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Nesta edição Editorial Página 2 - Índice e Editorial Páginas 3 e 4 - D. Manuel II: O Patriota Páginas 5 a 9 - D. Manuel II: As Moedas Páginas 10 a 11 - D. Manuel II no Fórum Páginas 12 a 14 - A Guerra Peninsular Páginas 15 a 20 - Marquês do Pombal Página 21 - D. Manuel II: As Notas Páginas 22 e 23 - D. Manuel II: Os Selos Páginas 24 a 28 - A moeda do Ano de 2007 Página 29 - O CD do Encontro do Fórum Páginas 30 e 31 - Ceitis: Programa de Catalogação

Caros Amigos, 1 – Mais uma vez a Revista do Fórum volta a ver a luz do dia. Desta vez quase inteiramente dedicada ao curto reinado de D. Manuel II. 2 – Não posso deixar de dedicar esta edição ao forista “Destrans” grande mestre no trabalho gráfico (e que grande colaboração), ao “vma” pelo excelente trabalho elaborado sobre a Numismática deste e de outros reinados, ao “Leos” pelo estímulo e incentivo para ter alguma coisa pronta para o Encontro Nacional, onde foi apresentada uma versão reduzida, e pelos textos referentes ao CD do Encontro do Fórum e ao programa “CeiTis”. 3 – Parabéns ao Fórum de Numismática, pelo seu 3º aniversário. Desejo que o Encontro Nacional do Fórum promovido por esta ocasião seja um sucesso que se possa repetir mais vezes. Uma saudação muito especial para os foristas da Madeira, que aproveitando a mesma “carruagem”, não deixaram de promover idêntico Encontro na Pérola do Atlântico. Bem vindos a todos. Saudações Numismáticas.

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D. MANUEL II (O PATRIOTA)

1908 – 1910

D. Manuel II (15 de Novembro de 1889 - 2 de Julho de 1932), de seu nome completo Manuel Maria Filipe Carlos Amélio Luís Miguel Rafael Gonzaga Xavier Francisco de Assis Eugénio de Bragança, foi o trigésimo-sexto Rei de Portugal. D. Manuel II sucedeu ao seu pai, o rei D. Carlos I, depois do assassinato brutal deste e do seu irmão mais velho, o Príncipe Real D. Luís Filipe, a 1 de Fevereiro de 1908. Antes da sua ascensão ao trono, D. Manuel foi duque de Beja e Infante de Portugal.

D.Manuel II nasceu no Palácio de Belém, em Lisboa, cerca de dois meses depois da subida de seu pai ao trono de Portugal. Baptizado alguns dias depois, no mesmo Paço de Belém, teve por padrinho o imperador do Brasil, D. Pedro II, deposto do seu trono exactamente no mesmo dia do seu nascimento. D. Manuel recebeu à nascença os títulos reais de Infante de Portugal e de Duque de Beja. Teve o tratamento e a educação tradicionais dos filhos dos monarcas da sua época, embora sem preocupações políticas, dado ser o filho segundo do rei e, como tal, não esperar um dia vir a ser rei. Estudou línguas, história e música (tendo como professor Alexandre Rey Colaço). Viajou com a mãe e o irmão ao Egipto, no iate real Amélia, aprofundando assim os seus conhecimentos das civilizações antigas. Em 1907 iniciou os seus estudos de preparação para ingresso na Escola Naval, preparando-se para seguir carreira na marinha. A sua futura carreira naval foi inesperadamente interrompida em 1 de Fevereiro de 1908, com o Regicídio de 1908. O infante havia regressado a Lisboa (depois de ter estado alguns dias em Vila Viçosa, com toda a família) para se preparar para os exames da escola naval, tendo ido esperar os pais e o irmão ao Terreiro do Paço. Minutos depois deu-se o cruel atentado que vitimou o Rei e o Príncipe Real, sendo D. Manuel atingido no braço (ainda não se sabe se o alvo do atentado era o Rei D. Carlos, ou se seria o chefe do Governo de então, João Franco, que, após demitir o Parlamento devido aos contínuos distúrbios que os republicanos causavam e marcar novas eleições, ficou com a fama de ditador, que ainda hoje perdura). Tornou-se assim Rei de Portugal. A sua primeira decisão consistiu em reunir o Conselho de Estado, demitindo em seguida o Primeiro-Ministro João Franco. Nomeou então um governo de acalmação, presidido pelo Almirante Francisco Ferreira do Amaral. Foi solenemente aclamado Rei na Assembleia de Cortes em 6 de Maio de 1908, perante os deputados da Nação, jurando cumprir a Carta Constitucional. O Rei auferiu, no início, de uma certa simpatia generalizada devido à sua tenra idade (18 anos) e à forma trágica e sangrenta como alcançou o trono. Foi então fortemente protegido pela sua mãe, a Rainha D. Amélia, tendo procurado o apoio do experiente José Luciano de Castro. Durante o seu reinado visitou várias localidades do norte do país e visitou oficialmente a Espanha, a França e a Inglaterra, onde foi nomeado cavaleiro da prestigiada Ordem da Jarreteira, em Novembro de 1909. Recebeu as visitas de Afonso XIII, Rei de Espanha, em 1909 e de Hermes da Fonseca, Presidente eleito do Brasil, em 1910. Entretanto a situação política degradou-se progressivamente, tendo-se sucedido sete governos em cerca de 24 meses. As eleições legislativas de 28 de Agosto de 1910 fizeram aumentar substancialmente os deputados republicanos no parlamento, o que motivou bastante a causa revolucionária.

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Na verdade, a 4 de Outubro de 1910, começou uma revolução e no dia seguinte, 5 de Outubro deu-se a Implantação da República em Portugal. O Palácio das Necessidades, sua residência oficial, foi bombardeado, pelo que o monarca foi aconselhado a dirigir-se para o Palácio Nacional de Mafra, onde se lhe viriam a juntar a mãe, a Rainha D. Amélia de Orleães e a avó, a Rainha-mãe D. Maria Pia de Sabóia. No dia seguinte, consumada a vitória republicana em Lisboa e a adesão do resto do país ao novo regime, D. Manuel II decidiu-se pelo exílio, embarcando na Ericeira no iate real Amélia. O rei ainda tencionou seguir para o Porto, mas os oficiais a bordo demoveram-no dessa intenção. Desembarcou em Gibraltar, de onde seguiu para o Reino Unido, onde foi recebido pelo rei Jorge V. Fixou residência em Fulwell Park, Twickenham, nos arredores de Londres, local para onde seguiram os seus bens particulares. Aí procurou recriar um ambiente português, à medida que fracassavam as tentativas de restauração monárquica (em 1911, 1912 e 1919). A 4 de Setembro de 1913, D. Manuel casou com D. Augusta Vitória, princesa de Hohenzollern-Sigmaringen (1890-1966), que era ainda

