Nervos Em Geral Pronto

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Universidade Federal de Sergipe Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Departamento de Morfologia Sistema nervoso periférico: nervos espinhais e plexos Cervical e Braquial Airton Lima Pedro Guimarães Rebeca Zelice Victor Hugo 1

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Universidade Federal de SergipeCentro de Cincias Biolgicas e da SadeDepartamento de Morfologia

Sistema nervoso perifrico: nervos espinhais e plexos Cervical e Braquial

Airton LimaPedro GuimaresRebeca Zelice Victor Hugo

So Cristvo2010SumrioNervos3Terminaes nervosas4Nervos espinhais6Plexo cervical7Leses do plexo cervical8Bloqueio anestsico do plexo cervical8Plexo Braquial9Leses do plexo braquial11Bloqueio anestsico do Plexo Braquial13Perguntas15Referncias Bibliogrficas17

Sistema nervoso perifrico: nervos espinhais e plexos Cervical e Braquial.NervosConceito: nervos so cordes esbranquiados constitudos por feixes de fibras nervosas reforadas por tecido conjuntivo que unem o SNC aos rgos perifricos.Generalidades:Estrutura do neurnio: O neurnio composto por um pericrio ou corpo celular, desse corpo celular saem prolongamentos, alguns chamados de dendritos outros de axnios. Funo dos nervos: Os nervos tem a funo de conduzir impulsos nervosos do SNC para a periferia (nervos eferentes) e da periferia para o SNC (nervos aferentes) Classificao: segundo a sua origem aparente os nervos podem ser cranianos ou espinhais:Cranianos: 12 pares conectados com o encfaloEspinhais: 31 pares conectados com a medula espinhalEstrutura: As fibras nervosas so expostas constantemente a vrios estresses mecnicos. Para proteg-las contra isso os nervos contm duas camadas de tecido conjuntivo denso (epineuro e perineuro) com numerosas fibras colgenas dispostas longitudinalmente e uma camada de tecido conjuntivo frouxo (endoneuro) que protegem o axnio efetivamente. Essas bainhas conjuntivas so mais espessas nos nervos superficiais, pois estes esto mais expostos aos traumatismos.Vascularizao: so intensamente vascularizados, sendo percorridos longitudinalmente por vasos que se anastomosam. Os nervos so desprovidos de sensibilidade. Se um nervo estimulado ao longo do seu trajeto, a sensao geralmente dolorosa sentida no no ponto estimulado, mas no territrio sensitivo que ele inerva. O que da origem chamada dor fantasma.Origem dos nervos:Origem real: onde esto localizados os corpos neuronais que constituem os nervos. Como, por exemplo, nos gnglios sensitivos.Origem aparente: correspondem ao ponto de emergncia ou entrada do nervo na superfcie do SNC. Como, por exemplo, o nervo hipoglosso no sulco lateral anterior do bulbo.Origem aparente no esqueleto: forames intervertebrais (nervosespinhais) e orifcios existentes na base do crnio (nervos cranianos).Leses de nervos perifricos e regenerao nervosa: Aps o esmagamento ou seces ocorrem degeneraes da parte distal do axnio e sua bainha de mielina, estendendo-se o fenmeno em direo proximal at o estrangulamento de Ranvier mais prximo da leso (Degenerao Walleriana). Extremidades proximais crescem e emitem numerosos prolongamentos que alcanam o nvel da leso. Recuperao as custas de particularidades das clulas de Schwann. Apesar de o SNC no possuir essas clulas alguns estudos recentes provam que possvel a regenerao de fibras nervosas nessa parte do sistema nervoso.Terminaes nervosasConceito: Corresponde a poro distal das firas nervosas que s conecta com os rgos efetores.Diviso:Sensitivas: tambm chamadas de receptores, quando estimuladas por um tipo adequado de energia do origem a um impulso nervoso nas fibras aferentes do SNC e depois atingem reas especficas do crebro onde so interpretados resultando diferentes formas de sensibilidade.Motoras (efetuadoras): Localizadas na poro terminal das fibras aferentes vo estabelecer contato com as fibras nervosas e os rgos efetuadores (msculos e glndulas). Podero ser chamadas de juno neuromuscular ou neuroglandular.Classificao das terminaes nervosas sensitivas ou receptores:Morfolgica:Especiais: So os receptores mais complexos e fazem contato com um neuroepitelion fazendo parte dos rgos especiais do sentido. Ex.: retinaGerais ocorrem em vrias partes do corpo, geralmente e contato com a pele, sendo mais simples que as especiais. So classificadas em:a) Receptores livres:b) Receptores encapsulados:Corpsculo de MeissenerCorpsculo de Water-pacciniCorpsculo de KrauseCorpsculo de RuffiniDiscos ou meniscos de Merckelc) Fusos neuromusculares (contrao)d) rgos neurotendneos (tenso)e) rgos da base dos folculos pilososQuanto localizao:Exteroceptores: so aquelas que conduzem sensaes que tiveram origem no mundo externo, como tato, dor, presso, etc.Proprioceptores: so assim chamadas porque conduzem informaes (sensaes) originadas na parte prpria do corpo. Elas tm origem em receptores nas articulaes, msculos e tendes e levam ao SNC informaes sobre a disposio do corpo no espao; podem ser conscientes ou inconscientes.Interoceptores (visceroceptores) levam informaes que tm origem nas vsceras, como por exemplo a plenitude gstrica, dor de barriga.Fisiologica:Mecanoceptores: Respondem a estmulos mecnicos, como ondas sonoras na audio.Termoceptores: Respondem temperatura, como alguns receptores na pele.Fotoceptores: Respondem intensidade luminosa. Ex.: cones e bastonetes na retina.Quimioceptores: Respondem a estmulos qumicos. Ex.: Receptores gustativos e olfativos.Nociceptores: So os receptores da dor.Classificao das terminaes nervosas motoras:Placas motoras (msculo estriado esqueltico): terminaes eferentes somticas; No caso das placas motoras o mediador qumico a acetilcolina.Terminaes nervosas eferentes viscerais (msculo liso ou cardaco e glndulas) pertencem ao SNA; No caso das terminaes nervosas eferentes viscerais os mediadores qumicos so a acetilcolina ou a noradrenalina.Nervos espinhaisOs nervos espinhais so os nervos que tem conexo na medula espinhal. Existem 31 pares divididos em:8 pares cervicais12 pares torcicos5 pares sacrais1 par coccgeoCaracteristicas: Cada nervo espinhal formado por uma raiz dorsal que se junta distalmente a uma raiz ventral.Raiz dorsal: onde localiza-se o gnglio sensitivo que composto pelos corpos celulares dos neurnios sensitivos. A raiz dorsal se liga ao sulco lateral posterior da medula.A raiz ventral: formada por axnios que se originam nos neurnios situados nas colunas anteriores (motor somtico) e laterais da medula (motor visceral). O tronco espinhal: Formado pela unio da raiz dorsal com a raiz ventral, o tronco espinhal deixa a coluna atravs do respectivo forame intervertebral. O tronco espinhal se divide em dois ramos: o ventral (inervao dos membros e poro antero-lateral do tronco) de maior calibre e o dorsal (inervao de pele e msculos do dorso) de menor calibre. Outra diferena entre os dois ramos est no fato de os ramos dorsais permanecerem relativamente isolados ao longo de seu trajeto, enquanto os ramos ventrais se juntam para formar os plexos. Por isso dizemos que os nervos dorsais so plurisegmentares e os ventrais so unisegmentares

