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INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 7

NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS ..................................................................... 7

Necessidades fisiológicas ............................................................................................. 7

Necessidades de segurança ........................................................................................... 7

Necessidades sociais ..................................................................................................... 7

Necessidades de "status" ou de estima ......................................................................... 8

Necessidade de auto realização .................................................................................... 8

A EVOLUÇÃO DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE NOS PERÍODOS HISTÓRICOS ....... 8

PERÍODO PRÉ-CRISTÃO .............................................................................................. 8

Egito ............................................................................................................................. 8

Índia .............................................................................................................................. 8

Assíria e Babilônia ....................................................................................................... 9

China ............................................................................................................................. 9

Japão ............................................................................................................................. 9

Grécia.......................................................................................................................... 10

Roma ........................................................................................................................... 10

HISTÓRIA DA ENFERMAGEM .................................................................................. 11

Período Florence Nightingale ..................................................................................... 11

A ENFERMAGEM COMO PROFISSÃO ..................................................................... 12

HISTÓRIA DA ENFERMAGEM NO BRASIL ............................................................ 12

ANNA NERY ................................................................................................................. 14

SÍMBOLOS DA ENFERMAGEM ................................................................................ 15

Resolução COFEN-218/1999 ..................................................................................... 15

Resolve: ...................................................................................................................... 15

REGULAMENTO APROVADO PELA RESOLUÇÃO 218/99 I - SIMBOLOGIA

APLICADA À ENFERMAGEM: .................................................................................. 15

INFECÇÃO .................................................................................................................... 16

INFECÇÃO HOSPITALAR .......................................................................................... 16

Fatores de risco para ocorrer a infecção ..................................................................... 16

Fontes ou reservatórios de microrganismos ............................................................... 17

TIPOS DE INFECÇÕES ................................................................................................ 17

Modos de transmissão ................................................................................................ 17

A transmissão por contato pode ser: ........................................................................... 18

SISTEMA DE PRECAUÇÕES E ISOLAMENTO ....................................................... 19

Precaução Padrão ........................................................................................................ 19

Isolamento .................................................................................................................. 19

ÁREAS E ARTIGOS HOSPITALARES ....................................................................... 20

Áreas hospitalares ....................................................................................................... 20

LAVAGEM DAS MÃOS ............................................................................................... 21

LUVAS ........................................................................................................................... 23

Tipos ........................................................................................................................... 23

Finalidade ................................................................................................................... 23

Método para calçar as luvas........................................................................................ 23

MÉTODO DE RETIRADA DAS LUVAS ESTÉREIS ................................................. 25

PREPARO DA CAMA HOSPITALAR ........................................................................ 26

Tipos de preparo ......................................................................................................... 26

Cama fechada ............................................................................................................. 26

Material ....................................................................................................................... 26

MÉTODO DE DOBRADURA ...................................................................................... 26

ORDEM NA QUAL A ROUPA DEVERÁ SER COLOCADA NO ESPALDAR DA

CADEIRA ...................................................................................................................... 27

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MÉTODO ....................................................................................................................... 27

Cama aberta ................................................................................................................ 27

Material ....................................................................................................................... 27

Método ........................................................................................................................ 28

Cama para operado ..................................................................................................... 28

Finalidade ................................................................................................................... 28

Materiais ..................................................................................................................... 28

Método ........................................................................................................................ 28

CUIDADOS DE HIGIENE CORPORAL NO LEITO .................................................. 29

Banho no leito ............................................................................................................. 29

Materiais ..................................................................................................................... 29

Procedimento .............................................................................................................. 29

Observação: ................................................................................................................ 31

Cuidados perineais ...................................................................................................... 31

Higiene oral ................................................................................................................ 32

Limpeza de próteses dentárias .................................................................................... 32

Cuidado com os cabelos ............................................................................................. 33

Lavagem dos cabelos no leito ......................................................................................... 33

Banho de aspersão (chuveiro) .................................................................................... 33

POSICIONAMENTO ..................................................................................................... 34

Decúbito dorsal, horizontal ou supina: ....................................................................... 34

Posição de Decúbito Lateral ....................................................................................... 35

Posição de Fowler: ..................................................................................................... 37

Decúbito ventral ou de prona: .................................................................................... 38

Decúbito lateral ou Sims: ........................................................................................... 39

Posição Genupeitoral .................................................................................................. 40

Posição ginecológica .................................................................................................. 41

Posição litotômica ...................................................................................................... 42

Posição de trendelemburg ........................................................................................... 42

CUIDADOS COM A PELE ........................................................................................... 43

ÚLCERAS POR PRESSÃO ........................................................................................... 44

Classificação da Úlcera de Pressão ............................................................................ 44

Esta classificação verifica o comprometimento tecidual: .......................................... 44

Causas imediatas ........................................................................................................ 44

Cuidados preventivos ................................................................................................. 45

CURATIVO ................................................................................................................... 45

Tipos de curativos O curativo pode ser: ..................................................................... 45

Medidas de antissepsia ............................................................................................... 46

Soluções mais utilizadas ............................................................................................. 46

Feridas com drenos ..................................................................................................... 50

SINAIS VITAIS ............................................................................................................. 51

VERIFICAÇÃO DE SINAIS VITAIS (SSVV) ............................................................. 51

Os Sinais Vitais (SSVV) referem-se a: ...................................................................... 51

ARTÉRIAS MAIS UTILIZADAS PARA A VERIFICAÇÃO DO PULSO ................. 53

VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL ............................................................... 54

MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS .............................................................................. 56

Finalidade ................................................................................................................... 56

Método de verificação do peso ................................................................................... 56

Método de verificação de estatura .............................................................................. 57

ALIMENTAÇÃO DO PACIENTE ................................................................................ 57

Método para alimentar pacientes acamados, capaz de alimentar-se sozinho: ............ 57

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Método para alimentar pacientes acamados, incapazes de alimentar-se sozinho: ..... 58

Alimentação por Gavagem ......................................................................................... 58

SONDA NASOENTERAL ............................................................................................ 60

SONDAGEM NASOGÁSTRICA .................................................................................. 62

Materiais Sonda gástrica ............................................................................................. 62

Método ........................................................................................................................ 62

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS ............................................................... 64

Descrição da Técnica: ................................................................................................. 64

Medicação Via Endovenosa ....................................................................................... 65

Descrição da Técnica: ................................................................................................. 66

MEDICAÇÃO VIA NASAL ......................................................................................... 67

Medicação Via Ocular ................................................................................................ 68

Material: ..................................................................................................................... 68

MEDICAÇÃO VIA ORAL ............................................................................................ 69

Via Oral Através de Sondas (Nasogástrica ou Nasoenteral) ...................................... 70

Via Oral Através de Sondas (Nasogástrica ou Nasoenteral) ...................................... 71

Medicação Via Otológica ........................................................................................... 71

Medicação Via Retal .................................................................................................. 72

Medicação Via Subcutânea ........................................................................................ 73

Medicação Via Sublingual.......................................................................................... 75

Medicação Via Tópica (Cutânea) ............................................................................... 76

Medicação Via Intramuscular ..................................................................................... 76

Medicação Via Intradérmica ...................................................................................... 78

Tricotomia .................................................................................................................. 80

ASPIRAÇÃO ENDOTRAQUEAL ................................................................................ 81

VERIFICAÇÃO DE GLICEMIA CAPILAR ................................................................ 82

VERIFICAÇÃO DE GLICOSÚRIA E CETONÚRIA .................................................. 84

TROCA DE ÁGUA DO FRASCO DE DRENAGEM DE TÓRAX (selo d’água) ....... 84

DOCUMENTAÇÃO ...................................................................................................... 86

Prontuário Médico ...................................................................................................... 86

O que anotar: condições físicas .................................................................................. 86

Passagem de plantão ................................................................................................... 88

Admissão Hospitalar .................................................................................................. 88

Transferência .............................................................................................................. 90

Ordem e Limpeza ....................................................................................................... 90

Limpeza geral ou terminal .......................................................................................... 90

CUIDADOS COM RESÍDUOS ..................................................................................... 91

CATETERISMO VESICAL .......................................................................................... 92

Cateterismo vesical de alívio ...................................................................................... 93

Cateterismo vesical de demora ................................................................................... 94

BALANÇO HÍDRICO ............................................................................................... 95

CUIDADOS COM ÚLCERA DE PRESSÃO ............................................................... 97

DESCRIÇÃO DA TÉCNICA: ....................................................................................... 97

1. Avaliação de risco: ................................................................................................. 97

2. Cuidados com a pele e medidas preventivas: ......................................................... 97

3. Redução de carga mecânica e utilização de superfícies de suporte: ...................... 98

ACESSO VENOSO PERIFÉRICO ................................................................................ 99

CÁLCULO DE GOTEJAMENTO ............................................................................... 101

APLICAÇÃO DE CALOR .......................................................................................... 103

CATETER NASAL ...................................................................................................... 105

COLETA DE URINA TIPO I ...................................................................................... 105

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Descrição da Técnica: ............................................................................................... 106

NEBULIZAÇÃO .......................................................................................................... 107

COLETA DE SANGUE ARTERIAL .......................................................................... 108

EXAMES LABORATORIAIS .................................................................................... 110

ANTIBIOGRAMA ....................................................................................................... 110

BAAR, CULTURA ...................................................................................................... 110

BAAR, PESQUISA ...................................................................................................... 111

COLESTEROL - HDL ................................................................................................. 111

COLESTEROL TOTAL / LDL E VLDL .................................................................... 112

GLICOSE ..................................................................................................................... 113

GLICOSE PÓS - PRANDIAL ..................................................................................... 113

GLICOSE TESTE ORAL DE TOLERÂNCIA............................................................ 114

HEMOGRAMA ........................................................................................................... 114

PARASITOLÓGICOS DE FEZES .............................................................................. 115

PREPARO DO CORPO APÓS A MORTE ................................................................. 117

BIBLIOGRAFIAS ........................................................................................................ 122

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INTRODUÇÃO

Pode–se considerar que a enfermagem sempre esteve voltada para atender as

necessidades de assistência de saúde da sociedade. Ela originou-se do desejo de manter as

pessoas saudáveis, assim como propiciar conforto, cuidados e confiança ao enfermo.

“A enfermagem como profissão, é a única na medida, em que se dedica humanista, ás

reações dos pacientes e de suas famílias, frente aos problemas reais e potenciais”.

SAÚDE: É um estado de completo bem-estar físico, mental e social, não meramente a

ausência de doença ou enfermidade.

3 – DOENÇA: É um processo anormal no qual o funcionamento do organismo de uma

pessoa está diminuído ou prejudicado em uma ou mais dimensões.

NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS Necessidades fisiológicas

Estas são as necessidades mais básicas

(oxigênio, hidratação, nutrição, temperatura,

excreção, repouso, sexo). Uma vez satisfeitas

estas necessidades passamos a nos preocupar

com outras coisas.

Necessidades de segurança

No mundo conturbado em que vivemos

procuramos fugir dos perigos, buscamos por

abrigo, segurança, proteção, estabilidade e

continuidade. A busca da religião, de uma

crença deve ser colocada neste nível da

hierarquia.

Necessidades sociais

O ser humano precisa amar e pertencer. O ser humano tem a necessidade de ser

amado, querido por outros, de ser aceito por outros. Nós queremos nos sentir necessários

a outras pessoas ou grupos de pessoas. Esse agrupamento de pessoas pode ser, no seu

local de trabalho, na sua igreja, na sua família, no seu clube ou na sua torcida. Todos estes

agrupamentos fazem com que tenhamos a sensação de pertencer a um grupo .

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Necessidades de "status" ou de estima

O ser humano busca ser competente, alcançar objetivos, obter aprovação e ganhar

reconhecimento.

Necessidade de auto realização

O ser humano busca a sua realização como pessoa, a demonstração prática da

realização permitida e alavancada pelo seu potencial único. O ser humano pode buscar

conhecimento, experiências estéticas e metafísicas, ou mesmo a busca de Deus.

Os profissionais de saúde preocupam-se que estas necessidades básicas sejam

proporcionadas aos pacientes que buscam assistência.

A EVOLUÇÃO DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE NOS PERÍODOS HISTÓRICOS PERÍODO PRÉ-CRISTÃO

Neste período as doenças eram tidas como um castigo de Deus ou resultavam do

poder do demônio. Por isso os sacerdotes ou feiticeiras acumulavam funções de médicos e

enfermeiros. O tratamento consistia em aplacar as divindades, afastando os maus espíritos

por meio de sacrifícios. Usavam-se: massagens, banho de água fria ou quente. Mais tarde

os sacerdotes adquiriam conhecimentos sobre plantas medicinais e passaram a ensinar

pessoas, delegando-lhes funções de enfermeiros e farmacêuticos. Alguns papiros,

inscrições, monumentos, livros de orientações política e religiosas, ruínas de aquedutos e

outras descobertas nos permitem formar uma idéia do tratamento dos doentes.

Egito

Os egípcios deixaram alguns documentos sobre a medicina conhecida em sua época.

As receitas médicas deviam ser tomadas acompanhadas da recitação de fórmulas

religiosas. Pratica-se o hipnotismo, a interpretação de sonhos; acreditava-se na influência

de algumas pessoas sobre a saúde de outras. Havia ambulatórios gratuitos, onde era

recomendada a hospitalidade e o auxílio aos desamparados.

Índia

Documentos do século VI a.C. nos dizem que os hindus conheciam: ligamentos,

músculos, nervos, plexos, vasos linfáticos, antídotos para alguns tipos de envenenamento e

o processo digestivo. Realizavam alguns tipos de procedimentos, tais como: suturas,

amputações e corrigiam fraturas. Neste aspecto o budismo contribui para o

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desenvolvimento da enfermagem e da medicina. Os hindus tornaram-se conhecidos pela

construção de hospitais. Foram os únicos, na época, que citaram enfermeiros e exigiam

deles qualidades morais e conhecimentos científicos. Nos hospitais eram usados músicos e

narradores de histórias para distrair os pacientes. O bramanismo fez decair a medicina e a

enfermagem, pelo exagerado respeito ao corpo humano - proibia a dissecção de

cadáveres e o derramamento de sangue. As doenças eram consideradas castigo.

Assíria e Babilônia

Entre os assírios e babilônios existiam penalidades para médicos incompetentes, tais

como: amputação das mãos, indenização, etc. A medicina era baseada na magia -

acreditava-se que sete demônios eram os causadores das doenças. Os sacerdotes -

médicos vendiam talismãs com orações usadas contra ataques dos demônios. Nos

documentos assírios e babilônicos não há menção de hospitais, nem de enfermeiros.

Conheciam a lepra e sua cura dependia de milagres de Deus, como no episódio bíblico do

banho no rio Jordão. "Vai, lava-te sete vezes no Rio Jordão e tua carne ficará limpa".

China

Os doentes chineses eram cuidados por sacerdotes. As doenças eram classificadas da

seguinte maneira: benignas, médias e graves. Os sacerdotes eram divididos em três

categorias que correspondiam ao grau da doença da qual se ocupava. Os templos eram

rodeados de plantas medicinais. Os chineses conheciam algumas doenças: varíola e sífilis.

Tratamento: anemias indicavam ferro e fígado; doenças da pele aplicavam o arsênico.

Anestesia: ópio. Construíram alguns hospitais de isolamento e casas de repouso. A cirurgia

não evoluiu devido a proibição da dissecção de cadáveres.

Japão

Os japoneses aprovaram e estimularam a eutanásia. A medicina era fetichista e a

única terapêutica era o uso de águas termais.

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Grécia

As primeiras teorias gregas se prendiam à mitologia. Apolo, o deus sol, era o deus da

saúde e da medicina. Usavam sedativos, fortificantes e hemostáticos, faziam ataduras e

retiravam corpos estranhos, também tinham casas para tratamento dos doentes. A

medicina era exercida pelos sacerdotes - médicos, que interpretavam os sonhos das

pessoas. Tratamento: banhos, massagens, sangrias, dietas, sol, ar puro, água pura mineral.

Dava-se valor à beleza física, cultural e a hospitalidade. O excesso de respeito pelo corpo

atrasou os estudos anatômicos. O nascimento e a morte eram considerados impuros,

causando desprezo pela obstetrícia e abandono dos doentes graves. A medicina tornou-se

científica, graças a Hipócrates, que deixou de lado a crença de que as doenças eram

causadas por maus espíritos. Hipócrates é considerado o Pai da Medicina. Observava o

doente, fazia diagnóstico, prognóstico e a terapêutica. Reconheceu doenças como:

tuberculose, malária, histeria, neurose, luxações e fraturas. Seu princípio fundamental na

terapêutica consistia em "não contrariar a natureza, porém auxiliá-la a reagir". Tratamentos

usados: massagens, banhos, ginásticas, dietas, sangrias, e calmantes, ervas medicinais e

medicamentos minerais.

Roma

A medicina não teve prestígio em Roma.

Durante muito tempo era exercida por escravos

ou estrangeiros. Os romanos eram um povo,

essencialmente guerreiro. O indivíduo recebia

cuidados do Estado como cidadão destinado a

tornar-se bom guerreiro, audaz e vigoroso.

Roma distinguiu-se pela limpeza das ruas,

ventilação das casas, água pura e abundante e

redes de esgoto. Os mortos eram sepultados

fora da cidade, na via Ápia. O desenvolvimento

da medicina dos romanos sofreu influência do

povo grego.

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O cristianismo foi a maior revolução social de todos os tempos. Influiu positivamente

através da reforma dos indivíduos e da família. Os cristãos praticavam uma tal caridade,

que movia os pagãos: "Vede como eles se amam".

Desde o início do cristianismo os pobres e enfermos foram objeto de cuidados

especiais por parte da Igreja.

HISTÓRIA DA ENFERMAGEM

Período Florence Nightingale

Nascida a 12 de maio de 1820, em Florença, Itália, era filha de ingleses. Possuía

inteligência incomum, tenacidade de propósitos, determinação e perseverança - o que lhe

permitia dialogar com políticos e oficiais do Exército, fazendo prevalecer suas idéias.

Dominava com facilidade o inglês, o francês, o alemão, o italiano, além do grego e latim.

No desejo de realizar-se como enfermeira, passa o inverno de 1844 em Roma, estudando

as atividades das Irmandades Católicas. Em 1849 faz uma viagem ao Egito e decide-se a

servir a Deus, trabalhando em Kaiserswert, Alemanha, entre as diaconisas.

Decidida a seguir sua vocação, procura completar seus conhecimentos que julga

ainda insuficientes. Visita o Hospital de Dublin dirigido pela Irmãs de Misericórdia, Ordem

Católica de Enfermeiras, fundada 20 anos antes. Conhece as Irmãs de Caridade de São

Vicente de Paulo, na Maison de la Providence em Paris. Aos poucos vai se preparando para

a sua grande missão.

Em 1854, a Inglaterra, a França e a Turquia declaram guerra à Rússia: “ Guerra da

Criméia.” Os soldados acham-se no maior abandono. A

mortalidade entre os hospitalizados é de 40%.

Florence partiu para Scutari com 38 voluntárias

entre religiosas e leigas vindas de diferentes hospitais.

Algumas enfermeiras foram despedidas por

incapacidade de adaptação e principalmente por

indisciplina. A mortalidade decresce de 40% para 2%.

Os soldados fazem dela o seu anjo da guarda e ela

foi imortalizada como a "Dama da Lâmpada" porque, de

lanterna na mão, percorre as enfermarias, atendendo os

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doentes.

Durante a guerra contrai tifo e ao retornar da Criméia, em 1856, leva uma vida de

inválida.

Dedica-se porém, com ardor, a trabalhos intelectuais. Pelos trabalhos na Criméia,

recebe um prêmio do Governo Inglês e, graças a este prêmio, consegue iniciar o que para

ela é a única maneira de mudar os destinos da Enfermagem - uma Escola de Enfermagem

em 1959.

Após a guerra, Florence fundou uma escola de Enfermagem no Hospital Saint

Thomas, que passou a servir de modelo para as demais escolas que foram fundadas

posteriormente. A disciplina rigorosa, do tipo militar, era uma das características da escola

nightingaleana, bem como a exigência de qualidades morais das candidatas. O curso, de

um ano de duração, consistia em aulas diárias ministradas por médicos.

Nas primeiras escolas de Enfermagem, o médico foi de fato a única pessoa

qualificada para ensinar. A ele cabia então decidir quais das suas funções poderiam

colocar nas mãos das enfermeiras. Florence morre em 13 de agosto de 1910, deixando

florescente o ensino de Enfermagem. Assim, a Enfermagem surge não mais como uma

atividade empírica, desvinculada do saber especializado, mas como uma ocupação

assalariada que vem atender a necessidade de mão-de-obra nos hospitais, constituindo-se

como uma prática social institucionalizada e específica.

A ENFERMAGEM COMO PROFISSÃO

Atualmente a enfermagem não é somente arte, mas uma ciência, pois baseia-se em

princípios científicos.

Para Wanda Horta a enfermagem tem três seres:

O ser enfermagem

O ser enfermeiro

O ser paciente.

HISTÓRIA DA ENFERMAGEM NO BRASIL

A organização da Enfermagem na Sociedade Brasileira começa no período colonial e

vai até o final do século XIX. A profissão surge como uma simples prestação de cuidados

aos doentes, realizada por um grupo formado, na sua maioria, por escravos, que nesta

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época trabalhavam nos domicílios. Desde o princípio da colonização foi incluída a abertura

das Casas de Misericórdia, que tiveram origem em Portugal.

A primeira Casa de Misericórdia foi fundada na Vila de Santos, em 1543. Em seguida,

ainda no século XVI, surgiram as do Rio de Janeiro, Vitória, Olinda e Ilhéus. Mais tarde

Porto Alegre e Curitiba, esta inaugurada em 1880, com a presença de D. Pedro II e Dona

Tereza Cristina.

No que diz respeito à saúde do povo brasileiro, merece destaque o trabalho do Padre

José de Anchieta. Ele não se limitou ao ensino de ciências e catequeses. Foi além. Atendia

aos necessitados, exercendo atividades de médico e enfermeiro. Em seus escritos

encontramos estudos de valor sobre o Brasil, seus primitivos habitantes, clima e as doenças

mais comuns.

