NEFROLITÍASE

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NEFROLITÍASE Madson Correia de Farias I3 – UNIFOR Nefrologia HGF – Junho/2012

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NEFROLITÍASE. Madson Correia de Farias I3 – UNIFOR Nefrologia HGF – Junho/2012. Epidemiologia. 12% dos homens um episódio de nefrolitíase sintomática até os 70 anos 5% das mulheres Nos EUA, houve um aumento da prevalência nos últimos 30 anos - PowerPoint PPT Presentation

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NEFROLITÍASE

Madson Correia de FariasI3 – UNIFOR

Nefrologia HGF – Junho/2012

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Epidemiologia12% dos homens um episódio de nefrolitíase sintomática até os 70 anos5% das mulheres

Nos EUA, houve um aumento da prevalência nos últimos 30 anos

3,8 5,2 %

Relação Homem:Mulher

3:1 <2:1

Aumento da detecção ? Mudanças no estilo de vida ? Obesidade entra a população feminina ?

RAÇALOCALIDADE

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EpidemiologiaA detecção de um cálculo renal deve ser interpretado como um distúrbio permanente!

Recorrência:

10% no primeiro ano 35% em cinco anos 50% em dez anos

Um distúrbio metabólico corrigível é o fator precipitante na maior parte dos pacientes. Podendo ser identificado pelas análises bioquímica do soro e da urina!

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Tipos de CálculosSais de cálcio – 70-80%

Oxalato de Cálcio puro Oxalato de Cálcio + Hidroxiapatita Fosfato de Cálcio (Hidroxiapatita) Oxalato de Cálcio + Ácido Úrico

Fosfato de Amônio Magnesiano (Estruvita) – 10-20%

Ácido Úrico – 5-10% (50% - Gota)

Cistina

radiotransparente

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Patogênese

SUPERSATURAÇÃO

Hiperexcreção de solutos

Volume urinário reduzido

Alterações do pHInibidores da cristalização

Ultrapassar o ‘produto de formação de cristais’ ou ‘limite superior da metastabilidade’

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PatogêneseNucleaçãohomogênea ou heterogênea

Formação de cristais

Crescimento e Agregação

CÁLCULO FORMADO

Concentração dos solutospH urinárioIngesta hídrica

Fluxo urinário/ingesta híd.Urotélio

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PatogêneseInibidores fisiológicos:

Água ([iônica], fluxo)

Citrato → citrato de cálcio

Magnésio → oxalato de magnésio

Pirofosfato (inibe o crescimento e agregação)

Glicoproteínas Tamm-Horsfall Nefrocalcina Uropontina

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PatogêneseInfluência do pH:

O produto de solubilidade sofre influência direta do pH

pH > 7,0

Fosfato de cálcio (Apatita) Fosfato de amônio magnesiano (Estruvita)

pH < 5,0

Ácido Úrico Cistina

A solubilidade do Oxalato de Cálcio não é afetada pela alterações do pH

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Quadro ClínicoCurso assintomático

Cólica nefrética deslocamento obstrução

Hematúria (2ª causa) 90% dos pacientes

Infecção Pielonefrite complicada

Obstrução Parcial Hidronefrose

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Quadro ClínicoCálculos Coraliformes Estruvita, Ácido Úrico e Cistina

Associados a um mau prognóstico Indicação de terapia intervencionista

NefrocalcinoseFosfato de cálcio

Múltiplas calcificações papilares por cálculos de cálcio que se desenvolvem nas papilas

Associada à ATR distal (tipo I) Hipercalciúria significativa

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DiagnósticoDeve compreender:

A constatação da nefrolitíase

A provável composição do cálculo

Fator predisponente

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DiagnósticoMétodos de Imagem:

TC Helicoidal sem contraste (padrão-ouro) S 98% e E 100% Vantagens: não utiliza contraste iodado evidencia os cálculos de ácido úrico possível diagnóstico de outras causas de dor abdominal

Radiografia simples de abdome: S 62% e E 67% Capaz de identificar a posição anatômica dos cálculos radiopacos

