NBR 6118-Projeto de Estruturas de Concreto.pdf

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© ABNT 2004 NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 6118 Primeira edição 31.03.2003 Versão corrigida 31.03.2004 Válida a partir de 30.03.2004 Projeto de estruturas de concreto - Procedimento Design of structural concrete - Procedure Palavras-chave: Projeto. Estrutura. Concreto simples. Concreto armado. Concreto protendido Descriptors: Design. Structural. Plain concrete. Reinforced concrete. Prestressed concrete. Concrete ICS 91.080.40 Número de referência  ABNT NBR 6118:2003 221 páginas Ô·½»²9¿ ¼» «-± »¨½´«-·ª± °¿®¿ Ú«®²¿- Ý»²¬®¿·- Û´7¬®·½¿- Íòßò Ý °·¿ ·³°®»--¿ °»´± -·-¬»³¿ ÝÛÒÉÛÞ »³ ïðñðîñîððê

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  • ABNT 2004

    NORMABRASILEIRA

    ABNT NBR6118

    Primeira edio31.03.2003

    Verso corrigida31.03.2004

    Vlida a partir de30.03.2004

    Projeto de estruturas de concreto - Procedimento

    Design of structural concrete - Procedure

    Palavras-chave: Projeto. Estrutura. Concreto simples. Concreto armado. Concreto protendido

    Descriptors: Design. Structural. Plain concrete. Reinforced concrete. Prestressed concrete. Concrete

    ICS 91.080.40

    Nmero de referncia ABNT NBR 6118:2003

    221 pginas

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  • ABNT NBR 6118:2003

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    ABNT 2004 Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicao pode ser reproduzida ou utilizada em qualquer forma ou por qualquer meio, eletrnico ou mecnico, incluindo fotocpia e microfilme, sem permisso por escrito pela ABNT.

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  • ABNT NBR 6118:2003

    Sumrio

    Pgina

    Prefcio .............................................................................................................................................................. iv

    Introduo ......................................................................................................................................................... iv

    1 Objetivo ...........................................................................................................................................................1

    2 Referncias normativas .................................................................................................................................1

    3 Definies .......................................................................................................................................................4

    4 Simbologia ......................................................................................................................................................6

    5 Requisitos gerais de qualidade da estrutura e avaliao da conformidade do projeto .......................13

    6 Diretrizes para durabilidade das estruturas de concreto .........................................................................15

    7 Critrios de projeto que visam a durabilidade ..........................................................................................17

    8 Propriedades dos materiais ........................................................................................................................21

    9 Comportamento conjunto dos materiais ...................................................................................................30

    10 Segurana e estados limites .....................................................................................................................50

    11 Aes ...........................................................................................................................................................51

    12 Resistncias ................................................................................................................................................63

    13 Limites para dimenses, deslocamentos e abertura de fissuras .........................................................66

    14 Anlise estrutural .......................................................................................................................................73

    15 Instabilidade e efeitos de segunda ordem ...............................................................................................88

    16 Princpios gerais de dimensionamento, verificao e detalhamento .................................................102

    17 Dimensionamento e verificao de elementos lineares .......................................................................105

    18 Detalhamento de elementos lineares .....................................................................................................130

    19 Dimensionamento e verificao de lajes ...............................................................................................141

    20 Detalhamento de lajes ..............................................................................................................................153

    21 Regies especiais ....................................................................................................................................157

    22 Elementos especiais ................................................................................................................................162

    23 Aes dinmicas e fadiga .......................................................................................................................172

    24 Concreto simples .....................................................................................................................................180

    25 Interfaces do projeto com a construo, utilizao e manuteno ....................................................187

    ANEXOS

    A Efeito do tempo no concreto estrutural ..................................................................................................189

    B ndice geral .................................................................................................................................................198

    C ndice de figuras e tabelas ........................................................................................................................205

    D ndice remissivo .........................................................................................................................................207

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  • ABNT NBR 6118:2003

    Prefcio

    A ABNT - Associao Brasileira de Normas Tcnicas - o Frum Nacional de Normalizao. As Normas Brasileiras, cujo contedo de responsabilidade dos Comits Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalizao Setorial (ABNT/ONS), so elaboradas por Comisses de Estudo (CE), formadas porrepresentantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros(universidades, laboratrios e outros).

    A ABNT NBR 6118 foi elaborada no Comit Brasileiro de Construo Civil (ABNT/CB-02), pela Comisso de Estudo de Estruturas de Concreto Simples, Armado e Protendido (CE-02:124.15). O Projeto de Revisocirculou em Consulta Pblica conforme Edital Especial de 31/08/2001, com o nmero Projeto NBR 6118.

    Esta Norma contm os anexos A, B, C e D, de carter informativo.

    Devido mudana de escopo desta Norma com relao ao documento de origem (ABNT NBR 6118:1980),estabeleceu-se a necessidade de reviso da ABNT NBR 7187:1987 - Projeto e execuo de pontes deconcreto armado e protendido Procedimento - e tambm da ABNT NBR 8681:1984 - Aes e segurananas estruturas, alm da elaborao da ABNT NBR 14931:2003 - Execuo de estruturas de concreto - Procedimento. Esta informao tem por finalidade alertar os usurios quanto convenincia de consultaremas edies atualizadas dos documentos citados.

    Para facilitar a consulta e a aplicao desta Norma, tendo em vista sua extenso e abrangncia, as tabelas e figuras esto identificadas em funo da seo em que esto inseridas. Dessa forma, o nmero de identificao de cada tabela ou figura tem inicialmente o nmero da seo, seguido pela numeraoseqencial dentro da seo.

    Esta Verso corrigida incorpora a errata 1 de 31.03.2004.

    Introduo

    Para a elaborao desta Norma foi mantida a filosofia das anteriores: ABNT NBR 6118 (historicamenteconhecida como NB-1), ABNT NBR 7197, ABNT NBR 6119 e ABNT NB-49, de modo que a esta Norma cabedefinir os critrios gerais que regem o projeto das estruturas de concreto, sejam elas de edifcios, pontes,obras hidrulicas, portos ou aeroportos etc. Assim, ela deve ser complementada por outras normas que fixemcritrios para estruturas especficas.

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  • NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 6118:2003

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    Projeto de estruturas de concreto Procedimento

    1 Objetivo

    1.1 Esta Norma fixa os requisitos bsicos exigveis para projeto de estruturas de concreto simples, armado e protendido, excludas aquelas em que se empregam concreto leve, pesado ou outros especiais.

    1.2 Esta Norma aplica-se s estruturas de concretos normais, identificados por massa especfica seca maior do que 2 000 kg/m3, no excedendo 2 800 kg/m3, do grupo I de resistncia (C10 a C50), conforme classificao da ABNT NBR 8953. Entre os concretos especiais excludos desta Norma esto o concreto-massa e o concreto sem finos.

    1.3 Esta Norma estabelece os requisitos gerais a serem atendidos pelo projeto como um todo, bem como os requisitos especficos relativos a cada uma de suas etapas.

    1.4 Esta Norma no inclui requisitos exigveis para evitar os estados limites gerados por certos tipos de ao, como sismos, impactos, exploses e fogo.

    1.5 No caso de estruturas especiais, tais como de elementos pr-moldados, pontes e viadutos, obras hidrulicas, arcos, silos, chamins, torres, estruturas off-shore, ou em que se utilizam tcnicas construtivas no convencionais, tais como formas deslizantes, balanos sucessivos, lanamentos progressivos e concreto projetado, as condies desta Norma ainda so aplicveis, devendo no entanto ser complementadas e eventualmente ajustadas em pontos localizados, por Normas Brasileiras especficas.

    2 Referncias normativas

    As normas relacionadas a seguir contm disposies que, ao serem citadas neste texto, constituem prescries para esta Norma. As edies indicadas estavam em vigor no momento desta publicao. Como toda norma est sujeita a reviso, recomenda-se queles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a convenincia de se usarem as edies mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informao das normas em vigor em um dado momento.

    ABNT NBR 5674:1999 - Manuteno de edificaes - Procedimento

    ABNT NBR 5732:1991 - Cimento Portland comum - Especificao

    ABNT NBR 5733:1991 - Cimento Portland de alta resistncia inicial - Especificao

    ABNT NBR 5735:1991 - Cimento Portland de alto-forno - Especificao

    ABNT NBR 5736:1991 - Cimento Portland pozolnico - Especificao

    ABNT NBR 5737:1992 - Cimento Portland resistente a sulfatos - Especificao

    ABNT NBR 5738:1994 - Moldagem e cura de corpos-de-prova cilndricos ou prismticos de concreto - Procedimento

    ABNT NBR 5739:1994 - Concreto - Ensaio de compresso de corpos-de-prova cilndricos - Mtodo de ensaio

    ABNT NBR 6004:1984 - Arames de ao - Ensaio de dobramento alternado - Mtodo de ensaio

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  • ABNT NBR 6118:2003

    2 ABNT 2004 Todos os direitos reservados

    ABNT NBR 6120:1980 - Cargas para o clculo de estruturas de edificaes - Procedimento

    ABNT NBR 6122:1996 - Projeto e execuo de fundaes - Procedimento

    ABNT NBR 6123:1988 - Foras devidas ao vento em edificaes - Procedimento

    ABNT NBR 6153:1988 - Produto metlico - Ensaio de dobramento semi-guiado - Mtodo de ensaio

    ABNT NBR 6349:1991 - Fios, barras e cordoalhas de ao para armaduras de protenso - Ensaio de trao - Mtodo de ensaio

    ABNT NBR 7190:1997 - Projeto de estruturas de madeira

    ABNT NBR 7222:1994 - Argamassa e concreto - Determinao da resistncia trao por compresso diametral de corpos-de-prova cilndricos - Mtodo de ensaio

    ABNT NBR 7477:1982 - Determinao do coeficiente de conformao superficial de barras e fios de ao destinados a armaduras de concreto armado - Mtodo de ensaio

    ABNT NBR 7480:1996 - Barras e fios de ao destinados a armaduras para concreto armado - Especificao

    ABNT NBR 7481:1990 - Tela de ao soldada - Armadura para concreto - Especificao

    ABNT NBR 7482:1991 - Fios de ao para concreto protendido - Especificao

    ABNT NBR 7483:1991 - Cordoalhas de ao para concreto protendido - Especificao

    ABNT NBR 7484:1991 - Fios, barras e cordoalhas de ao destinados a armaduras de protenso - Ensaios de relaxao isotrmica - Mtodo de ensaio

    ABNT NBR 7680:1983 - Extrao, preparo, ensaio e anlise de testemunhos de estruturas de concreto - Procedimento

    ABNT NBR 8522:1984 - Concreto - Determinao do mdulo de deformao esttica e diagrama tenso-deformao - Mtodo de ensaio

    ABNT NBR 8548:1984 - Barras de ao destinadas a armaduras para concreto armado com emenda mecnica ou por solda - Determinao da resistncia trao - Mtodo de ensaio

    ABNT NBR 8681:2003 - Aes e segurana nas estruturas - Procedimento

    ABNT NBR 8800:1986 - Projeto e execuo de estruturas de ao de edifcios (Mtodo dos estados limites) - Procedimento