Trajeto dos nervos espinais:Superficial: os nervos que inervam superficialmente so normalmente sensitivosProfundo: os nervos que inervam superficialmente so normalmente motoresFuno: Todos os nervos espinhais possuem tanto fibras aferente como fibras eferentes

Dermtomo: Territrio cutneo inervado por fibras de uma nica raiz dorsal. Os dermtomos so nomeados de acordo com o segmento medular que o inerva.Assim temos os dermtomos C2,T12, L5, S2. As fibras podem chegar aos dermtomos atravs de nervo unisegmentares ou plurisegmentares como mediano, ulnar, etc. No primeiro caso, a cada nervo corresponde a um dermtomo, se localiza em seu territrio de distribuio cutnea. No segundo caso, o nervo recebe fibras sensitivas de vrias razes. O campo radicular motor: o territorio inervado por uma raiz ventral, como a inervao parte de ma raiz ventral tratam-se de fibras motoras que se relacionam com os msculos esquelticos atravs das placas motoras.Unidade motora e unidade sensitiva:Unidade motora: conjunto de um neurnio motor com seu axnio e todas as fibras musculares por ele inervada. O termo unidade motora se aplica apenas aos neurnios motores somticos.Unidade sensitiva: conjunto de um neurnio sensitivo com todas as suas ramificaes e seus receptores.Plexo cervical

