NBR 14283
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Copyright © 1999,ABNT–Associação Brasileira deNormas TécnicasPrinted in Brazil/Impresso no BrasilTodos os direitos reservados
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ABNT-AssociaçãoBrasileira deNormas Técnicas
NBR 14283FEV 1999
Resíduos em solos - Determinação dabiodegradação pelo métodorespirométrico
Palavras-chave: Tratamento no solo. Resíduo industrial.Biodegradação
8 páginas
Origem: Projeto 01:603.06-007:1997CEET - Comissão de Estudo Especial Temporária de Meio AmbienteCE-01:603.06 - Comissão de Estudo de Tratamento de Resíduos IndustriaisNBR 14283 - Determination of waste biodegradation in soil - RespirometermethodDescriptors: Waste. Biodegradation in soilVálida a partir de 29.03.1999
SumárioPrefácio1 Objetivo2 Referências normativas3 Definição4 Método de ensaioANEXOSA Caracterização do soloB Determinação das faixas de taxas de aplicação do
resíduo
Prefácio
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - éo Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasi-leiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos ComitêsBrasileiros (CB) e dos Organismos de NormalizaçãoSetorial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo(CE), formadas por representantes dos setores envol-vidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores eneutros (universidades, laboratórios e outros).
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbitodos CB e ONS, circulam para Votação Nacional entre osassociados da ABNT e demais interessados.
Os anexos A e B desta Norma, são de caráter normativo.
1 Objetivo
Esta Norma especifica o método respirométrico de Barthapara determinação do índice de biodegradação da matéria
orgânica contida em resíduos a serem tratados em solos.Por meio deste método é possível:
a) avaliar a tratabilidade de resíduos em solo;
b) inferir as condições de manejo de sistema detratamento de resíduos em solo (Landfarming), emescala piloto, tais como:
- taxa de aplicação;
- necessidade de correção do pH do solo;
- condições ideais de umidade;
- balanceamento de nutrientes;
- práticas que promovam a mistura do resíduo aosolo, permitindo a manutenção de condiçõesaeróbias necessárias à degradação.
2 Referências normativas
As normas relacionadas a seguir contêm disposiçõesque, ao serem citadas neste texto, constituem prescriçõespara esta Norma. As edições indicadas estavam em vigorno momento desta publicação. Como toda norma estásujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizamacordos com base nesta que verifiquem a conveniênciade se usarem as edições mais recentes das normascitadas a seguir. A ABNT possui a informação das normasem vigor em um dado momento.
NBR 10004:1987 - Resíduos sólidos - Classificação
2 NBR 14283:1999
NBR 10007:1987 - Amostragem de resíduos - Pro-cedimento
NBR NM-ISO 3310-1:1997 - Peneiras para ensaio -Requisitos técnicos e verificação - Parte 1: Peneirasde ensaio com tela de tecido metálico
CETESB L5.227 - Bioensaio de toxicidade agu-da com Photobacterium - Sistema Microtox -ASTM 057 - 53 - WMK/1984
3 Definição
Para os efeitos desta Norma, aplica-se a seguinte de-finição:
3.1 índice de biodegradação: Quantidade de gás car-bônico (CO2) produzida, em condições padronizadas,pelos microorganismos do solo.
4 Método de ensaio
4.1 Reagentes e soluções
4.1.1 Água isenta de gás carbônico (CO2) - ferver águadestilada durante 30 min, transferir para frasco com filtrode ascarita e deixar esfriar até a temperatura ambiente.
4.1.2 Solução de hidróxido de potássio (KOH) 0,2 N -dissolver 11,2 g de KOH em 1 000 mL de água isenta deCO2. Manter em frascos com filtro de ascarita. Padronizarcontra 100 mL de solução 0,2 N de ftalato ácido de potássiocom indicador vermelho-de-metila (duas gotas), antesde cada ensaio.
4.1.3 Solução de ftalato ácido de potássio(C6H4COOK.COOCH) 0,2 N - pesar exatamente 40,860 gde ftalato ácido de potássio, seco em estufa a 110°C -120°C, por 30 min, e resfriar em dessecador, colocarem um balão volumétrico, dissolver em 500 mL deágua destilada isenta de CO2 e completar o volume para1 000 mL.
4.1.4 Solução indicadora de vermelho-de-metila - dis-solver 0,2 g de vermelho-de-metila em 60 mL de etanolp.a. e completar com água destilada para 100 mL.