A terapêutica empregada era à base de ervas medicinais minuciosamente descritas.

Supõe-se que os Jesuítas faziam a supervisão do serviço que era prestado por pessoas

treinadas por eles. Não há registro a respeito.

Outra figura de destaque é Frei Fabiano Cristo, que durante 40 anos exerceu

atividades de enfermeiro no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro (Séc. XVIII).

Os escravos tiveram papel relevante, pois auxiliavam os religiosos no cuidado aos

doentes. Em 1738, Romão de Matos Duarte consegue fundar no Rio de Janeiro a Casa dos

Expostos. Somente em 1822, o Brasil tomou as primeiras medidas de proteção à

maternidade que se conhecem na legislação mundial, graças a atuação de José Bonifácio

Andrade e Silva. A primeira sala de partos funcionava na Casa dos Expostos em 1822. Em

1832 organizou-se o ensino médico e foi criada a Faculdade de Medicina do Rio de

Janeiro. A escola de parteiras da Faculdade de Medicina diplomou no ano seguinte a

célebre Madame Durocher, a primeira parteira formada no Brasil.

No começo do século XX, grande número de teses médicas foram apresentadas

sobre Higiene Infantil e Escolar, demonstrando os resultados obtidos e abrindo horizontes

e novas realizações. Esse progresso da medicina, entretanto, não teve influência imediata

sobre a Enfermagem.

Assim sendo, na enfermagem brasileira do tempo do Império, raros nomes de

destacaram e, entre eles, merece especial menção o de Anna Nery.

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ANNA NERY

Aos 13 de dezembro de 1814, nasceu

Ana Justina Ferreira, na Cidade de

Cachoeira, na Província da Bahia. Casou-se

com Isidoro Antonio Nery, enviuvando aos

30 anos.

Seus dois filhos, um médico militar e

um oficial do exército, são convocados a

servir a Pátria durante a Guerra do Paraguai

(1864-1870), sob a presidência de Solano

Lopes. O mais jovem, aluno do 6º ano de Medicina, oferece seus serviços médicos em prol

dos brasileiros.

Anna Nery não resiste à separação da família e escreve ao Presidente da Província,

colocando-se à disposição de sua Pátria. Em 15 de agosto parte para os campos de

batalha, onde dois de seus irmãos também lutavam. Improvisa hospitais e não mede

esforços no atendimento aos feridos.

Após cinco anos, retorna ao Brasil, é acolhida com carinho e louvor, recebe uma

coroa de louros e Victor Meireles pinta sua imagem, que é colocada no edifício do Paço

Municipal.

O governo imperial lhe concede uma pensão, além de medalhas humanitárias e de

campanha.

Faleceu no Rio de Janeiro a 20 de maio de 1880.

A primeira Escola de Enfermagem fundada no Brasil recebeu o seu nome. Anna Nery

que, como Florence Nightingale, rompeu com os preconceitos da época que faziam da

mulher prisioneira do lar.

“A enfermagem é uma arte; e para realiza-la como arte, requer uma devoção tão exclusiva, um

preparo tão rigoroso, como a obra de qualquer pintor ou escultor; pois o que é tratar da tela morta ou do

frio mármore comparado ao tratar do corpo vivo, o templo do espírito de Deus . É uma das artes; poder-se-ia

dizer, a mais bela das artes ‘’

Florence Nightingale

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SÍMBOLOS DA ENFERMAGEM

Resolução COFEN-218/1999

Aprova o Regulamento que disciplina sobre Juramento, Símbolo, Cores e Pedra

utilizados na Enfermagem.

Aprova o Regulamento que disciplina sobre Juramento, Símbolo, Cores e Pedra

utilizados na Enfermagem. O Conselho Federal de Enfermagem-COFEN, no uso de suas

atribuições legais e estatutárias; CONSIDERANDO os estudos e subsídios contidos o PAD-

COFEN Nº 50/98, sobre " padronização de Juramento, Pedra, Cor, e Símbolos a serem

utilizados nas Solenidades de Formaturas ou representativas da Profissão ", pelo Grupo de

Trabalho constituído através da Portaria COFEN-49/98; CONSIDERANDO as diversas

consultas sobre o tema, que constantemente são efetuadas; CONSIDERANDO inexistir

legislação, normatizando a matéria; CONSIDERANDO deliberação do Plenário em sua

Reunião Ordinária de nº 273; realizada em 28.04.99.

Resolve:

Art. 1º- Aprovar o regulamento anexo que dispõe sobre o Juramento a ser proferido nas

Solenidades de Formatura dos Cursos de Enfermagem, bem como a pedra, a cor e o

Brasão ou marca que representará a Enfermagem, em anéis e outros acessórios que

venham a ser utilizados em nome da Profissão.

Art. 2º- Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

REGULAMENTO APROVADO PELA RESOLUÇÃO 218/99 I - SIMBOLOGIA APLICADA À ENFERMAGEM: Os significados dados aos símbolos utilizados na Enfermagem são os seguintes:

Lâmpada: caminho, ambiente;

Cobra: magia, alquimia;

Cobra + cruz: ciência;

Seringa: técnica

Cor verde: paz, tranquilidade, cura, saúde.

Pedra Símbolo da Enfermagem: Esmeralda

Cor que representa a Enfermagem: Verde Esmeralda

Símbolo: lâmpada, conforme modelo apresentado

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Brasão ou Marca de anéis ou acessórios:

Enfermeiro: lâmpada e cobra + cruz

Técnico e Auxiliar de Enfermagem: lâmpada e seringa

INFECÇÃO

É uma ação exercida no organismo decorrente da

presença de agentes patogênicos, podendo ser por bactérias,

vírus, fungos ou protozoários.

INFECÇÃO HOSPITALAR

É uma infecção adquirida durante a internação do paciente-cliente. Pode se

manifestar durante a internação ou mesmo após alta hospitalar.

A infecção hospitalar está associada com a hospitalização ou com procedimentos

hospitalares.

Fatores de risco para ocorrer a infecção

a) idade

b) doenças de base

c) desnutrição

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d) uso prolongado de medicamentos

e) tempo de hospitalização

f) procedimentos invasivos

g) técnica de uso e processamento de materiais inadequados

Fontes ou reservatórios de microrganismos

Os microrganismos apresentam muitas fontes ou reservatórios para desenvolver se,

entre eles :

O próprio organismo

Insetos

Animais

Objetos inanimados

Alimentos

TIPOS DE INFECÇÕES a) Endógena: pode ocorrer quando parte da flora natural do paciente sofre alterações,

convertendo-se em patógenos por modificação de sua estrutura.

Exemplo: candidíase vaginal.

b) Exógena: resulta de microrganismos externos ao indivíduo que não fazem parte da flora

natural.

Exemplo: bactérias, vírus, fungos, entre outros.

Modos de transmissão

a) Contato: Exemplos de doenças que necessitam isolamento de contato: Infecções por

bactérias multirresistentes, Clostridium difficile, Difteria cutânea, Enterovirus, Hepatite A,

Herpes simples, herpes zoster, Impetigo, abcessos, celulite ou úlceras de decúbito, ou

outras infecções por Staphylococcus aureus cutâneo, Parainfluenza, VSR, Rotavirus,

Escabíose, Pediculose, Shigella, Febre hemorrágica (Ébola).

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A transmissão por contato pode ser:

Direta: transferência física direta de um indivíduo infectado e um hospedeiro

susceptível.

Exemplo: manusear um paciente infectado e logo em seguida manipular outro sem lavar

as mãos (infecção cruzada).

Indireta: contato pessoal do hospedeiro susceptível com objetos inanimados

contaminados.

Exemplo: agulhas, roupas de camas, fômites (comadres, papagaios), entre outros.

b) Gotículas: o agente infeccioso entra em contato com mucosas nasal ou oral do

hospedeiro susceptível, através de tosse ou espirro.

Exemplo: Adenovírus, Difteria faríngea, Haemophilus influenza tipo b ( meningite tipo b ),

Influenza ( gripe ), Parotidite, Mycoplasma pneumoniae, Pertussis, rubéola, Faringite ou

pneumonia estreptocócica .

c) Pelo ar: núcleos secos de gotículas, ou seja, resíduos de gotículas evaporadas que

permanecem suspensas no ar, quando o indivíduo infectado espirra, fala, tosse, etc..

Exemplo: tuberculose, sarampo e varicela.

d) por vetores: insetos, mosquitos, pulgas, carrapatos, piolhos.

e) por veículos: itens contaminados.

Exemplo: sangue, secreções, soluções, entre outros.

O profissional de saúde pode intervir para evitar que as infecções se desenvolvam ou

disseminem, adotando medidas preventivas adequadas.

O profissional exerce papel importante para minimizar a disseminação de infecções.

Por exemplo: uma simples lavagem das mãos, adotar técnicas adequadas no momento de

um banho no leito.

Os profissionais também podem contrair infecções dos pacientes, caso suas técnicas

sejam inadequadas no controle de transmissão de infecção.

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SISTEMA DE PRECAUÇÕES E ISOLAMENTO

O objetivo básico de um sistema de precauções e isolamento é a prevenção da

transmissão de um microrganismo de um paciente portador, são ou doente, para outro

paciente, tanto de forma direta ou indireta.

Esta prevenção abrange medidas referentes aos pacientes, mas também aos

profissionais de saúde:

Precaução Padrão

É o conjunto de técnicas que devem ser adotadas por todos os profissionais de saúde

para atendimento de todos os pacientes, independentemente de seu diagnóstico .

Deverão ser usadas quando existir risco de contato com sangue,

fluídos corpóreos, pele não íntegra e mucosa.

É recomendada para todas as situações, independente da

presença ou ausência de doença transmissível comprovada.

Os materiais que compões o conjunto de precauções

padrão são:

Luvas de procedimentos;

Avental de manga longa, descartável ou não;

Máscaras simples;

Óculos protetores.

Isolamento

Entende-se por isolamento o estabelecimento de barreiras físicas de modo a reduzir a

transmissão dos microrganismos de um indivíduo para outro.

a) Isolamento reverso: este isolamento é estabelecido para proteger das infecções um

indivíduo imunocomprometido.

Materiais:

Quarto privado;

Luvas de procedimentos;

Máscara comum;

Avental de manga longa.

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b) Isolamento para transmissão por via aérea ou gotículas:

Quarto privado;

Caso não seja possível dar um quarto a cada doente, junte doentes com a

mesma doença;

Use máscara N95 se o doente tem tuberculose em fase contagiosa.

C) Isolamento por transmissão por contato

Quarto privado. Se não for possível, agrupe os doentes por doença;

Use sempre luvas de procedimentos;

Lave as mãos antes e depois de retirar as luvas;

Use avental se vai estar em contato próximo com o

doente.

ÁREAS E ARTIGOS HOSPITALARES

Áreas hospitalares

a) Área crítica: são aquelas que oferecem risco potencial para aquisição de infecções em

decorrência á procedimentos invasivos frequentes, manejo de substâncias infectantes e

por admitirem pacientes susceptíveis á infecções.

Exemplo: UTI, CC, Unidade de queimados, entre outros.

b) Área semicrítica: são todas aquelas ocupadas por pacientes que não exijam cuidados

intensivos ou de isolamento.

Exemplo: enfermarias.

c) Área não crítica: são áreas que não são ocupadas por pacientes.

Exemplo: almoxarifado, copa, farmácia.

Artigos hospitalares

a) Artigos críticos: são os artigos que penetram o sistema vascular, bem como todos os que

estejam diretamente conectados com este sistema.

Exemplo: cateteres vasculares (scalp, jelcos, intracath), equipos, polifix, torneirinhas.

b) Artigos semicríticos: entram em contato com mucosas íntegras ou pele não intacta.

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Exemplo: materiais de terapias respiratórias (cânula endotraqueal, sondas de aspiração,

cateteres de O2), endoscópios e sondas em geral.

c ) Artigos não críticos: são aqueles que entram em contato apenas com a pele íntegra.

Exemplo: termômetros, esfigmomanômetro, estetoscópios, entre outros.

Terminologias básicas

1) Limpeza: remoção mecânica da sujidade depositada em superfícies inanimadas.

2) Desinfecção: processo aplicado á artigos, qual elimina microrganismos na forma

vegetativa.

3) Esterilização: processo de destruição total de microrganismos, inclusive esporulados.

4) Assepsia: conjunto de práticas através das quais se evita a propagação de

microrganismos em objetos.

5) Antissepsia: medidas propostas para inibir crescimento de microrganismos em pele

e mucosas, através da aplicação de soluções antissépticas.

LAVAGEM DAS MÃOS

As mãos sãos um veículo importante para o transporte de microrganismos e sua

disseminação, portanto, devem ser mantidas sempre limpas por meio da lavagem, para

assim remover as células mortas, sujidades, microrganismos e prevenir infecções.

A principal via de transmissão de infecção hospitalar são as mãos da equipe de saúde,

sua adequada lavagem é de grande

importância.

Finalidade

Eliminar microrganismos,

consequentemente evitar

propagação de infecções;

Eliminar da pele substâncias tóxicas

e medicamentosas;

Proteger-se contra agressões do

meio.

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Materiais

Água corrente

Sabonete líquido

Toalhas de papel

Método

Abrir a torneira e

molhar as mãos

sem encostar-se à

pia;

Ensaboar as mãos e

pulsos, fazendo

fricção com sabão

por 30 segundos;

Especialmente nos

espaços

interdigitais,

unhas, extremidades dos dedos;

Enxaguar em água corrente;

Secar as mãos com toalhas de papel;

Fechar a torneira utilizando papel toalha.

Observações

Retirar relógios, joias;

Ao lavar as mãos NÃO encostar na pia ou torneira (se isso ocorrer repetir todo o

procedimento);

Existem torneiras manuais, com pedais;

As mãos são as partes mais contaminadas a serem lavadas, por isso a água deve fluir

da área menos contaminada para a mais contaminada (dos pulsos para as

periferias);

Esfregar e friccionar mecanicamente;

Friccionar os dedos e polegares assegura que todas as superfícies estão sendo limpas;

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Manter unhas cortadas e lixadas;

Ao secar as mãos deve-se iniciar da área mais limpa (periferia) para a menos limpa

(antebraço) para evitar contaminação.

LUVAS

As luvas são utilizadas com frequência pelos profissionais de saúde.

Tipos

a) Luvas de procedimentos: utilizada para manipular pacientes, principalmente em possível

contato com sangue ou fluídos corpóreos, assim como, em casos de contato com pele não

íntegras ou mucosas.

É recomendada para todas as situações independentemente da presença ou

ausência de doenças transmissíveis comprovadas.

Usada também em casos de isolamentos.

Finalidade

Reduzir a possibilidade de a equipe entrar em contato com organismos infecciosos;

Reduzir a possibilidade de a equipe transmitir sua flora endógena aos pacientes;

Reduzir a possibilidade de a equipe tornar-se transitoriamente colonizada por

microrganismos que possam ser transmitidos a outros pacientes (infecção cruzada).

b) Luvas esterilizadas ou cirúrgicas: agem como barreira para a transmissão bacteriana. As

bactérias podem contaminar uma ferida ou objeto estéril.

As luvas estéreis são utilizadas para o manuseio dos materiais estéreis em técnicas

assépticas, as mesmas vêm acondicionadas em campo tipo envelope e tem numerações

variadas.

Método para calçar as luvas

Realizar a lavagem das mãos;

Remover o invólucro externo da embalagem, abrindo cuidadosamente as laterais;

Pegar a embalagem interna e coloca-la sobre uma superfície plana e limpa, logo acima

do nível da cintura;

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Identificar as luvas da mão direita e esquerda. Cada luva apresenta um punho de

aproximadamente 5 cm de largura;

Com o polegar e o dedo indicador da mão não dominante, pegar a borda do punho

da luva da mão dominante (tocar somente a superfície interna da luva) Retirar do

campo;

Puxar cuidadosamente a luva sobre a mão dominante, preocupando-se com o punho

para a luva não enrolar, sem soltar o punho;

Com a mão dominante enluvada, colocar os dedos indicador, médio, anelar e mínimo

sob o punho da segunda luva;

Puxar cuidadosamente a segunda luva sobre a mão não dominante com cuidado

evitando-se contaminação;

Uma vez que a segunda luva já tenha sido calçada, entrelaçar os dedos de ambas as

mãos para que as luvas se ajustem;

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Os punhos normalmente escorregam para baixo após colocação.

MÉTODO DE RETIRADA DAS LUVAS ESTÉREIS

Após o procedimento estéril, o profissional despreza as luvas das mãos, da seguinte

maneira:

Segurar o punho da luva da mão dominante, com os dedos polegar, indicador e

médio da mão não dominante sem tocar a pele;

Retirar vagarosamente de modo que a mesma permaneça do lado avesso Segura-la na

mão não dominante;

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Colocar o dedo indicador da mão dominante sem luva, sob o punho da luva da outra

mão de modo a tocar somente abaixo da luva (na pele);

Retira-la de modo que fique no avesso desprezando em seguida em recipiente

adequado (o par).

PREPARO DA CAMA HOSPITALAR

O preparo da cama hospitalar consiste em arruma-la,

de acordo com as características do paciente que vai

ocupá-la.

A técnica tem como função proporcionar repouso,

conforto e segurança ao cliente. Sendo encontrados três

tipos de arrumação.

Tipos de preparo

Cama fechada

Cama aberta

Cama para operado

Cama com paciente (banho no leito)

Cama fechada

É aquela que está desocupada, aguardando chegada (admissão) do paciente.

Material

2 lençóis (de cima e de baixo)

1 toalha de rosto

1 toalha de banho

1 fronha

1 cobertor

1 colcha

MÉTODO DE DOBRADURA

Usar movimentos amplos, segurando a ponta superior e o lado mais próximo do

lençol;

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Dobrar duas vezes no sentido da largura (ponta com ponta);

Dobrar uma vez no sentido de comprimento e colocar no espaldar da cadeira.

ORDEM NA QUAL A ROUPA DEVERÁ SER COLOCADA NO ESPALDAR DA CADEIRA

Toalhas

Fronha

Colcha

Cobertor

Lençol de cima

Lençol de baixo

MÉTODO

Reunir o material necessário e levá-lo ao quarto;

Afastar a mesa de cabeceira;

Colocar a cadeira aos pés da cama e sobre ela, o travesseiro e o cobertor;

Colocar a roupa na espalda da cadeira, empregando a técnica de dobradura,

observando ordem de uso;

Pegar o lençol sobre o centro do colchão;

Ajeitar o primeiro lençol, prendendo-o por baixo fazendo a dobra ao cobrir o canto;

Estender o lençol de cima, colocando a bainha rente ao colchão, deixando-o solto;

Colocar o cobertor na mesma técnica e também deixa-lo solto;

Colocar a colcha utilizando técnica anterior, prendendo o lençol de cima, o cobertor e

colcha (todos juntos), realizando a dobradura nos pés da cama na cabeceira superior

dobrar as três peças juntamente (lembrar-se da estética);

Cobrir o travesseiro com a fronha, deixando-o em pé na cabeceira superior;

Ajeitar as toalhas na cabeceira inferior da cama.

Cama aberta

É aquela que está sendo ocupada por um paciente que pode deambular.

Material

2 lençóis (de cima e de baixo)

Fronha

Cobertor

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Colcha

Luvas de procedimentos

Hamper

Método

Método utilizado anteriormente (cama fechada);

Neste método (cama aberta) o travesseiro permanece abaixado na cabeceira

superior e abre-se o lado que o paciente vai entrar e deitar na cama;

Não se esquecer de fazer a limpeza concorrente do colchão, cabeceiras.

Cama para operado

É realizada para receber o paciente que está na

sala de cirurgia sob anestesia.

Finalidade

Proporcionar conforto e segurança ao paciente;

Facilitar colocação do paciente no leito;

Prevenir infecção.

Materiais

2 lençóis (de cima e de baixo)

1 lençol móvel (dependendo da cirurgia)

1 cobertor

1 colcha

1 forro de cabeceira

Comadre ou papagaio

Suporte para soro

Método

Reunir o material necessário;

Retirar toda a roupa da cama enrolando-as com cuidado e colocando-as no hamper;

Dobrar a roupa e coloca-la no espaldar da cadeira;

Realizar a limpeza concorrente do colchão e cabeceira;

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Estender o lençol de baixo na mesma técnica das camas anteriores;

Colocar o lençol móvel no centro da cama;

Colocar as demais roupas sem prender os cantos;

Nos pés, dobrar as roupas até o meio do colchão;

Na cabeceira, dobrar as roupas até o meio do colchão;

Realizar dobradura (envelope) e enrolar;

Dobrar o forro de cabeceira em leque.

CUIDADOS DE HIGIENE CORPORAL NO LEITO Banho no leito

Materiais

2 lençóis ( de cima e de baixo )

1 lençol móvel

1 cobertor

1 colcha

1 fronha

1 toalha de banho

Compressas (esfregão)

Sabão (de preferência líquido)

1 jarro

1 bacia

1 camisola

Biombo

Luvas de procedimentos

Procedimento

Explicar o procedimento ao paciente;

Preparar as roupas de cama em ordem de uso, colocar biombo;

Oferecer comadre ou papagaio ao paciente;

Lavar as mãos;

Abaixar grades laterais, acomodar o paciente em alinhamento corporal adequado;

Retirar as roupas de cima e coloca-las no hamper, com exceção do lençol;

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Retirar a camisola do paciente. Se o paciente estiver com venóclise, retirar

primeiramente do membro superior sem punção;

Cobri-lo, levantar as grades;

Encher o jarro com a água morna;

Retirar o travesseiro se permitido;

Dobrar o esfregão. Molha-lo e torcê-lo;

Lavar os olhos do paciente com água morna. Usar diferentes áreas do esfregão para

cada olho. Lavar os olhos da comissura palpebral externa para a interna;

Lavar região frontal, face, nariz, pescoço e orelhas;

Lavar o braço do paciente com água e sabão, fazendo movimentos longos e firmes,

partindo da área distal para a proximal e axila;

Imergir a mão do paciente na bacia com água e lava-la não esquecendo as unhas;

Com o esfregão molhado com água e sabão, lavar tórax com movimentos longos e

formes, trocando as áreas do esfregão;

Em casos de mulheres pode ser necessário erguer as mamas;

Lavar abdome, dando atenção especial ao umbigo;

Cobrir peito e abdome. Expor pernas, cobrindo períneo;

Flexione as pernas do paciente, imergir pé dentro da bacia com água, lavar do

tornozelo ao joelho e do joelho a coxa;

Esfregar o pé, as interdigitais, unhas, retirar bacia;

Lavar períneo (técnicas seguintes);

Auxiliar o paciente a assumir posição lateral, lavar pescoço, tórax posterior, região

lombar, como movimentos firmes e longos. Por último, dobras da pele das nádegas e

ânus;

Trocar o leito de acordo a técnica, colocando roupas sujas no hamper sem balança-las;

Hidratar e massagear pele do paciente;

Colocar camisola sem dar nós ou laços;

Pentear os cabelos;

Colocar desodorante nas axilas;

Realizar limpeza concorrente nos móveis do paciente;

Auxilia-lo no desjejum e higiene oral (técnicas seguintes);

Elevar grades;

Lavar as mãos manter material em ordem.

