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27 28 3 População do Brasil e Unidades Federadas, 1980 - 1998 Evolução temporal das doenças de notificação compulsória no Brasil de 1980 a 1998 1999 Ano III Ediçªo especial Notas Metodológicas 4 Evolução temporal das doenças de Notificação Compulsória de 1980 a 1998 Aids Cólera Coqueluche Dengue Difteria Doença Meningocócica Febre Amarela Febre Tifóide Hanseníase Leishm. Tegumentar Leishmaniose Visceral Malária Peste Poliomielite Raiva Humana Sarampo Tétano Acidental Tétano Neonatal Tuberculose Série Histórica de Doenças de Notificação Compulsória, 1980 - 1998 48 Bibliografia Consultada Nesta Edição O Boletim Epidemiológico passou por uma reformulação do seu projeto editorial, visando adequá-lo à nova sistemática de difusão de informações epidemiológicas que vem sendo implantada pelo Centro Nacional de Epidemiologia/FUNASA. O Informe Epidemiológico do SUS (IESUS) assumiu um caráter exclusivo de publicação científica, trazendo artigos de estudos e análises com importância para a epidemiologia aplicada aos serviços de saúde. As tabelas, contendo as séries históricas das doenças de notificação compulsória, deixaram de ser publicadas para consolidar a especialização do IESUS enquanto revista científica, embora não acadêmica, destinada a divulgar a crescente produção brasileira na área de epidemiologia. Ao mesmo tempo, para suprir a necessidade de informações rápidas sobre os acontecimentos epidemiológicos relevantes, as investigações de surtos, as modificações em normas técnicas, e retro-alimentar as unidades notificadoras, o CENEPI/FUNASA lançou, em fevereiro de 2001, a versão eletrônica do Boletim Epidemiológico. Essa publicação estará disponível, com periodicidade quinzenal, na página da FUNASA ( www .funasa.g o v .br ), sendo possível, também, seu envio por correio eletrônico. Assim, a nova função para a versão impressa do Boletim Epidemiológico, agora com periodicidade semestral, será o de consolidar as principais informações veiculadas pela versão eletrônica, bem como divulgar os dados referentes às doenças de notificação compulsória. Com essa remodelação, abre-se a oportunidade, também, de se produzir números especiais que revisem e analisem, de forma detalhada, temas relevantes para a vigilância epidemiológica. Este número especial do Boletim Epidemiológico consolida e analisa as séries históricas de dezenove doenças de notificação compulsória, no período de 1980 a 1998, o que o torna fonte indispensável para a compreensão do perfil epidemiológico recente do Brasil. A situação das doenças transmissíveis, no país, apresenta um quadro complexo, que pode ser resumido em quatro grandes tendências. A primeira constitui-se pelo grupo de doenças, cujo cuja prevenção e cujo controle foram marcados por importantes vitórias. Nesse grupo incluem-se aquelas contra as quais se dispõe de instrumentos mais efetivos, a exemplo das doenças imunopreveníveis, que apresentaram uma drástica redução das taxas de incidência, ao longo do período. O último caso de Poliomielite, no país, foi registrado em 1989, tendo sido sua erradicação certificada em 1994. A significativa redução da incidência do sarampo, mesmo com a irrupção das epidemias que a série

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População do Brasil eUnidades Federadas,1980 - 1998

Evolução temporal das doençasde notificação compulsória noBrasil de 1980 a 1998

1999Ano III

Ediç

ão esp

ecial

Notas Metodológicas

4 Evolução temporal dasdoenças de NotificaçãoCompulsória de 1980 a1998• Aids• Cólera• Coqueluche• Dengue• Difteria• Doença Meningocócica• Febre Amarela• Febre Tifóide• Hanseníase• Leishm. Tegumentar• Leishmaniose Visceral• Malária• Peste• Poliomielite• Raiva Humana• Sarampo• Tétano Acidental• Tétano Neonatal• Tuberculose

Série Histórica deDoenças de NotificaçãoCompulsória, 1980 -1998

48Bibliografia Consultada

Nesta Edição

O Boletim Epidemiológicopassou por uma re fo rmu laçãodo seu projeto editorial, visandoadequá- lo à nova s i s temá t i cad e difusão de informaçõesepidemiológicas que vem sendoimplantada pelo Centro Nacional deEpidemiologia/FUNASA.

O Informe Epidemiológico doSUS (IESUS) assumiu um caráterexclusivo de publicação científica,trazendo art igos de estudos eanálises com importância para aepidemiologia a p l i c a d a a o sserv iços de saúde . As tabelas,con tendo as sé r i es h i s tó r i casd a s doenças de notif icaçãocompulsória, deixaram de serpublicadas para consolidar aespecialização do IESUS enquantorevista científ ica, embora nãoacadêmica, destinada a divulgar acrescente produção brasileira naárea de epidemiologia.

Ao mesmo tempo, para suprira necessidade de informaçõesrápidas sobre os acontecimentose p i d e m i o l ó g i c o s r e l e v a n t e s ,a s investigações de surtos, asmodificações em normas técnicas,e retro-alimentar as unidadesnotificadoras, o CENEPI/FUNASAlançou, em fevereiro de 2001, aversão eletrônica do BoletimEpidemiológico. Essa publicaçãoestará disponível, com periodicidadequinzenal, na página da FUNASA(www. funasa.gov.br) , sendopossível, também, seu envio porcorreio eletrônico.

Assim, a nova função para aversão impressa do Boletim

Epidemiológico, agora comperiodicidade semestral, será o deconsolidar as principais informaçõesveiculadas pela versão eletrônica,bem como divulgar os dadosreferentes às doenças de notificaçãocompulsória. Com essa remodelação,abre-se a oportunidade, também, dese produzir números especiais querevisem e analisem, de formadetalhada, temas relevantes para avigilância epidemiológica.

Este número especial do BoletimEpidemiológico consol ida eanal isa as séries históricas dedezenove doenças de notificaçãocompulsória, no período de 1980 a1998, o que o torna fonteindispensável para a compreensãodo perfil epidemiológico recente doBrasil.

A situação das doençastransmissíveis, no país, apresenta umquadro complexo, que pode serresumido em quatro grandestendências. A primeira constitui-sepelo grupo de doenças, cujo cujaprevenção e cujo controle forammarcados por impor tantesvi tór ias. Nesse grupo incluem-seaquelas contra as quais se dispõede instrumentos mais efet ivos,a exemp lo das doençasimunopreveníveis, que apresentaramuma drástica redução das taxas deincidência, ao longo do período. Oúltimo caso de Poliomielite, no país,foi registrado em 1989, tendo sido suaerradicação certificada em 1994.

A significativa redução daincidência do sarampo, mesmo coma irrupção das epidemias que a série

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Publicação oficial do Centro Nacional de Epidemiologia da Fundação Nacional de Saúde CENEPI/FNS, do Ministério da Saúde. Osdados são provenientes dos diversos sistemas de notificação do Sistema Único de Saúde.As análises são da responsabilidade de: Maria da Glória Teixeira (ISC/UFBA), Maria da Conceição Nascimento Costa (ISC/UFBA) eJarbas Barbosa da Silva Júnior (Diretor do CENEPI/FNS).Colaboradores Especiais: Antonio Ruffino Netto (MS), Gerson Fernando Pereira (MS) e Gerson Oliveira Penna (HUB/UNB).Colaboradores das Áreas Técnicas do CENEPI: Ana Johnson de Assis, Ana Rosa dos Santos, Carmem de Barros Correa Dhália,Elizabeth David, Expedito Luna, Francisco Anilton Alves Araújo, Felicidade dos Anjos Cavalcanti, Glauco Henry Correia Leibovich,Helen Freitas, Lúcia Maria Monteiro, Luciana Brondi, Luiza de Paiva Silva, Maria Carolina Pereira, Maria Cristina Pedreira, MariaGoretti Pereira Fonseca Medeiros, Maria da Paz Lima Pereira, Maria de Fátima Lopes, Paulo Cesar da Silva, Regina Flauzino, RejaneAlves, Roseli Cerqueira, Rui Moreira Braz, Tochie Massuda, Vera Gattas, Zouraide Antunes Guerra.Os textos foram revisados por profissionais e dirigentes do Ministério da Saúde e Fundação Nacional de Saúde responsáveis pelasáreas técnicas de vigilância e controle de cada doença específica.Projeto Gráfico: Editoração e Revisão: André Falcão, Edite Damásio da Silva e Regina Coeli Pimenta de Mello.Edição especial de periodicidade, tiragem 20 mil exemplares. Assinatura gratuita.Setor de Autarquias Sul, Quadra 04, Bloco N, Sala 601, Brasília - DF, CEP 70.058-902Fones: (061) 225-5807 / 226-6701 Fax: (061) 321-3216E-mail: [email protected] FNS na Internet: http://www.funasa.gov.br

BOLETIMEPIDEMIOLÓGICOBOLETIMEPIDEMIOLÓGICO

Jarbas Barbosa da Silva JuniorDiretor do Centro Nacional de Epidemiologia/FUNASA

histórica revela, culminou com a interrupção datransmissão no ano 2000, tornando provável aeliminação dessa doença. O tétano neonatal tambémreduziu-se a um ponto em que se coloca, atualmente,com taxa de incidência abaixo de 1 caso por 100.000nascidos vivos, índice que aponta sua prováveleliminação. Também as tendências apresentadas peladifteria e coqueluche indicam que o controle dessasinfecções foi obtido e tem perspectivas de se manter.

Ao mesmo tempo, algumas unidades da federaçãojá encontram-se livres do ciclo urbano da raiva, e já sepode observar um relativo controle dessa doença no país.Além disso, está sendo implementada a intensificaçãodas atividades de vigilância e prevenção, visando impedira circulação do vírus nos animais domésticos e garantirtratamento anti–rábico humano a todos os indivíduosagredidos. A Febre Amarela Silvestre, mesmo sobcontrole, continua exigindo atenção. Novas e amplasestratégias de vacinação foram instituídas, frente ao riscode sua urbanização decorrente da expansão da infestaçãopelo Aedes aegypti.

O compor tamen to de doenças como asLeishmanioses, que vêm modificando seus padrõesepidemiológicos, com nítida expansão geográfica,inclusive no contexto de um processo de urbanização,delineia uma segunda tendência que é de crescimento.Essa tendência é, em parte grande parte, resultante deprocessos externos ao setor saúde, tais comourbanização acelerada, sem adequada infra-estruturaurbana, alterações do meio ambiente (desmatamento),ampliação de fronteiras agrícolas, processosmigratórios e grandes obras de infra-estrutura (rodoviase hidroelétricas), e não disponibilidade de instrumentosde prevenção mais efetivos. Esses processos têm

pressionado a persistência e/ou expansão de outrasendemias importantes no país, como a malária, naRegião da Amazônia Legal, em que pese o êxito obtidona redução das formas graves por P. falciparum e namortalidade.

Outras doenças, como a tuberculose, apresentamum quadro de persistência, configurando uma agendainconclusa nessa área. Para esse grupo, é necessárioo fortalecimento das novas estratégias adotadas, quepropõem uma maior integração entre as áreas deprevenção e controle com a rede assistencial, já queo principal eixo de intervenção está voltado para odiagnóstico e tratamento dos doentes, visando ainterrupção da cadeia de transmissão.

Um outro grupo expressa, no Brasil, o fenômenomundial de emergência e reemergência deenfermidades transmissíveis, com o surgimento daaids, a reintrodução da cólera e as epidemias dedengue, que passaram a se constituir, no final dosanos 90, em uma das maiores prioridades de saúdepública no continente americano e no país.

O impacto observado na evolução temporalde muitas das doenças aqui analisadas e,part icularmente, na expressiva redução damortalidade pelas doenças infecciosas e parasitárias,em grande parte, resulta da correta implementaçãodas ações de vigilância epidemiológica e da adoçãode medidas de prevenção e controle adequadas. Apermanente atividade de análise epidemiológica podefornecer bases científ icas para as revisões deestratégias, a adoção de novas medidas e osdesenvolvimentos tecnológicos que ampliem osêxitos já obtidos e melhorem a saúde de populaçãobrasileira.

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O Sistema de Informações das Doenças deNotif icação Compulsória e o Sistema deInformações de Mortalidade constituem-se emimportantes fontes de dados de morbi-mortalidadeno Brasil, por aportarem subsídios relevantes paraas análises sobre o quadro sanitário do país,principalmente, quando se util izam sérieshistóricas.

Ainda que não se possa valorizar a magnitudedos eventos estudados, essas séries permitem aobservação da tendência apresentada pelosmesmos, desde que não tenham ocorrido grandesalterações no desempenho do Sistema deInformações de Saúde, no período de estudo. Emséries históricas, analisa-se um conjunto deinformações dispostas em um períodoconsideravelmente longo de tempo, por meio deindicadores epidemiológicos de freqüência dedoença e de óbitos. Elas são especialmente úteisquando se deseja examinar tendências, aplicáveisao diagnóstico da situação de saúde, à avaliaçãode impacto de ações e serviços, e como subsídiospara o planejamento e, a programação de atividadesde saúde.

Todavia, os dados fornecidos por esses sistemasapresentam restrições qualitativas e quantitativas,que devem ser consideradas nas análises de todasas doenças e para algumas delas em particular,decorrentes da cobertura dos sistemas de saúde ede informação (sub-notificação e subregistro) edos recursos diagnósticos, que não sãohomogêneos em todo o país. Também ascaracterísticas clínicas e epidemiológicas de cadadoença contribuem para uma maior ou menorfidedignidade dos dados coletados. Por outro lado,mesmo que a doença esteja incluída na lista denotificação compulsória nacional, municípios eestados podem modificar os critérios denotificação, dificultando a comparabilidade dasinformações.

Considerando que para a vigilânciaepidemiológica é de fundamental importânciadetectar as variações de freqüência das doenças,tanto para que se busque esclarecer secorrespondem a um fenômeno real que demande aadoção de medidas de prevenção, como para oacompanhamento de impacto dessas ações e fazer

predições, nesta publicação optou-se por não sepadronizar as taxas apresentadas nas análises,apesar da possibilidade de existência de diferençasespaciais (entre áreas geográficas) e temporais naestrutura etária das populações comparadas.

Além disso, no estudo de tendência, umprocedimento estatístico para redução davariabilidade, de modo a suavizar as referidasoscilações e obter uma melhor visualização daevolução da doença, só foi aplicado quando avariabilidade dos dados era muito acentuada, ouquando a tendência delineada pela curva construídaa partir das taxas brutas não era muito evidente,sendo então registrada nos textos a interpretaçãodos resultados obtidos. Em situações em que houveincremento ou redução muito significativa denotificações, teve-se o cuidado de se buscarinformações capazes de explicá-las, sendo asmesmas também assinaladas.

Ao se tratar de doenças como Febre AmarelaSilvestre e Peste, que apresentam baixa freqüênciaanual, a análise de tendência foi realizada a partirdo número absoluto de casos, pois a interpretaçãodas taxas de incidência poderiam ser distorcidasem virtude dos pequenos números envolvidosnessas estimativas. No caso específico da malária,também não se fez o cálculo desse indicador,porque, como os dados disponíveis referem-se aonúmero de lâminas positivas para plasmódio,existe a possibilidade de grande parte dessas nãocorresponderem a casos novos, desde quandoocorrem registros de vários exames em distintasunidades de saúde para um mesmo caso(multiplicidade de notificações), ou ainda de sereferirem a recidiva de um caso pré-existente.

Deve-se ainda estar atento para o fato de que,no cálculo das taxas de letalidade e de mortalidadepara algumas doenças, empregou-se, como fontede dados para o número de óbitos, o sistema devigilância epidemiológica do CENEPI/FUNASA,ao invés do Sistema de Informação de Mortalidade(SIM), tendo em vista que o primeiro dispõe deum maior número de registros desse evento, emfunção das investigações que são realizadas,mesmo após a emissão da Declaração de Óbito(DO), tratando-se, portanto, de dados maispróximos da realidade.

Notas MetodológicasNotas Metodológicas

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AIDSA história natural da pandemia de

AIDS vem se modificando lentamente,configurando, nos últimos anos, umasegunda onda caracterizada pelocrescente impacto entre indivíduosinicialmente considerados como demenor risco. Estima-se que desdemeados de 1981, quando foramidentificados os primeiros casos dessadoença, até 1996, cerca de 30 milhõesde pessoas no mundo foraminfectadas pelo HIV, das quais,aproximadamente, 3 milhões eramcrianças. Cerca de 93% das infecçõesocorreram nos países em desenvol-vimento e nos menos desenvolvidos.

No Brasil, até o ano de 1998 jáhaviam sido notificados 174.241 casosde AIDS. Embora o primeiro registrotenha ocorrido em 1982, um caso de1980 foi diagnosticado retrospec-tivamente em São Paulo, o que indicaque o vírus já havia sido introduzidono país na década anterior.

As notificações inicialmente foramprocedentes dos principais centrosurbanos da região Sudeste e, logo

depois, das grandes cidades dasoutras regiões brasileiras. Atual-mente, já se percebe um processo deexpansão da doença para o interior dopaís. Cerca de 50% dos municípios jánotificaram um ou mais casos de

AIDS, mas apenas 33%, aproxi-madamente, registraram cinco oumais casos (veja o mapa).

Pode-se verificar no Gráfico 1 quea progressão da epidemia no Brasildeu-se de forma exponencial logo nosprimeiros anos, com evidentecrescimento em todas as regiões,embora sempre mais acentuado naSudeste, onde as taxas de incidênciamantêm-se mais elevadas que as das

outras regiões, em todo o períodoestudado. Nos últimos anos, os valoresdessas taxas, nessa região, aumenta-ram de 11,2 em 1990, para 20,9 por100 mil habitantes em 1997, o querepresenta um crescimento de cercade 87%.

Nas regiões Sul e Centro-Oeste,também se observa tendência similar,todavia com freqüências menoselevadas, diferentemente do Norte eNordeste, onde o crescimento se deude modo lento e constante. Esse perfilreflete as características da trans-missão da doença, cuja circulaçãoviral se dá com maior intensidade nasregiões mais desenvolvidas, embora jáse constate discreta expansão paraáreas menos urbanizadas.

A principal forma de transmissãodo vírus da AIDS é a sexual e osindivíduos do sexo masculino são osque apresentam maior r isco deadoecer (veja o Gráfico 2, pag.5).Entretanto, desde o início da epidemia,vêm sendo registradas importantestransformações. Assim, em 1985,cerca de 96% dos casos diagnos-

Distribuição do número de casos de AIDS por município.Brasil, 1980 - 1998.

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Fonte: MS/SPS/CN/DST e Aids

Gráfico 1 - Taxa de incidência de AIDS segundo ano de ocorrência.Brasil e Regiões, 1980 - 1998.

Fonte: MS/SPS/CN/DST e Aids

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Após as graves pandemias deCólera que ocorreram no século XIX,essa doença f icou praticamenteconfinada a alguns países da Ásia,exceto pela epidemia do Egito, que seiniciou em 1947. No continenteamericano, não foram detectadoscasos autóctones entre 1911 e 1973,quando foi diagnosticado um caso no

CóleraTexas, EUA, sem contudo ter suafonte identificada. Entretanto, mesmotendo sido registrados casosesporádicos, importados e autóctonesnaquele país a partir de 1973, asadequadas condições de saneamentoambiental não permitiram uma maiordisseminação do Vibrio cholerae.Em 1991, houve a introdução da

cólera no Peru, resultando emexplosiva epidemia que atingiu outrospaíses da América do Sul, inclusive oBrasil, onde, no mesmo ano, foramconfirmados os primeiros casos, noestado do Amazonas.

A partir desse episódio, observou-se no país intensa circulação daqueleagente, que encontrou caminho eambiente propícios para suadisseminação nos rios da BaciaAmazônica. Assim, observa-se, noGráfico 1 (pág.6), que a evoluçãotemporal dessa epidemia foi crescenteaté 1993, ano em que apresentou oseu maior pico (39,8 por 100 milhabitantes) e, a partir de então, passoua apresentar tendência declinante,registrando a menor taxa de incidênciano ano de 1996 (0,6 por 100 milhabitantes).

Tendo entrado no Brasil pelo Norte,através de pequenos municípios doAlto Solimões, a Cólera nessa regiãoapresentou, nos dois primeiros anos,taxas de incidências elevadas ecrescentes, cujos valores foram de20,8 e 41,0 por 100 mil habitantes,respectivamente para os anos de 1991e 1992. Todavia, redução superior a60% foi observada em 1993 e 1994.No ano de 1995, já se encontrava nomesmo patamar observado no inícioda epidemia. As maiores taxas foramoriundas do estado do Amazonas.

Seguindo, paulatinamente, o trajetodo rio Solimões até a calha do rioAmazonas, e, em seguida, por “viaterrestre”, a epidemia atingiu o estadodo Maranhão, no Nordeste do país,região na qual as precárias condiçõesde saneamento, particularmente aescassez de água apropriada para oconsumo humano, favoreceram aocorrência de milhares de casos dadoença. O risco de adoecer, em 1993,foi três vezes superior à maiorincidência observada na região Norte.Desde 1992, todos os estados daregião foram atingidos, exibindonúmero elevado e crescente de casose, na maioria deles, taxas deincidências também bastanteelevadas, principalmente no Ceará,onde atingiram valores superiores a300 por 100 mil habitantes, nos anosde 1993 e 1994.