    ABNT NBR 8953:1992 - Concreto para fins estruturais - Classificao por grupos de resistncia - Classificao

    ABNT NBR 8965:1985 - Barras de ao CA 42S com caractersticas de soldabilidade destinadas a armaduras para concreto armado - Especificao

    ABNT NBR 9062:2001 - Projeto e execuo de estruturas de concreto pr-moldado - Procedimento

    ABNT NBR 11578:1991 - Cimento Portland composto - Especificao

    ABNT NBR 11919:1978 - Verificao de emendas metlicas de barras de concreto armado - Mtodo de ensaio

    ABNT NBR 12142:1991 - Concreto - Determinao da resistncia trao na flexo em corpos-de-prova prismticos - Mtodo de ensaio

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  • ABNT NBR 6118:2003

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    ABNT NBR 12654:1992 - Controle tecnolgico de materiais componentes do concreto - Procedimento

    ABNT NBR 12655:1996 - Concreto - Preparo, controle e recebimento - Procedimento

    ABNT NBR 12989:1993 - Cimento Portland branco - Especificao

    ABNT NBR 13116:1994 - Cimento Portland de baixo calor de hidratao - Especificao

    ABNT NBR 14859-2:2002 - Laje pr-fabricada - Requisitos. Parte 2: Lajes bidirecionais

    ABNT NBR 14931:2003 - Execuo de estruturas de concreto - Procedimento

    ABNT NBR ISO 6892:2002 - Materiais metlicos - Ensaio de trao temperatura ambiente

    ABNT NBR NM 67:1998 - Concreto - Determinao da consistncia pelo abatimento do tronco de cone

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  • ABNT NBR 6118:2003

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    3 Definies

    Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definies:

    3.1 Definies de concreto estrutural

    3.1.1 concreto estrutural: Termo que se refere ao espectro completo das aplicaes do concreto como material estrutural.

    3.1.2 elementos de concreto simples estrutural: Elementos estruturais elaborados com concreto que no possui qualquer tipo de armadura, ou que a possui em quantidade inferior ao mnimo exigido para o concreto armado (ver 17.3.5.3.1 e tabela 17.3).

    3.1.3 elementos de concreto armado: Aqueles cujo comportamento estrutural depende da aderncia entre concreto e armadura, e nos quais no se aplicam alongamentos iniciais das armaduras antes da materializao dessa aderncia.

    3.1.4 elementos de concreto protendido: Aqueles nos quais parte das armaduras previamente alongada por equipamentos especiais de protenso com a finalidade de, em condies de servio, impedir ou limitar a fissurao e os deslocamentos da estrutura e propiciar o melhor aproveitamento de aos de alta resistncia no estado limite ltimo (ELU).

    3.1.5 armadura passiva: Qualquer armadura que no seja usada para produzir foras de protenso, isto , que no seja previamente alongada.

    3.1.6 armadura ativa (de protenso): Constituda por barra, fios isolados ou cordoalhas, destinada produo de foras de protenso, isto , na qual se aplica um pr-alongamento inicial.

    3.1.7 concreto com armadura ativa pr-tracionada (protenso com aderncia inicial): Concreto protendido em que o pr-alongamento da armadura ativa feito utilizando-se apoios independentes do elemento estrutural, antes do lanamento do concreto, sendo a ligao da armadura de protenso com os referidos apoios desfeita aps o endurecimento do concreto; a ancoragem no concreto realiza-se s por aderncia.

    3.1.8 concreto com armadura ativa ps-tracionada (protenso com aderncia posterior): Concreto protendido em que o pr-alongamento da armadura ativa realizado aps o endurecimento do concreto, sendo utilizadas, como apoios, partes do prprio elemento estrutural, criando posteriormente aderncia com o concreto de modo permanente, atravs da injeo das bainhas.

    3.1.9 concreto com armadura ativa ps-tracionada sem aderncia (protenso sem aderncia): Concreto protendido em que o pr-alongamento da armadura ativa realizado aps o endurecimento do concreto, sendo utilizados, como apoios, partes do prprio elemento estrutural, mas no sendo criada aderncia com o concreto, ficando a armadura ligada ao concreto apenas em pontos localizados.

    3.1.10 junta de dilatao: Qualquer interrupo do concreto com a finalidade de reduzir tenses internas que possam resultar em impedimentos a qualquer tipo de movimentao da estrutura, principalmente em decorrncia de retrao ou abaixamento da temperatura.

    3.1.11 junta de dilatao parcial: Reduo de espessura igual ou maior a 25% da seo de concreto.

    3.2 Definies de estados limites

    3.2.1 estado limite ltimo (ELU): Estado limite relacionado ao colapso, ou a qualquer outra forma de runa estrutural, que determine a paralisao do uso da estrutura.

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    3.2.2 estado limite de formao de fissuras (ELS-F): Estado em que se inicia a formao de fissuras.Admite-se que este estado limite atingido quando a tenso de trao mxima na seo transversal for iguala fct,f (ver 13.4.2 e 17.3.4).

    3.2.3 estado limite de abertura das fissuras (ELS-W): Estado em que as fissuras se apresentam comaberturas iguais aos mximos especificados em 13.4.2 (ver 17.3.3).

    3.2.4 estado limite de deformaes excessivas (ELS-DEF): Estado em que as deformaes atingem oslimites estabelecidos para a utilizao normal dados em 13.3 (ver 17.3.2).

    3.2.5 estado limite de descompresso (ELS-D): Estado no qual em um ou mais pontos da seotransversal a tenso normal nula, no havendo trao no restante da seo. Verificao usual no caso doconcreto protendido (ver 13.4.2).

    3.2.6 estado limite de descompresso parcial (ELS-DP): Estado no qual garante-se a compresso naseo transversal, na regio onde existem armaduras ativas. Essa regio deve se estender at uma distnciaap da face mais prxima da cordoalha ou da bainha de protenso (ver figura 3.1 e tabela 13.3).

    Figura 3.1 - Estado limite de descompresso parcial

    .a).

    3.2.8 estado limite de vibraes excessivas (ELS-VE): Estado em que as vibraes atingem os limites estabelecidos para a utilizao normal da construo.

    3.3 Definio relativa aos envolvidos no processo construtivo

    3.3.1 contratante: Pessoa fsica ou jurdica de direito pblico ou privado que, mediante instrumento hbil de compromisso, promove a execuo de servios e/ou obras atravs de contratado tcnica, jurdica efinanceiramente habilitado.

    3.2.7 estado limite de compresso excessiva (ELS-CE): Estado em que as tenses de compressoatingem o limite convencional estabelecido. Usual no caso do concreto protendido na ocasio da aplicaoda protenso (ver 17.2.4.3.2

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    4 Simbologia

    4.1 Generalidades

    A simbologia adotada nesta Norma, no que se refere a estruturas de concreto, constituda por smbolos-base (mesmo tamanho e no mesmo nvel do texto corrente) e smbolos subscritos.

    Os smbolos-base utilizados com mais freqncia nesta Norma encontram-se estabelecidos em 4.2 e os smbolos subscritos em 4.3.

    A simbologia geral encontra-se estabelecida nesta seo e a simbologia mais especfica de algumas partes desta Norma apresentada nas sees pertinentes, de forma a simplificar a compreenso e, portanto, a aplicao dos conceitos estabelecidos.

    As grandezas representadas pelos smbolos constantes desta Norma devem sempre ser expressas em unidades do Sistema Internacional (SI).

    4.2 Smbolos-base

    4.2.1 Generalidades

    Alguns smbolos-base apresentados em 4.2.2 a 4.2.4 esto acompanhados de smbolos subscritos, de forma a no gerar dvidas na compreenso de seu significado.

    4.2.2 Letras minsculas

    a - Distncia ou dimenso

    - Menor dimenso de um retngulo

    - Deslocamento mximo (flecha)

    b - Largura

    - Dimenso ou distncia paralela largura

    - Menor dimenso de um retngulo

    bw - Largura da alma de uma viga

    c - Cobrimento da armadura em relao face do elemento

    d - Altura til

    - Dimenso ou distncia

    e - Excentricidade de clculo oriunda dos esforos solicitantes MSd e NSd

    - Distncia

    f - Resistncia (ver seo 8)

    h - Dimenso

    - Altura

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    i - Raio de girao mnimo da seo bruta de concreto da pea analisada

    k - Coeficiente

    - Altura total da estrutura ou de um lance de pilar

    - Comprimento

    - Vo

    n - Nmero

    - Nmero de prumadas de pilares

    r - Raio de curvatura interno do gancho

    - Rigidez

    s - Espaamento das barras da armadura

    t - Comprimento do apoio paralelo ao vo da viga analisada

    - Tempo

    u - Permetro

    w - Abertura de fissura

    x - Altura da linha neutra

    z - Brao de alavanca

    - Distncia

    4.2.3 Letras maisculas

    A - rea da seo cheia

    Ac - rea da seo transversal de concreto

    As - rea da seo transversal da armadura longitudinal de trao

    As - rea da seo da armadura longitudinal de compresso

    D - dimetro dos pinos de dobramento das barras de ao

    E - Mdulo de elasticidade (ver seo 8)

    (EI) - Rigidez

    F - Fora

    - Aes (ver seo 11)

    G - Aes permanentes (ver seo 11)

    Gc - Mdulo de elasticidade transversal do concreto

    H - Altura

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    Ic - Momento de inrcia da seo de concreto

    K - Coeficiente

    M - Momento

    - Momento fletor

    M1d - Momento fletor de 1a ordem de clculo

    M2d - Momento fletor de 2a ordem de clculo

    MRd - Momento fletor resistente de clculo

    MSd - Momento fletor solicitante de clculo

    Nd - Fora normal de clculo

    NRd - Fora normal resistente de clculo

    NSd - Fora normal solicitante de clculo

    Q - Aes variveis (ver seo 11)

    R - Reao de apoio

    Rd - Esforo resistente de clculo

    Sd - Esforo solicitante de clculo

    T - Temperatura

    - Momento toror

    TRd - Momento toror resistente de clculo

    TSd - Momento toror solicitante de clculo

    Vd - Fora cortante de clculo

    4.2.4 Letras gregas

    - ngulo

    - Parmetro de instabilidade

    - Coeficiente

    - Fator que define as condies de vnculo nos apoios

    - ngulo

    - Coeficiente

    c - Coeficiente de ponderao da resistncia do concreto

    f - Coeficiente de ponderao das aes (ver seo 11)

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    m - Coeficiente de ponderao das resistncias (ver seo 12)

    p - Coeficiente de ponderao das cargas oriundas da protenso (ver tabela 11.1 e 17.2.4.3)

    s - Coeficiente de ponderao da resistncia do ao

    - Coeficiente de redistribuio

    - Deslocamento

    - Deformao especfica

    c - Deformao especfica do concreto

    p - Deformao especfica da armadura ativa

    s - Deformao especfica do ao da armadura passiva

    - Rotao

    - ngulo de inclinao

    - Desaprumo

    - ndice de esbeltez

    - Coeficiente

    - Momento fletor reduzido adimensional

    - Coeficiente de Poisson

    - Fora normal adimensional

    - Taxa geomtrica de armadura longitudinal de trao

    c - Massa especfica do concreto

    mn - Taxa geomtrica mnima de armadura longitudinal de vigas e pilares

    p - Taxa geomtrica da armadura de protenso

    s - Taxa geomtrica de armadura aderente passiva

    c - Tenso compresso no concreto

    ct - Tenso trao no concreto

    p - Tenso no ao de protenso

    Rd - Tenses normais resistentes de clculo

    s - Tenso normal no ao de armadura passiva

    Sd - Tenses normais solicitantes de clculo

    Rd - Tenses de cisalhamento resistentes de clculo

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    Sd - Tenso de cisalhamento solicitante de clculo

    Td - Tenso de cisalhamento de clculo, por toro

    wd - Tenso de cisalhamento de clculo, por fora cortante

    - Dimetro das barras da armadura

    - Dimetro das barras de armadura longitudinal de pea estrutural

    n - Dimetro equivalente de um feixe de barras

    p - Dimetro nominal de fio ou cordoalha

    t - Dimetro das barras de armadura transversal

    vibr - Dimetro da agulha do vibrador

    - Coeficiente de fluncia

    4.3 Smbolos subscritos

    4.3.1 Generalidades

    Os smbolos subscritos so apresentados apenas em 4.3.2 a 4.3.4 em mesmo tamanho do texto corrente, de forma a facilitar sua visualizao.