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Observação:

Os procedimentos devem ser repetidos do outro lado;

Trocar água se necessário;

Cobrir o paciente, não deixa-lo exposto;

Se necessário realizar higiene dos cabelos (técnica seguinte), que deverá ser realizada

primeiramente logo após lavagem do rosto;

Cortar unhas se necessário.

Cuidados perineais

a) Higiene perineal feminino

Colocar a comadre sob a paciente;

Não deixar áreas do corpo expostas desnecessariamente;

Auxiliar a paciente a flexionar os joelhos e afastá-los;

Molhar a genitália, lavar cuidadosamente as pregas da pele. Com a mão não

dominante afastar grandes lábios. Com a mão dominante lavar a região com esfregão

com água e sabão, em direção anterior para a posterior, trocando as áreas do

esfregão;

Separar os pequenos lábios e expor o meato urinário e introito vaginal;

Repetir o procedimento da região anterior para a posterior mudando áreas do

esfregão;

Se necessário utilizar mais de um esfregão;

Enxaguar;

Retirar comadre, enxugar a região.

Observação:

Se houver presença de fezes, retira-las primeiro com papel higiênico antes de iniciar o

procedimento.

b) Higiene perineal masculina

Explicar o procedimento ao paciente;

Colocar a comadre;

Levantar o pênis. Segura-lo com a mão dominante;

Afastar cuidadosamente o prepúcio;

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Lavar a glande, meato urinário, trocando áreas do esfregão (retirar todo o

esmegma);

Com movimentos firmes e delicados lavar o corpo do pênis;

Lavar cuidadosamente o escroto. Levanta-lo e lavar períneo, enxaguar;

Retirar comadre e secar a região.

Higiene oral

Materiais

Pasta de dente ou antisséptico bucal;

Escova de dente ou material preparado com abaixador de

língua e gazes;

Copo com água;

Cuba-rim.

Procedimento

Determinar a habilidade do paciente a segurar a escova de dente;

Explicar o procedimento.

Se o paciente não for debilitado:

Colocar a pasta de dente na escova;

Molhar a escova;

Segurar a cuba-rim e copo com água e auxilia-lo na escovação;

Se o paciente for dependente:

Colocar antisséptico oral no copo descartável;

Molhar o abaixador de língua;

Molhar crostas e placas presentes nos lábios;

Cuidadosamente higienizar: bochechas internas, palato, língua e lábios;

Enxugar lábios;

Trocar os abaixadores de língua quantas vezes forem necessárias.

Observação:

Retirar placas cuidadosamente para evitar sangramentos;

Não enxaguar em casos de antissépticos antibacterianos.

Limpeza de próteses dentárias

Quando o paciente fizer uso de próteses dentárias:

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Retirar as próteses com gaze cuidadosamente e coloca-las na cuba rim Leva-las ao

banheiro e lava-las no lavatório em água corrente;

Devolve-las ao paciente delicadamente;

Antes de coloca-las, realizar higiene oral adequadamente, observando presença de

ferimentos na cavidade oral;

Comunicar e anotar alterações.

Cuidado com os cabelos

A aparência e sensação de bem estar de uma pessoa, geralmente, dependem da

aparência e da impressão dos cabelos. Uma doença ou incapacidade pode impedir que o

paciente cuide bem dos cabelos. Os cabelos de um paciente imobilizado rapidamente

tornam-se emaranhados. Escovar, pentear e lavar são as medidas básicas de higiene para

todos os pacientes.

Lavagem dos cabelos no leito

Determinar se existe qualquer risco que possa contra indicar a lavagem dos cabelos;

Explicar o procedimento ao paciente;

Arrumar materiais em local conveniente;

Colocar a bacia sob a cabeça do paciente;

Com o jarro derramar água cuidadosamente aos cabelos;

Realizar espuma, massageando bem o couro cabeludo;

Enxaguar, até que os cabelos fiquem sem sabão;

Repetir o processo sempre que necessário;

Aplicar condicionador nas pontas se necessário;

Enrolar a cabeça do paciente na toalha.

Observações:

Após o banho, troca da cama, por último pentear os cabelos a fim de remover

emaranhados, secar bem.

Banho de aspersão (chuveiro)

Providenciar todos os produtos de higiene e roupas

requisitadas pelo paciente Coloca-los ao alcance do

chuveiro;

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Auxiliar o paciente no banheiro, se não;

Abrir o chuveiro e equilibrar a temperatura da água, demonstrando ao paciente para

saber se está a gosto;

Instruir o paciente para não trancar a porta do banheiro;

Não sair do quarto. Devemos manter atenção, enquanto o paciente realiza seu banho,

preparar cama aberta conversando com o mesmo a fim de detectar anormalidades;

Auxiliar o paciente a sair do chuveiro, se necessário auxiliá-lo a se enxugar;

Auxiliar o paciente a se vestir e calçar os chinelos;

Auxiliar o paciente a ir para o leito e deitar, se não;

Deixar o quarto do paciente em ordem e realizar a limpeza concorrente.

Observação:

Se necessário utilizar cadeira de banho.

POSICIONAMENTO

Há diferentes posições com a finalidade de proporcionar conforto, realizar exames,

tratamentos e cirurgias.

A enfermagem deve conhecê-las para ajudar o paciente a adotar posições

específicas.

Decúbito dorsal, horizontal ou supina:

O paciente se deita de costas no colchão, com extremidades inferiores apoiadas em

coxim e superiores sobre o abdome. Sob a cabeça coloca-se um travesseiro Cobre-se o

paciente com lençol. Esta posição é muito utilizada para exame físico.

O decúbito dorsal é indicado para a realização do exame físico, alguns exames por

imagens, cirurgias, etc.

Material:

Luvas de procedimento s/n.

Lençol.

Travesseiro.

Biombo s/n.

Descrição da Técnica:

Lavar as mãos.

Separar o material.

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Orientar o cliente e/ ou o acompanhante sobre o que será feito.

Posicionar o biombo s/n.

Calçar as luvas de procedimento s/n.

Deitar o cliente de costas com a cabeça e os ombros ligeiramente elevados por um

travesseiro.

Pernas estendidas.

Atentar-se ao padrão respiratório, não dobrando o pescoço e/ ou a cintura.

Manter os membros superiores ao longo do corpo.

O cliente deve ser posicionado corretamente para evitar distensão dos tendões da

perna.

Manter os joelhos ligeiramente fletidos e os pés bem apoiados.

Evitar a queda dos pés “equinos”.

Proteger o cliente sempre com um lençol, expondo apenas a área a ser examinada.

Após o exame ou tratamento, colocar o cliente em posição confortável.

Recompor a unidade.

Retirar as luvas de procedimento e desprezá-las.

Lavar as mãos.

Anotar o procedimento realizado em impresso próprio, no prontuário do cliente.

Posição de Decúbito Lateral

A posição de decúbito lateral é indicada em cirurgias renais, massagens nas costas,

mudança de decúbito, melhora do fluxo sanguíneo (DLE), etc.

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Material:

Luvas de procedimento s/n.

Lençol.

Travesseiro.

Biombo s/n.

Descrição da Técnica:

Lavar as mãos.

Separar o material.

Orientar o cliente e/ ou o acompanhante sobre o que será feito.

Posicionar o biombo s/n.

Calçar as luvas de procedimento s/n.

Posicionar o cliente na cama sobre um dos lados.

Colocar a cabeça sobre o travesseiro, apoiando também o pescoço.

Colocar outro travesseiro, apoiando sob o braço que esta suportando o peso do

corpo.

Colocar um travesseiro entre as pernas para aliviar a pressão de uma perna sobre a

outra.

Manter o alimento do corpo a fim de facilitar a respiração.

Proteger o cliente com o lençol, expondo somente o local a ser tratado ou

examinado.

Após o tratamento, exame ou mudança de decúbito, posicionar o cliente de outra

forma confortável.

Recompor a unidade.

Retirar as luvas de procedimento e desprezá-las.

Lavar as mãos.

Anotar o procedimento realizado em impresso próprio, no prontuário do cliente.

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Posição de Fowler:

Posição em que o paciente fica semi-sentado, com apoio sob os joelhos. A posição de

Fowler é indicada para clientes que apresentam dificuldades respiratórias, no momento da

alimentação, em pós-operatório nasal, buco-maxilo e tireoidectomia.

Material:

Luvas de procedimento s/n.

Lençol.

Travesseiro.

Biombo s/n.

Descrição da Técnica:

Lavar as mãos.

Separar o material.

Orientar o cliente e/ou o acompanhante sobre o que

será feito.

Posicionar o biombo s/n.

Calçar as luvas de procedimento s/n.

Manter o cliente em posição dorsal, semi-sentado, encostado, com os joelhos fletidos,

apoiados em travesseiros ou estrado da cama modificado.

Elevar a cabeceira da cama em ângulo de 45º.

Elevar o estrado dos pés da cama para evitar que o cliente escorregue.

Verificar se o cliente esta confortável.

Proteger o cliente com o lençol.

Após o exame, tratamento ou refeição, posicionar o cliente confortavelmente.

Recompor a unidade.

Retirar as luvas de procedimento e desprezá-las.

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Lavar as mãos.

Anotar o procedimento realizado em impresso próprio, no prontuário do cliente.

Decúbito ventral ou de prona:

É a posição em que o paciente fica deitado sobre o abdome, com a cabeça

lateralizada. É indicada para exames da coluna vertebral e região cervical.

A posição em decúbito ventral (de bruço) também é indicada para clientes que

realizaram laminectomia, cirurgias de tórax posterior, tronco ou pernas.

Material:

Luvas de procedimento s/n.

Lençol.

Travesseiro.

Biombo s/n.

Descrição da Técnica:

Lavar as mãos.

Separar os materiais.

Orientar o cliente e/ ou o acompanhante sobre o que será feito.

Posicionar o biombo s/n.

Calçar as luvas de procedimento s/n.

Deitar o cliente com o abdome sobre a cama ou sobre a mesa de exames.

Colocar a cabeça virada para um dos lados.

Colocar os braços elevados, com as palmas das mãos apoiadas no colchão, à altura da

cabeça ou ao longo do corpo.

Colocar um travesseiro, s/n sob a parte inferior das pernas e pés, para evitar pressão

nos dedos.

Proteger o cliente com lençol.

Após o exame, tratamento ou mudança de decúbito, posicionar o cliente

confortavelmente.

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Recompor a unidade.

Retirar as luvas de procedimento e desprezá-las.

Lavar as mãos.

Anotar o procedimento realizado em impresso próprio, no prontuário do cliente.

Observações:

Em alguns casos esta posição é contraindicada (clientes portadores de incisões

abdominais, com dificuldade respiratória, idosos, obesos, etc.).

Decúbito lateral ou Sims:

O paciente assume posição lateral esquerda ou direita. O membro inferior que está

sob o corpo deve permanecer esticado e o membro inferior acima deve permanecer

flexionado.

A posição de sims é indicada para realizar exames retais, lavagem intestinal, exames

vaginais, clister, etc.

Material:

Luvas de procedimento s/n.

Lençol.

Travesseiro.

Biombo s/n.

Descrição da Técnica:

Lavar as mãos.

Separar o material.

Orientar o cliente e/ ou o acompanhante sobre o que será feito.

Posicionar o biombo s/n.

Calçar as luvas de procedimento s/n.

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Colocar o cliente deitado do lado esquerdo.

Aparar a cabeça do cliente sobre o travesseiro.

Colocar o braço esquerdo para trás do corpo do cliente.

Flexionar o braço direito e deixá-lo apoiado sobre o travesseiro.

Colocar o membro inferior esquerdo ligeiramente flexionado.

Colocar o membro inferior direito fletido até quase encostar o joelho no abdome.

Deixar o cliente sempre protegido com lençol, expondo apenas a região a ser

examinada ou tratada.

Após o exame ou tratamento, colocar o cliente em posição confortável.

Recompor a unidade.

Retirar as luvas de procedimento e desprezá-las.

Lavar as mãos.

Anotar o procedimento realizado em impresso próprio, no prontuário do cliente.

Posição Genupeitoral

O paciente se mantem ajoelhado sobre o colchão com o tórax na cama. Os membros

superiores ficam flexionados nos cotovelos, repousam sobre a cama, auxiliando a amparar

o paciente.

A posição genupeitoral é indicada para

realizar exames do reto e vagina,

sigmoidoscopia, etc.

Material:

Luvas de procedimento s/n.

Lençol.

Travesseiro.

Biombo s/n.

Descrição da Técnica:

Lavar as mãos.

Separar os materiais.

Orientar o cliente e/ ou o acompanhante sobre o que será feito.

Posicionar o biombo s/n.

Calçar as luvas de procedimento s/n.

Solicitar ao cliente para que fique em decúbito ventral.

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Apoiar o peito do cliente de encontro com o colchão.

Pedir ao cliente para fletir os joelhos.

Colocar a cabeça virada para um dos lados, sobre um travesseiro.

Pedir para o cliente estender os braços sobre a cama, na altura da cabeça.

Solicitar ao cliente para que descanse o peso sobre a cabeça, ombro, peito e os joelhos,

formando assim, um ângulo reto entre as coxas e as pernas.

Proteger o cliente com o lençol, expondo apenas o necessário.

Após o exame, colocar o cliente em posição confortável.

Retirar as luvas de procedimento e desprezá-las.

Lavar as mãos.

Anotar o procedimento realizado em impresso próprio, no prontuário do cliente.

Posição ginecológica

A pessoa fica deitada de costas, com as pernas flexionadas em suportes (perneiras)

Cobre-se a paciente com lençol em diagonal. Esta posição é utilizada para cirurgias por vias

baixas, exames ginecológicos. Também é

indicada para realizar exame vaginal ou vulvo

vaginal, sondagem vesical, tricotomia, parto

normal, etc.

Material:

Luvas de procedimento s/n.

Lençol.

Biombo s/n.

Descrição da Técnica:

Lavar as mãos.

Separar o material.

Orientar a cliente e/ou o acompanhante sobre o que será feito.

Posicionar o biombo s/n.

Calçar as luvas de procedimento s/n.

Colocar a cliente em decúbito dorsal.

Joelhos flexionados e bem separados.

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Calcanhares sobre a cama.

Proteger a cliente com o lençol até o momento do exame.

Após o exame ou tratamento, colocar a cliente em posição confortável.

Recompor a unidade.

Retirar as luvas de procedimento e desprezá-las.

Lavar as mãos.

Anotar o procedimento realizado em impresso próprio, no prontuário da cliente.

Posição litotômica

É considerada uma modificação da

ginecológica.

A paciente é colocada em decúbito dorsal,

com ombros e cabeça ligeiramente elevados. As

coxas, bem afastadas uma da outra são

flexionadas sobre o abdome. Essa posição é

utilizada para partos normais, cirurgias ou exame

do períneo, vagina e bexiga.

Posição de trendelemburg

Posição em que o corpo fica inclinado, com a cabeça em plano mais baixo que o

restante do corpo.

A posição de Trendelemburg é

indicada para clientes que realizaram

cirurgias da região pélvica, estado de

choque, tromboflebites, casos que se deseja

melhor irrigação cerebral, drenagem de

secreção pulmonar, para facilitar

drenagem de secreções brônquicas e

para melhorar o retorno venoso.

Material:

Luvas de procedimento s/n.

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Lençol.

Travesseiro.

Biombo s/n.

Descrição da Técnica:

Lavar as mãos.

Separar o material.

Orientar o cliente e/ ou o acompanhante sobre o que será feito.

Posicionar o biombo s/n.

Calçar as luvas de procedimento s/n.

Colocar o cliente na posição dorsal horizontal.

Inclinar a cabeceira da cama em ângulo adequado.

Elevar os pés da cama em ângulo adequado, de forma que a cabeça fique mais baixa

em relação ao corpo.

Proteger o cliente com o lençol, expondo apenas o necessário.

Após o exame ou tratamento, colocar o cliente em posição confortável.

Recompor a unidade.

Retirar as luvas de procedimento e desprezá-las.

Lavar as mãos.

Anotar o procedimento realizado em impresso próprio, no prontuário do cliente.

CUIDADOS COM A PELE A fragilidade da epiderme ocorre por:

Raspagem ou descamação de sua superfície pelo uso de lâminas de barbear secas

Remoção de fitas adesivas

Técnicas inadequadas de posicionamento do paciente

Ressecamento excessivo que causa fissuras

Exposição constante da pele á umidade

Uso incorreto de sabões, cosméticos

Banhos muito quentes ou frios

Fricção excessiva

Riscos para o comprometimento com a pele

Imobilização

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Redução da sensibilidade

Alterações nutricionais

Secreções e excreções da pele

Insuficiência vascular

Dispositivos externos

ÚLCERAS POR PRESSÃO

É uma lesão com tendência a necrose dos tecidos.

É causada pela irrigação sanguínea deficiente, ocasionada por pressão demorada e

consequente falta de nutrição dos tecidos.

Ocorre nos pacientes com afecções graves do sistema nervoso, sobretudo nos

hemiplégicos e paraplégicos, em pacientes em estado de coma ou politraumatizados

incapacitados de mover-se na cama.

A úlcera de pressão caracteriza-se por uma crosta enegrecida, formada de tecido

mortificado, com tendência a eliminar-se. Tende a aumentar de tamanho se a região não

for protegida e principalmente, se não for diminuída a pressão sobre o corpo, pela

mudança de posição.

Classificação da Úlcera de Pressão

Esta classificação verifica o

comprometimento tecidual:

- Estágio I: comprometimento da

epiderme;

- Estágio II: comprometimento até a

derme;

- Estágio III: comprometimento até o

subcutâneo;

- Estágio IV: comprometimento do

músculo e tecido adjacente.

Causas imediatas

Pressão (longas horas na mesma

posição);

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Fricção (rugas e migalhas na roupa de cama, defeitos do colchão);

Umidade (paciente molhado por suor, urina e fezes);

Falta de asseio corporal;

Aplicação imprópria de aparelhos de gesso ou restrição;

Excesso de calor e frio.

Cuidados preventivos

Usar posicionadores e protetores (coxins, colchão caixa de ovo);

Sentar o paciente fora do leito, com frequência, sempre que seu estado permitir;

Incentivar deambulação precoce;

Reduzir qualquer pressão sobre pontos do corpo, zelando principalmente pelas

proeminências ósseas;

Mudar constantemente de posição;

Manter cama limpa, seca, com lençóis bem esticados;

Zelar pela higiene pessoal;

Realizar massagem com dersani ou creme hidratante;

Executar movimentos passivos;

Incentivar dietas hiperproteícas se não houver restrição.

CURATIVO

É o tratamento de qualquer tipo de lesão da pele ou mucosa. Sua principal finalidade

é a limpeza da lesão, com o menor trauma possível, contribuindo para o processo da

cicatrização.

Tipos de curativos O curativo pode ser:

a) Aberto: Curativos em feridas sem infecção, que após a

limpeza podem permanecer abertos, sem proteção de gazes.

Exemplo: incisão cirúrgica (cesárea).

b) Oclusivo: Curativo que após a limpeza da ferida e aplicação de medicamentos (cpm) é

ocluído ou fechado com gazes, micropore ou ataduras de crepe.

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c) Compressivo: É o que faz compressão para estancar hemorragias ou vedar bem uma

incisão.

d) Com Irrigação: Utilizado em ferimentos com infecção dentro de cavidades, com

indicação de irrigação com soluções salinas.

e) Com drenagem: São utilizados drenos em ferimentos com grande quantidade de

exsudato (Penrose, Kehr), tubular ou bolsas de Karaya.

Medidas de antissepsia

Realizar degermação das mãos antes de manipular o material esterilizado;

Diminuir o tempo de exposição da ferida ou dos materiais esterilizados;

Não falar ao manipular o material esterilizado ou fazer o tratamento da ferida estando

com infecções das vias aéreas (usar máscara comum);

Usar máscaras e aventais em caso de exsudato abundante;

Realizar o curativo sempre da região limpa para a contaminada.

Soluções mais utilizadas

a) Creme de Sulfadiazina de prata + nitrato de cerium:

Antisséptico

Composição: sulfadiazina de prata micronizada e nitrato cerium hexahidratado;

Ações: eficaz contra uma grande variedade de microrganismos, tais como: bactérias,

fungos, protozoários e alguns vírus; promove melhor leito de enxertia e ação

imunomoduladora;

Indicação: tratamento de queimaduras, e feridas que não evoluem com coberturas

oclusivas e feridas extensas;

Contraindicação: presença de hipersensibilidade aos componentes;

Reações adversas: disfunção renal ou hepática, leucopenia transitória;

Troca: com período máximo de 24 horas.

b) Placa de Hidrocolóide:

Composição: possuem duas camadas: uma externa, composta por filme ou espuma de

poliuretano, flexível e impermeável à água, bactérias e outros agentes externos; e uma

interna, composta de partículas hidroativas, à base de carboximetilcelulose, gelatina e

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pectina, ou ambas–que interagem com o exsudato da ferida, formando um gel amarelado,

viscoso e de odor acentuado;

Ações: absorvem o excesso de exsudato, mantém a umidade, proporcionam alívio da dor,

mantém a temperatura em torno de 37°C ideal para o crescimento celular, promovem o

desbridamento autolítico;

- Deve ser aplicada diretamente sobre a ferida, deixando uma margem de 2 a 4 cm ao

redor da mesma, para melhor aderência;

- Pode ser recortada, não precisa de tesoura estéril pois, as bordas da placa não entraram

em contato com o leito da ferida;

- Impermeável a fluidos e microrganismos (reduz o risco de infecção);

Indicação: feridas com médio exsudato, com ou sem tecido necrótico, queimaduras

superficiais.