sua prima (por ser neta da Infanta D. Antónia de Bragança), mas não teve descendência. D. Manuel dedicou-se então aos estudos e escreveu um tratado sobre literatura medieval e renascentista em Portugal. Continuou a seguir de perto a política portuguesa, gozando de alguma influência junto de alguns círculos políticos. Admirador do espírito britânico, foi ele um dos que defendeu a entrada de Portugal na Primeira Guerra Mundial, participando activamente na Cruz Vermelha Britânica. Uma prova de reconhecimento dos ingleses para D. Manuel e para com Portugal foi o facto de Jorge V o ter convidado a ocupar um lugar a seu lado na tribuna de honra do desfile da vitória, em 1919.O rei, apesar de deposto e exilado, teve sempre um elevado grau de patriotismo, o que o levou, em 1915, a declarar no seu testamento a intenção de legar os seus bens pessoais (os da Casa de Bragança), ao Estado Português, manifestando também a sua vontade de ser sepultado em Portugal. Faleceu inesperadamente na sua residência, em 2 de Julho de 1932, vítima de um edema da glote. O Governo Português, chefiado por Salazar, autorizou a sua sepultura em Lisboa, organizando funerais de estado. Os seus restos mortais chegaram a Portugal, em 2 de Agosto, sendo sepultados no Panteão dos Braganças, no mosteiro de São Vicente de Fora em Lisboa. Passou à história com o cognome de “O Patriota” (pela preocupação que os assuntos pátrios sempre lhe causaram), sendo também chamado de O Desventurado (em virtude da Revolução que lhe retirou a coroa), O Estudioso ou o Bibliófilo (devido ao seu amor pelos livros antigos e pela literatura portuguesa); os monárquicos de hoje, chamam-lhe O Rei-Saudade (pela saudade que lhes deixou, após a abolição da monarquia). Depois da sua morte em 1932, a chefia da casa real portuguesa passou para D. Duarte Nuno de Bragança, seu primo, neto do rei D. Miguel I, uma vez que o falecido monarca tinha procurado aproximar os dois ramos desavindos da família, através do Pacto de Dover. Dando cumprimento às suas disposições testamentárias, o governo português constituiu com os seus bens a Fundação da Casa de Bragança.

in “Wikipédia”

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D. MANUEL II – AS MOEDAS

Leis Monetárias

1908 Lei de 13 de Agosto Manda cunhar moeda comemorativa do primeiro centenário da Guerra Peninsular

1908 Lei de 3 de Setembro Manda cunhar moeda de 500 reis comemorativa e de homenagem ao primeiro Marquês de Pombal

Prata

1908 Lei de 9 de Setembro Manda proceder à cunhagem de moedas de 500, 200 e 100 reis. Baixa o toque dos 200 e 100 reis para 835. Refere-se ainda a moedas que não passaram de projecto

Bronze 1908 Lei de 9 de Setembro Manda proceder à cunhagem de moedas de 5

reis em bronze

Gravadores

Venâncio Pedro de Macedo Alves Nasceu a 31 de Janeiro de 1853 e morreu a 1 de Fevereiro de 1933. Foi admitido na Casa da Moeda, como aluno da escola de gravura em 15 de Fevereiro de 1866, passou a praticante de gravura em 3 de Outubro de 1877 e a 17 de Maio de 1894 foi nomeado chefe das oficinas.

José Simões de Almeida (sobrinho)

Nasceu em 1880 e morreu em 1950. Foi talvez o gravador dos ensaios M2.QR.01 a 03

Bibliografia Casa da Moeda Catálogo Geral de Modelos, Punções, Matrizes, Cunhos, Galvanos e Clichés - Lisboa

1960

Gomes, Alberto Catálogo das Moedas Portuguesas Seculo XIX e XX - 1ª Edição – 1979

Gomes, Alberto Moedas Portuguesas e do Território Português antes da Fundação da Nacionalidade - 2ª Edição – 1996

Gomes, Alberto Moedas Portuguesas e do Território que hoje é Portugal - 4ª Edição – 2003

Gomes, Alberto Moedas Portuguesas e do Território que hoje é Portugal - 5ª Edição – 2007

Numisma Leilão nº 51 a 69

Reis, Pedro Batalha Cartilha da Numismática Portuguesa - 1952 – 1956

Reis, Pedro Batalha Preçário das Moedas Portuguesas – 1958

Vaz, Joaquim Ferraro Catálogo das Moedas Portuguesas – 1948

Vaz, Joaquim Ferraro Livro das Moedas de Portugal - 1970

Vaz, Joaquim Ferraro Livro das Moedas de Portugal - 1972

Vaz, Joaquim Ferraro Livro das Moedas de Portugal - 1973

Vaz, Joaquim Ferraro Livro das Moedas de Portugal - 1978

Folgosa, José Maria Dicionário de Numismática

Marques, Mário Gomes Introdução à Numismática - 1982

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CINCO RÉIS Anv.: ����EMANVEL •EMANVEL •EMANVEL •EMANVEL • II • PORTVG: ET • ALGARB: REXII • PORTVG: ET • ALGARB: REXII • PORTVG: ET • ALGARB: REXII • PORTVG: ET • ALGARB: REX����

Cabeça do rei à esquerda dentro de um circulo de pontos, tendo por baixo as iniciais do

gravador V. A. E no exergo, entre as duas estrelas, o ano.

Rev.: No campo, dentro de uma coroa de louro e carvalho, em duas linhas, 5 REIS

Lei de 9 de Setembro de 1908 Metal: Bronze Composição: Cu 960 - Sn 20 - Zn 20 Eixo: Horizontal Casa da Moeda: Lisboa Peso: 3 g Diametro: 21 mm Bordo: Liso

Data Descrição Batalha Reis Ferraro Vaz Alberto Gomes

1910 8 E2.09 E2 01.01

CEM RÉIS Anv.: ����EMANVEL •EMANVEL •EMANVEL •EMANVEL • II • PORTVG: ET • ALGARB: REXII • PORTVG: ET • ALGARB: REXII • PORTVG: ET • ALGARB: REXII • PORTVG: ET • ALGARB: REX����

Cabeça do rei à esquerda, tendo por baixo o nome do gravador V. ALVES e o ano entre duas

estrelas.

Rev.: No campo, dentro de uma coroa de louro, em duas linhas, 100 REIS tendo por cima a coroa real.

Lei de 9 de Setembro de 1908 Metal: Prata Composição: 835 Eixo: Horizontal Casa da Moeda: Lisboa Peso: 2,5 g Diametro: 20 mm Bordo: Serrilhado

Data Descrição Batalha Reis Ferraro Vaz Alberto Gomes

1909 4 E2.07 E2 02.01

1910 4A E2.08 E2 02.02

1910 Proof-Like (1) E2 02.03

(1) - O Proof-Like não é um estado de conservação, mas uma peça especial que em português se denomina busto baço sobre fundo espelhado, portanto não confundir com o estado soberbo ou FDC.

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DUZENTOS RÉIS Anv.: ����EMANVEL •EMANVEL •EMANVEL •EMANVEL • II • PORTVG: ET • ALGARB: REXII • PORTVG: ET • ALGARB: REXII • PORTVG: ET • ALGARB: REXII • PORTVG: ET • ALGARB: REX����

Cabeça do rei à esquerda, tendo por baixo o nome do gravador V. ALVES e o ano entre duas

estrelas.

Rev.: No campo, dentro de uma coroa de louro, em duas linhas, 200 REIS tendo por cima a coroa real.

Lei de 9 de Setembro de 1908 Metal: Prata Composição: 835 Eixo: Horizontal Casa da Moeda: Lisboa Peso: 5 g Diametro: 24 mm Bordo: Serrilhado

Data Descrição Batalha Reis Ferraro Vaz Alberto Gomes

1909 3 E2.06 E2 03.01

QUINHENTOS RÉIS

Anv.: ����EMANVEL •EMANVEL •EMANVEL •EMANVEL • II • PORTVG: ET • ALGARB: REXII • PORTVG: ET • ALGARB: REXII • PORTVG: ET • ALGARB: REXII • PORTVG: ET • ALGARB: REX����

Cabeça do rei à esquerda, tendo por baixo o nome do gravador V. ALVES e o ano entre duas

estrelas.