Ainda em 1992, a Cólera atingiu oRio de Janeiro e o Espírito Santo naregião Sudeste, com baixasincidências. Nas demais regiões dopaís, só houve registro de casos ou

ticados eram referentes a indivíduosdo sexo masculino homo oubissexuais e a relação homem/mulher

era de 25:1; em 1997, essa relação foireduzida para 2,3:1, sendo de apenas24% a contribuição dos homo ebissexuais no total dos casosnotificados. Essa tendência vemocorrendo em todas as regiões doBrasil. O maior risco de adoecer paraas mulheres está entre 25 e 39 anosde idade, devido principalmente, àtransmissão heterossexual. Já atransmissão sangüínea vem apre-sentando importante declínio ao longodo tempo, devido aos esforçosdesenvolvidos no controle da qualidadedo sangue e hemoderivados. Assim,em 1984, cerca de 27% dos casosnotif icados pertenciam a essacategoria de exposição, percentualesse que foi reduzido para menos de2%, em 1997. A transmissão vertical

vem ganhando importância crescenteem virtude do aumento da incidênciaem mulheres em idade fértil.

O grupo etário mais atingido é ode 20 a 39 anos, correspondendo a,aproximadamente, 70% do total decasos acumulados até 1997. Temhavido, entretanto, um aumentoprogressivo da proporção depacientes mais jovens e tendência àestabil ização a part ir de 1991.Inicialmente, havia acentuadopredomínio de pacientes de maior graude escolaridade, tendência essa quevem se modificando. Nos dias atuais,apesar de ser uma doença maiscomum nas populações adultas dasregiões mais ricas do país, verifica-se um aumento de indivíduos com aidsque não completaram o segundo graude escolaridade ou mesmo semqualquer instrução.

Gráfico 2 - Taxa de incidência de Aids por sexo segundo ano de ocorrência.Brasil, 1985 - 1998.

Fonte: MS/SPS/CN/DST e Aids

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surtos esporádicos, concentrados nobiênio 1993/1994. Inicialmente, atingiuum único estado da região Sul(Paraná), e, posteriormente, todo oSudeste. A região Centro-Oestenotificou, no ano de 1991, apenas umcaso importado e, em 1994,apresentou um surto epidêmico noMato Grosso.

A letalidade da doença no Brasil(Gráfico 2) vem oscilando entre 1,6%,em 1991, e 1,1%, em 1998, sendo seuvalor mais elevado em 1996 (2,6%).Essas taxas apresentam grandevariabilidade entre os municípios,conseqüente à maior ou menorsensibilidade dos sistemas locais de

A Coqueluche, Tosse Ferina ouTosse Convulsa é uma doençarespiratória aguda que provoca umasérie de manifestações clínicascaracterísticas da Síndrome Coquelu-chóide. Os quadros clínicos, que têmcomo agentes as Bordetella pertus-sis e parapertussis, revestem-se degrande importância para a SaúdePública, porque essas bactérias têmum longo período de transmissibi-lidade, e a doença pode apresentar-se sob a forma epidêmica e acometer,mais freqüentemente, as crianças nosseus primeiros anos de vida. Suaocorrência é de especial significadoquando atinge lactentes, em particularos recém-nascidos, por se manifestarcom quadros clínicos graves, quepodem evoluir para óbito.

Devido à complexidade da coletade material para exames e àsdificuldades operacionais, os exameslaboratoriais não são realizados roti-neiramente para a confirmação doscasos suspeitos. Assim, nas notifica-ções estão incluídas tanto a coquelu-che quanto outras infecções que semanifestam de forma clínica seme-lhante. Desse modo, as informaçõesgeradas pelo sistema de notificaçãocompulsória prestam-se para aanálise da tendência temporal dadoença, mas são limitadas para aavaliação do impacto de programas devacinação, quando já se atingirambaixos patamares de incidência.

Antes de 1983, mais de 40 milcasos eram notificados por ano noBrasil. A incidência variou entre 34,9e 44,2 por 100 mil habitantes nosprimeiros três anos daquela década,após os quais houve uma reduçãoabrupta e progressiva, tendo essastaxas atingido os valores de 1,1, 1,3 e

Coqueluche

saúde em detectar os surtos e instituirpronto e adequado tratamento aoscasos.

Essa sétima pandemia, cujo agenteresponsável é o Vibrio cholerae,sorogrupo 01, biotipo El Tor, carac-teriza-se por apresentar quadrosclínicos benignos, grande freqüênciade infecções inaparentes e baixaletalidade, se comparada às epidemiasdo século passado produzidas peloVibrio cholerae, sorogrupo 01, biotipoclássico. O país não se encontra maisem situação epidêmica, todavia,continuam sendo notificados casos esurtos da doença, principalmente naregião Nordeste, o que significa que

as condições sanitárias de váriosmunicípios da área propiciam amanutenção da circulação do agenteetiológico e conseqüente endemizaçãoda doença.

Essa situação contribui para oaparecimento de surtos localizados ecasos isolados, o que exige uma vigi-lância ativa da doença e permanentemonitoramento ambiental, visando im-pedir a ocorrência de novas epidemiase, principalmente, de óbitos.

Gráfico 1 - Taxa de Incidência de Cólera segundo ano de ocorrência.Brasil e Regiões, 1991 - 1998.

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI

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Fonte: MS/FUNASA/CENEPI

Gráfico 2 - Número de Casos e Coeficiente de Letalidade de Cólera.Brasil, 1991 - 1998.

1 9 9 1 1 9 9 2 1 9 9 3 1 9 9 4 1 9 9 5 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 80

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Le ta lida de 1 ,6 1 ,2 1 ,1 1 ,1 1 ,9 2 ,6 1 ,6 1 ,1

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0,8 por 100 mil habitantes, res-pectivamente em 1996, 1997 e 1998.

Essa tendência de decréscimo foiobservada em todas as regiões. Astaxas de incidência nas regiões Sul,Norte e Centro-Oeste foram as maiselevadas na maioria dos anos da sériehistórica, tendo atingido na primeiradelas, em 1982, quase 100 por 100 milhabitantes. Nessa região, nos últimosanos, surtos de Coqueluche vêmocorrendo onde a cobertura vacinal éprecária. Menção especial deve serdada para os estados do Roraima,Acre e Amazonas, onde ocorreram astaxas mais altas de incidência doagravo, em 1997 (respectivamente

92,8, 22,7 e 20,2 p/100.000habitantes), diferenciando-se datendência do resto do país.

Coincidentemente, nesses estados,os serviços de vigilância epidemio-lógica sofriam uma desestruturaçãodos seus quadros técnicos e recursosbásicos para o trabalho e, naquele ano,poucos municípios haviam conseguidoatingir a meta de cobertura vacinal),

com a DPT, ou seja, de, pelo menos,90% de menores de um ano.

Em dezembro de 1996, foi de-tectado um surto dessa doença numacomunidade indígena Yaonomami,localizada entre os municípios de AltoAlegre e Mucajaí, no estado deRoraima, onde até aquela data oPrograma Nacional de Imunizaçãonão havia sido implantado. Esse surtoreporta para a necessidade de queseja revista a sistemática de vigilânciaepidemiológica nas populações indí-genas, como estratégia de controledesse agravo.

Nas regiões Nordeste e Sudeste,observa-se evolução semelhante,

porém os coeficientes de incidênciaforam mais baixos que os das demaisregiões, na maioria dos anos em estudo.

A tendência decrescente, resultan-te da instituição de imunização emmassa com a vacina tríplice bacteria-na (DPT), configura uma situação derelativo controle, embora não se possadesconhecer os problemas inerentesa subnotificações de casos.

A reemergência das infecçõespelos vírus do Dengue nas Américas,sob a forma de epidemias de DengueClássico, Febre Hemorrágica doDengue e Síndrome do Choque doDengue, coloca essa virose como umdos mais graves problemas de SaúdePública do continente. No Brasil, aprimeira epidemia ocorreu em 1982,

Dengueem Boa Vista, Roraima, comisolamento dos vírus Den 1 e Den 4,controlada através de medidasefetivas. Somente a partir de 1986, umprocesso de intensa circulação viralem grandes centros urbanos se iniciou,com epidemias explosivas, que foramse expandindo para todas as regiõesbrasileiras.

No período entre 1986 e 1990,esses eventos ficaram restritos aalguns estados das regiões Sudeste(Rio de Janeiro, São Paulo e MinasGerais) e Nordeste (Pernambuco,Alagoas, Ceará e Bahia). Inicialmen-te, foi identificado o vírus DEN-1 e,em 1990, o DEN-2 foi introduzido,passando ambos a circularem intensae simultaneamente no país.

Quando se analisa a tendência dadoença para o Brasil como um todo,excluindo o episódio de Boa Vista,dist ingue-se três grandes ondasepidêmicas (Gráfico 1, pág. 8). Aprimeira, na década de 80 (1986 e1987), quando as incidências atingiram35,2 e 65,1 por 100 mil habitantesrespectivamente, corresponde àsepidemias dos estados do Rio deJaneiro, Ceará e Alagoas, acrescidasde poucos casos ocorridos nos demaisestados referidos. As maiores taxasde incidência apresentaram-se no Riode Janeiro (491,1 e 276,4 por 100 milhabitantes) e no Ceará (375,4 e 75 por100 mil habitantes), nos anos de 1987e 1986, respectivamente. Após doisanos com baixos índices de notifica-ção, uma segunda onda foi registradano biênio 90/91, com maiores riscosnos estados do Ceará (249,1 por 100mil habitantes) em 1990, e Rio deJaneiro (613,8 por 100 mil habitantes)em 1991.

Nesse momento, o Brasil alcançouníveis epidêmicos semelhantes aosdescritos anteriormente. A partir de1994, essa tendência de elevaçãobienal modificou-se, em virtude darápida dispersão do vetor em grandeextensão territorial, o que propiciou acirculação viral em maior número deestados e municípios, expondo novaspopulações paulatinamente àsinfecções.

Essas condições alteraram opadrão anterior, encontrando-se aepidemia em franca ascensão nosúlt imos quatro anos do períodoestudado, com incremento de mais denove vezes, se for comparado o anode 1994 (36,8 por 100 mil habitantes)com 1998 (352,4 por 100 milhabitantes).

Nesse último ano, só não houveregistro de casos nos estados do Acree do Amapá, e em Santa Catarina eno Rio Grande do Sul foramregistrados apenas casos importados.Nos estados do Amazonas, Paraíba,Pernambuco, Sergipe e Espírito Santo,

Taxa de Incidência de Coqueluche segundo ano de ocorrência.Brasil e Regiões, 1980 - 1998.

Ano

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI

8 0 8 1 8 2 8 3 8 4 8 5 8 6 8 7 8 8 8 9 9 0 9 1 9 2 9 3 9 4 9 5 9 6 9 7 9 8

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as incidências estiveram na faixa de1.000,7 a 1.807,4 por 100 mil habitantes.

No Brasil, a doença apresenta umpadrão sazonal, com maior incidênciade casos nos primeiros cinco mesesdo ano, que correspondem ao períodomais quente e úmido, típico dos climastropicais.

Vale salientar que a magnitude daocorrência dessa doença está bastantesubestimada em virtude dos sinais esintomas do dengue se confundiremcom os de muitas doenças febris,exantemáticas ou não. Grande partedos indivíduos acometidos não buscamassistência médica por apresentaremformas oligossintomáticas, o quefavorece o subregistro bem maisacentuado que o de muitas outrasdoenças de notificação compulsória.

Em 1990 e 1991, os primeiros

casos de Dengue Hemorrágico noBrasil surgiram no estado do Rio deJaneiro, logo após a detecção dosorotipo DEN-2, tendo sido confirma-dos 462 casos, dos quais 8 evoluírampara o óbito. Em 1994, no Ceará, 25casos também foram confirmados,tendo alta letalidade (44%). A partirde 1995, mais de 334 casos de febrehemorrágica foram registrados,oriundos de diversos estados, sendo aletalidade média para o país, noperíodo compreendido entre 1990 a1998, de aproximadamente 5%.

Essa situação configura umacrescente gravidade da epidemia noBrasil, com grandes contigentespopulacionais apresentando ascondições imunológicas e epidemio-lógicas necessárias para o desenvol-vimento das formas graves da doença,

já que estão adquirindo anti-corposcontra dois sorotipos do vírus e sobrisco de novas infecções pelos DEN-3 e DEN-4, que já circulam nasAméricas.

Em 1980, apenas 12 municípiosestavam infestados pelo Aedesaegypti, enquanto, ao final de 1998,esse número foi de aproxima-damente, 2.910 (Gráfico 2). Essadispersão resultou da interação deinúmeros fatores, entre os quais sedestacam as precárias condiçõesambientais dos grandes centros ur-banos, a umidade e a temperaturabrasileiras, que favorecem a prolifera-ção dos mosquitos e a pouca efetivi-dade da estratégia de combate vetorialque vem sendo implementada.

É uma doença cujo agente, oCorynebacterium diphteriae, temcaracterísticas epidemiológicas parti-culares, em virtude da sua alta infec-ciosidade e baixa patogenicidade, que,aliadas ao fato de o homem ser seuúnico reservatório, favorecem aexistência de alta proporção deportadores e de infecções subclínicasnas populações. Sua história naturalvem sendo modificada devido àimunização em massa, ao adequadotratamento e à melhoria da qualidadede vida.

Mais de 4.600 casos de Difteriaforam notificados no Brasil em 1980,correspondendo a uma incidência de3,9 por 100 mil habitantes. Nessadécada, observou-se redução de suaincidência, inicialmente abrupta eposteriormente progressiva. A regiãoNordeste tem notificado o maiornúmero de casos da doença, em todaa série estudada. Ao lado da regiãoSul, o Nordeste apresentou as maiorestaxas de incidência até o ano de 1988,que variaram de 5,9 (1980) a 1,1 por100 mil habitantes (1988) na primeira,e 6,3 (1980) a 1,2 por 100 milhabitantes (1988) na segunda. A partirde 1992, essas taxas apresentaram-se inferiores a 0,2 por 100 milhabitantes, o que corresponde a umamédia de 189 casos anuais,significando uma diminuição de maisde 95% das notif icações. Essatendência foi registrada em todas asregiões brasileiras, conforme pode serobservado no Gráfico 1 (pág.9).

DifteriaGráfico 1 - Taxa de Incidência de Dengue segundo ano de ocorrência.Brasil e Regiões, 1985 - 1998.

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI

Ano

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Gráfico 2 - Número de Municípios infestados pelo Aedes aegypti .Brasil, 1980 - 1998.

Fonte: MS/FUNASA/CENEPIObs.: 1993, média de 1992 e 1994.

8 0 8 1 8 2 8 3 8 4 8 5 8 6 8 7 8 8 8 9 9 0 9 1 9 2 9 3 9 4 9 5 9 6 9 7 9 80

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Nº de Ca s os

No. de Municí pios 12 21 19 40 37 91 258 348 384 456 454 640 767 868 969 1.791 2.771 2.780 2.910

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Hoje, diferentemente do início doperíodo da série apresentada, asincidências são semelhantes (igual oumenor a 0,1 p/100.000 hab.) em todasas regiões, em função das campanhase da vacinação de rotina (Gráfico 2),que vêm sendo realizadas em todosos municípios brasileiros.

Apesar da queda acentuada, oBrasil está longe de atingir o controleque os países desenvolvidos têmalcançado. Enquanto nos EstadosUnidos notificam-se cerca de quatrocasos anuais, no Brasil esse número,entre 1993 e 1998, foi de cerca de 174,mais de 40 vezes superior ao daquelepaís. A população de maior risco deadoecer tem sido a de um a quatroanos, seguida pela menor de um ano.

Antes do advento da soroterapia edos antibióticos, a letalidade da difteriaatingia mais de 30%, e, hoje, mesmocom a pronta instituição de tratamentoadequado, se mantém em torno de 5 a10%, o que reforça a necessidade decontrole e vigilância ativa da doença.No Brasil, a letalidade tem sido muitovariada e em geral elevada. No períodode 1990 a 1997, a média dessa taxa foide 14,7%, sendo o valor mínimo de 7,5%(1991) e o máximo de 24,5% (1995).

Importantes epidemias de Difteriatêm ocorrido em outros países nadécada de 90. Em 1994, a FederaçãoRussa registrou mais de 39.000 casose 1.100 óbitos, e a Ucrânia quase3.000 casos. No Brasil, não se temobservado epidemias explosivas dessadoença, mas surtos localizados, depequena magnitude, têm sido detecta-dos, indicando falhas nas coberturasvacinais, pois a imunização comesquema completo, através da tríplicebacteriana (DPT), é a que atinge asmenores coberturas no país.

A Doença Meningocócica temampla distribuição, exigindo atençãoespecial dos orgãos responsáveis pelaSaúde Pública por poder se apresentarsob a forma de severas epidemias, queocorrem tanto em países desenvol-vidos como em desenvolvimento, oque evidencia as falhas no conheci-mento dos seus determinantes e dasmedidas de controle. Essas epidemiasgeralmente surgem em intervalos detempo irregulares e com magnitudesdiversas, dependendo dos sorogrupos

Doença Meningocócicaenvolvidos na transmissão, dificul-tando a tomada de decisão quanto àindicação de campanhas vacinais emmassa e a avaliação da efetividadedas medidas de controle adotadas.

No Brasil, a magnitude da incidên-cia da Doença Meningocócica ésubestimada tanto pela subnoti-ficação, como pelas dificuldades decoleta de material para se fazer odiagnóstico etiológico, ou mesmo emconseqüência do uso de antibióticoantes da coleta, o que propicia a inclu-

são de muitas dessas infecções nogrupo das meningites sem especifi-cação do agente. Assim, no Gráfico1 (pág. 10) observa-se que a curvade incidência das Meningites em gerale da Doença meningocócica, de umacerta forma, têm um mesmo delinea-mento, comportamento esse que suge-re ser essa última a que, possivel-mente, mais influencia a tendência dasmeningites como um todo, o quereforça sua importância enquantoproblema de Saúde Pública.

Conforme foi bastante divulgado,uma epidemia explosiva de DoençaMeningocócica ocorreu no início dadécada de 70 no Brasil, atingindo seupico máximo em 1974, quando a taxa

Gráfico 1 - Taxa de Incidência de Difteria segundo ano de ocorrência.Brasil e Regiões, 1980 - 1998.

Ano

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI

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Gráfico 2 - Taxa de Incidência de Difteria e Cobertura Vacinal com DPTem menores de 1 ano. Brasil, 1982 - 1998.

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI

8 2 8 3 8 4 8 5 8 6 8 7 8 8 8 9 9 0 9 1 9 2 9 3 9 4 9 5 9 6 9 7 9 80

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Tx. p /100.000 hab. 2,66 2,64 2,25 1,53 1,17 0,94 0,71 0,56 0,44 0,34 0,18 0,17 0,16 0,11 0,11 0,11 0,13

(%) Cobertura 56 60 68 67 58 58 58 56 66 78 71 75 74 83 75 79 94

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de incidência alcançou 179,4 por 100mil habitantes. Inicialmente, houve umpredomínio do meningococo sorogrupoA, que em seguida foi sucedido pelosorogrupo C. Contudo, gradativa-mente, ao longo da década de 80, osorogrupo B passou a ser o maisfreqüente em várias regiões do país.

As taxas de incidência da doençaentre 1980 e 1986 para o país comoum todo foram relativamente baixas(em torno de 1 por 100 mil habitantes),registrando-se a part ir daí umcrescimento, que atingiu o maior valorem 1996 (4,5 por 100 mil habitantes)(Gráfico 2). A partir de 1987, foramregistrados aumentos na suafreqüência em vários estados isolados,tendo, em 1989, o Amapá e Sergipealcançado 14,8 e 10,5 por 100 milhabitantes, respectivamente. No

período de 1993/1997, ocorreu no paísuma outra elevação na incidência dessadoença, inclusive mais acentuada quea anterior, com taxas próximas a 4 por100 mil habitantes. Nessa década, asregiões de maiores incidências forama Sul e a Sudeste, particularmente osestados de Santa Catarina, EspíritoSanto, Rio de Janeiro, Paraná e SãoPaulo, que apresentaram coeficientesde 11,0; 10,8; 9,4; 7,0; 6,4 por 100 milhabitantes respectivamente, emdiferentes anos. Em outras regiões,Amazonas, Sergipe, Goiás e DistritoFederal também apresentaram, emalguns anos, incidência superior àmédia nacional.

Em geral, as variações observadasna incidência da doença meningocó-cica correspondem a surtos localiza-dos, sempre com magnitude bastante

inferior a da epidemia dos anos 70, e,na maioria das vezes, associados aosorogrupo B. Em algumas áreasbastante delimitadas, predominaramos sorogrupos A e C, levando àrealização de campanhas massivas devacinação contra esses sorogrupos.

