NBR 14518 - Sistema de Ventilacao Para Cozinhas Industriais[1]

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Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 28º andar CEP 20003-900 – Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro – RJ Tel.: PABX (21) 210-3122 Fax: (21) 220-1762/220-6436 Endereço eletrônico: www.abnt.org.br ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas Copyright © 2000, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados MAIO 2000 NBR 14518 Sistemas de ventilação para cozinhas profissionais Origem: Projeto 04:008.17-001:1999 ABNT/CB-04 - Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos CE-04:008.17 - Comissão de Estudo de Sistemas de Exaustão de Cozinhas Comerciais e Industriais NBR 14518 - Ventilation systems for professional kitchen Descriptors: Ventilation of professional kitchen. Air pollution control. Fire protection Esta Norma foi baseada na ANSI/NFPA 96:1998 Válida a partir de 30.06.2000 Palavras-chave: Exaustão de cozinha. Ventilação. Controle antipoluente. Segurança contra incêndio 25 páginas Sumário Prefácio Introdução 1 Objetivo 2 Referências normativas 3 Definições 4 Disposições gerais 5 Componentes do sistema 6 Procedimentos de operação, inspeção e manutenção do sistema 7 Balanceamento e teste do sistema de ventilação 8 Requisitos adicionais para instalações com equipamentos à base de combustível sólido 9 Elementos adicionais de segurança em equipamentos de cocção ANEXO A Bibliografia Prefácio A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). Os Projetos de Norma, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ONS, circulam para Consulta Pública entre os associados da ABNT e demais interessados. Esta Norma contém o anexo A, de caráter informativo. Introdução Utilizaram-se também como textos de referência para esta Norma, além da ANSI/NFPA 96:1998, a ACGIH Industrial Ventilation - A manual of recommended practice - 19 th edition: 1986 e a publicação ASHRAE Handbook - HVAC Applications,1995. 1 Objetivo 1.1 Esta Norma estabelece os princípios gerais para projeto, instalação, operação e manutenção de sistemas de ven- tilação para cozinhas profissionais, com ênfase na segurança contra incêndio e no controle ambiental. 1.2 Esta Norma se aplica também a reformas e ampliações de cozinhas profissionais existentes, inclusive as montadas em instalações provisórias ou móveis (caminhões, ônibus, trailers, pavilhões, barracas, quiosques ou em qualquer lugar co- berto).

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  • Sede:Rio de JaneiroAv. Treze de Maio, 13 28 andarCEP 20003-900 Caixa Postal 1680Rio de Janeiro RJTel.: PABX (21) 210-3122Fax: (21) 220-1762/220-6436Endereo eletrnico:www.abnt.org.br

    ABNT AssociaoBrasileira deNormas Tcnicas

    Copyright 2000,ABNTAssociao Brasileirade Normas TcnicasPrinted in Brazil/Impresso no BrasilTodos os direitos reservados

    MAIO 2000 NBR 14518

    Sistemas de ventilao para cozinhasprofissionais

    Origem: Projeto 04:008.17-001:1999ABNT/CB-04 - Comit Brasileiro de Mquinas e Equipamentos MecnicosCE-04:008.17 - Comisso de Estudo de Sistemas de Exausto de CozinhasComerciais e IndustriaisNBR 14518 - Ventilation systems for professional kitchenDescriptors: Ventilation of professional kitchen. Air pollution control. FireprotectionEsta Norma foi baseada na ANSI/NFPA 96:1998Vlida a partir de 30.06.2000

    Palavras-chave: Exausto de cozinha. Ventilao. Controleantipoluente. Segurana contra incndio

    25 pginas

    SumrioPrefcioIntroduo1 Objetivo2 Referncias normativas3 Definies4 Disposies gerais5 Componentes do sistema6 Procedimentos de operao, inspeo e manuteno do sistema7 Balanceamento e teste do sistema de ventilao8 Requisitos adicionais para instalaes com equipamentos base de combustvel slido9 Elementos adicionais de segurana em equipamentos de cocoANEXOA Bibliografia

    Prefcio

    A ABNT - Associao Brasileira de Normas Tcnicas - o frum Nacional de Normalizao. As Normas Brasileiras, cujocontedo de responsabilidade dos Comits Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalizao Setorial (ONS),so elaboradas por Comisses de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte:produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratrios e outros).Os Projetos de Norma, elaborados no mbito dos ABNT/CB e ONS, circulam para Consulta Pblica entre os associados daABNT e demais interessados.

    Esta Norma contm o anexo A, de carter informativo.

    Introduo

    Utilizaram-se tambm como textos de referncia para esta Norma, alm da ANSI/NFPA 96:1998, a ACGIH IndustrialVentilation - A manual of recommended practice - 19 th edition: 1986 e a publicao ASHRAE Handbook - HVACApplications,1995.

    1 Objetivo1.1 Esta Norma estabelece os princpios gerais para projeto, instalao, operao e manuteno de sistemas de ven-tilao para cozinhas profissionais, com nfase na segurana contra incndio e no controle ambiental.

    1.2 Esta Norma se aplica tambm a reformas e ampliaes de cozinhas profissionais existentes, inclusive as montadas eminstalaes provisrias ou mveis (caminhes, nibus, trailers, pavilhes, barracas, quiosques ou em qualquer lugar co-berto).

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    2 Referncias normativas

    As normas relacionadas a seguir contm disposies, que ao serem citadas neste texto, constituem prescries para estaNorma. As edies indicadas estavam em vigor no momento desta publicao. Como toda norma est sujeita a reviso,recomenda-se queles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a convenincia de se usarem as edies maisrecentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informao das normas em vigor em um dado momento.

    NBR 5410:1997 - Instalaes eltricas de baixa tenso

    NBR 6401:1980 - Instalaes centrais de ar condicionado para conforto - Parmetros bsicos de projetoNBR 10701:1989 - Determinao de pontos de amostragem em duto ou chamin de fontes estacionrias

    NBR 10702:1989 - Efluentes gasosos em dutos ou chamins de fontes estacionrias - Determinao da massamolecular base seca

    NBR 10897:1990 - Proteo contra incndio por chuveiro automtico

    NBR 11966:1989 - Efluentes gasosos em dutos ou chamins de fontes estacionrias - Determinao da velocidade e davazo

    NBR 11967:1989 - Efluentes gasosos em dutos ou chamins de fontes estacionrias - Determinao da umidade

    NBR 12019:1990 - Efluentes gasosos em dutos ou chamins de fontes estacionrias - Determinao de materialparticulado

    NBR 12232:1992 - Execuo de sistemas fixos automticos de proteo contra incndio com gs carbnico (CO2) porinundao total para transformadores e reatores de potncia contendo leo isolante

    NBR 13971:1997 - Sistemas de refrigerao, condicionamento de ar e ventilao - Manuteno programada

    ASTM-E119:1988 - Standard test methods for fire test of building constrution and materials

    NFPA 12:1998 - Standard on carbon dioxide extinguishing systems

    NFPA 13:1996 - Installation of sprinkler systems

    NFPA211:1996 - Standard for chimneys, fireplaces, vents, and solid fuel burning appliances

    UL 1046:1993 - Standard for grease filters for exhaust ducts

    UL1978:1989 - Standard for grease ducts

    VDI 3895:1996 - Emission control - Installations for cooking and heat - Treating foods

    EPA 202:1990 - Determination of Condensible Particulate Emissions From Stationary Sources

    3 Definies

    Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definies:

    3.1 absoro: Processo fsico no qual um material coleta e retm outro, resultando na formao de uma mistura, podendoser acompanhada de uma reao qumica.

    3.2 acessrio: Componente adicional que habilita o dispositivo primrio ou equipamento a cumprir ou melhorar sua funo.

    3.3 adsoro: Fixao das molculas de uma substncia (o adsorvato) na superfcie de outra substncia (adsorvente).3.4 agente extintor: Substncia utilizada para a extino do fogo.

    3.5 alcalinidade: Capacidade de solues neutralizarem compostos de caracter cido, propriedade esta devida ao con-tedo de carbonatos, bicarbonatos hidrxidos e ocasionalmente boratos, silicatos e fosfatos. expressa em miligrama porlitro ou equivalentes de carbonato de clcio.

    3.6 rea de coco: Compartimento fsico que abriga a totalidade dos equipamentos de coco.

    3.7 rea de risco: Ambiente que contm armazenamento de produtos combustveis e/ou instalaes eltricas e de gs.

    3.8 aspersor: Tambm conhecido como bico nebulizador, corresponde a um dispositivo de orifcio fixo, normalmente,aberto, para descarga de gua sob presso, destinado a produzir neblina de gua com forma geomtrica definida, visandoextino de incndio ou depurao de poluentes.

    3.9 automtico: Sistema que opera pelo seu prprio mecanismo, quando acionado por alguma influncia impessoal, talcomo: variao de amperagem, presso, temperatura ou configurao mecnica.

    3.10 biodegradvel: Produto suscetvel de se decompor por microrganismos.

    3.11 captor: Dispositivo para coleta de efluentes.

    3.12 carretel: Trecho de duto dispondo de flanges nas extremidades, que assegurem estanqueidade, resistncia ao fogo erigidez, e que permite desmontagem e remontagem.

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    3.13 carvo ativado: Forb ma de carvo altamente adsorvente, obtida por ativao do mesmo, usado para remoo demaus odores e de substncias txicas pelo processo fsico-saturativo de molculas com dimetros inferiores aos das cavi-dades porosas.

    3.14 chamin: Duto vertical, que leva os efluentes gasosos a uma certa altura e assim assegura a sua disperso e diluioantes que eles retomem contato com o solo. A concentrao dos poluentes nos gases que so reconduzidos ao solo variacom a altura da chamin, a distncia da base da chamin, a velocidade do vento e as caractersticas climticas.

    3.15 charbroiler: Equipamento para grelhar alimentos, fundamentado no aquecimento, de grande potncia, de pedras, porexemplo silicato de magnsio, que aquecem a grelha. Caracteriza-se por elevado potencial de gerao de fumaa.

    3.16 chuveiro automtico para extino de incndio: Tambm conhecido como sprinkler e bico de chuveiro automtico,corresponde a um dispositivo destinado a projetar gua, em forma de chuva, dotado de elemento de acionamento sensvel elevao de temperatura.

    3.17 coco: Utilizao de energia trmica no preparo de alimentos.

    3.18 coifas: Tipo de captor.

    3.19 contaminante do ar: Toda matria ou substncia que altere a qualidade do ar, tal como: fumaa, fuligem, poeira, car-vo, cidos, fumos, vapores, gases, odores, partculas e aerossis.

    3.20 controle ambiental: Ato de exercer a orientao, a correo, a fiscalizao e a monitorao sobre as aes refe-rentes utilizao dos recursos ambientais.