Ultrassonografia S total 85% Método examinador dependente Maior facilidade para cálculos localizados na pelve e cálices renais

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DiagnósticoMétodos de Imagem:

Urografia excretora Perde em acurácia para a TC helicoidal Fornece dados funcionais (atraso de enchimento, ausência de enchimento)

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DiagnósticoComposição do cálculo:

Métodos de imagem podem sugerir Análise direta (Colorimétrica, Cristalografia óptica e difração)

Identificação de fatores predisponentes:

Avaliação ambulatorial prática consiste em:

Urina 24h – Duas amostras (semana e fim de semana) cálcio, ácido úrico, eletrólitos, creatinina, pH, volume, oxalato e citrato

Soro cálcio, ácido úrico, eletrólitos e creatinina

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TratamentoTratamento Clínico e Cirúrgico combinado

Fatores determinantes:

Localização do cálculo Extensão da obstrução Natureza do cálculo Função do rim afetado e do não-afetado Presença ou ausência de infecção associada Progressão da passagem do cálculo Risco cirúrgico-anestésico

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TratamentoTratamento clínico pode acelerar a progressão dos cálculos renais:

Inibidores α1-adrenérgico orais relaxam a musculatura ureteral reduzem o tempo necessário até a eliminação do cálculo reduzem a necessidade de remoção cirúrgica

Obstrução grave, infecção, dor refratária e sangramento significativo são indicações para a remoção do cálculo

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TratamentoAvanços na tecnologia urológica tornaram a cirurgia convencional para os cálculos um evento raro

Litotripsia extracorpórea (onda de choque de alta intensidade) causa fragmentação in situ dos cálculos no rim, na pelve ou no ureter utiliza a água como meio de condução

Nefrolitotomia percutânea realização de pequena incisão no flanco para a introdução de um instrumento semelhante ao cistoscópio dentro da pelve renal utiliza um transdutor ultrassônico ou laser de hólmio

Ureteroscopia com laser de hólmio tradicionalmente utilizado para a fragmentação de cálculos localizados nos ureteres

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TratamentoCálculos de Cálcio

Hipercalciúria idiopática anormalidade metabólica mais comum entre os portadores de litíase renal traço familial poligênico / ligada ao X – Doença de Dent (rara)

Dx: Hipercalciúria sem hipercalcemia ausência de outros distúrbios sistêmicos que afetam o metabolismo mineral

Etiologia – Hiperatividade da vitamina D ?

Tto: Dieta pobre em Sódio e Proteínas Tiazídicos (redução de 50% em 3 anos) Observar hipocalemia redução do citrato urinário

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TratamentoCálculos de cálcio

Hiperuricosúria: 20% dos formadores de cálculos de Oxalato de Cálcio

Urato precipita o Oxalato de Cálcio

Tto: Dieta pobre em purinas (carne, peixes e aves)

Alopurinol 100mg 2x/dia

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TratamentoCálculos de cálcio:

Hiperparatireoidismo primário: Hipercalciúria

Hipercalcemia que não pode ser explicada de outra maneira associada a níveis elevado de Paratormônio

Tto cirúrgico

Paratireoidectomia deverá ser realizada antes de ocorrer algum dano renal ou doença óssea

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TratamentoCálculos de cálcio

Acidose Tubular Renal Distal Néfron distal não consegue estabelecer um gradiente normal de pH entre a urina e o sangue Acidose metabólica hiperclorêmica

Hipercalciúria, Urina alcalina e ↓ Citrato urinário Fosfato de Cálcio, Nefrocalcinose, Osteomalácio ou Raquitismo Dx – Teste de sobrecarga com Cloreto de Amônio Pacientes não conseguem reduzir o pH até abaixo de 5,5

Tto – Álcalis suplementares – Bicarbonato de Na Citrato de potássio

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TratamentoCálculos de Cálcio

Hiperoxalúria

Oxalato – produto final metabólico dos seres humanos 40-50% tendo origem em fontes dietéticas

Hiperoxalúria ligeira (50-80mg/dia) – Ingesta excessiva (espinafre, nozes e chocolate) Dieta pobre em cálcio (>100mg/dia) – Hiperoxalúria entérica (bypass, Crohn, ins pancr)