O plexo cervical formado pela anastomose das razes ventrais dos quatro primeiros nervos cervicais e um ramo do nervo C-5 que faz parte do plexo braquial. Ele constitudo por alas menores formadas entre C-1 e C-2, C-2 e C-3, C-3 e C-4, e uma ala principal, a ala cervical, formada pela anastomose da raiz superior com a raiz inferior da ala cervical. Podemos dividir o plexo cervical em parte superficial-cutnea (mais sensitiva) e parte profunda (mais motora). A parte superficial essencialmente sensitiva inervando pele do pescoo e da cabea. Seus nervos emergem na parte mdia posterior do esternocleidomastideo (ECM) no trgono cervical lateral. formada pelos nervos:Occipital menor Ramo direto de C-2 (geralmente) Esse nervo ascende a partir do ponto nervoso do pescoo em direo ao processo mastide distribuindo-se na pele e couro cabeludo posterior ao pavilho do ouvido externo.Auricular Magno Anastomose de C-2 e C-3 Inerva a pele sobre a partida, sobre o p. mastideo e sobre o dorso do pavilho externo. Seu trajeto ascendente acompanhando a v. jugular externa.Cervical transverso Anastomose de C-2 e C-3 Circunda o msculo ECM se ramificando anteriormente no pescoo e inervando sua face ntero-lateral do.Supraclaviculares Anastomose de C-3 e C-4 O tronco formado por C-3 e C-4 se divide em n. supraclavicular medial, lateral e intermdio. Tm trajeto descendente inervando o ombro at o plano mediano. A parte profunda essencialmente motora destinada musculatura ntero-lateral e profunda do pescoo, e ao diafragma. Seus dois principais ramos so:Nervo Frnico: formado por ramos de C-3, C-4 e C-5 e no seu trajeto desce anteriormente sobre o msculo escaleno passando entre a a. subclvia e a v. subclvia para penetrar no trax, onde desce at o diafragma passando encostado no pericrdio.Ala cervical: Possui ramos para inervao de todos os msculos infra-hiideos. As ramificaes para os msculos gnio-hiideo e tireo-hiideo saem da raiz superior junto ao nervo hipoglosso. Para o m. omo-hiideo ventre superior sai da parte mdia da raiz superior. Da anastomose das duas razes saem na ordem ntero-posterior os nervos os msculos esternotireideo, esterno-hiideo e omo-hiideo ventre inferior. Alm deles tambm h ramificaes que iram se anastomosar com o n. acessrio para inervar o ECM e o trapzio. Tambm saem de ramificaes menores de C-2, C-3 e C-4 ramos que iro inervar os msculos pr-vertebrais e os msculos escalenos.Leses do plexo cervical

As leses perifricas so raras na regio cervical devido a proteo oferecida pelos msculos do pescoo que circundam as razes dos nervos. Elas ocorrem mais em ferimentos profundos, traumas clnicos ou traumas e doenas das vrtebras cervicais. Meningite ou tumores em posio alta no pescoo tambm podem causar neuralgia cervico-occipital. As leses mais importantes do plexo acontecem mesmo no nervo frnico. A seco de nervo frnico resulta na paralisia da metade correspondente do diafragma, ou seja, na paralisia unilateral do diafragma. O bloqueio do nervo frnico produz um curto perodo de paralisia unilateral do diafragma, j o seu esmagamento produz um longo perodo de paralisia podendo durar semanas.Bloqueio anestsico do plexo cervical