Contraindicação: feridas infectadas e altamente exsudativas;

Troca: no 7º dia.

c) Grânulos de Hidrocolóide

- São compostos por partículas de carboximetilcelulose, que, na presença de exsudato,

formam um gel na cavidade da ferida;

- Devem ser sempre usados associados à placa de hidrocolóide, pois auxiliam a ação da

mesma.

- Devem ser trocados juntamente com as placas;

Indicação: feridas profundas, cavitárias;

d) Alginato de cálcio:

Composição: fibras de ácido algínico (ácido gulurônico e ácido manurônico) extraído das

algas marinhas marrons (Laminaria). Contém também íons de cálcio e sódio;

- Apresenta-se em forma de placa e deve estar associado à gaze aberta ou gaze dupla

(cobertura secundária);

Ações: através da troca ânica promove a hemostasia; absorve exsudato, forma um gel que

mantém a umidade, promove a granulação, auxilia o desbridamento autolítico;

- Manusear com luvas ou pinças estéreis;

- Pode ser recortado, mas deve-se utilizar tesoura estéril;

Indicação: feridas infectadas com exsudato intenso com ou sem tecido necrótico e

sangramento;

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Contraindicação: feridas com pouca drenagem de exsudato;

Troca: cobertura primária até 07 dias ou quando saturar e a troca da cobertura secundária

ocorrerá quando a gaze dupla ou aberta umedecer.

e) Carvão ativado e prata:

Composição: tecido de carvão ativado, impregnado com prata (0,15%) envolto

externamente por uma película de nylon (selada);

- Cobertura primária, e estéril; requer uma cobertura secundária (gaze aberta ou dupla);

- Manusear com luvas estéreis;

Ações: absorção de exsudato, microbicida, eliminação de odores desagradáveis,

desbridamento autolítico e manutenção da temperatura em torno de 37° C;

Indicações: feridas fétidas, infectadas e bastante exsudativas;

- Não pode ser cortado devido a liberação de prata no leito da ferida, o que pode

ocasionar queimadura dos tecidos pela prata ou formar granuloma devido resíduos a do

carvão;

Troca: até 07 dias;

Contraindicações: ferida com pouco exsudato, com presença de sangramento, exposição

óssea e tendinosa e em queimaduras.

f) Hidrogel Amorfo:

- Composto de goma de copolímero, que contém grande quantidade de água; hoje alguns

possuem alginato de cálcio ou sódio;

- Deve ser usado sempre associado à coberturas oclusivas ou gaze;

Ações: mantém a umidade e auxilia o desbridamento autolítico; - Não adere ao leito da

ferida;

Indicação: fornecer umidade ao leito da ferida;

Contraindicações: feridas excessivamente exsudativas.

g) Creme Hidratante:

Composição: 8% de uréia, 5% de glicerina, 3% de óleo de amêndoa doce e ácido esteárico.

Ação: a uréia presente no creme facilita a penetração de moléculas de água até camadas

mais profundas da pele;

Indicação: hidratação tópica;

Contraindicações: pele friável, relato de alergia à qualquer componente do produto.

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h) Papaína:

É uma enzima proteolítica extraída do látex da caricapapaya.

Indicação: em todo tecido necrótico, particularmente naqueles com crosta Mecanismo de

ação: atua como desbridante natural.

Modo de usar: preparar a solução (cpm) em frasco de vidro, irrigar a lesão e deixar gaze

embebida na solução, ou ainda há os que já vem preparados em pomadas.

Materiais:

Pacote de pinças para curativos

SF 0,9 % morno

Seringa de 20 ml, agulhas, algodão umedecido com álcool á 70%

Pacotes com gazes

Micropore e esparadrapo

Tesoura

Luvas de procedimentos e esterilizadas

Proteção para a roupa de cama

Quando indicado pela prescrição médica ou de enfermagem

Almotolia com antissépticos

Pomadas

Cremes

Ataduras

Observação: A solução fisiológica deverá ser aquecida no momento da realização do

curativo e desprezada logo após o término. Não reutilizar.

Método:

Explicar o procedimento ao paciente

Preparar o ambiente:

Fechar janelas para evitar correntes de ar e poeira

Desocupar mesa de cabeceira

Colocar biombo se necessário

Separar e organizar o material de acordo o tipo de curativo

Levar a bandeja com o material e colocar sobre a mesa de cabeceira

Descobrir a área a ser tratada com luvas de procedimentos e proteger a cama

Colocar o paciente em posição apropriada

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Abrir o campo estéril para curativos e sem contaminar colocar os demais materiais

esterilizados a serem utilizados

Calçar luva esterilizada

Se o curativo for com irrigação, limpar a ferida com jatos de SF 0,9% usando a seringa

sem agulha (para ocorrer pressão)

Com auxílio da pinça limpar e secar delicadamente as bordas da ferida, mudando as

áreas da gaze. Evitar atrito da gaze com o tecido de granulação para evitar que o

mesmo seja lesado

Secar o centro da ferida com a gaze realizando movimentos circulares a fim de mudar

áreas da mesma

Se indicado colocar o medicamento

Ocluir o curativo

Deixar o paciente confortável

Deixar ambiente e materiais em ordem

Lavar mãos

Realizar anotações de enfermagem registrando classificação do curativo, quantidade

de exsudato, aspecto, odor. Presença de tecido de granulação condições de pele

circundante.

Observações:

Antes de realizar o curativo observar o estado do paciente, ler as anotações sobre o

tipo de curativo e prescrições para verificação de medicamentos Curativos úmidos por

secreções, água do banho, devem ser trocados.

Quando o paciente necessitar de vários curativos, iniciar pela incisão fechada e limpa,

seguindo-se as lesões abertas não infectadas e por último os curativos com infecção.

Em feridas com exsudato, com suspeita de infecção, antes de realizar o curativo pode

ser necessário a coleta de material para bacterioscopia (swab). Em casos de uso com

KmNO4 tomar os seguintes cuidados:

- protege-lo da luz

- se acastanhado (o que indica oxidação) despreza-lo e preparar nova solução para uso.

Feridas com drenos

Limpar e secar o dreno e a pele com SF0, 9%;

Colocar uma gaze sob o dreno, isolando-o da pele;

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Colocar outra gaze sobre o dreno, protegendo-o ou bolsa de karaya conforme

indicação;

Atentar para que o dreno não apresente dobras para garantir boa drenagem;

Anotar volume, aspecto, odores do material drenado.

SINAIS VITAIS É um conjunto de ações de enfermagem que tem o objetivo de monitorar a condição

clínica do cliente através de mensuração sistematizada da temperatura, pulso, respiração e

pressão arterial.

VERIFICAÇÃO DE SINAIS VITAIS (SSVV) As alterações da função corporal geralmente se refletem nos sinais vitais podendo

indicar enfermidade. Por essa razão devemos verificar e anotar com precisão.

Os Sinais Vitais (SSVV) referem-se a:

Temperatura ( T )

Pulso ou Batimentos Cardíacos ( P )

Respiração ( R )

Pressão Arterial ( PA )

Material:

Termômetro digital.

Estetoscópio.

Esfigmomanômetro.

Álcool a 70%.

Algodão.

Relógio de pulso com ponteiro para contar os segundos.

Luva de procedimento s/n.

Descrição da Técnica:

Lavar as mãos.

Reunir material e levar ao leito do cliente.

Orientar o cliente e/ou o acompanhante sobre o que será feito.

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Temperatura: A manutenção da temperatura do nosso corpo é decorrência de um balanço

direto entre produção de calor pelo metabolismo e pela temperatura e umidade do

ambiente.

Valor normal 37,2° C

Terminologias específicas

Normotermia: temperatura corporal normal

Afebril: ausência da elevação da temperatura

Febrícula: quando a temperatura corporal

encontra-se entre 37,3° C a 37,7° C

Hipertermia: quando a temperatura corporal encontra-se acima do valor normal. Entre

37,8° a 40, 9° C

Hiperpirexia: a partir de 41° C

Hipotermia: temperatura corporal abaixo do valor normal

Frequência cardíaca ou ritmo cardíaco: é o número de vezes

que o coração bate por minuto.

Padrão em adultos "pulso radial": 60 a 80 bpm /

adolescentes 80 a 100 bpm (normocárdico), < que 60 bpm

(bradicárdico) e > que 100 bpm (taquicárdico).

Média normal do pulso:

Lactentes: - 110 a 130 bpm (batimentos por minuto)

Abaixo de 7 anos: - 80 a 120 bpm

Acima de 7 anos: - 70 a 90 bpm

Puberdade: - 80 a 85 bpm

Homem: - 60 a 70 bpm

Mulher: - 65 a 80 bpm

Acima dos 60 anos: - 60 a 70 bpm

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ARTÉRIAS MAIS UTILIZADAS PARA A VERIFICAÇÃO DO PULSO

Radial ( pulso )

Braquial ( região interna do braço )

Carótida ( próximo a laringe )

Poplítea ( atrás do joelho )

Pediosa ( dorso do pé )

Terminologias básicas

Pulso normocárdico: batimento cardíaco normal

Pulso rítmico: os intervalos entre os batimentos são iguais

Pulso arrítmico: intervalos entre os batimentos desiguais

Taquisfigmia ou taquicardia: pulso acelerado, acima do valor normal

Bradisfigmia ou bradicardia: frequência cardíaca abaixo do valor normal

Pulso filiforme: fraco, quase que imperceptível

Observações:

Não usar o polegar para verificação do pulso, pois a própria pulsação pode ser

confundida com a pulsação do paciente;

Aquecer as mãos;

Não fazer pressão forte sobre a artéria, pois isso pode impedir de sentir os

batimentos.

Respiração: é o ato de inalar e exalar ar através da boca, das cavidades nasais ou pela pele

para se processarem as trocas gasosas ao nível dos pulmões.

Padrão normal em adultos: de 16 a 20 ipm (eupneico), < que 16 ipm (bradipneico) e > que

20 ipm (taquipneico).

Terminologias básicas

Eupnéia: respiração normal

Taquipnéia: respiração acelerada

Bradipnéia: diminuição do número de movimentos respiratórios

Apnéia: ausência de movimentos respiratórios

Dispnéia: dor ou dificuldade ao respirar

Valores normais:

Homem: - 16 a 18 mpm (movimentos por minuto)

Mulher: - 18 a 20 mpm

Criança: - 20 a 25 mpm

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Lactentes: - 30 a 40 mpm

Método:

Deitar o paciente ou sentá-lo

Observar os movimentos de abaixamento e elevação do tórax. Os dois movimentos

(inspiração e expiração) somam um movimento respiratório Colocar a mão no pulso

do paciente a fim de disfarçar a observação

Contar os movimentos respiratórios durante um minuto

Anotar o valor

Comunicar e registrar anormalidades

Observações:

Não permitir que o paciente fale durante o procedimento

Não contar respiração após esforços físicos.

VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL

A pressão arterial consiste na pressão do fluxo sanguíneo na parede das artérias.

Valor normal: Varia de indivíduo para indivíduo, portanto é difícil definir exatamente.

Pressão Arterial: é a pressão exercida pelo sangue contra a superfície interna das artérias, a

força vem do batimento cardíaco.

Padrão de normalidade no adulto "MSE": 120 x 80 mmHg (normotenso), < que 90 x 60

mmHg (hipotenso) e > que 130 x 90 mmHg (hipertenso).

Terminologias Básicas:

Hipertensão Arterial: PA acima da média de 150x90 mmHg

Hipotensão arterial: PA abaixo da média de 100x60 mmHg

Convergente: quando a sistólica e a diastólica se aproximam.

Exemplo: 120x100 mmHg

Divergente: quando a sistólica e a diastólica se afastam

Exemplo: 120x40mmHg

Método:

Explicar o procedimento ao paciente;

Realizar assepsia das olivas e diafragma do

estetoscópio;

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Manter o paciente deitado ou sentado, com o braço apoiado;

Deixar o braço descoberto, evitando-se compressão;

Colocar o manguito 4 cm acima da prega do cotovelo, prendendo-o sem apertar

demasiado, nem deixar muito frouxo;

Não deixar as borrachas se cruzarem para não ocorrer alterações;

Colocar o manômetro de modo que fique bem visível;

Localizar com o dedo indicador e médio, a artéria braquial;

Colocar o estetoscópio no ouvido;

Fechar a válvula de ar e insuflar rapidamente até 180 ou 200 mmHg;

Abrir vagarosamente a válvula, observando o manômetro, os pontos em que são

ouvidos os primeiros batimentos;

Observar o ponto em que houve desaparecimento dos sons;

Retirar todo o ar do manguito, removê-lo e deixar o paciente confortável;

Anotar os valores;

Comunicar e anotar alterações;

Realizar assepsia das olivas e diafragma

do estetoscópio;

Manter materiais em ordem.

Observação:

Sendo necessário verificar a PA

novamente, manter o manguito no

braço sem compressão;

Em casos de dúvidas, repetir verificação

(esvaziar completamente o manguito,

antes de fazer nova verificação);

Qualquer verificação dos SSVV deve ser

realizada com o paciente descansado

(aproximadamente 10 minutos) antes

da verificação;

Manter o cliente deitado ou sentado, com o braço apoiado ao nível do coração.

Colocar o manguito do esfigmomanômetro no terço proximal do braço escolhido

(não mensurar a PA: em membros submetidos a cateterismo cardíaco, mesmo lado

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onde tenha sido realizada mastectomia, na presença de fístulas arteriovenosas e na

presença de acesso venoso periférico);

Palpar o pulso braquial e colocar o diafragma do estetoscópio sobre este local;

Segurar a pêra do manguito com uma das mãos e com outra palpar o pulso radial;

Inflar o manguito até 200 mmHg ou, acima do ponto no qual o pulso radial tornou-se

ausente na palpação;

Esvaziar o manguito lentamente na velocidade de 20 a 30 mmHg por segundo;

Atentar ao ponto no qual se ouve o primeiro som (Pressão Sistólica) e o último som

(Pressão Diastólica);

Desinsuflar o manguito, retirar o esfigmomanômetro, deixando o cliente confortável;

Limpar o diafragma do estetoscópio com algodão embebido em álcool 70%;

Limpar as olivas auriculares do estetoscópio com algodão embebido em álcool a 70%;

Recolher o material;

Realizar lavagem básica das mãos;

Anotar os resultados dos controles no prontuário do cliente, comunicando as

alterações significativas para o enfermeiro de plantão.

MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS

É o ato de verificar peso e altura

Finalidade

Acompanhar o crescimento pondo-estatural;

Detectar variações patológicas do equilíbrio entre peso e altura.

Método de verificação do peso

Forrar a balança com papel toalha;

Regular ou tarar a balança;

Solicitar ao paciente que use roupas leves;

Auxiliar o paciente a subir na balança, sem calçados, colocando-o no centro da

mesma, com os pés unidos e os braços soltos ao lado do corpo;

Mover o indicador de quilos até a marca do peso aproximado do paciente;

Mover o indicador de gramas até equilibrar o fiel da balança;

Ler e anotar o peso indicado na escala;

Auxiliar o paciente a descer da balança;

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Colocar os mostradores em zero e travar a balança.

Método de verificação de estatura

Colocar o paciente de costas para a escala de medida;

Suspender a escala métrica, fazendo com que a haste repouse sobre a cabeça do

paciente (cuidadosamente);

Manter o paciente em posição ereta, com a cabeça em posição anatômica com os pés

unidos;

Travar a haste;

Auxiliar o paciente a descer da balança;

Realizar a leitura e anotar;

Destravar e descer a haste;

Observação:

Para verificação de peso e estatura de crianças existem balança e régua apropriada,

onde a criança permanece deitada.

ALIMENTAÇÃO DO PACIENTE Sabemos que a alimentação contém nutrientes necessários ao organismo e que a

deficiência de vitaminas e nutrientes podem desencadear patologias graves.

Sendo a alimentação uma necessidade humana básica, que o alimento possui

finalidades importantes no organismo, precisa ser bem digerido e assimilado, a

enfermagem deve favorecer cuidados eficientes:

Método para alimentar pacientes acamados, capaz de alimentar-se sozinho:

Verificar se a dieta está de acordo a prescrição médica;

Auxiliar o paciente a sentar-se;

Colocar a bandeja sobre a mesa de refeição;

Colocar o prato, copos e talheres ao seu alcance, cortar carnes, pães se for necessário;

Se o paciente recusar a refeição ou deixar de comer alimentos adequados á sua dieta,

persuadi-lo, explicando-lhe o valor dos mesmos;

Terminada a refeição, retirar a bandeja e oferecer materiais para higiene oral e

lavagem das mãos;

Deixar o paciente confortável

Registrar alterações observadas

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Método para alimentar pacientes acamados, incapazes de alimentar-se sozinho:

Verificar se a dieta está de acordo a prescrição;

Colocar o paciente em posição de Fowler, se não houver contraindicações;

Colocar a bandeja sobre a mesa de refeição;

Servir pequenas porções do alimento de cada vez, com cuidado e paciência,

estimulando o paciente a aceitar toda a refeição;

Se o paciente estiver impossibilitado de ver, descrever-lhe os alimentos antes de

começar a alimentá-lo;

Limpar a boca do paciente, sempre que necessário;

Terminada a refeição, oferecer-lhe água;

Remover a bandeja;

Realizar a higiene oral do paciente, deixa-lo confortável e a unidade em ordem;

Realizar anotação: hora da alimentação, tipo de dieta, reações do paciente e alterações

observadas.

Observações:

Evitar interromper a alimentação do paciente para qualquer outro cuidado;

Os alimentos quentes devem ser servidos quentes e frios, servidos frios;

Servir os alimentos em pequenas porções, dando ao paciente oportunidade de repetir

e saborear o alimento;

Adequar os alimentos as condições de mastigação.

Alimentação por Gavagem

É o método empregado para introduzir alimentos no estômago, por meio de sonda

nasogástrica (SNG), sonda nasoenteral (SNE) ou gastrostomia.

Indicações

Pacientes inconscientes

Pacientes que recusam alimentação

Cirurgias em cavidade oral que exigem mucosa oral limpa e em repouso

Pacientes debilitados ou com impossibilidade de deglutição

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Materiais

Suporte para frasco de alimento

Equipo

Frasco com o alimento

Seringa de 20 ml

Estetoscópio

Luvas de procedimentos

Observação: Quando a dieta for em quantidade pequena, pode ser introduzida com a

seringa sem o êmbolo.

Método

Explicar o procedimento ao paciente;

Preparar o ambiente, desocupando mesa de cabeceira;

Lavar as mãos e calçar as luvas;

Separar e organizar o material, retirando o ar do equipo com a própria dieta;

Levar o material para o quarto e colocar o frasco de dieta no suporte, protegendo

equipo;

Dobrar a extremidade da sonda, adaptar a seringa, aspirar para verificação de

conteúdos gástricos. Se houver conteúdos, comunicar a enfermeira ou médico sobre

a quantidade e aspecto;

Dobrar extremidade da sonda, retirar a seringa e adaptar o equipo da dieta,

controlando gotejamento cautelosamente;

Terminada a introdução do alimento, introduzir o frasco de água a fim de remover

partículas que ficaram aderidas;

Fechar a sonda;

Deixar o paciente confortável, em decúbito de Fowler ou decúbito lateral direito;

Providenciar a ordem e a limpeza do local;

Anotar o cuidado, descrevendo observações.

Observações:

Sempre que for conectar ou desconectar seringas ou equipos na sonda do paciente,

dobrar a extremidade a fim de prevenir distenção abdominal e flatulência;

Se não houver restrição hídrica, hidratar paciente pela sonda;

A dieta administrada lentamente esfria e deterioriza e rapidamente pode ocasionar

diarréias;

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Proceder da mesma forma para administrar medicamentos pela sonda.

SONDA NASOENTERAL

A sonda nasoenteral é fabricada em poliuretano e silicone, não sofrem alteração física

em contato com o PH ácido do estômago, são

flexíveis, maleáveis e duráveis. Seu calibre é fino,

com uma ogiva distal (tungstênio) possibilitando

seu posicionamento além do esfíncter piloro,

permitindo também o fechamento dos

esfíncteres durante seu trajeto (Cárdia e Piloro).

Sua indicação esta associada às patologias que

levam a dificuldades na deglutição,

impossibilitando a alimentação por via oral.

Material:

Bandeja de inox.

Luvas de procedimento.

Sonda DOBBHOFF.

Seringa de 20ml.

Copo com água s/n.

Pacote de gaze.

Papel toalha.

Lidocaína gel.

Fita adesiva.

Estetoscópio.

Biombo s/n.

Saco plástico para lixo.

Descrição da Técnica:

Lavar as mãos.

Preparar o material e colocar sobre a mesa de cabeceira.

Orientar o cliente e/ou o acompanhante sobre o que será feito.

Solicitar ao acompanhante que aguarde fora do quarto e/ou posicione o biombo.

Elevar a cabeceira da cama (posição Fowler – 45º) com a cabeceira inclinada para

frente ou decúbito dorsal horizontal com cabeça lateralizada.

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Proteger o tórax com o papel toalha e limpar as narinas com gaze.

Limpar o nariz e a testa com gaze para retirar a oleosidade da pele.

Medir a sonda do lóbulo da orelha até a ponta do nariz e da ponta do nariz à base do

processo xifoide e acrescentar aproximadamente 10 cm.

Marcar com adesivo.

Calçar luvas de procedimento.

Lubrificar a ponta da sonda com lidocaína.

Introduzir a sonda em uma das narinas pedindo ao cliente que degluta, introduzir até

a marca do adesivo.

Observar sinais de cianose, dispnéia e tosse, principalmente se estiver inconsciente.

Testar se a sonda está na cavidade gástrica por meio de um destes métodos.

Injetar 20ml de ar na sonda e auscultar na altura da região epigástrica

simultaneamente, será auscultado um ruído, no qual indica que a sonda está na

cavidade gástrica.

