isso que usamos a frase ‘soul time’, que quer dizer ‘tempo para a alma’. A boa mesa e o equilíbrio faz parte”, comen-tou Mario.

Restaurante Number Seven, ambiente, música e cardápio na mesma linha.


Cardápio EspECial 31.12rEvEillon 2011/2012

avEnida atlântiCa, 400 | BalnEário CamBoriú | com estacionamento

Entradas:Gaspacho dE tomatEs orGorGor ânicos com azEitE dE trufas brancas

EspEtinho dE camarão com frutas no tEmpura E Espuma dE manjEricão

blini com GravElax E sour crEam finalizado com caviar

viviv Eiras na avEia com molho dE laranja E tomilho

tEtEt rrinrrinE dE foiE Gras E fiGos confit sErvido com mini salada

primEiro prato:laGaGa ostaosta GrElhada com Emulsão dE curry E ravióli dE manGa

sEGundo prato:pErnil dE cordcordEiro ao molho dE romã, alho confit E mussElinE dE aipim

sobrEmEsa: docinhos variados

aftEr hours: lEntilha para dar sortE!

comemore a virada do ano

de frente para o mar, com vista privilegiada para o show de

fogos, ao som de sucessos dos anos 80 e 90 tocados pelo dJ gu,segurança e alto astral.

R$ 285,00 R$ 285,00 poR pessoa

ReseRvasRvasR poR telefone: 47 3361.0057 (após(após( as 18h)poR email: [email protected]

www.numbeRseven.com.bR


Voluntariado, o bem pelo bem

Nessa época de Natal é muito comum falar em voluntariado. A reportagem colheu alguns exemplos de ins-tituições e entidades que

organizaram coletas de brinquedos, festas, pre-sentes, comemorações. Muitas devem ter ficado de fora da reportagem, mas como sabemos, o ato voluntário não neces-

sita de platéia, é feito em prol de algo maior que a exposição na mídia. A intenção é mostrar que existem formas, às vezes muito simples, de melho-

rar o Natal de alguém, e mais, que isso: o ato não precisa ficar restrito a datas específicas, essas só servem para mostrar cada vez mais a necessi-dade de praticar volun-

tariado independente de comemorações. Sempre terá alguém precisando (leia no fechamento dessa sessão a opinião do pastor Valdim Utech).

Divulgação


Almoço especial e muitos presentesAs crianças e famílias cadas-tradas no Grupo Fraternal Ramatis foram lembradas por voluntários neste Natal. A instituição, que há 15 anos ajuda famílias e crianças carentes, foi uma das cadas-tradas na campanha Árvore dos Sonhos, do Balneário Camboriú Shopping.Na tarde do último sábado, 17, um total de 260 pessoas parti-ciparam da festa que presen-teou 140 crianças.“Foi ótimo, as crianças nunca ganharam tanto presente, pois além dos presentes que já arrecadamos normalmente ainda tiveram os doados pela campanha do shopping”, contou empol-gado o presidente do grupo, Wilson Foguel, 66 anos.O presidente conta que durante o ano inteiro depen-dem de voluntários, entre eles 80 pessoas que se reve-zam em equipes, e algumas empresas como supermerca-dos, padarias, restaurantes e frigoríficos da região. “Todos os sábados nós oferecemos uma sopa para as famílias cadastradas, os voluntários

ajudam a descascar as verdu-ras e cozinhar, e todos os ali-mentos são fornecidos pelos nossos colaboradores”.Esse ano a entidade conse-

guiu arrecadar um número maior de cestas básicas do que o total de famílias cadas-tradas. “A comunidade em geral sempre nos atende,

todas as famílias e crianças tiveram um padrinho neste ano”, contou Wilson. “O sábado foi de festa na Rua Acre, e como foi um dia espe-

cial, o cardápio foi strogonoff de frango, arroz, batata palha e sorvete com refrigerante de sobremesa’, concluiu ele.

Fotos Marcela Viecelli


Musicoterapeutas animam festa da AmaA Associação de Pais e Amigos do Autista (AMA Litoral), que depende do auxílio da comunidade durante todo o ano, também recebe ajuda para a festa de Natal. O encontro aconteceu mais próximo ao dia em que se comemora o nascimento do menino Jesus, foi na última quinta-feira (22), na Igreja Lute-rana. ‘Este ano a Igreja Luterana nos cedeu o espaço, durante o ano todo a igreja é uma das maiores colaboradoras’, contou a fundadora e presidente da AMA, Cátia Franzoi.Esta é a maior festa que AMA Litoral realiza no ano e entre os voluntários estão os musicoterapeutas e empresários. “Eles já fazem um trabalho voluntá-rio o ano todo, todas as segundas-feiras com o grupo dos adolescentes”, explica Cátia durante o ensaio das apresentações musicais. Os presentes entregues para os autistas foram doados por um atacado de 1,99. Além das apresentações fei-tas pelos 24 pacientes da AMA, os pais levaram diferentes pratos para compor o lanche. Aproximadamente 60 pessoas participaram da noite comemorativa, entre convidados da comunidade, colaboradores e parentes que foram presti-giar a entidade.