    4.3.2 Letras minsculas

    apo - apoio

    c - concreto

    cor - corrigido

    d - valor de clculo

    ef - efetivo

    e - equivalente

    eq - equivalente

    f - feixe

    fad - fadiga

    fic - fictcia

    g - aes permanentes

    h - horizontal

    i - nmero seqencial

    inf - inferior

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    j - idade (referente cura do concreto)

    k - valor caracterstico

    - nmero seqencial

    lim - limite

    m - mdia

    mx - mximo

    mn - mnimo

    nec - necessrio

    nom - nominal

    p - ao de armadura ativa

    q - aes variveis

    r - radial

    s - ao de armadura passiva

    sec - secante

    ser - servio

    sup - superior

    t - trao

    - transversal

    tot - total

    u - ltimo

    - de ruptura

    v - vertical

    - viga

    vo - vo

    vig - viga

    w - alma

    - transversal

    x e y - direes ortogonais

    y - escoamento do ao

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    4.3.3 Letras maisculas

    R - resistncias

    S - solicitaes

    4.3.4 Nmeros

    0 - incio

    - instante de aplicao da carga

    28 - aos 28 dias

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    5 Requisitos gerais de qualidade da estrutura e avaliao da conformidade do projeto

    5.1 Requisitos de qualidade da estrutura

    5.1.1 Condies gerais

    As estruturas de concreto devem atender aos requisitos mnimos de qualidade classificados em 5.1.2, durante sua construo e servio, e aos requisitos adicionais estabelecidos em conjunto entre o autor do projeto estrutural e o contratante.

    5.1.2 Classificao dos requisitos de qualidade da estrutura

    Os requisitos de qualidade de uma estrutura de concreto so classificados, para efeito desta Norma, em trs grupos distintos, relacionados em 5.1.2.1 a 5.1.2.3.

    5.1.2.1 Capacidade resistente

    Consiste basicamente na segurana ruptura.

    5.1.2.2 Desempenho em servio

    Consiste na capacidade de a estrutura manter-se em condies plenas de utilizao, no devendo apresentar danos que comprometam em parte ou totalmente o uso para o qual foi projetada.

    5.1.2.3 Durabilidade

    Consiste na capacidade de a estrutura resistir s influncias ambientais previstas e definidas em conjunto pelo autor do projeto estrutural e o contratante, no incio dos trabalhos de elaborao do projeto.

    5.2 Requisitos de qualidade do projeto

    5.2.1 Qualidade da soluo adotada

    A soluo estrutural adotada em projeto deve atender aos requisitos de qualidade estabelecidos nas normas tcnicas, relativos capacidade resistente, ao desempenho em servio e durabilidade da estrutura.

    A qualidade da soluo adotada deve ainda considerar as condies arquitetnicas, funcionais, construtivas (ver ABNT NBR 14931), estruturais, de integrao com os demais projetos (eltrico, hidrulico, ar-condicionado e outros) explicitadas pelos responsveis tcnicos de cada especialidade com a anuncia do contratante.

    5.2.2 Condies impostas ao projeto

    5.2.2.1 Todas as condies impostas ao projeto, descritas em 5.2.2.2 a 5.2.2.6, devem ser estabelecidas previamente e em comum acordo entre o autor do projeto estrutural e o contratante.

    5.2.2.2 Para atender aos requisitos de qualidade impostos s estruturas de concreto, o projeto deve atender a todos os requisitos estabelecidos nesta Norma e em outras complementares e especficas, conforme o caso.

    5.2.2.3 As exigncias relativas capacidade resistente e ao desempenho em servio deixam de ser satisfeitas, quando so ultrapassados os respectivos estados limites (ver sees 3 e 10).

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    5.2.2.4 As exigncias de durabilidade deixam de ser atendidas quando no so observados os critrios de projeto definidos na seo 7.

    5.2.2.5 Para tipos especiais de estruturas, devem ser atendidas exigncias particulares estabelecidas em Normas Brasileiras especficas.

    NOTA Exigncias particulares podem, por exemplo, consistir em resistncia a exploses, ao impacto, aos sismos, ou ainda relativas estanqueidade, ao isolamento trmico ou acstico.

    5.2.2.6 Exigncias suplementares podem ser fixadas em projeto.

    5.2.3 Documentao da soluo adotada

    5.2.3.1 O produto final do projeto estrutural constitudo por desenhos, especificaes e critrios de projeto. As especificaes e os critrios de projeto podem constar nos prprios desenhos ou constituir documento separado.

    5.2.3.2 Os documentos relacionados em 5.2.3.1 devem conter informaes claras, corretas, consistentes entre si e com as exigncias estabelecidas nesta Norma.

    5.2.3.3 O projeto estrutural deve proporcionar as informaes necessrias para a execuo da estrutura.

    5.2.3.4 Com o objetivo de garantir a qualidade da execuo de uma obra, com base em um determinado projeto, medidas preventivas devem ser tomadas desde o incio dos trabalhos. Essas medidas devem englobar a discusso e aprovao das decises tomadas, a distribuio dessas e outras informaes pelos elementos pertinentes da equipe multidisciplinar e a programao coerente das atividades, respeitando as regras lgicas de precedncia.

    5.3 Avaliao da conformidade do projeto

    5.3.1 Dependendo do porte da obra, a avaliao da conformidade do projeto deve ser requerida e contratada pelo contratante a um profissional habilitado, devendo ser registrada em documento especfico que acompanha a documentao do projeto citada em 5.2.3.

    5.3.2 A avaliao da conformidade do projeto deve ser realizada antes da fase de construo e, de preferncia, simultaneamente com a fase de projeto, como condio essencial para que seus resultados se tornem efetivos e conseqentes.

    5.3.3 A seo 25 estabelece os critrios de aceitao e os procedimentos corretivos, quando necessrios.

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    6 Diretrizes para durabilidade das estruturas de concreto

    6.1 Exigncias de durabilidade

    As estruturas de concreto devem ser projetadas e construdas de modo que sob as condies ambientais previstas na poca do projeto e quando utilizadas conforme preconizado em projeto conservem suas segurana, estabilidade e aptido em servio durante o perodo correspondente sua vida til.

    6.2 Vida til de projeto

    6.2.1 Por vida til de projeto, entende-se o perodo de tempo durante o qual se mantm as caractersticas das estruturas de concreto, desde que atendidos os requisitos de uso e manuteno prescritos pelo projetista e pelo construtor, conforme 7.8 e 25.4, bem como de execuo dos reparos necessrios decorrentes de danos acidentais.

    6.2.2 O conceito de vida til aplica-se estrutura como um todo ou s suas partes. Dessa forma, determinadas partes das estruturas podem merecer considerao especial com valor de vida til diferente do todo.

    6.2.3 A durabilidade das estruturas de concreto requer cooperao e esforos coordenados de todos os envolvidos nos processos de projeto, construo e utilizao, devendo, como mnimo, ser seguido o que estabelece a ABNT NBR 12655, sendo tambm obedecidas as disposies de 25.4 com relao s condies de uso, inspeo e manuteno.

    6.3 Mecanismos de envelhecimento e deteriorao

    6.3.1 Generalidades

    Dentro desse enfoque devem ser considerados, ao menos, os mecanismos de envelhecimento e deteriorao da estrutura de concreto, relacionados em 6.3.2 a 6.3.4.

    6.3.2 Mecanismos preponderantes de deteriorao relativos ao concreto

    a) lixiviao: por ao de guas puras, carbnicas agressivas ou cidas que dissolvem e carreiam os compostos hidratados da pasta de cimento;

    b) expanso por ao de guas e solos que contenham ou estejam contaminados com sulfatos, dando origem a reaes expansivas e deletrias com a pasta de cimento hidratado;

    c) expanso por ao das reaes entre os lcalis do cimento e certos agregados reativos;

    d) reaes deletrias superficiais de certos agregados decorrentes de transformaes de produtos ferruginosos presentes na sua constituio mineralgica.

    6.3.3 Mecanismos preponderantes de deteriorao relativos armadura

    a) despassivao por carbonatao, ou seja, por ao do gs carbnico da atmosfera;

    b) despassivao por elevado teor de on cloro (cloreto).

    6.3.4 Mecanismos de deteriorao da estrutura propriamente dita

    So todos aqueles relacionados s aes mecnicas, movimentaes de origem trmica, impactos, aes cclicas, retrao, fluncia e relaxao.

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    6.4 Agressividade do ambiente

    6.4.1 A agressividade do meio ambiente est relacionada s aes fsicas e qumicas que atuam sobre as estruturas de concreto, independentemente das aes mecnicas, das variaes volumtricas de origem trmica, da retrao hidrulica e outras previstas no dimensionamento das estruturas de concreto.

    6.4.2 Nos projetos das estruturas correntes, a agressividade ambiental deve ser classificada de acordo com o apresentado na tabela 6.1 e pode ser avaliada, simplificadamente, segundo as condies de exposio da estrutura ou de suas partes.

    Tabela 6.1 - Classes de agressividade ambiental

    Classe de agressividade

    ambientalAgressividade Classificao geral do tipo de ambiente para efeito de projeto

    Risco de deteriorao da estrutura

    RuralI Fraca

    SubmersaInsignificante

    II Moderada Urbana1), 2) Pequeno

    Marinha1)III Forte

    Industrial1), 2)Grande

    Industrial 1), 3)IV Muito forte

    Respingos de mar Elevado

    1) Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda (um nvel acima) para ambientes internos secos (salas, dormitrios, banheiros, cozinhas e reas de servio de apartamentos residenciais e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestido com argamassa e pintura). 2) Pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (um nvel acima) em: obras em regies de clima seco, com umidade relativa do ar menor ou igual a 65%, partes da estrutura protegidas de chuva em ambientes predominantemente secos, ou regies onde chove raramente. 3) Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em indstrias de celulose e papel, armazns de fertilizantes, indstrias qumicas.