Essas ações, possivelmente, vêmcontribuindo para a contenção deepidemias explosivas, já que o soro-grupo B geralmente não exibe essacaracterística. A vacina disponívelcontra o último sorogrupo não tem sidoutilizada com muita freqüência, emvirtude das controvérsias relativas asua efetividade nos grupos etários nosquais a doença é mais incidente.

A Febre Amarela é uma gravevirose endêmica nas regiões tropicaisdas Américas e da África. No pas-sado, constituía-se em um dos maisimportantes problemas de SaúdePública pela sua elevada incidência eletalidade, acometendo populações deimportantes centros urbanos.

No Brasil, campanhas sanitáriasforam desenvolvidas desde o início doséculo XX. Os últimos casos de FebreAmarela Urbana foram notificadosem 1942, no Acre. Em 1955, foierradicado pela primeira vez seuprincipal mosquito transmissor urbano,o Aedes aegypti. O ciclo silvestredessa virose só foi reconhecido em1932, durante uma epidemia no Valedo Canaã, no Espírito Santo. Embora,atualmente, esse ciclo seja o único quese mantém em atividade no país, areintrodução e dispersão do Aedesaegypti em grande extensão doterritório nacional colocam apossibilidade de reurbanização dadoença.

A Febre Amarela silvestre ocorrenas regiões Norte, Centro-Oeste, naárea pré-amazônica do Maranhão,registrando-se também casos esporá-dicos no Sudeste, em Minas Gerais(veja mapa pág. 11). A região Norteé onde mais constantemente elaocorre, com todas as suas unidadesfederadas notif icando casos. NoMaranhão, só ocorriam casosesporádicos, entretanto, em 1993 e1994, esse estado registrou o maiorsurto epidêmico do país das últimas

Febre AmarelaAno

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI

Gráfico 1 - Taxa de Incidência de Meningites e Doença Meningocócica segundoano de ocorrência. Brasil, 1980 - 1998.

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Fonte: MS/FUNASA/CENEPI

Gráfico 2 - Taxa de Incidência de Doença Meningocócica segundoano de ocorrência. Brasil, 1980 - 1998.

8 0 8 1 8 2 8 3 8 4 8 5 8 6 8 7 8 8 8 9 9 0 9 1 9 2 9 3 9 4 9 5 9 6 9 7 9 8

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décadas, com um total de 87 casos.O Maranhão sozinho colocou a regiãoNordeste na segunda posição emnúmero de notificações no rankingbrasileiro.

Já o Centro-Oeste apresentoumaior número de casos nos trêsprimeiros anos da década de 80, em1987 e 1992, variando de 10 a 19registros anuais, provenientes dosestados de Goiás, Mato Grosso do Sule Mato Grosso. A região Sul é a únicaindene no território nacional.

No período compreendido entre1980 e 1998, foram notificados 376casos em todo o país, dos quais 216evoluíram para óbito, sendo muitovariável o número anual de registros,decorrente da apresentação dadoença sob a forma de surtos comintervalos de mais ou menos 5 a 7 anos(Gráfico 1). Sua letalidade média nopaís é de 57,4%, a qual tem variadoatravés do tempo (Gráfico 2, pág. 12),chegando a alcançar 100% em algunsanos, nos estados do Acre, Amapá eRondônia. As mais baixas letalidadesforam registradas no Maranhão(18,2%) e Minas Gerais (32,4%), em

anos epidêmicos, quando foi realizadaampla investigação epidemiológica,com busca ativa de casos, o quepossibilitou o diagnóstico de indivíduoscom formas mais brandas da doença.

A Febre Amarela acomete mais o

sexo masculino, numa relação de 3homens para 1 mulher, em virtude damaior exposição dos indivíduos dessesexo, devido a atividades profissionaisl igadas à invasão de ambientessilvestres. A faixa etária mais atingida

Ano

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI

Gráfico 1 - Número de casos de Febre Amarela segundo ano deocorrência. Brasil e Regiões, 1980 - 1998.

8 0 8 1 8 2 8 3 8 4 8 5 8 6 8 7 8 8 8 9 9 0 9 1 9 2 9 3 9 4 9 5 9 6 9 7 9 8

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Distribuição dos Municípios com Febre Amarela Silvestre. Brasil, 1980 - 1998.

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.

1 caso

2 a 19 casos

20 a 39 casos

40 a 60 casos

Casos de Febre Amarela Silvestre

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é de maiores de 15 anos, principal-mente aquela que corresponde àpopulação economicamente ativa.

O controle da Febre Amarelasilvestre é feito através da vacinaçãosistemática das populações sob risco,que inclui os indivíduos residentes nasáreas enzoóticas e epizoóticas, ouaqueles que se dirigem para essasáreas em viagem de turismo ou detrabalho. A atual situação de intensadispersão e elevada densidade doAedes aegypti em grande parte doscentros urbanos brasileiros vemimpondo a vacinação em massa desuas populações, particularmente nosestados das áreas epizoóticas eenzoóticas, bem como o efetivocombate ao vetor, visando aeliminação da circulação do vírus doDengue e a reurbanização da FebreAmarela.

Febre TifóideA Febre Tifóide é uma doença

bacteriana aguda cujos veículos detransmissão são água ou alimentoscontaminados pela Salmonela tiphy.Sua ocorrência está associada àsdeficiências de saneamento quefavorecem más condições de higienepessoal e ambiental, estando sua dis-tribuição estreitamente relacionada aodesenvolvimento sócio-econômico decada área, refletindo as desigualdadesestruturais da sociedade brasileira.Nos países desenvolvidos, essas infec-ções praticamente deixaram de existire a sua mortalidade aproxima-se de zero.

No Brasil, a doença continuaocorrendo de forma endêmica, comsurtos epidêmicos esporádicos e taxasde incidência relativamente reduzidas,quando comparadas a outros proble-mas de saúde relacionados ao sanea-mento ambiental, a exemplo das Diarréiasinfantis agudas ou mesmo da Cólera.

A análise da evolução temporal dadoença, no período de 1980 a 1990,mostra que existe uma discreta ten-dência à queda de suas taxas de inci-dência. No período, os maiores picosforam registrados nos anos de 1980 e1984, quando as taxas de incidênciasalcançaram 4,0 e 3,6 por 100 milhabitantes, respectivamente. Entre 1990e 1995 houve uma certa tendência deestabilização dos valores dessas taxas

que se reduziram nos últimos 3 anos doperíodo de estudo (Gráfico 1).

Variações acentuadas na freqüên-cia da doença são observadas quandose acompanha a sua evolução nas re-giões brasileiras, tendo sempre a Nortee a Nordeste registrado as maiorestaxas de incidência. Na última, o riscode adoecer foi bem mais elevado quena primeira, durante toda a década de80 até o ano de 1992, quando asituação se inverteu. No biênio 1984/85, estão registradas suas maioresincidências no Nordeste (9,9 e 9,5 por100 mil habitantes, respectivamente),

que correspondem a quase três vezesas médias do Brasil, nos mesmosanos. Nessa década, os estados deAlagoas, Sergipe e Bahia foram os quemais contribuíram para esse quadro.A partir de então, verifica-se umatendência à redução da doença naregião, embora suas taxas mante-nham-se sempre acima das médiasbrasileiras. As deficiências de sanea-mento ambiental aliadas às caracterís-ticas climáticas da região, onde a faltade água é muito freqüente, mesmo emmunicípios com sistemas de abaste-cimento implantados, devido àintermitência do seu aporte, são fato-res que vêm favorecendo a maiorendemicidade e mesmo a ocorrênciade surtos localizados na área.

A Região Norte tem comporta-

Gráfico 2 - Número de casos e Taxa de Letalidade de Febre Amarela segundo anode ocorrência. Brasil, 1980 - 1998.

Ano

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI

8 0 8 1 8 2 8 3 8 4 8 5 8 6 8 7 8 8 8 9 9 0 9 1 9 2 9 3 9 4 9 5 9 6 9 7 9 8

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Gráfico 1 - Taxa de Incidência de Febre Tifóide segundo ano de ocorrência.Brasil e Regiões, 1980 - 1998.

Ano

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI

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BRASIL NORTE NORDESTE SUDESTE SUL CENTRO-OESTE

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mento distinto. Na década de 80, asincidências que estiveram em umprimeiro momento (1984 a 1986) emníveis baixos, tornaram-se maiselevadas que as médias do Brasil,embora com valores inferiores aos doNordeste, até os dois primeiros anosda década de 90, conforme já referido.Na maioria dos estados, a doença é debaixa endemicidade, apresentando, emalguns anos, surtos epidêmicos, que serefletem na curva de evoluçãotemporal. Assim, as elevações dastaxas observadas nos anos de 1995 e1996 correspondem provavelmenteaos surtos delimitados, ocorridos emmunicípios do estado do Acre.

Nos dois pr imeiros anos dadécada de 80, as taxas de incidênciada Febre Tifóide na Região Sultambém foram bastante elevadas,ultrapassando inclusive as da regiãoNorte e as médias do Brasil, paraem seguida registrar nítida ten-dência a declínio, com algumasoscilações.

Já na região Centro-Oeste, essastaxas foram sempre inferiores asdas demais, sendo 1980 o ano noqual foi registrado o maior valor(0,75 por 100 mil habitantes) desseindicador.

Quanto à mortalidade (Gráfico 2),pode-se afirmar que, de modo geral,no Brasil, a sua tendência no decor-rer dos anos tem sido de redução, emvirtude da diminuição da sua incidên-cia e da eficácia da terapêuticaantimicrobiana.

Destaca-se, aqui, que, na análiseda ocorrência da Febre Tifóide, nãopode deixar de ser considerado o fatode que seu subregistro e subnotifica-ção são muito freqüentes, particular-mente onde o sistema de atenção àsaúde é mais deficiente e as condiçõesde vida favorecem a ocorrência dasdoenças de veiculação hídrica, o quecoloca algumas restrições relativas àrepresentatividade e fidedignidade dosdados disponíveis.

Além disso, como essa doençacostuma apresentar-se sob a forma desurtos, quando da interpretação desua tendência temporal a partir dedados com um maior nível deagregação, como o país, região ouestado, elevações ou reduções nascurvas nem sempre signif icamalterações dos níveis de endemi-cidade.

Dentre as doenças que o Brasiltem acordo internacional firmado,visando a priorização de intervenções,encontra-se a Hanseníase, cujocompromisso é o de sua eliminaçãoenquanto problema de SaúdePública, o que significa reduzir seucoeficiente de prevalência amenos de 1 caso para cada 10 milhabitantes, até o ano 2.000. Nocenário internacional, entre os 25países mais endêmicos do mundo, oBrasil ocupa o primeiro lugar emrelação aos coeficientes de detecçãode casos novos, o segundo lugar emnúmeros absolutos, estando a Índia emprimeiro lugar.

A estratégia adotada pelo Brasilpara atingir aquela meta fundamen-tou-se, a partir de 1985, na ampliaçãoda rede de diagnóstico e atenção aopaciente de Hanseníase, mediante adescentralização das atividades paraa rede de atenção básica à saúde e adivulgação dos sinais e sintomas dadoença para a população geral,visando aumentar os coeficientes dedetectação dos casos novos e,conseqüentemente, reduzir as fontesde infecção de Mycobacteriumleprae e curar os doentes, através dotratamento específico.

Essa estratégia revelou grandeparte da endemia oculta, expressando-se na elevação do número absoluto decasos e dos coeficientes de detecção,o que pode ser observado ao longo dasérie histórica apresentada no Gráfico

Hanseníase1 (pág. 14), que mostra a tendênciade crescimento progressivo dadoença, de 1,2, em 1980, para 2,4 por10 mil habitantes, em 1998. Essaelevação tanto foi em função daampliação de cobertura das ações doPrograma de Eliminação da Hanse-níase, como também pelo crescimentoreal de incidência. Essa afirmação éevidenciada pelo indicador de detec-ção de casos novos na faixa etáriaabaixo de 15 anos (Gráfico 2, pag.14), pelo significativo aumento datransmissão ativa da doençaintradomiciliar, que está se dando maisprecocemente. Esse indicador, que erade 0,37/10.000 habitantes em 1985,cresceu em 84% (0,72/10.000 hab.)em 1997, crescimento esse maisacentuado nas regiões Norte,Nordeste e Centro-Oeste.

No período de 1980 a 1998, foramdetectados 515.793 casos novos deHanseníase no Brasil, dos quais 30,7%procedentes da região Sudeste,seguida pelo Nordeste (26,3 %),Norte (19,6%), Centro-Oeste (16,8%)e Sul (6,6%). Em relação aos coefici-entes de detecção para todas as faixasetárias, o incremento para o país foide 95%, quando se compara o ano de1980 (1,24 por 10 mil habitantes) com1998 (2,4 por 10 mil habitantes). Essecrescimento foimuito diferenciadoentre as regiões sendo de 385% naNordeste, 34,2% na Norte, 62,8% naCentro-Oeste, 26,6% na Sudeste e6,8% na Sul.

Gráfico 2 - Taxa de Mortalidade de Febre Tifóide segundo ano de ocorrência.Brasil e Regiões, 1980 - 1996.

Ano

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI

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A tendência de crescimento dahanseníase no Nordeste foi duasvezes maior que a do Brasil, destacan-do-se, nessa região, o estado daParaíba, onde essa tendência foi cercade cinco vezes superior à do país. NoNorte, o estado de Rondônia (11/10.000 hab.) tem os coeficientes dedetecção da ordem de 28%, o que temsido atribuído a atividades mais inten-sas das ações de controle. No Acre,também se observou fenômenosemelhante, ainda mais expressivo(62%), o que pode ter sido não só emfunção das atividades de esterilizaçãodas fontes de infecção, como tambémpor esgotamento de susceptíveis.

Entre 1987 e 1998, fatores como aqualificação de recursos humanos,aumento da cobertura de serviços desaúde que desenvolvem atividadesespecíficas de controle de hanseníasee a introdução de um novo esquematerapêutico com três drogas (Poliqui-mioterapia/OMS), aliados às campa-nhas educativas e de divulgação,contribuíram substancialmente para oincremento do diagnóstico precoce, oque pode ser constatado na reduçãoimportante, da ordem de 56%, nasincapacidades físicas avaliadas nomomento do diagnóstico. Estima-seque 29.540 novos casos deincapacidade severa foram preveni-dos nesse período.

Após a intensificação das ativida-des do programa (1985) e do acordointernacional (1991), um grandeavanço vem sendo registrado nocontrole dessa endemia, o que pode,em parte, ser observado na sua preva-lência, que é o parâmetro internacionalde eliminação. Esse indicador, que erade 16,4, em 1985, foi reduzido para5,43 por 10.000 habitantes, em 1997,com perspectiva de chegar a 2,75 por10.000 habitantes no ano 2000,segundo algumas projeções realizadas(Gráfico 3).

Em que pese todo esse esforço, oBrasil não atingirá a meta proposta,tendo em vista que com as taxas dedetecção de casos novos registradasnos últimos anos, estima-se que, noano 2000, esse indicador estarápróximo a 3,0 por 10.000 habitantes,o que significa que ultrapassará ematé 3 vezes, a prevalência definidapara se considerar essa doençaeliminada, enquanto problema deSaúde Pública.

Gráfico 2 - Coeficiente de Detecção de Hanseníase em menores de 15 anos.Brasil, 1985 - 1997.

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI, SES, IBGE

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C oeficiente de detecção/10.000 hab.

D etecção 0,37 0,36 0,13 0,58 0,61 0,64 0,55 0,63 0,6 0,59 0,63 0,68 0,72

efeito da campanha de detecçãode casos realizada junto com a

de multi-vacinação

Gráfico 3 - Coeficientes de prevalência de Hanseníase.Brasil, 1985 - 2000.

* Coeficientes estimados.Fonte: MS/FUNASA/CENEPI, SES, IBGE

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C oef. P reval./10.000 hab.

Co e fi c i e n te 1 6 ,4 1 7 ,1 1 7 1 8 1 8 ,1 1 8 ,5 1 7 ,1 1 5 ,4 1 3 1 0 ,5 8 ,8 6 ,7 5 ,4 4 ,3 3 ,5 2 ,7

Gráfico 1 - Taxa de Detecção de Hanseníase segundo ano deocorrência. Brasil e Regiões, 1980 - 1998.

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI

Ano8 0 8 1 8 2 8 3 8 4 8 5 8 6 8 7 8 8 8 9 9 0 9 1 9 2 9 3 9 4 9 5 9 6 9 7 9 8

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A Leishmaniose TegumentarAmericana (LTA), zoonose que sedistribui amplamente no continenteamer icano, é considerada pelaOrganização Mundial da Saúdecomo uma das seis mais importantesdoenças infecciosas, pela sua altaincidência e potencial capacidade deproduzi r deformações. Essazoonose, que, in ic ia lmente, sóafetava o homem por acidente,quando ele invadia os ecótoposnaturais dos reservatórios silvestresdurante as derrubadas das matas,passou a sofrer um processo deendemização em áreas decolonização antiga, como resultadoda adaptação do parasito a cães,eqüinos e roedores, que ganharamimportante papel como reservatóriosdas Leishmanias.

No Brasil, essa doença apresen-ta-se em franco crescimento, tantoem magnitude, como em expansãogeográfica, observando-se a coexis-tência de um duplo perfil epidemio-lógico, expresso pela manutenção decasos oriundos dos focos antigos oude áreas próximas a eles e peloaparecimento de surtos epidêmicosassociados a fatores como oacelerado processo de expansão dasfronteiras agrícolas, a implantaçãode áreas de garimpos, a construçãode estradas, entre outros.

Na análise da evolução temporalda LTA para o Brasil (Gráfico),verifica-se que os valores das taxasde inc idência têm osci lado nodecorrer do período, mas é nítida asua tendência a crescimento,confirmada após essa variabilidadeter sido suavizada por um procedi-mento estat ís t ico de tendênciatemporal. Destaca-se, também,nessa evolução, o fato de que acurva eleva-se consideravelmenteno ano de 1985, como resultado daimplantação de um programa espe-cial de controle das Leishmanioses,por força da constante identificaçãode novos focos que vinham ocorren-do desde a década de 70, em áreasanteriormente consideradas indenes,sugestivo de que a doença estavaem franca expansão geográfica.

Em vários estados passou a serinstituído um sistema mais regular decoleta de dados, que se refletiu noquant i ta t ivo das not i f icações.Porém, no biênio 1987/88, as maio-

Leishmaniose Tegumentar Americana

res freqüências dessa década foramregistradas (19,1 e 18,0 por 100 milhabitantes, respectivamente) e, nosanos de 1994/95, elas alcançamcerca de 23 por 100 mil habitantes.

A região Norte sempre contribuiucom os maiores números de notifica-ções (cerca de 36,7% do total decasos not i f icados no per íodoestudado), bem como as taxas deincidência mais elevadas. A taxamédia de incidência no período foide 75,4 por 100 mil habitantes, cincovezes superior a média do país (13,9por 100 mil habitantes). Esssa regiãopraticamente determina o desenhoda tendência da doença no territórionacional, visto que os anos de picocitados, quando da descrição da suaevolução no Brasil, também corres-pondem aos que se destacam naregião. As populações residentesnos estados de Rondônia, Amapá eAmazonas estão sob maior risco deadoecer e as taxas de incidênciaalcançam, na maioria das vezes,valores superiores a 100 por 100 milhabitantes, sendo inclusive, emalgumas unidades federadas, maisde dez vezes super ior à médianacional.

Embora os valores das taxas deincidência das regiões Nordeste eCentro-Oeste sejam bastanteinfer iores aos da região Norte,ambas as curvas de tendência têmum delineamento semelhante. Naprimeira, os anos de maior picocorrespondem a 1987 (28,5 por 100

mil habitantes), 1994 e 1995 (32,5 e30,9 por 100 mi l habi tantes,respectivamente). No Nordeste, foiregist rado o maior número denotif icações (38,5% dos casos),todavia seu risco médio (18,4 por100 mil habitantes) no períodoestudado corresponde, apenas, a 1,3vezes ao da média nacional. Nessaregião, destacaram-se os estados doCeará, Maranhão e Bahia. NoCentro-Oeste, as maiores taxas, nadécada de 80, são verificadas nosanos de 1987 e 1988, com valoresde 32,9 e 44,1 por 100 mi lhabitantes, respectivamente, e nadécada de 90, nos anos de 1995(52,0 por 100 mil habitantes) e 1996(45,1 por 100 mil habitantes). NoMato Grosso, a doença apresentouum crescimento contínuo desde1983, com sua incidência atingindo,em 1988, quase 180 por 100 milhabitantes, ultrapassando, em 1995a 1997, o valor de 160 por 100 milhabitantes, provavelmente levando oestado a determinar a formaassumida pela curva de tendência daregião.

A Sul e Sudeste apresentaramfreqüências bem menores que asregiões anteriores, tendo, ambas, noperíodo correspondente a 1980 -1997, taxas de incidências médiasem torno de 3,1 por 100 mi lhabitantes. O estado do EspíritoSanto apresentou incidência médiade 14,8 por 100 mil habitantes,quase cinco vezes superior a da sua

Taxa de Incidência de Leishmaniose Tegumentar Americana segundo ano deocorrência. Brasil, 1980 - 1998.