utilizado antes de cirurgias de pescoo. Esse tipo de procedimento no feito em pessoas com problemas cardiorrespiratrios, pois leva a paralisia do nervo frnico, o qual inerva o diafragma principal msculo da respirao. Tcnica das trs agulhas: Essa tcnica utilizada para operaes do tecido mole do pescoo (msculos, tecido conjuntivo), como por exemplo, a endarterectomia de cartida, pois ela paralisa os nervos profundos e superficiais do pescoo. A tcnica consiste em :Deitar o paciente em posio supina com a cabea virada para o lado contrrio ao que ser anestesiado. Palpar o ECM e localizar o ponto mdio entre a insero deste no p. mastide e a insero na clavcula, que anterior aos processos transversos das vrtebras, podendo ser palpados atravs da pele. A agulha inserida 2,5 cm abaixo do processo mastide, e penetra o tecido mole do pescoo at encontrar o extremo do processo transverso de C-2. Mais duas agulhas so inseridas da mesma maneira nos processos transversos de C-3 e C-4Essa tcnica no produz parestesias Se o procedimento no precisar paralisar os msculos do pescoo, pode ser feito apenas um bloqueio do plexo cervical superficial. Esse bloqueio fornece a mesma anestesia superficial da tcnica das trs agulhas, mas sem relaxamento muscular. Pode ser usado, por exemplo, para bipsia da gordura cervical. Nesse processo:A cabea do paciente virada para o lado contrrio da entrada da agulhaNo tero mdio da parte posterior do esternocleidomastideo inserida uma agulha de 5 cm que se move para cima e para baixo ao longo da borda do msculo sendo injetados 10 ml (em mdia) de soluo anestsica.Tambm no so produzidas parestesias Plexo Braquial

O plexo braquial formado pela unio dos ramos ventrais do nervos espinhais de C5, C6, C7, C8 e T1. As razes ventrais de C5 e C6 se unem para formar o TRONCO SUPERIOR. A raiz de C7 permanece isolada e forma o TRONCO MDIO. As razes de C8 e T1 se unem e formam o TRONCO INFERIOR. Tais troncos, por sua vez, dividem-se em partes anteriores e posteriores. As fibras das divises anteriores iro inervar estruturas anteriores (portanto, flexoras) do membro superior. As fibras das divises posteriores iro inervar estruturas posteriores (portanto, extensoras) do membro superior.As divises anteriores dos troncos superior e mdio se unem para formar o FASCCULO LATERAL. A diviso anterior do tronco inferior permanece isolada e forma o FASCCULO MEDIAL. As divises posteriores de todos os troncos, por sua vez, se unem e formam o FASCCULO POSTERIOR. As denominaes lateral, medial e posterior dos fascculos referem-se posio destes em relao artria axilar. Dos fascculos sairo os nervos terminais, que seguiro em direo distal, emitindo ramos que inervaro as estruturas do membro superior.

Nervos terminais originados das razesRaiz de C5: da raiz de C5 parte o nervo escapular-dorsal, que inerva os msculos rombides maior e menor e o levantador da escpula.).

Razes de C5, C6 E C7: as trs razes fornecem fibras para a formao do nervo torcico longo. Este inerva os msculos serrteis anteriores e acompanhado pela artria torcica lateral, a qual se origina da segunda poro da artria axilar.

Nervos terminais originados dos troncosTronco superior: dele sai o nervo supra-escapular, que inerva os msculos infra e supra espinhal, alm do nervo para o msculo subclvio, o qual acompanhado pelo ramo clavicular da artria toracoacromial (esta um ramo da segunda poro da a. axilar.

Nervos terminais originados dos fascculosFASCCULO LATERAL: dele partem: nervo musculocutneo, o qual inerva os mm. Bceps, braquial e coracobraquial e se transforma em nervo cutneo lateral do antebrao, quando passa pelo tendo do bceps distalmente (tal nervo faz a inervao sensitiva da pele que recobre a parte ntero-lateral do antebrao); raiz lateral do nervo mediano; nervo peitoral lateral, o qual inerva os mm. Peitoral maior e peitoral menor (em maior parte o p. maior).FASCCULO MEDIAL: dele partem: nervo ulnar (este atravessa o brao distalmente e passa posteriormente ao epicndilo medial do mero); raiz medial do nervo mediano; nervo cutneo medial do brao e antebrao ; nervo peitoral medial (inerva o m. peitoral menor em sua maior parte).FASCCULO POSTERIOR: dele partem: nervo radial (este emite 3 ramos que fazem inervao sensitiva da pele do brao e antebrao: nervo cutneo lateral inferior do brao, nervo cutneo posterior do brao e nervo cutneo posterior do antebrao, e atravessa a regio do brao passando posteriormente ao mero no sulco para o nervo radial, acompanhado da artria profunda do brao); nervo axilar (inerva os mm. deltide e redondo menor e emite o nervo cutneo lateral superior do brao, que faz a inervao sensitiva da pele que recobre o deltide) ; nervo toracodorsal (inerva o grande dorsal, acompanhado da a. toracodorsal, a qual vem da a. subescapular que vem da terceira poro da a.axilar); nervos subescapulares superior e inferior (inervam o m. subescapular e o m. redondo maior).Leses do plexo braquial