    6.4.3 O responsvel pelo projeto estrutural, de posse de dados relativos ao ambiente em que ser construda a estrutura, pode considerar classificao mais agressiva que a estabelecida na tabela 6.1.

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    7 Critrios de projeto que visam a durabilidade

    7.1 Simbologia especfica desta seo

    De forma a simplificar a compreenso e, portanto, a aplicao dos conceitos estabelecidos nesta seo, os smbolos mais utilizados, ou que poderiam gerar dvidas, encontram-se a seguir definidos.

    A simbologia apresentada nesta seo segue a mesma orientao estabelecida na seo 4. Dessa forma, os smbolos subscritos tm o mesmo significado apresentado em 4.3.

    cmin - Cobrimento mnimo

    cnom - Cobrimento nominal (cobrimento mnimo acrescido da tolerncia de execuo)

    UR - Umidade relativa do ar

    c - Tolerncia de execuo para o cobrimento

    7.2 Drenagem

    7.2.1 Deve ser evitada a presena ou acumulao de gua proveniente de chuva ou decorrente de gua de limpeza e lavagem, sobre as superfcies das estruturas de concreto.

    7.2.2 As superfcies expostas que necessitem ser horizontais, tais como coberturas, ptios, garagens, estacionamentos e outras, devem ser convenientemente drenadas, com disposio de ralos e condutores.

    7.2.3 Todas as juntas de movimento ou de dilatao, em superfcies sujeitas ao de gua, devem ser convenientemente seladas, de forma a torn-las estanques passagem (percolao) de gua.

    7.2.4 Todos os topos de platibandas e paredes devem ser protegidos por chapins. Todos os beirais devem ter pingadeiras e os encontros a diferentes nveis devem ser protegidos por rufos.

    7.3 Formas arquitetnicas e estruturais

    7.3.1 Disposies arquitetnicas ou construtivas que possam reduzir a durabilidade da estrutura devem ser evitadas.

    7.3.2 Deve ser previsto em projeto o acesso para inspeo e manuteno de partes da estrutura com vida til inferior ao todo, tais como aparelhos de apoio, caixes, insertos, impermeabilizaes e outros.

    7.4 Qualidade do concreto de cobrimento

    7.4.1 Atendidas as demais condies estabelecidas nesta seo, a durabilidade das estruturas altamente dependente das caractersticas do concreto e da espessura e qualidade do concreto do cobrimento da armadura.

    7.4.2 Ensaios comprobatrios de desempenho da durabilidade da estrutura frente ao tipo e nvel de agressividade previsto em projeto devem estabelecer os parmetros mnimos a serem atendidos. Na falta destes e devido existncia de uma forte correspondncia entre a relao gua/cimento, a resistncia compresso do concreto e sua durabilidade, permite-se adotar os requisitos mnimos expressos na tabela 7.1.

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    Tabela 7.1 - Correspondncia entre classe de agressividade e qualidade do concreto

    Classe de agressividade (tabela 6.1) Concreto Tipo

    I II III IV

    CA 0,65 0,60 0,55 0,45 Relaogua/cimento em

    massa CP 0,60 0,55 0,50 0,45

    CA C20 C25 C30 C40 Classe de concreto (ABNT NBR 8953) CP C25 C30 C35 C40

    NOTAS

    1 O concreto empregado na execuo das estruturas deve cumprir com os requisitos estabelecidos na ABNT NBR 12655.

    2 CA corresponde a componentes e elementos estruturais de concreto armado.

    3 CP corresponde a componentes e elementos estruturais de concreto protendido.

    7.4.3 Os requisitos das tabelas 7.1 e 7.2 so vlidos para concretos executados com cimento Portland que atenda, conforme seu tipo e classe, s especificaes das ABNT NBR 5732, ABNT NBR 5733, ABNT NBR 5735, ABNT NBR 5736, ABNT NBR 5737, ABNT NBR 11578, ABNT NBR 12989 ou ABNT NBR 13116, com consumos mnimos de cimento por metro cbico de concreto de acordo com a ABNT NBR 12655.

    7.4.4 No permitido o uso de aditivos contendo cloreto na sua composio em estruturas de concreto armado ou protendido.

    7.4.5 A proteo das armaduras ativas externas deve ser garantida pela bainha, completada por graute, calda de cimento Portland sem adies, ou graxa especialmente formulada para esse fim.

    7.4.6 Ateno especial deve ser dedicada proteo contra a corroso das ancoragens das armaduras ativas.

    7.4.7 Para o cobrimento deve ser observado o prescrito em 7.4.7.1 a 7.4.7.7.

    7.4.7.1 Para atender aos requisitos estabelecidos nesta Norma, o cobrimento mnimo da armadura o menor valor que deve ser respeitado ao longo de todo o elemento considerado e que se constitui num critrio de aceitao.

    7.4.7.2 Para garantir o cobrimento mnimo (cmin) o projeto e a execuo devem considerar o cobrimento nominal (cnom), que o cobrimento mnimo acrescido da tolerncia de execuo ( c). Assim, as dimenses das armaduras e os espaadores devem respeitar os cobrimentos nominais, estabelecidos na tabela 7.2, para c = 10 mm.

    7.4.7.3 Nas obras correntes o valor de c deve ser maior ou igual a 10 mm.

    7.4.7.4 Quando houver um adequado controle de qualidade e rgidos limites de tolerncia da variabilidade das medidas durante a execuo pode ser adotado o valor c = 5 mm, mas a exigncia de controle rigoroso deve ser explicitada nos desenhos de projeto. Permite-se, ento, a reduo dos cobrimentos nominais prescritos na tabela 7.2 em 5 mm.

    7.4.7.5 Os cobrimentos nominais e mnimos esto sempre referidos superfcie da armadura externa, em geral face externa do estribo. O cobrimento nominal de uma determinada barra deve sempre ser:

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    a) cnom barra;

    b) cnom feixe = n = n ;

    c) cnom 0,5 bainha.

    7.4.7.6 A dimenso mxima caracterstica do agregado grado utilizado no concreto no pode superarem 20% a espessura nominal do cobrimento, ou seja:

    dmx 1,2 cnom

    Tabela 7.2 - Correspondncia entre classe de agressividade ambiental ecobrimento nominal para c = 10 mm

    Classe de agressividade ambiental (tabela 6.1)

    I II III IV3)Tipo de estrutura Componente ou elemento Cobrimento nominal

    mm

    Laje2) 20 25 35 45Concreto armado

    Viga/Pilar 25 30 40 50

    Concreto protendido1) Todos 30 35 45 551) Cobrimento nominal da armadura passiva que envolve a bainha ou os fios, cabos e cordoalhas, sempre superior aoespecificado para o elemento de concreto armado, devido aos riscos de corroso fragilizante sob tenso. 2) Para a face superior de lajes e vigas que sero revestidas com argamassa de contrapiso, com revestimentos finaissecos tipo carpete e madeira, com argamassa de revestimento e acabamento tais como pisos de elevadodesempenho, pisos cermicos, pisos asflticos e outros tantos, as exigncias desta tabela podem ser substitudaspor 7.4.7.5, respeitado um cobrimento nominal 15 mm. 3) Nas faces inferiores de lajes e vigas de reservatrios, estaes de tratamento de gua e esgoto, condutos deesgoto, canaletas de efluentes e outras obras em ambientes qumica e intensamente agressivos, a armadura deve ter cobrimento nominal 45 mm.

    7.4.7.7 No caso de elementos estruturais pr-fabricados, os valores relativos ao cobrimento das armaduras (tabela 7.2) devem seguir o disposto na ABNT NBR 9062.

    7.5 Detalhamento das armaduras

    7.5.1 As barras devem ser dispostas dentro do componente ou elemento estrutural, de modo a permitir efacilitar a boa qualidade das operaes de lanamento e adensamento do concreto.

    7.5.2 Para garantir um bom adensamento vital prever no detalhamento da disposio das armadurasespao suficiente para entrada da agulha do vibrador.

    7.6 Controle da fissurao

    7.6.1 O risco e a evoluo da corroso do ao na regio das fissuras de flexo transversais armaduraprincipal dependem essencialmente da qualidade e da espessura do concreto de cobrimento da armadura.Aberturas caractersticas limites de fissuras na superfcie do concreto dadas em 13.4.2, em componentes ou elementos de concreto armado, so satisfatrias para as exigncias de durabilidade.

    7.6.2 Devido sua maior sensibilidade corroso sob tenso, o controle de fissuras na superfcie doconcreto na regio das armaduras ativas deve obedecer ao disposto em 13.4.2.

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    7.7 Medidas especiais

    Em condies de exposio adversas devem ser tomadas medidas especiais de proteo e conservao do tipo: aplicao de revestimentos hidrofugantes e pinturas impermeabilizantes sobre as superfcies do concreto, revestimentos de argamassas, de cermicas ou outros sobre a superfcie do concreto, galvanizao da armadura, proteo catdica da armadura e outros.

    7.8 Inspeo e manuteno preventiva

    7.8.1 O conjunto de projetos relativos a uma obra deve orientar-se sob uma estratgia explcita que facilite procedimentos de inspeo e manuteno preventiva da construo.

    7.8.2 O manual de utilizao, inspeo e manuteno deve ser produzido conforme 25.4.

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    8 Propriedades dos materiais

    8.1 Simbologia especfica desta seo

    De forma a simplificar a compreenso e, portanto, a aplicao dos conceitos estabelecidos nesta seo, os smbolos mais utilizados, ou que poderiam gerar dvidas, encontram-se a seguir definidos.

    A simbologia apresentada nesta seo segue a mesma orientao estabelecida na seo 4. Dessa forma, os smbolos subscritos tm o mesmo significado apresentado em 4.3.

    fc - Resistncia compresso do concreto

    fcd - Resistncia de clculo compresso do concreto

    fcj - Resistncia compresso do concreto aos j dias

    fck - Resistncia caracterstica compresso do concreto

    fcm - Resistncia mdia compresso do concreto

    fct - Resistncia do concreto trao direta

    fct,m - Resistncia mdia trao do concreto

    fct,f - Resistncia do concreto trao na flexo

    fct,sp - Resistncia do concreto trao indireta

    fst - Resistncia trao do ao de armadura passiva

    fy - Resistncia ao escoamento do ao de armadura passiva

    fpt - Resistncia trao do ao de armadura ativa

    fpy - Resistncia ao escoamento do ao de armadura ativa

    Eci - Mdulo de elasticidade ou mdulo de deformao tangente inicial do concreto, referindo-se sempre ao mdulo cordal a 30% fc

    Ecs - Mdulo de elasticidade secante do concreto, tambm denominado mdulo de deformao secante do concreto

    Eci (t0) - Mdulo de elasticidade ou mdulo de deformao inicial do concreto no instante t0

    Eci28 - Mdulo de elasticidade ou mdulo de deformao inicial do concreto aos 28 dias

    Ep - Mdulo de elasticidade do ao de armadura ativa

    Es - Mdulo de elasticidade do ao de armadura passiva

    Gc - Mdulo de elasticidade transversal do concreto

    u - Deformao especfica do ao na ruptura

    y - Deformao especfica de escoamento do ao

    - Coeficiente de Poisson

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    8.2 Concreto

    8.2.1 Classes

    Esta Norma se aplica a concretos compreendidos nas classes de resistncia do grupo I, indicadas na ABNT NBR 8953, ou seja, at C50.