4.1.5 Solução-padrão de ácido clorídrico (HCl) 0,1 N -transferir cerca de 8,5 mL de HCl concentrado p.a. paraum balão volumétrico de 1 000 mL e completar o volumecom água destilada. Padronizar contra 100 mL de soluçãode carbonato de sódio 0,1 N usando vermelho-de-metilacomo indicador (duas gotas).
4.1.6 Solução de carbonato de sódio (Na2CO3) 0,1 N -pesar exatamente 5,300 g de carbonato de sódio em pó,seco a 200°C por 1 h e resfriado em dessecador. Dis-solver em 500 mL de água destilada isenta de CO2, a15°C. Transferir quantitativamente para um balão volu-métrico de 1 000 mL e completar o volume com águadestilada isenta de CO2.
4.1.7 Solução de cloreto bário (BaCl2) 1,0 N - dissolver12,2 g de BaCl2.2H2O em balão volumétrico de 100 mL ecompletar o volume com água destilada.
4.1.8 Solução indicadora de fenolftaleína - dissolver 0,2 gde fenolftaleína em 60 mL de etanol p.a. e completar ovolume com água destilada para 100 mL.
4.2 Aparelhagem
A aparelhagem necessária à execução do ensaio é aseguinte:
a) aparelhagem e vidraria usuais de laboratório;
b) peneira 2,0 mm (conforme NBR NM-ISO 3310-1);
c) respirômetros de Bartha (ver figura 1): quatro paracada tratamento;
d) seringas descartáveis, de 10 mL, com canhão Luer;
e) sistema de fornecimento de ar comprimido, isentode água e óleo.
4.3 Procedimento para o solo
4.3.1 Amostragem e preparação
4.3.1.1 O solo a ser utilizado deve ser o mesmo onde o re-síduo ensaiado deve ser disposto. A área amostrada devecorresponder a uma célula virgem do sistema de trata-mento (área aproximada de 400 m2).
4.3.1.2 A área deve ser percorrida em ziguezague, reti-rando-se com um trado amostras de cinco pontos dife-rentes, em uma profundidade de 15 cm, e armazenadasem um recipiente limpo. A superfície do solo deve serlimpa de folhas e outros detritos. As amostras individuaisde uma mesma célula devem ser bem misturadas no re-cipiente para se obter uma amostra composta na quan-tidade desejada.
4.3.1.3 Não retirar amostras de locais próximos a resi-dências, construções, estradas, formigueiros, depósitosde resíduos ou adubos, etc., ou quando o solo estiver en-charcado.
4.3.1.4 Peneirar o solo em malha 2,0 mm. Espalhar embancadas o solo à temperatura ambiente até consistênciafreável; a secagem completa deve ser evitada. Armazenarem sacos plásticos a 4°C, e manter até por um mês, nomáximo.
4.3.2 Caracterização
Para caracterizar o solo devem ser feitas as seguintesdeterminações, cujos procedimentos estão descritos noanexo A:
a) densidade global;
b) densidade aparente, umidade residual e capa-cidade de campo;
c) pH inicial;
d) curva de neutralização.
4.4 Procedimento para o resíduo
4.4.1 Riscos de manipulação
É necessário certificar-se da procedência e provávelcomposição do resíduo, tendo em vista os riscos envol-vidos em sua manipulação. É recomendável consultar aNBR 10004.
NBR 14283:1999 3
4.4.2 Amostragem do resíduo
Deve ser realizada de acordo com a NBR 10007.
4.4.3 Caracterização
Antes de iniciar o ensaio de biodegradação, é necessáriodeterminar:
a) toxicidade aguda (CETESB L5.227);
b) resíduo total fixo e volátil;
c) conteúdo de água;
d) conteúdo de carbono orgânico, nitrogênio e fós-foro;
e) conteúdo de óleos e graxas (para resíduosoleosos);
f) metais pesados (triagem e quantificação).
4.5 Procedimento
4.5.1 Preparação da mistura solo-resíduo
Para cada respirômetro, pesar 50 g ± 0,1 g de solo comumidade residual conhecida, determinada conformeA.3.7. Pesar a quantidade de resíduo (MR) cor-respondente à taxa de aplicação selecionada a partir deensaios de toxicidade aguda por sistema Microtox (veranexo B) ou equivalente. Misturar o solo e o resíduo, demodo a garantir homogeneidade. Como alternativa, podeser preparada a mistura das massas totais de solo e re-síduo necessária para todos os respirômetros subme-tidos à mesma taxa de aplicação. Recomenda-se pesarum excesso de 10% a 20% para compensar perdas du-rante o manuseio.