Rev.: Armas do reino ornamentadas entre dois ramos de carvalho e louro, tendo por baixo 500 REIS

Lei de 9 de Setembro de 1908 Metal: Prata Composição: 916 2/3 Eixo: Horizontal Casa da Moeda: Lisboa Peso: 12,5 g Diametro: 31mm Bordo: Serrilhado

Data Descrição Batalha Reis Ferraro Vaz Alberto Gomes

1908 2 E2.02 E2 04.01

1908 Proof-Like (1) E2 04.02

1909 2A E2.03 E2 04.03

1909 Data emendada no cunho de 1908 E2 04.04

(1) - O Proof-Like não é um estado de conservação, mas uma peça especial que em português se denomina busto baço sobre fundo espelhado, portanto não confundir com o estado soberbo ou FDC.

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Anv.: ����EMANVEL •EMANVEL •EMANVEL •EMANVEL • II • PORTVG: ET • ALGARB: REXII • PORTVG: ET • ALGARB: REXII • PORTVG: ET • ALGARB: REXII • PORTVG: ET • ALGARB: REX����

Cabeça do rei à esquerda, tendo por baixo o nome do gravador V. ALVES e o ano entre duas

estrelas.

Rev.: ����MOEDA COMMEMORATIVA MARQUEZ DE POMBALMOEDA COMMEMORATIVA MARQUEZ DE POMBALMOEDA COMMEMORATIVA MARQUEZ DE POMBALMOEDA COMMEMORATIVA MARQUEZ DE POMBAL����

Figura da Victória entre nuvens, coroando o busto do Marquês, a seu lado numa estátua, e do outro lado o escudo do reino encostado a uma couraça, que tem por cima a coroa real e por baixo uma palma, e no exergo, entre duas estrelas, 500 REIS

Lei de 3 de Setembro de 1908 Metal: Prata Composição: 916 2/3 Eixo: Horizontal Casa da Moeda: Lisboa Peso: 12,5 g Diametro: 31 mm Bordo: Serrilhado

Data Descrição Batalha Reis Ferraro Vaz Alberto Gomes

1910 Moeda Comemorativa Marquez de Pombal 7 E2.05 E2 05.01

1910 Proof-Like (1) 7A E2 05.02

Anv.: ����EMANVEL •EMANVEL •EMANVEL •EMANVEL • II • PORTVG: ET • ALGARB: REXII • PORTVG: ET • ALGARB: REXII • PORTVG: ET • ALGARB: REXII • PORTVG: ET • ALGARB: REX����

Cabeça do rei à esquerda, tendo por baixo o nome do gravador V. ALVES e o ano entre duas

estrelas.

Rev.: CENTENARIO DA GUERRA PENINSULARCENTENARIO DA GUERRA PENINSULARCENTENARIO DA GUERRA PENINSULARCENTENARIO DA GUERRA PENINSULAR

Escudo do reino sobre uma couraça, encimada pela coroa real tendo por cima as datas 1808

1814 Entre a couraça e o escudo tem um leão à direita e por detrás uma lança com bandeira e

uma espingarda com baioneta cruzadas e uma peça de artilharia, por baixo, junto à couraça, dois

ramos de carvalho e louro e no exergo, entre dois florões 500 REIS

Lei de 13 de Agosto de 1908 Metal: Prata Composição: 916 2/3 Eixo: Horizontal Casa da Moeda: Lisboa Peso: 12,5 g Diametro: 31 mm Bordo: Serrilhado

Data Descrição Batalha Reis Ferraro Vaz Alberto Gomes

1910 Centenário da Guerra Peninsular 6 E2.04 E2 06.01

1910 Proof-Like (2) 6A E2 06.02

(2) - Na Cartilha da Numismática Portuguesa de Batalha Reis diz o seguinte: "Destas moedas (1000 reis e 500 Reis do Centenário da Guerra Peninsular e 500 Reis do Centenário do Marquês de Pombal) fizeram-se alguns exemplares batidos sobre chapa brilhante e ficando o tipo baço, que são de admirável beleza. RRR (rarissímas)”

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MIL RÉIS

Anv.: ����EMANVEL •EMANVEL •EMANVEL •EMANVEL • II • PORTVG: ET • ALGARB: REXII • PORTVG: ET • ALGARB: REXII • PORTVG: ET • ALGARB: REXII • PORTVG: ET • ALGARB: REX����

Cabeça do rei à esquerda, tendo por baixo o nome do gravador V. ALVES e o ano entre duas

estrelas.

Rev.: CENTENARIO DA GUERRA PENINSULARCENTENARIO DA GUERRA PENINSULARCENTENARIO DA GUERRA PENINSULARCENTENARIO DA GUERRA PENINSULAR

Escudo do reino sobre uma couraça, encimada pela coroa real tendo por cima as datas 1808

1814 Entre a couraça e o escudo tem um leão à direita e por detrás uma lança com bandeira e

uma espingarda com baioneta cruzadas e uma peça de artilharia, por baixo, junto à couraça, dois

ramos de carvalho e louro e no exergo, entre dois florões 1000 REIS

Lei de 13 de Agosto de 1908 Metal: Prata Composição: 916 2/3 Eixo: Horizontal Casa da Moeda: Lisboa Peso: 25 g Diametro: 37 mm Bordo: Serrilhado

Data Descrição Batalha Reis Ferraro Vaz Alberto Gomes

1910 Centenário da Guerra Peninsular 5 E2.01 E2 07.01

1910 Proof-Like (2) 5A E2 07.02

(2) - Na Cartilha da Numismática Portuguesa de Batalha Reis diz o seguinte: "Destas moedas (1000 reis e 500 Reis do Centenário da Guerra Peninsular e 500 Reis do Centenário do Marquês de Pombal) fizeram-se alguns exemplares batidos sobre chapa brilhante e ficando o tipo baço, que são de admirável beleza. RRR (rarissímas)”

ENSAIOS Anv.: Anepigrafe

Cabeça do rei à esquerda.

Lei ? Metal: Ver descrição Composição: ? Eixo: Não aplicável Casa da Moeda: Lisboa Peso: ? Diametro: 31mm aprox. Bordo: ?

Data Descrição Batalha Reis Ferraro Vaz Alberto Gomes

ND Ensaio Uniface - Estudo do busto real – Prata

ND Ensaio Uniface - Estudo do busto real – Cu-Ni

ND Ensaio Uniface - Estudo do busto real – Bronze(3)

(3) - No 63º Leilão da Numisma vem com o numero 352 um ensaio com a seguinte descrição: "Ensaio de busto (500 Reis) Uniface Cobre (assinado Simões)" e no Catálogo Geral dos Cunhos da Casa da Moeda a pag. 380 sob o nº 13 apresenta um galvano em bronze também assinado Simôes e com a indicação de "Estudo não aprovado" - Assim leva a supor que estes ensaios foram feitos por Simões e não por Venâncio Alves, isto até prova em contrário.