As leses no plexo braquial, muito comuns e geralmente decorrentes de traumas (queda de cavalo, acidentes com motos), danificam a sensibilidade cutnea e o movimento no membro superior. Elas podem ser causadas por estiramentos, feridas e doenas na regio axilar ou no chamado trgono posterior, que corresponde regio lateral do pescoo. Seus sinais e sintomas esto relacionadas com a rea do plexo envolvida. As leses no plexo braquial ocasionam anestesia e paralisia. Esta pode ser:a) Paralisia completa: sem movimento detectvelb) Paralisia incompleta: h movimentos, mais fracos que o normal, uma vez que nem todos os msculos esto paralisadosO teste da capacidade de realizar movimentos avalia o grau de paralisia. J para a anestesia, utilizado o teste da capacidade de sentir dor, que pode ser simplesmente uma espetada na pele.2) Leses das partes superiores do plexo braquial (C5 e C6) As leses das partes superiores do plexo podem acontecer quando uma pessoa arremessada de uma motocicleta ou de um cavalo e cai sobre o ombro de uma forma que causa grande separao do pescoo e do ombro. Ou seja, de forma geral, esse tipo de leso decorre de um aumento excessivo no ngulo entre pescoo e ombro. No caso anterior, a queda causa ruptura ou distenso das partes superiores do plexo ou avulsiona as razes do plexo da medula espinal. Em casos de leso do tronco superior do plexo o paciente mantm o membro afetado com um aspecto caracterstico, facilitando assim o diagnstico. Nesse caso a pessoa fica com o membro afetado ao lado do corpo em rotao medial, na chamada posio mo de garom. Como decorrncia de leses das partes superiores do plexo, h a Paralisia de Duchenne, que consiste na paralisia dos msculos deltide, braquiorradial, bceps e braquial, msculos do ombro e do brao supridos pelos nervos espinais C5 e C6. A aparncia clnica habitual de um membro superior com o brao em rotao medial, ombro abduzido e cotovelo estendido. Essas leses tambm podem causar espasmos musculares e uma incapacidade grave em andarilhos que carregam mochilas pesadas por longos perodos. Alm disso, deve-se destacar que esse tipo de leso do plexo pode ocorrer, durante o parto, em um recm-nascido, quando o mdico, ao retirar a criana do tero da me, acaba estirando excessivamente o seu pescoo.3) Neurite aguda do plexo braquial (neuropatia do plexo braquial) A neuropatia do plexo braquial um distrbio neurolgico de causa desconhecida e que caracterizado pelo incio sbito de dor intensa, normalmente ao redor do ombro. A dor geralmente comea noite e acompanhada por fraqueza muscular e s vezes at mesmo atrofia muscular (amiotrofia neurolgica). A inflamao do plexo braquial (neurite braquial) normalmente precedida por algum evento (infeco respiratria alta, vacinao). As fibras nervosas envolvidas geralmente so originadas do tronco superior do plexo braquial.4) Compresso dos fascculos do plexo braquial Os fascculos so comprimidos entre o processo coracide da escpula e o tendo do msculo peitoral menor como resultado, geralmente, da hiperabduo prolongada do brao durante a realizao de certas tarefas, como ao pintar um teto. Os sintomas neurolgicos mais comuns so a dormncia, parestesia (formigamento), eritema, fraqueza das mos e dor que se irradia pelo corpo. J a compresso da artria e veia axilares resulta na distenso das veias superficiais e na isquemia do membro superior. Esses sinais e sintomas de sndrome de hiperabduo resultam da compresso dos vasos e nervos axilares.5) Leses das partes inferiores do plexo braquial (paralisia de Klumpke) Essas leses so muito mais raras, acontecendo, por exemplo, quando um membro subitamente puxado para cima, como no caso em que um indivduo, ao cair de uma rvore, segura no galho a fim de frear a queda. Pode acontecer tambm em um recm nascido que, durante o parto, teve seus membros superiores tracionados de maneira muito intensa. Em ambos os casos o tronco inferior do plexo lesionado e ainda pode ocorrer o avulsionamento das razes dos nervos espinais da medula espinal. O quadro clnico caracterstico a chamada mo em garra, conseqncia da danificao dos msculos curtos da mo.6) Tratamento O tratamento das leses do plexo braquial inclui a terapia ocupacional e a fisioterapia, sendo que algumas leses podem ser curadas sem tratamento. Algumas vezes necessrio fazer uma cirurgia de religamento dos nervos. Alm disso, a utilizao de rteses e tipias torna-se uma boa opo no auxlio ao tratamento. Muitas crianas melhoram ou recuperam dentro de seis meses, mas aqueles que no tm uma boa recuperao precisam de cirurgia para tentar compensar os dficits dos nervos. A capacidade de dobrar o cotovelo (funo do bceps) no terceiro ms de vida considerado um indicador da provvel recuperao, com movimento ascendente adicional do pulso, bem como a correco de dedos polegar e indicador fortes de indica uma melhora espontnea excelente. Grande amplitude de movimento e exerccios realizados pelos pais, acompanhados de exames repetidos por um mdico, pode ser tudo o que necessrio para pacientes com fortes indicadores de recuperao.Bloqueio anestsico do Plexo Braquial