    3.21 cozinha profissional: Instalao dotada de equipamentos e dispositivos com a finalidade de preparo de refeiescoletivas, utilizada pela razo social responsvel por esta atividade econmica. A instalao pode estar localizada em umnico compartimento ou em compartimentos adjacentes, situados no mesmo piso ou em pisos distintos. Abrange toda co-zinha que no seja residencial unifamiliar.3.22 damper: Acessrio tipo registro, para regular vazo do ar.

    3.23 damper corta-fogo de acionamento eletromecnico: Registro de bloqueio que, em caso de incndio, impede du-rante um determinado tempo a propagao de fogo, fumaa e lquidos atravs do duto.

    3.24 descarga: Parte final de um duto, onde o fluxo de ar descarregado para o exterior.

    3.25 descompartimentao de cozinha: Primeiro ponto de travessia na parede, piso ou teto da rede de dutos da exaus-to no permetro delimitante da cozinha.

    3.26 disperso ambiental atmosfrica: Processo combinado dos mecanismos de difuso e transporte dos poluentes, queiro determinar a qualidade do ar atmosfrico de uma determinada regio.

    3.27 duto ou rede de dutos: Construo prismtica ou cilndrica para a conduo de ar e/ou efluentes da coco.

    3.28 efluente: Emanao de substncias lquidas ou gasosas oriundas do processo de coco, por ao trmica ou no.

    3.29 extrator de gordura: Sistema para processar vapores e gases. Atravs deste dispositivo coletam-se e armazenam-seas partculas de gorduras volteis.

    3.30 filtro inercial de gordura: Dispositivo de remoo de gordura que atua atravs da mudana de direo do fluxo eflu-ente da coco, favorecendo, deste modo, a reteno por impactao e separao das fraes mais pesadas dos vaporesde gorduras.

    3.31 fumaa: Suspenso visvel de partculas slidas ou lquidas, dispersas nos gases resultantes da combusto, oupirlise de material contendo carbono.

    3.32 gordura: Composto formado por mistura de steres de cidos graxos e glicerol, de origem vegetal e animal, utilizadoou gerado no cozimento de alimentos.

    3.33 manuteno programada: Procedimentos peridicos e planejados para execuo de intervenes preventivas, pre-ditivas e corretivas em equipamentos e instalaes.

    3.34 material combustvel: Qualquer substncia com capacidade para queima, produzindo calor e gases de combusto.

    3.35 material no combustvel: Qualquer substncia que no queima nem desprende vapores inflamveis em quantidadesuficiente para iniciar uma ignio espontnea, quando aquecida, at aproximadamente 750C. O ensaio para deter-minao das caractersticas de no combustibilidade de um material a ausncia de chamas e/ou liberao de gasesquando submetido chama direta ou aquecimento indireto at a temperatura de auto-ignio.

    3.36 material de combusto limitada: Tambm conhecidos como auto-extinguveis, so materiais em que a gerao decalor e/ou emanao de gases no so suficientes para dar continuidade na reao em cadeia, que se desenvolve nacomusto. Esta descontinuidade normalmente decorrente da concentrao deficiente do produto oxidante, ausncia decalor suficiente para a pirlise ou pela utilizao de substncias qumicas retardantes.

    3.37 nvoa: Partculas lquidas em suspenso, formadas no ar, decorrentes da condensao de lquidos vaporizados,contidas no fluxo dos efluentes produzidos pela coco de alimentos. As partculas de nvoas variam de 40 m a200 m.

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    3.38 leos: Grupo de substncias gordurosas combustveis, lquidas, nas condies normais de temperatura e presso.Na coco so empregados somente os de origem animal ou vegetal.3.39 padro de emisso mximo: Quantidade mxima de poluente em uma chamin, que se permite legalmente des-carregar no ar por cada sistema de exausto.3.40 padro de qualidade do ar: Limite do nvel dos poluentes do ar exterior, que legalmente no pode ser excedido, du-rante um tempo especfico, em uma rea geogrfica especfica.3.41 particulados: Partculas slidas ou lquidas finamente divididas.3.42 plenum: Cmara para equalizar a velocidade de face do ar aspirado ao longo do captor.3.43 poluente: Qualquer gs, lquido e slido ou forma de liberao de energia que degrade o meio ambiente.3.44 poluio: Presena de poluentes cuja natureza, localizao, concentrao e/ou quantidade produza degradao domeio ambiente.3.45 poluio do ar: Acumulao de qualquer substncia no ar, em concentraes suficientes para produzir efeitos no-civos no homem, nos animais, nas plantas ou em qualquer equipamento ou material.3.46 portas de inspeo: Dispositivo removvel empregado para vedar a abertura de um duto, equipamento ou acessrio,com a finalidade exclusiva de permitir acesso para inspeo, manuteno ou limpeza.3.47 selagem de travessia: Material estrutural e de acabamento, que ao ser utilizado na travessia de um duto por umaparede, piso ou teto assegura no mnimo a mesma classificao do elemento penetrado.3.48 sistema de ventilao: Conjunto de elementos harmonicamente integrados, de maneira a garantir a movimentaocontrolada do ar.3.49 solda: Resultado de operao do processo, visando unir dois ou mais elementos, assegurando na junta a continui-dade das propriedades fsicas e qumicas destes elementos, bem como a estanqueidade dos fluidos contidos.3.50 vazo: Volume de fluido que, na unidade de tempo, atravessa uma seo perpendicular direo do fluxo.4 Disposies gerais4.1 Nas cozinhas profissionais, os equipamentos, tais como foges, fritadeiras, chapas, caldeires, fornos, mquinas delavar louas, etc., so fontes de emisso de calor, vapores com ou sem gordura e/ou materiais particulados, que devem sercaptados localmente, de forma contnua, enquanto perdurar a sua gerao.Para atender s necessidades de remoo das emisses e conseqente renovao de ar destes ambientes, deve haverum sistema de ventilao composto por:

    - captores, atendendo ao disposto em 5.1;- rede de dutos e acessrios, atendendo ao disposto em 5.2;- ventiladores, atendendo ao disposto em 5.3;- dispositivos e equipamentos para tratamento do ar exaurido, atendendo ao disposto em 5.4;- elementos de preveno e proteo contra incndio, atendendo ao disposto em 5.5;- compensao do ar exaurido, atendendo ao disposto em 5.6.

    4.2 Os procedimentos de operao e manuteno encontram-se descritos na seo 6.4.3 O sistema de ventilao deve ser balanceado e testado, seguindo os procedimentos descritos na seo 7.4.4 A operao com equipamentos que utilizam combustvel slido como carvo ou lenha deve obedecer s disposiesconstantes na seo 8.4.5 As medidas adicionais de segurana, relativas a equipamentos de coco, esto indicadas na seo 9.4.6 Os sistemas de exausto de cozinhas profissionais devem ser independentes de qualquer outro tipo de sistema de ven-tilao. Toda cozinha profissional deve ter um sistema de exausto exclusivo.4.7 Caso seja introduzida alguma modificao no projeto original do sistema de exausto, por ocasio da instalao, obri-gao da empresa instaladora, alm de indicar no projeto executivo as alteraes efetuadas, recalcular a perda de cargaefetiva para assegurar a vazo de ar requerida, adotando uma soluo adequada para assegurar o desempenho previstopara o sistema, no projeto original.4.8 Todo e qualquer material em contato com o fluxo de ar deve ser metlico, alvenaria, concreto ou fibrocimento comsuperfcie lisa e espessura adequada para assegurar uma resistncia ao fogo para um tempo mnimo de 1 h. Os elementosem contato externo com o sistema de exausto de cozinhas devem ser classificados como no combustveis.4.9 Deve-se ainda observar a necessidade de atender s indicaes, referentes temperatura interna na cozinha e nveisde rudo interno e externo, em conformidade com as legislaes existentes.5 Componentes do sistema5.1 Captores

    O formato e o posicionamento dos captores devem ser o mais envolvente e prximo do foco das fontes de emisso men-cionadas em 4.1, de maneira a minimizar as vazes processadas.

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    5.1.1 Tipos usuais de captores

    5.1.1.1 Coifa central ou ilha

    Construo prismtica ou tronco-piramidal, posicionada sobre o bloco de coco com os quatro lados integralmente abertospara a admisso de ar. Para calcular a vazo, ver 5.1.2.1.

    5.1.1.2 Coifa com lados fechados

    Construo idntica, porm com um, dois ou trs lados adjacentes integralmente fechados. Obrigatoriamente um dos ladosdeve ser longitudinal. Para calcular a vazo, ver 5.1.2.2.

    5.1.1.3 Coifa com aspirao frontal (low-side ou backshelf )Captor com um lado integralmente fechado e com as laterais fechadas total ou parcialmente, com a projeo vertical frontalrecuada em relao aos equipamentos de coco. Para calcular a vazo, ver 5.1.2.3.

    5.1.1.4 Coifa para mquinas de lavar louas

    Captor instalado na entrada e sada de mquinas de lavar louas, podendo ser do tipo coifa, fresta e capela. Para calcular avazo, ver 5.1.2.4.

    5.1.1.5 Coifa para forno

    Captor instalado sobre a face dotada de portas de acesso aos mesmos, avanado em relao ao equipamento. Paracalcular a vazo, ver 5.1.2.5.

    5.1.1.6 Coifas para churrasqueiras

    5.1.1.6.1 Churrasqueiras a combustvel slido

    Construo enclausurante, com trs lados fechados e o lado frontal aberto para a admisso do ar. Para calcular a vazo,ver 5.1.2.6.1.

    5.1.1.6.2 Churrasqueiras radiadoras do tipo infra-vermelho, a gs ou eltrica

    Captor instalado sobre a churrasqueira, avanado alm do permetro desta nas faces abertas. Para calcular a vazo, ver5.1.2.6.2.

    NOTA - Os captores com as funes de aspirao e insuflao (tipo push-pull ou make-up air) so derivados dos tipos descritos em 5.1.1.1a 5.1.1.6, sendo dotados de cmara geminada para receber o suprimento de ar de compensao.

    5.1.2 Clculo da vazo de ar de exausto nos captores

    As equaes indicadas em 5.1.2.1 a 5.1.2.6 fundamentam-se no estabelecimento de padres mnimos de velocidade deface pela rea aberta do captor, de maneira a garantir a captao adequada dos poluentes. Para os captores de 5.1.1.1 e5.1.1.2 so estabelecidos dois procedimentos de clculo de vazo de ar que consideram velocidades na rea de facetransversal ao fluxo (v1) e na rea definida pelo permetro da coifa e sua altura em relao ao equipamento de coco (v2),devendo-se adotar o maior valor de vazo obtido.