    A classe C20, ou superior, se aplica a concreto com armadura passiva e a classe C25, ou superior, a concreto com armadura ativa. A classe C15 pode ser usada apenas em fundaes, conforme ABNT NBR 6122, e em obras provisrias.

    8.2.2 Massa especfica

    Esta Norma se aplica a concretos de massa especfica normal, que so aqueles que, depois de secos em estufa, tm massa especfica ( c compreendida entre 2 000 kg/m3 e 2 800 kg/m3.

    Se a massa especfica real no for conhecida, para efeito de clculo, pode-se adotar para o concreto simples o valor 2 400 kg/m3 e para o concreto armado 2 500 kg/m3.

    Quando se conhecer a massa especfica do concreto utilizado, pode-se considerar para valor da massa especfica do concreto armado aquela do concreto simples acrescida de 100 kg/m3 a 150 kg/m3.

    8.2.3 Coeficiente de dilatao trmica

    Para efeito de anlise estrutural, o coeficiente de dilatao trmica pode ser admitido como sendo igual a 10-5/C.

    8.2.4 Resistncia compresso

    As prescries desta Norma referem-se resistncia compresso obtida em ensaios de cilindros moldados segundo a ABNT NBR 5738, realizados de acordo com a ABNT NBR 5739.

    Quando no for indicada a idade, as resistncias referem-se idade de 28 d. A estimativa da resistncia compresso mdia, fcmj, correspondente a uma resistncia fckj especificada, deve ser feita conforme indicado na ABNT NBR 12655.

    A evoluo da resistncia compresso com a idade deve ser obtida atravs de ensaios especialmente executados para tal. Na ausncia desses resultados experimentais pode-se adotar, em carter orientativo, os valores indicados em 12.3.3.

    8.2.5 Resistncia trao

    A resistncia trao indireta fct,sp e a resistncia trao na flexo fct,f devem ser obtidas em ensaios realizados segundo a ABNT NBR 7222 e a ABNT NBR 12142, respectivamente.

    A resistncia trao direta fct pode ser considerada igual a 0,9 fct,sp ou 0,7 fct,f ou, na falta de ensaios para obteno de fct,sp e fct,f, pode ser avaliado o seu valor mdio ou caracterstico por meio das equaes seguintes:

    fct,m = 0,3 fck2/3

    fctk,inf = 0,7 fct,m

    fctk,sup = 1,3 fct,m

    onde:

    fct,m e fck so expressos em megapascal.

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    Sendo fckj

    7 MPa, estas expresses podem tambm ser usadas para idades diferentes de 28 dias.

    8.2.6 Resistncia no estado multiaxial de tenses

    Estando o concreto submetido s tenses principais 3 2 1, deve-se ter:

    1 fctk

    3 fck 4 1

    sendo as tenses de compresso consideradas positivas e as de trao negativas (ver figura 8.1).

    Figura 8.1 - Resistncia no estado multiaxial de tenses

    8.2.7 Resistncia fadiga

    Ver 11.4.2.3 e 23.5.4.

    deve ser obtido segundo ensaio descrito na ABNT NBR 8522, sendo considerado em

    onde:

    sso,

    ado em projeto e controlado na obra.

    as de projeto, especialmente paradeterminao de esforos solicitantes e verificao de estados limites de servio, deve ser calculado pela

    Ecs = 0,85 Eci

    8.2.8 Mdulo de elasticidade

    O mdulo de elasticidadenesta Norma o mdulo de deformao tangente inicial cordal a 30% fc, ou outra tenso especificadaprojeto. Quando no forem feitos ensaios e no existirem dados mais precisos sobre o concreto usado na idade de 28 d, pode-se estimar o valor do mdulo de elasticidade usando a expresso:

    Eci = 5 600 fck1/2

    Eci e fck so dados em megapascal.

    O mdulo de elasticidade numa idade j 7 d pode tambm ser avaliado atravs dessa expresubstituindo-se fck por fckj.

    Quando for o caso, esse o mdulo de elasticidade a ser especific

    O mdulo de elasticidade secante a ser utilizado nas anlises elstic

    expresso:

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    24 ABNT 2004 Todos os direitos reservados

    elemento estrutural ou seo transversal pode ser adotado ummdulo de elasticidade nico, trao e compresso, igual ao mdulo de elasticidade secante (Ecs).

    obal da estrutura e para o clculo das perdas de protenso, pode ser

    Coeficiente de Poisson e mdulo de elasticidade transversal

    de transversal Gc igual a 0,4 Ecs.

    8.2.10 Diagramas tenso-deformao

    8.2.10.1 Compresso

    Para tenses de compresso menores que 0,5 fc, pode-se admitir uma relao linear entre tenses e deformaes, adotando-se para mdulo de elasticidade o valor secante dado pela expresso constante em8.2.8.

    Para anlises no estado limite ltimo, podem ser empregados o diagrama tenso-deformao idealizadomostrado na figura 8.2 ou as simplificaes propostas na seo 17.

    Na avaliao do comportamento de um

    Na avaliao do comportamento glutilizado em projeto o mdulo de defornao tangente inicial (Eci).

    8.2.9

    Para tenses de compresso menores que 0,5 fc e tenses de trao menores que fct, o coeficiente de Poisson pode ser tomado como igual a 0,2 e o mdulo de elasticida

    Figura 8.2 - Diagrama tenso-deformao idealizado

    Ver indicao sobre o valor de fcd em 12.3.3.

    trao, indicado

    8.2.10.2 Trao

    Para o concreto no fissurado, pode ser adotado o diagrama tenso-deformao bilinear dena figura 8.3.

    9 7 -

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    ABNT 2004 Todos os direitos reservados 25

    Figu .3 s o

    8.2.11 Fluncia e retrao

    Em casos onde no necessria grande preciso, os valores finais do coeficiente de fluncia (t ,t0) e da (t ,t0) do concreto, submetido a tenses menores que 0,5 fc quando dotidos, por interpolao linear, a partir da tabela 8.1.

    o valor do coeficiente de fluncia (t ,t0) e da deformao especfica de retrao cs(t ,t0)

    evidas fluncia e retrao mais precisas podem ser calculadas segundoindicao do anexo A.

    ra 8 - Diagrama ten o-deformao bilinear na tra

    deformao especfica de retrao csprimeiro carregamento, podem ser ob

    A tabela 8.1 forneceem funo da umidade ambiente e da espessura fictcia 2Ac/u, onde Ac a rea da seo transversal e u opermetro da seo em contato com a atmosfera. Os valores dessa tabela so relativos a temperaturas do concreto entre 10 C e 20 C, podendo-se, entretanto, admitir temperaturas entre 0 C e 40 C. Esses valoresso vlidos para concretos plsticos e de cimento Portland comum.

    Deformaes especficas d

    Tabela 8.1 - Valores caractersticos superiores da deformao especfica de retrao cs(t ,t0) e do coeficiente de fluncia (t ,t0)

    Umidade

    ambiente

    %

    40 55 75 90

    Espessura fictcia

    2Ac/u 20 60 20 60 20 60 20 60

    cm

    5 4,4 3,9 8 3,3 3,0 2,6 2,3 2,1 3,

    30 3,0 2,9 2,5 2,0 2,0 1,6 1,6 2,6(t ,t )

    3,0 2,6 2,2 1,7 1,8 1,4 1,4 0

    60 2,2

    5 0,44 0,39 7 0,33 0,23 0,21 0,090,3 0,10

    30 0,37 0,38 0,31 0,31 0,20 0,20 0,09 0,09cs(t ,t0)

    0

    0,32 0,36 0,27 0,30 0,17 0,19 0,08 0,09

    t0

    dias

    /0060

    9 7 -

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    26 ABNT 2004 Todos os direitos reservados

    A

    Nos projetos de estruturas de concreto armado deve ser utilizado ao classificado pela ABNT NBR 7480 com cia de escoamento nas categorias CA-25, CA-50 e CA-60. Os dimetros e

    sees transversais nominais devem ser os estabelecidos na ABNT NBR 7480.

    perfcie

    cada categoria de ao, o coeficiente de conformao superficial mnimo, , determinado atravs de ensaios de acordo com a

    Para os efeitos desta Norma, a conformao superficial medida pelo coeficiente , cujo valor est

    Tabela 8.2 - Relao entre 1 e b

    Coeficiente de conformao superficial

    8.3 o de armadura passiva

    8.3.1 Categoria

    o valor caracterstico da resistn

    8.3.2 Tipo de su

    Os fios e barras podem ser lisos ou providos de salincias ou mossas. Parab

    ABNT NBR 7477, deve atender ao indicado na ABNT NBR 7480. A configurao e a geometria das salincias ou mossas devem satisfazer tambm ao que especificado nesta Norma nas sees 9 e 23, desde queexistam solicitaes cclicas importantes.

    1

    relacionado ao coeficiente de conformao superficial b, como estabelecido na tabela 8.2.

    Tipo de barra b 1

    Lisa (CA-25) 1,0 1,0

    Entalhada (CA-60) 1,2 1,4

    Alta aderncia (CA-50) 1,5 2,25

    8.3.3 Massa especfica

    Pode-se adotar para massa especfica do ao de armadura passiva o valor de 7 850 kg/m3.

    8.3.4 Coefic

    8.3.6 Diagrama tenso-deformao, resistncia ao escoamento e trao

    cia ao escoamento fyk, da resistncia trao fstk e da deformao na ruptura uk devem ser obtidos de ensaios de trao realizados

    d 892. O valor de fyk para os aos sem patamar de escoamento o valor da

    o nos estados-limite de servio e ltimo pode-se utilizar o diagrama simplificado mostrado na om ou sem patamar de escoamento.

    iente de dilatao trmica

    O valor 10-5/C pode ser considerado para o coeficiente de dilatao trmica do ao, para intervalos de temperatura entre 20C e 150C.

    8.3.5 Mdulo de elasticidade

    Na falta de ensaios ou valores fornecidos pelo fabricante, o mdulo de elasticidade do ao pode ser admitido igual a 210 GPa.

    O diagrama tenso-deformao do ao, os valores caractersticos da resistn

    segun o a ABNT NBR ISO 6tenso correspondente deformao permanente de 0,2%.