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Fonte: MS/FUNASA/CENEPI

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região. Em Minas Gerais, esseindicador começou a se elevar nofinal da década de 80, passando de3,0 por 100 mil habitantes, em 1986,para 9,3, em 1989. Seus valores maisal tos ocorreram no pr imeiroquinqüênio dos anos 90, quando aincidência média alcançou 13,2 por100 mil habitantes. É importantesalientar que os estados de SantaCatar ina e Rio Grande do Sulregistraram apenas casos esporá-dicos, importados. Em 1996,suspeitou-se da ocorrência de umcaso autóctone em Santa Catarina,entretanto a sua investigação não foiconclusiva.

A região Centro-Oeste é asegunda de maior risco (média de27,7 por 100 mil habitantes), quaseduas vezes a média nacional, emboratenha contribuído com apenas 12,9%das notificações do Brasil.

Cabe salientar que a análise einterpretação da tendência temporalda LTA, ut i l izando-se dadosagregados por estados e regiõespode não refletir o real comporta-mento da doença no Brasil , emvirtude do seu caráter focal e dagrande extensão terr i tor ia lbrasileira. As variações expressasna evolução das curvas e diferençasna magnitude das incidências intrae entre as regiões correspondem aosprocessos históricos de ocupação doespaço em cada uma delas, os quaistambém contribuem na determi-nação da doença.

O conhecimento dos fenômenosenvolvidos nesses processos sópodem ser identificados quando seanalisa, com mais profundidade,informações desagregadas por nívellocal. De um modo geral, pode-sedizer que, nas regiões Norte eCentro-Oeste, particularmente nopólo noroeste, representado pelosestados de Rondônia e Mato Grosso,e a Amazônia Oriental, acrescida doPará e Maranhão, as f rentesagrícolas e gar impeiras maisrecentes seriam as responsáveispelo crescimento da doença.

Já nos estados do Nordeste,representados pelo Ceará e Bahia,o mesmo processo não vemocorrendo de modo tão intenso.Entretanto, registram-se novos focosem áreas agrícolas, como tambémem outras próximas à periferia decentros urbanos, em virtude dodesenvolvimento de pólos industriaise turísticos.

Leishmaniose VisceralA Leishmaniose Visceral, também

conhecida como Calazar, é umaprotozoose sistêmica e grave, cujaletalidade pode atingir cerca de 10%,quando não se institui tratamentoadequado. Considerada, até bemrecentemente, como uma endemiafocal de áreas rurais e pobres, comunsno Nordeste brasileiro, sua distri-buição geográfica vem se modifi-cando consideravelmente desdemeados dos anos 80, quando se obser-vou claramente sua expansão paraoutras regiões rurais indenes e para aperiferia de alguns centros urbanos.

Cerca de 19 (70,4%) dos 27estados da federação, distribuídos emquatro das cinco regiões, já registramcasos autóctones de calazar (35.202casos acumulados de 1980 a 1998),permanecendo indene apenas o Sul dopaís.

Na região Nordeste, onde adoença já se apresentava, há muitosanos, sob a forma endêmica, concen-tram-se mais de 90% das notificações(33.078 casos) no período estudado,com registro de casos em todas assuas unidades federadas. As inci-dências anuais são bastante irregu-lares, observando-se, nos anos de1994 (7,2 por 100 mil habitantes) e1995 (7,8 por 100 mil habitantes), oregistro das suas maiores taxas. Orisco de adoecer nas diversas unida-des federadas, também exibe grandes

variações. Tomando, como exemplo,o estado do Piauí, que, em geral,apresenta as maiores taxas de inci-dência do país, nota-se que, no períodocompreendido entre 1981 e 1985, elasatingem valores próximos a 18 por 100mil habitantes, reduzindo-se nos anossubseqüentes e voltando a se elevarem 1993 e 1994, quando alcança 26,2e 28,9 por 100 mil habitantes,respectivamente. Os estados deSergipe e Bahia também apresenta-ram incidências elevadas no períodode 1994 a 1996.

Na Região Norte, até 1988, sóhavia registro da doença no estado doPará. Em 1989, foram diagnosticadosos primeiros casos em Roraima, queforam seguidos por expressivo surtona capital do estado, com a incidênciaalcançando níveis próximos a 27,9 por100 mil habitantes. A partir de então,essa região também passa a influen-ciar a tendência nacional do período.

Na região Centro-Oeste, as taxasde incidência situam-se abaixo de 1por 100 mil habitantes, com casosprovenientes apenas dos estados deGoiás e Mato Grosso do Sul, esseúltimo registrando sempre as maiorestaxas. O Mato Grosso notif icousomente um caso importado em 1988e cinco autóctones no ano de 1998,enquanto o Distrito Federal é áreaindene.

Gráfico 1 - Taxa de Incidência de Leishmaniose Visceral segundo ano deocorrência. Brasil e Regiões, 1980 - 1998.

Ano

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI

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Até meados do século XX, amalária era uma doença de elevadaendemicidade em extensas áreas detodos os continentes. Essa situaçãotem sofrido modificações significa-tivas em virtude do desenvolvimentosocial e econômico de muitos países,bem como de ações de controle eerradicação que vêm sendo desenvol-vidas.

No Brasil, as atividades de com-bate a essa doença vem sendoimplementadas desde 1923. Nadécada de 70, para efeito de definiçãode prioridades e das estratégias decontrole, o território brasileiro foi clas-sificado em quatro estratos (veja

A grande variabil idade nasnotificações da Leishmaniose Visceralpode ser observada nos Gráficos 1(pág. 16) e 2, refletida tanto nasestimativas de letalidade, como nastaxas de incidência. A partir de 1982,o incremento do número de casosnotificados corresponde ao período deimplantação do Programa Especial deControle da doença.

Observa-se que, de modo geral,quanto maior é o número de casosnotif icados, menor é a taxa deletalidade, evidenciando que muitoscasos não foram conhecidos pelosistema de notificação.

As epidemias ocorridas emimportantes centros urbanos da região

Norte (Boa Vista e Santarém),Nordeste (Teresina, São Luís, Natal,Aracaju), Sudeste (Montes Claros eBelo Horizonte) e Centro-Oeste(Cuiabá) são evidências de como oprocesso migratório do campo para aperiferia das grandes cidadesinfluenciou na mudança do perfilepidemiológico da doença.

No processo de urbanização, ondeos migrantes foram marginalizados naperiferia das cidades, em áreas semcondições de moradia adequada, apresença dos f lébotomos e acirculação de cães infectados,oriundos das áreas endêmicas,propiciaram a adaptação das Leish-manias ao novo nicho ecológico.

Maláriamapa, pág.18). O estrato de alto riscocorresponde a 132 municípios daAmazônia Legal, onde três espéciesparasitárias estão presentes e o P.falciparum é muito freqüente. Omodelo de desenvolvimento da região,com predomínio das atividadeseconômicas extrativistas, demandan-do a expansão das fronteiras agríco-las e a construção de estradas, deter-minou a formação de pólos de atraçãode grandes correntes migratórias,modificando o processo de ocupaçãodo espaço. Esse processo, aliado àscondições climáticas, geográficas ehabitacionais da área, propícias àocorrência da enfermidade, dificultou

as atividades de controle químico aotransmissor e favoreceu a intensifi-cação da sua transmissão. A área demédio risco, também circunscrita amunicípios da Amazônia Legal,apresenta densidade vetorial maisbaixa e melhores condições sociaisdas populações. No estrato de baixorisco, constituído pelas regiõesSudeste, Sul e parte da Centro-Oestee Nordeste, o potencial malarígenopersiste em virtude da presença devetor, todavia, a transmissão já foiinterrompida. As áreas onde ascondições geográficas e ecológicasdif icultam a transmissão sãoconsideradas áreas não endêmicas.Essa classificação foi feita conside-rando-se os fatores envolvidos natransmissão e os diferentes perfísepidemiológicos, sendo utilizada atéhoje.

Os plasmódios encontrados noBrasil são o P. vivax, o P. falciparume o P. malariae. Esse último não temimportância epidemiológica, por serraramente encontrado. Os outros doissão os responsáveis pela quase tota-lidade dos casos, havendo, inclusive,registros de formas mistas.

Diferentemente de outras doençasde notif icação compulsória, oacompanhamento da malária érealizado, na maioria das áreas ondea mesma ocorre, por meio dodiagnóstico (hemoscópico e imuno-testes) de pessoas suspeitas deestarem infectadas. Assim, nasúltimas quatro décadas observou-seimportantes variações na freqüênciade positividade de lâminas examinadaspara detecção da infecção.

Nos anos 60, com o incremento dasações da Campanha de Erradicaçãoda Malária (CEM), que, dentre outrasatividades, ampliou a cobertura deexames parasitológicos, ocorreu umdecréscimo real da proporção delâminas positivas no final do período,de 12,2 para 2,8%. Essa campanhalogrou interromper gradativamente atransmissão da doença nas regiõesNordeste, Sudeste, Sul e parte daCentro-Oeste. Entretanto, na área daAmazônia Legal, o impacto das açõesnão se evidenciou, observando-se umcrescimento do índice de positividadedas lâminas examinadas, que foi seacentuando nos anos 80, no decorrerda década atual, mantendo-se empatamares próximos aos da anterior.Vale referir que, nos últimos 25 anos,

Fonte: MS/FUNASA/DEOPE

Gráfico 2 - Número de Casos e Taxa de Letalidade de Leishmaniose Visceralsegundo ano de ocorrência. Brasil, 1980 - 1997.

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Casos 164 359 1.120 1.124 2.115 2.585 1.794 1.035 816 1.869 1.944 1.510 1.870 2.281 3.426 3.885 3.255 2.572

Letalidade 28,4 15 6,9 9,5 7 4 6 7,5 8 6,2 6,3 6,5 5,4 6,1 3,9 4,1 3,9 3,6

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naquela área. O crescimento dapositividade das lâminas no país, entre1970 e 1989, foi de onze vezes (52.469e 577.520 lâminas positivas, respec-tivamente), podendo-se afirmar,inclusive, que esse aumento nãodecorreu apenas pela ampliação donúmero de lâminas examinadas, masestá indiretamente evidenciando oagravamento da situação da maláriano país.

Ao lado da preocupação com ovolume de casos da doença, soma-seo fato de que grande proporçãocorresponde à malária causada porcepas de P. falciparum (veja tabela),espécie parasitária produtora dasformas clínicas mais graves, muitasdas quais vêm desenvolvendoresistência a diversas substâncias doarsenal terapêutico disponível.

Essa situação se refletiu nas taxasde mortalidade da doença, conformepode ser observado no gráficoreferente à evolução desse indicadorna Amazônia Legal, onde, na décadade oitenta, ocorreu uma significativaelevação de seus valores (de 4,1 em1980, para 7,1 por 100 mil habitantes,em 1989), que vêm se reduzindo nosúltimos anos, atingindo 0,7 por 100 milhabitantes em 1997, em função dasintetização e utilização de novas epotentes drogas antimaláricas.Entretanto, os esquemas alternativosque vêm sendo empregados paratratamento das formas da doençaproduzidas pelas cepas resistentes deplasmódios são de alto custo,consumindo parcelas significativasdos recursos financeiros do Programade Controle.

a quase totalidade dos registros delâminas positivas (atualmente mais de99%) são oriundos da Amazônia

Legal e os poucos casos diagnos-ticados em outros locais, em geral,referem-se a infecções adquiridas

196019611962196319641965196619671968196919701971197219731974197519761977197819791980198119821983198419851986198719881989199019911992199319941995199619971998

326.352230.205513.767863.525

1.241.2421.665.9971.677.5721.709.9301.732.1571.854.8572.012.4501.991.3812.267.3732.305.2782.248.0602.582.9952.563.9122.602.8582.784.8422.623.0762.795.5272.787.4222.672.9042.881.6603.277.4923.452.9433.363.9623.070.5403.373.2833.368.7503.295.5273.027.9872.813.3422.533.6802.688.2852.546.7082.113.1961.919.3482.089.176

12,216,013,312,78,86,26,45,64,42,82,63,93,63,32,93,43,43,94,25,96,17,18,3

10,311,511,613,216,616,617,117,017,920,419,120,722,221,021,122,6

39.72936.91268.371

109.779109.507103.516106.89094.92476.41952.40052.46976.75282.42176.11264.32088.63086.437

101.081117.267154.215169.871197.149221.939297.687378.257399.462443.627508.864559.535577.520560.396541.927572.993483.367555.135564.570444.049405.049471.892

-4.578

22.16437.11241.04545.57556.76451.48840.89427.61126.24842.72148.30539.07727.81439.05833.50438.62347.02056.10068.08075.71696.877

143.832202.230210.076240.664266.148282.786271.268248.207214.988239.600172.884193.572199.595128.41895.439

102.718

-12,432,433,837,544,053,154,253,552,750,055,758,651,343,244,138,838,240,136,440,138,443,748,353,552,654,252,350,547,044,339,741,835,834,935,428,923,621,8

-32.28545.68371.86067.71357.10049.25742.78334.91324.26525.72233.35933.53536.53836.02449.02052.42661.74069.38596.76799.442

119.368122.934150.169171.836186.643199.857238.403271.784301.841308.184323.175329.472306.780356.478360.367311.208305.491364.435

-47

519709692727622435384376348582521445391514470690838

1.3272.3362.0632.1223.6724.1842.7383.0974.3104.9644.4063.9843.6563.7403.4814.9303.8432.8503.0423.226

-25

9857

1142472182281481519060529138372824211326

14759315

21108181222155765

1.5731.077

1.512

AnoExaminadas Positivas ILP% Falciparum IFA% Vivax F + V Malariae

Amostras de Sangue Espécies Parasitárias

Registro de Lâminas Positivas para Malária. Brasil, 1960 - 1998.

Fonte: CEM(Campanha de Erradicação da Malária), período 1960-1970; SUCAM (Superintendência de Campanha de Saúde Pública),período 1971-1989; FUNASA (Fundação Nacional de Saúde), período 1990-1997.Obs.: ILP% - Índice de Lâmina Positiva IFA% - Índice de Falciparum - Anual F + V - Falciparum + Vivax

80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97

0

1

2

3

4

5

6

7

8

Por 1

00.0

00 h

ab.

BRASIL

Taxa de Mortalidade de Malária segundo ano de ocorrênciaAmazônia Legal - Brasil, 1980 - 1997.

Ano

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI

Classificação das áreas de risco paraMalária, Brasil, 1998

Fonte: MS/FUNASA/GT-MaláriaÁrea não endêmica

AltoBaixoMédio

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 19

Antes do século XX, a Peste erauma epidemia de incidência eletal idade bastante elevadas,constituindo-se em um grandeproblema de Saúde Pública. Com oconhecimento do ciclo epidemiológicoda doença e conseqüente adoção dasmedidas de higiene e saneamentoambiental, aliadas ao advento dosquimioterápicos e antibióticos, essadoença passou a se apresentar combaixa endemicidade, ou apenas sob aforma de casos esporádicos, em áreasrestritas a três continentes, muitoraramente sob a forma epidêmica.

Sua apresentação epidemiológicaatual é decorrente da manutenção defocos enzóoticos limitados e do fatodo homem só adquirir a infecção pelaYersínia pestis quando invade osecótopos de roedores silvestres, ouquando esses buscam alimentos nosdomicílios ou em locais onde estejamacondicionados.

Não obstante a considerávelredução de sua magnitude, essadoença guarda um grande potencialepidêmico, em virtude da sua formaclínica pneumônica ser de elevadatransmissibilidade respiratória, o quejustifica a sua manutenção entre asdoenças incluídas no RegulamentoSanitário Internacional, como denotificação obrigatória. Uma evidên-cia concreta desse risco potencial foia grave epidemia ocorrida na Índia,em 1993, com grande incidência decasos pneumônicos, o que colocou asautoridades sanitárias internacionaisem alerta.

O Brasil confirmou 788 casos noperíodo compreendido entre 1980 e1998, com registro de cinco óbitos, dosquais dois em 1984 e três em 1986.Cerca de 99% (782) dos casos foramprocedentes do Nordeste e apenasseis do Sudeste, diagnosticados noestado de Minas Gerais, sendo quatrodeles em 1983 e dois em 1984.

Vem se observando nítida tendên-cia de redução da doença, particular-mente como resultado do seu controleno Ceará, estado que, até 1984,contribuía com o maior número denotificações no país. Vale destacarque, em 1982, ocorreu uma significa-tiva epidemia com 151 casos, dos

Pestequais 128 provenientes daquele esta-do. Após de 1986, essa unidade fede-rada manteve-se indene durante seteanos consecutivos, quando foramconfirmados casos únicos nos anos de1994, 1996 e 1997. Distintamente, aBahia mantém essa endemia focalcom registro de casos em quase todosos anos da série estudada (exceto1981), com variações de 4, em 1996,a 38, em 1985.

As regiões pestígenas ativas noBrasil estão restritas a algumasSerras e Chapadas dos estados doNordeste, exceto Sergipe e Mara-nhão, e do Sudeste, abrangendoapenas Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Mesmo considerando que essesfocos continuarão circunscritos,justifica-se mantê-los sob vigilância,ainda que seja relativamente pequenoo número de casos humanos, visandoà adoção de medidas oportunas decontrole, sempre que houver indíciosde aumento de risco para a coletivi-dade.

A prevenção da doença é feitaatravés da orientação sistemática àpopulação das áreas que têm focosativos, identificação precoce de sinaisde circulação do bacilo da peste e dopronto diagnóstico dos casos huma-nos. As ações preconizadas devemabranger tratamento dos casos supei-tos ou confirmados, quimioprofilaxiados comunicantes, aplicação deinseticidas para eliminação de pulgasvetoras no ambiente doméstico edesratização. Os carnívoros domés-ticos e silvestres são adotados comoanimais sentinelas da peste, porqueparecem ser indicadores mais sensí-veis do que os roedores, para aevidenciação da circulação daYersínia pestis.

Regiões pestígenas ativas no Brasil.

AM

Belém

M T

Ma naus

RR

Boa Vista

AC

PA

TO

M A

PIPE

SE

G O

M G

RJ

ES

M S

SP

PR

SC

RS

Rio Bra nc o Porto Ve lho

Ma c a pá

Sã o Luis

Teresina

Forta leza

Na ta l

Joã o Pessoa

Rec ife

Ma c e ió

Ara c a jú

Sa lva d or

Be lo Horizonte Vitó ria

Go iâ nia

C uia b á

Pa lm a s

Rio d e Ja neiroSã o Pau lo

C uritib a

Flo ria nóp o lis

Porto Aleg re

DF

RO

PB

AL

C E

13

7

12

11

109

14

8

1

3

2

4

6

5

BA

C a m po G ra nd e

AP

RN

01 - Serra da Ibiapaba02 - Serra de Baturité03 - Chapada do Araripe04 - Chapada do Apodi05 - Serra do Triunfo06 - Chapada da Borborema/Agreste07 - Planalto Oriental da Bahia08 - Serra do Formoso09 - Piemont da Diamantina10 - Chapada Diamantina11 - Planalto da Conquista12 - Foco do Vale do Jequitinhonha13 - Foco do Vale do Rio Doce14 - Serra dos Órgãos

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI

Distribuição dos casos de PesteHumana por Unidade Federada.

Brasil, 1980 - 1998.

CE396

BA323 PB

54

PE8

MG6

RN1

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI

20 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

PoliomieliteOs avanços proporcionados pelo

desenvolvimento da vacina Sabin(anti-pólio oral/APO) e a suautilização em estratégias de vacinaçãoem massa modificaram radicalmentea história natural da transmissão dopoliovírus selvagem. O impactoepidemiológico observado naincidência da doença, com ainstituição em 1980 dos dias nacionaisde vacinação, cujo propósito inicial eraseu controle, estimulou a elaboraçãodo ambicioso Programa deErradicação do PolivírusSelvagem das Américas, em 1986,que resultou no alcance dessa metaem 1994.

No Brasil, a letalidade médiadessa doença, no período 1979-1989,era em torno de 12 %, variando de4,6%, em 1985, a 28,6%, em 1989. Emtermos absolutos, o número de óbitos,

que, na década de setenta, erasuperior a 300, reduziu-se para 10, em1989. Antes de 1980, o número decasos anuais de poliomielite era emmédia 2.330, tendo se reduzido, em1983, para apenas 45. Entretanto, em1984, houve uma elevação, comregistro de 130 casos (Gráfico 1),observando-se a ocorrência da doençaem quase todos os estados brasileiros,indicando que a circulação viral semantinha. Nos três anos seguintesocorreu uma epidemia, de maiormagnitude nos estados do Nordeste,com pico máximo em 1986, quandoforam notificados 612 casos, dos quais76,6% procedentes daquela região(Gráfico 2).