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D. MANUEL II E O FÓRUM

1º Centenário da Guerra Peninsular, por José Matos (Alfonsvs)

Para comemorar a valorosa participação portuguesa nas batalhas travadas durante as invasões francesas da Península Ibérica, entre 1808 e 1814, foi ordenado pela Lei de 13 de Agosto de 1908, que se cunhassem moedas de prata de 1000 e de 500 réis. Ao conjunto das batalhas, travadas tanto em Portugal como em Espanha: Roliça, Vimeiro, Corunha, Talavera, Buçaco, etc, foi dado o nome de Guerra Peninsular. Aqui a moeda de 500 reis foi emoldurada por selos fiscais sobre uma carta de sentença, pela disputa de um terreno do meu bisavô, em 1909.

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Quando faleceu o meu avô, tinha eu 6 anos, conhecia vários documentos, transmitidos de pais para filhos, que o meu avô me mostrava e que eu muito apreciava. São dezenas de documentos variados, que hoje estão em minha posse, desde escrituras a testamentos, de nomeações a certidões, que contam a história de várias gerações desde 1787, data do mais antigo. O que me atraiu nestes documentos desde criança foi o colorido dos selos fiscais, a caligrafia espectacular e, claro, o facto de se relacionarem com os meus antepassados. Claro que o tema deste tópico é essencialmente a moeda comemorativa da guerra peninsular que comprei numa feira. O documento serve para embelezar, mas igualmente para comparar o valor facial da moeda com o custo da acção e do documento de 13 folhas: cada uma leva o Imposto do selo de 100 réis e no final três selos fiscais de 100, 20 e 90 reis. O que totaliza 1510 reis.

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AS MOEDAS E A HISTÒRIA – A GUERRA PENINSULAR

A chamada Guerra Peninsular sucedeu no início do século XIX, na Península Ibérica, integrando o evento mais amplo das Guerras Napoleónicas. Envolveu Portugal, Espanha, Grã-Bretanha e França, com repercussões além da Europa, na independência da América Latina.

Antecedentes

A Guerra da Restauração entre 1807 e 1814, tem uma sequência de eventos envolvendo a península que remontam à Campanha do Rossilhão (1793–95), quando tropas de Portugal reforçam as da Espanha, integrando a primeira aliança liderada pela Inglaterra contra a França revolucionária.

A partir da ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder (1799), a Espanha alia-se à França para, por meio da invasão e da divisão de Portugal entre estes, atingir indirectamente os interesses comerciais do Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte (Guerra das Laranjas, 1801).

Oscilando entre o Reino Unido da Grã-Bretanha e a França enquanto potências, Portugal tenta um equilíbrio que preserve a sua soberania e os seus interesses. Sem conseguir que Portugal encerrasse os seus portos ao Reino Unido, Napoleão assinou o Tratado de Fontainebleau com a Espanha (27 de Outubro de 1807), projectando repartir o território português a ser conquistado, em três reinos:

• Lusitânia Setentrional – território entre o rio Minho e o rio Douro, um principado a ser governado pelo soberano do extinto reino da Etrúria (então Maria Luísa, filha de Carlos IV de Espanha);

• Algarves – região compreendida ao sul do Tejo, a ser governada por Manuel de Godoy, o Príncipe da Paz, primeiro-ministro de Carlos IV, com o título de rei; e

• Resto de Portugal – território circunscrito entre o rio Douro e o rio Tejo, região estratégica pelos seus portos, a ser administrada directamente pela França até à paz geral.

Para o cumprimento do Tratado, Napoleão ordenou a invasão de Portugal, iniciando o que se denomina por Guerra Peninsular (1807–1814), cuja primeira parte é conhecida como invasões francesas a Portugal.

A 1ª Invasão

Embarque para o Brasil do Príncipe Regente de Portugal, D. João VI, e de toda

a família real, no Porto de Belém, em 27 de Novembro de 1807. Gravura feita

por Francisco Bartolozzi (1725-1815) a partir de óleo de Nicolas Delariva.

Sob o comando do General Jean-Andoche Junot, as tropas francesas entraram na Espanha em 18 de Outubro de 1807, cruzando o seu território em marcha acelerada em pleno Inverno, e alcançando a fronteira portuguesa em 20 de Novembro. Sem encontrar resistência militar, uma coluna de tropas invasoras

atingiu Abrantes a 24. Faminto e desgastado pela marcha e pelo rigor da estação, o exército francês teve dificuldade para ultrapassar o rio Zêzere, entrando em Santarém a 28, de onde partiu no mesmo dia, rumo a Lisboa, onde entrou a 30, à frente de dois regimentos em mau estado. Um dia antes, a Família Real e a Corte portuguesa haviam largado ferros da barra do rio Tejo, rumo ao Brasil, levando em 34 navios de guerra portugueses, cerca de 15.000 pessoas, deixando o governo de Portugal nas mãos de uma regência, com instruções para não "resistir" aos invasores.

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No ano seguinte, em Agosto, uma força britânica sob o comando do general Arthur Wellesley (mais tarde duque de Wellington), desembarcava em Portugal, avançando sobre Lisboa. Travaram-se, na sequência, a batalha de Roliça e a batalha do Vimeiro, vencidas pelos aliados Portugal/Reino Unido da Grã-Bretanha forçando à Convenção de Sintra.

A 2ª Invasão

Monumento à Guerra Peninsular, no Porto.

Enquanto a invasão de Portugal sucedia, Napoleão forçou a abdicação do rei Carlos IV de Espanha e de seu herdeiro, D. Fernando (Baiona, 1808), conduzindo ao trono espanhol o seu irmão José Bonaparte. Os espanhóis revoltaram-se contra os usurpadores franceses, obtendo apoio das tropas britânicas estacionadas no norte de Portugal. Sob o comando de John Moore, os Britânicos passam a fronteira no início de 1809, para serem derrotados, na Corunha, pelo Marechal Nicolas Jean de Dieu Soult. Obrigadas a retirar, deixaram a descoberto a fronteira com Portugal, permitindo a Soult, invadir o país pela fronteira de Trás-os-Montes e Alto Douro (Chaves) em Março de

1809, avançando até à cidade do Porto, cidade que ocuparam a 24 desse mês, fixando fronteira no rio Douro. Em Maio desse mesmo ano, tropas Luso-Britânicas sob o comando do General Arthur Wellesley e do comandante-em-chefe o Marechal William Carr Beresford, venceram a chamada batalha do Douro, reconquistando a cidade do Porto (29 de Maio) e expulsando o invasor, que se retirou para a Galiza. Seguindo para o sul, as tropas de Wellesley travaram a batalha de Talavera em território espanhol e regressaram a Portugal.

É de salientar ainda a importância da escaramuça de Serém, Concelho do Vouga — região pantanosa do rio Vouga e do rio Marnel, actualmente pertencente ao Concelho de Águeda —, em que o Capitão-Mor do Vouga, José Pereira Simões, travou o avanço para o Sul do Marechal Soult, até à chegada do Coronel Nicholas Trant e do Batalhão Académico e, posteriormente, do General Arthur Wellesley, com reforços. Como consequência, as hostes do Marechal Soult não conseguiram atravessar o rio Vouga, perderam a escaramuça de Serém e foram obrigados a retirar-se para o Norte, tendo-se acantonado na cidade do Porto.

A 3ª Invasão

Uma terceira invasão francesa do território português teve início em 1810, sob o comando do Marechal André Masséna. Penetrando pela região Nordeste de Portugal, conquistou a Praça-forte de Almeida (Agosto), na fronteira, marchando em seguida sobre Lisboa. Interceptado pelas forças Luso-Britânicas, foi derrotado na batalha do Buçaco (27 de Setembro). Reagrupando as suas forças, retomou a marcha, flanqueando as tropas Luso-Britânicas e forçando-as a recuarem para defender a capital. Os franceses atingiram as Linhas de Torres a 14 de Outubro, erguidas na previsão dessa eventualidade e onde as tropas Luso-Britânicas os aguardavam desde o dia 10, retirando-se, derrotados, ao final do dia seguinte.