    A ttulo de referncia outro parmetro de comparao, inclusive para efeitos de planejamento, de que o somatrio datotalidade das vazes dos captores deve assegurar no mnimo 60 renovaes horrias do volume da rea operacional decoco da cozinha. Em cozinhas com ar-condicionado e com coifas com funes de aspirao e insuflao (push-pull oumake-up air) no aplicvel o conceito de no mnimo 60 renovaes horrias.Para as equaes e figuras indicadas de 5.1.2.1 a 5.1.2.6, as seguintes legendas so aplicveis:

    qv a vazo de ar, em metros cbicos por segundo;

    A a rea, em metros quadrados;

    v a velocidade de face, em metros por segundo;

    L o comprimento, em metros;

    b a largura, em metros;

    h a altura, em metros;

    P o permetro aberto, em metros;

    D o dimetro;

    R o raio.

    5.1.2.1 Clculo da vazo de ar para coifa central ou ilha (conforme a figura 1)Para o clculo, proceder conforme as equaes a seguir, devendo prevalecer o maior valor entre qv1 e qv2:

    qv 1 = v1 x A1 ; A1= L x b , v1 = 0,64 m/s

    qv 2 = v2 x A2 ; A2 = 2 ( L + b ) x h , v2 = 0,25 m/s

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    5.1.2.2 Clculo da vazo de ar para coifa com lados fechados (conforme a figura 2)Para o clculo, proceder conforme as equaes a seguir, devendo prevalecer o maior valor entre qv1 e qv2: qv 1 = v1 x A1 ; qv 2 = v2 x A2 A1 = L x b ; A2 = P x h; P = 2b+L, para um lado longitudinal fechado P = b+L , para um lado longitudinal e um lateral fechado

    P = L , para trs lados fechadosv1 = 0,40 m/s ; v2 = 0,25 m/s

    5.1.2.3 Clculo para vazo de ar para coifa com aspirao frontal (conforme a figura 3)Para o clculo, proceder conforme a equao a seguir: qv = v x h x L v = 0,34 m/s h = 0,90 m

    Figura 1 - Coifa central ou ilha

    Figura 2 - Coifa com lados fechados

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    Figura 3 - Coifa com aspirao frontal (low-side ou backshelf)

    5.1.2.4 Clculo da vazo de ar para captores de mquinas de lavar louas

    5.1.2.4.1 Tipo coifa (conforme a figura 4)Para o clculo, proceder conforme a equao a seguir:

    qv = v x h x L , para cada extremidade

    v = 1,27 m/s

    5.1.2.4.2 Tipo fresta (conforme a figura 5)Para o clculo, proceder conforme a equao a seguir:

    qv = v x h x L , para cada extremidade

    v = 0,76 m/s

    5.1.2.4.3 Tipo capela (conforme a figura 6)Para o clculo, proceder conforme a equao a seguir:

    qv = v x h x L , para cada extremidade

    v = 0,76 m/s

    5.1.2.5 Clculo da vazo de ar para coifa de forno (conforme a figura 7)Para o clculo, proceder conforme a equao a seguir:

    qv = v x A , onde A = L x b

    v = 0,50 m/s

    5.1.2.6 Clculo da vazo de ar para coifa de churrasqueira

    5.1.2.6.1 Churrasqueira a combustvel slido (conforme a figura 8)Para o clculo, proceder conforme a equao a seguir:

    qv = v x h x L; v = 0,51 m/s

    5.1.2.6.2 Churrasqueira radiadora infra-vermelho, a gs ou eltrica (conforme a figura 9)Para o clculo, proceder conforme a equao a seguir:

    qv = v x L x b v = 0,40 m/s

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    Figura 4 - Captor de mquina de lavar louas tipo coifa

    Figura 5 - Captor de mquina de lavar louas tipo fresta

    Figura 6 - Captor de mquina de lavar louas tipo capela

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    Figura 7 - Coifa de forno

    Figura 8 - Coifa de churrasqueira a combustvel slido

    Figura 9 - Coifqa de churrascaria a gs ou eltrica

  • NBR 14518:200010

    5.1.3 Aspectos construtivos dos captores

    5.1.3.1 Os captores devem ser construdos em chapa de ao inoxidvel com no mnimo 0,94 mm de espessura (nmero20 MSG), chapa de ao carbono com no mnimo 1,09 mm de espessura (nmero 18 MSG) ou outro material queproporcione equivalente resistncia mecnica ao fogo e corroso.

    5.1.3.2 Todo o permetro dos captores e as partes inferiores dos suportes de filtros devem dispor de calhas coletorasdotadas de drenos tamponados para remoo eficiente de gordura e condensados, no mesmo material do captor.

    5.1.3.3 Os captores devem ser de construo soldada em todo o permetro externo, alm de todas as partes onde houver apossibilidade de acmulo de gordura. A solda deve ser contnua, devendo se obter uma superfcie interna de acabamentoliso e estanque a vazamentos.

    5.1.3.4 As fixaes dos dispositivos internos dos captores no necessitam ser soldadas, porm devem ser seladas e comacabamento liso para evitar a impregnao de gordura e facilitar a limpeza.

    5.1.3.5 Para os captores com as funes de aspirao e insuflao (tipo push-pull ou make-up air), ou seja, dotados de sis-tema de compensao de ar incorporado, a cmara de exausto deve ser mantida totalmente estanque em relao c-mara de insuflamento, mediante aplicao de solda contnua.

    Deve ser instalado damper corta-fogo com acionamento eletromecnico, conforme 5.6, na conexo do captor com o dutode insuflamento em local de fcil acesso para manuteno e limpeza.

    5.1.3.6 A construo dos captores deve permitir o fcil acesso para limpeza dos mesmos, evitando-se pontos de passagemou acmulo de gordura em locais inacessveis.

    5.1.3.7 A conexo com a rede de dutos e acessrios deve ser feita atravs de solda contnua ou juno flangeada eaparafusada, empregando-se junta de vedao com material no combustvel e que assegure a estanqueidade. Nesteltimo caso, os captores devem ser providos de colarinhos com flanges fixados nos mesmos por solda contnua.

    5.1.3.8 As luminrias dos captores, quando utilizadas, devem ter carcaa de ao inoxidvel ou de alumnio fundido, mon-tadas sobre a superfcie externa do captor, separadas dos produtos da exausto de maneira estanque atravs de proteesde vidro resistente ao calor.

    5.1.4 Dimenses e instalao dos captores

    5.1.4.1 Para os captores descritos em 5.1.1.1 e 5.1.1.2, devem ser estabelecidas cotas que ultrapassem no mnimo 0,15 mem cada direo do bloco ou equipamento de coco nos lados livres, isto , no adjacentes a paredes. A altura entre aborda inferior do captor e a superfcie de coco no deve ser superior a 1,20 m.

    5.1.4.2 A distncia vertical entre o equipamento de coco e a borda inferior dos filtros deve ser superior a 0,50 m, sendoque para equipamento com chama exposta deve ser superior a 0,75 m. Para charbroiler e churrasqueiras a combustvelslido, a base inferior do filtro deve estar a uma distncia superior a 1,20 m da superfcie aquecida ou do leito de brasas.

    Para captor com aspirao frontal (low side ou back shelf) a distncia dos filtros em relao superfcie aquecida pode serreduzida at 0,15 m, desde que no haja chama exposta.5.2 Rede de dutos e acessrios

    5.2.1 Generalidades

    5.2.1.1 A velocidade mnima nos dutos de exausto deve ser de 7,5 m/s. A velocidade mxima deve ser estabelecida,considerando-se parmetros de nveis de rudo, limitaes de espao e conservao de energia.

    5.2.1.2 A rede de dutos de exausto deve ser projetada minimizando o seu desenvolvimento em direo ao ponto dedescarga, reduzindo o seu percurso no interior da edificao.

    5.2.1.3 Devem ser mantidos afastamentos mnimos de outras instalaes, de forma a possibilitar acesso para adequadamanuteno e limpeza dos dutos.

    5.2.2 Aspectos construtivos e de instalao

    5.2.2.1 Os dutos devem ser fabricados com chapa de ao-carbono com no mnimo 1,37 mm de espessura (nmero16 MSG) ou ao inoxidvel com no mnimo 1,09 mm de espessura (nmero 18 MSG). Outros materiais so permitidos,desde que proporcionem resistncia mecnica ao fogo e corroso, estanqueidade e rugosidade interna equivalentes aosdutos de ao, e estejam em conformidade com 5.2.3.As redes de dutos que atendam efluentes da coco que contenham concentrao desprezvel de vapores com partculasde gordura (ver 5.5.2 para equipamentos de coco leve) podem ser fabricadas conforme espessura especificada naNBR 6401.

    5.2.2.2 Todas as juntas longitudinais e as sees transversais devem ser soldadas e totalmente estanques a vazamentosde lquidos. As conexes do duto com captores e equipamentos, bem como as sees transversais de dutos, tambmpodero ser executadas atravs de flanges soldados aos dutos, utilizando-se junta de vedao estanque e com materialno combustvel. Os flanges devem ter espessura mnima igual ao do duto e as junes devem permanecer aparentes,permitindo a imediata deteco e eliminao de vazamentos.As redes de dutos que atendam efluentes da coco que contenham concentrao desprezvel de vapores com partculasde gordura (ver 5.5.2 para equipamentos de coco leve) podem ter suas juntas transversais e longitudinais fabricadas comchavetas de fechamento por encaixe.