Nesse período, procedeu-se a umarevisão nos critérios diagnósticos decasos com o propósito de ampliar asensibilidade, detecção e correção dasprincipais falhas do sistema de noti-ficação. Foram também definidas eimplantadas novas bases técnicas devigilância e imunização, visando o

controle da situação. Os resultados deum estudo epidemiológico da epide-mia, realizado nas áreas de maiorincidência, indicaram que ela haviasido produzida pelo poliovírus 3 e quea quantidade de partículas viraisatenuadas desse componente navacina Sabin era insuficiente paracompetir com a circulação desse vírusselvagem. Um reforço do componenteP3 foi então acrescido à composiçãooriginal da vacina e, além disso,instituída uma terceira etapa devacinação, restrita aos estados nor-destinos. As evidências de que opoliovírus vacinal atenuado competiacom o poliovírus selvagem no meioambiente foram fundamentais paraorientar a adoção de ações especiaisde bloqueio além das campanhas demassa e vacinação casa a casa, emáreas com baixas coberturas decampanha.

O desenvolvimento sistemático detodas essas atividades planejadas parao Programa de Erradicação doPolivírus Selvagem das Américasresultou na eliminação desse agenteem 1990, a partir de quando nenhumcaso de poliomielite foi registrado. Oúltimo diagnóstico de poliomielite noBrasil foi em março de 1989, nomunicípio de Sousa, Paraíba. Em1994, foi promulgada a Certificaçãode Erradicação do PoliovírusSelvagem nas Américas,considerada a maior vitória da SaúdePública da década de noventa, nomundo, que estimulou os paísesmembros da OPAS a estabelecermetas de erradicação ou eliminaçãopara outras doenças imunopreve-níveis, a exemplo do sarampo e otétano-neonatal.

A circulação do poliovírusselvagem em outros continentes impõeque se persista com o desenvolvi-mento de estratégias de prevençãopara impedir a sua reintrodução nasáreas livres, de modo que se mantémas campanhas nacionais devacinação, com o objetivo depromover imunidade individual e degrupo, e a manutenção da circulaçãodos vírus vacinais no meio ambiente.A vigilância epidemiológica ativa dasParalisias Flácidas Agudas (PFA) éfundamental, como evento sentinelapara o diagnóstico precoce depossíveis casos importados eautóctones e conseqüente desen-volvimento de ações preventivas. AOrganização Mundial da Saúde e seuspaíses membros dos outroscontinentes também estão desen-volvendo esforços no sentido dealcançar a meta de erradicação, emâmbito mundial.

Gráfico 1 - Número de Casos de Poliomielite e Cobertura Vacinal das 1 a e 2a

Campanhas Nacionais segundo ano de ocorrência. Brasil e Regiões, 1968 - 1998.

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI

6 8 6 9 7 1 7 3 7 5 7 7 7 9 8 1 8 3 8 5 8 7 8 9 9 1 9 3 9 5 9 7 9 80

1

2

3

4

N º d e C a s os (x 1 .0 0 0 )

0

2 0

4 0

6 0

8 0

1 0 0C o be rtu ra V a c in a l (% )

Nº de Casos 1ª Campanha 2ª Campanha

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI

Gráfico 2 - Número de Casos de Poliomielite segundo ano de ocorrência.Macrorregiões, 1980 - 1998.

80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 980

100

200

300

400

500

600

Nº de Casos

NORTE NORDESTE SUDESTE SUL CENTRO-OESTE

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 21

A Raiva Humana é uma zoonose queapresenta dois ciclos de transmissão: ourbano, cujos principais animaisenvolvidos são cães e gatos; e osilvestre, que tem como principalreservatório o morcego. Apesar de seruma doença de pequena magnitude,todos os esforços para eliminação dociclo urbano e para o controle datransmissão do vírus de animaissilvestres para o homem são feitos, porse tratar de uma doença 100% letal. Adistribuição geográfica dessa virose éuniversal, mas nos países desenvolvidoshá apenas a circulação no ciclo sil-vestre.

No Brasil, a doença ocorre de formaendêmica, com nítida tendência àredução da taxa de incidência, emdecorrência da instituição da vigilânciaepidemiológica e da vacinação emmassa e de rotina de cães e gatos.Pode-se observar, no gráfico, que, entre1980 e 1986, ocorreu uma significativaqueda nos níveis de suas taxas deincidência, seguida de discreta elevaçãoem 1987 e entre 1989 a 1991, quandofoi iniciado novo período de redução.

Na região Sul, o ciclo urbano do vírusfoi eliminado desde 1982, havendoregistro de um único caso em 1987,transmitido por morcego hematófago.No Nordeste, concentram-se cerca de54,4% dos casos notificados no períodoem estudo. Nessa região, as incidênciasforam decrescentes no período de 1980a 1989, quando voltaram a crescer atéo ano de 1992.

O Sudeste é a segunda região quemais contribui com o número de casosdo país (18,1%), embora apresentebaixas incidências se comparadas comas outras três regiões onde há registroda doença. O estado do Rio de Janeironão registra casos desde 1986.

A região Norte participa com 16,8%das notificações e, na maioria dos anosda década de 80, as taxas de incidênciaforam mais elevadas que as médias dopaís (0,40 por 100 mil habitantes,

em

1980, a 0,11 por 100 mil habitantes, em

1987), embora com tendência a declínio.Os estados que têm notificado com maisregularidade são Pará e Rondônia. EmRoraima, não há registro de casos.Embora a região Centro-Oeste participecom apenas 10,4% do total de casos do

Raiva Humanapaís, suas incidências podem serconsideradas relativamente elevadas, setomadas como parâmetro as taxas doSudeste. O Distrito Federal é indene eo estado de Goiás é o que mais contribuicom notificações nessa região.

Os casos de Raiva Humana noBrasil, na sua maioria, ocorrem de mododisperso, entretanto 14 municípiosconcentram mais de 60% desses casos(Mapa). Um outro aspecto que cabe serdestacado no que diz respeito a essa

doença é a ocorrência da modificaçãode sua cadeia de transmissão, com ocrescimento da participação dostransmissores silvestres. Importantessurtos dessa doença têm sido registradosenvolvendo agressão de grande númerode pessoas por esses hematófagos, emcurto período de tempo, destacando-seos ocorridos em municípios dos estadosda Bahia e Minas Gerais, entre 1990 a1994. Fazem-se necessárias campanhaseducativas que visem orientar aspopulações quanto à necessidade daatenção médica imediata, após aagressão por esses animais, para apronta instituição do esquema adequadode vacinação e soroterapia. Nesse

Visão espacial dos municípios responsáveis por 60% dos casos deRaiva Humana. Brasil, 1992 - 1997.

Taxa de Incidência de Raiva Humana segundo ano de ocorrência.Brasil e Regiões, 1980 - 1998.

Ano

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI

8 0 8 1 8 2 8 3 8 4 8 5 8 6 8 7 8 8 8 9 9 0 9 1 9 2 9 3 9 4 9 5 9 6 9 7 9 8

0

0 ,1

0 ,2

0 ,3

0 ,4

Por 1

00.0

00 h

ab.

B R ASIL N OR TE N ORD ESTE SU D ESTE SU L C EN TR O-OESTE

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI

01 Anápolis 02 Tutóia 03 Fortaleza 04 Recife 05 Salvador 06 Januária 07 Cariacica 08 Várzea Grande 09 Jaru 10 Ji-Paraná 11 Presidente M edici 12 Rio Branco 13 Anori 14 Paraúapebas

02

03

04

06

05

07

08

09 10

11

12

13

14

22 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

sentido, a gerência Técnica de Vigilânciae Controle dos Fatores Biológicos doCENEPI implantou, a partir de 1995, umsistema de monitoramento das agres-sões ao homem por animais transmis-sores do vírus da Raiva.

Centenas de milhares dessesacidentes por cães e gatos ocorremanualmente. Chama a atenção o registrode agressões com a participação domorcego, que foi da ordem de 679, em1995, e alcançou 2.666, em 1998. Taiseventos são oriundos de áreas ondeestão ocorrendo alterações estruturaisno ambiente, a exemplo das queimadas,desmatamentos e minerações, quefavorecem o contato do homem com osmorcegos, seja por migração dessesanimais para o ambiente humano, sejaporque o homem invade os seusecótopos naturais.

SarampoO Sarampo é uma virose que até

1992 apresentava-se, no Brasil, sob aforma endêmica, com ciclosepidêmicos a cada dois ou três anos,atingindo, principalmente, criançasmenores de 4 anos e, em particular,as menores de 1 ano de idade. Trata-se de uma doença grave, mesmo paracrianças eutróficas, por ser a viroseaguda da infância que podedeterminar maior perda de proteínas.Os lactentes desnutridos pagam osmaiores tributos a essa importanteenfermidade, pela sua capacidade dealterar a imunidade celular nosportadores de desnutrição protéico-calórica. Quando o vírus é introduzidoem populações não imunizadas, suacirculação é intensa e rápida, razãopela qual o seu controle exigecoberturas vacinais elevadas,contínuas e homogêneas.

O subregistro e a subnotificaçãodessa doença foram agravados pelasdiferenças observadas nos critérios denotificação em alguns estados, aexemplo de São Paulo, o maispopuloso do país, que só notificava aoMinistério da Saúde os casoshospitalizados. Segundo algumasestimativas o número de notificaçõesno Brasil não ultrapassa vinte porcento dos casos. Assim, os dadosdisponíveis sobre a sua ocorrência nãoretratam a sua magnitude, emborapermitam refletir a evolução temporal.

A part ir de 1973, com aimplantação do Programa Nacional deImunização - PNI, o emprego devacinas contra o Sarampo tornou-semais sistemático, entretanto a doençacontinuou ocorrendo com umafreqüência bastante alta, em virtudede coberturas vacinais não satisfa-tórias. Na década de 80, intensifi-caram-se os esforços para vacinar osmenores de 5 anos, tanto através decampanhas em estados e municípios,quanto através da vacinação de rotinanos serviços de saúde. Todavia, demodo global, as taxas de incidênciada doença não se reduziramsignificativamente. Assim, observa-seque, entre 1980 a 1991, o padrão deocorrência da doença, caracterizadopor elevações e quedas bruscas deincidência, é aparentemente mantidoem todas as regiões, variando apenasquanto aos anos epidêmicos. Após ocontrole dessa oscilação, peloprocedimento estatístico das médiasmóveis integradas auto regressivas,verifica-se que existiu um período dediscreto declínio das taxas deincidência, que, no entanto, pode serconsiderado pouco expressivo para omontante de recursos investidos peloPNI, naquele período.

Nas epidemias dos anos 80, astaxas de incidência da região Sulforam as mais elevadas do país, sendoo maior pico em 1980 e 1981, quandoalcançaram 188,7 e 105,0 por 100 milhabitantes, respectivamente. Regis-tram-se, ainda, grandes elevações nosanos de 1983 e 1984 (77,5 e 101,2 por100 mil habitantes) e 1986 e 1987(112,1 e 96,9 por 100 mil habitantes).

Todos os estados da região foramatingidos, principalmente, o Paraná eo Rio Grande do Sul.

Em 1986, na região Centro-Oeste,ocorreu um pico epidêmico com taxade incidência de 116, 3 por 100 milhabitantes, mas a maior magnitude foialcançada em 1990 (146, 2 por 100mil habitantes), quando o estado deGoiás e o Distrito Federal apresen-taram taxas de incidência superioresa 200 por 100 mil habitantes. NoNordeste, as maiores freqüênciasforam registradas nos anos de 1985(116,4 por 100 mil habitantes) e 1986(117,3 por 100 mil habitantes), desta-cando-se os estados do Rio Grandedo Norte, Paraíba, Alagoas, Sergipee Bahia. Na Região Norte, a maiorepidemia do período foi em 1984(101,2 por 100 mil habitantes), sendoas maiores incidências registradas nosestados de Rondônia, Acre, Amazo-nas e Amapá. Ainda em 1986, na re-gião Sudeste, essa doença tambémocorreu com grande magnitude (77,8por 100 mil habitantes), e aspopulações de Minas Gerais e doEspírito Santo foram as que apresen-taram os maiores riscos de adoecer.

Nessa mesma década, em algumasunidades federadas (São Paulo, em1987; Paraná, em 1988; e Bahia, em1989), foram realizadas grandescampanhas de vacinação, cujoimpacto se refletiu na redução dastaxas de incidência em suaspopulações, nos anos subseqüentes.

Já no período de 1992 a 1996, odeclínio de ocorrência da doença foibrusco, refletindo o impacto do Planode Eliminação do Sarampo instituído

Taxa de Incidência de Sarampo segundo ano de ocorrência.Brasil e Regiões, 1980 - 1998.

Ano

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI

8 0 8 1 8 2 8 3 8 4 8 5 8 6 8 7 8 8 8 9 9 0 9 1 9 2 9 3 9 4 9 5 9 6 9 7 9 8

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em 1992, centrado na manutenção decoberturas vacinais homogêneas,próximas a 100%, em todo o territórionacional, e na vigilância ativa dadoença. O ponto de partida foi umacampanha vacinal em massa, quealcançou cobertura média para o paísde 96%. O impacto dessa estratégiapode ser observado no traçado dográfico (pag. 22), que apresenta umadrástica redução (81,7%) dos níveisde incidência dos casos notificados deSarampo, quando comparados ao anoanterior. Apesar da significativaimunidade de grupo atingida na faixaetária de 9 meses a 14 anos, ascoberturas da campanha e das açõesde imunização desenvolvidas nos anossubseqüentes não conseguiramhomogeneidade para todos os grupospopulacionais, o que vem comprome-tendo o alcance da meta deeliminação. Desse modo, a queda daincidência da doença após acampanha de 1992 foi contínua até1996, mas, em 1997, expressivossurtos de Sarampo voltaram aacontecer no país, principalmente emSão Paulo, capital, com exportação decasos, inicialmente, para os estadosdo Ceará e Bahia e, posteriormente,para todas as regiões.

A ocorrência dessa epidemia sedeveu ao acúmulo de suscetíveis, jáque as coberturas vacinais dos últimosanos não vinham alcançando a meta

estabelecida, nem a homogeneidaderequerida. O maior risco de adoecerfoi de crianças menores de 1 ano deidade, em virtude da vacina contra oSarampo só ser administrada a partirdos nove meses de vida, quando osanticorpos maternos já não conferemproteção. Em seguida, os indivíduosde 20 a 29 anos foram os maisatingidos e se constituíram, também,no grupo de maior risco. Esse perfilretrata a significativa imunidade dogrupo de 1 a 19 anos, que correspondeà população que foi alvo dasestratégias de imunização nos anosanteriores.

Nessa epidemia, apesar das taxasde incidência não terem atingido ospatamares anteriores, essa situaçãocoloca sob risco todos os esforços jáempenhados para a el iminação/erradicação da doença. Em 1998, oGoverno Brasileiro adotou aestratégia de erradicação do Sarampo,junto com outros países membros daOrganização Panamericana de Saúde(OPAS). Em decorrência, tem sidointensificada a vacinação de rotina narede de serviços de saúde, realizadasnovas campanhas de vacinação emmassa, escalonadas em vários estadosda federação, além da vigilânciaepidemiológica ativa estar sendoreforçada, o que já se reflete na quedade incidência observada em 1998.

Tétano AcidentalDoença grave, de distribuição

universal, cuja ocorrência encontra-se associada a áreas com baixascoberturas vacinais e deficienteestrutura de serviços de saúde, ondeas populações possuem precáriascondições de vida e desconhecemformas de proteção à saúde. Suaincidência pode ser considerada comoum indicador sensível do grau dedesenvolvimento de uma população,já que se dispõe de instrumentos deprevenção de baixo custo e efetivi-dade comprovada, mesmo quandoutilizados após a introdução do agenteetiológico, o Clostridium tetani, noorganismo humano.

No Brasil, (Gráfico 1) o TétanoAcidental apresentou, no período de1982 a 1998, uma tendência contínuaà redução, tanto do número de casos

notificados, que passou de 2.226 para661, quanto de sua taxa de incidência,que era de 1,8 por 100 mil habitantes,em 1982, e caiu para 0,4 por 100 milhabitantes, em 1998, o que corres-ponde a uma redução percentual emtorno de 75%.

Na região Sudeste, os níveis dastaxas de incidência são bem menoresque os valores médios do país, desdeo início do período, apresentandomagnitude que só foi alcançada pelasoutras regiões nos anos 90. As outrasquatro regiões mostravam taxas deincidências semelhantes, sempresuperiores a 2 por 100 mil habitantesno início do período da série histórica.No Norte e Centro-Oeste, a tendênciade decréscimo só se revelou maisregular a partir de 1990, emborafossem as áreas que menos contri-buíram com número de casos, (3.535e 2.733, respectivamente) ao longo dos17 anos deste estudo, correspondendoa 11% e 8,4% do total de registros dopaís.A região Nordeste é responsávelpor quase 40% das notif icações(12.593 casos), mas a tendência deredução. das suas taxas de incidênciaé mais regular que as das duasanteriores. As discretas elevaçõesobservadas em 1993 e 1996 podem serimputadas a problemas operacionaisdo sistema de informações.

A letalidade da doença ainda émuito elevada (Gráfico 2, pág. 24),sendo em média 33%, no períodocompreendido entre 1982 e 1997;enquanto nos países desenvolvidossitua-se na faixa de 10 a 17%. É

Gráfico 1 - Taxa de Incidência de Tétano Acidental segundo ano de ocorrência.Brasil e Regiões, 1982 - 1998.

Ano

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI

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importante salientar que essas taxassão menores nos jovens e vãoaumentando com a idade.

Nos Estados Unidos, são regis-trados, em média, 50 casos por anode Tétano Acidental, enquanto noBrasil, nos três últimos anos da série,essa média foi de 886 notificações, oque representa um valor em tornode 18 vezes superior ao daquele

país. Embora não se ignore atendência de declínio da doença noBrasil , o quadro apresentadoevidencia que permanece anecessidade de se instituir medidasmais efetivas de vigilância e controle,visando reduzir as seqüelas e evitar aocorrência de óbitos, em especial nafaixa de 20 a 49 anos de idade, períodomais produtivo da vida humana.

Trata-se de uma doençaextremamente grave, por apresentarelevada letal idade e produzirprofundas seqüelas em muitos casos,mesmo em locais onde existemcentros especializados e equipados

Tétano Neonatalpara prestar assistência médico-hospitalar em Unidades de TerapiaIntensiva. Essas característ icasimpõem que sejam envidados esforçosgovernamentais e da sociedade, nosentido de evitar a sua ocorrência,

visto se dispor de um efetivoinstrumento de prevenção, de baixocusto, que pode atingir grandescoberturas, na medida em que aspopulações sob risco sejamdevidamente informadas sobre anecessidade de vacinar todas asmulheres em idade fértil.

Os países desenvolvidos pratica-mente já se encontram livres dessaenfermidade, em conseqüência damelhoria das condições de vida, doconhecimento que suas populaçõesdispõem acerca da importância douso dos imunobiológicos para aprevenção de várias doenças, in-clusive do Tétano Neonatal (TNN), edo atendimento pré-natal e ao partopara a prevenção de problemas desaúde para a gestante e concepto.Distintamente, nos países em de-senvolvimento, apesar do TétanoNeonatal vir apresentando redução dasua freqüência, ainda se constitui, emmuitas áreas, um grave problema deSaúde Pública.

Com o objetivo de modificar essasituação, a Organização Mundial deSaúde, em 1989, aprovou umaresolução instituindo um planoestratégico para eliminar o TNN, atéo ano de 1995. A estratégia adotadaconseguiu reduzir em muito aincidência da doença, entretanto ameta estabelecida ainda não foialcançada em muitos países, inclusiveno Brasil, onde o Plano de Ação paraEliminação do TNN só foi implantadoem 1992, tendo centrado as suasatividades na imunização das mulheresem idade fértil e gestantes, com otoxóide tetânico, no treinamento dasparteiras leigas e no fortalecimento doSistema de Vigilância Epidemiológica.Também foi realizado um mapeamentodas áreas de risco, baseado naocorrência de casos da doença emcada município, visando a suapriorização, para a implantação dasatividades do Plano.

Uma evidente tendência aodecréscimo do TNN vem sendoobservada no Brasil. Em 1982, foramnotif icados 584 casos o quecorrespondeu a uma taxa de inci-dência de 0,15 por mil menores de umano. Esses valores, no ano de 1991,passaram, respectivamente, para 272e 0,08 por 1.000 menores de um ano,o que significou uma redução em tornode 45% na taxa de incidência. Entre1992, quando se deu a implantação doPlano de Eliminação, e 1998, o número

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI

Gráfico 2 - Taxa de Letalidade e Número de Casos de Tétano Acidental segundoano de ocorrência. Brasil, 1982 - 1997.

8 2 8 3 8 4 8 5 8 6 8 7 8 8 8 9 9 0 9 1 9 2 9 3 9 4 9 5 9 6 9 70

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C asos 2.226 2.150 2.198 2.036 2.078 1.852 1.852 1.720 1.547 1.441 1.312 1.282 1.047 978 1.010 897

Letalidade 32 31,8 32,9 32,1 32,6 33,1 32,6 32,5 29,8 32,5 33,6 31,2 37,9 37,7 33,9 33,5

Gráfico 1 - Número de Casos e Taxa de Letalidade de Tétano Neonatal segundoano de ocorrência. Brasil, 1992-1998.