4.5.2 Balanceamento de nutrientes
Com base no conteúdo de carbono do resíduo, deve-seadicionar sais de nitrogênio e fósforo, de modo a atingiras seguintes relações: C/N = 60 e C/P = 300. É funda-mental a utilização de reagentes que não interfiram nopH dos solos e nos equilíbrios de CO2, bicarbonatos ecarbonatos.
4.5.3 Ajuste da umidade do solo
Calcular, a partir da capacidade de campo (ver A.3.8), daumidade residual (ver A.3.7) e do conteúdo de água doresíduo (ver 4.4.3-c), a quantidade de água necessáriapara que cada respirômetro opere com umidade do soloentre 50% e 70% da capacidade de campo. Asquantidades dos sais de nitrogênio e fósforo obtidas em4.5.2 devem ser adicionadas a essa quantidade de água.Recomenda-se um excesso adequado desta solução.
4.5.4 Montagem dos respirômetros
4.5.4.1 Introdução da mistura solo-resíduo
Para cada respirômetro com mesma condição de ensaio,adicionar a quantidade calculada da solução de nu-
trientes preparada de acordo com 4.5.2. Em seguida,adicionar a quantidade de mistura solo-resíduo, prepa-rada de acordo com 4.5.1, sobre a solução já presenteno respirômetro, de modo a garantir uma distribuiçãohomogênea da água no solo, por capilaridade. Instalar aparte superior do respirômetro, devidamente preenchidacom ascarita, mantendo a válvula de ventilação fechada.Montar em triplicata.
4.5.4.2 Preparação do sistema de absorção de CO2
Adicionar 10,0 mL de solução de KOH (ver 4.1.2) ao braçolateral e fechar com a respectiva rolha (ver figura 1).
4.5.4.3 Respirômetro para controle
Preparar, para cada condição de ensaio, um conjunto detrês respirômetros-controle, contendo as mesmas quanti-dades de nutrientes, água e solo, omitindo a adição doresíduo.
4.5.5 Medida da biodegradação
Através de medidas de CO2 produzido (diferença entre aprodução com o resíduo e a do controle correspondente)durante o período de incubação, é possível estimar tem-pos de indução para início da biodegradação, velocidademáxima e fração de resíduo que foi degradada.
4.5.5.1 Incubação
Os respirômetros devem ser incubados a 28°C ± 2°C, atéa parada total de produção de CO2 em três determinaçõesconsecutivas ou, pelo menos, por 15 dias. Condições di-ferentes das descritas devem ser relatadas juntamentecom os resultados.
4.5.5.2 Determinação da quantidade de CO2 produzido
Para a determinação da quantidade de CO2 produzidodeve-se seguir o seguinte procedimento:
a) preparar, para cada amostra de ensaio, dois fras-cos Erlenmeyer de 100 mL, adicionando a cada umdeles:
- duas gotas de fenolftaleína;
- 1 mL de uma solução de BaCl2 1 N;
b) remover a rolha de borracha do filtro de ascaritado respirômetro-ensaio e abrir a válvula. Remover atampa da cânula do braço lateral;
c) usando uma seringa de 10 mL, transferir a soluçãode KOH do braço lateral do respirômetro-ensaio paraum frasco de Erlenmeyer, preparado conforme 4.1.2.Encher a seringa com 10 mL de água isenta de CO2,injetar no braço lateral do respirômetro para lavagemdo mesmo e, com a seringa, transferir essa quanti-dade de água para o frasco de Erlenmeyer. Repetira lavagem por mais duas vezes e titular imediata-mente;
d) usando outra seringa de 10 mL, adicionar exata-mente 10 mL de uma solução de KOH 0,2 N ao braçolateral do respirômetro-ensaio. Recolocar a tampa
4 NBR 14283:1999
da cânula no braço lateral, fechar a válvula e reco-locar a rolha de borracha do filtro de ascarina.Retornar o respirômetro para incubação conforme4.5.5.1 até a determinação seguinte;
e) titular o conteúdo do frasco Erlenmeyer comHCl 0,1 N, fator conhecido, introduzindo o ácido ra-pidamente no início e mais lentamente quandopróximo do ponto de viragem da fenolftaleína. Anotara quantidade de ácido necessária;
f) repetir as operações descritas em 4.5.5.2-a) a4.5.5.2-e), para o respirômetro-controle correspon-dente;
g) em um frasco Erlenmeyer de 100 mL, prepararuma prova em branco contendo:
- 10 mL de solução de KOH 0,2 N, adicionadoscom seringa de 10 mL;
- duas gotas de fenolftaleína;
- 1 mL de solução de BaCl2 1 N;
- 30 mL de água isenta de CO2 .