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    5.2.2.3 A sustentao dos dutos deve ser feita por perfilados metlicos dimensionados para atender s necessidadesestruturais e da operao de limpeza nos mesmos.5.2.2.4 Os dutos, suportes e acessrios fabricados em ao-carbono podem ser galvanizados ou pintados com tinta auto-extinguvel, a exemplo da tinta alumnio com teor de slidos superior a 25%.5.2.2.5 Os dutos devem ser fabricados sem veias direcionais internas e de preferncia com curvas de raio longo. Caso sejanecessria a regulagem de vazo do captor, podem ser utilizados registros de regulagem no colarinho da mesma. 5.2.2.6 Sempre que possvel, os dutos devem ser montados de modo a manter declividade no sentido dos captores, de for-ma a facilitar a operao de limpeza dos mesmos. Devem ser evitadas depresses que favoream o acmulo de gordura.5.2.2.7 O ponto inferior de depresses e de trechos de dutos verticais ou quaisquer outros pontos de acmulo de gorduradevem ser providos de drenos tamponados para recolhimento da mesma, com facilidade de acesso para limpeza quegaranta estanqueidade e resistncia ao fogo no mnimo iguais s do duto.5.2.3 Portas de inspeo5.2.3.1 Os dutos devem ser providos de carretis e de portas de inspeo com espaamentos e dimenses capazes depermitir a inspeo e uma completa limpeza interna do duto. Utilizar carretis com comprimento mnimo de 0,60 m e portasde inspeo com dimenses mnimas de 0,30 m x 0,60 m. O espaamento entre os carretis e/ou portas de inspeo deveser menor ou igual a 4 m. O acesso s portas de inspeo e carretis deve ser mantido permanentemente desobstrudo.5.2.3.2 As portas de inspeo devem ser instaladas nas laterais ou na superfcie superior do duto, onde for mais facilmenteacessvel, devendo a sua borda inferior distar no mnimo 40 mm de todas as bordas externas do duto ou das conexes.5.2.3.3 As portas de inspeo devem ser construdas com material de especificao idntica do duto, sendo providas dejuntas de vedao estanques e com material no combustvel. As ferragens das portas, tais como trincos, parafusos,porcas, etc., devem ser fabricadas em ao-carbono ou ao inoxidvel e no devem perfurar as paredes do duto.5.2.3.4 O posicionamento dos carretis ao longo dos dutos deve permitir a instalao e a retirada dos parafusos utilizadosna fixao dos flanges, sendo vedado o uso de rebites e parafusos auto-ataraxantes.5.2.3.5 Para captores dotados de dispositivos de regulagem que no sejam acessveis pelo seu lado aberto, deve serprovidenciada uma porta de inspeo no duto, instalada a uma distncia que permita sua limpeza.5.2.4 Terminal de descarga5.2.4.1 O sistema de exausto deve dispor de descarga para fora da edificao, atravs de um duto terminal que extravasea cobertura ou uma parede externa.5.2.4.2 Os dutos terminais em telhado devem ser verticais, descarregando o ar diretamente para cima, sendo observada adistncia mnima de 1,0 m acima da superfcie do telhado.Podem ser previstos dispositivos, como os da figura 10, para evitar a entrada de chuva no terminal de descarga do arexaurido.5.2.4.3 Quando a terminao for um ventilador instalado sobre telhado, deve ser prevista instalao eltrica apropriada paraexposio ao tempo, sendo instalada de modo que a linha inferior da sua boca de suco se situe a uma distncia de0,50 m acima do telhado. Deve ser providenciado um acesso seguro para inspeo e limpeza.5.2.4.4 Os dutos terminais instalados nas fachadas da edificao devem manter um afastamento mnimo de 3,0 m emrelao a qualquer equipamento ou instalao eltrica ao seu redor, portas, janelas, letreiros luminosos ou aberturas paratomada de ar externo, situado no mesmo plano ou abaixo da terminal de descarga. Para os elementos situados acimadeste plano, o ponto mais prximo ao terminal de descarga deve manter um afastamento mnimo de 3,0 m, acrescido de 78mm para cada grau de inclinao em relao a este plano. O ngulo de inclinao deve ser medido do centro do terminalde descarga ao centro do elemento considerado, conforme exemplo da figura 11. Caso no seja possvel atender, deve-seadotar damper corta-fogo com acionamento eletromecnico na fronteira interna da fachada do duto de exausto.Em quaisquer das hipteses os efluentes no devem causar incmodos, sendo que as tomadas de ar, portas e janelasdevem atender adicionalmente aos requisitos de 5.4.1.2.5.3 Ventiladores5.3.1 Os ventiladores devem atender aos requisitos operacionais do sistema de ventilao na condio real da instalao.5.3.2 O ventilador, do tipo centrfugo, deve ser de construo metlica, de simples aspirao, e o rotor de ps inclinadaspara trs ou radiais. O sistema de transmisso mecnica pode ser direto, ou atravs de polia-correia ou ainda de outromodo, desde que no haja exposio de motores eltricos, caixa de ligao eltrica ou elementos de transmisso ao fluxode ar de exausto.5.3.3 As conexes dos ventiladores aos dutos de aspirao e descarga devem ser flangeadas e aparafusadas com o usode elementos flexveis. O material da conexo flexvel deve ser incombustvel e estanque a lquidos na superfcie interna ecom caractersticas mecnicas prprias para operar em equipamento dinmico. Suas emendas longitudinais, alm deestanques, devem ser transpassadas de no mnimo 75 mm.O material empregado deve propiciar no mnimo uma resistncia ao fogo de 1 h.5.3.4 O conjunto motor ventilador deve ser montado sobre amortecedores de vibrao que garantam a absoro e o isola-mento da vibrao para a estrutura de apoio em nveis que no comprometam a integridade da estrutura e que no causemincmodo a terceiros.

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    5.3.5 Ventiladores com carcaa tubular e fluxo axial devem ser de acionamento indireto, com o motor e toda a instalaoeltrica fora do fluxo de ar de exausto. Os elementos de transmisso devem estar enclausurados e protegidos contra in-filtrao de gordura.5.3.6 A carcaa do ventilador deve ser de construo soldada em chapa de ao inoxidvel com no mnimo 1,09 mm de es-pessura (nmero 18 MSG) ou chapa de ao-carbono com no mnimo 1,37 mm de espessura (nmero 16 MSG).5.3.7 Os ventiladores devem ser dotados de dreno e porta de inspeo.5.3.8 O compartimento onde for instalado o ventilador deve ser facilmente acessvel e ter dimenses suficientes parapermitir os servios de manuteno, limpeza e eventual remoo, incluindo plataforma nivelada para execuo dos ser-vios. Se o ventilador estiver conectado a um duto enclausurado, este compartimento deve ter a mesma classe de resis-tncia ao fogo que a do enclausuramento.5.3.9 Todos os ventiladores instalados em paredes internas ou externas devem ser facilmente acessados com a utilizaode uma escada de no mximo 2,0 m de altura, ou possuir uma plataforma de trabalho sob o ventilador ao qual se possa teracesso com a utilizao de uma escada de no mximo 6 m.5.3.10 Toda instalao eltrica deve atender NBR 5410, sendo que os motores eltricos devem ser do tipo totalmentefechados com ventilao externa (TFVE) e com grau de proteo mnimo IP 54 e classe B ou F de isolamento eltrico.5.3.11 O ventilador deve, preferencialmente, ser instalado no final da rede de dutos ou o mais prximo possvel desta, coma finalidade de diminuir o nmero de conexes pressurizadas, exceto nos casos dos ventiladores incorporados aosdespoluidores atmosfricos ou extratores de gordura.

    a) Tipo ponta/bolsa b) Tipo S c) Tipo Y

    d) Tipo CAPFigura 10 - Terminais de descarga com proteo para chuva

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    Figura 11 - Afastamentos de duto terminal em fachada

    5.4 Dispositivos e equipamentos para tratamento do ar exaurido5.4.1 Caractersticas e parmetros de emisso dos gases da exausto descarregados na atmosfera 5.4.1.1 A coco dos alimentos gera o desprendimento de vapor dgua, calor e diversas substncias, inclusive os gasesde combusto, com propriedades poluentes, aderentes e combustveis, com odores caractersticos, que so ar-rastadospelo sistema de exausto e so descarregados na atmosfera, podendo causar incmodos vizinhana e com o agravantede formar incrustaes combustveis, ao longo de todo o percurso do sistema de exausto, com riscos de provocar in-cndios.A anlise qumica dos poluentes tpicos registra a presena de partculas de hidrocarbonetos policclicos aromticos (PAH)dispersos e aerotransportados em partculas de leos e gorduras de origem vegetal e animal. Entre os hidrocar-bonetospolicclicos aromticos (PAH) presentes, destaca-se, como referncia, o fluoranteno, pireno, bem-zo(a)antraceno, criseno,benzo(o)pireno, benzo(b)fluoranteno, benzo(k)fluoranteno, benzo(a)pireno, benzo (a) perileno, benzo(g,h,I)perileno,dibenzo(a,h)antraceno, indeno(1,2,3-cd)pireno; todos crticos em processos de coco de grelhados e braseiros, e comatividade cancergena comprovada.NOTA - O anexo A apresenta bibliografias utilizadas como subsdios aplicveis na caracterizao dos agentes poluentes e taxas deemisso tpicas, bem como valores estabelecidos.

    5.4.1.2 Para promover a disperso ambiental da carga poluente, a descarga dos gases de exausto deve ser feita a umaaltura superior a 5,0 m em relao ao topo de todas as construes e tomadas de ar dentro de um raio de 50,0 m, a partirdo centro do terminal de descarga e em cota com no mnimo 10,0 m acima do solo, conforme norma VDI 3895.Como critrio tcnico de controle do padro de qualidade do ar efluente de sistemas de exausto de cozinhas profissionais,recomenda-se o padro de emisso mxima para material particulado de 100 mg/m nas condies normais detemperatura e presso, medidos conforme normas de amostragem de chamin previstas nas NBR 10701, NBR 11966,NBR 10702, NBR 11967 e NBR 12019, e sob regime operacional mnimo de 90% da carga de produo dos equipamentosde coco atendidos pelo sistema de exausto.Quanto emisso de poliidrocarbonetos aromticos (PAH), o padro de emisso mxima de 0,10 mg/m nas condiesnormais de temperatura e presso deve tambm ser atendido. O mtodo de ensaio para fraes condensveis deve serEPA 202, e a anlise executada por cromatografia lquida de alta presso (HPLC) ou croma-tografia gasosa com espectro-metria de massa.Os critrios acima so de referncia para padro de qualidade do ar efluente, sendo os parmetros legais de emisso esta-belecidos pelo rgo pblico de controle ambiental da jurisdio.5.4.1.3 Quando as condies previstas em 5.4.1.2 no puderem ser atendidas, devem ser empregados dispositivos e equi-pamentos de tratamento de gases de exausto, com o objetivo de minimizar as emisses de poluentes atmosfera, reduzira freqncia de limpeza no interior do sistema de exausto e diminuir o risco de incndios.5.4.2 Filtros, despoluidores atmosfricos e extratores de gordura5.4.2.1 Os filtros dos captores devem ser do tipo metlico, removveis e lavveis, sendo de instalao obrigatria nas coifasque atendam blocos de coco que emitam vapores de gordura. dispensvel o uso dos filtros nos captores de sistemasde exausto sem gordura, tais como: fornos eltricos, caldeires , mquinas de lavar louas, salamandras, fornos de com-veco e banho maria. vedado o uso de filtros de tela (mesh), colmeia ou outros tipos acumulativos, isto , que mantenham as gorduras e leoscondensados expostos ao fluxo e sujeitos a combusto.5.4.2.2 O filtro instalado nos captores deve ser do tipo inercial, dotado de chicanas que proporcionem ao similar repre-sentada na figura 12, instalado com ngulo de 45 a 60 com a horizontal, e que garanta o escoamento da gordura paracalha coletora, assegurando a ausncia de substncia combustvel acumulada.