    Para clculfigura 8.4, para os aos c

    9 7 -

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    ABNT 2004 Todos os direitos reservados 27

    Figura 8.4 - Diagrama tenso-deformao para aos de armaduras passivas

    mperatura entre 20C e 150C e pode ser aplicado para trao

    de

    am aos valores mnimos de fyk/fstk e uk indicados na ABNT NBR 7480,alta ductilidade. Os aos CA-60 que obedeam tambm s especificaes

    153 e utilizando os dimetros

    o soldvel, sua composio deve obedecer aos limites estabelecidos naABNT NBR 8965.

    de ao soldada deve ser ensaiada trao segundo a ABNT NBR 8548. A carga de rupturamnima, medida na barra soldada, deve satisfazer o especificado na ABNT NBR 7480 e o alongamento sobcarga deve ser tal que no comprometa a dutilidade da armadura. O alongamento total plstico medido na barra soldada deve atender a um mnimo de 2%.

    3.

    Este diagrama vlido para intervalos de tee compresso.

    8.3.7 Caractersticas de ductilida

    Os aos CA-25 e CA-50, que atendpodem ser considerados como dedessa Norma podem ser considerados como de ductilidade normal.

    Em ensaios de dobramento a 180, realizados de acordo com a ABNT NBR 6de pinos indicados na ABNT NBR 7480, no deve ocorrer ruptura ou fissurao.

    8.3.8 Resistncia fadiga

    Ver 23.5.5.

    8.3.9 Soldabilidade

    Para que um ao seja considerad

    A emenda

    8.4 Ao de armadura ativa

    8.4.1 Classificao

    Os valores de resistncia caracterstica trao, dimetro e rea dos fios e das cordoalhas, bem como a classificao quanto relaxao, a serem adotados em projeto, so os nominais indicados naABNT NBR 7482 e na ABNT NBR 7483, respectivamente.

    8.4.2 Massa especfica

    Pode-se adotar para massa especfica do ao de armadura ativa o valor 7 850 kg/m

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    28 ABNT 2004 Todos os direitos reservados

    e dilatao trmica

    8.4.4 Mdulo de elasticidade

    O mdulo de elasticidade deve ser obtido em ensaios ou fornecido pelo fabricante. Na falta de dadosespecficos, pode-se consider

    8.4.5 Dia rama tenso-deform ncia ao escoamento ao

    O diagrama tenso-deformao deve ser forn o pelo fabri vs de ensaios realizadossegundo a ABNT NBR 6349.

    Os valo actersticos da stncia ao amento co cional fpyk, esistncia trao fptk e o alongam s cordoal devem sat nimos estabelecidos na ABNT NBR 7483. Os valores de f k, fptk e do alongamento ap uk dos fios devem atender ao que especific ABNT NBR 7

    culo nos estados-limite de servio e ltimo pode-se utilizar o diagrama simplificado mostrado na

    8.4.3 Coeficiente d

    O valor 10-5/C pode ser considerado para coeficiente de dilatao trmica do ao, para intervalos detemperatura entre 20C e 100C.

    ar o valor de 200 GPa para fios e cordoalhas.

    g ao, resist e tr

    ecid cante ou obtido atra

    res car resi esco nven da rento aps ruptura uk da has isfazer os valo

    s rupturares m

    py482.ado na

    Para clfigura 8.5.

    Figura 8.5 - Diagrama tenso-deformao para aos de armaduras ativas

    Este diagrama vlido para intervalos de temperatura entre 20C e 150C.

    8.4.6 Caractersticas de ductilidade

    Os fios e cordoalhas cujo valor de uk for maior que o mnimo indicado nas ABNT NBR 7482 e ABNT NBR 7483, respectivamente, podem ser considerados como tendo ductilidade normal.

    O nmero mnimo de dobramentos alternados dos fios de protenso, obtidos em ensaios segundo aABNT NBR 6004, deve atender ao que indicado na ABNT NBR 7482.

    8.4.7 Resistncia fadiga

    Ver 23.5.5.

    9 7 -

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    ABNT 2004 Todos os direitos reservados 29

    8.4.8 Relaxao

    1000) e para tenses variando de 0,5 fptk a 0,8 fptk,no deve ultrapassar os valores dados nas

    T mente.

    Cordoalhas Fios

    A relaxao de fios e cordoalhas, aps 1 000 h a 20C (obtida em ensaios descritos na ABNT NBR 7484, ABN NBR 7482 e ABNT NBR 7483, respectiva

    Para efeito de projeto, os valores de 1000 da tabela 8.3 podem ser adotados.

    Tabela 8.3 - Valores de 1000, em porcentagem

    poRN RB RN RB

    Barras

    0,5 fptk 0 0 0 0 0

    0,6 fptk 3,5 1,3 2,5 1,0 1,5

    0,7 f 7,0 2,5 5,0 2,0 4,0 ptk

    0,8 f 12,0ptk 3,5 8,5 3,0 7,0

    Ond

    RN a relaxao normal;

    RB

    e:

    a relaxao baixa.

    9 7 -

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    30 ABNT 2004 Todos os direitos reservados

    9 Comportamento conjunto dos materiais

    , a aplicao dos conceitos estabelecidos nesta seo, os

    seo 4. Dessa forma, ossmbolos subscritos tm o mesmo significado apresentado em 4.3.

    f - Resistncia de aderncia de clculo da armadura passiva

    rncia de clculo da armadura ativa

    - Comprimento de ancoragem bsico

    iva

    t - Tempo contado a partir do trmino das operaes de protenso

    0

    t = 0, na seo de abscissa x

    ) - Fora caracterstica na armadura de protenso, no tempo t, na seo de abscissa x

    x

    p - Relao entre Ep e Eci

    9.1 Simbologia especfica desta seo

    De forma a simplificar a compreenso e, portantosmbolos mais utilizados, ou que poderiam gerar dvidas, encontram-se a seguir definidos.

    A simbologia apresentada nesta seo segue a mesma orientao estabelecida na

    bd

    fbpd - Resistncia de ade

    k - Coeficiente de perda por metro de cabo provocada por curvaturas no intencionais do cabo

    b

    bp - Comprimento de ancoragem bsico para armadura ativa

    bpd - Comprimento de ancoragem para armadura at

    bpt - Comprimento de transferncia da armadura pr-tracionada

    oc - Comprimento do trecho de traspasse para barras comprimidas isoladas

    - Comprimento do trecho de traspasse para barras tracionadas isoladas ot

    - Distncia de regularizao da fora de protenso p

    t - Instante de aplicao de carga

    t - Vida til da estrutura

    x - Abscissa contada a partir da seo do cabo na qual se admite que a protenso tenha sido aplicada ao concreto

    P(x) - Fora normal de protenso

    P0(x) - Fora na armadura de protenso no tempo

    Pd,t - Fora de protenso de clculo, no tempo t

    Pi - Fora mxima aplicada armadura de protenso pelo equipamento de trao

    Pk,t(x

    Pt(x) - Fora na armadura de protenso, no tempo t, na seo de abscissa

    - Coeficiente para clculo de comprimento de ancoragem

    9 7 -

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    protenso

    n -

    t - Dimetro das barras de armadura transversal

    1, 2, da armadura passiva

    p1

    - Tenso inicial no concreto ao nvel do baricentro da armadura de protenso, devida protenso

    ada com a protenso

    p - Tenso de protenso

    nso na armadura ativa imediatamente aps a aplicao da protenso

    p0 - Tenso na armadura ativa correspondente a P0

    p - Tenso na armadura ativa aps todas as perdas ao longo do tempo

    P( ir de Pi, na seo de abscissa x

    P0 e Pi no tempo t = 0, na seo de abscissa x

    Pt( mpo t, calculada aps o tempo t = 0

    p tamento imediato do concreto

    9.2

    9.2.1

    ser obedecidas no projeto as exigncias estabelecidas nesta seo, no que se referem a aderncia, anc condies especficas, relativas proteo das armaduras, situa das e suas limitaes frente natureza dos esforos aplicados,

    es

    9.2. is de protenso

    eis de protenso esto relacionados com os nveis de intensidade da fora de protenso que, por sua o funo da proporo de armadura ativa utilizada em relao passiva (ver 3.1.4 e tabela 13.3).

    9.3 Verificao da aderncia

    9.3.1 Posio da barra durante a concretagem

    Consideram-se em boa situao quanto aderncia os trechos das barras que estejam em uma das pos

    a) al;

    p - Coeficiente de ponderao das cargas oriundas da

    f - Dimetro das barras que constituem um feixe

    Dimetro equivalente de um feixe de barras

    3 - Coeficientes para clculo da tenso de aderncia

    , p2, p3 - Coeficientes para clculo da tenso de aderncia da armadura ativa

    cpsimultnea de n cabos

    cg - Tenso no concreto ao nvel do baricentro da armadura de protenso, devida carga permanente mobilizada pela protenso ou simultaneamente aplic

    pi - Te

    x) - Perdas de protenso por atrito, medidas a part

    (x) - Perda imediata de protenso, medida a partir d

    x) - Perda de protenso na seo de abscissa x, no te

    - Perda mdia de protenso por cabo devida ao encur

    Disposies gerais

    Generalidades

    Devemoragem e emendas das armaduras. Ases particulares de ancoragens e emen

    em regi de descontinuidade e em elementos especiais, so tratadas nas sees 7, 18, 21 e 22, respectivamente.

    2 Nve

    Os nvvez, s

    ies seguintes:

    com inclinao maior que 45 sobre a horizont

    9 7 -

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    32 ABNT 2004 Todos os direitos reservados

    b) menor que 45 sobre a horizontal, desde que:

    ados no mximo 30 cm acima da face inferior do elemento ou da junta de concretagem mais prxima;

    para elementos estruturais com h 60 cm, localizados no mnimo 30 cm abaixo da face superior do lem

    Os trechos das barras em outras posies e quando do uso de formas deslizantes devem ser o aderncia.

    cias de aderncia

    bd 1 2 3 ctd

    1 = 2,25 para barras nervuradas (ver tabela 8.2);

    = (132 )/100 , para 32 mm;

    onde:

    creto na ancoragem de armaduras

    ond

    clculo do comprimento de transferncia (ver 9.4.5);

    = 1,0 para fios lisos;

    horizontais ou com inclinao

    para elementos estruturais com h < 60 cm, localiz

    e ento ou da junta de concretagem mais prxima.

    considerados em m situao quant

    9.3.2 Valores das resistn

    9.3.2.1 A resistncia de aderncia de clculo entre armadura e concreto na ancoragem de armaduras passivas deve ser obtida pela seguinte expresso:

    f = f

    onde:

    fctd = fctk,inf/ c (ver 8.2.5);

    1 = 1,0 para barras lisas (ver tabela 8.2);

    1 = 1,4 para barras entalhadas (ver tabela 8.2);

    2 = 1,0 para situaes de boa aderncia (ver 9.3.1);

    2 = 0,7 para situaes de m aderncia (ver 9.3.1);

    3 = 1,0 para < 32 mm;

    3

    o dimetro da barra, em milmetros.