COLABORE sempre com a AMA LITORALA AMA Litoral � ca na rua João Sebastião Domingos, nº8,

no bairro Nova Esperança. Atende pelo número 3264-0244, Passa lá!

Marcela Viecelli


Apae aproveita donativos do ano para promover festa

A APAE de Balneário Cam-boriú teve festa de final de ano com a presença de Papai Noel e Mamãe Noel, mas o voluntariado veio de forma acumulativa. A festa foi organizada pela Diretoria da APAE, que durante todo ano recebe doações da Campa-nha da APAE/CELESC, com doação através da conta de luz mensalmente. A festa teve cerca de 200 pes-

soas presentes, entre alunos, seus familiares, amigos e profissionais da instituição e diretoria. “A noite foi muito especial e divertida, com cer-teza um momento que será lembrado com muito carinho por todos os participantes”, disse Ziza Magnanti, secretá-ria da APAE.A diretora da instituição, Sandra Mara Luchtenberg, conta que outro colabora-

dor do ano inteiro é o Lions Clube Balneário Camboriú Centro, que atualmente está custeando a construção de três banheiros e toda a mão de obra na sede da APAE. “Queremos agradecer a comunidade de Balneário Camboriú que sempre está presente em nossas ações’, disse a diretora”. Após os agradecimentos Sandra apresentou um vídeo

com os momentos vividos pelos alunos e colaboradores. Para completar ela declarou estar satisfeita com a atuação da APAE em BC, “na verdade só temos a agradecer e fazer um balanço que 2011 foi um ano positivo, crescemos muito em nosso atendimento e isso só foi possível através do espírito de solidariedade das pessoas que acreditam em nosso trabalho”.

Divulgação

COLABORE o ano inteiro com a APAEA Apae de BC fica na Rua

1926, nº 1260 - Centro.O telefone para contato é

3367-0636 ou e-mail balneariocamboriu@

apaebrasil.org.br.


O Conselho Tutelar de BC festejou o final do ano com o Dia do Papai Noel. Foram mais de 600 presentes distribuídos para crianças e adolescentes durante uma tarde inteira de brin-cadeiras e comida à vontade no Centro Comunitário Casa da Sogra. A festa aconteceu no dia 12, e mesmo sendo uma segunda-feira reuniu cerca de 300 pessoas.

O Papai Noel da festa foi Gelso Ferreira da Silva, 36 anos, e há três anos motorista da entidade. Ele conta que ficou empol-gado com o convite e que teve grande satisfação em ver o bri-lho no olhar e o sorriso no rosto de cada uma das crianças, “foi muito gratificante”.

Tudo que foi oferecido na festa foi doado pela comunidade, empresas da região, vereadores e pelos conselheiros tutela-res. O Dia do Papai Noel aconteceu através da colaboração de voluntários. A presidente do Conselho Tutelar, Lourdes Ber-nadete Falabrette de Oliveira, conta que foi muito bom saber que de alguma forma conseguiram colaborar com o Natal destas crianças e adolescentes.

Dia do Papai Noel para mais de 300 crianças

CONHEÇA, Conselho TutelarMesmo durante os feriados de fim de ano o Conselho Tutelar

atua em regime de plantão 24 horas através do telefone (47) 8883-7585. Para colaborar com doações o telefone é 3363-6693.


Gincana solidária envolveu a comunidadePara encerrar o ano e ajudar a comunidade, o Sindicato dos Contabilistas de Bal-neário Camboriú e Região organizou pelo nono ano consecutivo uma gincana com modalidades esportivas, brincadeiras para as crianças e a chegada do Papai Noel.Foram aproximadamente 300 pessoas, entre os próprios profissionais da área contábil, colaboradores, familiares e autoridades. As oito contabi-lidades de Balneário Cambo-riú arrecadaram juntas mais de 600 cestas básicas, aproxi-madamente mil brinquedos e alguns produtos de higiene pessoal.No final da festa, que aconte-ceu no dia 10, no Clube União Ariribá, todos os donativos foram entregues para 12 instituições beneficentes de Balneário Camboriú, Cam-boriú, Itapema, Porto Belo e Bombinhas. O Sindicato acredita que além de integrar as empresas de contabilidade neste evento, também traz alegria para as crianças e ajuda a comunidade.