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    Os filtros dos captores devem ser adequadamente fixados, de maneira a no haver frestas que permitam a infiltrao de ar,bem como dispor de indicao clara do sentido de instalao, de maneira que as calhas das chicanas permaneamposicionadas no sentido vertical.O nmero de mdulos filtrantes deve ser definido em funo da vazo de ar prevista para o captor e da velocidade de faceou vazo de ar unitria adequada.Devem ser adotados os procedimentos especificados na UL-1046 para construo, ensaio e certificao do desempenhodestes filtros.5.4.2.3 Considerando que os filtros instalados nos captores tm como princpio de funcionamento uma seqncia demudana de direo conjugada com variaes de velocidade, o efeito antipoluente obtido restrito remoo das gordurasmais facilmente condensveis. A remoo de substncias residuais de gorduras, nvoas de leo, fumaas, gases e odoresrequer um tratamento especial feito por equipamentos despoluidores e extratores de gordura especficos para estafinalidade.5.4.2.4 Nos despoluidores atmosfricos e dispositivos de extrao de gordura, no pode haver exposio dos motoreseltricos, ao fluxo de ar de exausto.5.4.2.5 Nos dispositivos de extrao e despoluidores atmosfricos de gordura, o volume de substncias contendo gordurase leos acumulados deve ser drenado de forma contnua e automtica para fora do fluxo do ar de exausto eacondicionado em recipientes prova de fogo.5.4.2.6 Os dispositivos extratores de gordura e despoluidores atmosfricos devem ser instalados nos captores ou na linhade dutos, dentro da cozinha ou no mximo em compartimento adjacente, de modo a minimizar o acmulo de materialcombustvel no interior do sistema de exausto. No aceita a utilizao de quaisquer dispositivos que no sejam capazesde atingir os ndices de 5.4.1 e/ou no permitam a fcil remoo do material coletado.5.4.2.7 Os dispositivos extratores de gordura e despoluidores atmosfricos devem ser selecionados considerando acondio de disperso atmosfrica da descarga dos gases conjugada com a classificao dos equipamentos de cocoempregados na cozinha (ver 5.5.2).5.4.2.8 Despoluidores e outros dispositivos de extrao de gordura devem ser instalados antes dos exaustores, sendo aconstruo metlica incombustvel totalmente soldada, sendo que o material construtivo empregado deve ter no mnimo1,09 mm de espessura (nmero 18 MSG) em ao inoxidvel e no mnimo 1,37 mm de espessura (nmero 16 MSG) emao-carbono.Na opo de uso de novos materiais, estes devem assegurar no mnimo as mesmas caractersticas de resistncia eincombustibilidade.O acabamento do gabinete externo e componentes internos metlicos somente poder ser com tinta auto-extinguvel, aexemplo da tinta alumnio com teor de slidos superior a 25%.5.4.2.9 Os despoluidores atmosfricos e extratores de gorduras devem efetuar de forma autnoma, durante o seu fun-cionamento, a limpeza de todos os componentes do seu sistema de depurao, de maneira a remover continuamente ospoluentes coletados, garantindo que a eficincia antipoluente no seja reduzida pelo acmulo dos poluentes coletados.Quando for utilizado detergente, este deve ser biodegradvel e no espumante, sendo que os efluentes gerados em qual-quer situao devem ser compostos de substncias ou solues biodegradveis.

    Figura 12 - Filtro inercial de gordura

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    5.4.3 Tecnologias de equipamentos despoluidores atmosfricos e dispositivos extratores de gordura

    As tecnologias adotadas na depurao dos agentes poluentes fundamentam-se nos princpios de: mixao com agen\te deseqestro dos poluentes; ao sobre propriedades eltricas do fluxo ou combusto das fraes orgnicas. Em 5.4.3.1 a5.4.3.7 so indicados os equipamentos e dispositivos que devem ser utilizados com as caractersticas indicaas para suaadoo, bem como as conformidades de segurana contra incndio.

    5.4.3.1 Incineradores e conversores catalticos: Atuam por combusto dos produtos da exausto em cmaras re-fratriascom eficiente controle de compostos orgnicos volteis e odores, e apresentam risco de refluxo do fogo na rede de dutos amontante, que devem apresentar dispositivo de segurana adequado. O combustvel de aquecimento no deve gerar po-luentes secundrios e o processamento do fluxo gasoso deve se iniciar somente aps atingir a tem-peratura operacional nacmara de combusto. Os incineradores e conversores catalticos devem receber fluxo de ar isentos de gordura e sua ins-talao deve ser terminal do sistema, visando o controle de odores e gases com segurana intrnseca pela distncia do de-psito de gordura.

    5.4.3.2 Lavadores: Proporcionam a lavagem dos produtos de exausto, visando condensao, encharcamento e absoro/neutralizao de poluentes em soluo aquosa.

    Os princpios aceitos so de cmaras horizontais ou torres de lavagem dispondo de conjuntos de aspersores. No caso deuso de bicos pulverizadores, estes devem operar com presso suficiente para alcanar elevada atomizao e atingir todo opermetro interno da cmara, visando minimizar depsitos de gordura nas superfcies internas.

    Operao obrigatoriamente com circuito lquido fechado dispondo de bocal para adio de detergente biodegradvel noespumante e ciclo automtico de aquecimento para auto-limpeza. O lquido recirculante e as substncias coletadas devemser armazenados em recipiente distinto do fluxo, com segurana fsica que impea contato com chamas.

    A velocidade do fluxo do ar no interior dos lavadores deve ser baixa o suficiente para garantir o desempenho.

    5.4.3.3 Coifas lavadoras: So captores que dispem de dispositivos de filtragem atravs de cortina de gua aspergida porbicos pulverizadores, a exemplo dos equipamentos descritos em 5.4.3.2, e dispensam o uso de filtros inerciais.

    Devem dispor de acessos para inspeo e manuteno interna, e dreno de sobrenvel que impea o transbordamento emsituao de pane hidrulica.

    5.4.3.4 Leitos de adsorvedores: Aplicveis exclusivamente em fluxos de exausto com eficiente extrao prvia de gor-duras e condensveis. Fundamentam-se na adsoro fsica de compostos orgnicos volteis, os odores, nas porosidadessuperficiais. Apresentam restries de uso em temperaturas acima de 50C e umidade relativa acima de 50%, bem como oagravante de no caso do carvo ativado, por este ser combustvel.

    A espessura do leito e a velocidade de fluxo devem ser apropriadas e compatveis com o processo e o elemento adsor-vedor utilizado.

    Deve-se estabelecer inspeo mnima trimestral de avaliao de odores residuais do ar efluente durante a coco, para es-tabelecer a periodicidade de substituio do leito do adsorvedor saturado, que deve ser regenerado ou disposto de formaambientalmente adequada.

    Deve-se considerar a perda de presso esttica elevada de tal dispositivo no clculo do sistema.

    5.4.3.5 Leitos de oxidao: Aplica-se na oxidao qumica de compostos orgnicos aromticos leves, os odores, sendopremissa bsica o pr-tratamento para eficiente remoo de gorduras, leos e condensveis.

    So constitudos por leitos de granulados de substncias oxidantes, tais como permanganato de potssio (KMnO4), com aespessura do leito apropriada para o processo, alm de cuidados de segurana face ao elevado potencial de fornecimentode oxignio em caso de incndio. O leito de sustentao do agente oxidante deve ser incombustvel.

    5.4.3.6 Precipitador eletrosttico: Aplicvel na remoo de partculas atravs de ionizao com alta tenso eltrica do fluxoda exausto e posterior coleta em placas com polaridade oposta ao da assumida pelas partculas. A elevada resistividadeeltrica do fluxo de gorduras e leos determina o uso de tenses elevadas, concentrao de poluentes e velocidade de flu-xo adequadas.

    Os precipitadores eletrostticos devem dispor de elementos de segurana que interrompam a energizao na abertura desuas portas, transformadores com autolimitao, sistema de autolimpeza de placas e gabinete por raspagem ou lavagemcom ciclos automticos, bem como elementos ativos de extino de incndios e coletores de gordura condensada externosao fluxo em recipientes corta-fogo, de forma a impedir combusto do material coletado em caso de incndio.

    A temperatura do fluxo deve ser modulada de maneira a impedir temperaturas reduzidas, onde os condensados de gorduraformam incrustaes que isolam eletricamente a superfcie de ionizao com a conseqente queda de eficincia.

    5.4.3.7 Precipitadores hidrodinmicos: Tratam-se de equipamentos com capacidade prpria de aspirao do fluxo daexausto com elementos dinmicos, que provocam a mixao simultnea dos poluentes atmosfricos com soluo aquosa,obtendo-se os efeitos de encharcamento, condensao, solubilizao e neutralizao das substncias poluentes.

    Os precipitadores hidrodinmicos so unidades onde o fluxo gasoso tem sua velocidade elevada ao ingressar no rotor porao da fora centrfuga, responsvel tambm pela atomizao da soluo aquosa, que utilizando a tecnologia de centrifu-gao lquida multiventuri promove o contato instantneo entre o fluxo de exausto poluente e o lquido de seqestro.

    Devem dispor de fluxostatos na linha hidrulica e de dispositivos automticos para adio de soluo detergente biodegra-dvel e no espumante.

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    5.5 Elementos de preveno e proteo contra incndio

    A combinao de partculas de gorduras e condensados de leos inflamveis conduzidos pelo sistema de exausto decozinhas, associada ao potencial de ignio dos equipamentos de coco, resultam em um risco maior de incndios do queos normalmente encontrados em sistemas de ventilao. Portanto, deve-se prever aspectos construtivos e adotar-se me-didas preventivas e de proteo, para assegurar confiabilidade ao sistema e segurana comunidade e s edificaes.

    5.5.1 A segurana contra incndio deve ser obtida atravs de medidas de preveno e de medidas ativas e passivas deproteo, aplicveis ao sistema de exausto mecnica e aos equipamentos de coco.

    5.5.1.1 Medidas de preveno de incndios so aquelas destinadas a minimizar os riscos de ocorrncia de incndios nosistema de exausto e nos equipamentos de coco, e compreendem: arranjos e construes fsicas normalizadas, equi-pamentos estticos e dinmicos de extrao de gordura, equipamentos de coco normalizados, conscientizao e trei-namento dos operadores, manuteno preventiva e corretiva.

    5.5.1.2 Medidas de proteo contra incndios so aquelas destinadas a minimizar os danos decorrentes do incndio, impe-dindo sua propagao para outros ambientes e propiciando a possibilidade de sua extino ou auto-extino. Subdividem-se em medidas ativas e passivas de proteo.

    5.5.1.2.1 Medidas de proteo ativa so aquelas acionadas somente por ocasio do incndio e compreendem sistemasfixos de deteco, de alarme e de extino com ao automtica e manual, registros, damper corta-fogo com acionamentoeletromecnico, extintores portteis, hidrantes e dispositivos de intertravamento para bloqueio das fontes de energia eltricado sistema de exausto e das fontes de energia eltrica e combustvel dos equipamentos de coco.

    5.5.1.2.2 Medidas de proteo passiva so aquelas associadas a aspectos construtivos intrnsecos ao sistema de exaustoe compreendem: seleo de materiais e procedimentos de fabricao e instalao, incluindo, onde aplicvel, selagem cor-ta-fogo, enclausuramento e/ou atendimento aos afastamentos mnimos.