Aspirar com a mesma seringa o conteúdo gástrico.

Colocar a ponta da sonda no copo com água se houver borbulhamento há indicação

que está nas vias respiratórias.

Solicitar um raio-x de tóraco-abdominal para confirmar o posicionamento da sonda

antes de iniciar a dieta.

Colocar o cliente se possível em decúbito lateral direito para que a peristalse gástrica

facilite a migração da sonda através do piloro e chegue ao duodeno ou solicite que

caminhe para estimular a descida da sonda até o local apropriado (região pós pilórica).

Após a confirmação da locação da sonda pelo raio-x, retirar o fio guia.

Remover a oleosidade do nariz com gaze e promover a fixação da sonda sem que haja

tração da asa do nariz, para evitar lesões por isquemia.

Colocar o cliente em posição confortável.

Reunir o material e fazer o descarte no saco plástico para lixo.

Retirar as luvas e desprezá-las.

Lavar as mãos.

Anotar procedimento em impresso próprio, no prontuário do cliente.

Obs. Procedimento realizado somente pelo médico ou enfermeiro.

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SONDAGEM NASOGÁSTRICA A Sonda Nasogástrica é um tubo de cloreto de

polivinila (PVC) que, quando prescrito pelo médico para

drenagem ou alimentação por sonda, deve ser

tecnicamente introduzido desde as narinas até o estômago.

É a introdução de uma sonda gástrica plástica através

da narina até o estômago.

Objetivos

Drenar conteúdo gástrico (sonda aberta com coletor);

Realizar lavagem gástrica;

Administrar alimentos e medicamentos.

Materiais Sonda gástrica

Lubrificante anestésico (xylocaína gel)

1 seringa de 20 ml

Micropore / esparadrapo

Gazes

Luvas de procedimentos

Tesoura

Algodão umedecido com álcool á 70% toalha de rosto ou papel toalha

Método

Realizar lavagem das mãos;

Reunir o material;

Explicar o procedimento ao

paciente;

Colocar os materiais sobre a mesa de cabeceira;

Colocar o paciente em decúbito de Fowler;

Colocar a toalha sobre o tórax do paciente;

Calçar as luvas;

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Medir a sonda do lóbulo da orelha, este até a ponta do nariz, seguindo-se ao apêndice

xifoide e marcar com um pedaço de esparadrapo discreto;

Passar a xilocaína na sonda a ser introduzida;

Fletir a cabeça do paciente para frente com a mão não dominante, a fim de fechar o

acesso da sonda às vias respiratórias;

Orientar o paciente que ao sentir a sonda em região orofaríngea o mesmo deve

deglutir;

Introduzir a sonda na narina do paciente até o ponto demarcado;

Testar localização da sonda através da aspiração de conteúdos e/ ou ausculta de

ruídos em região epigástrica injetando 10 ml de ar com a seringa e auscultando com o

estetoscópio;

Fixar a sonda de modo que não atrapalhe o campo visual e não traumatize a narina;

Recolher o material;

Manter ambiente limpo e organizado;

Anotar: o procedimento realizado, número da sonda, volume e aspecto de secreções

drenadas e intercorrências.

Observações:

Injetar 20ml de ar na sonda e auscultar com

estetoscópio, na base do processo xifoide, para

ouvir ruídos hidroaéreos;

Ver fluxo de suco gástrico aspirando com a seringa

de 20ml;

Colocar a ponta da sonda no copo com água se

tiver borbulhamento está na traquéia e deve ser

retirada imediatamente;

Algumas literaturas questionam o "teste do copo"

tendo em vista a existências de falsos positivos sem contar a efetividade dos dois testes

anteriores;

Toda vez que a sonda for aberta, para algum procedimento, dobrá-la para evitar a

entrada de ar.

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ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

A administração de medicamentos é um dos deveres de maior responsabilidade da

equipe de enfermagem. Requer

conhecimentos de farmacologia e

terapêutica no que diz respeito á ação,

dosagem, efeitos colaterais, métodos e

precauções na administração das drogas.

Todo medicamento deve ser prescrito

pelo médico e a sua administração não é

um ato simples, tanto no que diz respeito a

preparar, quanto no que se refere a dar a

medicação ao cliente. Exigem-se responsabilidade e conhecimento de microbiologia,

farmacologia e de cuidados de enfermagem

específicos. Antes da administração deve-se

observar a regra dos dez certos: cliente certo,

leito certo, prescrição certa, medicamento certo,

via de administração certa, dose certa, hora

certa, tempo certo, validade certa e abordagem

certa.

Descrição da Técnica:

Os medicamentos devem ser estocados na

farmácia e em menor quantidade, na unidade de enfermagem.

Os entorpecentes/ psicotrópicos devem ser controlados pelo enfermeiro da unidade,

sendo guardado em gaveta com chave.

Os recipientes contendo a medicação devem estar tampados e rotulados, de maneira

legível, com o nome e a dosagem da droga.

No momento do preparo concentrar a atenção no trabalho e evitar outras atividades

paralelas.

Estar ciente: do estado geral do cliente, dos efeitos desejados e colaterais do

medicamento.

Quando houver dúvidas (letra ilegível, medicamento sem rótulo, etc.), não preparar o

medicamento até seu esclarecimento.

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Todo medicamento deve ser rotulado com os dados de identificação do cliente: nome,

número do leito, nome da medicação, via de administração e horário.

Lavar as mãos antes de iniciar o preparo das medicações.

Desprezar o medicamento quando houver alteração de odor, consistência ou outras

características indesejáveis.

Providenciar o medicamento em falta na clínica, não o substituindo por outro se não

tiver certeza absoluta que ambos possuem o mesmo efeito farmacológico desejável.

Antes de começar a administrar as medicações, deixar o local em ordem e limpo.

Utilizar luvas de procedimento para a administração dos medicamentos.

Utilizar máscara no preparo de antibióticos.

Não ministrar o medicamento preparado por outra pessoa e nem permitir que

familiares e clientes o façam.

Não deixar a bandeja de medicação no quarto do cliente, caso necessite sair do

aposento.

Antes de administrar a medicação, conferir o n° do leito e o nome do cliente. Nos

impossibilitados de se comunicarem, identificá-los somente pelo n° do leito.

Somente após a ingestão ou aplicação do medicamento, ele poderá ser checado no

horário correspondente da prescrição.

Se o cliente recusar o medicamento, estiver ausente da clínica, não houver o

medicamento no hospital, ou qualquer outro motivo, bolar o horário e justificar na

anotação de enfermagem.

Anotar e notificar as anormalidades (efeitos colaterais) que o cliente apresentar.

Obs. Em casos de emergência, a medicação poderá ser dada sob ordem verbal do

médico, mas relatada na anotação de enfermagem. Após a prescrição médica, o

enfermeiro deverá colocar o horário e o técnico e/ ou auxiliar de enfermagem que

ministrou checar.

Medicação Via Endovenosa

É a administração de uma droga diretamente na veia,

a fim de obter uma ação imediata do medicamento.

Material:

Luvas de procedimento.

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Bandeja de inox.

Medicação a ser administrada.

Seringa identificada com nome do cliente, nome da medicação, leito e horário.

Agulha encapada (25x8 ou 25x7) ou Scalp (número conforme o caso).

Almotolia de álcool a 70%.

Bola de algodão.

Fita adesiva.

Descrição da Técnica:

Lavar as mãos.

Realizar o preparo da medicação com luvas de procedimento, no posto de

enfermagem.

Reunir o material e levar ao leito do cliente.

Orientar o cliente sobre o procedimento.

Escolher cuidadosamente a veia a ser puncionada.

Garrotear o membro acima do local de punção, tomando cuidado para não

machucar o cliente.

Calçar as luvas de procedimento.

Fazer a assepsia com o algodão embebido em álcool 70%.

Realizar a punção com agulha ou scalp.

Puxar o êmbolo da seringa para trás, com a mão dominante, e observar retorno

sanguíneo (caso não ocorra, avaliar hiperemia, edema ou dor local e reiniciar o

procedimento em outro local, trocando a agulha ou scalp).

Não ultrapassar o limite de três tentativas de punção. Neste caso, pedir auxílio ao

enfermeiro de plantão.

Se a punção foi bem sucedida, prender as asas do scalp com adesivo, retirar o garrote

e iniciar a introdução da medicação, empurrando o êmbolo suavemente enquanto

se comunica com o cliente, para diminuir sua ansiedade.

Ir verificando a ocorrência imediata de efeitos desejados e colaterais.

Ao final, remover a agulha em movimento seguro e suave, aplicar pressão no local

com algodão embebido em álcool a 70%.

Colocar a seringa na bandeja sem encapar a agulha.

Fazer curativo no local da punção.

Recompor o cliente e a unidade.

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Descartar o material na caixa de perfuro cortante.

Realizara lavagem das mãos.

Anotar procedimento realizado em impresso próprio, no prontuário do cliente.

Obs. Caso o cliente esteja com acesso venoso central ou periférico, fazer a assepsia com

álcool a 70% antes de administrar a medicação e observar o local.

MEDICAÇÃO VIA NASAL

É uma via de administração, que consiste na

aplicação de fármacos dentro do nariz. Evita o efeito de

primeira passagem hepática. A mucosa nasal é

considerada ineficiente na absorção de fármacos. As

partículas de droga devem ser pequenas para que

alcancem os pulmões.

Material:

Bandeja de inox.

Luvas de procedimento.

Medicação a ser administrada.

Pacote de gaze.

Papel higiênico.

Descrição da Técnica:

• Lavar as mãos.

• Reunir o material e levar ao leito do cliente.

• Orientar o cliente e/ ou o acompanhante sobre o que será feito.

• Calçar luvas de procedimento.

• Orientar o cliente a assuar suavemente o nariz com o papel higiênico, caso não seja

contra indicado.

• Colocar o cliente em decúbito dorsal, elevado 45º com a cabeça ligeiramente

inclinada para trás.

• Apoiar a mão não dominante na testa do cliente, enquanto levanta a narina.

• Segurar o frasco de medicação próximo ao nariz em direção ao septo nasal com a

mão dominante.

• Instilar o número de gotas indicado.

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• Retirar as luvas.

• Orientar o cliente a permanecer na posição por 3-6 minutos.

• Recompor a unidade e recolher o material.

• Lavar as mãos.

• Anotar procedimento em impresso próprio, no prontuário do cliente.

Medicação Via Ocular

É uma via de administração pela aplicação de fármacos

nos olhos. Sua absorção e início de efeito são praticamente

imediatos.

Material:

Bandeja de inox.

Medicação a ser administrada.

Pacote de gaze estéril.

Luvas de procedimento.

Descrição da Técnica:

Lavar as mãos.

Reunir o material e levar ao leito do cliente.

Orientar o cliente e/ ou o acompanhante sobre o que será

feito.

Calçar as luvas de procedimento.

Colocar o cliente em decúbito dorsal, elevado a 45º ou

sentado.

Abrir o pacote de gaze de maneira asséptica.

Se observar secreção ou lágrimas em excesso ao redor dos cílios inferiores e pálpebra,

realizar higiene ocular.

Segurar o frasco com a mão dominante.

Colocar o punho da mão não dominante na testa do cliente.

Com gaze estéril, puxar a pálpebra inferior suavemente para baixo com a mão não

dominante.

Orientar o cliente para olhar em direção à própria testa.

Instilar o número de gotas indicadas, dentro da bolsa conjutival do olho correto, sem

deixar que o gotejador toque no cliente.

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No caso de pomadas: ao abrir o tubo aplicar cerca de 1 cm de pomada dentro do

saco conjutival.

Orientar o cliente para fechar os olhos por um minuto, sem fazer força, pedindo que

não esfregue o olho. No caso de pomadas, pedir para o cliente girar o globo ocular

em todas as direções, se não houver contraindicação.

Remover o excesso de medicação e secreção ao redor dos olhos com uma gaze

estéril.

Retirar as luvas e desprezá-las.

Orientar o cliente a não se mover até que a visão esteja clara.

Recompor a unidade e recolher o material.

Lavar as mãos.

Anotar o procedimento em impresso próprio, no prontuário do cliente.

Obs.

1. Se for necessária à aplicação de mais de um tipo de pomada, aguarde cerca de 10

minutos entre uma aplicação e outra.

2. Se tiver que aplicar mais de um colírio, espere pelo menos cinco minutos entre as

aplicações.

3. Não lave o conta gotas do colírio. Não use colírios que apresentem alteração na

coloração.

4. Quando a aplicação do colírio for difícil, como em crianças ou clientes que piscam em

demasia, deitar o cliente com os olhos fechados e pingar o colírio no canto junto ao nariz.

Fazer o cliente abrir os olhos para o colírio escorrer por gravidade.

MEDICAÇÃO VIA ORAL É um conjunto de procedimentos e cuidados que tem

por finalidade administrar os medicamentos prescritos por via

oral a um paciente sob tratamento médico, com o máximo de

segurança e controle de riscos.

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Material:

Via Oral

Bandeja de inox.

Copo pequeno descartável, com medicação a ser administrada (se a medicação estiver

fora da embalagem), identificado com nome do cliente, nome da medicação, leito e

horário.

Copo com água filtrada.

Canudinho s/n.

Macerador de comprimido s/n.

Via Oral Através de Sondas (Nasogástrica ou Nasoenteral)

Seringa descartável de 20 ml.

Dieta.

Equipo para administração da dieta.

Água filtrada para lavagem.

Descrição da Técnica:

Via Oral

Absorção e início dos efeitos: cerca de 30 minutos.

Lavar as mãos.

Reunir o material e levar ao leito do cliente.

Orientar o cliente e/ ou o acompanhante sobre o que será feito.

Colocar o cliente em decúbito dorsal, elevado 45º.

Oferecer ao cliente a medicação conforme orientação em prescrição.

Oferecer água ou líquido indicado ao cliente, orientando para este colocar a

medicação na boca.

Permanecer com o cliente até que toda a medicação seja tomada.

Recompor o cliente e a unidade.

Recolher o material.

Realizar lavagem básica das mãos.

Verificar após 30-60 minutos em média, a ocorrência de efeitos desejados e colaterais.

Anotar procedimento em impresso próprio, no prontuário do cliente.

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Via Oral Através de Sondas (Nasogástrica ou Nasoenteral)

Quando SNG: verificar se não há conteúdo gástrico com dieta do horário anterior,

aspirando com a seringa de 20 ml e verificando retorno (teste de refluxo).

Introduzir dieta gota a gota, através do equipo ou bomba de infusão, atentando para

a velocidade prescrita, evitando administrações rápidas para prevenir diarréias.

Ao término da dieta, realizar higienização da sonda através de lavagem com água

filtrada em seringa ou por gavagem (atentar para restrições hídricas).

Anotar procedimento em impresso próprio e comunicar intercorrências ao

Enfermeiro de plantão.

Medicação Via Otológica

É a introdução de medicamentos no canal auditivo

externo com a finalidade de prevenir ou tratar processos

inflamatórios, infecciosos, facilitar a saída de cerúmen e

corpos estranhos.

Material:

Bandeja de inox.

Medicação a ser administrada.

Pacote de gaze estéril.

Luvas de procedimento.

Descrição da Técnica:

Lavar as mãos.

Reunir o material e levar ao leito do cliente.

Orientar o cliente e/ ou o acompanhante sobre o que será feito.

Calçar as luvas de procedimento.

Colocar o cliente em decúbito dorsal com a cabeça lateralizada, deixando para cima o

ouvido que receberá a medicação.

Com a mão não-dominante, puxar suavemente a aurícula para cima e para trás (para

maiores de 3 anos) e para baixo para trás (para menores de 3 anos.

Descansar o punho da mão dominante do lado da face do cliente próximo à área

temporal, gotejar o número receitado de gotas no canal do ouvido sem tocar este com

o frasco.

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Soltar o ouvido e remover o excesso de medicação ao redor do mesmo com compressa

de gaze estéril.

Retirar as luvas e desprezá-las.

Orientar o cliente a permanecer na posição por 3-5 minutos para absorção da

medicação.

Recompor a unidade e recolher o material.

Lavar as mãos.

Anotar procedimento, em impresso próprio, no prontuário do cliente.

Obs. Nos processos dolorosos recomenda-se a aplicação concomitante de calor úmido

ou seco.

Medicação Via Retal

É uma via de administração onde o fármaco é

aplicado na região retal. Sua indicação é impopular e

desconfortável. O fármaco é formulado em um supositório

ou enema retal, aplicados acima do esfíncter anal interno e

do anel anorretal.

Material:

Bandeja de inox.

Medicação a ser administrada.

Luvas de procedimento.

Pacote de gazes.

Biombo s/n.

Descrição da Técnica:

Lavar as mãos.

Reunir o material e levar ao leito do cliente.

Orientar o cliente e/ou o acompanhante sobre o que será feito.

Preparar o ambiente solicitando a saída de acompanhantes e/ou posicionando o

biombo de maneira que favoreça privacidade ao cliente.

Calçar luvas de procedimento.

Posicionar o cliente em decúbito lateral com a perna superior em abdução.

Remover o supositório do invólucro com uma gaze.

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Se a ponta estiver afiada, esfregar levemente com uma gaze para que esta fique

arredondada.

Afastar as nádegas com a mão não-dominante.

Orientar o cliente a respirar lenta e profundamente pela boca para facilitar

relaxamento da musculatura.

Inserir o supositório no reto, segurando com uma gaze, até se perceber o fechamento

do anel anal.

Retirar as luvas de procedimento e descartá-las.

Orientar o cliente a comprimir as nádegas por 3-4 minutos e permanecer na mesma

posição por 15-20 minutos para diminuir estímulo de soltar o supositório.

Recompor a unidade e recolher o material.

Lavar as mãos.

Anotar procedimento realizado em impresso próprio, no prontuário do cliente.

Medicação Via Subcutânea

Uma medicação injetada nos tecidos adiposos (gordura), abaixo da pele, se move

mais rapidamente para a corrente sanguínea

do que por via oral. A injeção subcutânea

permite uma administração medicamentosa

mais lenta e gradual que a injeção

intramuscular, ela também provoca um

mínimo traumatismo tecidual e comporta um

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pequeno risco de atingir vasos sanguíneos de grande calibre e nervos. Absorvida

principalmente através dos capilares, as medicações recomendadas para injeção

subcutânea incluem soluções aquosas e suspensões não irritantes contidas em 0,5 a 2,0 ml

de líquido.

Material:

Luvas de procedimento.

Bandeja de inox.

Medicação a ser administrada.

Seringa de 1ml identificada: nome do cliente, nome da medicação, leito e horário.

Agulha 13 x 4,5.

Bola de algodão.

Biombo s/n.

Descrição da Técnica:

Lavar as mãos.

Realizar o preparo da medicação no Posto de Enfermagem.

Reunir o material e levar ao leito do cliente.

Orientar o cliente e/ou o acompanhante sobre o que será feito.

Preparar o ambiente solicitando a saída de acompanhantes e/ou posicionando o

biombo de maneira que favoreça privacidade ao cliente, dependendo da área

escolhida para a aplicação.

Selecione um local de injeção apropriado.

Com a sua mão não dominante, agarre a pele ao redor do ponto de injeção

firmemente para elevar o tecido subcutâneo, formando uma dobra de gordura de

2,5cm.

Segurando a seringa com a sua mão dominante, insira a bainha da agulha entre os

dedos anular e mínimo da sua outra mão enquanto agarra a pele ao redor do ponto

de injeção. Puxe para trás a seringa com a sua mão dominante para descobrir a agulha

agarrando a seringa como um lápis. Não toque a agulha.

Posicione a agulha com o bisel para cima.

Insira a agulha rapidamente em um único movimento. Libere a pele do cliente para

evitar a injeção da medicação em um tecido comprimido e irritar as fibras nervosas.

Após a injeção, remova a agulha delicadamente (mas de forma rápida) na mesma

angulação utilizada para a inserção.

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Cubra o local com um chumaço de algodão seco e massageie delicadamente (a menos

que você tenha injetado uma medicação que contra indique a massagem, como a

heparina e a insulina) para distribuir a medicação e facilitar a absorção.

Colocar a seringa na bandeja, sem encapar a agulha.

Recompor o cliente e a unidade.

Descartar o material em caixa de perfuro cortante.

Lavar as mãos.

Anotar procedimento em impresso próprio, no

prontuário do cliente.

Medicação Via Sublingual

É uma via de administração que consiste na

absorção de fármacos por debaixo da língua. As

mucosas situadas na região sublingual são altamente vascularizadas por capilares

sanguíneos, motivo pelo qual sua absorção é altamente eficaz.

Material:

Bandeja de inox.

Copo descartável pequeno.

Medicação a ser administrada.

Luvas de procedimento.

Etiqueta para identificação.

Descrição da Técnica:

Lavar as mãos.

Reunir o material e levar ao leito do cliente.

Orientar o cliente e/ou o acompanhante sobre o que será feito.

Calçar as luvas de procedimento.

Colocar a medicação debaixo da língua do cliente.

Retirar as luvas.

Orientar o cliente a não engolir a medicação.

Lavar as mãos.

Verificar após 30-60 minutos em média, a ocorrência de efeitos.

Anotar procedimento em impresso próprio, no prontuário do cliente.

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Obs. Pode-se pedir para o cliente colocar a medicação na região sublingual ele próprio,

com orientação e supervisão da equipe de enfermagem. Neste caso, não há necessidade

do profissional usar luvas.

Medicação Via Tópica (Cutânea)

É a aplicação de uma substância diretamente onde se

deseja sua ação (efeito local).

Material:

Bandeja de inox.

Luvas de procedimento.

Medicação a ser administrada.

Biombo s/ n.

Descrição da Técnica:

Lavar as mãos.

Reunir o material e levar no leito do cliente.

Orientar o cliente e/ ou o acompanhante sobre o que será feito.

Preparar o ambiente solicitando a saída do acompanhante e/ou posicionando o

biombo de maneira que favoreça privacidade ao cliente.

Calçar as luvas de procedimento.

Posicionar o cliente, expondo a região a ser aplicado o creme.

Colocar a quantidade prescrita na superfície palmar.

Espalhar levemente com os dedos ou palmas, massageando levemente a região até o

produto ser absorvido ou de acordo com as orientações do medicamento ou da

prescrição.