Divulgação


Em Itajaí o presente para algumas futuras mamães foi um tra-balho realizado em conjunto. Alunos de comunicação, pro-fessor de fotografia e profissionais da saúde se reúnem pela terceira vez para presentear as gestantes de uma comunidade com recordações para toda a vida.

O trabalho teve sua terceira edição na Unidade de Saúde do bairro da Murta e como presente de Natal as mulheres grávi-das deste bairro tiveram uma tarde de muitos flashes. Dentro de uma das salas de atendimento, um pequeno e improvisado, estúdio fotográfico foi montado, e elas pousaram para os alu-nos com seus barrigões de fora.

O professor de fotografia, Robson Souza, conta que as ima-gens são tratadas em programas específicos para melhorar a cor sem modificar muito o original, depois elas são gravadas em um CD com o nome das gestantes e entregue para o res-ponsável da Unidade de Saúde, que fica encarregado de repas-sar para as mamães.

Todo o trabalho é feito voluntariamente e o professor lamenta ainda não terem tido a oportunidade de fazer uma exposição, ele diz que pretende organizar isso para o próximo ano. Ques-tionado sobre incentivos ele diz: “O incentivo é a motivação dos alunos, a auto-estima e alegria das gestantes e o envolvi-mento muito grande dos funcionários da unidade”.

Presente para toda vidaDivulgação


Valdim Utech

Com a proximidade do Natal resolvi acompanhar de perto o movimento e expec-tativas que se criam ao seu redor. Nas rádios, TVs, jor-nais impressos, Internet, há diversos tipos de apelos e pedidos, tanto de quem quer receber quanto de quem quer doar. Cheguei à conclusão de que há uma “overdose” de solidariedade!Brinquedos e cestas básicas é o que mais gira neste espírito natalino.O que se deseja com isso? Levar um pouco de ale-gria e fartura para famílias carentes. Isto está perfeita-mente correto. O comércio até fatura alguns reais a mais com esta situação. E quando o Natal passa, quem fica com a responsabilidade?Será que nossos gestos, num primeiro momento tão nobres, modificam algo

na estrutura da sociedade? Desejamos que as pessoas que estão à margem do sis-tema de produção e consumo saiam desta condição? Penso que devemos “brigar” com o Estado o ano todo, para que leve educação, saúde, formação profissionali-zante, habitação digna aos que vivem nos bolsões de pobreza. Assim estes cida-dãos e cidadãs poderão refa-zer sua história e comprar com seu próprio dinheiro a alimentação da família e o brinquedo do filho.O mundo atual é carente de solidariedade. Ao mesmo tempo temos bem perto da gente associações, entidades que trabalham com pessoas com deficiência, síndromes, recuperação da saúde e dig-nidade. É só se informar na prefeitura, escolas, igrejas, para localizar estes endere-ços e se surpreender com a

quantidade de pessoas que são solidárias vinte e quatro horas por dia.A solidariedade natalina é um bem precioso, não pode-mos abrir mão disto. Quem sabe seja possível reunir um grupo de amigos, colegas detrabalho ou outros e todo mês juntar algum recurso e ajudar a pagar a conta de luz, água, comprar um remédio para estas entidades. Mui-tos já estão fazendo isso. O sentimento que isto deixa no coração das pessoas é muito bom.Um mundo melhor para todos é possível. A condução da história está em nossas mãos. Hoje somos os prota-gonistas daquilo que seremos amanhã.Desejo um feliz, abençoado e solidário Natal!Valdim Utech é pastor da Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil(IECLB) em BC

SOLIDARIEDADE: vamos além?Divulgação

Balneário Camboriú . dezembro de 201123Natal


Luiz Carlos Amorim

O Natal está aí e eu percebo que apesar de saber o que ele significa, sinto que o tempo, passando inexoravelmente, me mostra que minha idade vai avançando e eu vou mudando com ela. Vejo que aquela ansiedade para que o Natal chegasse já não é a mesma da minha infância, da minha juventude, do tempo em que minhas filho-tas eram pequenas. Hoje elas estão adultas e a casa está vaziaO Natal já não é mais tão alegre como outrora. Essa época de reunir a família e os amigos, de nos aproxi-marmos mais, de comemo-rarmos juntos a vinda de um Menino que traz sem-pre, todo ano, um punhado de fé e de esperança pra gente, acaba ficando um pouco triste, quando a gente já perdeu tantas pessoas queridas. Não estamos sozinhos, é claro, e agradecemos a Deus por termos ao nosso lado muitas pessoas que ama-