    5.5.2 Os sistemas de exausto de cozinhas so classificados quanto qualidade dos efluentes produzidos e tipo de edi-ficao onde instalado, e devem atender aos requisitos da tabela 1.

    5.5.2.1 Classificao quanto qualidade dos efluentes

    5.5.2.1.1 Sistema tipo I: Aplicado aos efluentes da coco que contenham vapores de leo e/ou partculas de gordura, isto, uso de equipamentos moderados e severos, conforme a tabela 1.

    5.5.2.1.2 Sistema tipo II: Aplicado aos efluentes da coco que contenham teores reduzidos de vapores de leo e/oupartculas de gordura, isto , uso exclusivo de equipamentos leves, conforme a tabela 1.

    Os sistemas de exausto que atenderem simultaneamente a equipamentos geradores e no geradores de vapores de leoe/ou partculas de gordura so classificados como do tipo I.

    5.5.2.1.3 Sistema tipo III: Aplicado aos equipamentos que utilizam combustvel slido, conforme a tabela 1. Devem atenderas disposies da tabela 2, alm dos requisitos da seo 8.

    5.5.2.2 Classificao por tipo de edificao

    5.5.2.2.1 Edificao de economia nica: Aquela cuja utilizao exercida apenas por uma nica razo social ou atividadeeconmica, independente do nmero de pavimentos da edificao. Com exceo de edifcios residenciais ou mistos, hotis,motis, apart-hotis, clnicas, hospitais, shoppings, centros comerciais, galerias, asilos, pensionatos e demais edificaescuja utilizao no esteja vinculada atividade fim da cozinha, que sero classificados como de economia mltipla, deve osistema de exausto atender os requisitos bsicos da tabela 2.

    5.5.2.2.2 Edificao de economia mltipla: Aquela cuja utilizao exercida por outras razes sociais alm da que explorea cozinha profissional, independentemente do nmero de pavimentos. Deve o sistema de exausto atender os requisitosbsicos da tabela 2.

    Tabela 1- Classificao dos equipamentos de coco

    Leves Moderados Severos Combustvel slidoBanho-maria Foges Charbroiler Forno a lenhaCaldeiro Fritadeiras Chapa de grelhados Churrasqueira a carvoForno eltrico/gs Churrasqueira eltrica BifeteiraEstufas Churrasqueira a gs FrigideiraForno de microondas Fornos combinadosCafeteiras GaleteiraLava-louas Chapa quenteTostadeiras SanduicheiraLeiteiraCozedor de massasNOTA - A classificao do sistema de exausto, quanto a este tpico, deve ser feita pela presena dos equipamentos mais crticossob o mesmo captor.

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    Tabela 2 - Requisitos bsicos dos sistemas de exausto

    Sistema deexausto Edificao de economia nica Edificao de economia mltipla

    Dutos em ao-carbono com espessuramnima 1,37 mm ou ao inoxidvel com 1,09mm, soldados ou flangeados

    Dutos em ao-carbono com espessura mnima1,37 mm ou ao inoxidvel com 1,09 mm, soldadosou flangeados

    Captores com filtros Captores com filtrosTipo I Requer damper corta-fogo Requer damper corta-fogo

    Selagem de travessias Selagem de travessiasProteo passiva Proteo passivaDispensa sistema fixo de extino deincndio

    Requer sistema fixo de extino de incndio

    Duto em ao de acordo com a NBR 6401,chavetado, soldado ou flangeado

    Duto em ao de acordo com a NBR 6401,chavetado, soldado ou flangeado

    Dispensa damper corta-fogo Requer damper corta-fogoTipo II Captores sem filtros Captores sem filtros

    Selagem de travessias Selagem de travessiasDispensa proteo passiva Dispensa proteo passivaDispensa sistema fixo de extino Dispensa sistema fixo de extinoDutos em ao-carbono com espessuramnima 1,37 mm ou ao inoxidvel com 1,09mm, soldados ou flangeados

    Dutos em ao-carbono com espessura mnima1,37 mm ou ao inoxidvel com 1,09 mm, soldadosou flangeados

    Requer damper corta-fogo Requer damper corta-fogoTipo III Captores com filtros Captores com filtros

    Selagem de travessias Selagem de travessiasProteo passiva Proteo passivaRequer sistema fixo de extino de incndio Requer sistema fixo de extino de incndio

    5.5.3 Requisitos complementares de preveno de incndios

    5.5.3.1 Os extratores de gordura e despoluidores atmosfricos no podem se constituir em possveis focos de incndios,nem mesmo secundrios, no podendo acumular nas partes internas de seu gabinete, material combustvel coletado; devehaver remoo automtica deste material, contnua ou intermitente, com ciclo operacional mximo de 72 h ininterruptas.

    5.5.3.2 As tomadas eltricas devem ser instaladas fora do fluxo gasoso proveniente dos equipamentos de coco.

    5.5.3.3 A rede de dutos de exausto em nenhum trecho pode passar em compartimentos com medidores ou botijes de gscombustvel, em instalaes fixas.

    5.5.3.4 A rede de dutos de exausto deve ser aparente, sendo vedado o uso de quaisquer tipos de forro, rebaixados ou deacabamento, que impeam a inspeo visual e manuteno de toda rede de dutos.

    5.5.4 Requisitos de proteo ativa e passiva contra incndio

    5.5.4.1 Na proteo ativa objetivo fundamental a deteco precisa e segura do princpio de incndio, acionamento dosagentes de extino e desligamento de fontes de energia que possam incrementar e/ou manter a progresso do incndio.

    5.5.4.1.1 Como elemento de deteco pode ser instalado, entre outros, termostato tipo sonda blindada ou lminabimetlica, porm com limite superior de atuao de 144C, no trecho junto conexo do captor com a rede de dutos.Junto ao bocal de instalao do termostato deve-se dispor de porta de inspeo e limpeza, quando no houver acesso pelocaptor.

    5.5.4.1.2 O elemento de deteco primrio deve acionar o alarme sonoro e dampers

    corta-fogo com acionamento eletromecnico. Desligar o exaustor e a alimentao eltrica e de gs combustvel dos equi-pamentos de coco atravs de rels e vlvulas de bloqueio. Tambm pode acionar os agentes de extino de incndio,quando requeridos.

    5.5.4.1.3 Dampers corta-fogo com acionamento eletromecnico devem ser instalados no duto de exausto, na seo ondeeste atravessa uma parede, piso ou teto que limite o ambiente da cozinha, isto , na travessia de duto por elemento cons-trutivo incombustvel que caracterize descompartimentao do ambiente da cozinha.Os dampers corta-fogo devem dispor de ensaios tcnicos efetivos, executados por rgo tcnico reconhecido nacional-mente e realizados sob condio de fogo simulado tpico em rede de dutos de exausto de cozinhas, ou seja, com im-pregnao de produtos combustveis aderentes. Devem atender aos seguintes requisitos:

    - tempo de resposta ao fechamento deve ser imediato;

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    - estanqueidade a lquidos, chamas e fumaas;- temperatura da superfcie na face no exposta chama inferior temperatura de fulgor de leos e gorduras;- classe de resistncia ao fogo mnima de 1 h;- plaqueta de identificao do fabricante.

    Os dampers corta-fogo no podem conter elementos internos de acionamento que possam incrustar-se de gorduras edificultar ou impedir o seu funcionamento. A construo deve ser tipo carretel em chapa metlica com bitola mnima igual aodo duto ao qual est conectado, e suas conexes devem ser flangeadas e empregar juntas com resistncia ao fogo paramesma classe de resistncia da construo, sendo observado que seu posicionamento deve evitar gotejamento de com-densados. No deve haver nenhum tipo de abertura que possa reduzir a resistncia ao fogo.5.5.4.1.4 Dispositivos ativos de extino de incndios, quando utilizados, devem ser aplicados na proteo de captores defluxos com gordura e no interior da rede de dutos de exausto, inclusive extratores de gordura e despoluidores atmos-fricos. Na ausncia destes, aplicar em todo sistema.5.5.4.1.5 Os dispositivos ativos de extino fixos devem ter acionamento automtico e manual, sendo que o acionamentomanual deve ser instalado na rota de fuga.5.5.4.1.6 So indicados como agentes de extino asperso de gua por chuveiros automticos, injeo de vapor dguasaturado, injeo de gua nebulizada e injeo de agente qumico saponificante mido.O uso de sistema de extino com dixido de carbono (CO2) deve adotar o conceito de inundao total conforme aNBR 12232, sendo vedado nos captores e aceito nos demais elementos do sistema de exausto, desde que seja garantidoque o dixido de carbono (CO2) permanea em trecho confinado. Este sistema deve observar tambm as recomendaesda NFPA 12.

    5.5.4.1.7 Na opo de uso de sistema de chuveiros automticos, estes devem preferencialmente ser derivados da linha queatende o ambiente da cozinha, dispondo porm de ampolas para 144C. No clculo da vazo e presso da gua dosistema deve ser considerada a situao crtica de ao simultnea de todos os bicos do sistema, alimentados por umamesma bomba de pressurizao.5.5.4.1.8 A instalao do sistema de chuveiros automticos de asperso de gua deve atender as NBR 10897 e NFPA 13.5.5.4.2 A proteo passiva contra fogo deve ser obtida atravs do uso de afastamentos e enclausuramentos especficos ourevestimento com isolante trmico. Aplica-se nos encaminhamentos horizontais e verticais.5.5.4.2.1 Captores, dutos, extratores de gordura e exaustores devem ter um afastamento de pelo menos 460 mm paraconstrues com materiais combustveis, 80 mm para construes com materiais de combusto limitada e zero paraconstrues com materiais no combustveis.Os afastamentos para construes com materiais combustveis podem ser reduzidos, desde que observados os afas-tamentos mnimos indicados na tabela 3.