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A contra-ofensiva

A campanha dos exércitos britânico, português e espanhol, entre Maio e Agosto de 1813, culminou na batalha de Vitória, seguida um mês depois pela batalha dos Pirinéus. Em pouco mais de dois meses e depois de uma ofensiva de 600 quilómetros com mais de 100 mil homens das três nações em armas, o curso da história europeia foi modificado de forma decisiva. Seguiu-se uma série de batalhas em território francês até à vitória em Toulouse (10 de Abril de 1814), que colocou fim à Guerra Peninsular.

Conclusão

O estudo das circunstâncias que envolvem a Guerra Peninsular são importantes pelos desdobramentos que encerram, debilitando as forças da França e consolidando a hegemonia inglesa que se afirma desde então. Ao eliminar a monarquia de Carlos IV de Bourbon na Europa, Napoleão abriu as portas que conduziram à independência da América espanhola (com importante apoio da Grã-Bretanha). O mesmo ocorreu ao permitir a saída de D. João VI para o Brasil, processo que criaria as pré-condições para a independência da América portuguesa. Ainda em 1808, ao aportar a Salvador, na Baia, o Príncipe regente assinou o Decreto de Abertura dos Portos às Nações Amigas, vindo a assinar, em 1810, os tratados que permitiram a hegemonia britânica nas relações comerciais entre ambos os países, abrindo as portas de um mercado em três continentes, com tarifas alfandegárias privilegiadas. Com fôlego renovado, sob o comando do mesmo Wellington, herói da Guerra Peninsular, a Grã-Bretanha derrotou Napoleão na batalha de Waterloo (1815), desfrutando de uma hegemonia mundial que conservaria até a Primeira Guerra Mundial (1914–18).

Por outro lado, embora com menor impacto, o governo de Portugal declararia guerra à França e à Espanha, ocupando a Guiana francesa (1809–15) e a Banda Oriental do rio da Prata, actual Uruguai (1810–28).

A crise económica e institucional em Portugal continental agravou-se com a permanência da corte portuguesa no Brasil, o que fortaleceu as ideias liberais no país, conduzindo à Revolução do Porto (1820) e forçando o retorno do soberano à Europa (1821). A tentativa de recolonização do Brasil levou à independência deste, no ano seguinte (1822). Enquanto que franceses e ingleses continuaram com o seu desenvolvimento económico e industrial, Portugal viu o seu território transformado em campo de batalha, as cidades constantemente pilhadas pelos exércitos estrangeiros e a indústria estagnada.

in “Wikipédia”

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AS MOEDAS E A HISTÒRIA – MARQUÊS DO POMBAL

Sebastião José de Carvalho e Melo, mais conhecido como Marquês de Pombal ou Conde de Oeiras, (Lisboa, 13 de Maio de 1699 — Leiria, 8 de Maio de 1782) foi um nobre e estadista português. Foi secretário de Estado do Reino (primeiro-ministro) do Rei D. José I (1750-1777), sendo considerado, ainda hoje, uma das figuras mais controversas e carismáticas da História Portuguesa.

Representante do Despotismo iluminado em Portugal no século XVIII, viveu num período da história marcado pelo iluminismo, tendo desempenhado um papel fulcral na aproximação de Portugal à realidade económica e social dos países do Norte da Europa, mais dinâmica do que a portuguesa. Iniciou com esse intuito várias reformas administrativas, económicas e sociais. Acabou na prática com os autos de fé em Portugal e com a discriminação dos cristãos-novos, apesar de não ter extinguido oficialmente a Inquisição portuguesa, em vigor "de jure" até 1821.

Foi um dos principais responsáveis pela expulsão dos Jesuítas de Portugal e suas colónias. A sua administração ficou marcada por duas contrariedades célebres: a primeiro foi o Terramoto de Lisboa de 1755, um desafio que lhe conferiu o papel histórico de renovador arquitectónico da cidade. Pouco depois, o Processo dos Távora, uma intriga com consequências dramáticas.

Marquês de Pombal, por Louis-Michel van Loo, 1766

Origens

Filho de Manuel de Carvalho e Ataíde, fidalgo da província, com propriedade na região de Leiria e de sua mulher, Teresa Luísa de Mendonça e Melo. Na sua juventude estudou direito na Universidade de Coimbra e serviu no exército um curto período. Quando se mudou para a capital, Lisboa, Sebastião de Melo era um homem turbulento. A sua primeira mulher foi Teresa de Mendonça e Almada (1689-1737), sobrinha do conde de Arcos, com quem casou por arranjo da família, depois de um rapto consentido. Os pais da recém-formada família tornaram a vida do casal insustentável, pelo que se retiraram para as suas propriedades próximas de Pombal.

Carreira diplomática

Em 1738, Sebastião de Melo foi nomeado no seu primeiro cargo público, como embaixador em Londres. Em 1745 foi transferido para Viena, Áustria. Depois da morte da sua primeira mulher, a rainha de Portugal, arquiduquesa Maria Ana de Áustria mostrou-se amiga do embaixador ao arranjar-lhe o casamento com a filha do marechal austríaco Daun (Condessa Maria Leonor Ernestina Daun).

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O rei D. João V, no entanto, pouco satisfeito com as prestações de Sebastião de Melo, fê-lo regressar a Portugal em 1749. O rei morreu no ano seguinte e, de acordo com uma recomendação da rainha-mãe, o novo rei D. José I nomeou Sebastião como ministro dos Negócios Estrangeiros. Ao contrário do pai, D. José foi-lhe muito benévolo e confiou-lhe gradualmente o controle do Estado.

Secretário de Estado do Reino (Primeiro-Ministro)

Em 1755, Sebastião de Melo já era primeiro-ministro do reino. Governou com mão de ferro, impondo a lei a todas as classes, desde os mais pobres até à alta nobreza. Impressionado pelo sucesso económico inglês, tentou, com sucesso, implementar medidas que incutissem um sentido semelhante à economia portuguesa. A região demarcada para a produção do vinho do Porto, a primeira região a assegurar a qualidade dos seus vinhos, data da sua governação. Em sua gestão, Pombal pôs em prática um vasto programa de reformas, cujo objectivo era racionalizar a administração sem enfraquecer o poder real. Para atingir essa meta, o ministro incorporou as novas ideias divulgadas na Europa pelos iluministas, mas ao mesmo tempo conservou aspectos do absolutismo e da política mercantilista.

O Marquês de Pombal foi a figura-chave do governo português entre 1750 e 1777. Sua gestão foi um perfeito exemplo de despotismo

esclarecido, forma de governo que combinava a monarquia absolutista com o racionalismo iluminista. Uma notável realização de Pombal foi a fundação, em 1774, da Vila Real de Santo António, próxima à foz do rio Guadiana, no sul de Portugal.

Estátua do Marquês de Pombal em Lisboa

Aboliu também a escravatura nas Índias portuguesas, reorganizou o exército e a marinha, reestruturou a Universidade de Coimbra acabando com a discriminação dos "cristãos novos" (pelo menos em parte). Mas uma das mais importantes reformas foi nos campos das economias e finanças, com a criação de companhias e associações corporativas que regulavam a actividade comercial, assim como a reforma do sistema fiscal. Todas estas reformas granjearam-lhe a inimizade das altas classes sociais, em especial da nobreza, apelidando-o - "novo rico".