mos e poder abraçá-los na noite de Natal é uma ben-ção. Mas é inevitável lem-brar de tantas outras almas abençoadas que não estão mais aqui e que fazem falta,

muita falta. Almas que levaram um peda-cinho do coração da gente. Então é preciso lembrar do Menino do qual esta-

mos comemorando o nas-cimento, para não esquecer que nossos entes queridos deixaram, também, um pedacinho do coração deles para cobrir aquele pedaci-

nho do nosso que levaram. Que eles estão, portanto, acolhidos num cantinho do coração e é com o coração que devemos abraçá-los. Coração que ficará mais leve, para dar as boas vindas ao Menino que está chegando para ocupar o seu lugar, se deixarmos.De maneira que, para espantar a tristeza, para fortalecer a chama do Natal, preciso de crianças, mais do que em outras épo-cas do ano. Crianças são insubstituíveis no Natal, como se fossem a represen-tação viva do Menino que renasce a cada ano. Podem ser netos, sobrinhos, afi-lhados, podem ser apenas crianças, simplesmente. Pode ser até nosso animal-zinho de estimação, não raro o bebê da casa, por que não? Com criança o Natal é mais Natal.Luiz Carlos Amorim é escritor e coordenador do Grupo Literário A ILHA em SC. www.luizcarlosamorim.blogspot.com.

Natal no coração


Seu Martins, o “bom velhinho” de BalneárioEste ano Martins dos Santos irá distribuir cerca de cinco mil brinquedos para crianças caren-tes de Balneário Camboriú e das cidades vizinhas. Ele aceita doações durante o ano todo, no mês de novembro encerra os serviços como estofador e seu local de trabalho vira a fábrica do Noel Martins, onde ele con-serta os brinquedos que preci-sam de ajustes para depois doar nos dias 23,24 e 25. Isso, ele faz há 30 anos. Cinco mil brinquedos é uma média boa, “ano que antecede política é sempre melhor”, diz ele. Algumas crianças esperam a data para ganhar o único pre-sente deste ‘bom velhinho’. Há muitos adultos também que ganharam por muitos anos os presentes de Martins e agora é a vez dos filhos. Coisas de bairro, onde as pessoas se conhecem. Se você pode, doe já para o Natal que vem, a partir de janeiro é só levar na fábrica do Noel, dando preferência para brinquedos em bom estado. A estofaria e fábrica fica na Rua 1542, frente do número 890. Contato 3366-0352.

Fernanda Cezar


Roteiro natalinoProgramação diversificada, cidades enfeitadas, é o clima de Natal


Tecnologia e artesanato se misturam na decoração de Natal dos extremos da Praia Central, em Balneário. Na Barra Sul, a Vila do Noel atrai a atenção dos pequenos, principalmente por causa das histórias contadas pelos bonecos animatrônicos, o

destaque do espaço. Pinguins, bonecos de neve e até uma árvore, se movem e conversam sobre os significados das festividades do Natal.“A tecnologia é o nosso grande diferencial deste ano. Acredito que sejamos a única cidade que tenha investido

neste tipo de atração em Santa Catarina em 2011”, comentou o coordenador do projeto Brilhos de Natal, Jorge Ribas.Já os adultos não deixam de notar os detalhes da decoração da Casa da Formiga e da Casa do Urso, com enfeites e

pintura feitos à mão.No Pontal Norte, a Casa do Papai Noel e a presença ilustre de um dos protagonistas do Natal atrai centenas de visitantes. “Temos um Papai Noel animatrônico que recebe os visitantes com seu cachorro e faz um teatro de cerca de

cinco minutos. É exatamente esse o objetivo, aproximar o público através da interação”, disse Jorge.As atrações ficam disponíveis para visitação até dia 31. Já a decoração segue montada até o dia 9 de janeiro.

Tecnologia e artesanato nos extremos da praiaFotos Daniele Sisnandes

Balneário Camboriú . dezembro de 201129Natal

Natal Luz leva cor e magia a Camboriú

A cidade de Camboriú está fazendo jus ao nome dado às festividades natalinas. O coordenador do Natal Luz, vice prefeito Milton Antônio da Silva, contou que este ano o objetivo foi direcionar a festa para os pequenos.“Transformamos Cambo-riú na Cidade das Crianças. Desenvolvemos um projeto com luzes coloridas e atra-ções lúdicas como o espaço reservado para elas na Praça das Figueiras. Enquanto os

pais apreciam as atrações, os � lhos � cam em segurança, com supervisão dos monito-res”, contou Milton Antônio.A maior concentração de luzes está nos arredores do centro e na Praça das Figuei-ras. A prefeitura também recebeu atenção especial com cordões coloridos, bonecos de � bra, hall decorado e aberto ao público e até painéis digi-tais com fotos do Papai Noel da Praça.