    Afastamentos para construes com materiais de combusto limitada podem ser reduzidos a zero, quando for aplicado nasua superfcie revestimento com chapas de metal, cermica ou outros materiais no combustveis. Os materiais no com-bustveis devem ser instalados de acordo com instrues do fabricante.5.5.4.2.2 Os mtodos de proteo citados em 5.5.4.2.1 para reduo do afastamento para os elementos do sistema deexausto devem ser aplicados nas construes e no ao prprio componente do sistema de exausto.5.5.4.2.3 Os afastamentos previstos em 5.5.4.2.1 podem ser reduzidos a zero, mediante a aplicao de revestimento iso-lante trmico, diretamente nos dutos de exausto, deve o material isolante ter caractersticas de resistncia ao fogo de nomnimo 1 h, ensaiado conforme ASTM E119. A espessura do revestimento isolante trmico deve estar de acordo com asrecomendaes do fabricante do material, que deve apresentar certificado de conformidade com os procedimentos reco-mendados pela UL1978 ou outra norma similar. Deve ser instalado de forma a possibilitar sua remoo e posterior reins-talao nos locais onde forem montados os flanges de conexo dos dutos.Sempre que forem constatados danos no revestimento, deve ser providenciado o imediato reparo, restaurando suas com-dies originais.5.5.4.2.4 A menos que seja utilizado material incombustvel com o propsito de reduzir o afastamento a zero, os dutos spodem manter contato fsico com pisos, paredes, suportes e estruturas no combustveis, desde que este contato noexceda 50% da rea superficial do comprimento do trecho de duto em contato. Nos trechos em contato deve haverproteo anticorrosiva.5.5.4.2.5 Os trechos da rede de dutos externos edificao devem ser fixados de modo a atender o afastamento mnimode 1,0 m da face do duto a qualquer tipo de janela ou abertura na parede. Preferencialmente, devem ser fixados emprismas ou paredes cegas.5.5.4.2.6 A selagem da travessia do duto na parede ou laje, bem como o revestimento de isolamento trmico no duto,devem atender s seguintes especificaes:

    - construo menor que quatro pavimentos, classe de resistncia ao fogo mnima de 1 h;- construo com quatro ou mais pavimentos, classe de resistncia ao fogo mnima de 2 h.

    5.5.4.2.7 As redues de afastamento previstas em 5.5.4.2.3 no se aplicam para enclausuramentos de dutos. obrigatriaa selagem dos dutos na travessia de paredes ou lajes, de forma a preservar as mesmas caractersticas de resistnciadestes elementos.

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    Tabela 3 - Afastamentos mnimos

    Tipo de proteo aplicveis nas construescom materiais combustveis

    Afastamento mnimo

    Chapas de ao com espessura mnima de 0,33 mm, espaadas de 25 mm daconstruo com material combustvel 230 mm

    Chapas de ao com espessura mnima de 0,69 mm, com 25 mm de manta de lmineral ou manta de fibra cermica, reforadas com tela de arame ou equivalente,espaadas de 25 mm da construo com material no combustvel porespaadores no combustveis

    80 mm

    NOTA - Ver as figuras 13 e 14, para tipos de reduo do sistema de afastamento.

    Figura 13 - Afastamento mnimo para 230 mm

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    Figura 14 - Afastamento mnimo para 80 mm

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    5.6 Sistema de compensao do ar exaurido5.6.1 Deve-se providenciar o suprimento do ar de compensao na cozinha, de modo a assegurar o perfeito funcionamentodo sistema de exausto. Este suprimento pode ser feito de modo natural, ou forado por meios mecnicos ou aindamesclando estas duas formas de suprimento.

    5.6.2 O suprimento natural do ar de compensao deve ser feito atravs de infiltrao do ar externo ou da parcela do ar derenovao do sistema de condicionamento de ar dos recintos adjacentes para a cozinha a uma velocidade mxima de3,0 m/s nos vos de admisso. A qualidade do ar externo deve ser observada, de forma a garantir a higiene do local.

    5.6.3 O suprimento forado do ar de compensao deve ser feito atravs de sistema composto de ventiladores, rede dedutos e acessrios para captao, tratamento e distribuio do ar no interior da cozinha. As especificaes relativas a estesistema devem estar de acordo com a NBR 6401.

    5.6.4 A presso no interior da cozinha deve ser mantida negativa em relao aos ambientes adjacentes, de modo a evitar apropagao de odores para estes.

    6 Procedimentos de operao, inspeo e manuteno do sistema

    A seguir so determinadas rotinas operacionais, aes de inspeo, procedimentos de limpeza e atividades de manu-teno programada, cuja periodicidade e aplicabilidade devem ser compatibilizadas com o regime operacional da cozinha,tipo de coco, condies ambientais e caractersticas dos componentes do sistema de exausto.

    6.1 Procedimentos operacionais

    6.1.1 Os sistemas de exausto e de compensao do ar exaurido devem permanecer em operao durante todo o perodode funcionamento dos equipamentos de coco.

    6.1.2 Os filtros dos captores e do sistema de ar de compensao no devem ser removidos nas condies de operao dosistema.

    6.1.3 As aberturas destinadas admisso e insuflao do ar de compensao no devem ser obstrudas, de modo a noreduzir a eficincia operacional do sistema de exausto.

    6.1.4 Todos os equipamentos dos sistemas de exausto e de compensao do ar exaurido devem ser operados de acordocom as instrues do fabricante.

    6.1.5 As instrues para operao manual do sistema de extino de incndio devem estar afixadas em local visvel, juntoao dispositivo de acionamento do referido sistema. Devem ser revistos sempre que for introduzida alguma alterao nestesistema.

    6.1.6 Os equipamentos de coco no devem operar enquanto perdurar a indisponibilidade ou inoperncia do sistema deexausto e/ou extino de incndio.

    6.2 Manuteno do sistema

    6.2.1 Inspeo

    6.2.1.1 Uma inspeo semestral dos sistemas de exausto e de compensao do ar exaurido deve ser procedida em todosos seus componentes, sendo desenvolvida por pessoal treinado e qualificado, para constatao da plena operacionalidadede todos os elementos do sistema.

    6.2.1.2 Inspees de menor periodicidade devem ser executadas, at ser possvel determinar o ciclo de limpeza doscomponentes do sistema em funo do regime operacional e face aos depsitos de gordura e leo condensado, que nodeve exceder 6 mm de espessura em qualquer parte do sistema.

    6.2.1.3 Inspees de equipamentos, acessrios e dispositivos, tais como os de acionamento, deteco, controle e proteo,devem ser efetuadas de acordo com as instrues dos fabricantes.

    6.2.1.4 Nas inspees efetuadas, deve ser registrada em relatrio a caracterizao de eventuais problemas e medidas cor-retivas a serem adotadas.

    Nestas inspees, deve ser includa a verificao da preservao dos espaamentos mnimos de segurana.

    6.2.1.5 A inspeo do sistema deve incluir a verificao funcional do mesmo. Alm disso, toda instrumentao e automaodevem ter seus circuitos operacionais efetivamente simulados, inclusive com certificao das cargas dos cilindros dearmazenamento do agente extintor.

    6.2.2 Limpeza

    6.2.2.1 Os filtros, captores e calhas coletoras dos captores devem ser limpos diariamente pelo prprio usurio. Os demaiscomponentes do sistema, inclusive dutos, devem ser limpos por ocasio das atividades de manuteno programada.

    6.2.2.2 Na periodicidade determinada pelo procedimento descrito em 6.2.1.2, deve ser providenciada a limpeza doselementos do sistema sujeitos a incrustaes.6.2.2.3 Deve ser adotado um mtodo de limpeza que efetivamente retire qualquer substncia incrustada na superfcie doscomponentes do sistema de exausto. Os agentes de limpeza e resduos provenientes desta tambm devem ser total-mente removidos. Solventes inflamveis ou outros processos de limpeza que possam gerar combusto e corroso nodevem ser utilizados. O uso de detergentes biodegradveis, desengordurantes e jatos de gua aquecida indicado aotratamento de limpeza.

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    6.2.2.4 Durante todo o procedimento de limpeza deve ser assegurado, que no ocorra o acionamento acidental de qualquerequipamento do sistema.

    6.3 Manuteno programada

    6.3.1 As aes de manuteno programada que se refiram a ventiladores, filtros de ar da insuflao, dispositivos de com-trole de vazo, difusores de ar, sistemas e quadros eltricos, elementos de acionamento/transmisso mecnica, sistemashidrulicos e instrumentao devem atender s prescries de rotina de manuteno programada constantes naNBR 13971.

    6.3.2 Os critrios e as prprias aes de manuteno programada dos despoluidores atmosfricos e sistemas de proteocontra incndio, inclusive intertravamentos, devem ser estabelecidos e executados por pessoa habilitada.

    6.3.3 A limpeza da rede de dutos deve ser executada com estrita observncia do previsto em 6.2.2.3. Os procedimentos dedesmontagem e remontagem dos carretis, portas de inspeo, flanges flexveis e demais elementos da rede devem ga-rantir as condies de estanqueidade, resistncia mecnica e proteo previstas nesta Norma.

    6.3.4 Aps concluso da operao de limpeza, todas as chaves eltricas e demais componentes do sistema devem retornar posio normal de operao. Todas as portas de inspeo devem ser recolocadas.

    6.3.5 Caso seja necessrio desativar o sistema de proteo contra incndio, durante o processo de limpeza, este deve serprontamente reativado aps o trmino desse processo. Qualquer interveno sobre o sistema de proteo contra incndiodeve ser efetuada por pessoal treinado e qualificado.

    6.3.6 Cuidados devem ser adotados de forma a no se aplicar produtos qumicos de limpeza sobre elos fusveis ou outrosdetetores do sistema automtico de extino de incndio.

    7 Balanceamento e ensaio do sistema de ventilao

    7.1 Deve ser ajustada a vazo de ar de cada captor, de acordo com os dados previstos no projeto. Este procedimento deveser feito com todos os ventiladores de exausto e de compensao do ar exaurido ligados.

    7.2 O suprimento de ar de compensao, quando efetuado mecanicamente, deve ser ajustado no ventilador ou em dis-positivos situados no duto de ar de insuflao, de modo a atender aos requisitos de 5.6.

    7.3 Caso a cozinha seja dotada de mais de um captor, onde parte destes seja ativada para suprir as horas de pico ou deatividades especficas, o sistema de compensao de ar deve ser ajustvel, de maneira a preservar as condies previstasem 7.2.

    7.4 Todos os equipamentos devem ser ensaiados de acordo com as recomendaes do fabricante, cabendo a ele fornecero certificado de ensaio de tipo do equipamento. A empresa responsvel pela instalao e balanceamento do sistema deveefetuar os ensaios de campo e emitir relatrios, contendo os resultados dos ensaios efetuados.

    8 Requisitos adicionais para instalaes com equipamentos base de combustvel slido

    8.1 O uso de combustveis slidos (carvo, lenha, etc.), que produzem alcatro e fuligem, associados chama viva, requercuidados adicionais nos aspectos de segurana contra incndio e controle antipoluente.

    8.2 Os equipamentos de coco com combustvel slido devem dispor de captores individualizados e conectados a umarede de dutos independente, com damper corta-fogo com acionamento eletromecnico, instalado conforme 5.5.4.1.3.

    8.3 O sistema de exausto de equipamentos a combustvel slido deve ser por tiragem mecnica, sendo obrigatria a es-trita observncia dos requisitos adicionais determinados nas questes de segurana e controle antipoluente.

    8.4 Os captores devem ser dotados de filtros inerciais, que podem ter funo adicional de reter fagulhas e cinzas.

    8.5 Todos os equipamentos devem ser posicionados de modo a permitir fcil acesso para operao e manuteno.

    8.6 Os equipamentos que utilizam combustvel slido e o prprio estoque do combustvel no devem ser posicionados emlocais onde outros vapores combustveis e gases inflamveis possam estar presentes.