O terramoto de 1755

O desastre abateu-se sobre Portugal na manhã do dia 1 de Novembro (dia de Todos os Santos) de 1755. Nesta data, Lisboa foi abalada por um violento tremor de terra, com uma amplitude que em tempos actuais é estimada em cerca de nove pontos na escala de Richter. A cidade foi devastada pelo tremor de terra, pelo maremoto (um tsunami) e ainda pelos incêndios que se seguiram.

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Sebastião de Melo sobreviveu por sorte, mas não se impressionou. Imediatamente tratou da reconstrução da cidade, de acordo com a famosa frase: "E agora? Enterram-se os mortos e alimentam-se os vivos". Apesar da calamidade, Lisboa não foi afectada por epidemias e menos de um ano depois já se encontrava reconstruída. A baixa da cidade foi redesenhada por um grupo de arquitectos, com a orientação expressa de resistir a terramotos subsequentes. Foram construídos modelos para testes, nos quais os terramotos foram simulados pelo marchar de tropas. Os edifícios e praças da Baixa Pombalina de Lisboa ainda prevalecem, sendo uma das atracções turísticas de Lisboa.

Sebastião de Melo fez também uma importante contribuição para a sismologia: elaborou um inquérito enviado a todas as paróquias do país. Exemplos de questões aí incluídas: os cães e outros animais comportaram-se de forma estranha antes do evento?; O nível da água dos poços subiu ou desceu?; Quantos edifícios foram destruídos? Estas questões permitiram aos cientistas portugueses a reconstrução do evento e marcaram o nascimento da sismologia enquanto ciência.

O Processo dos Távoras

Na sequência do terramoto, D. José I deu ao seu primeiro-ministro poderes acrescidos, tornando Sebastião de Melo numa espécie de ditador. À medida que o seu poder cresceu, os seus inimigos aumentaram e as disputas com a alta nobreza tornaram-se frequentes. Em 1758 D. José I é ferido numa tentativa de regicídio.

Retrato do Marquês de Pombal com a insígnia da Ordem de Cristo

A família de Távora e o Duque de Aveiro foram implicados no atentado e executados após um rápido julgamento. Expulsou e confiscou os bens da Companhia de Jesus (jesuítas), porque a sua influência na sociedade portuguesa e as suas ligações internacionais eram um entrave ao fortalecimento do poder régio.

Sebastião de Melo não mostrou misericórdia, tendo perseguido cada um dos envolvidos, incluindo mulheres e crianças. Com este golpe final, o poder da nobreza foi decisivamente contrariado, marcando uma vitória sobre os inimigos do rei. Pela sua acção rápida, D. José I atribuiu ao seu leal ministro o título de Conde de Oeiras em 1759.

No seguimento do caso Távora, o novo Conde de Oeiras não conheceu qualquer nova oposição. Adquirindo o título de Marquês de Pombal em 1770, teve quase exclusivamente o poder de governar Portugal até à morte de D. José I em 1777. A sucessora, rainha Maria I e o seu marido Pedro III detestavam o Marquês. Maria nunca perdoou a impiedade mostrada para com a família Távora e retirou-lhe todos os cargos.

A Rainha ordenou que o Marquês se resguardasse sempre a uma distância de pelo menos 20 milhas dela. Se passasse em viagem por uma das suas propriedades, o Marquês era obrigado por decreto a afastar-se de casa. Maria I teria alegadamente sofrido de ataques de raiva apenas ao ouvir o nome do antigo primeiro-ministro de seu pai.

O Marquês de Pombal morreu pacificamente na sua propriedade em 15 de Maio de 1782. Os seus últimos dias de vida foram vividos em Pombal e na Quinta da Gramela, propriedade que herdara de seu tio, o arciprestre Paulo de Carvalho e Ataíde, em 1713. Hoje, ele é relembrado numa enorme estátua colocada numa das mais importantes praças de Lisboa, que tem o seu nome. Marquês de Pombal é também o nome da estação de metropolitano mais movimentada de Lisboa.

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Reformas

Reformas económicas

Apesar dos problemas, Sebastião de Melo levou a cabo um ambicioso programa de reformas. Entre outras realizações, seu governo procurou incrementar a produção nacional em relação à concorrência estrangeira, desenvolver o comércio colonial e incentivar o desenvolvimento das manufacturas. No âmbito dessa política, em 1756 foi criada a Companhia para a Agricultura das Vinhas do Alto Douro, à qual o ministro concedeu isenção de impostos no comércio e nas exportações, estabelecendo assim a primeira zona de produção vinícola demarcada no mundo, colocando-se os célebres marcos pombalinos nas delimitações da região. Em 1773, surgia a Companhia Geral das Reais Pescas do Reino do Algarve, destinada a controlar a pesca no sul de Portugal.

Ao mesmo tempo, o marquês criou estímulos fiscais para a instalação de pequenas manufacturas voltadas para o mercado interno português, do qual também faziam parte as colónias. Essa política proteccionista englobava medidas que favoreciam a importação de matérias-primas e encareciam os produtos importados similares aos de fabricação portuguesa. Como resultado, surgiram no reino centenas de pequenas manufacturas produtoras dos mais diversos bens.

O ministro fundou também o Banco Real em 1751 e estabeleceu uma nova estrutura para administrar a cobrança dos impostos, centralizada pela Real Fazenda de Lisboa, sob seu controle directo.

Reformas religiosas

A acção reformadora de Pombal estendeu-se ainda ao âmbito da política e do Estado. Nesse campo, o Primeiro-Ministro empenhou-se no fortalecimento do absolutismo do rei e no combate a sectores e instituições que poderiam enfraquecê-lo. Diminuiu o poder da Igreja, subordinando o Tribunal do Santo Ofício (Inquisição) ao Estado e, em 1759, expulsou os jesuítas da metrópole e da colónia, confiscando seus bens, sob a alegação de que a Companhia de Jesus agia como um poder autónomo dentro do Estado português.

Apesar de a Inquisição não ter sido oficialmente desmantelada, ela sofreu com o governo de Pombal um profundo abalo, com medidas que a enfraqueceriam.

• Em 5 de Outubro de 1768 obrigou por decreto os nobres portugueses anti-semitas (na altura chamados de "puritanos") que tivessem filhos em idade de casar, a organizar casamentos com famílias judaicas.

• Em 25 de Maio de 1773 fez promulgar uma lei que extinguia as diferenças entre cristãos-velhos (católicos sem suspeitas de antepassados judeus) e cristãos-novos, tornando inválidos todos os anteriores decretos e leis que discriminavam os cristão-novos. Passou a ser proibido usar a palavra "cristão-novo", quer por escrito quer oralmente. As penas eram pesadas: para o povo - chicoteamento em praça pública e exílio em Angola; para os nobres - perda de títulos, cargos, pensões ou condecorações; para o clero - expulsão de Portugal.

• Em 1 de Outubro de 1774, publicou um decreto que fazia os veredictos do Santo Ofício dependerem de sanção real, o que praticamente anulava a Inquisição portuguesa. Deixariam de se organizar em Portugal os Autos-de-fé.