Parcerias“Um dos destaques da festa é a doação, no dia 30, da Casa do Papai Noel. Essa ação, assim como a decoração em si, é resultado da parceria entre prefeitura, CDL e empresá-rios locais. Assim, dividimos os custos e promovemos um

Natal cada vez mais bonito”, declarou o vice prefeito. Ele revelou que como o orça-mento é limitado, o gabinete busca formas de economizar e ao mesmo tempo investir nos talentos locais. “Os artistas não cobram pelas apresentações e assim

podemos ter qualidade, sem esbarrar na questão econô-mica. Por outro lado, abrimos o espaço para eles mostrarem seu trabalho. É uma troca muito válida já que muita gente de fora está vindo para Camboriú conferir o Natal Luz”, � nalizou.

Daniele Sisnandes


Brilhos de Natal tentando evoluir a cada ediçãoPara o coordenador, do Brilhos de Natal, Jorge Ribas, a atual edi-ção do projeto mostrou avanços, se comparado aos dois anos ante-riores. “A evolução é notória. A gente vem trabalhando para trazer novidades e agregar o que já tínha-mos. Porque é normal que projetos como este, que fica 50 dias em fun-cionamento, apresente algum tipo de problema”, admitiu.

Apesar da ação dos vândalos que atacaram alguns pontos da decora-ção, o projeto arrancou elogios de muitos e atraiu diversos visitantes.

Os destaques

A Praça Almirante Tamandaré foi escolhida neste ano para concen-trar as maiores atrações do projeto Brilhos de Natal. O destaque ficou por conta do Papai Noel Gigante, de 15 metros. “Tivemos dois novos movimentos, de boca e de olhos, além de nova roupagem. É sem dúvida uma atração que encanta”, comentou.

O coordenador ressalta outras novidades do projeto, como o uso de mais de 500 mil lâmpadas de L.E.D nas cordas luminosas, pre-sentes principalmente nas árvores da Atlântica. “Tentamos esten-

der o Brilhos de Natal para novos locais este ano, como na Higino Pio, Quinta Avenida e na frente

da prefeitura, onde pudemos rea-proveitar muito material usado no ano passado”, enfatizou Ribas.

Ainda é cedo para falar no pró-ximo Natal, mas de acordo com Jorge, a organização já está inclu-

sive, “ouvindo e pesquisando para ver o que pode ser melhorado para a próxima edição”.

Celso Peixoto


Shoppings também fizeram ações

No Atlântico Shopping (esquerda) o Natal não foi lem-brado apenas na decoração e na presença já tradicional do Papai Noel recepcionando os pequenos.Este ano o centro de compras lançou um concurso cultural que vai presentear cinco pessoas com kits recheados de prêmios diversos, que totalizam R$ 30 mil. Entre os produtos estão: notebook, tablet, TV, iPad e

vídeo game. De acordo com a assessoria de empreendimento, ainda dá tempo de participar. Para concorrer aos prêmios é necessário preencher o cadas-tro e responder a pergunta: “o que está sempre presente em seu Natal?”. Não é necessário efetuar compras para retirar os cupons. Eles estão dispo-níveis nas lojas do Atlântico e devem ser depositadas em uma urna, na Praça da Ali-mentação, até o fechamento do

centro de compras hoje (24), às 20h. Ainda não há data definida para a realização da premiação, mas o Atlântico já adiantou que os nomes dos ganhadores serão divulgados até o dia 20 de janeiro.

Árvore dos sonhosO Balneário Shopping abraçou a causa e trabalhou com uma campanha destinada às crian-ças carentes da região. Foram oito instituições cadastradas,

entre elas seis de Itajaí, uma de Camboriú, a Associação Lar Maternal Bom Pastor, onde algumas crianças da Casa da Criança de BC estão tempora-riamente, e uma de Balneário Camboriú, o Grupo Fraternal Ramatis.Nos corredores do shopping diversas árvores continham cartões com o nome, idade e desejo das crianças, os clien-tes escolhiam uma e entrega-

vam o presente em um ponto pré-determinado. Foi um total de mil crianças, todos os car-tões foram retirados. Segundo a administração do shopping esta foi uma boa forma de finalizar as atividade de ação social desenvolvidas ao longo do ano.As festas de entrega dos pre-sentes foram organizadas pelas próprias instituições e aconte-ceram durante esta semana.

Daniele SisnandesAdriana Both

Natal 2012

Documents

Transcript of Natal 2012