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI

1 9 9 2 1 9 9 3 1 9 9 4 1 9 9 5 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 80

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Ca s os 2 3 3 2 1 4 1 6 9 1 3 2 9 3 1 0 3 7 5

Le ta lida de 5 2 ,7 5 7 ,9 6 5 ,7 7 7 ,3 6 0 ,2 5 7 ,3 5 6

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TuberculoseA Tuberculose é uma doença

severa, de distribuição universal,que até meados do século XXconstituía-se em uma das principaiscausas de óbito no mundo. Com amelhoria das condições de vida nospaíses desenvolvidos e a instituiçãodo t ra tamento qu imioteráp ico,houve uma redução da suamorbidade e, principalmente, da

mortalidade. Até a década de 80,tinha-se a expectativa da elimi-nação dessa enfermidade, jáconsiderada sob controle relativonos países desenvolvidos; contudo,o cresc imento mundia l da suainc idênc ia levou, em 1993, aOrganização Mundial da Saúde-OMS declarar essa doença emestado de urgência, alertando para

a necessidade de maiores esforçosno seu combate. A OMS assinalaque, em 1997, um terço dapopulação mundia l es tar ia in -fec tada pe lo Mycobacter iumtuberculosis.

O recrudescimento da Tuber-cu lose tem s ido a t r ibu ído aoaumento do número de casos nospaíses menos desenvolvidos, emvirtude do empobrecimento de suaspopulações e def ic iênc ias dosprogramas de contro le e à suaassociação com a Aids. Estes doisfatores têm também favorecido oaumento do número de cepasresistentes à terapêutica.

O número estimado de casosdessa doença, por ano, para oBrasil é de cerca de 129 mil, poréma rede de serviços de saúde notificaapenas 80 a 90 mil casos. Logo, aanálise das informações deve serfe i ta com caute la , já que aqual idade dos dados, mais quemudanças epidemiológicas, poderãoexplicar as variações observadas.As taxas médias de inc idênciaobtidas a partir das notificações dosistema de informações variaramentre 71,3 (1981) e 49,3 (1994) por100 mil habitantes, no períodoestudado. Observa-se que a curvade tendência temporal regist rapequeno dec l ín io no per íodocompreendido entre 1983 e 1990.As menores incidências verificadasnos anos de 1993 e 1994, pro-vave lmente , cor respondem aoperíodo em que o estado do Rio deJaneiro (o segundo com maiornúmero de casos no país) nãoenviou notificações ao Ministérioda Saúde. Excluídos esses anos daanálise, verif ica-se que há umatendência à estabilização da curvana década de 90.

As maiores taxas de incidênciasna década de 80 estavam con-cent radas na reg ião Nor te ,mostrando-se mais elevadas nospr imei ros anos do per íodo(super iores a 90 por 100 mi lhab i tantes) , tendendo ao de-créscimo nos anos subseqüentes ealcançando, nos anos de 1995, 1996e 1997, níveis próximos a 60 por100 mil habitantes, o que significouuma redução em torno de 40%. Asegunda região com maior risco deadoecer foi a Nordeste, com taxas

de notificações decresceu de 233 para67 casos, ou seja, houve um declínioem torno de 70%, sendo a taxa deincidência neste último ano de 0,02 por1.000 menores de 1 ano. Entretanto, aletalidade média, nesse mesmo período,foi superior a 61% (Gráfico 1, pag. 24).

As regiões com maiores taxas deincidência têm sido a Norte, Nordestee Centro-Oeste. Na primeira, obser-vou-se sempre os maiores riscos deadoecer (Gráfico 2), mas é noNordeste que se encontra o maiornúmero de casos, correspondente aaproximadamente 50% das 1.282notificações do país, entre 1991 e1998, sendo a Bahia, Ceará e Alagoasos estados que mais contribuíram. NoCentro-Oeste, o Distrito Federalencontra-se indene, enquanto o MatoGrosso do Sul destaca-se porapresentar maior número de casos. Naregião Sudeste, o número denotificações variou de 45 em 1995, a4 em 1998, Minas Gerais apresenta-

se como a Unidade Federada queexige maior atenção, por concentrarmais de 60% das notificações dessaregião. No Sul, desde o início doperíodo apontado no Gráfico 2, onúmero de registros de TétanoNeonatal é relativamente pequeno (79casos de 1991 a 1998), quando compa-rado às outras regiões do país;entretanto, em alguns anos, a taxa deincidência da região mostra-se discre-tamente superior à da região Sudeste.

Esforços estratégicos específicos,direcionados para a vigilância epide-miológica, capacitação de parteirasleigas, incremento dos serviços de pré-natal e ampliação de coberturas devacinação para mulheres em idadefértil, limitados aos municípios de ondeprovêm os casos, poderão produzir umgrande impacto epidemiológico, quecontribuirá para o alcance da meta deeliminação da doença. Essa estratégiajá vem sendo implementada e serápriorizada nos próximos dois anos.

Gráfico 2 - Taxa de Incidência de Tétano Neonatal segundo ano deocorrência. Brasil e Regiões, 1991 - 1998.

Ano

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI

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acima de 70 por 100 mil habitantes,no primeiro quinqüênio dos anos 80.Essas taxas vão se reduzindo até oano de 1998, quando alcançaram53,3 por 100 mi l hab i tantes ,exibindo, entretanto, uma pequenaelevação, nos anos de 1993 a 1995.

A região com maior número decasos not i f icados é a Sudeste,estando os valores de suas taxaspróximos aos da região Nordeste,apresentando grandes oscilaçõesna década de 90, possivelmente emvirtude de problemas nas infor-mações.

No Centro-Oeste, as taxas deincidência são relativamente reduzi-

das se comparadas às reg iõesanter io res e most ram d iscre tatendência ao declínio. Na regiãoSul, verifica-se as menores taxasde incidência de todo o Brasi l ,sendo inferiores a 40 por 100 milhabitantes, a partir de 1989.

Essa doença acomete mais osadultos jovens, principalmente naidade produtiva entre 20 e 40 anos.A forma pu lmonar é a maisincidente (80%), sendo os casoscom baciloscopia positiva os maisf reqüentes . As formas ex t ra-pulmonares representam, aproxima-damente, 15% de todas as formas

clínicas, e a região Sudeste possuias maiores taxas.

As taxas de mortalidade para oBras i l a inda são cons ideradaselevadas, variando entre 5,9 e 3,6por 100 mil habitantes. No início dadécada de 80, apresentavamtendência à redução, com valoresmais es táve is nos anos maisrecentes. Após o advento da qui-mioterapia, esse indicador deixoude apresentar a sens ib i l idadenecessária para caracterizar ade-quadamente a situação epidemio-lógica da doença, já que pode haverum grande risco de adoecimentosem que ele se reflita nas taxasde mortalidade.

Ano

Gráfico 2 - Taxa de Mortalidade de Tuberculose segundo ano de ocorrência. Brasil e Regiões, 1980 - 1996.

Ano

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI

8 0 8 1 8 2 8 3 8 4 8 5 8 6 8 7 8 8 8 9 9 0 9 1 9 2 9 3 9 4 9 5 9 6

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Gráfico 1 - Taxa de Incidência de Tuberculose segundo ano deocorrência. Brasil e Regiões, 1980 - 1998.

Ano

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI

8 0 8 1 8 2 8 3 8 4 8 5 8 6 8 7 8 8 8 9 9 0 9 1 9 2 9 3 9 4 9 5 9 6 9 7 9 8

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População do Brasil e Unidades Federadas, 1980 - 1998

1981 1982 1983 1984 1985 19871986 1988 1989 1990 1991 1992 1993

Fonte: IBGE - Anuário Estatístico, 1995Edição Comemorativa do IBGE.

BRASIL

NORTE

Rondônia

Acre

Amazonas

Roraima

Pará

Amapá

Tocantins

NORDESTE

Maranhão

Piauí

Ceará

R. Gde do Norte

Paraíba

Pernambuco

Alagoas

Sergipe

Bahia

SUDESTE

Minas Gerais

Espírito Santo

Rio de Janeiro

São Paulo

SUL

Paraná

Santa Catarina

R. Grande do Sul

CENTRO-OESTE

M. Grosso do Sul

Mato Grosso

Goiás

Distrito Federal

1980UF/Região

118.562,5

6.565,5

480,9

299,5

1.419,4

77,0

3.378,9

173,5

736,4

34.690,7

3.981,6

2.132,0

5.271,2

1.890,0

2.763,4

6.127,7

1.974,2

1.134,6

9.416,1

51.559,9

13.341,1

2.014,2

11.267,5

24.937,0

18.982,1

7.616,4

3.613,5

7.752,2

6.764,4

1.363,1

1.124,6

3.106,5

1.170,2

121.212,5

6.888,6

542,1

310,6

1.483,6

90,2

3.526,3

184,3

751,6

35.423,2

4.070,6

2.174,2

5.374,0

1.939,3

2.804,4

6.221,5

2.024,8

1.168,1

9.646,2

52.609,0

13.566,5

2.069,2

11.412,0

25.561,2

19.277,4

7.694,5

3.700,6

7.882,3

7.014,3

1.402,2

1.209,3

3.192,1

1.210,6

123.885,1

7.214,6

603,7

321,7

1.548,3

103,5

3.675,0

195,3

767,0

36.162,0

4.160,4

2.216,8

5.477,6

1.989,0

2.845,9

6.316,2

2.075,9

1.201,9

9.878,2

53.667,0

13.793,8

2.124,7

11.557,8

26.190,7

19.575,3

7.773,3

3.788,5

8.013,5

7.266,3

1.441,7

1.294,7

3.278,5

1.251,4

126.572,8

7.542,3

665,8

333,0

1.613,4

116,9

3.824,5

206,3

782,5

36.904,9

4.250,7

2.259,7

5.581,9

2.039,1

2.887,5

6.411,4

2.127,3

1.235,9

10.111,6

54.731,0

14.022,4

2.180,5

11.704,4

26.823,7

19.874,8

7.852,5

3.876,8

8.145,5

7.519,8

1.481,4

1.380,6

3.365,3

1.292,4

129.273,4

7.871,7

728,1

344,3

1.678,8

130,3

3.974,8

217,4

798,0

37.651,5

4.341,4

2.302,7

5.686,6

2.089,3

2.929,4

6.507,0

2.178,9

1.270,1

10.346,0

55.800,1

14.252,1

2.236,6

11.851,6

27.459,8

20.175,7

7.932,1

3.965,6

8.278,0

7.774,4

1.521,3

1.466,9

3.452,5

1.333,6

131.978,4

8.201,6

790,5

355,6

1.744,3

143,8

4.125,3

228,5

813,7

38.399,2

4.432,2

2.345,8

5.791,6

2.139,7

2.971,3

6.602,8

2.230,7

1.304,3

10.580,8

56.871,0

14.482,2

2.292,8

11.999,2

28.096,9

20.477,2

8.011,8

4.054,5

8.410,8

8.029,5

1.561,3

1.553,4

3.539,9

1.374,9

134.653,1

8.527,9

852,2

366,8

1.809,0

157,1

4.274,0

239,5

829,2

39.138,5

4.522,1

2.388,5

5.895,3

2.189,4

3.012,8

6.697,5

2.281,8

1.338,1

10.813,0

57.929,7

14.709,6

2.348,3

12.145,0

28.726,8

20.775,2

8.090,6

4.142,5

8.542,1

8.281,7

1.600,8

1.638,9

3.626,3

1.415,7

137.267,6

8.847,2

912,6

377,8

1.872,3

170,1

4.419,5

250,2

844,7

39.861,2

4.609,9

2.430,1

5.996,7

2.238,1

3.053,3

6.790,1

2.331,8

1.371,2

11.040,0

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14.932,0

2.402,6

12.287,6

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8.167,6

4.228,4

8.670,5

8.528,2

1.639,4

1.722,4

3.710,8

1.455,6

139.819,3

9.159,3

971,4

388,5

1.934,1

182,8

4.561,4

260,7

860,4

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4.695,6

2.470,8

6.095,6

2.285,5

3.092,8

6.880,4

2.380,5

1.403,5

11.261,4

59.974,4

15.148,9

2.455,5

12.426,7

29.943,3

21.350,8

8.242,8

4.312,3

8.795,7

8.768,7

1.677,1

1.803,9

3.793,2

1.494,5

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9.464,8

1.028,8

398,9

1.994,2

195,2

4.699,6

270,9

877,2

41.253,0

4.779,0

2.510,4

6.192,0

2.331,8

3.131,3

6.968,4

2.428,0

1.434,9

11.477,1

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15.360,2

2.507,1

12.562,2

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4.394,0

8.917,7

9.003,1

1.713,8

1.883,3

3.873,5

1.532,4

144.723,9

9.764,2

1.084,5

409,0

2.052,6

207,2

4.833,8

280,8

896,3

41.919,8

4.860,0

2.548,8

6.285,6

2.376,7

3.168,7

7.053,8

2.474,1

1.465,4

11.686,5

61.913,0

15.565,4

2.557,2

12.693,7

31.096,6

21.896,5

8.387,1

4.473,3

9.036,1

9.230,5

1.749,5

1.960,4

3.951,4

1.569,2

147.073,9

10.059,1

1.138,5

418,8

2.109,3

218,8

4.964,0

290,4

919,3

42.566,8

4.938,7

2.586,1

6.376,4

2.420,2

3.205,0

7.136,7

2.518,9

1.495,0

11.889,7

62.839,6

15.764,5

2.605,8

12.821,4

31.647,9

22.157,3

8.456,1

4.550,2

9.151,0

9.451,2

1.784,1

2.035,2

4.027,0

1.604,9

149.357,5

10.349,0

1.190,9

428,3

2.164,3

230,1

5.090,3

299,7

945,3

43.194,4

5.014,9

2.622,3

6.464,4

2.462,5

3.240,2

7.217,1

2.562,3

1.523,8

12.086,9

63.738,5

15.957,6

2.653,0

12.945,2

32.182,7

22.410,3

8.523,0

4.624,9

9.262,4

9.665,3

1.817,6

2.107,8

4.100,4

1.639,6

151.571,7

10.629,7

1.241,7

437,5

2.217,6

241,1

5.212,8

308,8

970,3

43.803,1

5.088,9

2.657,4

6.549,8

2.503,5

3.274,3

7.295,1

2.604,4

1.551,6

12.278,0

64.610,2

16.144,9

2.698,7

13.065,3

32.701,4

22.655,7

8.587,9

4.697,3

9.370,5

9.873,0

1.850,2

2.178,2

4.171,5

1.673,2

1994 1995 1996 1997 1998

x 1.000

153.725,7

10.899,6

1.291,2

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2.269,6

251,8

5.332,2

317,6

990,8

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5.161,0

2.691,6

6.633,1

2.543,4

3.307,6

7.371,1

2.645,4

1.578,8

12.464,3

65.459,7

16.327,4

2.743,2

13.182,3

33.206,8

22.894,8

8.651,1

4.767,8

9.475,9

10.075,3

1.881,9

2.246,8

4.240,8

1.705,9

155.822,4

11.159,0

1.339,5

455,2

2.320,2

262,2

5.448,6

326,2

1.007,0

44.974,7

5.231,3

2.725,0

6.714,2

2.582,3

3.340,0

7.445,2

2.685,4

1.605,3

12.646,0

66.288,1

16.505,3

2.786,7

13.296,4

33.699,6

23.128,0

8.712,8

4.836,6

9.578,6

10.272,7

1.912,8

2.313,6

4.308,4

1.737,8

157.870,6

11.410,3

1.386,7

463,8

2.369,8

272,3

5.562,5

334,5

1.020,7

45.540,3

5.300,0

2.757,6

6.793,6

2.620,4

3.371,7

7.517,7

2.724,5

1.631,1

12.823,7

67.098,4

16.679,4

2.829,2

13.408,0

34.181,8

23.356,1

8.773,1

4.903,9

9.679,1

10.465,5

1.943,0

2.379,0

4.374,5

1.769,0

159.635,0

11.603,8

1.255,5

500,1

2.460,6

254,4

5.650,6

401,9

1.080,7

45.333,8

5.295,4

2.695,8

6.920,2

2.594,3

3.331,6

7.466,7

2.663,0

1.657,1

12.709,7

68.065,7

16.904,9

2.853,0

13.555,6

34.752,2

23.862,6

9.142,2

4.958,3

9.762,1

10.769,1

1.964,6

2.287,8

4.639,7

1.877,0

161.790,3

11.868,7

1.276,2

514,1

2.520,7

260,7

5.768,5

420,8

1.107,8

45.841,3

5.356,9

2.715,0

7.013,4

2.624,4

3.353,6

7.523,8

2.688,1

1.685,0

12.881,3

68.961,3

17.100,3

2.895,5

13.681,4

35.284,1

24.154,1

9.258,8

5.028,3

9.866,9

10.994,8

1.995,6

2.331,7

4.744,2

1.923,4

28○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

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Casos notificados segundo local de residência e ano dediagnóstico. Brasil e Unidades Federadas, 1980 - 1998

Fonte: MS/PN-DST/Aids.& O Estado de Tocantins foi criado em 1988. O registro de dados até esse ano era feito no Estado de Goiás. Entretanto, os casos de Aids, após investigação retrospectiva, foram registrados no próprio Estado de Tocantins.

6.099

68

1

3

16

8

36

2

2

537

35

6

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29

15

162

24

15

174

4.842

249

51

1.241

3.301

464

96

99

269

188

36

26

59

67

BRASIL

NORTE

Rondônia

Acre

Amazonas

Roraima

Pará

Amapá

Tocantins

NORDESTE

Maranhão

Piauí

Ceará

R. Gde do Norte

Paraíba

Pernambuco

Alagoas

Sergipe

Bahia

SUDESTE

Minas Gerais

Espírito Santo

Rio de Janeiro

São Paulo

SUL

Paraná

Santa Catarina

R. Grande do Sul

CENTRO-OESTE

M. Grosso do Sul

Mato Grosso

Goiás

Distrito Federal

1980UF/Região 1981 1982 1983 1984 1985 19871986 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998

1

-

-

-

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-

-

-

&

-

-

-

-

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-

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1

-

-

-

1

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-

-

-

-

-

-

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-

8.825

93

10

4

29

7

34

1

8

678

53

22

92

28

40

181

36

22

204

6.903

382

55

1.514

4.952

856

172

224

460

295

81

47

83

84

11.925

135

4

7

35

13

65

3

8

965

77

34

189

55

42

229

34

18

287

8.930

542

83

1.789

6.516

1.298

297

327

674

597

141

78

172

206

15.027

199

26

7

57

7

87

9

6

1.175

84

31

254

62

58

253

63

40

330

11.353

874

114

2.277

8.088

1.558

433

410

715

742

160

97

261

224

16.877

235

28

8

66

7

112

1

13

1.311

111

28

211

76

85

308

77

45

370

12.426

1.285

162

2.317

8.662

2.072

553

569

950

833

275

106

234

218

18.339

322

40

10

93

6

148

6

19

1.461

124

62

265

93

88

348

71

91

319

13.035

1.486

205

2.394

8.950

2.514

653

723

1.138

1.007

252

170

344

241

20.024

363

45

1

94

8

179

17

19

1.552

143

75

330

70

89

385

80

77

303

13.990

1.361

202

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792

932

1.187

1.208

288

204

448

268

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432

42

6

103

16

217

19

29

1.925

162

69

323

104

120

532

97

75

443

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232

3.278

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955

1.039

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326

280

379

297

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502

43

12

152

15

218

32

30

2.123

173

93

314

123

119

543

119

90

549

14.926

1.362

309

3.438

9.817

3.831

1.077

1.018

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1.429

285

295

513

336

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512

30

15

161

20

223

19

44

2.531

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578

155

156

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84

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540

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1.184

275

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9.020

4.581

1.246

1.173

2.162

1.181

281

218

394

288

-

-

-

-

-

-

-

-

&

-

-

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10

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-

&

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-

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34

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&

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1

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&

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1

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&

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5

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2.768

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-

205

9

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2.283

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4.985

259

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277

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66

57

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○○

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29

Casos confirmados segundo local de residência e anode ocorrência. Brasil, 1980 - 1998

Fonte: MS/FNS/CENEPI.& O Estado de Tocantins foi criado em 1988. O registro de dados até esse ano era feito no Estado de Goiás.

6.099

68

1

3

16

8

36

2

2

537

35

6

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15

174

4.842

249

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1.241

3.301

464

96

99

269

188

36

26

59

67

BRASIL

NORTE

Rondônia

Acre

Amazonas

Roraima

Pará

Amapá

Tocantins

NORDESTE

Maranhão

Piauí

Ceará

R. Gde do Norte

Paraíba

Pernambuco

Alagoas

Sergipe

Bahia

SUDESTE

Minas Gerais

Espírito Santo

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Santa Catarina

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CENTRO-OESTE

M. Grosso do Sul

Mato Grosso

Goiás

Distrito Federal

1980UF/Região 1981 1982 1983 1984 1985 19871986 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998

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2.527

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Casos notificados segundo local de residência e ano deocorrência. Brasil e Unidades Federadas, 1980 - 1998

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.& O Estado de Tocantins foi criado em 1988. O registro de dados até esse ano era feito no Estado de Goiás.