Hiperoxalúria primária – Doença AR rara que cursa com hiperoxalúria grave Cálculos recorrentes de Oxalato de Cálcio na 2ª infância

Tto – Dieta pobre em gorduras e oxalato, com suplementação de cálcio Resina fixadora de oxalato – Colestiramina 8 a 16g/dia Hiperoxalúria primária – alta ingesta hídrica, fosfato neuro, piridoxina Tx hepático e renal combinado

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TratamentoCálculos de Cálcio

Hipocitratúria 20-40% dos pacientes formadores de cálculos

Idiopática ou associada a distúrbios sistêmicos (ex.: ATR)

Tto – Suplementação dietética com Álcalis – Aumentam a excreção renal de citrato

Sais de bicarbonato ou de Citrato Sais de Potássio (sem sobrecarga de sódio – reduz excreção de cálcio)

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TratamentoLitíase idiopática decorrente do Cálcio

Alta ingestão de líquidos objetivando manter a DU ≤ 1,005 durante o dia e a noite

Diuréticos Tiazídicos Alopurinol Terapia com citratos Fosfato oral aumentar o pirofosfato urinário

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TratamentoCálculos de Ácido Úrico

Gota, Litíase idiopática, Desidração (pH < 5,4)

Em pH↓ - A forma protonada de Ácido Úrico predomina Solúvel na urina somente em concentrações de 100mg/dl Urina com pH baixo pode ser supersaturada com Ácido Úrico não-dissociado apesar de taxa de excreção diária ser normal

Síndrome mieloproliferativas, Tratamento Quimioterápico e Síndrome de Lesch-Nyhan Geram produção maciça de ácido úrico Hiperuricosúria com formação de cálculos e lama de ácido úrico até mesmo com o pH urinário normal

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TratamentoCálculos de Ácido Úrico

Tratamento

Elevar o pH da urina

Álcalis suplementares 1-3mmol/kg : 3-4x/dia Objetivo: pH urinário: 6,0-6,5 em urina de 24h

Reduzir a excreção urinária excessiva de Ácido Úrico para < 1g/dia

Dieta pobre em purina Caso não haja resposta, Alopurinol

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TratamentoCistinúria e Cálculos de Cistina

Distúrbio hereditário caracterizado por:

Transporte tubular proximal e jejunal dos aminoácidos dibásicos defeituoso

Cisteína (dissulfeto de cisteína), lisina, arginina e ornitina

São perdidas quantidades excessivas dessas substâncias na urina

Gerando insolubilidade da Cistina

Triagem é obrigatória para todos os pacientes que apresentem cálculos de Cistina

Tto – Ingesta hídrica (Diurese > 3L) Suplementação com Álcalis (pH > 7,5) Dieta pobre em sal (reduz em até 40% a excreção de Cistina) Penicilamina e Tiopronina (formam complexos solúveis)

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TratamentoCálculos de Estruvita (Fosfato de Amônio Magnesiano)

Resultado de uma infecção urinária por germes produtores de urease (Proteus ssp)

Urease – Degrada uréia em NH3 e CO2

NH3 sofre hidrólise para NH4+ pH da urina para 8 ou 9

CO2 é hidratado H2CO3 CO32- + Cálcio CaCO3 precipitado

NH4+ precipita PO4

3- e Mg2+ para formar MgNH4PO4 (Estruvita)

Resultado: Cálculo de Carbonato de Cálcio misturado com Estruvita

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TratamentoTratamento dos Cálculos de Estruvita

Paciente tolera procedimento? - Nefrolitotomia percutânea - Litotripsia extracorpórea + Abordagem percutânea + irrigação com Hemiacidrina Remoção completa do cálculo com subsequente esterilização do trato urinário

Antibioticoterapia guiada por antibiograma Reservada para tratamento da infecção aguda e para manutenção de uma urina estéril após a cirurgia

Pacientes não candidatos à cirurgia?

Ácido aceto-hidroxâmico (inibidor da urease) Efeitos adversos: cefaléia, tremores e tromboflebite

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OBRIGADO