Retirar as luvas e desprezá-las.

Recompor a unidade e o cliente.

Lavar as mãos.

Anotar o procedimento realizado em impresso próprio, no prontuário do cliente.

Medicação Via Intramuscular

São injeções intramusculares que depositam a medicação profundamente no tecido

muscular, o qual é bastante vascularizado, podendo absorver rapidamente. Esta via de

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administração fornece uma ação sistêmica rápida e

absorção de doses relativamente grandes (até 5 ml em

locais adequados).

Material:

Bandeja de inox.

Luvas de procedimento.

Medicação a ser administrada.

Seringa identificada com nome do cliente, nome da

medicação, leito e horário.

Agulha encapada (adultos hígidos = 30x7 ou 30x8).

Almotolia de álcool a 70%.

Bola de algodão.

Biombo s/n.

Fita adesiva.

Descrição da Técnica:

Lavar as mãos.

Realizar o preparo da medicação no Posto de Enfermagem.

Reunir o material e levar ao leito do cliente.

Orientar o cliente e/ou o acompanhante sobre o que será feito.

Preparar o ambiente solicitando a saída de acompanhantes e/ou posicionando o

biombo de maneira que favoreça privacidade ao cliente, dependendo da área

escolhida para a aplicação.

Selecionar a área para a aplicação, preferencialmente a região glútea por ser um

músculo de maiores proporções. O Músculo deltoide deverá ser escolhido no caso de

rodízio, ou de pequenos volumes. Evitar o Músculo vasto lateral (aplicações costumam

são mais dolorosas) a não ser que seja necessário em caso de falta de opção em rodízio

de locais.

Posicionar cliente de maneira confortável e de fácil visualização da área de injeção.

Limpar a área com algodão embebido em álcool a 70% com movimento único

unidirecional de cima para baixo.

Retirar a tampa da agulha.

Colocar o dedo indicador da mão não-dominante de um lado do local escolhido e o

dedo polegar do outro lado formando um V.

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Afastar os dedos, tensionando a pele.

Rapidamente, inserir a agulha em ângulo de 90º com a mão dominante.

Com os dedos que tensionam a pele, soltar a pele e segurar o corpo da seringa.

Puxar o êmbolo para trás, com a mão dominante, e observar retorno sanguíneo (caso

ocorra, retirar a agulha, pois um vaso foi atingido). Reiniciar o procedimento neste

caso, orientando o cliente sobre o motivo da nova punção.

Se não for observado retorno sanguíneo, empurrar o êmbolo suavemente enquanto

se comunica com o cliente, para diminuir sua ansiedade.

Remover a agulha em movimento rápido e seguro em ângulo de 90º.

Aplicar pressão firme no local com algodão embebido em álcool a 70%.

Colocar a seringa na bandeja, sem encapar a agulha.

Fazer o curativo no local de punção.

Recompor o cliente e a unidade.

Descartar o material em caixa de perfuro cortante.

Lavar as mãos.

Anotar o procedimento em impresso próprio, no prontuário do cliente.

Obs. Dependendo da região na qual será administrada a medicação, existe um volume

máximo: Região deltoidea: 2 ml; Região dorsoglutea: 4 ml; Região ventroglutea: 4 ml;

Região anterolateral da coxa: 3 ml.

Medicação Via Intradérmica

Finalidade:

Introdução de medicamentos na derme. É

indicada para teste de sensibilidade alérgica e

aplicação de vacinas.

Volume de aplicação: até 0,5 ml (0,1ml –

0,5ml)

Locais de aplicação: face interna ou ventral do antebraço e região escapular (por

serem locais de fácil acesso, pobre em pêlos, pigmentação e pouco vascularizada)

A exceção é a vacina BCG que é aplicada na porção inferior do deltóide direito.

Posição do paciente: deve estar sentado, antebraço descoberto. Apoiado em uma

superfície plana. É aplicada a qualquer idade.

Material:

Medicação

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Agulha fina (13X8)

Seringa (1 ml)

Algodão

Álcool 70%

Luvas de procedimento

Procedimento:

Lavar as mãos, reunir o material, conferir a medicação, dose, hora, via e paciente.

Explicar o procedimento ao paciente ou ao seu responsável

Expor as áreas de aplicação; utilizar preferencialmente a face anterior do antebraço ao

a região subescapular

Calçar as luvas de procedimento

Fazer anti-sepsia local, de baixo para cima

Distender a pele e introduzir somente o bisel da agulha para cima, paralelo à pele

Injetar a medicação e observar a formação de pápula

Retirar a agulha e não massagear

Recolher o material, retirar as luvas, lavar as mãos e registrar a medicação e possíveis

reações.

Complicações que podem ocorrer:

Infecções: podem ser local (urticária) ou sistêmica (sepses). As infecções podem resultar da

contaminação do medicamento ou material.

Fenômenos alérgicos: aparecem em decorrência á susceptibilidade do indivíduo ao

produto usado. Pode ser local ou geral.

Embolias: resultam da introdução de bolhas de ar, óleos ou cristais das drogas.

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Traumas: podem ser psicológicos ( medo, tensão, choro ) ou tissulares (lesões da pele,

hematomas, equimoses, dor, parestesias, paralisias, nódulos, necrose).

Tricotomia

Tricotomia é a retirada dos pêlos antes de uma cirurgia

através de uma lâmina cirúrgica ou de barbear. Retiram-se os

pêlos do local onde irá ser feita a cirurgia, evitando qualquer

tipo de infecção.

Material:

Luvas de procedimento.

Aparelho de barbear descartável.

Sabonete ou sabonete líquido.

Pacote de gaze estéril.

Cuba rim.

Toalha de banho.

Descrição da Técnica:

Lavar as mãos.

Reunir material e levar ao leito do cliente.

Orientar cliente e/ ou o acompanhante sobre o que será feito, certificando da

compreensão do mesmo sobre o procedimento a ser realizado.

Preparar ambiente solicitando a saída de acompanhantes e/ ou posicionando a cortina

de maneira que favoreça privacidade ao cliente.

Calçar as luvas de procedimento.

Posicionar o cliente e expor a aérea onde será realizado o procedimento.

Dispor sabão e água morna na cuba rim.

Ensaboar a aérea a ser tricotomizada.

Tracionar a pele e proceder à tricotomia em movimentos suaves para evitar lesão da

pele (a tricotomia deve ser realizada no sentido de crescimento dos pêlos).

Retirar com a gaze o excesso de pêlos e o sabão do aparelho de barbear.

Recolher os pêlos com a gaze.

Providenciar higiene do cliente se não houver contra indicação.

Ao término, secar a pele, recompor o cliente e a unidade.

Recolher material.

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Anotar procedimento realizado em impresso próprio, no prontuário do cliente.

ASPIRAÇÃO ENDOTRAQUEAL É a retirada da secreção pulmonar através da introdução de uma sonda de aspiração

via cânula endotraqueal, traqueostomia, nasotraqueal ou orotraqueal.

Materiais:

Frasco de aspiração

Sonda estéril de aspiração

Luva esterilizada ( traquéia )

Máscara descartável

Óculos protetores

Luva de procedimento ( nasal e oral )

Frasco de água destilada

Procedimento:

Lavar as mãos

Reunir o material

Explicar o procedimento ao paciente

Conectar o frasco de aspiração ao vácuo

Conectar a extensão

Abrir a extremidade da embalagem na técnica a extensão

Colocar a máscara e o avental de mangas longas e o óculos protetor

Abrir o vácuo

Calçar a luva estéril

Retirar a sonda da embalagem sem contaminá-la segurando-a com a mão dominante

Desconectar o aparelho de ventilação

Introduzir a sonda de aspiração sem ocluir o orificio “y”

Ocluir o orificio “y” com o polegar após a introdução da sonda

Retirar a sonda sem fazer movimentos rotatórios (pode lesar traquéia) tracionando-a

para fora

Repetir quantas vezes forem necessárias

Realizar aspiração nasal

Realizar aspiração oral

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Desconectar e desprezar a sonda de aspiração, a luva no lixo infectante

Manter o vácuo aberto ao término da aspiração, lavar com a AD até total limpeza do

circuito

Recolher o material

Anotar no prontuário: horário, quantidade, aspecto, odor e consistência da secreção

aspirada, bem como o padrão respiratório do paciente

Lavar frasco de aspiração no expurgo

Sequência de aspiração

1º traqueostomia ou cânula endotraqueal

2º cavidade nasofaríngea

3º cavidade oral

VERIFICAÇÃO DE GLICEMIA CAPILAR

Teste realizado para identificar a taxa de glicose

através da gota de sangue, utilizando glucômetro.

O teste de glicemia capilar possibilita conhecer os

níveis de glicemia durante o dia, em momentos que

interessam para acompanhar e avaliar a eficiência do

plano alimentar, da medicação oral e principalmente da

administração de insulina, assim como orientar as mudanças no tratamento.

Materiais:

Glucômetro

1 lanceta

Lancetador / caneta

Luvas de procedimento

Algodão umedecido com álcool á 70 %

Fita teste

Descrição da Técnica:

Lavar as mãos.

Reunir o material.

Orientar o cliente e/ ou o acompanhante sobre o que será feito.

Colocar a fita teste no aparelho próprio para aferição de glicemia capilar.

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Calçar as luvas de procedimento.

Abrir o invólucro da lanceta ou da agulha.

Escolher um dos quirodáctilos que esteja com uma boa perfusão periférica.

Segurar o quirodáctilo com a mão não dominante, fazendo uma leve pressão para

“acúmulo sanguíneo” no local.

Fazer a antissepsia com o algodão embebida no álcool a 70%.

Com a mão dominante, dar uma picada superficial com a lanceta ou agulha 13 x 4,5

na ponta do quirodáctilo do cliente.

Ao sair sangue do quirodáctilo, colocar uma gota do mesmo na fita teste.

No local perfurado pressionar com o algodão seco.

Aguardar a leitura realizada pelo aparelho.

Recolher o material.

Retirar as luvas de procedimento e desprezá-las.

Lavas as mãos.

Comunicar o resultado ao enfermeiro da unidade ou ao médico se necessário

(hipoglicemia ou hiperglicemia).

Anotar o procedimento em impresso próprio, no prontuário do cliente.

Valor normal: 70 a 110 mg / dl

Comunicar alterações.

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VERIFICAÇÃO DE GLICOSÚRIA E CETONÚRIA

É a realização do teste através da fita reagente para detecção indireta de glicose e/

ou cetona presentes na urina.

Materiais:

Luvas de procedimentos

Fita

Reagente

Método:

Higienizar as mãos

Reunir o material

Explicar o procedimento ao paciente

Calçar luvas

Coletar a urina em recipiente

Imergir a área reagente da fita na urina retira-la em seguida

Aguardar o tempo determinado para a leitura, conforme orientação do fabricante

Comparar a cor da área reagente com a escala de cores impressas no rótulo do frasco

e realizar a leitura

Recolher o material

Anotar o resultado no prontuário, comunicando alterações

TROCA DE ÁGUA DO FRASCO DE DRENAGEM DE TÓRAX (selo d’água)

É o procedimento de substituição do líquido drenado no frasco do dreno de tórax

por água destilada estéril.

Objetivo:

Manter fluxo de drenagem

Permitir a mensuração do líquido

drenado

Materiais:

Esparadrapo

Frasco de AD estéril 500ml

Cortoplast

Luvas de procedimentos

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Algodão umedecido com álcool á 70 %

Cálice graduado

Método:

Reunir o material;

Explicar o procedimento ao paciente;

Higienizar as mãos realizar a desinfecção do frasco de AD com o

algodão e álcool;

Abrir o frasco com o cortoplast;

Calçar as luvas;

Pinçar o dreno;

Abrir o frasco de drenagem;

Retirar a tampa segurando com cuidado para não contaminar a

ponta interna do frasco;

Desprezar o conteúdo no cálice graduado, verificando volume e

aspecto do resíduo drenado;

Colocar a AD no frasco, fazendo movimentos circulares para

desprender qualquer material que esteja aderido a parede do

frasco;

Desprezar este conteúdo no cálice;

Repetir o processo;

Colocar 100 ml de AD no frasco para a realização do selo d’água;

Colocar a tampa do frasco de drenagem imergindo a ponta interna na água;

Despinçar a extensão do dreno;

Colocar uma fita de esparadrapo no lado externo do frasco, marcando o nível de água

com a caneta. Anotar data, hora da troca;

Recolher materiais, manter local limpo e organizado;

Anotar no prontuário: o procedimento realizado, aspecto, volume e intercorrências;

Observações:

Deve haver borbulhamento, caso contrário comunicar e anotar;

Ao medir o volume, não se esquecer de subtrair o volume da AD colocada

anteriormente;

Por segurança, é recomendado que o procedimento seja realizado por duas pessoas.

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DOCUMENTAÇÃO Prontuário Médico

É o conjunto de documentos escritos que identificam o paciente, registram a

evolução da doença, os tratamentos prescritos e cuidados de enfermagem executados,

bem como condições de alta, transferências.

Nele deve ser registrado a descrição concisa da história clínica do paciente e da

família, seus hábitos e antecedentes pessoais, sua condição física e estado mental,

diagnóstico médico e de enfermagem e o resultado de exames realizados. O prontuário é

útil para o paciente, equipe médica, equipe da enfermagem e outros profissionais

envolvidos no processo de atendimento.

Valor do prontuário médico

Auxilia no diagnóstico e tratamento

Constitui valioso material para ensino

Oferece dados e informações para pesquisas e

estatísticas

É documento para fins legais

Anotação de Enfermagem

Consiste nos registros realizados pela equipe de

enfermagem, em impresso próprio, a respeito dos

cuidados prestados ao paciente.

A anotação de enfermagem faz parte do prontuário médico sendo considerado um

documento legal, por ser o testemunho escrito da prática de enfermagem. Todas as

informações contidas nele são utilizadas pela equipe de saúde durante o tratamento.

Finalidade

Estabelecer comunicação entre a equipe de enfermagem e demais profissionais

Servir de base para elaboração de cuidados

Acompanhar evolução do paciente

Constituir documento legal para o paciente ou equipe de enfermagem referente a

assistência prestada

Contribuir para a auditoria de enfermagem

Colaborar para ensino e pesquisa

O que anotar: condições físicas

- estado da pele: coloração, presença de lesões, ressecamento, tugor cutâneo

- possibilidades de locomoção

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Manifestações emocionais

- alegria

- tristeza

- temor

- ansiedade

- agitação

- lucidez

- confusão mental

O que o paciente mantem

- soro

- cateteres

- sondas

Procedimentos realizados

- banho

- curativos

- medicamentos

Aceitação alimentar ( desjejum, almoço, lanche, jantar )

- boa aceitação

- recusa

- aceitação parcial

Intercorrências ( e a quem foi comunicado )

- algias

- êmese

- sangramentos, entre outros

Eliminações fisiológicas (diurese e evacuação)

- aspecto

- quantidade

- odor

- presença de muco, sangue

- coloração

Por ser um documento legal, a anotação de enfermagem deve obedecer a alguns

cuidados para o registro:

Usar letra legível

Escrever com caneta (nunca á lápis) de cor azul ou vermelha de acordo a instituição

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Registrar horários

Anotar todo procedimento prestado

Ser claro, objetivo

Se errar, não rasurar

A descrição deve ser concisa ( resumida e exata )

Usar abreviaturas padronizadas

Não deixar espaços nem pular linhas

Identificar com nomes as pessoas que deram informações. Ex : a mãe

Registrar medidas de segurança adotadas para proteger o paciente

Fechar com um traço espaço de linhas, assinar carimbar em caso de funcionário. Em

caso de alunos assinar e colocar o nome do colégio.

Passagem de plantão

A passagem de plantão tem como objetivo assegurar o fluxo de informações entre as

equipes de enfermagem, nos diferentes turnos, que se sucedem no período de 24 horas.

Pode ser considerada um elo de ligação no processo de trabalho da enfermagem com o

outro turno subsequente. É esta ligação que assegura a continuidade da assistência.

Admissão Hospitalar

Regras gerais

A maneira de receber um paciente depende da rotina de cada hospital. Em caso,

porém, o atendimento deverá ser afável e gentil, sendo realizado por alguém que possa

dar todas as informações necessárias.

Deve-se:

Mostrar as dependências do setor e aposento, explicando as normas e rotinas sobre:

Horário de banhos

Refeições

Visitas médicas

Visitas de familiares

Repouso

Recreação

Serviços religiosos

Pertences pessoais necessários

Relacionar e guardar roupas seguindo a rotina do local

Entregar pertences de valores á família, anotando no prontuário

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Apresenta-lo á companheiros de quarto

Se necessário, encaminhá-lo ao banho e vestir roupas apropriadas

Preparar o prontuário

Comunicar serviço de nutrição e demais serviços interessados

Verificar SSVV, peso, altura e anotar

Fazer anotações de enfermagem referentes a:

Hora de entrada

Condições da chegada (deambulando, de maca, cadeira de rodas,

acompanhamento)

Sinais e sintomas observados

Orientações dadas

Alergias e uso de medicamentos de rotina

Se apresenta patologias (diabetes, hipertensão arterial, entre outros)

Se foi realizada cirurgias anteriores

Alta Hospitalar

A alta do paciente, em decorrência a implicações legais, deve ser dada por escrito e

assinada pelo médico.

Tipos:

a) Alta hospitalar por melhora: aquela dada pelo médico porque houve melhora do estado

geral do paciente, sendo que este apresenta condições de deixar o hospital.

b) Alta a pedido: aquela em que o médico concede a pedido do paciente ou responsável,

mesmo sem estar devidamente tratado. O paciente ou responsável por ela assina o termo

de responsabilidade.

c) Alta condicional ou licença médica: aquela concedida ao paciente em ocasiões especiais,

com a condição de retornar na data estabelecida (dia das mães, pais, natal, entre outros).

Também deve ser assinado o termo de responsabilidade.

Papel da Enfermagem

Avisar o paciente após alta registrada em prontuário pelo médico

Orientar o paciente e familiares sobre cuidados precisos pós-alta (repouso, dieta,

medicamentos, retorno)

Preencher pedido de alta (de acordo regras da instituição)

Providenciar medicamentos ( conforme regulamento da instituição )

Reunir pertences do paciente e providenciar suas roupas

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Auxilia-lo no que for necessário

Realizar anotações de enfermagem contendo:

Hora de saída

Tipo de alta

Condições do paciente

Presença ou não de acompanhante

Orientações dadas

Meio de transporte ( ambulâncias, carro próprio )

Preparar prontuário e entrega-lo conforme rotina da instituição

Transferência

É realizada da mesma forma que a alta. Deve-se avisar os diversos serviços, conforme

rotina .

A unidade para onde o paciente está sendo transferido deverá ser comunicada com

antecedência, a fim de que esteja preparada para recebê-lo.

O prontuário deve estar completo e ser entregue na outra unidade.

O paciente será transportado de acordo as normas da instituição e seu estado geral.

Ordem e Limpeza

Limpeza é a eliminação de todo o material estranho (resíduos, material orgânico,

poeiras, entre outros), com uso de água, detergentes e ação mecânica. A limpeza antecede

os procedimentos de desinfecção e esterilização.

Os hipocloritos são desinfetantes amplamente utilizados, porém podem ser

inativados na presença de sangue ou outra matéria orgânica, daí a necessidade de limpeza

anterior.

O Serviço de Limpeza é de grande interesse nos hospitais e demais Serviços de Saúde,

não só porque essa é a primeira impressão do serviço ao paciente, mas também pela

importância no controle de infecções hospitalares.

A enfermagem deve participar ativamente na manutenção da ordem e limpeza, quer

atuando diretamente ou orientando o pessoal responsável por esse trabalho.

Limpeza geral ou terminal

É realizada pela equipe da limpeza. Consiste na limpeza geral e total do quarto e leito

do paciente. Nesta limpeza, a enfermagem participa retirando mobiliários do quarto,

limpando-os e recolocando-os novamente ao quarto.

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Indicações

Quando ocorre óbito

Quando o paciente é transferido para outra unidade

Quando o paciente tem alta hospitalar

Quando o paciente é acamado deve ser realizada a cada 15 dias, dependendo do

caso, uma vez por semana.

Limpeza diária ou concorrente

É realizada diariamente. Consiste na limpeza de partes do imobiliário do local, como

cabeceira da cama do paciente, mesa de cabeceira, cadeiras, poltronas, posto de

enfermagem, mesas, cadeiras, bandejas, pias, entre outros. . .

Objetivos

Manter o local limpo e organizado

Impedir propagação de microrganismos no local

Materiais

Álcool a 70%

Panos de limpeza

CUIDADOS COM RESÍDUOS O destino dos resíduos merece atenção especial, não

por se constituir fonte de infecção, mas também pela

possibilidade de reciclagem.

Baseado na ABNT (Associação Brasileira de Normas

Técnicas) deve ser dividido em:

a) Resíduos Infectantes: acondicionar em saco plástico

branco leitoso, com símbolo de infectante.

Exemplo: materiais com material orgânico,

como: swab, compressas, drenos, curativos, etc.

b) Resíduos Comuns: acondicionar em saco

plástico comum preto.

Exemplo: papel toalha, restos de alimentos,

copos descartáveis, entre outros.

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Materiais infectados e perfurocortantes

A preocupação dos profissionais de saúde com os perfurocortantes é antiga, pois

estes representam riscos potenciais aos trabalhadores da área.

Tipos de coletores:

O mais comumente utilizado em hospitais são os Descartex ou Descarpack. São caixas

de papelão, amarelo, montados com proteções que evitam a liberação de materiais

contaminados para seu exterior.

Causas mais frequente de acidentes ocupacionais:

Locais inadequados para a fixação de coletores

Descarte inadequado

Reencapamento de agulhas usadas

Falhas técnicas no procedimento

Recomendações

Não ultrapassar linha demarcatória da caixa

Após preenchimento, fechar a caixa e segura-la pelas alças

Posicionar a caixa em suporte adequado, evitando-se coloca-la no chão enquanto

estiver sendo usada

O coletor não deve ser posicionado muito alto, ou seja, acima dos olhos do profissional

.Deve-se mantê-lo na altura dos olhos

Manter o coletor fora do alcance de respingos, ou seja,

afastado de pias, torneiras e saídas de líquidos.