4.6 Expressão dos resultados
4.6.1 Quantidade de CO2 produzida no respirômetro-ensaio
Para cada respirômetro a produção de gás carbônicoentre a determinação anterior e a presente é calculadapor:
mol CO2 solo (resíduo) = (A - B) x 50 x fHCl
onde:
A é o volume de HCl 0,1 N gasto para titular o branco,em mililitro;
B é o volume de HCl 0,1 N gasto para titular o trata-mento, em mililitro;
50 é o fator para transformar equivalente em mol degás carbônico;
fHCl é o fator do HCl 0,1 N (ver 4.1.5).
4.6.2 Quantidade de CO2 produzida no respirômetro-controle
O cálculo deve ser de acordo com 4.6.1 e deve ser efe-tuado para o controle:
mol CO2 solo (controle) = (A - B) x 50 x fHCl
4.6.3 Produção de CO2 devido à biodegradação
Para determinar a quantidade de gás carbônico devida àbiodegradação (CO2b), subtrair a quantidade de CO2
produzida no respirômetro-controle da quantidade obtidano respirômetro-ensaio. Construir uma tabela e um grá-fico que forneçam a quantidade de CO2 acumulado pro-duzida por biodegradação em função do tempo de in-cubação.
4.6.4 Cálculo da quantidade de carbono biodegradado
Admitindo que 50% do carbono biodegradado se trans-formam em CO2 e que os 50% remanescentes se incor-poram ao solo sob a forma de húmus e biomassa, calcularo valor do carbono biodegradado pela fórmula:
Cb (mol C) = 2 x CO2b (mol CO2 )
4.6.5 Eficiência de biodegradação (EB)
Calcular a eficiência de biodegradação da seguinte forma:
100x C) (mol C) (mol
% I
b
CC
EB =
onde:
CI (mol C) é a quantidade de carbono aplicada por50 g de solo, assim calculada:
12x
RRI
COTMC =
onde:
MR é a massa de resíduo por 50 g de solo, emgramas;
COTR é o carbono orgânico total do resíduo, emgrama por grama;
12 é o fator de conversão, em grama por mol.
4.5.6 Determinação da taxa de aplicação no tratamento
Considerando que resíduos que apresentam eficiênciade biodegradação acima de 30% são passíveis de seremtratados no solo, as taxas de aplicação avaliadas atravésde ensaio de respirometria que apresentarem uma efi-ciência de biodegradação acima de 30% podem ser ado-tadas em escala piloto para um futuro sistema de tra-tamento de resíduos no solo.
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A - Tampa da cânula
B - Cânula (∅ i entre 1 mm e 2 mm), com canhão Luer
C - Rolha de borracha
D - Braço lateral (∅ ~40 mm; H~100 mm)
E - Solução de KOH
F - Solo
G - Frasco de Erlenmeyer (250 mL)
H - Válvula
I - Suporte (lã de vidro ou algodão)
J - Filtro de ascarita (∅ ~15 mm; H~ 40 mm)
Figura 1 - Vista em corte de um respirômetro
/ANEXO A
6 NBR 14283:1999
Anexo A (normativo)Caracterização do solo
A.1 Densidade global
Esta determinação é realizada na amostra de solo inde-formada. Introduzir um anel volumétrico de borda cortantecom capacidade de 50 mL, previamente aferido (V) etarado (m1), em um horizonte ou camada de solo que sedeseja, com cuidado para não compactar o solo. Retiraro anel, aparando o excesso de solo das duas extremi-dades com auxílio de uma espátula. Colocar na respectivacaixa de alumínio, fechando bem com fita adesiva, etransportar o conjunto para o laboratório. Secar o anelem estufa, a 105°C por 24 h, e pesar (m2). A densidadeglobal é calculada por:
1
12
Vm - m
pg =
onde:
pg é a densidade global, em grama por centímetrocúbico;
m1 é a massa do anel, em grama;
m2 é a massa do anel com a amostra seca, em grama;
V1 é o volume do anel, em centímetro cúbico.
A.2 Preparação da amostra
A amostra deve ser espalhada sobre uma superfícieplana, isenta de contaminações, e deixada secar à tem-peratura ambiente. Durante o período de secagem, even-tuais torrões devem ser desagregados. Após a secagem,peneirar a amostra, utilizando malha 2,0 mm.
A.3 Determinação da densidade aparente, umidaderesidual e capacidade de campo
A.3.1 Tomar um anel volumétrico de 50 mL, previamenteaferido (V2). Recortar papel de filtro (Whatman 40 ou simi-lar), com tamanho adequado para ser fixado por colagemao fundo do anel. Sugere-se a utilização de adesivo epóxifluido de polimerização rápida.