    8.7 Os captores devem ser dimensionados e localizados de forma a abranger e captar toda a descarga efluente, de acordocom as sees 4 a 7.

    8.8 O material construtivo de captores e dutos no pode ser ao-carbono galvanizado.

    8.9 No devem ser executados terminais de descarga em paredes para sistemas de exausto de equipamentos, que ope-ram com combustveis slidos.

    8.10 Os dispositivos para remoo de gordura e condensveis em sistemas a combustveis slidos devem ser construdosem ao-carbono, ao inoxidvel ou outro material incombustvel aprovado para esta aplicao.

    8.11 Os referidos dispositivos e equipamentos de remoo de gordura e condensveis devem impedir o contato de fagulhase do prprio fluxo com o material gorduroso coletado. Extintores ou retentores de fagulhas devem ser instalados para im-pedir o ingresso destas nos captores e rede de dutos.

    8.12 Os equipamentos e dispositivos de remoo de gorduras devem ser instalados a uma altura mnima de 1,20 m acimada superfcie do leito de brasas. Churrasqueiras a carvo, fornos a lenha ou outros equipamentos com combustvel slidodevem dispor de despoluidores atmosfricos, com rede de dutos exclusiva.

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    8.13 Os ventiladores devem atender ao disposto em 5.3, sendo preferencialmente posicionados aps os dispositivos deremoo de gordura e condensveis, sendo instalados de acordo com as recomendaes do fabricante.

    8.14 Um sistema de extino de incndio deve ser aplicado para proteger todo equipamento a combustvel slido, dutos,equipamentos e dispositivos de remoo de gordura e ventiladores.

    8.15 O sistema para extino de incndio obrigatrio e deve estar de acordo com 5.5, podendo incluir agentes deextino base de gua.

    8.16 O sistema para extino de incndio deve ser projetado para extinguir incndios de combustveis slidos de acordocom as recomendaes do fabricante. O sistema deve ser de porte suficiente para extinguir totalmente os incndios emtoda a rea de risco e prevenir a reignio do combustvel.

    8.17 Todo dispositivo auxiliar utilizado na ignio ou suplementao de calor deve ter o suprimento de seu combustvelbloqueado pela atuao do sistema de extino de incndio.

    8.18 No que concerne a aspectos de inspeo, limpeza e manuteno, a cmara de combusto deve ser completamentelimpa por ao de raspagem uma vez por semana e inspecionada, para detectar-se deteriorao ou defeitos em suasuperfcie original. Qualquer deteriorao ou defeito significativo que possa enfraquecer a cmara ou reduzir suacapacidade de isolamento deve ser imediatamente reparado.

    8.19 A rede de dutos deve ser inspecionada semanalmente para verificar-se a existncia de resduos incrustados com es-pessura superior a 6 mm, que possam restringir a passagem dos efluentes ou criar uma fonte adicional de combustvel;deve ser limpa antes que esta condio se estabelea. Os danos fsicos ou corroso, que possam comprometer a estan-queidade da mesma devem ser reparados quando qualquer condio de insegurana ficar evidente.

    8.20 Os equipamentos de coco base de combustveis slidos devem ser instalados sobre pisos construdos com ma-teriais no combustveis, estendendo-se 0,90 m no mnimo, ao redor da rea de projeo do equipamento no piso.8.21 Superfcies combustveis e comburentes que estejam a 0,90 m das laterais ou 1,80 m acima de um equipamento decoco a combustvel slido devem ser protegidas, de maneira a impedir a propagao de chama ou calor irradiante. Parareduo destes afastamentos devem ser adotados os critrios da NFPA 211.

    8.22 Os combustveis slidos devem ser armazenados, de forma a atender no mximo ao consumo de um dia de trabalho,quando situado no mesmo ambiente do equipamento a combustvel slido.

    8.23 O combustvel slido no deve ser armazenado sobre qualquer equipamento que produza calor, chamin ou duto deventilao; no deve ser armazenado a menos de 0,90 m de qualquer parte do equipamento, que opere a combustvel s-lido.

    8.24 Os combustveis slidos no devem ser armazenados na trajetria de remoo das cinzas e resduos de combusto.8.25 Os combustveis slidos devem ser armazenados somente em locais construdos com materiais no combustveis.

    8.26 Todo combustvel slido deve ser aceso com fsforos, acendedor a gs ou outra fonte de ignio. Lquidos inflamveisou combustveis no devem ser utilizados. Fsforos e qualquer outra fonte de ignio porttil devem ser posicionados auma distncia mnima de 0,90 m do equipamento de coco, de forma a impedir ignio provocada por calor irradiante oufagulhas.

    8.27 O combustvel slido deve ser adicionado de forma segura e em quantidade de maneira a no criar labaredas quepossam atingir os filtros. Dispositivos e utenslios devem ser empregados de forma a garantir a adio segura decombustvel, ajuste da posio do combustvel e controle do leito de brasas.8.28 As cinzas e demais resduos da combusto devem ser removidos da cmara de combusto a intervalos regulares, evi-tando-se que correntes de ar que atinjam o leito de brasas provoquem reignio. O tempo de abertura da porta de limpezado cinzeiro deve ser o menor possvel. Todas as cinzas devem ser removidas da cmara de combusto pelo menos na pa-ralisao das atividades do dia.

    8.29 Todas as cinzas devem ser borrifadas com gua em abundncia antes da remoo, visando o resfriamento das cin-zas quentes e outros fragmentos, de forma a interromper toda a combusto ainda existente e evitar a suspenso de poei-ras.

    8.30 Uma caixa com tampa e construda com chapa de ao-carbono com espessura mnima de 1,37 mm (nmero 16 MSG)deve ser usada para remoo das cinzas. Esta no deve exceder 100 L de capacidade e ser de fcil manuseio e transporte.Sua utilizao deve atender a este nico propsito. A caixa deve estar sempre tampada, quando em movimento. Qualquerdano na estrutura da caixa deve ser imediatamente reparado ou a caixa deve ser substituda.

    8.31 Em nenhum equipamento operando com combustvel slido permitida a utilizao de utenslio de coco com vo-lume de leo superior a 1 L.

    9 Elementos adicionais de segurana em equipamentos de coco

    9.1 Considerando que os equipamentos de coco so normalmente a fonte de ignio de princpios de incndio eminstalaes de cozinhas profissionais, em complementao aos princpios de 5.5.3, a seguir estabelece-se dispositivos,automatismos e formas construtivas que devem ser atendidas, de maneira a minimizar a ocorrncia de incndios pro-vocados pelos referidos equipamentos.

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    9.2 Devem ser adotadas todas as recomendaes e rotinas de limpeza e manuteno indicadas pelo fabricante, dando es-pecial ateno s que assegurem a maior confiabilidade dos sensores, registros, vlvulas e outros dispositivos oudetectores de segurana. Qualquer equipamento de coco com pane em sensores ou componentes deve ser desligado.

    9.3 As linhas ou tubulaes que fornecem gs combustvel aos equipamentos a gs devem dispor de vlvula de bloqueionormalmente aberta quando energizada, intertravada com o sistema de exausto da cozinha, sendo acionada conforme5.5.4.1.2.

    9.4 A alimentao eltrica dos equipamentos de coco deve ser automaticamente desenergizada na situao deparalisao do sistema de exausto, conforme requisitos de 5.5.4.1.2.

    9.5 Tachos, frigideiras e fritadeiras de imerso devem dispor de um segundo termostato de segurana conectado ao alarmesonoro luminoso, que indique pane efetiva no termostato de controle. O termostato de segurana deve interromper ofornecimento de combustvel ou energia quando a temperatura de 246C for alcanada a 25,4 mm de profundidade dasuperfcie do leo de fritura.

    9.6 O isolamento trmico de fornos de cmara, de conduo, de conveco e salamandras devem assegurar uma tem-peratura superficial externa de no mximo 60C.

    9.7 Todos os tachos e fritadeiras devem manter um espaamento mnimo de 0,40 m para a chama aberta de um equi-amento de coco adjacente.9.8 Nos caldeires a vapor e/ou panelas de presso, o purgador de sobrepresso em nenhuma hiptese deve serobstrudo.

    9.9 Devem estar disponveis, na rea de funcionamento da cozinha, extintores portteis para combate a incndios nosequipamentos de coco, conforme legislao pertinente.

    9.10 A eficincia dos sistemas de chuveiros automticos est condicionada localizao dos bicos de asperso do agenteextintor. Por esta razo, fundamental que os equipamentos de coco sejam posicionados nos mesmos lugares em queestavam quando o sistema de extino de incndios foi projetado e instalado. Se um equipamento for removido de lugarpara limpeza ou qualquer outro motivo, deve ser recolocado no lugar original antes de retornar ao uso.

    Especial ateno deve ser observada para os bicos de asperso dos chuveiros automticos que atendam as fritadeiras deimerso e tachos de fritura.

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    /ANEXO A

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    Anexo A (informativo)Bibliografia

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    A.8 Progetto Envireg-Linee guida per il contenimento delle emissioni degli impianti industriali e la fissazione deivalori minimi di emissione/Ministero dellambiente-Republica Italiana, Decreto Ministeriale del 12 luglio 1990;Gazzetta Ufficiale Italiana- Supplemento Ordinario n 176 del 30/07/1990.

    A.9 Cheminfo-Canadian Center for Occupational Health and Safety, Issue 98-3,august 1998,Cheminfo Recordnumber:698-Benzo(a)pyrene.A.10 N.Dotreppe-Grisard, La Pollution De LAir- Effets des Polluants Atmosphriques, chap.4, pg.363-371.

    A.11 J.C.Annis,P.J.Annis:Size Distributions and Mass Concentrations of Naturally Generated Cooking Aerosols-ASHRAETechnical Data Bulletin,vol.5 number 1 Kitchen Ventilation, Winter Meeting at Chicago, january 1989.A.12 Air Pollution Chemistry:Analysis of pollutants by instrumental methods,page 207-249.

    A.13 Alexis M. Herman,Gregory R. Watchman: Selected Construction Regulations for the Home Building Industry, U.S.Department of Labor, Occupational Safety and Health Administration,page18-21,1997.

    A.14 Guido Perin, Paola Armani: Valutazione Delle Tecnologie Avanzate Per LAbbattimento Di Composti Chimici ARischio Ambientale Nel Trattamento Termico Di Alimenti In Cucine Industriali Per Grandi Comunit, Tesi di Laurea,FacoltaDi Scienze Matematiche, Fisiche e Naturali, Corso Di Laurea In Chimica Industriale, UniversitaDegli Studi DiVenezia CAFoscari,1997.

    A.15 Guido Perin: Levantamento bibliogrfico de quarenta e um artigos em publicaes cientficas internacionais acercados PAH - Poliidrocarbonetos Aromticos emitidos em processos de coco de alimentos, 25 de julho de 1996.

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