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Reformas na educação

Na esfera da educação, introduziu importantes mudanças no sistema de ensino do reino e da colónia - que até essa época estava sob a responsabilidade da Igreja -, passando-o ao controle do Estado. A Universidade de Évora, por exemplo, pertencente aos jesuítas, foi extinta, e a Universidade de Coimbra sofreu profunda reforma, sendo totalmente modernizada.

A "reforma universitária" do Marquês de Pombal incluía também o fim da proibição de alunos ou professores com ascendência judaica nos quadros do estabelecimento de ensino.

Reformas no aparelho de Estado

Marquês de Pombal introduziu, de igual modo, importantes mudanças no aparelho de estado português. A criação das primeiras compilações de direito civil, que substituiu assim o direito canónico, representou o primeiro passo para a afirmação de Pombal enquanto estadista e o estado como entidade superior e autónoma face ao resto da sociedade, inclusive até à própria Igreja Católica. De facto, o estado português pronunciou-se várias vezes em desacordo com a Santa Sé, estabelecendo-se corte de relações diplomáticas até à morte de D. José e posterior subida ao trono de D. Maria I.

O clientelismo fez florescer um novo conceito na História portuguesa, o chamado pombalismo. o pombalismo não era, apenas, uma rede clientelar, sendo também, ao mesmo tempo, quando analisada a obra pombalina, uma doutrina política. Toda a feitura de Marquês de Pombal foi no sentido de racionalizar o estado e de Portugal superar atrasos vários na sua economia. Nacionalizar e proteger a economia, tornando o próprio estado ― legalmente ― gestor e tutor da sua economia. Em suma, o pombalismo é um conceito que faz referência a todas as alterações feitas por Marquês de Pombal e seus colaboradores.

O Marquês de Pombal e o Brasil

Existe uma certa dissonância entre a percepção popular do Marquês entre os portugueses (que o vêem como herói nacional) e entre alguns brasileiros, principalmente os da região sul, (que o vêem como tirano e opressor).

Na visão do governo português, a administração da colónia devia ter sempre como meta a geração de riquezas para o reino. Esse princípio não mudou sob a administração do Marquês. O regime de monopólio comercial, por exemplo, não só se manteve, como foi acentuado para se obter maior eficiência na administração colonial.

Litografia do Marquês de Pombal em rótulo de cigarro.

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Em 1755 e 1759, foram criadas, respectivamente, a Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e

Maranhão e a Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba, empresas monopolistas destinadas a dinamizar as actividades económicas no Norte e Nordeste da colónia, o que gerou grande admiração da população naquela região colonial. No entanto, na região mineira, instituiu a derrama em 1765, com a finalidade de obrigar os mineradores a pagarem os impostos atrasados. A derrama era uma taxa per capita, em quilos de ouro, que a colónia era obrigada a mandar para a metrópole, independente da real produção de ouro. A derrama foi um dos fatos que motivou depois a Inconfidência Mineira.

As maiores alterações, porém, ocorreram na esfera político-administrativa e na educação. Em 1759, o regime de capitanias hereditárias foi definitivamente extinto, com a sua incorporação aos domínios da Coroa portuguesa. Quatro anos depois, em 1763, a sede do governo-geral da colónia foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro, cujo crescimento sinalizava o deslocamento do eixo económico do Nordeste para a região Centro-Sul.

Com a expulsão violenta dos jesuítas do império português, o Marquês determinou que a educação na colónia passasse a ser transmitida por leigos nas chamadas Aulas Régias. Até então, o ensino formal estivera a cargo da Igreja. O ministro regulamentou ainda o funcionamento das missões, afastando os padres de sua administração, e criou, em 1757, o Directório, órgão composto por homens de confiança do governo português, cuja função era gerir os antigos aldeamentos.

Complementando esse "pacote" de medidas, o Marquês procurou dar maior uniformidade cultural à colónia, proibindo a utilização do Nheengatu, a língua

geral (uma mistura das línguas nativas com o português, falada pelos bandeirantes) e tornando obrigatório o uso do idioma português. Alguns estudiosos da história afirmam que foi com esta medida que o Brasil deixou o rumo de ser um país bilíngue.

Ainda hoje, encontra-se uma estátua de mármore em tamanho natural do Marquês de Pombal na Santa Casa de Misericórdia da Bahia localizada no centro histórico de Salvador.

Vista de Lisboa desde o Parque Eduardo VII. Ao fundo, a Praça e a estátua do Marquês de Pombal

in “Wikipédia”

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D. MANUEL II - AS NOTAS

Neste curto reinado, poucas foram as notas emitidas para circulação. Aliás praticamente todas as notas acabaram com a sobrecarga REPUBLICA.

VALOR FACIAL DATA COR CHAPA DIM. (mm) REF. PICK

500 REIS 30-09-1910 Verde Ch. 3 119 x 73 105

1000 REIS 30-09-1910 Azul Claro Ch. 3 120 x 77 106

2500 REIS 20-06-1909 Verde Ch. 4 125 x 81 107

2500 REIS 20-06-1909 Verde Ch. 4 125 x 81 107

2500 REIS 30-06-1909 Verde Ch. 4 125 x 81 107

2500 REIS 30-09-1910 Verde Ch. 4 125 x 81 107

5000 REIS 30-12-1909 Cinzento Escuro Ch. 7 139 x 89 104

5000 REIS 30-03-1910 Cinzento Escuro Ch. 7 139 x 89 104

10000 REIS 22-05-1908 Castanho Ch. 3 165 x 105 81

10000 REIS 30-12-1909 Castanho Ch. 3 165 x 105 81

10000 REIS 22-05-1908 Verde Ch. 4 161 x 103 108

10000 REIS 30-09-1910 Verde Ch. 4 161 x 103 108

20000 REIS 30-12-1909 Verde Azulado Ch. 9 179 x 115 109

50000 REIS 30-09-1910 Verde Escuro Ch. 3 193 x 120 85

50000 REIS 30-09-1910 Azul Ch. 4 192 x 117 110

100000 REIS 30-06-1908 Azul Ch. 1 197 x 118 78

100000 REIS 10-03-1909 Azul Ch. 1 197 x 118 78

100000 REIS 22-05-1908 Verde Ch. 2 204 x 126 111

100000 REIS 10-03-1909 Verde Ch. 2 204 x 126 111

100000 REIS 30-09-1910 Verde Ch. 2 204 x 126 111

Mil Reis

2.500 Reis

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D. MANUEL II - OS SELOS

Para substituir os selos de D. Carlos ainda em curso, mandou a Casa da Moeda em Outubro de 1908, as provas dos novos selos para aprovação régia. Eram sete os artistas concorrentes, na sua maioria estrangeiros, sendo escolhidos dois trabalhos do português Domingos Alves Rego, que os desenhou e gravou. Os valores de 2,5 a 80 reis foram impressos a uma cor sobre papel esmalte branco, os valores de 100 a 300 reis a uma cor sobre papel porcelana colorido, e os valores de 500 e 1000 reis a duas cores sobre papel esmalte branco. Tipografados na Casa da Moeda em folhas de 100 selos com denteado 15x14, foram emitidos 15.020.000 do 2,5 reis violeta, 19.122.000 do 5 reis preto, 9.000.000 do 10 reis verde, 1.500.000 do 15 reis castanho, 3.000.000 do 20 reis carmim, 35.000.000 do 25 reis castanho escuro 3.750.000 do 50 reis azul, 450.000 do 75 reis bistre, 300.000 do 80 reis ardósia, 900.000 do 100 reis bistre s/ verde, 600.000 do 200 reis verde s/ salmão, 300.000 do 300 reis preto s/ azul, 140.000 do 500 reis sépia e castanho escuro, e 84.000 do 1000 reis azul e preto. Estes selos circularam até Março de 1913, juntamente com os selos com sobrecarga “REPUBLICA”.