CATETERISMO VESICAL

É a introdução de um cateter estéril através da uretra até

a bexiga, com o objetivo de drenar a urina. Deve-se utilizar

técnica asséptica no procedimento a fim de evitar uma

infecção urinária no cliente. Tem por finalidade esvaziar a

bexiga dos clientes com retenção urinária, controlar o volume urinário, preparar para as

cirurgias principalmente abdominais, promover drenagem urinária dos clientes com

incontinência urinária e auxiliar no diagnóstico das lesões traumáticas do trato urinário.

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Cateterismo vesical de alívio

É a introdução de um cateter, sem “cuff”, através da uretra até a bexiga, para

esvaziamento vesical momentâneo.

Objetivos:

Promover esvaziamento vesical na retenção urinária (neurológicas e pós-anestésicas)

Realizar coleta de amostra de urina para exames

Materiais:

Luva estéril

Cateter vesical com calibre adequado ao paciente

Seringa de 20 ml (sexo masculino)

Xilocaína gel

Pacote de cateterismo vesical ( contem cuba rim, cúpula,

pinça )

Pacotes de gazes estéreis

Almotolia com antisséptico (PVP ) Polvidine tópico

Comadre

Biombo s/ n Agulha 40x12

Método:

Lavar as mãos

Reunir o material

Explicar o procedimento ao paciente

Abrir campo estéril entre os MMII do paciente que deve

permanecer em decúbito dorsal e colocar nele as gazes,

seringa, agulha, sonda, com cuidado para não contaminar

Desprezar uma porção de PVPI no lixo a fim de desinfectar ponta da almotolia

Colocar uma proporção na cúpula

Calçar luvas esterilizadas na técnica adequada

Realizar antissepsia da região perineal (conforme técnica de

higienização perineal demonstrada em banho no leito

masculina ou feminina), com as gazes embebidas na solução

com auxílio da pinça

No sexo masculino:

Colocar 20 ml de xilocaína gel na seringa

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Colocar agulha e retirar o ar.

Retirar a agulha, introduzir a xilocaína na uretra

No sexo feminino:

Manter paciente em posição dorsal com os MMII flexionados,

Lubrificar com a xilocaína o cateter

Introduzir sonda na uretra por aproximadamente 10 cm,

utilizando mão dominante estéril

Observar o retorno da urina

Retirar e desprezar o cateter ao término da drenagem

Recolher material, deixando local limpo e organizado

Registrar: o procedimento, calibre do cateter utilizado,

aspecto, volume da urina e intercorrências.

Cateterismo vesical de demora

É a introdução de um cateter com “cuff”, através da uretra até a bexiga, para

esvaziamento vesical permanente.

Objetivos:

Controlar débito urinário

Manter pertuito uretral nas

obstruções urinárias anatômicas

ou funcionais prolongadas

Realizar irrigação vesical em casos

de cirurgias da próstata

Instilar medicamentos na bexiga

Materiais

Luvas estéreis

Sonda de Foley 2 vias

Seringa de 20 ml (sexo masculino)

Agulha 40x12

1 ampola de AD xilocaína

Pacote de cateterismo vesical

Gazes estéreis

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Almotolia com PVPI

Coletor de urina sistema fechado

Micropore / esparadrapo

Tesoura

Método:

Lavar as mãos

Reunir o material

Explicar o procedimento ao paciente

Abrir pacote contendo o coletor sistema fechado e deixa-lo preso no leito

Manter paciente em posição dorsal (sexo feminino com MMII flexionados e afastados;

sexo masculino MMII estendidos e afastados)

Abrir campo entre os MMII e nele colocar todos os materiais estéreis a serem utilizados

Desprezar PVPI em lixo e após colocar uma proporção na cúpula

Calçar luvas estéreis

Testar cuff da sonda

Realizar a antissepsia da região com gazes embebidas na solução com auxílio da pinça

utilizando as técnicas anteriores

No sexo masculino injetar 20 ml de xilocaína conforme técnica anterior

Em sexo feminino lubrificar a sonda na xilocaína

Introduzir o cateter até a saída da urina, dobrar sonda

Retirar a tampa de proteção da extremidade do coletor de urina e conecta-lo a sonda

Aspirar 10 ml de AD e inflar o cuff

Tracionar o cateter até perceber a resistência do balão

Fixar a sonda sem traciona-lo

Manter local limpo e organizado

Registrar o procedimento aspecto e volume da urina e intercorrências

BALANÇO HÍDRICO

O balanço hídrico é o resultado da quantidade de líquido que entra e sai do corpo

humano em um determinado intervalo de tempo, que tem por objetivo monitorar os

parâmetros que permitam acompanhar o equilíbrio hídrico do cliente diante do

tratamento proposto, dependendo de seu estado patológico, renal ou cardíaco.

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Material:

Impresso próprio.

Calculadora s/n.

Descrição da Técnica:

Controlar os ganhos e perdas

do cliente nas 24 horas da

seguinte forma:

Considerar como ganho/ entrada:

Dietas por: CNG, CNE, ostomias.

Ingestão: água, sucos, chás, sopas.

Terapia medicamentosa: soros,

medicações com diluição, sangue,

NPP.

Considerar como perda/ saída:

Eliminações: vésico-intestinais (diurese e fezes líquidas e semi líquidas).

Vômitos.

Drenagens.

Folha de Controles: computar perdas (exemplo: diurese) ou ganhos (exemplo: soro,

uma xícara de chá).

No final de 24 horas, somar o total de ganhos e perdas e subtrair um do outro.

Exemplo:

O cliente recebeu 1.200 ml entre dieta e medicações e eliminou 980 ml entre diurese

e drenagens.

1.200 ml - 980 ml = 220 ml

O Balanço das 24 horas neste caso é positivo, pois o cliente teve mais ganho do que

perdas.

Anotar o resultado final na folha de Controles, comunicando ao enfermeiro de plantão

qualquer alteração.

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CUIDADOS COM ÚLCERA DE PRESSÃO

É a prevenção de lesão decorrente da deficiência circulatória por pressão exercida

sobre um ponto por período prolongado.

Materiais:

Luvas de procedimento.

Roupa de cama limpa.

Forro.

Travesseiro

Coxins.

Colchão piramidal.

Hidratantes.

Material par higiene

íntima, s/n.

Poltrona.

Protetor de calcâneo, s/n.

Protetores de pele.

Escala Braden.

Escala para mudança de

decúbito.

DESCRIÇÃO DA TÉCNICA: 1. Avaliação de risco:

Considerar clientes restritos ao leito ou cadeira de rodas e aqueles com capacidade

debilitada de reposicionamento.

Utilizar o método de avaliação de risco: Escala de Braden para assegurar uma

avaliação sistemática e padronizada por toda a equipe.

Avaliar todos os clientes de risco no momento da admissão e em intervalos regulares.

Identificar todos os fatores de risco, de forma a direcionar as medidas preventivas

específicas para cada um.

2. Cuidados com a pele e medidas preventivas:

Inspecionar a pele pelo menos uma vez ao dia e documentar as observações.

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Individualizar a frequência de banho. Utilizar um agente de limpeza suave, evitar água

quente e fricção excessiva.

Avaliar e controlar incontinência. Quando não puder ser controlada, limpar a pele no

momento em que sujar utilizar uma barreira tópica e selecionar absorventes ou fraldas

que forneçam de forma rápida uma superfície seca à pele.

Utilizar hidratantes na pele seca. Minimizar os fatores ambientais que causam o

ressecamento da pele.

Evitar massagear as proeminências ósseas (isto não significa não hidratar e proteger a

pele destas regiões).

Posicionar adequadamente o cliente, utilizando técnica correta de movimentação e

transferência de forma a minimizar as forças de fricção e cisalhamento na pele.

Utilizar lubrificantes e/ ou coberturas protetoras para reduzir a lesão por fricção.

Identificar e corrigir os fatores que comprometam a ingestão calórica e proteica e

considerar a utilização de suplementação ou suporte nutricional para pessoas que

necessitem.

Monitorar e documentar as intervenções e os resultados.

3. Redução de carga mecânica e utilização de

superfícies de suporte:

Reposicionar o cliente restrito ao leito ao menos

a cada duas ou três horas e o cliente restrito a

cadeira (cadeirantes) a cada hora.

Documentar a utilização da escala para

mudança de decúbito no prontuário de cada

cliente.

Selecionar recursos que reduzam a pressão para

cada cliente de risco, segundo suas

necessidades. Não utilizar almofadas tipo argola.

Considerar o alinhamento postural, a distribuição do peso, balanço e estabilidade e o

alívio da pressão quando posicionar os clientes.

Ensinar os clientes cadeirantes que são capazes a mudar a posição ou promover

manobras de alívio de pressão a cada 15 minutos.

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Utilizar recursos tipo trapézio ou forro de cama para elevar ou movimentar ao invés de

arrastar os clientes durante a transferência ou mudança de posição.

Utilizar travesseiros ou almofadas de espuma para manter ás proeminências ósseas

como joelhos e calcâneos fora do contato direto com a cama ou próprio corpo

Utilizar recursos que aliviem totalmente à pressão nos calcâneos (colocar travesseiros

sob a panturrilha para elevar os pés).

Evite posicionar o cliente apoiando-o diretamente sobre o trocânter. Quando utilizar o

decúbito lateral, lateralizar o cliente em ângulo de 30 graus.

Elevar a cabeceira da cama o menos possível e por pouco tempo (ângulo máximo de

30 graus).

ACESSO VENOSO PERIFÉRICO

A punção venosa periférica é realizada

através de um cateter vascular. O cateter

vascular é um tubo (cateter) inserido em um

ducto ou vaso sanguíneo. São indicados em

clientes que necessitem da administração de medicamentos, soluções e hemofiltração

(plasmaferese).

Material:

Bandeja de inox.

Luvas de procedimento.

Cateter vascular periférico (nº do calibre adequado).

Bola de algodão.

Almotolia de álcool a 70%.

Garrote.

Papel toalha.

Fita adesiva.

Polifix 02 vias.

SF 0,9% ampola de 10 ml.

Seringa de 10 ml.

Descrição da Técnica:

Lavar as mãos.

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Reunir o material e levar próximo ao cliente.

Orientar o cliente e/ou o acompanhante sobre o procedimento que será realizado.

Posicionar o cliente de forma confortável.

Escolher um acesso venoso de melhor calibre, preferencialmente no antebraço.

Calçar luva de procedimento.

Garrotear o membro a ser puncionado, acima do local da punção (evitar garrotear

direto sobre a pele o cliente, colocar uma folha de papel toalha ou garrotear sobre a

manga da roupa para tornar a técnica mais confortável para o cliente).

Realizar antissepsia do local de punção com algodão embebido em álcool a 70% em

movimentos únicos do distal para o proximal.

Abrir o invólucro do dispositivo e certificar-se da integridade do mesmo, segurando-o

pela parte distal.

Segurar a pele firmemente com a mão não dominante, enquanto segura o cateter com

a outra mão. Inseri-lo na pele com o bisel voltado para cima, em ângulo de 30º, cerca

de 1 cm abaixo do local de introdução no vaso, no trajeto da veia.

Quando observar retorno venoso (refluxo), avançar o cateter para dentro da veia,

mantendo o eixo do cateter e em seguida, ir retirando a agulha guia gradualmente.

Soltar o garrote.

Conectar o polifix já salinizado com SF 0,9%.

Fixar o cateter com a fita adesiva, evitando movimentos no local puncionado para não

traumatizar ou perder a inserção.

Abrir uma das vias do dispositivo para uma rápida “lavagem” na extensão com SF 0,9%

para evitar obstrução do acesso por formação de coágulo.

Colocar a data e o período sobre a fixação para controle de 72 horas.

Reunir o material e descartar no lixo, a agulha guia do cateter no coletor de perfuro

cortante.

Retirar luvas e desprezá-las.

Lavar as mãos.

Anotar o procedimento em impresso próprio, no prontuário do cliente.

Obs. Quando o cliente necessitar receber apenas uma dose do medicamento, a punção

venosa periférica poderá ser realizada com scalp.

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CÁLCULO DE GOTEJAMENTO Atualmente sabemos que para infundir as medicações endovenosas, podemos contar

com o auxílio da bomba de infusão, porém é necessário sabermos "calcular" o número de

gotas que serão administradas por minuto.

Material:

Papel em branco.

Caneta.

Calculadora s/n.

Descrição da Técnica:

Ler atenciosamente a prescrição

médica e observar o que esta

sendo solicitado.

Preparar a solução/ medicação

com técnica asséptica.

Realizar o cálculo de

gotejamento:

Exemplo 1

Quantas gotas deverão correr, em um minuto, para administrar 1.000 ml de soro

fisiológico (SF) 0,9% de 6 em 6 horas?

Fórmula:

Nº de gotas/ min.=__V__ V= volume em ml

Tx3 T= tempo em horas

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V= 1.000 ml

T= 6 horas

Nº de gotas/ min.= 1.000 = 1.000= 55,5 = 56 (*Regra do Arredondamento)

6x3 18

Resposta: Deverão correr 56 gotas/ minuto.

Exemplo 2

Quantas microgotas deverão correr em um minuto, para administrar 300 ml de soro

glicosado (SG) 5% em 4 horas?

Fórmula:

Nº de microgotas/ min.=__V__ V= volume em ml

T T= tempo em horas

Nº de microgotas/ min.= 300 = 75

4

Resposta: Deverão correr 75 microgotas/ minuto.

Exemplo 3

Devemos administrar 100 ml de ringer simples em 30

minutos. Quantas gotas e microgotas deverão correr por

minuto?

Fórmula:

Nº de gotas/ min.= __V x 20__ 1ml= 20 gotas

Nº de minutos

V= 100 ml

Nº de minutos= 30

Nº gotas/ min.= 100 x 20 = 2.000 = 66,6 = 67 (*Regra do Arredondamento)

30 30

Resposta: Deverão correr 67 gotas/ minuto.

Fórmula:

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Nº de gotas/ min.= __V x 60__ 1ml= 60 microgotas

Nº de minutos

Nº microgotas/ min.= 100 x 60 = 6.000 = 200

30 30

Resposta: Deverão correr 200 microgotas/ minuto.

APLICAÇÃO DE CALOR É uma terapia (termoterapia) que auxilia no tratamento

de algumas patologias ortopédicas e neurológicas, aliviando a dor, aumentando a

flexibilidade dos tecidos músculo-tendíneos, diminuindo a rigidez das articulações,

melhorando o espasmo muscular e a circulação.

Material:

Luvas de procedimento.

Bacia com água quente.

Compressas.

Biombo s/n.

Descrição da Técnica:

Lavar as mãos.

Preparar o material e colocar sobre a mesa de

cabeceira do cliente.

Orientar o cliente e/ ou o acompanhante sobre o que será feito.

Posicionar o biombo se for enfermaria.

Colocar o cliente em posição confortável.

Calçar as luvas de procedimento.

Expor a área em que será aplicada a termoterapia.

Submergir a compressa na água quente (temperatura adequada), torcer para retirar o

excesso e aplicar sobre o local por 20 ou 30 minutos (3x/dia).

Recompor o cliente e a unidade.

Retirar as luvas de procedimento e desprezá-las.

Lavar as mãos.

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Anotar em impresso próprio, no prontuário do cliente.

Obs. Não aquecer regiões do corpo que estiverem anestesiadas, edemaciadas,

inflamadas, feridas com sangramento, em áreas onde haja tumores, sobre os testículos,

sobre o abdome de gestantes ou em áreas do corpo de pessoas inconscientes.

APLICAÇÃO DE FRIO

É uma terapia (crioterapia) que auxilia no tratamento de

algumas patologias ortopédicas e neurológicas, diminuindo o

espasmo muscular, aliviando a dor, nos traumas (entorses,

contusões, distensões musculares, etc.), na prevenção de

edema e diminuição das reações inflamatórias.

Material:

Luvas de procedimento.

Bacia com água fria.

Compressas.

Biombo s/n.

Descrição da Técnica:

Lavar as mãos.

Preparar o material e colocar sobre a mesa de cabeceira do cliente.

Orientar o cliente e/ou o acompanhante sobre o que será feito.

Posicionar o biombo se for enfermaria.

Colocar o cliente em posição confortável.

Calçar as luvas de procedimento.

Expor a área em que será aplicada a crioterapia.

Submergir a compressa na água fria (temperatura adequada), torcer para retirar o

excesso e aplicar sobre o local por 20 ou 30 minutos (3x/dia).

Recompor o cliente e a unidade.

Retirar as luvas de procedimento e desprezá-las.

Lavar as mãos.

Anotar em impresso próprio, no prontuário do cliente.

Obs. O uso do frio é contraindicado nos casos de artrite porque aumenta a rigidez

articular. Nestes casos é preferível usar calor.

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CATETER NASAL

O cateter de oxigênio é fabricado em silicone, sendo flexível, maleável e com boa

durabilidade. Visa administrar concentrações

baixas a moderadas de oxigênio aos pulmões

do cliente.

Material:

Luvas de procedimento.

Cateter de O2 descartável.

Extensão de O2.

Umidificador.

Fluxômetro.

Regulador de pressão.

Água destilada estéril.

Descrição da Técnica:

Lavar as mãos.

Reunir o material e colocar na mesa de cabeceira do cliente.

Orientar o cliente e/ou o acompanhante sobre o que será feito.

Posicionar o cliente de forma confortável.

Instalar o fluxômetro na rede de oxigênio e testá-lo.

Colocar água destilada no copo do umidificador até o nível indicado, fechar e conecta-

lo ao fluxômetro.

Conectar a extensão plástica ao umidificador.

Instalar o cateter nasal no cliente e ajustá-lo, evitando tracionar as asas do nariz.

Conectar a parte distal do cateter à extensão plástica do umidificador.

Abrir e regular o fluxômetro no volume de oxigênio prescrito pelo médico.

Fixar o cateter na face do cliente, com as hastes atrás das orelhas, como um “óculos”.

Recolher o material e organizar o local.

Anotar o procedimento em impresso próprio, no prontuário do cliente.

COLETA DE URINA TIPO I A urina é um material de coleta simples, não invasiva e indolor, e seu exame fornece

importantes informações tanto do sistema urinário como do metabolismo e de outras

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partes do corpo. Para o exame ser fidedigno, é necessário

anotar certos aspectos da coleta, hora, duração, dieta e

medicamento ingerido e métodos da coleta.

Material:

Luvas de procedimento.

Pote (frasco) estéril.

Seringa de 5 ml s/n.

Etiqueta.

Descrição da Técnica:

Cliente Deambulante

Orientar o cliente:

Lavar as mãos antes de coletar a amostra.

Deixar o pote sem tampa no momento de urinar para facilitar.

Desprezar o primeiro jato de urina no vaso sanitário.

Coletar o segundo jato (não é necessário encher o pote).

Fechar o pote adequadamente para não vazar.

Lavar as mãos.

Entregar a equipe de enfermagem para ser identificado e encaminhado ao

laboratório.

Cliente Acamado

Lavar as mãos.

Separar o material e colocar sobre a mesa de cabeceira do cliente.

Orientar o cliente e/ ou o acompanhante sobre o que será feito.

Seguir a técnica do uso da comadre, para coletar a urina do cliente.

Após retirar a comadre do cliente, dirigir-se ao banheiro do quarto.

Colocar a comadre sobre o vaso sanitário, aspirar com a seringa de 5ml a amostra de

urina e armazená-la no pote estéril.

Desprezar a urina restante no vaso sanitário.

Recolher o material e encaminhar ao expurgo.

Retirar as luvas de procedimento.

Lavar as mãos.

Identificar a amostra com a etiqueta do cliente antes de encaminhar ao laboratório.

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Anotar o procedimento realizado em impresso próprio, no prontuário do cliente.

Cliente Com Sonda Vesical de Demora

Lavar as mãos.

Separar o material e colocar sobre a mesa de cabeceira do cliente.

Orientar o cliente e/ou o acompanhante sobre o que será feito.

Calçar as luvas de procedimento.

Coletar a amostra de urina, desclampeando o saco coletor da sonda.

Desprezar a urina restante na comadre.

Recolher o material e encaminhar ao expurgo.

Retirar as luvas de procedimento.

Lavar as mãos.

Identificar a amostra com a etiqueta do cliente antes de encaminhar ao laboratório.

Anotar o procedimento realizado em impresso próprio, no prontuário do cliente.

NEBULIZAÇÃO É o procedimento realizado conforme prescrição médica para favorecer o processo

de fluidificação de secreções respiratórias do cliente e/ou aumentar a oferta de O2, através

de um método não invasivo.

Material:

Luvas de procedimento.

Kit de nebulização (máscara, copo e extensão

corrugada tipo traquéia).

Regulador de pressão (painel ou torpedo).

Água destilada estéril.

Fluxômetro.

Papel toalha.

Descrição da Técnica:

Lavar as mãos.

Reunir material e colocar sobre a mesa de cabeceira do cliente.

Orientar o cliente e/ou o acompanhante sobre o que será feito.

Instalar o fluxômetro na rede de O2 ou ar comprimido, conforme prescrição médica.

Abrir a embalagem do nebulizador e reservá-la.

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Colocar água destilada no copo do nebulizador,

fechar, conectá-lo à extensão corrugada e ao

fluxômetro.

Conectar a máscara à extensão corrugada.

Regular o fluxo de ar o suficiente para produzir

névoa.

Aproximar a máscara do rosto do cliente e ajustá-la.

Manter o nebulizador de forma contínua.

Orientar o cliente para tossir e expelir as secreções

utilizando o papel toalha sempre que necessário.

Recolher material e organizar o local.

Lavar as mãos.

Anotar o procedimento em impresso próprio, no prontuário do cliente.

Obs. O fluxo máximo: 5 L/ min, para não lesar a mucosa nasal ou conforme orientação

médica.

COLETA DE SANGUE ARTERIAL A coleta de sangue arterial tem como objetivo analisar os gases do sangue

(gasometria). Esse exame é utilizado para avaliação de doenças respiratórias e de outras

condições que afetem os pulmões, além de determinar a eficiência da oxigenioterapia. O

componente ácido-base do exame também fornece informações a respeito do

funcionamento dos rins.