    9.3.2.2 A resistncia de aderncia de clculo entre armadura e conativas, pr-tracionadas, deve ser obtida pela seguinte expresso:

    fbpd = p1 p2 fctd

    e:

    fctd = fctk,inf/ c (ver 8.2.5) calculado na idade de:

    aplicao da protenso, para

    28 dias, para clculo do comprimento de ancoragem (ver 9.4.5);

    p1

    p1 = 1,2 para cordoalhas de trs e sete fios;

    9 7 -

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    ABNT 2004 Todos os direitos reservados 33

    2 = 1,0 para situaes de boa aderncia (ver 9.3.1);

    p2 = 0,7 para situaes de m aderncia (ver 9.3.1).

    9.3.2.3 No escorregamento da armadura, em elementos estruturais fletidos, devem ser adotados os valores da tenso de aderncia dados em 9.3.

    os esforos a que estejam submetidas cia ou de dispositivos mecnicos ou

    mprimento reto ou com grande raio de curvatura, seguido ou no de gancho.

    apoios diretos, as ancoragens por aderncia devem ser confinadas por armaduras transversais (ver 9.4.2.6) ou pelo prprio concreto, considerando-se este caso quando o cobrimento da barra ancorada fo coradas for maior ou igual a 3 .

    9.4.1.2 Ancoragem por meio de dispositivos mecnicos

    Acontece quando os esforos a ancorar so transmitidos ao concreto por meio de dispositivos mecnicos acoplados barra.

    .4.2 Ancoragem de armaduras passivas por aderncia

    barra ou grande raio de curvatura

    a) obrigatoriamente com gancho (ver 9.4.2.3) para barras lisas;

    alternncia de solicitao, de trao e compresso;

    ixes de barras.

    s ganchos.

    as para a ancoragem de barras, desde que (ver figura 9.1):

    a) dimetro da barra soldada t 0,60 ;

    b) a distncia da barra transversal ao ponto de incio da ancoragem seja 5 ;

    p1 = 1,4 para fios dentados;

    p

    2.1 e 9.3.2.2, multiplicados por 1,75.

    9.4 Ancoragem das armaduras

    9.4.1 Condies gerais

    Todas as barras das armaduras devem ser ancoradas de forma que sejam integralmente transmitidos ao concreto, seja por meio de aderncombinao de ambos.

    9.4.1.1 Ancoragem por aderncia

    D-se quando os esforos so ancorados por meio de um co

    exceo das regies situadas sobre

    r maior ou igual a 3 e a distncia entre barras an

    9

    9.4.2.1 Prolongamento retilneo da

    As barras tracionadas podem ser ancoradas ao longo de um comprimento retilneo ou com grande raio de curvatura em sua extremidade, de acordo com as condies a seguir:

    b) sem gancho nas que tenham

    c) com ou sem gancho nos demais casos, no sendo recomendado o gancho para barras de 32 mm ou para fe

    As barra comprimidas devem ser ancoradas sem

    9.4.2.2 Barras transversais soldadas

    Podem ser utilizadas vrias barras transversais soldad

    9 7 -

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    34 ABNT 2004 Todos os direitos reservados

    sis ar a fora mnima de 0,3 As fyd (30% da resistncia dabarra ancorada).

    NOTA Para barra transversal nica, ver 9.4.7.1.

    c) a re tncia ao cisalhamento da solda deve super

    Figura 9.1 - Ancoragem com barras transversais soldadas

    9.4.2.3

    a) semicirculares, com ponta reta de comprimento no inferior a 2 ;

    ;

    Para as barras lisas, os ganchos devem ser semicirculares.

    anchos das armaduras longitudinais de trao deve ser pelo menos

    9.1 - Dimetro dos pinos de dobramento (D)

    Tipo de ao

    Ganchos das armaduras de trao

    Os ganchos das extremidades das barras da armadura longitudinal de trao podem ser:

    b) em ngulo de 45 (interno), com ponta reta de comprimento no inferior a 4

    c) em ngulo reto, com ponta reta de comprimento no inferior a 8 .

    O dimetro interno da curvatura dos gigual ao estabelecido na tabela 9.1.

    Tabela

    Bitola

    mm CA-25 CA-50 CA-60

    < 20 4 5 6

    20 5 8 -

    Para ganchos de estribos, ver 9.4.6.1.

    operao de dobramento ocorrer aps a soldagem,nto da tabela 9.1, se o ponto de solda situar-se na

    Caso essa distncia seja menor, ou o ponto se situe sobre o trecho curvo, o dimetro do pino de dobramentodeve ser no mnimo igual a 20 .

    tabela 9.1.

    Quando houver barra soldada transversal ao gancho e adevem ser mantidos os dimetros dos pinos de dobrameparte reta da barra, a uma distncia mnima de 4 do incio da curva.

    Quando a operao de soldagem ocorrer aps o dobramento, devem ser mantidos os dimetros da

    9 7 -

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    ABNT 2004 Todos os direitos reservados 35

    Define-se comprimento de ancoragem bsico como o comprimento reto de uma barra de armadura passiva

    de a

    O co

    9.4.2.4 Comprimento de ancoragem bsico

    necessrio para ancorar a fora limite Asfyd nessa barra, admitindo, ao longo desse comprimento, resistnciaderncia uniforme e igual a fbd, conforme 9.3.2.1.

    mprimento de ancoragem bsico dado por:

    bd

    ydb 4 f

    f

    9.4.2.5 Comprimento de ancoragem necessrio

    ulado por:O comprimento de ancoragem necessrio pode ser calc

    min,bef,s

    bnec,b A

    onde:

    calc,sA

    = 1,0 para barras sem gancho;

    = 0,7 para barras tracionadas com gancho, com cobrimento no plano normal ao do gancho 3 ;

    = 0,7 quando houver barras transversais soldadas conforme 9.4.2.2;

    = 0,5 quando houver barras transversais soldadas conforme 9.4.2.2 e gancho, com cobrimento no

    o maior valor entre 0,3 , 10 e 100 mm.

    Permite-se, em casos especiais, considerar outros fatores redutores do comprimento de ancoragemnec

    9.4.2.6 Armadura transversal na ancoragem

    Para os efeitos desta subseo, observado o disposto em 9.4.1.1, consideram-se as armaduras transversaistes ao longo do comprimento de ancoragem, caso a soma das reas dessas armaduras seja maior ous especificadas em 9.4.2.6.1 e 9.4.2.6.2.

    9.4.

    e ser prevista armadura transversal capaz de resistir a 25% da s. Se a ancoragem envolver barras diferentes, prevalece para

    9.4.2.6.2 Barras com 32mm

    Dev sversais ao conjunto de barras ancoradas. Essasarmaduras transversais devem suportar os esforos de fendilhamento segundo os planos crticos,respeitando espaamento mximo de 5 (onde o dimetro da barra ancorada).

    plano normal ao do gancho 3 ;

    b calculado conforme 9.4.2.4;

    min,b b

    essrio.

    existenigual

    2.6.1 Barras com < 32 mm

    Ao longo do comprimento de ancoragem devfora longitudinal de uma das barras ancoradaesse efeito, a de maior dimetro.

    e ser verificada a armadura em duas direes tran

    9 7 -

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    36 ABNT 2004 Todos os direitos reservados

    Quando se tratar de barras comprimidas, pelo menos uma das barras constituintes da armadura transversaldeve estar situada a uma distncia igual a quatro dimetros (da barra ancorada) alm da extremidade dabarra.

    9.4.3 Ancoragem de feixes de barras por aderncia

    Considera-se o feixe como uma barra de dimetro equivalente igual a:

    nfn

    As barras constituintes de feixes devem ter ancoragem reta, sem ganchos, e atender s seguintes condies:

    d ou igual a 25 mm, o feixe pode ser tratado como uma9.4.2;

    b) quando o dimetro equivalente for maior que 25 mm, a ancoragem deve ser calculada para cada barraisolada, distanciando a suas extremidades de forma a minimizar os efeitos de concentraes de tenses de aderncia; a distncia entre as extremidades das barras do feixe no deve ser menor que1,2 vez o comprimento de ancoragem de cada barra individual;

    nd er como recomendado em b), a ancoragem ivalente n. A

    rme ne 32 mm.

    9.3.1 a 9.4.2.

    lisos ou com mossas, podem ser adotados os mesmos critrios definidoso nmero de fios transversais soldados ao longo do comprimento de conforme a expresso:

    a) quan o o dimetro equivalente do feixe for menorbarra nica, de dimetro igual a n, para a qual vale o estabelecido em

    s

    c) qua o, por razes construtivas, no for possvel procedpode ser calculada para o feixe, como se fosse uma barra nica, com dimetro equarmadura transversal adicional deve ser obrigatria e obedecer ao estabelecido em 9.4.2.6, confoseja menor, igual ou maior qu

    9.4.4 Ancoragem de telas soldadas por aderncia

    Aplica-se o disposto em

    Quando a tela for composta de fiospara barras nervuradas, desde queancoragem necessrio seja calculado

    efs

    calcs4 ,A

    An

    ,

    9.4. racionadas) por aderncia

    O comprimento de ancoragem bsico deve ser obtido por:

    para fios isolados:

    5 Ancoragem de armaduras ativas (fios e cordoalhas pr-t

    9.4.5.1 Comprimento de ancoragem bsico

    bpd

    pydbp 4 f

    f

    para cordoalhas de trs ou sete fios:

    bpd

    pydbp 36

    7ff

    onde:

    fbpd deve ser calculado conforme 9.3.2, considerando a idade do concreto na data de protenso para o clculo do comprimento de transferncia e 28 d para o clculo do comprimento de ancoragem.

    9 7 -

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    9.4.5.2 Comprime

    O clculo do mento necessrio para transferir, por ade idade da fora de protenso ao fio, no interior da massa de concreto, deve simultaneamente considerar:

    a) se no ato rotenso, a libera dispositivo de trao gradual. Nesse caso, o comprimento de transferncia deve ser calculado pelas expresses:

    para fios dentados ou lisos:

    nto de transferncia ( bpt )

    compri rncia, a total

    da p o do

    pyd

    pibpbpt f

    70,

    para cordoalhas de trs ou sete fios:

    pyd

    pibpbpt 50 f

    ,

    b) se no ato da protenso a liberao no gradual. Nesse caso os valores calculados em a) devem ser

    Comprimento de ancoragem necessrio

    O co r e ser dado pela expresso:

    multiplicados por 1,25.

    9.4.5.3

    mp imento de ancoragem necessrio dev

    pyd

    ppydbpbptbpd f

    f

    9.4.5.4 Armaduras transversais na zona de ancoragem

    Os ganchos dos estribos podem ser:

    de comprimento maior ou igual a 10 t, porm no inferior a 7 cm (este

    O dimetro interno da curvatura dos estribos deve ser, no mnimo, igual ao ndice dado na tabela 9.2.

    As armaduras transversais na zona de ancoragem podem ser calculadas de acordo com 21.2.

    9.4.6 Ancoragem de estribos

    A ancoragem dos estribos deve necessariamente ser garantida por meio de ganchos ou barras longitudinaissoldadas.

    9.4.6.1 Ganchos dos estribos

    a) semicirculares ou em ngulo de 45 (interno), com ponta reta de comprimento igual a 5 t, porm noinferior a 5 cm;

    b) em ngulo reto, com ponta retatipo de gancho no deve ser utilizado para barras e fios lisos).