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D. MANUEL II - OS SELOS (continuação)

in “www.caleida.pt”

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A MOEDA DO ANO DE 2007

Mais uma vez se realizou a votação para a moeda do ano e, mais uma vez de parabéns está o forista Augusto Rodrigues, com o Cruzado Calvário em ouro do reinado de D. João I. Vejamos os resultados de 2007:

1º - Augusto Rodrigues - Cruzado Calvário em ouro de D. João III - 117 Pontos

2º - Alfonsvs - Cruzado de 1690, cunhado no Porto de D. Pedro II - 99 Pontos

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3º - Alfonsvs - Real FR de D. Fernando - 88 Pontos

4º - ToninhoMantorras - 500 Reais em Ouro de D. Sebastião - 79 Pontos

5º - Antonio Correia - Dobrão de 1726 de D. João V cunhado em Minas Gerais - 75 Pontos

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6º - ToninhoMantorras - Peça de 1743 em ouro de D. João V - 67 Pontos

7º - Alfonsvs - LXXX Reais de D. Filipe I ND (1582) - 66 Pontos

8º - Alfonsus - Pataco de D. Pedro IV em Bronze - 62 Pontos

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9º - ToninhoMantorras - Barbuda de D. Fernando - 46 Pontos

10º - Alfonsvs - Maluco (80 Reis) de 1829 de D. Maria II - 38 Pontos

11º - W7 Moedas - India - D. João V - Rupia Goa N/D NAOI - 37 Pontos

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12º - doliveirarod - 1 Rúpia de 1847 de D. Maria II, India Portuguesa, Goa - 34 Pontos

13º - Alfonsvs - Ceitil de D. Sebastião - 11 Pontos

ESTE ANO HÁ MAIS…

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Aproveitando uma ideia reforçada por alguns amigos (o Alberto Praça é um dos ‘culpados’), resolvi incluír no CD

ceiTisceiTisceiTisceiTis as excelentes reportagens extra comunicação social, muito bem elaboradas pelos excelentes profissionais do

‘click’ presentes no aniversário do fórum.

São imagens para mais tarde recordar, daquele que foi o primeiro dos muitos e animados encontros que se

adivinham.

O restante conteúdo reporta-se ao software dos ceiTis.

Sem vos querer enfadar muito com esta minha veia prosápica para a qual não me sinto minimamente

vocacionado, deixo aqui uma pequena antevisão ou esboço desses conteúdos:

Menu de entradaMenu de entradaMenu de entradaMenu de entrada

(no almoço foram moedinhas ☺ )

ceiTisceiTisceiTisceiTis – o programa dos ceiTis

fotoceiTilfotoceiTilfotoceiTilfotoceiTil – o programa que permite adicionar ‘infos’ nas imagens dos ceitis

Aniversário do fórumAniversário do fórumAniversário do fórumAniversário do fórum – tudo o relacionado com encontro

FotosFotosFotosFotos – (fotos dos foristas: AJPinho, Bandadolopes, Laulo, Leos, Mbarreleiro,

SantosVictor, Vitornumis)

Fotos do jantar da MadeiraFotos do jantar da MadeiraFotos do jantar da MadeiraFotos do jantar da Madeira

A medalhaA medalhaA medalhaA medalha

OutrosOutrosOutrosOutros – alguns outros ‘extras’ inseridos no CD

Ainda a tempo (mesmo na hora do fecho editorial) ainda foi possível incluir os nº 0 e 1 (este mesmo que está a

ler) da Revista do Fórum no CD.

Muito mais haveria para incluir (a riqueza de conteúdo de alguns tópicos do fórum seria sem dúvida uma mais

valia para a obra); no entanto, a enorme falta de tempo, sempre esse tempo que nos foge, não permitiu melhorar este

fruto da nossa carolice. Talvez numa próxima versão.

Para terminar, na próxima página terá uma antevisão global do programa dos ceitis.

Nota: foi preparada uma versão deste programa para ser entregue no encontro do fórum. No entanto, por

imprevistos alheios à nossa vontade, não foi possível a sua conclusão em tempo útil. Assim sendo, e uma vez que o

factor tempo deixou de ser a condicionante principal, foi resolvido meter mãos à obra para transformar a ‘base de

dados’ dos ceiTis em algo mais consistente. É assim que aparece a versão 2.0 (muuuuitas hora, dias e semanas de

trabalho depois); esperamos sinceramente ser do vosso agrado (pelo menos para os ceiTis-dependentes ☺) e que ele

corresponda às expectativas.

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Os ceitis são pequenas moedas de rara beleza, lavradas inicialmente no reinado de D. Afonso V, prolongando-se a sua cunhagem até ao final do reinado de D. Sebastião (sensivelmente entre as datas de 1448 a 1566).

A sua correcta identificação tem sido objecto de aturados estudos por parte dos especialistas (é necessária uma cuidadosa e simultânea análise de vários elementos que exige um profundo conhecimento destas espécies numismáticas - a tipologia: tipo de castelo, mar, escudo, muralhas, legendas, e casa monetária; o peso; o diâmetro e demais elementos).

Este software (baseado no excelente site dos Ceitis do forista Luís Nóbrega – um dos mestres nacionais de refª neste tema), permite ter disponível uma base de dados de ceitis (com aprox. 900 ex.), todos eles devidamente catalogados e referenciados pela ‘normalização’ por todos aceite, definida pelo Ex.mo Sr. Engº Francisco Magro no seu livro CeitisCeitisCeitisCeitis©.

Nota: este programa não é nem poderia ser uma cópia dessa obra; baseia-se apenas nos seus conceitos para aplicar na base de dados. Refira-se aos interessados que será de todo impossível ‘sonhar com ceitis’ sem a sua consulta e obrigatória leitura (de fácil compreensão, mas de conteúdos extremamente ricos e úteis para a identificação e conhecimento dos ceitis).

O programa apresenta um MENU principal (acessível de qualquer ponto), a partir do qual pode ‘navegar’ pelas diversas funções de que dispõe.

• Ceitis – Fichas & colecções

• Ceitis – Imagens

• Ceitis – Reinados

• Ceitis – O tratado!

• Ceitis – Imagens

• Ceitis – Ajuda + Extras

Na parte do Tratado dispõe de variada informação sobre ceitis e sua catalogação.

No fundo ‘ensina’ a catalogar ou identificar ceitis.

Contém também alguns links úteis e textos de foristas que generosamente colaboraram na obra.

Uma ficha típica de um ceitil.

Contém quase todas as informações relevantes para a identificação de um ceitil.

Neste momento, a base de dados tem aproximadamente 900 ex. (e a aumentar)

Todos eles fazem parte das colecções de alguns foristas e estão devidamente ‘normalizados’ pelo mestre Luís e demais foristas.

Pode ainda encontrar mais algumas funcionalidades úteis no programa.

Se pretender informação mais pormenorizada pode consultar este tópico (http://forum-numismatica.com tópico eventos) do fórum de numismática.

Brevemente será aí disponibilizado o ficheiro de ajuda do programa.

Usem e abusem, pois o programa é de livre cópia (é o nosso pequeno contributo para ajuda no conhecimento deste pequeno mas soberbo e fascinante espécime numismático).

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