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1980UF/Região 1981 1982 1983 1984 1985 19871986 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994

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31

Casos notificados segundo local de residência e ano deocorrência. Brasil e Unidades Federadas, 1980 - 1998

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.& O Estado de Tocantins foi criado em 1988. O registro de dados até esse ano era feito no Estado de Goiás.

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Maranhão

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Pernambuco

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Bahia

SUDESTE

Minas Gerais

Espírito Santo

Rio de Janeiro

São Paulo

SUL

Paraná

Santa Catarina

R. Grande do Sul

CENTRO-OESTE

M. Grosso do Sul

Mato Grosso

Goiás

Distrito Federal

1980UF/Região 1981 1982 1983 1984 1985 19871986 1988 1989 1990 1991

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-

22.513

-

-

2.118

3.225

-

623

60.915

527

-

60.342

46

-

-

-

-

-

-

-

-

-

190

-

-

-

-

-

-

-

&

120

-

-

55

-

-

-

65

-

-

70

-

-

60

10

-

-

-

-

-

-

-

-

-

5.334

-

-

-

-

-

-

-

-

4.213

-

-

4.126

-

-

27

60

-

-

1.121

-

-

1.111

10

-

-

-

-

-

-

-

-

-

40.642

-

-

-

-

-

-

-

-

15.950

-

-

15.656

-

-

-

294

-

-

23.086

-

-

21.005

2.081

-

-

-

-

1.606

1.606

-

-

-

1992 1993 1994 1995 1996 1997

97.209

2.194

-

-

-

-

-

-

2.194

8.020

-

-

6.703

-

-

-

1.317

-

-

82.649

286

-

78.702

3.661

-

-

-

-

4.346

4.346

-

-

-

3.215

-

-

-

-

-

-

-

-

396

-

-

117

-

-

-

279

-

-

1.148

-

-

1.117

31

-

-

-

-

1.671

771

900

-

-

7.086

-

-

-

-

-

-

-

-

788

-

-

7

-

-

-

781

-

-

4.836

3.863

-

321

652

-

-

-

-

1.462

570

892

-

-

56.621

18

-

-

-

-

-

-

18

49.828

-

26

47.221

345

-

-

344

-

1.892

911

-

-

337

574

-

-

-

-

5.864

1.154

1.367

3.343

-

128.619

3.221

-

-

-

-

28

-

3.193

59.192

1.776

3.260

1.991

5.181

1.701

9.982

794

-

34.507

38.156

2.832

2.725

26.563

6.036

3.116

3.116

-

-

24.934

5.115

11.628

8.191

-

254.987

22.174

55

-

-

380

20.877

-

862

196.203

6.102

2.841

6.590

25.579

50.508

40.277

7.666

11.187

45.453

22.924

5.355

12.934

2.595

2.040

721

716

5

-

12.965

4.985

3.562

3.709

709

570.148

37.008

23

-

23.910

258

10.934

-

1.883

259.574

12.171

14.626

13.389

17.850

59.745

83.508

9.078

27.311

21.896

250.065

147.402

39.216

32.144

31.303

2.949

2.702

140

107

20.552

2.578

8.787

6.412

2.775

1998

183.418

2.726

29

2

-

409

321

-

1.965

125.781

6.312

5.777

2.099

6.608

12.070

22.722

2.596

3.162

64.435

33.938

5.250

5.715

16.213

6.760

5.213

5.201

3

9

15.760

3.374

6.016

6.316

64

32○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○○○○○○○○○○○○○○○○○○○○○○○

Casos confirmados segundo local de residência e anode ocorrência. Brasil e Unidades Federadas, 1980 - 1998

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.& O Estado de Tocantins foi criado em 1988. O registro de dados até esse ano era feito no Estado de Goiás.

BRASIL

NORTE

Rondônia

Acre

Amazonas

Roraima

Pará

Amapá

Tocantins

NORDESTE

Maranhão

Piauí

Ceará

R. Gde do Norte

Paraíba

Pernambuco

Alagoas

Sergipe

Bahia

SUDESTE

Minas Gerais

Espírito Santo

Rio de Janeiro

São Paulo

SUL

Paraná

Santa Catarina

R. Grande do Sul

CENTRO-OESTE

M. Grosso do Sul

Mato Grosso

Goiás

Distrito Federal

1980UF/Região 1981 1982 1983 1984 1985 19871986 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998

4.646

76

3

4

63

-

5

1

&

2.035

10

32

99

117

211

1.077

84

53

352

1.239

503

21

427

288

1.204

432

300

472

92

28

7

54

3

3.848

57

9

5

31

-

9

3

&

1.606

20

15

151

291

150

465

112

25

377

1.035

368

15

312

340

1.037

298

221

518

113

48

1

55

9

3.297

70

15

-

46

-

9

-

&

1.524

21

19

257

290

126

463

137

47

164

824

446

4

276

98

735

213

232

290

144

39

12

76

17

3.345

24

4

1

14

2

3

-

&

1.850

33

18

306

163

145

676

161

115

233

799

435

12

218

134

501

79

161

261

171

27

30

103

11

2.914

34

14

3

10

1

6

-

&

1.625

22

79

380

243

92

340

145

72

252

623

246

14

271

92

467

100

160

207

165

39

49

70

7

2.023

78

5

8

57

-

8

-

&

943

5

32

172

132

50

230

66

34

222

505

253

1

198

53

375

135

71

169

122

28

40

41

13

1.580

29

6

3

16

-

4

-

&

722

18

11

118

68

43

157

48

39

220

423

140

5

144

134

325

102

86

137

81

35

18

15

13

1.284

32

2

2

28

-

-

-

&

627

8

10

97

49

25

170

62

35

171

292

139

14

92

47

281

63

72

146

52

24

10

11

7

987

16

1

-

13

-

2

-

&

435

5

14

42

13

26

123

29

29

154

229

137

9

50

33

249

39

77

133

58

24

23

9

2

801

19

2

1

11

-

2

1

2

361

2

9

33

10

34

78

58

11

126

239

136

8

37

58

163

39

47

77

19

3

7

9

-

640

18

1

4

9

-

3

-

1

335

6

2

29

7

31

45

69

25

121

182

125

7

21

29

84

24

20

40

21

8

11

1

1

495

9

2

-

2

-

5

-

-

234

3

3

17

4

14

53

37

14

89

120

63

3

41

13

101

19

19

63

31

10

16

1

4

276

4

-

-

4

-

-

-

-

89

-

2

10

4

4

6

20

4

39

71

48

2

13

8

83

17

28

38

29

12

15

1

1

252

10

1

-

8

-

1

-

-

93

1

-

6

-

6

15

17

14

34

54

27

1

19

7

72

3

47

22

23

10

7

5

1

245

27

1

1

22

-

1

-

2

85

-

1

6

1

8

13

12

4

40

73

23

2

43

5

51

5

22

24

9

1

6

2

-

171

11

-

-

10

-

1

-

-

84

1

1

-

-

3

12

18

7

42

35

7

2

14

12

38

8

8

22

3

-

1

1

1

181

8

-

-

6

-

-

1

1

63

-

-

2

2

4

34

18

-

3

54

2

2

16

34

41

19

5

17

15

1

9

-

5

134

20

-

5

15

-

-

-

-

48

-

-

-

-

4

5

7

5

27

25

6

1

5

13

36

1

5

30

5

3

2

-

-

81

4

...

-

3

-

1

-

-

29

1

-

-

-

6

1

7

-

14

16

4

-

4

8

25

2

3

20

7

4

1

2

-

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○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○○○○○○○○○○○○○○○○○○○○○○○○

33

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.& O Estado de Tocantins foi criado em 1988. O registro de dados até esse ano era feito no Estado de Goiás.

BRASIL

NORTE

Rondônia

Acre

Amazonas

Roraima

Pará

Amapá

Tocantins

NORDESTE

Maranhão

Piauí

Ceará

R. Gde do Norte

Paraíba

Pernambuco

Alagoas

Sergipe

Bahia

SUDESTE

Minas Gerais

Espírito Santo

Rio de Janeiro

São Paulo

SUL

Paraná

Santa Catarina

R. Grande do Sul

CENTRO-OESTE

M. Grosso do Sul

Mato Grosso

Goiás

Distrito Federal

1980UF/Região 1981 1982 1983 1984 1985 19871986 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997

1.575

149

6

9

25

8

100

1

&

171

10

-

13

-

1

17

7

1

122

740

71

34

143

492

379

174

103

102

136

13

8

86

29

1.229

90

8

7

9

-

61

5

&

139

20

3

17

1

1

17

3

2

75

611

44

24

114

429

311

137

110

64

78

23

3

30

22

1.226

92

1

5

14

6

64

2

&

160

3

-

38

4

2

27

6

9

71

565

43

29

129

364

313

143

108

62

96

14

7

51

24

1.388

118

6

5

9

1

97

-

&

210

15

8

40

7

7

30

5

25

73

652

40

46

154

412

317

134

134

49

91

14

12

43

22

1.353

123

18

-

10

...

91

4

&

171

10

8

29

1

-

21

6

26

70

716

53

51

186

426

233

122

111

-

110

17

4

76

13

1.482

121

14

3

13

-

83

8

&

205

6

15

40

16

5

31

1

47

44

814

45

52

202

515

233

74

159

-

109

22

17

55

15

1.840

139

37

3

26

...

66

7

&

311

10

16

55

11

22

42

3

80

72

998

56

77

266

599

296

83

213

-

96

16

13

47

20

2.337

154

22

3

17

-

101

11

&

342

13

15

53

16

20

49

2

100

74

1.314

46

66

394

808

436

88

274

74

91

13

10

47

21

3.045

193

22

12

12

...

124

23

&

495

14

19

85

21

22

102

3

81

148

1.590

151

97

441

901

608

126

362

120

159

22

16

97

24

4.039

230

14

13

51

...

99

40

13

768

27

16

130

47

47

98

16

152

235

2.231

163

137

705

1.226

677

164

379

134

133

16

23

69

25

4.958

220

34

3

16

1

130

28

8

884

33

32

115

61

78

116

13

155

281

2.730

253

199

839

1.439

922

450

338

134

202

15

13

112

62

4.672

188

28

4

27

2

103

10

14

818

14

22

97

67

68

194

17

121

218

2.562

167

226

698

1.471

844

441

291

112

260

12

24

110

114

4.878

179

15

4

29

-

114

5

12

990

15

33

70

53

77

305

53

115

269

2.680

262

286

703

1.429

762

365

265

132

267

19

25

142

81

5.910

229

8

6

43

4

145

9

14

1.211

30

27

215

53

80

216

58

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1.236

20

30

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68

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417

3.305

477

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1.868

998

407

328

263

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31

56

135

107

1998

5.575

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2.886

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191

90

Casos confirmados segundo local de residência e anode ocorrência. Brasil e Unidades Federadas, 1980 - 1998

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Casos confirmados segundo local de residência e anode ocorrência. Brasil e Unidades Federadas, 1980 - 1998

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.& O Estado de Tocantins foi criado em 1988. O registro de dados até esse ano era feito no Estado de Goiás.

BRASIL

NORTE

Rondônia

Acre

Amazonas

Roraima

Pará

Amapá

Tocantins

NORDESTE

Maranhão

Piauí

Ceará

R. Gde do Norte

Paraíba

Pernambuco

Alagoas

Sergipe

Bahia

SUDESTE

Minas Gerais

Espírito Santo

Rio de Janeiro

São Paulo

SUL

Paraná

Santa Catarina

R. Grande do Sul

CENTRO-OESTE

M. Grosso do Sul

Mato Grosso

Goiás

Distrito Federal

1980UF/Região 1981 1982 1983 1984 1985 19871986 1988 1989 1990 1991 1992

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35

Casos notificados segundo local de residência e ano deocorrência. Brasil e Unidades Federadas, 1980 - 1998

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.& O Estado de Tocantins foi criado em 1988. O registro de dados até esse ano era feito no Estado de Goiás.

BRASIL

NORTE

Rondônia

Acre

Amazonas

Roraima

Pará

Amapá

Tocantins

NORDESTE

Maranhão

Piauí

Ceará

R. Gde do Norte

Paraíba

Pernambuco

Alagoas

Sergipe

Bahia

SUDESTE

Minas Gerais

Espírito Santo

Rio de Janeiro

São Paulo

SUL

Paraná

Santa Catarina

R. Grande do Sul

CENTRO-OESTE

M. Grosso do Sul

Mato Grosso

Goiás

Distrito Federal

1980UF/Região 1981 1982 1983 1984 1985 19871986 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998

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-

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29

&

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267

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&

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3

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-

98

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&

2.834

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1.217

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&

2.746

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&

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3.663

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&

2.924

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1.825

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1.265

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2

52

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-

214

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-

1.373

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159

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2.380

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481

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112

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-

1.478

17

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Casos confirmados segundo local de residência e anode diagnóstico. Brasil e Unidades Federadas, 1980 - 1998

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.& O Estado de Tocantins foi criado em 1988. O registro de dados até esse ano era feito no Estado de Goiás.

BRASIL

NORTE

Rondônia

Acre

Amazonas

Roraima

Pará

Amapá

Tocantins

NORDESTE

Maranhão

Piauí

Ceará

R. Gde do Norte

Paraíba

Pernambuco

Alagoas

Sergipe

Bahia

SUDESTE

Minas Gerais

Espírito Santo

Rio de Janeiro

São Paulo

SUL

Paraná

Santa Catarina

R. Grande do Sul

CENTRO-OESTE

M. Grosso do Sul

Mato Grosso

Goiás

Distrito Federal

1980UF/Região 1981 1982 1983 1984 1985 19871986 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994

14.515

2.437

142

170

1.242

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&

2.108

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5.806

2.151

203

1.391

2.061

1.404

1.086

94

224

2.760

491

411

1.568

290

17.133

3.648

198

223

2.315

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787

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&

2.241

795

201

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96

404

38

87

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1.493

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1.939

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1.835

1.278

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266

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1.565

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&

2.613

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251

438

23

78

486

31

85

406

7.023

1.991

560

1.577

2.895

2.053

1.663

152

238

2.356

635

340

1.093

288

18.798

3.783

375

198

1.882

25

1.174

129

&

2.915

921

284

513

22

106

535

80

104

350

6.962

1.718

688

1.661

2.895

2.634

2.211

190

233

2.504

434

716

1.000

354

18.854

3.723

445

268

1.518

34

1.278

180

&

2.987

861

451

379

56

76

627

103

...

434

7.439

2.252

339

2.125

2.723

1.976

1.587

172

217

2.729

325

810

1.213

381

19.265

3.790

225

314

1.743

50

1.304

154

&

3.669

1.217

328

562

35

105

751

95

46

530

7.259

1.732

598

2.179

2.750

1.709

1.334

196

179

2.838

368

857

1.348

265

18.476

3.342

339

244

1.482

38

1.073

166

&

4.068

1.248

392

587

54

192

878

97

126

494

6.989

1.500

632

2.362

2.495

1.122

807

150

165

2.955

295

1.102

1.358

200

19.685

3.929

355

199

1.434

37

1.770

134

&

4.216

1.299

465

640

70

152

874

114

135

467

6.880

1.661

503

2.010

2.706

1.323

1.019

127

177

3.337

445

1.274

1.440

178

26.578

4.937

543

317

1.787

48

2.060

182

&

6.496

1.940

739

1.005

130

414

1.489

131

168

480

8.415

1.835

834

2.360

3.386

1.855

1.429

267

159

4.875

527

1.706

2.267

375

27.837

5.721

571

427

1.471

86

2.469

146

551

7.585

2.087

881

1.318

126

375

1.618

90

188

902

8.698

1.707

906

2.908

3.177

1.542

1.193

190

159

4.291

549

1.667

1.713

362

28.482

5.500

571

356

1.555

101

2.182

85

650

8.042

2.143

817

1.336

104

334

1.842

145

167

1.154

8.927

1.926

928

2.770

3.303

1.581

1.124

295

162

4.432

511

1.850

1.743

328

30.094

5.725

660

336

1.682

93

2.296

136

522

8.264

2.428

977

1.240

114

346

1.774

136

217

1.032

9.637

2.328

862

3.171

3.276

1.849

1.408

258

183

4.619

539

1.367

2.271

442

34.451

5.913

944

427

1.274

94

2.497

102

575

9.154

2.622

1.055

1.283

126

325

2.065

169

263

1.246

9.918

2.792

1.120

3.023

2.983

2.903

2.456

254

193

6.563

548

2.628

2.914

473

32.988

6.310

1.269

307

1.477

...

2.516

154

587

9.776

3.038

999

1.334

148

351

2.007

134

291

1.474

9.100

2.966

859

2.348

2.927

1.399

975

268

156

6.403

519

2.779

2.697

408

32.785

6.776

1.239

232

1.542

...

2.994

131

638

10.057

2.630

1.300

1.497

138

318

2.365

155

297

1.357

8.435

2.262

967

2.277

2.929

1.274

874

237

163

6.243

469

2.830

2.663

281

1995 1996 1997 1998

35.922

7.816

1.326

327

1.464

130

3.598

173

798

11.576

3.023

1.176

2.018

178

428

2.645

206

486

1.416

8.680

2.479

1.113

2.469

2.619

1.516

1.083

265

168

6.334

454

2.903

2.694

283

39.928

9.021

1.640

372

1.426

147

4.121

214

1.101

12.210

3.490

1.159

1.888

170

483

2.636

194

480

1.710

9.877

2.694

1.183

3.099

2.901

2.033

1.602

232

199

6.787

595

3.090

2.833

269

44.939

9.806

1.382

367

1.502

221

4.915

227

1.192

14.574

4.545

1.202

2.540

255

587

2.976

192

449

1.828

11.000

2.961

1.425

3.701

2.913

2.036

1.643

201

192

7.523

669

3.160

3.384

310

42.055

9.398

1.118

344

1.339

281

4.934

176

1.206

14.015

4.254

1.373

2.576

206

486

2.762

195

349

1.814

9.492

2.845

1.189

3.278

2.180

1.847

1.482

191

174

7.303

647

2.754

3.592

310

rie

Histó

rica

de

D

oe

nça

s d

e

No

tificaçã

o

Co

mp

ulsó

ria

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○○○○○○○○○○○○○○○○○○○○○○○○

37

Casos notificados segundo local de residência e ano dediagnóstico. Brasil e Unidades Federadas, 1980 - 1998

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.& O Estado de Tocantins foi criado em 1988. O registro de dados até esse ano era feito no Estado de Goiás.* 1996: No total do Brasil foram acrescidos 1.033 casos, considerados autóctones para o País.* 1997: No total do Brasil foram acrescidos 1.013 casos, considerados autóctones para o País.* 1996: No total do Brasil foram acrescidos 887 casos, considerados autóctones para o País.

rie

Histó

rica

de

D

oe

nça

s d

e

No

tificaçã

o

Co

mp

ulsó

ria

BRASIL

NORTE

Rondônia

Acre

Amazonas

Roraima

Pará

Amapá

Tocantins

NORDESTE

Maranhão

Piauí

Ceará

R. Gde do Norte

Paraíba

Pernambuco

Alagoas

Sergipe

Bahia

SUDESTE

Minas Gerais

Espírito Santo

Rio de Janeiro

São Paulo

SUL

Paraná

Santa Catarina

R. Grande do Sul

CENTRO-OESTE

M. Grosso do Sul

Mato Grosso

Goiás

Distrito Federal

1980UF/Região 1981 1982 1983 1984 1985 19871986 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996* 1997*

4.560

2.115

301

41

1.355

...

291

127

&

1.513

42

61

909

...

23

14

18

16

430

634

421

62

42

109

168

168

-

-

130

...

76

54

-

5.153

2.679

261

66

1.357

...

450

545

&

1.486

388

40

873

...

61

17

20

4

83

508

189

78

70

171

195

195

-

-

285

...

138

147

-

5.890

3.262

659

65

1.281

77

857

323

&

1.672

246

44

1.067

2

72

32

13

3

193

542

125

124

129

164

194

194

-

-

220

...

73

147

-

5.038

2.746

372

75

1.272

67

394

566

&

1.283

164

34

840

2

173

29

27

5

9

609

130

251

136

92

150

149

-

1

250

18

149

83

-

6.161

2.705

33

154

1.352

57

594

515

&

1.609

363

48

571

2

336

168

33

8

80

575

251

224

100

...