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    Tipo de ao

    Tabela 9.2 - Dimetro dos pinos de dobramento para estribos

    Bitola

    mm CA-25 CA-50 CA-60

    10 3 t 3 t 3 t

    10 < < 20 4 t 5 t

    20 5 t 8 t

    9.4.6.2

    Des tncia ao cisalhamento da solda para uma fora mnima de Asfyd seja comprovada por ens de barras transversais soldadas, de acordo com afigu

    metro t > 0,7 para estribos constitudos por um ou dois ramos;

    Barras transversais soldadas

    de que a resisaio, pode ser feita a ancoragem de estribos, por meiora 9.2, obedecendo s condies dadas a seguir:

    a) duas barras soldadas com di

    b) uma barra soldada com dimetro t 1,4 , para estribos de dois ramos.

    onde:

    Asfyd a resistncia da barra ancorada.

    Figura 9.2 - Ancoragem de armadura transversal por meio de barras soldadas

    9.4.7 Ancoragem por meio de dispositivos mecnicos

    Quando forem utilizados dispositivos mecnicos acoplados s armaduras a ancorar, a eficincia do conjuntodeve ser justificada e, quando for o caso, comprovada atravs de ensaios.

    O escorregamento entre a barra e o concreto, junto ao dispositivo de ancoragem, no deve exceder 0,1 mm para 70% da carga limite ltima, nem 0,5 mm para 95% dessa carga.

    A resistncia de c os casos em quesejam desprezvei fadiga, em caso

    o da resistncia do

    9.4.7.1 Barra transversal nica

    Pode ser usada uma barra transversal soldada como dispositivo de ancoragem integral da barra, desde que:

    lculo da ancoragem no deve exceder 50% da carga limite ensaiada, ns os efeitos de fadiga, nem 70% da carga limite obtida em ensaio de

    contrrio.

    O projeto deve prever os efeitos localizados desses dispositivos, atravs de verificaconcreto e da disposio de armaduras adequadas para resistir aos esforos gerados e manter as aberturasde fissuras nos limites especificados, conforme indicado em 21.2.

    9 7 -

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    t = barra

    no seja maior que 1/6 da menor dimenso do elemento a ancoragem ou 25 mm;

    o espaamento entre as barras ancoradas no seja maior que 20 ;

    a solda arra itudina nsversal d rras, contornandocompletamente a rea de co

    a solda respeite o prescrito em 9.5.4.

    po

    por solda;

    por outros dispositivos devidamente justificados.

    9.5.2 Em

    Esse tipo de emenda no permitido para barras de bitola maior que 32 mm, nem para tirantes e pendurais(ele

    e

    barras emendadas

    Consideram-se como na mesma uperpem ou cujas extremidadesmais prximas estejam afastadas de menos que 20% do comprimento do trecho de traspasse.

    Quando as barras tm di tros diferentes, o compri de tr sse de er cal do pel a demaior dimetro (ver figura 9.3).

    ancorada;

    estrutural na regio d

    de ligao das b s seja feita no sentido longntato das barras;

    l e tra as ba

    9.5 Emendas das barras

    9.5.1 Tipos

    r traspasse;

    por luvas com preenchimento metlico, rosqueadas ou prensadas;

    endas por traspasse

    mentos estruturais lineares de seo inteiramente tracionada).

    No caso d feixes, o dimetro do crculo de mesma rea, para cada feixe, no deve ser superior a 45 mm,respeitados os critrios estabelecidos em 9.5.2.5.

    9.5.2.1 Proporo das

    seo transversal as emendas que se s

    me mento aspa ve s cula a barr

    Figura 9.3 - Emendas supostas como na mesma seo transversal

    A proporo mxima de barras tracionadas da armadura principal emendadas por traspasse na mesmaseo transversal do elemento estrutural deve ser a indicada na tabela 9.3.

    9 7 -

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    o ridade do concreto natransmisso dos esforos e da capacidade resistente da emenda, como um conjunto, frente natureza dasA ado de propores maiores que as indicadas deve ser justificada quanto integ

    aes que a solicitem.

    Tabela 9.3 - Proporo mxima de barras tracionadas emendadas

    Tipo de carregamento Tipo de barra Situao

    Esttico Dinmico

    Alta adernciem uma camada 100% 100%

    aem mais de uma camada 50% 50%

    Lisa 16 mm 50% 25%

    16 mm 25% 25%

    Quando se tratar de armadura permanentemente comprimida ou de distribuio, todas as barras podem ser

    9.5.2.2.1 Quando a distncia livre entre barras emendadas estiver compreendida entre 0 e 4 , ocomprimento do trecho de traspasse para barras tracionadas deve ser:

    o maior valor entre 0,3 , 15 e 200 mm;

    ivre entre barras emendadas. A armadura transversal na

    9.4 - Valores do coeficiente 0t

    %

    emendadas na mesma seo.

    9.5.2.2 Comprimento de traspasse de barras tracionadas, isoladas

    min,t0t0t0 necb,

    onde:

    bmin,t0 0t

    0t o coeficiente funo da porcentagem de barras emendadas na mesma seo, conforme tabela 9.4.

    9.5.2.2.2 Quando a distncia livre entre barras emendadas for maior que 4 , ao comprimento calculadoem 9.5.2.2.1 deve ser acrescida a distncia lemenda deve ser justificada, considerando o comportamento conjunto concreto-ao, atendendo aoestabelecido em 9.5.2.4.

    Tabela

    Barras emendadas na mesma seo 20 25 33 50 > 50

    Valores de 0t 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0

    9.5.2.3 Comprimento por traspasse de barras comprimidas, isoladas

    Quando as barras estiverem comprimidas, adota-se a seguinte expresso para clculo do comprimento detraspasse:

    onde:

    min,0,0 cnecbc

    min o maior valor entre 0,6 b , 15 e 200 mm. ,c0

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    9.5.2.4

    9.5.2.4. principal (ver figura 9.4)

    Quando < 16 mm e a proporo de barras emendadas na mesma seo for menor que 25%, a armaduratransversal deve satisfazer 9.4.2.6.

    Nos casos em que 16 mm ou quando a proporo de barras emendadas na mesma seo for maior ouigual a 25%, a armadura transversal deve:

    ser capaz de resistir a uma fora igual de uma barra emendada, considerando os ramos paralelosao plano da emenda;

    ser constituda por barras fechadas se a distncia entre as duas barras mais prximas de duas emendas na mesma seo for < 10 ( = dimetro da barra emendada);

    concentrar-se nos teros extremos da emenda.

    9.5.2.4.2 Emendas de barras comprimidas (ver figura 9.4)

    Devem ser mantidos os critrios estabelecidos para o caso anterior, com pelo menos uma barra de armaduratransversal posicionada 4 alm das extremidades da emenda.

    Armadura transversal nas emendas por traspasse, em barras isoladas

    1 Emendas de barras tracionadas da armadura

    Figura 9 endas

    transversal deve obedecer ao estabelecido em 9.4.2.6.

    itado o estabelecido em 9.5.2, asbarras constituintes do feixe forem emendadas uma de cada vez, desde que em qualquer seo do feixe

    As emendas das barras do feixe devem ser separadas entre si 1,3 vez o comprimento de emenda individual de cada uma.

    9.5.3 Emendas por luvas rosqueadas

    Para esse tipo de emenda, as luvas rosqueadas devem ter resistncia maior que as barras emendadas.

    .4 - Armadura transversal nas em

    9.5.2.4.3 Emendas de barras de armaduras secundrias

    A armadura

    9.5.2.5 Emendas por traspasse em feixes de barras

    Podem ser feitas emendas por traspasse em feixes de barras quando, respe

    emendado no resultem mais de quatro barras.

    9 7 -

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    solda

    cuidados especiais quanto s operaes de soldagem que devem atender a if aquecimento e resfriamento da barra, conforme normas especficas.

    ser:

    or que 20 mm;

    por traspasse com pelo menos dois cordes de solda longitudinais, cada um deles com comprimento, afastados no mnimo 5 (ver figura 9.5);

    com outras b da longitudinais, fazendo-se coincidiro s barras emendadas, devendo cada cordo

    9.5.4 Emendas por

    As emendas por solda exigemespec icaes de controle do

    As emendas por solda podem

    de topo, por caldeamento, para bitola no menor que 10 mm;

    de topo, com eletrodo, para bitola no men

    no inferior a 5

    arras justapostas (cobrejuntas), com cordes de soleixo baricntrico do conjunto com o eixo longitudinal da

    ter comprimento de pelo menos 5 (ver figura 9.5).

    Figura 9.5 - Emendas por solda

    As emendas por solda podem ser realizadas na totalidade das barras em uma seo transversal do elementoestrutural.

    9 7 -

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    de centro a centro estejam afastadas entre si menos que 15 medidos na direo do eixo da barra.

    rada sem reduo.

    9.6.

    9.6.1.1 Generalidades

    e no tempo t dada pela expresso:

    ond

    ra de protenso

    nso, a fora de trao na armadura no deve superar os valores decorrentes ao correspondentes a essa situao transitria, fornecidos em 9.6.1.2.1 a

    aos da classe de relaxao baixa;

    por ocasio da aplicao da fora Pi, a tenso pi da armadura de protenso na sada do aparelho de trao deve respeitar os limites 0,74 fptk e 0,87 fpyk para aos da classe de relaxao normal, e 0,74 fptk e 0,82 fpyk para aos da classe de relaxao baixa;

    nos aos CP-85/105, fornecidos em barras, os limites passam a ser 0,72 fptk e 0,88 fpyk,re

    Ao trmino da operao de protenso, a tenso p0(x) da armadura pr-tracionada ou ps-tracionada, decorrente da fora P0(x), no deve superar os limites estabelecidos em 9.6.1.2.1-b).

    Devem ser consideradas como na mesma seo as emendas que

    A resistncia de cada barra emendada deve ser conside

    Em caso de barra tracionada e havendo preponderncia de carga acidental, a resistncia deve ser reduzida em 20%.

    9.6 Protenso

    1 Fora de protenso

    A fora mdia na armadura de protenso na abscissa x

    Pt (x) = P0 (x) Pt (x) = Pi P0 (x) Pt (x)

    e:

    P0(x) = Pi P0(x)

    9.6.1.2 Valores limites da fora na armadu

    Durante as operaes de proteda limitao das tenses no 9.6.1.2.3.

    Aps o trmino das operaes de protenso, as verificaes de segurana devem ser feitas de acordo com os estados limites conforme a seo 10.

    9.6.1.2.1 Valores limites por ocasio da operao de protenso

    Para efeito desta Norma deve ser considerado o seguinte:

    a) armadura pr-tracionada:

    por ocasio da aplicao da fora Pi, a tenso pi da armadura de protenso na sada do aparelho de trao deve respeitar os limites 0,77 fptk e 0,90 fpyk para aos da classe de relaxao normal, e 0,77 fptk e 0,85 fpyk para

    b) armadura ps-tracionada:

    spectivamente.

    9.6.1.2.2 Valores limites ao trmino da operao de protenso

    9 7 -

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