Material:

Luvas de procedimento.

Seringa de 3 ml.

Scalp.

Agulha 40 x 12.

Anticoagulante (heparina).

Álcool a 70%.

Algodão.

Cuba rim.

Adesivo absorvente.

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Descrição da Técnica:

Lavar as mãos.

Separar o material, colocando-os na cuba rim.

Heparinizar a seringa.

Orientar o cliente e/ou o acompanhante sobre o que será feito.

Posicionar o cliente confortavelmente.

Caso o cliente esteja em oxigenioterapia, suspender por 20 minutos antes de coletar

(altera o resultado).

Observar a presença de “pulso” e as condições da artéria a ser puncionada.

Realizar a antissepsia com álcool a 70%.

Palpar a artéria com os dedos: indicador e médio, sentindo a pulsação e abrir um

espaço entre os dois, onde será realizada a punção.

Introduzir o bisel da agulha voltado para cima, em um ângulo de 90° em relação a

atéria, aprofundando a agulha até que se tenha um refluxo fácil de sangue na

seringa.

Após a coleta da amostra, comprimir o local por 5 a 10 minutos (no caso da artéria

femoral comprimir por 20 minutos).

Colocar o adesivo absorvente.

Retirar as luvas de procedimento.

Colocar a etiqueta com os dados de identificação do

cliente.

Recompor a unidade.

Lavar as mãos.

Encaminhar a amostra ao laboratório o mais rápido

possível para não alterar a amostra e se ter um

resultado mais preciso.

Anotar o procedimento em impresso próprio, no

prontuário do cliente.

Obs. Os riscos da medição de gases sanguíneos estão relacionados à punção arterial.

Em geral, o risco é bastante reduzido se o procedimento for realizado da forma correta.

Pode haver sangramento ou hematoma no local da punção (ou sangramento posterior na

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área). Pode ocorrer deterioração da circulação no local da punção, mas isso raramente

acontece.

EXAMES LABORATORIAIS

Damos o nome de Exame Laboratorial ao conjunto de exames e testes realizados a

pedido do profissional de saúde, realizados em laboratórios de análise clínica, visando um

diagnóstico ou confirmação para uma patologia ou para um exame de rotina.

Os fluidos mais comuns para exame são: sangue, urina, fezes e expectoração, no

entanto em ambiente hospitalar poderá ser encontrado ainda: liquido sinovial, pleural,

cefalorraquidiano, pús, etc.

Entre os exames mais rotineiros, temos: hemograma completo, bioquímica do sangue

(dosagem de glicose, ureia, creatinina, colesterol

total e fracções, triglicerídeos, ácido úrico, etc),

hemostasia (coagulograma), imunologia (teste

imunológico de gravidez, teste luético,

antiestreptolisina o, proteína c reativa, etc), exame

parasitológico de fezes, uroanálise, bacteriologia

(culturas e antibiograma), etc.

ANTIBIOGRAMA Sinonímia: Teste de sensibilidade a antibióticos,

Kirby-Bauer.

Material: Bactéria isolada dos diversos materiais.

Preparo do paciente: Realizado somente com resultado de cultura positivo, após

isolamento da bactéria.

Método: Difusão de disco.

Valor de Referência: O resultado é qualitativo (sensível ou resistente).

Principais Aplicações Clinicas: Tratamento das infecções bacterianas onde o antibiograma

pode orientar a quais antibióticos o microrganismo é sensível ou resistente.

BAAR, CULTURA

Sinonímia: Cultura para Mycobacterium tuberculosis, cultura para BK.

Material: Escarro, urina, lavado gástrico, lavado brônquico, líquido ascítico, líquido pleural,

líquor, punção de abscessos, linfonodos, etc.

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Preparo do paciente: Para coleta de escarro, lavar a boca com água pura, eliminar saliva e

secreção nasal, inspirar profundamente várias vezes e tossir até conseguir o material; se

necessário usar nebulização com solução salina. Fazer a coleta pela manhã. No caso da

urina, fazer higiene genital, colher a 1ª urina da manhã durante 3 dias consecutivos,

enviar o material imediatamente após cada coleta.

Método: Semeadura em meio especial.

Valor de Referência: Negativo.

Principais Aplicações Clinicas: Exame útil para o diagnóstico de infecções causadas por

microbactérias, especialmente pelo bacilo da tuberculose.

BAAR, PESQUISA Sinonímia: BAAR, pesquisa de Mycobacterium leprae, pesquisa de Mycobacterium

tuberculosis, bacterioscopia para lepra, bacterioscopia para tuberculose.

Material: Para hanseníase: linfa das áreas de lesão ativa da pele ou com perda de

sensibilidade ou conforme pedido médico: limpar local com álcool, fazer pequena incisão

com bisturi, raspar as bordas e o fundo do corte, limpar o sangue e manter a incisão livre

de sangue com uma pinça hemostática. Produzir esfregaços em lâminas novas e limpas.

Para tuberculose: escarro, urina, lavado gástrico, lavado brônquico, líquido ascírico, líquido

pleural, líquor, etc. Para coleta de escarro lavar a boca com água e eliminar saliva e

secreção nasal, inspirar profundamente várias vezes e tossir até conseguir o material. No

caso de urina, fazer higiene genital, colher a 1ª urina da manhã durante 3 dias

consecutivos. Enviar o material em frasco estéril imediatamente ao laboratório após cada

coleta.

Preparo do paciente: O escarro deve ser coletado em jejum.

Método: Exame direto pelo método de Ziehl-Neelsen.

Valor de Referência: Negativo.

Principais Aplicações Clinicas: Diagnóstico da tuberculose e da hanseníase. O M. leprae é

pesquisado nas lesões da pele, lóbulo da orelha, mucosa nasal ou em biópsias de tecidos.

COLESTEROL - HDL Sinonímia: Colesterol de alta densidade, alfa - lipoproteína, fração do colesterol.

Material: Soro.

Preparo do paciente: Jejum obrigatório de 12 horas. Não ingerir álcool por pelo menos 48

horas antes da coleta do sangue.

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Método: Colorimétrico enzimático automatizado.

Valor de Referência:

- Homem: - Ideal: maior que 55 mg/dl.

- Intermediário: 35 a 55 mg/dl.

- Diminuído: menor que 35 mg/dl.

- Mulher: - Ideal: maior que 65 mg/dl.

- Intermediário: 45 a 65 mg/dl.

- Diminuído: menor que 45 mg/dl.

Principais Aplicações Clínicas: Avaliação do risco da doença aterosclerótica. A fração

HDL do colesterol é tida como "protetora" do desenvolvimento de aterosclerose. Vários

estudos sugerem existir uma forte correlação inversa entre os níveis de C-HDL e o risco de

arteriosclerose. Altos níveis de HDL diminuem o risco e baixos níveis aumentam. Isto se

deve ao fato da HDL - lipoproteínas estar envolvida no chamado transporte reverso do

colesterol para ser metabolizado no fígado (sitio de maior excreção do colesterol). Valores

de C-HDL são dependentes de sexo e idade, sendo que tendem a crescer temporariamente

após enfarto agudo do miocárdio. Em doenças da tiróide, seus valores não devem ser

usados como estimativa de risco de arteriosclerose visto que o hipotireoidismo aumenta e

o hipertireoidismo diminui seu nível. Valores de HDL são aproximadamente 1/5 do

colesterol total. Fatores que contribuem para o decréscimo do colesterol HDL:

Hipoalfalipoproteinemia, fumo, obesidade, hipertrigliceridemia, sedentarismo, esteróides,

androgênios, progestágenos, anabólicos, tiazídicos, bloqueadores beta andrenérgicos,

neomicina, anti-hipertensivo.

COLESTEROL TOTAL / LDL E VLDL Sinonímia: Colesterolemia, Colesterol Total e Frações.

Material: Soro.

Preparo do paciente: Jejum obrigatório de 12 horas. Recomenda-se não fazer uso de

bebidas alcoólicas pelo menos 48 horas antes do exame.

Método: CHOD/PAD - automatizado.

Valor de Referência:

- Colesterol Total: - Ideal: menor que 200 mg/dl.

- Intermediário: 200 a 240 mg/dl.

- Elevado: maior que 240 mg/dl.

- Colesterol LDL: - Ideal: menor que 140,0 mg/dl.

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- Intermediário: 140,0 a 190,0 mg/dl.

- Elevado: maior que 190,0 mg/dl.

- Colesterol VLDL: até 40 mg/dl

Principais Aplicações Clínicas: Avaliação de risco de doença coronariana associando-se a

maior risco de aterosclerose, quando elevado. O grande dilema da arteriosclerose é que

ela é um processo silente. Está ativa em todos os indivíduos e permanece sem qualquer

manifestação por décadas e, subitamente se manifesta através de dor torácica, infarto

agudo do miocárdio ou morte súbita. Estudos populacionais longitudinais como os de

Tecumset, Albany Framinghian, Evam, Chicago, Oslo entre outro, e também dados

epidemiologicos e estudos experimentais em animais demonstraram uma correlação

positiva entre os níveis do colesterol, mais precisamente do colesterol LDL e o risco de

doença coronariana isquemica (DCI). Ao mesmo tempo foi fato evidenciado que os níveis

de colesterol HDL, são inversamente proporcionais ao risco de DCI. Os valores aumentados

de colesterol são encontrados na Nefrose, Hipotireoidismo, doenças colestáticas do fígado

e nas hiperlipoproteinemias dos IIa, IIb e III. Nos níveis diminuídos são encontrados no

hipertireoidismo, doenças consumptivas e desnutrição crônica. O nível do colesterol sérico,

juntamente com a hipertensão e o fumo, constituem fatores de risco de arteriosclerose e

DCI.

GLICOSE Sinonímia: Glicemia (soro) - Glicosúria (urina) - Glicorraquia (líquor).

Material: Plasma Fluoretado. Líquor, líquidos corporais (pleural, ascitico, sinovial). Urina.

Preparo do paciente: Jejum obrigatório de 10 horas (Ideal), máximo 14 horas (aceitável).

Urina 12 ou 24 horas (refrigerar).

Método: Enzimático GOD - PAP - Automatizado.

Valor de Referência: Plasma basal = 70 a 110 mg/dl. Líquor = 50 a 80 mg/dl. Urina =

Negativa. Líquidos Ascítico, pleural, sinovial: Geralmente acompanha os níveis plasmáticos.

GLICOSE PÓS - PRANDIAL Sinonímia: GPP, glicose 2 horas pós - prandial. Material: Plasma Fluoretado.

Preparo do paciente: Colhe 2 horas após término da refeição ou 2 horas após 75g de

dextrose.

Método: Colorimétrico Automatizado.

Valor de Referência:

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- Normais: inferior a 140 mg/dl

- Intolerantes: 140 a 200 mg/dl

- Superior a 200 mg/dl: compatível com diagnóstico de diabetes se

confirmado em 2 ocasiões diferentes.

Principais Aplicações Clinicas: Avaliação de pacientes com alguma probabilidade de

desenvolver diabetes mellitus.

GLICOSE TESTE ORAL DE TOLERÂNCIA Sinonímia: TOT, GTT, TOTG.

Material: Plasma Fluoretado.

Preparo do paciente: Jejum de 10 -12 horas. Dieta normal em carboidratos nos 3 dias que

antecedem o teste, que consiste em acrescentar doces e massas às refeições usuais. Não

tomar laxante ou bebidas alcóolicas na véspera.

Método: Química seca.

Valor de Referência:

- Normal: até 140 mg/dl aos 120´ após a sobrecarga

- Intolerante: 140 a 200 mg/dl aos 120´ após a sobrecarga

- Diabetes: superior a 200 mg/dl aos 120´ após a sobrecarga

HEMOGRAMA Sinonímia: Eritrograma + leucograma + plaquetas.

Material: Sangue total colhido em EDTA.

Preparo do paciente: Jejum não obrigatório.

Método: Automatizado, STKS - contagem eletrônica e eventual estudo morfológico do

esfregaço corado.

Valor de Referência:

- Idade Hemácia Hemoglo- Hemató- VCM HCM CHCM

- Leucócitos: Adultos 4000 - 10000

- Recém nascido 10000 - 26000

- 1 a 3 anos 6000 - 12000

- 4 a 12 anos 4500 - 11000

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PARASITOLÓGICOS DE FEZES Sinonímia: Exame de fezes, MIF, Pesquisa de Larvas, Verme adulto.

Material: Fezes recentes ou em conservante MIF.

Preparo do paciente: Não usar leite de magnésia ou laxantes oleosos. O ideal é não ter

usado antiparasitário e antibiótico nas últimas 3 semanas e antidiarreico nos 3 dias que

antecedem a coleta.

Método: Pesquisa de cisto, ovos, larvas de parasitas e verme adulto por microscopia após

diferentes métodos de concentração (HPJ modificado, Fanot, Baermam Moraes,

Parasitológico direto das fezes, Kato-Katz, MIG e Tamização.

Valor de Referência: Negativo.

PLAQUETAS, CONTAGEM

Sinonímia: Trombócitos, PQ, PL2. Material: Plama em EDTA e 2 esfregaços sanguíneos.

Preparo do paciente: Jejum não obrigatório.

Método: Automatizado, por impedância (resistividade).

Valor de Referência: 150.000 - 400.000 plaquetas/mm³.

TEMPO DE COAGULAÇÃO

Sinonímia: TC. Material: Sangue total sem anticoagulante.

Preparo do paciente: Jejum não obrigatório.

Método: Lee White

Valor de Referência: 5 a 10 min.

TRIGLICÉRIDES

Sinonímia: TG, triglicerol, triglecerideos.

Material: Sangue (soro).

Preparo do paciente: Jejum obrigatório de 12 horas. Obs.: Não ingerir bebidas alcoolicas

pelo menos 48 horas antes do exame. Método: Colorimétrico enzimático – GPO/PAP –

automatizado.

Valor de Referência:

- Até 24 anos menor que 160 mg/dL

- 25 a 39 anos menor que 180 mg/dL

- Maior que 40 anos menor que 200 mg/dL

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URÉIA

Sinonímia: Uremia.

Material: Sangue (soro) Urina 24 horas Urina amostra recente

Preparo do paciente: Sangue: Jejum obrigatório de 4 horas.

Urina 24 horas: Sem conservante - Refrigerar.

Método: Enzimático em UV UREASI/GLDH – Automatizado.

Valor de Referência:

- Sangue: 10 a 50 mg/dl.

- Urina 24 horas: 20.000 a 35.000 mg/24 hs.

- Clearense de uréia 24 horas: Com diurese superior a 2 ml/min =

75,0 ml/min. Com diurese inferior a 2 ml/min = 54,0 ml/min.

URINA JATO INICIAL

Sinonímia: Urina primeiro jato.

Material: Urina jato inicial.

Preparo do paciente: Colher a primeira urina da manhã, ou quando autorizado pelo

médico, a qualquer hora do dia com pelo menos 4 horas de retenção. Método:

Microscopia do sedimento após centrifugação.

Valor de Referência: À critério médico.

URINA JATO MÉDIO

Sinonímia: Urinálise, urina tipo 1, EAS, rotina de urina.

Material: Urina "jato médio".

Preparo do paciente: Colher a primeira urina da manhã, ou quando autorizado pelo

médico, a qualquer hora do dia com pelo menos 4 horas de retenção.

Método: Tiras reagentes são utilizadas como triagem para alguns caracteres físicos e

químicos. Microscopia do sedimento após centrifugação.

UROCULTURA

Sinonímia: Cultura de urina com contagem de colônias e antibiograma.

Material: Urina recente, podendo ser de diferentes porções, colhida espontaneamente,

através de sonda vesical ou por punção supra - púbica.

Preparo do paciente: colher de preferência no laboratório. Fazer rigorosa antissepsia e

colher a primeira urina da manhã (jato médio) ou conforme orientação médica.

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Método: Cultura quantitativa em meios apropriados para isolamento de diversos

microrganismos.

Valor de Referência: Resultado negativo ou contagem inferior a 10.000 UFC/ml. Este

número de bactérias pode ser significativo dependendo do caso clínico ou se a coleta foi

feita por punção supra-púbica.

PREPARO DO CORPO APÓS A MORTE Finalidade:

- Preparar e identificar e identificar o corpo para entregá-lo à

família com o melhor aspecto possível.

- Manter o corpo limpo, evitando a exalação de maus odores e

a saída de líquido (líquido e secreções), durante o velamento

do corpo.

- Dispor o corpo em posição adequada, antes da rigidez do

cadáver.

Material:

Escova de dentes,

Solução para higiene oral,

Escova ou pente para cabelos,

Material para tricotomia facial para homens ( se necessário ),

Biombo,

Algodão,

Pinça longa (Pean ou Cheron),

Atadura de crepe,

Éter ou benzina para remoção de fitas adesivas,

Saco descartável para curativos,

Luvas de procedimento,

Maca sem colchão,

Três lençóis (um para forrar a maca, um para envolver o corpo e um para cobrir o

corpo),

Duas etiquetas de identificação de óbito (contendo o nome, data e hora do óbito,

número de registro e do leito),

Roupas limpas do paciente.

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Procedimento:

Desligar todos os equipamentos, logo após a verificação e constatação do óbito;

Cercar o leite com biombo, se

necessário;

Lavar as mãos e reunir o material,

levando-o à beira do leite;

Manter a cama na posição horizontal;

Calçar as luvas de procedimento;

Soltar os lençóis da cama e retirar o

travesseiro;

Proceder à limpeza do corpo, retirar

drenos, sondas, cateteres, curativos e outros objetos que se fizerem necessários e, se

houver drenagem, realizar o curativo compressivo no local;

Realizar higiene corporal, inclusive a oral e de couro cabeludo, se necessário;

Fechar os olhos, se estiverem abertos, com o auxilio dos dedos e, caso encontre

resistência, colocar gaze embebida em soro fisiológico sobre as pálpebras descidas

para mantê-las fechadas;

Recolocar a prótese dentaria, se for o caso, já limpa, e se não for possível entregá-la à

família junto com os pertences pessoais corretamente identificados;

Limpar as unhas, escovar os cabelos, e, se necessário, a tricotomia facial;

Iniciar o tamponamento dos orifícios corporais naturais (ouvidos, narinas, boca, ânus e

vagina), com algodão seco montado em pinça longa, de tal maneira que o algodão

não apareça ao termino do procedimento;

Amarrar o pênis com atadura crepe;

Colocar um avental ou8 vestir a roupa providenciada pela família;

Fixar o queixo, pés e mãos com atadura crepe (manter a boca fechada, mãos cruzadas

sobre o peito e pés juntos);

Colocar a etiqueta de identificação devidamente preenchida, à altura da região

epigástrica;

Forrar a maca com um lençol, colocar o outro lençol sobre a maca, e transferir o corpo

da cama para cima do lençol colocado sobre a maca, cobrindo o corpo com o terceiro

lençol;

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Colocar a segunda etiqueta à altura do peito, presa ao lençol com fita crepe;

Transportar o corpo para o necrotério;

Recolher o material, retirar as luvas e lavar as mãos;

Proceder as anotações pertinentes em impresso próprio;

Estar atento para não realizar o tamponamento em caso de encaminhamento do

corpo para necropsia ou restrições religiosas ou culturais.

Morte

É um processo, não um momento exato.

É o cessar irreversível: - da função de todos os órgãos, tecidos, células, e reações físico-

químicas; do fluxo de todos os fluidos do corpo (sangue, ar); do funcionamento

espontâneo do coração e pulmão; do funcionamento de todo o cérebro.

Tipos de Morte:

a) Morte Encefálica:

É a morte do cérebro, incluindo o tronco cerebral que desempenha funções vitais como o

controle da respiração.

b) Morte Súbita:

Ocorre sem ser esperada, em pessoas sadias ou doentes. A morte se dá durante a

primeira hora entre o início dos sintomas até ser constatado o óbito, é considerado

morte súbita, se não forem encontrados sinais de violência.

c) Morte Aparente:

Observada quando as manifestações vitais estão reduzidas a tal ponto que parecem

extintas. (Afogamento, choque elétrico, emoções violentas).

Paciente Terminal:

É aquele onde o esperado passa a ser o óbito, independente da terapêutica utilizada,

sendo esta neste momento paliativa e não tendo a expectativa da cura.

a) Perdas do paciente terminal:

Independência

Senso de controle sobre a própria vida

Privacidade e pudor

Autoimagem

Status – social

Relacionamentos

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Planos de sonhos futuros

Segurança financeira

Sono

b) Comportamentos do paciente terminal:

Negação: (não, não eu)

- Recusa em acreditar no diagnóstico

- Dúvida dos resultados do exame

- Procura por outros profissionais

Raiva: (por que eu?)

- Sensação de ser vitimizado

- Desloca a raiva para outras pessoas, Deus

- Reage exageradamente a mínimos problemas

Barganha: (sim, eu, no entanto)

- Aceita a morte

- Deseja ampliar sua vida

- Negocia com Deus ou com algum poder maior

Depressão: (sim, eu)

- Sente que a morte virá mais cedo

- Estado de ânimo triste

- Crises de choro

Aceitação: (estou pronto)

- Faz as pazes com Deus

- Finaliza assuntos pendentes

- Momentos de arrependimento

- Diz adeus aos seres amados

Rigidez Cadavérica:

Processo que se inicia de 1 a 2 horas após a PCR.

Acomete primeiro a mandíbula e o globo ocular

Resfriamento:

Geralmente ocorre a perda de 1ºC nas três primeiras horas

Após este período perde-se 1ºC por hora.

Confirmando a morte:

Na ocorrência de PCR o médico deverá realizar as manobras de RCP;

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Caso o médico não esteja presente, a equipe de enfermagem deverá adotar os

procedimentos de RCP de acordo com sua competência legal;

O atestado de óbito é um documento legal, deve ser preenchido em três vias, pelo

médico que confirmou o óbito;

O corpo só poderá ser transportado com o atestado de óbito;

O corpo é encaminhado para a autópsia caso a morte tenha envolvido um crime,

tenha uma natureza suspeita ou tenha ocorrido sem assistência médica;

A família deverá ser chamada e comunicada do falecimento.

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BIBLIOGRAFIAS

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Patela, Cristina Rodrigues. Manual de consulta para estágio em enfermagem. Yendis editor,

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