203

200

-

3

1.069

56

699

314

-

13.654

5.935

279

204

3.464

72

1.222

694

&

4.417

1.623

52

836

1

251

259

9

45

1.341

844

337

279

103

125

420

419

-

1

2.038

296

1.157

585

-

15.545

4.777

919

403

1.641

113

1.321

380

&

7.377

3.274

91

1.829

8

233

125

13

70

1.734

963

444

257

124

138

448

447

-

1

1.980

298

1.300

382

-

26.253

10.195

3.401

679

2.528

134

2.855

598

&

11.373

3.724

142

3.919

648

431

274

84

166

1.985

1.218

523

288

71

336

660

652

6

2

2.807

173

2.281

353

-

25.153

10.209

3.299

364

2.532

333

3.091

590

&

8.862

2.369

141

2.453

30

224

268

43

34

3.300

2.017

1.406

273

67

271

199

194

5

-

3.866

184

3.223

459

-

21.129

7.365

1.770

204

1.250

474

2.775

480

412

8.896

2.196

100

2.746

9

182

258

36

15

3.354

2.241

1.434

573

83

151

318

315

3

-

2.309

156

1.867

286

-

24.753

7.318

1.346

59

1.733

170

3.269

185

556

12.428

3.109

249

3.848

20

85

680

28

54

4.355

2.347

1.338

670

227

112

192

192

-

-

2.468

221

2.021

226

-

28.450

9.359

2.118

252

2.590

507

3.196

394

302

12.020

3.926

324

2.862

6

165

474

54

50

4.159

3.386

2.134

728

319

205

139

139

-

-

3.546

165

3.200

181

-

24.668

9.720

2.220

403

3.424

492

2.236

475

470

7.140

2.027

161

1.358

...

342

378

53

24

2.797

3.854

2.504

722

269

359

690

690

-

-

3.264

304

2.682

277

1

27.454

9.739

2.822

563

1.982

605

2.543

643

581

8.218

2.868

72

1.463

13

273

436

71

46

2.976

4.771

2.547

893

496

835

819

819

-

-

3.907

215

3.346

345

1

35.103

11.306

2.249

372

741

470

5.748

895

831

14.426

6.262

56

1.928

4

264

806

224

46

4.836

3.763

2.040

490

396

837

1.361

1.361

-

-

4.247

243

3.734

270

-

35.748

13.117

2.499

365

1.557

251

7.064

645

736

13.887

4.725

40

4.262

15

196

891

114

52

3.592

2.605

1.574

307

241

483

796

794

-

2

5.343

568

4.492

281

2

30.030

9.987

1.738

490

988

303

5.042

563

863

11.303

3.794

96

2.793

42

173

714

81

19

3.591

2.369

1.504

244

282

339

617

616

1

-

4.721

178

4.195

348

-

1998*

31.303

11.058

1.465

413

2.290

308

5.038

902

642

11.868

4.634

102

2.787

49

233

667

144

47

3.205

2.294

1.445

404

302

143

430

428

2

-

4.640

433

3.779

414

14

21.801

6.078

1.317

280

715

244

2.177

892

453

8.455

2.355

96

1.490

26

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643

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Casos confirmados segundo local de residência e anode ocorrência. Brasil e Unidades Federadas, 1980 - 1998

BRASIL

NORTE

Rondônia

Acre

Amazonas

Roraima

Pará

Amapá

Tocantins

NORDESTE

Maranhão

Piauí

Ceará

R. Gde do Norte

Paraíba

Pernambuco

Alagoas

Sergipe

Bahia

SUDESTE

Minas Gerais

Espírito Santo

Rio de Janeiro

São Paulo

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Paraná

Santa Catarina

R. Grande do Sul

CENTRO-OESTE

M. Grosso do Sul

Mato Grosso

Goiás

Distrito Federal

1980UF/Região 1981 1982 1983 1984 1985 19871986 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995

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1.124

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24

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2.224

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2.090

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2.489

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2.381

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1.794

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1.729

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1.035

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28

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816

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10

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1.869

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5

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1.699

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1.944

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16

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11

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1.510

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41

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1.380

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1

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2.570

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2.407

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3.426

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3.246

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210

1.648

166

166

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15

12

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1996 1997 1998

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1.870

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Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.& O Estado de Tocantins foi criado em 1988. O registro de dados até esse ano era feito no Estado de Goiás.

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39

Casos confirmados segundo local de residência e anode ocorrência. Brasil e Unidades Federadas, 1980 - 1998

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.& O Estado de Tocantins foi criado em 1988. O registro de dados até esse ano era feito no Estado de Goiás.

BRASIL

NORTE

Rondônia

Acre

Amazonas

Roraima

Pará

Amapá

Tocantins

NORDESTE

Maranhão

Piauí

Ceará

R. Gde do Norte

Paraíba

Pernambuco

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Sergipe

Bahia

SUDESTE

Minas Gerais

Espírito Santo

Rio de Janeiro

São Paulo

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Paraná

Santa Catarina

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CENTRO-OESTE

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Mato Grosso

Goiás

Distrito Federal

1980UF/Região 1981 1982 1983 1984 1985 19871986 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998

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Casos confirmados segundo local de residência e anode ocorrência. Brasil e Unidades Federadas, 1968 - 1979

BRASIL

NORTE

Rondônia

Acre

Amazonas

Roraima

Pará

Amapá

Tocantins

NORDESTE

Maranhão

Piauí

Ceará

R. Gde do Norte

Paraíba

Pernambuco

Alagoas

Sergipe

Bahia

SUDESTE

Minas Gerais

Espírito Santo

Rio de Janeiro

São Paulo

SUL

Paraná

Santa Catarina

R. Grande do Sul

CENTRO-OESTE

M. Grosso do Sul

Mato Grosso

Goiás

Distrito Federal

1968UF/Região 1969 1970 1971 1972 1973 19751974 1976 1977 1978 1979

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.& O Estado de Tocantins foi criado em 1988. O registro de dados até esse ano era feito no Estado de Goiás.

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41

Casos confirmados segundo local de residência e anode ocorrência. Brasil e Unidades Federadas, 1980 - 1989

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.& O Estado de Tocantins foi criado em 1988. O registro de dados até esse ano era feito no Estado de Goiás.

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Pernambuco

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SUDESTE

Minas Gerais

Espírito Santo

Rio de Janeiro

São Paulo

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Paraná

Santa Catarina

R. Grande do Sul

CENTRO-OESTE

M. Grosso do Sul

Mato Grosso

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Distrito Federal

UF/Região 1980 1981 1982

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&

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&

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&

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31

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&

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1987 1988 1989

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Rondônia

Acre

Amazonas

Roraima

Pará

Amapá

Tocantins

NORDESTE

Maranhão

Piauí

Ceará

R. Gde do Norte

Paraíba

Pernambuco

Alagoas

Sergipe

Bahia

SUDESTE

Minas Gerais

Espírito Santo

Rio de Janeiro

São Paulo

SUL

Paraná

Santa Catarina

R. Grande do Sul

CENTRO-OESTE

M. Grosso do Sul

Mato Grosso

Goiás

Distrito Federal

1980UF/Região 1981 1982 1983 1984 1985 19871986 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997

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rie

Histó

rica

de

D

oe

nça

s d

e

No

tificaçã

o

Co

mp

ulsó

riaCasos confirmados segundo local de residência e anode ocorrência. Brasil e Unidades Federadas, 1980 - 1998

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.& O Estado de Tocantins foi criado em 1988. O registro de dados até esse ano era feito no Estado de Goiás.

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43

Casos notificados segundo local de residência e ano deocorrência. Brasil e Unidades Federadas, 1980 - 1998

rie

Histó

rica

de

D

oe

nça

s d

e

No

tificaçã

o

Co

mp

ulsó

ria

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.(1) Casos Confirmados.& O Estado de Tocantins foi criado em 1988. O registro de dados até esse ano era feito no Estado de Goiás.

BRASIL

NORTE

Rondônia

Acre

Amazonas

Roraima

Pará

Amapá

Tocantins

NORDESTE

Maranhão

Piauí

Ceará

R. Gde do Norte

Paraíba

Pernambuco

Alagoas

Sergipe

Bahia

SUDESTE

Minas Gerais

Espírito Santo

Rio de Janeiro

São Paulo

SUL

Paraná

Santa Catarina

R. Grande do Sul

CENTRO-OESTE

M. Grosso do Sul

Mato Grosso

Goiás

Distrito Federal

1980UF/Região 1981 1982 1983 1984 1985 19871986 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994(1) 1995(1) 1996(1)

98.633

4.090

1.155

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1.366

36

1.297

59

&

22.882

1.059

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4.687

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1.585

6.354

634

749

6.025

29.339

12.155

3.574

8.049

5.561

35.810

21.276

2.110

12.424

6.512

1.672

797

1.675

2.368

61.281

4.288

485

248

465

114

2.652

324

&

17.068

1.372

1.019

3.607

623

815

2.338

1.490

595

5.209

14.660

5.755

875

4.684

3.346

20.236

7.106

2.385

10.745

5.029

412

1.574

2.318

725

39.370

784

279

18

236

15

201

35

&

7.152

256

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2.042

1.294

487

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78

237

2.267

17.723

7.046

1.494

6.462

2.721

9.096

5.172

1.331

2.593

4.615

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349

3.246

914

58.257

3.882

1.882

48

406

34

1.493

19

&

16.929

1.065

1.048

1.996

2.209

2.363

1.401

375

535

5.937

14.630

5.279

2.193

5.006

2.152

15.408

8.833

1.539

5.036

7.408

1.140

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2.224

3.862

80.879

7.963

863

978

3.202

20

2.664

236

&

25.412

1.393

727

4.746

534

711

2.569

3.103

2.113

9.516

21.814

6.581

684

9.704

4.845

20.410

9.948

3.646

6.816

5.280

865

3.448

670

297

75.993

4.569

268

1.003

1.317

18

1.423

540

&

44.697

697

2.127

5.766

5.444

3.372

4.867

3.012

1.477

17.935

10.472

4.878

1.635

2.055

1.904

13.177

5.115

3.075

4.987

3.078

1.304

339

1.142

293

129.942

6.048

2.212

579

228

6

2.400

623

&

45.923

1.372

2.372

5.078

2.981

2.468

3.775

2.259

2.570

23.048

45.061

21.960

4.384

2.760

15.957

23.279

11.063

1.381

10.835

9.631

1.311

626

5.948

1.746

66.059

5.153

603

599

1.846

202

1.865

38

&

16.793

1.052

499

1.918

750

769

1.038

1.514

1.011

8.242

17.733

8.882

321

2.719

5.811

20.415

9.759

3.277

7.379

5.965

1.913

1.705

1.780

567

26.179

655

60

145

296

39

101

14

...

16.324

99

170

1.187

1.951

258

192

1.346

277

10.844

3.468

1.477

169

1.492

330

4.979

521

322

4.136

753

156

309

158

130

22.853

334

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1997(1) 1998(1)

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Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.& O Estado de Tocantins foi criado em 1988. O registro de dados até esse ano era feito no Estado de Goiás.

Casos confirmados segundo local de residência e anode ocorrência. Brasil e Unidades Federadas, 1982 - 1998

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Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.& O Estado de Tocantins foi criado em 1988. O registro de dados até esse ano era feito no Estado de Goiás.

Casos confirmados segundo local de residência e anode ocorrência. Brasil e Unidades Federadas, 1982 - 1998

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-

-

4

2

-

15

10

6

-

3

1

3

1

1

1

4

-

3

1

-

46○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○○○○○○○○○○○○○○○○○○○○○○○

rie

Histó

rica

de

D

oe

nça

s d

e

No

tificaçã

o

Co

mp

ulsó

riaCasos confirmados segundo local de residência e anode ocorrência. Brasil e Unidades Federadas, 1980 - 1998

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI.& O Estado de Tocantins foi criado em 1988. O registro de dados até esse ano era feito no Estado de Goiás.

BRASIL

NORTE

Rondônia

Acre

Amazonas

Roraima

Pará

Amapá

Tocantins

NORDESTE

Maranhão

Piauí

Ceará

R. Gde do Norte

Paraíba

Pernambuco

Alagoas

Sergipe

Bahia

SUDESTE

Minas Gerais

Espírito Santo

Rio de Janeiro

São Paulo

SUL

Paraná

Santa Catarina

R. Grande do Sul

CENTRO-OESTE

M. Grosso do Sul

Mato Grosso

Goiás

Distrito Federal

1980UF/Região 1981 1982 1983 1984 1985 19871986 1988 1989 1990 1991 1992 1993

72.608

6.312

426

186

1.693

113

3.694

200

&

25.987

3.047

1.911

6.188

1.170

899

4.860

1.054

711

6.147

26.638

7.814

1.363

5.228

12.233

10.242

2.619

1.338

6.285

3.429

651

727

1.426

625

86.411

6.434

407

223

1.617

99

3.852

236

&

26.885

3.127

1.780

4.374

1.582

1.349

4.777

1.137

661

8.098

38.362

7.635

1.463

11.481

17.783

10.735

3.150

1.659

5.926

3.995

961

904

1.503

627

87.822

6.570

452

223

1.925

131

3.632

207

&

27.002

2.932

1.797

3.990

1.331

1.521

4.237

1.353

760

9.081

40.450

11.532

1.413

11.282

16.223

9.960

3.184

1.528

5.248

3.840

898

890

1.450

602

86.617

6.398

531

248

1.823

86

3.501

209

&

26.411

2.900

1.566

4.314

1.354

1.441

3.877

1.452

756

8.751

40.097

8.670

1.408

13.472

16.547

9.802

3.255

1.411

5.136

3.909

869

924

1.431

685

88.366

6.805

708

290

1.880

111

3.625

191

&

28.551

3.079

1.798

4.455

1.413

1.504

4.542

1.464

743

9.553

38.574

9.056

1.394

11.728

16.396

10.114

3.733

1.282

5.099

4.322

997

1.051

1.530

744

84.310

6.716

689

254

1.936

132

3.485

220

&

27.917

3.186

1.783

4.432

1.405

1.454

4.429

1.495

671

9.062

35.913

8.497

1.340

10.513

15.563

9.729

3.355

1.244

5.130

4.035

875

1.035

1.495

630

83.731

6.608

736

272

1.926

145

3.315

214

&

26.890

3.271

1.579

4.369

1.295

1.396

4.386

1.480

644

8.470

36.429

7.956

1.300

10.080

17.093

9.698

3.525

1.083

5.090

4.106

864

992

1.595

655

81.826

7.034

987

271

2.039

151

3.380

206

&

25.867

3.306

1.609

4.302

1.466

1.409

4.177

1.412

704

7.482

35.721

7.707

1.328

11.236

15.450

9.128

3.071

1.040

5.017

4.076

947

1.106

1.400

623

82.395

7.124

929

314

2.043

152

3.474

212

&

25.141

3.419

1.480

4.186

1.404

1.234

3.689

1.332

562

7.835

37.414

7.210

1.293

12.462

16.449

8.936

3.140

1.125

4.671

3.780

866

1.055

1.218

641

80.375

6.846

776

289

1.944

124

3.181

205

327

25.382

3.555

1.552

4.513

1.259

1.156

3.807

1.146

566

7.828

35.778

6.649

1.230

13.493

14.406

8.579

2.784

1.127

4.668

3.790

914

1.114

1.110

652

74.570

6.985

734

356

1.926

144

3.202

199

424

25.686

3.948

1.633

4.636

1.352

1.411

3.728

1.258

664

7.056

30.035

6.824

1.504

5.558

16.149

8.037

2.373

1.229

4.435

3.827

968

1.021

1.163

675

84.990

6.943

729

332

1.970

211

3.180

188

333

25.231

3.568

1.629

4.214

1.210

1.266

3.714

1.408

621

7.601

41.075

6.254

1.419

15.792

17.610

7.888

2.527

1.170

4.191

3.853

1.017

928

1.129

779

85.955

7.491

1.084

379

1.977

214

3.304

160

373

24.615

3.409

1.754

3.837

1.361

1.345

3.860

1.383

625

7.041

41.201

6.533

1.420

15.558

17.690

8.369

2.812

1.258

4.299

4.279

1.018

1.521

996

744

75.453

7.505

818

374

2.070

202

3.536

175

330

28.437

3.280

1.872

4.503

1.405

1.649

4.573

1.332

655

9.168

27.037

6.965

1.490

...

18.582

8.317

2.504

1.339

4.474

4.157

1.112

1.210

1.128

707

1994 1995 1996 1997 1998

75.759

7.189

763

285

2.064

183

3.313

202

379

28.764

3.338

1.831

4.523

1.433

1.598

4.523

1.269

646

9.603

27.135

6.649

1.511

...

18.975

8.718

2.531

1.489

4.698

3.953

982

1.160

1.102

709

91.013

6.788

775

307

2.021

206

2.894

200

385

28.465

3.655

1.893

4.501

1.258

1.420

5.217

1.145

678

8.698

43.241

6.657

1.460

16.858

18.266

8.610

2.311

1.453

4.846

3.909

1.002

1.089

1.081

737

85.860

6.939

687

367

2.020

186

3.023

204

452

25.151

3.220

1.406

3.961

1.226

1.330

4.310

1.162

640

7.896

41.154

6.169

1.479

14.972

18.534

8.835

2.451

1.450

4.934

3.781

891

1.073

1.026

791

83.309

6.756

597

330

1.966

212

2.952

205

494

24.015

3.317

1.343

3.689

898

1.260

3.993

1.106

604

7.805

39.769

5.548

1.419

15.193

17.609

8.616

2.252

1.410

4.954

4.153

1.001

1.276

1.130

746

82.931

6.405

538

176

2.012

206

2.895

215

363

24.423

3.059

1.397

3.636

1.240

1.547

4.051

1.024

614

7.855

38.992

5.897

1.497

13.219

18.379

9.265

2.574

1.544

5.147

3.846

921

1.216

1.052

657

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○

○○○○○○○○○○○○○○○○○○○○○○○○○

47

Número de Casos de Doenças de Notificação Compulsória.Brasil, 1980 - 1998

Fonte: MS/FUNASA/CENEPI, SES

1983 1984 1985 19871986 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 19981982

34

-

26.298

-

3.345

1.388

6

3.886

18.798

5.038

1.124

297.687

82

45

103

58.257

2.150

706

86.617

139

-

19.222

-

2.914

1.353

45

4.689

18.854

6.161

2.224

378.257

37

130

87

80.879

2.198

602

88.366

562

-

22.119

-

2.023

1.482

7

4.348

19.265

13.654

2.489

399.462

71

329

53

75.993

2.036

592

84.310

1.167

-

25.477

47.370

1.580

1.840

9

3.663

18.476

15.545

1.794

443.627

76

612

39

129.942

2.078

497

83.731

2.768

-

16.898

89.394

1.284

2.337

16

3.371

19.685

26.253

1.035

508.864

45

196

57

66.059

1.852

464

81.826

4.485

-

8.868

190

987

3.045

26

3.350

26.578

25.153

816

559.535

25

106

36

26.179

1.852

403

82.395

6.246

-

13.810

5.334

801

4.039

9

3.106

27.837

21.129

1.869

577.520

26

35

58

22.853

1.720

392

80.375

8.825

-

15.329

40.642

640

4.958

2

1.990

28.482

24.753

1.944

560.396

18

-

73

61.435

1.547

295

74.570

11.925

2.103

7.252

97.209

495

4.672

15

2.262

30.094

28.450

1.510

541.927

10

-

70

42.532

1.441

272

84.990

15.027

37.572

5.155

3.215

276

4.878

12

1.825

34.451

24.668

1.870

572.993

25

-

60

7.934

1.312

233

85.955

16.877

60.340

5.388

7.086

252

5.910

83

2.033

32.988

27.454

2.570

483.367

14

-

50

2.396

1.282

215

75.453

18.339

51.324

4.098

56.621

245

6.213

19

2.067

32.785

35.103

3.426

555.135

18

-

22

1.263

1.047

171

75.759

20.024

4.954

3.798

128.619

171

6.890

4

2.380

35.922

35.748

3.885

564.570

9

-

31

967

978

131

91.013

22.554

1.017

1.245

183.418

181

7.104

15

1.358

39.928

30.030

3.246

444.049

5

-

25

791

1.010

93

85.860

22.811

3.044

1.789

254.987

134

6.073

3

996

44.939

31.303

2.570

405.049

16

-

25

53.664

895

102

83.309

10

-

54.766

12.000

3.297

1.226

24

3.825

16.994

5.890

1.120

221.939

151

69

127

39.370

2.226

584

87.822

1980Doença 1981Ano

Aids

Cólera

Coqueluche

Dengue

Difteria

Doença Meningocócica

Febre Amarela

Febre Tifóide

Hanseníase

Leishmaniose Tegumentar

Leishmaniose Visceral

Malária (todas as formas)

Peste

Poliomielite

Raiva Humana

Sarampo

Tétano Acidental

Tétano Neonatal

Tuberculose (todas as formas)

1

-

45.749

-

4.646

1.575

25

4.696

14.515

4.560

164

169.871

97

1.290

173

98.633

...

...

72.608

-

-

42.247

-

3.848

1.229

22

3.967

17.133

5.153

359

197.149

59

122

139

61.281

...

...

86.411

22.447

2.745

1.604

570.148

81

5.575

34

523

42.055

21.801

2.154

471.892

4

-

29

2.777

681

71

82.931

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Bibliografia ConsultadaBibliografia Consultada

Esta obra foi editada e publicada para atender aos objetivos do Projeto VIGISUS, em conformidade com o acordo de empréstimo no 4394-BR com oBanco Mundial, no âmbito do Projeto BRA/97-028 PNUD-Fundação Nacional de Saúde/FUNASA.