A injeo de anestsico na bainha axilar ou imediatamente adjacente interrompe os impulsos nervosos e produz anestesia das estruturas supridas pelos ramos dos fascculos do plexo. Assim, a sensibilidade bloqueada na pele distal ao meio do brao e em todas as estruturas profundas do membro superior. Desse modo, o bloqueio do plexo braquial pode permitir aos cirurgies operarem no membro superior sem o uso de um anestsico geral. Esse bloqueio anestsico (do plexo braquial) pode ser realizado com vrias tcnicas diferentes, como por exemplo os bloqueios interescaleno, supraclavicular, infraclavicular e axilar. 2) Bloqueio axilar O bloqueio axilar a variedade de bloqueio do plexo braquial mais comumente realizada. Nessa tcnica os pontos de referncia so facilmente identificveis e h menos complicaes associadas a ela do que s outras tcnicas de abordagem do plexo braquial. Esse mtodo muito aplicado em cirurgias de mo, punho, cotovelo e na parte distal do mero, porm no deve ser realizada em casos de infeco local, coagulopatia ou adenopatia axilar.2.1) Tcnica anestsica (injees mltiplas)O paciente deve ser colocado em posio supina, com o brao fazendo ngulo de 90 com o trax e com o antebrao (cotovelo com ngulo de 90). Os msculos devem estar os mais relaxados possveis. Deve-se palpar a artria axilar e demarcar seu ponto mais cranial. Fazer um boto anestsico com lidocana a 0,5% sem vaso constritor.Identificar o msculo coracobraquial (importante para o bloqueio eficaz do nervo musculocutneo).Com o objetivo de encontrar o nervo musculocutneo deve-se inserir a agulha no ponto anestesiado e a dirigir cranialmente rumo ao msculo coracobraquialUso do neuroestimulador para a verificao da distncia correta para a aplicao do bloqueio do nervo com a soluo anestsicaRecuo da agulha para a pele redirecionando-a para a artria axilar, afim de tangenci-la, sem entretanto transfix-la.Uso do neuroestimulador com o mesmo intuito de antesDesse modo conseguimos bloquear tambm os nervos radial, ulnar e mediano.Para completar o bloqueio deve-se fazer a infiltrao do tecido subcutneo em torno do ponto de bloqueio, com o intuito de bloquear as reas de inervao dos nervos intercosbraquial e cutneo medial do brao3) Bloqueio infraclavicular Esse tipo de bloqueio indicado para cirurgias de mo e de cotovelo e utiliza a fossa infraclavicular como via de acesso no mtodo. Com o intuito de saber o ponto onde os fascculos do plexo braquial podem ser localizados no interior da fossa, h medidas a partir da face anterior da clavcula e do ngulo formado pelo encontro do msculo deltide com a clavcula (ngulo deltoclavicular). A primeira medida permite localizar em profundidade o local onde passa o plexo braquial. J a segunda, determina a projeo dos fascculos dentro da fossa, o que corresponde ao ponto de entrada da agulha na superficie cutnea. Assim, h medidas entre a face anterior da clavcula e os fascculos do plexo braquial, e do ngulo deltoclavicular at a projeo superficial dos fascculos. Essas medidas so de 2,49 cm entre a face anterior da clavcula e os fascculos do plexo braquial e de 2,21 cm do ngulo deltoclavicular at a projeo superficial dos fascculos.