A.3.2 Após a polimerização, imergir o conjunto na res-pectiva caixa com água destilada suficiente para ume-decer e saturar o papel de filtro. Retirar o conjunto, aguar-dar a drenagem do excesso de água e pesar (m3). Secara 105°C até peso constante (m4).
A.3.3 Preencher o conjunto com amostra preparada con-forme descrito em A.2, compactando com aproximada-mente 10 batidas, uma distância de cerca de 3 cm. Repetiro procedimento até completar o anel. Aparar o excessode solo com o auxílio da espátula e pesar (m5).
A.3.4 Secar a 105°C por 24 h. Esfriar em dessecador epesar (m6).
A.3.5 Imergir o conjunto contendo a amostra seca na res-pectiva caixa com água destilada até cerca da metade
da altura do anel. Quando a amostra estiver saturada(umidade visível), colocar em dessecador até drenagemcompleta. Pesar a umidade completa em condições desaturação (m7).
A.3.6 A densidade aparente é calculada por:
2
46
Vm - m
A =
onde:
A é a densidade aparente, em grama por centímetrocúbico;
m é a massa, em grama;
V2 é o volume do anel, em centímetro cúbico.
A.3.7 A umidade residual é calculada por:
100x m - mm - m
U46
65R =
onde:
UR é a umidade residual, em grama de água por100 g de solo seco;
m é a massa, em grama.
A.3.8 A capacidade de campo é calculada por:
46
4367
m - mm - (m - m - (m
CC))=
onde:
CC é a capacidade de campo, em grama de águapor 100 g de solo seco.
A.3.9 Estas determinações devem ser realizadas emtriplicata.
A.4 Determinação do pH
Pesar 10 g ± 0,1 g da amostra em um béquer de 50 mL.Com uma proveta, adicionar 25 mL de água destilada edeionizada, agitando com bastão por cerca de 15 min.Deixar em repouso por 1 h. A medida do pH é feita man-tendo-se o eletrodo de vidro, ou a parte correspon-dente de um eletrodo combinado em contacto com o se-dimento; o eletrodo de referência, ou sua parte correspon-dente de um eletrodo combinado, deve ficar no líquidosobrenadante. Não agitar a amostra.
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A.5 Curva de neutralização
Pesar 10 g ± 0,1 g da amostra para cada ponto de curvade neutralização. Adicionar tentativamente as seguintesmassas de carbonato de cálcio (CaCO3), com precisãode miligrama: 0 (controle); 50 mg; 100 mg; 150 mg;
300 mg e 500 mg. Misturar bem, cobrir para evitar res-secamento das amostras, deixar em repouso por umasemana e medir o pH. Considera-se como valor de neutra-lização (VN) a menor massa de carbonato de cálcio, emmiligramas, suficiente para elevar o pH de 10 g do solo aaproximadamente 7.
/ANEXO B
8 NBR 14283:1999
Anexo B (normativo)Determinação das faixas de taxas de aplicação do resíduo
Considerando como 25% o limite máximo de carbono aser aplicado no solo e levando em consideração o teorde carbono do resíduo, sugere-se selecionar no mínimoquatro taxas de aplicação para execução do ensaio detoxicidade aguda, por exemplo o Microtox.
B.1 Preparação da fração solúvel em água (FSA)
Preparar quantidades adequadas das misturas solo-re-síduo selecionadas e deixá-las em repouso durante22 h ± 2 h, à temperatura ambiente. Para cada taxa deaplicação, pesar 25 g ± 0,1 g da mistura, em frasco de250 mL com tampa roscada, e adicionar 100 mL de águadestilada e deionizada, em triplicata. Manter o frasco sobagitação por 22 h ± 2 h, de forma a não haver separaçãodas fases. Deixar repousar por 30 min, pipetar o so-brenadante para tubos de centrifugar por 10 min a
2 500 min- 1, à temperatura de 22°C ± 2°C. Filtrar o líquidoem membrana de 0,45 µ. Executar o ensaio de Microtoxno filtrado, no prazo máximo de 24 h.
B.2 Determinação da faixa
Com base nos valores de EC50, calcular os valores dasunidades tóxicas (UT), segundo:
50400
EC UT =
Preparar um gráfico di-log UT = f (taxa de aplicação).Ajustar uma reta aos pontos. A taxa mínima de aplicaçãodeve corresponder ao ponto de interseção de UT = 20com a reta. A taxa máxima é definida como duas vezes ataxa mínima.