Perguntas1. O que so nervos? E quais so as suas funes?Nervos so cordes esbranquiados constitudos por feixes de fibras nervosas reforadas por tecido conjuntivo que unem o SNC aos rgos perifricos. Os nervos tm a funo de conduzir impulsos nervosos do SNC para a periferia (nervos eferentes) e da periferia para o SNC (nervos aferentes) 2. Diferencie origem aparente de origem real.A aparente corresponde ao ponto de emergncia ou entrada do nervo na superfcie do SNC, j a real corresponde ao local onde esto localizados os corpos neuronais que constituem os nervos.3. Conceitue terminaes nervosas e em que se divide.Corresponde a poro distal das firas nervosas que s conecta com os rgos efetores. Terminaes nervosas sensitivas e motoras.4. O que so nervos espinhais e como esto divididos? Por que o a regio cervical possui oito pares de nervos espinhais?Os nervos espinhais so os nervos que tem conexo na medula espinhal. 8 pares cervicais 12 pares torcicos 5 pares sacrais 1 par coccgeo. Porque o primeiro par de nervos espinhais sai entre o occipital e C1.5. O que dermtomo? Territrio cutneo inervado por fibras de uma nica raiz dorsal.6. Quais nervos cervicais fazem parte do plexo cervical e qual a sua diviso? formado pela anastomose das razes ventrais dos quatro primeiros nervos cervicais e um ramo do nervo C-5 que faz parte do plexo braquial. Podemos dividir o plexo cervical em parte superficial-cutnea (mais sensitiva) e parte profunda (mais motora).7. Quais os dois principais ramos formados na parte profunda do plexo cervical e quais so as estruturas inervadas por eles?Nervo frnico que inerva o diafragma e possui um ramo para inervao do pericrdio. E a ala cervical que inerva os msculos infra-hiideos (gnio-hiideo, omo-hiideo, esternotireideo, esterno-hiideo e tireo-hiideo).8. Quais so os nervos da parte superficial e suas inerves?N. Occipital menor(C2)->Pele posterior orelha N. Auricular Magno(C2 e C3)-> Pele sobre a partida, pele sobre o p. mastideo, pele sobre o dorso do pavilho da orelhaN. Cervical transverso(C2 e C3)-> Pele da parte anterior e lateral do pescooN. Supraclaviculares (C3 e C4)-> Inervam a pele do ombro at o plano mediano 9. Por que so raras as leses cervicais em qual nervo ocorrem as principais leses?Devido a proteo oferecida pelos msculos do pescoo que circundam as razes dos nervos. No nervo frnico.10. Por que o bloqueio anestsico no plexo cervical no pode ser feito com pessoas com problemas cardiorrespiratrios?Porque leva a paralisia do nervo frnico, o qual inerva o diafragma principal msculo da respirao.11. As fibras das divises anteriores iro inervar estruturas anteriores (portanto, __flexoras___) do membro superior. As fibras das divises posteriores iro inervar estruturas posteriores (portanto, _extensoras__) do membro superior. Completar com: extensoras e flexoras.12. caracterstica do plexo braquial:a)os ramos ventrais de C5 e C6 umem-se para formar o tronco superiorb)os ramos ventrais de C7 e C8 umem-se para formar o tronco mdioc)o ramo ventral deT1 forma o tronco inferiord)cada um dos troncos constitui divises medial e lateral atrs da clavcula13. Quais as razes que formam o nervo torcico longo e que regio ele inerva?C5, C6, C7. Inerva os msculos serrteis anteriores.14. Quais os dois nervos que emergem no tronco superior?Nervo supra-escapular e nervo subclvio.15. Quais nervos terminais so formados pelo fascculo posterior do plexo braquial?Nervo radial e axilar.16. Qual o bloqueio braquial mais comumente utilizado?Bloqueio axilar.17. O bloqueio infraclavicular indicado em quais cirurgias? indicado para cirurgias de mo e de cotovelo e utiliza a fossa infraclavicular como via de acesso no mtodo.18. Cite as mais provveis causas de leses no plexo braquial.Traumas19. O quadro clnico chamado mo em garra ocasionado por leses em qual parte do plexo braquial?Parte inferior do plexo braquial.20. Cite tipos de tratamento para leses do plexo braquial.Terapia ocupacional e a fisioterapia, sendo que algumas leses podem ser curadas sem tratamento. Algumas vezes necessrio fazer uma cirurgia de religamento dos nervos.

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